Raul Antônio de Brito Mourão Vieira (Rio de Janeiro, RJ, 24 de agosto de 1967), mais conhecido como Raul Mourão, é um artista multimídia, produtor e diretor de arte brasileiro, sua obra inclui a produção de desenhos, esculturas, vídeos, textos, instalações e performances.
Biografia Oficial
Estudou na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage e expõe seu trabalho desde 1991. Sua obra abrange a produção de desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Atualmente, vive e trabalha entre Nova York e Rio de Janeiro.
Construídas com diversos materiais, suas peças transitam entre dois campos opostos: o ficcional e o documental. De um lado, estão as criações puras, concebidas a partir da fantasia; do outro, estão as obras nascidas das observações do real – a cidade, o futebol, a política ou os botequins.
Nos anos 1980, Mourão faz os primeiros registros fotográficos de um elemento urbano que seria mote de sua pesquisa nas décadas seguintes: as grades usadas para proteção, segurança e isolamento em ruas do Rio de Janeiro. Dos registros, surge a série Grades, sobre a paisagem urbana, que desemboca em trabalhos até os dias atuais.
Nos anos 2000, sua pesquisa toma novo caminho, o das esculturas cinéticas. Mourão passa a criar estruturas que podem ser acionadas pelo toque do espectador. As obras são exibidas nas exposições individuais: Seta Balanço Janela, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Fora/Dentro, no Museu da República, no Rio de Janeiro; In my Opinion, na Plutschow Gallery, Zurich;Você está aqui, no Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo; Please Touch, no Bronx Museum, Nova York; Tração Animal, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; MOTO e Cuidado Quente, na Galeria Nara Roesler, São Paulo; Homenagem ao Cubo e Chão, Parede e Gente, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Movimento Repouso, na Galeria Roberto Alban, Salvador; Processo, no Studio X, Rio de Janeiro; Toque Devagar, na Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Os trabalhos também integraram as coletivas Vancouver Bienalle; Artistas comprometidos? Talvez, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; All the best artists are my friends (Part 1), no MANA Contemporary, Nova Jersey; From the Margin to The Edge, Sommerset House, Londres; Projetos (in)Provados, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Ponto de Equilíbrio, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; Mostra Paralela 2010, no Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo; e Travessias, no Centro de Arte Bela Maré, Rio de Janeiro.
Como curador e produtor, Mourão organizou exposições individuais de Fernanda Gomes, Cabelo, Tatiana Grinberg, Brigida Baltar e João Modé, e as coletivas Do Clube para a Praça (Jacaranda, Rio de Janeiro), Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro), Love’s House (Hotel Love’s House, Rio de Janeiro) e Outra Coisa (Museu da Vale, Vila Velha). Como editor participou da criação das revistas O Carioca, Item e Jacarandá. Com Eduardo Coimbra, Luiza Mello e Ricardo Basbaum, criou e dirigiu a galeria e produtora AGORA, que funcionou na Lapa, Rio de Janeiro, entre 2000 e 2002.
Lançou os livros ARTEBRA (Casa da Palavra, 2005), MOV (Automatica, 2011) e Volume 1 (Automatica, 2015).
Exposições Individuais
2019
Sobre o Pênalti e outras jogadas - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Introdução à teoria dos opostos absolutos - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Experienza Live Cinema #4: Raul Mourão + Cabelo - OM.art, Rio de Janeiro
2018
Seta Janela Balanço - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Fora/Dentro - Museu da República, Rio de Janeiro
Boxer - Carbono Galeria, São Paulo
2017
In my opinion - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
Para lá e Após – Raul Mourão - Espaço das Artes, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), São Paulo
2016
Você está aqui - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
2015
Su Casa - Gitler & _____, Nova York, Estados Unidos
Fenestra - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Please touch - Bronx Museum, Nova York
2014
MOTO - Galeria Nara Roesler, São Paulo
2013
Movimento Repouso - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
2012
Tração animal - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Toque devagar - Praça Tiradentes, Rio de Janeiro
Processo - Estudio X, Rio de Janeiro
Homenagem ao cubo - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2010
Chão, Parede e Gente - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cuidado Quente - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Balanço Geral - Subterrânea, Porto Alegre
2007
Fitografias - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Mecânico - 3 + 1 Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal
2006
Luladepelúcia e outras coisas - Galeria Oeste, São Paulo
2005
Luladepelúcia - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2004
drama.doc - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
Entonces - Paço Imperial, Rio de Janeiro
2003
Pequenas frações - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cego só bengala - Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo
2002
Portátil 98/02 - Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
Carga Viva - Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte
1999
Sintético - Agora/Fundição Progresso, Rio de Janeiro
1996
Galeria Ismael Nery - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1993
Humano - Galeria Sérgio Porto, Rio de Janeiro
Exposições Coletivas
2019
Esquele70: 70 anos de UERJ - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz– Construções e geometrias - Museu de Ecologia e Escultura (MuBE), São Paulo
Esqueleto: uma história do Rio, Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Alegria – A natureza-morta nas coleções MAM Rio - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2018
Cá entre Nós - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Interfluxos: Colapso como Perspectiva - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Yoyo - Sesc Belenzinho, São Paulo
2017
Pra lá - Espaço das Artes - Universidade de São Paulo (USP), São Paulo
Grid - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
A Pureza é um Mito: O monocromático na arte contemporânea - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Fronteiras, Limites, Interseções: entre a Arte e o Design - Caixa Cultural São Paulo, São Paulo
Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos - Oca Ibirapuera, São Paulo
Well, It's just an ocean between - TAL Galeria, Cascais, Portugal
100 cm - Auroras, São Paulo
2016
Em Polvorosa - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
International Series: Contemporary Artists from Brazil - Turchin Center for the Visual Arts, Boone, Estados Unidos
O Corpo e a Obra de Arte - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Brasil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture - Museum Beelden aan Zee, Haia, Holanda
Mana Seven - Mana Contemporary, Miami, Estados Unidos
Do clube para a praça - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Pequenos formatos: Dimensões e Escala - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
2015
TRIO Bienal - Bienal Tridimensional Internacional do Rio, Centro Cultural Parque das Ruínas, Rio de Janeiro
Universo - Galeria Carbono, São Paulo
Horizons - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
2014
Cidade Política - Sala de Arte Santander, São Paulo
Vancouver Biennale - International Pavilion, Vancouver, Canadá
Artistas comprometidos? Talvez - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Tatu: futebol, adversidade e cultura da caatinga - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
All the best artists are my friends (Part 1) - MANA Contemporary, Nova Jersey, Estados Unidos
One Shot! - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
Maracanã - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
Prática Portátil - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Encontro de Mundos - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
2013
O abrigo e o terreno: arte e sociedade no Brasil I - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
Gil 70 - Palacete das Artes, Salvador
7ª Bienal Internacional de São Tomé e Príncipe
Miradas insobornables: imágenes en presente continuo - Centro de Arte Contemporáneo, Hotel de Inmigrantes, Buenos Aires, Argentina
Sobre Corpos e Espelhos - Espaço Cultural Contemporâneo (Ecco), Brasilia
Cinéticos e Construtivos - Galeria Carbono, São Paulo
Bola Na Rede - Galeria Fayga Ostrower, Brasília
Aproximações contemporâneas - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
Gil 70 - Museu Nacional da República, Brasília
2012
Art Public - Art Basel Miami Beach, Miami Beach, Estados Unidos
Gil 70 - Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro
Mostra Carioca - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
From the Margin to The Edge - Somerset House, Londres
This is Brazil! 1990 – 2012 - Palexco, La Coruña, Espanha
Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2011
Travessias: Arte Contemporânea na Maré - Centro Cultural Bela Maré, Rio de Janeiro
Jogos de Guerra - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Gigantes por la propria naturaleza - Institut Valencià d’Art Modern, Valencia, Espanha
2010
Law of the Jungle - Lehmann Maupin Gallery, Nova York, Estados Unidos
Horizonte Construído: Fotografia e Arquitetura nas coleções do MAM - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Ponto de Equilíbrio - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Mostra Paralela 2010: A Contemplação do Mundo - Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo
Futebol de Salão, A coletiva - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
A Máquina de abraçar - SESC Pompéia, São Paulo
Paisagem Incompleta - Palácio das Artes, Belo Horizonte
Projetos (in)Provados - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome - Maria Angélica 678, Rio de Janeiro
Paisagem incompleta - Centro Cultural Usiminas, Ipatinga
2009
In Gomo - Ateliê Gomo, Rio de Janeiro
Experimentando Espaços - Museu da Casa Brasileira, São Paulo
A Máquina de Abraçar - Espaço Tom Jobim, Rio de Janeiro
Arquivo Contemporâneo - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
2008
Container Art - Parque Villa Lobos, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro
Travessias Cariocas - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
V Bienal de São Tomé e Príncipe, Partilhar Territórios, Exposição Internacional - Antigas oficinas, São Tomé, São Tomé e Príncipe
Mão Dupla, Movimento | Identidade - SESC Pinheiros, São Paulo
Parangolé: Fragmentos desde los 90 en Brasil, Portugal y España - Patio Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Espanõl, Valladolid, Espanha
2007
Poética da percepção - Espaço Cultural Vivo, São Paulo
Arte como ofício - SESC/Rio unidades Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo
Jogos Visuais - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
80 - 90: Modernos, Pós Modernos etc - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981 - 2006 - Itaú Cultural, São Paulo
2006
Arquivo Geral - Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Dwell - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
II Bienal Internacional Ceará de Gravura, Gravura Contemporânea Brasileira - Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar, Fortaleza
Futebol é coisa de 11 - Galeria do Lago, Museu da República, Rio de Janeiro
É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea: coleção Gilberto Chateaubriand - Santander Cultural, Porto Alegre
2005
Razão e Sensibilidade - Encontro com Arte, Rio de Janeiro
Espace Urbain x Nature Intrinseque - Espace Topographie de l ’Art, Paris
Nanoexposição - Galeria Arte em dobro, Rio de Janeiro
Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
Arte Brasileira Hoje - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2004
Casa: uma poética do espaço na arte brasileira - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Urbanidades - Teatro Odisséia, Rio de Janeiro
Arte Contemporânea: Uma História em Aberto - Galpão Roque Petroni, São Paulo
Arquivo Geral - Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Heterodoxia - Memorial da América Latina, São Paulo
SP 450 Paris - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
2003
Infantil - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
O sal da terra - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
2002
Caminhos do contemporâneo: 1952/2002 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, Salvador
Love’s House - Hotel Love’s House, Rio de Janeiro
A cultura em tempos de AIDS - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2001
A imagem do som de Antonio Carlos Jobim - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Outra Coisa - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, São Paulo
III Bienal do Mercosul - Porto Alegre
Orlândia - Rio de Janeiro
Free Zone - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
www.agora-capacete.com.br - Espaço AGORA/CAPACETE, Rio de Janeiro
A imagem em jogo - Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília
Mostra Brasil + 50 - Museu de Arte Moderna, Buenos Aires, Argentina
2000
A imagem do som de Gilberto Gil - Paço Imperial, Rio de Janeiro
La imagen del sonido de Chico Buarque - Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina
1999
Os 90 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
A imagem do som de Chico Buarque - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Ana Linnerman, Fernanda Gomes, Marcos Chaves e Raul Mourão - Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro
Fundição em conserto - Fundição Progresso, Rio de Janeiro
Retratos Falados - Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro
1998
Mercoarte - Mar del Plata, Argentina
1996
Rio: Panorama - Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, Rio de Janeiro
Esculturas no Paço - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Amigos do Calouste - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1995
4 Quadros - Centro Cultural Candido Mendes, Rio de Janeiro
1994
Escultura Carioca - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Matéria e Forma - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Novos Noventa - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Preto no Branco e/ou... - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
1993
17º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
11 Pontos no Espaço Público - Museu da República, Rio de Janeiro
Tatiana Grinberg e Raul Mourão - Museu Guido Viaro, Curitiba
Desenhos, Galeria Sérgio Milliet - IBAC, Rio de Janeiro
1992
Atelier Vila Isabel - Rio de Janeiro
Galeria de Arte UFF - Niterói
1991
15º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
Intervenções
2005
Lulaeletrônico - Fachada da Galeria Vermelho, São Paulo
2001
Artistas, vídeo-performance - III Bienal do Mercosul, Porto Alegre
1999
Termas, Almanaque 99 - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
1997
Rua - Livraria Dantes, Rio de Janeiro
Fonte: Site Oficial Raul Mourão, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
---
Biografia - Itaú Cultural
Em 1986, ingressa no curso de comunicação da Faculdade Hélio Alonso e frequenta aulas da Escola de Artes Visuais Parque Lage (EAV/Parque Lage), ambas no Rio de Janeiro. Na mesma época, assiste a oficinas de cinema e fotografia e começa a estagiar em uma produtora independente, familiarizando-se com o vídeo.
Em 1988, transfere-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e volta a estudar na EAV/Parque Lage, convivendo com artistas cariocas. Em 1990, muda-se para o curso de arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira participação em mostra de arte ocorre no ano seguinte, no 15° Salão Carioca. Em 1992, assiste ao curso Aspectos da Sensibilidade Moderna, do crítico Paulo Venancio Filho (1953), importante para sua reflexão sobre arte. Ainda nesse ano, conhece o diretor de cinema Roberto Berliner (1957) e passa a fazer direção de arte de videoclipes e documentários. Em 1993, é um dos sócios fundadores do escritório de design Tecnopop e faz sua primeira individual, no Espaço Cultural Sergio Porto, no Rio de Janeiro. Em 1999, cria, com os artistas Eduardo Coimbra (1955) e Ricardo Basbaum (1961), uma iniciativa artística independente chamada Agência de Organismos Artísticos (Agora), que, depois de se tornar Espaço Agora/Capacete, finda em 2002. Em 2007, é lançado um livro sobre seu trabalho na coleção Arte Bra.
Análise
A matéria inicial do trabalho de Raul Mourão está nas coisas do cotidiano urbano, como grades de segurança, jogos de futebol, sinalização de rua e botequins. Ele trabalha elementos que colhe da observação da cidade e lança-os, com ironia, na arte. Esse deslocamento e a consequente ressignificação das coisas levantam questões sobre o espaço urbano e o corpo social que nele vive. O modo como o trabalho se materializa varia: os cartões amarelo e vermelho do futebol viram duas placas de acrílico retangulares, encerradas em uma caixa branca de madeira (Cartões, 2001); o presidente da República, tratado como celebridade de televisão, pode gerar um boneco de pelúcia (Luladepelúcia, 2005).
A série Grades é o desdobramento de uma pesquisa iniciada em 1989 com o registro fotográfico de grades de segurança no Rio de Janeiro. Em 2000, Mourão recebe uma bolsa da prefeitura da cidade para continuar a pesquisa. Daí resultam trabalhos diversos: esculturas, fotos, serigrafias, vídeos e instalações. Em Entonces (2004) – instalação realizada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo – esculturas ocas formadas de vigas de ferro unidas como grades acumulam-se no espaço expositivo, criando uma minicidade de estreitos corredores por onde se pode circular. Faz referência às cidades reais em que os dispositivos de segurança têm se expandido cada vez mais, fragmentando-as de maneira violenta. As grades deslocadas e disfuncionais questionam o espaço urbano que criamos para nós.
---
Cronologia - Wikipédia
Primeiros anos
Durante sua infância, seus primeiros contatos com a arte são visitas a museus com sua família e observação de pinturas e desenhos que seu pai faz como hobby. Na adolescência, ele desenvolveu um interesse pelo cinema, literatura, música e esportes. Na segunda metade da década de 80, participou de oficinas de teoria do cinema no Cine Clube Estação Botafogo. Ele também participou de cursos de fotografia. Seu contato com diferentes esferas culturais e seu interesse pela poética da rua e da cidade tornaram-se fundamentais para o desenvolvimento de sua obra.
os anos 80
Em 1986, inicia seus estudos de graduação em jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e se matricula no curso de pintura "Blocos criativos", organizado por Charles Watson na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-Parque Lage), no Rio de Janeiro. . Ele começa a treinar na produtora independente Multivideo, em Santa Teresa, onde opera câmeras e usa um conjunto de edição pela primeira vez.
Em 1988, transferiu-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde recomeçou as aulas no EAV-Parque Lage. Durante esse período, o EAV-Parque Lage estava sob a direção do crítico de arte Frederico de Morais.
Nos três anos seguintes, Mourão freqüentou a escola participando de cursos e produzindo pequenas exposições. Nesse mesmo período, conheceu e socializou com outros alunos, como Afonso Tostes, Ana Rondon, Augusto Herkernhoff, Cabelo, Cassia Castro, Daniel Feingold, José Bechara, José Damasceno, Marcelo Rocha, Marcia Thompson e Tatiana Grinberg, entre outros. Nesse período, ele também se tornou amigo dos artistas da chamada geração 80, como Alex Hamburguer, Alexandre Dacosta, Analu Cunha, André Costa, Barrão, Márcia X., Marcus André, Marcos Chaves , Luiz Zerbini, Ricardo Basbaum, Marcos Basílio, Ricardo Becker, Ricardo Maurício e Roberto Tavares, entre outros.
Os anos 90
Em 1990, transferiu-se para estudar arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele dividiu um estúdio por um curto período com José Damasceno. Nesse período, o artista realizou suas primeiras experiências tridimensionais, produzindo esculturas e objetos como Cream cracker e Ovo-violão. Em parceria com Damasceno, eles criaram o artista fictício Cafew.
Em 1991, participou do 15º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV-Parque Lage. Apresenta três desenhos usando óleo sobre papel e recebe o segundo lugar na competição, onde o júri consistia dos críticos de arte Frederico Morais, Ligia Canongia, Marcus de Lontra Costa, Paulo Venâncio Filho e Reynaldo Roels.
No início de 1992, ele dividiu um estúdio com Angelo Venosa, Cassia Castro, José Bechara e Luiz Pizarro, localizados em uma casa grande no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.
Nesse ano, matriculou-se no curso "Aspectos da sensibilidade moderna" que o crítico de arte Paulo Venancio Filho ofereceu na Universidade de Santa Úrsula. Essa foi uma experiência importante para Mourão, principalmente no que se refere à reflexão sobre arte e sobre seu próprio trabalho. Conheceu o diretor de cinema Roberto Berliner e iniciou uma parceria que, nos anos 90, permitiu a Mourão fazer a co-direção e direção de arte de peças de vídeo (de artistas como Skank , Paralamas do Sucesso , Lobão e Pedro Luís e a Parede, entre outros) e documentários como as séries "Som da rua" e "A pessoa é para o que nasce".
Em 1993, criou, com o artista Barrão, o cenário do programa de TV "Básico Instinto" sobre o escritor e compositor Fausto Fawcett. Com Marcos Chaves e a designer Sônia Barreto, ele formou a 2D, uma empresa de arte gráfica. Participou do 17º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV - Parque Lage, onde apresentou a escultura "Sem título", que lembra uma situação de penalidade no jogo de futebol. Foi o primeiro trabalho do artista que criou um diálogo com o esporte do futebol. Em novembro, a convite de Everaldo Miranda, apresentou "Humano", sua primeira exposição individual no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. O artista apresentou trabalhos em mármore, ferro, vidro e água.
Em 1994, participou da exposição "Preto no Branco e / ou ..." no EAV - Parque Lage e uniu-se aos artistas Amador Perez, Anna Maria Maiolino, Franz Weissmann, Maria do Carmo Secco, Mira Schendel e Manoel Fernandes. Mourão apresentou desenhos de óleo em papel. No texto publicado na pasta da exposição, o crítico de arte Paulo Herkenhoff comentou o trabalho do artista:
“Nesta exposição, o trabalho de Raul Mourão parece propor deliberadamente confusão. A matéria-prima de muitas camadas de óleo colado no papel contrasta no jogo de claro / escuro no desenho da 'figura', nas linhas de gesto e contorno […]. Se este é um desenho, tem uma estranha opulência corporal. Se isso é pintura, é notável como a vontade de desenhar é incorporada na massa da imagem. No entanto, perguntar-se se é uma pintura ou desenho seria aqui uma dúvida inútil, considerando o processo histórico de expansão das línguas. [...] neste trabalho, também podemos encontrar uma disparidade de humor. Existem jogos visuais sérios e graves. Há outros que são irônicos. A conseqüência centra-se em um vocabulário de estranheza, de formas primitivas, de fantasmas ”.
Nesse mesmo ano, Mourão apresentou três coleções no Paço Imperial, no Rio de Janeiro: "Novos Noventa", "Matéria e Forma" e "Escultura Carioca".
Na "Matéria e Forma", Mourão apresenta a escultura "Esporte" e "Morte". A exposição, na qual também participaram os artistas Ernesto Neto, José Bechara e Marcus André, foi curada pelo crítico de arte Luiz Camillo Osório.
Em janeiro de 1995, na galeria do Centro Cultural Sérgio Porto, apresentou o vídeo "7 artistas", para o qual convidou os artistas André Costa, Barrão, Carlos Bevilacqua, Eduardo Coimbra, Marcia Thompson, Marcos Chaves e Ricardo Basbaum. Mourão pendurou os outros artistas usando arnês de escalada nas paredes da galeria, filmando a ação e o espaço de exposição que eles ocupavam. Fazendo uso do humor e da ironia, o artista produz seu primeiro trabalho em vídeo, abordando o universo da arte. 7 artistas (7 artistas) tiveram uma duração de sessenta segundos, enquanto o diretor de fotografia foi Paulo Violeta e foi editado por Leonardo Domingues. Segundo Mourão, "este trabalho é um tipo de piada visual, onde os artistas e seus trabalhos se fundem e ocupam o mesmo espaço".
Em 1996, participou das exposições Rio: Panorama, no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho; Esculturas no Paço (Esculturas no Paço) no Paço Imperial e Amigos do Calouste (Amigos de Calouste) no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, todos no Rio de Janeiro.
Para a exposição Rio: Panorama Mourão apresentou a intervenção "Casa / Árvore / Rua" na praia do Flamengo.
Em novembro, Mourão produziu sua segunda exposição individual na Galeria Ismael Nery, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian. Ele apresentou quatro esculturas de ferro e uma imagem digital. Durante a exposição, debateu com o artista Marco Veloso, que também escreveu um texto sobre Mourão intitulado "Um lugar que não existe":
"Os objetos da vida cotidiana são removidos de seus contextos, delicadamente, poeticamente liberados no ambiente da arte, feitos de ferro e, então, agressivamente (?) Inseridos em uma linguagem artística quase absurda. Pode ser um poste de futebol, um vassoura, gaveta ou guardanapo em uma xícara. Se todos os que produzem arte são caracterizados por um estilo, essa mistura de violência (?) e sensibilidade são a assinatura de Raul. Mas não existem regras na arte e talvez Raul não até tem um estilo ".
Em 1997, foi convidado por Marcos Chaves para participar do projeto "Intervenções em Vitrine" ("Intervenções na montra"), na Livraria Dantes, no Rio de Janeiro. Em julho, ele publicou cem cópias do livro Rua e fez uma intervenção com o mesmo nome na vitrine. Na noite do lançamento, o grupo Farofa Carioca tocou na calçada em frente à livraria. Ao longo do ano, os artistas André Costa e Tatiana Grinberg também participam desse projeto.
Em julho de 1999, ele apresentou a escultura Cartoon na exposição Fundição em Conserto, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Para este trabalho, o cineasta Piu Gomes escreve o seguinte texto:
"É uma cena clássica: do alto, um objeto pesado cai em cima do personagem que se quebra e vê estrelas no ar. Os desenhos animados transportam a ironia dos ícones dos filmes de animação para a esfera da arte. Um corpo sem cabeça, o traje de madeira que termina em uma caixa grande, pesada e desproporcional. / Estamos na presença de um achatamento do pensamento racional, atingido por uma blitzkrieg emocional? Ou aceitamos que a vida real pode ser tão imprevisível quanto o mundo da animação, onde as coisas caem nós sem aviso prévio? / Você viu Big Head por aí? cantou os Golden Boys. Pare de fazer sentido, cantou Talking Heads. O desenho animado radicaliza essa proposta, permanecendo fiel ao universo em que se originou: simplesmente bobagem. Quebre a cabeça. "
Em setembro, em parceria com Eduardo Coimbra e Ricardo Basbaum, fundou e coordenou o AGORA - Agência de Organismos Artísticos - que, segundo os membros, foi criado com o objetivo de criar novas alternativas para a produção e circulação da arte contemporânea no Rio. de janeiro mais dinâmico. AGORA produziu exposições e projetos de artistas brasileiros e estrangeiros, criando uma nova abordagem para a apresentação, reflexões e debates sobre a produção de arte contemporânea no Rio de Janeiro.
Na Fundição Progresso, expôs a exposição Sintético, produzida por AGORA, onde apresentou os trabalhos 5 pinturas (5 pinturas); Sente-se (Sente-se); Álcool: Indivíduo dado ao vício de álcool (Alcoólico: Indivíduo viciado em álcool); Patas (patas); Bolas (Bolas); MAM; Casa / Árvore / Rua (Carro / Árvore / Rua); e Barcos / Cabeça. Na pasta da exposição, há trechos publicados de uma conversa que ocorreu por meio de mensagens da secretária eletrônica entre Mourão e a artista Laura Lima, que também esteve presente na inauguração da exposição. Uma das mensagens, em que Mourão citou um trecho do livro Quincas Borba, de Machado de Assis, lembra o universo e os pensamentos presentes em sua obra:
“Quem conhece o chão e o subsolo da vida sabe muito bem que uma parte de uma parede, um banco, um tapete, um guarda-chuva é rica em idéias ou sentimentos, quando também somos, e que os reflexos do a parceria entre homens e coisas compõe um dos fenômenos mais interessantes da terra ”1.
Em novembro, ele apresentou uma exposição com Ana Linneman, Fernanda Gomes e Marcos Chaves no Mercedes Viegas Art Bureau, Rio de Janeiro. Participa da exposição A Imagem do Som de Chico Buarque, no Paço Imperial, com a obra Surdo-mudo, inspirada na música “Vai passar”, composta por Chico Buarque.
No mês seguinte, participou da exposição Os 90, no Paço Imperial, a convite do artista Iole de Freitas, que é um dos curadores da exposição. Ele apresenta a instalação Não realizada, composta por peças que fazem parte de projetos de grande porte desenvolvidos por Mourão.
Os anos 2000
Em maio de 2000, Mourão, Eduardo Coimbra, Ricardo Basbaum e Helmut Batista fundaram e coordenaram o AGORA / CAPACETE Space, resultado da união dos grupos de entretenimento AGORA e CAPACETE, localizados no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, onde o artista também teve o estúdio dele. A historiadora Luiza Mello é responsável por coordenar a produção. Na inauguração, o grupo Chelpa Ferro apresentou a performance A garagem do gabinete de Chico.
Em junho, o AGORA começou a publicar uma coluna semanal sobre arte contemporânea no site super11.net. Para esta coluna, Mourão escreveu cinco textos. Participou da exposição La Imagen del Sonido de Chico Buarque, no Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina.
Participou em novembro da exposição A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial, onde também apresentou pela primeira vez um trabalho da série Grades (Cercas) intitulada Protótipo )
Ele participou da criação do Tecnopop, um escritório de design multimídia, com os designers Marcelo Pereira e Sônia Barreto, o jornalista Luis Marcelo Mendes e o empresário Rodrigo Machado. Em setembro de 2003, o designer e arquiteto André Stolarski integrou o grupo de parceiros ao negócio.
Em 2001, foi convidado por Márcia X. e Ricardo Ventura. Em maio, apresentou a obra Para montar na exposição Orlândia, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
A pesquisa Grades / Rio de Janeiro / 2000 (Cercas / Rio de Janeiro / 2000) foi selecionada para o 6º Programa de Bolsas de Estudo da RioArte pelo conselho municipal do Rio de Janeiro. Com o apoio da bolsa, Mourão desenvolveu sua pesquisa por um ano inteiro (de setembro de 2001 a setembro de 2002) dedicando-se à documentação de cercas nos espaços urbanos do Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo e Vila Velha. Com base nesta pesquisa, o artista cria esculturas, instalações e uma série de fotografias que foram apresentadas em exposições coletivas e individuais.
Em outubro, ele apresentou o vídeo-performance Artistas (Artistas) na III Bienal do Mercosul em Porto Alegre, onde continuou a idéia e o tema desenvolvidos em 7 artistas (7 artistas). Mourão convidou os artistas Lucia Koch, Mário Ramiro e Nelson Rosa para participar em uma apresentação para o evento de inauguração no Hospital Psiquiátrico St. Peter. Os três foram pendurados usando equipamento de escalada nas paredes do espaço de exposição e permaneceram assim por uma hora enquanto o espaço estava aberto para os convidados. No dia seguinte, posicionados nos mesmos locais e com o mesmo equipamento, foram encontrados monitores de vídeo mostrando as imagens documentais de cada artista, com duração de 58 minutos. Mourão também apresentou a escultura A grande área (A grande área) para uma exposição de intervenções urbanas que acontece no parque Sirotski Sobrinho.
No mês seguinte, Mourão apresentou a instalação O carro / A grade / O ar (O carro / A cerca / O ar) na exposição Panorama de Arte Brasileira (MAM-São Paulo). Juntamente com Brígida Baltar, Eduardo Coimbra, João Modé e Ricardo Basbaum, ele participa da exposição Outra Coisa, produzida por AGORA, no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. No texto da apresentação da exposição, o crítico de arte Paulo Sergio Duarte escreve:
"A essência reflexiva da arte contemporânea no Brasil conseguiu se manifestar, com evidente incisividade plástica, em uma poética rica e generosa em relação ao espectador, sem abrir mão de uma complexidade necessária à exploração crítica de limites e fronteiras. É dentro dessa tradição recente em que essas obras estão inscritas, a riqueza individual de cada uma delas é evidente e seria necessária uma longa dissertação para mostrar suas contribuições, no entanto, um traço comum deve ser mencionado: a pesquisa formal desses artistas ousa romper, sem medo, certos carrapatos recentes na arte brasileira que empobreceram sua história ". Participou da exposição Imagem em Jogo no Espaço Cultural Contemporâneo Venancio, Brasília; e na Mostra Brasil + 500 (Exposição Brasil + 500) no MAM - Buenos Aires, Argentina, onde apresenta a escultura Cartoon. Foi convidado pela curadora Nessia Leonzini a participar das exposições Coleções I (Coleções I), na Galeria LGC, no Rio de Janeiro, e Coleções II (Coleções II), na Galeria Luisa Strina, em São Paulo. Em novembro, ele participou da exposição A Imagem do Som de Antonio Carlos Jobim, onde apresenta o trabalho Ela é carioca.
Em março de 2002, a exposição Love's House foi concebida por Mourão e produzida pela AGORA. Durante uma semana, simultaneamente à XXV Bienal de São Paulo, cada artista ocupou um quarto no terceiro andar do hotel Love's House, ao lado dos escritórios da AGORA no bairro da Lapa. Na sala 303, Mourão apresentou a Área de queda, uma instalação da série Grades (Cercas), composta por três peças de ferro pintadas de branco.
Produziu o vídeo-documentário Cão / Leão, que mostra um dia na vida de um cão vadio. Segundo Mourão, “o vídeo é uma paródia de um reality show que transforma a rotina do cão vadio. Anteriormente uma figura desprezada e abandonada, o cachorro se tornou o personagem principal do filme e o centro das atenções da equipe de filmagem. O cachorro anônimo se tornou uma estrela de cinema em apenas 15 minutos ”. O vídeo é dirigido por Mourão em parceria com a diretora de cinema Paola Vieira. A câmera foi operada por Fernando de Oliveira e é editada por Leonardo Domingues.
Em maio, produziu a exposição Portable - 98/02 (Portátil - 98/02) no Raquel Arnaud Art Cabinet, que é sua primeira exposição individual em São Paulo. Ele escreveu e publicou o texto “Veículo rastreado” para o catálogo da exposição. Apresenta o objeto A grande área, o díptico Cartões, as esculturas Surdo-mudo e o Banco.
Em junho, ele apresentou a exposição Carga Viva (Live Load) na Galeria de Arte Celma Albuquerque, que é sua primeira exposição individual em Belo Horizonte. O artista José Bechara teve uma exposição em exibição ao mesmo tempo na galeria. Mourão apresenta esculturas e serigrafias da série Grades (Cercas), o objeto de vídeo Artistas / Lucia Koch (Artistas / Lucia Koch) e as obras Cartões (Cards) e Sem braços e sem cabeça. No catálogo das exposições, o crítico de arte Fernando Cocchiarale escreveu:
“Ao contrário da lógica do ready-made, as apropriações feitas por Mourão restringem-se, no geral, à esfera dos materiais de trabalho, determinados, com frequência, pela analogia com as matérias-primas utilizadas em objetos reais que servem de referência. às recriações do artista. [...] Ele quase nunca usa objetos produzidos anteriormente. Ele os toma como referências para o seu trabalho e nunca como modelos. No entanto, também não existe aqui, em oposição ao já feito, nenhuma proximidade com o aumento da importância de artefatos, de mimese ou de outras formas de representação. ”
2003 - Em agosto, a artista apresenta a exposição Cego Só Bengala (Bengala Cega) no Centro Maria Antonia da Universidade de São Paulo (USP). Mourão exibe as fotografias drama.doc e esculturas baseadas na pesquisa Grades (Cercas). No catálogo da exposição, a crítica de arte Daniela Labra escreveu: “Numa paródia provocativa, Mourão retira uma certa situação do panorama urbano e a cola no espaço físico reservado à arte. A partir de seu fascínio particular por cercas, o artista explora a questão social presente na importância histérica dada a essas estruturas e, principalmente, o absurdo visual antiestético dessas construções, que acabam se tornando 'sub-arquiteturas' em nome da segurança reforçada. A cidade nos serve diariamente com um banquete de visuais, mas acostumados às construções detestáveis que nos cercam, passamos sem ser afetados pelos caminhos congestionados de sujeira e admiração, esquecendo que tudo o que é visto é um produto e uma consequência de nós mesmos. ” No Rio de Janeiro, Mourão participa da exposição inaugural na Galeria de Arte Contemporânea LURIXS e das exposições Infantil na Galeria Gentil Carioca; Nano Exposição (Nano Exhibition) na Arte em Dobro; e Sidaids produzidos pelo SESC Rio. Em Vila Velha, participa da exposição O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce. Em novembro, apresenta a exposição Pequenas Frações, sua primeira exposição individual produzida pela Galeria de Arte Contemporânea LURIXS. Nesta exposição, Mourão une trabalhos elaborados a partir de imagens, signos, símbolos e marcas da vida cotidiana da cidade e de sua própria vida. O Caderno de anotações, por exemplo, é uma animação digital de vinte minutos e produzida com desenhos retirados de seus cadernos pessoais. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição.
Em 2004, convidado pelo crítico de arte e curador Agnaldo Farias, apresentou a instalação Entonces da série Grades (cercas) na exposição SP 450 Paris, no Instituto Tomie Othake, em São Paulo.
Em abril, Mourão produziu uma nova apresentação da instalação Entonces no Paço Imperial. Sobre esta exposição, o crítico de arte Luiz Camillo Osório escreveu:
“Entonces, o título sugestivo da exposição, parece se desdobrar como uma pergunta sobre o que fizemos ao nosso espaço urbano. Nós nos protegemos e nos fechamos; esse é o paradoxo de uma cidade em pânico. [...] Como em outros momentos de sua trajetória como artista, é a ambivalência entre signo e forma que é algo determinante neste trabalho. A desconstrução do signo e a constituição da forma se processarão no deslocamento das 'cercas' para a galeria, na perturbação de seu funcionamento, na produção de um não-espaço. ”
Convidado a participar do segundo projeto especial do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o artista apresentou em junho a exposição drama.doc composta por fotografias e esculturas. Sobre o trabalho de Mourão, o crítico de arte Guilherme Bueno escreveu:
“Se entendermos a visibilidade como um ato afirmativo, o que é posto em questão é, de certa forma, um desafio histórico. Pois se a cerca constituía o instrumento renascentista para vislumbrar a ordem cósmica [a perspectiva] ou, no caso de um artista moderno como Mondrian, a expressão purificada em direção à libertação do sujeito no mundo através do olhar, aqui a cerca parece faça com que essa ansiedade retorne na direção oposta: não é mais o objeto de atravessar para conteúdos puros, mas a materialidade efetiva do que nos rodeia. ”
Naquele ano, Mourão participou da exposição coletiva Casa: Uma Poética do Espaço na Arte Brasileira, com curadoria de Paulo Reis no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. Ele também foi convidado a participar das exposições Arte Contemporânea: uma História em Aberto, com curadoria de Sônia Salzstein no Warehouse Roque Petroni; e Heterodoxia (Heterodoxia) no Memorial da América Latina, ambos em São Paulo. No Rio de Janeiro, participou das exposições Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand (Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand) no MAM-RJ; Urbanidades no Teatro Odisséia; e Arquivo Geral, organizado por seis galerias separadas do Rio e exibido no Jardim Botânico. A exposição ocorreu simultaneamente à XXVI Bienal de São Paulo. Ele apresentou uma seleção de nove obras para a Galeria de Arte Celma Albuquerque na feira “Lisbon Art” em Portugal. Representado pelo gabinete de artes Rachel Arnaud, ele participou durante dezembro da seção "Projetos de arte" da feira "Art Basel Miami Beach", onde apresenta a instalação Casa / Trincheiras no Collins Park.
Em setembro de 2005, a convite do grupo Chelpa Ferro, durante uma exposição produzida pelo grupo, ele apresentou o trabalho Lulaeletrônico (ElectronicLula) na parede frontal da galeria Vermelho, em São Paulo.
No Rio de Janeiro, participou das exposições Razão e Sensibilidade do projeto “Encontro com arte 2005”; e Arte Brasileira Hoje no MAM-RJ.
Em novembro, produz a exposição Luladepelúcia (CuddlyLula) no Centro de Artes Contemporâneas LURIXS. Com base na imagem do presidente Lula, Mourão produz industrialmente cem peluches, além de desenhos e trabalhos gráficos em parceria com Barrão, Carlos Vergara, Fabio Cardoso, Lenora de Barros , Luiz Zerbini e Marcos Chaves. O consultor de publicidade André Eppinghaus, os artistas André Sheik, Daniela Lara, Fausto Fawcett, Marcelo Pereira, o crítico de arte Paulo Reis e Piu Gomes escreveram textos sobre sua obra. As séries de obras apresentadas na exposição, que receberam uma resposta imediata da mídia nacional, foram concebidas pela primeira vez pelo artista quando o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2003.
Ele participou da exposição Espace Urbain X Nature Intrinsèque (Espaço Urbano x Natureza Intrínseca) na Espace Topographie de l'Art em Paris, França. Com curadoria de Evangelina Seiler, a exposição reuniu obras de 14 artistas brasileiros, incluindo Mourão: Brígida Baltar, Cao Guimarães, Eduardo Srur, Fabiana de Barros e Michel Favre, Gabriela Greeb, João Modé, Lia Chaia, Lia Menna Barreto, Lucia Koch, Marcos Chaves , Maria Carmem Perlingueiro, Rivane e Sergio Neuenschwander.
Em maio de 2006, Mourão produziu a exposição Luladepelúcia e Outras Coisas na Galeria Oeste, em São Paulo, onde expôs uma nova série de personagens inspirados na figura do presidente. Mourão convidou vinte artistas para fazer os desenhos em parceria com ele.
Ele participou das exposições Dwell no ASU Art Museum, Arizona, Estados Unidos; II Bienal Internacional de Gravuras do Ceará no Museu de Arte Contemporânea / Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza; É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea - Coleção Gilberto Chateaubriand (HOJE em Arte Contemporânea Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand) no Santander Cultural, Porto Alegre. No Rio de Janeiro, apresentou trabalhos nas exposições Futebol é Coisa de 11, na Galeria Lago, no Museu da República; Universidarte XIV, na Estácio de Sá; e Arquivo Geral, com curadoria de Paulo Venancio Filho, no Centro de Artes Hélio Oiticica.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: ArteBrasileiros, O artista Raul Mourão, foto divulgação.
Raul Antônio de Brito Mourão Vieira (Rio de Janeiro, RJ, 24 de agosto de 1967), mais conhecido como Raul Mourão, é um artista multimídia, produtor e diretor de arte brasileiro, sua obra inclui a produção de desenhos, esculturas, vídeos, textos, instalações e performances.
Biografia Oficial
Estudou na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage e expõe seu trabalho desde 1991. Sua obra abrange a produção de desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Atualmente, vive e trabalha entre Nova York e Rio de Janeiro.
Construídas com diversos materiais, suas peças transitam entre dois campos opostos: o ficcional e o documental. De um lado, estão as criações puras, concebidas a partir da fantasia; do outro, estão as obras nascidas das observações do real – a cidade, o futebol, a política ou os botequins.
Nos anos 1980, Mourão faz os primeiros registros fotográficos de um elemento urbano que seria mote de sua pesquisa nas décadas seguintes: as grades usadas para proteção, segurança e isolamento em ruas do Rio de Janeiro. Dos registros, surge a série Grades, sobre a paisagem urbana, que desemboca em trabalhos até os dias atuais.
Nos anos 2000, sua pesquisa toma novo caminho, o das esculturas cinéticas. Mourão passa a criar estruturas que podem ser acionadas pelo toque do espectador. As obras são exibidas nas exposições individuais: Seta Balanço Janela, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Fora/Dentro, no Museu da República, no Rio de Janeiro; In my Opinion, na Plutschow Gallery, Zurich;Você está aqui, no Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo; Please Touch, no Bronx Museum, Nova York; Tração Animal, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; MOTO e Cuidado Quente, na Galeria Nara Roesler, São Paulo; Homenagem ao Cubo e Chão, Parede e Gente, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Movimento Repouso, na Galeria Roberto Alban, Salvador; Processo, no Studio X, Rio de Janeiro; Toque Devagar, na Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Os trabalhos também integraram as coletivas Vancouver Bienalle; Artistas comprometidos? Talvez, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; All the best artists are my friends (Part 1), no MANA Contemporary, Nova Jersey; From the Margin to The Edge, Sommerset House, Londres; Projetos (in)Provados, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Ponto de Equilíbrio, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; Mostra Paralela 2010, no Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo; e Travessias, no Centro de Arte Bela Maré, Rio de Janeiro.
Como curador e produtor, Mourão organizou exposições individuais de Fernanda Gomes, Cabelo, Tatiana Grinberg, Brigida Baltar e João Modé, e as coletivas Do Clube para a Praça (Jacaranda, Rio de Janeiro), Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro), Love’s House (Hotel Love’s House, Rio de Janeiro) e Outra Coisa (Museu da Vale, Vila Velha). Como editor participou da criação das revistas O Carioca, Item e Jacarandá. Com Eduardo Coimbra, Luiza Mello e Ricardo Basbaum, criou e dirigiu a galeria e produtora AGORA, que funcionou na Lapa, Rio de Janeiro, entre 2000 e 2002.
Lançou os livros ARTEBRA (Casa da Palavra, 2005), MOV (Automatica, 2011) e Volume 1 (Automatica, 2015).
Exposições Individuais
2019
Sobre o Pênalti e outras jogadas - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Introdução à teoria dos opostos absolutos - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Experienza Live Cinema #4: Raul Mourão + Cabelo - OM.art, Rio de Janeiro
2018
Seta Janela Balanço - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Fora/Dentro - Museu da República, Rio de Janeiro
Boxer - Carbono Galeria, São Paulo
2017
In my opinion - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
Para lá e Após – Raul Mourão - Espaço das Artes, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), São Paulo
2016
Você está aqui - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
2015
Su Casa - Gitler & _____, Nova York, Estados Unidos
Fenestra - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Please touch - Bronx Museum, Nova York
2014
MOTO - Galeria Nara Roesler, São Paulo
2013
Movimento Repouso - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
2012
Tração animal - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Toque devagar - Praça Tiradentes, Rio de Janeiro
Processo - Estudio X, Rio de Janeiro
Homenagem ao cubo - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2010
Chão, Parede e Gente - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cuidado Quente - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Balanço Geral - Subterrânea, Porto Alegre
2007
Fitografias - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Mecânico - 3 + 1 Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal
2006
Luladepelúcia e outras coisas - Galeria Oeste, São Paulo
2005
Luladepelúcia - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2004
drama.doc - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
Entonces - Paço Imperial, Rio de Janeiro
2003
Pequenas frações - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cego só bengala - Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo
2002
Portátil 98/02 - Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
Carga Viva - Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte
1999
Sintético - Agora/Fundição Progresso, Rio de Janeiro
1996
Galeria Ismael Nery - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1993
Humano - Galeria Sérgio Porto, Rio de Janeiro
Exposições Coletivas
2019
Esquele70: 70 anos de UERJ - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz– Construções e geometrias - Museu de Ecologia e Escultura (MuBE), São Paulo
Esqueleto: uma história do Rio, Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Alegria – A natureza-morta nas coleções MAM Rio - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2018
Cá entre Nós - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Interfluxos: Colapso como Perspectiva - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Yoyo - Sesc Belenzinho, São Paulo
2017
Pra lá - Espaço das Artes - Universidade de São Paulo (USP), São Paulo
Grid - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
A Pureza é um Mito: O monocromático na arte contemporânea - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Fronteiras, Limites, Interseções: entre a Arte e o Design - Caixa Cultural São Paulo, São Paulo
Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos - Oca Ibirapuera, São Paulo
Well, It's just an ocean between - TAL Galeria, Cascais, Portugal
100 cm - Auroras, São Paulo
2016
Em Polvorosa - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
International Series: Contemporary Artists from Brazil - Turchin Center for the Visual Arts, Boone, Estados Unidos
O Corpo e a Obra de Arte - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Brasil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture - Museum Beelden aan Zee, Haia, Holanda
Mana Seven - Mana Contemporary, Miami, Estados Unidos
Do clube para a praça - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Pequenos formatos: Dimensões e Escala - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
2015
TRIO Bienal - Bienal Tridimensional Internacional do Rio, Centro Cultural Parque das Ruínas, Rio de Janeiro
Universo - Galeria Carbono, São Paulo
Horizons - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
2014
Cidade Política - Sala de Arte Santander, São Paulo
Vancouver Biennale - International Pavilion, Vancouver, Canadá
Artistas comprometidos? Talvez - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Tatu: futebol, adversidade e cultura da caatinga - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
All the best artists are my friends (Part 1) - MANA Contemporary, Nova Jersey, Estados Unidos
One Shot! - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
Maracanã - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
Prática Portátil - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Encontro de Mundos - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
2013
O abrigo e o terreno: arte e sociedade no Brasil I - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
Gil 70 - Palacete das Artes, Salvador
7ª Bienal Internacional de São Tomé e Príncipe
Miradas insobornables: imágenes en presente continuo - Centro de Arte Contemporáneo, Hotel de Inmigrantes, Buenos Aires, Argentina
Sobre Corpos e Espelhos - Espaço Cultural Contemporâneo (Ecco), Brasilia
Cinéticos e Construtivos - Galeria Carbono, São Paulo
Bola Na Rede - Galeria Fayga Ostrower, Brasília
Aproximações contemporâneas - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
Gil 70 - Museu Nacional da República, Brasília
2012
Art Public - Art Basel Miami Beach, Miami Beach, Estados Unidos
Gil 70 - Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro
Mostra Carioca - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
From the Margin to The Edge - Somerset House, Londres
This is Brazil! 1990 – 2012 - Palexco, La Coruña, Espanha
Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2011
Travessias: Arte Contemporânea na Maré - Centro Cultural Bela Maré, Rio de Janeiro
Jogos de Guerra - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Gigantes por la propria naturaleza - Institut Valencià d’Art Modern, Valencia, Espanha
2010
Law of the Jungle - Lehmann Maupin Gallery, Nova York, Estados Unidos
Horizonte Construído: Fotografia e Arquitetura nas coleções do MAM - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Ponto de Equilíbrio - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Mostra Paralela 2010: A Contemplação do Mundo - Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo
Futebol de Salão, A coletiva - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
A Máquina de abraçar - SESC Pompéia, São Paulo
Paisagem Incompleta - Palácio das Artes, Belo Horizonte
Projetos (in)Provados - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome - Maria Angélica 678, Rio de Janeiro
Paisagem incompleta - Centro Cultural Usiminas, Ipatinga
2009
In Gomo - Ateliê Gomo, Rio de Janeiro
Experimentando Espaços - Museu da Casa Brasileira, São Paulo
A Máquina de Abraçar - Espaço Tom Jobim, Rio de Janeiro
Arquivo Contemporâneo - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
2008
Container Art - Parque Villa Lobos, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro
Travessias Cariocas - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
V Bienal de São Tomé e Príncipe, Partilhar Territórios, Exposição Internacional - Antigas oficinas, São Tomé, São Tomé e Príncipe
Mão Dupla, Movimento | Identidade - SESC Pinheiros, São Paulo
Parangolé: Fragmentos desde los 90 en Brasil, Portugal y España - Patio Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Espanõl, Valladolid, Espanha
2007
Poética da percepção - Espaço Cultural Vivo, São Paulo
Arte como ofício - SESC/Rio unidades Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo
Jogos Visuais - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
80 - 90: Modernos, Pós Modernos etc - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981 - 2006 - Itaú Cultural, São Paulo
2006
Arquivo Geral - Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Dwell - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
II Bienal Internacional Ceará de Gravura, Gravura Contemporânea Brasileira - Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar, Fortaleza
Futebol é coisa de 11 - Galeria do Lago, Museu da República, Rio de Janeiro
É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea: coleção Gilberto Chateaubriand - Santander Cultural, Porto Alegre
2005
Razão e Sensibilidade - Encontro com Arte, Rio de Janeiro
Espace Urbain x Nature Intrinseque - Espace Topographie de l ’Art, Paris
Nanoexposição - Galeria Arte em dobro, Rio de Janeiro
Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
Arte Brasileira Hoje - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2004
Casa: uma poética do espaço na arte brasileira - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Urbanidades - Teatro Odisséia, Rio de Janeiro
Arte Contemporânea: Uma História em Aberto - Galpão Roque Petroni, São Paulo
Arquivo Geral - Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Heterodoxia - Memorial da América Latina, São Paulo
SP 450 Paris - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
2003
Infantil - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
O sal da terra - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
2002
Caminhos do contemporâneo: 1952/2002 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, Salvador
Love’s House - Hotel Love’s House, Rio de Janeiro
A cultura em tempos de AIDS - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2001
A imagem do som de Antonio Carlos Jobim - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Outra Coisa - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, São Paulo
III Bienal do Mercosul - Porto Alegre
Orlândia - Rio de Janeiro
Free Zone - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
www.agora-capacete.com.br - Espaço AGORA/CAPACETE, Rio de Janeiro
A imagem em jogo - Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília
Mostra Brasil + 50 - Museu de Arte Moderna, Buenos Aires, Argentina
2000
A imagem do som de Gilberto Gil - Paço Imperial, Rio de Janeiro
La imagen del sonido de Chico Buarque - Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina
1999
Os 90 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
A imagem do som de Chico Buarque - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Ana Linnerman, Fernanda Gomes, Marcos Chaves e Raul Mourão - Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro
Fundição em conserto - Fundição Progresso, Rio de Janeiro
Retratos Falados - Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro
1998
Mercoarte - Mar del Plata, Argentina
1996
Rio: Panorama - Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, Rio de Janeiro
Esculturas no Paço - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Amigos do Calouste - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1995
4 Quadros - Centro Cultural Candido Mendes, Rio de Janeiro
1994
Escultura Carioca - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Matéria e Forma - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Novos Noventa - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Preto no Branco e/ou... - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
1993
17º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
11 Pontos no Espaço Público - Museu da República, Rio de Janeiro
Tatiana Grinberg e Raul Mourão - Museu Guido Viaro, Curitiba
Desenhos, Galeria Sérgio Milliet - IBAC, Rio de Janeiro
1992
Atelier Vila Isabel - Rio de Janeiro
Galeria de Arte UFF - Niterói
1991
15º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
Intervenções
2005
Lulaeletrônico - Fachada da Galeria Vermelho, São Paulo
2001
Artistas, vídeo-performance - III Bienal do Mercosul, Porto Alegre
1999
Termas, Almanaque 99 - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
1997
Rua - Livraria Dantes, Rio de Janeiro
Fonte: Site Oficial Raul Mourão, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
---
Biografia - Itaú Cultural
Em 1986, ingressa no curso de comunicação da Faculdade Hélio Alonso e frequenta aulas da Escola de Artes Visuais Parque Lage (EAV/Parque Lage), ambas no Rio de Janeiro. Na mesma época, assiste a oficinas de cinema e fotografia e começa a estagiar em uma produtora independente, familiarizando-se com o vídeo.
Em 1988, transfere-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e volta a estudar na EAV/Parque Lage, convivendo com artistas cariocas. Em 1990, muda-se para o curso de arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira participação em mostra de arte ocorre no ano seguinte, no 15° Salão Carioca. Em 1992, assiste ao curso Aspectos da Sensibilidade Moderna, do crítico Paulo Venancio Filho (1953), importante para sua reflexão sobre arte. Ainda nesse ano, conhece o diretor de cinema Roberto Berliner (1957) e passa a fazer direção de arte de videoclipes e documentários. Em 1993, é um dos sócios fundadores do escritório de design Tecnopop e faz sua primeira individual, no Espaço Cultural Sergio Porto, no Rio de Janeiro. Em 1999, cria, com os artistas Eduardo Coimbra (1955) e Ricardo Basbaum (1961), uma iniciativa artística independente chamada Agência de Organismos Artísticos (Agora), que, depois de se tornar Espaço Agora/Capacete, finda em 2002. Em 2007, é lançado um livro sobre seu trabalho na coleção Arte Bra.
Análise
A matéria inicial do trabalho de Raul Mourão está nas coisas do cotidiano urbano, como grades de segurança, jogos de futebol, sinalização de rua e botequins. Ele trabalha elementos que colhe da observação da cidade e lança-os, com ironia, na arte. Esse deslocamento e a consequente ressignificação das coisas levantam questões sobre o espaço urbano e o corpo social que nele vive. O modo como o trabalho se materializa varia: os cartões amarelo e vermelho do futebol viram duas placas de acrílico retangulares, encerradas em uma caixa branca de madeira (Cartões, 2001); o presidente da República, tratado como celebridade de televisão, pode gerar um boneco de pelúcia (Luladepelúcia, 2005).
A série Grades é o desdobramento de uma pesquisa iniciada em 1989 com o registro fotográfico de grades de segurança no Rio de Janeiro. Em 2000, Mourão recebe uma bolsa da prefeitura da cidade para continuar a pesquisa. Daí resultam trabalhos diversos: esculturas, fotos, serigrafias, vídeos e instalações. Em Entonces (2004) – instalação realizada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo – esculturas ocas formadas de vigas de ferro unidas como grades acumulam-se no espaço expositivo, criando uma minicidade de estreitos corredores por onde se pode circular. Faz referência às cidades reais em que os dispositivos de segurança têm se expandido cada vez mais, fragmentando-as de maneira violenta. As grades deslocadas e disfuncionais questionam o espaço urbano que criamos para nós.
---
Cronologia - Wikipédia
Primeiros anos
Durante sua infância, seus primeiros contatos com a arte são visitas a museus com sua família e observação de pinturas e desenhos que seu pai faz como hobby. Na adolescência, ele desenvolveu um interesse pelo cinema, literatura, música e esportes. Na segunda metade da década de 80, participou de oficinas de teoria do cinema no Cine Clube Estação Botafogo. Ele também participou de cursos de fotografia. Seu contato com diferentes esferas culturais e seu interesse pela poética da rua e da cidade tornaram-se fundamentais para o desenvolvimento de sua obra.
os anos 80
Em 1986, inicia seus estudos de graduação em jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e se matricula no curso de pintura "Blocos criativos", organizado por Charles Watson na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-Parque Lage), no Rio de Janeiro. . Ele começa a treinar na produtora independente Multivideo, em Santa Teresa, onde opera câmeras e usa um conjunto de edição pela primeira vez.
Em 1988, transferiu-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde recomeçou as aulas no EAV-Parque Lage. Durante esse período, o EAV-Parque Lage estava sob a direção do crítico de arte Frederico de Morais.
Nos três anos seguintes, Mourão freqüentou a escola participando de cursos e produzindo pequenas exposições. Nesse mesmo período, conheceu e socializou com outros alunos, como Afonso Tostes, Ana Rondon, Augusto Herkernhoff, Cabelo, Cassia Castro, Daniel Feingold, José Bechara, José Damasceno, Marcelo Rocha, Marcia Thompson e Tatiana Grinberg, entre outros. Nesse período, ele também se tornou amigo dos artistas da chamada geração 80, como Alex Hamburguer, Alexandre Dacosta, Analu Cunha, André Costa, Barrão, Márcia X., Marcus André, Marcos Chaves , Luiz Zerbini, Ricardo Basbaum, Marcos Basílio, Ricardo Becker, Ricardo Maurício e Roberto Tavares, entre outros.
Os anos 90
Em 1990, transferiu-se para estudar arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele dividiu um estúdio por um curto período com José Damasceno. Nesse período, o artista realizou suas primeiras experiências tridimensionais, produzindo esculturas e objetos como Cream cracker e Ovo-violão. Em parceria com Damasceno, eles criaram o artista fictício Cafew.
Em 1991, participou do 15º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV-Parque Lage. Apresenta três desenhos usando óleo sobre papel e recebe o segundo lugar na competição, onde o júri consistia dos críticos de arte Frederico Morais, Ligia Canongia, Marcus de Lontra Costa, Paulo Venâncio Filho e Reynaldo Roels.
No início de 1992, ele dividiu um estúdio com Angelo Venosa, Cassia Castro, José Bechara e Luiz Pizarro, localizados em uma casa grande no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.
Nesse ano, matriculou-se no curso "Aspectos da sensibilidade moderna" que o crítico de arte Paulo Venancio Filho ofereceu na Universidade de Santa Úrsula. Essa foi uma experiência importante para Mourão, principalmente no que se refere à reflexão sobre arte e sobre seu próprio trabalho. Conheceu o diretor de cinema Roberto Berliner e iniciou uma parceria que, nos anos 90, permitiu a Mourão fazer a co-direção e direção de arte de peças de vídeo (de artistas como Skank , Paralamas do Sucesso , Lobão e Pedro Luís e a Parede, entre outros) e documentários como as séries "Som da rua" e "A pessoa é para o que nasce".
Em 1993, criou, com o artista Barrão, o cenário do programa de TV "Básico Instinto" sobre o escritor e compositor Fausto Fawcett. Com Marcos Chaves e a designer Sônia Barreto, ele formou a 2D, uma empresa de arte gráfica. Participou do 17º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV - Parque Lage, onde apresentou a escultura "Sem título", que lembra uma situação de penalidade no jogo de futebol. Foi o primeiro trabalho do artista que criou um diálogo com o esporte do futebol. Em novembro, a convite de Everaldo Miranda, apresentou "Humano", sua primeira exposição individual no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. O artista apresentou trabalhos em mármore, ferro, vidro e água.
Em 1994, participou da exposição "Preto no Branco e / ou ..." no EAV - Parque Lage e uniu-se aos artistas Amador Perez, Anna Maria Maiolino, Franz Weissmann, Maria do Carmo Secco, Mira Schendel e Manoel Fernandes. Mourão apresentou desenhos de óleo em papel. No texto publicado na pasta da exposição, o crítico de arte Paulo Herkenhoff comentou o trabalho do artista:
“Nesta exposição, o trabalho de Raul Mourão parece propor deliberadamente confusão. A matéria-prima de muitas camadas de óleo colado no papel contrasta no jogo de claro / escuro no desenho da 'figura', nas linhas de gesto e contorno […]. Se este é um desenho, tem uma estranha opulência corporal. Se isso é pintura, é notável como a vontade de desenhar é incorporada na massa da imagem. No entanto, perguntar-se se é uma pintura ou desenho seria aqui uma dúvida inútil, considerando o processo histórico de expansão das línguas. [...] neste trabalho, também podemos encontrar uma disparidade de humor. Existem jogos visuais sérios e graves. Há outros que são irônicos. A conseqüência centra-se em um vocabulário de estranheza, de formas primitivas, de fantasmas ”.
Nesse mesmo ano, Mourão apresentou três coleções no Paço Imperial, no Rio de Janeiro: "Novos Noventa", "Matéria e Forma" e "Escultura Carioca".
Na "Matéria e Forma", Mourão apresenta a escultura "Esporte" e "Morte". A exposição, na qual também participaram os artistas Ernesto Neto, José Bechara e Marcus André, foi curada pelo crítico de arte Luiz Camillo Osório.
Em janeiro de 1995, na galeria do Centro Cultural Sérgio Porto, apresentou o vídeo "7 artistas", para o qual convidou os artistas André Costa, Barrão, Carlos Bevilacqua, Eduardo Coimbra, Marcia Thompson, Marcos Chaves e Ricardo Basbaum. Mourão pendurou os outros artistas usando arnês de escalada nas paredes da galeria, filmando a ação e o espaço de exposição que eles ocupavam. Fazendo uso do humor e da ironia, o artista produz seu primeiro trabalho em vídeo, abordando o universo da arte. 7 artistas (7 artistas) tiveram uma duração de sessenta segundos, enquanto o diretor de fotografia foi Paulo Violeta e foi editado por Leonardo Domingues. Segundo Mourão, "este trabalho é um tipo de piada visual, onde os artistas e seus trabalhos se fundem e ocupam o mesmo espaço".
Em 1996, participou das exposições Rio: Panorama, no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho; Esculturas no Paço (Esculturas no Paço) no Paço Imperial e Amigos do Calouste (Amigos de Calouste) no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, todos no Rio de Janeiro.
Para a exposição Rio: Panorama Mourão apresentou a intervenção "Casa / Árvore / Rua" na praia do Flamengo.
Em novembro, Mourão produziu sua segunda exposição individual na Galeria Ismael Nery, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian. Ele apresentou quatro esculturas de ferro e uma imagem digital. Durante a exposição, debateu com o artista Marco Veloso, que também escreveu um texto sobre Mourão intitulado "Um lugar que não existe":
"Os objetos da vida cotidiana são removidos de seus contextos, delicadamente, poeticamente liberados no ambiente da arte, feitos de ferro e, então, agressivamente (?) Inseridos em uma linguagem artística quase absurda. Pode ser um poste de futebol, um vassoura, gaveta ou guardanapo em uma xícara. Se todos os que produzem arte são caracterizados por um estilo, essa mistura de violência (?) e sensibilidade são a assinatura de Raul. Mas não existem regras na arte e talvez Raul não até tem um estilo ".
Em 1997, foi convidado por Marcos Chaves para participar do projeto "Intervenções em Vitrine" ("Intervenções na montra"), na Livraria Dantes, no Rio de Janeiro. Em julho, ele publicou cem cópias do livro Rua e fez uma intervenção com o mesmo nome na vitrine. Na noite do lançamento, o grupo Farofa Carioca tocou na calçada em frente à livraria. Ao longo do ano, os artistas André Costa e Tatiana Grinberg também participam desse projeto.
Em julho de 1999, ele apresentou a escultura Cartoon na exposição Fundição em Conserto, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Para este trabalho, o cineasta Piu Gomes escreve o seguinte texto:
"É uma cena clássica: do alto, um objeto pesado cai em cima do personagem que se quebra e vê estrelas no ar. Os desenhos animados transportam a ironia dos ícones dos filmes de animação para a esfera da arte. Um corpo sem cabeça, o traje de madeira que termina em uma caixa grande, pesada e desproporcional. / Estamos na presença de um achatamento do pensamento racional, atingido por uma blitzkrieg emocional? Ou aceitamos que a vida real pode ser tão imprevisível quanto o mundo da animação, onde as coisas caem nós sem aviso prévio? / Você viu Big Head por aí? cantou os Golden Boys. Pare de fazer sentido, cantou Talking Heads. O desenho animado radicaliza essa proposta, permanecendo fiel ao universo em que se originou: simplesmente bobagem. Quebre a cabeça. "
Em setembro, em parceria com Eduardo Coimbra e Ricardo Basbaum, fundou e coordenou o AGORA - Agência de Organismos Artísticos - que, segundo os membros, foi criado com o objetivo de criar novas alternativas para a produção e circulação da arte contemporânea no Rio. de janeiro mais dinâmico. AGORA produziu exposições e projetos de artistas brasileiros e estrangeiros, criando uma nova abordagem para a apresentação, reflexões e debates sobre a produção de arte contemporânea no Rio de Janeiro.
Na Fundição Progresso, expôs a exposição Sintético, produzida por AGORA, onde apresentou os trabalhos 5 pinturas (5 pinturas); Sente-se (Sente-se); Álcool: Indivíduo dado ao vício de álcool (Alcoólico: Indivíduo viciado em álcool); Patas (patas); Bolas (Bolas); MAM; Casa / Árvore / Rua (Carro / Árvore / Rua); e Barcos / Cabeça. Na pasta da exposição, há trechos publicados de uma conversa que ocorreu por meio de mensagens da secretária eletrônica entre Mourão e a artista Laura Lima, que também esteve presente na inauguração da exposição. Uma das mensagens, em que Mourão citou um trecho do livro Quincas Borba, de Machado de Assis, lembra o universo e os pensamentos presentes em sua obra:
“Quem conhece o chão e o subsolo da vida sabe muito bem que uma parte de uma parede, um banco, um tapete, um guarda-chuva é rica em idéias ou sentimentos, quando também somos, e que os reflexos do a parceria entre homens e coisas compõe um dos fenômenos mais interessantes da terra ”1.
Em novembro, ele apresentou uma exposição com Ana Linneman, Fernanda Gomes e Marcos Chaves no Mercedes Viegas Art Bureau, Rio de Janeiro. Participa da exposição A Imagem do Som de Chico Buarque, no Paço Imperial, com a obra Surdo-mudo, inspirada na música “Vai passar”, composta por Chico Buarque.
No mês seguinte, participou da exposição Os 90, no Paço Imperial, a convite do artista Iole de Freitas, que é um dos curadores da exposição. Ele apresenta a instalação Não realizada, composta por peças que fazem parte de projetos de grande porte desenvolvidos por Mourão.
Os anos 2000
Em maio de 2000, Mourão, Eduardo Coimbra, Ricardo Basbaum e Helmut Batista fundaram e coordenaram o AGORA / CAPACETE Space, resultado da união dos grupos de entretenimento AGORA e CAPACETE, localizados no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, onde o artista também teve o estúdio dele. A historiadora Luiza Mello é responsável por coordenar a produção. Na inauguração, o grupo Chelpa Ferro apresentou a performance A garagem do gabinete de Chico.
Em junho, o AGORA começou a publicar uma coluna semanal sobre arte contemporânea no site super11.net. Para esta coluna, Mourão escreveu cinco textos. Participou da exposição La Imagen del Sonido de Chico Buarque, no Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina.
Participou em novembro da exposição A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial, onde também apresentou pela primeira vez um trabalho da série Grades (Cercas) intitulada Protótipo )
Ele participou da criação do Tecnopop, um escritório de design multimídia, com os designers Marcelo Pereira e Sônia Barreto, o jornalista Luis Marcelo Mendes e o empresário Rodrigo Machado. Em setembro de 2003, o designer e arquiteto André Stolarski integrou o grupo de parceiros ao negócio.
Em 2001, foi convidado por Márcia X. e Ricardo Ventura. Em maio, apresentou a obra Para montar na exposição Orlândia, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
A pesquisa Grades / Rio de Janeiro / 2000 (Cercas / Rio de Janeiro / 2000) foi selecionada para o 6º Programa de Bolsas de Estudo da RioArte pelo conselho municipal do Rio de Janeiro. Com o apoio da bolsa, Mourão desenvolveu sua pesquisa por um ano inteiro (de setembro de 2001 a setembro de 2002) dedicando-se à documentação de cercas nos espaços urbanos do Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo e Vila Velha. Com base nesta pesquisa, o artista cria esculturas, instalações e uma série de fotografias que foram apresentadas em exposições coletivas e individuais.
Em outubro, ele apresentou o vídeo-performance Artistas (Artistas) na III Bienal do Mercosul em Porto Alegre, onde continuou a idéia e o tema desenvolvidos em 7 artistas (7 artistas). Mourão convidou os artistas Lucia Koch, Mário Ramiro e Nelson Rosa para participar em uma apresentação para o evento de inauguração no Hospital Psiquiátrico St. Peter. Os três foram pendurados usando equipamento de escalada nas paredes do espaço de exposição e permaneceram assim por uma hora enquanto o espaço estava aberto para os convidados. No dia seguinte, posicionados nos mesmos locais e com o mesmo equipamento, foram encontrados monitores de vídeo mostrando as imagens documentais de cada artista, com duração de 58 minutos. Mourão também apresentou a escultura A grande área (A grande área) para uma exposição de intervenções urbanas que acontece no parque Sirotski Sobrinho.
No mês seguinte, Mourão apresentou a instalação O carro / A grade / O ar (O carro / A cerca / O ar) na exposição Panorama de Arte Brasileira (MAM-São Paulo). Juntamente com Brígida Baltar, Eduardo Coimbra, João Modé e Ricardo Basbaum, ele participa da exposição Outra Coisa, produzida por AGORA, no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. No texto da apresentação da exposição, o crítico de arte Paulo Sergio Duarte escreve:
"A essência reflexiva da arte contemporânea no Brasil conseguiu se manifestar, com evidente incisividade plástica, em uma poética rica e generosa em relação ao espectador, sem abrir mão de uma complexidade necessária à exploração crítica de limites e fronteiras. É dentro dessa tradição recente em que essas obras estão inscritas, a riqueza individual de cada uma delas é evidente e seria necessária uma longa dissertação para mostrar suas contribuições, no entanto, um traço comum deve ser mencionado: a pesquisa formal desses artistas ousa romper, sem medo, certos carrapatos recentes na arte brasileira que empobreceram sua história ". Participou da exposição Imagem em Jogo no Espaço Cultural Contemporâneo Venancio, Brasília; e na Mostra Brasil + 500 (Exposição Brasil + 500) no MAM - Buenos Aires, Argentina, onde apresenta a escultura Cartoon. Foi convidado pela curadora Nessia Leonzini a participar das exposições Coleções I (Coleções I), na Galeria LGC, no Rio de Janeiro, e Coleções II (Coleções II), na Galeria Luisa Strina, em São Paulo. Em novembro, ele participou da exposição A Imagem do Som de Antonio Carlos Jobim, onde apresenta o trabalho Ela é carioca.
Em março de 2002, a exposição Love's House foi concebida por Mourão e produzida pela AGORA. Durante uma semana, simultaneamente à XXV Bienal de São Paulo, cada artista ocupou um quarto no terceiro andar do hotel Love's House, ao lado dos escritórios da AGORA no bairro da Lapa. Na sala 303, Mourão apresentou a Área de queda, uma instalação da série Grades (Cercas), composta por três peças de ferro pintadas de branco.
Produziu o vídeo-documentário Cão / Leão, que mostra um dia na vida de um cão vadio. Segundo Mourão, “o vídeo é uma paródia de um reality show que transforma a rotina do cão vadio. Anteriormente uma figura desprezada e abandonada, o cachorro se tornou o personagem principal do filme e o centro das atenções da equipe de filmagem. O cachorro anônimo se tornou uma estrela de cinema em apenas 15 minutos ”. O vídeo é dirigido por Mourão em parceria com a diretora de cinema Paola Vieira. A câmera foi operada por Fernando de Oliveira e é editada por Leonardo Domingues.
Em maio, produziu a exposição Portable - 98/02 (Portátil - 98/02) no Raquel Arnaud Art Cabinet, que é sua primeira exposição individual em São Paulo. Ele escreveu e publicou o texto “Veículo rastreado” para o catálogo da exposição. Apresenta o objeto A grande área, o díptico Cartões, as esculturas Surdo-mudo e o Banco.
Em junho, ele apresentou a exposição Carga Viva (Live Load) na Galeria de Arte Celma Albuquerque, que é sua primeira exposição individual em Belo Horizonte. O artista José Bechara teve uma exposição em exibição ao mesmo tempo na galeria. Mourão apresenta esculturas e serigrafias da série Grades (Cercas), o objeto de vídeo Artistas / Lucia Koch (Artistas / Lucia Koch) e as obras Cartões (Cards) e Sem braços e sem cabeça. No catálogo das exposições, o crítico de arte Fernando Cocchiarale escreveu:
“Ao contrário da lógica do ready-made, as apropriações feitas por Mourão restringem-se, no geral, à esfera dos materiais de trabalho, determinados, com frequência, pela analogia com as matérias-primas utilizadas em objetos reais que servem de referência. às recriações do artista. [...] Ele quase nunca usa objetos produzidos anteriormente. Ele os toma como referências para o seu trabalho e nunca como modelos. No entanto, também não existe aqui, em oposição ao já feito, nenhuma proximidade com o aumento da importância de artefatos, de mimese ou de outras formas de representação. ”
2003 - Em agosto, a artista apresenta a exposição Cego Só Bengala (Bengala Cega) no Centro Maria Antonia da Universidade de São Paulo (USP). Mourão exibe as fotografias drama.doc e esculturas baseadas na pesquisa Grades (Cercas). No catálogo da exposição, a crítica de arte Daniela Labra escreveu: “Numa paródia provocativa, Mourão retira uma certa situação do panorama urbano e a cola no espaço físico reservado à arte. A partir de seu fascínio particular por cercas, o artista explora a questão social presente na importância histérica dada a essas estruturas e, principalmente, o absurdo visual antiestético dessas construções, que acabam se tornando 'sub-arquiteturas' em nome da segurança reforçada. A cidade nos serve diariamente com um banquete de visuais, mas acostumados às construções detestáveis que nos cercam, passamos sem ser afetados pelos caminhos congestionados de sujeira e admiração, esquecendo que tudo o que é visto é um produto e uma consequência de nós mesmos. ” No Rio de Janeiro, Mourão participa da exposição inaugural na Galeria de Arte Contemporânea LURIXS e das exposições Infantil na Galeria Gentil Carioca; Nano Exposição (Nano Exhibition) na Arte em Dobro; e Sidaids produzidos pelo SESC Rio. Em Vila Velha, participa da exposição O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce. Em novembro, apresenta a exposição Pequenas Frações, sua primeira exposição individual produzida pela Galeria de Arte Contemporânea LURIXS. Nesta exposição, Mourão une trabalhos elaborados a partir de imagens, signos, símbolos e marcas da vida cotidiana da cidade e de sua própria vida. O Caderno de anotações, por exemplo, é uma animação digital de vinte minutos e produzida com desenhos retirados de seus cadernos pessoais. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição.
Em 2004, convidado pelo crítico de arte e curador Agnaldo Farias, apresentou a instalação Entonces da série Grades (cercas) na exposição SP 450 Paris, no Instituto Tomie Othake, em São Paulo.
Em abril, Mourão produziu uma nova apresentação da instalação Entonces no Paço Imperial. Sobre esta exposição, o crítico de arte Luiz Camillo Osório escreveu:
“Entonces, o título sugestivo da exposição, parece se desdobrar como uma pergunta sobre o que fizemos ao nosso espaço urbano. Nós nos protegemos e nos fechamos; esse é o paradoxo de uma cidade em pânico. [...] Como em outros momentos de sua trajetória como artista, é a ambivalência entre signo e forma que é algo determinante neste trabalho. A desconstrução do signo e a constituição da forma se processarão no deslocamento das 'cercas' para a galeria, na perturbação de seu funcionamento, na produção de um não-espaço. ”
Convidado a participar do segundo projeto especial do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o artista apresentou em junho a exposição drama.doc composta por fotografias e esculturas. Sobre o trabalho de Mourão, o crítico de arte Guilherme Bueno escreveu:
“Se entendermos a visibilidade como um ato afirmativo, o que é posto em questão é, de certa forma, um desafio histórico. Pois se a cerca constituía o instrumento renascentista para vislumbrar a ordem cósmica [a perspectiva] ou, no caso de um artista moderno como Mondrian, a expressão purificada em direção à libertação do sujeito no mundo através do olhar, aqui a cerca parece faça com que essa ansiedade retorne na direção oposta: não é mais o objeto de atravessar para conteúdos puros, mas a materialidade efetiva do que nos rodeia. ”
Naquele ano, Mourão participou da exposição coletiva Casa: Uma Poética do Espaço na Arte Brasileira, com curadoria de Paulo Reis no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. Ele também foi convidado a participar das exposições Arte Contemporânea: uma História em Aberto, com curadoria de Sônia Salzstein no Warehouse Roque Petroni; e Heterodoxia (Heterodoxia) no Memorial da América Latina, ambos em São Paulo. No Rio de Janeiro, participou das exposições Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand (Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand) no MAM-RJ; Urbanidades no Teatro Odisséia; e Arquivo Geral, organizado por seis galerias separadas do Rio e exibido no Jardim Botânico. A exposição ocorreu simultaneamente à XXVI Bienal de São Paulo. Ele apresentou uma seleção de nove obras para a Galeria de Arte Celma Albuquerque na feira “Lisbon Art” em Portugal. Representado pelo gabinete de artes Rachel Arnaud, ele participou durante dezembro da seção "Projetos de arte" da feira "Art Basel Miami Beach", onde apresenta a instalação Casa / Trincheiras no Collins Park.
Em setembro de 2005, a convite do grupo Chelpa Ferro, durante uma exposição produzida pelo grupo, ele apresentou o trabalho Lulaeletrônico (ElectronicLula) na parede frontal da galeria Vermelho, em São Paulo.
No Rio de Janeiro, participou das exposições Razão e Sensibilidade do projeto “Encontro com arte 2005”; e Arte Brasileira Hoje no MAM-RJ.
Em novembro, produz a exposição Luladepelúcia (CuddlyLula) no Centro de Artes Contemporâneas LURIXS. Com base na imagem do presidente Lula, Mourão produz industrialmente cem peluches, além de desenhos e trabalhos gráficos em parceria com Barrão, Carlos Vergara, Fabio Cardoso, Lenora de Barros , Luiz Zerbini e Marcos Chaves. O consultor de publicidade André Eppinghaus, os artistas André Sheik, Daniela Lara, Fausto Fawcett, Marcelo Pereira, o crítico de arte Paulo Reis e Piu Gomes escreveram textos sobre sua obra. As séries de obras apresentadas na exposição, que receberam uma resposta imediata da mídia nacional, foram concebidas pela primeira vez pelo artista quando o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2003.
Ele participou da exposição Espace Urbain X Nature Intrinsèque (Espaço Urbano x Natureza Intrínseca) na Espace Topographie de l'Art em Paris, França. Com curadoria de Evangelina Seiler, a exposição reuniu obras de 14 artistas brasileiros, incluindo Mourão: Brígida Baltar, Cao Guimarães, Eduardo Srur, Fabiana de Barros e Michel Favre, Gabriela Greeb, João Modé, Lia Chaia, Lia Menna Barreto, Lucia Koch, Marcos Chaves , Maria Carmem Perlingueiro, Rivane e Sergio Neuenschwander.
Em maio de 2006, Mourão produziu a exposição Luladepelúcia e Outras Coisas na Galeria Oeste, em São Paulo, onde expôs uma nova série de personagens inspirados na figura do presidente. Mourão convidou vinte artistas para fazer os desenhos em parceria com ele.
Ele participou das exposições Dwell no ASU Art Museum, Arizona, Estados Unidos; II Bienal Internacional de Gravuras do Ceará no Museu de Arte Contemporânea / Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza; É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea - Coleção Gilberto Chateaubriand (HOJE em Arte Contemporânea Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand) no Santander Cultural, Porto Alegre. No Rio de Janeiro, apresentou trabalhos nas exposições Futebol é Coisa de 11, na Galeria Lago, no Museu da República; Universidarte XIV, na Estácio de Sá; e Arquivo Geral, com curadoria de Paulo Venancio Filho, no Centro de Artes Hélio Oiticica.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: ArteBrasileiros, O artista Raul Mourão, foto divulgação.
Raul Antônio de Brito Mourão Vieira (Rio de Janeiro, RJ, 24 de agosto de 1967), mais conhecido como Raul Mourão, é um artista multimídia, produtor e diretor de arte brasileiro, sua obra inclui a produção de desenhos, esculturas, vídeos, textos, instalações e performances.
Biografia Oficial
Estudou na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage e expõe seu trabalho desde 1991. Sua obra abrange a produção de desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Atualmente, vive e trabalha entre Nova York e Rio de Janeiro.
Construídas com diversos materiais, suas peças transitam entre dois campos opostos: o ficcional e o documental. De um lado, estão as criações puras, concebidas a partir da fantasia; do outro, estão as obras nascidas das observações do real – a cidade, o futebol, a política ou os botequins.
Nos anos 1980, Mourão faz os primeiros registros fotográficos de um elemento urbano que seria mote de sua pesquisa nas décadas seguintes: as grades usadas para proteção, segurança e isolamento em ruas do Rio de Janeiro. Dos registros, surge a série Grades, sobre a paisagem urbana, que desemboca em trabalhos até os dias atuais.
Nos anos 2000, sua pesquisa toma novo caminho, o das esculturas cinéticas. Mourão passa a criar estruturas que podem ser acionadas pelo toque do espectador. As obras são exibidas nas exposições individuais: Seta Balanço Janela, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Fora/Dentro, no Museu da República, no Rio de Janeiro; In my Opinion, na Plutschow Gallery, Zurich;Você está aqui, no Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo; Please Touch, no Bronx Museum, Nova York; Tração Animal, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; MOTO e Cuidado Quente, na Galeria Nara Roesler, São Paulo; Homenagem ao Cubo e Chão, Parede e Gente, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Movimento Repouso, na Galeria Roberto Alban, Salvador; Processo, no Studio X, Rio de Janeiro; Toque Devagar, na Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Os trabalhos também integraram as coletivas Vancouver Bienalle; Artistas comprometidos? Talvez, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; All the best artists are my friends (Part 1), no MANA Contemporary, Nova Jersey; From the Margin to The Edge, Sommerset House, Londres; Projetos (in)Provados, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Ponto de Equilíbrio, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; Mostra Paralela 2010, no Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo; e Travessias, no Centro de Arte Bela Maré, Rio de Janeiro.
Como curador e produtor, Mourão organizou exposições individuais de Fernanda Gomes, Cabelo, Tatiana Grinberg, Brigida Baltar e João Modé, e as coletivas Do Clube para a Praça (Jacaranda, Rio de Janeiro), Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro), Love’s House (Hotel Love’s House, Rio de Janeiro) e Outra Coisa (Museu da Vale, Vila Velha). Como editor participou da criação das revistas O Carioca, Item e Jacarandá. Com Eduardo Coimbra, Luiza Mello e Ricardo Basbaum, criou e dirigiu a galeria e produtora AGORA, que funcionou na Lapa, Rio de Janeiro, entre 2000 e 2002.
Lançou os livros ARTEBRA (Casa da Palavra, 2005), MOV (Automatica, 2011) e Volume 1 (Automatica, 2015).
Exposições Individuais
2019
Sobre o Pênalti e outras jogadas - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Introdução à teoria dos opostos absolutos - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Experienza Live Cinema #4: Raul Mourão + Cabelo - OM.art, Rio de Janeiro
2018
Seta Janela Balanço - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Fora/Dentro - Museu da República, Rio de Janeiro
Boxer - Carbono Galeria, São Paulo
2017
In my opinion - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
Para lá e Após – Raul Mourão - Espaço das Artes, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), São Paulo
2016
Você está aqui - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
2015
Su Casa - Gitler & _____, Nova York, Estados Unidos
Fenestra - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Please touch - Bronx Museum, Nova York
2014
MOTO - Galeria Nara Roesler, São Paulo
2013
Movimento Repouso - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
2012
Tração animal - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Toque devagar - Praça Tiradentes, Rio de Janeiro
Processo - Estudio X, Rio de Janeiro
Homenagem ao cubo - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2010
Chão, Parede e Gente - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cuidado Quente - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Balanço Geral - Subterrânea, Porto Alegre
2007
Fitografias - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Mecânico - 3 + 1 Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal
2006
Luladepelúcia e outras coisas - Galeria Oeste, São Paulo
2005
Luladepelúcia - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2004
drama.doc - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
Entonces - Paço Imperial, Rio de Janeiro
2003
Pequenas frações - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cego só bengala - Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo
2002
Portátil 98/02 - Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
Carga Viva - Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte
1999
Sintético - Agora/Fundição Progresso, Rio de Janeiro
1996
Galeria Ismael Nery - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1993
Humano - Galeria Sérgio Porto, Rio de Janeiro
Exposições Coletivas
2019
Esquele70: 70 anos de UERJ - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz– Construções e geometrias - Museu de Ecologia e Escultura (MuBE), São Paulo
Esqueleto: uma história do Rio, Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Alegria – A natureza-morta nas coleções MAM Rio - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2018
Cá entre Nós - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Interfluxos: Colapso como Perspectiva - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Yoyo - Sesc Belenzinho, São Paulo
2017
Pra lá - Espaço das Artes - Universidade de São Paulo (USP), São Paulo
Grid - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
A Pureza é um Mito: O monocromático na arte contemporânea - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Fronteiras, Limites, Interseções: entre a Arte e o Design - Caixa Cultural São Paulo, São Paulo
Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos - Oca Ibirapuera, São Paulo
Well, It's just an ocean between - TAL Galeria, Cascais, Portugal
100 cm - Auroras, São Paulo
2016
Em Polvorosa - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
International Series: Contemporary Artists from Brazil - Turchin Center for the Visual Arts, Boone, Estados Unidos
O Corpo e a Obra de Arte - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Brasil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture - Museum Beelden aan Zee, Haia, Holanda
Mana Seven - Mana Contemporary, Miami, Estados Unidos
Do clube para a praça - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Pequenos formatos: Dimensões e Escala - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
2015
TRIO Bienal - Bienal Tridimensional Internacional do Rio, Centro Cultural Parque das Ruínas, Rio de Janeiro
Universo - Galeria Carbono, São Paulo
Horizons - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
2014
Cidade Política - Sala de Arte Santander, São Paulo
Vancouver Biennale - International Pavilion, Vancouver, Canadá
Artistas comprometidos? Talvez - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Tatu: futebol, adversidade e cultura da caatinga - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
All the best artists are my friends (Part 1) - MANA Contemporary, Nova Jersey, Estados Unidos
One Shot! - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
Maracanã - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
Prática Portátil - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Encontro de Mundos - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
2013
O abrigo e o terreno: arte e sociedade no Brasil I - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
Gil 70 - Palacete das Artes, Salvador
7ª Bienal Internacional de São Tomé e Príncipe
Miradas insobornables: imágenes en presente continuo - Centro de Arte Contemporáneo, Hotel de Inmigrantes, Buenos Aires, Argentina
Sobre Corpos e Espelhos - Espaço Cultural Contemporâneo (Ecco), Brasilia
Cinéticos e Construtivos - Galeria Carbono, São Paulo
Bola Na Rede - Galeria Fayga Ostrower, Brasília
Aproximações contemporâneas - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
Gil 70 - Museu Nacional da República, Brasília
2012
Art Public - Art Basel Miami Beach, Miami Beach, Estados Unidos
Gil 70 - Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro
Mostra Carioca - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
From the Margin to The Edge - Somerset House, Londres
This is Brazil! 1990 – 2012 - Palexco, La Coruña, Espanha
Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2011
Travessias: Arte Contemporânea na Maré - Centro Cultural Bela Maré, Rio de Janeiro
Jogos de Guerra - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Gigantes por la propria naturaleza - Institut Valencià d’Art Modern, Valencia, Espanha
2010
Law of the Jungle - Lehmann Maupin Gallery, Nova York, Estados Unidos
Horizonte Construído: Fotografia e Arquitetura nas coleções do MAM - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Ponto de Equilíbrio - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Mostra Paralela 2010: A Contemplação do Mundo - Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo
Futebol de Salão, A coletiva - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
A Máquina de abraçar - SESC Pompéia, São Paulo
Paisagem Incompleta - Palácio das Artes, Belo Horizonte
Projetos (in)Provados - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome - Maria Angélica 678, Rio de Janeiro
Paisagem incompleta - Centro Cultural Usiminas, Ipatinga
2009
In Gomo - Ateliê Gomo, Rio de Janeiro
Experimentando Espaços - Museu da Casa Brasileira, São Paulo
A Máquina de Abraçar - Espaço Tom Jobim, Rio de Janeiro
Arquivo Contemporâneo - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
2008
Container Art - Parque Villa Lobos, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro
Travessias Cariocas - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
V Bienal de São Tomé e Príncipe, Partilhar Territórios, Exposição Internacional - Antigas oficinas, São Tomé, São Tomé e Príncipe
Mão Dupla, Movimento | Identidade - SESC Pinheiros, São Paulo
Parangolé: Fragmentos desde los 90 en Brasil, Portugal y España - Patio Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Espanõl, Valladolid, Espanha
2007
Poética da percepção - Espaço Cultural Vivo, São Paulo
Arte como ofício - SESC/Rio unidades Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo
Jogos Visuais - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
80 - 90: Modernos, Pós Modernos etc - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981 - 2006 - Itaú Cultural, São Paulo
2006
Arquivo Geral - Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Dwell - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
II Bienal Internacional Ceará de Gravura, Gravura Contemporânea Brasileira - Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar, Fortaleza
Futebol é coisa de 11 - Galeria do Lago, Museu da República, Rio de Janeiro
É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea: coleção Gilberto Chateaubriand - Santander Cultural, Porto Alegre
2005
Razão e Sensibilidade - Encontro com Arte, Rio de Janeiro
Espace Urbain x Nature Intrinseque - Espace Topographie de l ’Art, Paris
Nanoexposição - Galeria Arte em dobro, Rio de Janeiro
Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
Arte Brasileira Hoje - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2004
Casa: uma poética do espaço na arte brasileira - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Urbanidades - Teatro Odisséia, Rio de Janeiro
Arte Contemporânea: Uma História em Aberto - Galpão Roque Petroni, São Paulo
Arquivo Geral - Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Heterodoxia - Memorial da América Latina, São Paulo
SP 450 Paris - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
2003
Infantil - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
O sal da terra - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
2002
Caminhos do contemporâneo: 1952/2002 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, Salvador
Love’s House - Hotel Love’s House, Rio de Janeiro
A cultura em tempos de AIDS - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2001
A imagem do som de Antonio Carlos Jobim - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Outra Coisa - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, São Paulo
III Bienal do Mercosul - Porto Alegre
Orlândia - Rio de Janeiro
Free Zone - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
www.agora-capacete.com.br - Espaço AGORA/CAPACETE, Rio de Janeiro
A imagem em jogo - Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília
Mostra Brasil + 50 - Museu de Arte Moderna, Buenos Aires, Argentina
2000
A imagem do som de Gilberto Gil - Paço Imperial, Rio de Janeiro
La imagen del sonido de Chico Buarque - Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina
1999
Os 90 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
A imagem do som de Chico Buarque - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Ana Linnerman, Fernanda Gomes, Marcos Chaves e Raul Mourão - Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro
Fundição em conserto - Fundição Progresso, Rio de Janeiro
Retratos Falados - Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro
1998
Mercoarte - Mar del Plata, Argentina
1996
Rio: Panorama - Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, Rio de Janeiro
Esculturas no Paço - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Amigos do Calouste - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1995
4 Quadros - Centro Cultural Candido Mendes, Rio de Janeiro
1994
Escultura Carioca - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Matéria e Forma - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Novos Noventa - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Preto no Branco e/ou... - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
1993
17º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
11 Pontos no Espaço Público - Museu da República, Rio de Janeiro
Tatiana Grinberg e Raul Mourão - Museu Guido Viaro, Curitiba
Desenhos, Galeria Sérgio Milliet - IBAC, Rio de Janeiro
1992
Atelier Vila Isabel - Rio de Janeiro
Galeria de Arte UFF - Niterói
1991
15º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
Intervenções
2005
Lulaeletrônico - Fachada da Galeria Vermelho, São Paulo
2001
Artistas, vídeo-performance - III Bienal do Mercosul, Porto Alegre
1999
Termas, Almanaque 99 - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
1997
Rua - Livraria Dantes, Rio de Janeiro
Fonte: Site Oficial Raul Mourão, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
---
Biografia - Itaú Cultural
Em 1986, ingressa no curso de comunicação da Faculdade Hélio Alonso e frequenta aulas da Escola de Artes Visuais Parque Lage (EAV/Parque Lage), ambas no Rio de Janeiro. Na mesma época, assiste a oficinas de cinema e fotografia e começa a estagiar em uma produtora independente, familiarizando-se com o vídeo.
Em 1988, transfere-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e volta a estudar na EAV/Parque Lage, convivendo com artistas cariocas. Em 1990, muda-se para o curso de arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira participação em mostra de arte ocorre no ano seguinte, no 15° Salão Carioca. Em 1992, assiste ao curso Aspectos da Sensibilidade Moderna, do crítico Paulo Venancio Filho (1953), importante para sua reflexão sobre arte. Ainda nesse ano, conhece o diretor de cinema Roberto Berliner (1957) e passa a fazer direção de arte de videoclipes e documentários. Em 1993, é um dos sócios fundadores do escritório de design Tecnopop e faz sua primeira individual, no Espaço Cultural Sergio Porto, no Rio de Janeiro. Em 1999, cria, com os artistas Eduardo Coimbra (1955) e Ricardo Basbaum (1961), uma iniciativa artística independente chamada Agência de Organismos Artísticos (Agora), que, depois de se tornar Espaço Agora/Capacete, finda em 2002. Em 2007, é lançado um livro sobre seu trabalho na coleção Arte Bra.
Análise
A matéria inicial do trabalho de Raul Mourão está nas coisas do cotidiano urbano, como grades de segurança, jogos de futebol, sinalização de rua e botequins. Ele trabalha elementos que colhe da observação da cidade e lança-os, com ironia, na arte. Esse deslocamento e a consequente ressignificação das coisas levantam questões sobre o espaço urbano e o corpo social que nele vive. O modo como o trabalho se materializa varia: os cartões amarelo e vermelho do futebol viram duas placas de acrílico retangulares, encerradas em uma caixa branca de madeira (Cartões, 2001); o presidente da República, tratado como celebridade de televisão, pode gerar um boneco de pelúcia (Luladepelúcia, 2005).
A série Grades é o desdobramento de uma pesquisa iniciada em 1989 com o registro fotográfico de grades de segurança no Rio de Janeiro. Em 2000, Mourão recebe uma bolsa da prefeitura da cidade para continuar a pesquisa. Daí resultam trabalhos diversos: esculturas, fotos, serigrafias, vídeos e instalações. Em Entonces (2004) – instalação realizada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo – esculturas ocas formadas de vigas de ferro unidas como grades acumulam-se no espaço expositivo, criando uma minicidade de estreitos corredores por onde se pode circular. Faz referência às cidades reais em que os dispositivos de segurança têm se expandido cada vez mais, fragmentando-as de maneira violenta. As grades deslocadas e disfuncionais questionam o espaço urbano que criamos para nós.
---
Cronologia - Wikipédia
Primeiros anos
Durante sua infância, seus primeiros contatos com a arte são visitas a museus com sua família e observação de pinturas e desenhos que seu pai faz como hobby. Na adolescência, ele desenvolveu um interesse pelo cinema, literatura, música e esportes. Na segunda metade da década de 80, participou de oficinas de teoria do cinema no Cine Clube Estação Botafogo. Ele também participou de cursos de fotografia. Seu contato com diferentes esferas culturais e seu interesse pela poética da rua e da cidade tornaram-se fundamentais para o desenvolvimento de sua obra.
os anos 80
Em 1986, inicia seus estudos de graduação em jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e se matricula no curso de pintura "Blocos criativos", organizado por Charles Watson na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-Parque Lage), no Rio de Janeiro. . Ele começa a treinar na produtora independente Multivideo, em Santa Teresa, onde opera câmeras e usa um conjunto de edição pela primeira vez.
Em 1988, transferiu-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde recomeçou as aulas no EAV-Parque Lage. Durante esse período, o EAV-Parque Lage estava sob a direção do crítico de arte Frederico de Morais.
Nos três anos seguintes, Mourão freqüentou a escola participando de cursos e produzindo pequenas exposições. Nesse mesmo período, conheceu e socializou com outros alunos, como Afonso Tostes, Ana Rondon, Augusto Herkernhoff, Cabelo, Cassia Castro, Daniel Feingold, José Bechara, José Damasceno, Marcelo Rocha, Marcia Thompson e Tatiana Grinberg, entre outros. Nesse período, ele também se tornou amigo dos artistas da chamada geração 80, como Alex Hamburguer, Alexandre Dacosta, Analu Cunha, André Costa, Barrão, Márcia X., Marcus André, Marcos Chaves , Luiz Zerbini, Ricardo Basbaum, Marcos Basílio, Ricardo Becker, Ricardo Maurício e Roberto Tavares, entre outros.
Os anos 90
Em 1990, transferiu-se para estudar arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele dividiu um estúdio por um curto período com José Damasceno. Nesse período, o artista realizou suas primeiras experiências tridimensionais, produzindo esculturas e objetos como Cream cracker e Ovo-violão. Em parceria com Damasceno, eles criaram o artista fictício Cafew.
Em 1991, participou do 15º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV-Parque Lage. Apresenta três desenhos usando óleo sobre papel e recebe o segundo lugar na competição, onde o júri consistia dos críticos de arte Frederico Morais, Ligia Canongia, Marcus de Lontra Costa, Paulo Venâncio Filho e Reynaldo Roels.
No início de 1992, ele dividiu um estúdio com Angelo Venosa, Cassia Castro, José Bechara e Luiz Pizarro, localizados em uma casa grande no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.
Nesse ano, matriculou-se no curso "Aspectos da sensibilidade moderna" que o crítico de arte Paulo Venancio Filho ofereceu na Universidade de Santa Úrsula. Essa foi uma experiência importante para Mourão, principalmente no que se refere à reflexão sobre arte e sobre seu próprio trabalho. Conheceu o diretor de cinema Roberto Berliner e iniciou uma parceria que, nos anos 90, permitiu a Mourão fazer a co-direção e direção de arte de peças de vídeo (de artistas como Skank , Paralamas do Sucesso , Lobão e Pedro Luís e a Parede, entre outros) e documentários como as séries "Som da rua" e "A pessoa é para o que nasce".
Em 1993, criou, com o artista Barrão, o cenário do programa de TV "Básico Instinto" sobre o escritor e compositor Fausto Fawcett. Com Marcos Chaves e a designer Sônia Barreto, ele formou a 2D, uma empresa de arte gráfica. Participou do 17º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV - Parque Lage, onde apresentou a escultura "Sem título", que lembra uma situação de penalidade no jogo de futebol. Foi o primeiro trabalho do artista que criou um diálogo com o esporte do futebol. Em novembro, a convite de Everaldo Miranda, apresentou "Humano", sua primeira exposição individual no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. O artista apresentou trabalhos em mármore, ferro, vidro e água.
Em 1994, participou da exposição "Preto no Branco e / ou ..." no EAV - Parque Lage e uniu-se aos artistas Amador Perez, Anna Maria Maiolino, Franz Weissmann, Maria do Carmo Secco, Mira Schendel e Manoel Fernandes. Mourão apresentou desenhos de óleo em papel. No texto publicado na pasta da exposição, o crítico de arte Paulo Herkenhoff comentou o trabalho do artista:
“Nesta exposição, o trabalho de Raul Mourão parece propor deliberadamente confusão. A matéria-prima de muitas camadas de óleo colado no papel contrasta no jogo de claro / escuro no desenho da 'figura', nas linhas de gesto e contorno […]. Se este é um desenho, tem uma estranha opulência corporal. Se isso é pintura, é notável como a vontade de desenhar é incorporada na massa da imagem. No entanto, perguntar-se se é uma pintura ou desenho seria aqui uma dúvida inútil, considerando o processo histórico de expansão das línguas. [...] neste trabalho, também podemos encontrar uma disparidade de humor. Existem jogos visuais sérios e graves. Há outros que são irônicos. A conseqüência centra-se em um vocabulário de estranheza, de formas primitivas, de fantasmas ”.
Nesse mesmo ano, Mourão apresentou três coleções no Paço Imperial, no Rio de Janeiro: "Novos Noventa", "Matéria e Forma" e "Escultura Carioca".
Na "Matéria e Forma", Mourão apresenta a escultura "Esporte" e "Morte". A exposição, na qual também participaram os artistas Ernesto Neto, José Bechara e Marcus André, foi curada pelo crítico de arte Luiz Camillo Osório.
Em janeiro de 1995, na galeria do Centro Cultural Sérgio Porto, apresentou o vídeo "7 artistas", para o qual convidou os artistas André Costa, Barrão, Carlos Bevilacqua, Eduardo Coimbra, Marcia Thompson, Marcos Chaves e Ricardo Basbaum. Mourão pendurou os outros artistas usando arnês de escalada nas paredes da galeria, filmando a ação e o espaço de exposição que eles ocupavam. Fazendo uso do humor e da ironia, o artista produz seu primeiro trabalho em vídeo, abordando o universo da arte. 7 artistas (7 artistas) tiveram uma duração de sessenta segundos, enquanto o diretor de fotografia foi Paulo Violeta e foi editado por Leonardo Domingues. Segundo Mourão, "este trabalho é um tipo de piada visual, onde os artistas e seus trabalhos se fundem e ocupam o mesmo espaço".
Em 1996, participou das exposições Rio: Panorama, no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho; Esculturas no Paço (Esculturas no Paço) no Paço Imperial e Amigos do Calouste (Amigos de Calouste) no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, todos no Rio de Janeiro.
Para a exposição Rio: Panorama Mourão apresentou a intervenção "Casa / Árvore / Rua" na praia do Flamengo.
Em novembro, Mourão produziu sua segunda exposição individual na Galeria Ismael Nery, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian. Ele apresentou quatro esculturas de ferro e uma imagem digital. Durante a exposição, debateu com o artista Marco Veloso, que também escreveu um texto sobre Mourão intitulado "Um lugar que não existe":
"Os objetos da vida cotidiana são removidos de seus contextos, delicadamente, poeticamente liberados no ambiente da arte, feitos de ferro e, então, agressivamente (?) Inseridos em uma linguagem artística quase absurda. Pode ser um poste de futebol, um vassoura, gaveta ou guardanapo em uma xícara. Se todos os que produzem arte são caracterizados por um estilo, essa mistura de violência (?) e sensibilidade são a assinatura de Raul. Mas não existem regras na arte e talvez Raul não até tem um estilo ".
Em 1997, foi convidado por Marcos Chaves para participar do projeto "Intervenções em Vitrine" ("Intervenções na montra"), na Livraria Dantes, no Rio de Janeiro. Em julho, ele publicou cem cópias do livro Rua e fez uma intervenção com o mesmo nome na vitrine. Na noite do lançamento, o grupo Farofa Carioca tocou na calçada em frente à livraria. Ao longo do ano, os artistas André Costa e Tatiana Grinberg também participam desse projeto.
Em julho de 1999, ele apresentou a escultura Cartoon na exposição Fundição em Conserto, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Para este trabalho, o cineasta Piu Gomes escreve o seguinte texto:
"É uma cena clássica: do alto, um objeto pesado cai em cima do personagem que se quebra e vê estrelas no ar. Os desenhos animados transportam a ironia dos ícones dos filmes de animação para a esfera da arte. Um corpo sem cabeça, o traje de madeira que termina em uma caixa grande, pesada e desproporcional. / Estamos na presença de um achatamento do pensamento racional, atingido por uma blitzkrieg emocional? Ou aceitamos que a vida real pode ser tão imprevisível quanto o mundo da animação, onde as coisas caem nós sem aviso prévio? / Você viu Big Head por aí? cantou os Golden Boys. Pare de fazer sentido, cantou Talking Heads. O desenho animado radicaliza essa proposta, permanecendo fiel ao universo em que se originou: simplesmente bobagem. Quebre a cabeça. "
Em setembro, em parceria com Eduardo Coimbra e Ricardo Basbaum, fundou e coordenou o AGORA - Agência de Organismos Artísticos - que, segundo os membros, foi criado com o objetivo de criar novas alternativas para a produção e circulação da arte contemporânea no Rio. de janeiro mais dinâmico. AGORA produziu exposições e projetos de artistas brasileiros e estrangeiros, criando uma nova abordagem para a apresentação, reflexões e debates sobre a produção de arte contemporânea no Rio de Janeiro.
Na Fundição Progresso, expôs a exposição Sintético, produzida por AGORA, onde apresentou os trabalhos 5 pinturas (5 pinturas); Sente-se (Sente-se); Álcool: Indivíduo dado ao vício de álcool (Alcoólico: Indivíduo viciado em álcool); Patas (patas); Bolas (Bolas); MAM; Casa / Árvore / Rua (Carro / Árvore / Rua); e Barcos / Cabeça. Na pasta da exposição, há trechos publicados de uma conversa que ocorreu por meio de mensagens da secretária eletrônica entre Mourão e a artista Laura Lima, que também esteve presente na inauguração da exposição. Uma das mensagens, em que Mourão citou um trecho do livro Quincas Borba, de Machado de Assis, lembra o universo e os pensamentos presentes em sua obra:
“Quem conhece o chão e o subsolo da vida sabe muito bem que uma parte de uma parede, um banco, um tapete, um guarda-chuva é rica em idéias ou sentimentos, quando também somos, e que os reflexos do a parceria entre homens e coisas compõe um dos fenômenos mais interessantes da terra ”1.
Em novembro, ele apresentou uma exposição com Ana Linneman, Fernanda Gomes e Marcos Chaves no Mercedes Viegas Art Bureau, Rio de Janeiro. Participa da exposição A Imagem do Som de Chico Buarque, no Paço Imperial, com a obra Surdo-mudo, inspirada na música “Vai passar”, composta por Chico Buarque.
No mês seguinte, participou da exposição Os 90, no Paço Imperial, a convite do artista Iole de Freitas, que é um dos curadores da exposição. Ele apresenta a instalação Não realizada, composta por peças que fazem parte de projetos de grande porte desenvolvidos por Mourão.
Os anos 2000
Em maio de 2000, Mourão, Eduardo Coimbra, Ricardo Basbaum e Helmut Batista fundaram e coordenaram o AGORA / CAPACETE Space, resultado da união dos grupos de entretenimento AGORA e CAPACETE, localizados no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, onde o artista também teve o estúdio dele. A historiadora Luiza Mello é responsável por coordenar a produção. Na inauguração, o grupo Chelpa Ferro apresentou a performance A garagem do gabinete de Chico.
Em junho, o AGORA começou a publicar uma coluna semanal sobre arte contemporânea no site super11.net. Para esta coluna, Mourão escreveu cinco textos. Participou da exposição La Imagen del Sonido de Chico Buarque, no Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina.
Participou em novembro da exposição A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial, onde também apresentou pela primeira vez um trabalho da série Grades (Cercas) intitulada Protótipo )
Ele participou da criação do Tecnopop, um escritório de design multimídia, com os designers Marcelo Pereira e Sônia Barreto, o jornalista Luis Marcelo Mendes e o empresário Rodrigo Machado. Em setembro de 2003, o designer e arquiteto André Stolarski integrou o grupo de parceiros ao negócio.
Em 2001, foi convidado por Márcia X. e Ricardo Ventura. Em maio, apresentou a obra Para montar na exposição Orlândia, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
A pesquisa Grades / Rio de Janeiro / 2000 (Cercas / Rio de Janeiro / 2000) foi selecionada para o 6º Programa de Bolsas de Estudo da RioArte pelo conselho municipal do Rio de Janeiro. Com o apoio da bolsa, Mourão desenvolveu sua pesquisa por um ano inteiro (de setembro de 2001 a setembro de 2002) dedicando-se à documentação de cercas nos espaços urbanos do Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo e Vila Velha. Com base nesta pesquisa, o artista cria esculturas, instalações e uma série de fotografias que foram apresentadas em exposições coletivas e individuais.
Em outubro, ele apresentou o vídeo-performance Artistas (Artistas) na III Bienal do Mercosul em Porto Alegre, onde continuou a idéia e o tema desenvolvidos em 7 artistas (7 artistas). Mourão convidou os artistas Lucia Koch, Mário Ramiro e Nelson Rosa para participar em uma apresentação para o evento de inauguração no Hospital Psiquiátrico St. Peter. Os três foram pendurados usando equipamento de escalada nas paredes do espaço de exposição e permaneceram assim por uma hora enquanto o espaço estava aberto para os convidados. No dia seguinte, posicionados nos mesmos locais e com o mesmo equipamento, foram encontrados monitores de vídeo mostrando as imagens documentais de cada artista, com duração de 58 minutos. Mourão também apresentou a escultura A grande área (A grande área) para uma exposição de intervenções urbanas que acontece no parque Sirotski Sobrinho.
No mês seguinte, Mourão apresentou a instalação O carro / A grade / O ar (O carro / A cerca / O ar) na exposição Panorama de Arte Brasileira (MAM-São Paulo). Juntamente com Brígida Baltar, Eduardo Coimbra, João Modé e Ricardo Basbaum, ele participa da exposição Outra Coisa, produzida por AGORA, no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. No texto da apresentação da exposição, o crítico de arte Paulo Sergio Duarte escreve:
"A essência reflexiva da arte contemporânea no Brasil conseguiu se manifestar, com evidente incisividade plástica, em uma poética rica e generosa em relação ao espectador, sem abrir mão de uma complexidade necessária à exploração crítica de limites e fronteiras. É dentro dessa tradição recente em que essas obras estão inscritas, a riqueza individual de cada uma delas é evidente e seria necessária uma longa dissertação para mostrar suas contribuições, no entanto, um traço comum deve ser mencionado: a pesquisa formal desses artistas ousa romper, sem medo, certos carrapatos recentes na arte brasileira que empobreceram sua história ". Participou da exposição Imagem em Jogo no Espaço Cultural Contemporâneo Venancio, Brasília; e na Mostra Brasil + 500 (Exposição Brasil + 500) no MAM - Buenos Aires, Argentina, onde apresenta a escultura Cartoon. Foi convidado pela curadora Nessia Leonzini a participar das exposições Coleções I (Coleções I), na Galeria LGC, no Rio de Janeiro, e Coleções II (Coleções II), na Galeria Luisa Strina, em São Paulo. Em novembro, ele participou da exposição A Imagem do Som de Antonio Carlos Jobim, onde apresenta o trabalho Ela é carioca.
Em março de 2002, a exposição Love's House foi concebida por Mourão e produzida pela AGORA. Durante uma semana, simultaneamente à XXV Bienal de São Paulo, cada artista ocupou um quarto no terceiro andar do hotel Love's House, ao lado dos escritórios da AGORA no bairro da Lapa. Na sala 303, Mourão apresentou a Área de queda, uma instalação da série Grades (Cercas), composta por três peças de ferro pintadas de branco.
Produziu o vídeo-documentário Cão / Leão, que mostra um dia na vida de um cão vadio. Segundo Mourão, “o vídeo é uma paródia de um reality show que transforma a rotina do cão vadio. Anteriormente uma figura desprezada e abandonada, o cachorro se tornou o personagem principal do filme e o centro das atenções da equipe de filmagem. O cachorro anônimo se tornou uma estrela de cinema em apenas 15 minutos ”. O vídeo é dirigido por Mourão em parceria com a diretora de cinema Paola Vieira. A câmera foi operada por Fernando de Oliveira e é editada por Leonardo Domingues.
Em maio, produziu a exposição Portable - 98/02 (Portátil - 98/02) no Raquel Arnaud Art Cabinet, que é sua primeira exposição individual em São Paulo. Ele escreveu e publicou o texto “Veículo rastreado” para o catálogo da exposição. Apresenta o objeto A grande área, o díptico Cartões, as esculturas Surdo-mudo e o Banco.
Em junho, ele apresentou a exposição Carga Viva (Live Load) na Galeria de Arte Celma Albuquerque, que é sua primeira exposição individual em Belo Horizonte. O artista José Bechara teve uma exposição em exibição ao mesmo tempo na galeria. Mourão apresenta esculturas e serigrafias da série Grades (Cercas), o objeto de vídeo Artistas / Lucia Koch (Artistas / Lucia Koch) e as obras Cartões (Cards) e Sem braços e sem cabeça. No catálogo das exposições, o crítico de arte Fernando Cocchiarale escreveu:
“Ao contrário da lógica do ready-made, as apropriações feitas por Mourão restringem-se, no geral, à esfera dos materiais de trabalho, determinados, com frequência, pela analogia com as matérias-primas utilizadas em objetos reais que servem de referência. às recriações do artista. [...] Ele quase nunca usa objetos produzidos anteriormente. Ele os toma como referências para o seu trabalho e nunca como modelos. No entanto, também não existe aqui, em oposição ao já feito, nenhuma proximidade com o aumento da importância de artefatos, de mimese ou de outras formas de representação. ”
2003 - Em agosto, a artista apresenta a exposição Cego Só Bengala (Bengala Cega) no Centro Maria Antonia da Universidade de São Paulo (USP). Mourão exibe as fotografias drama.doc e esculturas baseadas na pesquisa Grades (Cercas). No catálogo da exposição, a crítica de arte Daniela Labra escreveu: “Numa paródia provocativa, Mourão retira uma certa situação do panorama urbano e a cola no espaço físico reservado à arte. A partir de seu fascínio particular por cercas, o artista explora a questão social presente na importância histérica dada a essas estruturas e, principalmente, o absurdo visual antiestético dessas construções, que acabam se tornando 'sub-arquiteturas' em nome da segurança reforçada. A cidade nos serve diariamente com um banquete de visuais, mas acostumados às construções detestáveis que nos cercam, passamos sem ser afetados pelos caminhos congestionados de sujeira e admiração, esquecendo que tudo o que é visto é um produto e uma consequência de nós mesmos. ” No Rio de Janeiro, Mourão participa da exposição inaugural na Galeria de Arte Contemporânea LURIXS e das exposições Infantil na Galeria Gentil Carioca; Nano Exposição (Nano Exhibition) na Arte em Dobro; e Sidaids produzidos pelo SESC Rio. Em Vila Velha, participa da exposição O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce. Em novembro, apresenta a exposição Pequenas Frações, sua primeira exposição individual produzida pela Galeria de Arte Contemporânea LURIXS. Nesta exposição, Mourão une trabalhos elaborados a partir de imagens, signos, símbolos e marcas da vida cotidiana da cidade e de sua própria vida. O Caderno de anotações, por exemplo, é uma animação digital de vinte minutos e produzida com desenhos retirados de seus cadernos pessoais. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição.
Em 2004, convidado pelo crítico de arte e curador Agnaldo Farias, apresentou a instalação Entonces da série Grades (cercas) na exposição SP 450 Paris, no Instituto Tomie Othake, em São Paulo.
Em abril, Mourão produziu uma nova apresentação da instalação Entonces no Paço Imperial. Sobre esta exposição, o crítico de arte Luiz Camillo Osório escreveu:
“Entonces, o título sugestivo da exposição, parece se desdobrar como uma pergunta sobre o que fizemos ao nosso espaço urbano. Nós nos protegemos e nos fechamos; esse é o paradoxo de uma cidade em pânico. [...] Como em outros momentos de sua trajetória como artista, é a ambivalência entre signo e forma que é algo determinante neste trabalho. A desconstrução do signo e a constituição da forma se processarão no deslocamento das 'cercas' para a galeria, na perturbação de seu funcionamento, na produção de um não-espaço. ”
Convidado a participar do segundo projeto especial do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o artista apresentou em junho a exposição drama.doc composta por fotografias e esculturas. Sobre o trabalho de Mourão, o crítico de arte Guilherme Bueno escreveu:
“Se entendermos a visibilidade como um ato afirmativo, o que é posto em questão é, de certa forma, um desafio histórico. Pois se a cerca constituía o instrumento renascentista para vislumbrar a ordem cósmica [a perspectiva] ou, no caso de um artista moderno como Mondrian, a expressão purificada em direção à libertação do sujeito no mundo através do olhar, aqui a cerca parece faça com que essa ansiedade retorne na direção oposta: não é mais o objeto de atravessar para conteúdos puros, mas a materialidade efetiva do que nos rodeia. ”
Naquele ano, Mourão participou da exposição coletiva Casa: Uma Poética do Espaço na Arte Brasileira, com curadoria de Paulo Reis no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. Ele também foi convidado a participar das exposições Arte Contemporânea: uma História em Aberto, com curadoria de Sônia Salzstein no Warehouse Roque Petroni; e Heterodoxia (Heterodoxia) no Memorial da América Latina, ambos em São Paulo. No Rio de Janeiro, participou das exposições Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand (Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand) no MAM-RJ; Urbanidades no Teatro Odisséia; e Arquivo Geral, organizado por seis galerias separadas do Rio e exibido no Jardim Botânico. A exposição ocorreu simultaneamente à XXVI Bienal de São Paulo. Ele apresentou uma seleção de nove obras para a Galeria de Arte Celma Albuquerque na feira “Lisbon Art” em Portugal. Representado pelo gabinete de artes Rachel Arnaud, ele participou durante dezembro da seção "Projetos de arte" da feira "Art Basel Miami Beach", onde apresenta a instalação Casa / Trincheiras no Collins Park.
Em setembro de 2005, a convite do grupo Chelpa Ferro, durante uma exposição produzida pelo grupo, ele apresentou o trabalho Lulaeletrônico (ElectronicLula) na parede frontal da galeria Vermelho, em São Paulo.
No Rio de Janeiro, participou das exposições Razão e Sensibilidade do projeto “Encontro com arte 2005”; e Arte Brasileira Hoje no MAM-RJ.
Em novembro, produz a exposição Luladepelúcia (CuddlyLula) no Centro de Artes Contemporâneas LURIXS. Com base na imagem do presidente Lula, Mourão produz industrialmente cem peluches, além de desenhos e trabalhos gráficos em parceria com Barrão, Carlos Vergara, Fabio Cardoso, Lenora de Barros , Luiz Zerbini e Marcos Chaves. O consultor de publicidade André Eppinghaus, os artistas André Sheik, Daniela Lara, Fausto Fawcett, Marcelo Pereira, o crítico de arte Paulo Reis e Piu Gomes escreveram textos sobre sua obra. As séries de obras apresentadas na exposição, que receberam uma resposta imediata da mídia nacional, foram concebidas pela primeira vez pelo artista quando o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2003.
Ele participou da exposição Espace Urbain X Nature Intrinsèque (Espaço Urbano x Natureza Intrínseca) na Espace Topographie de l'Art em Paris, França. Com curadoria de Evangelina Seiler, a exposição reuniu obras de 14 artistas brasileiros, incluindo Mourão: Brígida Baltar, Cao Guimarães, Eduardo Srur, Fabiana de Barros e Michel Favre, Gabriela Greeb, João Modé, Lia Chaia, Lia Menna Barreto, Lucia Koch, Marcos Chaves , Maria Carmem Perlingueiro, Rivane e Sergio Neuenschwander.
Em maio de 2006, Mourão produziu a exposição Luladepelúcia e Outras Coisas na Galeria Oeste, em São Paulo, onde expôs uma nova série de personagens inspirados na figura do presidente. Mourão convidou vinte artistas para fazer os desenhos em parceria com ele.
Ele participou das exposições Dwell no ASU Art Museum, Arizona, Estados Unidos; II Bienal Internacional de Gravuras do Ceará no Museu de Arte Contemporânea / Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza; É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea - Coleção Gilberto Chateaubriand (HOJE em Arte Contemporânea Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand) no Santander Cultural, Porto Alegre. No Rio de Janeiro, apresentou trabalhos nas exposições Futebol é Coisa de 11, na Galeria Lago, no Museu da República; Universidarte XIV, na Estácio de Sá; e Arquivo Geral, com curadoria de Paulo Venancio Filho, no Centro de Artes Hélio Oiticica.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: ArteBrasileiros, O artista Raul Mourão, foto divulgação.
Raul Antônio de Brito Mourão Vieira (Rio de Janeiro, RJ, 24 de agosto de 1967), mais conhecido como Raul Mourão, é um artista multimídia, produtor e diretor de arte brasileiro, sua obra inclui a produção de desenhos, esculturas, vídeos, textos, instalações e performances.
Biografia Oficial
Estudou na Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage e expõe seu trabalho desde 1991. Sua obra abrange a produção de desenhos, gravuras, pinturas, esculturas, vídeos, fotografias, textos, instalações e performances. Atualmente, vive e trabalha entre Nova York e Rio de Janeiro.
Construídas com diversos materiais, suas peças transitam entre dois campos opostos: o ficcional e o documental. De um lado, estão as criações puras, concebidas a partir da fantasia; do outro, estão as obras nascidas das observações do real – a cidade, o futebol, a política ou os botequins.
Nos anos 1980, Mourão faz os primeiros registros fotográficos de um elemento urbano que seria mote de sua pesquisa nas décadas seguintes: as grades usadas para proteção, segurança e isolamento em ruas do Rio de Janeiro. Dos registros, surge a série Grades, sobre a paisagem urbana, que desemboca em trabalhos até os dias atuais.
Nos anos 2000, sua pesquisa toma novo caminho, o das esculturas cinéticas. Mourão passa a criar estruturas que podem ser acionadas pelo toque do espectador. As obras são exibidas nas exposições individuais: Seta Balanço Janela, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Fora/Dentro, no Museu da República, no Rio de Janeiro; In my Opinion, na Plutschow Gallery, Zurich;Você está aqui, no Museu Brasileiro de Escultura, São Paulo; Please Touch, no Bronx Museum, Nova York; Tração Animal, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; MOTO e Cuidado Quente, na Galeria Nara Roesler, São Paulo; Homenagem ao Cubo e Chão, Parede e Gente, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Movimento Repouso, na Galeria Roberto Alban, Salvador; Processo, no Studio X, Rio de Janeiro; Toque Devagar, na Praça Tiradentes, Rio de Janeiro. Os trabalhos também integraram as coletivas Vancouver Bienalle; Artistas comprometidos? Talvez, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; All the best artists are my friends (Part 1), no MANA Contemporary, Nova Jersey; From the Margin to The Edge, Sommerset House, Londres; Projetos (in)Provados, na Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Ponto de Equilíbrio, no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; Mostra Paralela 2010, no Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo; e Travessias, no Centro de Arte Bela Maré, Rio de Janeiro.
Como curador e produtor, Mourão organizou exposições individuais de Fernanda Gomes, Cabelo, Tatiana Grinberg, Brigida Baltar e João Modé, e as coletivas Do Clube para a Praça (Jacaranda, Rio de Janeiro), Travessias 2 (Galpão Bela Maré, Rio de Janeiro), Love’s House (Hotel Love’s House, Rio de Janeiro) e Outra Coisa (Museu da Vale, Vila Velha). Como editor participou da criação das revistas O Carioca, Item e Jacarandá. Com Eduardo Coimbra, Luiza Mello e Ricardo Basbaum, criou e dirigiu a galeria e produtora AGORA, que funcionou na Lapa, Rio de Janeiro, entre 2000 e 2002.
Lançou os livros ARTEBRA (Casa da Palavra, 2005), MOV (Automatica, 2011) e Volume 1 (Automatica, 2015).
Exposições Individuais
2019
Sobre o Pênalti e outras jogadas - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Introdução à teoria dos opostos absolutos - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Experienza Live Cinema #4: Raul Mourão + Cabelo - OM.art, Rio de Janeiro
2018
Seta Janela Balanço - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Fora/Dentro - Museu da República, Rio de Janeiro
Boxer - Carbono Galeria, São Paulo
2017
In my opinion - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
Para lá e Após – Raul Mourão - Espaço das Artes, Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), São Paulo
2016
Você está aqui - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
2015
Su Casa - Gitler & _____, Nova York, Estados Unidos
Fenestra - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Please touch - Bronx Museum, Nova York
2014
MOTO - Galeria Nara Roesler, São Paulo
2013
Movimento Repouso - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
2012
Tração animal - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Toque devagar - Praça Tiradentes, Rio de Janeiro
Processo - Estudio X, Rio de Janeiro
Homenagem ao cubo - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2010
Chão, Parede e Gente - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cuidado Quente - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Balanço Geral - Subterrânea, Porto Alegre
2007
Fitografias - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Mecânico - 3 + 1 Arte Contemporânea, Lisboa, Portugal
2006
Luladepelúcia e outras coisas - Galeria Oeste, São Paulo
2005
Luladepelúcia - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
2004
drama.doc - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
Entonces - Paço Imperial, Rio de Janeiro
2003
Pequenas frações - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
Cego só bengala - Centro Universitário Maria Antonia, São Paulo
2002
Portátil 98/02 - Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo
Carga Viva - Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte
1999
Sintético - Agora/Fundição Progresso, Rio de Janeiro
1996
Galeria Ismael Nery - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1993
Humano - Galeria Sérgio Porto, Rio de Janeiro
Exposições Coletivas
2019
Esquele70: 70 anos de UERJ - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Coleções no MuBE: Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz– Construções e geometrias - Museu de Ecologia e Escultura (MuBE), São Paulo
Esqueleto: uma história do Rio, Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Alegria – A natureza-morta nas coleções MAM Rio - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2018
Cá entre Nós - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Interfluxos: Colapso como Perspectiva - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Yoyo - Sesc Belenzinho, São Paulo
2017
Pra lá - Espaço das Artes - Universidade de São Paulo (USP), São Paulo
Grid - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
A Pureza é um Mito: O monocromático na arte contemporânea - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Fronteiras, Limites, Interseções: entre a Arte e o Design - Caixa Cultural São Paulo, São Paulo
Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos - Oca Ibirapuera, São Paulo
Well, It's just an ocean between - TAL Galeria, Cascais, Portugal
100 cm - Auroras, São Paulo
2016
Em Polvorosa - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
International Series: Contemporary Artists from Brazil - Turchin Center for the Visual Arts, Boone, Estados Unidos
O Corpo e a Obra de Arte - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Brasil, Beleza?! Contemporary Brazilian Sculpture - Museum Beelden aan Zee, Haia, Holanda
Mana Seven - Mana Contemporary, Miami, Estados Unidos
Do clube para a praça - Jacaranda (Villa Aymoré), Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
Cidade Jacaranda - Pequenos formatos: Dimensões e Escala - Cidade das Artes, Rio de Janeiro
2015
TRIO Bienal - Bienal Tridimensional Internacional do Rio, Centro Cultural Parque das Ruínas, Rio de Janeiro
Universo - Galeria Carbono, São Paulo
Horizons - Plutschow Gallery, Zurique, Suíça
2014
Cidade Política - Sala de Arte Santander, São Paulo
Vancouver Biennale - International Pavilion, Vancouver, Canadá
Artistas comprometidos? Talvez - Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Tatu: futebol, adversidade e cultura da caatinga - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
All the best artists are my friends (Part 1) - MANA Contemporary, Nova Jersey, Estados Unidos
One Shot! - Museu Brasileiro da Escultura (MuBE), São Paulo
Maracanã - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
Prática Portátil - Galeria Nara Roesler, São Paulo
Encontro de Mundos - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
2013
O abrigo e o terreno: arte e sociedade no Brasil I - Museu de Arte do Rio (MAR), Rio de Janeiro
Gil 70 - Palacete das Artes, Salvador
7ª Bienal Internacional de São Tomé e Príncipe
Miradas insobornables: imágenes en presente continuo - Centro de Arte Contemporáneo, Hotel de Inmigrantes, Buenos Aires, Argentina
Sobre Corpos e Espelhos - Espaço Cultural Contemporâneo (Ecco), Brasilia
Cinéticos e Construtivos - Galeria Carbono, São Paulo
Bola Na Rede - Galeria Fayga Ostrower, Brasília
Aproximações contemporâneas - Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador
Gil 70 - Museu Nacional da República, Brasília
2012
Art Public - Art Basel Miami Beach, Miami Beach, Estados Unidos
Gil 70 - Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro
Mostra Carioca - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
From the Margin to The Edge - Somerset House, Londres
This is Brazil! 1990 – 2012 - Palexco, La Coruña, Espanha
Genealogias do Contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2011
Travessias: Arte Contemporânea na Maré - Centro Cultural Bela Maré, Rio de Janeiro
Jogos de Guerra - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Gigantes por la propria naturaleza - Institut Valencià d’Art Modern, Valencia, Espanha
2010
Law of the Jungle - Lehmann Maupin Gallery, Nova York, Estados Unidos
Horizonte Construído: Fotografia e Arquitetura nas coleções do MAM - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
Ponto de Equilíbrio - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Mostra Paralela 2010: A Contemplação do Mundo - Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo
Futebol de Salão, A coletiva - Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro
A Máquina de abraçar - SESC Pompéia, São Paulo
Paisagem Incompleta - Palácio das Artes, Belo Horizonte
Projetos (in)Provados - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome - Maria Angélica 678, Rio de Janeiro
Paisagem incompleta - Centro Cultural Usiminas, Ipatinga
2009
In Gomo - Ateliê Gomo, Rio de Janeiro
Experimentando Espaços - Museu da Casa Brasileira, São Paulo
A Máquina de Abraçar - Espaço Tom Jobim, Rio de Janeiro
Arquivo Contemporâneo - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), Rio de Janeiro
2008
Container Art - Parque Villa Lobos, São Paulo
Arquivo Geral - Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro
Travessias Cariocas - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
V Bienal de São Tomé e Príncipe, Partilhar Territórios, Exposição Internacional - Antigas oficinas, São Tomé, São Tomé e Príncipe
Mão Dupla, Movimento | Identidade - SESC Pinheiros, São Paulo
Parangolé: Fragmentos desde los 90 en Brasil, Portugal y España - Patio Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Espanõl, Valladolid, Espanha
2007
Poética da percepção - Espaço Cultural Vivo, São Paulo
Arte como ofício - SESC/Rio unidades Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo
Jogos Visuais - Caixa Cultural, Rio de Janeiro
80 - 90: Modernos, Pós Modernos etc - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981 - 2006 - Itaú Cultural, São Paulo
2006
Arquivo Geral - Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro
Dwell - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
II Bienal Internacional Ceará de Gravura, Gravura Contemporânea Brasileira - Museu de Arte Contemporânea do Dragão do Mar, Fortaleza
Futebol é coisa de 11 - Galeria do Lago, Museu da República, Rio de Janeiro
É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea: coleção Gilberto Chateaubriand - Santander Cultural, Porto Alegre
2005
Razão e Sensibilidade - Encontro com Arte, Rio de Janeiro
Espace Urbain x Nature Intrinseque - Espace Topographie de l ’Art, Paris
Nanoexposição - Galeria Arte em dobro, Rio de Janeiro
Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, - ASU Art Museum, Tempe, Estados Unidos
Arte Brasileira Hoje - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2004
Casa: uma poética do espaço na arte brasileira - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Urbanidades - Teatro Odisséia, Rio de Janeiro
Arte Contemporânea: Uma História em Aberto - Galpão Roque Petroni, São Paulo
Arquivo Geral - Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Heterodoxia - Memorial da América Latina, São Paulo
SP 450 Paris - Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
2003
Infantil - A Gentil Carioca, Rio de Janeiro
O sal da terra - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
2002
Caminhos do contemporâneo: 1952/2002 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, Salvador
Love’s House - Hotel Love’s House, Rio de Janeiro
A cultura em tempos de AIDS - Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
2001
A imagem do som de Antonio Carlos Jobim - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Outra Coisa - Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha
Panorama da Arte Brasileira - Museu de Arte Moderna, São Paulo
III Bienal do Mercosul - Porto Alegre
Orlândia - Rio de Janeiro
Free Zone - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
www.agora-capacete.com.br - Espaço AGORA/CAPACETE, Rio de Janeiro
A imagem em jogo - Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília
Mostra Brasil + 50 - Museu de Arte Moderna, Buenos Aires, Argentina
2000
A imagem do som de Gilberto Gil - Paço Imperial, Rio de Janeiro
La imagen del sonido de Chico Buarque - Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina
1999
Os 90 - Paço Imperial, Rio de Janeiro
A imagem do som de Chico Buarque - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Ana Linnerman, Fernanda Gomes, Marcos Chaves e Raul Mourão - Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro
Fundição em conserto - Fundição Progresso, Rio de Janeiro
Retratos Falados - Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro
1998
Mercoarte - Mar del Plata, Argentina
1996
Rio: Panorama - Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho, Rio de Janeiro
Esculturas no Paço - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Amigos do Calouste - Centro de Arte Calouste Gulbekian, Rio de Janeiro
1995
4 Quadros - Centro Cultural Candido Mendes, Rio de Janeiro
1994
Escultura Carioca - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Matéria e Forma - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Novos Noventa - Paço Imperial, Rio de Janeiro
Preto no Branco e/ou... - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
1993
17º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
11 Pontos no Espaço Público - Museu da República, Rio de Janeiro
Tatiana Grinberg e Raul Mourão - Museu Guido Viaro, Curitiba
Desenhos, Galeria Sérgio Milliet - IBAC, Rio de Janeiro
1992
Atelier Vila Isabel - Rio de Janeiro
Galeria de Arte UFF - Niterói
1991
15º Salão Carioca de Arte - EAV Parque Lage, Rio de Janeiro
Intervenções
2005
Lulaeletrônico - Fachada da Galeria Vermelho, São Paulo
2001
Artistas, vídeo-performance - III Bienal do Mercosul, Porto Alegre
1999
Termas, Almanaque 99 - Museu de Arte Moderna (MAM Rio), Rio de Janeiro
1997
Rua - Livraria Dantes, Rio de Janeiro
Fonte: Site Oficial Raul Mourão, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
---
Biografia - Itaú Cultural
Em 1986, ingressa no curso de comunicação da Faculdade Hélio Alonso e frequenta aulas da Escola de Artes Visuais Parque Lage (EAV/Parque Lage), ambas no Rio de Janeiro. Na mesma época, assiste a oficinas de cinema e fotografia e começa a estagiar em uma produtora independente, familiarizando-se com o vídeo.
Em 1988, transfere-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Santa Úrsula e volta a estudar na EAV/Parque Lage, convivendo com artistas cariocas. Em 1990, muda-se para o curso de arquitetura da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A primeira participação em mostra de arte ocorre no ano seguinte, no 15° Salão Carioca. Em 1992, assiste ao curso Aspectos da Sensibilidade Moderna, do crítico Paulo Venancio Filho (1953), importante para sua reflexão sobre arte. Ainda nesse ano, conhece o diretor de cinema Roberto Berliner (1957) e passa a fazer direção de arte de videoclipes e documentários. Em 1993, é um dos sócios fundadores do escritório de design Tecnopop e faz sua primeira individual, no Espaço Cultural Sergio Porto, no Rio de Janeiro. Em 1999, cria, com os artistas Eduardo Coimbra (1955) e Ricardo Basbaum (1961), uma iniciativa artística independente chamada Agência de Organismos Artísticos (Agora), que, depois de se tornar Espaço Agora/Capacete, finda em 2002. Em 2007, é lançado um livro sobre seu trabalho na coleção Arte Bra.
Análise
A matéria inicial do trabalho de Raul Mourão está nas coisas do cotidiano urbano, como grades de segurança, jogos de futebol, sinalização de rua e botequins. Ele trabalha elementos que colhe da observação da cidade e lança-os, com ironia, na arte. Esse deslocamento e a consequente ressignificação das coisas levantam questões sobre o espaço urbano e o corpo social que nele vive. O modo como o trabalho se materializa varia: os cartões amarelo e vermelho do futebol viram duas placas de acrílico retangulares, encerradas em uma caixa branca de madeira (Cartões, 2001); o presidente da República, tratado como celebridade de televisão, pode gerar um boneco de pelúcia (Luladepelúcia, 2005).
A série Grades é o desdobramento de uma pesquisa iniciada em 1989 com o registro fotográfico de grades de segurança no Rio de Janeiro. Em 2000, Mourão recebe uma bolsa da prefeitura da cidade para continuar a pesquisa. Daí resultam trabalhos diversos: esculturas, fotos, serigrafias, vídeos e instalações. Em Entonces (2004) – instalação realizada no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo – esculturas ocas formadas de vigas de ferro unidas como grades acumulam-se no espaço expositivo, criando uma minicidade de estreitos corredores por onde se pode circular. Faz referência às cidades reais em que os dispositivos de segurança têm se expandido cada vez mais, fragmentando-as de maneira violenta. As grades deslocadas e disfuncionais questionam o espaço urbano que criamos para nós.
---
Cronologia - Wikipédia
Primeiros anos
Durante sua infância, seus primeiros contatos com a arte são visitas a museus com sua família e observação de pinturas e desenhos que seu pai faz como hobby. Na adolescência, ele desenvolveu um interesse pelo cinema, literatura, música e esportes. Na segunda metade da década de 80, participou de oficinas de teoria do cinema no Cine Clube Estação Botafogo. Ele também participou de cursos de fotografia. Seu contato com diferentes esferas culturais e seu interesse pela poética da rua e da cidade tornaram-se fundamentais para o desenvolvimento de sua obra.
os anos 80
Em 1986, inicia seus estudos de graduação em jornalismo na Faculdade Hélio Alonso e se matricula no curso de pintura "Blocos criativos", organizado por Charles Watson na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV-Parque Lage), no Rio de Janeiro. . Ele começa a treinar na produtora independente Multivideo, em Santa Teresa, onde opera câmeras e usa um conjunto de edição pela primeira vez.
Em 1988, transferiu-se para a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Santa Úrsula, no Rio de Janeiro, onde recomeçou as aulas no EAV-Parque Lage. Durante esse período, o EAV-Parque Lage estava sob a direção do crítico de arte Frederico de Morais.
Nos três anos seguintes, Mourão freqüentou a escola participando de cursos e produzindo pequenas exposições. Nesse mesmo período, conheceu e socializou com outros alunos, como Afonso Tostes, Ana Rondon, Augusto Herkernhoff, Cabelo, Cassia Castro, Daniel Feingold, José Bechara, José Damasceno, Marcelo Rocha, Marcia Thompson e Tatiana Grinberg, entre outros. Nesse período, ele também se tornou amigo dos artistas da chamada geração 80, como Alex Hamburguer, Alexandre Dacosta, Analu Cunha, André Costa, Barrão, Márcia X., Marcus André, Marcos Chaves , Luiz Zerbini, Ricardo Basbaum, Marcos Basílio, Ricardo Becker, Ricardo Maurício e Roberto Tavares, entre outros.
Os anos 90
Em 1990, transferiu-se para estudar arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele dividiu um estúdio por um curto período com José Damasceno. Nesse período, o artista realizou suas primeiras experiências tridimensionais, produzindo esculturas e objetos como Cream cracker e Ovo-violão. Em parceria com Damasceno, eles criaram o artista fictício Cafew.
Em 1991, participou do 15º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV-Parque Lage. Apresenta três desenhos usando óleo sobre papel e recebe o segundo lugar na competição, onde o júri consistia dos críticos de arte Frederico Morais, Ligia Canongia, Marcus de Lontra Costa, Paulo Venâncio Filho e Reynaldo Roels.
No início de 1992, ele dividiu um estúdio com Angelo Venosa, Cassia Castro, José Bechara e Luiz Pizarro, localizados em uma casa grande no bairro da Glória, no Rio de Janeiro.
Nesse ano, matriculou-se no curso "Aspectos da sensibilidade moderna" que o crítico de arte Paulo Venancio Filho ofereceu na Universidade de Santa Úrsula. Essa foi uma experiência importante para Mourão, principalmente no que se refere à reflexão sobre arte e sobre seu próprio trabalho. Conheceu o diretor de cinema Roberto Berliner e iniciou uma parceria que, nos anos 90, permitiu a Mourão fazer a co-direção e direção de arte de peças de vídeo (de artistas como Skank , Paralamas do Sucesso , Lobão e Pedro Luís e a Parede, entre outros) e documentários como as séries "Som da rua" e "A pessoa é para o que nasce".
Em 1993, criou, com o artista Barrão, o cenário do programa de TV "Básico Instinto" sobre o escritor e compositor Fausto Fawcett. Com Marcos Chaves e a designer Sônia Barreto, ele formou a 2D, uma empresa de arte gráfica. Participou do 17º Salão de Arte do Rio de Janeiro no EAV - Parque Lage, onde apresentou a escultura "Sem título", que lembra uma situação de penalidade no jogo de futebol. Foi o primeiro trabalho do artista que criou um diálogo com o esporte do futebol. Em novembro, a convite de Everaldo Miranda, apresentou "Humano", sua primeira exposição individual no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Rio de Janeiro. O artista apresentou trabalhos em mármore, ferro, vidro e água.
Em 1994, participou da exposição "Preto no Branco e / ou ..." no EAV - Parque Lage e uniu-se aos artistas Amador Perez, Anna Maria Maiolino, Franz Weissmann, Maria do Carmo Secco, Mira Schendel e Manoel Fernandes. Mourão apresentou desenhos de óleo em papel. No texto publicado na pasta da exposição, o crítico de arte Paulo Herkenhoff comentou o trabalho do artista:
“Nesta exposição, o trabalho de Raul Mourão parece propor deliberadamente confusão. A matéria-prima de muitas camadas de óleo colado no papel contrasta no jogo de claro / escuro no desenho da 'figura', nas linhas de gesto e contorno […]. Se este é um desenho, tem uma estranha opulência corporal. Se isso é pintura, é notável como a vontade de desenhar é incorporada na massa da imagem. No entanto, perguntar-se se é uma pintura ou desenho seria aqui uma dúvida inútil, considerando o processo histórico de expansão das línguas. [...] neste trabalho, também podemos encontrar uma disparidade de humor. Existem jogos visuais sérios e graves. Há outros que são irônicos. A conseqüência centra-se em um vocabulário de estranheza, de formas primitivas, de fantasmas ”.
Nesse mesmo ano, Mourão apresentou três coleções no Paço Imperial, no Rio de Janeiro: "Novos Noventa", "Matéria e Forma" e "Escultura Carioca".
Na "Matéria e Forma", Mourão apresenta a escultura "Esporte" e "Morte". A exposição, na qual também participaram os artistas Ernesto Neto, José Bechara e Marcus André, foi curada pelo crítico de arte Luiz Camillo Osório.
Em janeiro de 1995, na galeria do Centro Cultural Sérgio Porto, apresentou o vídeo "7 artistas", para o qual convidou os artistas André Costa, Barrão, Carlos Bevilacqua, Eduardo Coimbra, Marcia Thompson, Marcos Chaves e Ricardo Basbaum. Mourão pendurou os outros artistas usando arnês de escalada nas paredes da galeria, filmando a ação e o espaço de exposição que eles ocupavam. Fazendo uso do humor e da ironia, o artista produz seu primeiro trabalho em vídeo, abordando o universo da arte. 7 artistas (7 artistas) tiveram uma duração de sessenta segundos, enquanto o diretor de fotografia foi Paulo Violeta e foi editado por Leonardo Domingues. Segundo Mourão, "este trabalho é um tipo de piada visual, onde os artistas e seus trabalhos se fundem e ocupam o mesmo espaço".
Em 1996, participou das exposições Rio: Panorama, no Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho; Esculturas no Paço (Esculturas no Paço) no Paço Imperial e Amigos do Calouste (Amigos de Calouste) no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, todos no Rio de Janeiro.
Para a exposição Rio: Panorama Mourão apresentou a intervenção "Casa / Árvore / Rua" na praia do Flamengo.
Em novembro, Mourão produziu sua segunda exposição individual na Galeria Ismael Nery, no Centro de Artes Calouste Gulbenkian. Ele apresentou quatro esculturas de ferro e uma imagem digital. Durante a exposição, debateu com o artista Marco Veloso, que também escreveu um texto sobre Mourão intitulado "Um lugar que não existe":
"Os objetos da vida cotidiana são removidos de seus contextos, delicadamente, poeticamente liberados no ambiente da arte, feitos de ferro e, então, agressivamente (?) Inseridos em uma linguagem artística quase absurda. Pode ser um poste de futebol, um vassoura, gaveta ou guardanapo em uma xícara. Se todos os que produzem arte são caracterizados por um estilo, essa mistura de violência (?) e sensibilidade são a assinatura de Raul. Mas não existem regras na arte e talvez Raul não até tem um estilo ".
Em 1997, foi convidado por Marcos Chaves para participar do projeto "Intervenções em Vitrine" ("Intervenções na montra"), na Livraria Dantes, no Rio de Janeiro. Em julho, ele publicou cem cópias do livro Rua e fez uma intervenção com o mesmo nome na vitrine. Na noite do lançamento, o grupo Farofa Carioca tocou na calçada em frente à livraria. Ao longo do ano, os artistas André Costa e Tatiana Grinberg também participam desse projeto.
Em julho de 1999, ele apresentou a escultura Cartoon na exposição Fundição em Conserto, na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro. Para este trabalho, o cineasta Piu Gomes escreve o seguinte texto:
"É uma cena clássica: do alto, um objeto pesado cai em cima do personagem que se quebra e vê estrelas no ar. Os desenhos animados transportam a ironia dos ícones dos filmes de animação para a esfera da arte. Um corpo sem cabeça, o traje de madeira que termina em uma caixa grande, pesada e desproporcional. / Estamos na presença de um achatamento do pensamento racional, atingido por uma blitzkrieg emocional? Ou aceitamos que a vida real pode ser tão imprevisível quanto o mundo da animação, onde as coisas caem nós sem aviso prévio? / Você viu Big Head por aí? cantou os Golden Boys. Pare de fazer sentido, cantou Talking Heads. O desenho animado radicaliza essa proposta, permanecendo fiel ao universo em que se originou: simplesmente bobagem. Quebre a cabeça. "
Em setembro, em parceria com Eduardo Coimbra e Ricardo Basbaum, fundou e coordenou o AGORA - Agência de Organismos Artísticos - que, segundo os membros, foi criado com o objetivo de criar novas alternativas para a produção e circulação da arte contemporânea no Rio. de janeiro mais dinâmico. AGORA produziu exposições e projetos de artistas brasileiros e estrangeiros, criando uma nova abordagem para a apresentação, reflexões e debates sobre a produção de arte contemporânea no Rio de Janeiro.
Na Fundição Progresso, expôs a exposição Sintético, produzida por AGORA, onde apresentou os trabalhos 5 pinturas (5 pinturas); Sente-se (Sente-se); Álcool: Indivíduo dado ao vício de álcool (Alcoólico: Indivíduo viciado em álcool); Patas (patas); Bolas (Bolas); MAM; Casa / Árvore / Rua (Carro / Árvore / Rua); e Barcos / Cabeça. Na pasta da exposição, há trechos publicados de uma conversa que ocorreu por meio de mensagens da secretária eletrônica entre Mourão e a artista Laura Lima, que também esteve presente na inauguração da exposição. Uma das mensagens, em que Mourão citou um trecho do livro Quincas Borba, de Machado de Assis, lembra o universo e os pensamentos presentes em sua obra:
“Quem conhece o chão e o subsolo da vida sabe muito bem que uma parte de uma parede, um banco, um tapete, um guarda-chuva é rica em idéias ou sentimentos, quando também somos, e que os reflexos do a parceria entre homens e coisas compõe um dos fenômenos mais interessantes da terra ”1.
Em novembro, ele apresentou uma exposição com Ana Linneman, Fernanda Gomes e Marcos Chaves no Mercedes Viegas Art Bureau, Rio de Janeiro. Participa da exposição A Imagem do Som de Chico Buarque, no Paço Imperial, com a obra Surdo-mudo, inspirada na música “Vai passar”, composta por Chico Buarque.
No mês seguinte, participou da exposição Os 90, no Paço Imperial, a convite do artista Iole de Freitas, que é um dos curadores da exposição. Ele apresenta a instalação Não realizada, composta por peças que fazem parte de projetos de grande porte desenvolvidos por Mourão.
Os anos 2000
Em maio de 2000, Mourão, Eduardo Coimbra, Ricardo Basbaum e Helmut Batista fundaram e coordenaram o AGORA / CAPACETE Space, resultado da união dos grupos de entretenimento AGORA e CAPACETE, localizados no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro, onde o artista também teve o estúdio dele. A historiadora Luiza Mello é responsável por coordenar a produção. Na inauguração, o grupo Chelpa Ferro apresentou a performance A garagem do gabinete de Chico.
Em junho, o AGORA começou a publicar uma coluna semanal sobre arte contemporânea no site super11.net. Para esta coluna, Mourão escreveu cinco textos. Participou da exposição La Imagen del Sonido de Chico Buarque, no Centro Cultural Borges, Buenos Aires, Argentina.
Participou em novembro da exposição A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial, onde também apresentou pela primeira vez um trabalho da série Grades (Cercas) intitulada Protótipo )
Ele participou da criação do Tecnopop, um escritório de design multimídia, com os designers Marcelo Pereira e Sônia Barreto, o jornalista Luis Marcelo Mendes e o empresário Rodrigo Machado. Em setembro de 2003, o designer e arquiteto André Stolarski integrou o grupo de parceiros ao negócio.
Em 2001, foi convidado por Márcia X. e Ricardo Ventura. Em maio, apresentou a obra Para montar na exposição Orlândia, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
A pesquisa Grades / Rio de Janeiro / 2000 (Cercas / Rio de Janeiro / 2000) foi selecionada para o 6º Programa de Bolsas de Estudo da RioArte pelo conselho municipal do Rio de Janeiro. Com o apoio da bolsa, Mourão desenvolveu sua pesquisa por um ano inteiro (de setembro de 2001 a setembro de 2002) dedicando-se à documentação de cercas nos espaços urbanos do Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo e Vila Velha. Com base nesta pesquisa, o artista cria esculturas, instalações e uma série de fotografias que foram apresentadas em exposições coletivas e individuais.
Em outubro, ele apresentou o vídeo-performance Artistas (Artistas) na III Bienal do Mercosul em Porto Alegre, onde continuou a idéia e o tema desenvolvidos em 7 artistas (7 artistas). Mourão convidou os artistas Lucia Koch, Mário Ramiro e Nelson Rosa para participar em uma apresentação para o evento de inauguração no Hospital Psiquiátrico St. Peter. Os três foram pendurados usando equipamento de escalada nas paredes do espaço de exposição e permaneceram assim por uma hora enquanto o espaço estava aberto para os convidados. No dia seguinte, posicionados nos mesmos locais e com o mesmo equipamento, foram encontrados monitores de vídeo mostrando as imagens documentais de cada artista, com duração de 58 minutos. Mourão também apresentou a escultura A grande área (A grande área) para uma exposição de intervenções urbanas que acontece no parque Sirotski Sobrinho.
No mês seguinte, Mourão apresentou a instalação O carro / A grade / O ar (O carro / A cerca / O ar) na exposição Panorama de Arte Brasileira (MAM-São Paulo). Juntamente com Brígida Baltar, Eduardo Coimbra, João Modé e Ricardo Basbaum, ele participa da exposição Outra Coisa, produzida por AGORA, no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. No texto da apresentação da exposição, o crítico de arte Paulo Sergio Duarte escreve:
"A essência reflexiva da arte contemporânea no Brasil conseguiu se manifestar, com evidente incisividade plástica, em uma poética rica e generosa em relação ao espectador, sem abrir mão de uma complexidade necessária à exploração crítica de limites e fronteiras. É dentro dessa tradição recente em que essas obras estão inscritas, a riqueza individual de cada uma delas é evidente e seria necessária uma longa dissertação para mostrar suas contribuições, no entanto, um traço comum deve ser mencionado: a pesquisa formal desses artistas ousa romper, sem medo, certos carrapatos recentes na arte brasileira que empobreceram sua história ". Participou da exposição Imagem em Jogo no Espaço Cultural Contemporâneo Venancio, Brasília; e na Mostra Brasil + 500 (Exposição Brasil + 500) no MAM - Buenos Aires, Argentina, onde apresenta a escultura Cartoon. Foi convidado pela curadora Nessia Leonzini a participar das exposições Coleções I (Coleções I), na Galeria LGC, no Rio de Janeiro, e Coleções II (Coleções II), na Galeria Luisa Strina, em São Paulo. Em novembro, ele participou da exposição A Imagem do Som de Antonio Carlos Jobim, onde apresenta o trabalho Ela é carioca.
Em março de 2002, a exposição Love's House foi concebida por Mourão e produzida pela AGORA. Durante uma semana, simultaneamente à XXV Bienal de São Paulo, cada artista ocupou um quarto no terceiro andar do hotel Love's House, ao lado dos escritórios da AGORA no bairro da Lapa. Na sala 303, Mourão apresentou a Área de queda, uma instalação da série Grades (Cercas), composta por três peças de ferro pintadas de branco.
Produziu o vídeo-documentário Cão / Leão, que mostra um dia na vida de um cão vadio. Segundo Mourão, “o vídeo é uma paródia de um reality show que transforma a rotina do cão vadio. Anteriormente uma figura desprezada e abandonada, o cachorro se tornou o personagem principal do filme e o centro das atenções da equipe de filmagem. O cachorro anônimo se tornou uma estrela de cinema em apenas 15 minutos ”. O vídeo é dirigido por Mourão em parceria com a diretora de cinema Paola Vieira. A câmera foi operada por Fernando de Oliveira e é editada por Leonardo Domingues.
Em maio, produziu a exposição Portable - 98/02 (Portátil - 98/02) no Raquel Arnaud Art Cabinet, que é sua primeira exposição individual em São Paulo. Ele escreveu e publicou o texto “Veículo rastreado” para o catálogo da exposição. Apresenta o objeto A grande área, o díptico Cartões, as esculturas Surdo-mudo e o Banco.
Em junho, ele apresentou a exposição Carga Viva (Live Load) na Galeria de Arte Celma Albuquerque, que é sua primeira exposição individual em Belo Horizonte. O artista José Bechara teve uma exposição em exibição ao mesmo tempo na galeria. Mourão apresenta esculturas e serigrafias da série Grades (Cercas), o objeto de vídeo Artistas / Lucia Koch (Artistas / Lucia Koch) e as obras Cartões (Cards) e Sem braços e sem cabeça. No catálogo das exposições, o crítico de arte Fernando Cocchiarale escreveu:
“Ao contrário da lógica do ready-made, as apropriações feitas por Mourão restringem-se, no geral, à esfera dos materiais de trabalho, determinados, com frequência, pela analogia com as matérias-primas utilizadas em objetos reais que servem de referência. às recriações do artista. [...] Ele quase nunca usa objetos produzidos anteriormente. Ele os toma como referências para o seu trabalho e nunca como modelos. No entanto, também não existe aqui, em oposição ao já feito, nenhuma proximidade com o aumento da importância de artefatos, de mimese ou de outras formas de representação. ”
2003 - Em agosto, a artista apresenta a exposição Cego Só Bengala (Bengala Cega) no Centro Maria Antonia da Universidade de São Paulo (USP). Mourão exibe as fotografias drama.doc e esculturas baseadas na pesquisa Grades (Cercas). No catálogo da exposição, a crítica de arte Daniela Labra escreveu: “Numa paródia provocativa, Mourão retira uma certa situação do panorama urbano e a cola no espaço físico reservado à arte. A partir de seu fascínio particular por cercas, o artista explora a questão social presente na importância histérica dada a essas estruturas e, principalmente, o absurdo visual antiestético dessas construções, que acabam se tornando 'sub-arquiteturas' em nome da segurança reforçada. A cidade nos serve diariamente com um banquete de visuais, mas acostumados às construções detestáveis que nos cercam, passamos sem ser afetados pelos caminhos congestionados de sujeira e admiração, esquecendo que tudo o que é visto é um produto e uma consequência de nós mesmos. ” No Rio de Janeiro, Mourão participa da exposição inaugural na Galeria de Arte Contemporânea LURIXS e das exposições Infantil na Galeria Gentil Carioca; Nano Exposição (Nano Exhibition) na Arte em Dobro; e Sidaids produzidos pelo SESC Rio. Em Vila Velha, participa da exposição O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce. Em novembro, apresenta a exposição Pequenas Frações, sua primeira exposição individual produzida pela Galeria de Arte Contemporânea LURIXS. Nesta exposição, Mourão une trabalhos elaborados a partir de imagens, signos, símbolos e marcas da vida cotidiana da cidade e de sua própria vida. O Caderno de anotações, por exemplo, é uma animação digital de vinte minutos e produzida com desenhos retirados de seus cadernos pessoais. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição. Mourão também apresentou as obras de serigrafia Maracanã enterrado (Enterrado Maracanã), EsculturaparaWaly (SculptureforWaly) e Mata-mata (Kill-kill). Ele também apresentou duas esculturas da série Boxer e duas pinturas usando tinta para carro e fórmica em MDF. O crítico de arte Paulo Venancio Filho escreveu o texto da apresentação publicado no catálogo da exposição.
Em 2004, convidado pelo crítico de arte e curador Agnaldo Farias, apresentou a instalação Entonces da série Grades (cercas) na exposição SP 450 Paris, no Instituto Tomie Othake, em São Paulo.
Em abril, Mourão produziu uma nova apresentação da instalação Entonces no Paço Imperial. Sobre esta exposição, o crítico de arte Luiz Camillo Osório escreveu:
“Entonces, o título sugestivo da exposição, parece se desdobrar como uma pergunta sobre o que fizemos ao nosso espaço urbano. Nós nos protegemos e nos fechamos; esse é o paradoxo de uma cidade em pânico. [...] Como em outros momentos de sua trajetória como artista, é a ambivalência entre signo e forma que é algo determinante neste trabalho. A desconstrução do signo e a constituição da forma se processarão no deslocamento das 'cercas' para a galeria, na perturbação de seu funcionamento, na produção de um não-espaço. ”
Convidado a participar do segundo projeto especial do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o artista apresentou em junho a exposição drama.doc composta por fotografias e esculturas. Sobre o trabalho de Mourão, o crítico de arte Guilherme Bueno escreveu:
“Se entendermos a visibilidade como um ato afirmativo, o que é posto em questão é, de certa forma, um desafio histórico. Pois se a cerca constituía o instrumento renascentista para vislumbrar a ordem cósmica [a perspectiva] ou, no caso de um artista moderno como Mondrian, a expressão purificada em direção à libertação do sujeito no mundo através do olhar, aqui a cerca parece faça com que essa ansiedade retorne na direção oposta: não é mais o objeto de atravessar para conteúdos puros, mas a materialidade efetiva do que nos rodeia. ”
Naquele ano, Mourão participou da exposição coletiva Casa: Uma Poética do Espaço na Arte Brasileira, com curadoria de Paulo Reis no Museu Vale do Rio Doce, em Vila Velha. Ele também foi convidado a participar das exposições Arte Contemporânea: uma História em Aberto, com curadoria de Sônia Salzstein no Warehouse Roque Petroni; e Heterodoxia (Heterodoxia) no Memorial da América Latina, ambos em São Paulo. No Rio de Janeiro, participou das exposições Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand (Novas Aquisições 2003 - Coleção Gilberto Chateaubriand) no MAM-RJ; Urbanidades no Teatro Odisséia; e Arquivo Geral, organizado por seis galerias separadas do Rio e exibido no Jardim Botânico. A exposição ocorreu simultaneamente à XXVI Bienal de São Paulo. Ele apresentou uma seleção de nove obras para a Galeria de Arte Celma Albuquerque na feira “Lisbon Art” em Portugal. Representado pelo gabinete de artes Rachel Arnaud, ele participou durante dezembro da seção "Projetos de arte" da feira "Art Basel Miami Beach", onde apresenta a instalação Casa / Trincheiras no Collins Park.
Em setembro de 2005, a convite do grupo Chelpa Ferro, durante uma exposição produzida pelo grupo, ele apresentou o trabalho Lulaeletrônico (ElectronicLula) na parede frontal da galeria Vermelho, em São Paulo.
No Rio de Janeiro, participou das exposições Razão e Sensibilidade do projeto “Encontro com arte 2005”; e Arte Brasileira Hoje no MAM-RJ.
Em novembro, produz a exposição Luladepelúcia (CuddlyLula) no Centro de Artes Contemporâneas LURIXS. Com base na imagem do presidente Lula, Mourão produz industrialmente cem peluches, além de desenhos e trabalhos gráficos em parceria com Barrão, Carlos Vergara, Fabio Cardoso, Lenora de Barros , Luiz Zerbini e Marcos Chaves. O consultor de publicidade André Eppinghaus, os artistas André Sheik, Daniela Lara, Fausto Fawcett, Marcelo Pereira, o crítico de arte Paulo Reis e Piu Gomes escreveram textos sobre sua obra. As séries de obras apresentadas na exposição, que receberam uma resposta imediata da mídia nacional, foram concebidas pela primeira vez pelo artista quando o presidente assumiu o cargo em janeiro de 2003.
Ele participou da exposição Espace Urbain X Nature Intrinsèque (Espaço Urbano x Natureza Intrínseca) na Espace Topographie de l'Art em Paris, França. Com curadoria de Evangelina Seiler, a exposição reuniu obras de 14 artistas brasileiros, incluindo Mourão: Brígida Baltar, Cao Guimarães, Eduardo Srur, Fabiana de Barros e Michel Favre, Gabriela Greeb, João Modé, Lia Chaia, Lia Menna Barreto, Lucia Koch, Marcos Chaves , Maria Carmem Perlingueiro, Rivane e Sergio Neuenschwander.
Em maio de 2006, Mourão produziu a exposição Luladepelúcia e Outras Coisas na Galeria Oeste, em São Paulo, onde expôs uma nova série de personagens inspirados na figura do presidente. Mourão convidou vinte artistas para fazer os desenhos em parceria com ele.
Ele participou das exposições Dwell no ASU Art Museum, Arizona, Estados Unidos; II Bienal Internacional de Gravuras do Ceará no Museu de Arte Contemporânea / Centro de Arte e Cultura Dragão do Mar, em Fortaleza; É HOJE na Arte Brasileira Contemporânea - Coleção Gilberto Chateaubriand (HOJE em Arte Contemporânea Brasileira - Coleção Gilberto Chateaubriand) no Santander Cultural, Porto Alegre. No Rio de Janeiro, apresentou trabalhos nas exposições Futebol é Coisa de 11, na Galeria Lago, no Museu da República; Universidarte XIV, na Estácio de Sá; e Arquivo Geral, com curadoria de Paulo Venancio Filho, no Centro de Artes Hélio Oiticica.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 13 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: ArteBrasileiros, O artista Raul Mourão, foto divulgação.