Lladró (Tavernes Blanques, Valência, Espanha, 1953) é uma empresa espanhola focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953, iniciando a produção de vasos. Em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró, Arte em Porcelana
A tradicional marca de porcelanas revolucionou o mundo com técnicas pioneiras. Hoje, o mundo da arte ainda se impressiona com o potencial expressivo desse império espanhol.
Em 1953, a paixão de três irmãos espanhóis, da cidade de Valência, por porcelana deu início a uma das marcas mais icônicas em peças artísticas de luxo. Juan, José e Vicente Lladró são os valencianos idealizadores do império que leva o sobrenome da família, numa mistura única de talento e rigor técnico nos processos de modelagem dessa matéria-prima.
Os objetos produzidos nos primeiros anos foram de clara inspiração rococó. Na década de 1960, o desenvolvimento de novas técnicas deram origem a um brilho inigualável e aos famosos tons pastéis incorporados nas coleções, criando um estilo único e distintivo, que deu fama internacional à marca.
Com o passar do tempo, as criações se tornaram ainda mais complexas e dinâmicas. A cada coleção, surgiam verdadeiras obras de arte escultóricas, seja na porcelana branca mate ou em peças decoradas com cores vivas, mas sempre delineando um conceito singular.
Por sua vez, as colaborações com designers externos ampliaram o universo criativo, elevando a porcelana ao máximo poder. Assim, transformaram a porcelana em verdadeiro objeto de desejo, ganhando reputação mundial e uma trajetória cheia de prêmios e honrarias.
Hoje, a grife possui uma rede internacional de revendas autorizadas em mais de 120 países, além de suas próprias boutiques, localizadas em Nova York, Londres, Moscou, Tóquio, Madrid, Barcelona e Valência. Tudo fabricado na Espanha e com o mesmo processo de criação artesanal. Química, modelagem, escultura, gravura, pintura: a produção passa pelas mãos de especialistas que mantêm a tradição de transformar a porcelana em arte. Da escultura à iluminação, acessórios para casa e joias, a Lladró representa luxo e exclusividade.
Fonte: Ambientes Ceará, publicado em 11 de maio de 2020.
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Nossa História - Lladró
Uma história de paixão pela porcelana
Lladró é a história de sucesso de uma marca espanhola icônica. Líder mundial no design, fabricação e distribuição de criações de arte em porcelana, Lladró é uma mistura única de talento, ousadia e meticulosidade na busca pela excelência.
Da escultura à iluminação, acessórios para a casa e joias, Lladró é uma marca que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
Década de 1950: o início da aventura
Lladró é a história da paixão pela porcelana de três irmãos, Juan, José e Vicente Lladró. Artistas que transformaram a porcelana em um estilo de vida e conseguiram construir um império de negócios com suas próprias mãos.
Em 1953, na sua casa na aldeia de Almàssera, começaram a fazer os seus primeiros pratos, vasos e estatuetas de cerâmica inspirados nas obras dos grandes fabricantes europeus de Meissen, Sèvres e Capodimonte.
É neste período que surgem as modelagens das flores ou o tratamento complexo do tule, exemplos de técnicas virtuosísticas que ainda hoje encontramos em muitas das criações da marca.
No final desta década, Lladró abre a sua primeira loja em Valência.
Década de 1960: A consolidação de um estilo
Fruto de uma constante inquietação artística, é nesta altura que se forja um estilo único e distinto, com linhas alongadas, que torna a obra Lladró mundialmente conhecida. Em uma demonstração de destreza e domínio no manuseio de materiais, as peças tornam-se cada vez mais complexas e dinâmicas, desafiando as leis da gravidade.
Lladró introduziu o método revolucionário de queima única que logo substituiu a tradicional queima tripla. Esse método pioneiro também ajudou a definir outra marca registrada da marca: os tons pastéis característicos de grande parte de sua obra. Nesta década, a Escola de Formação Profissional também foi fundada em sua sede para dotar a empresa de artistas e técnicos qualificados. Em 1965, com pouco mais de uma década para seu crédito, a Lladró ingressou no mercado americano. E em 1969, Lladró abriu sua atual sede em Tavernes Blanques (Valencia).
Década de 1970: reconhecimento
Os anos 70 são anos de atividade febril e maturidade criativa. A qualidade alcançada leva Lladró a empreender trabalhos mais ambiciosos, nascem as primeiras séries limitadas e chega o reconhecimento internacional definitivo.
Após intensa pesquisa, passa a trabalhar com o gres, um novo material que abre todo um mundo de possibilidades expressivas. A resistência particular deste material e seus tons terrosos característicos expandem os recursos criativos dos artistas de Lladró.
Década de 1980: Alcançando novos patamares
Na década de 1980, a busca constante por novas formas de expressão continuou acelerada. O maior controle da porcelana possibilitou criações que mostram um domínio extraordinário da modelagem. Em coleções singulares como Esculturas , Caprichos ou Goyescas , a imaginação dos artistas é levada pela fantasia e pelo prazer da criação.
A Lladró Collectors 'Society foi fundada em 1985. Ao longo de seus 15 anos de existência, já contava com mais de 100.000 colecionadores das porcelanas da marca.
Nesta década, Lladró atinge dois marcos importantes em sua expansão internacional. Em 1986 Lladró desembarcou na Ásia com subsidiárias no Japão e China. E em 1988 abriu seu primeiro museu e galeria na cidade de Nova York, na Quinta Avenida em Manhattan. E o processo de internacionalização continuou de forma constante em mercados emergentes como Rússia, Leste Europeu ou Índia.
Década de 1990: Excelência
Nos anos noventa, Lladró produziu muitas cenas de período altamente complexas, a maioria delas incorporando vívidas composições florais que representam a maior expressão da atenção meticulosa aos detalhes e know-how dos artistas Lladró.
Em 1991, o Museu Hermitage em São Petersburgo abriga uma exposição de esculturas de Lladró, das quais o Coach do século 18 e Dom Quixote farão parte de sua coleção permanente.
Em 1995, a primeira boutique Lladró foi inaugurada em Tóquio, no elegante bairro de Ginza; em 1996 abriu sua primeira loja própria na calle Serrano, a rua exclusiva de Madrid, e em 1997 a butique de Beverly Hills abriu suas portas em Rodeo Drive.
Nesta década Lladró recebe dois prestigiosos prémios: o Prémio Príncipe Felipe de Internacionalização em 1993 e o Prémio Príncipe Felipe de Competitividade em 1997.
Anos 2000: novos caminhos
Lladró eleva o seu potencial expressivo a novos patamares na Alta Porcelana, uma coleção de peças de extraordinária qualidade artística e técnica, destinadas a formar um seleto grupo de obras-primas dentro da produção da marca.
Ao mesmo tempo, Lladró se reinventa com peças escultóricas em porcelana branco fosco ou peças dinâmicas e expressivas decoradas com cores vivas.
Obras dedicadas às tradições e crenças religiosas passam a ter um papel de destaque. Um dos valores da marca desde as suas origens é o seu know-how em abordar com sensibilidade e admiração a espiritualidade das mais diversas culturas, tornando cada peça um desafio e uma fonte de enriquecimento para os seus artistas.
Essa diversidade de produtos é reforçada com a colaboração de designers externos de destaque como Jaime Hayon, Bodo Sperlein e Culdesac, que agregam seu universo pessoal e artístico ao trabalho de Lladró em uma frutífera troca criativa.
Em 2006 e 2009, Lladró inaugurou duas butiques em Moscou, na prestigiosa passagem Petrovsky e no shopping GUM, respectivamente.
Lladró recebeu nesta década o Prémio Príncipe Felipe de Gestão de Marca de Reconhecimento (2002).
Anos 2010: Diversificação
Lladró intensifica sua criatividade em linhas funcionais de iluminação, acessórios para casa e joias, reforçando seu posicionamento como uma marca de porcelana que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
As colaborações também são intensificadas em uma troca criativa frutífera com designers externos renomados, como Paul Smith, Rolito ou Gary Baseman.
Em 2012, a Lladró Boutique em Nova York abre suas portas na 500 Madison Avenue. Em 2017 a empresa é adquirida pelo Grupo Industrial PHI, fundo de investimento espanhol especializado na gestão ativa de empresas.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Mundo Lladró
Processos artesanais únicos
Sem pressa e com o mesmo carinho e atenção dos antigos alquimistas, a porcelana Lladró ainda é feita à mão na Espanha, na única fábrica da empresa no mundo, localizada em Valência.
Da química à modelagem, assim como escultura, gravura, pintura ... uma equipe de artistas e designers especializados mantém vivos os antigos artesanatos e métodos de transformar porcelana em sonhos. Processos artesanais únicos que se aplicam no mais figurativo Lladró, bem como em produtos de iluminação, acessórios para casa e joias.
O chamado "ouro branco" na dinastia Tang chinesa (618-907 dC) é constituído por minerais como caulim, quartzo e feldspato, com os quais Lladró cria até 32 tipos diferentes de porcelanas da mais alta qualidade para seus variados Variedade de produtos.
O processo criativo: inspiração, técnica e paixão
O nascimento de uma porcelana Lladró começa com a ideia original de seu autor. Com as suas mãos e ferramentas tradicionais, o escultor dá forma, em barro ou plasticina, a um esboço baseado na sua inspiração e num laborioso processo de documentação que, no caso das figuras humanas, muitas vezes requer modelação ao vivo.
Uma vez que o esboço foi modelado, o emocionante desenvolvimento artístico do modelo original começa. A equipe técnica deve visualizar e definir os fragmentos em que cada peça será fragmentada para posteriormente reproduzi-la. Existem criações tão complexas que precisam ser divididas em mais de 400 fragmentos.
Esta fragmentação inicial permite a primeira reprodução das diferentes partes em alabastro, um material de grande resistência sobre o qual escultores e ornamentais, com técnicas artesanais de talha e gravura, gravam nos mínimos detalhes os rostos das figuras, elementos arquitetônicos, vegetação ou vestimentas.
Esses fragmentos formarão a base do conjunto de matrizes para a confecção dos moldes matriciais, que serão utilizados para a obtenção dos moldes definitivos. Esse processo artístico cuidadosamente executado, desde o nascimento da ideia até o modelo estar pronto para ser reproduzido em porcelana, pode levar até cinco anos para as criações mais complexas da coleção Alta Porcelana.
O desafio da porcelana: magia, cor e fogo
Para dar vida à peça, seus moldes definitivos são preenchidos com porcelana líquida que endurece lentamente em seu interior. Com muito cuidado, os artistas extraem cuidadosamente as peças deste quebra-cabeça mágico e as recompõem. Os moldes se deterioram com o uso, então de vez em quando é necessário recriá-los a partir de sua matriz original.
Nas peças que incluem flores, um dos elementos característicos de Lladró, artistas especializados confeccionam e fixam as pétalas à mão, uma a uma, garantindo que cada flor é única e irrepetível.
Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça. Com mais de 4.000 cores diferentes, a paleta Lladró está em constante evolução, agregando continuamente novas tonalidades criadas expressamente para algumas peças.
O know-how da Lladró permite à marca oferecer uma grande variedade de técnicas decorativas - cores líquidas, esmaltes, lustres… - bem como diferentes texturas e acabamentos - brilho, mate, cetim…. Os mestres da pintura aplicam as cores com mão firme, delineando delicadamente os menores detalhes.
O teste de fogo
E finalmente, chega o momento chave: a queima no forno. Como dizem os artistas, a porcelana está viva e é no forno onde o sucesso de cada criação será julgado. No forno, a peça sofre temperaturas de até 1.300ºC (2.500ºF) durante um dia inteiro e as verdadeiras cores de Lladró vêm à tona.
Durante o processo, a pasta de porcelana perde água e seu tamanho é reduzido em cerca de 15%. Garantir que essa redução de tamanho seja uniforme, e que a peça não sofra nenhum dano, é um dos maiores milagres que acontece em Lladró. Nas peças mais complexas, utiliza-se um sistema de suporte de porcelana, quase uma façanha da própria engenharia e que sustenta a peça em áreas de difícil equilíbrio. Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça.
Em busca da excelência
Este processo complexo e trabalhoso é o único capaz de garantir o grau de excelência que conquistou o reconhecimento mundial da Lladró. A busca pela perfeição também se estende ao controle de qualidade, onde a escultura acabada passa por diversos testes que atestam que cumpre os elevados padrões exigidos pela marca.
A excelência também é aplicada na embalagem, customizada às características individuais de cada peça, de forma a garantir que chegue ao destino final com segurança e em perfeitas condições.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Lladró - Wikipédia
Lladró é uma empresa espanhola com sede em Tavernes Blanques, em Valência focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953 iniciando a produção de vasos e apenas em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró criou uma linguagem que vai além das palavras, a evolução contínua das suas esculturas fez com que o trabalho Lladró se tornase o melhor representante de porcelana de arte nos meados da década dos anos 20 até os nossos dias.
O trabalho da Lladró é uma expressão de valores universais, intimamente ligado com pessoas reais e seus sentimentos. É uma celebração dos melhores momentos da vida. Inspirado pelo sonhos, fantasias, as tradições, a literatura e a arte, a natureza e a vida diária, sempre há uma história por trás de cada peça feita a mãos pelos mestres da Lladró.
História
A marca Lladró surgiu pela primeira vez em 1953, quando os irmãos Juan, José e Vicente Lladró começaram a fazer as primeiras peças de cerâmica e vidro num forno mourisco construído na casa da sua família em Almácera (Valência). Naquela época, os irmãos Lladró trabalhavam em uma fábrica de azulejos e baixelas . Em 1958 eles mudaram sua empresa para um armazém industrial na cidade de Tabernes Blanques para fazer frente à crescente demanda por suas peças. Posteriormente, a partir da década de 60 a empresa iniciou a sua expansão internacional, o que a tornou uma empresa de referência em cerâmica desdeluxo . Em 1965, a Lladró exportou parte de sua produção para o Canadá e começou a entrar nos Estados Unidos . Durante a década de 1970, houve um aumento significativo dos produtos Lladró no mercado norte-americano. Também em meados da década de 1970, a Lladró começou a vender seus produtos no Japão .
O sucesso internacional levou a empresa a inaugurar a Galeria e Museu Lladró em Nova York em 1988 . O renome adquirido pelas esculturas de Lladró levou a uma seleção delas a ser exibida em 1991 no Museu Hermitage em São Petersburgo . Desde então, duas peças fazem parte do acervo permanente deste museu: «carro alegórico do séc. XVIII» e «Dom Quixote». Em 1992 Lladró estava presente no Valencia pavilhão na Exposição Universal de Sevilha. Em 1995 o Lladró Center foi inaugurado em Madrid .
Em 2003, a família Lladró decidiu dividir a empresa. Os três ramos da família, que dividiam a empresa com 33%, chegaram a um acordo para distribuí-la. Assim, no final de 2003, foi formada uma nova diretoria na qual cada um dos três irmãos fundadores foi representado por dois de seus filhos: Juan Lladró por Rosa e Ángeles Lladró Sala; José Lladró de Mª Carmen e Mª José Lladró Castelló; e Vicente Lladró por Juan Vicente e David Lladró Roig. Em 2007, Juan Lladró assumiu a maior parte do controle da empresa, junto com suas filhas Rosa e Ángeles.
Processo de fabricação das figuras
Todas as peças são feitas nas oficinas de La Ciudad de la Porcelana em Tabernes Blanques.
A peça original é dividida em fragmentos dos quais se obtêm os moldes. Esses moldes são preenchidos com pasta de porcelana líquida, dando origem às peças que são posteriormente recompostas utilizando pasta de porcelana como aderente. Diferentes elementos ornamentais, como flores, são então adicionados manualmente na peça recomposta. As peças são pintadas à mão e envernizadas. Por fim, são cozidos por cerca de vinte horas e, depois de retirados do forno, são aplicados vários processos de controle de qualidade.
Honras
A empresa recebeu o Prêmio Príncipe Felipe de Excelência Empresarial em três ocasiões, nas edições de 1993, 1997 e 2002.
Cultura
No episódio "Christmas Break" de Will and Grace, Marylin, mãe de Will, tem uma coleção de Lladrós. Ela diz que eles não têm preço, porém Grace quebra o mais precioso delas
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Aos 60 anos, Lladró é tradição e ousadia
Casa de porcelanas faz objetos de desejo
Os guias turísticos não revelam o que há de mais interessante em Valência: a vanguarda e a tradição andando lado a lado na cidade espanhola banhada por águas mediterrâneas. Se a arquitetura anterior a Cristo pode conviver com as audaciosas construções de Santiago Calatrava, que assina a Cidade das Artes e das Ciências, por que uma marca tradicional não poderia ter como consultor criativo um designer irreverente como Jaime Hayon? Ao completar 60 anos, a Lladró é uma representante legítima dos novos tempos e da cidade em que nasceu: mantém intocada a qualidade de suas figuras de porcelana, aquelas que você não consegue ver sem ter uma leve arritmia cardíaca e uma voz dizendo “eu quero” bem dentro dos seus ouvidos.
Apesar de contar com sangue novo em seu quadro fixo, ainda alia a suas famosas peças o toque de designers convidados, uma gente para lá de moderna. Além de Hayon, o estúdio Devilrobots, Tim Biskup, Bodo Sperlein e Committee compõem esse time que imprime o toque contemporâneo ao clássico. Tradição, como se vê, não precisa do acúmulo dos séculos. A fábrica da Lladró, criada pelos irmãos Juan, José e Vicente Lladró em 1953, é chamada pela população local de “cidade da porcelana”. Cerca de 700 pessoas trabalham diretamente nas esculturas, esculpidas e pintadas à mão, com seus minuciosos detalhes e acabamento perfeito.
Mas nem só de figuras humanas vive a grife. As primeiríssimas peças foram os vasos. E, se hoje a Lladró é tão conhecida pelas esculturas, “os utilitários, como jogos de jantar e chá, lustres, vasos e espelhos estão cada vez mais presentes”, conta a porta-voz da marca, Alicia Gonzalez. O que não muda, além da qualidade, é a exclusividade das peças, sempre produzidas em número reduzidíssimo – isso quando não são únicas.
Não por acaso, o madrilenho Jaime Hayon, que vive em Valência, declarou: “A Lladró não é uma marca, é uma cultura”. O criador trouxe seu humor e seu universo de fantasia para as esculturas que, em alguns casos, são um novo olhar sobre peças icônicas. Todas, feitas pelos artistas da casa ou pelos convidados, têm nome e levam a assinatura do artesão que lhe deu forma. The Lover, por exemplo, é a peça que o designer não esconde ser a sua preferida.
No final de 2012, uma nova loja Lladró, desenhada por Hayon, deu à esquina da Madison Avenue com a 52nd Street, em Nova York, um vibrante tom de branco. A presidente da marca, Rosa Lladró, filha de um dos fundadores, deu ao The New York Times a definição mais precisa: “São vários tons de branco. E, longe de ser asséptica, a loja é agradável e calorosa”. Nós, brasileiros, ainda podemos ter esperanças. “Estamos empenhados em aumentar nossa presença nesse belo país”, diz Alicia.25/07/2013
Fonte: Casa Vogue, publicado por Cristina Dantas em 25 de julho de 2013.
Lladró (Tavernes Blanques, Valência, Espanha, 1953) é uma empresa espanhola focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953, iniciando a produção de vasos. Em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró, Arte em Porcelana
A tradicional marca de porcelanas revolucionou o mundo com técnicas pioneiras. Hoje, o mundo da arte ainda se impressiona com o potencial expressivo desse império espanhol.
Em 1953, a paixão de três irmãos espanhóis, da cidade de Valência, por porcelana deu início a uma das marcas mais icônicas em peças artísticas de luxo. Juan, José e Vicente Lladró são os valencianos idealizadores do império que leva o sobrenome da família, numa mistura única de talento e rigor técnico nos processos de modelagem dessa matéria-prima.
Os objetos produzidos nos primeiros anos foram de clara inspiração rococó. Na década de 1960, o desenvolvimento de novas técnicas deram origem a um brilho inigualável e aos famosos tons pastéis incorporados nas coleções, criando um estilo único e distintivo, que deu fama internacional à marca.
Com o passar do tempo, as criações se tornaram ainda mais complexas e dinâmicas. A cada coleção, surgiam verdadeiras obras de arte escultóricas, seja na porcelana branca mate ou em peças decoradas com cores vivas, mas sempre delineando um conceito singular.
Por sua vez, as colaborações com designers externos ampliaram o universo criativo, elevando a porcelana ao máximo poder. Assim, transformaram a porcelana em verdadeiro objeto de desejo, ganhando reputação mundial e uma trajetória cheia de prêmios e honrarias.
Hoje, a grife possui uma rede internacional de revendas autorizadas em mais de 120 países, além de suas próprias boutiques, localizadas em Nova York, Londres, Moscou, Tóquio, Madrid, Barcelona e Valência. Tudo fabricado na Espanha e com o mesmo processo de criação artesanal. Química, modelagem, escultura, gravura, pintura: a produção passa pelas mãos de especialistas que mantêm a tradição de transformar a porcelana em arte. Da escultura à iluminação, acessórios para casa e joias, a Lladró representa luxo e exclusividade.
Fonte: Ambientes Ceará, publicado em 11 de maio de 2020.
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Nossa História - Lladró
Uma história de paixão pela porcelana
Lladró é a história de sucesso de uma marca espanhola icônica. Líder mundial no design, fabricação e distribuição de criações de arte em porcelana, Lladró é uma mistura única de talento, ousadia e meticulosidade na busca pela excelência.
Da escultura à iluminação, acessórios para a casa e joias, Lladró é uma marca que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
Década de 1950: o início da aventura
Lladró é a história da paixão pela porcelana de três irmãos, Juan, José e Vicente Lladró. Artistas que transformaram a porcelana em um estilo de vida e conseguiram construir um império de negócios com suas próprias mãos.
Em 1953, na sua casa na aldeia de Almàssera, começaram a fazer os seus primeiros pratos, vasos e estatuetas de cerâmica inspirados nas obras dos grandes fabricantes europeus de Meissen, Sèvres e Capodimonte.
É neste período que surgem as modelagens das flores ou o tratamento complexo do tule, exemplos de técnicas virtuosísticas que ainda hoje encontramos em muitas das criações da marca.
No final desta década, Lladró abre a sua primeira loja em Valência.
Década de 1960: A consolidação de um estilo
Fruto de uma constante inquietação artística, é nesta altura que se forja um estilo único e distinto, com linhas alongadas, que torna a obra Lladró mundialmente conhecida. Em uma demonstração de destreza e domínio no manuseio de materiais, as peças tornam-se cada vez mais complexas e dinâmicas, desafiando as leis da gravidade.
Lladró introduziu o método revolucionário de queima única que logo substituiu a tradicional queima tripla. Esse método pioneiro também ajudou a definir outra marca registrada da marca: os tons pastéis característicos de grande parte de sua obra. Nesta década, a Escola de Formação Profissional também foi fundada em sua sede para dotar a empresa de artistas e técnicos qualificados. Em 1965, com pouco mais de uma década para seu crédito, a Lladró ingressou no mercado americano. E em 1969, Lladró abriu sua atual sede em Tavernes Blanques (Valencia).
Década de 1970: reconhecimento
Os anos 70 são anos de atividade febril e maturidade criativa. A qualidade alcançada leva Lladró a empreender trabalhos mais ambiciosos, nascem as primeiras séries limitadas e chega o reconhecimento internacional definitivo.
Após intensa pesquisa, passa a trabalhar com o gres, um novo material que abre todo um mundo de possibilidades expressivas. A resistência particular deste material e seus tons terrosos característicos expandem os recursos criativos dos artistas de Lladró.
Década de 1980: Alcançando novos patamares
Na década de 1980, a busca constante por novas formas de expressão continuou acelerada. O maior controle da porcelana possibilitou criações que mostram um domínio extraordinário da modelagem. Em coleções singulares como Esculturas , Caprichos ou Goyescas , a imaginação dos artistas é levada pela fantasia e pelo prazer da criação.
A Lladró Collectors 'Society foi fundada em 1985. Ao longo de seus 15 anos de existência, já contava com mais de 100.000 colecionadores das porcelanas da marca.
Nesta década, Lladró atinge dois marcos importantes em sua expansão internacional. Em 1986 Lladró desembarcou na Ásia com subsidiárias no Japão e China. E em 1988 abriu seu primeiro museu e galeria na cidade de Nova York, na Quinta Avenida em Manhattan. E o processo de internacionalização continuou de forma constante em mercados emergentes como Rússia, Leste Europeu ou Índia.
Década de 1990: Excelência
Nos anos noventa, Lladró produziu muitas cenas de período altamente complexas, a maioria delas incorporando vívidas composições florais que representam a maior expressão da atenção meticulosa aos detalhes e know-how dos artistas Lladró.
Em 1991, o Museu Hermitage em São Petersburgo abriga uma exposição de esculturas de Lladró, das quais o Coach do século 18 e Dom Quixote farão parte de sua coleção permanente.
Em 1995, a primeira boutique Lladró foi inaugurada em Tóquio, no elegante bairro de Ginza; em 1996 abriu sua primeira loja própria na calle Serrano, a rua exclusiva de Madrid, e em 1997 a butique de Beverly Hills abriu suas portas em Rodeo Drive.
Nesta década Lladró recebe dois prestigiosos prémios: o Prémio Príncipe Felipe de Internacionalização em 1993 e o Prémio Príncipe Felipe de Competitividade em 1997.
Anos 2000: novos caminhos
Lladró eleva o seu potencial expressivo a novos patamares na Alta Porcelana, uma coleção de peças de extraordinária qualidade artística e técnica, destinadas a formar um seleto grupo de obras-primas dentro da produção da marca.
Ao mesmo tempo, Lladró se reinventa com peças escultóricas em porcelana branco fosco ou peças dinâmicas e expressivas decoradas com cores vivas.
Obras dedicadas às tradições e crenças religiosas passam a ter um papel de destaque. Um dos valores da marca desde as suas origens é o seu know-how em abordar com sensibilidade e admiração a espiritualidade das mais diversas culturas, tornando cada peça um desafio e uma fonte de enriquecimento para os seus artistas.
Essa diversidade de produtos é reforçada com a colaboração de designers externos de destaque como Jaime Hayon, Bodo Sperlein e Culdesac, que agregam seu universo pessoal e artístico ao trabalho de Lladró em uma frutífera troca criativa.
Em 2006 e 2009, Lladró inaugurou duas butiques em Moscou, na prestigiosa passagem Petrovsky e no shopping GUM, respectivamente.
Lladró recebeu nesta década o Prémio Príncipe Felipe de Gestão de Marca de Reconhecimento (2002).
Anos 2010: Diversificação
Lladró intensifica sua criatividade em linhas funcionais de iluminação, acessórios para casa e joias, reforçando seu posicionamento como uma marca de porcelana que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
As colaborações também são intensificadas em uma troca criativa frutífera com designers externos renomados, como Paul Smith, Rolito ou Gary Baseman.
Em 2012, a Lladró Boutique em Nova York abre suas portas na 500 Madison Avenue. Em 2017 a empresa é adquirida pelo Grupo Industrial PHI, fundo de investimento espanhol especializado na gestão ativa de empresas.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Mundo Lladró
Processos artesanais únicos
Sem pressa e com o mesmo carinho e atenção dos antigos alquimistas, a porcelana Lladró ainda é feita à mão na Espanha, na única fábrica da empresa no mundo, localizada em Valência.
Da química à modelagem, assim como escultura, gravura, pintura ... uma equipe de artistas e designers especializados mantém vivos os antigos artesanatos e métodos de transformar porcelana em sonhos. Processos artesanais únicos que se aplicam no mais figurativo Lladró, bem como em produtos de iluminação, acessórios para casa e joias.
O chamado "ouro branco" na dinastia Tang chinesa (618-907 dC) é constituído por minerais como caulim, quartzo e feldspato, com os quais Lladró cria até 32 tipos diferentes de porcelanas da mais alta qualidade para seus variados Variedade de produtos.
O processo criativo: inspiração, técnica e paixão
O nascimento de uma porcelana Lladró começa com a ideia original de seu autor. Com as suas mãos e ferramentas tradicionais, o escultor dá forma, em barro ou plasticina, a um esboço baseado na sua inspiração e num laborioso processo de documentação que, no caso das figuras humanas, muitas vezes requer modelação ao vivo.
Uma vez que o esboço foi modelado, o emocionante desenvolvimento artístico do modelo original começa. A equipe técnica deve visualizar e definir os fragmentos em que cada peça será fragmentada para posteriormente reproduzi-la. Existem criações tão complexas que precisam ser divididas em mais de 400 fragmentos.
Esta fragmentação inicial permite a primeira reprodução das diferentes partes em alabastro, um material de grande resistência sobre o qual escultores e ornamentais, com técnicas artesanais de talha e gravura, gravam nos mínimos detalhes os rostos das figuras, elementos arquitetônicos, vegetação ou vestimentas.
Esses fragmentos formarão a base do conjunto de matrizes para a confecção dos moldes matriciais, que serão utilizados para a obtenção dos moldes definitivos. Esse processo artístico cuidadosamente executado, desde o nascimento da ideia até o modelo estar pronto para ser reproduzido em porcelana, pode levar até cinco anos para as criações mais complexas da coleção Alta Porcelana.
O desafio da porcelana: magia, cor e fogo
Para dar vida à peça, seus moldes definitivos são preenchidos com porcelana líquida que endurece lentamente em seu interior. Com muito cuidado, os artistas extraem cuidadosamente as peças deste quebra-cabeça mágico e as recompõem. Os moldes se deterioram com o uso, então de vez em quando é necessário recriá-los a partir de sua matriz original.
Nas peças que incluem flores, um dos elementos característicos de Lladró, artistas especializados confeccionam e fixam as pétalas à mão, uma a uma, garantindo que cada flor é única e irrepetível.
Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça. Com mais de 4.000 cores diferentes, a paleta Lladró está em constante evolução, agregando continuamente novas tonalidades criadas expressamente para algumas peças.
O know-how da Lladró permite à marca oferecer uma grande variedade de técnicas decorativas - cores líquidas, esmaltes, lustres… - bem como diferentes texturas e acabamentos - brilho, mate, cetim…. Os mestres da pintura aplicam as cores com mão firme, delineando delicadamente os menores detalhes.
O teste de fogo
E finalmente, chega o momento chave: a queima no forno. Como dizem os artistas, a porcelana está viva e é no forno onde o sucesso de cada criação será julgado. No forno, a peça sofre temperaturas de até 1.300ºC (2.500ºF) durante um dia inteiro e as verdadeiras cores de Lladró vêm à tona.
Durante o processo, a pasta de porcelana perde água e seu tamanho é reduzido em cerca de 15%. Garantir que essa redução de tamanho seja uniforme, e que a peça não sofra nenhum dano, é um dos maiores milagres que acontece em Lladró. Nas peças mais complexas, utiliza-se um sistema de suporte de porcelana, quase uma façanha da própria engenharia e que sustenta a peça em áreas de difícil equilíbrio. Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça.
Em busca da excelência
Este processo complexo e trabalhoso é o único capaz de garantir o grau de excelência que conquistou o reconhecimento mundial da Lladró. A busca pela perfeição também se estende ao controle de qualidade, onde a escultura acabada passa por diversos testes que atestam que cumpre os elevados padrões exigidos pela marca.
A excelência também é aplicada na embalagem, customizada às características individuais de cada peça, de forma a garantir que chegue ao destino final com segurança e em perfeitas condições.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Lladró - Wikipédia
Lladró é uma empresa espanhola com sede em Tavernes Blanques, em Valência focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953 iniciando a produção de vasos e apenas em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró criou uma linguagem que vai além das palavras, a evolução contínua das suas esculturas fez com que o trabalho Lladró se tornase o melhor representante de porcelana de arte nos meados da década dos anos 20 até os nossos dias.
O trabalho da Lladró é uma expressão de valores universais, intimamente ligado com pessoas reais e seus sentimentos. É uma celebração dos melhores momentos da vida. Inspirado pelo sonhos, fantasias, as tradições, a literatura e a arte, a natureza e a vida diária, sempre há uma história por trás de cada peça feita a mãos pelos mestres da Lladró.
História
A marca Lladró surgiu pela primeira vez em 1953, quando os irmãos Juan, José e Vicente Lladró começaram a fazer as primeiras peças de cerâmica e vidro num forno mourisco construído na casa da sua família em Almácera (Valência). Naquela época, os irmãos Lladró trabalhavam em uma fábrica de azulejos e baixelas . Em 1958 eles mudaram sua empresa para um armazém industrial na cidade de Tabernes Blanques para fazer frente à crescente demanda por suas peças. Posteriormente, a partir da década de 60 a empresa iniciou a sua expansão internacional, o que a tornou uma empresa de referência em cerâmica desdeluxo . Em 1965, a Lladró exportou parte de sua produção para o Canadá e começou a entrar nos Estados Unidos . Durante a década de 1970, houve um aumento significativo dos produtos Lladró no mercado norte-americano. Também em meados da década de 1970, a Lladró começou a vender seus produtos no Japão .
O sucesso internacional levou a empresa a inaugurar a Galeria e Museu Lladró em Nova York em 1988 . O renome adquirido pelas esculturas de Lladró levou a uma seleção delas a ser exibida em 1991 no Museu Hermitage em São Petersburgo . Desde então, duas peças fazem parte do acervo permanente deste museu: «carro alegórico do séc. XVIII» e «Dom Quixote». Em 1992 Lladró estava presente no Valencia pavilhão na Exposição Universal de Sevilha. Em 1995 o Lladró Center foi inaugurado em Madrid .
Em 2003, a família Lladró decidiu dividir a empresa. Os três ramos da família, que dividiam a empresa com 33%, chegaram a um acordo para distribuí-la. Assim, no final de 2003, foi formada uma nova diretoria na qual cada um dos três irmãos fundadores foi representado por dois de seus filhos: Juan Lladró por Rosa e Ángeles Lladró Sala; José Lladró de Mª Carmen e Mª José Lladró Castelló; e Vicente Lladró por Juan Vicente e David Lladró Roig. Em 2007, Juan Lladró assumiu a maior parte do controle da empresa, junto com suas filhas Rosa e Ángeles.
Processo de fabricação das figuras
Todas as peças são feitas nas oficinas de La Ciudad de la Porcelana em Tabernes Blanques.
A peça original é dividida em fragmentos dos quais se obtêm os moldes. Esses moldes são preenchidos com pasta de porcelana líquida, dando origem às peças que são posteriormente recompostas utilizando pasta de porcelana como aderente. Diferentes elementos ornamentais, como flores, são então adicionados manualmente na peça recomposta. As peças são pintadas à mão e envernizadas. Por fim, são cozidos por cerca de vinte horas e, depois de retirados do forno, são aplicados vários processos de controle de qualidade.
Honras
A empresa recebeu o Prêmio Príncipe Felipe de Excelência Empresarial em três ocasiões, nas edições de 1993, 1997 e 2002.
Cultura
No episódio "Christmas Break" de Will and Grace, Marylin, mãe de Will, tem uma coleção de Lladrós. Ela diz que eles não têm preço, porém Grace quebra o mais precioso delas
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Aos 60 anos, Lladró é tradição e ousadia
Casa de porcelanas faz objetos de desejo
Os guias turísticos não revelam o que há de mais interessante em Valência: a vanguarda e a tradição andando lado a lado na cidade espanhola banhada por águas mediterrâneas. Se a arquitetura anterior a Cristo pode conviver com as audaciosas construções de Santiago Calatrava, que assina a Cidade das Artes e das Ciências, por que uma marca tradicional não poderia ter como consultor criativo um designer irreverente como Jaime Hayon? Ao completar 60 anos, a Lladró é uma representante legítima dos novos tempos e da cidade em que nasceu: mantém intocada a qualidade de suas figuras de porcelana, aquelas que você não consegue ver sem ter uma leve arritmia cardíaca e uma voz dizendo “eu quero” bem dentro dos seus ouvidos.
Apesar de contar com sangue novo em seu quadro fixo, ainda alia a suas famosas peças o toque de designers convidados, uma gente para lá de moderna. Além de Hayon, o estúdio Devilrobots, Tim Biskup, Bodo Sperlein e Committee compõem esse time que imprime o toque contemporâneo ao clássico. Tradição, como se vê, não precisa do acúmulo dos séculos. A fábrica da Lladró, criada pelos irmãos Juan, José e Vicente Lladró em 1953, é chamada pela população local de “cidade da porcelana”. Cerca de 700 pessoas trabalham diretamente nas esculturas, esculpidas e pintadas à mão, com seus minuciosos detalhes e acabamento perfeito.
Mas nem só de figuras humanas vive a grife. As primeiríssimas peças foram os vasos. E, se hoje a Lladró é tão conhecida pelas esculturas, “os utilitários, como jogos de jantar e chá, lustres, vasos e espelhos estão cada vez mais presentes”, conta a porta-voz da marca, Alicia Gonzalez. O que não muda, além da qualidade, é a exclusividade das peças, sempre produzidas em número reduzidíssimo – isso quando não são únicas.
Não por acaso, o madrilenho Jaime Hayon, que vive em Valência, declarou: “A Lladró não é uma marca, é uma cultura”. O criador trouxe seu humor e seu universo de fantasia para as esculturas que, em alguns casos, são um novo olhar sobre peças icônicas. Todas, feitas pelos artistas da casa ou pelos convidados, têm nome e levam a assinatura do artesão que lhe deu forma. The Lover, por exemplo, é a peça que o designer não esconde ser a sua preferida.
No final de 2012, uma nova loja Lladró, desenhada por Hayon, deu à esquina da Madison Avenue com a 52nd Street, em Nova York, um vibrante tom de branco. A presidente da marca, Rosa Lladró, filha de um dos fundadores, deu ao The New York Times a definição mais precisa: “São vários tons de branco. E, longe de ser asséptica, a loja é agradável e calorosa”. Nós, brasileiros, ainda podemos ter esperanças. “Estamos empenhados em aumentar nossa presença nesse belo país”, diz Alicia.25/07/2013
Fonte: Casa Vogue, publicado por Cristina Dantas em 25 de julho de 2013.
2 artistas relacionados
Lladró (Tavernes Blanques, Valência, Espanha, 1953) é uma empresa espanhola focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953, iniciando a produção de vasos. Em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró, Arte em Porcelana
A tradicional marca de porcelanas revolucionou o mundo com técnicas pioneiras. Hoje, o mundo da arte ainda se impressiona com o potencial expressivo desse império espanhol.
Em 1953, a paixão de três irmãos espanhóis, da cidade de Valência, por porcelana deu início a uma das marcas mais icônicas em peças artísticas de luxo. Juan, José e Vicente Lladró são os valencianos idealizadores do império que leva o sobrenome da família, numa mistura única de talento e rigor técnico nos processos de modelagem dessa matéria-prima.
Os objetos produzidos nos primeiros anos foram de clara inspiração rococó. Na década de 1960, o desenvolvimento de novas técnicas deram origem a um brilho inigualável e aos famosos tons pastéis incorporados nas coleções, criando um estilo único e distintivo, que deu fama internacional à marca.
Com o passar do tempo, as criações se tornaram ainda mais complexas e dinâmicas. A cada coleção, surgiam verdadeiras obras de arte escultóricas, seja na porcelana branca mate ou em peças decoradas com cores vivas, mas sempre delineando um conceito singular.
Por sua vez, as colaborações com designers externos ampliaram o universo criativo, elevando a porcelana ao máximo poder. Assim, transformaram a porcelana em verdadeiro objeto de desejo, ganhando reputação mundial e uma trajetória cheia de prêmios e honrarias.
Hoje, a grife possui uma rede internacional de revendas autorizadas em mais de 120 países, além de suas próprias boutiques, localizadas em Nova York, Londres, Moscou, Tóquio, Madrid, Barcelona e Valência. Tudo fabricado na Espanha e com o mesmo processo de criação artesanal. Química, modelagem, escultura, gravura, pintura: a produção passa pelas mãos de especialistas que mantêm a tradição de transformar a porcelana em arte. Da escultura à iluminação, acessórios para casa e joias, a Lladró representa luxo e exclusividade.
Fonte: Ambientes Ceará, publicado em 11 de maio de 2020.
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Nossa História - Lladró
Uma história de paixão pela porcelana
Lladró é a história de sucesso de uma marca espanhola icônica. Líder mundial no design, fabricação e distribuição de criações de arte em porcelana, Lladró é uma mistura única de talento, ousadia e meticulosidade na busca pela excelência.
Da escultura à iluminação, acessórios para a casa e joias, Lladró é uma marca que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
Década de 1950: o início da aventura
Lladró é a história da paixão pela porcelana de três irmãos, Juan, José e Vicente Lladró. Artistas que transformaram a porcelana em um estilo de vida e conseguiram construir um império de negócios com suas próprias mãos.
Em 1953, na sua casa na aldeia de Almàssera, começaram a fazer os seus primeiros pratos, vasos e estatuetas de cerâmica inspirados nas obras dos grandes fabricantes europeus de Meissen, Sèvres e Capodimonte.
É neste período que surgem as modelagens das flores ou o tratamento complexo do tule, exemplos de técnicas virtuosísticas que ainda hoje encontramos em muitas das criações da marca.
No final desta década, Lladró abre a sua primeira loja em Valência.
Década de 1960: A consolidação de um estilo
Fruto de uma constante inquietação artística, é nesta altura que se forja um estilo único e distinto, com linhas alongadas, que torna a obra Lladró mundialmente conhecida. Em uma demonstração de destreza e domínio no manuseio de materiais, as peças tornam-se cada vez mais complexas e dinâmicas, desafiando as leis da gravidade.
Lladró introduziu o método revolucionário de queima única que logo substituiu a tradicional queima tripla. Esse método pioneiro também ajudou a definir outra marca registrada da marca: os tons pastéis característicos de grande parte de sua obra. Nesta década, a Escola de Formação Profissional também foi fundada em sua sede para dotar a empresa de artistas e técnicos qualificados. Em 1965, com pouco mais de uma década para seu crédito, a Lladró ingressou no mercado americano. E em 1969, Lladró abriu sua atual sede em Tavernes Blanques (Valencia).
Década de 1970: reconhecimento
Os anos 70 são anos de atividade febril e maturidade criativa. A qualidade alcançada leva Lladró a empreender trabalhos mais ambiciosos, nascem as primeiras séries limitadas e chega o reconhecimento internacional definitivo.
Após intensa pesquisa, passa a trabalhar com o gres, um novo material que abre todo um mundo de possibilidades expressivas. A resistência particular deste material e seus tons terrosos característicos expandem os recursos criativos dos artistas de Lladró.
Década de 1980: Alcançando novos patamares
Na década de 1980, a busca constante por novas formas de expressão continuou acelerada. O maior controle da porcelana possibilitou criações que mostram um domínio extraordinário da modelagem. Em coleções singulares como Esculturas , Caprichos ou Goyescas , a imaginação dos artistas é levada pela fantasia e pelo prazer da criação.
A Lladró Collectors 'Society foi fundada em 1985. Ao longo de seus 15 anos de existência, já contava com mais de 100.000 colecionadores das porcelanas da marca.
Nesta década, Lladró atinge dois marcos importantes em sua expansão internacional. Em 1986 Lladró desembarcou na Ásia com subsidiárias no Japão e China. E em 1988 abriu seu primeiro museu e galeria na cidade de Nova York, na Quinta Avenida em Manhattan. E o processo de internacionalização continuou de forma constante em mercados emergentes como Rússia, Leste Europeu ou Índia.
Década de 1990: Excelência
Nos anos noventa, Lladró produziu muitas cenas de período altamente complexas, a maioria delas incorporando vívidas composições florais que representam a maior expressão da atenção meticulosa aos detalhes e know-how dos artistas Lladró.
Em 1991, o Museu Hermitage em São Petersburgo abriga uma exposição de esculturas de Lladró, das quais o Coach do século 18 e Dom Quixote farão parte de sua coleção permanente.
Em 1995, a primeira boutique Lladró foi inaugurada em Tóquio, no elegante bairro de Ginza; em 1996 abriu sua primeira loja própria na calle Serrano, a rua exclusiva de Madrid, e em 1997 a butique de Beverly Hills abriu suas portas em Rodeo Drive.
Nesta década Lladró recebe dois prestigiosos prémios: o Prémio Príncipe Felipe de Internacionalização em 1993 e o Prémio Príncipe Felipe de Competitividade em 1997.
Anos 2000: novos caminhos
Lladró eleva o seu potencial expressivo a novos patamares na Alta Porcelana, uma coleção de peças de extraordinária qualidade artística e técnica, destinadas a formar um seleto grupo de obras-primas dentro da produção da marca.
Ao mesmo tempo, Lladró se reinventa com peças escultóricas em porcelana branco fosco ou peças dinâmicas e expressivas decoradas com cores vivas.
Obras dedicadas às tradições e crenças religiosas passam a ter um papel de destaque. Um dos valores da marca desde as suas origens é o seu know-how em abordar com sensibilidade e admiração a espiritualidade das mais diversas culturas, tornando cada peça um desafio e uma fonte de enriquecimento para os seus artistas.
Essa diversidade de produtos é reforçada com a colaboração de designers externos de destaque como Jaime Hayon, Bodo Sperlein e Culdesac, que agregam seu universo pessoal e artístico ao trabalho de Lladró em uma frutífera troca criativa.
Em 2006 e 2009, Lladró inaugurou duas butiques em Moscou, na prestigiosa passagem Petrovsky e no shopping GUM, respectivamente.
Lladró recebeu nesta década o Prémio Príncipe Felipe de Gestão de Marca de Reconhecimento (2002).
Anos 2010: Diversificação
Lladró intensifica sua criatividade em linhas funcionais de iluminação, acessórios para casa e joias, reforçando seu posicionamento como uma marca de porcelana que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
As colaborações também são intensificadas em uma troca criativa frutífera com designers externos renomados, como Paul Smith, Rolito ou Gary Baseman.
Em 2012, a Lladró Boutique em Nova York abre suas portas na 500 Madison Avenue. Em 2017 a empresa é adquirida pelo Grupo Industrial PHI, fundo de investimento espanhol especializado na gestão ativa de empresas.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Mundo Lladró
Processos artesanais únicos
Sem pressa e com o mesmo carinho e atenção dos antigos alquimistas, a porcelana Lladró ainda é feita à mão na Espanha, na única fábrica da empresa no mundo, localizada em Valência.
Da química à modelagem, assim como escultura, gravura, pintura ... uma equipe de artistas e designers especializados mantém vivos os antigos artesanatos e métodos de transformar porcelana em sonhos. Processos artesanais únicos que se aplicam no mais figurativo Lladró, bem como em produtos de iluminação, acessórios para casa e joias.
O chamado "ouro branco" na dinastia Tang chinesa (618-907 dC) é constituído por minerais como caulim, quartzo e feldspato, com os quais Lladró cria até 32 tipos diferentes de porcelanas da mais alta qualidade para seus variados Variedade de produtos.
O processo criativo: inspiração, técnica e paixão
O nascimento de uma porcelana Lladró começa com a ideia original de seu autor. Com as suas mãos e ferramentas tradicionais, o escultor dá forma, em barro ou plasticina, a um esboço baseado na sua inspiração e num laborioso processo de documentação que, no caso das figuras humanas, muitas vezes requer modelação ao vivo.
Uma vez que o esboço foi modelado, o emocionante desenvolvimento artístico do modelo original começa. A equipe técnica deve visualizar e definir os fragmentos em que cada peça será fragmentada para posteriormente reproduzi-la. Existem criações tão complexas que precisam ser divididas em mais de 400 fragmentos.
Esta fragmentação inicial permite a primeira reprodução das diferentes partes em alabastro, um material de grande resistência sobre o qual escultores e ornamentais, com técnicas artesanais de talha e gravura, gravam nos mínimos detalhes os rostos das figuras, elementos arquitetônicos, vegetação ou vestimentas.
Esses fragmentos formarão a base do conjunto de matrizes para a confecção dos moldes matriciais, que serão utilizados para a obtenção dos moldes definitivos. Esse processo artístico cuidadosamente executado, desde o nascimento da ideia até o modelo estar pronto para ser reproduzido em porcelana, pode levar até cinco anos para as criações mais complexas da coleção Alta Porcelana.
O desafio da porcelana: magia, cor e fogo
Para dar vida à peça, seus moldes definitivos são preenchidos com porcelana líquida que endurece lentamente em seu interior. Com muito cuidado, os artistas extraem cuidadosamente as peças deste quebra-cabeça mágico e as recompõem. Os moldes se deterioram com o uso, então de vez em quando é necessário recriá-los a partir de sua matriz original.
Nas peças que incluem flores, um dos elementos característicos de Lladró, artistas especializados confeccionam e fixam as pétalas à mão, uma a uma, garantindo que cada flor é única e irrepetível.
Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça. Com mais de 4.000 cores diferentes, a paleta Lladró está em constante evolução, agregando continuamente novas tonalidades criadas expressamente para algumas peças.
O know-how da Lladró permite à marca oferecer uma grande variedade de técnicas decorativas - cores líquidas, esmaltes, lustres… - bem como diferentes texturas e acabamentos - brilho, mate, cetim…. Os mestres da pintura aplicam as cores com mão firme, delineando delicadamente os menores detalhes.
O teste de fogo
E finalmente, chega o momento chave: a queima no forno. Como dizem os artistas, a porcelana está viva e é no forno onde o sucesso de cada criação será julgado. No forno, a peça sofre temperaturas de até 1.300ºC (2.500ºF) durante um dia inteiro e as verdadeiras cores de Lladró vêm à tona.
Durante o processo, a pasta de porcelana perde água e seu tamanho é reduzido em cerca de 15%. Garantir que essa redução de tamanho seja uniforme, e que a peça não sofra nenhum dano, é um dos maiores milagres que acontece em Lladró. Nas peças mais complexas, utiliza-se um sistema de suporte de porcelana, quase uma façanha da própria engenharia e que sustenta a peça em áreas de difícil equilíbrio. Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça.
Em busca da excelência
Este processo complexo e trabalhoso é o único capaz de garantir o grau de excelência que conquistou o reconhecimento mundial da Lladró. A busca pela perfeição também se estende ao controle de qualidade, onde a escultura acabada passa por diversos testes que atestam que cumpre os elevados padrões exigidos pela marca.
A excelência também é aplicada na embalagem, customizada às características individuais de cada peça, de forma a garantir que chegue ao destino final com segurança e em perfeitas condições.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Lladró - Wikipédia
Lladró é uma empresa espanhola com sede em Tavernes Blanques, em Valência focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953 iniciando a produção de vasos e apenas em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró criou uma linguagem que vai além das palavras, a evolução contínua das suas esculturas fez com que o trabalho Lladró se tornase o melhor representante de porcelana de arte nos meados da década dos anos 20 até os nossos dias.
O trabalho da Lladró é uma expressão de valores universais, intimamente ligado com pessoas reais e seus sentimentos. É uma celebração dos melhores momentos da vida. Inspirado pelo sonhos, fantasias, as tradições, a literatura e a arte, a natureza e a vida diária, sempre há uma história por trás de cada peça feita a mãos pelos mestres da Lladró.
História
A marca Lladró surgiu pela primeira vez em 1953, quando os irmãos Juan, José e Vicente Lladró começaram a fazer as primeiras peças de cerâmica e vidro num forno mourisco construído na casa da sua família em Almácera (Valência). Naquela época, os irmãos Lladró trabalhavam em uma fábrica de azulejos e baixelas . Em 1958 eles mudaram sua empresa para um armazém industrial na cidade de Tabernes Blanques para fazer frente à crescente demanda por suas peças. Posteriormente, a partir da década de 60 a empresa iniciou a sua expansão internacional, o que a tornou uma empresa de referência em cerâmica desdeluxo . Em 1965, a Lladró exportou parte de sua produção para o Canadá e começou a entrar nos Estados Unidos . Durante a década de 1970, houve um aumento significativo dos produtos Lladró no mercado norte-americano. Também em meados da década de 1970, a Lladró começou a vender seus produtos no Japão .
O sucesso internacional levou a empresa a inaugurar a Galeria e Museu Lladró em Nova York em 1988 . O renome adquirido pelas esculturas de Lladró levou a uma seleção delas a ser exibida em 1991 no Museu Hermitage em São Petersburgo . Desde então, duas peças fazem parte do acervo permanente deste museu: «carro alegórico do séc. XVIII» e «Dom Quixote». Em 1992 Lladró estava presente no Valencia pavilhão na Exposição Universal de Sevilha. Em 1995 o Lladró Center foi inaugurado em Madrid .
Em 2003, a família Lladró decidiu dividir a empresa. Os três ramos da família, que dividiam a empresa com 33%, chegaram a um acordo para distribuí-la. Assim, no final de 2003, foi formada uma nova diretoria na qual cada um dos três irmãos fundadores foi representado por dois de seus filhos: Juan Lladró por Rosa e Ángeles Lladró Sala; José Lladró de Mª Carmen e Mª José Lladró Castelló; e Vicente Lladró por Juan Vicente e David Lladró Roig. Em 2007, Juan Lladró assumiu a maior parte do controle da empresa, junto com suas filhas Rosa e Ángeles.
Processo de fabricação das figuras
Todas as peças são feitas nas oficinas de La Ciudad de la Porcelana em Tabernes Blanques.
A peça original é dividida em fragmentos dos quais se obtêm os moldes. Esses moldes são preenchidos com pasta de porcelana líquida, dando origem às peças que são posteriormente recompostas utilizando pasta de porcelana como aderente. Diferentes elementos ornamentais, como flores, são então adicionados manualmente na peça recomposta. As peças são pintadas à mão e envernizadas. Por fim, são cozidos por cerca de vinte horas e, depois de retirados do forno, são aplicados vários processos de controle de qualidade.
Honras
A empresa recebeu o Prêmio Príncipe Felipe de Excelência Empresarial em três ocasiões, nas edições de 1993, 1997 e 2002.
Cultura
No episódio "Christmas Break" de Will and Grace, Marylin, mãe de Will, tem uma coleção de Lladrós. Ela diz que eles não têm preço, porém Grace quebra o mais precioso delas
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Aos 60 anos, Lladró é tradição e ousadia
Casa de porcelanas faz objetos de desejo
Os guias turísticos não revelam o que há de mais interessante em Valência: a vanguarda e a tradição andando lado a lado na cidade espanhola banhada por águas mediterrâneas. Se a arquitetura anterior a Cristo pode conviver com as audaciosas construções de Santiago Calatrava, que assina a Cidade das Artes e das Ciências, por que uma marca tradicional não poderia ter como consultor criativo um designer irreverente como Jaime Hayon? Ao completar 60 anos, a Lladró é uma representante legítima dos novos tempos e da cidade em que nasceu: mantém intocada a qualidade de suas figuras de porcelana, aquelas que você não consegue ver sem ter uma leve arritmia cardíaca e uma voz dizendo “eu quero” bem dentro dos seus ouvidos.
Apesar de contar com sangue novo em seu quadro fixo, ainda alia a suas famosas peças o toque de designers convidados, uma gente para lá de moderna. Além de Hayon, o estúdio Devilrobots, Tim Biskup, Bodo Sperlein e Committee compõem esse time que imprime o toque contemporâneo ao clássico. Tradição, como se vê, não precisa do acúmulo dos séculos. A fábrica da Lladró, criada pelos irmãos Juan, José e Vicente Lladró em 1953, é chamada pela população local de “cidade da porcelana”. Cerca de 700 pessoas trabalham diretamente nas esculturas, esculpidas e pintadas à mão, com seus minuciosos detalhes e acabamento perfeito.
Mas nem só de figuras humanas vive a grife. As primeiríssimas peças foram os vasos. E, se hoje a Lladró é tão conhecida pelas esculturas, “os utilitários, como jogos de jantar e chá, lustres, vasos e espelhos estão cada vez mais presentes”, conta a porta-voz da marca, Alicia Gonzalez. O que não muda, além da qualidade, é a exclusividade das peças, sempre produzidas em número reduzidíssimo – isso quando não são únicas.
Não por acaso, o madrilenho Jaime Hayon, que vive em Valência, declarou: “A Lladró não é uma marca, é uma cultura”. O criador trouxe seu humor e seu universo de fantasia para as esculturas que, em alguns casos, são um novo olhar sobre peças icônicas. Todas, feitas pelos artistas da casa ou pelos convidados, têm nome e levam a assinatura do artesão que lhe deu forma. The Lover, por exemplo, é a peça que o designer não esconde ser a sua preferida.
No final de 2012, uma nova loja Lladró, desenhada por Hayon, deu à esquina da Madison Avenue com a 52nd Street, em Nova York, um vibrante tom de branco. A presidente da marca, Rosa Lladró, filha de um dos fundadores, deu ao The New York Times a definição mais precisa: “São vários tons de branco. E, longe de ser asséptica, a loja é agradável e calorosa”. Nós, brasileiros, ainda podemos ter esperanças. “Estamos empenhados em aumentar nossa presença nesse belo país”, diz Alicia.25/07/2013
Fonte: Casa Vogue, publicado por Cristina Dantas em 25 de julho de 2013.
Lladró (Tavernes Blanques, Valência, Espanha, 1953) é uma empresa espanhola focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953, iniciando a produção de vasos. Em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró, Arte em Porcelana
A tradicional marca de porcelanas revolucionou o mundo com técnicas pioneiras. Hoje, o mundo da arte ainda se impressiona com o potencial expressivo desse império espanhol.
Em 1953, a paixão de três irmãos espanhóis, da cidade de Valência, por porcelana deu início a uma das marcas mais icônicas em peças artísticas de luxo. Juan, José e Vicente Lladró são os valencianos idealizadores do império que leva o sobrenome da família, numa mistura única de talento e rigor técnico nos processos de modelagem dessa matéria-prima.
Os objetos produzidos nos primeiros anos foram de clara inspiração rococó. Na década de 1960, o desenvolvimento de novas técnicas deram origem a um brilho inigualável e aos famosos tons pastéis incorporados nas coleções, criando um estilo único e distintivo, que deu fama internacional à marca.
Com o passar do tempo, as criações se tornaram ainda mais complexas e dinâmicas. A cada coleção, surgiam verdadeiras obras de arte escultóricas, seja na porcelana branca mate ou em peças decoradas com cores vivas, mas sempre delineando um conceito singular.
Por sua vez, as colaborações com designers externos ampliaram o universo criativo, elevando a porcelana ao máximo poder. Assim, transformaram a porcelana em verdadeiro objeto de desejo, ganhando reputação mundial e uma trajetória cheia de prêmios e honrarias.
Hoje, a grife possui uma rede internacional de revendas autorizadas em mais de 120 países, além de suas próprias boutiques, localizadas em Nova York, Londres, Moscou, Tóquio, Madrid, Barcelona e Valência. Tudo fabricado na Espanha e com o mesmo processo de criação artesanal. Química, modelagem, escultura, gravura, pintura: a produção passa pelas mãos de especialistas que mantêm a tradição de transformar a porcelana em arte. Da escultura à iluminação, acessórios para casa e joias, a Lladró representa luxo e exclusividade.
Fonte: Ambientes Ceará, publicado em 11 de maio de 2020.
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Nossa História - Lladró
Uma história de paixão pela porcelana
Lladró é a história de sucesso de uma marca espanhola icônica. Líder mundial no design, fabricação e distribuição de criações de arte em porcelana, Lladró é uma mistura única de talento, ousadia e meticulosidade na busca pela excelência.
Da escultura à iluminação, acessórios para a casa e joias, Lladró é uma marca que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
Década de 1950: o início da aventura
Lladró é a história da paixão pela porcelana de três irmãos, Juan, José e Vicente Lladró. Artistas que transformaram a porcelana em um estilo de vida e conseguiram construir um império de negócios com suas próprias mãos.
Em 1953, na sua casa na aldeia de Almàssera, começaram a fazer os seus primeiros pratos, vasos e estatuetas de cerâmica inspirados nas obras dos grandes fabricantes europeus de Meissen, Sèvres e Capodimonte.
É neste período que surgem as modelagens das flores ou o tratamento complexo do tule, exemplos de técnicas virtuosísticas que ainda hoje encontramos em muitas das criações da marca.
No final desta década, Lladró abre a sua primeira loja em Valência.
Década de 1960: A consolidação de um estilo
Fruto de uma constante inquietação artística, é nesta altura que se forja um estilo único e distinto, com linhas alongadas, que torna a obra Lladró mundialmente conhecida. Em uma demonstração de destreza e domínio no manuseio de materiais, as peças tornam-se cada vez mais complexas e dinâmicas, desafiando as leis da gravidade.
Lladró introduziu o método revolucionário de queima única que logo substituiu a tradicional queima tripla. Esse método pioneiro também ajudou a definir outra marca registrada da marca: os tons pastéis característicos de grande parte de sua obra. Nesta década, a Escola de Formação Profissional também foi fundada em sua sede para dotar a empresa de artistas e técnicos qualificados. Em 1965, com pouco mais de uma década para seu crédito, a Lladró ingressou no mercado americano. E em 1969, Lladró abriu sua atual sede em Tavernes Blanques (Valencia).
Década de 1970: reconhecimento
Os anos 70 são anos de atividade febril e maturidade criativa. A qualidade alcançada leva Lladró a empreender trabalhos mais ambiciosos, nascem as primeiras séries limitadas e chega o reconhecimento internacional definitivo.
Após intensa pesquisa, passa a trabalhar com o gres, um novo material que abre todo um mundo de possibilidades expressivas. A resistência particular deste material e seus tons terrosos característicos expandem os recursos criativos dos artistas de Lladró.
Década de 1980: Alcançando novos patamares
Na década de 1980, a busca constante por novas formas de expressão continuou acelerada. O maior controle da porcelana possibilitou criações que mostram um domínio extraordinário da modelagem. Em coleções singulares como Esculturas , Caprichos ou Goyescas , a imaginação dos artistas é levada pela fantasia e pelo prazer da criação.
A Lladró Collectors 'Society foi fundada em 1985. Ao longo de seus 15 anos de existência, já contava com mais de 100.000 colecionadores das porcelanas da marca.
Nesta década, Lladró atinge dois marcos importantes em sua expansão internacional. Em 1986 Lladró desembarcou na Ásia com subsidiárias no Japão e China. E em 1988 abriu seu primeiro museu e galeria na cidade de Nova York, na Quinta Avenida em Manhattan. E o processo de internacionalização continuou de forma constante em mercados emergentes como Rússia, Leste Europeu ou Índia.
Década de 1990: Excelência
Nos anos noventa, Lladró produziu muitas cenas de período altamente complexas, a maioria delas incorporando vívidas composições florais que representam a maior expressão da atenção meticulosa aos detalhes e know-how dos artistas Lladró.
Em 1991, o Museu Hermitage em São Petersburgo abriga uma exposição de esculturas de Lladró, das quais o Coach do século 18 e Dom Quixote farão parte de sua coleção permanente.
Em 1995, a primeira boutique Lladró foi inaugurada em Tóquio, no elegante bairro de Ginza; em 1996 abriu sua primeira loja própria na calle Serrano, a rua exclusiva de Madrid, e em 1997 a butique de Beverly Hills abriu suas portas em Rodeo Drive.
Nesta década Lladró recebe dois prestigiosos prémios: o Prémio Príncipe Felipe de Internacionalização em 1993 e o Prémio Príncipe Felipe de Competitividade em 1997.
Anos 2000: novos caminhos
Lladró eleva o seu potencial expressivo a novos patamares na Alta Porcelana, uma coleção de peças de extraordinária qualidade artística e técnica, destinadas a formar um seleto grupo de obras-primas dentro da produção da marca.
Ao mesmo tempo, Lladró se reinventa com peças escultóricas em porcelana branco fosco ou peças dinâmicas e expressivas decoradas com cores vivas.
Obras dedicadas às tradições e crenças religiosas passam a ter um papel de destaque. Um dos valores da marca desde as suas origens é o seu know-how em abordar com sensibilidade e admiração a espiritualidade das mais diversas culturas, tornando cada peça um desafio e uma fonte de enriquecimento para os seus artistas.
Essa diversidade de produtos é reforçada com a colaboração de designers externos de destaque como Jaime Hayon, Bodo Sperlein e Culdesac, que agregam seu universo pessoal e artístico ao trabalho de Lladró em uma frutífera troca criativa.
Em 2006 e 2009, Lladró inaugurou duas butiques em Moscou, na prestigiosa passagem Petrovsky e no shopping GUM, respectivamente.
Lladró recebeu nesta década o Prémio Príncipe Felipe de Gestão de Marca de Reconhecimento (2002).
Anos 2010: Diversificação
Lladró intensifica sua criatividade em linhas funcionais de iluminação, acessórios para casa e joias, reforçando seu posicionamento como uma marca de porcelana que representa um estilo de vida contemporâneo, elegante e exclusivo.
As colaborações também são intensificadas em uma troca criativa frutífera com designers externos renomados, como Paul Smith, Rolito ou Gary Baseman.
Em 2012, a Lladró Boutique em Nova York abre suas portas na 500 Madison Avenue. Em 2017 a empresa é adquirida pelo Grupo Industrial PHI, fundo de investimento espanhol especializado na gestão ativa de empresas.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Mundo Lladró
Processos artesanais únicos
Sem pressa e com o mesmo carinho e atenção dos antigos alquimistas, a porcelana Lladró ainda é feita à mão na Espanha, na única fábrica da empresa no mundo, localizada em Valência.
Da química à modelagem, assim como escultura, gravura, pintura ... uma equipe de artistas e designers especializados mantém vivos os antigos artesanatos e métodos de transformar porcelana em sonhos. Processos artesanais únicos que se aplicam no mais figurativo Lladró, bem como em produtos de iluminação, acessórios para casa e joias.
O chamado "ouro branco" na dinastia Tang chinesa (618-907 dC) é constituído por minerais como caulim, quartzo e feldspato, com os quais Lladró cria até 32 tipos diferentes de porcelanas da mais alta qualidade para seus variados Variedade de produtos.
O processo criativo: inspiração, técnica e paixão
O nascimento de uma porcelana Lladró começa com a ideia original de seu autor. Com as suas mãos e ferramentas tradicionais, o escultor dá forma, em barro ou plasticina, a um esboço baseado na sua inspiração e num laborioso processo de documentação que, no caso das figuras humanas, muitas vezes requer modelação ao vivo.
Uma vez que o esboço foi modelado, o emocionante desenvolvimento artístico do modelo original começa. A equipe técnica deve visualizar e definir os fragmentos em que cada peça será fragmentada para posteriormente reproduzi-la. Existem criações tão complexas que precisam ser divididas em mais de 400 fragmentos.
Esta fragmentação inicial permite a primeira reprodução das diferentes partes em alabastro, um material de grande resistência sobre o qual escultores e ornamentais, com técnicas artesanais de talha e gravura, gravam nos mínimos detalhes os rostos das figuras, elementos arquitetônicos, vegetação ou vestimentas.
Esses fragmentos formarão a base do conjunto de matrizes para a confecção dos moldes matriciais, que serão utilizados para a obtenção dos moldes definitivos. Esse processo artístico cuidadosamente executado, desde o nascimento da ideia até o modelo estar pronto para ser reproduzido em porcelana, pode levar até cinco anos para as criações mais complexas da coleção Alta Porcelana.
O desafio da porcelana: magia, cor e fogo
Para dar vida à peça, seus moldes definitivos são preenchidos com porcelana líquida que endurece lentamente em seu interior. Com muito cuidado, os artistas extraem cuidadosamente as peças deste quebra-cabeça mágico e as recompõem. Os moldes se deterioram com o uso, então de vez em quando é necessário recriá-los a partir de sua matriz original.
Nas peças que incluem flores, um dos elementos característicos de Lladró, artistas especializados confeccionam e fixam as pétalas à mão, uma a uma, garantindo que cada flor é única e irrepetível.
Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça. Com mais de 4.000 cores diferentes, a paleta Lladró está em constante evolução, agregando continuamente novas tonalidades criadas expressamente para algumas peças.
O know-how da Lladró permite à marca oferecer uma grande variedade de técnicas decorativas - cores líquidas, esmaltes, lustres… - bem como diferentes texturas e acabamentos - brilho, mate, cetim…. Os mestres da pintura aplicam as cores com mão firme, delineando delicadamente os menores detalhes.
O teste de fogo
E finalmente, chega o momento chave: a queima no forno. Como dizem os artistas, a porcelana está viva e é no forno onde o sucesso de cada criação será julgado. No forno, a peça sofre temperaturas de até 1.300ºC (2.500ºF) durante um dia inteiro e as verdadeiras cores de Lladró vêm à tona.
Durante o processo, a pasta de porcelana perde água e seu tamanho é reduzido em cerca de 15%. Garantir que essa redução de tamanho seja uniforme, e que a peça não sofra nenhum dano, é um dos maiores milagres que acontece em Lladró. Nas peças mais complexas, utiliza-se um sistema de suporte de porcelana, quase uma façanha da própria engenharia e que sustenta a peça em áreas de difícil equilíbrio. Outro momento fundamental nesta fase criativa é a decoração da peça.
Em busca da excelência
Este processo complexo e trabalhoso é o único capaz de garantir o grau de excelência que conquistou o reconhecimento mundial da Lladró. A busca pela perfeição também se estende ao controle de qualidade, onde a escultura acabada passa por diversos testes que atestam que cumpre os elevados padrões exigidos pela marca.
A excelência também é aplicada na embalagem, customizada às características individuais de cada peça, de forma a garantir que chegue ao destino final com segurança e em perfeitas condições.
Fonte: Site oficial Lladró, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Lladró - Wikipédia
Lladró é uma empresa espanhola com sede em Tavernes Blanques, em Valência focada na produção de esculturas de porcelana de alta qualidade. Foi fundada por três irmãos: Juan, José e Vicente Lladró em 1953 iniciando a produção de vasos e apenas em 1956 começa a produção de esculturas.
Lladró criou uma linguagem que vai além das palavras, a evolução contínua das suas esculturas fez com que o trabalho Lladró se tornase o melhor representante de porcelana de arte nos meados da década dos anos 20 até os nossos dias.
O trabalho da Lladró é uma expressão de valores universais, intimamente ligado com pessoas reais e seus sentimentos. É uma celebração dos melhores momentos da vida. Inspirado pelo sonhos, fantasias, as tradições, a literatura e a arte, a natureza e a vida diária, sempre há uma história por trás de cada peça feita a mãos pelos mestres da Lladró.
História
A marca Lladró surgiu pela primeira vez em 1953, quando os irmãos Juan, José e Vicente Lladró começaram a fazer as primeiras peças de cerâmica e vidro num forno mourisco construído na casa da sua família em Almácera (Valência). Naquela época, os irmãos Lladró trabalhavam em uma fábrica de azulejos e baixelas . Em 1958 eles mudaram sua empresa para um armazém industrial na cidade de Tabernes Blanques para fazer frente à crescente demanda por suas peças. Posteriormente, a partir da década de 60 a empresa iniciou a sua expansão internacional, o que a tornou uma empresa de referência em cerâmica desdeluxo . Em 1965, a Lladró exportou parte de sua produção para o Canadá e começou a entrar nos Estados Unidos . Durante a década de 1970, houve um aumento significativo dos produtos Lladró no mercado norte-americano. Também em meados da década de 1970, a Lladró começou a vender seus produtos no Japão .
O sucesso internacional levou a empresa a inaugurar a Galeria e Museu Lladró em Nova York em 1988 . O renome adquirido pelas esculturas de Lladró levou a uma seleção delas a ser exibida em 1991 no Museu Hermitage em São Petersburgo . Desde então, duas peças fazem parte do acervo permanente deste museu: «carro alegórico do séc. XVIII» e «Dom Quixote». Em 1992 Lladró estava presente no Valencia pavilhão na Exposição Universal de Sevilha. Em 1995 o Lladró Center foi inaugurado em Madrid .
Em 2003, a família Lladró decidiu dividir a empresa. Os três ramos da família, que dividiam a empresa com 33%, chegaram a um acordo para distribuí-la. Assim, no final de 2003, foi formada uma nova diretoria na qual cada um dos três irmãos fundadores foi representado por dois de seus filhos: Juan Lladró por Rosa e Ángeles Lladró Sala; José Lladró de Mª Carmen e Mª José Lladró Castelló; e Vicente Lladró por Juan Vicente e David Lladró Roig. Em 2007, Juan Lladró assumiu a maior parte do controle da empresa, junto com suas filhas Rosa e Ángeles.
Processo de fabricação das figuras
Todas as peças são feitas nas oficinas de La Ciudad de la Porcelana em Tabernes Blanques.
A peça original é dividida em fragmentos dos quais se obtêm os moldes. Esses moldes são preenchidos com pasta de porcelana líquida, dando origem às peças que são posteriormente recompostas utilizando pasta de porcelana como aderente. Diferentes elementos ornamentais, como flores, são então adicionados manualmente na peça recomposta. As peças são pintadas à mão e envernizadas. Por fim, são cozidos por cerca de vinte horas e, depois de retirados do forno, são aplicados vários processos de controle de qualidade.
Honras
A empresa recebeu o Prêmio Príncipe Felipe de Excelência Empresarial em três ocasiões, nas edições de 1993, 1997 e 2002.
Cultura
No episódio "Christmas Break" de Will and Grace, Marylin, mãe de Will, tem uma coleção de Lladrós. Ela diz que eles não têm preço, porém Grace quebra o mais precioso delas
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 21 de janeiro de 2021.
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Aos 60 anos, Lladró é tradição e ousadia
Casa de porcelanas faz objetos de desejo
Os guias turísticos não revelam o que há de mais interessante em Valência: a vanguarda e a tradição andando lado a lado na cidade espanhola banhada por águas mediterrâneas. Se a arquitetura anterior a Cristo pode conviver com as audaciosas construções de Santiago Calatrava, que assina a Cidade das Artes e das Ciências, por que uma marca tradicional não poderia ter como consultor criativo um designer irreverente como Jaime Hayon? Ao completar 60 anos, a Lladró é uma representante legítima dos novos tempos e da cidade em que nasceu: mantém intocada a qualidade de suas figuras de porcelana, aquelas que você não consegue ver sem ter uma leve arritmia cardíaca e uma voz dizendo “eu quero” bem dentro dos seus ouvidos.
Apesar de contar com sangue novo em seu quadro fixo, ainda alia a suas famosas peças o toque de designers convidados, uma gente para lá de moderna. Além de Hayon, o estúdio Devilrobots, Tim Biskup, Bodo Sperlein e Committee compõem esse time que imprime o toque contemporâneo ao clássico. Tradição, como se vê, não precisa do acúmulo dos séculos. A fábrica da Lladró, criada pelos irmãos Juan, José e Vicente Lladró em 1953, é chamada pela população local de “cidade da porcelana”. Cerca de 700 pessoas trabalham diretamente nas esculturas, esculpidas e pintadas à mão, com seus minuciosos detalhes e acabamento perfeito.
Mas nem só de figuras humanas vive a grife. As primeiríssimas peças foram os vasos. E, se hoje a Lladró é tão conhecida pelas esculturas, “os utilitários, como jogos de jantar e chá, lustres, vasos e espelhos estão cada vez mais presentes”, conta a porta-voz da marca, Alicia Gonzalez. O que não muda, além da qualidade, é a exclusividade das peças, sempre produzidas em número reduzidíssimo – isso quando não são únicas.
Não por acaso, o madrilenho Jaime Hayon, que vive em Valência, declarou: “A Lladró não é uma marca, é uma cultura”. O criador trouxe seu humor e seu universo de fantasia para as esculturas que, em alguns casos, são um novo olhar sobre peças icônicas. Todas, feitas pelos artistas da casa ou pelos convidados, têm nome e levam a assinatura do artesão que lhe deu forma. The Lover, por exemplo, é a peça que o designer não esconde ser a sua preferida.
No final de 2012, uma nova loja Lladró, desenhada por Hayon, deu à esquina da Madison Avenue com a 52nd Street, em Nova York, um vibrante tom de branco. A presidente da marca, Rosa Lladró, filha de um dos fundadores, deu ao The New York Times a definição mais precisa: “São vários tons de branco. E, longe de ser asséptica, a loja é agradável e calorosa”. Nós, brasileiros, ainda podemos ter esperanças. “Estamos empenhados em aumentar nossa presença nesse belo país”, diz Alicia.25/07/2013
Fonte: Casa Vogue, publicado por Cristina Dantas em 25 de julho de 2013.