Aristeu Pires (Campo Formoso, Bahia) é um designer de móveis brasileiro. Iniciou sua carreira como engenheiro de computação, mas migrou para a criação de móveis, focando em peças artesanais feitas com madeira brasileira sustentável. Fundou sua própria marca em 2002, "Aristeu Pires Design", após um período de estudos e trabalho nos Estados Unidos. Seus móveis, como cadeiras e mesas, são caracterizados por um design contemporâneo que valoriza as linhas limpas e a durabilidade. Ele participou de várias feiras de design, incluindo a Maison&Objet em Paris, onde suas obras foram amplamente elogiadas pela inovação e qualidade. Seu trabalho é uma celebração do artesanato brasileiro aliado a um design sofisticado e moderno. Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, funcionalidade, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade.
Biografia Aristeu Pires | Arremate Arte
Aristeu Pires é um renomado designer de móveis brasileiro, nascido na Bahia. Originalmente formado como engenheiro de computação, Aristeu decidiu mudar de carreira para seguir sua paixão pelo design de móveis. Ele é conhecido por suas criações artesanais, que combinam design contemporâneo com madeira sustentável brasileira. Suas peças, que vão desde cadeiras a bancos e mesas, são admiradas pela simplicidade, funcionalidade e durabilidade, refletindo um estilo atemporal que se adapta a diversos ambientes.
Aristeu Pires ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo aclamado por sua habilidade em transformar materiais naturais em obras de arte funcionais. Uma de suas peças mais notáveis, a cadeira Gisele, recebeu o prestigiado prêmio do "Museu da Casa Brasileira". Além disso, suas criações têm sido exibidas em importantes eventos de design, como a Maison&Objet em Paris, destacando-se pela combinação única de influências parisienses e a riqueza da madeira brasileira.
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Biografia Aristeu Pires | Site Aristeu Pires
Nascido em Campo Formoso, no sertão da Bahia, Aristeu (67), virou marca em 2002. A vida como designer de móveis começou por acaso, em uma viagem feita a Gramado, quando morava no Rio de Janeiro e trabalhava como executivo de uma grande empresa do setor de informática. Ao retornar ao Rio, desligou-se de seu trabalho na informática e em dois meses a mudança para Gramado seria feita. Com um plano de negócios bem desenvolvido, Aristeu montou sua própria fábrica, que hoje tem quase 100 funcionários.
Reconhecido como um dos grandes nomes do design brasileiro contemporâneo, Aristeu construiu ao longo de 19 anos uma reputação forte no mercado nacional. Seus móveis estão nas principais lojas de decoração do país e em projetos dos mais importantes escritórios de arquitetura, tanto residenciais quanto corporativos.
Aristeu traz em suas criações o traço contemporâneo e uma qualidade metódica que refletem sua personalidade, suas peças são marcadas pelas formas leves e o impecável acabamento.
Uma das peças que desenhou, a cadeira de balanço Gisele, ganhou o 21º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em 2007. Assim, foi questão de tempo para Aristeu chegar também aos Estados Unidos.
Após um ano de trabalho nos Estados Unidos, o designer voltou ao Brasil e lançou uma nova coleção de móveis no início de 2016. Como resultado do trabalho iniciado nos EUA, também foi aberta sua primeira loja no exterior, em Chicago, em parceria com um grupo de investimento que planeja saltos ainda maiores para a empresa.
Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade. Para conseguir este resultado, a fabricação de cada peça une alta tecnologia com a qualidade do trabalho manual. Dessa forma, nossos produtos não são diferenciados por segmento, pois toda linha possui conforto, qualidade e leveza exigidos para uso residencial, unidos à resistência e durabilidade que atendem ao mais exigente mercado corporativo. Devido a isto, diversos clientes adotam os produtos Aristeu Pires em empresas ao redor do mundo.
Fonte: Aristeu Pires. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
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Conheça Aristeu Pires, Design que ao 'Mudar de vida' se consolidou | Bau Mais
Formado em ciências da computação, Aristeu foi atrás de qualidade de vida e se encontrou no designer de móveis
Quem ler um resumo da vida do designer de móveis Aristeu Pires provavelmente vai se surpreender com a formação do empresário. Ele é formado em ciência da computação e à primeira vista fazer um paralelo entre as duas profissões parece difícil, mas ao conversar com ele, e entender melhor sua história, as coisas passam a fazer sentido.
Baiano de Campo Formoso, Aristeu, de 67 anos, deixou o estado com apenas oito anos. De lá, até se firmar em Canela, no Rio Grande do Sul, há 20 anos, ele não “parou quieto”, como dizem pelas bandas baianas. O artista passou por Salvador, mas logo depois foi para Goiás, e ainda morou em Brasília e Rio de Janeiro.
O primeiro contato com o Rio Grande do Sul foi no final da década de 80, quando fez mestrado em Porto Alegre. “Na doida”, como descreveu, acabou indo morar em Gramado a convite de um amigo. “Foi um ano e pouco morando lá e ficou aquele gosto de qualidade de vida”, refletiu Pires.
Esse “gosto” foi fundamental para o surgimento da carreira no universo dos móveis. Apesar de “gostar muito” do que fazia na área da computação, a necessidade de uma mudança de estilo de vida foi crescendo. “Eu viajava muito, eram 360 mil quilômetros por ano, então chegou um ponto que isso começou a afetar minha qualidade de vida. Meu casamento não continuou, não vi minhas filhas crescerem, ou seja, era um preço muito alto para pagar, embora eu gostasse muito do que eu fazia”, contou.
Quando já estava morando novamente no Rio de Janeiro, Aristeu foi visitar Gramado e surgiu a oportunidade de abrir uma empresa, mas ainda dentro da área de informática. Sempre pensando em diminuir o ritmo, em busca de uma vida mais simples.
Acabou não dando certo e um plano B surgiu de forma completamente involuntária. Com uma simples compra de móvel para casa nova, o novo modelo de vida tão desejado por Aristeu foi se moldando.
“Meu apartamento novo no Rio tinha uma mobília muito ruim. Como estava em Gramado, um lugar que vende muitos móveis, comecei a procurar na avenida que liga Gramado com Canela, de loja em loja, e não achei nada que eu gostasse”, explicou.
Para mostrar o tipo o que queria exatamente, Aristeu desenhou, então, seu primeiro móvel. Claro que de maneira improvisada, mas os dois anos que cursou engenharia e aprendeu desenho técnico foram suficientes para ele conseguir encomendar a cadeira e mesa que desejava.
Vai dar certo
Depois de desenhar os móveis, Aristeu fechou uma parceria com o dono da fábrica e sócio da loja. Desenharia os produtos e a loja os venderia. Foi aí que ele viu a oportunidade de, então, conseguir a tão esperada qualidade de vida.
Foi para São Paulo pedir demissão e ao contar ao chefe que iria desenhar móveis, ouviu que ele “não estava bem”. O chefe ofereceu férias – algo que não fazia parte do vocabulário de Aristeu há sete anos -, mas nesses 30 dias ele se preparou para a grande mudança: estudou, pesquisou, alugou casa em Gramado.
Dois meses depois da ideia surgir, Pires estava de “mala e cuia” na cidade, pronto para a nova vida. O dono da fábrica, no entanto, não estava tão pronto assim. “Ele disse que no final de ano o movimento era baixo e que não poderia me atender. A inauguração da loja que eu tinha alugado era no mês seguinte, já tinha alugado por um ano, o apartamento também, já tinha pedido demissão. Tinha refeito minha vida e de repente eu estava sozinho”, relembrou.
Antes de poder dizer que deu certo, Aristeu ainda teve problemas com outro fornecedor que sumiu, com uma loja que não se pagava, com um americano que exportava seus produtos e deu um calote e ainda precisou enfrentar uma micro explosão. E não é uma figura de linguagem. Em 2004, a fábrica, que a essa altura já havia expandido, com 2 mil m² e 40 funcionários, foi atingida por um fenômeno natural.
“Um jato de ar que caiu bem no centro da minha fábrica, em 10 segundos a 260km/h, sumiu tudo. Telhado desapareceu. Meia hora antes os funcionários tinham saído e ninguém se machucou, mas não sobrou nada da fábrica”, contou.
A solução foi achar um galpão provisório para recomeçar. “Foi um ‘vai ou racha’. Resolvi investir o que eu não tinha, não tinha dinheiro, mas o pessoal vestiu a camisa e hoje estamos com 4 mil m² e 80 funcionários. E já estamos precisando expandir para um espaço maior”.
Agora, que deu muito certo, Aristeu conta que as pessoas ao seu redor classificaram essa mudança tão brusca como uma irresponsabilidade. “E era mesmo. Porque eu não tinha nada concreto na mão, mas era a agonia de recomeçar a vida. E eu não queria recomeçar de onde eu estava. Eu queria ter um novo casamento, reconstruir minha família, viajando do mesmo jeito? Desse jeito, não dava. Eu precisava fazer uma ruptura”, explicou. E valeu a pena? “Se eu tivesse a chance de voltar atrás, faria a mesma coisa. Mas estaria com mais experiência, não faria tanta burrice, mas é muita gratificante”, afirmou.
Informática x madeira
“Mas o que tem a ver a informática e móveis de madeira?”, esse era um dos questionamentos que o designer ouviu durante esse processo de mudança de carreira. E a reposta foi encontrada após muito tempo de reflexão – “e terapia”, lembrou ele.
“O que me dá o prazer é o processo criativo. O que eu fazia lá [na informática] era criar soluções. Eu fazia arquitetura de uma solução e sempre trabalhei em criar e conceber sistemas, em criar coisas novas”, pontuou.
Mas os móveis, por si só, nunca foram uma grande paixão. O que Aristeu desenhava na juventude eram carros. “Coisa de adolescentes, adorava desenhar carros de corridas, adora Fórmula 1”, lembrou.
Inspirações
Diferentemente dos programas que desenvolveu quando trabalhava com computação, os móveis desenvolvidos por Aristeu não ficam obsoletos. Uma das suas primeiras criações, a poltrona Gisele, que ganhou o Prêmio do Museu da Casa Brasileira, segue sendo vendida, mesmo 20 anos depois. “O móvel não fica velho, fica vintage”, brincou. “Quero fazer peças que as pessoas queiram ter ao seu lado pelo resto da vida”, resumiu.
O estilo do designer está em cada peça criada. Ele diz não querer saber de tendências – “porque isso vai passar” -, e sim fazer móveis a cara dele, e que pessoas com gostos parecidos com o dele, gostem. Além disso, Aristeu não abre mão da durabilidade das peças, que passam por controle de qualidade antes de serem colocadas à venda.
E de onde vem as inspirações para os desenhos? Segundo o baiano, das suas necessidades. Aristeu contou que umas primeiras coisas que desenhou e produziu foi uma cama. “Minha mulher vivia batendo a canela no canto da cama quando levantava de noite, e uma vez quebrou o dedinho do pé no pé da cama. Além disso, fui fazer uma limpeza na cama e vi que estava cheia de mofo. Então pensei, preciso fazer uma cama que não dê “topada” e não dê mofo. E fiz”, relembrou.
Dessa forma, ele também desenhou, por exemplo, um berço para uma de suas filhas e uma poltrona para seu pai que estava com Mal Parkinson – a Gisele.
Fonte: Bau Mais. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Crédito fotográfico: Instagram do artista: @aristeupiresdesign. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Aristeu Pires (Campo Formoso, Bahia) é um designer de móveis brasileiro. Iniciou sua carreira como engenheiro de computação, mas migrou para a criação de móveis, focando em peças artesanais feitas com madeira brasileira sustentável. Fundou sua própria marca em 2002, "Aristeu Pires Design", após um período de estudos e trabalho nos Estados Unidos. Seus móveis, como cadeiras e mesas, são caracterizados por um design contemporâneo que valoriza as linhas limpas e a durabilidade. Ele participou de várias feiras de design, incluindo a Maison&Objet em Paris, onde suas obras foram amplamente elogiadas pela inovação e qualidade. Seu trabalho é uma celebração do artesanato brasileiro aliado a um design sofisticado e moderno. Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, funcionalidade, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade.
Biografia Aristeu Pires | Arremate Arte
Aristeu Pires é um renomado designer de móveis brasileiro, nascido na Bahia. Originalmente formado como engenheiro de computação, Aristeu decidiu mudar de carreira para seguir sua paixão pelo design de móveis. Ele é conhecido por suas criações artesanais, que combinam design contemporâneo com madeira sustentável brasileira. Suas peças, que vão desde cadeiras a bancos e mesas, são admiradas pela simplicidade, funcionalidade e durabilidade, refletindo um estilo atemporal que se adapta a diversos ambientes.
Aristeu Pires ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo aclamado por sua habilidade em transformar materiais naturais em obras de arte funcionais. Uma de suas peças mais notáveis, a cadeira Gisele, recebeu o prestigiado prêmio do "Museu da Casa Brasileira". Além disso, suas criações têm sido exibidas em importantes eventos de design, como a Maison&Objet em Paris, destacando-se pela combinação única de influências parisienses e a riqueza da madeira brasileira.
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Biografia Aristeu Pires | Site Aristeu Pires
Nascido em Campo Formoso, no sertão da Bahia, Aristeu (67), virou marca em 2002. A vida como designer de móveis começou por acaso, em uma viagem feita a Gramado, quando morava no Rio de Janeiro e trabalhava como executivo de uma grande empresa do setor de informática. Ao retornar ao Rio, desligou-se de seu trabalho na informática e em dois meses a mudança para Gramado seria feita. Com um plano de negócios bem desenvolvido, Aristeu montou sua própria fábrica, que hoje tem quase 100 funcionários.
Reconhecido como um dos grandes nomes do design brasileiro contemporâneo, Aristeu construiu ao longo de 19 anos uma reputação forte no mercado nacional. Seus móveis estão nas principais lojas de decoração do país e em projetos dos mais importantes escritórios de arquitetura, tanto residenciais quanto corporativos.
Aristeu traz em suas criações o traço contemporâneo e uma qualidade metódica que refletem sua personalidade, suas peças são marcadas pelas formas leves e o impecável acabamento.
Uma das peças que desenhou, a cadeira de balanço Gisele, ganhou o 21º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em 2007. Assim, foi questão de tempo para Aristeu chegar também aos Estados Unidos.
Após um ano de trabalho nos Estados Unidos, o designer voltou ao Brasil e lançou uma nova coleção de móveis no início de 2016. Como resultado do trabalho iniciado nos EUA, também foi aberta sua primeira loja no exterior, em Chicago, em parceria com um grupo de investimento que planeja saltos ainda maiores para a empresa.
Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade. Para conseguir este resultado, a fabricação de cada peça une alta tecnologia com a qualidade do trabalho manual. Dessa forma, nossos produtos não são diferenciados por segmento, pois toda linha possui conforto, qualidade e leveza exigidos para uso residencial, unidos à resistência e durabilidade que atendem ao mais exigente mercado corporativo. Devido a isto, diversos clientes adotam os produtos Aristeu Pires em empresas ao redor do mundo.
Fonte: Aristeu Pires. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
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Conheça Aristeu Pires, Design que ao 'Mudar de vida' se consolidou | Bau Mais
Formado em ciências da computação, Aristeu foi atrás de qualidade de vida e se encontrou no designer de móveis
Quem ler um resumo da vida do designer de móveis Aristeu Pires provavelmente vai se surpreender com a formação do empresário. Ele é formado em ciência da computação e à primeira vista fazer um paralelo entre as duas profissões parece difícil, mas ao conversar com ele, e entender melhor sua história, as coisas passam a fazer sentido.
Baiano de Campo Formoso, Aristeu, de 67 anos, deixou o estado com apenas oito anos. De lá, até se firmar em Canela, no Rio Grande do Sul, há 20 anos, ele não “parou quieto”, como dizem pelas bandas baianas. O artista passou por Salvador, mas logo depois foi para Goiás, e ainda morou em Brasília e Rio de Janeiro.
O primeiro contato com o Rio Grande do Sul foi no final da década de 80, quando fez mestrado em Porto Alegre. “Na doida”, como descreveu, acabou indo morar em Gramado a convite de um amigo. “Foi um ano e pouco morando lá e ficou aquele gosto de qualidade de vida”, refletiu Pires.
Esse “gosto” foi fundamental para o surgimento da carreira no universo dos móveis. Apesar de “gostar muito” do que fazia na área da computação, a necessidade de uma mudança de estilo de vida foi crescendo. “Eu viajava muito, eram 360 mil quilômetros por ano, então chegou um ponto que isso começou a afetar minha qualidade de vida. Meu casamento não continuou, não vi minhas filhas crescerem, ou seja, era um preço muito alto para pagar, embora eu gostasse muito do que eu fazia”, contou.
Quando já estava morando novamente no Rio de Janeiro, Aristeu foi visitar Gramado e surgiu a oportunidade de abrir uma empresa, mas ainda dentro da área de informática. Sempre pensando em diminuir o ritmo, em busca de uma vida mais simples.
Acabou não dando certo e um plano B surgiu de forma completamente involuntária. Com uma simples compra de móvel para casa nova, o novo modelo de vida tão desejado por Aristeu foi se moldando.
“Meu apartamento novo no Rio tinha uma mobília muito ruim. Como estava em Gramado, um lugar que vende muitos móveis, comecei a procurar na avenida que liga Gramado com Canela, de loja em loja, e não achei nada que eu gostasse”, explicou.
Para mostrar o tipo o que queria exatamente, Aristeu desenhou, então, seu primeiro móvel. Claro que de maneira improvisada, mas os dois anos que cursou engenharia e aprendeu desenho técnico foram suficientes para ele conseguir encomendar a cadeira e mesa que desejava.
Vai dar certo
Depois de desenhar os móveis, Aristeu fechou uma parceria com o dono da fábrica e sócio da loja. Desenharia os produtos e a loja os venderia. Foi aí que ele viu a oportunidade de, então, conseguir a tão esperada qualidade de vida.
Foi para São Paulo pedir demissão e ao contar ao chefe que iria desenhar móveis, ouviu que ele “não estava bem”. O chefe ofereceu férias – algo que não fazia parte do vocabulário de Aristeu há sete anos -, mas nesses 30 dias ele se preparou para a grande mudança: estudou, pesquisou, alugou casa em Gramado.
Dois meses depois da ideia surgir, Pires estava de “mala e cuia” na cidade, pronto para a nova vida. O dono da fábrica, no entanto, não estava tão pronto assim. “Ele disse que no final de ano o movimento era baixo e que não poderia me atender. A inauguração da loja que eu tinha alugado era no mês seguinte, já tinha alugado por um ano, o apartamento também, já tinha pedido demissão. Tinha refeito minha vida e de repente eu estava sozinho”, relembrou.
Antes de poder dizer que deu certo, Aristeu ainda teve problemas com outro fornecedor que sumiu, com uma loja que não se pagava, com um americano que exportava seus produtos e deu um calote e ainda precisou enfrentar uma micro explosão. E não é uma figura de linguagem. Em 2004, a fábrica, que a essa altura já havia expandido, com 2 mil m² e 40 funcionários, foi atingida por um fenômeno natural.
“Um jato de ar que caiu bem no centro da minha fábrica, em 10 segundos a 260km/h, sumiu tudo. Telhado desapareceu. Meia hora antes os funcionários tinham saído e ninguém se machucou, mas não sobrou nada da fábrica”, contou.
A solução foi achar um galpão provisório para recomeçar. “Foi um ‘vai ou racha’. Resolvi investir o que eu não tinha, não tinha dinheiro, mas o pessoal vestiu a camisa e hoje estamos com 4 mil m² e 80 funcionários. E já estamos precisando expandir para um espaço maior”.
Agora, que deu muito certo, Aristeu conta que as pessoas ao seu redor classificaram essa mudança tão brusca como uma irresponsabilidade. “E era mesmo. Porque eu não tinha nada concreto na mão, mas era a agonia de recomeçar a vida. E eu não queria recomeçar de onde eu estava. Eu queria ter um novo casamento, reconstruir minha família, viajando do mesmo jeito? Desse jeito, não dava. Eu precisava fazer uma ruptura”, explicou. E valeu a pena? “Se eu tivesse a chance de voltar atrás, faria a mesma coisa. Mas estaria com mais experiência, não faria tanta burrice, mas é muita gratificante”, afirmou.
Informática x madeira
“Mas o que tem a ver a informática e móveis de madeira?”, esse era um dos questionamentos que o designer ouviu durante esse processo de mudança de carreira. E a reposta foi encontrada após muito tempo de reflexão – “e terapia”, lembrou ele.
“O que me dá o prazer é o processo criativo. O que eu fazia lá [na informática] era criar soluções. Eu fazia arquitetura de uma solução e sempre trabalhei em criar e conceber sistemas, em criar coisas novas”, pontuou.
Mas os móveis, por si só, nunca foram uma grande paixão. O que Aristeu desenhava na juventude eram carros. “Coisa de adolescentes, adorava desenhar carros de corridas, adora Fórmula 1”, lembrou.
Inspirações
Diferentemente dos programas que desenvolveu quando trabalhava com computação, os móveis desenvolvidos por Aristeu não ficam obsoletos. Uma das suas primeiras criações, a poltrona Gisele, que ganhou o Prêmio do Museu da Casa Brasileira, segue sendo vendida, mesmo 20 anos depois. “O móvel não fica velho, fica vintage”, brincou. “Quero fazer peças que as pessoas queiram ter ao seu lado pelo resto da vida”, resumiu.
O estilo do designer está em cada peça criada. Ele diz não querer saber de tendências – “porque isso vai passar” -, e sim fazer móveis a cara dele, e que pessoas com gostos parecidos com o dele, gostem. Além disso, Aristeu não abre mão da durabilidade das peças, que passam por controle de qualidade antes de serem colocadas à venda.
E de onde vem as inspirações para os desenhos? Segundo o baiano, das suas necessidades. Aristeu contou que umas primeiras coisas que desenhou e produziu foi uma cama. “Minha mulher vivia batendo a canela no canto da cama quando levantava de noite, e uma vez quebrou o dedinho do pé no pé da cama. Além disso, fui fazer uma limpeza na cama e vi que estava cheia de mofo. Então pensei, preciso fazer uma cama que não dê “topada” e não dê mofo. E fiz”, relembrou.
Dessa forma, ele também desenhou, por exemplo, um berço para uma de suas filhas e uma poltrona para seu pai que estava com Mal Parkinson – a Gisele.
Fonte: Bau Mais. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Crédito fotográfico: Instagram do artista: @aristeupiresdesign. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Aristeu Pires (Campo Formoso, Bahia) é um designer de móveis brasileiro. Iniciou sua carreira como engenheiro de computação, mas migrou para a criação de móveis, focando em peças artesanais feitas com madeira brasileira sustentável. Fundou sua própria marca em 2002, "Aristeu Pires Design", após um período de estudos e trabalho nos Estados Unidos. Seus móveis, como cadeiras e mesas, são caracterizados por um design contemporâneo que valoriza as linhas limpas e a durabilidade. Ele participou de várias feiras de design, incluindo a Maison&Objet em Paris, onde suas obras foram amplamente elogiadas pela inovação e qualidade. Seu trabalho é uma celebração do artesanato brasileiro aliado a um design sofisticado e moderno. Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, funcionalidade, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade.
Biografia Aristeu Pires | Arremate Arte
Aristeu Pires é um renomado designer de móveis brasileiro, nascido na Bahia. Originalmente formado como engenheiro de computação, Aristeu decidiu mudar de carreira para seguir sua paixão pelo design de móveis. Ele é conhecido por suas criações artesanais, que combinam design contemporâneo com madeira sustentável brasileira. Suas peças, que vão desde cadeiras a bancos e mesas, são admiradas pela simplicidade, funcionalidade e durabilidade, refletindo um estilo atemporal que se adapta a diversos ambientes.
Aristeu Pires ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo aclamado por sua habilidade em transformar materiais naturais em obras de arte funcionais. Uma de suas peças mais notáveis, a cadeira Gisele, recebeu o prestigiado prêmio do "Museu da Casa Brasileira". Além disso, suas criações têm sido exibidas em importantes eventos de design, como a Maison&Objet em Paris, destacando-se pela combinação única de influências parisienses e a riqueza da madeira brasileira.
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Biografia Aristeu Pires | Site Aristeu Pires
Nascido em Campo Formoso, no sertão da Bahia, Aristeu (67), virou marca em 2002. A vida como designer de móveis começou por acaso, em uma viagem feita a Gramado, quando morava no Rio de Janeiro e trabalhava como executivo de uma grande empresa do setor de informática. Ao retornar ao Rio, desligou-se de seu trabalho na informática e em dois meses a mudança para Gramado seria feita. Com um plano de negócios bem desenvolvido, Aristeu montou sua própria fábrica, que hoje tem quase 100 funcionários.
Reconhecido como um dos grandes nomes do design brasileiro contemporâneo, Aristeu construiu ao longo de 19 anos uma reputação forte no mercado nacional. Seus móveis estão nas principais lojas de decoração do país e em projetos dos mais importantes escritórios de arquitetura, tanto residenciais quanto corporativos.
Aristeu traz em suas criações o traço contemporâneo e uma qualidade metódica que refletem sua personalidade, suas peças são marcadas pelas formas leves e o impecável acabamento.
Uma das peças que desenhou, a cadeira de balanço Gisele, ganhou o 21º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em 2007. Assim, foi questão de tempo para Aristeu chegar também aos Estados Unidos.
Após um ano de trabalho nos Estados Unidos, o designer voltou ao Brasil e lançou uma nova coleção de móveis no início de 2016. Como resultado do trabalho iniciado nos EUA, também foi aberta sua primeira loja no exterior, em Chicago, em parceria com um grupo de investimento que planeja saltos ainda maiores para a empresa.
Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade. Para conseguir este resultado, a fabricação de cada peça une alta tecnologia com a qualidade do trabalho manual. Dessa forma, nossos produtos não são diferenciados por segmento, pois toda linha possui conforto, qualidade e leveza exigidos para uso residencial, unidos à resistência e durabilidade que atendem ao mais exigente mercado corporativo. Devido a isto, diversos clientes adotam os produtos Aristeu Pires em empresas ao redor do mundo.
Fonte: Aristeu Pires. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
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Conheça Aristeu Pires, Design que ao 'Mudar de vida' se consolidou | Bau Mais
Formado em ciências da computação, Aristeu foi atrás de qualidade de vida e se encontrou no designer de móveis
Quem ler um resumo da vida do designer de móveis Aristeu Pires provavelmente vai se surpreender com a formação do empresário. Ele é formado em ciência da computação e à primeira vista fazer um paralelo entre as duas profissões parece difícil, mas ao conversar com ele, e entender melhor sua história, as coisas passam a fazer sentido.
Baiano de Campo Formoso, Aristeu, de 67 anos, deixou o estado com apenas oito anos. De lá, até se firmar em Canela, no Rio Grande do Sul, há 20 anos, ele não “parou quieto”, como dizem pelas bandas baianas. O artista passou por Salvador, mas logo depois foi para Goiás, e ainda morou em Brasília e Rio de Janeiro.
O primeiro contato com o Rio Grande do Sul foi no final da década de 80, quando fez mestrado em Porto Alegre. “Na doida”, como descreveu, acabou indo morar em Gramado a convite de um amigo. “Foi um ano e pouco morando lá e ficou aquele gosto de qualidade de vida”, refletiu Pires.
Esse “gosto” foi fundamental para o surgimento da carreira no universo dos móveis. Apesar de “gostar muito” do que fazia na área da computação, a necessidade de uma mudança de estilo de vida foi crescendo. “Eu viajava muito, eram 360 mil quilômetros por ano, então chegou um ponto que isso começou a afetar minha qualidade de vida. Meu casamento não continuou, não vi minhas filhas crescerem, ou seja, era um preço muito alto para pagar, embora eu gostasse muito do que eu fazia”, contou.
Quando já estava morando novamente no Rio de Janeiro, Aristeu foi visitar Gramado e surgiu a oportunidade de abrir uma empresa, mas ainda dentro da área de informática. Sempre pensando em diminuir o ritmo, em busca de uma vida mais simples.
Acabou não dando certo e um plano B surgiu de forma completamente involuntária. Com uma simples compra de móvel para casa nova, o novo modelo de vida tão desejado por Aristeu foi se moldando.
“Meu apartamento novo no Rio tinha uma mobília muito ruim. Como estava em Gramado, um lugar que vende muitos móveis, comecei a procurar na avenida que liga Gramado com Canela, de loja em loja, e não achei nada que eu gostasse”, explicou.
Para mostrar o tipo o que queria exatamente, Aristeu desenhou, então, seu primeiro móvel. Claro que de maneira improvisada, mas os dois anos que cursou engenharia e aprendeu desenho técnico foram suficientes para ele conseguir encomendar a cadeira e mesa que desejava.
Vai dar certo
Depois de desenhar os móveis, Aristeu fechou uma parceria com o dono da fábrica e sócio da loja. Desenharia os produtos e a loja os venderia. Foi aí que ele viu a oportunidade de, então, conseguir a tão esperada qualidade de vida.
Foi para São Paulo pedir demissão e ao contar ao chefe que iria desenhar móveis, ouviu que ele “não estava bem”. O chefe ofereceu férias – algo que não fazia parte do vocabulário de Aristeu há sete anos -, mas nesses 30 dias ele se preparou para a grande mudança: estudou, pesquisou, alugou casa em Gramado.
Dois meses depois da ideia surgir, Pires estava de “mala e cuia” na cidade, pronto para a nova vida. O dono da fábrica, no entanto, não estava tão pronto assim. “Ele disse que no final de ano o movimento era baixo e que não poderia me atender. A inauguração da loja que eu tinha alugado era no mês seguinte, já tinha alugado por um ano, o apartamento também, já tinha pedido demissão. Tinha refeito minha vida e de repente eu estava sozinho”, relembrou.
Antes de poder dizer que deu certo, Aristeu ainda teve problemas com outro fornecedor que sumiu, com uma loja que não se pagava, com um americano que exportava seus produtos e deu um calote e ainda precisou enfrentar uma micro explosão. E não é uma figura de linguagem. Em 2004, a fábrica, que a essa altura já havia expandido, com 2 mil m² e 40 funcionários, foi atingida por um fenômeno natural.
“Um jato de ar que caiu bem no centro da minha fábrica, em 10 segundos a 260km/h, sumiu tudo. Telhado desapareceu. Meia hora antes os funcionários tinham saído e ninguém se machucou, mas não sobrou nada da fábrica”, contou.
A solução foi achar um galpão provisório para recomeçar. “Foi um ‘vai ou racha’. Resolvi investir o que eu não tinha, não tinha dinheiro, mas o pessoal vestiu a camisa e hoje estamos com 4 mil m² e 80 funcionários. E já estamos precisando expandir para um espaço maior”.
Agora, que deu muito certo, Aristeu conta que as pessoas ao seu redor classificaram essa mudança tão brusca como uma irresponsabilidade. “E era mesmo. Porque eu não tinha nada concreto na mão, mas era a agonia de recomeçar a vida. E eu não queria recomeçar de onde eu estava. Eu queria ter um novo casamento, reconstruir minha família, viajando do mesmo jeito? Desse jeito, não dava. Eu precisava fazer uma ruptura”, explicou. E valeu a pena? “Se eu tivesse a chance de voltar atrás, faria a mesma coisa. Mas estaria com mais experiência, não faria tanta burrice, mas é muita gratificante”, afirmou.
Informática x madeira
“Mas o que tem a ver a informática e móveis de madeira?”, esse era um dos questionamentos que o designer ouviu durante esse processo de mudança de carreira. E a reposta foi encontrada após muito tempo de reflexão – “e terapia”, lembrou ele.
“O que me dá o prazer é o processo criativo. O que eu fazia lá [na informática] era criar soluções. Eu fazia arquitetura de uma solução e sempre trabalhei em criar e conceber sistemas, em criar coisas novas”, pontuou.
Mas os móveis, por si só, nunca foram uma grande paixão. O que Aristeu desenhava na juventude eram carros. “Coisa de adolescentes, adorava desenhar carros de corridas, adora Fórmula 1”, lembrou.
Inspirações
Diferentemente dos programas que desenvolveu quando trabalhava com computação, os móveis desenvolvidos por Aristeu não ficam obsoletos. Uma das suas primeiras criações, a poltrona Gisele, que ganhou o Prêmio do Museu da Casa Brasileira, segue sendo vendida, mesmo 20 anos depois. “O móvel não fica velho, fica vintage”, brincou. “Quero fazer peças que as pessoas queiram ter ao seu lado pelo resto da vida”, resumiu.
O estilo do designer está em cada peça criada. Ele diz não querer saber de tendências – “porque isso vai passar” -, e sim fazer móveis a cara dele, e que pessoas com gostos parecidos com o dele, gostem. Além disso, Aristeu não abre mão da durabilidade das peças, que passam por controle de qualidade antes de serem colocadas à venda.
E de onde vem as inspirações para os desenhos? Segundo o baiano, das suas necessidades. Aristeu contou que umas primeiras coisas que desenhou e produziu foi uma cama. “Minha mulher vivia batendo a canela no canto da cama quando levantava de noite, e uma vez quebrou o dedinho do pé no pé da cama. Além disso, fui fazer uma limpeza na cama e vi que estava cheia de mofo. Então pensei, preciso fazer uma cama que não dê “topada” e não dê mofo. E fiz”, relembrou.
Dessa forma, ele também desenhou, por exemplo, um berço para uma de suas filhas e uma poltrona para seu pai que estava com Mal Parkinson – a Gisele.
Fonte: Bau Mais. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Crédito fotográfico: Instagram do artista: @aristeupiresdesign. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Aristeu Pires (Campo Formoso, Bahia) é um designer de móveis brasileiro. Iniciou sua carreira como engenheiro de computação, mas migrou para a criação de móveis, focando em peças artesanais feitas com madeira brasileira sustentável. Fundou sua própria marca em 2002, "Aristeu Pires Design", após um período de estudos e trabalho nos Estados Unidos. Seus móveis, como cadeiras e mesas, são caracterizados por um design contemporâneo que valoriza as linhas limpas e a durabilidade. Ele participou de várias feiras de design, incluindo a Maison&Objet em Paris, onde suas obras foram amplamente elogiadas pela inovação e qualidade. Seu trabalho é uma celebração do artesanato brasileiro aliado a um design sofisticado e moderno. Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, funcionalidade, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade.
Biografia Aristeu Pires | Arremate Arte
Aristeu Pires é um renomado designer de móveis brasileiro, nascido na Bahia. Originalmente formado como engenheiro de computação, Aristeu decidiu mudar de carreira para seguir sua paixão pelo design de móveis. Ele é conhecido por suas criações artesanais, que combinam design contemporâneo com madeira sustentável brasileira. Suas peças, que vão desde cadeiras a bancos e mesas, são admiradas pela simplicidade, funcionalidade e durabilidade, refletindo um estilo atemporal que se adapta a diversos ambientes.
Aristeu Pires ganhou diversos prêmios nacionais e internacionais, sendo aclamado por sua habilidade em transformar materiais naturais em obras de arte funcionais. Uma de suas peças mais notáveis, a cadeira Gisele, recebeu o prestigiado prêmio do "Museu da Casa Brasileira". Além disso, suas criações têm sido exibidas em importantes eventos de design, como a Maison&Objet em Paris, destacando-se pela combinação única de influências parisienses e a riqueza da madeira brasileira.
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Biografia Aristeu Pires | Site Aristeu Pires
Nascido em Campo Formoso, no sertão da Bahia, Aristeu (67), virou marca em 2002. A vida como designer de móveis começou por acaso, em uma viagem feita a Gramado, quando morava no Rio de Janeiro e trabalhava como executivo de uma grande empresa do setor de informática. Ao retornar ao Rio, desligou-se de seu trabalho na informática e em dois meses a mudança para Gramado seria feita. Com um plano de negócios bem desenvolvido, Aristeu montou sua própria fábrica, que hoje tem quase 100 funcionários.
Reconhecido como um dos grandes nomes do design brasileiro contemporâneo, Aristeu construiu ao longo de 19 anos uma reputação forte no mercado nacional. Seus móveis estão nas principais lojas de decoração do país e em projetos dos mais importantes escritórios de arquitetura, tanto residenciais quanto corporativos.
Aristeu traz em suas criações o traço contemporâneo e uma qualidade metódica que refletem sua personalidade, suas peças são marcadas pelas formas leves e o impecável acabamento.
Uma das peças que desenhou, a cadeira de balanço Gisele, ganhou o 21º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira em 2007. Assim, foi questão de tempo para Aristeu chegar também aos Estados Unidos.
Após um ano de trabalho nos Estados Unidos, o designer voltou ao Brasil e lançou uma nova coleção de móveis no início de 2016. Como resultado do trabalho iniciado nos EUA, também foi aberta sua primeira loja no exterior, em Chicago, em parceria com um grupo de investimento que planeja saltos ainda maiores para a empresa.
Os produtos desenhados por Aristeu são reconhecidos e premiados por seu design atemporal, acabamento impecável e conforto, aliado aos fatores de extrema resistência e durabilidade. Para conseguir este resultado, a fabricação de cada peça une alta tecnologia com a qualidade do trabalho manual. Dessa forma, nossos produtos não são diferenciados por segmento, pois toda linha possui conforto, qualidade e leveza exigidos para uso residencial, unidos à resistência e durabilidade que atendem ao mais exigente mercado corporativo. Devido a isto, diversos clientes adotam os produtos Aristeu Pires em empresas ao redor do mundo.
Fonte: Aristeu Pires. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
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Conheça Aristeu Pires, Design que ao 'Mudar de vida' se consolidou | Bau Mais
Formado em ciências da computação, Aristeu foi atrás de qualidade de vida e se encontrou no designer de móveis
Quem ler um resumo da vida do designer de móveis Aristeu Pires provavelmente vai se surpreender com a formação do empresário. Ele é formado em ciência da computação e à primeira vista fazer um paralelo entre as duas profissões parece difícil, mas ao conversar com ele, e entender melhor sua história, as coisas passam a fazer sentido.
Baiano de Campo Formoso, Aristeu, de 67 anos, deixou o estado com apenas oito anos. De lá, até se firmar em Canela, no Rio Grande do Sul, há 20 anos, ele não “parou quieto”, como dizem pelas bandas baianas. O artista passou por Salvador, mas logo depois foi para Goiás, e ainda morou em Brasília e Rio de Janeiro.
O primeiro contato com o Rio Grande do Sul foi no final da década de 80, quando fez mestrado em Porto Alegre. “Na doida”, como descreveu, acabou indo morar em Gramado a convite de um amigo. “Foi um ano e pouco morando lá e ficou aquele gosto de qualidade de vida”, refletiu Pires.
Esse “gosto” foi fundamental para o surgimento da carreira no universo dos móveis. Apesar de “gostar muito” do que fazia na área da computação, a necessidade de uma mudança de estilo de vida foi crescendo. “Eu viajava muito, eram 360 mil quilômetros por ano, então chegou um ponto que isso começou a afetar minha qualidade de vida. Meu casamento não continuou, não vi minhas filhas crescerem, ou seja, era um preço muito alto para pagar, embora eu gostasse muito do que eu fazia”, contou.
Quando já estava morando novamente no Rio de Janeiro, Aristeu foi visitar Gramado e surgiu a oportunidade de abrir uma empresa, mas ainda dentro da área de informática. Sempre pensando em diminuir o ritmo, em busca de uma vida mais simples.
Acabou não dando certo e um plano B surgiu de forma completamente involuntária. Com uma simples compra de móvel para casa nova, o novo modelo de vida tão desejado por Aristeu foi se moldando.
“Meu apartamento novo no Rio tinha uma mobília muito ruim. Como estava em Gramado, um lugar que vende muitos móveis, comecei a procurar na avenida que liga Gramado com Canela, de loja em loja, e não achei nada que eu gostasse”, explicou.
Para mostrar o tipo o que queria exatamente, Aristeu desenhou, então, seu primeiro móvel. Claro que de maneira improvisada, mas os dois anos que cursou engenharia e aprendeu desenho técnico foram suficientes para ele conseguir encomendar a cadeira e mesa que desejava.
Vai dar certo
Depois de desenhar os móveis, Aristeu fechou uma parceria com o dono da fábrica e sócio da loja. Desenharia os produtos e a loja os venderia. Foi aí que ele viu a oportunidade de, então, conseguir a tão esperada qualidade de vida.
Foi para São Paulo pedir demissão e ao contar ao chefe que iria desenhar móveis, ouviu que ele “não estava bem”. O chefe ofereceu férias – algo que não fazia parte do vocabulário de Aristeu há sete anos -, mas nesses 30 dias ele se preparou para a grande mudança: estudou, pesquisou, alugou casa em Gramado.
Dois meses depois da ideia surgir, Pires estava de “mala e cuia” na cidade, pronto para a nova vida. O dono da fábrica, no entanto, não estava tão pronto assim. “Ele disse que no final de ano o movimento era baixo e que não poderia me atender. A inauguração da loja que eu tinha alugado era no mês seguinte, já tinha alugado por um ano, o apartamento também, já tinha pedido demissão. Tinha refeito minha vida e de repente eu estava sozinho”, relembrou.
Antes de poder dizer que deu certo, Aristeu ainda teve problemas com outro fornecedor que sumiu, com uma loja que não se pagava, com um americano que exportava seus produtos e deu um calote e ainda precisou enfrentar uma micro explosão. E não é uma figura de linguagem. Em 2004, a fábrica, que a essa altura já havia expandido, com 2 mil m² e 40 funcionários, foi atingida por um fenômeno natural.
“Um jato de ar que caiu bem no centro da minha fábrica, em 10 segundos a 260km/h, sumiu tudo. Telhado desapareceu. Meia hora antes os funcionários tinham saído e ninguém se machucou, mas não sobrou nada da fábrica”, contou.
A solução foi achar um galpão provisório para recomeçar. “Foi um ‘vai ou racha’. Resolvi investir o que eu não tinha, não tinha dinheiro, mas o pessoal vestiu a camisa e hoje estamos com 4 mil m² e 80 funcionários. E já estamos precisando expandir para um espaço maior”.
Agora, que deu muito certo, Aristeu conta que as pessoas ao seu redor classificaram essa mudança tão brusca como uma irresponsabilidade. “E era mesmo. Porque eu não tinha nada concreto na mão, mas era a agonia de recomeçar a vida. E eu não queria recomeçar de onde eu estava. Eu queria ter um novo casamento, reconstruir minha família, viajando do mesmo jeito? Desse jeito, não dava. Eu precisava fazer uma ruptura”, explicou. E valeu a pena? “Se eu tivesse a chance de voltar atrás, faria a mesma coisa. Mas estaria com mais experiência, não faria tanta burrice, mas é muita gratificante”, afirmou.
Informática x madeira
“Mas o que tem a ver a informática e móveis de madeira?”, esse era um dos questionamentos que o designer ouviu durante esse processo de mudança de carreira. E a reposta foi encontrada após muito tempo de reflexão – “e terapia”, lembrou ele.
“O que me dá o prazer é o processo criativo. O que eu fazia lá [na informática] era criar soluções. Eu fazia arquitetura de uma solução e sempre trabalhei em criar e conceber sistemas, em criar coisas novas”, pontuou.
Mas os móveis, por si só, nunca foram uma grande paixão. O que Aristeu desenhava na juventude eram carros. “Coisa de adolescentes, adorava desenhar carros de corridas, adora Fórmula 1”, lembrou.
Inspirações
Diferentemente dos programas que desenvolveu quando trabalhava com computação, os móveis desenvolvidos por Aristeu não ficam obsoletos. Uma das suas primeiras criações, a poltrona Gisele, que ganhou o Prêmio do Museu da Casa Brasileira, segue sendo vendida, mesmo 20 anos depois. “O móvel não fica velho, fica vintage”, brincou. “Quero fazer peças que as pessoas queiram ter ao seu lado pelo resto da vida”, resumiu.
O estilo do designer está em cada peça criada. Ele diz não querer saber de tendências – “porque isso vai passar” -, e sim fazer móveis a cara dele, e que pessoas com gostos parecidos com o dele, gostem. Além disso, Aristeu não abre mão da durabilidade das peças, que passam por controle de qualidade antes de serem colocadas à venda.
E de onde vem as inspirações para os desenhos? Segundo o baiano, das suas necessidades. Aristeu contou que umas primeiras coisas que desenhou e produziu foi uma cama. “Minha mulher vivia batendo a canela no canto da cama quando levantava de noite, e uma vez quebrou o dedinho do pé no pé da cama. Além disso, fui fazer uma limpeza na cama e vi que estava cheia de mofo. Então pensei, preciso fazer uma cama que não dê “topada” e não dê mofo. E fiz”, relembrou.
Dessa forma, ele também desenhou, por exemplo, um berço para uma de suas filhas e uma poltrona para seu pai que estava com Mal Parkinson – a Gisele.
Fonte: Bau Mais. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.
Crédito fotográfico: Instagram do artista: @aristeupiresdesign. Consultado pela última vez em 19 de junho de 2024.