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José Lima

José Lima dos Santos (Altamira, Conde, BA, 23 de agosto de 1922 — Rio de Janeiro, RJ, 27 de fevereiro de 1987), mais conhecido como J.Lima, foi um pintor brasileiro. De família católica, ficou conhecido por suas telas de pinturas religiosas e pinturas sacra. Estudou na Escola de Belas Artes da Bahia com o renomado Mestre Presciliano Silva. No início da década de 1940, foi para a Itália, onde permaneceu por três anos e continuou seus estudos com os mestres Tito Ridolfi e Aldo Mezzedini. Ao longo de sua vida, residiu em muitos cidades, incluindo Salvador, Estância, Recife e Rio de Janeiro. Em terras pernambucanas fez exposições individuais e participou de coletivas, sendo desse período a decoração da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Salesiana, no ano de 1952. Destacando-se a exposição no Gabinete Português de 12 de maio a 06 de junho de 1948, onde foram expostas cerca de 40 obras, maior parte delas de interiores de igrejas de Recife e Olinda. Mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1950, onde radicou-se. Lá consolidou em definitivo a sua arte, sendo premiado em diversos Salões Nacionais e tendo seus quadros em exposição permanente nas instituições de acesso público e em galerias. Destacou-se com a autoria do emblema do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado em 1955, marca que esteve presente em diversos objetos religiosos, comemorativos, sinalizadores e, em particular, na filatelia nacional, onde os selos ainda são muito procurados por colecionadores. Também destaca-se a pintura decorativa da Igreja de São Januário e Santo Agostinho, no Bairro de São Cristóvão, cujas paredes e teto, uma área de mais de 600 m², foram decorados em 1959. Apesar de morar no Rio, J.Lima visitava frequentemente o Nordeste, tanto pelos vínculos familiares quanto pelas inspirações para seus quadros.

Biografia José Lima – Site Oficial do Artista

José Lima dos Santos nasceu em 23 de agosto de 1922, no atual Distrito de Altamira, Município do Conde, interior da Bahia. Era o terceiro dos oito filhos de uma família de sólida formação católica do funileiro José Cristino dos Santos e da dona de casa Josefa Lima dos Santos, a Dona Senhora.

Aos doze anos foi internado no Seminário Seráfico de Esplanada, onde adquiriu a bagagem cultural e a ambientação iniciais e necessárias para o desenvolvimento de sua arte.

Não tendo vocação para a vida religiosa, deixou o direito Canônico e a liturgia e foi estudar Belas Artes, ainda na Bahia, com o renomado Mestre Presciliano Silva. No início da década de 1940, foi para a Itália, onde permaneceu por três anos e continuou seus estudos com os mestres Tito Ridolfi e Aldo Mezzedini.

Bahia, seu berço

Voltando ao Brasil, permaneceu na Bahia até 1946, período em que estudou na Escola de Belas Artes da Salvador sendo “discípulo” do Mestre Presciliano Silva, participando de diversas exposições coletivas.

Em terras baianas realizou a pintura decorativa das primeiras Igrejas. A Catedral de Nossa Senhora das Vitórias em Vitória da Conquista aconteceu entre outubro de 1943 e maio de 1944. Em 1945, naquela cidade, José Lima casou-se pela primeira vez.

Em sua terra natal, o Distrito de Altamira no município do Conde, fez a decoração da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em 1946, cujo altar-mor foi ricamente entalhado por seu Avô, João Antônio Cristino dos Santos, juntamente com o Mestre Agostinho. No mesmo ano, fez o quadro “Tia Cota”.

Pernambuco e Paraíba

No final do ano de 1946, mudou-se para Recife com o propósito de pintar as históricas igrejas do Nordeste.

Lá casou-se pela segunda vez, em janeiro de 1949, e a esposa o acompanhou na pintura decorativa da Catedral de Nossa Senhora da Guia em Patos na Paraíba, entre 1949 e 1951, o primeiro grande marco da sua obra. Em terras pernambucanas fez exposições individuais e participou de coletivas, sendo desse período a decoração da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Salesiana, no ano de 1952.

Uma de suas exposições mais divulgadas foi realizada no Gabinete Português de 12 de maio a 06 de junho de 1948. Nesse evento foram expostas cerca de 40 obras, maior parte delas de interiores de igrejas de Recife e Olinda.

No Rio de Janeiro

Buscando divulgar sua obra para além do Nordeste, mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1950, onde radicou-se.

Na então Capital da República, J. Lima consolida em definitivo a sua arte, sendo premiado em diversos Salões Nacionais e tendo seus quadros em exposição permanente nas instituições de acesso público e em galerias.

Um dos seus trabalhos mais especiais foi a autoria do emblema do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado em 1955, marca que esteve presente em diversos objetos religiosos, comemorativos, sinalizadores e, em particular, na filatelia nacional, onde os selos ainda são muito procurados por colecionadores.

O marco definitivo da grandiosidade de sua obra é a pintura decorativa da Igreja de São Januário e Santo Agostinho, no Bairro de São Cristóvão, cujas paredes e teto, uma área de mais de 600 m², foram decorados em 1959.

Em Sergipe, seu Lar

Mesmo fixando residência no Rio de Janeiro, J.Lima visitava frequentemente o Nordeste, tanto pelos vínculos familiares quanto pelas inspirações para seus quadros.

O pintor expressava sua particular afeição ao Estado de Sergipe, onde residia a maioria dos seus irmãos e sobrinhos, inclusive, mantendo por algum tempo um ateliê na cidade de Estância, em que produziu trabalhos inspirados nas antigas igrejas daquele Estado. À época, seus cartões de apresentação tinham como endereços o ateliê no Rio de Janeiro e a casa da sua irmã Tarcila, em Estância.

Na “Cidade Jardim” do Estado que chamava de “Lar”, fez sua última decoração de igreja, em 1968, com a pintura da capela-mor da Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Guadalupe.

Considerado como um “filho ilustre”, tendo recebido a Cidadania Aracajuana, participou de exposições junto com notáveis locais.

Falecido em 27 de fevereiro de 1987, foi sepultado em Estância.

Fonte: Síntese biográfica produzida por Pedro de Brito, Julia Brito e Sabrina Ferreira, extraída do site oficial de José Lima. Consultado pela última vez em 12 de dezembro de 2022.

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Exposições, Prêmios e Homenagens

Exposição no Gabinete Português de Leitura – Recife/PE, em 1948, com apresentação de 53 telas.

10º Salão de Pintura do Recife de 1951: Participação com as obras “Interior da Igreja dos Santos Cosme e Damião”, “Interior da Igreja de Santo Antonio”, “Sacristia do Convento de São Francisco” e “Interior da Catedral da Madre de Deus”.

60º Salão Nacional de Belas Artes de 1955: Premiado com as obras “Particular da Igreja de S. Bento” e “Interior da Igreja de S. Bento”.

61º Salão Nacional de Belas Artes de 1956: Premiado com as obras “Portaria do Convento de S. Antonio” e “Particular de uma sala de visita”.

63º Salão Nacional de Belas Artes de 1958: Menção honrosa pela obra “Igreja de São Bento”.

64º Salão Nacional de Belas Artes de 1959: Menção honrosa pela obra “Na paz da sacristia”.

65º Salão Nacional de Belas Artes de 1960: Premiado com a obra “A esmola do conforto”.

66º Salão Nacional de Belas Artes de 1961: Premiado com a obra “Em busca da paz”.

68º Salão Nacional de Belas Artes de 1963: Medalha de bronze com as obras “Particular da Igreja de S. Francisco – Bahia” e “Vestíbulo do convento de S. Francisco – Bahia”.

Exposição na Galeria de Artes Álvaro Santos, 1971, em Aracaju/SE.

Encontro Cultural em Aracaju/SE, 1973, sendo convidado especial para a exposição coletiva dos pintores sergipanos radicados fora do Estado.

Exposição na Galeria de Artes Álvaro Santos, 1985, em Aracaju/SE, patrocinada pela então Faculdade Tiradentes, hoje Universidade, com apresentação de 65 quadros.

Título de Cidadania Aracajuana, aprovado em 1985.

Fonte: Site José Lima. Consultado pela última vez em 12 de dezembro de 2022.

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Exposições Individuais

1948 - Individual de José Lima

1971 - Individual de José Lima

Exposições Coletivas

1951 - 10º Salão Anual de Pintura

1955 - 60º Salão Nacional de Belas Artes

1956 - 61º Salão Nacional de Belas Artes

1958 - 63º Salão Nacional de Belas Artes

1959 - 64º Salão Nacional de Belas Artes

1960 - 65º Salão Nacional de Belas Artes

1961 - 66º Salão Nacional de Belas Artes

1963 - 68º Salão Nacional de Belas Artes

1985 - Coletiva na Galeria de Artes Álvaro Santos

Fonte: JOSÉ Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 12 de dezembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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José Lima é imortal em nossa história | Por Pedro de Brito

Como nasce um artista se não de sua capacidade de transpor, cultivando as belas artes, por meio de talento imensurável!? Essa minha percepção, é, aliás, ínfima perto do que realmente é um artista, afinal, é por meio de sua obra que torna-se imortal, atravessa o tempo, fazendo com que a humanidade reconheça sua história. É por meio da arte que gerações têm a oportunidade de se aproximar do passado com respeito aos povos e culturas. A arte expressa valores imensuráveis, arrebata sentimentos e valoriza costumes visando a construção de uma sociedade mais sensível aos seus semelhantes.

É com muito orgulho que na Biblioteca Central da Universidade Tiradentes, no Campus Aracaju Farolândia, preservamos grande parte da memória de Sergipe. Assim, toda a comunidade pode apreciar importantes peças artísticas, tais como as de José Lima dos Santos, mais conhecido como José Lima ou J. Lima. Baiano de nascença, se tornou carioca, praticamente, diante do tamanho reconhecimento que suas obras passaram a ter, consagrando-se como um dos maiores expoentes da pintura sacra no Brasil, em especial, no gênero de interiores de igreja. Mas foi em Sergipe que ele se sentiu acolhido e pôde chamar de lar, afinal, era onde residia a maioria dos seus irmãos e sobrinhos e aqui passou a fazer parte de nossa história.

Em Estância, grande berço da cultura sergipana, José Lima está eternizado na decoração da capela-mor da Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Guadalupe e na Capela do Asilo Santo Antônio. Isto ressalta a sua temática religiosa, que possui beleza especial e que serve até hoje de referência para as novas gerações de artistas plásticos.

Ao centenário deste legítimo intérprete da Arte Sacra no País, registro aqui nossos sinceros agradecimentos, em nome de todos que fazem parte da Universidade Tiradentes, pela eloquência depositada em suas belas artes e pela sensibilidade artística de suas criações que lhe fez ser imortal em nossa história.

Fonte: Site José Lima, texto de Jouberto Uchôa de Mendonça, reitor da Universidade Tiradentes – Unit. Consultado pela última vez em 12 de dezembro de 2022.

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Arte e Acessibilidade na Quinta Juriscultural do TJSE | Site José Lima

Na 14ª edição da Quinta Juriscultural do Tribunal de Justiça de Sergipe, realizado no Memorial do Judiciário, um dos destaques foi a obra do artista plástico José Lima, que perdeu parte da audição aos 25 anos, mas tocava órgão e era regente de um coral. Considerado um dos maiores expoentes da pintura sacra no Brasil, José Lima era conhecido como “O Pintor das Igrejas“.

Durante o evento, foi lançado um site dedicado à manutenção da memória do artista. Para conhecimento, acesse o artigo no site do TJSE.

“José Lima era daquelas pessoas que quando a gente lembra primeiro vem a alegria e depois a saudade. Tínhamos que passar essa alegria e a grandeza de José Lima para que todos conheçam. Ele foi um pintor que fez trabalhos em todo o Brasil, tem obras em Recife, Olinda, na Bahia e Rio de Janeiro, onde ele deixou a marca dele na insígnia do 36º Congresso Eucarístico Internacional e, mais que isso, na pintura da Igreja de São Januário, uma obra espetacular de mais 600 m². Então falar de José Lima não é suficiente, a gente precisa mostrar o trabalho dele”, enfatizou Pedro de Brito, sobrinho de José Lima. Ele acrescentou que a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, em Estância, também foi contemplada pela arte de José Lima.

Na sua palestra, Pedro de Brito fez uma “linha do tempo” que apresentou desde as luzes e sombras vivenciadas pelo seminarista Frei Gabriel Maria de Altamira, José Lima aos 13 anos de idade, até a imagem das telas inacabadas que ficaram no seu atelier, no Rio de Janeiro, sempre com maior enfoque para as igrejas pintadas pelo Artista Plástico.

Fonte: José Lima, "Arte e Acessibilidade na Quinta Juriscultural do TJSE", publicado por Pedro de Brito. Consultado pela última vez em 16 de dezembro de 2022.

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Um dia memorável, 29 de setembro de 2022 |

O lançamento do “Acervo Afetivo Virtual” de José Lima começou com a sua divulgação em entrevista concedida à TV Sergipe. Conduzida pelo Jornalista Anderson Barbosa no Bom Dia Sergipe, foi possível “pincelar nuances” da vida e da obra do Artista Plástico e convidar os espectadores a participarem da Quinta Juriscultural do Memorial do Judiciário de Sergipe, onde aconteceu a efetiva disponibilização do site e, posteriormente, a acessarem o site para conhecimento dos conteúdos.

Importa registrar nossa gratidão ao Amigo Emanuel Teles que apresentou nosso projeto à TV Sergipe, à Direção e Coordenação de Jornalismo da emissora que, abrindo enorme espaço para a arte e a cultura, possibilitou a divulgação do Acervo Afetivo e, especialmente, ao Anderson Barbosa pela inspiradora gentileza na condução da entrevista.

Clique para acessar a entrevista.

Fonte: José Lima, "Um dia memorável 29 de setembro", publicado por Pedro de Brito. Consultado pela última vez em 16 de dezembro de 2022.

Crédito fotográfico: Site Oficial José Lima. Consultado pela última vez

José Lima dos Santos (Altamira, Conde, BA, 23 de agosto de 1922 — Rio de Janeiro, RJ, 27 de fevereiro de 1987), mais conhecido como J.Lima, foi um pintor brasileiro. De família católica, ficou conhecido por suas telas de pinturas religiosas e pinturas sacra. Estudou na Escola de Belas Artes da Bahia com o renomado Mestre Presciliano Silva. No início da década de 1940, foi para a Itália, onde permaneceu por três anos e continuou seus estudos com os mestres Tito Ridolfi e Aldo Mezzedini. Ao longo de sua vida, residiu em muitos cidades, incluindo Salvador, Estância, Recife e Rio de Janeiro. Em terras pernambucanas fez exposições individuais e participou de coletivas, sendo desse período a decoração da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Salesiana, no ano de 1952. Destacando-se a exposição no Gabinete Português de 12 de maio a 06 de junho de 1948, onde foram expostas cerca de 40 obras, maior parte delas de interiores de igrejas de Recife e Olinda. Mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1950, onde radicou-se. Lá consolidou em definitivo a sua arte, sendo premiado em diversos Salões Nacionais e tendo seus quadros em exposição permanente nas instituições de acesso público e em galerias. Destacou-se com a autoria do emblema do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado em 1955, marca que esteve presente em diversos objetos religiosos, comemorativos, sinalizadores e, em particular, na filatelia nacional, onde os selos ainda são muito procurados por colecionadores. Também destaca-se a pintura decorativa da Igreja de São Januário e Santo Agostinho, no Bairro de São Cristóvão, cujas paredes e teto, uma área de mais de 600 m², foram decorados em 1959. Apesar de morar no Rio, J.Lima visitava frequentemente o Nordeste, tanto pelos vínculos familiares quanto pelas inspirações para seus quadros.

José Lima

José Lima dos Santos (Altamira, Conde, BA, 23 de agosto de 1922 — Rio de Janeiro, RJ, 27 de fevereiro de 1987), mais conhecido como J.Lima, foi um pintor brasileiro. De família católica, ficou conhecido por suas telas de pinturas religiosas e pinturas sacra. Estudou na Escola de Belas Artes da Bahia com o renomado Mestre Presciliano Silva. No início da década de 1940, foi para a Itália, onde permaneceu por três anos e continuou seus estudos com os mestres Tito Ridolfi e Aldo Mezzedini. Ao longo de sua vida, residiu em muitos cidades, incluindo Salvador, Estância, Recife e Rio de Janeiro. Em terras pernambucanas fez exposições individuais e participou de coletivas, sendo desse período a decoração da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Salesiana, no ano de 1952. Destacando-se a exposição no Gabinete Português de 12 de maio a 06 de junho de 1948, onde foram expostas cerca de 40 obras, maior parte delas de interiores de igrejas de Recife e Olinda. Mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1950, onde radicou-se. Lá consolidou em definitivo a sua arte, sendo premiado em diversos Salões Nacionais e tendo seus quadros em exposição permanente nas instituições de acesso público e em galerias. Destacou-se com a autoria do emblema do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado em 1955, marca que esteve presente em diversos objetos religiosos, comemorativos, sinalizadores e, em particular, na filatelia nacional, onde os selos ainda são muito procurados por colecionadores. Também destaca-se a pintura decorativa da Igreja de São Januário e Santo Agostinho, no Bairro de São Cristóvão, cujas paredes e teto, uma área de mais de 600 m², foram decorados em 1959. Apesar de morar no Rio, J.Lima visitava frequentemente o Nordeste, tanto pelos vínculos familiares quanto pelas inspirações para seus quadros.

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TV Atalaia: Homenagem à José Lima | 2022

Diálogos Possíveis: Arte e Assessibilidade | 2022

Biografia José Lima – Site Oficial do Artista

José Lima dos Santos nasceu em 23 de agosto de 1922, no atual Distrito de Altamira, Município do Conde, interior da Bahia. Era o terceiro dos oito filhos de uma família de sólida formação católica do funileiro José Cristino dos Santos e da dona de casa Josefa Lima dos Santos, a Dona Senhora.

Aos doze anos foi internado no Seminário Seráfico de Esplanada, onde adquiriu a bagagem cultural e a ambientação iniciais e necessárias para o desenvolvimento de sua arte.

Não tendo vocação para a vida religiosa, deixou o direito Canônico e a liturgia e foi estudar Belas Artes, ainda na Bahia, com o renomado Mestre Presciliano Silva. No início da década de 1940, foi para a Itália, onde permaneceu por três anos e continuou seus estudos com os mestres Tito Ridolfi e Aldo Mezzedini.

Bahia, seu berço

Voltando ao Brasil, permaneceu na Bahia até 1946, período em que estudou na Escola de Belas Artes da Salvador sendo “discípulo” do Mestre Presciliano Silva, participando de diversas exposições coletivas.

Em terras baianas realizou a pintura decorativa das primeiras Igrejas. A Catedral de Nossa Senhora das Vitórias em Vitória da Conquista aconteceu entre outubro de 1943 e maio de 1944. Em 1945, naquela cidade, José Lima casou-se pela primeira vez.

Em sua terra natal, o Distrito de Altamira no município do Conde, fez a decoração da capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, em 1946, cujo altar-mor foi ricamente entalhado por seu Avô, João Antônio Cristino dos Santos, juntamente com o Mestre Agostinho. No mesmo ano, fez o quadro “Tia Cota”.

Pernambuco e Paraíba

No final do ano de 1946, mudou-se para Recife com o propósito de pintar as históricas igrejas do Nordeste.

Lá casou-se pela segunda vez, em janeiro de 1949, e a esposa o acompanhou na pintura decorativa da Catedral de Nossa Senhora da Guia em Patos na Paraíba, entre 1949 e 1951, o primeiro grande marco da sua obra. Em terras pernambucanas fez exposições individuais e participou de coletivas, sendo desse período a decoração da Basílica do Sagrado Coração de Jesus, a Igreja Salesiana, no ano de 1952.

Uma de suas exposições mais divulgadas foi realizada no Gabinete Português de 12 de maio a 06 de junho de 1948. Nesse evento foram expostas cerca de 40 obras, maior parte delas de interiores de igrejas de Recife e Olinda.

No Rio de Janeiro

Buscando divulgar sua obra para além do Nordeste, mudou-se para o Rio de Janeiro na década de 1950, onde radicou-se.

Na então Capital da República, J. Lima consolida em definitivo a sua arte, sendo premiado em diversos Salões Nacionais e tendo seus quadros em exposição permanente nas instituições de acesso público e em galerias.

Um dos seus trabalhos mais especiais foi a autoria do emblema do XXXVI Congresso Eucarístico Internacional realizado em 1955, marca que esteve presente em diversos objetos religiosos, comemorativos, sinalizadores e, em particular, na filatelia nacional, onde os selos ainda são muito procurados por colecionadores.

O marco definitivo da grandiosidade de sua obra é a pintura decorativa da Igreja de São Januário e Santo Agostinho, no Bairro de São Cristóvão, cujas paredes e teto, uma área de mais de 600 m², foram decorados em 1959.

Em Sergipe, seu Lar

Mesmo fixando residência no Rio de Janeiro, J.Lima visitava frequentemente o Nordeste, tanto pelos vínculos familiares quanto pelas inspirações para seus quadros.

O pintor expressava sua particular afeição ao Estado de Sergipe, onde residia a maioria dos seus irmãos e sobrinhos, inclusive, mantendo por algum tempo um ateliê na cidade de Estância, em que produziu trabalhos inspirados nas antigas igrejas daquele Estado. À época, seus cartões de apresentação tinham como endereços o ateliê no Rio de Janeiro e a casa da sua irmã Tarcila, em Estância.

Na “Cidade Jardim” do Estado que chamava de “Lar”, fez sua última decoração de igreja, em 1968, com a pintura da capela-mor da Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Guadalupe.

Considerado como um “filho ilustre”, tendo recebido a Cidadania Aracajuana, participou de exposições junto com notáveis locais.

Falecido em 27 de fevereiro de 1987, foi sepultado em Estância.

Fonte: Síntese biográfica produzida por Pedro de Brito, Julia Brito e Sabrina Ferreira, extraída do site oficial de José Lima. Consultado pela última vez em 12 de dezembro de 2022.

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Exposições, Prêmios e Homenagens

Exposição no Gabinete Português de Leitura – Recife/PE, em 1948, com apresentação de 53 telas.

10º Salão de Pintura do Recife de 1951: Participação com as obras “Interior da Igreja dos Santos Cosme e Damião”, “Interior da Igreja de Santo Antonio”, “Sacristia do Convento de São Francisco” e “Interior da Catedral da Madre de Deus”.

60º Salão Nacional de Belas Artes de 1955: Premiado com as obras “Particular da Igreja de S. Bento” e “Interior da Igreja de S. Bento”.

61º Salão Nacional de Belas Artes de 1956: Premiado com as obras “Portaria do Convento de S. Antonio” e “Particular de uma sala de visita”.

63º Salão Nacional de Belas Artes de 1958: Menção honrosa pela obra “Igreja de São Bento”.

64º Salão Nacional de Belas Artes de 1959: Menção honrosa pela obra “Na paz da sacristia”.

65º Salão Nacional de Belas Artes de 1960: Premiado com a obra “A esmola do conforto”.

66º Salão Nacional de Belas Artes de 1961: Premiado com a obra “Em busca da paz”.

68º Salão Nacional de Belas Artes de 1963: Medalha de bronze com as obras “Particular da Igreja de S. Francisco – Bahia” e “Vestíbulo do convento de S. Francisco – Bahia”.

Exposição na Galeria de Artes Álvaro Santos, 1971, em Aracaju/SE.

Encontro Cultural em Aracaju/SE, 1973, sendo convidado especial para a exposição coletiva dos pintores sergipanos radicados fora do Estado.

Exposição na Galeria de Artes Álvaro Santos, 1985, em Aracaju/SE, patrocinada pela então Faculdade Tiradentes, hoje Universidade, com apresentação de 65 quadros.

Título de Cidadania Aracajuana, aprovado em 1985.

Fonte: Site José Lima. Consultado pela última vez em 12 de dezembro de 2022.

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Exposições Individuais

1948 - Individual de José Lima

1971 - Individual de José Lima

Exposições Coletivas

1951 - 10º Salão Anual de Pintura

1955 - 60º Salão Nacional de Belas Artes

1956 - 61º Salão Nacional de Belas Artes

1958 - 63º Salão Nacional de Belas Artes

1959 - 64º Salão Nacional de Belas Artes

1960 - 65º Salão Nacional de Belas Artes

1961 - 66º Salão Nacional de Belas Artes

1963 - 68º Salão Nacional de Belas Artes

1985 - Coletiva na Galeria de Artes Álvaro Santos

Fonte: JOSÉ Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 12 de dezembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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José Lima é imortal em nossa história | Por Pedro de Brito

Como nasce um artista se não de sua capacidade de transpor, cultivando as belas artes, por meio de talento imensurável!? Essa minha percepção, é, aliás, ínfima perto do que realmente é um artista, afinal, é por meio de sua obra que torna-se imortal, atravessa o tempo, fazendo com que a humanidade reconheça sua história. É por meio da arte que gerações têm a oportunidade de se aproximar do passado com respeito aos povos e culturas. A arte expressa valores imensuráveis, arrebata sentimentos e valoriza costumes visando a construção de uma sociedade mais sensível aos seus semelhantes.

É com muito orgulho que na Biblioteca Central da Universidade Tiradentes, no Campus Aracaju Farolândia, preservamos grande parte da memória de Sergipe. Assim, toda a comunidade pode apreciar importantes peças artísticas, tais como as de José Lima dos Santos, mais conhecido como José Lima ou J. Lima. Baiano de nascença, se tornou carioca, praticamente, diante do tamanho reconhecimento que suas obras passaram a ter, consagrando-se como um dos maiores expoentes da pintura sacra no Brasil, em especial, no gênero de interiores de igreja. Mas foi em Sergipe que ele se sentiu acolhido e pôde chamar de lar, afinal, era onde residia a maioria dos seus irmãos e sobrinhos e aqui passou a fazer parte de nossa história.

Em Estância, grande berço da cultura sergipana, José Lima está eternizado na decoração da capela-mor da Catedral Diocesana de Nossa Senhora de Guadalupe e na Capela do Asilo Santo Antônio. Isto ressalta a sua temática religiosa, que possui beleza especial e que serve até hoje de referência para as novas gerações de artistas plásticos.

Ao centenário deste legítimo intérprete da Arte Sacra no País, registro aqui nossos sinceros agradecimentos, em nome de todos que fazem parte da Universidade Tiradentes, pela eloquência depositada em suas belas artes e pela sensibilidade artística de suas criações que lhe fez ser imortal em nossa história.

Fonte: Site José Lima, texto de Jouberto Uchôa de Mendonça, reitor da Universidade Tiradentes – Unit. Consultado pela última vez em 12 de dezembro de 2022.

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Arte e Acessibilidade na Quinta Juriscultural do TJSE | Site José Lima

Na 14ª edição da Quinta Juriscultural do Tribunal de Justiça de Sergipe, realizado no Memorial do Judiciário, um dos destaques foi a obra do artista plástico José Lima, que perdeu parte da audição aos 25 anos, mas tocava órgão e era regente de um coral. Considerado um dos maiores expoentes da pintura sacra no Brasil, José Lima era conhecido como “O Pintor das Igrejas“.

Durante o evento, foi lançado um site dedicado à manutenção da memória do artista. Para conhecimento, acesse o artigo no site do TJSE.

“José Lima era daquelas pessoas que quando a gente lembra primeiro vem a alegria e depois a saudade. Tínhamos que passar essa alegria e a grandeza de José Lima para que todos conheçam. Ele foi um pintor que fez trabalhos em todo o Brasil, tem obras em Recife, Olinda, na Bahia e Rio de Janeiro, onde ele deixou a marca dele na insígnia do 36º Congresso Eucarístico Internacional e, mais que isso, na pintura da Igreja de São Januário, uma obra espetacular de mais 600 m². Então falar de José Lima não é suficiente, a gente precisa mostrar o trabalho dele”, enfatizou Pedro de Brito, sobrinho de José Lima. Ele acrescentou que a Catedral Nossa Senhora de Guadalupe, em Estância, também foi contemplada pela arte de José Lima.

Na sua palestra, Pedro de Brito fez uma “linha do tempo” que apresentou desde as luzes e sombras vivenciadas pelo seminarista Frei Gabriel Maria de Altamira, José Lima aos 13 anos de idade, até a imagem das telas inacabadas que ficaram no seu atelier, no Rio de Janeiro, sempre com maior enfoque para as igrejas pintadas pelo Artista Plástico.

Fonte: José Lima, "Arte e Acessibilidade na Quinta Juriscultural do TJSE", publicado por Pedro de Brito. Consultado pela última vez em 16 de dezembro de 2022.

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Um dia memorável, 29 de setembro de 2022 |

O lançamento do “Acervo Afetivo Virtual” de José Lima começou com a sua divulgação em entrevista concedida à TV Sergipe. Conduzida pelo Jornalista Anderson Barbosa no Bom Dia Sergipe, foi possível “pincelar nuances” da vida e da obra do Artista Plástico e convidar os espectadores a participarem da Quinta Juriscultural do Memorial do Judiciário de Sergipe, onde aconteceu a efetiva disponibilização do site e, posteriormente, a acessarem o site para conhecimento dos conteúdos.

Importa registrar nossa gratidão ao Amigo Emanuel Teles que apresentou nosso projeto à TV Sergipe, à Direção e Coordenação de Jornalismo da emissora que, abrindo enorme espaço para a arte e a cultura, possibilitou a divulgação do Acervo Afetivo e, especialmente, ao Anderson Barbosa pela inspiradora gentileza na condução da entrevista.

Clique para acessar a entrevista.

Fonte: José Lima, "Um dia memorável 29 de setembro", publicado por Pedro de Brito. Consultado pela última vez em 16 de dezembro de 2022.

Crédito fotográfico: Site Oficial José Lima. Consultado pela última vez

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