Johann Jacob Steinmann (Suíça, Basileia, 17 de setembro de 1800 — Suíça, Basileia, 20 de junho de 1844), mais conhecido como Johann Steinmann, ou apenas Steinmann,, foi um desenhista, litógrafo e pintor de paisagens suíço. Iniciou seu aprendizado de litografia na Alsácia, em 1821, com Godefroy Engelmann, aperfeiçoando-se em Paris sob a orientação de Alois Senefelder, o inventor da litografia. Em 1825, chegou ao Rio de Janeiro, contratado como litógrafo oficial e professor de litografia do Arquivo Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Em 1830, ao final do seu contrato, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas. De volta à Basiléia, divulgou litografias e desenhos em folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas consideradas preciosas pelos colecionadores, que retratavam cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras.
Biografia – Wikipédia
Filho do mestre-alfaiate Georg Friedrich Steinmann, Johann Jacob estudou litografia com Godefroy Engelmann em Mulhouse, na Alsácia, no ano de 1821, e posteriormente com o inventor da litografia, Alois Senefelder. Em 1821 trabalhou com o desenhista Friedrich Salathé.
Em 1825 Johann foi contratado por um representante do governo brasileiro em Paris e mudou-se para o Rio de Janeiro em outubro do mesmo ano, onde tornou-se litógrafo do imperador, subordinado ao Arquivo e Academia Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Casou-se com a holandesa Phoebe Georgine Harris. Em 1830, após o término do seu contrato de cinco anos com o governo brasileiro, Johann abriu uma empresa de litografia com a autorização do imperador Pedro I do Brasil.
Após permanecer mais de sete anos no Brasil, retornou à Europa em 12 de fevereiro de 1833. Em 1834 e nos anos seguintes, foram publicados na Basileia álbuns com vistas litografadas do Brasil, que Johann criou a partir dos esboços feitos durante a sua residência no país.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Exposições Póstumas
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Brasil dos Viajantes (1994 : São Paulo, SP) - Museu de Arte de São Paulo (SP)
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Olhar e o Ficar. A Busca do Paraíso (1994 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
1995 - Lisboa - Estremadura - Portugal - O Brasil dos Viajantes (1995 : Lisboa, Portugal) - Centro Cultural de Belém (Lisboa, Portugal)
1999 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - O Brasil Redescoberto (1999 : Rio de Janeiro, RJ) - Paço Imperial (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Visões do Rio na Coleção Geyer (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Café (2000 : São Paulo, SP) - Banco Santander (Vila Olímpia, São Paulo, SP)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana (2000 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2009 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Paisagem e Panoramas (2009 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : Belo Horizonte, MG) - Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes (Belo Horizonte, MG)
2011 - Fortaleza - Ceará - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2011 : Fortaleza, CE) - Espaço Cultural Unifor (Fortaleza, CE)
2011 - Brasília - Distrito Federal - Brasil - Coleção Brasíliana Itaú (2011 : Brasília, DF) - Museu Nacional do Conjunto Cultural da Republica (Brasilia, DF)
Fonte: JOHANN Jacob Steinmann. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 26 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Johan Jacob Steinmann | Flora Brasiliensis
Johan Jacob Steinmann, introdutor da litografia no Brasil, nasceu na Basiléia, Suíça, em 17 de setembro de 1800, onde também morreu em 20 de junho de 1844. Iniciou seus estudos em 1821, e fez parte do estabelecimento litográfico de Godefroy Engelmann, em Mulhouse, Alsácia, vizinha de sua cidade natal. Aperfeiçoou-se em Paris com Alois Senefelder, o inventor da litografia.
A vinda de Steinmann para o Brasil resultou do contato de um representante do governo brasileiro em Paris em agosto de 1825, quando foi contratado como Litógrafo do Imperador ou Litógrafo Oficial, subordinado ao Arquivo e Academia Militar.
Viajou para o Brasil e desembarcou no Rio de Janeiro em outubro de 1825, quando apresentava apenas 24 anos, acompanhado de mulher e filha. Embora D. Pedro I lhe tenha dado autorização para utilizar os equipamentos para serviços particulares e comerciais, foi vetado pelo Comandante Chefe da Academia Militar, Joaquim Norberto Xavier de Brito e pelo ministro seu superior.
Durante cinco anos Steinmann litografou mapas e outros impressos para o Arquivo Militar na Impressora Cartográfica Oficial do Primeiro Império sendo que, em 1830, ao final do seu contrato com o governo de D. Pedro I, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas.
Em 12 de fevereiro 1833, após mais de sete anos de permanência no Brasil, Steinmann retornou à França. No ano seguinte, em 1834, na Basiléia, foram editadas em forma de álbuns ou folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas, atualmente consideradas preciosas pelos colecionadores. Retratando cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras, essas edições intituladas Souvenirs de Rio de Janeiro foram gravadas por Salathé a partir de desenhos do próprio Steinmann, realizados durante sua permanência no Rio de Janeiro.
Existem edições datadas de 1834, 1835 e 1836, sendo que, aquelas datadas de 1839 são provavelmente as mesmas da edição de 1836. A Casa Laemmert, que as comercializou no Rio de Janeiro a partir de fins do ano de 1839, pode ter alterado a data de modo a conferir-lhes maior atualidade. Talvez essa também seja a razão de alguns exemplares, atualmente em bibliotecas, apresentarem em branco a data de publicação.
Fonte: Flora Brasiliensis. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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As 12 vistas de Steinmann | Brasiliana Iconográfica
Depois da chegada da corte portuguesa, em 1808, a Imprensa Régia brasileira foi criada e, com ela, as principais técnicas de impressão começaram a se desenvolver por aqui. Em 1825, o governo brasileiro fundou a primeira escola de impressão da Academia Militar e contratou o jovem suíço Johann Jacob Steinmann para dirigi-la.
Tendo estudado nos ateliês de Godefroy Engelmann, precursor da litografia na França, e de Alois Senefelder, inventor da técnica, o novo litógrafo oficial da corte desembarcou no Brasil com a missão de criar uma oficina litográfica dentro do Arquivo Militar. No entanto, o espaço designado à sala de aula não comportou a enorme prensa litográfica e seus alunos, fazendo com que Steinmann transferisse o ateliê para sua própria casa – o que possibilitou o trabalho em projetos paralelos aos do Império.
Nessa época, os ateliês litográficos se multiplicaram no país, atuando como os principais responsáveis pela divulgação dos registros dos artistas, em especial dos viajantes que passaram por aqui. Tendo, na maioria das vezes, a natureza local como ponto de partida para a compreensão da sociedade brasileira, esses artistas produziram livros de viagens ou pequenos álbuns na tentativa de revelar uma visão panorâmica do Brasil para o exterior. Nesse contexto, a litografia, pela rapidez na execução da imagem e possibilidade de reaproveitamento das matrizes, foi o principal meio de circulação e de difusão das imagens, e os ateliês particulares revelaram um bom negócio.
Depois de cinco anos trabalhando para o Império, Steinmann decidiu abrir sua própria oficina litográfica. Também trabalhou como tipógrafo e vendedor de livros. Depois de voltar para a Europa, em 1833, publicou seu próprio álbum: Souvenirs de Rio de Janeiro dessinés d’aprés nature & publiés par J. Steinmann, que pode ser consultado na íntegra na Brasiliana Iconográfica, tanto a partir da obra preservada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, como no exemplar guardado na Coleção Brasiliana Itaú. Com 12 estampas, as gravuras foram criadas por Friederich Salathé com base em nove desenhos de Steinmann e em registros dos pintores Eduard de Kretzschmar e Victor Barral. Curiosamente, ao invés de imprimir seus souvenirs na técnica que dominava, a litografia, Steinmann optou pela água-tinta, método mais sofisticado de gravação, que se utiliza de uma matriz de cobre.
Souvenirs de Rio de Janeiro foi um dos primeiros conjuntos de gravuras sobre a cidade publicados na Europa na primeira metade do século XIX. Ao que tudo indica, Steinmann colocou seus álbuns à venda em Paris e, na capa, deixou espaço para o registro do nome do comprador e da data da compra, o que fez com que os álbuns tivessem anos de publicação variados – o primeiro é de 1835, mas há também cópias de 1836 e 1839. Todas as imagens do álbum têm uma moldura floral com desenhos de índios, tipos de rua e frutas brasileiras, aparentemente inspirados nos registros de outro viajante, Johann Moritz Rugendas.
Por suas características, o álbum de Steinmann nos permite refletir sobre a veracidade que se busca nas imagens produzidas pelos artistas viajantes. Pesquisadores ressaltam que, na obra de Steinmann, por exemplo, os perfis de montanhas estão alterados e algumas construções são difíceis de reconhecer. É importante pensar que a gravura, naquela época, era resultado da atuação de muitos artistas, alguns dos quais nunca tiveram a oportunidade de efetivamente ver as paisagens que estavam desenhando. Sem dúvida, este álbum é um bom exemplo disso. Como o próprio título indica, a ideia era vender as pequenas vistas como um presente, num formato que nos lembra hoje o de um cartão postal.
Fonte: Brasiliana Iconográfica. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Como era a Praça XV quase 200 anos atrás | Veja Rio
O suíço Johann Jacob Steinmann foi contratado, em 1825, para dirigir a primeira escola de impressão da Academia Militar do jovem Império do Brasil.
Após 5 anos de serviço oficial, fundou seu próprio ateliê de litografias na Corte, mas, já em 1833, deixou o Brasil para retornar à Europa.
Em Basileia, na Suíça, lançou o álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, que hoje faz parte dos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo (após doação da Fundação Estudar, em 2007) e da Coleção Brasiliana Itaú.
Esta gravura do álbum de Steinmann, pertencente à Pinacoteca paulista. Vemos o Paço Imperial, o Convento do Carmo, a antiga Capela Imperial (atual Igreja de N. S. do Carmo da Antiga Sé) e a Igreja de N. S. do Monte Carmo, ao lado.
Em primeiro plano, à direita da gravura, o “Chafariz da Pirâmide”, do Mestre Valentim, quando ele ficava à beira d’água, para abastecer de água os barcos e navios que atracavam no cais — e quem mais fosse nele servir-se.
Incrível como a arte tem o poder de nos transportar através de séculos de história, preservando a nossa memória.
Fonte: Veja, "Como era a Praça XV quase 200 anos atrás". Publicado por Daniel Sampaio, em 12 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: O papel da arte. Consultado pela última vez em 30 de janeiro de 2023.
Johann Jacob Steinmann (Suíça, Basileia, 17 de setembro de 1800 — Suíça, Basileia, 20 de junho de 1844), mais conhecido como Johann Steinmann, ou apenas Steinmann,, foi um desenhista, litógrafo e pintor de paisagens suíço. Iniciou seu aprendizado de litografia na Alsácia, em 1821, com Godefroy Engelmann, aperfeiçoando-se em Paris sob a orientação de Alois Senefelder, o inventor da litografia. Em 1825, chegou ao Rio de Janeiro, contratado como litógrafo oficial e professor de litografia do Arquivo Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Em 1830, ao final do seu contrato, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas. De volta à Basiléia, divulgou litografias e desenhos em folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas consideradas preciosas pelos colecionadores, que retratavam cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras.
Biografia – Wikipédia
Filho do mestre-alfaiate Georg Friedrich Steinmann, Johann Jacob estudou litografia com Godefroy Engelmann em Mulhouse, na Alsácia, no ano de 1821, e posteriormente com o inventor da litografia, Alois Senefelder. Em 1821 trabalhou com o desenhista Friedrich Salathé.
Em 1825 Johann foi contratado por um representante do governo brasileiro em Paris e mudou-se para o Rio de Janeiro em outubro do mesmo ano, onde tornou-se litógrafo do imperador, subordinado ao Arquivo e Academia Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Casou-se com a holandesa Phoebe Georgine Harris. Em 1830, após o término do seu contrato de cinco anos com o governo brasileiro, Johann abriu uma empresa de litografia com a autorização do imperador Pedro I do Brasil.
Após permanecer mais de sete anos no Brasil, retornou à Europa em 12 de fevereiro de 1833. Em 1834 e nos anos seguintes, foram publicados na Basileia álbuns com vistas litografadas do Brasil, que Johann criou a partir dos esboços feitos durante a sua residência no país.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Exposições Póstumas
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Brasil dos Viajantes (1994 : São Paulo, SP) - Museu de Arte de São Paulo (SP)
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Olhar e o Ficar. A Busca do Paraíso (1994 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
1995 - Lisboa - Estremadura - Portugal - O Brasil dos Viajantes (1995 : Lisboa, Portugal) - Centro Cultural de Belém (Lisboa, Portugal)
1999 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - O Brasil Redescoberto (1999 : Rio de Janeiro, RJ) - Paço Imperial (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Visões do Rio na Coleção Geyer (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Café (2000 : São Paulo, SP) - Banco Santander (Vila Olímpia, São Paulo, SP)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana (2000 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2009 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Paisagem e Panoramas (2009 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : Belo Horizonte, MG) - Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes (Belo Horizonte, MG)
2011 - Fortaleza - Ceará - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2011 : Fortaleza, CE) - Espaço Cultural Unifor (Fortaleza, CE)
2011 - Brasília - Distrito Federal - Brasil - Coleção Brasíliana Itaú (2011 : Brasília, DF) - Museu Nacional do Conjunto Cultural da Republica (Brasilia, DF)
Fonte: JOHANN Jacob Steinmann. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 26 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Johan Jacob Steinmann | Flora Brasiliensis
Johan Jacob Steinmann, introdutor da litografia no Brasil, nasceu na Basiléia, Suíça, em 17 de setembro de 1800, onde também morreu em 20 de junho de 1844. Iniciou seus estudos em 1821, e fez parte do estabelecimento litográfico de Godefroy Engelmann, em Mulhouse, Alsácia, vizinha de sua cidade natal. Aperfeiçoou-se em Paris com Alois Senefelder, o inventor da litografia.
A vinda de Steinmann para o Brasil resultou do contato de um representante do governo brasileiro em Paris em agosto de 1825, quando foi contratado como Litógrafo do Imperador ou Litógrafo Oficial, subordinado ao Arquivo e Academia Militar.
Viajou para o Brasil e desembarcou no Rio de Janeiro em outubro de 1825, quando apresentava apenas 24 anos, acompanhado de mulher e filha. Embora D. Pedro I lhe tenha dado autorização para utilizar os equipamentos para serviços particulares e comerciais, foi vetado pelo Comandante Chefe da Academia Militar, Joaquim Norberto Xavier de Brito e pelo ministro seu superior.
Durante cinco anos Steinmann litografou mapas e outros impressos para o Arquivo Militar na Impressora Cartográfica Oficial do Primeiro Império sendo que, em 1830, ao final do seu contrato com o governo de D. Pedro I, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas.
Em 12 de fevereiro 1833, após mais de sete anos de permanência no Brasil, Steinmann retornou à França. No ano seguinte, em 1834, na Basiléia, foram editadas em forma de álbuns ou folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas, atualmente consideradas preciosas pelos colecionadores. Retratando cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras, essas edições intituladas Souvenirs de Rio de Janeiro foram gravadas por Salathé a partir de desenhos do próprio Steinmann, realizados durante sua permanência no Rio de Janeiro.
Existem edições datadas de 1834, 1835 e 1836, sendo que, aquelas datadas de 1839 são provavelmente as mesmas da edição de 1836. A Casa Laemmert, que as comercializou no Rio de Janeiro a partir de fins do ano de 1839, pode ter alterado a data de modo a conferir-lhes maior atualidade. Talvez essa também seja a razão de alguns exemplares, atualmente em bibliotecas, apresentarem em branco a data de publicação.
Fonte: Flora Brasiliensis. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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As 12 vistas de Steinmann | Brasiliana Iconográfica
Depois da chegada da corte portuguesa, em 1808, a Imprensa Régia brasileira foi criada e, com ela, as principais técnicas de impressão começaram a se desenvolver por aqui. Em 1825, o governo brasileiro fundou a primeira escola de impressão da Academia Militar e contratou o jovem suíço Johann Jacob Steinmann para dirigi-la.
Tendo estudado nos ateliês de Godefroy Engelmann, precursor da litografia na França, e de Alois Senefelder, inventor da técnica, o novo litógrafo oficial da corte desembarcou no Brasil com a missão de criar uma oficina litográfica dentro do Arquivo Militar. No entanto, o espaço designado à sala de aula não comportou a enorme prensa litográfica e seus alunos, fazendo com que Steinmann transferisse o ateliê para sua própria casa – o que possibilitou o trabalho em projetos paralelos aos do Império.
Nessa época, os ateliês litográficos se multiplicaram no país, atuando como os principais responsáveis pela divulgação dos registros dos artistas, em especial dos viajantes que passaram por aqui. Tendo, na maioria das vezes, a natureza local como ponto de partida para a compreensão da sociedade brasileira, esses artistas produziram livros de viagens ou pequenos álbuns na tentativa de revelar uma visão panorâmica do Brasil para o exterior. Nesse contexto, a litografia, pela rapidez na execução da imagem e possibilidade de reaproveitamento das matrizes, foi o principal meio de circulação e de difusão das imagens, e os ateliês particulares revelaram um bom negócio.
Depois de cinco anos trabalhando para o Império, Steinmann decidiu abrir sua própria oficina litográfica. Também trabalhou como tipógrafo e vendedor de livros. Depois de voltar para a Europa, em 1833, publicou seu próprio álbum: Souvenirs de Rio de Janeiro dessinés d’aprés nature & publiés par J. Steinmann, que pode ser consultado na íntegra na Brasiliana Iconográfica, tanto a partir da obra preservada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, como no exemplar guardado na Coleção Brasiliana Itaú. Com 12 estampas, as gravuras foram criadas por Friederich Salathé com base em nove desenhos de Steinmann e em registros dos pintores Eduard de Kretzschmar e Victor Barral. Curiosamente, ao invés de imprimir seus souvenirs na técnica que dominava, a litografia, Steinmann optou pela água-tinta, método mais sofisticado de gravação, que se utiliza de uma matriz de cobre.
Souvenirs de Rio de Janeiro foi um dos primeiros conjuntos de gravuras sobre a cidade publicados na Europa na primeira metade do século XIX. Ao que tudo indica, Steinmann colocou seus álbuns à venda em Paris e, na capa, deixou espaço para o registro do nome do comprador e da data da compra, o que fez com que os álbuns tivessem anos de publicação variados – o primeiro é de 1835, mas há também cópias de 1836 e 1839. Todas as imagens do álbum têm uma moldura floral com desenhos de índios, tipos de rua e frutas brasileiras, aparentemente inspirados nos registros de outro viajante, Johann Moritz Rugendas.
Por suas características, o álbum de Steinmann nos permite refletir sobre a veracidade que se busca nas imagens produzidas pelos artistas viajantes. Pesquisadores ressaltam que, na obra de Steinmann, por exemplo, os perfis de montanhas estão alterados e algumas construções são difíceis de reconhecer. É importante pensar que a gravura, naquela época, era resultado da atuação de muitos artistas, alguns dos quais nunca tiveram a oportunidade de efetivamente ver as paisagens que estavam desenhando. Sem dúvida, este álbum é um bom exemplo disso. Como o próprio título indica, a ideia era vender as pequenas vistas como um presente, num formato que nos lembra hoje o de um cartão postal.
Fonte: Brasiliana Iconográfica. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Como era a Praça XV quase 200 anos atrás | Veja Rio
O suíço Johann Jacob Steinmann foi contratado, em 1825, para dirigir a primeira escola de impressão da Academia Militar do jovem Império do Brasil.
Após 5 anos de serviço oficial, fundou seu próprio ateliê de litografias na Corte, mas, já em 1833, deixou o Brasil para retornar à Europa.
Em Basileia, na Suíça, lançou o álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, que hoje faz parte dos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo (após doação da Fundação Estudar, em 2007) e da Coleção Brasiliana Itaú.
Esta gravura do álbum de Steinmann, pertencente à Pinacoteca paulista. Vemos o Paço Imperial, o Convento do Carmo, a antiga Capela Imperial (atual Igreja de N. S. do Carmo da Antiga Sé) e a Igreja de N. S. do Monte Carmo, ao lado.
Em primeiro plano, à direita da gravura, o “Chafariz da Pirâmide”, do Mestre Valentim, quando ele ficava à beira d’água, para abastecer de água os barcos e navios que atracavam no cais — e quem mais fosse nele servir-se.
Incrível como a arte tem o poder de nos transportar através de séculos de história, preservando a nossa memória.
Fonte: Veja, "Como era a Praça XV quase 200 anos atrás". Publicado por Daniel Sampaio, em 12 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: O papel da arte. Consultado pela última vez em 30 de janeiro de 2023.
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Johann Jacob Steinmann (Suíça, Basileia, 17 de setembro de 1800 — Suíça, Basileia, 20 de junho de 1844), mais conhecido como Johann Steinmann, ou apenas Steinmann,, foi um desenhista, litógrafo e pintor de paisagens suíço. Iniciou seu aprendizado de litografia na Alsácia, em 1821, com Godefroy Engelmann, aperfeiçoando-se em Paris sob a orientação de Alois Senefelder, o inventor da litografia. Em 1825, chegou ao Rio de Janeiro, contratado como litógrafo oficial e professor de litografia do Arquivo Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Em 1830, ao final do seu contrato, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas. De volta à Basiléia, divulgou litografias e desenhos em folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas consideradas preciosas pelos colecionadores, que retratavam cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras.
Biografia – Wikipédia
Filho do mestre-alfaiate Georg Friedrich Steinmann, Johann Jacob estudou litografia com Godefroy Engelmann em Mulhouse, na Alsácia, no ano de 1821, e posteriormente com o inventor da litografia, Alois Senefelder. Em 1821 trabalhou com o desenhista Friedrich Salathé.
Em 1825 Johann foi contratado por um representante do governo brasileiro em Paris e mudou-se para o Rio de Janeiro em outubro do mesmo ano, onde tornou-se litógrafo do imperador, subordinado ao Arquivo e Academia Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Casou-se com a holandesa Phoebe Georgine Harris. Em 1830, após o término do seu contrato de cinco anos com o governo brasileiro, Johann abriu uma empresa de litografia com a autorização do imperador Pedro I do Brasil.
Após permanecer mais de sete anos no Brasil, retornou à Europa em 12 de fevereiro de 1833. Em 1834 e nos anos seguintes, foram publicados na Basileia álbuns com vistas litografadas do Brasil, que Johann criou a partir dos esboços feitos durante a sua residência no país.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Exposições Póstumas
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Brasil dos Viajantes (1994 : São Paulo, SP) - Museu de Arte de São Paulo (SP)
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Olhar e o Ficar. A Busca do Paraíso (1994 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
1995 - Lisboa - Estremadura - Portugal - O Brasil dos Viajantes (1995 : Lisboa, Portugal) - Centro Cultural de Belém (Lisboa, Portugal)
1999 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - O Brasil Redescoberto (1999 : Rio de Janeiro, RJ) - Paço Imperial (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Visões do Rio na Coleção Geyer (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Café (2000 : São Paulo, SP) - Banco Santander (Vila Olímpia, São Paulo, SP)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana (2000 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2009 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Paisagem e Panoramas (2009 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : Belo Horizonte, MG) - Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes (Belo Horizonte, MG)
2011 - Fortaleza - Ceará - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2011 : Fortaleza, CE) - Espaço Cultural Unifor (Fortaleza, CE)
2011 - Brasília - Distrito Federal - Brasil - Coleção Brasíliana Itaú (2011 : Brasília, DF) - Museu Nacional do Conjunto Cultural da Republica (Brasilia, DF)
Fonte: JOHANN Jacob Steinmann. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 26 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Johan Jacob Steinmann | Flora Brasiliensis
Johan Jacob Steinmann, introdutor da litografia no Brasil, nasceu na Basiléia, Suíça, em 17 de setembro de 1800, onde também morreu em 20 de junho de 1844. Iniciou seus estudos em 1821, e fez parte do estabelecimento litográfico de Godefroy Engelmann, em Mulhouse, Alsácia, vizinha de sua cidade natal. Aperfeiçoou-se em Paris com Alois Senefelder, o inventor da litografia.
A vinda de Steinmann para o Brasil resultou do contato de um representante do governo brasileiro em Paris em agosto de 1825, quando foi contratado como Litógrafo do Imperador ou Litógrafo Oficial, subordinado ao Arquivo e Academia Militar.
Viajou para o Brasil e desembarcou no Rio de Janeiro em outubro de 1825, quando apresentava apenas 24 anos, acompanhado de mulher e filha. Embora D. Pedro I lhe tenha dado autorização para utilizar os equipamentos para serviços particulares e comerciais, foi vetado pelo Comandante Chefe da Academia Militar, Joaquim Norberto Xavier de Brito e pelo ministro seu superior.
Durante cinco anos Steinmann litografou mapas e outros impressos para o Arquivo Militar na Impressora Cartográfica Oficial do Primeiro Império sendo que, em 1830, ao final do seu contrato com o governo de D. Pedro I, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas.
Em 12 de fevereiro 1833, após mais de sete anos de permanência no Brasil, Steinmann retornou à França. No ano seguinte, em 1834, na Basiléia, foram editadas em forma de álbuns ou folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas, atualmente consideradas preciosas pelos colecionadores. Retratando cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras, essas edições intituladas Souvenirs de Rio de Janeiro foram gravadas por Salathé a partir de desenhos do próprio Steinmann, realizados durante sua permanência no Rio de Janeiro.
Existem edições datadas de 1834, 1835 e 1836, sendo que, aquelas datadas de 1839 são provavelmente as mesmas da edição de 1836. A Casa Laemmert, que as comercializou no Rio de Janeiro a partir de fins do ano de 1839, pode ter alterado a data de modo a conferir-lhes maior atualidade. Talvez essa também seja a razão de alguns exemplares, atualmente em bibliotecas, apresentarem em branco a data de publicação.
Fonte: Flora Brasiliensis. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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As 12 vistas de Steinmann | Brasiliana Iconográfica
Depois da chegada da corte portuguesa, em 1808, a Imprensa Régia brasileira foi criada e, com ela, as principais técnicas de impressão começaram a se desenvolver por aqui. Em 1825, o governo brasileiro fundou a primeira escola de impressão da Academia Militar e contratou o jovem suíço Johann Jacob Steinmann para dirigi-la.
Tendo estudado nos ateliês de Godefroy Engelmann, precursor da litografia na França, e de Alois Senefelder, inventor da técnica, o novo litógrafo oficial da corte desembarcou no Brasil com a missão de criar uma oficina litográfica dentro do Arquivo Militar. No entanto, o espaço designado à sala de aula não comportou a enorme prensa litográfica e seus alunos, fazendo com que Steinmann transferisse o ateliê para sua própria casa – o que possibilitou o trabalho em projetos paralelos aos do Império.
Nessa época, os ateliês litográficos se multiplicaram no país, atuando como os principais responsáveis pela divulgação dos registros dos artistas, em especial dos viajantes que passaram por aqui. Tendo, na maioria das vezes, a natureza local como ponto de partida para a compreensão da sociedade brasileira, esses artistas produziram livros de viagens ou pequenos álbuns na tentativa de revelar uma visão panorâmica do Brasil para o exterior. Nesse contexto, a litografia, pela rapidez na execução da imagem e possibilidade de reaproveitamento das matrizes, foi o principal meio de circulação e de difusão das imagens, e os ateliês particulares revelaram um bom negócio.
Depois de cinco anos trabalhando para o Império, Steinmann decidiu abrir sua própria oficina litográfica. Também trabalhou como tipógrafo e vendedor de livros. Depois de voltar para a Europa, em 1833, publicou seu próprio álbum: Souvenirs de Rio de Janeiro dessinés d’aprés nature & publiés par J. Steinmann, que pode ser consultado na íntegra na Brasiliana Iconográfica, tanto a partir da obra preservada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, como no exemplar guardado na Coleção Brasiliana Itaú. Com 12 estampas, as gravuras foram criadas por Friederich Salathé com base em nove desenhos de Steinmann e em registros dos pintores Eduard de Kretzschmar e Victor Barral. Curiosamente, ao invés de imprimir seus souvenirs na técnica que dominava, a litografia, Steinmann optou pela água-tinta, método mais sofisticado de gravação, que se utiliza de uma matriz de cobre.
Souvenirs de Rio de Janeiro foi um dos primeiros conjuntos de gravuras sobre a cidade publicados na Europa na primeira metade do século XIX. Ao que tudo indica, Steinmann colocou seus álbuns à venda em Paris e, na capa, deixou espaço para o registro do nome do comprador e da data da compra, o que fez com que os álbuns tivessem anos de publicação variados – o primeiro é de 1835, mas há também cópias de 1836 e 1839. Todas as imagens do álbum têm uma moldura floral com desenhos de índios, tipos de rua e frutas brasileiras, aparentemente inspirados nos registros de outro viajante, Johann Moritz Rugendas.
Por suas características, o álbum de Steinmann nos permite refletir sobre a veracidade que se busca nas imagens produzidas pelos artistas viajantes. Pesquisadores ressaltam que, na obra de Steinmann, por exemplo, os perfis de montanhas estão alterados e algumas construções são difíceis de reconhecer. É importante pensar que a gravura, naquela época, era resultado da atuação de muitos artistas, alguns dos quais nunca tiveram a oportunidade de efetivamente ver as paisagens que estavam desenhando. Sem dúvida, este álbum é um bom exemplo disso. Como o próprio título indica, a ideia era vender as pequenas vistas como um presente, num formato que nos lembra hoje o de um cartão postal.
Fonte: Brasiliana Iconográfica. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Como era a Praça XV quase 200 anos atrás | Veja Rio
O suíço Johann Jacob Steinmann foi contratado, em 1825, para dirigir a primeira escola de impressão da Academia Militar do jovem Império do Brasil.
Após 5 anos de serviço oficial, fundou seu próprio ateliê de litografias na Corte, mas, já em 1833, deixou o Brasil para retornar à Europa.
Em Basileia, na Suíça, lançou o álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, que hoje faz parte dos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo (após doação da Fundação Estudar, em 2007) e da Coleção Brasiliana Itaú.
Esta gravura do álbum de Steinmann, pertencente à Pinacoteca paulista. Vemos o Paço Imperial, o Convento do Carmo, a antiga Capela Imperial (atual Igreja de N. S. do Carmo da Antiga Sé) e a Igreja de N. S. do Monte Carmo, ao lado.
Em primeiro plano, à direita da gravura, o “Chafariz da Pirâmide”, do Mestre Valentim, quando ele ficava à beira d’água, para abastecer de água os barcos e navios que atracavam no cais — e quem mais fosse nele servir-se.
Incrível como a arte tem o poder de nos transportar através de séculos de história, preservando a nossa memória.
Fonte: Veja, "Como era a Praça XV quase 200 anos atrás". Publicado por Daniel Sampaio, em 12 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: O papel da arte. Consultado pela última vez em 30 de janeiro de 2023.
Johann Jacob Steinmann (Suíça, Basileia, 17 de setembro de 1800 — Suíça, Basileia, 20 de junho de 1844), mais conhecido como Johann Steinmann, ou apenas Steinmann,, foi um desenhista, litógrafo e pintor de paisagens suíço. Iniciou seu aprendizado de litografia na Alsácia, em 1821, com Godefroy Engelmann, aperfeiçoando-se em Paris sob a orientação de Alois Senefelder, o inventor da litografia. Em 1825, chegou ao Rio de Janeiro, contratado como litógrafo oficial e professor de litografia do Arquivo Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Em 1830, ao final do seu contrato, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas. De volta à Basiléia, divulgou litografias e desenhos em folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas consideradas preciosas pelos colecionadores, que retratavam cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras.
Biografia – Wikipédia
Filho do mestre-alfaiate Georg Friedrich Steinmann, Johann Jacob estudou litografia com Godefroy Engelmann em Mulhouse, na Alsácia, no ano de 1821, e posteriormente com o inventor da litografia, Alois Senefelder. Em 1821 trabalhou com o desenhista Friedrich Salathé.
Em 1825 Johann foi contratado por um representante do governo brasileiro em Paris e mudou-se para o Rio de Janeiro em outubro do mesmo ano, onde tornou-se litógrafo do imperador, subordinado ao Arquivo e Academia Militar, sendo considerado um dos litógrafos pioneiros que realizou impressão de mapas e fotografias no Brasil. Casou-se com a holandesa Phoebe Georgine Harris. Em 1830, após o término do seu contrato de cinco anos com o governo brasileiro, Johann abriu uma empresa de litografia com a autorização do imperador Pedro I do Brasil.
Após permanecer mais de sete anos no Brasil, retornou à Europa em 12 de fevereiro de 1833. Em 1834 e nos anos seguintes, foram publicados na Basileia álbuns com vistas litografadas do Brasil, que Johann criou a partir dos esboços feitos durante a sua residência no país.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Exposições Póstumas
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Brasil dos Viajantes (1994 : São Paulo, SP) - Museu de Arte de São Paulo (SP)
1994 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Olhar e o Ficar. A Busca do Paraíso (1994 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
1995 - Lisboa - Estremadura - Portugal - O Brasil dos Viajantes (1995 : Lisboa, Portugal) - Centro Cultural de Belém (Lisboa, Portugal)
1999 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - O Brasil Redescoberto (1999 : Rio de Janeiro, RJ) - Paço Imperial (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - Visões do Rio na Coleção Geyer (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - O Café (2000 : São Paulo, SP) - Banco Santander (Vila Olímpia, São Paulo, SP)
2000 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana (2000 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2000 - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil - A Paisagem Carioca (2000 : Rio de Janeiro, RJ) - Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ)
2009 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Paisagem e Panoramas (2009 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - São Paulo - São Paulo - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : São Paulo, SP) - Pinacoteca do Estado (São Paulo, SP)
2010 - Belo Horizonte - Minas Gerais - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2010 : Belo Horizonte, MG) - Fundação Clóvis Salgado. Palácio das Artes (Belo Horizonte, MG)
2011 - Fortaleza - Ceará - Brasil - Coleção Brasiliana Itaú (2011 : Fortaleza, CE) - Espaço Cultural Unifor (Fortaleza, CE)
2011 - Brasília - Distrito Federal - Brasil - Coleção Brasíliana Itaú (2011 : Brasília, DF) - Museu Nacional do Conjunto Cultural da Republica (Brasilia, DF)
Fonte: JOHANN Jacob Steinmann. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 26 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Johan Jacob Steinmann | Flora Brasiliensis
Johan Jacob Steinmann, introdutor da litografia no Brasil, nasceu na Basiléia, Suíça, em 17 de setembro de 1800, onde também morreu em 20 de junho de 1844. Iniciou seus estudos em 1821, e fez parte do estabelecimento litográfico de Godefroy Engelmann, em Mulhouse, Alsácia, vizinha de sua cidade natal. Aperfeiçoou-se em Paris com Alois Senefelder, o inventor da litografia.
A vinda de Steinmann para o Brasil resultou do contato de um representante do governo brasileiro em Paris em agosto de 1825, quando foi contratado como Litógrafo do Imperador ou Litógrafo Oficial, subordinado ao Arquivo e Academia Militar.
Viajou para o Brasil e desembarcou no Rio de Janeiro em outubro de 1825, quando apresentava apenas 24 anos, acompanhado de mulher e filha. Embora D. Pedro I lhe tenha dado autorização para utilizar os equipamentos para serviços particulares e comerciais, foi vetado pelo Comandante Chefe da Academia Militar, Joaquim Norberto Xavier de Brito e pelo ministro seu superior.
Durante cinco anos Steinmann litografou mapas e outros impressos para o Arquivo Militar na Impressora Cartográfica Oficial do Primeiro Império sendo que, em 1830, ao final do seu contrato com o governo de D. Pedro I, montou sua própria oficina, onde litografou folhas avulsas retratando costumes, tipos populares do Rio de Janeiro e alguns mapas.
Em 12 de fevereiro 1833, após mais de sete anos de permanência no Brasil, Steinmann retornou à França. No ano seguinte, em 1834, na Basiléia, foram editadas em forma de álbuns ou folhas soltas agrupadas, coleções de pranchas de águas-tintas aquareladas, atualmente consideradas preciosas pelos colecionadores. Retratando cenas naturais e paisagens urbanas brasileiras, essas edições intituladas Souvenirs de Rio de Janeiro foram gravadas por Salathé a partir de desenhos do próprio Steinmann, realizados durante sua permanência no Rio de Janeiro.
Existem edições datadas de 1834, 1835 e 1836, sendo que, aquelas datadas de 1839 são provavelmente as mesmas da edição de 1836. A Casa Laemmert, que as comercializou no Rio de Janeiro a partir de fins do ano de 1839, pode ter alterado a data de modo a conferir-lhes maior atualidade. Talvez essa também seja a razão de alguns exemplares, atualmente em bibliotecas, apresentarem em branco a data de publicação.
Fonte: Flora Brasiliensis. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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As 12 vistas de Steinmann | Brasiliana Iconográfica
Depois da chegada da corte portuguesa, em 1808, a Imprensa Régia brasileira foi criada e, com ela, as principais técnicas de impressão começaram a se desenvolver por aqui. Em 1825, o governo brasileiro fundou a primeira escola de impressão da Academia Militar e contratou o jovem suíço Johann Jacob Steinmann para dirigi-la.
Tendo estudado nos ateliês de Godefroy Engelmann, precursor da litografia na França, e de Alois Senefelder, inventor da técnica, o novo litógrafo oficial da corte desembarcou no Brasil com a missão de criar uma oficina litográfica dentro do Arquivo Militar. No entanto, o espaço designado à sala de aula não comportou a enorme prensa litográfica e seus alunos, fazendo com que Steinmann transferisse o ateliê para sua própria casa – o que possibilitou o trabalho em projetos paralelos aos do Império.
Nessa época, os ateliês litográficos se multiplicaram no país, atuando como os principais responsáveis pela divulgação dos registros dos artistas, em especial dos viajantes que passaram por aqui. Tendo, na maioria das vezes, a natureza local como ponto de partida para a compreensão da sociedade brasileira, esses artistas produziram livros de viagens ou pequenos álbuns na tentativa de revelar uma visão panorâmica do Brasil para o exterior. Nesse contexto, a litografia, pela rapidez na execução da imagem e possibilidade de reaproveitamento das matrizes, foi o principal meio de circulação e de difusão das imagens, e os ateliês particulares revelaram um bom negócio.
Depois de cinco anos trabalhando para o Império, Steinmann decidiu abrir sua própria oficina litográfica. Também trabalhou como tipógrafo e vendedor de livros. Depois de voltar para a Europa, em 1833, publicou seu próprio álbum: Souvenirs de Rio de Janeiro dessinés d’aprés nature & publiés par J. Steinmann, que pode ser consultado na íntegra na Brasiliana Iconográfica, tanto a partir da obra preservada pela Pinacoteca do Estado de São Paulo, como no exemplar guardado na Coleção Brasiliana Itaú. Com 12 estampas, as gravuras foram criadas por Friederich Salathé com base em nove desenhos de Steinmann e em registros dos pintores Eduard de Kretzschmar e Victor Barral. Curiosamente, ao invés de imprimir seus souvenirs na técnica que dominava, a litografia, Steinmann optou pela água-tinta, método mais sofisticado de gravação, que se utiliza de uma matriz de cobre.
Souvenirs de Rio de Janeiro foi um dos primeiros conjuntos de gravuras sobre a cidade publicados na Europa na primeira metade do século XIX. Ao que tudo indica, Steinmann colocou seus álbuns à venda em Paris e, na capa, deixou espaço para o registro do nome do comprador e da data da compra, o que fez com que os álbuns tivessem anos de publicação variados – o primeiro é de 1835, mas há também cópias de 1836 e 1839. Todas as imagens do álbum têm uma moldura floral com desenhos de índios, tipos de rua e frutas brasileiras, aparentemente inspirados nos registros de outro viajante, Johann Moritz Rugendas.
Por suas características, o álbum de Steinmann nos permite refletir sobre a veracidade que se busca nas imagens produzidas pelos artistas viajantes. Pesquisadores ressaltam que, na obra de Steinmann, por exemplo, os perfis de montanhas estão alterados e algumas construções são difíceis de reconhecer. É importante pensar que a gravura, naquela época, era resultado da atuação de muitos artistas, alguns dos quais nunca tiveram a oportunidade de efetivamente ver as paisagens que estavam desenhando. Sem dúvida, este álbum é um bom exemplo disso. Como o próprio título indica, a ideia era vender as pequenas vistas como um presente, num formato que nos lembra hoje o de um cartão postal.
Fonte: Brasiliana Iconográfica. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
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Como era a Praça XV quase 200 anos atrás | Veja Rio
O suíço Johann Jacob Steinmann foi contratado, em 1825, para dirigir a primeira escola de impressão da Academia Militar do jovem Império do Brasil.
Após 5 anos de serviço oficial, fundou seu próprio ateliê de litografias na Corte, mas, já em 1833, deixou o Brasil para retornar à Europa.
Em Basileia, na Suíça, lançou o álbum “Souvenirs de Rio de Janeiro”, que hoje faz parte dos acervos da Pinacoteca do Estado de São Paulo (após doação da Fundação Estudar, em 2007) e da Coleção Brasiliana Itaú.
Esta gravura do álbum de Steinmann, pertencente à Pinacoteca paulista. Vemos o Paço Imperial, o Convento do Carmo, a antiga Capela Imperial (atual Igreja de N. S. do Carmo da Antiga Sé) e a Igreja de N. S. do Monte Carmo, ao lado.
Em primeiro plano, à direita da gravura, o “Chafariz da Pirâmide”, do Mestre Valentim, quando ele ficava à beira d’água, para abastecer de água os barcos e navios que atracavam no cais — e quem mais fosse nele servir-se.
Incrível como a arte tem o poder de nos transportar através de séculos de história, preservando a nossa memória.
Fonte: Veja, "Como era a Praça XV quase 200 anos atrás". Publicado por Daniel Sampaio, em 12 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: O papel da arte. Consultado pela última vez em 30 de janeiro de 2023.