Carlos Azevedo Leão (Rio de Janeiro, 1906 — Rio de Janeiro, 1983) foi um arquiteto, pintor, ilustrador, aquarelista e desenhista brasileiro.
Biografia - FGV
Formado pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931, foi amigo e sócio do arquiteto Lúcio Costa. Trabalhou também com Gregori Warchavchik e integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (Mec) entre os anos de 1937 e 1943, no Rio de Janeiro.
Depois do projeto do Mec trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) e no Instituto dos Bancários, onde exerceu funções administrativas até se aposentar como diretor de aplicação. Nesse período fez algumas incursões no campo da arquitetura.
Além de alguns trabalhos para familiares e amigos, fez os projetos do Hospital de Campo Grande e da Casa dos Bancários, todos no Rio.
Boêmio, foi amigo do poeta Vinícius de Morais. Como desenhista notabilizou-se pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena em aquarela, tendo sido o ilustrador de capas de quase todos os livros de Vinícius e de alguns trabalhos de Carlos Drummond de Andrade. Durante a década de 1960, realizou várias exposições individuais. Em 1985, dois anos depois de sua morte, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-RJ) organizou uma mostra de seus trabalhos em arquitetura.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001.
---
Crítica
“A marca ou a identidade arquitetônica de Carlos Leão registrou-se quase que predominantemente na ‘escala humana que faz de uma casa um lar’ (...). O senso estético (...) conjugado ao domínio do desenho propiciou-lhe diversificar de modo sensível e singular tudo o que produziu. Assim, misturando simplicidade e sensualidade realizou o equilíbrio da representação na arquitetura e na arte com incomparável qualidade.”
(Elisabete Rodrigues de Campos Martins in “O ex-aluno Carlos Leão.” Disponível em Projeto Academia da UFRJ)
Cronologia
1931 – Formou-se em arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, tendo participado do movimento de alunos que apoiou o projeto de reforma do ensino proposto pelo arquiteto Lúcio Costa durante seu breve período como diretor da escola. No mesmo ano, iniciou carreira profissional no escritório de Lúcio Costa e do arquiteto russo-brasileiro Gregori Warchavchik.
1934 – Passou a colaborar exclusivamente com Lúcio Costa em virtude da dissolução da sociedade entre Costa e Warchavchik. Concluiu o projeto da casa de sua mãe, a pintora Francisca de Azevedo Leão, no bairro carioca de Laranjeiras.
1936 – Ilustrou o álbum Homenagem a Manuel Bandeira, cinquentenário do poeta, publicado por iniciativa de Rodrigo de Melo Franco de Andrade.
1936-37 – Integrou a equipe liderada por Lúcio Costa que projetou o edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, marco da arquitetura moderna no país.
1937 – Fez parte da primeira turma de arquitetos do recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) juntamente com Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e José de Souza Reis, entre outros.
1938 – Elaborou projeto de hotel em Ouro Preto, solicitado ao SPHAN pelo governo de Minas Gerais. Concebido em estilo neocolonial, seu projeto foi criticado por Lúcio Costa e outros integrantes do grupo modernista e substituído por projeto em estilo moderno do arquiteto Oscar Niemeyer.
c.1940 – Afastado do grupo modernista, demitiu-se do SPHAN e passou a trabalhar no Instituto dos Bancários, onde exerceria funções administrativas e burocráticas até sua aposentadoria.
c.1940-1960 – Fez cerca de 20 projetos de residências para amigos e familiares no Rio de Janeiro, merecendo destaque os projetos da casa de Hélio Fraga (1951) e da casa de Homero Souza e Silva (1956), nos bairros da Gávea e Jardim Botânico, respectivamente. Segundo Lauro Cavalcanti, a ampla residência projetada para a família Souza e Silva marcou, de certa forma, seu retorno à gramática modernista. Também projetou a casa de Souza e Silva em Cabo Frio (1960)
1946 – Ilustrou o livro Poemas, sonetos e baladas, de Vinícius de Moraes.
1975 – Ilustrou o livro Amor, amores, de Carlos Drummond de Andrade.
Década de 1980 – Fez ilustrações para os livros Corpo e Boca de luar, de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais – poemas de muito amor.
Exposições individuais de destaque
1966 – Museu de Arte de Belo Horizonte; Galeria Relevo, Rio de Janeiro, RJ.
1967 – Galeria Atrium, São Paulo; Galeria Barcinski, Rio de Janeiro, RJ.
1972 – Galeria Astreia, São Paulo, SP.
1973 – Galeria Marte 21, Rio de Janeiro, RJ.
1976 – Galeria Debret, Paris; Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.
1977 – Sala de Exposiciones, Madri, Espanha.
1979 – Galeria de Arte da Casa do Brasil, Roma, Itália.
1980 – Galeria Rastro, São Paulo, SP.
Exposições coletivas de destaque
1944 – Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Londres.
1954 – Brasilen Baut, Kunstgewerbe Museum, Zurique, Suíça.
1971 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1972 – 50 Anos de Arquitetura Moderna, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1973 – Bienal Internacional de São Paulo.
1974 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Exposições póstuma de destaque
1985 – Retrospectiva, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro (individual).
1988 – Hedonismo: Coleção Gilberto Chateaubriand, Galeria Edif. Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro.
1993 – Arte Erótica, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1998 – O Colecionador, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1998 – Impressões: a arte da gravura brasileira, Espaço Cultural Banespa-Paulista, São Paulo.
1999 – Cotidiano/Arte. O Consumo, Itaú Cultural, São Paulo.
2001 – Aquarela Brasileira, Centro Cultural Light, Rio de Janeiro.
2003 – Natureza Morta, Espaço Cultural BM&F, São Paulo.
2009 – Carlos Leão, desenhos, Caixa Cultural, São Paulo (individual).
Também realizou os projetos da Casa do Bancário e do Hospital de Campo Grande, ambos no Rio de Janeiro. De temperamento boêmio, foi assíduo frequentador da noite carioca, quase sempre acompanhado de seu amigo Vinícius de Morais. Notabilizou-se como desenhista pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena ou aquarela.
Fonte: Brasil Arte Enciclopédias, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
---
Biografia - Wikipédia
Formou-se pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931. Foi amigo e sócio no escritório de arquitetura de Lúcio Costa.
Trabalhou com Gregori Warchavchik, famoso arquiteto ucraniano que construiu em São Paulo a casa modernista, uma das primeiras manifestações surgidas no Brasil do estilo moderno na arte de construir.
Integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou, entre 1937 e 1943, o Edifício Gustavo Capanema, que seria a sede do Ministério da Educação e da Saúde Pública, no Rio de Janeiro.
Excepcional desenhista, segundo José Roberto Teixeira Leite, dedicou-se à pintura, em trabalhos a óleo, aquarela, guache e monotipia. Seu tema constante foi a mulher, seu corpo, sua graça, sua natural sensualidade.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: Vinicius de Moraes
Carlos Azevedo Leão (Rio de Janeiro, 1906 — Rio de Janeiro, 1983) foi um arquiteto, pintor, ilustrador, aquarelista e desenhista brasileiro.
Biografia - FGV
Formado pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931, foi amigo e sócio do arquiteto Lúcio Costa. Trabalhou também com Gregori Warchavchik e integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (Mec) entre os anos de 1937 e 1943, no Rio de Janeiro.
Depois do projeto do Mec trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) e no Instituto dos Bancários, onde exerceu funções administrativas até se aposentar como diretor de aplicação. Nesse período fez algumas incursões no campo da arquitetura.
Além de alguns trabalhos para familiares e amigos, fez os projetos do Hospital de Campo Grande e da Casa dos Bancários, todos no Rio.
Boêmio, foi amigo do poeta Vinícius de Morais. Como desenhista notabilizou-se pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena em aquarela, tendo sido o ilustrador de capas de quase todos os livros de Vinícius e de alguns trabalhos de Carlos Drummond de Andrade. Durante a década de 1960, realizou várias exposições individuais. Em 1985, dois anos depois de sua morte, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-RJ) organizou uma mostra de seus trabalhos em arquitetura.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001.
---
Crítica
“A marca ou a identidade arquitetônica de Carlos Leão registrou-se quase que predominantemente na ‘escala humana que faz de uma casa um lar’ (...). O senso estético (...) conjugado ao domínio do desenho propiciou-lhe diversificar de modo sensível e singular tudo o que produziu. Assim, misturando simplicidade e sensualidade realizou o equilíbrio da representação na arquitetura e na arte com incomparável qualidade.”
(Elisabete Rodrigues de Campos Martins in “O ex-aluno Carlos Leão.” Disponível em Projeto Academia da UFRJ)
Cronologia
1931 – Formou-se em arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, tendo participado do movimento de alunos que apoiou o projeto de reforma do ensino proposto pelo arquiteto Lúcio Costa durante seu breve período como diretor da escola. No mesmo ano, iniciou carreira profissional no escritório de Lúcio Costa e do arquiteto russo-brasileiro Gregori Warchavchik.
1934 – Passou a colaborar exclusivamente com Lúcio Costa em virtude da dissolução da sociedade entre Costa e Warchavchik. Concluiu o projeto da casa de sua mãe, a pintora Francisca de Azevedo Leão, no bairro carioca de Laranjeiras.
1936 – Ilustrou o álbum Homenagem a Manuel Bandeira, cinquentenário do poeta, publicado por iniciativa de Rodrigo de Melo Franco de Andrade.
1936-37 – Integrou a equipe liderada por Lúcio Costa que projetou o edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, marco da arquitetura moderna no país.
1937 – Fez parte da primeira turma de arquitetos do recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) juntamente com Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e José de Souza Reis, entre outros.
1938 – Elaborou projeto de hotel em Ouro Preto, solicitado ao SPHAN pelo governo de Minas Gerais. Concebido em estilo neocolonial, seu projeto foi criticado por Lúcio Costa e outros integrantes do grupo modernista e substituído por projeto em estilo moderno do arquiteto Oscar Niemeyer.
c.1940 – Afastado do grupo modernista, demitiu-se do SPHAN e passou a trabalhar no Instituto dos Bancários, onde exerceria funções administrativas e burocráticas até sua aposentadoria.
c.1940-1960 – Fez cerca de 20 projetos de residências para amigos e familiares no Rio de Janeiro, merecendo destaque os projetos da casa de Hélio Fraga (1951) e da casa de Homero Souza e Silva (1956), nos bairros da Gávea e Jardim Botânico, respectivamente. Segundo Lauro Cavalcanti, a ampla residência projetada para a família Souza e Silva marcou, de certa forma, seu retorno à gramática modernista. Também projetou a casa de Souza e Silva em Cabo Frio (1960)
1946 – Ilustrou o livro Poemas, sonetos e baladas, de Vinícius de Moraes.
1975 – Ilustrou o livro Amor, amores, de Carlos Drummond de Andrade.
Década de 1980 – Fez ilustrações para os livros Corpo e Boca de luar, de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais – poemas de muito amor.
Exposições individuais de destaque
1966 – Museu de Arte de Belo Horizonte; Galeria Relevo, Rio de Janeiro, RJ.
1967 – Galeria Atrium, São Paulo; Galeria Barcinski, Rio de Janeiro, RJ.
1972 – Galeria Astreia, São Paulo, SP.
1973 – Galeria Marte 21, Rio de Janeiro, RJ.
1976 – Galeria Debret, Paris; Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.
1977 – Sala de Exposiciones, Madri, Espanha.
1979 – Galeria de Arte da Casa do Brasil, Roma, Itália.
1980 – Galeria Rastro, São Paulo, SP.
Exposições coletivas de destaque
1944 – Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Londres.
1954 – Brasilen Baut, Kunstgewerbe Museum, Zurique, Suíça.
1971 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1972 – 50 Anos de Arquitetura Moderna, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1973 – Bienal Internacional de São Paulo.
1974 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Exposições póstuma de destaque
1985 – Retrospectiva, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro (individual).
1988 – Hedonismo: Coleção Gilberto Chateaubriand, Galeria Edif. Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro.
1993 – Arte Erótica, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1998 – O Colecionador, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1998 – Impressões: a arte da gravura brasileira, Espaço Cultural Banespa-Paulista, São Paulo.
1999 – Cotidiano/Arte. O Consumo, Itaú Cultural, São Paulo.
2001 – Aquarela Brasileira, Centro Cultural Light, Rio de Janeiro.
2003 – Natureza Morta, Espaço Cultural BM&F, São Paulo.
2009 – Carlos Leão, desenhos, Caixa Cultural, São Paulo (individual).
Também realizou os projetos da Casa do Bancário e do Hospital de Campo Grande, ambos no Rio de Janeiro. De temperamento boêmio, foi assíduo frequentador da noite carioca, quase sempre acompanhado de seu amigo Vinícius de Morais. Notabilizou-se como desenhista pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena ou aquarela.
Fonte: Brasil Arte Enciclopédias, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
---
Biografia - Wikipédia
Formou-se pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931. Foi amigo e sócio no escritório de arquitetura de Lúcio Costa.
Trabalhou com Gregori Warchavchik, famoso arquiteto ucraniano que construiu em São Paulo a casa modernista, uma das primeiras manifestações surgidas no Brasil do estilo moderno na arte de construir.
Integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou, entre 1937 e 1943, o Edifício Gustavo Capanema, que seria a sede do Ministério da Educação e da Saúde Pública, no Rio de Janeiro.
Excepcional desenhista, segundo José Roberto Teixeira Leite, dedicou-se à pintura, em trabalhos a óleo, aquarela, guache e monotipia. Seu tema constante foi a mulher, seu corpo, sua graça, sua natural sensualidade.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: Vinicius de Moraes
1 artista relacionado
Carlos Azevedo Leão (Rio de Janeiro, 1906 — Rio de Janeiro, 1983) foi um arquiteto, pintor, ilustrador, aquarelista e desenhista brasileiro.
Biografia - FGV
Formado pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931, foi amigo e sócio do arquiteto Lúcio Costa. Trabalhou também com Gregori Warchavchik e integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (Mec) entre os anos de 1937 e 1943, no Rio de Janeiro.
Depois do projeto do Mec trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) e no Instituto dos Bancários, onde exerceu funções administrativas até se aposentar como diretor de aplicação. Nesse período fez algumas incursões no campo da arquitetura.
Além de alguns trabalhos para familiares e amigos, fez os projetos do Hospital de Campo Grande e da Casa dos Bancários, todos no Rio.
Boêmio, foi amigo do poeta Vinícius de Morais. Como desenhista notabilizou-se pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena em aquarela, tendo sido o ilustrador de capas de quase todos os livros de Vinícius e de alguns trabalhos de Carlos Drummond de Andrade. Durante a década de 1960, realizou várias exposições individuais. Em 1985, dois anos depois de sua morte, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-RJ) organizou uma mostra de seus trabalhos em arquitetura.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001.
---
Crítica
“A marca ou a identidade arquitetônica de Carlos Leão registrou-se quase que predominantemente na ‘escala humana que faz de uma casa um lar’ (...). O senso estético (...) conjugado ao domínio do desenho propiciou-lhe diversificar de modo sensível e singular tudo o que produziu. Assim, misturando simplicidade e sensualidade realizou o equilíbrio da representação na arquitetura e na arte com incomparável qualidade.”
(Elisabete Rodrigues de Campos Martins in “O ex-aluno Carlos Leão.” Disponível em Projeto Academia da UFRJ)
Cronologia
1931 – Formou-se em arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, tendo participado do movimento de alunos que apoiou o projeto de reforma do ensino proposto pelo arquiteto Lúcio Costa durante seu breve período como diretor da escola. No mesmo ano, iniciou carreira profissional no escritório de Lúcio Costa e do arquiteto russo-brasileiro Gregori Warchavchik.
1934 – Passou a colaborar exclusivamente com Lúcio Costa em virtude da dissolução da sociedade entre Costa e Warchavchik. Concluiu o projeto da casa de sua mãe, a pintora Francisca de Azevedo Leão, no bairro carioca de Laranjeiras.
1936 – Ilustrou o álbum Homenagem a Manuel Bandeira, cinquentenário do poeta, publicado por iniciativa de Rodrigo de Melo Franco de Andrade.
1936-37 – Integrou a equipe liderada por Lúcio Costa que projetou o edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, marco da arquitetura moderna no país.
1937 – Fez parte da primeira turma de arquitetos do recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) juntamente com Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e José de Souza Reis, entre outros.
1938 – Elaborou projeto de hotel em Ouro Preto, solicitado ao SPHAN pelo governo de Minas Gerais. Concebido em estilo neocolonial, seu projeto foi criticado por Lúcio Costa e outros integrantes do grupo modernista e substituído por projeto em estilo moderno do arquiteto Oscar Niemeyer.
c.1940 – Afastado do grupo modernista, demitiu-se do SPHAN e passou a trabalhar no Instituto dos Bancários, onde exerceria funções administrativas e burocráticas até sua aposentadoria.
c.1940-1960 – Fez cerca de 20 projetos de residências para amigos e familiares no Rio de Janeiro, merecendo destaque os projetos da casa de Hélio Fraga (1951) e da casa de Homero Souza e Silva (1956), nos bairros da Gávea e Jardim Botânico, respectivamente. Segundo Lauro Cavalcanti, a ampla residência projetada para a família Souza e Silva marcou, de certa forma, seu retorno à gramática modernista. Também projetou a casa de Souza e Silva em Cabo Frio (1960)
1946 – Ilustrou o livro Poemas, sonetos e baladas, de Vinícius de Moraes.
1975 – Ilustrou o livro Amor, amores, de Carlos Drummond de Andrade.
Década de 1980 – Fez ilustrações para os livros Corpo e Boca de luar, de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais – poemas de muito amor.
Exposições individuais de destaque
1966 – Museu de Arte de Belo Horizonte; Galeria Relevo, Rio de Janeiro, RJ.
1967 – Galeria Atrium, São Paulo; Galeria Barcinski, Rio de Janeiro, RJ.
1972 – Galeria Astreia, São Paulo, SP.
1973 – Galeria Marte 21, Rio de Janeiro, RJ.
1976 – Galeria Debret, Paris; Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.
1977 – Sala de Exposiciones, Madri, Espanha.
1979 – Galeria de Arte da Casa do Brasil, Roma, Itália.
1980 – Galeria Rastro, São Paulo, SP.
Exposições coletivas de destaque
1944 – Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Londres.
1954 – Brasilen Baut, Kunstgewerbe Museum, Zurique, Suíça.
1971 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1972 – 50 Anos de Arquitetura Moderna, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1973 – Bienal Internacional de São Paulo.
1974 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Exposições póstuma de destaque
1985 – Retrospectiva, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro (individual).
1988 – Hedonismo: Coleção Gilberto Chateaubriand, Galeria Edif. Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro.
1993 – Arte Erótica, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1998 – O Colecionador, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1998 – Impressões: a arte da gravura brasileira, Espaço Cultural Banespa-Paulista, São Paulo.
1999 – Cotidiano/Arte. O Consumo, Itaú Cultural, São Paulo.
2001 – Aquarela Brasileira, Centro Cultural Light, Rio de Janeiro.
2003 – Natureza Morta, Espaço Cultural BM&F, São Paulo.
2009 – Carlos Leão, desenhos, Caixa Cultural, São Paulo (individual).
Também realizou os projetos da Casa do Bancário e do Hospital de Campo Grande, ambos no Rio de Janeiro. De temperamento boêmio, foi assíduo frequentador da noite carioca, quase sempre acompanhado de seu amigo Vinícius de Morais. Notabilizou-se como desenhista pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena ou aquarela.
Fonte: Brasil Arte Enciclopédias, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
---
Biografia - Wikipédia
Formou-se pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931. Foi amigo e sócio no escritório de arquitetura de Lúcio Costa.
Trabalhou com Gregori Warchavchik, famoso arquiteto ucraniano que construiu em São Paulo a casa modernista, uma das primeiras manifestações surgidas no Brasil do estilo moderno na arte de construir.
Integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou, entre 1937 e 1943, o Edifício Gustavo Capanema, que seria a sede do Ministério da Educação e da Saúde Pública, no Rio de Janeiro.
Excepcional desenhista, segundo José Roberto Teixeira Leite, dedicou-se à pintura, em trabalhos a óleo, aquarela, guache e monotipia. Seu tema constante foi a mulher, seu corpo, sua graça, sua natural sensualidade.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: Vinicius de Moraes
Carlos Azevedo Leão (Rio de Janeiro, 1906 — Rio de Janeiro, 1983) foi um arquiteto, pintor, ilustrador, aquarelista e desenhista brasileiro.
Biografia - FGV
Formado pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931, foi amigo e sócio do arquiteto Lúcio Costa. Trabalhou também com Gregori Warchavchik e integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (Mec) entre os anos de 1937 e 1943, no Rio de Janeiro.
Depois do projeto do Mec trabalhou no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Sphan) e no Instituto dos Bancários, onde exerceu funções administrativas até se aposentar como diretor de aplicação. Nesse período fez algumas incursões no campo da arquitetura.
Além de alguns trabalhos para familiares e amigos, fez os projetos do Hospital de Campo Grande e da Casa dos Bancários, todos no Rio.
Boêmio, foi amigo do poeta Vinícius de Morais. Como desenhista notabilizou-se pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena em aquarela, tendo sido o ilustrador de capas de quase todos os livros de Vinícius e de alguns trabalhos de Carlos Drummond de Andrade. Durante a década de 1960, realizou várias exposições individuais. Em 1985, dois anos depois de sua morte, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-RJ) organizou uma mostra de seus trabalhos em arquitetura.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001.
---
Crítica
“A marca ou a identidade arquitetônica de Carlos Leão registrou-se quase que predominantemente na ‘escala humana que faz de uma casa um lar’ (...). O senso estético (...) conjugado ao domínio do desenho propiciou-lhe diversificar de modo sensível e singular tudo o que produziu. Assim, misturando simplicidade e sensualidade realizou o equilíbrio da representação na arquitetura e na arte com incomparável qualidade.”
(Elisabete Rodrigues de Campos Martins in “O ex-aluno Carlos Leão.” Disponível em Projeto Academia da UFRJ)
Cronologia
1931 – Formou-se em arquitetura na Escola Nacional de Belas-Artes, no Rio de Janeiro, tendo participado do movimento de alunos que apoiou o projeto de reforma do ensino proposto pelo arquiteto Lúcio Costa durante seu breve período como diretor da escola. No mesmo ano, iniciou carreira profissional no escritório de Lúcio Costa e do arquiteto russo-brasileiro Gregori Warchavchik.
1934 – Passou a colaborar exclusivamente com Lúcio Costa em virtude da dissolução da sociedade entre Costa e Warchavchik. Concluiu o projeto da casa de sua mãe, a pintora Francisca de Azevedo Leão, no bairro carioca de Laranjeiras.
1936 – Ilustrou o álbum Homenagem a Manuel Bandeira, cinquentenário do poeta, publicado por iniciativa de Rodrigo de Melo Franco de Andrade.
1936-37 – Integrou a equipe liderada por Lúcio Costa que projetou o edifício-sede do Ministério da Educação e Saúde no Rio de Janeiro, marco da arquitetura moderna no país.
1937 – Fez parte da primeira turma de arquitetos do recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) juntamente com Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e José de Souza Reis, entre outros.
1938 – Elaborou projeto de hotel em Ouro Preto, solicitado ao SPHAN pelo governo de Minas Gerais. Concebido em estilo neocolonial, seu projeto foi criticado por Lúcio Costa e outros integrantes do grupo modernista e substituído por projeto em estilo moderno do arquiteto Oscar Niemeyer.
c.1940 – Afastado do grupo modernista, demitiu-se do SPHAN e passou a trabalhar no Instituto dos Bancários, onde exerceria funções administrativas e burocráticas até sua aposentadoria.
c.1940-1960 – Fez cerca de 20 projetos de residências para amigos e familiares no Rio de Janeiro, merecendo destaque os projetos da casa de Hélio Fraga (1951) e da casa de Homero Souza e Silva (1956), nos bairros da Gávea e Jardim Botânico, respectivamente. Segundo Lauro Cavalcanti, a ampla residência projetada para a família Souza e Silva marcou, de certa forma, seu retorno à gramática modernista. Também projetou a casa de Souza e Silva em Cabo Frio (1960)
1946 – Ilustrou o livro Poemas, sonetos e baladas, de Vinícius de Moraes.
1975 – Ilustrou o livro Amor, amores, de Carlos Drummond de Andrade.
Década de 1980 – Fez ilustrações para os livros Corpo e Boca de luar, de Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Morais – poemas de muito amor.
Exposições individuais de destaque
1966 – Museu de Arte de Belo Horizonte; Galeria Relevo, Rio de Janeiro, RJ.
1967 – Galeria Atrium, São Paulo; Galeria Barcinski, Rio de Janeiro, RJ.
1972 – Galeria Astreia, São Paulo, SP.
1973 – Galeria Marte 21, Rio de Janeiro, RJ.
1976 – Galeria Debret, Paris; Museu Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro.
1977 – Sala de Exposiciones, Madri, Espanha.
1979 – Galeria de Arte da Casa do Brasil, Roma, Itália.
1980 – Galeria Rastro, São Paulo, SP.
Exposições coletivas de destaque
1944 – Exhibition of Modern Brazilian Paintings, Londres.
1954 – Brasilen Baut, Kunstgewerbe Museum, Zurique, Suíça.
1971 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1972 – 50 Anos de Arquitetura Moderna, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1973 – Bienal Internacional de São Paulo.
1974 – Panorama da Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
Exposições póstuma de destaque
1985 – Retrospectiva, Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro (individual).
1988 – Hedonismo: Coleção Gilberto Chateaubriand, Galeria Edif. Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro.
1993 – Arte Erótica, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
1998 – O Colecionador, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
1998 – Impressões: a arte da gravura brasileira, Espaço Cultural Banespa-Paulista, São Paulo.
1999 – Cotidiano/Arte. O Consumo, Itaú Cultural, São Paulo.
2001 – Aquarela Brasileira, Centro Cultural Light, Rio de Janeiro.
2003 – Natureza Morta, Espaço Cultural BM&F, São Paulo.
2009 – Carlos Leão, desenhos, Caixa Cultural, São Paulo (individual).
Também realizou os projetos da Casa do Bancário e do Hospital de Campo Grande, ambos no Rio de Janeiro. De temperamento boêmio, foi assíduo frequentador da noite carioca, quase sempre acompanhado de seu amigo Vinícius de Morais. Notabilizou-se como desenhista pelas figuras de mulheres nuas pintadas a bico-de-pena ou aquarela.
Fonte: Brasil Arte Enciclopédias, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
---
Biografia - Wikipédia
Formou-se pela Escola Nacional de Belas-Artes em 1931. Foi amigo e sócio no escritório de arquitetura de Lúcio Costa.
Trabalhou com Gregori Warchavchik, famoso arquiteto ucraniano que construiu em São Paulo a casa modernista, uma das primeiras manifestações surgidas no Brasil do estilo moderno na arte de construir.
Integrou a equipe de jovens arquitetos que projetou, entre 1937 e 1943, o Edifício Gustavo Capanema, que seria a sede do Ministério da Educação e da Saúde Pública, no Rio de Janeiro.
Excepcional desenhista, segundo José Roberto Teixeira Leite, dedicou-se à pintura, em trabalhos a óleo, aquarela, guache e monotipia. Seu tema constante foi a mulher, seu corpo, sua graça, sua natural sensualidade.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 12 de junho de 2020.
Crédito fotográfico: Vinicius de Moraes