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Dorian Gray

Dorian Gray Caldas (Natal, Rio Grande do Norte, 16 de fevereiro de 1930 — Natal, Rio Grande do Norte, 23 de janeiro de 2017), mais conhecido como Dorian Gray ou Dgray, foi um ceramista, ensaísta, escultor, gravador, poeta, tapeceiro e pintor brasileiro. Consagrado artista potiguar, Dorian atuou como assessor da secretaria estadual da cultura do Rio Grande do Norte, entre 1967 e 1968, e da Fundação José Augusto, em 1974, e foi diretor do Teatro Alberto Maranhão, entre 1967 e 1968. Tido como um dos propulsores da modernização das artes visuais no RN, Dorian foi um artista reconhecido e premiado nacional e internacionalmente, contabilizando prêmios importantes, como a medalha de ouro, no Grand Prix da Bélgica, em 1971. Em suas telas, revela o expressionismo através de suas pinceladas marcantes de belezas naturais, imateriais e do cotidiano da cidade e do estado. Suas obras abordam o heroísmo, a bravura e a santidade do povo de Rio Grande do Norte. Poeta, integrou a Academia Norte-rio-grandense de Letras e registrou em “Canto Heróico”, obra literária sobre o Padre Miguelinho e os Mártires de Cunhaú. Realizou sua 1ª exposição na década de 50, quando organizou o I Salão de Arte Moderna de Natal, junto com os pintores Newton Navarro e Ivon Rodrigues. Desde então, produziu mais de 10 mil obras em pintura a óleo, gravuras, bicos de pena, desenho, painéis, tapeçarias e esculturas. Gray possui obras em instituições culturais e em coleções particulares no Brasil e no exterior. Expôs por diversas vezes em Natal, e também por todo o Brasil. No exterior, destacou-se, principalmente, na Argentina e nos Estados Unidos.

Biografia Dorian Gray – Itaú Cultural

Ao lado de Newton Navarro, é um dos artistas que contribui para a modernização das artes plásticas em seu Estado. Entre 1967 e 1974, atuou como assessor da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, como conselheiro da Fundação José Augusto e como diretor do Teatro Alberto Maranhão e da Escolinha de Arte Cândido Portinari. Em 1983, lança o livro Feiras e Feirantes e, em 1989, Artes Plásticas do Rio Grande do Norte - 1920/1989.

Críticas

"Compreende-se que Dorian Gray, pintor e desenhista enfrentando a composição, tenha a vocação pictórica pela realidade brasileira, incapaz de deformá-la, mutilá-la, sob pretexto de interpretação pessoal. Esses sentimentos, profundos, obscuros, radiculares na permanência mental, ascendem no impulso irresistível da espontaneidade, constituindo uma anticlinal, uma figura coletiva, palpitante e lógica, na personalidade do artista (THE CREATOR OF BEAUTIFUL THINGS). A emoção duplica os temas da modelagem impressionista numa diplegia geradora de imagens de assombro e verdade" — Luís da Câmara Cascudo (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5)).

"Artista de nível nacional, Dorian Gray Caldas tem uma pintura de muito boa qualidade e eficiência e nível perfeitamente competitivo com o que se vê produzido, e com a vantagem de ter aquele aspecto da tomada da ancoragem no genuíno, que muitos outros já perderam de vista por sentimento de internacionalização. Dorian Gray usa os recursos da técnica em grande parte do autodidatismo, mas pelo tempo e pelo exercício bem fundamentados exerce uma criação artística referencialmente do local, mas em termos da pintura universal do homem erudito" — Clarival do Prado Valadares (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5)).

Exposições Individuais

1952 - Brasília DF - Individual, patrocinada pela revista Letras

1956 - Brasília DF - Individual, na Loja Maçônica 21 de Março

1967 - Olinda PE - Individual, na Galeria Sobrado 7

1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Goeldi

1968 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Azulão

1969 - Brasília DF - Individual, na Galeria do Hotel Nacional Mezzanino, sob o patrocínio da Fundação Cultural do Distrito Federal

1969 - Olinda PE - Individual, no MAC/Olinda

1970 - Natal RN - Individual, na Biblioteca Pública do Estado

1982 - Brasília DF - Individual, no Hotel Nacional/Fundação Cultural do Distrito Federal

1985 - João Pessoa PB - Individual, na Galeria Archedi Picado

Exposições Coletivas

1950 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha (considerado o marco da modernização das artes plásticas no Estado)

1952 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1955 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1958 - Natal RN - Coletiva, na Sociedade Brasil-Estados Unidos

1958 - Natal RN - Salão Permanente de Arte do Rio Grande do Norte

1964 - Natal RN - Mostra, no Salão Nobre do Palácio do Governo

1973 - Natal RN - Mostra, na UFRN

1973 - João Pessoa PB - Mostra, na UFPB

1973 - Washington (Estados Unidos) - Mostra, no Inter-American Development Bank of Washington

1975 - Natal RN - Retrospectiva 25 Anos de Pintura, no Sesc

1980 - Buenos Aires (Argentina) - El Arte de La Tapiçaria en Brasil, no Museu Nacional de Arte Decorativa

1987 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Norte-Riograndenses, na ABL

Fonte: DORIAN Gray. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 24 de outubro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Dorian Gray Caldas – Wikipédia

Dorian Gray Caldas (Natal, Rio Grande do Norte, 16 de fevereiro de 1930 - Natal, Rio Grande do Norte, 23 de janeiro de 2017) foi um artista plástico e ensaísta brasileiro.

Atuou como assessor da secretaria estadual da cultura do Rio Grande do Norte (1967-1968) e da Fundação José Augusto (1974) e foi diretor do Teatro Alberto Maranhão (1967-1968).

Em 1989 publicou Artes Plásticas do Rio Grande do Norte 1920—1989.

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Dorian Gray Caldas: Um dos mais completos artistas plásticos da terra de Poti – Potiguar Notícias

Em entrevista realizada por Thiago Gonzaga, para a Revista Kukukaya de No 08, revista onde fui diretor-fundador, e Thiago editor-chefe, Dorian Gray disse que nasceu precisamente no finalzinho da avenida Deodoro, em Natal-RN, no dia 16 de fevereiro de 1930. O nome foi escolhido pelo seu pai em homenagem ao escritor irlandês Oscar Wilde, retirado do livro “O Retrato de Dorian Gray”.

Tempos depois foi morar na rua Ana Neri, no bairro de Petrópolis. Nessa casa, onde também funcionou o seu ateliê por toda uma vida, Dorian Gray Caldas morou até o seu falecimento em 23/03/2017, aos oitenta e sete anos de idade. O nome dos seus pais são: Elói Caldas e Nympha Rabelo Caldas. Dorian Gray tem dois filhos, Adriano Gray Caldas e Dione Caldas. Dione que também é artista plástica pude recentemente escrever sobre a sua biografia e a sua arte aqui nesta coluna.

Dorian Gray foi tapeceiro, escritor, ceramista, desenhista, pintor, escultor, poeta, ensaísta e cronista. Foi membro da cadeira de No 9 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que tem como patrono Almino Afonso e o fundador da cadeira Nestor Lima.

Foi agraciado em vida com diversos prêmios e títulos, dentre eles o de Doutor Honoris Causa da UFRN. Como muitos artistas da sua geração, Dorian Gray Caldas pode viver os tempos áureos tanto da literatura como das artes visuais no Rio Grande do Norte, tendo sido contemporâneo de Newton Navarro, Câmara Cascudo, Zila Mamede, Sanderson Negreiros, Manoel Onofre Júnior, Diógenes da Cunha Lima, Iaperi Araújo, Vicente Serejo e tantos outros que escreveram e ainda escrevem a história cultural do Rio Grande do Norte. Podemos dizer que Dorian Gray Caldas é um dos precursores do modernismo na terra de Poti.

Ao ser perguntado sobre o surgimento do seu amor pelas artes plásticas, Dorian Gray disse que foi na infância aos seis anos de idade durante a II Grande Guerra Mundial em 1940. Dizia que já exercia um certo domínio do desenho, e fazia com carvão, pois ninguém acreditava no artista que ele viria a ser tempos depois. “Eu usava o carvão de cozinha da mamãe, o fogão era a carvão, eu usava o carvão para riscar o chão, eu riscava na (rua) Felipe Camarão... Eu riscava o chão e as pessoas ficavam indignadas com aquilo, porque eu riscava metros e metros de desenho, principalmente os figurantes das histórias em quadrinhos estavam todos lá riscados no chão" (Gonzaga, 2014, Revista Kukukaya, p13-17). Depois recebeu lápis crayon e começou a fazer trabalhos em caderno escolar e em papel canson, e a fazer retratos de figuras da História do Brasil e alguns da América Latina.

Em 1950 o poeta e artista plástico Dorian Gray se destacava no I Salão de Arte Moderna de Natal, ao lado de Newton Navarro e Ivon Rodrigues de Albuquerque. Influenciado pelo modernismo, e com as novidades trazidas por Newton Navarro do Recife entre 1948 e 1949, e da amizade que cada vez se fazia forte, Dorian disse que Newton o convidou e ele começou a pintar em função da modernidade. Bem antes, o seu tio Moura Rabello, que era pintor clássico, retratista e paisagista em Natal e residiu no Rio de janeiro durante muitos anos, retratava com maestria a cidade de Natal. Por ser um artista clássico, teve forte influência na arte de Dorian Gray Caldas, no que se refere a esse estilo pictórico.

Na área literária o seu primeiro livro foi de poesia com o título “Instrumentos do Sonho”, lançado em 1961. Dorian Gray falou que começou na literatura influenciado pelas ilustrações que fazia para muitos poetas como Walflan de Queiroz, Sanderson Negreiros, Berilo Wanderley, e diversos outros que faziam literatura no Rio Grande do Norte. Era admirador de escritores modernistas como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, além de Jorge de Lima, Murilo Mendes e Vinicius de Morais. O seu mais recente trabalho literário, já em minhas mãos, intitulado: “Do Outro Lado Da Sombra – Poesia Quase Completa, Vol 1 e 2, lançado em 2015 pela Editora do IFRN, é uma coletânea onde vários de seus poemas já publicados são transcritos, dentre eles: “Campo Memória” 1966; “O Signo e Seu Ângulo de Pedra”, 1976; “Feiras e Feirantes – Desenho e Texto”, 1982; “O Ataque de Lampião a Mossoró”, 1984; “Os Dias Lentos”, 1997; “Canto Heroico”, 1998; “Geografia do Medo”, 2001; “Carta Aberta para a Muito Amada Cidade de Natal”, 2010; “A Necessidade do Mito”, 2012 dentre outros.

O estilo de Dorian Gray Caldas é expressionista. Em visita ao artista, onde através do Projeto de Imagem e Som, realizada em 2016, onde Thiago Gonzaga, eu, Manoel Onofre Júnior e João Andrade fomos até a sua residência para entrevistá-lo, ele deixou claro que a sua arte é expressionista e revela através delas, de forma magistral, as belezas naturais, imateriais e do cotidiano da cidade e do estado.

Na oportunidade pude presentear o pintor com uma tela minha. Fiquei emocionado e ao mesmo tempo orgulhoso em relação aos elogios do artista quanto à tela, onde na oportunidade ele disse que ficaria em sua coleção particular. Maior ainda foi a nossa emoção e surpresa, quando em meio a nossa conversa, veio se juntar à nossa reunião, mesmo que muito rápido, onde estávamos conversando com Dorian, a sua querida esposa dona Wanda Dione Barros Caldas. Uma senhora atenta e cuidadosa que fazia questão de lembrar dos remédios, de datas, dos detalhes na hora de fazer a fotografia e do orgulho em estar ao lado de um ser maravilhoso e genial como Dorian Gray Caldas.

Sobre o expressionismo pude detalhar em artigos anteriores aqui na minha coluna. Pessoas interessadas poderão recorrer a eles para verificar maiores informações. Na medida que for surgindo algum outro movimento estético que ainda não citei irei aqui detalhar. No entanto, cabe aqui ressaltar, que apesar do artista Dorian Gray Caldas se identificar com este estilo vanguardista que nasceu na Europa no início do século XX, pude ver em diversas de suas telas que ele singra por outros movimentos sem muitas dificuldades. O Abstrato, o figurativismo, e o paisagismo são apenas algumas de suas leituras que balizam com leveza a sua arte inovadora, popular, erudita e atual. Das suas telas e trabalhos artísticos, destaco: “Barcos e Barqueiros” (xilogravura), 28 cm x 38 cm; “À Margem” (pintura), 33 cm x 47 cm; “Lunares” (pintura), “Sobradões” , 96 cm x 66 cm; “Marinha” (pintura), 121 cm x 84 cm; Casario entre Verdes” 47 cm x 32 cm; Tela em Homenagem a Cascudo, 3m x 2m. Na tapeçaria Dorian Gray Caldas tem diversos trabalhos no Rio Grande do Norte, no Brasil e espalhados em vários lugares do mundo, como “Barcos” 135 cm x 165 cm; “Apanhadores de Algodão” e “Bumba meu Boi” 2,73 cm x 3,96 cm. Os seus painéis gigantes, também são vários, como os localizados na antiga sede da OAB na Cidade Alta, o do IFRN Campus Central, “Motivos Folclóricos”, medindo 360 cm x 980 cm, painel-mosaico, na fachada do prédio do IPASE, na Ribeira, dele e Navarro, e diversas esculturas, dentre elas “Monumento à Amizade” e “Monumento às Mães”

Exposições individuais:

1952 - Brasília DF - Individual, patrocinada pela revista Letras

1956 - Brasília DF - Individual, na Loja Maçônica 21 de Março

1967 - Olinda PE - Individual, na Galeria Sobrado 7

1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Goeldi

1968 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Azulão

1969 - Brasília DF - Individual, na Galeria do Hotel Nacional Mezzanino, sob o patrocínio da Fundação Cultural do Distrito Federal

1969 - Olinda PE - Individual, no MAC/Olinda

1970 - Natal RN - Individual, na Biblioteca Pública do Estado

1982 - Brasília DF - Individual, no Hotel Nacional/Fundação Cultural do Distrito Federal

1985 - João Pessoa PB - Individual, na Galeria Archedi Picado

Exposições Coletivas:

1950 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha (considerado o marco da modernização das artes plásticas no Estado)

1952 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1955 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1958 - Natal RN - Coletiva, na Sociedade Brasil-Estados Unidos

1958 - Natal RN - Salão Permanente de Arte do Rio Grande do Norte

1964 - Natal RN - Mostra, no Salão Nobre do Palácio do Governo

1973 - Natal RN - Mostra, na UFRN

1973 - João Pessoa PB - Mostra, na UFPB

1973 - Washington (Estados Unidos) - Mostra, no Inter-American Development Bank of Washington

1975 - Natal RN - Retrospectiva 25 Anos de Pintura, no Sesc

1980 - Buenos Aires (Argentina) - El Arte de La Tapiçaria en Brasil, no Museu Nacional de Arte Decorativa

1987 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Norte-Riograndenses, na ABL e tantas outras realizadas no Rio Grande do Norte e pelo Brasil.

Encerro este artigo com um poema belo e lírico de Dorian Gray Caldas:

De tudo que me resta

De tudo o que me resta

a paz dos campos se a tenho,

a sombra sobre o pátio se a vejo,

os olhos tremulam à sombra que se perde

e que retenho.

Outro dirá de mim

se fui poeta,

refúgio incompleto e doce encanto:

já não sou.

Não mereço a rima nobre nem o arrependimento;

o verso é lasso

e já nada escrevo

nem prendo ao laço

a rima que me prende

ou que sirva de conforto ao pensamento.

Amparo-me nestes versos que faço

e que me explicam,

em dois espaços.

Fonte: Potiguar Notícias, "Dorian Gray Caldas - Um dos mais completos artistas plásticos da terra de Poti", publicado por Alfredo Neves, em 26 de maio de 2020. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Biografia Dorian Gray Caldas

Dorian Gray Caldas é pintor, escultor, tapeceiro e poeta. Nasceu no dia 16 de fevereiro de 1930, em Natal/RN. Interessou-se pela arte muito cedo, motivado pela sua própria vocação. Sua primeira exposição foi em 1950, quando organizou, junto com os pintores Newton Navarro e Ivon Rodrigues, o 1o salão de Arte Moderna de Natal. A partir daí, participou de várias exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Artista incansável, já produziu mais de 10.000 obras entre pinturas a óleo, gravuras, bicos-de-pena, desenhos, painéis, tapeçarias e esculturas. Como muralista, fez vários painéis, como o Painel do Aeroporto Augusto Severo (Autos da Cidade do Natal) e a arte mural do Pre- sépio de Natal, projeto de Niemeyer. Escreveu trinta e seis livros, entre eles “Dias Lentos”, “Geografia do Medo” e “Dicionário das Artes Plásticas do RN”.

Seu talento artístico é reconhecido internacionalmente. Contabiliza prêmios importantes, como a Medalha de Ouro no Grand Prix da Bélgica (1971), além dos diplomas nos 20o, 21o e 23o salões internacionais de Revin, na França (1992, 1993, 1995). No Brasil, recebeu vários prêmios, como o de Cândido Portinari de pintura pela UBE (União Brasileira dos Escritores) em 2007; em 2008, recebeu o título de Doutor Honoris Causa UFRN e a medalha do mérito Luís da Câmara Cascudo da Assembleia Legislativa do RN. Algumas de suas tapeçarias podem ser encontradas em lugares como o Banco do Brasil, em Zurique (Suíça), no Departamento de Segurança da Casa Branca, em Washington (EUA), e no Museu Nacional de Arte Decorativa, em Buenos Aires (Argentina). É membro da Academia Norte-Rio- Grandense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Dorian Gray mora em Natal, na Rua Ana Neri, 337 - Petrópolis, onde sempre residiu e continua a exercer sua apaixonante profissão de artista, a única a qual dedicou sua vida.

Fonte: Do Outro Lado da Sombra - Volume 2, página 179. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Biografia Dorian Gray Caldas – Do Outro Lado da Sombra 2

DORIAN GRAY CALDAS (Natal/RN, 1930), pintor, escritor e ceramista. Um dos pioneiros da arte moderna em seu estado, tem-se destacado também no desempenho de funções públicas de caráter cultural. Dentre as coletivas de que participou, salientam-se: Salão de Arte Moderna, Natal (1950, 1952 e 1955); Exposições de cerâmica, pintura e escultura, na Loja Maçônica 21 de Março, Na- tal (1956) e na Sociedade Brasil-Estados Unidos (1958); Salão Permanente de Arte do Rio Grande do Norte, Natal (1958); Exposição de Pintura, Salão Nobre do Palácio do Governo, Natal (1964); Exposição de Pintura; Galeria “Berro d’Água” sob os auspícios da Secretaria de Turismo da Guanabara (1967). Individualmente, expôs na Galeria “Sobrado 7”: Olinda, Pernambuco (1967); na Galerial “Goeldi”, Rio de Janeiro (1967); no Panorama Palace Hotel, Rio de Janeiro (1967); Galeria “Azulão”, São Paulo (1968); na Galeria do Hotel Nacional Mezzanino, sob o patrocínio da Fundação Cultural do Distrito Federal (1969). Possui obras em instituições culturais e em coleções particulares no Brasil e no estrangeiro. Luís da Câmara Cascudo escreveu a seu respeito: “Compreende-se que Dorian Gray, pintor e desenhista enfrentando a composição, tenha a vocação pictória pela realidade brasileira, incapaz de deformá-la, sob pretexto de interpretação pessoal. Esses sentimentos, profundos, obscuros, radiculares na permanência mental, ascendem no impulso irresistível da espontaneidade, constituindo uma anticlinal, uma figura coletiva, palpitante e lógica, na personalidade do artista (The Creator of Beautiful Things). A emoção duplica os temas da modelagem impressionista, numa diplopia geradora de imagens de assombro e verdade”. Antonio Bento escreveu por sua vez: “As telas de Dorian Gray Caldas reproduzem a atividade dos anacrônicos e pitorescos engenhos de açúcar, dos pescadores, dos camponeses e até dos casarões das antigas vilas potiguares, que parecem fixar o mistério da vida de seus velhos habitantes, fantasmas de outras épocas (. . .) Tanto nas paisagens campestres como nas cenas das praias natalenses e em composições diversas, Dorian Gray Caldas tenta fixar a atmosfera e o caráter de sua terra, através de formas e cores de incontestável sabor telúrico ou nativo”. Clarival do Prado Valadares observou: “Artista de nível nacional, Dorian Gray Caldas tem uma pintura de muito boa qualidade e eficiência, e nível perfeitamente competitivo com o que se vê produzido, com a vantagem de ter aquele aspecto da tomada da ancoragem no genuíno, que muitos outros já perderam de vista por sentimento de internacionalização. Dorian Gray usa os recursos da técnica em grande parte do autodidatismo, mas pelo tempo e pelo exercício bem fundamentados exerce uma criação artística referencialmente do local, mas em termos da pintura universal do homem erudito”. Entre suas obras, destacam-se murais em Natal, inspirados nas danças folclóricas locais.

Fonte: Do Outro Lado da Sombra - Volume 2, página 185. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Morre o artista Dorian Gray Caldas – Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte (CAU/RN)

O artista plástico Dorian Gray Caldas morreu no último dia 23/01/2017, às 18h30, vítima de um infarto fulminante. Com 86 anos, ele estava há 12 dias internado com pneumonia e problemas renais. Consagrado como um dos maiores pintores potiguares de sua geração, sendo reconhecido não só no Brasil como também no exterior por sua pintura, escultura, cerâmica, tapeçaria, desenho, poesia e literatura. Ele foi, ainda, um dos propulsores da modernização das artes visuais no RN.

Fonte: CAU/RN (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte), "Morre o artista Dorian Gray Caldas". Consultado pela última vez em 24 de outubro de 2022.


Crédito fotográfico: Tribuna de Notícias. Consultado pela última vez em 24 de outubro de 2022.

Dorian Gray Caldas (Natal, Rio Grande do Norte, 16 de fevereiro de 1930 — Natal, Rio Grande do Norte, 23 de janeiro de 2017), mais conhecido como Dorian Gray ou Dgray, foi um ceramista, ensaísta, escultor, gravador, poeta, tapeceiro e pintor brasileiro. Consagrado artista potiguar, Dorian atuou como assessor da secretaria estadual da cultura do Rio Grande do Norte, entre 1967 e 1968, e da Fundação José Augusto, em 1974, e foi diretor do Teatro Alberto Maranhão, entre 1967 e 1968. Tido como um dos propulsores da modernização das artes visuais no RN, Dorian foi um artista reconhecido e premiado nacional e internacionalmente, contabilizando prêmios importantes, como a medalha de ouro, no Grand Prix da Bélgica, em 1971. Em suas telas, revela o expressionismo através de suas pinceladas marcantes de belezas naturais, imateriais e do cotidiano da cidade e do estado. Suas obras abordam o heroísmo, a bravura e a santidade do povo de Rio Grande do Norte. Poeta, integrou a Academia Norte-rio-grandense de Letras e registrou em “Canto Heróico”, obra literária sobre o Padre Miguelinho e os Mártires de Cunhaú. Realizou sua 1ª exposição na década de 50, quando organizou o I Salão de Arte Moderna de Natal, junto com os pintores Newton Navarro e Ivon Rodrigues. Desde então, produziu mais de 10 mil obras em pintura a óleo, gravuras, bicos de pena, desenho, painéis, tapeçarias e esculturas. Gray possui obras em instituições culturais e em coleções particulares no Brasil e no exterior. Expôs por diversas vezes em Natal, e também por todo o Brasil. No exterior, destacou-se, principalmente, na Argentina e nos Estados Unidos.

Dorian Gray

Dorian Gray Caldas (Natal, Rio Grande do Norte, 16 de fevereiro de 1930 — Natal, Rio Grande do Norte, 23 de janeiro de 2017), mais conhecido como Dorian Gray ou Dgray, foi um ceramista, ensaísta, escultor, gravador, poeta, tapeceiro e pintor brasileiro. Consagrado artista potiguar, Dorian atuou como assessor da secretaria estadual da cultura do Rio Grande do Norte, entre 1967 e 1968, e da Fundação José Augusto, em 1974, e foi diretor do Teatro Alberto Maranhão, entre 1967 e 1968. Tido como um dos propulsores da modernização das artes visuais no RN, Dorian foi um artista reconhecido e premiado nacional e internacionalmente, contabilizando prêmios importantes, como a medalha de ouro, no Grand Prix da Bélgica, em 1971. Em suas telas, revela o expressionismo através de suas pinceladas marcantes de belezas naturais, imateriais e do cotidiano da cidade e do estado. Suas obras abordam o heroísmo, a bravura e a santidade do povo de Rio Grande do Norte. Poeta, integrou a Academia Norte-rio-grandense de Letras e registrou em “Canto Heróico”, obra literária sobre o Padre Miguelinho e os Mártires de Cunhaú. Realizou sua 1ª exposição na década de 50, quando organizou o I Salão de Arte Moderna de Natal, junto com os pintores Newton Navarro e Ivon Rodrigues. Desde então, produziu mais de 10 mil obras em pintura a óleo, gravuras, bicos de pena, desenho, painéis, tapeçarias e esculturas. Gray possui obras em instituições culturais e em coleções particulares no Brasil e no exterior. Expôs por diversas vezes em Natal, e também por todo o Brasil. No exterior, destacou-se, principalmente, na Argentina e nos Estados Unidos.

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Vida e Obra de Dorian Gray | 2021

Artista plástico: Dorian Gray Caldas | 2009

Falecimento Dorian Gray Caldas | 2017

Monumento Cultural: Dorian Gray Caldas | 2015

Os tapetes de Dorian Gray Caldas | 2009

Reconhecimento nacional e internacional de Dorian Gray | 2017

Exposição das tapeçarias de Dorian Gray | 2018

Exposição Dorian Gray reúne obras de diversos artistas | 2018

Homenagem à Dorian Gray | 2018

Biografia Dorian Gray – Itaú Cultural

Ao lado de Newton Navarro, é um dos artistas que contribui para a modernização das artes plásticas em seu Estado. Entre 1967 e 1974, atuou como assessor da Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande do Norte, como conselheiro da Fundação José Augusto e como diretor do Teatro Alberto Maranhão e da Escolinha de Arte Cândido Portinari. Em 1983, lança o livro Feiras e Feirantes e, em 1989, Artes Plásticas do Rio Grande do Norte - 1920/1989.

Críticas

"Compreende-se que Dorian Gray, pintor e desenhista enfrentando a composição, tenha a vocação pictórica pela realidade brasileira, incapaz de deformá-la, mutilá-la, sob pretexto de interpretação pessoal. Esses sentimentos, profundos, obscuros, radiculares na permanência mental, ascendem no impulso irresistível da espontaneidade, constituindo uma anticlinal, uma figura coletiva, palpitante e lógica, na personalidade do artista (THE CREATOR OF BEAUTIFUL THINGS). A emoção duplica os temas da modelagem impressionista numa diplegia geradora de imagens de assombro e verdade" — Luís da Câmara Cascudo (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5)).

"Artista de nível nacional, Dorian Gray Caldas tem uma pintura de muito boa qualidade e eficiência e nível perfeitamente competitivo com o que se vê produzido, e com a vantagem de ter aquele aspecto da tomada da ancoragem no genuíno, que muitos outros já perderam de vista por sentimento de internacionalização. Dorian Gray usa os recursos da técnica em grande parte do autodidatismo, mas pelo tempo e pelo exercício bem fundamentados exerce uma criação artística referencialmente do local, mas em termos da pintura universal do homem erudito" — Clarival do Prado Valadares (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5)).

Exposições Individuais

1952 - Brasília DF - Individual, patrocinada pela revista Letras

1956 - Brasília DF - Individual, na Loja Maçônica 21 de Março

1967 - Olinda PE - Individual, na Galeria Sobrado 7

1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Goeldi

1968 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Azulão

1969 - Brasília DF - Individual, na Galeria do Hotel Nacional Mezzanino, sob o patrocínio da Fundação Cultural do Distrito Federal

1969 - Olinda PE - Individual, no MAC/Olinda

1970 - Natal RN - Individual, na Biblioteca Pública do Estado

1982 - Brasília DF - Individual, no Hotel Nacional/Fundação Cultural do Distrito Federal

1985 - João Pessoa PB - Individual, na Galeria Archedi Picado

Exposições Coletivas

1950 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha (considerado o marco da modernização das artes plásticas no Estado)

1952 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1955 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1958 - Natal RN - Coletiva, na Sociedade Brasil-Estados Unidos

1958 - Natal RN - Salão Permanente de Arte do Rio Grande do Norte

1964 - Natal RN - Mostra, no Salão Nobre do Palácio do Governo

1973 - Natal RN - Mostra, na UFRN

1973 - João Pessoa PB - Mostra, na UFPB

1973 - Washington (Estados Unidos) - Mostra, no Inter-American Development Bank of Washington

1975 - Natal RN - Retrospectiva 25 Anos de Pintura, no Sesc

1980 - Buenos Aires (Argentina) - El Arte de La Tapiçaria en Brasil, no Museu Nacional de Arte Decorativa

1987 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Norte-Riograndenses, na ABL

Fonte: DORIAN Gray. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 24 de outubro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Dorian Gray Caldas – Wikipédia

Dorian Gray Caldas (Natal, Rio Grande do Norte, 16 de fevereiro de 1930 - Natal, Rio Grande do Norte, 23 de janeiro de 2017) foi um artista plástico e ensaísta brasileiro.

Atuou como assessor da secretaria estadual da cultura do Rio Grande do Norte (1967-1968) e da Fundação José Augusto (1974) e foi diretor do Teatro Alberto Maranhão (1967-1968).

Em 1989 publicou Artes Plásticas do Rio Grande do Norte 1920—1989.

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Dorian Gray Caldas: Um dos mais completos artistas plásticos da terra de Poti – Potiguar Notícias

Em entrevista realizada por Thiago Gonzaga, para a Revista Kukukaya de No 08, revista onde fui diretor-fundador, e Thiago editor-chefe, Dorian Gray disse que nasceu precisamente no finalzinho da avenida Deodoro, em Natal-RN, no dia 16 de fevereiro de 1930. O nome foi escolhido pelo seu pai em homenagem ao escritor irlandês Oscar Wilde, retirado do livro “O Retrato de Dorian Gray”.

Tempos depois foi morar na rua Ana Neri, no bairro de Petrópolis. Nessa casa, onde também funcionou o seu ateliê por toda uma vida, Dorian Gray Caldas morou até o seu falecimento em 23/03/2017, aos oitenta e sete anos de idade. O nome dos seus pais são: Elói Caldas e Nympha Rabelo Caldas. Dorian Gray tem dois filhos, Adriano Gray Caldas e Dione Caldas. Dione que também é artista plástica pude recentemente escrever sobre a sua biografia e a sua arte aqui nesta coluna.

Dorian Gray foi tapeceiro, escritor, ceramista, desenhista, pintor, escultor, poeta, ensaísta e cronista. Foi membro da cadeira de No 9 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, que tem como patrono Almino Afonso e o fundador da cadeira Nestor Lima.

Foi agraciado em vida com diversos prêmios e títulos, dentre eles o de Doutor Honoris Causa da UFRN. Como muitos artistas da sua geração, Dorian Gray Caldas pode viver os tempos áureos tanto da literatura como das artes visuais no Rio Grande do Norte, tendo sido contemporâneo de Newton Navarro, Câmara Cascudo, Zila Mamede, Sanderson Negreiros, Manoel Onofre Júnior, Diógenes da Cunha Lima, Iaperi Araújo, Vicente Serejo e tantos outros que escreveram e ainda escrevem a história cultural do Rio Grande do Norte. Podemos dizer que Dorian Gray Caldas é um dos precursores do modernismo na terra de Poti.

Ao ser perguntado sobre o surgimento do seu amor pelas artes plásticas, Dorian Gray disse que foi na infância aos seis anos de idade durante a II Grande Guerra Mundial em 1940. Dizia que já exercia um certo domínio do desenho, e fazia com carvão, pois ninguém acreditava no artista que ele viria a ser tempos depois. “Eu usava o carvão de cozinha da mamãe, o fogão era a carvão, eu usava o carvão para riscar o chão, eu riscava na (rua) Felipe Camarão... Eu riscava o chão e as pessoas ficavam indignadas com aquilo, porque eu riscava metros e metros de desenho, principalmente os figurantes das histórias em quadrinhos estavam todos lá riscados no chão" (Gonzaga, 2014, Revista Kukukaya, p13-17). Depois recebeu lápis crayon e começou a fazer trabalhos em caderno escolar e em papel canson, e a fazer retratos de figuras da História do Brasil e alguns da América Latina.

Em 1950 o poeta e artista plástico Dorian Gray se destacava no I Salão de Arte Moderna de Natal, ao lado de Newton Navarro e Ivon Rodrigues de Albuquerque. Influenciado pelo modernismo, e com as novidades trazidas por Newton Navarro do Recife entre 1948 e 1949, e da amizade que cada vez se fazia forte, Dorian disse que Newton o convidou e ele começou a pintar em função da modernidade. Bem antes, o seu tio Moura Rabello, que era pintor clássico, retratista e paisagista em Natal e residiu no Rio de janeiro durante muitos anos, retratava com maestria a cidade de Natal. Por ser um artista clássico, teve forte influência na arte de Dorian Gray Caldas, no que se refere a esse estilo pictórico.

Na área literária o seu primeiro livro foi de poesia com o título “Instrumentos do Sonho”, lançado em 1961. Dorian Gray falou que começou na literatura influenciado pelas ilustrações que fazia para muitos poetas como Walflan de Queiroz, Sanderson Negreiros, Berilo Wanderley, e diversos outros que faziam literatura no Rio Grande do Norte. Era admirador de escritores modernistas como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, além de Jorge de Lima, Murilo Mendes e Vinicius de Morais. O seu mais recente trabalho literário, já em minhas mãos, intitulado: “Do Outro Lado Da Sombra – Poesia Quase Completa, Vol 1 e 2, lançado em 2015 pela Editora do IFRN, é uma coletânea onde vários de seus poemas já publicados são transcritos, dentre eles: “Campo Memória” 1966; “O Signo e Seu Ângulo de Pedra”, 1976; “Feiras e Feirantes – Desenho e Texto”, 1982; “O Ataque de Lampião a Mossoró”, 1984; “Os Dias Lentos”, 1997; “Canto Heroico”, 1998; “Geografia do Medo”, 2001; “Carta Aberta para a Muito Amada Cidade de Natal”, 2010; “A Necessidade do Mito”, 2012 dentre outros.

O estilo de Dorian Gray Caldas é expressionista. Em visita ao artista, onde através do Projeto de Imagem e Som, realizada em 2016, onde Thiago Gonzaga, eu, Manoel Onofre Júnior e João Andrade fomos até a sua residência para entrevistá-lo, ele deixou claro que a sua arte é expressionista e revela através delas, de forma magistral, as belezas naturais, imateriais e do cotidiano da cidade e do estado.

Na oportunidade pude presentear o pintor com uma tela minha. Fiquei emocionado e ao mesmo tempo orgulhoso em relação aos elogios do artista quanto à tela, onde na oportunidade ele disse que ficaria em sua coleção particular. Maior ainda foi a nossa emoção e surpresa, quando em meio a nossa conversa, veio se juntar à nossa reunião, mesmo que muito rápido, onde estávamos conversando com Dorian, a sua querida esposa dona Wanda Dione Barros Caldas. Uma senhora atenta e cuidadosa que fazia questão de lembrar dos remédios, de datas, dos detalhes na hora de fazer a fotografia e do orgulho em estar ao lado de um ser maravilhoso e genial como Dorian Gray Caldas.

Sobre o expressionismo pude detalhar em artigos anteriores aqui na minha coluna. Pessoas interessadas poderão recorrer a eles para verificar maiores informações. Na medida que for surgindo algum outro movimento estético que ainda não citei irei aqui detalhar. No entanto, cabe aqui ressaltar, que apesar do artista Dorian Gray Caldas se identificar com este estilo vanguardista que nasceu na Europa no início do século XX, pude ver em diversas de suas telas que ele singra por outros movimentos sem muitas dificuldades. O Abstrato, o figurativismo, e o paisagismo são apenas algumas de suas leituras que balizam com leveza a sua arte inovadora, popular, erudita e atual. Das suas telas e trabalhos artísticos, destaco: “Barcos e Barqueiros” (xilogravura), 28 cm x 38 cm; “À Margem” (pintura), 33 cm x 47 cm; “Lunares” (pintura), “Sobradões” , 96 cm x 66 cm; “Marinha” (pintura), 121 cm x 84 cm; Casario entre Verdes” 47 cm x 32 cm; Tela em Homenagem a Cascudo, 3m x 2m. Na tapeçaria Dorian Gray Caldas tem diversos trabalhos no Rio Grande do Norte, no Brasil e espalhados em vários lugares do mundo, como “Barcos” 135 cm x 165 cm; “Apanhadores de Algodão” e “Bumba meu Boi” 2,73 cm x 3,96 cm. Os seus painéis gigantes, também são vários, como os localizados na antiga sede da OAB na Cidade Alta, o do IFRN Campus Central, “Motivos Folclóricos”, medindo 360 cm x 980 cm, painel-mosaico, na fachada do prédio do IPASE, na Ribeira, dele e Navarro, e diversas esculturas, dentre elas “Monumento à Amizade” e “Monumento às Mães”

Exposições individuais:

1952 - Brasília DF - Individual, patrocinada pela revista Letras

1956 - Brasília DF - Individual, na Loja Maçônica 21 de Março

1967 - Olinda PE - Individual, na Galeria Sobrado 7

1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Goeldi

1968 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Azulão

1969 - Brasília DF - Individual, na Galeria do Hotel Nacional Mezzanino, sob o patrocínio da Fundação Cultural do Distrito Federal

1969 - Olinda PE - Individual, no MAC/Olinda

1970 - Natal RN - Individual, na Biblioteca Pública do Estado

1982 - Brasília DF - Individual, no Hotel Nacional/Fundação Cultural do Distrito Federal

1985 - João Pessoa PB - Individual, na Galeria Archedi Picado

Exposições Coletivas:

1950 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha (considerado o marco da modernização das artes plásticas no Estado)

1952 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1955 - Natal RN - Salão de Arte Moderna, na antiga sede da Cruz Vermelha

1958 - Natal RN - Coletiva, na Sociedade Brasil-Estados Unidos

1958 - Natal RN - Salão Permanente de Arte do Rio Grande do Norte

1964 - Natal RN - Mostra, no Salão Nobre do Palácio do Governo

1973 - Natal RN - Mostra, na UFRN

1973 - João Pessoa PB - Mostra, na UFPB

1973 - Washington (Estados Unidos) - Mostra, no Inter-American Development Bank of Washington

1975 - Natal RN - Retrospectiva 25 Anos de Pintura, no Sesc

1980 - Buenos Aires (Argentina) - El Arte de La Tapiçaria en Brasil, no Museu Nacional de Arte Decorativa

1987 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Norte-Riograndenses, na ABL e tantas outras realizadas no Rio Grande do Norte e pelo Brasil.

Encerro este artigo com um poema belo e lírico de Dorian Gray Caldas:

De tudo que me resta

De tudo o que me resta

a paz dos campos se a tenho,

a sombra sobre o pátio se a vejo,

os olhos tremulam à sombra que se perde

e que retenho.

Outro dirá de mim

se fui poeta,

refúgio incompleto e doce encanto:

já não sou.

Não mereço a rima nobre nem o arrependimento;

o verso é lasso

e já nada escrevo

nem prendo ao laço

a rima que me prende

ou que sirva de conforto ao pensamento.

Amparo-me nestes versos que faço

e que me explicam,

em dois espaços.

Fonte: Potiguar Notícias, "Dorian Gray Caldas - Um dos mais completos artistas plásticos da terra de Poti", publicado por Alfredo Neves, em 26 de maio de 2020. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Biografia Dorian Gray Caldas

Dorian Gray Caldas é pintor, escultor, tapeceiro e poeta. Nasceu no dia 16 de fevereiro de 1930, em Natal/RN. Interessou-se pela arte muito cedo, motivado pela sua própria vocação. Sua primeira exposição foi em 1950, quando organizou, junto com os pintores Newton Navarro e Ivon Rodrigues, o 1o salão de Arte Moderna de Natal. A partir daí, participou de várias exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Artista incansável, já produziu mais de 10.000 obras entre pinturas a óleo, gravuras, bicos-de-pena, desenhos, painéis, tapeçarias e esculturas. Como muralista, fez vários painéis, como o Painel do Aeroporto Augusto Severo (Autos da Cidade do Natal) e a arte mural do Pre- sépio de Natal, projeto de Niemeyer. Escreveu trinta e seis livros, entre eles “Dias Lentos”, “Geografia do Medo” e “Dicionário das Artes Plásticas do RN”.

Seu talento artístico é reconhecido internacionalmente. Contabiliza prêmios importantes, como a Medalha de Ouro no Grand Prix da Bélgica (1971), além dos diplomas nos 20o, 21o e 23o salões internacionais de Revin, na França (1992, 1993, 1995). No Brasil, recebeu vários prêmios, como o de Cândido Portinari de pintura pela UBE (União Brasileira dos Escritores) em 2007; em 2008, recebeu o título de Doutor Honoris Causa UFRN e a medalha do mérito Luís da Câmara Cascudo da Assembleia Legislativa do RN. Algumas de suas tapeçarias podem ser encontradas em lugares como o Banco do Brasil, em Zurique (Suíça), no Departamento de Segurança da Casa Branca, em Washington (EUA), e no Museu Nacional de Arte Decorativa, em Buenos Aires (Argentina). É membro da Academia Norte-Rio- Grandense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico do RN.

Dorian Gray mora em Natal, na Rua Ana Neri, 337 - Petrópolis, onde sempre residiu e continua a exercer sua apaixonante profissão de artista, a única a qual dedicou sua vida.

Fonte: Do Outro Lado da Sombra - Volume 2, página 179. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Biografia Dorian Gray Caldas – Do Outro Lado da Sombra 2

DORIAN GRAY CALDAS (Natal/RN, 1930), pintor, escritor e ceramista. Um dos pioneiros da arte moderna em seu estado, tem-se destacado também no desempenho de funções públicas de caráter cultural. Dentre as coletivas de que participou, salientam-se: Salão de Arte Moderna, Natal (1950, 1952 e 1955); Exposições de cerâmica, pintura e escultura, na Loja Maçônica 21 de Março, Na- tal (1956) e na Sociedade Brasil-Estados Unidos (1958); Salão Permanente de Arte do Rio Grande do Norte, Natal (1958); Exposição de Pintura, Salão Nobre do Palácio do Governo, Natal (1964); Exposição de Pintura; Galeria “Berro d’Água” sob os auspícios da Secretaria de Turismo da Guanabara (1967). Individualmente, expôs na Galeria “Sobrado 7”: Olinda, Pernambuco (1967); na Galerial “Goeldi”, Rio de Janeiro (1967); no Panorama Palace Hotel, Rio de Janeiro (1967); Galeria “Azulão”, São Paulo (1968); na Galeria do Hotel Nacional Mezzanino, sob o patrocínio da Fundação Cultural do Distrito Federal (1969). Possui obras em instituições culturais e em coleções particulares no Brasil e no estrangeiro. Luís da Câmara Cascudo escreveu a seu respeito: “Compreende-se que Dorian Gray, pintor e desenhista enfrentando a composição, tenha a vocação pictória pela realidade brasileira, incapaz de deformá-la, sob pretexto de interpretação pessoal. Esses sentimentos, profundos, obscuros, radiculares na permanência mental, ascendem no impulso irresistível da espontaneidade, constituindo uma anticlinal, uma figura coletiva, palpitante e lógica, na personalidade do artista (The Creator of Beautiful Things). A emoção duplica os temas da modelagem impressionista, numa diplopia geradora de imagens de assombro e verdade”. Antonio Bento escreveu por sua vez: “As telas de Dorian Gray Caldas reproduzem a atividade dos anacrônicos e pitorescos engenhos de açúcar, dos pescadores, dos camponeses e até dos casarões das antigas vilas potiguares, que parecem fixar o mistério da vida de seus velhos habitantes, fantasmas de outras épocas (. . .) Tanto nas paisagens campestres como nas cenas das praias natalenses e em composições diversas, Dorian Gray Caldas tenta fixar a atmosfera e o caráter de sua terra, através de formas e cores de incontestável sabor telúrico ou nativo”. Clarival do Prado Valadares observou: “Artista de nível nacional, Dorian Gray Caldas tem uma pintura de muito boa qualidade e eficiência, e nível perfeitamente competitivo com o que se vê produzido, com a vantagem de ter aquele aspecto da tomada da ancoragem no genuíno, que muitos outros já perderam de vista por sentimento de internacionalização. Dorian Gray usa os recursos da técnica em grande parte do autodidatismo, mas pelo tempo e pelo exercício bem fundamentados exerce uma criação artística referencialmente do local, mas em termos da pintura universal do homem erudito”. Entre suas obras, destacam-se murais em Natal, inspirados nas danças folclóricas locais.

Fonte: Do Outro Lado da Sombra - Volume 2, página 185. Consultado pela última vez em 21 de outubro de 2022.

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Morre o artista Dorian Gray Caldas – Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte (CAU/RN)

O artista plástico Dorian Gray Caldas morreu no último dia 23/01/2017, às 18h30, vítima de um infarto fulminante. Com 86 anos, ele estava há 12 dias internado com pneumonia e problemas renais. Consagrado como um dos maiores pintores potiguares de sua geração, sendo reconhecido não só no Brasil como também no exterior por sua pintura, escultura, cerâmica, tapeçaria, desenho, poesia e literatura. Ele foi, ainda, um dos propulsores da modernização das artes visuais no RN.

Fonte: CAU/RN (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte), "Morre o artista Dorian Gray Caldas". Consultado pela última vez em 24 de outubro de 2022.


Crédito fotográfico: Tribuna de Notícias. Consultado pela última vez em 24 de outubro de 2022.

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