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Porcelanas Renner

Porcelanas Renner (São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 1937), é uma marca de porcelanas brasileira. Fundada por A. J. Renner, membro de uma família tradicional no ramo industrial do Rio Grande do Sul. A marca rapidamente se destacou pela produção de porcelanas de alta qualidade, tanto para uso doméstico quanto para fins decorativos, onde combinava tradição e inovação, o que tornou a empresa conhecida por suas louças finas, muitas vezes adornadas com detalhes em ouro, e por seus serviços de chá e jantar, que eram símbolos de status social em casamentos e ocasiões especiais. Além das peças funcionais, a Renner também produziu itens decorativos, como estatuetas e vasos pintados à mão, que eram muito valorizados pela qualidade artística. Uma de suas linhas de produtos mais famosas incluía porcelanas com acabamentos em ouro, que se tornaram as mais populares entre as famílias brasileiras, especialmente nos anos 1940 e 1950. Devido às dificuldades entre as décadas de 1970 e 1980, devido à concorrência com produtos importados e à crise econômica, encerrou suas atividades nos anos 1990. No entanto, as peças da Porcelana Renner ainda são muito procuradas por colecionadores, sendo vistas como relíquias de grande valor histórico e cultural.

Renner | Arremate Arte

A Porcelana Renner foi uma importante fábrica brasileira de porcelana, estabelecida na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, na década de 1930. A empresa se destacou por sua qualidade e tradição na produção de peças de porcelana de uso doméstico, como louças, bem como objetos decorativos. Ao longo dos anos, consolidou-se como uma referência no setor, levando a porcelana brasileira a um alto padrão de acabamento e durabilidade.

A Porcelana Renner foi fundada em 1937 pelo empresário A. J. Renner, membro de uma família tradicional no ramo industrial do Rio Grande do Sul. A família Renner era conhecida por suas atividades na indústria têxtil e na produção de tintas, e a criação da fábrica de porcelana foi uma extensão desse espírito empreendedor. A ideia de investir na produção de porcelana surgiu da necessidade de diversificação dos negócios e do desejo de introduzir produtos de alta qualidade no mercado brasileiro, que, na época, era amplamente dependente de importações europeias.

A fábrica iniciou suas atividades em São Leopoldo, uma cidade com forte influência da imigração alemã, o que colaborou para o desenvolvimento das técnicas e do conhecimento necessário para a produção de porcelanas de alta qualidade. O cuidado com os detalhes e a sofisticação das peças garantiram à marca um lugar de destaque no cenário nacional, com clientes em várias partes do Brasil.

Durante as décadas de 1940 e 1950, a Porcelana Renner experimentou uma expansão significativa, aumentando sua capacidade de produção e conquistando novos mercados. A empresa passou a ser reconhecida pelo design sofisticado de suas peças, muitas vezes com detalhes em ouro e decoração artesanal. A empresa também se destacou por investir em inovação, utilizando tecnologia de ponta para a época e aprimorando constantemente suas técnicas de fabricação.

A qualidade das porcelanas Renner as tornou um item de prestígio entre famílias brasileiras, e muitas vezes eram utilizadas como presentes em casamentos ou em ocasiões especiais. A marca se tornou sinônimo de luxo e requinte, competindo com produtos importados de marcas europeias renomadas.

Apesar de seu sucesso inicial, a Porcelana Renner começou a enfrentar dificuldades a partir das décadas de 1970 e 1980, devido à crescente concorrência com produtos importados de baixo custo e à crise econômica que afetou o Brasil nesse período. A abertura do mercado brasileiro a produtos estrangeiros e a falta de investimentos em modernização acabaram por impactar negativamente a produção.

A fábrica fechou suas portas definitivamente nos anos 1990, marcando o fim de uma era na produção de porcelanas no Brasil. No entanto, até hoje, as peças da Porcelana Renner são valorizadas por colecionadores e apreciadores de antiguidades, sendo encontradas em antiquários e leilões.

Embora a fábrica tenha sido encerrada, a Porcelana Renner deixou um legado importante para a indústria brasileira, representando uma época em que o Brasil se firmou como um país capaz de produzir porcelanas de alta qualidade. As peças da Renner são reconhecidas por sua durabilidade, sofisticação e acabamentos primorosos, sendo consideradas verdadeiras relíquias por quem as possui.

O nome Renner, além de estar ligado à porcelana, é associado a uma trajetória de empreendedorismo que marcou o desenvolvimento industrial do Rio Grande do Sul, influenciando não só o mercado de porcelanas, mas também outros setores econômicos do estado.

Curiosidades

Algumas peças da Porcelana Renner, especialmente as decoradas com ouro e pintadas à mão, ainda são disputadas em leilões e possuem alto valor de mercado entre colecionadores.

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Especial: A história de A. J. Renner | Porto Imagem

A. J. Renner foi responsável por criar um dos maiores conglomerados industriais do Rio Grande do Sul e mesmo do Brasil, na área têxtil.

As indústrias de tecidos e vestuário Renner produzia roupas para todo o Brasil, dominando o mercado de trajes masculinos e capas impermeáveis de lã. A fábrica criada por A. J. Renner produzia também vestuário em linho, plantado e industrializado pela própria empresa, sendo pioneira no Brasil neste material. Foi responsável pela empresa, que incluia as Lojas Renner, até 1965.

O complexo ocupou, principalmente, diversos quarteirões do bairro industrial Navegantes, zona norte de Porto Alegre. Mas também outras áreas próximas.

Um pouco da sua história

Antônio Jacob Renner, mais conhecido como A. J. Renner, nasceu no município de Feliz, RS, a 7 de maio de 1884 e faleceu em Porto Alegre, no dia 27 de dezembro de 1966.

É o fundador das indústrias Renner e também das Lojas Renner, a atual maior rede varejista brasileira de vestuário. Foi um dos maiores empresários do Rio Grande do Sul em todos os tempos.

Aos dois anos, seus pais, Jacob Renner e Clara Fetter, se mudaram para Montenegro, onde estudou em escola pública e nos estabelecimentos paroquiais particulares.

Aos doze anos já trabalhava nas oficinas da refinaria de banha paterna. Aos quatorze, mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou inicialmente como aprendiz e depois como artífice na joalheria Foernges, aprendendo a dominar o ofício de ourives.

Aos 20 anos, em 1904, casou-se com Mathilde Trein, uma das herdeiras da empresa Cristiano J. Trein & Cia., que dominava o comércio de São Sebastião do Caí, comércio este bastante intenso por causa do porto fluvial da cidade, que distribuía as mercadorias vindas de Porto Alegre e escoava a produção da colônia alemã, fazendo o transporte em lombo de burros por trilhas rudimentares.

Após o casamento, deixou o ofício de ourives e iniciou sua atividade empresarial, com o sogro Franz Trein, numa casa comercial na cidade de São Leopoldo. Ingressou como sócio na empresa, com o trabalho de caixeiro-viajante.

Com a inauguração da estrada de ferro, o transporte animal tornou-se obsoleto, mas Renner já havia percebido as necessidades dos colonos em matéria de vestuário.

Em 1911, aos vinte e sete anos, participou da fundação de uma pequena tecelagem, empresa organizada por Christian Trein e Frederico Mentz, que se chamou Frederico Engel & Cia. Um ano depois passou a produzir capas para chuva, inspiradas nos ponchos utilizados pelos gaúchos em campanha, que se tornaram famosas em todo o estado por serem abrigadas e impermeáveis.

A empresa instalou-se inicialmente num galpão de madeira utilizado para pouso de tropeiros, e o capital investido foi pequeno para a época (54 contos de réis).O primeiro ano não obteve bons resultados, consumindo o capital inicial e desanimando os investidores. Renner, tendo depositado ali suas esperanças e economias, propôs seu nome para a direção na reunião dos acionistas que decidiria o futuro da tecelagem. Surgia assim, em 2 de fevereiro de 1912, a A. J. Renner & Cia.

Em 1914 a fábrica iniciou sua instalação na capital, buscando mais proximidade com o consumidor e a matéria-prima. Em 1917, a empresa mudou sua sede definitivamente para Porto Alegre, no bairro Navegantes, buscando maiores oportunidades de crescimento.

Os primeiros tempos foram de muitas dificuldades de cunho técnico (fios importados de baixa qualidade e equipamentos rudimentares) e também financeiras, devido ao pouco capital disponível. Entretanto, a restrição de importações durante a Primeira Guerra Mundial representou um grande aumento de vendas, tendo a fábrica, neste período, passado a trabalhar em três turnos para atender a demanda.

No final da década de 1920, a empresa era a maior indústria de fiação e tecelagem do Rio Grande do Sul, passando a produzir, além das capas de lã, trajes para homens. Seu slogan era “Roupas Renner: a Boa Roupa Ponto por Ponto”.

A fabricação de ternos masculinos, até então, era praticamente monopolizada por alfaiates. Com a fabricação em escala industrial, a demanda por este produto passou a ser prontamente atendida, além dos custos serem menores.

Sua empresa ainda foi a responsável pela introdução da técnica da fiação penteada, que permitia a produção de casimiras semelhantes, na qualidade, às casimiras inglesas. Em 1933 iniciou a fiação e tecelagem do linho, estendendo a sua produção para todo o território nacional. Introduziu um sistema vertical de produção, único no país, que compreendia desde a produção do linho e da lã até a confecção e comercialização da roupa.

Envolveu-se com a organização dos sindicatos patronais, tendo sido presidente do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul. Foi eleito, em eleição indireta, deputado estadual, representante classista dos empregados, em 1935. Depois de conflitos políticos, desiludido, renunciou ao cargo em 20 de abril de 1937.

Também foi pioneiro na instituição de serviços para atender a seus funcionários e seus familiares: cooperativa de crédito, cooperativa de consumo, creche e atendimento à saúde.

A. J. Renner participou como investidor de capital na fundação de outras empresas, tais como as Tintas Renner, com 30%, junto a sua irmã Olga e seus sobrinhos. E com outros sócios em outras empresas, surgindo assim um verdadeiro império industrial e comercial, formado por Lojas Renner, Banco Renner, Tintas Renner, fábrica de tecidos, fábrica de porcelanas, fábrica de feltros, de calçados, de máquinas de costura.

Obs.: a fábrica de feltros ainda existe, no mesmo lugar mas, desde 1991, não pertence mais ao grupo Renner.

A. J. Renner defendia teses nacionalistas e desenvolvimentistas na concepção de um Estado enquanto sujeito organizador da sociedade, sob a justificativa ideológica do interesse geral acima de anarquias individuais. Assim, A. J. Renner pugnou pelo fortalecimento da indústria, pelo aperfeiçoamento das condições infraestruturais do País, pela racionalização da produção e pela melhoria das condições de vida das populações operárias e urbanas. Ao mesmo tempo, defendia a liberdade de mercado e recuo da intervenção estatal, insistindo na necessidade de racionalização e enxugamento da administração pública. O objetivo de A. J. Renner era promover a integração nacional, o desenvolvimento econômico e a justiça social. Criticava o capitalismo liberal e o comunismo.

Renner foi ideólogo da representação profissional nos parlamentos e seu membro, integrando conselhos técnicos, liderando associações de classe e desenvolvendo ação militante em favor dos interesses empresariais, como propagandista da indústria.

Financiou durante muitos anos o programa informativo Correspondente Renner na Rádio Guaíba de Porto Alegre e o Grêmio Esportivo Renner. Foi também fundador do primeiro Rotary Club em Porto Alegre, do Clube Leopoldina Juvenil e do Porto Alegre Country Club, onde praticava golfe todas as semanas.

Foi pai de seis filhos e avô de catorze netos, os quais continuaram a sua obra em empreendimentos nas mais diversas áreas da economia.

Seu corpo está sepultado na área central do Cemitério Evangélico de Porto Alegre junto a outros membros de sua família.

Grupo A.J. Renner / Lojas Renner

Toda a família Renner residia em São Sebastião do Caí, uma cidade a 60km da capital gaúcha. Anos depois, morando em Porto Alegre, decidiu investir na indústria fabril, abrindo uma fábrica no bairro Navegantes e produzindo capas de pura lã masculinas. Depois a Renner começou a ampliar e a diversificar suas atividades empresariais, com plantações de linho – matéria-prima para a fabricação de trajes masculinos – que inspiraram o primeiro conceito empresarial lembrado: “Renner, a boa roupa, ponto a ponto”.

Em 1922, abre o primeiro posto de venda da fábrica, em Porto Alegre. Com o tempo, as Lojas Renner passaram a incluir departamentos de eletroportáteis, bazar e artigos para presente, móveis, utensílios para o lar, artigos esportivos, cama, mesa e banho e já em 1945, inaugurou a primeira loja de departamentos – Loja Otávio Rocha.

Em 1965 devido ao crescimento das Lojas Renner o Grupo A.J. Renner optou por desmembrar as diferentes empresas que o formavam, ocasião em que foi então constituída a companhia Lojas Renner S.A. Dois anos depois, em 1967, Lojas Renner já se transformava em uma empresa de capital aberto. Em 1990 as Lojas Renner passam por uma profunda reestruturação, passando a operar no formato de loja de departamentos especializada em moda e é implantada a Filosofia de Encantamento – segundo a qual não basta satisfazer, mas superar as expectativas dos clientes. Nesta mesma década, a Renner expandiu suas operações para além do Rio Grande do Sul, chegando a Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e para o Distrito Federal. Em 1991, quando iniciou o processo de reestruturação, a companhia contava com oito lojas e, até novembro de 1998, já havia inaugurado 13 novas lojas, totalizando 21 unidades; O processo de expansão começou em 1994, no estado de Santa Catarina, em 1996 inaugurou-se a primeira loja no estado do Paraná e por fim já em 1997, inauguraram-se as primeiras lojas no estado de São Paulo.

Em dezembro de 1998, a J.C. Penney Brazil Inc. subsidiária de uma das maiores redes de lojas de departamentos dos EUA, adquiriu o controle acionário da companhia, com isto, obteve acesso a fornecedores internacionais, a consultoria de especialistas na escolha de pontos comerciais, bem como a adoção de procedimentos e controles internos diferenciados. Dessa forma, a Renner intensificou seu processo de expansão inaugurando mais de 30 unidades da empresa no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Com a implantação do conceito de lifestyle nas coleções e nas lojas, em 2002, as coleções passam a ser desenvolvidas por estilos de vida e compostas por marcas próprias que refletem um jeito de ser e de vestir, com base em atitudes, interesses, valores, personalidades e hábitos dos clientes. As lojas também passam a expor os produtos de forma coordenada, facilitando a escolha do consumidor e otimizando o seu tempo de compras.

Em junho de 2005, ocasião em que a companhia já atuava com 64 pontos-de-venda, a JC Penney, em conjunto com os administradores das Lojas Renner, optou pela venda do controle da companhia através de oferta pública de ações na B3. As Lojas Renner entraram então na B3 como a primeira companhia no país a ter seu capital pulverizado e aproximadamente 100% das ações em circulação.

Hoje, as lojas Renner são o maior império de moda do país, com 672 lojas (incluindo 119 da Camicado e 104 da YouCom e 13 lojas no Uruguai e Argentina.

Fonte: Porto Imagem, "Especial: A história de A. J. Renner". Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2024.

Crédito fotográfico: Lote 530, leilão 223, Galeria Alphaville. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2024.

Porcelanas Renner (São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 1937), é uma marca de porcelanas brasileira. Fundada por A. J. Renner, membro de uma família tradicional no ramo industrial do Rio Grande do Sul. A marca rapidamente se destacou pela produção de porcelanas de alta qualidade, tanto para uso doméstico quanto para fins decorativos, onde combinava tradição e inovação, o que tornou a empresa conhecida por suas louças finas, muitas vezes adornadas com detalhes em ouro, e por seus serviços de chá e jantar, que eram símbolos de status social em casamentos e ocasiões especiais. Além das peças funcionais, a Renner também produziu itens decorativos, como estatuetas e vasos pintados à mão, que eram muito valorizados pela qualidade artística. Uma de suas linhas de produtos mais famosas incluía porcelanas com acabamentos em ouro, que se tornaram as mais populares entre as famílias brasileiras, especialmente nos anos 1940 e 1950. Devido às dificuldades entre as décadas de 1970 e 1980, devido à concorrência com produtos importados e à crise econômica, encerrou suas atividades nos anos 1990. No entanto, as peças da Porcelana Renner ainda são muito procuradas por colecionadores, sendo vistas como relíquias de grande valor histórico e cultural.

Porcelanas Renner

Porcelanas Renner (São Leopoldo, Rio Grande do Sul, 1937), é uma marca de porcelanas brasileira. Fundada por A. J. Renner, membro de uma família tradicional no ramo industrial do Rio Grande do Sul. A marca rapidamente se destacou pela produção de porcelanas de alta qualidade, tanto para uso doméstico quanto para fins decorativos, onde combinava tradição e inovação, o que tornou a empresa conhecida por suas louças finas, muitas vezes adornadas com detalhes em ouro, e por seus serviços de chá e jantar, que eram símbolos de status social em casamentos e ocasiões especiais. Além das peças funcionais, a Renner também produziu itens decorativos, como estatuetas e vasos pintados à mão, que eram muito valorizados pela qualidade artística. Uma de suas linhas de produtos mais famosas incluía porcelanas com acabamentos em ouro, que se tornaram as mais populares entre as famílias brasileiras, especialmente nos anos 1940 e 1950. Devido às dificuldades entre as décadas de 1970 e 1980, devido à concorrência com produtos importados e à crise econômica, encerrou suas atividades nos anos 1990. No entanto, as peças da Porcelana Renner ainda são muito procuradas por colecionadores, sendo vistas como relíquias de grande valor histórico e cultural.

Renner | Arremate Arte

A Porcelana Renner foi uma importante fábrica brasileira de porcelana, estabelecida na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, na década de 1930. A empresa se destacou por sua qualidade e tradição na produção de peças de porcelana de uso doméstico, como louças, bem como objetos decorativos. Ao longo dos anos, consolidou-se como uma referência no setor, levando a porcelana brasileira a um alto padrão de acabamento e durabilidade.

A Porcelana Renner foi fundada em 1937 pelo empresário A. J. Renner, membro de uma família tradicional no ramo industrial do Rio Grande do Sul. A família Renner era conhecida por suas atividades na indústria têxtil e na produção de tintas, e a criação da fábrica de porcelana foi uma extensão desse espírito empreendedor. A ideia de investir na produção de porcelana surgiu da necessidade de diversificação dos negócios e do desejo de introduzir produtos de alta qualidade no mercado brasileiro, que, na época, era amplamente dependente de importações europeias.

A fábrica iniciou suas atividades em São Leopoldo, uma cidade com forte influência da imigração alemã, o que colaborou para o desenvolvimento das técnicas e do conhecimento necessário para a produção de porcelanas de alta qualidade. O cuidado com os detalhes e a sofisticação das peças garantiram à marca um lugar de destaque no cenário nacional, com clientes em várias partes do Brasil.

Durante as décadas de 1940 e 1950, a Porcelana Renner experimentou uma expansão significativa, aumentando sua capacidade de produção e conquistando novos mercados. A empresa passou a ser reconhecida pelo design sofisticado de suas peças, muitas vezes com detalhes em ouro e decoração artesanal. A empresa também se destacou por investir em inovação, utilizando tecnologia de ponta para a época e aprimorando constantemente suas técnicas de fabricação.

A qualidade das porcelanas Renner as tornou um item de prestígio entre famílias brasileiras, e muitas vezes eram utilizadas como presentes em casamentos ou em ocasiões especiais. A marca se tornou sinônimo de luxo e requinte, competindo com produtos importados de marcas europeias renomadas.

Apesar de seu sucesso inicial, a Porcelana Renner começou a enfrentar dificuldades a partir das décadas de 1970 e 1980, devido à crescente concorrência com produtos importados de baixo custo e à crise econômica que afetou o Brasil nesse período. A abertura do mercado brasileiro a produtos estrangeiros e a falta de investimentos em modernização acabaram por impactar negativamente a produção.

A fábrica fechou suas portas definitivamente nos anos 1990, marcando o fim de uma era na produção de porcelanas no Brasil. No entanto, até hoje, as peças da Porcelana Renner são valorizadas por colecionadores e apreciadores de antiguidades, sendo encontradas em antiquários e leilões.

Embora a fábrica tenha sido encerrada, a Porcelana Renner deixou um legado importante para a indústria brasileira, representando uma época em que o Brasil se firmou como um país capaz de produzir porcelanas de alta qualidade. As peças da Renner são reconhecidas por sua durabilidade, sofisticação e acabamentos primorosos, sendo consideradas verdadeiras relíquias por quem as possui.

O nome Renner, além de estar ligado à porcelana, é associado a uma trajetória de empreendedorismo que marcou o desenvolvimento industrial do Rio Grande do Sul, influenciando não só o mercado de porcelanas, mas também outros setores econômicos do estado.

Curiosidades

Algumas peças da Porcelana Renner, especialmente as decoradas com ouro e pintadas à mão, ainda são disputadas em leilões e possuem alto valor de mercado entre colecionadores.

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Especial: A história de A. J. Renner | Porto Imagem

A. J. Renner foi responsável por criar um dos maiores conglomerados industriais do Rio Grande do Sul e mesmo do Brasil, na área têxtil.

As indústrias de tecidos e vestuário Renner produzia roupas para todo o Brasil, dominando o mercado de trajes masculinos e capas impermeáveis de lã. A fábrica criada por A. J. Renner produzia também vestuário em linho, plantado e industrializado pela própria empresa, sendo pioneira no Brasil neste material. Foi responsável pela empresa, que incluia as Lojas Renner, até 1965.

O complexo ocupou, principalmente, diversos quarteirões do bairro industrial Navegantes, zona norte de Porto Alegre. Mas também outras áreas próximas.

Um pouco da sua história

Antônio Jacob Renner, mais conhecido como A. J. Renner, nasceu no município de Feliz, RS, a 7 de maio de 1884 e faleceu em Porto Alegre, no dia 27 de dezembro de 1966.

É o fundador das indústrias Renner e também das Lojas Renner, a atual maior rede varejista brasileira de vestuário. Foi um dos maiores empresários do Rio Grande do Sul em todos os tempos.

Aos dois anos, seus pais, Jacob Renner e Clara Fetter, se mudaram para Montenegro, onde estudou em escola pública e nos estabelecimentos paroquiais particulares.

Aos doze anos já trabalhava nas oficinas da refinaria de banha paterna. Aos quatorze, mudou-se para Porto Alegre, onde trabalhou inicialmente como aprendiz e depois como artífice na joalheria Foernges, aprendendo a dominar o ofício de ourives.

Aos 20 anos, em 1904, casou-se com Mathilde Trein, uma das herdeiras da empresa Cristiano J. Trein & Cia., que dominava o comércio de São Sebastião do Caí, comércio este bastante intenso por causa do porto fluvial da cidade, que distribuía as mercadorias vindas de Porto Alegre e escoava a produção da colônia alemã, fazendo o transporte em lombo de burros por trilhas rudimentares.

Após o casamento, deixou o ofício de ourives e iniciou sua atividade empresarial, com o sogro Franz Trein, numa casa comercial na cidade de São Leopoldo. Ingressou como sócio na empresa, com o trabalho de caixeiro-viajante.

Com a inauguração da estrada de ferro, o transporte animal tornou-se obsoleto, mas Renner já havia percebido as necessidades dos colonos em matéria de vestuário.

Em 1911, aos vinte e sete anos, participou da fundação de uma pequena tecelagem, empresa organizada por Christian Trein e Frederico Mentz, que se chamou Frederico Engel & Cia. Um ano depois passou a produzir capas para chuva, inspiradas nos ponchos utilizados pelos gaúchos em campanha, que se tornaram famosas em todo o estado por serem abrigadas e impermeáveis.

A empresa instalou-se inicialmente num galpão de madeira utilizado para pouso de tropeiros, e o capital investido foi pequeno para a época (54 contos de réis).O primeiro ano não obteve bons resultados, consumindo o capital inicial e desanimando os investidores. Renner, tendo depositado ali suas esperanças e economias, propôs seu nome para a direção na reunião dos acionistas que decidiria o futuro da tecelagem. Surgia assim, em 2 de fevereiro de 1912, a A. J. Renner & Cia.

Em 1914 a fábrica iniciou sua instalação na capital, buscando mais proximidade com o consumidor e a matéria-prima. Em 1917, a empresa mudou sua sede definitivamente para Porto Alegre, no bairro Navegantes, buscando maiores oportunidades de crescimento.

Os primeiros tempos foram de muitas dificuldades de cunho técnico (fios importados de baixa qualidade e equipamentos rudimentares) e também financeiras, devido ao pouco capital disponível. Entretanto, a restrição de importações durante a Primeira Guerra Mundial representou um grande aumento de vendas, tendo a fábrica, neste período, passado a trabalhar em três turnos para atender a demanda.

No final da década de 1920, a empresa era a maior indústria de fiação e tecelagem do Rio Grande do Sul, passando a produzir, além das capas de lã, trajes para homens. Seu slogan era “Roupas Renner: a Boa Roupa Ponto por Ponto”.

A fabricação de ternos masculinos, até então, era praticamente monopolizada por alfaiates. Com a fabricação em escala industrial, a demanda por este produto passou a ser prontamente atendida, além dos custos serem menores.

Sua empresa ainda foi a responsável pela introdução da técnica da fiação penteada, que permitia a produção de casimiras semelhantes, na qualidade, às casimiras inglesas. Em 1933 iniciou a fiação e tecelagem do linho, estendendo a sua produção para todo o território nacional. Introduziu um sistema vertical de produção, único no país, que compreendia desde a produção do linho e da lã até a confecção e comercialização da roupa.

Envolveu-se com a organização dos sindicatos patronais, tendo sido presidente do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul. Foi eleito, em eleição indireta, deputado estadual, representante classista dos empregados, em 1935. Depois de conflitos políticos, desiludido, renunciou ao cargo em 20 de abril de 1937.

Também foi pioneiro na instituição de serviços para atender a seus funcionários e seus familiares: cooperativa de crédito, cooperativa de consumo, creche e atendimento à saúde.

A. J. Renner participou como investidor de capital na fundação de outras empresas, tais como as Tintas Renner, com 30%, junto a sua irmã Olga e seus sobrinhos. E com outros sócios em outras empresas, surgindo assim um verdadeiro império industrial e comercial, formado por Lojas Renner, Banco Renner, Tintas Renner, fábrica de tecidos, fábrica de porcelanas, fábrica de feltros, de calçados, de máquinas de costura.

Obs.: a fábrica de feltros ainda existe, no mesmo lugar mas, desde 1991, não pertence mais ao grupo Renner.

A. J. Renner defendia teses nacionalistas e desenvolvimentistas na concepção de um Estado enquanto sujeito organizador da sociedade, sob a justificativa ideológica do interesse geral acima de anarquias individuais. Assim, A. J. Renner pugnou pelo fortalecimento da indústria, pelo aperfeiçoamento das condições infraestruturais do País, pela racionalização da produção e pela melhoria das condições de vida das populações operárias e urbanas. Ao mesmo tempo, defendia a liberdade de mercado e recuo da intervenção estatal, insistindo na necessidade de racionalização e enxugamento da administração pública. O objetivo de A. J. Renner era promover a integração nacional, o desenvolvimento econômico e a justiça social. Criticava o capitalismo liberal e o comunismo.

Renner foi ideólogo da representação profissional nos parlamentos e seu membro, integrando conselhos técnicos, liderando associações de classe e desenvolvendo ação militante em favor dos interesses empresariais, como propagandista da indústria.

Financiou durante muitos anos o programa informativo Correspondente Renner na Rádio Guaíba de Porto Alegre e o Grêmio Esportivo Renner. Foi também fundador do primeiro Rotary Club em Porto Alegre, do Clube Leopoldina Juvenil e do Porto Alegre Country Club, onde praticava golfe todas as semanas.

Foi pai de seis filhos e avô de catorze netos, os quais continuaram a sua obra em empreendimentos nas mais diversas áreas da economia.

Seu corpo está sepultado na área central do Cemitério Evangélico de Porto Alegre junto a outros membros de sua família.

Grupo A.J. Renner / Lojas Renner

Toda a família Renner residia em São Sebastião do Caí, uma cidade a 60km da capital gaúcha. Anos depois, morando em Porto Alegre, decidiu investir na indústria fabril, abrindo uma fábrica no bairro Navegantes e produzindo capas de pura lã masculinas. Depois a Renner começou a ampliar e a diversificar suas atividades empresariais, com plantações de linho – matéria-prima para a fabricação de trajes masculinos – que inspiraram o primeiro conceito empresarial lembrado: “Renner, a boa roupa, ponto a ponto”.

Em 1922, abre o primeiro posto de venda da fábrica, em Porto Alegre. Com o tempo, as Lojas Renner passaram a incluir departamentos de eletroportáteis, bazar e artigos para presente, móveis, utensílios para o lar, artigos esportivos, cama, mesa e banho e já em 1945, inaugurou a primeira loja de departamentos – Loja Otávio Rocha.

Em 1965 devido ao crescimento das Lojas Renner o Grupo A.J. Renner optou por desmembrar as diferentes empresas que o formavam, ocasião em que foi então constituída a companhia Lojas Renner S.A. Dois anos depois, em 1967, Lojas Renner já se transformava em uma empresa de capital aberto. Em 1990 as Lojas Renner passam por uma profunda reestruturação, passando a operar no formato de loja de departamentos especializada em moda e é implantada a Filosofia de Encantamento – segundo a qual não basta satisfazer, mas superar as expectativas dos clientes. Nesta mesma década, a Renner expandiu suas operações para além do Rio Grande do Sul, chegando a Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e para o Distrito Federal. Em 1991, quando iniciou o processo de reestruturação, a companhia contava com oito lojas e, até novembro de 1998, já havia inaugurado 13 novas lojas, totalizando 21 unidades; O processo de expansão começou em 1994, no estado de Santa Catarina, em 1996 inaugurou-se a primeira loja no estado do Paraná e por fim já em 1997, inauguraram-se as primeiras lojas no estado de São Paulo.

Em dezembro de 1998, a J.C. Penney Brazil Inc. subsidiária de uma das maiores redes de lojas de departamentos dos EUA, adquiriu o controle acionário da companhia, com isto, obteve acesso a fornecedores internacionais, a consultoria de especialistas na escolha de pontos comerciais, bem como a adoção de procedimentos e controles internos diferenciados. Dessa forma, a Renner intensificou seu processo de expansão inaugurando mais de 30 unidades da empresa no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Com a implantação do conceito de lifestyle nas coleções e nas lojas, em 2002, as coleções passam a ser desenvolvidas por estilos de vida e compostas por marcas próprias que refletem um jeito de ser e de vestir, com base em atitudes, interesses, valores, personalidades e hábitos dos clientes. As lojas também passam a expor os produtos de forma coordenada, facilitando a escolha do consumidor e otimizando o seu tempo de compras.

Em junho de 2005, ocasião em que a companhia já atuava com 64 pontos-de-venda, a JC Penney, em conjunto com os administradores das Lojas Renner, optou pela venda do controle da companhia através de oferta pública de ações na B3. As Lojas Renner entraram então na B3 como a primeira companhia no país a ter seu capital pulverizado e aproximadamente 100% das ações em circulação.

Hoje, as lojas Renner são o maior império de moda do país, com 672 lojas (incluindo 119 da Camicado e 104 da YouCom e 13 lojas no Uruguai e Argentina.

Fonte: Porto Imagem, "Especial: A história de A. J. Renner". Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2024.

Crédito fotográfico: Lote 530, leilão 223, Galeria Alphaville. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2024.

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Feito com no Rio de Janeiro

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