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Mauro Ferreira

Mauro Lúcio Ferreira (Minas Gerais, Belo Horizonte, 3 de setembro de 1958 — Idem, 8 de novembro de 2021), mais conhecido como Mauro Ferreira, foi um artista plástico brasileiro. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele é reconhecido por sua contribuição significativa para a arte contemporânea brasileira. Ferreira desenvolveu um estilo único e vibrante, frequentemente incorporando elementos da cultura brasileira e explorando uma variedade de técnicas artísticas. Suas obras foram exibidas em galerias e museus nacionais e internacionais, recebendo reconhecimento por sua originalidade e expressividade. Ferreira deixou um legado duradouro no mundo da arte, influenciando e inspirando artistas e apreciadores de sua arte.

Biografia Mauro Ferreira | Arremate Arte

Mauro Lúcio Ferreira, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1958, é um renomado pintor paisagista brasileiro, conhecido por suas representações detalhadas e vibrantes das paisagens do Brasil. Desde jovem, Mauro Lúcio demonstrou um talento notável para a arte, especialmente na pintura de paisagens que capturam a beleza natural do país.

Seu trabalho é profundamente influenciado pela diversidade dos ecossistemas brasileiros, que incluem a Floresta Amazônica, o Pantanal, a Mata Atlântica, o Cerrado, os Pampas e a Caatinga, além de um litoral diversificado.

Mauro Ferreira, influenciado por artistas como Batista da Costa e Edgar Walter, desenvolveu uma técnica apurada, combinando desenho coerente e colorido harmonioso, o que lhe garantiu reconhecimento tanto de críticos quanto de colecionadores.

Ferreira começou a participar da Feira de Artes de Belo Horizonte aos 21 anos, onde rapidamente chamou a atenção de galeristas e críticos de arte. Sua pintura é caracterizada por um realismo que remete a escolas europeias, mas com uma identidade genuinamente brasileira.

Suas obras frequentemente retratam montanhas, rios, estradas e praias, capturando a essência das paisagens rurais e naturais do Brasil. Através de uma abordagem realista e técnica sofisticada, Mauro Lúcio Ferreira consegue se destacar no panorama artístico, sendo apreciado por sua capacidade de evocar a beleza natural e a diversidade do Brasil em suas telas.

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Mauro Ferreira | Blog José Rosário

Um dos pontos fortes da paisagem brasileira continua sendo mesmo a variedade. Diversidade que se manifesta não apenas no relevo e na vegetação, mas principalmente na incrível variedade de ecossistemas que existem por aqui. Afinal, não é todo país que tem o privilégio de abrigar em seu território, ecossistemas tão ricos como a floresta amazônica, pantanal, mata atlântica, cerrado, pampas e caatingas. Além é claro de um imenso litoral, bastante diversificado em sua estrutura. Utilizar desses recursos e criar uma linguagem pictórica que represente a cara do país é um dos desafios constantes de muitos artistas que por aqui produzem suas obras. Mauro Ferreira faz parte desse time.

A paisagem foi a primeira manifestação artística realizada em nossa terra, quando por aqui esteve Franz Post, pouco mais de cem anos depois de o país ser descoberto. Com a vinda da Família Real e a chegada da Missão Francesa, avançou-se bastante, na busca de conseguir uma técnica que tivesse a linguagem do país. Durante todo o século XIX essa procura se fez incessante, e mais ao final dele, grupos como os liderados pelos Irmãos Grimm, ascenderam um pouco mais o nível de nossos pintores paisagistas, produzindo nomes tão importantes quanto Batista da Costa, Antônio Parreiras e tantos outros.

É exatamente de Batista da Costa, que Mauro Ferreira guarda uma influência difícil de ser desmembrada. Pelo colorido, pela temática e acima de tudo, pela identidade com uma paisagem genuinamente brasileira, ainda que seus coloridos e efeitos nos remetam às escolas européias. Aluno de Edgar Walter, foi certamente com ele que nutriu esse gosto por representar nossas montanhas, nossos rios, estradas e praias. Que pode estar em Minas, no Rio ou onde o seu desejo de caminhante possa lhe permitir estar. Com uma técnica apurada, desenho coerente e colorido harmonioso, faz de sua arte, ainda que realista, um convite para se apreciar e excitar críticos e admiradores de tempos atuais. Poucos artistas conseguem tanta unanimidade.

Mauro Ferreira nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1958. Foi o gosto pelos trabalhos de épocas anteriores, sempre referenciados nas figuras de mestres passados, que nunca lhe fez perder o contato com a arte. O aprendizado se formou com o auxílio de livros de arte, principalmente. Com 21 anos de idade começou a participar da Feira de Artes de Belo Horizonte, quando essa ainda se dava na Praça da Liberdade. Logo foi descoberto por galeristas e rapidamente teve seus trabalhos reconhecidos, não só a nível de críticos, mas também de colecionadores e leigos.

Como afirmou Cláudio Valério Teixeira: “Mauro Ferreira é daqueles artistas que se isolam no tempo. Muitos dizem que sua pintura já foi realizada, que pertence à outra época, e que por isso não espelha o mundo atual. Mas depois que a arte passou por tantas experiências, quando hoje a visualidade conjuga diversos sentidos e todos os caminhos formais, mais do que nunca é necessário estar aberto para todas as vertentes que a pintura possa nos surpreender, e esse é o caso de Mauro Ferreira, na impossibilidade de ficarmos alheios diante de suas obras”.

Continuará, certamente, na representação das cenas que mais identifiquem a nacionalidade de nossa paisagem. E que continuem assim, impecáveis como sempre foram.

Fonte: Blog José Rosário. Consultado pela última vez em 20 de março de 2024.

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Palavras Iniciais

Quando fui convidado, em setembro passado, a organizar em abril de 2008 uma exposição do artista plástico Mauro Ferreira no tradicional museu Antônio Parreiras, percebi de imediato alguns indicativos históricos envolvendo o evento. Afinal seria não só a presença de um excelente paisagista, que é o Mauro, em um “espaço cultural” tão comprometido com o tema da paisagem, como é o Museu Antônio Parreiras, mas também uma comprovação pela qualidade daquilo que o artista fez, de que o mais antigo “tema” na arte plástica brasileira, que é exatamente a paisagem, aqui chegada em 1637 com os trabalhos de Franz Post, continua presente hoje depois de 361 anos de história da arte em nosso país.

Além disso, pensei na ocasião, a exposição já então denominada de “MAURO FERREIRA NO MUSEU ANTÔNIO PARREIRAS – UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM BRASILEIRA” aconteceria precisamente quando o Brasil estivesse festejando os 200 anos da chagada da “Família Imperial” na então Colônia Brasileira, que trouxe com ela um enriquecimento da nossa arte, seja pela vinda da “Missão Artística Francesa”, com vários paisagistas que aqui vieram, dentre outras finalidades, para sistematizar o ensino da arte, seja pela “Abertura dos Portos Brasileiros as Nações Amigas”, que viabilizou a entrada de artistas de varias nacionalidades no país, que hoje chamamos de “pintores viajantes” e que pintaram, sobretudo, nossas paisagens.

Na verdade essas duas providências embasaram o surgimento no Brasil, ainda nos “Oitocentos”, de dezenas de artistas brasileiros clássicos e alguns já impressionistas, seja no Império seja na República e, se não todos, quase todos, com trabalhos paisagísticos excelentes, bastando citar, como comprovação, o Grupo Grimm, do qual o próprio Parreiras fazia parte com brilhantismo.

Portanto, seja qual for a tendência da arte atual ou futura, tentar esquecer esse rico passado não recomenda quem eventualmente tenta fazê-lo, cabendo, pelo contrário, cultuá-lo para que o presente tenha futuro, o que o Museu Antônio Parreiras faz ao exibir trabalhos do Mauro Ferreira, paisagista de hoje que não desmerece seus mestres de ontem.

Enfim, o tema da atual exposição é tão historicamente rico, que para o sucesso dela solicitei a museóloga Lucienne Figueiredo dos Santos, Diretora do Museu Antônio Parreiras, que preparasse uma matéria sobre o envolvimento desse espaço cultural com a paisagem, e ao conceituado e respeitado crítico de arte, artista plástico e restaurador, Cláudio Valério Teixeira, que fizesse a “Apresentação do Artista”, o que passa, uma coisa e outra, a ser mostrada nos textos a seguir, precedidos, porém, do reconhecimento e agradecimento, ao Governo do Estado do Rio de Janeiro que, através de sua Secretaria de Cultura e órgãos subordinados, tornou possível, “UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM BRASILEIRA”. Obrigado a todos!

— Ronaldo Cevidanes, curador da exposição.

APRESENTAÇÃO

A pintura de Mauro Ferreira guarda uma grande influência de Batista da Costa. O artista pratica uma espécie de arqueologia da arte - mesmo não sendo de tempos tão remotos - ao mergulhar em nossa mais importante tradição paisagística, trazendo de lá segredos e fazeres que se perderam com o tempo.

A arte de Mauro Ferreira não é sujeita a teorias, às vezes tão exóticas em nossos dias. É uma pintura para o olhar, simplesmente para ser vista e se deixar levar por suas cenas rurais, seus caminhos rústicos, seus grotões das Minas Gerais e seus remansos de rios.

O interesse de sua pintura com certeza se dá por este olhar para o passado, pela paisagem ainda realista que, mesmo depois de todas as revoluções estéticas, ainda consegue ter um imenso poder de comunicação.

Discípulo do pintor Edgar Walter, com certeza veio através dele este verdadeiro fascínio que nutre pela paisagem, por este desejo de traduzir a natureza em suas horas variadas, com sua luz, com suas formas e a temática quase sempre rural, como a procurar um universo perdido, estético e natural.

Muitos podem dizer que sua pintura já foi realizada, que pertence à outra época e que por isso não espelha o mundo atual. Mas depois que a arte passou por tantas experiências, quando hoje a visualidade conjuga diversos sentidos e todos os caminhos formais, mais do que nunca é necessário estar aberto para todas as vertentes em que a pintura possa nos surpreender, e este é o caso de Mauro Ferreira, na impossibilidade de ficarmos alheios diante de suas obras.

Baseado em um desenho correto e um colorido sofisticado, Mauro Ferreira é daqueles artistas que se isolam no tempo, afastado da verdadeira corrida formal em que se transformou a arte em nossos dias. Dotado de uma verdadeira personalidade de paisagista, mostra em suas obras que a natureza, mesmo em seu viés realista, ainda é capaz de excitar artistas e público.

Cláudio Valério Teixeira
Membro da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA)
Membro da Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA)
Membro do Conselho Internacional de Museus (ICOM)

Fonte: Blog Um Olhar sobre a Paisagem. Consultado pela última vez em 22 de maio de 2024.

Crédito fotográfico: Blog José Rosário. Consultado pela última vez em 22 de maio de 2024.

Mauro Lúcio Ferreira (Minas Gerais, Belo Horizonte, 3 de setembro de 1958 — Idem, 8 de novembro de 2021), mais conhecido como Mauro Ferreira, foi um artista plástico brasileiro. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele é reconhecido por sua contribuição significativa para a arte contemporânea brasileira. Ferreira desenvolveu um estilo único e vibrante, frequentemente incorporando elementos da cultura brasileira e explorando uma variedade de técnicas artísticas. Suas obras foram exibidas em galerias e museus nacionais e internacionais, recebendo reconhecimento por sua originalidade e expressividade. Ferreira deixou um legado duradouro no mundo da arte, influenciando e inspirando artistas e apreciadores de sua arte.

Mauro Ferreira

Mauro Lúcio Ferreira (Minas Gerais, Belo Horizonte, 3 de setembro de 1958 — Idem, 8 de novembro de 2021), mais conhecido como Mauro Ferreira, foi um artista plástico brasileiro. Nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, ele é reconhecido por sua contribuição significativa para a arte contemporânea brasileira. Ferreira desenvolveu um estilo único e vibrante, frequentemente incorporando elementos da cultura brasileira e explorando uma variedade de técnicas artísticas. Suas obras foram exibidas em galerias e museus nacionais e internacionais, recebendo reconhecimento por sua originalidade e expressividade. Ferreira deixou um legado duradouro no mundo da arte, influenciando e inspirando artistas e apreciadores de sua arte.

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Pintura em OST de Mauro Lúcio Ferreira | 2021

Biografia Mauro Ferreira | Arremate Arte

Mauro Lúcio Ferreira, nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1958, é um renomado pintor paisagista brasileiro, conhecido por suas representações detalhadas e vibrantes das paisagens do Brasil. Desde jovem, Mauro Lúcio demonstrou um talento notável para a arte, especialmente na pintura de paisagens que capturam a beleza natural do país.

Seu trabalho é profundamente influenciado pela diversidade dos ecossistemas brasileiros, que incluem a Floresta Amazônica, o Pantanal, a Mata Atlântica, o Cerrado, os Pampas e a Caatinga, além de um litoral diversificado.

Mauro Ferreira, influenciado por artistas como Batista da Costa e Edgar Walter, desenvolveu uma técnica apurada, combinando desenho coerente e colorido harmonioso, o que lhe garantiu reconhecimento tanto de críticos quanto de colecionadores.

Ferreira começou a participar da Feira de Artes de Belo Horizonte aos 21 anos, onde rapidamente chamou a atenção de galeristas e críticos de arte. Sua pintura é caracterizada por um realismo que remete a escolas europeias, mas com uma identidade genuinamente brasileira.

Suas obras frequentemente retratam montanhas, rios, estradas e praias, capturando a essência das paisagens rurais e naturais do Brasil. Através de uma abordagem realista e técnica sofisticada, Mauro Lúcio Ferreira consegue se destacar no panorama artístico, sendo apreciado por sua capacidade de evocar a beleza natural e a diversidade do Brasil em suas telas.

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Mauro Ferreira | Blog José Rosário

Um dos pontos fortes da paisagem brasileira continua sendo mesmo a variedade. Diversidade que se manifesta não apenas no relevo e na vegetação, mas principalmente na incrível variedade de ecossistemas que existem por aqui. Afinal, não é todo país que tem o privilégio de abrigar em seu território, ecossistemas tão ricos como a floresta amazônica, pantanal, mata atlântica, cerrado, pampas e caatingas. Além é claro de um imenso litoral, bastante diversificado em sua estrutura. Utilizar desses recursos e criar uma linguagem pictórica que represente a cara do país é um dos desafios constantes de muitos artistas que por aqui produzem suas obras. Mauro Ferreira faz parte desse time.

A paisagem foi a primeira manifestação artística realizada em nossa terra, quando por aqui esteve Franz Post, pouco mais de cem anos depois de o país ser descoberto. Com a vinda da Família Real e a chegada da Missão Francesa, avançou-se bastante, na busca de conseguir uma técnica que tivesse a linguagem do país. Durante todo o século XIX essa procura se fez incessante, e mais ao final dele, grupos como os liderados pelos Irmãos Grimm, ascenderam um pouco mais o nível de nossos pintores paisagistas, produzindo nomes tão importantes quanto Batista da Costa, Antônio Parreiras e tantos outros.

É exatamente de Batista da Costa, que Mauro Ferreira guarda uma influência difícil de ser desmembrada. Pelo colorido, pela temática e acima de tudo, pela identidade com uma paisagem genuinamente brasileira, ainda que seus coloridos e efeitos nos remetam às escolas européias. Aluno de Edgar Walter, foi certamente com ele que nutriu esse gosto por representar nossas montanhas, nossos rios, estradas e praias. Que pode estar em Minas, no Rio ou onde o seu desejo de caminhante possa lhe permitir estar. Com uma técnica apurada, desenho coerente e colorido harmonioso, faz de sua arte, ainda que realista, um convite para se apreciar e excitar críticos e admiradores de tempos atuais. Poucos artistas conseguem tanta unanimidade.

Mauro Ferreira nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 1958. Foi o gosto pelos trabalhos de épocas anteriores, sempre referenciados nas figuras de mestres passados, que nunca lhe fez perder o contato com a arte. O aprendizado se formou com o auxílio de livros de arte, principalmente. Com 21 anos de idade começou a participar da Feira de Artes de Belo Horizonte, quando essa ainda se dava na Praça da Liberdade. Logo foi descoberto por galeristas e rapidamente teve seus trabalhos reconhecidos, não só a nível de críticos, mas também de colecionadores e leigos.

Como afirmou Cláudio Valério Teixeira: “Mauro Ferreira é daqueles artistas que se isolam no tempo. Muitos dizem que sua pintura já foi realizada, que pertence à outra época, e que por isso não espelha o mundo atual. Mas depois que a arte passou por tantas experiências, quando hoje a visualidade conjuga diversos sentidos e todos os caminhos formais, mais do que nunca é necessário estar aberto para todas as vertentes que a pintura possa nos surpreender, e esse é o caso de Mauro Ferreira, na impossibilidade de ficarmos alheios diante de suas obras”.

Continuará, certamente, na representação das cenas que mais identifiquem a nacionalidade de nossa paisagem. E que continuem assim, impecáveis como sempre foram.

Fonte: Blog José Rosário. Consultado pela última vez em 20 de março de 2024.

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Palavras Iniciais

Quando fui convidado, em setembro passado, a organizar em abril de 2008 uma exposição do artista plástico Mauro Ferreira no tradicional museu Antônio Parreiras, percebi de imediato alguns indicativos históricos envolvendo o evento. Afinal seria não só a presença de um excelente paisagista, que é o Mauro, em um “espaço cultural” tão comprometido com o tema da paisagem, como é o Museu Antônio Parreiras, mas também uma comprovação pela qualidade daquilo que o artista fez, de que o mais antigo “tema” na arte plástica brasileira, que é exatamente a paisagem, aqui chegada em 1637 com os trabalhos de Franz Post, continua presente hoje depois de 361 anos de história da arte em nosso país.

Além disso, pensei na ocasião, a exposição já então denominada de “MAURO FERREIRA NO MUSEU ANTÔNIO PARREIRAS – UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM BRASILEIRA” aconteceria precisamente quando o Brasil estivesse festejando os 200 anos da chagada da “Família Imperial” na então Colônia Brasileira, que trouxe com ela um enriquecimento da nossa arte, seja pela vinda da “Missão Artística Francesa”, com vários paisagistas que aqui vieram, dentre outras finalidades, para sistematizar o ensino da arte, seja pela “Abertura dos Portos Brasileiros as Nações Amigas”, que viabilizou a entrada de artistas de varias nacionalidades no país, que hoje chamamos de “pintores viajantes” e que pintaram, sobretudo, nossas paisagens.

Na verdade essas duas providências embasaram o surgimento no Brasil, ainda nos “Oitocentos”, de dezenas de artistas brasileiros clássicos e alguns já impressionistas, seja no Império seja na República e, se não todos, quase todos, com trabalhos paisagísticos excelentes, bastando citar, como comprovação, o Grupo Grimm, do qual o próprio Parreiras fazia parte com brilhantismo.

Portanto, seja qual for a tendência da arte atual ou futura, tentar esquecer esse rico passado não recomenda quem eventualmente tenta fazê-lo, cabendo, pelo contrário, cultuá-lo para que o presente tenha futuro, o que o Museu Antônio Parreiras faz ao exibir trabalhos do Mauro Ferreira, paisagista de hoje que não desmerece seus mestres de ontem.

Enfim, o tema da atual exposição é tão historicamente rico, que para o sucesso dela solicitei a museóloga Lucienne Figueiredo dos Santos, Diretora do Museu Antônio Parreiras, que preparasse uma matéria sobre o envolvimento desse espaço cultural com a paisagem, e ao conceituado e respeitado crítico de arte, artista plástico e restaurador, Cláudio Valério Teixeira, que fizesse a “Apresentação do Artista”, o que passa, uma coisa e outra, a ser mostrada nos textos a seguir, precedidos, porém, do reconhecimento e agradecimento, ao Governo do Estado do Rio de Janeiro que, através de sua Secretaria de Cultura e órgãos subordinados, tornou possível, “UM OLHAR SOBRE A PAISAGEM BRASILEIRA”. Obrigado a todos!

— Ronaldo Cevidanes, curador da exposição.

APRESENTAÇÃO

A pintura de Mauro Ferreira guarda uma grande influência de Batista da Costa. O artista pratica uma espécie de arqueologia da arte - mesmo não sendo de tempos tão remotos - ao mergulhar em nossa mais importante tradição paisagística, trazendo de lá segredos e fazeres que se perderam com o tempo.

A arte de Mauro Ferreira não é sujeita a teorias, às vezes tão exóticas em nossos dias. É uma pintura para o olhar, simplesmente para ser vista e se deixar levar por suas cenas rurais, seus caminhos rústicos, seus grotões das Minas Gerais e seus remansos de rios.

O interesse de sua pintura com certeza se dá por este olhar para o passado, pela paisagem ainda realista que, mesmo depois de todas as revoluções estéticas, ainda consegue ter um imenso poder de comunicação.

Discípulo do pintor Edgar Walter, com certeza veio através dele este verdadeiro fascínio que nutre pela paisagem, por este desejo de traduzir a natureza em suas horas variadas, com sua luz, com suas formas e a temática quase sempre rural, como a procurar um universo perdido, estético e natural.

Muitos podem dizer que sua pintura já foi realizada, que pertence à outra época e que por isso não espelha o mundo atual. Mas depois que a arte passou por tantas experiências, quando hoje a visualidade conjuga diversos sentidos e todos os caminhos formais, mais do que nunca é necessário estar aberto para todas as vertentes em que a pintura possa nos surpreender, e este é o caso de Mauro Ferreira, na impossibilidade de ficarmos alheios diante de suas obras.

Baseado em um desenho correto e um colorido sofisticado, Mauro Ferreira é daqueles artistas que se isolam no tempo, afastado da verdadeira corrida formal em que se transformou a arte em nossos dias. Dotado de uma verdadeira personalidade de paisagista, mostra em suas obras que a natureza, mesmo em seu viés realista, ainda é capaz de excitar artistas e público.

Cláudio Valério Teixeira
Membro da Associação Internacional dos Críticos de Arte (AICA)
Membro da Associação Brasileira dos Críticos de Arte (ABCA)
Membro do Conselho Internacional de Museus (ICOM)

Fonte: Blog Um Olhar sobre a Paisagem. Consultado pela última vez em 22 de maio de 2024.

Crédito fotográfico: Blog José Rosário. Consultado pela última vez em 22 de maio de 2024.

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