Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista brasileira. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada como a "primeira-dama do mercado de artes carioca". Iniciou sua carreira artística na década de 1960, e no final da década, adotou o abstracionismo geométrico, caracterizado pelo rigor formal e uso vibrante de cores. Como galerista, fundou a Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e organizou exposições de artistas contemporâneos de destaque, como Ascânio MMM, Fernando Leite e (...). Marcia participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior e, entre suas mostras individuais, destacam-se exibições na Fundação Cultural de Brasília, na Petite Galerie no Rio de Janeiro e na Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Internacionalmente, suas obras foram exibidas em eventos como a Arte Fiera em Bolonha, além de bienais e salões de arte moderna em países como França, Itália, Colômbia e Chile.
Marcia Barrozo do Amaral | Arremate Arte
Márcia Barrozo do Amaral foi uma influente artista brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 1943, que se destacou como pintora, gravadora, escultora, marchand e galerista. Sua carreira artística começou nos anos 1960, após cursar a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) e estudar na Académie de la Grande Chaumière em Paris. A partir do final da década de 1960, Márcia adotou o abstracionismo geométrico, conhecido por sua severidade formal e uso de cores fortes. Ela também desempenhou um papel crucial no mercado de arte carioca, sendo uma das fundadoras e proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e expôs obras de artistas contemporâneos importantes.
Ao longo de sua carreira, Márcia Barrozo do Amaral participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior. Ela teve mostras individuais em locais como a Fundação Cultural de Brasília, a Petite Galerie no Rio de Janeiro, e a Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Além disso, suas obras foram exibidas em eventos internacionais como a Arte Fiera em Bolonha, Itália, e em diversas bienais e salões de arte moderna. Márcia também recebeu prêmios significativos, como o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Arte Moderna de 1979, destacando-se como uma figura de grande relevância no cenário artístico brasileiro.
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Marcia Barrozo do Amaral | Wikipédia
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada a "primeira-dama do mercado de artes carioca", Márcia era casada com o jornalista Zózimo Barroso do Amaral, com quem viveu até seu falecimento em 1997.
Márcia morreu em 24 de março de 2023, um dia após completar 80 anos, vítima de uma complicação cardíaca.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
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Márcia Barroso do Amaral | Itaú Cultural
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro RJ 1943). Escultora, pintora, marchand e galerista. Ingressou no curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, em 1961. Em 1964, frequenta a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. É uma das proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, no Rio de Janeiro. Realiza a primeira exposição individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Expõe no Brasil, Itália, França, Chile e Colômbia. Em 2000, realiza o projeto editorial do livro Revolta e Natura, de Frans Krajcberg (1921) pela GB Arte.
Críticas
"Com seus tubos, quadrados, losangos e o sistemático abandono da tela, Márcia Barroso do Amaral solicita ingresso numa área experimental, em que sua pesquisa denuncia uma profunda preocupação ascética presidindo a forma que, no entanto, nunca chega à extenuação ou ao rigor exagerado, pela ardência das suas cores quentes, todas de uma natureza entretida com o verão. Há muito desvinculada da figura, sua paisagem geométrica não expulsa uma problemática humana, mas suas formas de certa maneira denunciam a extensão do pesado silêncio contemporâneo, em que se homenageia o objeto enquanto o homem perde acesso à linguagem. Embora sua severidade formal se suavize pelo uso da cor, cujo prestígio a pintora recentemente descobriu - aquelas cores que tanto se assemelham às peles dos corpos -, Márcia pretende que seu material seja efetivamente consumido pelo público: este chegando e manipulando aqueles objetos com que não está familiarizado, mas que descobrirá a medida em que aceitar um conhecimento. Especialmente os cubos que, apesar da presumível sofisticação, recordam jogos infantis, aqueles movimentos lúdicos que a memória conserva e conserta simultaneamente sob os efeitos de caprichos e inventos. Um trabalho que não se importa em perder a aristocracia artística, uma vez que aceita participar de qualquer território da casa. Os losangos, porém, merecendo o espaço, como se flutuassem entre teto e chão. Alguns dentre eles tão depurados recordam peixes agressivos, todas as vértebras e a dificuldade das espinhas a descoberto" — Nélida Piñon (AYALA, Walmir (org. ), CAVALCANTI, Carlos (org. ). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - A - C. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973. 503 p. il. p. b. (Dicionários especializados, 5). p. 74).
"A abstração em Márcia não foi uma eliminação, embora vestígios fugazes da ´arte ensinada´ - foi de fato uma ´idéia´ não corporificada na realidade externa, mas formada pela pura especulação da inteligência criadora e a privilegiada intuição que inter-relaciona formas para fornecer os perceptivos, materializado, palpável ou visível, algo que comova, desperte atenção, forneça um momento de elevação e prazer físico mesmo -. Se houver relação com o mundo externo, há de ser com a sua Cityscape de Ipanema com seus sinais, logotipos e formas moldadas pelo mar, pelo movimento, o ritmo incrível do seu dia-a-dia. A artista em seu trabalho, concentra a energia plástica no objeto ou na cor, de modo a dar-lhe a consistência de um núcleo vital em contenção, densidade e equilíbrio - o rigor das culturas latinas -. (...) Haveria muito a dizer, inclusive sobre o que ela consegue com o relevo e a luz para criar o movimento, o lado estrutural sólido, o manuseio de gadgets quase tanto quanto os italianos. Enfim, tudo o que Márcia Barroso do Amaral engendra nas idéias e concretiza em formas inter-relacionadas com a cor justificada no contexto exterior, torna-se em seu todo aquela força ativa e vivificante em nossas vidas. Márcia procura sempre a unidade para aprofundar a sua marca e dará grandes alegrias" — Jayme Mauricio (MARCIA Barroso do Amaral. Apresentação de Jayme Maurício. São Paulo: Renato Magalhães Gouveia Galeria de Arte, 1980. p. [2])
Exposições Individuais
1966 - Brasília DF - Individual, na Fundação Cultural de Brasília
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1968 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1969 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1970 - Brasília DF - Individual, na Galeria Espaço
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1980 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvea - Escritório de Arte
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1982 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Suzanna Sassoun
Exposições Coletivas
1961 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - Salão dos Novos, na Petite Galerie
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1967 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Lima (Peru) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Montevidéu (Uruguai) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Buenos Aires (Argentina) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Santiago (Chile) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal de Artes Plásticas
1969 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - prêmio de aquisição
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1970 - Porto Alegre RS - 1º Salão de Artes Visuais, na UFRGS
1970 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu
1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - Cali (Colômbia) - Bienal de Cali
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1971 - Rio de Janeiro RJ - 50 Anos de Pintura Brasileira, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1971 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Múltiplos, na Petite Galeria
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1972 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - Porto Alegre RS - Salão de Artes Visuais
1973 - Rio de Janeiro RJ - Concurso de Múltiplos, na Petite Galerie - prêmio aquisição
1973 - Rio de Janeiro RJ - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - Goiânia GO - Salão da Caixa Econômica - prêmio aquisição
1975 - São Paulo SP - 7º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975/1976 - Equador - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Peru - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Chile - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Colômbia - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Venezuela - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Argentina - 28 Artistas do Brasil
1976 - Bolonha (Itália) - Arte Fiera 76
1977 - Valparaíso (Chile) - Bienal de Valparaíso
1978 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - premiada
1979 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior
1979 - São Paulo SP - Mostra da Escultura Lúdica, no Masp
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA
1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1987 - Paris (França) - Geometrias Múltiplas, na Galeria Debret
1988 - Rio de Janeiro RJ - O Eterno é Efêmero, na Petite Galerie
2002 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros 30 Anos Depois, na Multipla de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
Fonte: MÁRCIA Barroso do Amaral. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Morre galerista Márcia Barrozo do Amaral, aos 80 anos | O Globo
Morreu nesta sexta-feira (24), aos 80 anos, a galerista Márcia Barrozo do Amaral. Segundo confirmou à família ao GLOBO, a causa foi uma complicação cardíaca. Márcia foi casada com o jornalista Zózimo Barrozo (1941-1997), com quem teve Fernando, único filho do casal.
Além de marchand, Márcia Barrozo do Amaral tinha formação de artista. Em 1964, frequentou a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Depois, em 1966, fez o curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pintora, gravadora e escultora, teve sua primeira individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Também expôs em países como Itália, França, Chile e Colômbia. Em 1974, abriu a galeria Gravura Brasileira, que anos depois foi rebatizada com o seu nome.
No espaço, Márcia organizou exposições de nomes como Iole de Freitas, Ivens Machado, Anna Letycia, Frans Krajcberg, Abraham Palatnik, e Luiz Áquila, entre muitos outros. Nos anos 2000, editou os livros “Frans Krajcberg – Natura e Revolta” e “Natureza de Krajcberg”, com obras e fotografias do artista polonês.
Muitos amigos prestaram homenagens à Márcia nas redes sociais. A jornalista Hildegard Angel, por exemplo, lembrou de uma história da galerista:
"Mereci dela um gesto afetuoso e inesquecível, após o assassinato de minha mãe, que tinha forte amizade por ela. Márcia me convidou para ir a sua casa, um apartamento na Rua Prudente de Moraes, e me presenteou com um livro com dedicatória de minha mãe para ela, da série do historiador Hélio Silva sobre os Governos Militares, com um capítulo dedicado à descrição das atrocidades cometidas contra meu irmão, Stuart, na base aérea do Galeão. Sua tortura e sua morte. Fiquei muito comovida, e guardo como um tesouro o livro com a letra firme e determinada de minha mãe coragem, na página inicial", escreveu Hildegard.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
Crédito fotográfico: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista brasileira. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada como a "primeira-dama do mercado de artes carioca". Iniciou sua carreira artística na década de 1960, e no final da década, adotou o abstracionismo geométrico, caracterizado pelo rigor formal e uso vibrante de cores. Como galerista, fundou a Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e organizou exposições de artistas contemporâneos de destaque, como Ascânio MMM, Fernando Leite e (...). Marcia participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior e, entre suas mostras individuais, destacam-se exibições na Fundação Cultural de Brasília, na Petite Galerie no Rio de Janeiro e na Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Internacionalmente, suas obras foram exibidas em eventos como a Arte Fiera em Bolonha, além de bienais e salões de arte moderna em países como França, Itália, Colômbia e Chile.
Marcia Barrozo do Amaral | Arremate Arte
Márcia Barrozo do Amaral foi uma influente artista brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 1943, que se destacou como pintora, gravadora, escultora, marchand e galerista. Sua carreira artística começou nos anos 1960, após cursar a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) e estudar na Académie de la Grande Chaumière em Paris. A partir do final da década de 1960, Márcia adotou o abstracionismo geométrico, conhecido por sua severidade formal e uso de cores fortes. Ela também desempenhou um papel crucial no mercado de arte carioca, sendo uma das fundadoras e proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e expôs obras de artistas contemporâneos importantes.
Ao longo de sua carreira, Márcia Barrozo do Amaral participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior. Ela teve mostras individuais em locais como a Fundação Cultural de Brasília, a Petite Galerie no Rio de Janeiro, e a Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Além disso, suas obras foram exibidas em eventos internacionais como a Arte Fiera em Bolonha, Itália, e em diversas bienais e salões de arte moderna. Márcia também recebeu prêmios significativos, como o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Arte Moderna de 1979, destacando-se como uma figura de grande relevância no cenário artístico brasileiro.
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Marcia Barrozo do Amaral | Wikipédia
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada a "primeira-dama do mercado de artes carioca", Márcia era casada com o jornalista Zózimo Barroso do Amaral, com quem viveu até seu falecimento em 1997.
Márcia morreu em 24 de março de 2023, um dia após completar 80 anos, vítima de uma complicação cardíaca.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
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Márcia Barroso do Amaral | Itaú Cultural
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro RJ 1943). Escultora, pintora, marchand e galerista. Ingressou no curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, em 1961. Em 1964, frequenta a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. É uma das proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, no Rio de Janeiro. Realiza a primeira exposição individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Expõe no Brasil, Itália, França, Chile e Colômbia. Em 2000, realiza o projeto editorial do livro Revolta e Natura, de Frans Krajcberg (1921) pela GB Arte.
Críticas
"Com seus tubos, quadrados, losangos e o sistemático abandono da tela, Márcia Barroso do Amaral solicita ingresso numa área experimental, em que sua pesquisa denuncia uma profunda preocupação ascética presidindo a forma que, no entanto, nunca chega à extenuação ou ao rigor exagerado, pela ardência das suas cores quentes, todas de uma natureza entretida com o verão. Há muito desvinculada da figura, sua paisagem geométrica não expulsa uma problemática humana, mas suas formas de certa maneira denunciam a extensão do pesado silêncio contemporâneo, em que se homenageia o objeto enquanto o homem perde acesso à linguagem. Embora sua severidade formal se suavize pelo uso da cor, cujo prestígio a pintora recentemente descobriu - aquelas cores que tanto se assemelham às peles dos corpos -, Márcia pretende que seu material seja efetivamente consumido pelo público: este chegando e manipulando aqueles objetos com que não está familiarizado, mas que descobrirá a medida em que aceitar um conhecimento. Especialmente os cubos que, apesar da presumível sofisticação, recordam jogos infantis, aqueles movimentos lúdicos que a memória conserva e conserta simultaneamente sob os efeitos de caprichos e inventos. Um trabalho que não se importa em perder a aristocracia artística, uma vez que aceita participar de qualquer território da casa. Os losangos, porém, merecendo o espaço, como se flutuassem entre teto e chão. Alguns dentre eles tão depurados recordam peixes agressivos, todas as vértebras e a dificuldade das espinhas a descoberto" — Nélida Piñon (AYALA, Walmir (org. ), CAVALCANTI, Carlos (org. ). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - A - C. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973. 503 p. il. p. b. (Dicionários especializados, 5). p. 74).
"A abstração em Márcia não foi uma eliminação, embora vestígios fugazes da ´arte ensinada´ - foi de fato uma ´idéia´ não corporificada na realidade externa, mas formada pela pura especulação da inteligência criadora e a privilegiada intuição que inter-relaciona formas para fornecer os perceptivos, materializado, palpável ou visível, algo que comova, desperte atenção, forneça um momento de elevação e prazer físico mesmo -. Se houver relação com o mundo externo, há de ser com a sua Cityscape de Ipanema com seus sinais, logotipos e formas moldadas pelo mar, pelo movimento, o ritmo incrível do seu dia-a-dia. A artista em seu trabalho, concentra a energia plástica no objeto ou na cor, de modo a dar-lhe a consistência de um núcleo vital em contenção, densidade e equilíbrio - o rigor das culturas latinas -. (...) Haveria muito a dizer, inclusive sobre o que ela consegue com o relevo e a luz para criar o movimento, o lado estrutural sólido, o manuseio de gadgets quase tanto quanto os italianos. Enfim, tudo o que Márcia Barroso do Amaral engendra nas idéias e concretiza em formas inter-relacionadas com a cor justificada no contexto exterior, torna-se em seu todo aquela força ativa e vivificante em nossas vidas. Márcia procura sempre a unidade para aprofundar a sua marca e dará grandes alegrias" — Jayme Mauricio (MARCIA Barroso do Amaral. Apresentação de Jayme Maurício. São Paulo: Renato Magalhães Gouveia Galeria de Arte, 1980. p. [2])
Exposições Individuais
1966 - Brasília DF - Individual, na Fundação Cultural de Brasília
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1968 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1969 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1970 - Brasília DF - Individual, na Galeria Espaço
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1980 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvea - Escritório de Arte
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1982 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Suzanna Sassoun
Exposições Coletivas
1961 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - Salão dos Novos, na Petite Galerie
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1967 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Lima (Peru) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Montevidéu (Uruguai) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Buenos Aires (Argentina) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Santiago (Chile) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal de Artes Plásticas
1969 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - prêmio de aquisição
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1970 - Porto Alegre RS - 1º Salão de Artes Visuais, na UFRGS
1970 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu
1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - Cali (Colômbia) - Bienal de Cali
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1971 - Rio de Janeiro RJ - 50 Anos de Pintura Brasileira, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1971 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Múltiplos, na Petite Galeria
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1972 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - Porto Alegre RS - Salão de Artes Visuais
1973 - Rio de Janeiro RJ - Concurso de Múltiplos, na Petite Galerie - prêmio aquisição
1973 - Rio de Janeiro RJ - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - Goiânia GO - Salão da Caixa Econômica - prêmio aquisição
1975 - São Paulo SP - 7º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975/1976 - Equador - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Peru - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Chile - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Colômbia - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Venezuela - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Argentina - 28 Artistas do Brasil
1976 - Bolonha (Itália) - Arte Fiera 76
1977 - Valparaíso (Chile) - Bienal de Valparaíso
1978 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - premiada
1979 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior
1979 - São Paulo SP - Mostra da Escultura Lúdica, no Masp
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA
1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1987 - Paris (França) - Geometrias Múltiplas, na Galeria Debret
1988 - Rio de Janeiro RJ - O Eterno é Efêmero, na Petite Galerie
2002 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros 30 Anos Depois, na Multipla de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
Fonte: MÁRCIA Barroso do Amaral. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Morre galerista Márcia Barrozo do Amaral, aos 80 anos | O Globo
Morreu nesta sexta-feira (24), aos 80 anos, a galerista Márcia Barrozo do Amaral. Segundo confirmou à família ao GLOBO, a causa foi uma complicação cardíaca. Márcia foi casada com o jornalista Zózimo Barrozo (1941-1997), com quem teve Fernando, único filho do casal.
Além de marchand, Márcia Barrozo do Amaral tinha formação de artista. Em 1964, frequentou a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Depois, em 1966, fez o curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pintora, gravadora e escultora, teve sua primeira individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Também expôs em países como Itália, França, Chile e Colômbia. Em 1974, abriu a galeria Gravura Brasileira, que anos depois foi rebatizada com o seu nome.
No espaço, Márcia organizou exposições de nomes como Iole de Freitas, Ivens Machado, Anna Letycia, Frans Krajcberg, Abraham Palatnik, e Luiz Áquila, entre muitos outros. Nos anos 2000, editou os livros “Frans Krajcberg – Natura e Revolta” e “Natureza de Krajcberg”, com obras e fotografias do artista polonês.
Muitos amigos prestaram homenagens à Márcia nas redes sociais. A jornalista Hildegard Angel, por exemplo, lembrou de uma história da galerista:
"Mereci dela um gesto afetuoso e inesquecível, após o assassinato de minha mãe, que tinha forte amizade por ela. Márcia me convidou para ir a sua casa, um apartamento na Rua Prudente de Moraes, e me presenteou com um livro com dedicatória de minha mãe para ela, da série do historiador Hélio Silva sobre os Governos Militares, com um capítulo dedicado à descrição das atrocidades cometidas contra meu irmão, Stuart, na base aérea do Galeão. Sua tortura e sua morte. Fiquei muito comovida, e guardo como um tesouro o livro com a letra firme e determinada de minha mãe coragem, na página inicial", escreveu Hildegard.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
Crédito fotográfico: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
1 artista relacionado
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista brasileira. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada como a "primeira-dama do mercado de artes carioca". Iniciou sua carreira artística na década de 1960, e no final da década, adotou o abstracionismo geométrico, caracterizado pelo rigor formal e uso vibrante de cores. Como galerista, fundou a Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e organizou exposições de artistas contemporâneos de destaque, como Ascânio MMM, Fernando Leite e (...). Marcia participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior e, entre suas mostras individuais, destacam-se exibições na Fundação Cultural de Brasília, na Petite Galerie no Rio de Janeiro e na Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Internacionalmente, suas obras foram exibidas em eventos como a Arte Fiera em Bolonha, além de bienais e salões de arte moderna em países como França, Itália, Colômbia e Chile.
Marcia Barrozo do Amaral | Arremate Arte
Márcia Barrozo do Amaral foi uma influente artista brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 1943, que se destacou como pintora, gravadora, escultora, marchand e galerista. Sua carreira artística começou nos anos 1960, após cursar a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) e estudar na Académie de la Grande Chaumière em Paris. A partir do final da década de 1960, Márcia adotou o abstracionismo geométrico, conhecido por sua severidade formal e uso de cores fortes. Ela também desempenhou um papel crucial no mercado de arte carioca, sendo uma das fundadoras e proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e expôs obras de artistas contemporâneos importantes.
Ao longo de sua carreira, Márcia Barrozo do Amaral participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior. Ela teve mostras individuais em locais como a Fundação Cultural de Brasília, a Petite Galerie no Rio de Janeiro, e a Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Além disso, suas obras foram exibidas em eventos internacionais como a Arte Fiera em Bolonha, Itália, e em diversas bienais e salões de arte moderna. Márcia também recebeu prêmios significativos, como o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Arte Moderna de 1979, destacando-se como uma figura de grande relevância no cenário artístico brasileiro.
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Marcia Barrozo do Amaral | Wikipédia
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada a "primeira-dama do mercado de artes carioca", Márcia era casada com o jornalista Zózimo Barroso do Amaral, com quem viveu até seu falecimento em 1997.
Márcia morreu em 24 de março de 2023, um dia após completar 80 anos, vítima de uma complicação cardíaca.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
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Márcia Barroso do Amaral | Itaú Cultural
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro RJ 1943). Escultora, pintora, marchand e galerista. Ingressou no curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, em 1961. Em 1964, frequenta a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. É uma das proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, no Rio de Janeiro. Realiza a primeira exposição individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Expõe no Brasil, Itália, França, Chile e Colômbia. Em 2000, realiza o projeto editorial do livro Revolta e Natura, de Frans Krajcberg (1921) pela GB Arte.
Críticas
"Com seus tubos, quadrados, losangos e o sistemático abandono da tela, Márcia Barroso do Amaral solicita ingresso numa área experimental, em que sua pesquisa denuncia uma profunda preocupação ascética presidindo a forma que, no entanto, nunca chega à extenuação ou ao rigor exagerado, pela ardência das suas cores quentes, todas de uma natureza entretida com o verão. Há muito desvinculada da figura, sua paisagem geométrica não expulsa uma problemática humana, mas suas formas de certa maneira denunciam a extensão do pesado silêncio contemporâneo, em que se homenageia o objeto enquanto o homem perde acesso à linguagem. Embora sua severidade formal se suavize pelo uso da cor, cujo prestígio a pintora recentemente descobriu - aquelas cores que tanto se assemelham às peles dos corpos -, Márcia pretende que seu material seja efetivamente consumido pelo público: este chegando e manipulando aqueles objetos com que não está familiarizado, mas que descobrirá a medida em que aceitar um conhecimento. Especialmente os cubos que, apesar da presumível sofisticação, recordam jogos infantis, aqueles movimentos lúdicos que a memória conserva e conserta simultaneamente sob os efeitos de caprichos e inventos. Um trabalho que não se importa em perder a aristocracia artística, uma vez que aceita participar de qualquer território da casa. Os losangos, porém, merecendo o espaço, como se flutuassem entre teto e chão. Alguns dentre eles tão depurados recordam peixes agressivos, todas as vértebras e a dificuldade das espinhas a descoberto" — Nélida Piñon (AYALA, Walmir (org. ), CAVALCANTI, Carlos (org. ). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - A - C. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973. 503 p. il. p. b. (Dicionários especializados, 5). p. 74).
"A abstração em Márcia não foi uma eliminação, embora vestígios fugazes da ´arte ensinada´ - foi de fato uma ´idéia´ não corporificada na realidade externa, mas formada pela pura especulação da inteligência criadora e a privilegiada intuição que inter-relaciona formas para fornecer os perceptivos, materializado, palpável ou visível, algo que comova, desperte atenção, forneça um momento de elevação e prazer físico mesmo -. Se houver relação com o mundo externo, há de ser com a sua Cityscape de Ipanema com seus sinais, logotipos e formas moldadas pelo mar, pelo movimento, o ritmo incrível do seu dia-a-dia. A artista em seu trabalho, concentra a energia plástica no objeto ou na cor, de modo a dar-lhe a consistência de um núcleo vital em contenção, densidade e equilíbrio - o rigor das culturas latinas -. (...) Haveria muito a dizer, inclusive sobre o que ela consegue com o relevo e a luz para criar o movimento, o lado estrutural sólido, o manuseio de gadgets quase tanto quanto os italianos. Enfim, tudo o que Márcia Barroso do Amaral engendra nas idéias e concretiza em formas inter-relacionadas com a cor justificada no contexto exterior, torna-se em seu todo aquela força ativa e vivificante em nossas vidas. Márcia procura sempre a unidade para aprofundar a sua marca e dará grandes alegrias" — Jayme Mauricio (MARCIA Barroso do Amaral. Apresentação de Jayme Maurício. São Paulo: Renato Magalhães Gouveia Galeria de Arte, 1980. p. [2])
Exposições Individuais
1966 - Brasília DF - Individual, na Fundação Cultural de Brasília
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1968 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1969 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1970 - Brasília DF - Individual, na Galeria Espaço
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1980 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvea - Escritório de Arte
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1982 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Suzanna Sassoun
Exposições Coletivas
1961 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - Salão dos Novos, na Petite Galerie
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1967 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Lima (Peru) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Montevidéu (Uruguai) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Buenos Aires (Argentina) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Santiago (Chile) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal de Artes Plásticas
1969 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - prêmio de aquisição
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1970 - Porto Alegre RS - 1º Salão de Artes Visuais, na UFRGS
1970 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu
1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - Cali (Colômbia) - Bienal de Cali
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1971 - Rio de Janeiro RJ - 50 Anos de Pintura Brasileira, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1971 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Múltiplos, na Petite Galeria
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1972 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - Porto Alegre RS - Salão de Artes Visuais
1973 - Rio de Janeiro RJ - Concurso de Múltiplos, na Petite Galerie - prêmio aquisição
1973 - Rio de Janeiro RJ - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - Goiânia GO - Salão da Caixa Econômica - prêmio aquisição
1975 - São Paulo SP - 7º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975/1976 - Equador - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Peru - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Chile - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Colômbia - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Venezuela - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Argentina - 28 Artistas do Brasil
1976 - Bolonha (Itália) - Arte Fiera 76
1977 - Valparaíso (Chile) - Bienal de Valparaíso
1978 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - premiada
1979 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior
1979 - São Paulo SP - Mostra da Escultura Lúdica, no Masp
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA
1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1987 - Paris (França) - Geometrias Múltiplas, na Galeria Debret
1988 - Rio de Janeiro RJ - O Eterno é Efêmero, na Petite Galerie
2002 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros 30 Anos Depois, na Multipla de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
Fonte: MÁRCIA Barroso do Amaral. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Morre galerista Márcia Barrozo do Amaral, aos 80 anos | O Globo
Morreu nesta sexta-feira (24), aos 80 anos, a galerista Márcia Barrozo do Amaral. Segundo confirmou à família ao GLOBO, a causa foi uma complicação cardíaca. Márcia foi casada com o jornalista Zózimo Barrozo (1941-1997), com quem teve Fernando, único filho do casal.
Além de marchand, Márcia Barrozo do Amaral tinha formação de artista. Em 1964, frequentou a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Depois, em 1966, fez o curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pintora, gravadora e escultora, teve sua primeira individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Também expôs em países como Itália, França, Chile e Colômbia. Em 1974, abriu a galeria Gravura Brasileira, que anos depois foi rebatizada com o seu nome.
No espaço, Márcia organizou exposições de nomes como Iole de Freitas, Ivens Machado, Anna Letycia, Frans Krajcberg, Abraham Palatnik, e Luiz Áquila, entre muitos outros. Nos anos 2000, editou os livros “Frans Krajcberg – Natura e Revolta” e “Natureza de Krajcberg”, com obras e fotografias do artista polonês.
Muitos amigos prestaram homenagens à Márcia nas redes sociais. A jornalista Hildegard Angel, por exemplo, lembrou de uma história da galerista:
"Mereci dela um gesto afetuoso e inesquecível, após o assassinato de minha mãe, que tinha forte amizade por ela. Márcia me convidou para ir a sua casa, um apartamento na Rua Prudente de Moraes, e me presenteou com um livro com dedicatória de minha mãe para ela, da série do historiador Hélio Silva sobre os Governos Militares, com um capítulo dedicado à descrição das atrocidades cometidas contra meu irmão, Stuart, na base aérea do Galeão. Sua tortura e sua morte. Fiquei muito comovida, e guardo como um tesouro o livro com a letra firme e determinada de minha mãe coragem, na página inicial", escreveu Hildegard.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
Crédito fotográfico: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista brasileira. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada como a "primeira-dama do mercado de artes carioca". Iniciou sua carreira artística na década de 1960, e no final da década, adotou o abstracionismo geométrico, caracterizado pelo rigor formal e uso vibrante de cores. Como galerista, fundou a Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e organizou exposições de artistas contemporâneos de destaque, como Ascânio MMM, Fernando Leite e (...). Marcia participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior e, entre suas mostras individuais, destacam-se exibições na Fundação Cultural de Brasília, na Petite Galerie no Rio de Janeiro e na Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Internacionalmente, suas obras foram exibidas em eventos como a Arte Fiera em Bolonha, além de bienais e salões de arte moderna em países como França, Itália, Colômbia e Chile.
Marcia Barrozo do Amaral | Arremate Arte
Márcia Barrozo do Amaral foi uma influente artista brasileira, nascida no Rio de Janeiro em 1943, que se destacou como pintora, gravadora, escultora, marchand e galerista. Sua carreira artística começou nos anos 1960, após cursar a Escola Nacional de Belas Artes (Enba) e estudar na Académie de la Grande Chaumière em Paris. A partir do final da década de 1960, Márcia adotou o abstracionismo geométrico, conhecido por sua severidade formal e uso de cores fortes. Ela também desempenhou um papel crucial no mercado de arte carioca, sendo uma das fundadoras e proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, onde promoveu e expôs obras de artistas contemporâneos importantes.
Ao longo de sua carreira, Márcia Barrozo do Amaral participou de diversas exposições importantes tanto no Brasil quanto no exterior. Ela teve mostras individuais em locais como a Fundação Cultural de Brasília, a Petite Galerie no Rio de Janeiro, e a Galeria Múltipla de Arte em São Paulo. Além disso, suas obras foram exibidas em eventos internacionais como a Arte Fiera em Bolonha, Itália, e em diversas bienais e salões de arte moderna. Márcia também recebeu prêmios significativos, como o prêmio de viagem ao exterior no Salão Nacional de Arte Moderna de 1979, destacando-se como uma figura de grande relevância no cenário artístico brasileiro.
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Marcia Barrozo do Amaral | Wikipédia
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro, 23 de março de 1943 – 24 de março de 2023) foi uma escultora, pintora, marchand e galerista. Cursou a Escola Nacional de Belas Artes e estudou na Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Considerada a "primeira-dama do mercado de artes carioca", Márcia era casada com o jornalista Zózimo Barroso do Amaral, com quem viveu até seu falecimento em 1997.
Márcia morreu em 24 de março de 2023, um dia após completar 80 anos, vítima de uma complicação cardíaca.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
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Márcia Barroso do Amaral | Itaú Cultural
Márcia Barroso do Amaral (Rio de Janeiro RJ 1943). Escultora, pintora, marchand e galerista. Ingressou no curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, em 1961. Em 1964, frequenta a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. É uma das proprietárias da Galeria GB Gravura Brasileira, no Rio de Janeiro. Realiza a primeira exposição individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Expõe no Brasil, Itália, França, Chile e Colômbia. Em 2000, realiza o projeto editorial do livro Revolta e Natura, de Frans Krajcberg (1921) pela GB Arte.
Críticas
"Com seus tubos, quadrados, losangos e o sistemático abandono da tela, Márcia Barroso do Amaral solicita ingresso numa área experimental, em que sua pesquisa denuncia uma profunda preocupação ascética presidindo a forma que, no entanto, nunca chega à extenuação ou ao rigor exagerado, pela ardência das suas cores quentes, todas de uma natureza entretida com o verão. Há muito desvinculada da figura, sua paisagem geométrica não expulsa uma problemática humana, mas suas formas de certa maneira denunciam a extensão do pesado silêncio contemporâneo, em que se homenageia o objeto enquanto o homem perde acesso à linguagem. Embora sua severidade formal se suavize pelo uso da cor, cujo prestígio a pintora recentemente descobriu - aquelas cores que tanto se assemelham às peles dos corpos -, Márcia pretende que seu material seja efetivamente consumido pelo público: este chegando e manipulando aqueles objetos com que não está familiarizado, mas que descobrirá a medida em que aceitar um conhecimento. Especialmente os cubos que, apesar da presumível sofisticação, recordam jogos infantis, aqueles movimentos lúdicos que a memória conserva e conserta simultaneamente sob os efeitos de caprichos e inventos. Um trabalho que não se importa em perder a aristocracia artística, uma vez que aceita participar de qualquer território da casa. Os losangos, porém, merecendo o espaço, como se flutuassem entre teto e chão. Alguns dentre eles tão depurados recordam peixes agressivos, todas as vértebras e a dificuldade das espinhas a descoberto" — Nélida Piñon (AYALA, Walmir (org. ), CAVALCANTI, Carlos (org. ). Dicionário brasileiro de artistas plásticos - A - C. Apresentação Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973. 503 p. il. p. b. (Dicionários especializados, 5). p. 74).
"A abstração em Márcia não foi uma eliminação, embora vestígios fugazes da ´arte ensinada´ - foi de fato uma ´idéia´ não corporificada na realidade externa, mas formada pela pura especulação da inteligência criadora e a privilegiada intuição que inter-relaciona formas para fornecer os perceptivos, materializado, palpável ou visível, algo que comova, desperte atenção, forneça um momento de elevação e prazer físico mesmo -. Se houver relação com o mundo externo, há de ser com a sua Cityscape de Ipanema com seus sinais, logotipos e formas moldadas pelo mar, pelo movimento, o ritmo incrível do seu dia-a-dia. A artista em seu trabalho, concentra a energia plástica no objeto ou na cor, de modo a dar-lhe a consistência de um núcleo vital em contenção, densidade e equilíbrio - o rigor das culturas latinas -. (...) Haveria muito a dizer, inclusive sobre o que ela consegue com o relevo e a luz para criar o movimento, o lado estrutural sólido, o manuseio de gadgets quase tanto quanto os italianos. Enfim, tudo o que Márcia Barroso do Amaral engendra nas idéias e concretiza em formas inter-relacionadas com a cor justificada no contexto exterior, torna-se em seu todo aquela força ativa e vivificante em nossas vidas. Márcia procura sempre a unidade para aprofundar a sua marca e dará grandes alegrias" — Jayme Mauricio (MARCIA Barroso do Amaral. Apresentação de Jayme Maurício. São Paulo: Renato Magalhães Gouveia Galeria de Arte, 1980. p. [2])
Exposições Individuais
1966 - Brasília DF - Individual, na Fundação Cultural de Brasília
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1968 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria do Copacabana Palace
1969 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1970 - Brasília DF - Individual, na Galeria Espaço
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1974 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Ipanema
1978 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Múltipla de Arte
1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1980 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvea - Escritório de Arte
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria GB
1982 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Suzanna Sassoun
Exposições Coletivas
1961 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - Salão dos Novos, na Petite Galerie
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1966 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Artista Jovem, no MAM/RJ
1967 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1968 - Lima (Peru) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Montevidéu (Uruguai) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Buenos Aires (Argentina) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Santiago (Chile) - Itinerante, organizada pelo Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal de Artes Plásticas
1969 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - prêmio de aquisição
1969 - Rio de Janeiro RJ - 18º Salão Nacional de Arte Moderna
1970 - Porto Alegre RS - 1º Salão de Artes Visuais, na UFRGS
1970 - Rio de Janeiro RJ - O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu
1970 - São Paulo SP - Pré-Bienal de São Paulo, na Fundação Bienal
1971 - Cali (Colômbia) - Bienal de Cali
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1971 - Rio de Janeiro RJ - 50 Anos de Pintura Brasileira, no MAM/RJ
1971 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna
1971 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Múltiplos, na Petite Galeria
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1972 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio de viagem ao país
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1972 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros, na Galeria Múltipla de Arte
1973 - Porto Alegre RS - Salão de Artes Visuais
1973 - Rio de Janeiro RJ - Concurso de Múltiplos, na Petite Galerie - prêmio aquisição
1973 - Rio de Janeiro RJ - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
1975 - Goiânia GO - Salão da Caixa Econômica - prêmio aquisição
1975 - São Paulo SP - 7º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975/1976 - Equador - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Peru - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Chile - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Colômbia - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Venezuela - 28 Artistas do Brasil
1975/1976 - Argentina - 28 Artistas do Brasil
1976 - Bolonha (Itália) - Arte Fiera 76
1977 - Valparaíso (Chile) - Bienal de Valparaíso
1978 - Belo Horizonte MG - Salão de Arte - premiada
1979 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior
1979 - São Paulo SP - Mostra da Escultura Lúdica, no Masp
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MNBA
1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1987 - Paris (França) - Geometrias Múltiplas, na Galeria Debret
1988 - Rio de Janeiro RJ - O Eterno é Efêmero, na Petite Galerie
2002 - São Paulo SP - Múltiplos Brasileiros 30 Anos Depois, na Multipla de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
Fonte: MÁRCIA Barroso do Amaral. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Morre galerista Márcia Barrozo do Amaral, aos 80 anos | O Globo
Morreu nesta sexta-feira (24), aos 80 anos, a galerista Márcia Barrozo do Amaral. Segundo confirmou à família ao GLOBO, a causa foi uma complicação cardíaca. Márcia foi casada com o jornalista Zózimo Barrozo (1941-1997), com quem teve Fernando, único filho do casal.
Além de marchand, Márcia Barrozo do Amaral tinha formação de artista. Em 1964, frequentou a Académie de la Grande Chaumière, em Paris. Depois, em 1966, fez o curso de pintura da Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pintora, gravadora e escultora, teve sua primeira individual em 1966, na Fundação Cultural de Brasília. Também expôs em países como Itália, França, Chile e Colômbia. Em 1974, abriu a galeria Gravura Brasileira, que anos depois foi rebatizada com o seu nome.
No espaço, Márcia organizou exposições de nomes como Iole de Freitas, Ivens Machado, Anna Letycia, Frans Krajcberg, Abraham Palatnik, e Luiz Áquila, entre muitos outros. Nos anos 2000, editou os livros “Frans Krajcberg – Natura e Revolta” e “Natureza de Krajcberg”, com obras e fotografias do artista polonês.
Muitos amigos prestaram homenagens à Márcia nas redes sociais. A jornalista Hildegard Angel, por exemplo, lembrou de uma história da galerista:
"Mereci dela um gesto afetuoso e inesquecível, após o assassinato de minha mãe, que tinha forte amizade por ela. Márcia me convidou para ir a sua casa, um apartamento na Rua Prudente de Moraes, e me presenteou com um livro com dedicatória de minha mãe para ela, da série do historiador Hélio Silva sobre os Governos Militares, com um capítulo dedicado à descrição das atrocidades cometidas contra meu irmão, Stuart, na base aérea do Galeão. Sua tortura e sua morte. Fiquei muito comovida, e guardo como um tesouro o livro com a letra firme e determinada de minha mãe coragem, na página inicial", escreveu Hildegard.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.
Crédito fotográfico: O Globo. Consultado pela última vez em 8 de agosto de 2024.