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Gilvan Samico

Gilvan José Meira Lins Samico (Recife, PE, 15 de junho de 1928 – idem, 25 de novembro de 2013) foi um gravurista, desenhista, pintor e professor brasileiro. É considerado por muitos críticos o maior expoente da xilogravura brasileira. Por conta do seu processo criativo, durante muito tempo produziu em média uma gravura por ano.

Biografia - Itaú Cultural

Em 1952, Gilvan Samico funda, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR), idealizado pelo gravador Abelardo da Hora. Estuda xilogravura com Lívio Abramo, em 1957, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). No ano seguinte, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde cursa gravura com Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Dedica-se à realização de texturas elaboradas com ritmos lineares em seus trabalhos. Em 1965, fixa residência em Olinda. Leciona xilogravura na Universidade Federal da Paraíba (UFPA). Em 1968, com o prêmio viagem ao exterior obtido no 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), permanece por dois anos na Europa. Em 1971, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular nordestina e à literatura de cordel. Sua produção é marcada pela recuperação do romanceiro popular nordestino, por meio da literatura de cordel e pela utilização criativa da xilogravura. Suas gravuras são povoadas por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas locais, assim como por animais fantásticos e míticos. Com a apresentação de uma nova temática, introduz uma simplificação formal em seus trabalhos, reduzindo o uso da cor e das texturas.

Análise

Gilvan Samico inicia-se em pintura como autodidata. Em 1948, integra a Sociedade de Arte Moderna do Recife, que tem importante papel na renovação da arte pernambucana. O objetivo dessa associação é criar no Recife um amplo movimento cultural que envolvesse áreas como artes plásticas, teatro e música, incentivando pesquisas sobre a cultura popular e suas manifestações. Em 1952, Samico é um dos fundadores do Ateliê Coletivo da SAMR, centro de estudos de desenho e gravura, voltado para uma arte de caráter social.

Vem para São Paulo em 1957, onde tem aulas com Lívio Abramo. De sua convivência com o Abramo, Samico guarda a preocupação em explorar as possibilidades formais da madeira e o interesse pelas texturas muito elaboradas. O artista passa a criar ritmos lineares, que se harmonizam perfeitamente na estrutura geral de suas obras.

Viaja no ano seguinte ao Rio de Janeiro, onde freqüenta o curso livre de gravura de Oswaldo Goeldi. O contato com o gravador é percebido no emprego de atmosferas noturnas em seus trabalhos, utilizando número reduzido de traços, e no uso muito preciso da cor.

Sua obra é marcada definitivamente pela descoberta do romanceiro popular, através da literatura de cordel e pela criativa utilização da xilogravura. O espaço de suas gravuras é então povoado por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas populares, e também por muitos animais e seres fantásticos: leões, serpentes, dragões.

Paralelamente à inovação temática, Samico passa a utilizar o branco com muita força expressiva. A profundidade é pouco evocada em suas obras, que enfatizam a bidimensionalidade, sendo as figuras representadas como signos, o que ocorre, por exemplo, em O Boi Feiticeiro e o Cavalo Misterioso (1963). A xilogravura Suzana no Banho (1966) apresenta características formais que se tornam constantes na obra de Samico: além das tramas gráficas diferenciadas, que conferem ritmo à composição, emprega a simetria e a compartimentação geométrica do espaço.

Nas décadas de 1980 e 1990, Gilvan Samico dedica-se mais longamente à realização de cada gravura, chegando a produzir uma matriz por ano. Exercita com a goiva1 toda uma variedade de cortes, até encontrar a textura ideal para cada assunto tratado. Nos trabalhos recentes simplifica a estrutura e a própria trama linear, acrescentando motivos originários da arquitetura: arcos, rosáceas e molduras. A obra A Espada e o Dragão (2000), por exemplo, apresenta uma técnica apurada e um uso muito criterioso da cor.

Críticas

"Iniciando-se autodidaticamente como pintor, a xilogravura, no entanto, foi seu meio expressivo exclusivo desde fins da década de 1950, apenas substituído nos dois últimos anos pela pintura, após retorno de uma temporada na Europa. (...) Das narrativas do cordel ele aproveita sobretudo os elementos que de maneira mais direta refiram a religiosidade popular, com sua demonologia, seus mitos reincorporados, seus símbolos do inconsciente coletivo, seus animais de infância e medo, seu espanto diante do que parece nascer de um sobrenatural. Mesmo quando mais recentemente começou a dar preferência à pintura, esses elementos básicos continuaram a permear seu trabalho, em que pese certa atenuação da componente arcaica e a mudança substancial do esquema cromático, agora avivado e disseminado em calor pela totalidade da superfície, sem os antigos contrastes com as amplas áreas brancas das xilogravuras. O Nordeste, contudo, está sempre ali, armando a sua linguagem".

Roberto Pontual (Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.)

"Nas duas últimas décadas, Samico raramente produziu mais que uma única gravura por ano. É um artista raro. Em seu monástico casarão de Olinda, pesquisa longamente cada um dos seus temas e os signos correspondentes. Estuda exaustivamente a compartimentação do espaço e sua relação com os tempos da narrativa. Bosqueja, faz croquis a lápis ou tinta, buscando a cor precisa, a ser posta em confronto com as chapadas de preto e com o branco, que funciona como luz ou espaço. Exercita com a goiva toda uma variedade de cortes até encontrar a ?textura? ideal para o assunto tratado, a ?tonalidade? exata. O tempo escorre, lento, na província afetiva do artista. Gravar pede paciência e muito ofício. Samico não é virtuose - ?não sou um habilidoso?, costuma dizer - por isso age empiricamente, na base do erro e do acerto. Mas, concluída a obra, aposta sua assinatura, teremos com certeza, diante de nós, uma obra de arte irretocável e de uma beleza arrebatadora. (...) Samico equilibra, em doses certas, imaginação e despojamento, fantasia e técnica".

Frederico Morais (MORAIS, Frederico. In: Gilvan Samico: obras de 1980 - 1994. São Paulo: Silvio Nery da Fonseca Escritório de Arte, 1995. s. p.)

"Gilvan Samico começa seu trabalho nas vizinhanças dos clubes de gravura e seu realismo socialista. Todavia, ainda nos anos 50, troca, instado por Ariano Suassuna, a noite pelo dia: sua xilogravura descobre a inversão operada pelo gravador do cordel, cuja linha preta instaura o dia, o removido, em oposição à linha branca que abre a noite, o mantido, base gráfica que lhe situa a obra. A valorização da linha preta ilumina sua xilogravura, que nem o uso circunscrito de cores obscurece. Quanto à iconografia, esta se liga à narração, no que Samico também se situa nas proximidades do cordel, enquanto função historiante. Embora narre, fá-lo com recurso à disposição solene de figuras emblematizadas; recusando a interpretação que a tem como faraônica, afirma seu sentido de cordel: o afrontamento, a axialidade, a justaposição, a repetição, que operam o estático, têm história em outro campo, feito, aliás, de atalhos e desvios que levam da antigüidade ao presente. A limpeza da linha, tirante à geometria, reforça o hieratismo, que pode configurar o majestático: sendo, segundo Samico, popular sua gravura, não se afasta dela a carga histórica que impregna o assim chamado 'popular', que só sob determinados enfoques se pode excluir da história da arte. A presença de Samico faz com que, sendo erudito, tome a direção dos xilógrafos do Nordeste, como Mestre Noza, J. Barros, J. Borges e outros, não menos notáveis; em direção distinta, gravadores muito urbanos, como Isa Aderne, José Altino, Calasans Neto ou Raimundo de Oliveira, incluem-se de modos variáveis no horizonte dessa xilogravura".

Leon Kossovitch e Mayra Laudanna (GRAVURA: arte brasileira do século XX. Apresentação Ricardo Ribenboim. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 2000. p. 26-27.)

Depoimentos Samico:

"Em 1957 fui para São Paulo estudar gravura com Lívio Abramo. Depois me mudei para o Rio de Janeiro e, lá, fiz algumas gravuras para participar de salões. Nessa época, em uma visita ao Recife, reencontrei Ariano Suassuna e disse a ele que achava que minha gravura parecia com coisas que eu já tinha visto, era muito noturna, muito ligada à gravura européia. . . Então, ele me perguntou: 'Por que você não dá um mergulho na gravura popular?' Eu enlouqueci. Senti como se fosse um desafio danado. Ia fazer o quê? Uma transposição da gravura popular? Não interessava. Fiquei um pouco aturdido, mas não desisti. Em vez de ir para a gravura pronta, ou a capa de folheto ou outra coisa qualquer, resolvi ir ao texto da literatura de cordel. Para fazer o que era para fazer mesmo: a gravura de ilustração. Aliás, a gravura nasceu para isso. Historicamente, ela sempre, ou quase sempre, teve esse papel: contar uma história. (...)

Goeldi gravava a linha branca. A maioria dos gravadores de cordel grava a linha preta. A partir de certo momento, começa a se evidenciar a linha preta em minhas gravuras. Você não está mais mergulhado na sombra. Você poderia encontrar essa gravura num cordel, se ele tivesse esse tipo de preocupação formal. Não encontra, porque quem fez fui eu. Tem crítico que diz que a matriz de minha obra é muito mais antiga do que o cordel. (...)

Tem gente aqui que pergunta qual é o meu encantamento pela arte egípcia, porque vê na minha gravura influências egípcias. Eu não tenho nada a dizer. A não ser que isso faz parte da minha vivência, do Inconsciente coletivo, sei lá. É como se fossem histórias antigas se repetindo nos genes até chegar a mim. Um crítico disse que a minha gravura hoje está impregnada dos símbolos essenciais da cultura popular. Acho que ele está certo".

Gilvan Samico a Tânia Nogueira (Mitologia e cordel. Samico eleva a gravura popular ao virtuosismo. Bravo, São Paulo, n. 24, p. 32, set. 1998.)

Exposições Individuais

1960 - Recife PE - Individual, na Galeria Lemac

1964 - Recife PE - Individual, na Galeria Prefeitura

1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie

1966 - João Pessoa PB - Individual, na Universidade Federal da Paraíba - UFPB

1966 - Recife PE - Individual, na Galeria do Teatro Popular do Nordeste

1970 - Madri (Espanha) - Individual, na Galeria de Arte da Casa do Brasil

1985 - Cidade do México (México) - Individual, no Museo Nacional de las Culturas Populares

1989 - Porto Alegre RS - Individual, na Bolsa de Arte de Porto Alegre

1994 - Porto (Portugal) - Cumplicidades, na Cooperativa Árvore

1995 - São Paulo SP - Individual, no Escritório de Arte Sylvio Nery da Fonseca

1996 - Olinda PE - Gilvan Samico: gravuras e pinturas, na Galeria Sobrado

1997 - Rio de Janeiro RJ - Gilvan Samico: 40 anos de gravura, no CCBB

1998 - Recife PE - Gilvan Samico: 40 anos de gravura, no MAMAM

1999 - Belo Horizonte MG - Gilvan Samico: 40 anos de gravura, no Museu de Arte da Pampulha

2003 - Rio de Janeiro RJ - O Outro lado do Rio, no Paço Imperial

2004 - São Paulo SP - Samico: do desenho à gravura, na Pinacoteca do Estado

Exposições Coletivas

1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais

1955 - Recife PE - 14º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1956 - Recife PE - 15º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1957 - Recife PE - 16º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco - 1º prêmio de gravura

1958 - Recife PE - 17º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco - 1º prêmio de gravura

1958 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Estrada

1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte a Mãe e a Criança

1959 - Recife PE - 18º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1959 - Recife PE - 1ª Panorâmica das Artes Plásticas em Pernambuco, no Cabanga Iate Clube

1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1960 - Recife PE - 19º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco - 1º prêmio de gravura

1960 - Recife PE - 19º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1960 - Recife PE - 1ª Exposição da Galeria de Arte do Recife, na Galeria de Arte do Recife

1960 - Rio de Janeiro RJ - 9º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio aquisição

1961 - Paris (França) - 2ª Bienal de Jovens

1961 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio isenção de júri

1961 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Coletiva, no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos

1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho

1962 - Madri (Espanha) - Arte de América y España

1962 - Barcelona (Espanha) - Arte de América y España

1962 - Paris (França) - Arte de América y España

1962 - Munique (Alemanha) - Arte de América y España

1962 - Bruxelas (Bélgica) - Arte de América y España

1962 - Amsterdã (Holanda) - Arte de América y España

1962 - Milão (Itália) - Arte de América y España

1962 - Berna (Suiça) - Arte de América y España

1962 - Minneapolis (Estados Unidos) - New Art of Brazil, no Walker Art Center

1962 - Recife PE - 2ª Panorâmica de Artes Plásticas de Pernambuco, no Clube Internacional de Recife

1962 - Rio de Janeiro RJ - 11º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio viagem ao país

1962 - Veneza (Itália) - 31ª Bienal de Veneza - prêmio arte litúrgica

1963 - Paris (França) - 3ª Bienal de Jovens

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12 º Salão Nacional de Belas Artes

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1963 - Salvador BA - Civilização do Nordeste, no Solar do Unhão

1963 - Santiago (Chile) - 1ª Bienal Americana de Gravura

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1964 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1964 - Santiago (Chile) - 1ª Bienal Americana de Grabado - Prêmio Maruja Buchard

1965 - Brasília DF - 2º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal

1965 - Rio de Janeiro RJ - 14º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1966 - Recife PE - O Cruzeiro, na Sucursal do Jornal O Cruzeiro

1966 - Recife PE - O Rosto e a Obra, na Galeria Casa Holanda

1966 - Ribeirão Preto SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, na Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto

1966 - São Paulo SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, no MAC/USP

1966 - Tóquio (Japão) - 5th International Biennial Exhibition of Prints

1966 - Trieste (Itália) - Bienal de Arte Litúrgica

1966 - Vancouver (Canadá) - Exposição Internacional de Gravuras

1967 - Santiago (Chile) - 3º Bienal Americana de Gravura, no Museo de Arte Contemporáneo

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1967 - São Paulo SP - Oficina Pernambucana, no MAC/USP

1968 - Piracicaba SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, na Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA

1968 - Santiago (Chile) - 3ª Bienal Americana de Grabado

1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior

1970 - Olinda PE - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, no MAC/PE

1970 - Penápolis SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1970 - Recife PE - Movimento Armorial, na Igreja de S. Pedro do Clérigos

1970 - San Juan (Porto Rico) - Bienal de San Juan del Grabado latino-americano y del Caribe, no Instituto de Cultura Puertorriqueña

1970 - San Juan (Puerto Rico) - 1ª Bienal de San Juan del Grabado Latinoamericano y del Caribe, no Instituto de Cultura Puertorriqueña

1971 - São Paulo SP - 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1972 - Florença (Itália) - 3ª Biennalle Internazionale della Gráfica d'Arte, no Palazzo Strozzi

1972 - Olinda PE - Mostra Coletiva, na Galeria Casa de Olinda

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria Collectio

1973 - Olinda PE - 33 Gravadores Brasileiros, na Galeria Casa de Olinda

1973 - Recife PE - Exposição Franciscana, na Ranulpho Galeria de Arte

1974 - Recife PE - O Nordeste e Suas Raízes Culturais, na Reitoria da UFPE

1974 - Recife PE - O Nordeste e suas Raízes Culturais, na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

1977 - Recife PE - 9 Artistas Gravadores, na Abelardo Rodrigues Galeria de Artes

1977 - Rio de Janeiro RJ - 2ª Arte Agora: visão da terra, no MAM/RJ

1979 - Curitiba PR - 2ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade

1979 - Curitiba PR - 36º Salão Paranaense de Belas Artes, no Teatro Guaíra

1980 - Penápolis SP - 4º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis - artista convidado

1980 - São Paulo SP - 12º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP - Prêmio Museu de Arte Moderna

1981 - Belo Horizonte MG - Destaques Hilton de Gravura, no Palácio das Artes

1981 - Brasília DF - Destaques Hilton de Gravura, na ECT Galeria de Arte

1981 - Curitiba PR - Destaques Hilton de Gravura, na Casa da Gravura Solar do Barão

1981 - Florianópolis SC - Destaques Hilton de Gravura, no Museu de Arte de Santa Catarina

1981 - Porto Alegre RS - Destaques Hilton de Gravura, no Margs

1981 - Recife PE - Destaques Hilton de Gravura, no MAMAM

1981 - Rio de Janeiro RJ - Destaques Hilton de Gravura, no MAM/RJ

1981 - Salvador BA - Destaques Hilton de Gravura, no Teatro Castro Alves

1981 - São Paulo SP - Destaques Hilton de Gravura, no MAM/SP

1981 - São Paulo SP - Mostra Coletiva, na Galeria São Paulo

1982 - Curitiba PR - 5ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, na Casa da Gravura Solar do Barão

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis - artista convidado

1983 - Montevidéu (Uruguai) - 1ª Bienal de Grabado Iberoamericano, no Museo de Arte Contemporânea

1983 - Olinda PE - 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/PE

1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas - sala especial, no MAM/RJ

1984 - Bonn (Alemanha) - Mostra Coletiva, no Centro de Ciências

1984 - Curitiba PR - 6ª A Xilogravura na História da Arte Brasileira, na Casa Romário Martins

1984 - Paris (França) - Dix Artistes de Recife, no Espace Latino-Américain

1984 - Ribeirão Preto SP - Gravadores Brasileiros Anos 50/60, na Galeria Campus

1984 - Rio de Janeiro RJ - A Xilogravura na História da Arte Brasileira, na Funarte. Galeria Sérgio Milliet

1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Cidade do México (México) - Grabado, Cordel y Canción: el Nordeste del Brasil, no Museo Nacional de Culturas Populares

1985 - Recife PE - 38º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, no Museu do Estado de Pernambuco

1985 - Rio de Janeiro RJ - Pintura ao Ar Livre, no Centro Cultural Candido Mendes. Grande Galeria

1985 - São Paulo SP - Destaques da Arte Contemporânea, no MAM/SP

1986 - Brasília DF - Pernambucanos em Brasília, na ECT Galeria de Arte

1986 - Fortaleza CE - Imagine: o planeta saúda o cometa, na Arte Galeria

1986 - Recife PE - A Cidade do Recife Hoje, na Galeria Futuro 25

1986 - Recife PE - Natureza da Pintura, no Centro Cultural Adalgisa Falcão

1987 - São Paulo SP - 18º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1987 - São Paulo SP - Arte sobre Papel, no MAM/SP

1988 - Recife PE - 3 Gerações na Arte Pernambucana, na Galeria Stúdio A

1988 - Recife PE - Gil Vicente, Gilvan Samico e José Barbosa, na Estudio A Galeria de Arte

1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan

1988 - São Paulo SP - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Sesc/Pompéia

1989 - Copenhague (Dinamarca) - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Museu Charlottenborg

1989 - Olinda PE - Viva Olinda Viva, no Atelier Coletivo

1989 - Recife PE - Natureza da Pintura, no Centro Cultural Adalgisa Falcão

1989 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Brasileira: 4 temas, na EAV/Parque Lage

1990 - Curitiba PR - 9ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, no Museu da Gravura

1990 - Dronninglund (Dinamarca) - Mostra Coletiva, no Art Center

1990 - Olinda PE - Permanência da Pintura, no Atelier Coletivo

1990 - Veneza (Itália) - 44ª Bienal de Veneza

1991 - Estocolmo (Suécia) - Viva Brasil Viva, no Konstavdelningen och Liljevalchs Konsthall

1991 - Recife PE - Arte Sobre Papel III, na Galeria Gamela

1991 - Recife PE - Mestres e Contemporâneos, na Rodrigues Galeria de Arte

1991 - Recife PE - Mulheres, na Galeria Futuro 25

1991 - Recife PE - Pernambuco: estética de resistência, na Artespaço Galeria de Arte

1991 - São Paulo SP - A Mata, no MAC/USP

1991- São Paulo SP - Homem e Natureza, no MAC/USP

1992 - Curitiba PR - 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, no Museu da Gravura

1992 - Rio de Janeiro RJ - Ateliê Coletivo, na Galeria do Centro Cultural Cândido Mendes

1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravura de Arte no Brasil: proposta para um mapeamento, no CCBB

1992 - São Paulo SP - Pernambuco: estética de resistência, na Galeria Montesanti Roesler

1993 - Hamburgo (Alemanha) - Atelier Coletivo, na Km Wolff

1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1993 - Recife PE - Recife na Década de 30, na Rodrigues Galeria de Arte

1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA

1994 - Porto (Portugal) - Recife-Raízes-Resultados, no Prédio da Alfândega

1994 - Recife PE - Recife Pintura e Poesia, na Rodrigues Galeria de Arte

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Os Clubes de Gravura do Brasil, na Pinacoteca do Estado

1994 - São Paulo SP - Poética da Resistência: aspectos da gravura brasileira, na Galeria de Arte do Sesi

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, na Companhia do Metropolitano de São Paulo

1997 - Barra Mansa RJ - Traços Contemporâneos: homenagem a gravura brasileira, no Centro Universitário de Barra Mansa

1997 - Goiânia GO - Brasilidade: coletânea de artistas brasileiros, na Galeria de Arte Marina Potrich

1997 - Irving (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na University of Dallas. Haggar Art Gallery

1997 - Odessa (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Gallery at The University of Texas of the Permian Basin

1997 - Plano (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, no Collin County Community College. Spring Creek Art Gallery

1997 - Wichita Falls (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Midwestern State University Art Gallery

1998 - Abilene (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Abilene Christian University Shore Art Gallery

1998 - Baton Rouge (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Louisiana State University

1998 - Rio de Janeiro RJ - 16º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp

1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, na Galeria de Arte do Sesi

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Coleção Guita e José Mindlin, no Espaço Cultural dos Correios

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA

1999 - São Paulo SP - A Ressacralização da Arte, no Sesc Pompéia

2000 - Curitiba PR - 12ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba. Marcas do Corpo, Dobras da Alma. - Gilvan Samico: xilogravuras, no Museu Metropolitano de Arte

2000 - Recife PE - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam, no MAMAM

2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Contemporânea, na Fundação Bienal

2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado

2001 - Belém PA - 20º Salão Arte Pará, no Museu do Estado do Pará

2001 - Brasília DF - Coleções do Brasil, no CCBB

2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural

2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural

2001 - Porto Alegre RS - Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea, no Margs

2001 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Antônio Carlos Jobim, no Paço Imperial

2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial

2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP

2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial

2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2002 - São Paulo SP - Pop Brasil: a arte popular e o popular na arte, no CCBB

2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2003 - Recife PE - Ver de Novo/Ver o Novo, no MAMAM

2003 - São Paulo SP - A Gravura Vai Bem, Obrigado: a gravura histórica e contemporânea brasileira, no Espaço Virgílio

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake

2004 - Rio de Janeiro RJ - 90 Anos de Tomie Ohtake, no MNBA

2004 - Rio de Janeiro RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA

Fonte: GILVAN Samico. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 11 de Mai. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia - Wikipédia

Nascido na capital pernambucana, Gilvan José Meira Lins Samico era o penúltimo de seis filhos de um casal de classe média do bairro de Afogados. Na adolescência, depois de dois empregos frustrados, o pai percebeu a aptidão do filho para a ilustração e o levou ao professor, pintor e arquiteto Hélio Feijó.

Samico iniciou-se na pintura como autodidata, influenciado pelo expressionismo de artistas como Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo, mas atualmente é conhecido por suas meticulosas xilogravuras, inspiradas na temática e estilo da gravura popular do nordeste do Brasil.

Em 1948, começou a frequentar a Sociedade de Arte Moderna do Recife. Em 1952, fundou, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade, idealizado por Abelardo da Hora. Em 1957, estudou xilogravura com Lívio Abramo, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo. No ano seguinte, estudou gravura com Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1968, recebeu o prêmio viagem ao exterior no 17º Salão Nacional de Arte Moderna do MAM-RJ e permaneceu por dois anos na Europa. Em 1965, fixou residência em Olinda. Lecionou xilogravura na Universidade Federal da Paraíba.

Em 1971, convidado por Ariano Suassuna, passou a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular. Sua produção era particularmente voltada à recuperação do romanceiro popular e à literatura de cordel. Suas gravuras são povoadas por personagens da bíblicos, lendas e animais fantásticos, com reduzido uso da cor e de texturas.

Os quarenta anos de gravura do artista foram comemorados em 1997 com uma exposição no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Samico tem obras no MoMA de Nova Iorque e participou duas vezes de Bienal de Veneza tendo sido premiado em uma delas.

Em 2011, a Bem-Te-Vi Produções Literárias lançou o livro Samico, com texto do crítico de artes plásticas Weydson Barros Leal, apresentação de Ariano Suassuna e a reprodução de 64 gravuras, sendo uma inédita, na capa, criada especialmente para o livro, além de pinturas, a maioria jamais exposta antes. O livro recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Arte do Ano, em 2012. Em 25 de Novembro de 2013, com 85 anos, faleceu Gilvan Samico, um dos maiores talentos que a historia já teve.

Em 2015 suas obras participaram da Bienal de Artes do Mercosul e da Bienal Internacional de Curitiba. Em 2016 a 32a Bienal de São Paulo destacou o artista exibindo 51 obras suas, parte das quais compõem em 2017 o programa itinerante do evento nas cidades de Campinas e São José do Rio Preto (SP), Garanhuns (PE) e Bogotá ( Colômbia). Ainda em 2017 a exposição "Samico Between Worlds - Rumors of War in Times of Peace" mostrou suas obras na cidade de Nova York (USA).

Críticas

Ferreira Gullar em seu livro Relâmpagos dedicou um capítulo inteiro à obra de Samico, cujo texto começa assim:

"É uma linguagem clara, límpida, mas plena de ecos. Ela é assim jovem e arcaica. A linha, que Samico traça, para definir as figuras é também expressiva em si mesma como linha, tem intensidade e melodia. É uma gravura sem truques, sem retórica, sem falsas emoções. É tudo gráfico: o que está ali está ali, à nossa vista."

Ferreira Gullar (Relâmpagos, p.127)

Foi exaltado por Ariano Suassuna, quando este disse:

"É, então, por ter encontrado seu caminho dentro da maravilha que é a arte popular brasileira, que o mundo de Samico aparece com tanta força e novidade, harmonizados, nela, todos os contrastes e violências."

Ariano Suassuna

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 11 de maio de 2017.

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Morre o artista plástico gravurista Gilvan Samico, aos 85 anos

Morreu no dia 25 de novembro, no Recife, aos 85 anos, o artista plástico Gilvan Samico, um dos maiores gravuristas brasileiros e cuja reputação se internacionalizou a partir dos anos 1970. Ele sofria de câncer na bexiga. O MoMA de Nova York possui duas obras de Samico e ele foi premiado na Bienal de Veneza, da qual participou duas vezes.

Seu ritmo de produção contrastava com o do resto do mundo: costumava fazer apenas uma gravura por ano. Vivia no próprio ateliê com a mulher, Célida, havia décadas, em um sobrado na frente do mar de Olinda, ao lado do Mosteiro de São Bento, onde costumava estacionar seu carro "sorrateiramente", brincava. Seu corpo seria cremado na noite de segunda.

Ex-aluno de Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi, Samico viveu nos anos 1960 em Barcelona e Versalhes, com bolsas artísticas. Depois, se tornaria figura exponencial do Movimento Armorial, que tinha alistados artistas como Antonio Madureira e Francisco Brennand e era capitaneado pelo escritor Ariano Suassuna. O Armorial, a partir de 1970, preconizou uma fusão entre a cultura popular e referências eruditas. Suassuna o procurou com a gravura de cordel em mente. "Era uma boa ideia, mas a gravura de cordel já existia, já estava cristalizada e não tinha sentido copiá-la. Então eu mergulhei no texto, pinçando dali os elementos que mais me tocavam", ele conta. Desenhou também capas de discos do Quinteto Armorial. Trabalhou dessa forma até 1967, e a partir daí desvencilhou-se do cordel como referência primordial.

Samico não gostava muito de explicar seu trabalho. "É porque não é o meu papel. Não é essencial que tenha uma explicação, é uma obra visual. Verbalizar o trabalho de arte é coisa para crítico, que eles têm o dom da palavra. Às vezes, usam isso para descobrir nuances de que o próprio artista não se dá conta. O ato de criar às vezes é um transbordamento", disse ao Estado em entrevista em 2008.

Fonte: Hoje em dia, por Jotabê Medeiros, publicado em 26 de novembro de 2013.

Crédito fotográfico: Folha, publicado em 25 de novembro de 2013.

Gilvan José Meira Lins Samico (Recife, PE, 15 de junho de 1928 – idem, 25 de novembro de 2013) foi um gravurista, desenhista, pintor e professor brasileiro. É considerado por muitos críticos o maior expoente da xilogravura brasileira. Por conta do seu processo criativo, durante muito tempo produziu em média uma gravura por ano.

Gilvan Samico

Gilvan José Meira Lins Samico (Recife, PE, 15 de junho de 1928 – idem, 25 de novembro de 2013) foi um gravurista, desenhista, pintor e professor brasileiro. É considerado por muitos críticos o maior expoente da xilogravura brasileira. Por conta do seu processo criativo, durante muito tempo produziu em média uma gravura por ano.

Videos

No reino de Samico | Documentário 2014

Matéria sobre Samico | 2014

Linhas, trançados e cores | 2014

Reportagem sobre Samico | 2014

Samico diz que só faz 1 gravura por ano

A arte da família Samico

Biografia - Itaú Cultural

Em 1952, Gilvan Samico funda, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR), idealizado pelo gravador Abelardo da Hora. Estuda xilogravura com Lívio Abramo, em 1957, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). No ano seguinte, transfere-se para o Rio de Janeiro, onde cursa gravura com Oswaldo Goeldi na Escola Nacional de Belas Artes (Enba). Dedica-se à realização de texturas elaboradas com ritmos lineares em seus trabalhos. Em 1965, fixa residência em Olinda. Leciona xilogravura na Universidade Federal da Paraíba (UFPA). Em 1968, com o prêmio viagem ao exterior obtido no 17º Salão Nacional de Arte Moderna (SNAM), permanece por dois anos na Europa. Em 1971, é convidado por Ariano Suassuna a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular nordestina e à literatura de cordel. Sua produção é marcada pela recuperação do romanceiro popular nordestino, por meio da literatura de cordel e pela utilização criativa da xilogravura. Suas gravuras são povoadas por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas locais, assim como por animais fantásticos e míticos. Com a apresentação de uma nova temática, introduz uma simplificação formal em seus trabalhos, reduzindo o uso da cor e das texturas.

Análise

Gilvan Samico inicia-se em pintura como autodidata. Em 1948, integra a Sociedade de Arte Moderna do Recife, que tem importante papel na renovação da arte pernambucana. O objetivo dessa associação é criar no Recife um amplo movimento cultural que envolvesse áreas como artes plásticas, teatro e música, incentivando pesquisas sobre a cultura popular e suas manifestações. Em 1952, Samico é um dos fundadores do Ateliê Coletivo da SAMR, centro de estudos de desenho e gravura, voltado para uma arte de caráter social.

Vem para São Paulo em 1957, onde tem aulas com Lívio Abramo. De sua convivência com o Abramo, Samico guarda a preocupação em explorar as possibilidades formais da madeira e o interesse pelas texturas muito elaboradas. O artista passa a criar ritmos lineares, que se harmonizam perfeitamente na estrutura geral de suas obras.

Viaja no ano seguinte ao Rio de Janeiro, onde freqüenta o curso livre de gravura de Oswaldo Goeldi. O contato com o gravador é percebido no emprego de atmosferas noturnas em seus trabalhos, utilizando número reduzido de traços, e no uso muito preciso da cor.

Sua obra é marcada definitivamente pela descoberta do romanceiro popular, através da literatura de cordel e pela criativa utilização da xilogravura. O espaço de suas gravuras é então povoado por personagens bíblicos e outros, provenientes de lendas e narrativas populares, e também por muitos animais e seres fantásticos: leões, serpentes, dragões.

Paralelamente à inovação temática, Samico passa a utilizar o branco com muita força expressiva. A profundidade é pouco evocada em suas obras, que enfatizam a bidimensionalidade, sendo as figuras representadas como signos, o que ocorre, por exemplo, em O Boi Feiticeiro e o Cavalo Misterioso (1963). A xilogravura Suzana no Banho (1966) apresenta características formais que se tornam constantes na obra de Samico: além das tramas gráficas diferenciadas, que conferem ritmo à composição, emprega a simetria e a compartimentação geométrica do espaço.

Nas décadas de 1980 e 1990, Gilvan Samico dedica-se mais longamente à realização de cada gravura, chegando a produzir uma matriz por ano. Exercita com a goiva1 toda uma variedade de cortes, até encontrar a textura ideal para cada assunto tratado. Nos trabalhos recentes simplifica a estrutura e a própria trama linear, acrescentando motivos originários da arquitetura: arcos, rosáceas e molduras. A obra A Espada e o Dragão (2000), por exemplo, apresenta uma técnica apurada e um uso muito criterioso da cor.

Críticas

"Iniciando-se autodidaticamente como pintor, a xilogravura, no entanto, foi seu meio expressivo exclusivo desde fins da década de 1950, apenas substituído nos dois últimos anos pela pintura, após retorno de uma temporada na Europa. (...) Das narrativas do cordel ele aproveita sobretudo os elementos que de maneira mais direta refiram a religiosidade popular, com sua demonologia, seus mitos reincorporados, seus símbolos do inconsciente coletivo, seus animais de infância e medo, seu espanto diante do que parece nascer de um sobrenatural. Mesmo quando mais recentemente começou a dar preferência à pintura, esses elementos básicos continuaram a permear seu trabalho, em que pese certa atenuação da componente arcaica e a mudança substancial do esquema cromático, agora avivado e disseminado em calor pela totalidade da superfície, sem os antigos contrastes com as amplas áreas brancas das xilogravuras. O Nordeste, contudo, está sempre ali, armando a sua linguagem".

Roberto Pontual (Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.)

"Nas duas últimas décadas, Samico raramente produziu mais que uma única gravura por ano. É um artista raro. Em seu monástico casarão de Olinda, pesquisa longamente cada um dos seus temas e os signos correspondentes. Estuda exaustivamente a compartimentação do espaço e sua relação com os tempos da narrativa. Bosqueja, faz croquis a lápis ou tinta, buscando a cor precisa, a ser posta em confronto com as chapadas de preto e com o branco, que funciona como luz ou espaço. Exercita com a goiva toda uma variedade de cortes até encontrar a ?textura? ideal para o assunto tratado, a ?tonalidade? exata. O tempo escorre, lento, na província afetiva do artista. Gravar pede paciência e muito ofício. Samico não é virtuose - ?não sou um habilidoso?, costuma dizer - por isso age empiricamente, na base do erro e do acerto. Mas, concluída a obra, aposta sua assinatura, teremos com certeza, diante de nós, uma obra de arte irretocável e de uma beleza arrebatadora. (...) Samico equilibra, em doses certas, imaginação e despojamento, fantasia e técnica".

Frederico Morais (MORAIS, Frederico. In: Gilvan Samico: obras de 1980 - 1994. São Paulo: Silvio Nery da Fonseca Escritório de Arte, 1995. s. p.)

"Gilvan Samico começa seu trabalho nas vizinhanças dos clubes de gravura e seu realismo socialista. Todavia, ainda nos anos 50, troca, instado por Ariano Suassuna, a noite pelo dia: sua xilogravura descobre a inversão operada pelo gravador do cordel, cuja linha preta instaura o dia, o removido, em oposição à linha branca que abre a noite, o mantido, base gráfica que lhe situa a obra. A valorização da linha preta ilumina sua xilogravura, que nem o uso circunscrito de cores obscurece. Quanto à iconografia, esta se liga à narração, no que Samico também se situa nas proximidades do cordel, enquanto função historiante. Embora narre, fá-lo com recurso à disposição solene de figuras emblematizadas; recusando a interpretação que a tem como faraônica, afirma seu sentido de cordel: o afrontamento, a axialidade, a justaposição, a repetição, que operam o estático, têm história em outro campo, feito, aliás, de atalhos e desvios que levam da antigüidade ao presente. A limpeza da linha, tirante à geometria, reforça o hieratismo, que pode configurar o majestático: sendo, segundo Samico, popular sua gravura, não se afasta dela a carga histórica que impregna o assim chamado 'popular', que só sob determinados enfoques se pode excluir da história da arte. A presença de Samico faz com que, sendo erudito, tome a direção dos xilógrafos do Nordeste, como Mestre Noza, J. Barros, J. Borges e outros, não menos notáveis; em direção distinta, gravadores muito urbanos, como Isa Aderne, José Altino, Calasans Neto ou Raimundo de Oliveira, incluem-se de modos variáveis no horizonte dessa xilogravura".

Leon Kossovitch e Mayra Laudanna (GRAVURA: arte brasileira do século XX. Apresentação Ricardo Ribenboim. São Paulo: Itaú Cultural: Cosac & Naify, 2000. p. 26-27.)

Depoimentos Samico:

"Em 1957 fui para São Paulo estudar gravura com Lívio Abramo. Depois me mudei para o Rio de Janeiro e, lá, fiz algumas gravuras para participar de salões. Nessa época, em uma visita ao Recife, reencontrei Ariano Suassuna e disse a ele que achava que minha gravura parecia com coisas que eu já tinha visto, era muito noturna, muito ligada à gravura européia. . . Então, ele me perguntou: 'Por que você não dá um mergulho na gravura popular?' Eu enlouqueci. Senti como se fosse um desafio danado. Ia fazer o quê? Uma transposição da gravura popular? Não interessava. Fiquei um pouco aturdido, mas não desisti. Em vez de ir para a gravura pronta, ou a capa de folheto ou outra coisa qualquer, resolvi ir ao texto da literatura de cordel. Para fazer o que era para fazer mesmo: a gravura de ilustração. Aliás, a gravura nasceu para isso. Historicamente, ela sempre, ou quase sempre, teve esse papel: contar uma história. (...)

Goeldi gravava a linha branca. A maioria dos gravadores de cordel grava a linha preta. A partir de certo momento, começa a se evidenciar a linha preta em minhas gravuras. Você não está mais mergulhado na sombra. Você poderia encontrar essa gravura num cordel, se ele tivesse esse tipo de preocupação formal. Não encontra, porque quem fez fui eu. Tem crítico que diz que a matriz de minha obra é muito mais antiga do que o cordel. (...)

Tem gente aqui que pergunta qual é o meu encantamento pela arte egípcia, porque vê na minha gravura influências egípcias. Eu não tenho nada a dizer. A não ser que isso faz parte da minha vivência, do Inconsciente coletivo, sei lá. É como se fossem histórias antigas se repetindo nos genes até chegar a mim. Um crítico disse que a minha gravura hoje está impregnada dos símbolos essenciais da cultura popular. Acho que ele está certo".

Gilvan Samico a Tânia Nogueira (Mitologia e cordel. Samico eleva a gravura popular ao virtuosismo. Bravo, São Paulo, n. 24, p. 32, set. 1998.)

Exposições Individuais

1960 - Recife PE - Individual, na Galeria Lemac

1964 - Recife PE - Individual, na Galeria Prefeitura

1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie

1966 - João Pessoa PB - Individual, na Universidade Federal da Paraíba - UFPB

1966 - Recife PE - Individual, na Galeria do Teatro Popular do Nordeste

1970 - Madri (Espanha) - Individual, na Galeria de Arte da Casa do Brasil

1985 - Cidade do México (México) - Individual, no Museo Nacional de las Culturas Populares

1989 - Porto Alegre RS - Individual, na Bolsa de Arte de Porto Alegre

1994 - Porto (Portugal) - Cumplicidades, na Cooperativa Árvore

1995 - São Paulo SP - Individual, no Escritório de Arte Sylvio Nery da Fonseca

1996 - Olinda PE - Gilvan Samico: gravuras e pinturas, na Galeria Sobrado

1997 - Rio de Janeiro RJ - Gilvan Samico: 40 anos de gravura, no CCBB

1998 - Recife PE - Gilvan Samico: 40 anos de gravura, no MAMAM

1999 - Belo Horizonte MG - Gilvan Samico: 40 anos de gravura, no Museu de Arte da Pampulha

2003 - Rio de Janeiro RJ - O Outro lado do Rio, no Paço Imperial

2004 - São Paulo SP - Samico: do desenho à gravura, na Pinacoteca do Estado

Exposições Coletivas

1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais

1955 - Recife PE - 14º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1956 - Recife PE - 15º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1957 - Recife PE - 16º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco - 1º prêmio de gravura

1958 - Recife PE - 17º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco - 1º prêmio de gravura

1958 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Estrada

1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte a Mãe e a Criança

1959 - Recife PE - 18º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1959 - Recife PE - 1ª Panorâmica das Artes Plásticas em Pernambuco, no Cabanga Iate Clube

1959 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1960 - Recife PE - 19º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco - 1º prêmio de gravura

1960 - Recife PE - 19º Salão Anual de Pintura, no Museu do Estado de Pernambuco

1960 - Recife PE - 1ª Exposição da Galeria de Arte do Recife, na Galeria de Arte do Recife

1960 - Rio de Janeiro RJ - 9º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio aquisição

1961 - Paris (França) - 2ª Bienal de Jovens

1961 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio isenção de júri

1961 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Coletiva, no Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos

1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho

1962 - Madri (Espanha) - Arte de América y España

1962 - Barcelona (Espanha) - Arte de América y España

1962 - Paris (França) - Arte de América y España

1962 - Munique (Alemanha) - Arte de América y España

1962 - Bruxelas (Bélgica) - Arte de América y España

1962 - Amsterdã (Holanda) - Arte de América y España

1962 - Milão (Itália) - Arte de América y España

1962 - Berna (Suiça) - Arte de América y España

1962 - Minneapolis (Estados Unidos) - New Art of Brazil, no Walker Art Center

1962 - Recife PE - 2ª Panorâmica de Artes Plásticas de Pernambuco, no Clube Internacional de Recife

1962 - Rio de Janeiro RJ - 11º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio viagem ao país

1962 - Veneza (Itália) - 31ª Bienal de Veneza - prêmio arte litúrgica

1963 - Paris (França) - 3ª Bienal de Jovens

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12 º Salão Nacional de Belas Artes

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1963 - Salvador BA - Civilização do Nordeste, no Solar do Unhão

1963 - Santiago (Chile) - 1ª Bienal Americana de Gravura

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1964 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1964 - Santiago (Chile) - 1ª Bienal Americana de Grabado - Prêmio Maruja Buchard

1965 - Brasília DF - 2º Salão de Arte Moderna do Distrito Federal

1965 - Rio de Janeiro RJ - 14º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1966 - Recife PE - O Cruzeiro, na Sucursal do Jornal O Cruzeiro

1966 - Recife PE - O Rosto e a Obra, na Galeria Casa Holanda

1966 - Ribeirão Preto SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, na Escola de Artes Plásticas de Ribeirão Preto

1966 - São Paulo SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, no MAC/USP

1966 - Tóquio (Japão) - 5th International Biennial Exhibition of Prints

1966 - Trieste (Itália) - Bienal de Arte Litúrgica

1966 - Vancouver (Canadá) - Exposição Internacional de Gravuras

1967 - Santiago (Chile) - 3º Bienal Americana de Gravura, no Museo de Arte Contemporáneo

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1967 - São Paulo SP - Oficina Pernambucana, no MAC/USP

1968 - Piracicaba SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, na Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA

1968 - Santiago (Chile) - 3ª Bienal Americana de Grabado

1968 - Rio de Janeiro RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ - prêmio viagem ao exterior

1970 - Olinda PE - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, no MAC/PE

1970 - Penápolis SP - 40 Gravuras Nacionais e Estrangeiras do Acervo do MAC, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1970 - Recife PE - Movimento Armorial, na Igreja de S. Pedro do Clérigos

1970 - San Juan (Porto Rico) - Bienal de San Juan del Grabado latino-americano y del Caribe, no Instituto de Cultura Puertorriqueña

1970 - San Juan (Puerto Rico) - 1ª Bienal de San Juan del Grabado Latinoamericano y del Caribe, no Instituto de Cultura Puertorriqueña

1971 - São Paulo SP - 3º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1972 - Florença (Itália) - 3ª Biennalle Internazionale della Gráfica d'Arte, no Palazzo Strozzi

1972 - Olinda PE - Mostra Coletiva, na Galeria Casa de Olinda

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria Collectio

1973 - Olinda PE - 33 Gravadores Brasileiros, na Galeria Casa de Olinda

1973 - Recife PE - Exposição Franciscana, na Ranulpho Galeria de Arte

1974 - Recife PE - O Nordeste e Suas Raízes Culturais, na Reitoria da UFPE

1974 - Recife PE - O Nordeste e suas Raízes Culturais, na Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

1977 - Recife PE - 9 Artistas Gravadores, na Abelardo Rodrigues Galeria de Artes

1977 - Rio de Janeiro RJ - 2ª Arte Agora: visão da terra, no MAM/RJ

1979 - Curitiba PR - 2ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, no Centro de Criatividade

1979 - Curitiba PR - 36º Salão Paranaense de Belas Artes, no Teatro Guaíra

1980 - Penápolis SP - 4º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis - artista convidado

1980 - São Paulo SP - 12º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP - Prêmio Museu de Arte Moderna

1981 - Belo Horizonte MG - Destaques Hilton de Gravura, no Palácio das Artes

1981 - Brasília DF - Destaques Hilton de Gravura, na ECT Galeria de Arte

1981 - Curitiba PR - Destaques Hilton de Gravura, na Casa da Gravura Solar do Barão

1981 - Florianópolis SC - Destaques Hilton de Gravura, no Museu de Arte de Santa Catarina

1981 - Porto Alegre RS - Destaques Hilton de Gravura, no Margs

1981 - Recife PE - Destaques Hilton de Gravura, no MAMAM

1981 - Rio de Janeiro RJ - Destaques Hilton de Gravura, no MAM/RJ

1981 - Salvador BA - Destaques Hilton de Gravura, no Teatro Castro Alves

1981 - São Paulo SP - Destaques Hilton de Gravura, no MAM/SP

1981 - São Paulo SP - Mostra Coletiva, na Galeria São Paulo

1982 - Curitiba PR - 5ª Mostra Anual de Gravura Cidade de Curitiba, na Casa da Gravura Solar do Barão

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis - artista convidado

1983 - Montevidéu (Uruguai) - 1ª Bienal de Grabado Iberoamericano, no Museo de Arte Contemporânea

1983 - Olinda PE - 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/PE

1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas - sala especial, no MAM/RJ

1984 - Bonn (Alemanha) - Mostra Coletiva, no Centro de Ciências

1984 - Curitiba PR - 6ª A Xilogravura na História da Arte Brasileira, na Casa Romário Martins

1984 - Paris (França) - Dix Artistes de Recife, no Espace Latino-Américain

1984 - Ribeirão Preto SP - Gravadores Brasileiros Anos 50/60, na Galeria Campus

1984 - Rio de Janeiro RJ - A Xilogravura na História da Arte Brasileira, na Funarte. Galeria Sérgio Milliet

1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Cidade do México (México) - Grabado, Cordel y Canción: el Nordeste del Brasil, no Museo Nacional de Culturas Populares

1985 - Recife PE - 38º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco, no Museu do Estado de Pernambuco

1985 - Rio de Janeiro RJ - Pintura ao Ar Livre, no Centro Cultural Candido Mendes. Grande Galeria

1985 - São Paulo SP - Destaques da Arte Contemporânea, no MAM/SP

1986 - Brasília DF - Pernambucanos em Brasília, na ECT Galeria de Arte

1986 - Fortaleza CE - Imagine: o planeta saúda o cometa, na Arte Galeria

1986 - Recife PE - A Cidade do Recife Hoje, na Galeria Futuro 25

1986 - Recife PE - Natureza da Pintura, no Centro Cultural Adalgisa Falcão

1987 - São Paulo SP - 18º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1987 - São Paulo SP - Arte sobre Papel, no MAM/SP

1988 - Recife PE - 3 Gerações na Arte Pernambucana, na Galeria Stúdio A

1988 - Recife PE - Gil Vicente, Gilvan Samico e José Barbosa, na Estudio A Galeria de Arte

1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan

1988 - São Paulo SP - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Sesc/Pompéia

1989 - Copenhague (Dinamarca) - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea, no Museu Charlottenborg

1989 - Olinda PE - Viva Olinda Viva, no Atelier Coletivo

1989 - Recife PE - Natureza da Pintura, no Centro Cultural Adalgisa Falcão

1989 - Rio de Janeiro RJ - Gravura Brasileira: 4 temas, na EAV/Parque Lage

1990 - Curitiba PR - 9ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, no Museu da Gravura

1990 - Dronninglund (Dinamarca) - Mostra Coletiva, no Art Center

1990 - Olinda PE - Permanência da Pintura, no Atelier Coletivo

1990 - Veneza (Itália) - 44ª Bienal de Veneza

1991 - Estocolmo (Suécia) - Viva Brasil Viva, no Konstavdelningen och Liljevalchs Konsthall

1991 - Recife PE - Arte Sobre Papel III, na Galeria Gamela

1991 - Recife PE - Mestres e Contemporâneos, na Rodrigues Galeria de Arte

1991 - Recife PE - Mulheres, na Galeria Futuro 25

1991 - Recife PE - Pernambuco: estética de resistência, na Artespaço Galeria de Arte

1991 - São Paulo SP - A Mata, no MAC/USP

1991- São Paulo SP - Homem e Natureza, no MAC/USP

1992 - Curitiba PR - 10ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba/Mostra América, no Museu da Gravura

1992 - Rio de Janeiro RJ - Ateliê Coletivo, na Galeria do Centro Cultural Cândido Mendes

1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravura de Arte no Brasil: proposta para um mapeamento, no CCBB

1992 - São Paulo SP - Pernambuco: estética de resistência, na Galeria Montesanti Roesler

1993 - Hamburgo (Alemanha) - Atelier Coletivo, na Km Wolff

1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1993 - Recife PE - Recife na Década de 30, na Rodrigues Galeria de Arte

1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA

1994 - Porto (Portugal) - Recife-Raízes-Resultados, no Prédio da Alfândega

1994 - Recife PE - Recife Pintura e Poesia, na Rodrigues Galeria de Arte

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Os Clubes de Gravura do Brasil, na Pinacoteca do Estado

1994 - São Paulo SP - Poética da Resistência: aspectos da gravura brasileira, na Galeria de Arte do Sesi

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, na Companhia do Metropolitano de São Paulo

1997 - Barra Mansa RJ - Traços Contemporâneos: homenagem a gravura brasileira, no Centro Universitário de Barra Mansa

1997 - Goiânia GO - Brasilidade: coletânea de artistas brasileiros, na Galeria de Arte Marina Potrich

1997 - Irving (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na University of Dallas. Haggar Art Gallery

1997 - Odessa (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Gallery at The University of Texas of the Permian Basin

1997 - Plano (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, no Collin County Community College. Spring Creek Art Gallery

1997 - Wichita Falls (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Midwestern State University Art Gallery

1998 - Abilene (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Abilene Christian University Shore Art Gallery

1998 - Baton Rouge (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Prints, na Louisiana State University

1998 - Rio de Janeiro RJ - 16º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp

1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, na Galeria de Arte do Sesi

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Coleção Guita e José Mindlin, no Espaço Cultural dos Correios

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA

1999 - São Paulo SP - A Ressacralização da Arte, no Sesc Pompéia

2000 - Curitiba PR - 12ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba. Marcas do Corpo, Dobras da Alma. - Gilvan Samico: xilogravuras, no Museu Metropolitano de Arte

2000 - Recife PE - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam, no MAMAM

2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Contemporânea, na Fundação Bienal

2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado

2001 - Belém PA - 20º Salão Arte Pará, no Museu do Estado do Pará

2001 - Brasília DF - Coleções do Brasil, no CCBB

2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, no Itaú Cultural

2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, na Galeria Itaú Cultural

2001 - Porto Alegre RS - Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea, no Margs

2001 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Antônio Carlos Jobim, no Paço Imperial

2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial

2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP

2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial

2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2002 - São Paulo SP - Pop Brasil: a arte popular e o popular na arte, no CCBB

2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2003 - Recife PE - Ver de Novo/Ver o Novo, no MAMAM

2003 - São Paulo SP - A Gravura Vai Bem, Obrigado: a gravura histórica e contemporânea brasileira, no Espaço Virgílio

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake

2004 - Rio de Janeiro RJ - 90 Anos de Tomie Ohtake, no MNBA

2004 - Rio de Janeiro RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA

Fonte: GILVAN Samico. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 11 de Mai. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia - Wikipédia

Nascido na capital pernambucana, Gilvan José Meira Lins Samico era o penúltimo de seis filhos de um casal de classe média do bairro de Afogados. Na adolescência, depois de dois empregos frustrados, o pai percebeu a aptidão do filho para a ilustração e o levou ao professor, pintor e arquiteto Hélio Feijó.

Samico iniciou-se na pintura como autodidata, influenciado pelo expressionismo de artistas como Oswaldo Goeldi e Lívio Abramo, mas atualmente é conhecido por suas meticulosas xilogravuras, inspiradas na temática e estilo da gravura popular do nordeste do Brasil.

Em 1948, começou a frequentar a Sociedade de Arte Moderna do Recife. Em 1952, fundou, juntamente com outros artistas, o Ateliê Coletivo da Sociedade, idealizado por Abelardo da Hora. Em 1957, estudou xilogravura com Lívio Abramo, na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo. No ano seguinte, estudou gravura com Goeldi, na Escola Nacional de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro. Em 1968, recebeu o prêmio viagem ao exterior no 17º Salão Nacional de Arte Moderna do MAM-RJ e permaneceu por dois anos na Europa. Em 1965, fixou residência em Olinda. Lecionou xilogravura na Universidade Federal da Paraíba.

Em 1971, convidado por Ariano Suassuna, passou a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular. Sua produção era particularmente voltada à recuperação do romanceiro popular e à literatura de cordel. Suas gravuras são povoadas por personagens da bíblicos, lendas e animais fantásticos, com reduzido uso da cor e de texturas.

Os quarenta anos de gravura do artista foram comemorados em 1997 com uma exposição no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro.

Samico tem obras no MoMA de Nova Iorque e participou duas vezes de Bienal de Veneza tendo sido premiado em uma delas.

Em 2011, a Bem-Te-Vi Produções Literárias lançou o livro Samico, com texto do crítico de artes plásticas Weydson Barros Leal, apresentação de Ariano Suassuna e a reprodução de 64 gravuras, sendo uma inédita, na capa, criada especialmente para o livro, além de pinturas, a maioria jamais exposta antes. O livro recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Arte do Ano, em 2012. Em 25 de Novembro de 2013, com 85 anos, faleceu Gilvan Samico, um dos maiores talentos que a historia já teve.

Em 2015 suas obras participaram da Bienal de Artes do Mercosul e da Bienal Internacional de Curitiba. Em 2016 a 32a Bienal de São Paulo destacou o artista exibindo 51 obras suas, parte das quais compõem em 2017 o programa itinerante do evento nas cidades de Campinas e São José do Rio Preto (SP), Garanhuns (PE) e Bogotá ( Colômbia). Ainda em 2017 a exposição "Samico Between Worlds - Rumors of War in Times of Peace" mostrou suas obras na cidade de Nova York (USA).

Críticas

Ferreira Gullar em seu livro Relâmpagos dedicou um capítulo inteiro à obra de Samico, cujo texto começa assim:

"É uma linguagem clara, límpida, mas plena de ecos. Ela é assim jovem e arcaica. A linha, que Samico traça, para definir as figuras é também expressiva em si mesma como linha, tem intensidade e melodia. É uma gravura sem truques, sem retórica, sem falsas emoções. É tudo gráfico: o que está ali está ali, à nossa vista."

Ferreira Gullar (Relâmpagos, p.127)

Foi exaltado por Ariano Suassuna, quando este disse:

"É, então, por ter encontrado seu caminho dentro da maravilha que é a arte popular brasileira, que o mundo de Samico aparece com tanta força e novidade, harmonizados, nela, todos os contrastes e violências."

Ariano Suassuna

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 11 de maio de 2017.

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Morre o artista plástico gravurista Gilvan Samico, aos 85 anos

Morreu no dia 25 de novembro, no Recife, aos 85 anos, o artista plástico Gilvan Samico, um dos maiores gravuristas brasileiros e cuja reputação se internacionalizou a partir dos anos 1970. Ele sofria de câncer na bexiga. O MoMA de Nova York possui duas obras de Samico e ele foi premiado na Bienal de Veneza, da qual participou duas vezes.

Seu ritmo de produção contrastava com o do resto do mundo: costumava fazer apenas uma gravura por ano. Vivia no próprio ateliê com a mulher, Célida, havia décadas, em um sobrado na frente do mar de Olinda, ao lado do Mosteiro de São Bento, onde costumava estacionar seu carro "sorrateiramente", brincava. Seu corpo seria cremado na noite de segunda.

Ex-aluno de Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi, Samico viveu nos anos 1960 em Barcelona e Versalhes, com bolsas artísticas. Depois, se tornaria figura exponencial do Movimento Armorial, que tinha alistados artistas como Antonio Madureira e Francisco Brennand e era capitaneado pelo escritor Ariano Suassuna. O Armorial, a partir de 1970, preconizou uma fusão entre a cultura popular e referências eruditas. Suassuna o procurou com a gravura de cordel em mente. "Era uma boa ideia, mas a gravura de cordel já existia, já estava cristalizada e não tinha sentido copiá-la. Então eu mergulhei no texto, pinçando dali os elementos que mais me tocavam", ele conta. Desenhou também capas de discos do Quinteto Armorial. Trabalhou dessa forma até 1967, e a partir daí desvencilhou-se do cordel como referência primordial.

Samico não gostava muito de explicar seu trabalho. "É porque não é o meu papel. Não é essencial que tenha uma explicação, é uma obra visual. Verbalizar o trabalho de arte é coisa para crítico, que eles têm o dom da palavra. Às vezes, usam isso para descobrir nuances de que o próprio artista não se dá conta. O ato de criar às vezes é um transbordamento", disse ao Estado em entrevista em 2008.

Fonte: Hoje em dia, por Jotabê Medeiros, publicado em 26 de novembro de 2013.

Crédito fotográfico: Folha, publicado em 25 de novembro de 2013.

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