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Os Gêmeos

Gustavo Pandolfo e Otávio Pandolfo (São Paulo, São Paulo, 1974), mais conhecidos como Os Gêmeos, são grafiteiros e artistas visuais. Eles combinam elementos da cultura brasileira com influências da cultura hip-hop para criar um universo lúdico expandido, aplicado em pinturas, murais, esculturas cinéticas interativas e instalações. A originalidade estilística e técnica dos artistas se sobressai nesse novo contexto. A mistura de materiais – como a aplicação de tinta à base de água, pincéis e tinta spray automotiva são detalhes que fazem dos irmãos um dos maiores nomes do grafite brasileiro.

Biografia — Itaú Cultural

Os irmãos gêmeos Gustavo e Otávio nascem no bairro do Cambuci, na região central de São Paulo. Desde a infância encontram no desenho a melhor brincadeira compartilhada. O núcleo familiar oferece constantes estímulos culturais: o avô lituano apresenta a música erudita, o irmão mais velho o rock, e os pais os inscrevem em workshops em museus onde são apresentados a grande diversidade de materiais. Nessa época, visitam o ateliê do pintor Alfredo Volpi (1896-1988), seu vizinho de bairro.

A infância criativa na década de 1980, marcada por jogos e brincadeiras na rua, incorpora também referências culturais do emergente universo hip-hop. Nos encontros que acontecem na estação do metrô São Bento, em São Paulo, entre 1985 e 1988, os irmãos se encantam com as expressões do gênero como a dança break; as batalhas musicais com mc's; a colorida moda de rua, e as caligrafias estilizadas e desenhos robustos do graffiti. Ao se apresentarem dançando, Gustavo e Otávio recebem o apelido de Os Gêmeos pelo produtor musical DJ Hum (1967). Em um período com acesso limitado à informações, essas trocas são fundamentais para o crescimento do movimento hip-hop com epicentro em São Paulo.

Frequentam o colegial em escola técnica de desenho e comunicação no bairro paulistano do Brás, em 1987, quando conhecem o grafiteiro Speto (1971), fundamental na formação dos artistas. Trabalham para apoiar financeiramente a família enquanto começam a grafitar nos muros da cidade em busca de um estilo original, fator importante para diferenciarem seus trabalhos na rua. Isso faz com que explorem diversos suportes e técnicas artísticas e estudem história da arte, o que consideram uma imersão autodidata.

Em 1993, Barry McGee (1966), figura central do graffiti na costa leste americana, vem a São Paulo para uma residência artística no Museu Lasar Segall. Tornam-se amigos e com isso os irmãos iniciam uma série de importantes conexões internacionais. Em 1997 são entrevistados pela revista 12oz Prophet, que divulga nos Estados Unidos um inédito e extenso panorama sobre o graffiti brasileiro. Logo depois são convidados pelos artistas alemães Loomit (1968) e Peter Michalski (1968) para participarem de um festival de graffiti em Munique, e esse evento marca o início de uma carreira que soma trabalhos nas ruas e em instituições em mais de 60 países.

A originalidade estilística e técnica dos artistas se sobressai nesse novo contexto. A mistura de materiais – como a aplicação de tinta à base de água, pincéis e tinta spray automotiva – emerge pelas dificuldades financeiras e falta de materiais específicos no mercado local. A preparação dos trabalhos com uma base de cor como fundo e a modulação da pressão do dedo no bico do spray para a obtenção de traços mais finos, são adaptações que demonstram a disposição criativa para contornar as circunstâncias adversas, característica importante para os desafios propostos pelas diferentes mídias que utilizam.

As emblemáticas figuras amarelas aparecem em grande formato a partir de 2004, com a série Gigantes, que ocupa empenas de edifícios e outros espaços em diversos países. Pintados sobrepostos às texturas existentes, o efeito de ilusão de ótica faz parecer que as figuras saem da parede pelo uso de sombreados e contornos na criação de volumes. Os personagens – que apesar de semelhantes, nunca se repetem – apresentam, com riqueza de detalhes, linhas de contorno finas e padronagens exuberantes em suas roupas. Na obra 360º, realizada para a Bienal de Vancouver em 2014, os Gigantes aparecem grafitados em seis silos de trigo e ostentam, indistintamente, camisas estampadas, calças formais, bolsa transversal – elementos da cultura nordestina brasileira – e agasalhos de poliéster com gorro – típicos da cena hip-hop.

O circuito de arte contemporânea mundial começa a incorporar o graffiti no começo dos anos 2000. Osgemeos expõe na galeria Deitch Projects, em Nova York, em 2005, e o ponto de virada para o reconhecimento no Brasil acontece no ano seguinte na galeria então Fortes Vilaça (Fortes, D'Aloia e Gabriel), em São Paulo. Com filas todos os dias e imenso sucesso de público, a exposição tem um andar dedicado ao universo Tritrez, mundo lúdico onde apresentam instalações interativas com música, objetos cinéticos e pinturas em grande formato. Esse universo próprio dos irmãos-artistas, recorrente em suas mostras, é um convite à imersão total do espectador, tomado pelo jogo de escala e pela energia das cores.

Entre as muitas parcerias para a realização de obras, algumas colaborações se destacam, como em 2007, com a mãe e artista têxtil Margarida Kanciukaitis Pandolfo (1943); em 2011, com o grafiteiro britânico Banksy (1974), e em 2018, com o músico norte-americano Pharrell Williams (1974).

Ao longo dos anos, osgemeos incluem materiais não convencionais em seus trabalhos, como lantejoulas, luzes e elementos que referenciam o ambiente urbano, como grades de aço. A música é outra marca constante, como na escultura cinética Windmill [Moinho de vento], de 2019. Composta de um piano que tem o teclado substituído por um sintetizador, a cauda é transformada em pista de dança com piso retroiluminado, onde um b-boy amarelo rodopia, de ponta-cabeça, no clássico movimento do break que dá nome à obra.

Ao estabelecer conexões entre a cultura de rua, a tradição brasileira e o sistema de arte de sua época, osgemeos cruzam fronteiras conceituais e geográficas, com produção original e abundante, além de grande prestígio de público e crítica.

Exposições

2004 - Calaveras

2006 - Individual de osgemeos

2006 - Paralela 2006

2006 - Toy Art

2007 - Individual de osgemeos

2008 - Quando vidas se tornam forma: diálogo com o futuro Brasil-Japão

2008 - Transfer

2008 - Vertigem

2008 - Neo Tropicália

2008 - Brasis em Paris

2008 - Street Art

2009 - Neo Tropicália

2009 - The Portrait Show

2009 - Nus

2009 - Vertigem

2009 - Vertigem

2009 - Brasil - O Cinema em Cartaz

2009 - Neo Tropicália

2010 - Transfer

2010 - 1ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art

2010 - Paralela 2010

2011 - Fermata

2014 - A ópera da lua

2015 - Apreensões e Objetos do desejo: obras doadas pela Receita Federal ao MNBA

2020 - OSGEMEOS: Segredos

2020 - OSGEMEOS: Segredos

2021 - OSGEMEOS: Segredos

Fonte:OSGEMEOS. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 04 de agosto de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Oficial – OSGÊMEOS

OSGEMEOS (1974, São Paulo, Brasil), Gustavo e Otávio Pandolfo, sempre trabalharam juntos. Quando crianças, nas ruas do tradicional bairro do Cambuci (SP), desenvolveram um modo distinto de brincar e se comunicar através da arte. Com o apoio da família, e a chegada da cultura Hip Hop no Brasil nos anos 80, OSGEMEOS encontraram uma conexão direta com seu universo mágico e dinâmico e um modo de se comunicar com o público. Exploravam com dedicação e cuidado as diversas técnicas de pintura, desenho e escultura, e tinham as ruas como seu lugar de estudo.

Nunca deixaram de fazer graffiti, mas, com o passar dos anos, esse universo criado pela dupla, com o qual sonham e se inspiram, ultrapassou as ruas, se transformando numa linguagem própria e em constante evolução, com outras referências e influenciado por novas culturas.

Acreditam nos encontros e experiências que a vida proporciona, em seu ritmo natural e delicado. Os artistas, hoje reconhecidos e admirados nacional e internacionalmente, usam linguagens visuais combinadas, o improviso e seu mundo lúdico para criar intuitivamente uma variedade de projetos pelo mundo.

Realizaram inúmeras mostras individuais e coletivas em museus e galerias de diversos países, como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão. Para entender a obra de OSGEMEOS é necessário deixar que a razão de lugar ao imaginário – atravessar portas, se permitir perceber as sutilezas e embarcar numa experiência que excede a visual. Sentir, antes, para entender depois.

Exposições Individuais

2014 A ópera da lua, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil 2012 ICA - The Institute of Contemporary Art, Boston, USA Miss You, PRISM, Los Angeles, USA 2011 Fermata, Museu Vale, Espírito Santo, Brasil 2010 Vertigem, Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, Brasil Nos Braços de um Anjo, Galleria Patricia Armocida, Milan, Italy Pra quem mora lá, o céu é lá, Museu Colecção Berardo, Lisboa, Portugal 2009 Vertigem, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; MAB FAAP - Museu de Arte Brasileira, São Paulo, Brasil 2008 Vertigem, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil Too Far Too Close, Deitch Project Gallery, New York, USA Galeria Pilar Parra e Romero, Madrid, Spain 2007 As Flores deste Jardim meus Avós Plantaram, Museum Het Domein Sittard, Sittard, The Netherlands Desenho, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil 2006 O peixe que comia estrelas cadentes, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil 2005 Nike Tour, Fire House, New York, USA; Milan, Italy; Paris, France; National Stadium, Tokyo, Japan; Hong-Kong; China; London, UK Creative Time Project, Conney Island, USA WaterMill, Robert Wilson Center, New York, USA Cavaleiro Marginal, Deitch Project Gallery, New York, USA 2004 Estação da Luz, São Paulo, Brasil 2003 Pavil, Luggage Store Gallery, San Francisco, USA Exposições Coletivas [Group Exhibitions] 2011 Gigantes por su propria naturaleza, Institut Valéncia d’Art Modern, Valencia, Spain Art in the Streets, MOCA Museum of Contemporary Art, Los Angeles, USA Personagens e fronteiras: Território Cenográfico Brasileiro, FUNARTE, São Paulo, Brasil; Salisbury International Arts Festival, Salisbury, UK; MUDE - Museu do Design e da Moda de Lisboa, Lisboa, Portugal Prague Quadrennial, Prague, Czech Republic Kaunas Biennal TEXTILLE 11 – REWIND-PLAY-FORWARD, Kaunas Arte Biennial, Kaunas, Lithuania 2010 Come As You Are, Prism Galley, Los Angeles Viva la Revolucion : A Dialogue with the Urban Landscape, Museum of Contemporary Art San Diego, San Diego, USA 2 Paralela 2010, Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo, Brasil 2009 When Lives Become Form: Creative Power from Brazil, Hiroshima City Museum of Contemporary Art, Hiroshima, Japan Nus [Nudes], Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil The Portrait Show, Durex Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil 2008 When Lives Become Form: Creative Power from Brazil, Museum of Contemporary Art Tokyo (MOT), Tokyo, Japan Imaginary Realities, Max Wigram Gallery, London, UK Quando Vidas se tornam Forma: diálogo com o futuro – Brasil -Japão, MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil Salon National Des Beaux-Arts, Carrousel du Louvre, Paris, France 2007 Wakin up Nights, de Pury and Luxembourg, Zurich, Switzerland Musée International des Arts Modestes (MIAM), Sète, France Kunsthalle Barmen, Von Der Heydt Museum Wuppertal, Germany Mundo Animal, Escola São Paulo, São Paulo, Brasil 2006 Paralela 2006, São Paulo, Brasil 9º Bienal de la Habana, Havana, Cuba Spank the Monkey, BALTIC Centre for Contemporary Art, Gateshead, UK Beautiful Losers: Contemporary Art and Street Culture, Triennale di Milano, Milan, Italy 2005 Beautiful Losers: Contemporary Art and Street Culture, Orange County Museum of Art, Newport Beach, USA The Smell of the rain, Deitch Project in Miami Art Basel, Miami, USA 2004 Montana Shop, Barcelona, Spain Beautiful Losers: Contemporary Art and Street Culture, Contemporary Arts Center in Cincinnati; Yerba Buena Center for the Arts, San Francisco, USA Regellos, Halle2, Heidelberg, Germany Urbis Museum, Manchester, UK Gra(ff)ite, Alhambra, USA 2003 Break, New Image Gallery, Los Angeles, USA CubaBrasil, Regla, Havana, Cuba 2002 I don’t know, Die Faerberei Galerie, Munich, Germany Schlachthof Cultural Center, Wiesbaden, Germany Toleranci, Galerie Ecureuil, Niort, France Kanvas, Kassel, Germany Global Grafitti Art, Anne Moerchen Galerie, Hamburg, Germany Urban Discipline, Hamburg, Germany Chromopolis, paneling in Athens Olympic Games, Athens, Greece Area2010, Sydney, Australia 2001 50 anos de Bienal de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo, Brasil Tokion Store, New York, USA Urban Discipline 2001, Hamburg, Germany Galerie du Jour Agnes B, Paris, France Mural Global, São Paulo, Brasil 2000 Just writing my name, Bremen, Germany Agenda 21 project, Hildeshein, Germany Galerie Ecureuil, Niort, France 3 Urban Discipline, Das Buch zur Ausstellung, Hamburg, Germany Graffiti aus São Paulo Brasilien, Die Färberei, Munich, Germany Academie der Kunste, Berlin, Germany 1999 ISART, Munich, Germany Livin Large, Munich, Germany 1998 Um minuto de silêncio, FUNARTE, São Paulo, Brasil 1993 Galeria MIS, São Paulo, Brasil Projetos Especiais [Special Projects] 2014 Avião, parceria com GOL Aerolíneas Inteligentes, Minas Gerais, Brasil 2013 Gigante, Luggage Store Gallery, San Francisco, CA, EUA Mural, colaboração com Mark Bode, San Francisco, CA, EUA 2012 Wholetrain, São Luís do Maranhão, Brasil Back2Black Festival, Rio de Janeiro, Brasil Gigante, colaboração com Aryz, Urban Forms Gallery, Lutz, Polônia 2011 Wholetrain, Vitória, Brasil 2010 Gigante, P.S. 11, 21st Street, New York, NY, EUA Gigante, colaboração com Blu, Festival Crono, Lisboa, Portugal 2009 Mural Houston Street e Bowery, New York, NY, EUA O Estrangeiro, Plasticiens Volants, São Paulo, Brasil Gigante, Vale do Anhangabaú, São Paulo, Brasil 2008 Street Art, Tate Modern, Londres, Reino Unido O Estrangeiro, Plasticiens Volants, Heerlen, Holanda Gigante, Heerlen, Holanda 2007 The Graffiti Project, Kelburn Castle, Airshire, Escócia Wholetrain, Recife, João Pessoa e Natal, Brasil 2006 Wholetrain, Rio de Janeiro e Porto Alegre, Brasil 2005 Expresso Arte – Pintura de dois trens da CPTM [Painting of two public trains of CPTM], São Paulo, Brasil 2004 Trensurb - Pintura de trens do metrô, Porto Alegre, Brasil 2001 Wholetrain, São Paulo, Brasil Coleções Públicas [Public Collections] MAB FAAP – Museu de Arte Brasileira, São Paulo, Brasil MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil Museo de Arte de Puerto Rico, Santurce, Porto Rico Museum of Contemporary Art, Tokyo Art Museum, Tokyo, Japan The Frank-Suss Collection, London, UK

Fonte: Biografia Oficial OSGEMEOS e Currículo OSGEMEOS. Consultado pela última vez em 4 de agosto de 2022.

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OS GÊMEOS, BIOGRAFIA E PRINCIPAIS OBRAS - Arte e Artistas

OS GÊMEOS estão assim identificados na apresentação em seu site oficial. Trata-se de uma dupla dos inseparáveis e geniais artistas de rua; dos irmãos gêmeos que nasceram idênticos, tanto na aparência quanto na criatividade. Sob esse nome e trabalhando sempre unidos, conquistaram o mundo do grafite e da arte, porque seu estilo distinto os tornava os grafiteiros mais importantes e influentes de sua geração.

“Somos complementares: um completa o pensamento do outro a todo momento, pois nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de explicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estamos longe um do outro. É um vínculo eterno.” OS GÊMEOS.

Biografia

Gustavo e Otavio Pandolfo nasceram no dia 29 de março de 1974 na cidade de São Paulo. Passaram a infância e a adolescência no bairro do Cambuci. Nesse período eles foram expostos a uma variedade de mudanças culturais influenciadas pelas ruas.

No final dos anos 80, com o surgimento e o avanço do movimento hip hop no Brasil, os gêmeos foram amplamente afetados por ele, começando como dançarinos de break e continuando com seus primeiros trabalhos de grafite. O estilo inicial de sua arte de rua ainda estava para ser formado, pois faltava consistência e referências artísticas que eles empregaram posteriormente. Com isso, eles mostraram uma incrível versatilidade no que diz respeito à mídia, usando não apenas tinta spray, mas também frascos de tinta para carros e tinta látex quando faltavam material adequado para o trabalho desejado. Embora a expressão ainda estivesse um pouco instável, a dupla se mostrou imaginativa e altamente promissora.

Em 1993, um encontro com o artista americano Barry McGee, também conhecido como Twist, que estava envolvido em um projeto de trabalho em São Paulo, acendeu uma nova chama nos pontos de vista artísticos para os irmãos. Nessa época, os jovens estavam com 19 anos e já trabalhavam na decoração de lojas para publicidade. Twist expôs a eles, muitos exemplos fotografados de grafite que estava acontecendo nos Estados Unidos, compartilhando seu conhecimento de diferentes técnicas, contatos importantes e outras experiências.

Em 1995 surgiu a oportunidade da primeira exposição experimental de arte de rua no Museu da Imagem e do Som, o importante MIS em São Paulo. À medida que seu estilo amadureceu, Os Gemeos foram convidados a mostrar seu trabalho em Munique, na Alemanha, onde obteve atenção internacional de outros países da Europa.

No início dos anos 2000, eles foram convidados a participar de um projeto para criação de murais em estações ferroviárias e metrô de seu estado; até pintaram em uma composição de trem, o que normalmente não é feito no Brasil.

Em 2003, viajaram ao redor do mundo, mantendo-se ocupados em muitos projetos colaborativos de arte de rua, que foram finalmente seguidos por sua primeira exposição solo americana na Galeria de Lojas de Bagagem, em São Francisco, nos Estados Unidos.

Nesse período e até o final da mesma década, começaram a criar obras de arte orientadas para o estúdio a serem notadas no cenário da arte contemporânea, em vez de permanecerem subversivas em muros e paredes de prédios. Suas criações imaginativas foram capazes de alcançar limites adicionais do que a rua a partir de então, e sua arte assumia uma nova forma, quando começaram a trabalhar em esculturas partindo para um trabalho tridimensional.

Na década de 2010, a popularidade dos gêmeos aumentou, assim eles participaram do Fame Festival em Grottaglie na Itália.

Em 2012 participaram de uma exposição no aclamado Instituto de Arte Contemporânea de Boston nos Estados Unidos. Essa é considerada por ele muito especial, por ter sido a primeira exposição solo.

Em 2014 inovaram sua arte com as instalações, juntamente com as pinturas e esculturas em uma exposição ilustre em sua cidade natal, na Galeria Fortes Vilaça, em uma mostra intitulada “A Ópera da Lua”. No mesmo ano, OSGEMEOS criaram e executaram a pintura de um avião em um projeto da empresa de aviação Gol, que transportou a seleção de futebol do Brasil durante a Copa do Mundo.

Na atualidade, eles são hoje uma das equipes de muralistas e grafites mais promissoras do mundo, participando constantemente de um grande número de exposições. O público está inclinado a apreciar seu estilo com seus gigantescos personagens amarelos, engraçados e grotescos, mas ao mesmo tempo amáveis ​​e infantis, simbólicos e mansos, iluminados com sua paleta animada tendo uma conexão imediata com o espectador. Eles estão presentes em feiras de arte, estúdios, galerias e ainda colaboram com outros grafiteiros em projetos de murais de ruas.

Essas duas mentes fluem de forma artística, usando todas as cores e sabores de sua imaginação. Eles acreditam que tudo é possível para os sonhos se tornarem realidade. A inspiração de design deriva de reflexões sobre sua realidade interior e a fantasia circundante. Os Gêmeos usam as asas de sua imaginação para ir a destinos exóticos e lugares ilusórios que habitam suas mentes.

Galeria de Arte – Arte Comentada

As obras de OSGEMEOS aparecem em inúmeras paredes ao redor do mundo desde 1981. Elas são únicas e inconfundíveis pelas figuras amarelas que dominam fachadas de casas inteiras, bem como também por suas dimensões sociais e políticas que são temas recorrentes em sua obra. Sua cidade natal, São Paulo, continua sendo a maior fonte de inspiração.

Castelo Kelburn

Em parceria com os grafiteiros Nunca e Nina Pandolfo, os Gêmeos realizaram em 2007 uma pintura na fachada de um castelo na Escócia de 800 anos, a pedido dos filhos do Lord Glasgow Patric Boyle, o proprietário do Castelo Kelburn.

Instalação para a Casa de Slava Polunin localizada na França. A obra foi inspirada no filme “Alegria”, e no show da Broadway “Slava Snow Show”.

Gigante São Paulo

Para celebrar o ano da França no Brasil, OSGEMEOS participaram de um projeto promovido pelo SESC-SP, na pintura dessa figura gigantesca medindo 20 metros que foi pintada na parede lateral de um prédio localizado na cidade de São Paulo. Para finalizar o projeto, em parceria com os artistas, uma empresa francesa, a Plasticiens Volants fabricou o mesmo personagem transformando em tridimensional uma enorme figura inflável.

Vertigem

Primeira exposição itinerante de OSGEMEOS, que esteve percorrendo o Brasil em quatro cidades. Iniciou em Curitiba em 2008 e encerrou em São Paulo em 2010.

Mural MAM

Em 2010, o MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) mudou sua fachada com uma pintura dos Gêmeos, que passou a ser permanente e é hoje um dos pontos mais atrativos do Parque do Ibirapuera.

Viva La Revolucion

Exposição que teve a participação de 20 artistas de diferentes países, com o principal objetivo de celebrar a paisagem urbana. Além dessa pintura, os gêmeos realizaram uma pintura mural na parte externa do museu intitulado Don’t Believe the Hype.

Dores de Amores

Trata-se de um longa-metragem com direção de Raphael Vieira. Para a realização das filmagens de algumas cenas em uma estação de trem no Rio de Janeiro, OSGEMEOS participaram na realização de intervenções dentro e fora do trem.

O Gigante de Boston

Esse mural foi feito para a primeira exposição solo que foi realizada no Instituto de Arte Contemporânea de Boston nos Estados Unidos.

A Ópera da Lua

Essa foi uma exposição imersiva em 2014, no Galpão Fortes Vilaça, São Paulo.

Avião da Seleção

Esse foi o Boeing 737 da Gol, avião oficial da seleção brasileira em que Os Gêmeos realizaram a pintura para atender a seleção de futebol do Brasil em 2014. A composição foi criada para homenagear a diversidade étnica da população existente no país.explicou Otávio um dos irmãos: “A concepção deste trabalho, além de ser um desafio, por pintarmos em um suporte diferente do convencional, é dar acesso irrestrito à nossa arte, retratando a população brasileira com sua etnia tão diversa e colorida, levando esta obra aos céus e aeroportos do Brasil inteiro”.

Foi o avião oficial da seleção brasileira nesse ano e após isso, continuou sobrevoando os céus até 2016 em outros voos. Sorte de quem teve em viajar nesse gigante colorido.

Exposição Déjà Vu

Essa mostra levou o expectador a uma experiência imersiva onde os artistas pintaram seus típicos personagens diretamente em alto-falantes.

Fonte: Artes e Artistas, "Os Gemeos: biografia e principais obras", publicado em 5 de julho de 2020. Consultado pela última vez em 4 de agosto de 2022.

Crédito fotográfico: Gama Revista, Portal UOL, "O Universo paralelo de OSGEMEOS". Publicado por Luara Calvi Anic, em 29 de março de 2020. Consultado pela última vez em 4 de agosto de 2022.

Gustavo Pandolfo e Otávio Pandolfo (São Paulo, São Paulo, 1974), mais conhecidos como Os Gêmeos, são grafiteiros e artistas visuais. Eles combinam elementos da cultura brasileira com influências da cultura hip-hop para criar um universo lúdico expandido, aplicado em pinturas, murais, esculturas cinéticas interativas e instalações. A originalidade estilística e técnica dos artistas se sobressai nesse novo contexto. A mistura de materiais – como a aplicação de tinta à base de água, pincéis e tinta spray automotiva são detalhes que fazem dos irmãos um dos maiores nomes do grafite brasileiro.

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Os Gêmeos

Gustavo Pandolfo e Otávio Pandolfo (São Paulo, São Paulo, 1974), mais conhecidos como Os Gêmeos, são grafiteiros e artistas visuais. Eles combinam elementos da cultura brasileira com influências da cultura hip-hop para criar um universo lúdico expandido, aplicado em pinturas, murais, esculturas cinéticas interativas e instalações. A originalidade estilística e técnica dos artistas se sobressai nesse novo contexto. A mistura de materiais – como a aplicação de tinta à base de água, pincéis e tinta spray automotiva são detalhes que fazem dos irmãos um dos maiores nomes do grafite brasileiro.

Videos

Graff Films: Os Gêmeos | 2017

OSGEMEOS: Segredos - Ep. 1 | 2021

Os Gêmeos revelam seus rascunhos, ateliê e vida para a Trip | 2012

Cidade Cinza: Os Gêmeos | 2017

TripTV | 2013

Segredos | 2021

Avião da GOL | 2014

Biografia — Itaú Cultural

Os irmãos gêmeos Gustavo e Otávio nascem no bairro do Cambuci, na região central de São Paulo. Desde a infância encontram no desenho a melhor brincadeira compartilhada. O núcleo familiar oferece constantes estímulos culturais: o avô lituano apresenta a música erudita, o irmão mais velho o rock, e os pais os inscrevem em workshops em museus onde são apresentados a grande diversidade de materiais. Nessa época, visitam o ateliê do pintor Alfredo Volpi (1896-1988), seu vizinho de bairro.

A infância criativa na década de 1980, marcada por jogos e brincadeiras na rua, incorpora também referências culturais do emergente universo hip-hop. Nos encontros que acontecem na estação do metrô São Bento, em São Paulo, entre 1985 e 1988, os irmãos se encantam com as expressões do gênero como a dança break; as batalhas musicais com mc's; a colorida moda de rua, e as caligrafias estilizadas e desenhos robustos do graffiti. Ao se apresentarem dançando, Gustavo e Otávio recebem o apelido de Os Gêmeos pelo produtor musical DJ Hum (1967). Em um período com acesso limitado à informações, essas trocas são fundamentais para o crescimento do movimento hip-hop com epicentro em São Paulo.

Frequentam o colegial em escola técnica de desenho e comunicação no bairro paulistano do Brás, em 1987, quando conhecem o grafiteiro Speto (1971), fundamental na formação dos artistas. Trabalham para apoiar financeiramente a família enquanto começam a grafitar nos muros da cidade em busca de um estilo original, fator importante para diferenciarem seus trabalhos na rua. Isso faz com que explorem diversos suportes e técnicas artísticas e estudem história da arte, o que consideram uma imersão autodidata.

Em 1993, Barry McGee (1966), figura central do graffiti na costa leste americana, vem a São Paulo para uma residência artística no Museu Lasar Segall. Tornam-se amigos e com isso os irmãos iniciam uma série de importantes conexões internacionais. Em 1997 são entrevistados pela revista 12oz Prophet, que divulga nos Estados Unidos um inédito e extenso panorama sobre o graffiti brasileiro. Logo depois são convidados pelos artistas alemães Loomit (1968) e Peter Michalski (1968) para participarem de um festival de graffiti em Munique, e esse evento marca o início de uma carreira que soma trabalhos nas ruas e em instituições em mais de 60 países.

A originalidade estilística e técnica dos artistas se sobressai nesse novo contexto. A mistura de materiais – como a aplicação de tinta à base de água, pincéis e tinta spray automotiva – emerge pelas dificuldades financeiras e falta de materiais específicos no mercado local. A preparação dos trabalhos com uma base de cor como fundo e a modulação da pressão do dedo no bico do spray para a obtenção de traços mais finos, são adaptações que demonstram a disposição criativa para contornar as circunstâncias adversas, característica importante para os desafios propostos pelas diferentes mídias que utilizam.

As emblemáticas figuras amarelas aparecem em grande formato a partir de 2004, com a série Gigantes, que ocupa empenas de edifícios e outros espaços em diversos países. Pintados sobrepostos às texturas existentes, o efeito de ilusão de ótica faz parecer que as figuras saem da parede pelo uso de sombreados e contornos na criação de volumes. Os personagens – que apesar de semelhantes, nunca se repetem – apresentam, com riqueza de detalhes, linhas de contorno finas e padronagens exuberantes em suas roupas. Na obra 360º, realizada para a Bienal de Vancouver em 2014, os Gigantes aparecem grafitados em seis silos de trigo e ostentam, indistintamente, camisas estampadas, calças formais, bolsa transversal – elementos da cultura nordestina brasileira – e agasalhos de poliéster com gorro – típicos da cena hip-hop.

O circuito de arte contemporânea mundial começa a incorporar o graffiti no começo dos anos 2000. Osgemeos expõe na galeria Deitch Projects, em Nova York, em 2005, e o ponto de virada para o reconhecimento no Brasil acontece no ano seguinte na galeria então Fortes Vilaça (Fortes, D'Aloia e Gabriel), em São Paulo. Com filas todos os dias e imenso sucesso de público, a exposição tem um andar dedicado ao universo Tritrez, mundo lúdico onde apresentam instalações interativas com música, objetos cinéticos e pinturas em grande formato. Esse universo próprio dos irmãos-artistas, recorrente em suas mostras, é um convite à imersão total do espectador, tomado pelo jogo de escala e pela energia das cores.

Entre as muitas parcerias para a realização de obras, algumas colaborações se destacam, como em 2007, com a mãe e artista têxtil Margarida Kanciukaitis Pandolfo (1943); em 2011, com o grafiteiro britânico Banksy (1974), e em 2018, com o músico norte-americano Pharrell Williams (1974).

Ao longo dos anos, osgemeos incluem materiais não convencionais em seus trabalhos, como lantejoulas, luzes e elementos que referenciam o ambiente urbano, como grades de aço. A música é outra marca constante, como na escultura cinética Windmill [Moinho de vento], de 2019. Composta de um piano que tem o teclado substituído por um sintetizador, a cauda é transformada em pista de dança com piso retroiluminado, onde um b-boy amarelo rodopia, de ponta-cabeça, no clássico movimento do break que dá nome à obra.

Ao estabelecer conexões entre a cultura de rua, a tradição brasileira e o sistema de arte de sua época, osgemeos cruzam fronteiras conceituais e geográficas, com produção original e abundante, além de grande prestígio de público e crítica.

Exposições

2004 - Calaveras

2006 - Individual de osgemeos

2006 - Paralela 2006

2006 - Toy Art

2007 - Individual de osgemeos

2008 - Quando vidas se tornam forma: diálogo com o futuro Brasil-Japão

2008 - Transfer

2008 - Vertigem

2008 - Neo Tropicália

2008 - Brasis em Paris

2008 - Street Art

2009 - Neo Tropicália

2009 - The Portrait Show

2009 - Nus

2009 - Vertigem

2009 - Vertigem

2009 - Brasil - O Cinema em Cartaz

2009 - Neo Tropicália

2010 - Transfer

2010 - 1ª Bienal Internacional Graffiti Fine Art

2010 - Paralela 2010

2011 - Fermata

2014 - A ópera da lua

2015 - Apreensões e Objetos do desejo: obras doadas pela Receita Federal ao MNBA

2020 - OSGEMEOS: Segredos

2020 - OSGEMEOS: Segredos

2021 - OSGEMEOS: Segredos

Fonte:OSGEMEOS. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 04 de agosto de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Oficial – OSGÊMEOS

OSGEMEOS (1974, São Paulo, Brasil), Gustavo e Otávio Pandolfo, sempre trabalharam juntos. Quando crianças, nas ruas do tradicional bairro do Cambuci (SP), desenvolveram um modo distinto de brincar e se comunicar através da arte. Com o apoio da família, e a chegada da cultura Hip Hop no Brasil nos anos 80, OSGEMEOS encontraram uma conexão direta com seu universo mágico e dinâmico e um modo de se comunicar com o público. Exploravam com dedicação e cuidado as diversas técnicas de pintura, desenho e escultura, e tinham as ruas como seu lugar de estudo.

Nunca deixaram de fazer graffiti, mas, com o passar dos anos, esse universo criado pela dupla, com o qual sonham e se inspiram, ultrapassou as ruas, se transformando numa linguagem própria e em constante evolução, com outras referências e influenciado por novas culturas.

Acreditam nos encontros e experiências que a vida proporciona, em seu ritmo natural e delicado. Os artistas, hoje reconhecidos e admirados nacional e internacionalmente, usam linguagens visuais combinadas, o improviso e seu mundo lúdico para criar intuitivamente uma variedade de projetos pelo mundo.

Realizaram inúmeras mostras individuais e coletivas em museus e galerias de diversos países, como Cuba, Chile, Estados Unidos, Itália, Espanha, Inglaterra, Alemanha, Lituânia e Japão. Para entender a obra de OSGEMEOS é necessário deixar que a razão de lugar ao imaginário – atravessar portas, se permitir perceber as sutilezas e embarcar numa experiência que excede a visual. Sentir, antes, para entender depois.

Exposições Individuais

2014 A ópera da lua, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil 2012 ICA - The Institute of Contemporary Art, Boston, USA Miss You, PRISM, Los Angeles, USA 2011 Fermata, Museu Vale, Espírito Santo, Brasil 2010 Vertigem, Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, Brasil Nos Braços de um Anjo, Galleria Patricia Armocida, Milan, Italy Pra quem mora lá, o céu é lá, Museu Colecção Berardo, Lisboa, Portugal 2009 Vertigem, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; MAB FAAP - Museu de Arte Brasileira, São Paulo, Brasil 2008 Vertigem, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil Too Far Too Close, Deitch Project Gallery, New York, USA Galeria Pilar Parra e Romero, Madrid, Spain 2007 As Flores deste Jardim meus Avós Plantaram, Museum Het Domein Sittard, Sittard, The Netherlands Desenho, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil 2006 O peixe que comia estrelas cadentes, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil 2005 Nike Tour, Fire House, New York, USA; Milan, Italy; Paris, France; National Stadium, Tokyo, Japan; Hong-Kong; China; London, UK Creative Time Project, Conney Island, USA WaterMill, Robert Wilson Center, New York, USA Cavaleiro Marginal, Deitch Project Gallery, New York, USA 2004 Estação da Luz, São Paulo, Brasil 2003 Pavil, Luggage Store Gallery, San Francisco, USA Exposições Coletivas [Group Exhibitions] 2011 Gigantes por su propria naturaleza, Institut Valéncia d’Art Modern, Valencia, Spain Art in the Streets, MOCA Museum of Contemporary Art, Los Angeles, USA Personagens e fronteiras: Território Cenográfico Brasileiro, FUNARTE, São Paulo, Brasil; Salisbury International Arts Festival, Salisbury, UK; MUDE - Museu do Design e da Moda de Lisboa, Lisboa, Portugal Prague Quadrennial, Prague, Czech Republic Kaunas Biennal TEXTILLE 11 – REWIND-PLAY-FORWARD, Kaunas Arte Biennial, Kaunas, Lithuania 2010 Come As You Are, Prism Galley, Los Angeles Viva la Revolucion : A Dialogue with the Urban Landscape, Museum of Contemporary Art San Diego, San Diego, USA 2 Paralela 2010, Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo, Brasil 2009 When Lives Become Form: Creative Power from Brazil, Hiroshima City Museum of Contemporary Art, Hiroshima, Japan Nus [Nudes], Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil The Portrait Show, Durex Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, Brasil 2008 When Lives Become Form: Creative Power from Brazil, Museum of Contemporary Art Tokyo (MOT), Tokyo, Japan Imaginary Realities, Max Wigram Gallery, London, UK Quando Vidas se tornam Forma: diálogo com o futuro – Brasil -Japão, MAM - Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil Salon National Des Beaux-Arts, Carrousel du Louvre, Paris, France 2007 Wakin up Nights, de Pury and Luxembourg, Zurich, Switzerland Musée International des Arts Modestes (MIAM), Sète, France Kunsthalle Barmen, Von Der Heydt Museum Wuppertal, Germany Mundo Animal, Escola São Paulo, São Paulo, Brasil 2006 Paralela 2006, São Paulo, Brasil 9º Bienal de la Habana, Havana, Cuba Spank the Monkey, BALTIC Centre for Contemporary Art, Gateshead, UK Beautiful Losers: Contemporary Art and Street Culture, Triennale di Milano, Milan, Italy 2005 Beautiful Losers: Contemporary Art and Street Culture, Orange County Museum of Art, Newport Beach, USA The Smell of the rain, Deitch Project in Miami Art Basel, Miami, USA 2004 Montana Shop, Barcelona, Spain Beautiful Losers: Contemporary Art and Street Culture, Contemporary Arts Center in Cincinnati; Yerba Buena Center for the Arts, San Francisco, USA Regellos, Halle2, Heidelberg, Germany Urbis Museum, Manchester, UK Gra(ff)ite, Alhambra, USA 2003 Break, New Image Gallery, Los Angeles, USA CubaBrasil, Regla, Havana, Cuba 2002 I don’t know, Die Faerberei Galerie, Munich, Germany Schlachthof Cultural Center, Wiesbaden, Germany Toleranci, Galerie Ecureuil, Niort, France Kanvas, Kassel, Germany Global Grafitti Art, Anne Moerchen Galerie, Hamburg, Germany Urban Discipline, Hamburg, Germany Chromopolis, paneling in Athens Olympic Games, Athens, Greece Area2010, Sydney, Australia 2001 50 anos de Bienal de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo, Brasil Tokion Store, New York, USA Urban Discipline 2001, Hamburg, Germany Galerie du Jour Agnes B, Paris, France Mural Global, São Paulo, Brasil 2000 Just writing my name, Bremen, Germany Agenda 21 project, Hildeshein, Germany Galerie Ecureuil, Niort, France 3 Urban Discipline, Das Buch zur Ausstellung, Hamburg, Germany Graffiti aus São Paulo Brasilien, Die Färberei, Munich, Germany Academie der Kunste, Berlin, Germany 1999 ISART, Munich, Germany Livin Large, Munich, Germany 1998 Um minuto de silêncio, FUNARTE, São Paulo, Brasil 1993 Galeria MIS, São Paulo, Brasil Projetos Especiais [Special Projects] 2014 Avião, parceria com GOL Aerolíneas Inteligentes, Minas Gerais, Brasil 2013 Gigante, Luggage Store Gallery, San Francisco, CA, EUA Mural, colaboração com Mark Bode, San Francisco, CA, EUA 2012 Wholetrain, São Luís do Maranhão, Brasil Back2Black Festival, Rio de Janeiro, Brasil Gigante, colaboração com Aryz, Urban Forms Gallery, Lutz, Polônia 2011 Wholetrain, Vitória, Brasil 2010 Gigante, P.S. 11, 21st Street, New York, NY, EUA Gigante, colaboração com Blu, Festival Crono, Lisboa, Portugal 2009 Mural Houston Street e Bowery, New York, NY, EUA O Estrangeiro, Plasticiens Volants, São Paulo, Brasil Gigante, Vale do Anhangabaú, São Paulo, Brasil 2008 Street Art, Tate Modern, Londres, Reino Unido O Estrangeiro, Plasticiens Volants, Heerlen, Holanda Gigante, Heerlen, Holanda 2007 The Graffiti Project, Kelburn Castle, Airshire, Escócia Wholetrain, Recife, João Pessoa e Natal, Brasil 2006 Wholetrain, Rio de Janeiro e Porto Alegre, Brasil 2005 Expresso Arte – Pintura de dois trens da CPTM [Painting of two public trains of CPTM], São Paulo, Brasil 2004 Trensurb - Pintura de trens do metrô, Porto Alegre, Brasil 2001 Wholetrain, São Paulo, Brasil Coleções Públicas [Public Collections] MAB FAAP – Museu de Arte Brasileira, São Paulo, Brasil MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil Museo de Arte de Puerto Rico, Santurce, Porto Rico Museum of Contemporary Art, Tokyo Art Museum, Tokyo, Japan The Frank-Suss Collection, London, UK

Fonte: Biografia Oficial OSGEMEOS e Currículo OSGEMEOS. Consultado pela última vez em 4 de agosto de 2022.

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OS GÊMEOS, BIOGRAFIA E PRINCIPAIS OBRAS - Arte e Artistas

OS GÊMEOS estão assim identificados na apresentação em seu site oficial. Trata-se de uma dupla dos inseparáveis e geniais artistas de rua; dos irmãos gêmeos que nasceram idênticos, tanto na aparência quanto na criatividade. Sob esse nome e trabalhando sempre unidos, conquistaram o mundo do grafite e da arte, porque seu estilo distinto os tornava os grafiteiros mais importantes e influentes de sua geração.

“Somos complementares: um completa o pensamento do outro a todo momento, pois nosso processo criativo é tão natural para nós, que é até difícil de explicar. Parece que existe um fio, vamos sempre estar conectados, mesmo quando estamos longe um do outro. É um vínculo eterno.” OS GÊMEOS.

Biografia

Gustavo e Otavio Pandolfo nasceram no dia 29 de março de 1974 na cidade de São Paulo. Passaram a infância e a adolescência no bairro do Cambuci. Nesse período eles foram expostos a uma variedade de mudanças culturais influenciadas pelas ruas.

No final dos anos 80, com o surgimento e o avanço do movimento hip hop no Brasil, os gêmeos foram amplamente afetados por ele, começando como dançarinos de break e continuando com seus primeiros trabalhos de grafite. O estilo inicial de sua arte de rua ainda estava para ser formado, pois faltava consistência e referências artísticas que eles empregaram posteriormente. Com isso, eles mostraram uma incrível versatilidade no que diz respeito à mídia, usando não apenas tinta spray, mas também frascos de tinta para carros e tinta látex quando faltavam material adequado para o trabalho desejado. Embora a expressão ainda estivesse um pouco instável, a dupla se mostrou imaginativa e altamente promissora.

Em 1993, um encontro com o artista americano Barry McGee, também conhecido como Twist, que estava envolvido em um projeto de trabalho em São Paulo, acendeu uma nova chama nos pontos de vista artísticos para os irmãos. Nessa época, os jovens estavam com 19 anos e já trabalhavam na decoração de lojas para publicidade. Twist expôs a eles, muitos exemplos fotografados de grafite que estava acontecendo nos Estados Unidos, compartilhando seu conhecimento de diferentes técnicas, contatos importantes e outras experiências.

Em 1995 surgiu a oportunidade da primeira exposição experimental de arte de rua no Museu da Imagem e do Som, o importante MIS em São Paulo. À medida que seu estilo amadureceu, Os Gemeos foram convidados a mostrar seu trabalho em Munique, na Alemanha, onde obteve atenção internacional de outros países da Europa.

No início dos anos 2000, eles foram convidados a participar de um projeto para criação de murais em estações ferroviárias e metrô de seu estado; até pintaram em uma composição de trem, o que normalmente não é feito no Brasil.

Em 2003, viajaram ao redor do mundo, mantendo-se ocupados em muitos projetos colaborativos de arte de rua, que foram finalmente seguidos por sua primeira exposição solo americana na Galeria de Lojas de Bagagem, em São Francisco, nos Estados Unidos.

Nesse período e até o final da mesma década, começaram a criar obras de arte orientadas para o estúdio a serem notadas no cenário da arte contemporânea, em vez de permanecerem subversivas em muros e paredes de prédios. Suas criações imaginativas foram capazes de alcançar limites adicionais do que a rua a partir de então, e sua arte assumia uma nova forma, quando começaram a trabalhar em esculturas partindo para um trabalho tridimensional.

Na década de 2010, a popularidade dos gêmeos aumentou, assim eles participaram do Fame Festival em Grottaglie na Itália.

Em 2012 participaram de uma exposição no aclamado Instituto de Arte Contemporânea de Boston nos Estados Unidos. Essa é considerada por ele muito especial, por ter sido a primeira exposição solo.

Em 2014 inovaram sua arte com as instalações, juntamente com as pinturas e esculturas em uma exposição ilustre em sua cidade natal, na Galeria Fortes Vilaça, em uma mostra intitulada “A Ópera da Lua”. No mesmo ano, OSGEMEOS criaram e executaram a pintura de um avião em um projeto da empresa de aviação Gol, que transportou a seleção de futebol do Brasil durante a Copa do Mundo.

Na atualidade, eles são hoje uma das equipes de muralistas e grafites mais promissoras do mundo, participando constantemente de um grande número de exposições. O público está inclinado a apreciar seu estilo com seus gigantescos personagens amarelos, engraçados e grotescos, mas ao mesmo tempo amáveis ​​e infantis, simbólicos e mansos, iluminados com sua paleta animada tendo uma conexão imediata com o espectador. Eles estão presentes em feiras de arte, estúdios, galerias e ainda colaboram com outros grafiteiros em projetos de murais de ruas.

Essas duas mentes fluem de forma artística, usando todas as cores e sabores de sua imaginação. Eles acreditam que tudo é possível para os sonhos se tornarem realidade. A inspiração de design deriva de reflexões sobre sua realidade interior e a fantasia circundante. Os Gêmeos usam as asas de sua imaginação para ir a destinos exóticos e lugares ilusórios que habitam suas mentes.

Galeria de Arte – Arte Comentada

As obras de OSGEMEOS aparecem em inúmeras paredes ao redor do mundo desde 1981. Elas são únicas e inconfundíveis pelas figuras amarelas que dominam fachadas de casas inteiras, bem como também por suas dimensões sociais e políticas que são temas recorrentes em sua obra. Sua cidade natal, São Paulo, continua sendo a maior fonte de inspiração.

Castelo Kelburn

Em parceria com os grafiteiros Nunca e Nina Pandolfo, os Gêmeos realizaram em 2007 uma pintura na fachada de um castelo na Escócia de 800 anos, a pedido dos filhos do Lord Glasgow Patric Boyle, o proprietário do Castelo Kelburn.

Instalação para a Casa de Slava Polunin localizada na França. A obra foi inspirada no filme “Alegria”, e no show da Broadway “Slava Snow Show”.

Gigante São Paulo

Para celebrar o ano da França no Brasil, OSGEMEOS participaram de um projeto promovido pelo SESC-SP, na pintura dessa figura gigantesca medindo 20 metros que foi pintada na parede lateral de um prédio localizado na cidade de São Paulo. Para finalizar o projeto, em parceria com os artistas, uma empresa francesa, a Plasticiens Volants fabricou o mesmo personagem transformando em tridimensional uma enorme figura inflável.

Vertigem

Primeira exposição itinerante de OSGEMEOS, que esteve percorrendo o Brasil em quatro cidades. Iniciou em Curitiba em 2008 e encerrou em São Paulo em 2010.

Mural MAM

Em 2010, o MAM (Museu de Arte Moderna de São Paulo) mudou sua fachada com uma pintura dos Gêmeos, que passou a ser permanente e é hoje um dos pontos mais atrativos do Parque do Ibirapuera.

Viva La Revolucion

Exposição que teve a participação de 20 artistas de diferentes países, com o principal objetivo de celebrar a paisagem urbana. Além dessa pintura, os gêmeos realizaram uma pintura mural na parte externa do museu intitulado Don’t Believe the Hype.

Dores de Amores

Trata-se de um longa-metragem com direção de Raphael Vieira. Para a realização das filmagens de algumas cenas em uma estação de trem no Rio de Janeiro, OSGEMEOS participaram na realização de intervenções dentro e fora do trem.

O Gigante de Boston

Esse mural foi feito para a primeira exposição solo que foi realizada no Instituto de Arte Contemporânea de Boston nos Estados Unidos.

A Ópera da Lua

Essa foi uma exposição imersiva em 2014, no Galpão Fortes Vilaça, São Paulo.

Avião da Seleção

Esse foi o Boeing 737 da Gol, avião oficial da seleção brasileira em que Os Gêmeos realizaram a pintura para atender a seleção de futebol do Brasil em 2014. A composição foi criada para homenagear a diversidade étnica da população existente no país.explicou Otávio um dos irmãos: “A concepção deste trabalho, além de ser um desafio, por pintarmos em um suporte diferente do convencional, é dar acesso irrestrito à nossa arte, retratando a população brasileira com sua etnia tão diversa e colorida, levando esta obra aos céus e aeroportos do Brasil inteiro”.

Foi o avião oficial da seleção brasileira nesse ano e após isso, continuou sobrevoando os céus até 2016 em outros voos. Sorte de quem teve em viajar nesse gigante colorido.

Exposição Déjà Vu

Essa mostra levou o expectador a uma experiência imersiva onde os artistas pintaram seus típicos personagens diretamente em alto-falantes.

Fonte: Artes e Artistas, "Os Gemeos: biografia e principais obras", publicado em 5 de julho de 2020. Consultado pela última vez em 4 de agosto de 2022.

Crédito fotográfico: Gama Revista, Portal UOL, "O Universo paralelo de OSGEMEOS". Publicado por Luara Calvi Anic, em 29 de março de 2020. Consultado pela última vez em 4 de agosto de 2022.

Arremate Arte
Feito com no Rio de Janeiro

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