Sergio Camargo (Rio de Janeiro, Brasil, 8 de abril de 1930 — Rio de Janeiro, Brasil, 31 de maio de 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro. Conhecido por suas obras em relevo e esculturas abstratas que exploravam de maneira inovadora a interação entre luz e sombra, Camargo formou-se inicialmente na Academia Altamira em Buenos Aires, sob a orientação de Emilio Pettoruti e Lucio Fontana, posteriormente estudou filosofia na Sorbonne, em Paris, onde foi influenciado por figuras como Constantin Brancusi e Jean Arp. Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua abordagem construtivista, criando superfícies monocromáticas compostas por cilindros e paralelepípedos que, ao serem iluminados, revelavam composições dinâmicas e mutáveis. Seu trabalho ganhou reconhecimento internacional na década de 1960, com destaque para sua participação na Bienal de Veneza em 1966 e na Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou em projetos importantes no Brasil, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília, projetado por Oscar Niemeyer. Camargo manteve uma carreira prolífica até sua morte, com suas obras sendo exibidas em museus e coleções ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres.
Sergio Camargo | Arremate Arte
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de abril de 1930 – 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional, reconhecido por sua abordagem única na exploração dos limites da forma e da luz em suas obras. Nascido em uma família tradicional carioca, Camargo iniciou sua formação artística na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde estudou com artistas como Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Posteriormente, mudou-se para Paris, onde cursou filosofia na Sorbonne e se aproximou de figuras influentes como Constantin Brancusi e Georges Vantongerloo, que impactaram significativamente sua produção artística.
Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua habilidade em manipular formas geométricas simples, como cilindros e cubos, para criar composições que exploravam as interações entre luz e sombra, ordem e caos. Suas obras, muitas vezes feitas em mármore de Carrara ou madeira pintada de branco, são caracterizadas pela precisão geométrica e pela habilidade de captar a luz de maneira a criar um jogo dinâmico de sombras, conferindo vitalidade e movimento às peças. Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries de relevos brancos e suas esculturas monumentais, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília.
Camargo alcançou reconhecimento internacional a partir dos anos 1960, quando suas obras foram exibidas em importantes exposições, como a Bienal de Veneza de 1966 e a Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou com artistas de destaque e teve suas obras adquiridas por museus de renome, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres. Após retornar definitivamente ao Brasil em 1974, Camargo continuou a produzir e a influenciar o cenário artístico nacional até sua morte em 1990, deixando um legado indelével na história da escultura contemporânea.
Exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria"
A exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria," realizada no Itaú Cultural em São Paulo, ofereceu uma visão abrangente da obra do escultor, destacando a inovação e a profundidade de seu trabalho ao longo das décadas. A mostra apresentou mais de 100 obras, incluindo relevos e esculturas em mármore e madeira, além de documentos pessoais e um documentário produzido por sua filha, Maria Camargo.
A exposição foi dividida em várias seções que exploravam diferentes aspectos da produção artística de Camargo. Uma das áreas focava em suas famosas esculturas em mármore de Carrara, conhecidas por suas formas geométricas simples e ao mesmo tempo complexas, que capturam e manipulam a luz de maneiras surpreendentes. Estas obras são caracterizadas por um jogo entre ordem e caos, onde cilindros e paralelepípedos são dispostos em composições que desafiam a percepção do espectador.
Além das esculturas, a exposição incluiu cartas pessoais e fotografias que ofereciam uma visão íntima do processo criativo do artista, revelando suas reflexões sobre a arte e a vida. O documentário "Se Meu Pai Fosse de Pedra," dirigido por Maria Camargo, forneceu um olhar pessoal sobre a trajetória de Sergio Camargo, complementando a experiência dos visitantes com narrativas que conectavam a obra do artista a suas experiências pessoais e familiares.
A recriação do ateliê de Camargo em Jacarepaguá foi outro destaque da exposição, permitindo que os visitantes visualizassem o ambiente em que ele criava suas peças e compreendessem melhor sua abordagem ao material e ao espaço. Esse espaço recriado foi importante para contextualizar a natureza experimental e empírica de sua arte, que, apesar de rigorosamente estruturada, sempre manteve um espaço para o imprevisto e a descoberta.
A curadoria da exposição, conduzida por Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, enfatizou a relevância de Camargo dentro do movimento construtivista e sua contribuição para a escultura moderna, não apenas no Brasil, mas internacionalmente. A exposição foi um grande sucesso, celebrando a carreira de um dos mais importantes escultores brasileiros do século XX e reafirmando seu impacto duradouro no cenário artístico global.
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Sergio Camargo | Wikipédia
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de Abril de 1930 – 1990), foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional. Estudou na Academia Altamira em Buenos Aires com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Sergio também estudou filosofia em Sorbonne em Paris. Em viagens pela Europa em 1948, teve contato com artista como Brancusi, Arp, Henri Laurens e Georges Vantangerloo.
Biografia
Sergio iniciou seus trabalhos com esculturas com peças remanescentes de Picasso e H. Laurens. Retornou ao Brasil em 1950, onde contribuiu para o movimento Constructivistas. Em 1953, novamente retornou para a Europa e para China em 1954. Entre 1961 e 1974 Sergio se estabeleceu em Paris, tornou-se en 1963 membro da Groupe de Recherche d'Art Visuel. Durante esse período, em seus trabalhos ele concentrou-se principalmente na estruturação de superfícies brancas monocromáticas em "Volumes poliédricos de leituras mutáveis" usando formas paralelepípedas e outras peças com relevos de madeira cilíndricos, em ambos os casos propondo o jogo de luzes e sombras trazendo ao público as idéias de ordem e caos, plenitude e vazio. Em 1963 também recebeu o Prêmio Internacional de Escultura da Bienal de Paris. Depois desse período (em 1967), retornou ao Brasil, onde contribuiu com Oscar Niemeyer nas fundações do prédio de Relações Exteriores em Brasilia. Durante os anos de 1969, Sérgio exibiu suas artes em numerosas exposições como Venice Biennale em 1966. Sergio faleceu no Rio de Janeiro em 1990. A galeria Tate Gallery em Londres possui obras de Sergio em permanente exposição.
Em sua homenagem, foi batizado uma logradouro com o seu nome, Rua Escultor Sergio de Camargo, na Barra da Tijuca, cujo entorno possui outros ruas com nomes de artistas plásticos brasileiros do mesmo período (Alfredo Ceschiatti, Franz Weissman, Mário Agostinelli etc.).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
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Sergio Camargo | Itaú Cultural
Sérgio Camargo (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1930 - idem, 1990). Escultor. Considerado um dos mais originais artistas brasileiros ligados à vertente construtiva, destaca-se por explorar os limites da forma ao realizar cortes audaciosos nos materiais, em um procedimento por ele denominado “geometria empírica”.
Embora tenha contato com trabalhos da vertente construtiva desde o início da carreira, Sérgio Camargo desenvolve uma obra independente e pessoal, sem filiar-se a qualquer grupo ou movimento. Durante dois anos (1946-1948), estudou na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde é orientado pelos artistas argentinos Emilio Pettoruti (1892-1971) e Lucio Fontana (1899-1968). Lá, interessa-se pelo construtivismo da Argentina. Parte para Paris em 1948, onde estuda a obra do escultor romeno Constantin Brancusi (1876-1957) e faz um curso de filosofia na Sorbonne. Nesse período, familiariza-se com as esculturas de Georges Vantongerloo (1886-1965) e Henri Laurens (1885-1954).
De volta ao Brasil, produz em 1954 suas primeiras esculturas figurativas de bronze, nas quais já se evidenciam a preocupação com o volume das obras e a potência dos cortes que ordenam as massas, qualidades fundamentais de seus trabalhos posteriores. Novamente em Paris (1961), frequenta o curso de sociologia da arte ministrado por Pierre Francastel (1905-1970), na École Pratique des Hautes Études, e faz experimentações com gesso, areia e tecido, criando estruturas informes e irregulares.
A partir de 1963, produz a série Relevos, da qual se ocupa proficuamente por cerca de dez anos. A operação será quase sempre a mesma: dispor cilindros brancos de madeira de diversos tamanhos, cortados em ângulos variados, sobre uma superfície plana também branca e de madeira. O desafio está em criar composições nas quais a forma geométrica original ⎼ cilindros ou paralelepípedos ⎼ é sistematicamente rompida e rearticulada para estabelecer um novo arranjo, não reversível ao ponto de partida. Nesse instante, a diferença entre o método de Camargo e o procedimento do construtivismo histórico torna-se evidente. Mesmo incorporando a coerência da atitude sistemática e a exatidão geométrica, seu trabalho se abre para o imprevisto; abarca, na interpretação do crítico Ronaldo Brito (1949), a ordem e a loucura da ordem. Os relevos são acolhidos na Europa, e Camargo desenvolve uma carreira internacional bem-sucedida.
Em meados dos anos 1960, o artista começa a experimentar o mármore de carrara em algumas peças. Realiza diversas obras para espaços públicos, entre elas: o muro estrutural do Palácio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; o Tríptico do Banco do Brasil de Nova York; a coluna Homenagem a Brancusi, para a Faculdade de Medicina de Bourdeaux, França; uma escultura na Praça da Sé, em São Paulo; e um monumento para o Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro.
Somente nos anos 1970 passa a utilizar quase exclusivamente o mármore em trabalhos decididamente escultóricos, numa passagem natural dos relevos conhecidos como "trombas" às peças de chão. Por um lado, tal material, com fortes raízes na tradição escultórica, acentua o caráter de permanência e estabilidade dos trabalhos. Por outro, a superfície lisa e uniforme do mármore polido reage de modo mais efetivo aos efeitos da luz, intensificando o aspecto dinâmico e transitório do conjunto.
Camargo retorna definitivamente ao Rio de Janeiro em 1974, mas mantém até o fim da vida um ateliê em Massa Carrara, Itália. Com peças alongadas em pedra negro-belga, produzidas nos anos 1980, o artista experimenta de modo radical os limites da forma ao realizar cortes cada vez mais agudos, ameaçando a integridade física da matéria. Alcança o ponto extremo de convivência possível entre a ordem e sua dissolução. Segundo os críticos, esses trabalhos acrescentariam certa conotação dramática ao singular construtivismo de Sérgio Camargo.
A possibilidade de combinar, de modo coerente e conciso, um número restrito de volumes geométricos (cilindros, cubos, retângulos), sem prestar contas a uma racionalidade didática, confere ao método de Camargo um caráter experimental permanente ao longo de sua obra. Tal experimentalismo, guardadas as devidas diferenças, coloca-o ao lado de artistas como Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980). Mesmo orientada pelo princípio construtivo da coerência e da lucidez integrais, a obra de Camargo não abandona o páthos de aventura característico da lírica moderna, como também observa Ronaldo Brito.
Num período em que se acredita no esgotamento da inovação e no qual se defende a superação do legado moderno, Sérgio Camargo inaugura uma trajetória em que a relação conflituosa, mas sempre atenta, com uma tradição preexistente gera uma produção inovadora e singular.
Críticas
"Vê-los (os trabalhos de Sérgio de Camargo) como algum tipo de informalismo me parece um equívoco puro e simples, resultado sem dúvida de uma leitura grosseira e exclusivamente ótica. Mas para pensá-los como trabalho construtivo, baseado num sistema concreto de relações que seria por assim dizer sua própria essência - convém notar que essas esculturas não têm propriamente formas mas sim elementos combinados -, é necessário ir além de um certo racionalismo formalista tradicionalmente ligado ao projeto construtivista da Europa ocidental. A importância do trabalho de arte como o de Sérgio de Camargo para o nosso ambiente cultural pode ser localizada sobretudo em dois pontos. Primeiro, pela lógica cerrada de seu processo de produção, vinculando a arte a uma idéia de seqüência de investigação intelectual, ele atua de modo a transformar toda uma política vigente de olhar arte. (...) O segundo ponto talvez seja mais difícil demonstrar: trata-se da vinculação do trabalho de Sérgio de Camargo à problemática de uma arte latino-americana. Porque o seu construtivismo só não é racionalista como muito possivelmente também não é europeu. A descoberta de sua obra na Europa, na década de 60 - concomitantemente à descoberta do trabalho de Soto, Lygia Clark e Hélio Oiticica entre outros -, deveu-se pelo menos em parte à espécie particular de lógica que colocava em ação, estranha sem dúvida ao rígido construtivismo europeu, e pode ser considerada algo por assim dizer especificamente latino-americano. Sem cair, é claro, na metafísica, postulando um pensamento latino-americano independente, é seguro afirmar que trabalhos como o de Camargo fazem parte de um determinado construtivismo latino-americano cuja teoria ainda por fazer pode ser um produtivo tema de estudo e debate" — Ronaldo Brito (BRITO, Ronaldo. A ordem da loucura e a loucura da ordem. In: CAMARGO, Sérgio de. Sérgio de Camargo. São Paulo: Galeria Arte Global, 1975. p. 1).
"O trabalho de Sérgio de Camargo acrescentou uma variável surpreendente à tradição construtiva moderna em seus desdobramentos brasileiros a partir dos anos 50. Porque uma inesperada e heterodoxa vertente, lírica e solar, brotava desse trabalho, praticamente ao mesmo tempo em que no contexto internacional o informalismo cético da produção européia e a antimetafísica irreverente e 'integrada' da pop art começavam a fustigar o legado da arte moderna. Isto é, quando tudo levava a crer que a linhagem construtiva tinha chegado a seu esgotamento histórico, finalmente reduzida ao tecnicismo banal da op art ou de tantas tendências matemático-geométricas que se vulgarizavam mundialmente, e quando o melhor da arte contemporânea denunciava o encetamento de um lento processo de saturação cultural, a obra de Sérgio repunha a noção de forma no centro de uma especulação essencialmente otimista e experimental" — Sônia Salzstein (SALZSTEIN, Sônia. In: CAMARGO, Sérgio de. Construção. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1997. p. 17).
"Em sua extensa série de relevos e esculturas, o artista está sempre voltando ao mesmo paradigma construtivo - um cilindro ou um cubo e as maneiras que podem ser cortados e combinados - e quanto mais ele explora este paradigma, quanto mais lhe articula as possibilidades, quanto mais lhe esvazia o statusde paradigma, de ?lei', mais nos faz perguntar que tipo de estabilidade e finalidade é essa que conferimos a paradigmas. O mais sutil de tudo talvez seja o fato de Camargo não investigar esse paradoxo no âmbito do conceitual e do ideal, mas naquilo que tem a ver com a luz, com as variações dela no mundo cotidiano e sua incalculável complexidade de nuanças" — Guy Brett (BRETT, Guy. Um salto radical. In: ADES, Dawn. Arte na América Latina: a era moderna, 1820-1980. São Paulo: Cosac & Naify, 1997. p. 253-283).
"Sérgio de Camargo criou relevos e esculturas para atrair a luz - o branco como armadilha. A luz era sua matéria-prima, costumava dizer. Mas depois de percorrer a obra, deserto branco, a luz quer descansar. Melhor, deseja a sombra, sem perder de vista o sol. Solombra. E é nesse momento, na sombra, que a obra vibra. Em silêncio. A sombra funciona como corte. Intercepção da luz. O corte é preciso, rápido, rigoroso, mas nunca áspero ou agressivo. Cai sempre em oblíqua. Como a sombra. Contra a plenitude da forma, o corte. Contra a plenitude da luz, a sombra. Uma sensualidade discreta percorre toda a obra do artista" — Frederico Morais (MORAIS, Frederico. Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX. In: TRIDIMENSIONALIDADE: arte brasileira do século XX. 2.ed. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 1999. p. 233).
"Basta a originalidade do trabalho de Sérgio de Camargo para demonstrar a heterogeneidade das fontes que alimentaram a formação do repertório construtivo no Brasil. Em seu referencial, existem Fontana, Brancusi e Arp, não a concepção matemática de Bill. Há ainda a tradição clássica do relevo, desde o Partenon até as portas do Batistério de Florença. Contudo, quando, na década de 60, sua obra aparece na galeria Signals de Londres antes de Oiticica e Lygia Clark, sobressai como traço em comum a strong sense of the body and physical movement ('um forte sentido de corpo e de movimento físico'), que o crítico Guy Brett atribui a um mesmo fundo de cultura. Em texto poético o próprio artista empresta conotação carnal à sua relação com a matéria, referida em termos de ?íntimo comércio a cujo hálito confundi o meu?. (...)
Conclusão: não se enquadra Sérgio de Camargo tão facilmente. Entender seu trabalho como manifestação do formalismo racionalista seria ignorar a sua complexidade. A lógica interna de sua obra escultórica não se prende à fria racionalidade. Trata-se de um corpo sistêmico aberto à imponderabilidade: o que o alimenta e faz viver é, simultaneamente, fator de perturbação e desordem. Sua organicidade corresponde a uma combinatória de elementos truncados dispostos em placa contra a parede ou apoiados sobre o chão; a luz é a matéria com a qual interage. Por muitos anos, os relevos e as colunas são inteiramente brancos. O artista dispõe os fragmentos, mas é a luz que faz palpitar a superfície. Na fase final, vem a vingança dos blocos negros que absorvem, engolem a luz. A todo momento, a percepção visual se confunde com a tátil: nos relevos, a oscilação de claro-escuro suscita lembranças de crostas, de peles escamadas alvejadas pelo sol, enquanto os sólidos em mármore negro parecem macios e quentes ao olhar: evocações que remetem a memória arcaica das sensações".
Maria Alice Milliet
MILLIET, Maria Alice. Tendências construtivas e os limites da linguagem plástica. In: MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, SÃO PAULO. Arte moderna. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000. p. 44-59.
Exposições individuais
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte das Folhas, São Paulo, Brasil
1964
Signals Gallery, Londres, Inglaterra
1965
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria São Luiz, São Paulo, Brasil
1967
Galleria del Naviglio, Milão, Itália
Galeria L'Obelisco, Roma, Itália
Galleria La Polena, Gênova, Itália
1968
Gimpel et Hanover Galerie, Zurique, Suíça
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galleria Notizie, Turim, Itália
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
1969
Gimpel & Weitzenhoffer, Nova York, EUA
1970
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
1971
Artestudio, Macerata, Itália
Artestudio, Brescia, Itália
Galeria M. Bochum, Bochum, Alemanha
1972
Estúdio Actual, Caracas, Venezuela
Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
1974
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
1975
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte Global, São Paulo, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
1980
Espaço Arte Brasileira Contemporânea, Funarte, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro, Brasil
Museu de Arte de São Paulo, Brasil
CAYC, Buenos Aires, Argentina
1981
Galeria Sagittaria, Pordenone, Itália
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1982
Galeria Bellechasse, Paris, França
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
1983
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1985
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1987
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
1988
Galeria 111, Lisboa, Portugal
1990
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições individuais póstumas
1994
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro, Brasil
1995
Henie-Onstad Kunstsenter, Oslo, Noruega
Charlottenborg Museum, Copenhagen, Dinamarca
Stedelijjk Museum, Schiedam, Holanda
1996
Museum of Modern Art of Oxford, Oxford, Inglaterra
Galerie Denise René, Paris, França
Maison de l&rsquoAmérique Latine, Paris, França
1997
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1999
Palácio do Itamaraty, Brasília, Brasil
2003
Projetos, protótipos e pequenos formatos. Centro Cultural Maria Antonia, São Paulo, Brasil
2010
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas
1951
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1952
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1953
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1954
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1955
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1957
Arte Moderno Brasileño. Buenos Aires, Argentina Montevidéu, Uruguai Santiago, Chile Lima, Peru
4ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
1961
Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
Festival de Arte Contemporânea. Porto Alegre, Brasil
1962
L'Art Latino-Américain. Paris, França
Formes et Magie. Paris, França
7 artistes brésiliennes de l'Ecole de Paris. Galerie XXème, Paris, França
La boîte et son contenu. Galerie H. Legendre, Paris, França
Transitions. Galerie Ravenstein, Bruxelas, Bélgica
3ª Bienal de Paris, França
Salon de la Jeune Sculpture, Paris, França
1964
Galerie Margarette Lauter, Mannheim, Alemanha
L'aujourd'hui de demain. Palais Saint Veast, Arras, França
Festival of South American Art. Signals London, Londres, Inglaterra
First pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Second pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
1965
8ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
Galerie Denise René, Paris, França
Artmouvement. Royal Scottish Academy, Edimburgo, Escócia
Spacialkinetic art. Midland, Inglaterra
Group Gallery. Nottingham, Inglaterra
Cornucópia 65. Molton Gallery, Londres, Inglaterra
Mouvemente in art. Tel Aviv Museum, Tel Aviv, Israel
Objectif 65. Galerie de la Librairie Anglaise, Paris, França
Galeria Cavalero, Cannes, França
Signals London, Londres, Inglaterra
White on White. The Cordoba Museum, Lincoln, EUA
Galerie Kerchache, Paris, França
Artmouvement. Art Museum, Glasgow, Escócia
Sonomontage. Hampstead Theatre Club, Londres, Inglaterra
Mouvement. Art Galley, Manchester, Inglaterra
ArtScience 65. University of Liverpool, Liverpool, Inglaterra
White on White. Adilson Gallery of American Art, Andover, EUA
Salon Compairaisons. Paris, França
Salão Esso. Rio de Janeiro, Brasil
1966
33ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
Mouvements. University of Sheffield, Sheffield, Inglaterra
Indications. Indica Gallery, Londres, Inglaterra
Bianco: Bianco. Galeria l'Obelisco, Roma, Itália
The artist at work. Hampstead Arts Center, Londres, Inglaterra
Leeds student art week. Leeds, Inglaterra
International kinetic show. Galerie ad libitum, Antuérpia, Holanda
White structures. Kunsthalle, Berna, Suíça
Galerie Kerchache, Paris, França
Esculturas. Galeria 4 Planetas, São Paulo, Brasil
Exhibition of kinetic art. Herbert Art Gallery, Coventry, Inglaterra
Kinetic art. Ritchie Hendriks Gallery, Dublin, Irlanda
Artistas Brasileños Contemporaneos. Museo de Arte Moderno, Montevidéu, Uruguai Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coletiva Brasileira. Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
4º Resumo de Arte do Jornal do Brasil. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
1967
Structures et mouvement. Galerie Denise René, Paris, França
Lumière et mouvement. Musée d'Art Moderne de la ville de Paris, Paris, França
Ouvertures. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Europe, Paris, França
Kinetika, Museum des XX Jahrhunderts. Schweinzergarten, Viena, Áustria
Ipotesi linguistiche intersoggetive. Florença, Bolonha, Lecce, Livorno, Napoli, Sansepolcro, Turim, Itália
Galerie Loo, Genebra, Suíça
Galleria Regis, Liguria, Itália
Formes et lieux. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Accent, Bruxelas, Bélgica
Peintures et sculptures. Centre Comunal de Malakoff, Malakoff, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1968
4ª Documenta. Kassel, Alemanha
Latin American artists. The Delawe Art Center, Wilmington, EUA
Hemis-fair, San Antonio, EUA
Art vivant 1965-1968. Fondation Maeght, Saint-Paul-de-Vence, França
Kunstnernes Hus, Oslo, Noruega
Six Latin American countries. Midland Art Group, Nottingham, Inglaterra
Silence et mouvement. Rijkmuseum Kroller-Muller, Oterloo, Holanda
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Des formers inventées. Galerie Vercarmer, Paris, França
Kunstamarkt, Colônia, Alemanha
Kunsten Inag, Oslo, Noruega
2001. Gavina, Roma, Itália
Nikust i Tussen ar. Hine-Onstad Kunstsenter, Hovikoddenn, Noruega
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1969
Art experimental. Musée d'Art et d'Industrie, Saint-Etienne, França
Hommage an das schweigen. Tiroler Kunstpavillon, Innsbruck, Áustria
L'Oeil écoute. Palais des Papes, Avignon, França
Open air sculptures. Syon Park, Londres, Inglaterra
Fondation Port Bacarès, Roussillon, França
Position. Galerie Denise René, Paris, França
Kunstmarkt 69. Colônia, Alemanha
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
New York State University, New Paltz, EUA
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Collector's Choice. GrimpelWeitzenhoffer, Nova York, EUA
Depuis Rodin. Musée Municipal, Saint-Germain-en-Laye, França
Bijoux d'art contemporain. Toulouse, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1970
Bienal de Menton. Menton, França
Bienal de Medellín. Medellín, Colômbia
Der Wanderbare Raum. Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Itinéraires blancs. Musée d'Art et d&rsquoIndustrie, Saint Etienne, França
Selection d'oeuvres. Centre Nacional d'Art Contemporain, Paris, França
Vision 24. Instituto Italo-Latinoamericano, Roma, Itália
Festival d'art plastique. Montargis, França
Kunstmarkt. Basileia, Suíça
Kunstmarkt. Colônia, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1971
Latin America i Skandinavia. Kunstnemes Hus, Oslo, Noruega
Gentolfre Kunstvernner, Charlottelund, Dinamarca
Lunds Konsthall, Lund, Suécia
Konsthalle, Goterborg, Suécia
Dritte Internationale Fruhjahrsmesse, Berlim, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1973
Carrara, Itália
Semana latino-americana de Paris-Cefral. Paris, França
50 jovens escultores da Escola de Paris. Sophienholm, Odensse, Noruega
5 artistes d'Amérique Latine. Nanterre, França
Gromholts-Samling. Henie Onstad Kunstsenter, Hovikodden, Noruega
Brasil/50 anos depois. Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Salon de Mai. Paris, França
1974
Basically White. Lucy Milton Gallery, Londres, Inglaterra
intenationale Kleinformat, Ausstelung. Galeria Lydia Megert, Berna, Suíça
Gromholts-Samling. Bergen, Noruega
1975
Arte no Brasil Documento/Debate. Org. Prefeitura de Campinas, Campinas, Brasil
Artistas Latino-Americanos de Hoy. The University of Texas of Austin, University Art Museum, Austin, EUA
Birmingham Museum of Arts, Alabama, EUA
Oeuvres en bois du XXème Siècle. Portland Art Museum, Portland, EUA
10º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Campinas, Brasil
1976
Sala Brasília (13ª Bienal de São Paulo). São Paulo, Brasil
Creadores latino-americanos contemporâneos. Cidade do México, México
Brasil Documento/Debate. Pinacoteca do Estado, São Paulo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
Projeto construtivo brasileiro de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Escultura ao ar livre. Sesc Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil
1978
Panorama de Arte Atual Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Cuatro artistas brasileños. Fundación Eugenio Mendonza, Caracas, Venezuela
50 anos de Escultura Brasileira no Espaço Urbano. Praça Nossa Senhora da Paz, Rio de Janeiro, Brasil
1979
15ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Festival Cervantino. Cidade do México, México
Escultura brasileira. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil
Escultores brasileiros. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
1980
Homenagem a Mário Pedrosa. Galeria Jean Boghici, Rio de Janeiro, Brasil
Amilcar de Castro, Lygia Clark, Sergio Camargo, Frans Weissmann (exposição inaugural). Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1981
Arte Latinoamericana Contemporaneo y Japón. Museu Nacional de Arte, Osaka, Japão
1982
41ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
1983
17ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Galeria Aidé Santamarina, Casa de las Américas, Havana, Cuba
1984
5 artistas brasileños. Casa Negret, Bogotá, Colômbia
Um aniversário e 5 grandes artistas. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
Madeira matéria de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1985
Destaques da arte contemporânea brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Geometric abstraction in Latin American art. CDS Gallery, Nova York, EUA
Galeria Paulo Klabin, São Paulo, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Abstracción en el Siglo XX. Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coleção Denison de Arte Contemporânea Brasileira. Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, Brasil
Homenagem a Maria Leontina. Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
Panorama da Arte Atual Brasileira/Formas tridimensionais. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
8º Salão Nacional de Artes Plásticas (sala especial "Salão Branco e Preto no 3º Salão Nacional, em 1954&rdquo). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1986
1ª Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras. Fundação Demócrito Rocha, Fortaleza, Brasil
1987/88
Modernidade: Arte Brasileira do Século XX. Musée d&rsquoArt Moderne de la Ville de Paris, Paris, França Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
1990
Coerência &ndash Transformação. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas Póstumas
1993
Poética. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
A Arte Brasileira no Mundo: uma trajetória. Dan Galeria, São Paulo, Brasil
1994
Bienal Brasil Século XX. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Coleção Unibanco. Casa de Cultura de Poços de Caldas, Poços de Caldas, Brasil
1997
Bienal do Mercosul. Porto Alegre, Brasil
Galeria Brito Cimino (mostra inaugural), São Paulo, Brasil
A Escultura Brasileira de 1920 a 1990: perfil de uma identidade. Centro Cultural do BID, Washington, USA Espaço Cultural do Banco Safra, São Paulo, Brasil
1998
Teoria dos Valores. Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Arte Construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
2000
Mira Schendel, Sergio CamargoWillys de Castro. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil
Brasil +500 - Mostra do redescobrimento. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Heterotopias: Medio siglo sin lugar. Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha
2001
Century City: ArtCulture in the Twentieth Century Metropolis. Tate Modern, Londres, Inglaterra
Prêmios
Isenção de Júri, 3º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1954
Prêmio Aquisição, 3º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, Brasil, 1954
Isenção de Júri, 5º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1956
Isenção de Júri, 6º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1957
Isenção de Júri, 7º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1958
Isenção de Júri, 9º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1960
Prêmio Internacional de Escultura, 3ª Bienal de Paris, Paris, França, 1963
Prêmio Nacional de Escultura, 8ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil, 1965
Prêmio H. Stern Melhor Exposição de Escultura do Ano, 4º Resumo de Arte JB, Rio de Janeiro, Brasil, 1966
Prêmio Melhor Exposição de Escultura do Ano (individual no Gabinete de Artes Gráficas), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1977
Prêmio Melhor Retrospectiva do Ano (individual no Museu de Arte de São Paulo), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1980
Museus e coleções públicas
Acervo Banco Itaú S.A., São Paulo, Brasil
Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, Estados Unidos
Austin Museum of Art, Austin, Estados Unidos
Birmingham Museum of Art, Birmingham, Estados Unidos
Casa de las Américas, Havana, Cuba
Centre National d'Art Contemporain, Paris, França
Contemporary Art Society, Londres, Inglaterra
Dallas Museum of Fine Arts, Dallas, Estados Unidos
Didrichsen Art Museum, GunnarMarie-Louise Didrichsen Foundation, Helsinque, Finlândia
Fondazione Antonio e Carmela Calderara, Vacciago, Itália
Fundação José e Paulina Nemirovsky, São Paulo, Brasil
Fundación Cisneros, Colección Patricia Phelps de Cisneros, Nova York, Estados Unidos Caracas Venezuela
Fundación Museo de Arte Moderno Jesús Soto, Ciudad Bolívar, Venezuela
Galleria Nazionale d&rsquoArte Moderna, Roma, Itália
Hirshhorn MuseumSculpture Garden, Washington, Estados Unidos
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Jack S. Blanton Museum of Art, University of Texas at Austin, Austin, Estados Unidos
Kunstmuseum Bern, Collection Victor Loeb, Berna, Suíça
Lehmbruck Museum, Duisburg, Alemanha
Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos
Musée d'Art moderne de la Ville de Paris, Paris, França
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Musée national d'art moderne &ndash Centre Pompidou, Paris, França
Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Fondación Costantini, Buenos Aires, Argentina
Museo de Arte Moderno de Medellín, Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Museo de la Solidariedad Salvador Allende, Santiago, Chile
Museo Tamayo, Cidade do México, México
Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini, Niterói, Brasil
Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, Brasil
Museum of Fine Arts, Houston/Coleção Adolpho Leirner, Houston, Estados Unidos
Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos
Nasjonalmuseet, Oslo, Noruega
Oklahoma Museum, Oklahoma, Estados Unidos
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Rijksmuseum Kröller-Müller, Otterlo, Holanda
Tate Gallery, Londres, Inglaterra
Ulster Museum, Belfast, Irlanda
Obras em Espaços Públicos
Cemitério de Oslo, Noruega
Centro Empresarial Itaú, São Paulo, Brasil
Collège d´Enseignement Technique, Equeurdreville, França
Faculté de Medicine, Bordeaux, França
Fylkeshuset, Trondheim, Noruega
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Parque da Catacumba, Rio de Janeiro, Brasil
Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Praça da Sé, São Paulo, Brasil
Fonte: SÉRGIO Camargo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 14 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, Brasil, 8 de abril de 1930 — Rio de Janeiro, Brasil, 31 de maio de 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro. Conhecido por suas obras em relevo e esculturas abstratas que exploravam de maneira inovadora a interação entre luz e sombra, Camargo formou-se inicialmente na Academia Altamira em Buenos Aires, sob a orientação de Emilio Pettoruti e Lucio Fontana, posteriormente estudou filosofia na Sorbonne, em Paris, onde foi influenciado por figuras como Constantin Brancusi e Jean Arp. Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua abordagem construtivista, criando superfícies monocromáticas compostas por cilindros e paralelepípedos que, ao serem iluminados, revelavam composições dinâmicas e mutáveis. Seu trabalho ganhou reconhecimento internacional na década de 1960, com destaque para sua participação na Bienal de Veneza em 1966 e na Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou em projetos importantes no Brasil, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília, projetado por Oscar Niemeyer. Camargo manteve uma carreira prolífica até sua morte, com suas obras sendo exibidas em museus e coleções ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres.
Sergio Camargo | Arremate Arte
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de abril de 1930 – 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional, reconhecido por sua abordagem única na exploração dos limites da forma e da luz em suas obras. Nascido em uma família tradicional carioca, Camargo iniciou sua formação artística na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde estudou com artistas como Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Posteriormente, mudou-se para Paris, onde cursou filosofia na Sorbonne e se aproximou de figuras influentes como Constantin Brancusi e Georges Vantongerloo, que impactaram significativamente sua produção artística.
Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua habilidade em manipular formas geométricas simples, como cilindros e cubos, para criar composições que exploravam as interações entre luz e sombra, ordem e caos. Suas obras, muitas vezes feitas em mármore de Carrara ou madeira pintada de branco, são caracterizadas pela precisão geométrica e pela habilidade de captar a luz de maneira a criar um jogo dinâmico de sombras, conferindo vitalidade e movimento às peças. Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries de relevos brancos e suas esculturas monumentais, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília.
Camargo alcançou reconhecimento internacional a partir dos anos 1960, quando suas obras foram exibidas em importantes exposições, como a Bienal de Veneza de 1966 e a Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou com artistas de destaque e teve suas obras adquiridas por museus de renome, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres. Após retornar definitivamente ao Brasil em 1974, Camargo continuou a produzir e a influenciar o cenário artístico nacional até sua morte em 1990, deixando um legado indelével na história da escultura contemporânea.
Exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria"
A exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria," realizada no Itaú Cultural em São Paulo, ofereceu uma visão abrangente da obra do escultor, destacando a inovação e a profundidade de seu trabalho ao longo das décadas. A mostra apresentou mais de 100 obras, incluindo relevos e esculturas em mármore e madeira, além de documentos pessoais e um documentário produzido por sua filha, Maria Camargo.
A exposição foi dividida em várias seções que exploravam diferentes aspectos da produção artística de Camargo. Uma das áreas focava em suas famosas esculturas em mármore de Carrara, conhecidas por suas formas geométricas simples e ao mesmo tempo complexas, que capturam e manipulam a luz de maneiras surpreendentes. Estas obras são caracterizadas por um jogo entre ordem e caos, onde cilindros e paralelepípedos são dispostos em composições que desafiam a percepção do espectador.
Além das esculturas, a exposição incluiu cartas pessoais e fotografias que ofereciam uma visão íntima do processo criativo do artista, revelando suas reflexões sobre a arte e a vida. O documentário "Se Meu Pai Fosse de Pedra," dirigido por Maria Camargo, forneceu um olhar pessoal sobre a trajetória de Sergio Camargo, complementando a experiência dos visitantes com narrativas que conectavam a obra do artista a suas experiências pessoais e familiares.
A recriação do ateliê de Camargo em Jacarepaguá foi outro destaque da exposição, permitindo que os visitantes visualizassem o ambiente em que ele criava suas peças e compreendessem melhor sua abordagem ao material e ao espaço. Esse espaço recriado foi importante para contextualizar a natureza experimental e empírica de sua arte, que, apesar de rigorosamente estruturada, sempre manteve um espaço para o imprevisto e a descoberta.
A curadoria da exposição, conduzida por Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, enfatizou a relevância de Camargo dentro do movimento construtivista e sua contribuição para a escultura moderna, não apenas no Brasil, mas internacionalmente. A exposição foi um grande sucesso, celebrando a carreira de um dos mais importantes escultores brasileiros do século XX e reafirmando seu impacto duradouro no cenário artístico global.
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Sergio Camargo | Wikipédia
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de Abril de 1930 – 1990), foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional. Estudou na Academia Altamira em Buenos Aires com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Sergio também estudou filosofia em Sorbonne em Paris. Em viagens pela Europa em 1948, teve contato com artista como Brancusi, Arp, Henri Laurens e Georges Vantangerloo.
Biografia
Sergio iniciou seus trabalhos com esculturas com peças remanescentes de Picasso e H. Laurens. Retornou ao Brasil em 1950, onde contribuiu para o movimento Constructivistas. Em 1953, novamente retornou para a Europa e para China em 1954. Entre 1961 e 1974 Sergio se estabeleceu em Paris, tornou-se en 1963 membro da Groupe de Recherche d'Art Visuel. Durante esse período, em seus trabalhos ele concentrou-se principalmente na estruturação de superfícies brancas monocromáticas em "Volumes poliédricos de leituras mutáveis" usando formas paralelepípedas e outras peças com relevos de madeira cilíndricos, em ambos os casos propondo o jogo de luzes e sombras trazendo ao público as idéias de ordem e caos, plenitude e vazio. Em 1963 também recebeu o Prêmio Internacional de Escultura da Bienal de Paris. Depois desse período (em 1967), retornou ao Brasil, onde contribuiu com Oscar Niemeyer nas fundações do prédio de Relações Exteriores em Brasilia. Durante os anos de 1969, Sérgio exibiu suas artes em numerosas exposições como Venice Biennale em 1966. Sergio faleceu no Rio de Janeiro em 1990. A galeria Tate Gallery em Londres possui obras de Sergio em permanente exposição.
Em sua homenagem, foi batizado uma logradouro com o seu nome, Rua Escultor Sergio de Camargo, na Barra da Tijuca, cujo entorno possui outros ruas com nomes de artistas plásticos brasileiros do mesmo período (Alfredo Ceschiatti, Franz Weissman, Mário Agostinelli etc.).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
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Sergio Camargo | Itaú Cultural
Sérgio Camargo (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1930 - idem, 1990). Escultor. Considerado um dos mais originais artistas brasileiros ligados à vertente construtiva, destaca-se por explorar os limites da forma ao realizar cortes audaciosos nos materiais, em um procedimento por ele denominado “geometria empírica”.
Embora tenha contato com trabalhos da vertente construtiva desde o início da carreira, Sérgio Camargo desenvolve uma obra independente e pessoal, sem filiar-se a qualquer grupo ou movimento. Durante dois anos (1946-1948), estudou na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde é orientado pelos artistas argentinos Emilio Pettoruti (1892-1971) e Lucio Fontana (1899-1968). Lá, interessa-se pelo construtivismo da Argentina. Parte para Paris em 1948, onde estuda a obra do escultor romeno Constantin Brancusi (1876-1957) e faz um curso de filosofia na Sorbonne. Nesse período, familiariza-se com as esculturas de Georges Vantongerloo (1886-1965) e Henri Laurens (1885-1954).
De volta ao Brasil, produz em 1954 suas primeiras esculturas figurativas de bronze, nas quais já se evidenciam a preocupação com o volume das obras e a potência dos cortes que ordenam as massas, qualidades fundamentais de seus trabalhos posteriores. Novamente em Paris (1961), frequenta o curso de sociologia da arte ministrado por Pierre Francastel (1905-1970), na École Pratique des Hautes Études, e faz experimentações com gesso, areia e tecido, criando estruturas informes e irregulares.
A partir de 1963, produz a série Relevos, da qual se ocupa proficuamente por cerca de dez anos. A operação será quase sempre a mesma: dispor cilindros brancos de madeira de diversos tamanhos, cortados em ângulos variados, sobre uma superfície plana também branca e de madeira. O desafio está em criar composições nas quais a forma geométrica original ⎼ cilindros ou paralelepípedos ⎼ é sistematicamente rompida e rearticulada para estabelecer um novo arranjo, não reversível ao ponto de partida. Nesse instante, a diferença entre o método de Camargo e o procedimento do construtivismo histórico torna-se evidente. Mesmo incorporando a coerência da atitude sistemática e a exatidão geométrica, seu trabalho se abre para o imprevisto; abarca, na interpretação do crítico Ronaldo Brito (1949), a ordem e a loucura da ordem. Os relevos são acolhidos na Europa, e Camargo desenvolve uma carreira internacional bem-sucedida.
Em meados dos anos 1960, o artista começa a experimentar o mármore de carrara em algumas peças. Realiza diversas obras para espaços públicos, entre elas: o muro estrutural do Palácio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; o Tríptico do Banco do Brasil de Nova York; a coluna Homenagem a Brancusi, para a Faculdade de Medicina de Bourdeaux, França; uma escultura na Praça da Sé, em São Paulo; e um monumento para o Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro.
Somente nos anos 1970 passa a utilizar quase exclusivamente o mármore em trabalhos decididamente escultóricos, numa passagem natural dos relevos conhecidos como "trombas" às peças de chão. Por um lado, tal material, com fortes raízes na tradição escultórica, acentua o caráter de permanência e estabilidade dos trabalhos. Por outro, a superfície lisa e uniforme do mármore polido reage de modo mais efetivo aos efeitos da luz, intensificando o aspecto dinâmico e transitório do conjunto.
Camargo retorna definitivamente ao Rio de Janeiro em 1974, mas mantém até o fim da vida um ateliê em Massa Carrara, Itália. Com peças alongadas em pedra negro-belga, produzidas nos anos 1980, o artista experimenta de modo radical os limites da forma ao realizar cortes cada vez mais agudos, ameaçando a integridade física da matéria. Alcança o ponto extremo de convivência possível entre a ordem e sua dissolução. Segundo os críticos, esses trabalhos acrescentariam certa conotação dramática ao singular construtivismo de Sérgio Camargo.
A possibilidade de combinar, de modo coerente e conciso, um número restrito de volumes geométricos (cilindros, cubos, retângulos), sem prestar contas a uma racionalidade didática, confere ao método de Camargo um caráter experimental permanente ao longo de sua obra. Tal experimentalismo, guardadas as devidas diferenças, coloca-o ao lado de artistas como Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980). Mesmo orientada pelo princípio construtivo da coerência e da lucidez integrais, a obra de Camargo não abandona o páthos de aventura característico da lírica moderna, como também observa Ronaldo Brito.
Num período em que se acredita no esgotamento da inovação e no qual se defende a superação do legado moderno, Sérgio Camargo inaugura uma trajetória em que a relação conflituosa, mas sempre atenta, com uma tradição preexistente gera uma produção inovadora e singular.
Críticas
"Vê-los (os trabalhos de Sérgio de Camargo) como algum tipo de informalismo me parece um equívoco puro e simples, resultado sem dúvida de uma leitura grosseira e exclusivamente ótica. Mas para pensá-los como trabalho construtivo, baseado num sistema concreto de relações que seria por assim dizer sua própria essência - convém notar que essas esculturas não têm propriamente formas mas sim elementos combinados -, é necessário ir além de um certo racionalismo formalista tradicionalmente ligado ao projeto construtivista da Europa ocidental. A importância do trabalho de arte como o de Sérgio de Camargo para o nosso ambiente cultural pode ser localizada sobretudo em dois pontos. Primeiro, pela lógica cerrada de seu processo de produção, vinculando a arte a uma idéia de seqüência de investigação intelectual, ele atua de modo a transformar toda uma política vigente de olhar arte. (...) O segundo ponto talvez seja mais difícil demonstrar: trata-se da vinculação do trabalho de Sérgio de Camargo à problemática de uma arte latino-americana. Porque o seu construtivismo só não é racionalista como muito possivelmente também não é europeu. A descoberta de sua obra na Europa, na década de 60 - concomitantemente à descoberta do trabalho de Soto, Lygia Clark e Hélio Oiticica entre outros -, deveu-se pelo menos em parte à espécie particular de lógica que colocava em ação, estranha sem dúvida ao rígido construtivismo europeu, e pode ser considerada algo por assim dizer especificamente latino-americano. Sem cair, é claro, na metafísica, postulando um pensamento latino-americano independente, é seguro afirmar que trabalhos como o de Camargo fazem parte de um determinado construtivismo latino-americano cuja teoria ainda por fazer pode ser um produtivo tema de estudo e debate" — Ronaldo Brito (BRITO, Ronaldo. A ordem da loucura e a loucura da ordem. In: CAMARGO, Sérgio de. Sérgio de Camargo. São Paulo: Galeria Arte Global, 1975. p. 1).
"O trabalho de Sérgio de Camargo acrescentou uma variável surpreendente à tradição construtiva moderna em seus desdobramentos brasileiros a partir dos anos 50. Porque uma inesperada e heterodoxa vertente, lírica e solar, brotava desse trabalho, praticamente ao mesmo tempo em que no contexto internacional o informalismo cético da produção européia e a antimetafísica irreverente e 'integrada' da pop art começavam a fustigar o legado da arte moderna. Isto é, quando tudo levava a crer que a linhagem construtiva tinha chegado a seu esgotamento histórico, finalmente reduzida ao tecnicismo banal da op art ou de tantas tendências matemático-geométricas que se vulgarizavam mundialmente, e quando o melhor da arte contemporânea denunciava o encetamento de um lento processo de saturação cultural, a obra de Sérgio repunha a noção de forma no centro de uma especulação essencialmente otimista e experimental" — Sônia Salzstein (SALZSTEIN, Sônia. In: CAMARGO, Sérgio de. Construção. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1997. p. 17).
"Em sua extensa série de relevos e esculturas, o artista está sempre voltando ao mesmo paradigma construtivo - um cilindro ou um cubo e as maneiras que podem ser cortados e combinados - e quanto mais ele explora este paradigma, quanto mais lhe articula as possibilidades, quanto mais lhe esvazia o statusde paradigma, de ?lei', mais nos faz perguntar que tipo de estabilidade e finalidade é essa que conferimos a paradigmas. O mais sutil de tudo talvez seja o fato de Camargo não investigar esse paradoxo no âmbito do conceitual e do ideal, mas naquilo que tem a ver com a luz, com as variações dela no mundo cotidiano e sua incalculável complexidade de nuanças" — Guy Brett (BRETT, Guy. Um salto radical. In: ADES, Dawn. Arte na América Latina: a era moderna, 1820-1980. São Paulo: Cosac & Naify, 1997. p. 253-283).
"Sérgio de Camargo criou relevos e esculturas para atrair a luz - o branco como armadilha. A luz era sua matéria-prima, costumava dizer. Mas depois de percorrer a obra, deserto branco, a luz quer descansar. Melhor, deseja a sombra, sem perder de vista o sol. Solombra. E é nesse momento, na sombra, que a obra vibra. Em silêncio. A sombra funciona como corte. Intercepção da luz. O corte é preciso, rápido, rigoroso, mas nunca áspero ou agressivo. Cai sempre em oblíqua. Como a sombra. Contra a plenitude da forma, o corte. Contra a plenitude da luz, a sombra. Uma sensualidade discreta percorre toda a obra do artista" — Frederico Morais (MORAIS, Frederico. Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX. In: TRIDIMENSIONALIDADE: arte brasileira do século XX. 2.ed. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 1999. p. 233).
"Basta a originalidade do trabalho de Sérgio de Camargo para demonstrar a heterogeneidade das fontes que alimentaram a formação do repertório construtivo no Brasil. Em seu referencial, existem Fontana, Brancusi e Arp, não a concepção matemática de Bill. Há ainda a tradição clássica do relevo, desde o Partenon até as portas do Batistério de Florença. Contudo, quando, na década de 60, sua obra aparece na galeria Signals de Londres antes de Oiticica e Lygia Clark, sobressai como traço em comum a strong sense of the body and physical movement ('um forte sentido de corpo e de movimento físico'), que o crítico Guy Brett atribui a um mesmo fundo de cultura. Em texto poético o próprio artista empresta conotação carnal à sua relação com a matéria, referida em termos de ?íntimo comércio a cujo hálito confundi o meu?. (...)
Conclusão: não se enquadra Sérgio de Camargo tão facilmente. Entender seu trabalho como manifestação do formalismo racionalista seria ignorar a sua complexidade. A lógica interna de sua obra escultórica não se prende à fria racionalidade. Trata-se de um corpo sistêmico aberto à imponderabilidade: o que o alimenta e faz viver é, simultaneamente, fator de perturbação e desordem. Sua organicidade corresponde a uma combinatória de elementos truncados dispostos em placa contra a parede ou apoiados sobre o chão; a luz é a matéria com a qual interage. Por muitos anos, os relevos e as colunas são inteiramente brancos. O artista dispõe os fragmentos, mas é a luz que faz palpitar a superfície. Na fase final, vem a vingança dos blocos negros que absorvem, engolem a luz. A todo momento, a percepção visual se confunde com a tátil: nos relevos, a oscilação de claro-escuro suscita lembranças de crostas, de peles escamadas alvejadas pelo sol, enquanto os sólidos em mármore negro parecem macios e quentes ao olhar: evocações que remetem a memória arcaica das sensações".
Maria Alice Milliet
MILLIET, Maria Alice. Tendências construtivas e os limites da linguagem plástica. In: MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, SÃO PAULO. Arte moderna. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000. p. 44-59.
Exposições individuais
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte das Folhas, São Paulo, Brasil
1964
Signals Gallery, Londres, Inglaterra
1965
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria São Luiz, São Paulo, Brasil
1967
Galleria del Naviglio, Milão, Itália
Galeria L'Obelisco, Roma, Itália
Galleria La Polena, Gênova, Itália
1968
Gimpel et Hanover Galerie, Zurique, Suíça
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galleria Notizie, Turim, Itália
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
1969
Gimpel & Weitzenhoffer, Nova York, EUA
1970
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
1971
Artestudio, Macerata, Itália
Artestudio, Brescia, Itália
Galeria M. Bochum, Bochum, Alemanha
1972
Estúdio Actual, Caracas, Venezuela
Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
1974
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
1975
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte Global, São Paulo, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
1980
Espaço Arte Brasileira Contemporânea, Funarte, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro, Brasil
Museu de Arte de São Paulo, Brasil
CAYC, Buenos Aires, Argentina
1981
Galeria Sagittaria, Pordenone, Itália
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1982
Galeria Bellechasse, Paris, França
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
1983
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1985
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1987
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
1988
Galeria 111, Lisboa, Portugal
1990
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições individuais póstumas
1994
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro, Brasil
1995
Henie-Onstad Kunstsenter, Oslo, Noruega
Charlottenborg Museum, Copenhagen, Dinamarca
Stedelijjk Museum, Schiedam, Holanda
1996
Museum of Modern Art of Oxford, Oxford, Inglaterra
Galerie Denise René, Paris, França
Maison de l&rsquoAmérique Latine, Paris, França
1997
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1999
Palácio do Itamaraty, Brasília, Brasil
2003
Projetos, protótipos e pequenos formatos. Centro Cultural Maria Antonia, São Paulo, Brasil
2010
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas
1951
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1952
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1953
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1954
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1955
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1957
Arte Moderno Brasileño. Buenos Aires, Argentina Montevidéu, Uruguai Santiago, Chile Lima, Peru
4ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
1961
Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
Festival de Arte Contemporânea. Porto Alegre, Brasil
1962
L'Art Latino-Américain. Paris, França
Formes et Magie. Paris, França
7 artistes brésiliennes de l'Ecole de Paris. Galerie XXème, Paris, França
La boîte et son contenu. Galerie H. Legendre, Paris, França
Transitions. Galerie Ravenstein, Bruxelas, Bélgica
3ª Bienal de Paris, França
Salon de la Jeune Sculpture, Paris, França
1964
Galerie Margarette Lauter, Mannheim, Alemanha
L'aujourd'hui de demain. Palais Saint Veast, Arras, França
Festival of South American Art. Signals London, Londres, Inglaterra
First pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Second pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
1965
8ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
Galerie Denise René, Paris, França
Artmouvement. Royal Scottish Academy, Edimburgo, Escócia
Spacialkinetic art. Midland, Inglaterra
Group Gallery. Nottingham, Inglaterra
Cornucópia 65. Molton Gallery, Londres, Inglaterra
Mouvemente in art. Tel Aviv Museum, Tel Aviv, Israel
Objectif 65. Galerie de la Librairie Anglaise, Paris, França
Galeria Cavalero, Cannes, França
Signals London, Londres, Inglaterra
White on White. The Cordoba Museum, Lincoln, EUA
Galerie Kerchache, Paris, França
Artmouvement. Art Museum, Glasgow, Escócia
Sonomontage. Hampstead Theatre Club, Londres, Inglaterra
Mouvement. Art Galley, Manchester, Inglaterra
ArtScience 65. University of Liverpool, Liverpool, Inglaterra
White on White. Adilson Gallery of American Art, Andover, EUA
Salon Compairaisons. Paris, França
Salão Esso. Rio de Janeiro, Brasil
1966
33ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
Mouvements. University of Sheffield, Sheffield, Inglaterra
Indications. Indica Gallery, Londres, Inglaterra
Bianco: Bianco. Galeria l'Obelisco, Roma, Itália
The artist at work. Hampstead Arts Center, Londres, Inglaterra
Leeds student art week. Leeds, Inglaterra
International kinetic show. Galerie ad libitum, Antuérpia, Holanda
White structures. Kunsthalle, Berna, Suíça
Galerie Kerchache, Paris, França
Esculturas. Galeria 4 Planetas, São Paulo, Brasil
Exhibition of kinetic art. Herbert Art Gallery, Coventry, Inglaterra
Kinetic art. Ritchie Hendriks Gallery, Dublin, Irlanda
Artistas Brasileños Contemporaneos. Museo de Arte Moderno, Montevidéu, Uruguai Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coletiva Brasileira. Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
4º Resumo de Arte do Jornal do Brasil. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
1967
Structures et mouvement. Galerie Denise René, Paris, França
Lumière et mouvement. Musée d'Art Moderne de la ville de Paris, Paris, França
Ouvertures. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Europe, Paris, França
Kinetika, Museum des XX Jahrhunderts. Schweinzergarten, Viena, Áustria
Ipotesi linguistiche intersoggetive. Florença, Bolonha, Lecce, Livorno, Napoli, Sansepolcro, Turim, Itália
Galerie Loo, Genebra, Suíça
Galleria Regis, Liguria, Itália
Formes et lieux. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Accent, Bruxelas, Bélgica
Peintures et sculptures. Centre Comunal de Malakoff, Malakoff, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1968
4ª Documenta. Kassel, Alemanha
Latin American artists. The Delawe Art Center, Wilmington, EUA
Hemis-fair, San Antonio, EUA
Art vivant 1965-1968. Fondation Maeght, Saint-Paul-de-Vence, França
Kunstnernes Hus, Oslo, Noruega
Six Latin American countries. Midland Art Group, Nottingham, Inglaterra
Silence et mouvement. Rijkmuseum Kroller-Muller, Oterloo, Holanda
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Des formers inventées. Galerie Vercarmer, Paris, França
Kunstamarkt, Colônia, Alemanha
Kunsten Inag, Oslo, Noruega
2001. Gavina, Roma, Itália
Nikust i Tussen ar. Hine-Onstad Kunstsenter, Hovikoddenn, Noruega
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1969
Art experimental. Musée d'Art et d'Industrie, Saint-Etienne, França
Hommage an das schweigen. Tiroler Kunstpavillon, Innsbruck, Áustria
L'Oeil écoute. Palais des Papes, Avignon, França
Open air sculptures. Syon Park, Londres, Inglaterra
Fondation Port Bacarès, Roussillon, França
Position. Galerie Denise René, Paris, França
Kunstmarkt 69. Colônia, Alemanha
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
New York State University, New Paltz, EUA
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Collector's Choice. GrimpelWeitzenhoffer, Nova York, EUA
Depuis Rodin. Musée Municipal, Saint-Germain-en-Laye, França
Bijoux d'art contemporain. Toulouse, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1970
Bienal de Menton. Menton, França
Bienal de Medellín. Medellín, Colômbia
Der Wanderbare Raum. Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Itinéraires blancs. Musée d'Art et d&rsquoIndustrie, Saint Etienne, França
Selection d'oeuvres. Centre Nacional d'Art Contemporain, Paris, França
Vision 24. Instituto Italo-Latinoamericano, Roma, Itália
Festival d'art plastique. Montargis, França
Kunstmarkt. Basileia, Suíça
Kunstmarkt. Colônia, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1971
Latin America i Skandinavia. Kunstnemes Hus, Oslo, Noruega
Gentolfre Kunstvernner, Charlottelund, Dinamarca
Lunds Konsthall, Lund, Suécia
Konsthalle, Goterborg, Suécia
Dritte Internationale Fruhjahrsmesse, Berlim, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1973
Carrara, Itália
Semana latino-americana de Paris-Cefral. Paris, França
50 jovens escultores da Escola de Paris. Sophienholm, Odensse, Noruega
5 artistes d'Amérique Latine. Nanterre, França
Gromholts-Samling. Henie Onstad Kunstsenter, Hovikodden, Noruega
Brasil/50 anos depois. Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Salon de Mai. Paris, França
1974
Basically White. Lucy Milton Gallery, Londres, Inglaterra
intenationale Kleinformat, Ausstelung. Galeria Lydia Megert, Berna, Suíça
Gromholts-Samling. Bergen, Noruega
1975
Arte no Brasil Documento/Debate. Org. Prefeitura de Campinas, Campinas, Brasil
Artistas Latino-Americanos de Hoy. The University of Texas of Austin, University Art Museum, Austin, EUA
Birmingham Museum of Arts, Alabama, EUA
Oeuvres en bois du XXème Siècle. Portland Art Museum, Portland, EUA
10º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Campinas, Brasil
1976
Sala Brasília (13ª Bienal de São Paulo). São Paulo, Brasil
Creadores latino-americanos contemporâneos. Cidade do México, México
Brasil Documento/Debate. Pinacoteca do Estado, São Paulo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
Projeto construtivo brasileiro de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Escultura ao ar livre. Sesc Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil
1978
Panorama de Arte Atual Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Cuatro artistas brasileños. Fundación Eugenio Mendonza, Caracas, Venezuela
50 anos de Escultura Brasileira no Espaço Urbano. Praça Nossa Senhora da Paz, Rio de Janeiro, Brasil
1979
15ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Festival Cervantino. Cidade do México, México
Escultura brasileira. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil
Escultores brasileiros. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
1980
Homenagem a Mário Pedrosa. Galeria Jean Boghici, Rio de Janeiro, Brasil
Amilcar de Castro, Lygia Clark, Sergio Camargo, Frans Weissmann (exposição inaugural). Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1981
Arte Latinoamericana Contemporaneo y Japón. Museu Nacional de Arte, Osaka, Japão
1982
41ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
1983
17ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Galeria Aidé Santamarina, Casa de las Américas, Havana, Cuba
1984
5 artistas brasileños. Casa Negret, Bogotá, Colômbia
Um aniversário e 5 grandes artistas. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
Madeira matéria de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1985
Destaques da arte contemporânea brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Geometric abstraction in Latin American art. CDS Gallery, Nova York, EUA
Galeria Paulo Klabin, São Paulo, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Abstracción en el Siglo XX. Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coleção Denison de Arte Contemporânea Brasileira. Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, Brasil
Homenagem a Maria Leontina. Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
Panorama da Arte Atual Brasileira/Formas tridimensionais. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
8º Salão Nacional de Artes Plásticas (sala especial "Salão Branco e Preto no 3º Salão Nacional, em 1954&rdquo). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1986
1ª Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras. Fundação Demócrito Rocha, Fortaleza, Brasil
1987/88
Modernidade: Arte Brasileira do Século XX. Musée d&rsquoArt Moderne de la Ville de Paris, Paris, França Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
1990
Coerência &ndash Transformação. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas Póstumas
1993
Poética. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
A Arte Brasileira no Mundo: uma trajetória. Dan Galeria, São Paulo, Brasil
1994
Bienal Brasil Século XX. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Coleção Unibanco. Casa de Cultura de Poços de Caldas, Poços de Caldas, Brasil
1997
Bienal do Mercosul. Porto Alegre, Brasil
Galeria Brito Cimino (mostra inaugural), São Paulo, Brasil
A Escultura Brasileira de 1920 a 1990: perfil de uma identidade. Centro Cultural do BID, Washington, USA Espaço Cultural do Banco Safra, São Paulo, Brasil
1998
Teoria dos Valores. Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Arte Construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
2000
Mira Schendel, Sergio CamargoWillys de Castro. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil
Brasil +500 - Mostra do redescobrimento. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Heterotopias: Medio siglo sin lugar. Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha
2001
Century City: ArtCulture in the Twentieth Century Metropolis. Tate Modern, Londres, Inglaterra
Prêmios
Isenção de Júri, 3º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1954
Prêmio Aquisição, 3º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, Brasil, 1954
Isenção de Júri, 5º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1956
Isenção de Júri, 6º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1957
Isenção de Júri, 7º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1958
Isenção de Júri, 9º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1960
Prêmio Internacional de Escultura, 3ª Bienal de Paris, Paris, França, 1963
Prêmio Nacional de Escultura, 8ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil, 1965
Prêmio H. Stern Melhor Exposição de Escultura do Ano, 4º Resumo de Arte JB, Rio de Janeiro, Brasil, 1966
Prêmio Melhor Exposição de Escultura do Ano (individual no Gabinete de Artes Gráficas), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1977
Prêmio Melhor Retrospectiva do Ano (individual no Museu de Arte de São Paulo), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1980
Museus e coleções públicas
Acervo Banco Itaú S.A., São Paulo, Brasil
Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, Estados Unidos
Austin Museum of Art, Austin, Estados Unidos
Birmingham Museum of Art, Birmingham, Estados Unidos
Casa de las Américas, Havana, Cuba
Centre National d'Art Contemporain, Paris, França
Contemporary Art Society, Londres, Inglaterra
Dallas Museum of Fine Arts, Dallas, Estados Unidos
Didrichsen Art Museum, GunnarMarie-Louise Didrichsen Foundation, Helsinque, Finlândia
Fondazione Antonio e Carmela Calderara, Vacciago, Itália
Fundação José e Paulina Nemirovsky, São Paulo, Brasil
Fundación Cisneros, Colección Patricia Phelps de Cisneros, Nova York, Estados Unidos Caracas Venezuela
Fundación Museo de Arte Moderno Jesús Soto, Ciudad Bolívar, Venezuela
Galleria Nazionale d&rsquoArte Moderna, Roma, Itália
Hirshhorn MuseumSculpture Garden, Washington, Estados Unidos
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Jack S. Blanton Museum of Art, University of Texas at Austin, Austin, Estados Unidos
Kunstmuseum Bern, Collection Victor Loeb, Berna, Suíça
Lehmbruck Museum, Duisburg, Alemanha
Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos
Musée d'Art moderne de la Ville de Paris, Paris, França
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Musée national d'art moderne &ndash Centre Pompidou, Paris, França
Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Fondación Costantini, Buenos Aires, Argentina
Museo de Arte Moderno de Medellín, Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Museo de la Solidariedad Salvador Allende, Santiago, Chile
Museo Tamayo, Cidade do México, México
Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini, Niterói, Brasil
Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, Brasil
Museum of Fine Arts, Houston/Coleção Adolpho Leirner, Houston, Estados Unidos
Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos
Nasjonalmuseet, Oslo, Noruega
Oklahoma Museum, Oklahoma, Estados Unidos
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Rijksmuseum Kröller-Müller, Otterlo, Holanda
Tate Gallery, Londres, Inglaterra
Ulster Museum, Belfast, Irlanda
Obras em Espaços Públicos
Cemitério de Oslo, Noruega
Centro Empresarial Itaú, São Paulo, Brasil
Collège d´Enseignement Technique, Equeurdreville, França
Faculté de Medicine, Bordeaux, França
Fylkeshuset, Trondheim, Noruega
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Parque da Catacumba, Rio de Janeiro, Brasil
Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Praça da Sé, São Paulo, Brasil
Fonte: SÉRGIO Camargo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 14 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, Brasil, 8 de abril de 1930 — Rio de Janeiro, Brasil, 31 de maio de 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro. Conhecido por suas obras em relevo e esculturas abstratas que exploravam de maneira inovadora a interação entre luz e sombra, Camargo formou-se inicialmente na Academia Altamira em Buenos Aires, sob a orientação de Emilio Pettoruti e Lucio Fontana, posteriormente estudou filosofia na Sorbonne, em Paris, onde foi influenciado por figuras como Constantin Brancusi e Jean Arp. Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua abordagem construtivista, criando superfícies monocromáticas compostas por cilindros e paralelepípedos que, ao serem iluminados, revelavam composições dinâmicas e mutáveis. Seu trabalho ganhou reconhecimento internacional na década de 1960, com destaque para sua participação na Bienal de Veneza em 1966 e na Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou em projetos importantes no Brasil, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília, projetado por Oscar Niemeyer. Camargo manteve uma carreira prolífica até sua morte, com suas obras sendo exibidas em museus e coleções ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres.
Sergio Camargo | Arremate Arte
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de abril de 1930 – 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional, reconhecido por sua abordagem única na exploração dos limites da forma e da luz em suas obras. Nascido em uma família tradicional carioca, Camargo iniciou sua formação artística na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde estudou com artistas como Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Posteriormente, mudou-se para Paris, onde cursou filosofia na Sorbonne e se aproximou de figuras influentes como Constantin Brancusi e Georges Vantongerloo, que impactaram significativamente sua produção artística.
Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua habilidade em manipular formas geométricas simples, como cilindros e cubos, para criar composições que exploravam as interações entre luz e sombra, ordem e caos. Suas obras, muitas vezes feitas em mármore de Carrara ou madeira pintada de branco, são caracterizadas pela precisão geométrica e pela habilidade de captar a luz de maneira a criar um jogo dinâmico de sombras, conferindo vitalidade e movimento às peças. Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries de relevos brancos e suas esculturas monumentais, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília.
Camargo alcançou reconhecimento internacional a partir dos anos 1960, quando suas obras foram exibidas em importantes exposições, como a Bienal de Veneza de 1966 e a Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou com artistas de destaque e teve suas obras adquiridas por museus de renome, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres. Após retornar definitivamente ao Brasil em 1974, Camargo continuou a produzir e a influenciar o cenário artístico nacional até sua morte em 1990, deixando um legado indelével na história da escultura contemporânea.
Exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria"
A exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria," realizada no Itaú Cultural em São Paulo, ofereceu uma visão abrangente da obra do escultor, destacando a inovação e a profundidade de seu trabalho ao longo das décadas. A mostra apresentou mais de 100 obras, incluindo relevos e esculturas em mármore e madeira, além de documentos pessoais e um documentário produzido por sua filha, Maria Camargo.
A exposição foi dividida em várias seções que exploravam diferentes aspectos da produção artística de Camargo. Uma das áreas focava em suas famosas esculturas em mármore de Carrara, conhecidas por suas formas geométricas simples e ao mesmo tempo complexas, que capturam e manipulam a luz de maneiras surpreendentes. Estas obras são caracterizadas por um jogo entre ordem e caos, onde cilindros e paralelepípedos são dispostos em composições que desafiam a percepção do espectador.
Além das esculturas, a exposição incluiu cartas pessoais e fotografias que ofereciam uma visão íntima do processo criativo do artista, revelando suas reflexões sobre a arte e a vida. O documentário "Se Meu Pai Fosse de Pedra," dirigido por Maria Camargo, forneceu um olhar pessoal sobre a trajetória de Sergio Camargo, complementando a experiência dos visitantes com narrativas que conectavam a obra do artista a suas experiências pessoais e familiares.
A recriação do ateliê de Camargo em Jacarepaguá foi outro destaque da exposição, permitindo que os visitantes visualizassem o ambiente em que ele criava suas peças e compreendessem melhor sua abordagem ao material e ao espaço. Esse espaço recriado foi importante para contextualizar a natureza experimental e empírica de sua arte, que, apesar de rigorosamente estruturada, sempre manteve um espaço para o imprevisto e a descoberta.
A curadoria da exposição, conduzida por Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, enfatizou a relevância de Camargo dentro do movimento construtivista e sua contribuição para a escultura moderna, não apenas no Brasil, mas internacionalmente. A exposição foi um grande sucesso, celebrando a carreira de um dos mais importantes escultores brasileiros do século XX e reafirmando seu impacto duradouro no cenário artístico global.
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Sergio Camargo | Wikipédia
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de Abril de 1930 – 1990), foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional. Estudou na Academia Altamira em Buenos Aires com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Sergio também estudou filosofia em Sorbonne em Paris. Em viagens pela Europa em 1948, teve contato com artista como Brancusi, Arp, Henri Laurens e Georges Vantangerloo.
Biografia
Sergio iniciou seus trabalhos com esculturas com peças remanescentes de Picasso e H. Laurens. Retornou ao Brasil em 1950, onde contribuiu para o movimento Constructivistas. Em 1953, novamente retornou para a Europa e para China em 1954. Entre 1961 e 1974 Sergio se estabeleceu em Paris, tornou-se en 1963 membro da Groupe de Recherche d'Art Visuel. Durante esse período, em seus trabalhos ele concentrou-se principalmente na estruturação de superfícies brancas monocromáticas em "Volumes poliédricos de leituras mutáveis" usando formas paralelepípedas e outras peças com relevos de madeira cilíndricos, em ambos os casos propondo o jogo de luzes e sombras trazendo ao público as idéias de ordem e caos, plenitude e vazio. Em 1963 também recebeu o Prêmio Internacional de Escultura da Bienal de Paris. Depois desse período (em 1967), retornou ao Brasil, onde contribuiu com Oscar Niemeyer nas fundações do prédio de Relações Exteriores em Brasilia. Durante os anos de 1969, Sérgio exibiu suas artes em numerosas exposições como Venice Biennale em 1966. Sergio faleceu no Rio de Janeiro em 1990. A galeria Tate Gallery em Londres possui obras de Sergio em permanente exposição.
Em sua homenagem, foi batizado uma logradouro com o seu nome, Rua Escultor Sergio de Camargo, na Barra da Tijuca, cujo entorno possui outros ruas com nomes de artistas plásticos brasileiros do mesmo período (Alfredo Ceschiatti, Franz Weissman, Mário Agostinelli etc.).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
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Sergio Camargo | Itaú Cultural
Sérgio Camargo (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1930 - idem, 1990). Escultor. Considerado um dos mais originais artistas brasileiros ligados à vertente construtiva, destaca-se por explorar os limites da forma ao realizar cortes audaciosos nos materiais, em um procedimento por ele denominado “geometria empírica”.
Embora tenha contato com trabalhos da vertente construtiva desde o início da carreira, Sérgio Camargo desenvolve uma obra independente e pessoal, sem filiar-se a qualquer grupo ou movimento. Durante dois anos (1946-1948), estudou na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde é orientado pelos artistas argentinos Emilio Pettoruti (1892-1971) e Lucio Fontana (1899-1968). Lá, interessa-se pelo construtivismo da Argentina. Parte para Paris em 1948, onde estuda a obra do escultor romeno Constantin Brancusi (1876-1957) e faz um curso de filosofia na Sorbonne. Nesse período, familiariza-se com as esculturas de Georges Vantongerloo (1886-1965) e Henri Laurens (1885-1954).
De volta ao Brasil, produz em 1954 suas primeiras esculturas figurativas de bronze, nas quais já se evidenciam a preocupação com o volume das obras e a potência dos cortes que ordenam as massas, qualidades fundamentais de seus trabalhos posteriores. Novamente em Paris (1961), frequenta o curso de sociologia da arte ministrado por Pierre Francastel (1905-1970), na École Pratique des Hautes Études, e faz experimentações com gesso, areia e tecido, criando estruturas informes e irregulares.
A partir de 1963, produz a série Relevos, da qual se ocupa proficuamente por cerca de dez anos. A operação será quase sempre a mesma: dispor cilindros brancos de madeira de diversos tamanhos, cortados em ângulos variados, sobre uma superfície plana também branca e de madeira. O desafio está em criar composições nas quais a forma geométrica original ⎼ cilindros ou paralelepípedos ⎼ é sistematicamente rompida e rearticulada para estabelecer um novo arranjo, não reversível ao ponto de partida. Nesse instante, a diferença entre o método de Camargo e o procedimento do construtivismo histórico torna-se evidente. Mesmo incorporando a coerência da atitude sistemática e a exatidão geométrica, seu trabalho se abre para o imprevisto; abarca, na interpretação do crítico Ronaldo Brito (1949), a ordem e a loucura da ordem. Os relevos são acolhidos na Europa, e Camargo desenvolve uma carreira internacional bem-sucedida.
Em meados dos anos 1960, o artista começa a experimentar o mármore de carrara em algumas peças. Realiza diversas obras para espaços públicos, entre elas: o muro estrutural do Palácio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; o Tríptico do Banco do Brasil de Nova York; a coluna Homenagem a Brancusi, para a Faculdade de Medicina de Bourdeaux, França; uma escultura na Praça da Sé, em São Paulo; e um monumento para o Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro.
Somente nos anos 1970 passa a utilizar quase exclusivamente o mármore em trabalhos decididamente escultóricos, numa passagem natural dos relevos conhecidos como "trombas" às peças de chão. Por um lado, tal material, com fortes raízes na tradição escultórica, acentua o caráter de permanência e estabilidade dos trabalhos. Por outro, a superfície lisa e uniforme do mármore polido reage de modo mais efetivo aos efeitos da luz, intensificando o aspecto dinâmico e transitório do conjunto.
Camargo retorna definitivamente ao Rio de Janeiro em 1974, mas mantém até o fim da vida um ateliê em Massa Carrara, Itália. Com peças alongadas em pedra negro-belga, produzidas nos anos 1980, o artista experimenta de modo radical os limites da forma ao realizar cortes cada vez mais agudos, ameaçando a integridade física da matéria. Alcança o ponto extremo de convivência possível entre a ordem e sua dissolução. Segundo os críticos, esses trabalhos acrescentariam certa conotação dramática ao singular construtivismo de Sérgio Camargo.
A possibilidade de combinar, de modo coerente e conciso, um número restrito de volumes geométricos (cilindros, cubos, retângulos), sem prestar contas a uma racionalidade didática, confere ao método de Camargo um caráter experimental permanente ao longo de sua obra. Tal experimentalismo, guardadas as devidas diferenças, coloca-o ao lado de artistas como Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980). Mesmo orientada pelo princípio construtivo da coerência e da lucidez integrais, a obra de Camargo não abandona o páthos de aventura característico da lírica moderna, como também observa Ronaldo Brito.
Num período em que se acredita no esgotamento da inovação e no qual se defende a superação do legado moderno, Sérgio Camargo inaugura uma trajetória em que a relação conflituosa, mas sempre atenta, com uma tradição preexistente gera uma produção inovadora e singular.
Críticas
"Vê-los (os trabalhos de Sérgio de Camargo) como algum tipo de informalismo me parece um equívoco puro e simples, resultado sem dúvida de uma leitura grosseira e exclusivamente ótica. Mas para pensá-los como trabalho construtivo, baseado num sistema concreto de relações que seria por assim dizer sua própria essência - convém notar que essas esculturas não têm propriamente formas mas sim elementos combinados -, é necessário ir além de um certo racionalismo formalista tradicionalmente ligado ao projeto construtivista da Europa ocidental. A importância do trabalho de arte como o de Sérgio de Camargo para o nosso ambiente cultural pode ser localizada sobretudo em dois pontos. Primeiro, pela lógica cerrada de seu processo de produção, vinculando a arte a uma idéia de seqüência de investigação intelectual, ele atua de modo a transformar toda uma política vigente de olhar arte. (...) O segundo ponto talvez seja mais difícil demonstrar: trata-se da vinculação do trabalho de Sérgio de Camargo à problemática de uma arte latino-americana. Porque o seu construtivismo só não é racionalista como muito possivelmente também não é europeu. A descoberta de sua obra na Europa, na década de 60 - concomitantemente à descoberta do trabalho de Soto, Lygia Clark e Hélio Oiticica entre outros -, deveu-se pelo menos em parte à espécie particular de lógica que colocava em ação, estranha sem dúvida ao rígido construtivismo europeu, e pode ser considerada algo por assim dizer especificamente latino-americano. Sem cair, é claro, na metafísica, postulando um pensamento latino-americano independente, é seguro afirmar que trabalhos como o de Camargo fazem parte de um determinado construtivismo latino-americano cuja teoria ainda por fazer pode ser um produtivo tema de estudo e debate" — Ronaldo Brito (BRITO, Ronaldo. A ordem da loucura e a loucura da ordem. In: CAMARGO, Sérgio de. Sérgio de Camargo. São Paulo: Galeria Arte Global, 1975. p. 1).
"O trabalho de Sérgio de Camargo acrescentou uma variável surpreendente à tradição construtiva moderna em seus desdobramentos brasileiros a partir dos anos 50. Porque uma inesperada e heterodoxa vertente, lírica e solar, brotava desse trabalho, praticamente ao mesmo tempo em que no contexto internacional o informalismo cético da produção européia e a antimetafísica irreverente e 'integrada' da pop art começavam a fustigar o legado da arte moderna. Isto é, quando tudo levava a crer que a linhagem construtiva tinha chegado a seu esgotamento histórico, finalmente reduzida ao tecnicismo banal da op art ou de tantas tendências matemático-geométricas que se vulgarizavam mundialmente, e quando o melhor da arte contemporânea denunciava o encetamento de um lento processo de saturação cultural, a obra de Sérgio repunha a noção de forma no centro de uma especulação essencialmente otimista e experimental" — Sônia Salzstein (SALZSTEIN, Sônia. In: CAMARGO, Sérgio de. Construção. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1997. p. 17).
"Em sua extensa série de relevos e esculturas, o artista está sempre voltando ao mesmo paradigma construtivo - um cilindro ou um cubo e as maneiras que podem ser cortados e combinados - e quanto mais ele explora este paradigma, quanto mais lhe articula as possibilidades, quanto mais lhe esvazia o statusde paradigma, de ?lei', mais nos faz perguntar que tipo de estabilidade e finalidade é essa que conferimos a paradigmas. O mais sutil de tudo talvez seja o fato de Camargo não investigar esse paradoxo no âmbito do conceitual e do ideal, mas naquilo que tem a ver com a luz, com as variações dela no mundo cotidiano e sua incalculável complexidade de nuanças" — Guy Brett (BRETT, Guy. Um salto radical. In: ADES, Dawn. Arte na América Latina: a era moderna, 1820-1980. São Paulo: Cosac & Naify, 1997. p. 253-283).
"Sérgio de Camargo criou relevos e esculturas para atrair a luz - o branco como armadilha. A luz era sua matéria-prima, costumava dizer. Mas depois de percorrer a obra, deserto branco, a luz quer descansar. Melhor, deseja a sombra, sem perder de vista o sol. Solombra. E é nesse momento, na sombra, que a obra vibra. Em silêncio. A sombra funciona como corte. Intercepção da luz. O corte é preciso, rápido, rigoroso, mas nunca áspero ou agressivo. Cai sempre em oblíqua. Como a sombra. Contra a plenitude da forma, o corte. Contra a plenitude da luz, a sombra. Uma sensualidade discreta percorre toda a obra do artista" — Frederico Morais (MORAIS, Frederico. Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX. In: TRIDIMENSIONALIDADE: arte brasileira do século XX. 2.ed. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 1999. p. 233).
"Basta a originalidade do trabalho de Sérgio de Camargo para demonstrar a heterogeneidade das fontes que alimentaram a formação do repertório construtivo no Brasil. Em seu referencial, existem Fontana, Brancusi e Arp, não a concepção matemática de Bill. Há ainda a tradição clássica do relevo, desde o Partenon até as portas do Batistério de Florença. Contudo, quando, na década de 60, sua obra aparece na galeria Signals de Londres antes de Oiticica e Lygia Clark, sobressai como traço em comum a strong sense of the body and physical movement ('um forte sentido de corpo e de movimento físico'), que o crítico Guy Brett atribui a um mesmo fundo de cultura. Em texto poético o próprio artista empresta conotação carnal à sua relação com a matéria, referida em termos de ?íntimo comércio a cujo hálito confundi o meu?. (...)
Conclusão: não se enquadra Sérgio de Camargo tão facilmente. Entender seu trabalho como manifestação do formalismo racionalista seria ignorar a sua complexidade. A lógica interna de sua obra escultórica não se prende à fria racionalidade. Trata-se de um corpo sistêmico aberto à imponderabilidade: o que o alimenta e faz viver é, simultaneamente, fator de perturbação e desordem. Sua organicidade corresponde a uma combinatória de elementos truncados dispostos em placa contra a parede ou apoiados sobre o chão; a luz é a matéria com a qual interage. Por muitos anos, os relevos e as colunas são inteiramente brancos. O artista dispõe os fragmentos, mas é a luz que faz palpitar a superfície. Na fase final, vem a vingança dos blocos negros que absorvem, engolem a luz. A todo momento, a percepção visual se confunde com a tátil: nos relevos, a oscilação de claro-escuro suscita lembranças de crostas, de peles escamadas alvejadas pelo sol, enquanto os sólidos em mármore negro parecem macios e quentes ao olhar: evocações que remetem a memória arcaica das sensações".
Maria Alice Milliet
MILLIET, Maria Alice. Tendências construtivas e os limites da linguagem plástica. In: MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, SÃO PAULO. Arte moderna. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000. p. 44-59.
Exposições individuais
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte das Folhas, São Paulo, Brasil
1964
Signals Gallery, Londres, Inglaterra
1965
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria São Luiz, São Paulo, Brasil
1967
Galleria del Naviglio, Milão, Itália
Galeria L'Obelisco, Roma, Itália
Galleria La Polena, Gênova, Itália
1968
Gimpel et Hanover Galerie, Zurique, Suíça
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galleria Notizie, Turim, Itália
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
1969
Gimpel & Weitzenhoffer, Nova York, EUA
1970
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
1971
Artestudio, Macerata, Itália
Artestudio, Brescia, Itália
Galeria M. Bochum, Bochum, Alemanha
1972
Estúdio Actual, Caracas, Venezuela
Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
1974
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
1975
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte Global, São Paulo, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
1980
Espaço Arte Brasileira Contemporânea, Funarte, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro, Brasil
Museu de Arte de São Paulo, Brasil
CAYC, Buenos Aires, Argentina
1981
Galeria Sagittaria, Pordenone, Itália
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1982
Galeria Bellechasse, Paris, França
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
1983
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1985
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1987
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
1988
Galeria 111, Lisboa, Portugal
1990
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições individuais póstumas
1994
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro, Brasil
1995
Henie-Onstad Kunstsenter, Oslo, Noruega
Charlottenborg Museum, Copenhagen, Dinamarca
Stedelijjk Museum, Schiedam, Holanda
1996
Museum of Modern Art of Oxford, Oxford, Inglaterra
Galerie Denise René, Paris, França
Maison de l&rsquoAmérique Latine, Paris, França
1997
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1999
Palácio do Itamaraty, Brasília, Brasil
2003
Projetos, protótipos e pequenos formatos. Centro Cultural Maria Antonia, São Paulo, Brasil
2010
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas
1951
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1952
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1953
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1954
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1955
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1957
Arte Moderno Brasileño. Buenos Aires, Argentina Montevidéu, Uruguai Santiago, Chile Lima, Peru
4ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
1961
Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
Festival de Arte Contemporânea. Porto Alegre, Brasil
1962
L'Art Latino-Américain. Paris, França
Formes et Magie. Paris, França
7 artistes brésiliennes de l'Ecole de Paris. Galerie XXème, Paris, França
La boîte et son contenu. Galerie H. Legendre, Paris, França
Transitions. Galerie Ravenstein, Bruxelas, Bélgica
3ª Bienal de Paris, França
Salon de la Jeune Sculpture, Paris, França
1964
Galerie Margarette Lauter, Mannheim, Alemanha
L'aujourd'hui de demain. Palais Saint Veast, Arras, França
Festival of South American Art. Signals London, Londres, Inglaterra
First pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Second pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
1965
8ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
Galerie Denise René, Paris, França
Artmouvement. Royal Scottish Academy, Edimburgo, Escócia
Spacialkinetic art. Midland, Inglaterra
Group Gallery. Nottingham, Inglaterra
Cornucópia 65. Molton Gallery, Londres, Inglaterra
Mouvemente in art. Tel Aviv Museum, Tel Aviv, Israel
Objectif 65. Galerie de la Librairie Anglaise, Paris, França
Galeria Cavalero, Cannes, França
Signals London, Londres, Inglaterra
White on White. The Cordoba Museum, Lincoln, EUA
Galerie Kerchache, Paris, França
Artmouvement. Art Museum, Glasgow, Escócia
Sonomontage. Hampstead Theatre Club, Londres, Inglaterra
Mouvement. Art Galley, Manchester, Inglaterra
ArtScience 65. University of Liverpool, Liverpool, Inglaterra
White on White. Adilson Gallery of American Art, Andover, EUA
Salon Compairaisons. Paris, França
Salão Esso. Rio de Janeiro, Brasil
1966
33ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
Mouvements. University of Sheffield, Sheffield, Inglaterra
Indications. Indica Gallery, Londres, Inglaterra
Bianco: Bianco. Galeria l'Obelisco, Roma, Itália
The artist at work. Hampstead Arts Center, Londres, Inglaterra
Leeds student art week. Leeds, Inglaterra
International kinetic show. Galerie ad libitum, Antuérpia, Holanda
White structures. Kunsthalle, Berna, Suíça
Galerie Kerchache, Paris, França
Esculturas. Galeria 4 Planetas, São Paulo, Brasil
Exhibition of kinetic art. Herbert Art Gallery, Coventry, Inglaterra
Kinetic art. Ritchie Hendriks Gallery, Dublin, Irlanda
Artistas Brasileños Contemporaneos. Museo de Arte Moderno, Montevidéu, Uruguai Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coletiva Brasileira. Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
4º Resumo de Arte do Jornal do Brasil. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
1967
Structures et mouvement. Galerie Denise René, Paris, França
Lumière et mouvement. Musée d'Art Moderne de la ville de Paris, Paris, França
Ouvertures. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Europe, Paris, França
Kinetika, Museum des XX Jahrhunderts. Schweinzergarten, Viena, Áustria
Ipotesi linguistiche intersoggetive. Florença, Bolonha, Lecce, Livorno, Napoli, Sansepolcro, Turim, Itália
Galerie Loo, Genebra, Suíça
Galleria Regis, Liguria, Itália
Formes et lieux. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Accent, Bruxelas, Bélgica
Peintures et sculptures. Centre Comunal de Malakoff, Malakoff, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1968
4ª Documenta. Kassel, Alemanha
Latin American artists. The Delawe Art Center, Wilmington, EUA
Hemis-fair, San Antonio, EUA
Art vivant 1965-1968. Fondation Maeght, Saint-Paul-de-Vence, França
Kunstnernes Hus, Oslo, Noruega
Six Latin American countries. Midland Art Group, Nottingham, Inglaterra
Silence et mouvement. Rijkmuseum Kroller-Muller, Oterloo, Holanda
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Des formers inventées. Galerie Vercarmer, Paris, França
Kunstamarkt, Colônia, Alemanha
Kunsten Inag, Oslo, Noruega
2001. Gavina, Roma, Itália
Nikust i Tussen ar. Hine-Onstad Kunstsenter, Hovikoddenn, Noruega
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1969
Art experimental. Musée d'Art et d'Industrie, Saint-Etienne, França
Hommage an das schweigen. Tiroler Kunstpavillon, Innsbruck, Áustria
L'Oeil écoute. Palais des Papes, Avignon, França
Open air sculptures. Syon Park, Londres, Inglaterra
Fondation Port Bacarès, Roussillon, França
Position. Galerie Denise René, Paris, França
Kunstmarkt 69. Colônia, Alemanha
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
New York State University, New Paltz, EUA
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Collector's Choice. GrimpelWeitzenhoffer, Nova York, EUA
Depuis Rodin. Musée Municipal, Saint-Germain-en-Laye, França
Bijoux d'art contemporain. Toulouse, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1970
Bienal de Menton. Menton, França
Bienal de Medellín. Medellín, Colômbia
Der Wanderbare Raum. Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Itinéraires blancs. Musée d'Art et d&rsquoIndustrie, Saint Etienne, França
Selection d'oeuvres. Centre Nacional d'Art Contemporain, Paris, França
Vision 24. Instituto Italo-Latinoamericano, Roma, Itália
Festival d'art plastique. Montargis, França
Kunstmarkt. Basileia, Suíça
Kunstmarkt. Colônia, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1971
Latin America i Skandinavia. Kunstnemes Hus, Oslo, Noruega
Gentolfre Kunstvernner, Charlottelund, Dinamarca
Lunds Konsthall, Lund, Suécia
Konsthalle, Goterborg, Suécia
Dritte Internationale Fruhjahrsmesse, Berlim, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1973
Carrara, Itália
Semana latino-americana de Paris-Cefral. Paris, França
50 jovens escultores da Escola de Paris. Sophienholm, Odensse, Noruega
5 artistes d'Amérique Latine. Nanterre, França
Gromholts-Samling. Henie Onstad Kunstsenter, Hovikodden, Noruega
Brasil/50 anos depois. Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Salon de Mai. Paris, França
1974
Basically White. Lucy Milton Gallery, Londres, Inglaterra
intenationale Kleinformat, Ausstelung. Galeria Lydia Megert, Berna, Suíça
Gromholts-Samling. Bergen, Noruega
1975
Arte no Brasil Documento/Debate. Org. Prefeitura de Campinas, Campinas, Brasil
Artistas Latino-Americanos de Hoy. The University of Texas of Austin, University Art Museum, Austin, EUA
Birmingham Museum of Arts, Alabama, EUA
Oeuvres en bois du XXème Siècle. Portland Art Museum, Portland, EUA
10º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Campinas, Brasil
1976
Sala Brasília (13ª Bienal de São Paulo). São Paulo, Brasil
Creadores latino-americanos contemporâneos. Cidade do México, México
Brasil Documento/Debate. Pinacoteca do Estado, São Paulo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
Projeto construtivo brasileiro de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Escultura ao ar livre. Sesc Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil
1978
Panorama de Arte Atual Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Cuatro artistas brasileños. Fundación Eugenio Mendonza, Caracas, Venezuela
50 anos de Escultura Brasileira no Espaço Urbano. Praça Nossa Senhora da Paz, Rio de Janeiro, Brasil
1979
15ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Festival Cervantino. Cidade do México, México
Escultura brasileira. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil
Escultores brasileiros. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
1980
Homenagem a Mário Pedrosa. Galeria Jean Boghici, Rio de Janeiro, Brasil
Amilcar de Castro, Lygia Clark, Sergio Camargo, Frans Weissmann (exposição inaugural). Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1981
Arte Latinoamericana Contemporaneo y Japón. Museu Nacional de Arte, Osaka, Japão
1982
41ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
1983
17ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Galeria Aidé Santamarina, Casa de las Américas, Havana, Cuba
1984
5 artistas brasileños. Casa Negret, Bogotá, Colômbia
Um aniversário e 5 grandes artistas. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
Madeira matéria de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1985
Destaques da arte contemporânea brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Geometric abstraction in Latin American art. CDS Gallery, Nova York, EUA
Galeria Paulo Klabin, São Paulo, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Abstracción en el Siglo XX. Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coleção Denison de Arte Contemporânea Brasileira. Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, Brasil
Homenagem a Maria Leontina. Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
Panorama da Arte Atual Brasileira/Formas tridimensionais. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
8º Salão Nacional de Artes Plásticas (sala especial "Salão Branco e Preto no 3º Salão Nacional, em 1954&rdquo). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1986
1ª Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras. Fundação Demócrito Rocha, Fortaleza, Brasil
1987/88
Modernidade: Arte Brasileira do Século XX. Musée d&rsquoArt Moderne de la Ville de Paris, Paris, França Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
1990
Coerência &ndash Transformação. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas Póstumas
1993
Poética. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
A Arte Brasileira no Mundo: uma trajetória. Dan Galeria, São Paulo, Brasil
1994
Bienal Brasil Século XX. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Coleção Unibanco. Casa de Cultura de Poços de Caldas, Poços de Caldas, Brasil
1997
Bienal do Mercosul. Porto Alegre, Brasil
Galeria Brito Cimino (mostra inaugural), São Paulo, Brasil
A Escultura Brasileira de 1920 a 1990: perfil de uma identidade. Centro Cultural do BID, Washington, USA Espaço Cultural do Banco Safra, São Paulo, Brasil
1998
Teoria dos Valores. Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Arte Construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
2000
Mira Schendel, Sergio CamargoWillys de Castro. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil
Brasil +500 - Mostra do redescobrimento. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Heterotopias: Medio siglo sin lugar. Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha
2001
Century City: ArtCulture in the Twentieth Century Metropolis. Tate Modern, Londres, Inglaterra
Prêmios
Isenção de Júri, 3º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1954
Prêmio Aquisição, 3º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, Brasil, 1954
Isenção de Júri, 5º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1956
Isenção de Júri, 6º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1957
Isenção de Júri, 7º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1958
Isenção de Júri, 9º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1960
Prêmio Internacional de Escultura, 3ª Bienal de Paris, Paris, França, 1963
Prêmio Nacional de Escultura, 8ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil, 1965
Prêmio H. Stern Melhor Exposição de Escultura do Ano, 4º Resumo de Arte JB, Rio de Janeiro, Brasil, 1966
Prêmio Melhor Exposição de Escultura do Ano (individual no Gabinete de Artes Gráficas), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1977
Prêmio Melhor Retrospectiva do Ano (individual no Museu de Arte de São Paulo), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1980
Museus e coleções públicas
Acervo Banco Itaú S.A., São Paulo, Brasil
Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, Estados Unidos
Austin Museum of Art, Austin, Estados Unidos
Birmingham Museum of Art, Birmingham, Estados Unidos
Casa de las Américas, Havana, Cuba
Centre National d'Art Contemporain, Paris, França
Contemporary Art Society, Londres, Inglaterra
Dallas Museum of Fine Arts, Dallas, Estados Unidos
Didrichsen Art Museum, GunnarMarie-Louise Didrichsen Foundation, Helsinque, Finlândia
Fondazione Antonio e Carmela Calderara, Vacciago, Itália
Fundação José e Paulina Nemirovsky, São Paulo, Brasil
Fundación Cisneros, Colección Patricia Phelps de Cisneros, Nova York, Estados Unidos Caracas Venezuela
Fundación Museo de Arte Moderno Jesús Soto, Ciudad Bolívar, Venezuela
Galleria Nazionale d&rsquoArte Moderna, Roma, Itália
Hirshhorn MuseumSculpture Garden, Washington, Estados Unidos
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Jack S. Blanton Museum of Art, University of Texas at Austin, Austin, Estados Unidos
Kunstmuseum Bern, Collection Victor Loeb, Berna, Suíça
Lehmbruck Museum, Duisburg, Alemanha
Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos
Musée d'Art moderne de la Ville de Paris, Paris, França
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Musée national d'art moderne &ndash Centre Pompidou, Paris, França
Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Fondación Costantini, Buenos Aires, Argentina
Museo de Arte Moderno de Medellín, Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Museo de la Solidariedad Salvador Allende, Santiago, Chile
Museo Tamayo, Cidade do México, México
Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini, Niterói, Brasil
Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, Brasil
Museum of Fine Arts, Houston/Coleção Adolpho Leirner, Houston, Estados Unidos
Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos
Nasjonalmuseet, Oslo, Noruega
Oklahoma Museum, Oklahoma, Estados Unidos
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Rijksmuseum Kröller-Müller, Otterlo, Holanda
Tate Gallery, Londres, Inglaterra
Ulster Museum, Belfast, Irlanda
Obras em Espaços Públicos
Cemitério de Oslo, Noruega
Centro Empresarial Itaú, São Paulo, Brasil
Collège d´Enseignement Technique, Equeurdreville, França
Faculté de Medicine, Bordeaux, França
Fylkeshuset, Trondheim, Noruega
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Parque da Catacumba, Rio de Janeiro, Brasil
Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Praça da Sé, São Paulo, Brasil
Fonte: SÉRGIO Camargo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 14 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, Brasil, 8 de abril de 1930 — Rio de Janeiro, Brasil, 31 de maio de 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro. Conhecido por suas obras em relevo e esculturas abstratas que exploravam de maneira inovadora a interação entre luz e sombra, Camargo formou-se inicialmente na Academia Altamira em Buenos Aires, sob a orientação de Emilio Pettoruti e Lucio Fontana, posteriormente estudou filosofia na Sorbonne, em Paris, onde foi influenciado por figuras como Constantin Brancusi e Jean Arp. Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua abordagem construtivista, criando superfícies monocromáticas compostas por cilindros e paralelepípedos que, ao serem iluminados, revelavam composições dinâmicas e mutáveis. Seu trabalho ganhou reconhecimento internacional na década de 1960, com destaque para sua participação na Bienal de Veneza em 1966 e na Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou em projetos importantes no Brasil, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília, projetado por Oscar Niemeyer. Camargo manteve uma carreira prolífica até sua morte, com suas obras sendo exibidas em museus e coleções ao redor do mundo, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres.
Sergio Camargo | Arremate Arte
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de abril de 1930 – 1990) foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional, reconhecido por sua abordagem única na exploração dos limites da forma e da luz em suas obras. Nascido em uma família tradicional carioca, Camargo iniciou sua formação artística na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde estudou com artistas como Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Posteriormente, mudou-se para Paris, onde cursou filosofia na Sorbonne e se aproximou de figuras influentes como Constantin Brancusi e Georges Vantongerloo, que impactaram significativamente sua produção artística.
Ao longo de sua carreira, Camargo se destacou por sua habilidade em manipular formas geométricas simples, como cilindros e cubos, para criar composições que exploravam as interações entre luz e sombra, ordem e caos. Suas obras, muitas vezes feitas em mármore de Carrara ou madeira pintada de branco, são caracterizadas pela precisão geométrica e pela habilidade de captar a luz de maneira a criar um jogo dinâmico de sombras, conferindo vitalidade e movimento às peças. Entre seus trabalhos mais emblemáticos estão as séries de relevos brancos e suas esculturas monumentais, como o painel estrutural do Palácio do Itamaraty em Brasília.
Camargo alcançou reconhecimento internacional a partir dos anos 1960, quando suas obras foram exibidas em importantes exposições, como a Bienal de Veneza de 1966 e a Documenta de Kassel em 1968. Além disso, ele colaborou com artistas de destaque e teve suas obras adquiridas por museus de renome, incluindo o Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) e a Tate Modern em Londres. Após retornar definitivamente ao Brasil em 1974, Camargo continuou a produzir e a influenciar o cenário artístico nacional até sua morte em 1990, deixando um legado indelével na história da escultura contemporânea.
Exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria"
A exposição "Sergio Camargo: Luz e Matéria," realizada no Itaú Cultural em São Paulo, ofereceu uma visão abrangente da obra do escultor, destacando a inovação e a profundidade de seu trabalho ao longo das décadas. A mostra apresentou mais de 100 obras, incluindo relevos e esculturas em mármore e madeira, além de documentos pessoais e um documentário produzido por sua filha, Maria Camargo.
A exposição foi dividida em várias seções que exploravam diferentes aspectos da produção artística de Camargo. Uma das áreas focava em suas famosas esculturas em mármore de Carrara, conhecidas por suas formas geométricas simples e ao mesmo tempo complexas, que capturam e manipulam a luz de maneiras surpreendentes. Estas obras são caracterizadas por um jogo entre ordem e caos, onde cilindros e paralelepípedos são dispostos em composições que desafiam a percepção do espectador.
Além das esculturas, a exposição incluiu cartas pessoais e fotografias que ofereciam uma visão íntima do processo criativo do artista, revelando suas reflexões sobre a arte e a vida. O documentário "Se Meu Pai Fosse de Pedra," dirigido por Maria Camargo, forneceu um olhar pessoal sobre a trajetória de Sergio Camargo, complementando a experiência dos visitantes com narrativas que conectavam a obra do artista a suas experiências pessoais e familiares.
A recriação do ateliê de Camargo em Jacarepaguá foi outro destaque da exposição, permitindo que os visitantes visualizassem o ambiente em que ele criava suas peças e compreendessem melhor sua abordagem ao material e ao espaço. Esse espaço recriado foi importante para contextualizar a natureza experimental e empírica de sua arte, que, apesar de rigorosamente estruturada, sempre manteve um espaço para o imprevisto e a descoberta.
A curadoria da exposição, conduzida por Paulo Sergio Duarte e Cauê Alves, enfatizou a relevância de Camargo dentro do movimento construtivista e sua contribuição para a escultura moderna, não apenas no Brasil, mas internacionalmente. A exposição foi um grande sucesso, celebrando a carreira de um dos mais importantes escultores brasileiros do século XX e reafirmando seu impacto duradouro no cenário artístico global.
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Sergio Camargo | Wikipédia
Sergio Camargo (Rio de Janeiro, 8 de Abril de 1930 – 1990), foi um escultor e artista plástico brasileiro de renome internacional. Estudou na Academia Altamira em Buenos Aires com Emilio Pettoruti e Lucio Fontana. Sergio também estudou filosofia em Sorbonne em Paris. Em viagens pela Europa em 1948, teve contato com artista como Brancusi, Arp, Henri Laurens e Georges Vantangerloo.
Biografia
Sergio iniciou seus trabalhos com esculturas com peças remanescentes de Picasso e H. Laurens. Retornou ao Brasil em 1950, onde contribuiu para o movimento Constructivistas. Em 1953, novamente retornou para a Europa e para China em 1954. Entre 1961 e 1974 Sergio se estabeleceu em Paris, tornou-se en 1963 membro da Groupe de Recherche d'Art Visuel. Durante esse período, em seus trabalhos ele concentrou-se principalmente na estruturação de superfícies brancas monocromáticas em "Volumes poliédricos de leituras mutáveis" usando formas paralelepípedas e outras peças com relevos de madeira cilíndricos, em ambos os casos propondo o jogo de luzes e sombras trazendo ao público as idéias de ordem e caos, plenitude e vazio. Em 1963 também recebeu o Prêmio Internacional de Escultura da Bienal de Paris. Depois desse período (em 1967), retornou ao Brasil, onde contribuiu com Oscar Niemeyer nas fundações do prédio de Relações Exteriores em Brasilia. Durante os anos de 1969, Sérgio exibiu suas artes em numerosas exposições como Venice Biennale em 1966. Sergio faleceu no Rio de Janeiro em 1990. A galeria Tate Gallery em Londres possui obras de Sergio em permanente exposição.
Em sua homenagem, foi batizado uma logradouro com o seu nome, Rua Escultor Sergio de Camargo, na Barra da Tijuca, cujo entorno possui outros ruas com nomes de artistas plásticos brasileiros do mesmo período (Alfredo Ceschiatti, Franz Weissman, Mário Agostinelli etc.).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
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Sergio Camargo | Itaú Cultural
Sérgio Camargo (Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1930 - idem, 1990). Escultor. Considerado um dos mais originais artistas brasileiros ligados à vertente construtiva, destaca-se por explorar os limites da forma ao realizar cortes audaciosos nos materiais, em um procedimento por ele denominado “geometria empírica”.
Embora tenha contato com trabalhos da vertente construtiva desde o início da carreira, Sérgio Camargo desenvolve uma obra independente e pessoal, sem filiar-se a qualquer grupo ou movimento. Durante dois anos (1946-1948), estudou na Academia Altamira, em Buenos Aires, onde é orientado pelos artistas argentinos Emilio Pettoruti (1892-1971) e Lucio Fontana (1899-1968). Lá, interessa-se pelo construtivismo da Argentina. Parte para Paris em 1948, onde estuda a obra do escultor romeno Constantin Brancusi (1876-1957) e faz um curso de filosofia na Sorbonne. Nesse período, familiariza-se com as esculturas de Georges Vantongerloo (1886-1965) e Henri Laurens (1885-1954).
De volta ao Brasil, produz em 1954 suas primeiras esculturas figurativas de bronze, nas quais já se evidenciam a preocupação com o volume das obras e a potência dos cortes que ordenam as massas, qualidades fundamentais de seus trabalhos posteriores. Novamente em Paris (1961), frequenta o curso de sociologia da arte ministrado por Pierre Francastel (1905-1970), na École Pratique des Hautes Études, e faz experimentações com gesso, areia e tecido, criando estruturas informes e irregulares.
A partir de 1963, produz a série Relevos, da qual se ocupa proficuamente por cerca de dez anos. A operação será quase sempre a mesma: dispor cilindros brancos de madeira de diversos tamanhos, cortados em ângulos variados, sobre uma superfície plana também branca e de madeira. O desafio está em criar composições nas quais a forma geométrica original ⎼ cilindros ou paralelepípedos ⎼ é sistematicamente rompida e rearticulada para estabelecer um novo arranjo, não reversível ao ponto de partida. Nesse instante, a diferença entre o método de Camargo e o procedimento do construtivismo histórico torna-se evidente. Mesmo incorporando a coerência da atitude sistemática e a exatidão geométrica, seu trabalho se abre para o imprevisto; abarca, na interpretação do crítico Ronaldo Brito (1949), a ordem e a loucura da ordem. Os relevos são acolhidos na Europa, e Camargo desenvolve uma carreira internacional bem-sucedida.
Em meados dos anos 1960, o artista começa a experimentar o mármore de carrara em algumas peças. Realiza diversas obras para espaços públicos, entre elas: o muro estrutural do Palácio do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; o Tríptico do Banco do Brasil de Nova York; a coluna Homenagem a Brancusi, para a Faculdade de Medicina de Bourdeaux, França; uma escultura na Praça da Sé, em São Paulo; e um monumento para o Parque da Catacumba, no Rio de Janeiro.
Somente nos anos 1970 passa a utilizar quase exclusivamente o mármore em trabalhos decididamente escultóricos, numa passagem natural dos relevos conhecidos como "trombas" às peças de chão. Por um lado, tal material, com fortes raízes na tradição escultórica, acentua o caráter de permanência e estabilidade dos trabalhos. Por outro, a superfície lisa e uniforme do mármore polido reage de modo mais efetivo aos efeitos da luz, intensificando o aspecto dinâmico e transitório do conjunto.
Camargo retorna definitivamente ao Rio de Janeiro em 1974, mas mantém até o fim da vida um ateliê em Massa Carrara, Itália. Com peças alongadas em pedra negro-belga, produzidas nos anos 1980, o artista experimenta de modo radical os limites da forma ao realizar cortes cada vez mais agudos, ameaçando a integridade física da matéria. Alcança o ponto extremo de convivência possível entre a ordem e sua dissolução. Segundo os críticos, esses trabalhos acrescentariam certa conotação dramática ao singular construtivismo de Sérgio Camargo.
A possibilidade de combinar, de modo coerente e conciso, um número restrito de volumes geométricos (cilindros, cubos, retângulos), sem prestar contas a uma racionalidade didática, confere ao método de Camargo um caráter experimental permanente ao longo de sua obra. Tal experimentalismo, guardadas as devidas diferenças, coloca-o ao lado de artistas como Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Hélio Oiticica (1937-1980). Mesmo orientada pelo princípio construtivo da coerência e da lucidez integrais, a obra de Camargo não abandona o páthos de aventura característico da lírica moderna, como também observa Ronaldo Brito.
Num período em que se acredita no esgotamento da inovação e no qual se defende a superação do legado moderno, Sérgio Camargo inaugura uma trajetória em que a relação conflituosa, mas sempre atenta, com uma tradição preexistente gera uma produção inovadora e singular.
Críticas
"Vê-los (os trabalhos de Sérgio de Camargo) como algum tipo de informalismo me parece um equívoco puro e simples, resultado sem dúvida de uma leitura grosseira e exclusivamente ótica. Mas para pensá-los como trabalho construtivo, baseado num sistema concreto de relações que seria por assim dizer sua própria essência - convém notar que essas esculturas não têm propriamente formas mas sim elementos combinados -, é necessário ir além de um certo racionalismo formalista tradicionalmente ligado ao projeto construtivista da Europa ocidental. A importância do trabalho de arte como o de Sérgio de Camargo para o nosso ambiente cultural pode ser localizada sobretudo em dois pontos. Primeiro, pela lógica cerrada de seu processo de produção, vinculando a arte a uma idéia de seqüência de investigação intelectual, ele atua de modo a transformar toda uma política vigente de olhar arte. (...) O segundo ponto talvez seja mais difícil demonstrar: trata-se da vinculação do trabalho de Sérgio de Camargo à problemática de uma arte latino-americana. Porque o seu construtivismo só não é racionalista como muito possivelmente também não é europeu. A descoberta de sua obra na Europa, na década de 60 - concomitantemente à descoberta do trabalho de Soto, Lygia Clark e Hélio Oiticica entre outros -, deveu-se pelo menos em parte à espécie particular de lógica que colocava em ação, estranha sem dúvida ao rígido construtivismo europeu, e pode ser considerada algo por assim dizer especificamente latino-americano. Sem cair, é claro, na metafísica, postulando um pensamento latino-americano independente, é seguro afirmar que trabalhos como o de Camargo fazem parte de um determinado construtivismo latino-americano cuja teoria ainda por fazer pode ser um produtivo tema de estudo e debate" — Ronaldo Brito (BRITO, Ronaldo. A ordem da loucura e a loucura da ordem. In: CAMARGO, Sérgio de. Sérgio de Camargo. São Paulo: Galeria Arte Global, 1975. p. 1).
"O trabalho de Sérgio de Camargo acrescentou uma variável surpreendente à tradição construtiva moderna em seus desdobramentos brasileiros a partir dos anos 50. Porque uma inesperada e heterodoxa vertente, lírica e solar, brotava desse trabalho, praticamente ao mesmo tempo em que no contexto internacional o informalismo cético da produção européia e a antimetafísica irreverente e 'integrada' da pop art começavam a fustigar o legado da arte moderna. Isto é, quando tudo levava a crer que a linhagem construtiva tinha chegado a seu esgotamento histórico, finalmente reduzida ao tecnicismo banal da op art ou de tantas tendências matemático-geométricas que se vulgarizavam mundialmente, e quando o melhor da arte contemporânea denunciava o encetamento de um lento processo de saturação cultural, a obra de Sérgio repunha a noção de forma no centro de uma especulação essencialmente otimista e experimental" — Sônia Salzstein (SALZSTEIN, Sônia. In: CAMARGO, Sérgio de. Construção. São Paulo: Gabinete de Arte Raquel Arnaud, 1997. p. 17).
"Em sua extensa série de relevos e esculturas, o artista está sempre voltando ao mesmo paradigma construtivo - um cilindro ou um cubo e as maneiras que podem ser cortados e combinados - e quanto mais ele explora este paradigma, quanto mais lhe articula as possibilidades, quanto mais lhe esvazia o statusde paradigma, de ?lei', mais nos faz perguntar que tipo de estabilidade e finalidade é essa que conferimos a paradigmas. O mais sutil de tudo talvez seja o fato de Camargo não investigar esse paradoxo no âmbito do conceitual e do ideal, mas naquilo que tem a ver com a luz, com as variações dela no mundo cotidiano e sua incalculável complexidade de nuanças" — Guy Brett (BRETT, Guy. Um salto radical. In: ADES, Dawn. Arte na América Latina: a era moderna, 1820-1980. São Paulo: Cosac & Naify, 1997. p. 253-283).
"Sérgio de Camargo criou relevos e esculturas para atrair a luz - o branco como armadilha. A luz era sua matéria-prima, costumava dizer. Mas depois de percorrer a obra, deserto branco, a luz quer descansar. Melhor, deseja a sombra, sem perder de vista o sol. Solombra. E é nesse momento, na sombra, que a obra vibra. Em silêncio. A sombra funciona como corte. Intercepção da luz. O corte é preciso, rápido, rigoroso, mas nunca áspero ou agressivo. Cai sempre em oblíqua. Como a sombra. Contra a plenitude da forma, o corte. Contra a plenitude da luz, a sombra. Uma sensualidade discreta percorre toda a obra do artista" — Frederico Morais (MORAIS, Frederico. Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX. In: TRIDIMENSIONALIDADE: arte brasileira do século XX. 2.ed. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 1999. p. 233).
"Basta a originalidade do trabalho de Sérgio de Camargo para demonstrar a heterogeneidade das fontes que alimentaram a formação do repertório construtivo no Brasil. Em seu referencial, existem Fontana, Brancusi e Arp, não a concepção matemática de Bill. Há ainda a tradição clássica do relevo, desde o Partenon até as portas do Batistério de Florença. Contudo, quando, na década de 60, sua obra aparece na galeria Signals de Londres antes de Oiticica e Lygia Clark, sobressai como traço em comum a strong sense of the body and physical movement ('um forte sentido de corpo e de movimento físico'), que o crítico Guy Brett atribui a um mesmo fundo de cultura. Em texto poético o próprio artista empresta conotação carnal à sua relação com a matéria, referida em termos de ?íntimo comércio a cujo hálito confundi o meu?. (...)
Conclusão: não se enquadra Sérgio de Camargo tão facilmente. Entender seu trabalho como manifestação do formalismo racionalista seria ignorar a sua complexidade. A lógica interna de sua obra escultórica não se prende à fria racionalidade. Trata-se de um corpo sistêmico aberto à imponderabilidade: o que o alimenta e faz viver é, simultaneamente, fator de perturbação e desordem. Sua organicidade corresponde a uma combinatória de elementos truncados dispostos em placa contra a parede ou apoiados sobre o chão; a luz é a matéria com a qual interage. Por muitos anos, os relevos e as colunas são inteiramente brancos. O artista dispõe os fragmentos, mas é a luz que faz palpitar a superfície. Na fase final, vem a vingança dos blocos negros que absorvem, engolem a luz. A todo momento, a percepção visual se confunde com a tátil: nos relevos, a oscilação de claro-escuro suscita lembranças de crostas, de peles escamadas alvejadas pelo sol, enquanto os sólidos em mármore negro parecem macios e quentes ao olhar: evocações que remetem a memória arcaica das sensações".
Maria Alice Milliet
MILLIET, Maria Alice. Tendências construtivas e os limites da linguagem plástica. In: MOSTRA DO REDESCOBRIMENTO, 2000, SÃO PAULO. Arte moderna. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo: Associação Brasil 500 anos Artes Visuais, 2000. p. 44-59.
Exposições individuais
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte das Folhas, São Paulo, Brasil
1964
Signals Gallery, Londres, Inglaterra
1965
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria São Luiz, São Paulo, Brasil
1967
Galleria del Naviglio, Milão, Itália
Galeria L'Obelisco, Roma, Itália
Galleria La Polena, Gênova, Itália
1968
Gimpel et Hanover Galerie, Zurique, Suíça
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galleria Notizie, Turim, Itália
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
1969
Gimpel & Weitzenhoffer, Nova York, EUA
1970
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
1971
Artestudio, Macerata, Itália
Artestudio, Brescia, Itália
Galeria M. Bochum, Bochum, Alemanha
1972
Estúdio Actual, Caracas, Venezuela
Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
1974
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
1975
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria de Arte Global, São Paulo, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
1980
Espaço Arte Brasileira Contemporânea, Funarte, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro, Brasil
Museu de Arte de São Paulo, Brasil
CAYC, Buenos Aires, Argentina
1981
Galeria Sagittaria, Pordenone, Itália
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1982
Galeria Bellechasse, Paris, França
Gimpel Fils Gallery, Londres, Inglaterra
1983
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1985
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1987
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
1988
Galeria 111, Lisboa, Portugal
1990
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições individuais póstumas
1994
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro, Brasil
1995
Henie-Onstad Kunstsenter, Oslo, Noruega
Charlottenborg Museum, Copenhagen, Dinamarca
Stedelijjk Museum, Schiedam, Holanda
1996
Museum of Modern Art of Oxford, Oxford, Inglaterra
Galerie Denise René, Paris, França
Maison de l&rsquoAmérique Latine, Paris, França
1997
Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1999
Palácio do Itamaraty, Brasília, Brasil
2003
Projetos, protótipos e pequenos formatos. Centro Cultural Maria Antonia, São Paulo, Brasil
2010
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas
1951
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1952
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1953
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
1954
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1955
Salão Nacional de Arte Moderna. Rio de Janeiro, Brasil
Salão Paulista de Arte Moderna. São Paulo, Brasil
1957
Arte Moderno Brasileño. Buenos Aires, Argentina Montevidéu, Uruguai Santiago, Chile Lima, Peru
4ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
1958
Galeria GEA, Rio de Janeiro, Brasil
1961
Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
Festival de Arte Contemporânea. Porto Alegre, Brasil
1962
L'Art Latino-Américain. Paris, França
Formes et Magie. Paris, França
7 artistes brésiliennes de l'Ecole de Paris. Galerie XXème, Paris, França
La boîte et son contenu. Galerie H. Legendre, Paris, França
Transitions. Galerie Ravenstein, Bruxelas, Bélgica
3ª Bienal de Paris, França
Salon de la Jeune Sculpture, Paris, França
1964
Galerie Margarette Lauter, Mannheim, Alemanha
L'aujourd'hui de demain. Palais Saint Veast, Arras, França
Festival of South American Art. Signals London, Londres, Inglaterra
First pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Second pilot exhibition. Signals London, Londres, Inglaterra
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
1965
8ª Bienal de São Paulo. São Paulo, Brasil
Galerie Denise René, Paris, França
Artmouvement. Royal Scottish Academy, Edimburgo, Escócia
Spacialkinetic art. Midland, Inglaterra
Group Gallery. Nottingham, Inglaterra
Cornucópia 65. Molton Gallery, Londres, Inglaterra
Mouvemente in art. Tel Aviv Museum, Tel Aviv, Israel
Objectif 65. Galerie de la Librairie Anglaise, Paris, França
Galeria Cavalero, Cannes, França
Signals London, Londres, Inglaterra
White on White. The Cordoba Museum, Lincoln, EUA
Galerie Kerchache, Paris, França
Artmouvement. Art Museum, Glasgow, Escócia
Sonomontage. Hampstead Theatre Club, Londres, Inglaterra
Mouvement. Art Galley, Manchester, Inglaterra
ArtScience 65. University of Liverpool, Liverpool, Inglaterra
White on White. Adilson Gallery of American Art, Andover, EUA
Salon Compairaisons. Paris, França
Salão Esso. Rio de Janeiro, Brasil
1966
33ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
Mouvements. University of Sheffield, Sheffield, Inglaterra
Indications. Indica Gallery, Londres, Inglaterra
Bianco: Bianco. Galeria l'Obelisco, Roma, Itália
The artist at work. Hampstead Arts Center, Londres, Inglaterra
Leeds student art week. Leeds, Inglaterra
International kinetic show. Galerie ad libitum, Antuérpia, Holanda
White structures. Kunsthalle, Berna, Suíça
Galerie Kerchache, Paris, França
Esculturas. Galeria 4 Planetas, São Paulo, Brasil
Exhibition of kinetic art. Herbert Art Gallery, Coventry, Inglaterra
Kinetic art. Ritchie Hendriks Gallery, Dublin, Irlanda
Artistas Brasileños Contemporaneos. Museo de Arte Moderno, Montevidéu, Uruguai Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coletiva Brasileira. Galeria IBEU, Rio de Janeiro, Brasil
4º Resumo de Arte do Jornal do Brasil. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
1967
Structures et mouvement. Galerie Denise René, Paris, França
Lumière et mouvement. Musée d'Art Moderne de la ville de Paris, Paris, França
Ouvertures. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Europe, Paris, França
Kinetika, Museum des XX Jahrhunderts. Schweinzergarten, Viena, Áustria
Ipotesi linguistiche intersoggetive. Florença, Bolonha, Lecce, Livorno, Napoli, Sansepolcro, Turim, Itália
Galerie Loo, Genebra, Suíça
Galleria Regis, Liguria, Itália
Formes et lieux. Galerie Maywald, Paris, França
Galerie Accent, Bruxelas, Bélgica
Peintures et sculptures. Centre Comunal de Malakoff, Malakoff, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Compairaisons. Paris, França
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1968
4ª Documenta. Kassel, Alemanha
Latin American artists. The Delawe Art Center, Wilmington, EUA
Hemis-fair, San Antonio, EUA
Art vivant 1965-1968. Fondation Maeght, Saint-Paul-de-Vence, França
Kunstnernes Hus, Oslo, Noruega
Six Latin American countries. Midland Art Group, Nottingham, Inglaterra
Silence et mouvement. Rijkmuseum Kroller-Muller, Oterloo, Holanda
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
Des formers inventées. Galerie Vercarmer, Paris, França
Kunstamarkt, Colônia, Alemanha
Kunsten Inag, Oslo, Noruega
2001. Gavina, Roma, Itália
Nikust i Tussen ar. Hine-Onstad Kunstsenter, Hovikoddenn, Noruega
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1969
Art experimental. Musée d'Art et d'Industrie, Saint-Etienne, França
Hommage an das schweigen. Tiroler Kunstpavillon, Innsbruck, Áustria
L'Oeil écoute. Palais des Papes, Avignon, França
Open air sculptures. Syon Park, Londres, Inglaterra
Fondation Port Bacarès, Roussillon, França
Position. Galerie Denise René, Paris, França
Kunstmarkt 69. Colônia, Alemanha
Galeria Gromholt, Oslo, Noruega
New York State University, New Paltz, EUA
Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Collector's Choice. GrimpelWeitzenhoffer, Nova York, EUA
Depuis Rodin. Musée Municipal, Saint-Germain-en-Laye, França
Bijoux d'art contemporain. Toulouse, França
Salon de la Jeune Sculpture. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1970
Bienal de Menton. Menton, França
Bienal de Medellín. Medellín, Colômbia
Der Wanderbare Raum. Galeria Buchholz, Munique, Alemanha
Itinéraires blancs. Musée d'Art et d&rsquoIndustrie, Saint Etienne, França
Selection d'oeuvres. Centre Nacional d'Art Contemporain, Paris, França
Vision 24. Instituto Italo-Latinoamericano, Roma, Itália
Festival d'art plastique. Montargis, França
Kunstmarkt. Basileia, Suíça
Kunstmarkt. Colônia, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
Salon Grands et Jeunes d'Aujourd'hui. Paris, França
1971
Latin America i Skandinavia. Kunstnemes Hus, Oslo, Noruega
Gentolfre Kunstvernner, Charlottelund, Dinamarca
Lunds Konsthall, Lund, Suécia
Konsthalle, Goterborg, Suécia
Dritte Internationale Fruhjahrsmesse, Berlim, Alemanha
Salon de Mai. Paris, França
Salon Realités Nouvelles. Paris, França
1973
Carrara, Itália
Semana latino-americana de Paris-Cefral. Paris, França
50 jovens escultores da Escola de Paris. Sophienholm, Odensse, Noruega
5 artistes d'Amérique Latine. Nanterre, França
Gromholts-Samling. Henie Onstad Kunstsenter, Hovikodden, Noruega
Brasil/50 anos depois. Galeria Collectio, São Paulo, Brasil
Salon de Mai. Paris, França
1974
Basically White. Lucy Milton Gallery, Londres, Inglaterra
intenationale Kleinformat, Ausstelung. Galeria Lydia Megert, Berna, Suíça
Gromholts-Samling. Bergen, Noruega
1975
Arte no Brasil Documento/Debate. Org. Prefeitura de Campinas, Campinas, Brasil
Artistas Latino-Americanos de Hoy. The University of Texas of Austin, University Art Museum, Austin, EUA
Birmingham Museum of Arts, Alabama, EUA
Oeuvres en bois du XXème Siècle. Portland Art Museum, Portland, EUA
10º Salão de Arte Contemporânea de Campinas. Campinas, Brasil
1976
Sala Brasília (13ª Bienal de São Paulo). São Paulo, Brasil
Creadores latino-americanos contemporâneos. Cidade do México, México
Brasil Documento/Debate. Pinacoteca do Estado, São Paulo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1977
Gabinete de Artes Gráficas, São Paulo, Brasil
Projeto construtivo brasileiro de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Escultura ao ar livre. Sesc Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil
1978
Panorama de Arte Atual Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Cuatro artistas brasileños. Fundación Eugenio Mendonza, Caracas, Venezuela
50 anos de Escultura Brasileira no Espaço Urbano. Praça Nossa Senhora da Paz, Rio de Janeiro, Brasil
1979
15ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Festival Cervantino. Cidade do México, México
Escultura brasileira. Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, Brasil
Escultores brasileiros. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
1980
Homenagem a Mário Pedrosa. Galeria Jean Boghici, Rio de Janeiro, Brasil
Amilcar de Castro, Lygia Clark, Sergio Camargo, Frans Weissmann (exposição inaugural). Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
1981
Arte Latinoamericana Contemporaneo y Japón. Museu Nacional de Arte, Osaka, Japão
1982
41ª Biennale di Venezia. Veneza, Itália
1983
17ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Galeria Aidé Santamarina, Casa de las Américas, Havana, Cuba
1984
5 artistas brasileños. Casa Negret, Bogotá, Colômbia
Um aniversário e 5 grandes artistas. Galeria Aktuel, Rio de Janeiro, Brasil
Madeira matéria de arte. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1985
Destaques da arte contemporânea brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Geometric abstraction in Latin American art. CDS Gallery, Nova York, EUA
Galeria Paulo Klabin, São Paulo, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Abstracción en el Siglo XX. Museo de Arte Moderno, Buenos Aires, Argentina
Coleção Denison de Arte Contemporânea Brasileira. Museu de Arte de São Paulo, São Paulo, Brasil
Homenagem a Maria Leontina. Petite Galerie, Rio de Janeiro, Brasil
Panorama da Arte Atual Brasileira/Formas tridimensionais. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
8º Salão Nacional de Artes Plásticas (sala especial "Salão Branco e Preto no 3º Salão Nacional, em 1954&rdquo). Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
1986
1ª Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras. Fundação Demócrito Rocha, Fortaleza, Brasil
1987/88
Modernidade: Arte Brasileira do Século XX. Musée d&rsquoArt Moderne de la Ville de Paris, Paris, França Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
1990
Coerência &ndash Transformação. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
Exposições Coletivas Póstumas
1993
Poética. Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, Brasil
A Arte Brasileira no Mundo: uma trajetória. Dan Galeria, São Paulo, Brasil
1994
Bienal Brasil Século XX. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Coleção Unibanco. Casa de Cultura de Poços de Caldas, Poços de Caldas, Brasil
1997
Bienal do Mercosul. Porto Alegre, Brasil
Galeria Brito Cimino (mostra inaugural), São Paulo, Brasil
A Escultura Brasileira de 1920 a 1990: perfil de uma identidade. Centro Cultural do BID, Washington, USA Espaço Cultural do Banco Safra, São Paulo, Brasil
1998
Teoria dos Valores. Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, Brasil Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Arte Construtiva no Brasil: coleção Adolpho Leirner. Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
2000
Mira Schendel, Sergio CamargoWillys de Castro. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, Brasil
Brasil +500 - Mostra do redescobrimento. Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil
Heterotopias: Medio siglo sin lugar. Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, Madri, Espanha
2001
Century City: ArtCulture in the Twentieth Century Metropolis. Tate Modern, Londres, Inglaterra
Prêmios
Isenção de Júri, 3º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1954
Prêmio Aquisição, 3º Salão Paulista de Arte Moderna, São Paulo, Brasil, 1954
Isenção de Júri, 5º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1956
Isenção de Júri, 6º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1957
Isenção de Júri, 7º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1958
Isenção de Júri, 9º Salão Nacional de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1960
Prêmio Internacional de Escultura, 3ª Bienal de Paris, Paris, França, 1963
Prêmio Nacional de Escultura, 8ª Bienal de São Paulo, São Paulo, Brasil, 1965
Prêmio H. Stern Melhor Exposição de Escultura do Ano, 4º Resumo de Arte JB, Rio de Janeiro, Brasil, 1966
Prêmio Melhor Exposição de Escultura do Ano (individual no Gabinete de Artes Gráficas), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1977
Prêmio Melhor Retrospectiva do Ano (individual no Museu de Arte de São Paulo), Associação Paulista de Críticos de Arte, São Paulo, Brasil, 1980
Museus e coleções públicas
Acervo Banco Itaú S.A., São Paulo, Brasil
Albright-Knox Art Gallery, Buffalo, Estados Unidos
Austin Museum of Art, Austin, Estados Unidos
Birmingham Museum of Art, Birmingham, Estados Unidos
Casa de las Américas, Havana, Cuba
Centre National d'Art Contemporain, Paris, França
Contemporary Art Society, Londres, Inglaterra
Dallas Museum of Fine Arts, Dallas, Estados Unidos
Didrichsen Art Museum, GunnarMarie-Louise Didrichsen Foundation, Helsinque, Finlândia
Fondazione Antonio e Carmela Calderara, Vacciago, Itália
Fundação José e Paulina Nemirovsky, São Paulo, Brasil
Fundación Cisneros, Colección Patricia Phelps de Cisneros, Nova York, Estados Unidos Caracas Venezuela
Fundación Museo de Arte Moderno Jesús Soto, Ciudad Bolívar, Venezuela
Galleria Nazionale d&rsquoArte Moderna, Roma, Itália
Hirshhorn MuseumSculpture Garden, Washington, Estados Unidos
Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo, Brasil
Jack S. Blanton Museum of Art, University of Texas at Austin, Austin, Estados Unidos
Kunstmuseum Bern, Collection Victor Loeb, Berna, Suíça
Lehmbruck Museum, Duisburg, Alemanha
Los Angeles County Museum of Art, Los Angeles, Estados Unidos
Musée d'Art moderne de la Ville de Paris, Paris, França
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Musée national d'art moderne &ndash Centre Pompidou, Paris, França
Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires, Fondación Costantini, Buenos Aires, Argentina
Museo de Arte Moderno de Medellín, Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Museo de Arte Moderno, Cidade do México, México
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Museo de la Solidariedad Salvador Allende, Santiago, Chile
Museo Tamayo, Cidade do México, México
Museu de Arte Brasileira, Fundação Armando Alvares Penteado, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini, Niterói, Brasil
Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo, Brasil
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil
Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, Brasil
Museum of Fine Arts, Houston/Coleção Adolpho Leirner, Houston, Estados Unidos
Museum of Modern Art, Nova York, Estados Unidos
Nasjonalmuseet, Oslo, Noruega
Oklahoma Museum, Oklahoma, Estados Unidos
Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil
Pinacoteca do Estado, São Paulo, Brasil
Rijksmuseum Kröller-Müller, Otterlo, Holanda
Tate Gallery, Londres, Inglaterra
Ulster Museum, Belfast, Irlanda
Obras em Espaços Públicos
Cemitério de Oslo, Noruega
Centro Empresarial Itaú, São Paulo, Brasil
Collège d´Enseignement Technique, Equeurdreville, França
Faculté de Medicine, Bordeaux, França
Fylkeshuset, Trondheim, Noruega
Ministério das Relações Exteriores, Brasília, Brasil
Musée des Sables, Port-Barcarès, França
Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela
Parque da Catacumba, Rio de Janeiro, Brasil
Parque de las Esculturas del Cerro Nutibara, Medellín, Colômbia
Praça da Sé, São Paulo, Brasil
Fonte: SÉRGIO Camargo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 14 de agosto de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Wikipédia. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.