Tapete Kashan, também conhecido como Caxã, é um tipo de tapete persa, considerado um dos melhores, mais caros e mais belos tapetes do mundo, graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos. Tem como uma das características marcantes deste tipo de tapete o fundo das peças, geralmente de cor vermelho ou azul escuro, quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. A borda, muitas vezes, é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias. Em ocasiões especiais, encontra-se peças temáticas e tecidas em seda.
Tapete Kashan - Wikipédia
Os tapetes de Caxã estão entre os melhores do Irã graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos.
O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e em baixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
Algumas peças são temáticas e tecidas em seda. O fundo dos tapetes de Caxã é geralmente de cor vermelho ou azul escuro. Um tapete com fundo azul escuro normalmente tem o medalhão e as bordas vermelhas, e vice-versa.
O panj rang ("cinco cores") é tecido somente com lãs de cinco cores. Geralmente o fundo é de cor marfim e os motivos apresentam diferentes tonalidades de bege, cinza e azul celeste.
A fabricação foi interrompida em Caxã entre a invasão afegã (1722) e o fim do século XIX. A reativação da produção ocorreu com tapetes de lã de qualidade superior. Os primeiros exemplares desta mais recente tecelagem chamam-se Kashan Motashemi, provavelmente o nome de um artesão. O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
A densidade dos nós é de 2 a 6.000 nós/dm² até 9.000 nós/dm² para os tapetes em seda. Com trama e urdume em algodão, normalmente os tapetes Kashan possuem três variações de tamanhos: 120-140x180-210 cm, 210-240x320-340 cm e 310-330x420-450 cm.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 13 de julho de 2022.
---
Descrição Tapete Kashan - Carpet Vista
Estes lindos tapetes são feitos à mão no Irão, e são um de vários Tapetes Persas típicos. Os Tapetes Keshan são caracterizados por um grande medalhão central, rodeado de um design de elementos florais lindissimos, marcadamente orientais. Estes tapetes são normalmente vermelhos, com uma borda mais escura, mas por vezes apresentam um padrão geral, sem medalhão central.
Fonte: CarpetVista. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Uma breve história dos tapetes persas - Chá de Lima da Pérsia
A história do tapete persa remonta a 2.500 anos atrás. Os iranianos estavam entre os tecelões de tapetes pioneiros das antigas civilizações. De simples artigos de necessidade para proteger os nômades do frio e da umidade, ao longo da história, os tapetes tornaram-se uma forma de arte e sofisticada que passou a ser adquirida por reis e nobres, que os viam como sinais de riqueza, prestígio e distinção.
Origens do Tapete Persa
O luxo associado aos tapetes persas, contrasta imensamente com sua modesta origem entre as tribos nômades da Pérsia. As temperaturas extremamente frias do planalto iraniano obrigavam os povos tribais que habitavam em tendas a se proteger contra o frio. Os seus rebanhos de ovinos e caprinos forneciam-lhes lã de alta qualidade e durabilidade para este fim.
O gosto dos nômades pela beleza natural deu origem a criação dos desenhos complexos de cores ricas que mais tarde foram levados para as cidades onde foram incorporadas tradições e estilos de cada local. Os segredos da tecelagem têm passado de geração em geração.
Os tapetes persas podem ser divididos em três grupos: Farsh / Qāli (superior a 1,80x1,20 m), Qālicheh (igual ou menor a 1,80x1,20 m), e tapetes nômades conhecidos por Kilim (rústico). Através das várias épocas da história iraniana esta arte sofreu muitas mudanças e já dava indícios de seu crescimento antes da era islâmica.
Das cortes persas a exportação para o Ocidente
A arte da tapeçaria existe no Irã desde os tempos antigos, de acordo com as evidências arqueológicas. Um exemplo é o tapete Pazyryk produzido no período Aquemênida, por volta de 500 a.C.. Registros históricos mostram que a corte aquêmenida de Ciro, o Grande em Pasárgada era decorada com magníficos tapetes. É dito que Alexandre II da Macedônia ficou deslumbrado com os tapetes que viu na área do túmulo de Ciro, o Grande em Pasárgada.
A primeira evidência documentada da existência de tapetes no Irã data da dinastia Sassânida (224 - 641 d.C). O tapete Bahârestân (tapete "da primavera") foi encomendado pelo xá sassânida Khosrow Parviz para a sala principal de audiências do Palácio Imperial em Ctesifonte (atual Iraque).
Este tapete que media cerca de 8m² passou para a história como o mais precioso de todos os tempos. A descrição dos historiadores árabes é a seguinte: "A borda era um magnífico canteiro de pedras azuis, vermelhas, brancas, amarelas e verdes; ao fundo a cor da terra era imitada com ouro; pedras claras como cristais davam a ilusão de água; as plantas eram em seda e os frutos eram formados por pedras coloridas". Em 637, quando a capital iraniana foi ocupada, o tapete Baharestan foi levado pelos árabes, cortado em pedaços menores, e dividido entre os soldados vencedores como espólio.
No século VIII, a província de Tabarestan (atuais Golestan, Mazandaran e Semnan), além de pagar impostos, enviava 600 tapetes para as cortes de califas em Bagdá a cada ano. Naquela época, os principais itens exportados dessa região eram tapetes, carpetes e pequenos tapetes para orações. Além disso, os tapetes de Khorasan, Sistan e Bukhara, com seus designs sofisticados estavam entre os mais apreciados pelos mercadores. Durante essa época foram criados os centros de tingimento ao lado dos teares das tecelagens de tapetes.
Após o período de dominação pelos califados árabes, a tribo turca dos seljúcidas conquistou a Pérsia. Sua dominação (1038 - 1194) foi de grande importância na história dos tapetes persas. As mulheres seljúcidas eram hábeis fabricantes de tapetes usando nós turcos. Nas províncias do Azerbaijão e Hamadan, onde a influência seljúcida foi mais forte e duradoura, o nó turco é usado até hoje.
Após a invasão do Irã pelos mongóis, a arte da tapeçaria começou a crescer durante o reinado das dinastias dos Timúridas e Ilkhanidas. O palácio de Tabriz, pertencente ao líder Ilkhanida, Ghazan Khan (1295 - 1304), tinha pisos pavimentados cobertos com preciosos tapetes. O governante mongol Shah Rokh (1409 - 1446) contribuiu para a reconstrução de muito do que foi destruído pelos mongóis e incentivou as atividades artísticas da região.
O tapete persa atingiu seu apogeu durante o período Safávida no século XVI. De fato, as primeiras provas concretas desse ofício datam desse período. Aproximadamente 1500 exemplares estão preservados em vários museus e em coleções particulares em todo o mundo.
Durante o seu reinado, Shah Abbas (1587 - 1629), incentivou contatos e comércio com a Europa e transformou sua nova capital Isfahan, em uma das cidades mais gloriosas da Pérsia. Ele também criou uma oficina de tapetes da corte, onde designers e artesãos qualificados trabalharam para criar espécimes esplêndidos. A maioria desses tapetes era feita de seda, com fios de ouro e prata.
O período glorioso do tapete persa terminou com a invasão afegã em 1722. Quando Nader Shah expulsou os afegãos e tornou-se o xá da Pérsia em 1736 e durante vários anos turbulentos após a sua morte em 1747, não foram feitos tapetes de grande valor, e apenas nômades e artesãos em pequenas aldeias continuaram a tradição deste ofício.
No último quarto do século XIX e durante período Qajar, o comércio e o artesanato recuperaram a sua importância. A fabricação de tapetes floresceu mais uma vez com os comerciantes de Tabriz exportando tapetes para a Europa através de Istambul. No final do século XIX, algumas empresas europeias e americanas chegaram a estabelecer negócios na Pérsia e organizar a produção artesanal destinada aos mercados ocidentais.
Durante este período, Arak e seus subúrbios na província Central foram o maior centro de tecelagem de tapetes. Os tapetes tecidos nesta região foram divididos em quatro categorias pelos comerciantes. O melhor destes era chamado Sarouq, o segundo tipo foi chamado Mahal e o terceiro tipo Moshirabad. O último tipo destes era conhecido como Leilahan e era tecido principalmente em pequenas aldeias da Armênia.
Os tapetes persas que chegaram aos nossos dias
O tapete persa mais antigo, que chegou até os nossos dias, é um exemplar da era Safávida (1501-1736), conhecido como Ardabil, atualmente no Museu Victoria & Albert, em Londres. Este tapete tem sido objeto de intermináveis cópias de vários tamanhos e até mesmo Adolf Hitler possuía um 'Ardabil' em seu escritório em Berlim.
As duas guerras mundiais representaram um período de declínio para os tapetes persas. A produção volta a crescer depois de 1948, graças ao incentivo dado pela dinastia Pahlavi. Em 1949, o governo iraniano organiza uma conferência em Teerã para solucionar os problemas da queda da qualidade dos tapetes, constatados desde os últimos sessenta anos. Como resultado desta conferência, o governo tomou uma série de medidas que levaram a uma renovação do tapete persa.
Com a revolução islâmica a produção de tapetes persas diminuiu extraordinariamente uma vez que o novo regime considerava os tapetes como um "tesouro nacional" e proibiu a sua exportação para o Ocidente. Esta política foi abandonada em 1984, devido à importância dos tapetes como fonte de renda. As exportações conheceram um novo avanço no final da década de 1980 e com o término da guerra Irã-Iraque.
Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção atual ser mecanizada. Os tapetes tradicionais tecidos à mão são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina por serem um produto artístico. E nos últimos anos, os tapetes iranianos vêm sofrendo com as falsificações feitas em outros países.
No Museu do Tapete do Irã, em Teerã, podem ser vistas muitas peças únicas de tapetes persas.
Fonte: Chá de Lima da Pérsia, "Uma breve história dos tapetes persas", publicado por Janaina Elias, em 30 de dezembro de 2012. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Caxã – Wikiwand
Caxã (Kashan) é uma cidade na província de Ispaã, Irã. No censo demográfico de 2006 a cidade tinha uma população de 248.789 habitantes.
A etimologia do nome da cidade vem da palavra persa Kashi, que em português significa "azulejos". Caxã é o primeiro dos grandes oásis, ao longo da rodovia Qom-Carmânia que corre ao longo da borda do deserto central do Irã. A sua beleza natural é devido, principalmente, ao contraste entre a ressequida imensidão do deserto e a paisagem verdejante da região do oásis.
História
Descobertas arqueológicas no sítio de Tappeh Sialk, localizado a cerca de quatro quilômetros a oeste de Caxã, revelaram que esta região foi um dos primeiros centros de civilização na pré-história. Sendo assim, Caxã remonta ao período elamita do Irã. A zigurate de Tappeh Sialk pode ainda ser vista nos subúrbios de Caxã mesmo após 5.000 anos. Os três Reis Magos que seguiram a estrela que orientou-os a Belém para testemunhar o nascimento de Jesus, como narrado na Bíblia, declaradamente vieram de Caxã. (Algumas fontes entretanto, afirmam a sua origem ser em outro local).
Os artefatos encontrados em Sialk fazem parte atualmente do acervo dos museus do Louvre, em Paris, do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e do Museu Nacional do Irã, em Teerã. O sultão seljúcida Malique Xá I da Dinastia seljúcida ordenou a construção de uma fortaleza na parte central de Caxã, no século XI. Os muros da fortaleza, chamada Ghal'eh Jalali ainda podem ser vistos até hoje na área central da cidade.
Caxã foi também um local de férias de lazer dos reis safávidas. Bagh-e Fin (Jardim Fin), especificamente, é um dos mais famosos jardins do Irã. Este lindo jardim com sua piscina e pomares foi projetado ao xá Abas I como uma clássica visão persa do paraíso. Os edifícios originais safávidas foram quase que totalmente substituídos e reconstruídos pelo Império Cajar, embora a disposição das árvores e das bacias de mármore se aproximem do original. O próprio jardim no entanto, foi inicialmente criado há 7 000 anos, ao lado do Cheshmeh-ye-Soleiman. O jardim também é lembrado por ter sido o local do assassinato de Mirza Tagui Cã conhecido como Amir Cabir, chanceler de Naceradim Xá Cajar, o rei iraniano em 1852.
O sismo de 1778 arrasou a cidade de Caxã e todos os edifícios do xá safávida Abas, deixando 8 000 feridos. Mas a cidade foi reconstruída e é hoje atração turística com suas inúmeras mansões dos séculos XVIII e XIX, representando os melhores exemplos da estética Qājār.
Caxã atualmente
Embora extremamente rica em termos de potencial turístico, a cidade permanece pouca desenvolvida neste setor. No entanto, centenas de turistas estrangeiros de todo o mundo visitam esta histórica cidade todos os anos. Qamsar e Abyaneh são importantes cidades em torno de Caxã, atraindo turistas anualmente. Uma incrível caverna feita pelo homem e uma lareira histórica na cidade de Niasar, perto de Caxã, também são notáveis, embora não conhecidos pelos turistas.
No entanto Caxã é internacionalmente famosa pela fabricação de tapetes, seda e outros tecidos. Atualmente em Caxã funciona a maioria das indústrias mecanizadas de tecelagem de tapetes do Irã, e conta com uma importante indústria mineradora de mármore e cobre.
Caxã é ligada através de rodovias a Ispaã, Natanz, e Qom, apenas a uma hora de viagem em direção ao norte. Caxã e seus subúrbios têm uma população de 400 000 habitantes.
Fonte: Wikiwand. Consultado pela última vez em 25 de julho de 2022.
Crédito fotográfico: Farzin Mollaian. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
Tapete Kashan, também conhecido como Caxã, é um tipo de tapete persa, considerado um dos melhores, mais caros e mais belos tapetes do mundo, graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos. Tem como uma das características marcantes deste tipo de tapete o fundo das peças, geralmente de cor vermelho ou azul escuro, quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. A borda, muitas vezes, é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias. Em ocasiões especiais, encontra-se peças temáticas e tecidas em seda.
Tapete Kashan - Wikipédia
Os tapetes de Caxã estão entre os melhores do Irã graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos.
O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e em baixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
Algumas peças são temáticas e tecidas em seda. O fundo dos tapetes de Caxã é geralmente de cor vermelho ou azul escuro. Um tapete com fundo azul escuro normalmente tem o medalhão e as bordas vermelhas, e vice-versa.
O panj rang ("cinco cores") é tecido somente com lãs de cinco cores. Geralmente o fundo é de cor marfim e os motivos apresentam diferentes tonalidades de bege, cinza e azul celeste.
A fabricação foi interrompida em Caxã entre a invasão afegã (1722) e o fim do século XIX. A reativação da produção ocorreu com tapetes de lã de qualidade superior. Os primeiros exemplares desta mais recente tecelagem chamam-se Kashan Motashemi, provavelmente o nome de um artesão. O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
A densidade dos nós é de 2 a 6.000 nós/dm² até 9.000 nós/dm² para os tapetes em seda. Com trama e urdume em algodão, normalmente os tapetes Kashan possuem três variações de tamanhos: 120-140x180-210 cm, 210-240x320-340 cm e 310-330x420-450 cm.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 13 de julho de 2022.
---
Descrição Tapete Kashan - Carpet Vista
Estes lindos tapetes são feitos à mão no Irão, e são um de vários Tapetes Persas típicos. Os Tapetes Keshan são caracterizados por um grande medalhão central, rodeado de um design de elementos florais lindissimos, marcadamente orientais. Estes tapetes são normalmente vermelhos, com uma borda mais escura, mas por vezes apresentam um padrão geral, sem medalhão central.
Fonte: CarpetVista. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Uma breve história dos tapetes persas - Chá de Lima da Pérsia
A história do tapete persa remonta a 2.500 anos atrás. Os iranianos estavam entre os tecelões de tapetes pioneiros das antigas civilizações. De simples artigos de necessidade para proteger os nômades do frio e da umidade, ao longo da história, os tapetes tornaram-se uma forma de arte e sofisticada que passou a ser adquirida por reis e nobres, que os viam como sinais de riqueza, prestígio e distinção.
Origens do Tapete Persa
O luxo associado aos tapetes persas, contrasta imensamente com sua modesta origem entre as tribos nômades da Pérsia. As temperaturas extremamente frias do planalto iraniano obrigavam os povos tribais que habitavam em tendas a se proteger contra o frio. Os seus rebanhos de ovinos e caprinos forneciam-lhes lã de alta qualidade e durabilidade para este fim.
O gosto dos nômades pela beleza natural deu origem a criação dos desenhos complexos de cores ricas que mais tarde foram levados para as cidades onde foram incorporadas tradições e estilos de cada local. Os segredos da tecelagem têm passado de geração em geração.
Os tapetes persas podem ser divididos em três grupos: Farsh / Qāli (superior a 1,80x1,20 m), Qālicheh (igual ou menor a 1,80x1,20 m), e tapetes nômades conhecidos por Kilim (rústico). Através das várias épocas da história iraniana esta arte sofreu muitas mudanças e já dava indícios de seu crescimento antes da era islâmica.
Das cortes persas a exportação para o Ocidente
A arte da tapeçaria existe no Irã desde os tempos antigos, de acordo com as evidências arqueológicas. Um exemplo é o tapete Pazyryk produzido no período Aquemênida, por volta de 500 a.C.. Registros históricos mostram que a corte aquêmenida de Ciro, o Grande em Pasárgada era decorada com magníficos tapetes. É dito que Alexandre II da Macedônia ficou deslumbrado com os tapetes que viu na área do túmulo de Ciro, o Grande em Pasárgada.
A primeira evidência documentada da existência de tapetes no Irã data da dinastia Sassânida (224 - 641 d.C). O tapete Bahârestân (tapete "da primavera") foi encomendado pelo xá sassânida Khosrow Parviz para a sala principal de audiências do Palácio Imperial em Ctesifonte (atual Iraque).
Este tapete que media cerca de 8m² passou para a história como o mais precioso de todos os tempos. A descrição dos historiadores árabes é a seguinte: "A borda era um magnífico canteiro de pedras azuis, vermelhas, brancas, amarelas e verdes; ao fundo a cor da terra era imitada com ouro; pedras claras como cristais davam a ilusão de água; as plantas eram em seda e os frutos eram formados por pedras coloridas". Em 637, quando a capital iraniana foi ocupada, o tapete Baharestan foi levado pelos árabes, cortado em pedaços menores, e dividido entre os soldados vencedores como espólio.
No século VIII, a província de Tabarestan (atuais Golestan, Mazandaran e Semnan), além de pagar impostos, enviava 600 tapetes para as cortes de califas em Bagdá a cada ano. Naquela época, os principais itens exportados dessa região eram tapetes, carpetes e pequenos tapetes para orações. Além disso, os tapetes de Khorasan, Sistan e Bukhara, com seus designs sofisticados estavam entre os mais apreciados pelos mercadores. Durante essa época foram criados os centros de tingimento ao lado dos teares das tecelagens de tapetes.
Após o período de dominação pelos califados árabes, a tribo turca dos seljúcidas conquistou a Pérsia. Sua dominação (1038 - 1194) foi de grande importância na história dos tapetes persas. As mulheres seljúcidas eram hábeis fabricantes de tapetes usando nós turcos. Nas províncias do Azerbaijão e Hamadan, onde a influência seljúcida foi mais forte e duradoura, o nó turco é usado até hoje.
Após a invasão do Irã pelos mongóis, a arte da tapeçaria começou a crescer durante o reinado das dinastias dos Timúridas e Ilkhanidas. O palácio de Tabriz, pertencente ao líder Ilkhanida, Ghazan Khan (1295 - 1304), tinha pisos pavimentados cobertos com preciosos tapetes. O governante mongol Shah Rokh (1409 - 1446) contribuiu para a reconstrução de muito do que foi destruído pelos mongóis e incentivou as atividades artísticas da região.
O tapete persa atingiu seu apogeu durante o período Safávida no século XVI. De fato, as primeiras provas concretas desse ofício datam desse período. Aproximadamente 1500 exemplares estão preservados em vários museus e em coleções particulares em todo o mundo.
Durante o seu reinado, Shah Abbas (1587 - 1629), incentivou contatos e comércio com a Europa e transformou sua nova capital Isfahan, em uma das cidades mais gloriosas da Pérsia. Ele também criou uma oficina de tapetes da corte, onde designers e artesãos qualificados trabalharam para criar espécimes esplêndidos. A maioria desses tapetes era feita de seda, com fios de ouro e prata.
O período glorioso do tapete persa terminou com a invasão afegã em 1722. Quando Nader Shah expulsou os afegãos e tornou-se o xá da Pérsia em 1736 e durante vários anos turbulentos após a sua morte em 1747, não foram feitos tapetes de grande valor, e apenas nômades e artesãos em pequenas aldeias continuaram a tradição deste ofício.
No último quarto do século XIX e durante período Qajar, o comércio e o artesanato recuperaram a sua importância. A fabricação de tapetes floresceu mais uma vez com os comerciantes de Tabriz exportando tapetes para a Europa através de Istambul. No final do século XIX, algumas empresas europeias e americanas chegaram a estabelecer negócios na Pérsia e organizar a produção artesanal destinada aos mercados ocidentais.
Durante este período, Arak e seus subúrbios na província Central foram o maior centro de tecelagem de tapetes. Os tapetes tecidos nesta região foram divididos em quatro categorias pelos comerciantes. O melhor destes era chamado Sarouq, o segundo tipo foi chamado Mahal e o terceiro tipo Moshirabad. O último tipo destes era conhecido como Leilahan e era tecido principalmente em pequenas aldeias da Armênia.
Os tapetes persas que chegaram aos nossos dias
O tapete persa mais antigo, que chegou até os nossos dias, é um exemplar da era Safávida (1501-1736), conhecido como Ardabil, atualmente no Museu Victoria & Albert, em Londres. Este tapete tem sido objeto de intermináveis cópias de vários tamanhos e até mesmo Adolf Hitler possuía um 'Ardabil' em seu escritório em Berlim.
As duas guerras mundiais representaram um período de declínio para os tapetes persas. A produção volta a crescer depois de 1948, graças ao incentivo dado pela dinastia Pahlavi. Em 1949, o governo iraniano organiza uma conferência em Teerã para solucionar os problemas da queda da qualidade dos tapetes, constatados desde os últimos sessenta anos. Como resultado desta conferência, o governo tomou uma série de medidas que levaram a uma renovação do tapete persa.
Com a revolução islâmica a produção de tapetes persas diminuiu extraordinariamente uma vez que o novo regime considerava os tapetes como um "tesouro nacional" e proibiu a sua exportação para o Ocidente. Esta política foi abandonada em 1984, devido à importância dos tapetes como fonte de renda. As exportações conheceram um novo avanço no final da década de 1980 e com o término da guerra Irã-Iraque.
Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção atual ser mecanizada. Os tapetes tradicionais tecidos à mão são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina por serem um produto artístico. E nos últimos anos, os tapetes iranianos vêm sofrendo com as falsificações feitas em outros países.
No Museu do Tapete do Irã, em Teerã, podem ser vistas muitas peças únicas de tapetes persas.
Fonte: Chá de Lima da Pérsia, "Uma breve história dos tapetes persas", publicado por Janaina Elias, em 30 de dezembro de 2012. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Caxã – Wikiwand
Caxã (Kashan) é uma cidade na província de Ispaã, Irã. No censo demográfico de 2006 a cidade tinha uma população de 248.789 habitantes.
A etimologia do nome da cidade vem da palavra persa Kashi, que em português significa "azulejos". Caxã é o primeiro dos grandes oásis, ao longo da rodovia Qom-Carmânia que corre ao longo da borda do deserto central do Irã. A sua beleza natural é devido, principalmente, ao contraste entre a ressequida imensidão do deserto e a paisagem verdejante da região do oásis.
História
Descobertas arqueológicas no sítio de Tappeh Sialk, localizado a cerca de quatro quilômetros a oeste de Caxã, revelaram que esta região foi um dos primeiros centros de civilização na pré-história. Sendo assim, Caxã remonta ao período elamita do Irã. A zigurate de Tappeh Sialk pode ainda ser vista nos subúrbios de Caxã mesmo após 5.000 anos. Os três Reis Magos que seguiram a estrela que orientou-os a Belém para testemunhar o nascimento de Jesus, como narrado na Bíblia, declaradamente vieram de Caxã. (Algumas fontes entretanto, afirmam a sua origem ser em outro local).
Os artefatos encontrados em Sialk fazem parte atualmente do acervo dos museus do Louvre, em Paris, do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e do Museu Nacional do Irã, em Teerã. O sultão seljúcida Malique Xá I da Dinastia seljúcida ordenou a construção de uma fortaleza na parte central de Caxã, no século XI. Os muros da fortaleza, chamada Ghal'eh Jalali ainda podem ser vistos até hoje na área central da cidade.
Caxã foi também um local de férias de lazer dos reis safávidas. Bagh-e Fin (Jardim Fin), especificamente, é um dos mais famosos jardins do Irã. Este lindo jardim com sua piscina e pomares foi projetado ao xá Abas I como uma clássica visão persa do paraíso. Os edifícios originais safávidas foram quase que totalmente substituídos e reconstruídos pelo Império Cajar, embora a disposição das árvores e das bacias de mármore se aproximem do original. O próprio jardim no entanto, foi inicialmente criado há 7 000 anos, ao lado do Cheshmeh-ye-Soleiman. O jardim também é lembrado por ter sido o local do assassinato de Mirza Tagui Cã conhecido como Amir Cabir, chanceler de Naceradim Xá Cajar, o rei iraniano em 1852.
O sismo de 1778 arrasou a cidade de Caxã e todos os edifícios do xá safávida Abas, deixando 8 000 feridos. Mas a cidade foi reconstruída e é hoje atração turística com suas inúmeras mansões dos séculos XVIII e XIX, representando os melhores exemplos da estética Qājār.
Caxã atualmente
Embora extremamente rica em termos de potencial turístico, a cidade permanece pouca desenvolvida neste setor. No entanto, centenas de turistas estrangeiros de todo o mundo visitam esta histórica cidade todos os anos. Qamsar e Abyaneh são importantes cidades em torno de Caxã, atraindo turistas anualmente. Uma incrível caverna feita pelo homem e uma lareira histórica na cidade de Niasar, perto de Caxã, também são notáveis, embora não conhecidos pelos turistas.
No entanto Caxã é internacionalmente famosa pela fabricação de tapetes, seda e outros tecidos. Atualmente em Caxã funciona a maioria das indústrias mecanizadas de tecelagem de tapetes do Irã, e conta com uma importante indústria mineradora de mármore e cobre.
Caxã é ligada através de rodovias a Ispaã, Natanz, e Qom, apenas a uma hora de viagem em direção ao norte. Caxã e seus subúrbios têm uma população de 400 000 habitantes.
Fonte: Wikiwand. Consultado pela última vez em 25 de julho de 2022.
Crédito fotográfico: Farzin Mollaian. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
1 artista relacionado
Tapete Kashan, também conhecido como Caxã, é um tipo de tapete persa, considerado um dos melhores, mais caros e mais belos tapetes do mundo, graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos. Tem como uma das características marcantes deste tipo de tapete o fundo das peças, geralmente de cor vermelho ou azul escuro, quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. A borda, muitas vezes, é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias. Em ocasiões especiais, encontra-se peças temáticas e tecidas em seda.
Tapete Kashan - Wikipédia
Os tapetes de Caxã estão entre os melhores do Irã graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos.
O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e em baixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
Algumas peças são temáticas e tecidas em seda. O fundo dos tapetes de Caxã é geralmente de cor vermelho ou azul escuro. Um tapete com fundo azul escuro normalmente tem o medalhão e as bordas vermelhas, e vice-versa.
O panj rang ("cinco cores") é tecido somente com lãs de cinco cores. Geralmente o fundo é de cor marfim e os motivos apresentam diferentes tonalidades de bege, cinza e azul celeste.
A fabricação foi interrompida em Caxã entre a invasão afegã (1722) e o fim do século XIX. A reativação da produção ocorreu com tapetes de lã de qualidade superior. Os primeiros exemplares desta mais recente tecelagem chamam-se Kashan Motashemi, provavelmente o nome de um artesão. O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
A densidade dos nós é de 2 a 6.000 nós/dm² até 9.000 nós/dm² para os tapetes em seda. Com trama e urdume em algodão, normalmente os tapetes Kashan possuem três variações de tamanhos: 120-140x180-210 cm, 210-240x320-340 cm e 310-330x420-450 cm.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 13 de julho de 2022.
---
Descrição Tapete Kashan - Carpet Vista
Estes lindos tapetes são feitos à mão no Irão, e são um de vários Tapetes Persas típicos. Os Tapetes Keshan são caracterizados por um grande medalhão central, rodeado de um design de elementos florais lindissimos, marcadamente orientais. Estes tapetes são normalmente vermelhos, com uma borda mais escura, mas por vezes apresentam um padrão geral, sem medalhão central.
Fonte: CarpetVista. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Uma breve história dos tapetes persas - Chá de Lima da Pérsia
A história do tapete persa remonta a 2.500 anos atrás. Os iranianos estavam entre os tecelões de tapetes pioneiros das antigas civilizações. De simples artigos de necessidade para proteger os nômades do frio e da umidade, ao longo da história, os tapetes tornaram-se uma forma de arte e sofisticada que passou a ser adquirida por reis e nobres, que os viam como sinais de riqueza, prestígio e distinção.
Origens do Tapete Persa
O luxo associado aos tapetes persas, contrasta imensamente com sua modesta origem entre as tribos nômades da Pérsia. As temperaturas extremamente frias do planalto iraniano obrigavam os povos tribais que habitavam em tendas a se proteger contra o frio. Os seus rebanhos de ovinos e caprinos forneciam-lhes lã de alta qualidade e durabilidade para este fim.
O gosto dos nômades pela beleza natural deu origem a criação dos desenhos complexos de cores ricas que mais tarde foram levados para as cidades onde foram incorporadas tradições e estilos de cada local. Os segredos da tecelagem têm passado de geração em geração.
Os tapetes persas podem ser divididos em três grupos: Farsh / Qāli (superior a 1,80x1,20 m), Qālicheh (igual ou menor a 1,80x1,20 m), e tapetes nômades conhecidos por Kilim (rústico). Através das várias épocas da história iraniana esta arte sofreu muitas mudanças e já dava indícios de seu crescimento antes da era islâmica.
Das cortes persas a exportação para o Ocidente
A arte da tapeçaria existe no Irã desde os tempos antigos, de acordo com as evidências arqueológicas. Um exemplo é o tapete Pazyryk produzido no período Aquemênida, por volta de 500 a.C.. Registros históricos mostram que a corte aquêmenida de Ciro, o Grande em Pasárgada era decorada com magníficos tapetes. É dito que Alexandre II da Macedônia ficou deslumbrado com os tapetes que viu na área do túmulo de Ciro, o Grande em Pasárgada.
A primeira evidência documentada da existência de tapetes no Irã data da dinastia Sassânida (224 - 641 d.C). O tapete Bahârestân (tapete "da primavera") foi encomendado pelo xá sassânida Khosrow Parviz para a sala principal de audiências do Palácio Imperial em Ctesifonte (atual Iraque).
Este tapete que media cerca de 8m² passou para a história como o mais precioso de todos os tempos. A descrição dos historiadores árabes é a seguinte: "A borda era um magnífico canteiro de pedras azuis, vermelhas, brancas, amarelas e verdes; ao fundo a cor da terra era imitada com ouro; pedras claras como cristais davam a ilusão de água; as plantas eram em seda e os frutos eram formados por pedras coloridas". Em 637, quando a capital iraniana foi ocupada, o tapete Baharestan foi levado pelos árabes, cortado em pedaços menores, e dividido entre os soldados vencedores como espólio.
No século VIII, a província de Tabarestan (atuais Golestan, Mazandaran e Semnan), além de pagar impostos, enviava 600 tapetes para as cortes de califas em Bagdá a cada ano. Naquela época, os principais itens exportados dessa região eram tapetes, carpetes e pequenos tapetes para orações. Além disso, os tapetes de Khorasan, Sistan e Bukhara, com seus designs sofisticados estavam entre os mais apreciados pelos mercadores. Durante essa época foram criados os centros de tingimento ao lado dos teares das tecelagens de tapetes.
Após o período de dominação pelos califados árabes, a tribo turca dos seljúcidas conquistou a Pérsia. Sua dominação (1038 - 1194) foi de grande importância na história dos tapetes persas. As mulheres seljúcidas eram hábeis fabricantes de tapetes usando nós turcos. Nas províncias do Azerbaijão e Hamadan, onde a influência seljúcida foi mais forte e duradoura, o nó turco é usado até hoje.
Após a invasão do Irã pelos mongóis, a arte da tapeçaria começou a crescer durante o reinado das dinastias dos Timúridas e Ilkhanidas. O palácio de Tabriz, pertencente ao líder Ilkhanida, Ghazan Khan (1295 - 1304), tinha pisos pavimentados cobertos com preciosos tapetes. O governante mongol Shah Rokh (1409 - 1446) contribuiu para a reconstrução de muito do que foi destruído pelos mongóis e incentivou as atividades artísticas da região.
O tapete persa atingiu seu apogeu durante o período Safávida no século XVI. De fato, as primeiras provas concretas desse ofício datam desse período. Aproximadamente 1500 exemplares estão preservados em vários museus e em coleções particulares em todo o mundo.
Durante o seu reinado, Shah Abbas (1587 - 1629), incentivou contatos e comércio com a Europa e transformou sua nova capital Isfahan, em uma das cidades mais gloriosas da Pérsia. Ele também criou uma oficina de tapetes da corte, onde designers e artesãos qualificados trabalharam para criar espécimes esplêndidos. A maioria desses tapetes era feita de seda, com fios de ouro e prata.
O período glorioso do tapete persa terminou com a invasão afegã em 1722. Quando Nader Shah expulsou os afegãos e tornou-se o xá da Pérsia em 1736 e durante vários anos turbulentos após a sua morte em 1747, não foram feitos tapetes de grande valor, e apenas nômades e artesãos em pequenas aldeias continuaram a tradição deste ofício.
No último quarto do século XIX e durante período Qajar, o comércio e o artesanato recuperaram a sua importância. A fabricação de tapetes floresceu mais uma vez com os comerciantes de Tabriz exportando tapetes para a Europa através de Istambul. No final do século XIX, algumas empresas europeias e americanas chegaram a estabelecer negócios na Pérsia e organizar a produção artesanal destinada aos mercados ocidentais.
Durante este período, Arak e seus subúrbios na província Central foram o maior centro de tecelagem de tapetes. Os tapetes tecidos nesta região foram divididos em quatro categorias pelos comerciantes. O melhor destes era chamado Sarouq, o segundo tipo foi chamado Mahal e o terceiro tipo Moshirabad. O último tipo destes era conhecido como Leilahan e era tecido principalmente em pequenas aldeias da Armênia.
Os tapetes persas que chegaram aos nossos dias
O tapete persa mais antigo, que chegou até os nossos dias, é um exemplar da era Safávida (1501-1736), conhecido como Ardabil, atualmente no Museu Victoria & Albert, em Londres. Este tapete tem sido objeto de intermináveis cópias de vários tamanhos e até mesmo Adolf Hitler possuía um 'Ardabil' em seu escritório em Berlim.
As duas guerras mundiais representaram um período de declínio para os tapetes persas. A produção volta a crescer depois de 1948, graças ao incentivo dado pela dinastia Pahlavi. Em 1949, o governo iraniano organiza uma conferência em Teerã para solucionar os problemas da queda da qualidade dos tapetes, constatados desde os últimos sessenta anos. Como resultado desta conferência, o governo tomou uma série de medidas que levaram a uma renovação do tapete persa.
Com a revolução islâmica a produção de tapetes persas diminuiu extraordinariamente uma vez que o novo regime considerava os tapetes como um "tesouro nacional" e proibiu a sua exportação para o Ocidente. Esta política foi abandonada em 1984, devido à importância dos tapetes como fonte de renda. As exportações conheceram um novo avanço no final da década de 1980 e com o término da guerra Irã-Iraque.
Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção atual ser mecanizada. Os tapetes tradicionais tecidos à mão são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina por serem um produto artístico. E nos últimos anos, os tapetes iranianos vêm sofrendo com as falsificações feitas em outros países.
No Museu do Tapete do Irã, em Teerã, podem ser vistas muitas peças únicas de tapetes persas.
Fonte: Chá de Lima da Pérsia, "Uma breve história dos tapetes persas", publicado por Janaina Elias, em 30 de dezembro de 2012. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Caxã – Wikiwand
Caxã (Kashan) é uma cidade na província de Ispaã, Irã. No censo demográfico de 2006 a cidade tinha uma população de 248.789 habitantes.
A etimologia do nome da cidade vem da palavra persa Kashi, que em português significa "azulejos". Caxã é o primeiro dos grandes oásis, ao longo da rodovia Qom-Carmânia que corre ao longo da borda do deserto central do Irã. A sua beleza natural é devido, principalmente, ao contraste entre a ressequida imensidão do deserto e a paisagem verdejante da região do oásis.
História
Descobertas arqueológicas no sítio de Tappeh Sialk, localizado a cerca de quatro quilômetros a oeste de Caxã, revelaram que esta região foi um dos primeiros centros de civilização na pré-história. Sendo assim, Caxã remonta ao período elamita do Irã. A zigurate de Tappeh Sialk pode ainda ser vista nos subúrbios de Caxã mesmo após 5.000 anos. Os três Reis Magos que seguiram a estrela que orientou-os a Belém para testemunhar o nascimento de Jesus, como narrado na Bíblia, declaradamente vieram de Caxã. (Algumas fontes entretanto, afirmam a sua origem ser em outro local).
Os artefatos encontrados em Sialk fazem parte atualmente do acervo dos museus do Louvre, em Paris, do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e do Museu Nacional do Irã, em Teerã. O sultão seljúcida Malique Xá I da Dinastia seljúcida ordenou a construção de uma fortaleza na parte central de Caxã, no século XI. Os muros da fortaleza, chamada Ghal'eh Jalali ainda podem ser vistos até hoje na área central da cidade.
Caxã foi também um local de férias de lazer dos reis safávidas. Bagh-e Fin (Jardim Fin), especificamente, é um dos mais famosos jardins do Irã. Este lindo jardim com sua piscina e pomares foi projetado ao xá Abas I como uma clássica visão persa do paraíso. Os edifícios originais safávidas foram quase que totalmente substituídos e reconstruídos pelo Império Cajar, embora a disposição das árvores e das bacias de mármore se aproximem do original. O próprio jardim no entanto, foi inicialmente criado há 7 000 anos, ao lado do Cheshmeh-ye-Soleiman. O jardim também é lembrado por ter sido o local do assassinato de Mirza Tagui Cã conhecido como Amir Cabir, chanceler de Naceradim Xá Cajar, o rei iraniano em 1852.
O sismo de 1778 arrasou a cidade de Caxã e todos os edifícios do xá safávida Abas, deixando 8 000 feridos. Mas a cidade foi reconstruída e é hoje atração turística com suas inúmeras mansões dos séculos XVIII e XIX, representando os melhores exemplos da estética Qājār.
Caxã atualmente
Embora extremamente rica em termos de potencial turístico, a cidade permanece pouca desenvolvida neste setor. No entanto, centenas de turistas estrangeiros de todo o mundo visitam esta histórica cidade todos os anos. Qamsar e Abyaneh são importantes cidades em torno de Caxã, atraindo turistas anualmente. Uma incrível caverna feita pelo homem e uma lareira histórica na cidade de Niasar, perto de Caxã, também são notáveis, embora não conhecidos pelos turistas.
No entanto Caxã é internacionalmente famosa pela fabricação de tapetes, seda e outros tecidos. Atualmente em Caxã funciona a maioria das indústrias mecanizadas de tecelagem de tapetes do Irã, e conta com uma importante indústria mineradora de mármore e cobre.
Caxã é ligada através de rodovias a Ispaã, Natanz, e Qom, apenas a uma hora de viagem em direção ao norte. Caxã e seus subúrbios têm uma população de 400 000 habitantes.
Fonte: Wikiwand. Consultado pela última vez em 25 de julho de 2022.
Crédito fotográfico: Farzin Mollaian. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
Tapete Kashan, também conhecido como Caxã, é um tipo de tapete persa, considerado um dos melhores, mais caros e mais belos tapetes do mundo, graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos. Tem como uma das características marcantes deste tipo de tapete o fundo das peças, geralmente de cor vermelho ou azul escuro, quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. A borda, muitas vezes, é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias. Em ocasiões especiais, encontra-se peças temáticas e tecidas em seda.
Tapete Kashan - Wikipédia
Os tapetes de Caxã estão entre os melhores do Irã graças à qualidade de sua lã, e sua amarração extraordinariamente densa e à beleza do colorido e dos desenhos.
O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e em baixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
Algumas peças são temáticas e tecidas em seda. O fundo dos tapetes de Caxã é geralmente de cor vermelho ou azul escuro. Um tapete com fundo azul escuro normalmente tem o medalhão e as bordas vermelhas, e vice-versa.
O panj rang ("cinco cores") é tecido somente com lãs de cinco cores. Geralmente o fundo é de cor marfim e os motivos apresentam diferentes tonalidades de bege, cinza e azul celeste.
A fabricação foi interrompida em Caxã entre a invasão afegã (1722) e o fim do século XIX. A reativação da produção ocorreu com tapetes de lã de qualidade superior. Os primeiros exemplares desta mais recente tecelagem chamam-se Kashan Motashemi, provavelmente o nome de um artesão. O fundo é quase sempre adornado por um medalhão central que termina em cima e embaixo por duas coroas floridas. No restante do fundo entrelaçam-se flores e folhagens. Muitas vezes a borda é adornada com o motivo hérati na banda central e com rosáceas nas bandas secundárias.
A densidade dos nós é de 2 a 6.000 nós/dm² até 9.000 nós/dm² para os tapetes em seda. Com trama e urdume em algodão, normalmente os tapetes Kashan possuem três variações de tamanhos: 120-140x180-210 cm, 210-240x320-340 cm e 310-330x420-450 cm.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 13 de julho de 2022.
---
Descrição Tapete Kashan - Carpet Vista
Estes lindos tapetes são feitos à mão no Irão, e são um de vários Tapetes Persas típicos. Os Tapetes Keshan são caracterizados por um grande medalhão central, rodeado de um design de elementos florais lindissimos, marcadamente orientais. Estes tapetes são normalmente vermelhos, com uma borda mais escura, mas por vezes apresentam um padrão geral, sem medalhão central.
Fonte: CarpetVista. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Uma breve história dos tapetes persas - Chá de Lima da Pérsia
A história do tapete persa remonta a 2.500 anos atrás. Os iranianos estavam entre os tecelões de tapetes pioneiros das antigas civilizações. De simples artigos de necessidade para proteger os nômades do frio e da umidade, ao longo da história, os tapetes tornaram-se uma forma de arte e sofisticada que passou a ser adquirida por reis e nobres, que os viam como sinais de riqueza, prestígio e distinção.
Origens do Tapete Persa
O luxo associado aos tapetes persas, contrasta imensamente com sua modesta origem entre as tribos nômades da Pérsia. As temperaturas extremamente frias do planalto iraniano obrigavam os povos tribais que habitavam em tendas a se proteger contra o frio. Os seus rebanhos de ovinos e caprinos forneciam-lhes lã de alta qualidade e durabilidade para este fim.
O gosto dos nômades pela beleza natural deu origem a criação dos desenhos complexos de cores ricas que mais tarde foram levados para as cidades onde foram incorporadas tradições e estilos de cada local. Os segredos da tecelagem têm passado de geração em geração.
Os tapetes persas podem ser divididos em três grupos: Farsh / Qāli (superior a 1,80x1,20 m), Qālicheh (igual ou menor a 1,80x1,20 m), e tapetes nômades conhecidos por Kilim (rústico). Através das várias épocas da história iraniana esta arte sofreu muitas mudanças e já dava indícios de seu crescimento antes da era islâmica.
Das cortes persas a exportação para o Ocidente
A arte da tapeçaria existe no Irã desde os tempos antigos, de acordo com as evidências arqueológicas. Um exemplo é o tapete Pazyryk produzido no período Aquemênida, por volta de 500 a.C.. Registros históricos mostram que a corte aquêmenida de Ciro, o Grande em Pasárgada era decorada com magníficos tapetes. É dito que Alexandre II da Macedônia ficou deslumbrado com os tapetes que viu na área do túmulo de Ciro, o Grande em Pasárgada.
A primeira evidência documentada da existência de tapetes no Irã data da dinastia Sassânida (224 - 641 d.C). O tapete Bahârestân (tapete "da primavera") foi encomendado pelo xá sassânida Khosrow Parviz para a sala principal de audiências do Palácio Imperial em Ctesifonte (atual Iraque).
Este tapete que media cerca de 8m² passou para a história como o mais precioso de todos os tempos. A descrição dos historiadores árabes é a seguinte: "A borda era um magnífico canteiro de pedras azuis, vermelhas, brancas, amarelas e verdes; ao fundo a cor da terra era imitada com ouro; pedras claras como cristais davam a ilusão de água; as plantas eram em seda e os frutos eram formados por pedras coloridas". Em 637, quando a capital iraniana foi ocupada, o tapete Baharestan foi levado pelos árabes, cortado em pedaços menores, e dividido entre os soldados vencedores como espólio.
No século VIII, a província de Tabarestan (atuais Golestan, Mazandaran e Semnan), além de pagar impostos, enviava 600 tapetes para as cortes de califas em Bagdá a cada ano. Naquela época, os principais itens exportados dessa região eram tapetes, carpetes e pequenos tapetes para orações. Além disso, os tapetes de Khorasan, Sistan e Bukhara, com seus designs sofisticados estavam entre os mais apreciados pelos mercadores. Durante essa época foram criados os centros de tingimento ao lado dos teares das tecelagens de tapetes.
Após o período de dominação pelos califados árabes, a tribo turca dos seljúcidas conquistou a Pérsia. Sua dominação (1038 - 1194) foi de grande importância na história dos tapetes persas. As mulheres seljúcidas eram hábeis fabricantes de tapetes usando nós turcos. Nas províncias do Azerbaijão e Hamadan, onde a influência seljúcida foi mais forte e duradoura, o nó turco é usado até hoje.
Após a invasão do Irã pelos mongóis, a arte da tapeçaria começou a crescer durante o reinado das dinastias dos Timúridas e Ilkhanidas. O palácio de Tabriz, pertencente ao líder Ilkhanida, Ghazan Khan (1295 - 1304), tinha pisos pavimentados cobertos com preciosos tapetes. O governante mongol Shah Rokh (1409 - 1446) contribuiu para a reconstrução de muito do que foi destruído pelos mongóis e incentivou as atividades artísticas da região.
O tapete persa atingiu seu apogeu durante o período Safávida no século XVI. De fato, as primeiras provas concretas desse ofício datam desse período. Aproximadamente 1500 exemplares estão preservados em vários museus e em coleções particulares em todo o mundo.
Durante o seu reinado, Shah Abbas (1587 - 1629), incentivou contatos e comércio com a Europa e transformou sua nova capital Isfahan, em uma das cidades mais gloriosas da Pérsia. Ele também criou uma oficina de tapetes da corte, onde designers e artesãos qualificados trabalharam para criar espécimes esplêndidos. A maioria desses tapetes era feita de seda, com fios de ouro e prata.
O período glorioso do tapete persa terminou com a invasão afegã em 1722. Quando Nader Shah expulsou os afegãos e tornou-se o xá da Pérsia em 1736 e durante vários anos turbulentos após a sua morte em 1747, não foram feitos tapetes de grande valor, e apenas nômades e artesãos em pequenas aldeias continuaram a tradição deste ofício.
No último quarto do século XIX e durante período Qajar, o comércio e o artesanato recuperaram a sua importância. A fabricação de tapetes floresceu mais uma vez com os comerciantes de Tabriz exportando tapetes para a Europa através de Istambul. No final do século XIX, algumas empresas europeias e americanas chegaram a estabelecer negócios na Pérsia e organizar a produção artesanal destinada aos mercados ocidentais.
Durante este período, Arak e seus subúrbios na província Central foram o maior centro de tecelagem de tapetes. Os tapetes tecidos nesta região foram divididos em quatro categorias pelos comerciantes. O melhor destes era chamado Sarouq, o segundo tipo foi chamado Mahal e o terceiro tipo Moshirabad. O último tipo destes era conhecido como Leilahan e era tecido principalmente em pequenas aldeias da Armênia.
Os tapetes persas que chegaram aos nossos dias
O tapete persa mais antigo, que chegou até os nossos dias, é um exemplar da era Safávida (1501-1736), conhecido como Ardabil, atualmente no Museu Victoria & Albert, em Londres. Este tapete tem sido objeto de intermináveis cópias de vários tamanhos e até mesmo Adolf Hitler possuía um 'Ardabil' em seu escritório em Berlim.
As duas guerras mundiais representaram um período de declínio para os tapetes persas. A produção volta a crescer depois de 1948, graças ao incentivo dado pela dinastia Pahlavi. Em 1949, o governo iraniano organiza uma conferência em Teerã para solucionar os problemas da queda da qualidade dos tapetes, constatados desde os últimos sessenta anos. Como resultado desta conferência, o governo tomou uma série de medidas que levaram a uma renovação do tapete persa.
Com a revolução islâmica a produção de tapetes persas diminuiu extraordinariamente uma vez que o novo regime considerava os tapetes como um "tesouro nacional" e proibiu a sua exportação para o Ocidente. Esta política foi abandonada em 1984, devido à importância dos tapetes como fonte de renda. As exportações conheceram um novo avanço no final da década de 1980 e com o término da guerra Irã-Iraque.
Atualmente, as técnicas tradicionais de tecelagem estão bem vivas, apesar da maior parte da produção atual ser mecanizada. Os tapetes tradicionais tecidos à mão são comprados no mundo todo e geralmente são muito mais caros que os confeccionados à máquina por serem um produto artístico. E nos últimos anos, os tapetes iranianos vêm sofrendo com as falsificações feitas em outros países.
No Museu do Tapete do Irã, em Teerã, podem ser vistas muitas peças únicas de tapetes persas.
Fonte: Chá de Lima da Pérsia, "Uma breve história dos tapetes persas", publicado por Janaina Elias, em 30 de dezembro de 2012. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.
---
Caxã – Wikiwand
Caxã (Kashan) é uma cidade na província de Ispaã, Irã. No censo demográfico de 2006 a cidade tinha uma população de 248.789 habitantes.
A etimologia do nome da cidade vem da palavra persa Kashi, que em português significa "azulejos". Caxã é o primeiro dos grandes oásis, ao longo da rodovia Qom-Carmânia que corre ao longo da borda do deserto central do Irã. A sua beleza natural é devido, principalmente, ao contraste entre a ressequida imensidão do deserto e a paisagem verdejante da região do oásis.
História
Descobertas arqueológicas no sítio de Tappeh Sialk, localizado a cerca de quatro quilômetros a oeste de Caxã, revelaram que esta região foi um dos primeiros centros de civilização na pré-história. Sendo assim, Caxã remonta ao período elamita do Irã. A zigurate de Tappeh Sialk pode ainda ser vista nos subúrbios de Caxã mesmo após 5.000 anos. Os três Reis Magos que seguiram a estrela que orientou-os a Belém para testemunhar o nascimento de Jesus, como narrado na Bíblia, declaradamente vieram de Caxã. (Algumas fontes entretanto, afirmam a sua origem ser em outro local).
Os artefatos encontrados em Sialk fazem parte atualmente do acervo dos museus do Louvre, em Paris, do Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque, e do Museu Nacional do Irã, em Teerã. O sultão seljúcida Malique Xá I da Dinastia seljúcida ordenou a construção de uma fortaleza na parte central de Caxã, no século XI. Os muros da fortaleza, chamada Ghal'eh Jalali ainda podem ser vistos até hoje na área central da cidade.
Caxã foi também um local de férias de lazer dos reis safávidas. Bagh-e Fin (Jardim Fin), especificamente, é um dos mais famosos jardins do Irã. Este lindo jardim com sua piscina e pomares foi projetado ao xá Abas I como uma clássica visão persa do paraíso. Os edifícios originais safávidas foram quase que totalmente substituídos e reconstruídos pelo Império Cajar, embora a disposição das árvores e das bacias de mármore se aproximem do original. O próprio jardim no entanto, foi inicialmente criado há 7 000 anos, ao lado do Cheshmeh-ye-Soleiman. O jardim também é lembrado por ter sido o local do assassinato de Mirza Tagui Cã conhecido como Amir Cabir, chanceler de Naceradim Xá Cajar, o rei iraniano em 1852.
O sismo de 1778 arrasou a cidade de Caxã e todos os edifícios do xá safávida Abas, deixando 8 000 feridos. Mas a cidade foi reconstruída e é hoje atração turística com suas inúmeras mansões dos séculos XVIII e XIX, representando os melhores exemplos da estética Qājār.
Caxã atualmente
Embora extremamente rica em termos de potencial turístico, a cidade permanece pouca desenvolvida neste setor. No entanto, centenas de turistas estrangeiros de todo o mundo visitam esta histórica cidade todos os anos. Qamsar e Abyaneh são importantes cidades em torno de Caxã, atraindo turistas anualmente. Uma incrível caverna feita pelo homem e uma lareira histórica na cidade de Niasar, perto de Caxã, também são notáveis, embora não conhecidos pelos turistas.
No entanto Caxã é internacionalmente famosa pela fabricação de tapetes, seda e outros tecidos. Atualmente em Caxã funciona a maioria das indústrias mecanizadas de tecelagem de tapetes do Irã, e conta com uma importante indústria mineradora de mármore e cobre.
Caxã é ligada através de rodovias a Ispaã, Natanz, e Qom, apenas a uma hora de viagem em direção ao norte. Caxã e seus subúrbios têm uma população de 400 000 habitantes.
Fonte: Wikiwand. Consultado pela última vez em 25 de julho de 2022.
Crédito fotográfico: Farzin Mollaian. Consultado pela última vez em 14 de julho de 2022.