Van Cleef & Arpels (Paris, França, 1906) é uma empresa francesa de comércio e fabricação de jóias e relógios, fundada por Alfred Van Cleef e seu sogro Salomon Arpels. Atualmente faz parte do grupo suíço Richemont (Compagnie Financière Richemont SA). Suas jóias são mundialmente conhecidas pela beleza, exclusividade, qualidade e sofisticação. A marca criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Entre as coleções, a Alhambra é atemporal e líder de vendas. As atrizes Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as jóias da grife.
Biografia – Mundo das Marcas
A história
A marca sempre se inspirou na excepcional energia criativa do amor. Afinal, foi justamente o amor que fez com que a Maison existisse. A história começou em 1895, igualmente a um final de conto de fadas, com um casamento dos sonhos entre Estelle Poidevin Arpels, filha de um negociante de pedras preciosas e irmã de dois peritos em gemologia, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidador oriundo de Amsterdã. Pouco tempo depois da união, Alfred associou-se a seu cunhado, Charles, para estabelecer um negócio no ramo de joias e pedras preciosas. A partir do dia 16 de junho de 1906, o nome VAN CLEEF & ARPELS, agora registrado como marca, se estabeleceu no número 22 da badalada e sofisticada Place Vendôme, em Paris, em frente ao suntuoso hotel Ritz, com a abertura de sua primeira loja. Com isso se tornou uma das primeiras Maison de luxo da França.
Desde o início, a joalheria oferecia aos seus clientes a possibilidade de encomendar a joia dos seus sonhos. Criado por volta de 1908, o barco Varuna foi um dos primeiros pedidos especiais da Maison. Feito de ébano, esmalte verde e branco, rubis, ouro e jaspe (e equipado com um contato elétrico para um sino de mordomo), essa encomenda original foi provavelmente feita por Eugene Higgins, uma figura proeminente da sociedade de Nova York no final do século XIX. Rapidamente, seus cunhados, Julien (um excelente lapidário) e Jules (especialista em gemas), se juntaram ao negócio. O outro irmão, Louis, um exímio comerciante que usava grandes doses de charme para seduzir clientes da alta sociedade europeia, juntou-se aos demais seis anos depois. Esta combinação de talentos foi a chave para o sucesso da VAN CLEEF & ARPELS que, no entanto, não chegou tão rápido.
Em meados da década de 1920, a marca ainda estava tentando se estabelecer como uma estrela no mercado da joalheria de luxo parisiense. O reconhecimento, e com ele o sucesso e as encomendas de clientes da alta sociedade europeia e americana veio em 1925 com a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, onde a joalheria conquistou o “Grand Prix” com um bracelete cujo design era um ramalhete de rosas feitas de rubis e diamantes, com a folhagem em esmeraldas. Para sua confecção foram utilizados 463 brilhantes redondos, 293 rubis e 108 esmeraldas em uma estrutura em platina, o mais precioso dos metais. Desse momento em diante, a paixão pelas mais belas e raras pedras preciosas, aliada à exigência de qualidade e a aventura incessante de ousar novas criações, elevou a marca VAN CLEEF & ARPELS à um estilo luxuoso e original, que rapidamente foi adotado por aristocratas, ricos e famosos. Inúmeros noivados e casamentos de cabeças coroadas e da nobreza mais distinta serviram de elo entre a luxuosa marca e grandes acontecimentos. Uma joia da marca era, acima de tudo, uma promessa de felicidade. Ainda nesta década a joalheria começou a criar suntuosos relógios adornados com joias.
Em 1933, a joalheria criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Uma das dificuldades dessa técnica era a necessidade de escavar sulcos precisamente iguais nos lados opostos de cada gema. Para conseguir, usavam lâminas serrilhadas feitas de seda endurecida, recobertas com pó de diamantes. Muitas gemas eram quebradas durante o processo da escavação dos sulcos. Claramente, isso aumentava as despesas, e consequentemente o valor final da joia, já que cada gema quebrada, como um rubi da Birmânia, por exemplo, tinha que ser reposta por outra exatamente igual. Em algumas das peças mais importantes da Maison foram utilizadas centenas de gemas, e meses de trabalho manual extenuante. A técnica é tão complexa que, para produzir um único broche, é preciso nada menos do que 300 horas de trabalho.
As primeiras joias produzidas com a técnica da cravação invisível usaram o que foi chamado de “trilhos em T”: a gema, com os sulcos esculpidos, era pressionada para encaixar nos trilhos feitos no metal precioso. Outra maneira, também bastante trabalhosa, era colocar as gemas em uma espécie de grade de ouro e então as posicionar uma a uma no lugar por meio de fios lisos e chatos de ouro que eram passados pelos sulcos nas mesmas. É claro que cada gema tinha não somente que ter seus sulcos escavados nos lugares necessários, mas também ser facetada perfeitamente de forma a ocupar sua posição ao lado de outra gema, concorrendo para a beleza do design escolhido. Era imperativo que o lapidário trabalhasse lado a lado com os ourives. As joias com essa técnica foram um imenso sucesso, e por duas décadas a grife produziu e vendeu um grande número de peças decoradas com gemas em cravação invisível. No entanto, com as mudanças de estilo da década de 1950, a cravação invisível perdeu muito do seu apelo, retornando somente em meados dos anos de 1980.
Durante a década de 1930, em sua lista de encomendas constavam os nomes mais célebres, e a criação de joias raras e exclusivas se associou às mais prestigiadas ocasiões, como por exemplo, os presentes de aniversário que o príncipe de Gales (Edward VIII) oferecia a Wallis Simpson ou o conjunto de joias (composto por um colar, um par de brincos de pressão e uma tiara) que serviram de adorno no casamento da princesa egípcia Fawzia com o Xá do Irã (Reza Pahlavi) em 1939. Progressivamente, a segunda geração da família se juntou ao negócio. Ainda em 1939, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, a família Arpels imigrou para os Estados Unidos e abriu sua primeira loja em Palm Beach na Flórida, seguida, logo depois, em 1945, de outra unidade na charmosa 5ª Avenida em Nova York. A filial americana se adaptou rapidamente, criando modelos populares influenciados por personagens famosos das histórias em quadrinhos e por outros ícones americanos. Depois, a VAN CLEEF & ARPELS se tornaria a primeira joalheria francesa a inaugurar lojas no Japão (1973) e na China.
A grife se tornou a fornecedora oficial do Principado de Mônaco, após desenvolver peças exclusivas para o casamento da Princesa Grace Kelly, em 1956. Na coleção, um conjunto de diamantes e pérolas, presente pessoal do Príncipe Rainier, e um bracelete de diamantes, encomendado pelo Conselho Nacional e Municipal do Principado. Em 1967, VAN CLEEF & ARPELS foi responsável por fazer a coroa e o conjunto de joias (uma suntuosa coroa adornada de pedras preciosas e um colar de esmeraldas) para a coroação de Farah Palhavi, imperatriz do Irã, e deste modo assinou uma das suas mais emblemáticas criações, envolta em uma aura de aventura. As pedras preciosas que deviam ser utilizadas para criar essas joias não podiam sair do interior da fabulosa Sala do Tesouro de Teerã, o que levou Pierre Arpels a fazer 24 longas viagens até o local para realizar os últimos detalhes da sua criação, que demorou longos seis meses para ficar pronta. First, o primeiro perfume da joalheria, foi criado em 1976. Rapidamente essa obra-prima passou a fazer parte dos “grands floraux”, raros e preciosos clássicos da alta perfumaria francesa.
Em 1987, as propagandas da VAN CLEEF & ARPELS passaram a retratar suas joias nas obras de Modigliani, Botticelli, Rodin e Maillol. Quase na virada do milênio, em 1999, a tradicional joalheria foi adquirida pelo conglomerado de luxo Compagnie Financière Richemont. Em 2009, a joalheria francesa, que tem como maior rival a conterrânea Cartier, apesar de não esperar uma melhoria significativa nas vendas, deu prosseguimento ao seu plano de expansão internacional e inaugurou novas butiques em grandes cidades espalhadas pelo mundo. A ideia era manter sua tradição de inaugurar lojas mesmo em tempos de crise, assim como o fez, por exemplo, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial e a rede abriu sua primeira filial em Nova York. A primeira ação foi inaugurar um corner dentro da sofisticada loja de departamento Neiman Marcus, em São Francisco na Califórnia. Nos anos seguintes a VAN CLEEF & ARPELS se expandiu pela Ásia (sobretudo Arábia Saudita, Jordânia e Kuwait) e na Europa (mais especificamente, em Milão). Hoje, fiel à sua tradição e observando a arte contemporânea de viver, a grife francesa cria suas joias sem ostentação, com uma poesia cativante e luminosa.
A linha do tempo
1923
● Criação do primeiro relógio com pulseira de couro, feito em ouro amarelo e branco.
1930
● Criação da MINAUDIÉRE, uma pequena e delicada caixinha para guardar batons, chaves, isqueiros, cigarros e pó compacto, reunindo o infinito feminino em um objeto minúsculo.
1935
● Lançamento da pulseira LUDO HEXAGONE, cujo design consistia em uma faixa articulada com pequenos hexágonos, normalmente em ouro amarelo, mas às vezes em platina.
● Lançamento do emblemático relógio de pulso CADENAS ou “cadeado” em francês, que se tornou um forte símbolo da união e da aliança entre duas famílias ou duas pessoas. Diz a lenda que o Duque ou a Duquesa de Windsor sugeriu originalmente esse conceito para o relógio. Desde então, tem sido uma característica permanente de suas coleções de relógios.
1937
● Criação do PIVOINE, um conjunto de dois broches, um com uma flor fechando-se e o outro com uma flor abrindo-se. Este broche excepcional contém 706 rubis pesando 71 quilates e 239 diamantes pesando 29,72 quilates, em uma estrutura de platina. Foi comprado em 1946 por Mahmoud Fakhry Pacha, então embaixador egípcio em Paris.
1938
● Lançamento do espetacular e raro bracelete PASSE-PARTOUT, que possibilitava um sem número de possibilidades em sua utilização. É um dos primeiros exemplos de peças transformáveis das quais a joalheria foi pioneira.
1949
● Criação do relógio COUSCOUS MARGUERITE.
1951
● Lançamento do colar ZIP, que podia ser aberto e fechado como um zíper. A deslumbrante peça continha um laço de rubis, esmeraldas ou safiras.
1967
● Entre as encomendas especiais que a grife criou para Maria Callas ao longo dos anos, vale destacar o famoso broche de cinco folhas em diamantes e rubis birmaneses, criado nesse ano. O broche de platina era cravejado com rubis ovais birmaneses corte almofada, redondo, marquise e diamantes corte baguete. O peso total dos rubis é de 15,77 quilates e dos diamantes, de 16,35 quilates. A famosa soprano usou o broche em diversas ocasiões.
1968
● Lançamento do colar com o assombroso desenho da flor Alhambra.
1969
● Criação do famoso relógio em forma de cavalete que foi oferecido como presente de Natal ao pintor espanhol Pablo Picasso pelo Presidente da República Francesa. A seguinte inscrição está gravada em sua parte posterior: “A Pablo Picasso, Maître des Maîtres 25-VII-1969” (“Para Pablo Picasso, Mestre dos Mestres, 25-VII-1969”).
1979
● Criação do famoso relógio SKELETON.
1989
● Lançamento do perfume masculino TSAR, que se encontrava dentro do mesmo conceito de fragrância olfativa atemporal. Ele renasceu em 2003, em um novo frasco, com design mais refinado e masculino. 1998
● Lançamento do relógio GALILÉE, que apresentava um giro completo do mostrador em permanente verticalidade. Um urso estelar, que brilha com mais de 2.300 diamantes, gira em círculos sob uma lua de cristal. A cena celestial homenageia Galileu e ofereceu uma bela interpretação da Poetry of Time™.
2000
● Lançamento do broche MILLÉNAIRE, representado por duas rosas e cravejado de diamantes.
2001
● Lançamento do anel com uma flor de Lótus.
2002
● Lançamento da fragrância feminina MURMURE, que unia a forma contemporânea da flor, ao requinte eterno da marca francesa.
2004
● Lançamento da LES SAISONS, uma reinterpretação do frescor das quatro estações do ano em águas de toillette.
● Criação da colação LACQUERED BUTTERFLIES em colaboração com o senhor Junichi Hakose, um talentoso artesão japonês especializado em lacagem. Estas requintadas borboletas combinam história e natureza.
2006
● Lançamento, em fevereiro, em parceria com a Montblanc, da caneta mais cara e luxuosa do mundo, chamada apropriadamente de “Mystery Marterpiece”, como parte das comemorações pelo centenário de ambas as marcas. Cada caneta tinha seu corpo em ouro branco, adornado por safiras, esmeraldas ou rubis, e com 840 diamantes acentuando o luxo da peça. Todas as gemas foram cravadas com uma nova variação do método da cravação misteriosa. Esta variação escondia completamente o metal precioso usado para segurar a gema na peça, e o resultado era a ilusão de que as gemas “flutuavam” na superfície da caneta. A tampa possuía a estrela, marca registrada da Montblanc, cravejada de diamantes redondos enquanto que uma borboleta em ouro branco com diamantes repousava sobre o clip. Somente nove exemplares foram produzidos. Lançada através de uma espetacular campanha de marketing, cada caneta foi colocada à venda por US$ 730.000, nas principais lojas de ambas as marcas no mundo.
● Lançamento, em homenagem ao centenário da marca, da excepcional coleção PIERRES de CARACTÉRE. Os peritos da VAN CLEEF & ARPELS deslocaram-se aos quatro cantos do mundo em busca de pedras preciosas de rara e superior qualidade. Estas pedras foram depois trabalhadas e montadas de acordo com um estilismo invulgar, para renascerem em 100 peças extraordinárias que reafirmam o rigor, o critério e o estilo apurado e artístico que sempre nortearam a filosofia da marca.
2008
● Lançamento do FÉERIE, um perfume que se aproximou a uma joia de luxo. Joel Desgrippes, que criou seu frasco, foi encarregado de trazer ao perfume elementos que remetiam as fadas e a magia.
● Lançamento da coleção PERLÉE, onde cada peça contém um desejo. Os pingentes, anéis, brincos e pulseiras dessa coleção transformam esses desejos em uma cascata cintilante de serenidade e delicadeza.
2010
● Lançamento da coleção de joias LES VOYAGES EXTRAORDINAIRES™, inspirada nas Viagens Extraordinárias de Jules Verne. Usadas juntas, essas preciosidades prestam tributo à natureza e sua beleza majestosa, bem como ao pioneirismo.
● Lançamento do perfume masculino MIDNIGHT in PARIS.
A emblemática loja da Place Vendôme
Há poucos anos atrás, a marca reinaugurou sua tradicional loja âncora localizada no N.º 22 da Place Vendôme, o que também culminou com a comemoração do centenário da marca. Inaugurada em 1954 e conhecida como “La Boutique”, inicialmente essa loja oferecia uma linha mais jovial e mais acessível de joias para uma gama mais ampla de clientes, como broches com desenhos de animais em estilo cartoon que acrescentaram uma nota lúdica às criações da marca. Esses pequenos broches charmosos eram presentes encantadores, e até mesmo ícones como Grace Kelly e Jackie Kennedy Onassis não resistiram em colecioná-los. A loja, que está localizada no histórico centro que reúne a alta joalheria francesa, ao lado de marcas como Boucheron e Cartier, possui estilo vintage, expondo suas joias em salas interligadas, enquanto as peças mais raras e caras são apresentadas em luxuosas salas reservadas. Essas salas também poderão ser reservadas para consumidores que queiram marcar uma hora com Catherine Cariou, responsável pelo patrimônio da empresa, para comprar ou vender antiguidades da grife. A loja é extremamente famosa por sua exuberante decoração de vitrines na época de natal.
A escola
Em 2012, a marca inaugurou a L’ÉCOLE, uma escola cujo objetivo é lançar uma luz sobre o mundo muito secreto da joalheria e compartilhar seu bem mais precioso: seu savoir-faire. O objetivo desta escola é compartilhar dicas, ajudar a entender e, em poucas palavras, revelar a essência dessa arte excepcional. A escola está aberta a todos aqueles que amam a beleza, seja ele público em geral, apreciadores ou profissionais, oferecendo um método único de descoberta e de aprendizado para os apaixonados por joias, amantes da beleza ou simplesmente curiosos, e qualquer pessoa que queira adquirir conhecimento especializado desse mundo fascinante. Um panorama da história das joias, os diferentes simbolismos de pedras e gemas, dicas de consultoria de estilo, a trajetória da grife francesa, o processo de criação completo de uma peça com a equipe criativa da Maison e técnicas como o posicionamento de pedras sem uma base visível (chamada Mystery Setting) estão entre os temas das aulas.
Realize seus sonhos
Design to your Dreams é um evento reservado aos clientes da VAN CLEEF & ARPELS que os convida a uma conversa especial e única com os seus designers. Os sonhos tornam-se esboços à medida que os clientes participam da fase inicial de concepção das peças de alta joalheria, guiada pela criatividade dos designers. Esses primeiros esboços serão finalizados e adquirirão forma em uma peça única pelas mãos de virtuosos mestres joalheiros dos ateliês da grife na Place Vendôme. Inspirados pelo universo encantador da Maison, pelos acontecimentos da vida ou por uma pedra de família, os clientes tem a oportunidade de criar a joia dos seus sonhos. A marca também disponibiliza a sua excepcional seleção de pedras para inspirar qual for a imaginação.
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1906
● Fundador: Alfred Van Cleef e Charles Arpels
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Compagnie Financière Richemont S.A.
● Capital aberto: Não
● Chairman: Yves-Andre Istel
● CEO: Nicolas Bos
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: + 85
● Presença global: 55 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Segmento: Joalheria de luxo
● Principais produtos: Joias, relógios e perfumes
● Concorrentes diretos: Cartier, Bulgari, Tiffany & Co., Boucheron e Harry Winston
● Ícones: Joias floridas e peças que evocam libélulas e borboleta
● Website: www.vancleefarpels.com
A marca no mundo
Os exclusivos produtos da VAN CLEFF & ARPELS são comercializados através de uma pequena rede de pouco mais de 85 lojas próprias em 55 países, sendo encontrados também nas mais luxuosas e sofisticadas lojas de departamento do mundo. Em 2012 a tradicional joalheria inaugurou sua primeira loja no Brasil, localizada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, que oferece as mais recentes coleções de alta joalheria da marca, assim como peças clássicas e as linhas de noivas e de relógios.
Você sabia?
● Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as joias da grife.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Fonte: Mundo das Marcas. Consultado pela última vez em 4 de julho de 2022.
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Biografia Van Cleef & Arpels Oficial
Era uma vez uma história de amor e pedras preciosas. Tudo começou em 1895, no coração de Paris, com o casamento de Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidário. O jovem casal compartilhava os mesmos valores: um espírito de entusiasmo e inovação, um senso de família e uma paixão por pedras preciosas.
Em 1906, a Maison Van Cleef & Arpels nasceu no número 22 da Place Vendôme, unindo esses dois nomes em um destino comum e adornado com jóias. Sua filha Renée Puissant tornou-se Diretora Artística da Maison em 1926. Com audácia e imaginação, ela criou um estilo distinto e eminentemente reconhecível para a Van Cleef & Arpels.
Histórias de amor na Van Cleef & Arpels
Era uma vez uma Maison nascida de uma história de amor: a história da Van Cleef & Arpels remonta a 1895, quando Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, casou-se com Alfred Van Cleef, filho de um lapidário e negociador de diamantes. Em 1906, eles se associaram aos irmãos de Estelle – Charles, seguido por Julien e mais tarde Louis – para abrir a primeira boutique Van Cleef & Arpels na 22 Place Vendôme, em um bairro parisiense conhecido por sua elegância.
Desde então, o comercial “&” tem sido um vínculo perpétuo, simbolizando a união de indivíduos e experiências, a convergência de excelência e poesia que distingue as criações da Van Cleef & Arpels.
Eterna fonte de inspiração para a Maison, o amor permeia suas criações desde o início: na verdade, a primeira peça mencionada nos registros de vendas de 1906 é um coração de diamantes. Nos anos seguintes, muitas criações foram desenhadas para celebrar famosas histórias de amor, como a do Duque e da Duquesa de Windsor e o casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco. Expressões de amor são um destaque constante em cada uma das coleções da Maison: anéis de noivado e alianças de casamento, além dos relógios e criações de Alta Joalheria.
O amor impõe seu próprio ritmo na Poetry of Time na Van Cleef & Arpels, apresentando uma visão da relojoaria imbuída de sonhos e emoções. Ilustração perfeita desse espírito, a coleção Pont des Amoureux celebra a intensidade de um encontro muito esperado, retratando duas figuras que se aproximam para um beijo.
Os relógios de Alta Joalheria Histoires d'Amour ecoam o mesmo tema em contos de amantes lendários. Em homenagem a três casais míticos – Aida e Radamés, Ulisses e Penélope, e Tristão e Isolda – pedras preciosas entrelaçadas e mostradores habilmente ocultos refinam a arte do mistério: uma ode ao amor. Capturado em todo seu poder evocativo e maravilhoso.
Em 2019, a Van Cleef & Arpels reinterpretou a obra-prima de William Shakespeare, Romeu e Julieta. Inspirada pela paixão atemporal desses amantes perdidos, a Maison criou uma coleção de Alta Joalheria que combina a linguagem do romance e a das pedras preciosas.
Fonte: Histórias de amor na Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux
Enriquecendo a busca por excelência com um pendor para a beleza e harmonia, a Van Cleef & Arpels inspirou-se largamente no universo da dança. A arte do balé empresta um toque gracioso e uma encantadora aura de poesia às joias e delicadas figuras femininas da Maison.
O vínculo duradouro entre a Van Cleef & Arpels e a dança data dos anos 1920. Na época, Louis Arpels, um fã fervoroso do balé, frequentemente levava seu sobrinho Claude à Ópera de Paris. Sob a sua liderança, os primeiros broches ballerina da Maison foram criados em Nova York, no começo dos anos 1940, vindo a tornar-se peças de assinatura da Van Cleef & Arpels. Apresentando uma face de diamante lapidação rosa complementada por um precioso enfeite, essas figuras de bailarinas são representadas com sapatilhas de ponta e tutus feitos de diamantes ou pedras coloridas que parecem fluir, ecoando os movimentos das dançarinas. Suas posturas suspensas e a beleza de suas roupas encantam todos que as contemplam, em particular os colecionadores.
O vínculo que une a Van Cleef & Arpels e o mundo da dança se tornou ainda mais forte em 1961, quando Claude Arpels conheceu o famoso coreógrafo George Balanchine, co-fundador do New York City Ballet. Sua paixão em comum por pedras preciosas deu origem ao Jewels, um balé criado por Balanchine em 1967. Neste tríptico não narrativo inspirado nas esmeraldas, rubis e diamantes, cada gema se torna o centro das atenções em um ato. Cada parte apresenta músicas de um compositor diferente: Gabriel Fauré para as Esmeraldas, Igor Stravinsky para os Rubis e Pyotr Ilyich Tchaikovsky para os Diamantes.
Hoje, a Maison mantém estreito relacionamento com o mundo da dança em diversas colaborações e iniciativas de patrocínio. Desde 2012 ela apoia o grupo de dança L.A. Dance Project, fundado pelo dançarino e coreógrafo francês Benjamin Millepied. A Van Cleef & Arpels também encoraja a inovação e os novos talentos nas áreas de criação coreográfica através da sua parceria com a comunidade filantrópica Fedora. Desde 2015, o “Prêmio de Balé FEDORA – VAN CLEEF & ARPELS” anual premia a excelência nas produções de dessa arte.
Em 2020, a Van Cleef & Arpels compôs um novo capítulo dessa longa história com a dança, lançando Dance Reflections de Van Cleef & Arpels. Essa iniciativa da Maison apoia artistas e instituições com a divulgação de repertórios coreográficos, ao mesmo tempo em que promove novas criações. Para enriquecer as parcerias artísticas, um grande evento será organizado anualmente em várias regiões do mundo.
Fonte: Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Buquês da Van Cleef & Arpels
A natureza é uma das principais fontes de inspiração da Maison, imbuindo as criações de vitalidade e graça poética. Dos broches de diamantes nos anos 1920 às peças de joalheria contemporâneas, os motivos florais estão no centro do universo da Van Cleef & Arpels.
Encantada pelas constantes metamorfoses que encantam o mundo das plantas, a Maison ecoa as infinitas formas e nuances da flora, cristalizando a leveza de um buquê ou o frescor das flores silvestres. No meio de uma primavera eterna e encantadora, papoulas comungam com margaridas, lírios do vale se misturam com flores de cerejeira, e todas se transformam em joias pelos Mains d’Or™ nos ateliês da Place Vendôme. A Van Cleef & Arpels aplica seu icônico savoir-faire em vários campos para dar vida a criações excepcionais: por exemplo, a exímia técnica Mystery Set™ , patenteada pela Maison em 1933, transmite uma qualidade aveludada ao broche Pivoine (1937), originalmente um broche duplo representando duas flores de rubi, uma em total florescência, enquanto a outra está meio fechada.
Pétalas delicadas, cravejadas com pedras preciosas ou ornamentais, realçam os requintados materiais que as compõem. A coleção Rose de Noël™, de 1970, e a coleção Cosmos, de 1981, exibem corolas em madrepérola, coral e ônix. A coleção Frivole, apresentada em 2003, brilha com flores preciosas em ouro com polimento espelhado – uma tradicional técnica de fabricação de joias que resulta em um intenso jogo de luz na superfície do metal.
Fonte: Buquês da Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium
Com os relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium, a Van Cleef & Arpels concentra o céu em dois relógios de pulso, um masculino e outro feminino.
Fiéis à visão da Maison do Poetic Astronomy®, estes relógios recriam a órbita de uma seleção de planetas ao redor do sol, mapeando suas posições ao longo de cada dia.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Para ver as horas, basta que o usuário olhe para a estrela cadente, um amuleto dos mais caros à Maison. Localizada no perímetro do mostrador, a estrela completa seu circuito em 12 horas no relógio Lady Arpels Planétarium e em 24 horas no Midnight Planétarium.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Relógio Midnight Planétarium
Nesta versão original masculina, o relógio Midnight Planétarium captura a Terra e cinco de seus vizinhos no sistema solar (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) em seus giros ao redor de um Sol de ouro rosa. Cada planeta, representado por uma pedra ornamental meticulosamente lapidada, segue seu ritmo real em relação ao Sol: Saturno leva mais de 29 anos para dar a volta ao mostrador, enquanto Júpiter leva quase 12 anos; Marte, 687 dias; a Terra, 365 dias; Vênus, 224 dias e Mercúrio, 88 dias.
O usuário do relógio Midnight Planétarium também pode escolher seu dia da sorte: na data selecionada, a Terra se posicionará imediatamente abaixo da estrela gravada no cristal de safira.
Relógio Lady Arpels Planétarium
O relógio Lady Arpels Planétarium oferece uma visão feminina do cosmos, representando o Sol e seus três planetas mais próximos: Mercúrio, Vênus e a Terra, acompanhada de seu satélite natural, a Lua. A Lua, com um recurso desenvolvido exclusivamente para esta peça, gira ao redor da Terra em 29,5 dias, dando mais um toque de graça ao balé celestial que se desenrola dia após dia no mostrador.
Fonte: Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planetarium. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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A coleção Alhambra, ícone da joalheria desde 1968
Em 1968, a Van Cleef & Arpels criou um verdadeiro ícone da sorte: a coleção Alhambra®. O motivo associado, inspirado no trevo de quatro folhas, gerou as mais diversas criações.
História da Coleção Alhambra
Como um dos valores estimados à Maison, a sorte é a luz perene que guia a Van Cleef & Arpels, inspirando algumas de suas criações mais icônicas. Os motivos de trevo de quatro folhas aparecem pela primeira vez nos arquivos da Maison a partir dos anos 1920, decorando criações especiais ao longo dos anos junto de outros símbolos de boa sorte, como talismãs em madeira, amuletos e fadas benevolentes. Jacques Arpels, sobrinho do casal fundador e ávido colecionador, frequentemente colhia trevos de quatro folhas no seu jardim, oferecendo-os aos seus empregados como amuletos da sorte.
“Para ter sorte, você tem que acreditar na sorte", Jacques Arpels gostava de falar.
Em 1968 a Maison criou o primeiro colar longo Alhambra®, composto de 20 motivos no formato de trevo em ouro amarelo estriado e adornados de contas de ouro. Esse design simbólico alcançou sucesso imediato, reconhecido em todo mundo como um símbolo de sorte, emblemático da Van Cleef & Arpels.
Uma verdadeira exclusividade da Maison, a coleção Alhambra se reinventa consistentemente desde décadas passadas até a atual coleção, enriquecida pelos mais variados materiais, cores e símbolos.
Fonte: A Coleção Alhambra. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Coleção Alhambra
Criada em 1968 pela Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra® tornou-se símbolo atemporal de sorte. Linhas puras, inspiradas no trevo de quatro folhas, são ornadas pelo contorno de contas e pelos mais diversos materiais naturais. As variações de cores brilhantes refletem a criatividade da Maison.
Mantendo os altos padrões da Maison, as pedras duras que decoram as criações foram selecionadas entre os materiais mais belos. O charme da ágata vem da suavidade da sua cor azul, enquanto a madrepérola branca foi escolhida pela delicadeza da iridescência, acentuada por cuidadoso polimento.
Fiel à tradição de excelência da Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra reflete todo o savoir-faire de uma Maison de Alta Joalheria. Diversas especialidades foram reunidas para cada peça, do lapidário ao joalheiro, do cravador ao polidor.
Fonte:
Crédito fotográfico: Logo Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
Van Cleef & Arpels (Paris, França, 1906) é uma empresa francesa de comércio e fabricação de jóias e relógios, fundada por Alfred Van Cleef e seu sogro Salomon Arpels. Atualmente faz parte do grupo suíço Richemont (Compagnie Financière Richemont SA). Suas jóias são mundialmente conhecidas pela beleza, exclusividade, qualidade e sofisticação. A marca criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Entre as coleções, a Alhambra é atemporal e líder de vendas. As atrizes Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as jóias da grife.
Biografia – Mundo das Marcas
A história
A marca sempre se inspirou na excepcional energia criativa do amor. Afinal, foi justamente o amor que fez com que a Maison existisse. A história começou em 1895, igualmente a um final de conto de fadas, com um casamento dos sonhos entre Estelle Poidevin Arpels, filha de um negociante de pedras preciosas e irmã de dois peritos em gemologia, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidador oriundo de Amsterdã. Pouco tempo depois da união, Alfred associou-se a seu cunhado, Charles, para estabelecer um negócio no ramo de joias e pedras preciosas. A partir do dia 16 de junho de 1906, o nome VAN CLEEF & ARPELS, agora registrado como marca, se estabeleceu no número 22 da badalada e sofisticada Place Vendôme, em Paris, em frente ao suntuoso hotel Ritz, com a abertura de sua primeira loja. Com isso se tornou uma das primeiras Maison de luxo da França.
Desde o início, a joalheria oferecia aos seus clientes a possibilidade de encomendar a joia dos seus sonhos. Criado por volta de 1908, o barco Varuna foi um dos primeiros pedidos especiais da Maison. Feito de ébano, esmalte verde e branco, rubis, ouro e jaspe (e equipado com um contato elétrico para um sino de mordomo), essa encomenda original foi provavelmente feita por Eugene Higgins, uma figura proeminente da sociedade de Nova York no final do século XIX. Rapidamente, seus cunhados, Julien (um excelente lapidário) e Jules (especialista em gemas), se juntaram ao negócio. O outro irmão, Louis, um exímio comerciante que usava grandes doses de charme para seduzir clientes da alta sociedade europeia, juntou-se aos demais seis anos depois. Esta combinação de talentos foi a chave para o sucesso da VAN CLEEF & ARPELS que, no entanto, não chegou tão rápido.
Em meados da década de 1920, a marca ainda estava tentando se estabelecer como uma estrela no mercado da joalheria de luxo parisiense. O reconhecimento, e com ele o sucesso e as encomendas de clientes da alta sociedade europeia e americana veio em 1925 com a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, onde a joalheria conquistou o “Grand Prix” com um bracelete cujo design era um ramalhete de rosas feitas de rubis e diamantes, com a folhagem em esmeraldas. Para sua confecção foram utilizados 463 brilhantes redondos, 293 rubis e 108 esmeraldas em uma estrutura em platina, o mais precioso dos metais. Desse momento em diante, a paixão pelas mais belas e raras pedras preciosas, aliada à exigência de qualidade e a aventura incessante de ousar novas criações, elevou a marca VAN CLEEF & ARPELS à um estilo luxuoso e original, que rapidamente foi adotado por aristocratas, ricos e famosos. Inúmeros noivados e casamentos de cabeças coroadas e da nobreza mais distinta serviram de elo entre a luxuosa marca e grandes acontecimentos. Uma joia da marca era, acima de tudo, uma promessa de felicidade. Ainda nesta década a joalheria começou a criar suntuosos relógios adornados com joias.
Em 1933, a joalheria criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Uma das dificuldades dessa técnica era a necessidade de escavar sulcos precisamente iguais nos lados opostos de cada gema. Para conseguir, usavam lâminas serrilhadas feitas de seda endurecida, recobertas com pó de diamantes. Muitas gemas eram quebradas durante o processo da escavação dos sulcos. Claramente, isso aumentava as despesas, e consequentemente o valor final da joia, já que cada gema quebrada, como um rubi da Birmânia, por exemplo, tinha que ser reposta por outra exatamente igual. Em algumas das peças mais importantes da Maison foram utilizadas centenas de gemas, e meses de trabalho manual extenuante. A técnica é tão complexa que, para produzir um único broche, é preciso nada menos do que 300 horas de trabalho.
As primeiras joias produzidas com a técnica da cravação invisível usaram o que foi chamado de “trilhos em T”: a gema, com os sulcos esculpidos, era pressionada para encaixar nos trilhos feitos no metal precioso. Outra maneira, também bastante trabalhosa, era colocar as gemas em uma espécie de grade de ouro e então as posicionar uma a uma no lugar por meio de fios lisos e chatos de ouro que eram passados pelos sulcos nas mesmas. É claro que cada gema tinha não somente que ter seus sulcos escavados nos lugares necessários, mas também ser facetada perfeitamente de forma a ocupar sua posição ao lado de outra gema, concorrendo para a beleza do design escolhido. Era imperativo que o lapidário trabalhasse lado a lado com os ourives. As joias com essa técnica foram um imenso sucesso, e por duas décadas a grife produziu e vendeu um grande número de peças decoradas com gemas em cravação invisível. No entanto, com as mudanças de estilo da década de 1950, a cravação invisível perdeu muito do seu apelo, retornando somente em meados dos anos de 1980.
Durante a década de 1930, em sua lista de encomendas constavam os nomes mais célebres, e a criação de joias raras e exclusivas se associou às mais prestigiadas ocasiões, como por exemplo, os presentes de aniversário que o príncipe de Gales (Edward VIII) oferecia a Wallis Simpson ou o conjunto de joias (composto por um colar, um par de brincos de pressão e uma tiara) que serviram de adorno no casamento da princesa egípcia Fawzia com o Xá do Irã (Reza Pahlavi) em 1939. Progressivamente, a segunda geração da família se juntou ao negócio. Ainda em 1939, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, a família Arpels imigrou para os Estados Unidos e abriu sua primeira loja em Palm Beach na Flórida, seguida, logo depois, em 1945, de outra unidade na charmosa 5ª Avenida em Nova York. A filial americana se adaptou rapidamente, criando modelos populares influenciados por personagens famosos das histórias em quadrinhos e por outros ícones americanos. Depois, a VAN CLEEF & ARPELS se tornaria a primeira joalheria francesa a inaugurar lojas no Japão (1973) e na China.
A grife se tornou a fornecedora oficial do Principado de Mônaco, após desenvolver peças exclusivas para o casamento da Princesa Grace Kelly, em 1956. Na coleção, um conjunto de diamantes e pérolas, presente pessoal do Príncipe Rainier, e um bracelete de diamantes, encomendado pelo Conselho Nacional e Municipal do Principado. Em 1967, VAN CLEEF & ARPELS foi responsável por fazer a coroa e o conjunto de joias (uma suntuosa coroa adornada de pedras preciosas e um colar de esmeraldas) para a coroação de Farah Palhavi, imperatriz do Irã, e deste modo assinou uma das suas mais emblemáticas criações, envolta em uma aura de aventura. As pedras preciosas que deviam ser utilizadas para criar essas joias não podiam sair do interior da fabulosa Sala do Tesouro de Teerã, o que levou Pierre Arpels a fazer 24 longas viagens até o local para realizar os últimos detalhes da sua criação, que demorou longos seis meses para ficar pronta. First, o primeiro perfume da joalheria, foi criado em 1976. Rapidamente essa obra-prima passou a fazer parte dos “grands floraux”, raros e preciosos clássicos da alta perfumaria francesa.
Em 1987, as propagandas da VAN CLEEF & ARPELS passaram a retratar suas joias nas obras de Modigliani, Botticelli, Rodin e Maillol. Quase na virada do milênio, em 1999, a tradicional joalheria foi adquirida pelo conglomerado de luxo Compagnie Financière Richemont. Em 2009, a joalheria francesa, que tem como maior rival a conterrânea Cartier, apesar de não esperar uma melhoria significativa nas vendas, deu prosseguimento ao seu plano de expansão internacional e inaugurou novas butiques em grandes cidades espalhadas pelo mundo. A ideia era manter sua tradição de inaugurar lojas mesmo em tempos de crise, assim como o fez, por exemplo, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial e a rede abriu sua primeira filial em Nova York. A primeira ação foi inaugurar um corner dentro da sofisticada loja de departamento Neiman Marcus, em São Francisco na Califórnia. Nos anos seguintes a VAN CLEEF & ARPELS se expandiu pela Ásia (sobretudo Arábia Saudita, Jordânia e Kuwait) e na Europa (mais especificamente, em Milão). Hoje, fiel à sua tradição e observando a arte contemporânea de viver, a grife francesa cria suas joias sem ostentação, com uma poesia cativante e luminosa.
A linha do tempo
1923
● Criação do primeiro relógio com pulseira de couro, feito em ouro amarelo e branco.
1930
● Criação da MINAUDIÉRE, uma pequena e delicada caixinha para guardar batons, chaves, isqueiros, cigarros e pó compacto, reunindo o infinito feminino em um objeto minúsculo.
1935
● Lançamento da pulseira LUDO HEXAGONE, cujo design consistia em uma faixa articulada com pequenos hexágonos, normalmente em ouro amarelo, mas às vezes em platina.
● Lançamento do emblemático relógio de pulso CADENAS ou “cadeado” em francês, que se tornou um forte símbolo da união e da aliança entre duas famílias ou duas pessoas. Diz a lenda que o Duque ou a Duquesa de Windsor sugeriu originalmente esse conceito para o relógio. Desde então, tem sido uma característica permanente de suas coleções de relógios.
1937
● Criação do PIVOINE, um conjunto de dois broches, um com uma flor fechando-se e o outro com uma flor abrindo-se. Este broche excepcional contém 706 rubis pesando 71 quilates e 239 diamantes pesando 29,72 quilates, em uma estrutura de platina. Foi comprado em 1946 por Mahmoud Fakhry Pacha, então embaixador egípcio em Paris.
1938
● Lançamento do espetacular e raro bracelete PASSE-PARTOUT, que possibilitava um sem número de possibilidades em sua utilização. É um dos primeiros exemplos de peças transformáveis das quais a joalheria foi pioneira.
1949
● Criação do relógio COUSCOUS MARGUERITE.
1951
● Lançamento do colar ZIP, que podia ser aberto e fechado como um zíper. A deslumbrante peça continha um laço de rubis, esmeraldas ou safiras.
1967
● Entre as encomendas especiais que a grife criou para Maria Callas ao longo dos anos, vale destacar o famoso broche de cinco folhas em diamantes e rubis birmaneses, criado nesse ano. O broche de platina era cravejado com rubis ovais birmaneses corte almofada, redondo, marquise e diamantes corte baguete. O peso total dos rubis é de 15,77 quilates e dos diamantes, de 16,35 quilates. A famosa soprano usou o broche em diversas ocasiões.
1968
● Lançamento do colar com o assombroso desenho da flor Alhambra.
1969
● Criação do famoso relógio em forma de cavalete que foi oferecido como presente de Natal ao pintor espanhol Pablo Picasso pelo Presidente da República Francesa. A seguinte inscrição está gravada em sua parte posterior: “A Pablo Picasso, Maître des Maîtres 25-VII-1969” (“Para Pablo Picasso, Mestre dos Mestres, 25-VII-1969”).
1979
● Criação do famoso relógio SKELETON.
1989
● Lançamento do perfume masculino TSAR, que se encontrava dentro do mesmo conceito de fragrância olfativa atemporal. Ele renasceu em 2003, em um novo frasco, com design mais refinado e masculino. 1998
● Lançamento do relógio GALILÉE, que apresentava um giro completo do mostrador em permanente verticalidade. Um urso estelar, que brilha com mais de 2.300 diamantes, gira em círculos sob uma lua de cristal. A cena celestial homenageia Galileu e ofereceu uma bela interpretação da Poetry of Time™.
2000
● Lançamento do broche MILLÉNAIRE, representado por duas rosas e cravejado de diamantes.
2001
● Lançamento do anel com uma flor de Lótus.
2002
● Lançamento da fragrância feminina MURMURE, que unia a forma contemporânea da flor, ao requinte eterno da marca francesa.
2004
● Lançamento da LES SAISONS, uma reinterpretação do frescor das quatro estações do ano em águas de toillette.
● Criação da colação LACQUERED BUTTERFLIES em colaboração com o senhor Junichi Hakose, um talentoso artesão japonês especializado em lacagem. Estas requintadas borboletas combinam história e natureza.
2006
● Lançamento, em fevereiro, em parceria com a Montblanc, da caneta mais cara e luxuosa do mundo, chamada apropriadamente de “Mystery Marterpiece”, como parte das comemorações pelo centenário de ambas as marcas. Cada caneta tinha seu corpo em ouro branco, adornado por safiras, esmeraldas ou rubis, e com 840 diamantes acentuando o luxo da peça. Todas as gemas foram cravadas com uma nova variação do método da cravação misteriosa. Esta variação escondia completamente o metal precioso usado para segurar a gema na peça, e o resultado era a ilusão de que as gemas “flutuavam” na superfície da caneta. A tampa possuía a estrela, marca registrada da Montblanc, cravejada de diamantes redondos enquanto que uma borboleta em ouro branco com diamantes repousava sobre o clip. Somente nove exemplares foram produzidos. Lançada através de uma espetacular campanha de marketing, cada caneta foi colocada à venda por US$ 730.000, nas principais lojas de ambas as marcas no mundo.
● Lançamento, em homenagem ao centenário da marca, da excepcional coleção PIERRES de CARACTÉRE. Os peritos da VAN CLEEF & ARPELS deslocaram-se aos quatro cantos do mundo em busca de pedras preciosas de rara e superior qualidade. Estas pedras foram depois trabalhadas e montadas de acordo com um estilismo invulgar, para renascerem em 100 peças extraordinárias que reafirmam o rigor, o critério e o estilo apurado e artístico que sempre nortearam a filosofia da marca.
2008
● Lançamento do FÉERIE, um perfume que se aproximou a uma joia de luxo. Joel Desgrippes, que criou seu frasco, foi encarregado de trazer ao perfume elementos que remetiam as fadas e a magia.
● Lançamento da coleção PERLÉE, onde cada peça contém um desejo. Os pingentes, anéis, brincos e pulseiras dessa coleção transformam esses desejos em uma cascata cintilante de serenidade e delicadeza.
2010
● Lançamento da coleção de joias LES VOYAGES EXTRAORDINAIRES™, inspirada nas Viagens Extraordinárias de Jules Verne. Usadas juntas, essas preciosidades prestam tributo à natureza e sua beleza majestosa, bem como ao pioneirismo.
● Lançamento do perfume masculino MIDNIGHT in PARIS.
A emblemática loja da Place Vendôme
Há poucos anos atrás, a marca reinaugurou sua tradicional loja âncora localizada no N.º 22 da Place Vendôme, o que também culminou com a comemoração do centenário da marca. Inaugurada em 1954 e conhecida como “La Boutique”, inicialmente essa loja oferecia uma linha mais jovial e mais acessível de joias para uma gama mais ampla de clientes, como broches com desenhos de animais em estilo cartoon que acrescentaram uma nota lúdica às criações da marca. Esses pequenos broches charmosos eram presentes encantadores, e até mesmo ícones como Grace Kelly e Jackie Kennedy Onassis não resistiram em colecioná-los. A loja, que está localizada no histórico centro que reúne a alta joalheria francesa, ao lado de marcas como Boucheron e Cartier, possui estilo vintage, expondo suas joias em salas interligadas, enquanto as peças mais raras e caras são apresentadas em luxuosas salas reservadas. Essas salas também poderão ser reservadas para consumidores que queiram marcar uma hora com Catherine Cariou, responsável pelo patrimônio da empresa, para comprar ou vender antiguidades da grife. A loja é extremamente famosa por sua exuberante decoração de vitrines na época de natal.
A escola
Em 2012, a marca inaugurou a L’ÉCOLE, uma escola cujo objetivo é lançar uma luz sobre o mundo muito secreto da joalheria e compartilhar seu bem mais precioso: seu savoir-faire. O objetivo desta escola é compartilhar dicas, ajudar a entender e, em poucas palavras, revelar a essência dessa arte excepcional. A escola está aberta a todos aqueles que amam a beleza, seja ele público em geral, apreciadores ou profissionais, oferecendo um método único de descoberta e de aprendizado para os apaixonados por joias, amantes da beleza ou simplesmente curiosos, e qualquer pessoa que queira adquirir conhecimento especializado desse mundo fascinante. Um panorama da história das joias, os diferentes simbolismos de pedras e gemas, dicas de consultoria de estilo, a trajetória da grife francesa, o processo de criação completo de uma peça com a equipe criativa da Maison e técnicas como o posicionamento de pedras sem uma base visível (chamada Mystery Setting) estão entre os temas das aulas.
Realize seus sonhos
Design to your Dreams é um evento reservado aos clientes da VAN CLEEF & ARPELS que os convida a uma conversa especial e única com os seus designers. Os sonhos tornam-se esboços à medida que os clientes participam da fase inicial de concepção das peças de alta joalheria, guiada pela criatividade dos designers. Esses primeiros esboços serão finalizados e adquirirão forma em uma peça única pelas mãos de virtuosos mestres joalheiros dos ateliês da grife na Place Vendôme. Inspirados pelo universo encantador da Maison, pelos acontecimentos da vida ou por uma pedra de família, os clientes tem a oportunidade de criar a joia dos seus sonhos. A marca também disponibiliza a sua excepcional seleção de pedras para inspirar qual for a imaginação.
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1906
● Fundador: Alfred Van Cleef e Charles Arpels
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Compagnie Financière Richemont S.A.
● Capital aberto: Não
● Chairman: Yves-Andre Istel
● CEO: Nicolas Bos
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: + 85
● Presença global: 55 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Segmento: Joalheria de luxo
● Principais produtos: Joias, relógios e perfumes
● Concorrentes diretos: Cartier, Bulgari, Tiffany & Co., Boucheron e Harry Winston
● Ícones: Joias floridas e peças que evocam libélulas e borboleta
● Website: www.vancleefarpels.com
A marca no mundo
Os exclusivos produtos da VAN CLEFF & ARPELS são comercializados através de uma pequena rede de pouco mais de 85 lojas próprias em 55 países, sendo encontrados também nas mais luxuosas e sofisticadas lojas de departamento do mundo. Em 2012 a tradicional joalheria inaugurou sua primeira loja no Brasil, localizada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, que oferece as mais recentes coleções de alta joalheria da marca, assim como peças clássicas e as linhas de noivas e de relógios.
Você sabia?
● Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as joias da grife.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Fonte: Mundo das Marcas. Consultado pela última vez em 4 de julho de 2022.
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Biografia Van Cleef & Arpels Oficial
Era uma vez uma história de amor e pedras preciosas. Tudo começou em 1895, no coração de Paris, com o casamento de Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidário. O jovem casal compartilhava os mesmos valores: um espírito de entusiasmo e inovação, um senso de família e uma paixão por pedras preciosas.
Em 1906, a Maison Van Cleef & Arpels nasceu no número 22 da Place Vendôme, unindo esses dois nomes em um destino comum e adornado com jóias. Sua filha Renée Puissant tornou-se Diretora Artística da Maison em 1926. Com audácia e imaginação, ela criou um estilo distinto e eminentemente reconhecível para a Van Cleef & Arpels.
Histórias de amor na Van Cleef & Arpels
Era uma vez uma Maison nascida de uma história de amor: a história da Van Cleef & Arpels remonta a 1895, quando Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, casou-se com Alfred Van Cleef, filho de um lapidário e negociador de diamantes. Em 1906, eles se associaram aos irmãos de Estelle – Charles, seguido por Julien e mais tarde Louis – para abrir a primeira boutique Van Cleef & Arpels na 22 Place Vendôme, em um bairro parisiense conhecido por sua elegância.
Desde então, o comercial “&” tem sido um vínculo perpétuo, simbolizando a união de indivíduos e experiências, a convergência de excelência e poesia que distingue as criações da Van Cleef & Arpels.
Eterna fonte de inspiração para a Maison, o amor permeia suas criações desde o início: na verdade, a primeira peça mencionada nos registros de vendas de 1906 é um coração de diamantes. Nos anos seguintes, muitas criações foram desenhadas para celebrar famosas histórias de amor, como a do Duque e da Duquesa de Windsor e o casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco. Expressões de amor são um destaque constante em cada uma das coleções da Maison: anéis de noivado e alianças de casamento, além dos relógios e criações de Alta Joalheria.
O amor impõe seu próprio ritmo na Poetry of Time na Van Cleef & Arpels, apresentando uma visão da relojoaria imbuída de sonhos e emoções. Ilustração perfeita desse espírito, a coleção Pont des Amoureux celebra a intensidade de um encontro muito esperado, retratando duas figuras que se aproximam para um beijo.
Os relógios de Alta Joalheria Histoires d'Amour ecoam o mesmo tema em contos de amantes lendários. Em homenagem a três casais míticos – Aida e Radamés, Ulisses e Penélope, e Tristão e Isolda – pedras preciosas entrelaçadas e mostradores habilmente ocultos refinam a arte do mistério: uma ode ao amor. Capturado em todo seu poder evocativo e maravilhoso.
Em 2019, a Van Cleef & Arpels reinterpretou a obra-prima de William Shakespeare, Romeu e Julieta. Inspirada pela paixão atemporal desses amantes perdidos, a Maison criou uma coleção de Alta Joalheria que combina a linguagem do romance e a das pedras preciosas.
Fonte: Histórias de amor na Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux
Enriquecendo a busca por excelência com um pendor para a beleza e harmonia, a Van Cleef & Arpels inspirou-se largamente no universo da dança. A arte do balé empresta um toque gracioso e uma encantadora aura de poesia às joias e delicadas figuras femininas da Maison.
O vínculo duradouro entre a Van Cleef & Arpels e a dança data dos anos 1920. Na época, Louis Arpels, um fã fervoroso do balé, frequentemente levava seu sobrinho Claude à Ópera de Paris. Sob a sua liderança, os primeiros broches ballerina da Maison foram criados em Nova York, no começo dos anos 1940, vindo a tornar-se peças de assinatura da Van Cleef & Arpels. Apresentando uma face de diamante lapidação rosa complementada por um precioso enfeite, essas figuras de bailarinas são representadas com sapatilhas de ponta e tutus feitos de diamantes ou pedras coloridas que parecem fluir, ecoando os movimentos das dançarinas. Suas posturas suspensas e a beleza de suas roupas encantam todos que as contemplam, em particular os colecionadores.
O vínculo que une a Van Cleef & Arpels e o mundo da dança se tornou ainda mais forte em 1961, quando Claude Arpels conheceu o famoso coreógrafo George Balanchine, co-fundador do New York City Ballet. Sua paixão em comum por pedras preciosas deu origem ao Jewels, um balé criado por Balanchine em 1967. Neste tríptico não narrativo inspirado nas esmeraldas, rubis e diamantes, cada gema se torna o centro das atenções em um ato. Cada parte apresenta músicas de um compositor diferente: Gabriel Fauré para as Esmeraldas, Igor Stravinsky para os Rubis e Pyotr Ilyich Tchaikovsky para os Diamantes.
Hoje, a Maison mantém estreito relacionamento com o mundo da dança em diversas colaborações e iniciativas de patrocínio. Desde 2012 ela apoia o grupo de dança L.A. Dance Project, fundado pelo dançarino e coreógrafo francês Benjamin Millepied. A Van Cleef & Arpels também encoraja a inovação e os novos talentos nas áreas de criação coreográfica através da sua parceria com a comunidade filantrópica Fedora. Desde 2015, o “Prêmio de Balé FEDORA – VAN CLEEF & ARPELS” anual premia a excelência nas produções de dessa arte.
Em 2020, a Van Cleef & Arpels compôs um novo capítulo dessa longa história com a dança, lançando Dance Reflections de Van Cleef & Arpels. Essa iniciativa da Maison apoia artistas e instituições com a divulgação de repertórios coreográficos, ao mesmo tempo em que promove novas criações. Para enriquecer as parcerias artísticas, um grande evento será organizado anualmente em várias regiões do mundo.
Fonte: Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Buquês da Van Cleef & Arpels
A natureza é uma das principais fontes de inspiração da Maison, imbuindo as criações de vitalidade e graça poética. Dos broches de diamantes nos anos 1920 às peças de joalheria contemporâneas, os motivos florais estão no centro do universo da Van Cleef & Arpels.
Encantada pelas constantes metamorfoses que encantam o mundo das plantas, a Maison ecoa as infinitas formas e nuances da flora, cristalizando a leveza de um buquê ou o frescor das flores silvestres. No meio de uma primavera eterna e encantadora, papoulas comungam com margaridas, lírios do vale se misturam com flores de cerejeira, e todas se transformam em joias pelos Mains d’Or™ nos ateliês da Place Vendôme. A Van Cleef & Arpels aplica seu icônico savoir-faire em vários campos para dar vida a criações excepcionais: por exemplo, a exímia técnica Mystery Set™ , patenteada pela Maison em 1933, transmite uma qualidade aveludada ao broche Pivoine (1937), originalmente um broche duplo representando duas flores de rubi, uma em total florescência, enquanto a outra está meio fechada.
Pétalas delicadas, cravejadas com pedras preciosas ou ornamentais, realçam os requintados materiais que as compõem. A coleção Rose de Noël™, de 1970, e a coleção Cosmos, de 1981, exibem corolas em madrepérola, coral e ônix. A coleção Frivole, apresentada em 2003, brilha com flores preciosas em ouro com polimento espelhado – uma tradicional técnica de fabricação de joias que resulta em um intenso jogo de luz na superfície do metal.
Fonte: Buquês da Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium
Com os relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium, a Van Cleef & Arpels concentra o céu em dois relógios de pulso, um masculino e outro feminino.
Fiéis à visão da Maison do Poetic Astronomy®, estes relógios recriam a órbita de uma seleção de planetas ao redor do sol, mapeando suas posições ao longo de cada dia.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Para ver as horas, basta que o usuário olhe para a estrela cadente, um amuleto dos mais caros à Maison. Localizada no perímetro do mostrador, a estrela completa seu circuito em 12 horas no relógio Lady Arpels Planétarium e em 24 horas no Midnight Planétarium.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Relógio Midnight Planétarium
Nesta versão original masculina, o relógio Midnight Planétarium captura a Terra e cinco de seus vizinhos no sistema solar (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) em seus giros ao redor de um Sol de ouro rosa. Cada planeta, representado por uma pedra ornamental meticulosamente lapidada, segue seu ritmo real em relação ao Sol: Saturno leva mais de 29 anos para dar a volta ao mostrador, enquanto Júpiter leva quase 12 anos; Marte, 687 dias; a Terra, 365 dias; Vênus, 224 dias e Mercúrio, 88 dias.
O usuário do relógio Midnight Planétarium também pode escolher seu dia da sorte: na data selecionada, a Terra se posicionará imediatamente abaixo da estrela gravada no cristal de safira.
Relógio Lady Arpels Planétarium
O relógio Lady Arpels Planétarium oferece uma visão feminina do cosmos, representando o Sol e seus três planetas mais próximos: Mercúrio, Vênus e a Terra, acompanhada de seu satélite natural, a Lua. A Lua, com um recurso desenvolvido exclusivamente para esta peça, gira ao redor da Terra em 29,5 dias, dando mais um toque de graça ao balé celestial que se desenrola dia após dia no mostrador.
Fonte: Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planetarium. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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A coleção Alhambra, ícone da joalheria desde 1968
Em 1968, a Van Cleef & Arpels criou um verdadeiro ícone da sorte: a coleção Alhambra®. O motivo associado, inspirado no trevo de quatro folhas, gerou as mais diversas criações.
História da Coleção Alhambra
Como um dos valores estimados à Maison, a sorte é a luz perene que guia a Van Cleef & Arpels, inspirando algumas de suas criações mais icônicas. Os motivos de trevo de quatro folhas aparecem pela primeira vez nos arquivos da Maison a partir dos anos 1920, decorando criações especiais ao longo dos anos junto de outros símbolos de boa sorte, como talismãs em madeira, amuletos e fadas benevolentes. Jacques Arpels, sobrinho do casal fundador e ávido colecionador, frequentemente colhia trevos de quatro folhas no seu jardim, oferecendo-os aos seus empregados como amuletos da sorte.
“Para ter sorte, você tem que acreditar na sorte", Jacques Arpels gostava de falar.
Em 1968 a Maison criou o primeiro colar longo Alhambra®, composto de 20 motivos no formato de trevo em ouro amarelo estriado e adornados de contas de ouro. Esse design simbólico alcançou sucesso imediato, reconhecido em todo mundo como um símbolo de sorte, emblemático da Van Cleef & Arpels.
Uma verdadeira exclusividade da Maison, a coleção Alhambra se reinventa consistentemente desde décadas passadas até a atual coleção, enriquecida pelos mais variados materiais, cores e símbolos.
Fonte: A Coleção Alhambra. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Coleção Alhambra
Criada em 1968 pela Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra® tornou-se símbolo atemporal de sorte. Linhas puras, inspiradas no trevo de quatro folhas, são ornadas pelo contorno de contas e pelos mais diversos materiais naturais. As variações de cores brilhantes refletem a criatividade da Maison.
Mantendo os altos padrões da Maison, as pedras duras que decoram as criações foram selecionadas entre os materiais mais belos. O charme da ágata vem da suavidade da sua cor azul, enquanto a madrepérola branca foi escolhida pela delicadeza da iridescência, acentuada por cuidadoso polimento.
Fiel à tradição de excelência da Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra reflete todo o savoir-faire de uma Maison de Alta Joalheria. Diversas especialidades foram reunidas para cada peça, do lapidário ao joalheiro, do cravador ao polidor.
Fonte:
Crédito fotográfico: Logo Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
Van Cleef & Arpels (Paris, França, 1906) é uma empresa francesa de comércio e fabricação de jóias e relógios, fundada por Alfred Van Cleef e seu sogro Salomon Arpels. Atualmente faz parte do grupo suíço Richemont (Compagnie Financière Richemont SA). Suas jóias são mundialmente conhecidas pela beleza, exclusividade, qualidade e sofisticação. A marca criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Entre as coleções, a Alhambra é atemporal e líder de vendas. As atrizes Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as jóias da grife.
Biografia – Mundo das Marcas
A história
A marca sempre se inspirou na excepcional energia criativa do amor. Afinal, foi justamente o amor que fez com que a Maison existisse. A história começou em 1895, igualmente a um final de conto de fadas, com um casamento dos sonhos entre Estelle Poidevin Arpels, filha de um negociante de pedras preciosas e irmã de dois peritos em gemologia, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidador oriundo de Amsterdã. Pouco tempo depois da união, Alfred associou-se a seu cunhado, Charles, para estabelecer um negócio no ramo de joias e pedras preciosas. A partir do dia 16 de junho de 1906, o nome VAN CLEEF & ARPELS, agora registrado como marca, se estabeleceu no número 22 da badalada e sofisticada Place Vendôme, em Paris, em frente ao suntuoso hotel Ritz, com a abertura de sua primeira loja. Com isso se tornou uma das primeiras Maison de luxo da França.
Desde o início, a joalheria oferecia aos seus clientes a possibilidade de encomendar a joia dos seus sonhos. Criado por volta de 1908, o barco Varuna foi um dos primeiros pedidos especiais da Maison. Feito de ébano, esmalte verde e branco, rubis, ouro e jaspe (e equipado com um contato elétrico para um sino de mordomo), essa encomenda original foi provavelmente feita por Eugene Higgins, uma figura proeminente da sociedade de Nova York no final do século XIX. Rapidamente, seus cunhados, Julien (um excelente lapidário) e Jules (especialista em gemas), se juntaram ao negócio. O outro irmão, Louis, um exímio comerciante que usava grandes doses de charme para seduzir clientes da alta sociedade europeia, juntou-se aos demais seis anos depois. Esta combinação de talentos foi a chave para o sucesso da VAN CLEEF & ARPELS que, no entanto, não chegou tão rápido.
Em meados da década de 1920, a marca ainda estava tentando se estabelecer como uma estrela no mercado da joalheria de luxo parisiense. O reconhecimento, e com ele o sucesso e as encomendas de clientes da alta sociedade europeia e americana veio em 1925 com a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, onde a joalheria conquistou o “Grand Prix” com um bracelete cujo design era um ramalhete de rosas feitas de rubis e diamantes, com a folhagem em esmeraldas. Para sua confecção foram utilizados 463 brilhantes redondos, 293 rubis e 108 esmeraldas em uma estrutura em platina, o mais precioso dos metais. Desse momento em diante, a paixão pelas mais belas e raras pedras preciosas, aliada à exigência de qualidade e a aventura incessante de ousar novas criações, elevou a marca VAN CLEEF & ARPELS à um estilo luxuoso e original, que rapidamente foi adotado por aristocratas, ricos e famosos. Inúmeros noivados e casamentos de cabeças coroadas e da nobreza mais distinta serviram de elo entre a luxuosa marca e grandes acontecimentos. Uma joia da marca era, acima de tudo, uma promessa de felicidade. Ainda nesta década a joalheria começou a criar suntuosos relógios adornados com joias.
Em 1933, a joalheria criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Uma das dificuldades dessa técnica era a necessidade de escavar sulcos precisamente iguais nos lados opostos de cada gema. Para conseguir, usavam lâminas serrilhadas feitas de seda endurecida, recobertas com pó de diamantes. Muitas gemas eram quebradas durante o processo da escavação dos sulcos. Claramente, isso aumentava as despesas, e consequentemente o valor final da joia, já que cada gema quebrada, como um rubi da Birmânia, por exemplo, tinha que ser reposta por outra exatamente igual. Em algumas das peças mais importantes da Maison foram utilizadas centenas de gemas, e meses de trabalho manual extenuante. A técnica é tão complexa que, para produzir um único broche, é preciso nada menos do que 300 horas de trabalho.
As primeiras joias produzidas com a técnica da cravação invisível usaram o que foi chamado de “trilhos em T”: a gema, com os sulcos esculpidos, era pressionada para encaixar nos trilhos feitos no metal precioso. Outra maneira, também bastante trabalhosa, era colocar as gemas em uma espécie de grade de ouro e então as posicionar uma a uma no lugar por meio de fios lisos e chatos de ouro que eram passados pelos sulcos nas mesmas. É claro que cada gema tinha não somente que ter seus sulcos escavados nos lugares necessários, mas também ser facetada perfeitamente de forma a ocupar sua posição ao lado de outra gema, concorrendo para a beleza do design escolhido. Era imperativo que o lapidário trabalhasse lado a lado com os ourives. As joias com essa técnica foram um imenso sucesso, e por duas décadas a grife produziu e vendeu um grande número de peças decoradas com gemas em cravação invisível. No entanto, com as mudanças de estilo da década de 1950, a cravação invisível perdeu muito do seu apelo, retornando somente em meados dos anos de 1980.
Durante a década de 1930, em sua lista de encomendas constavam os nomes mais célebres, e a criação de joias raras e exclusivas se associou às mais prestigiadas ocasiões, como por exemplo, os presentes de aniversário que o príncipe de Gales (Edward VIII) oferecia a Wallis Simpson ou o conjunto de joias (composto por um colar, um par de brincos de pressão e uma tiara) que serviram de adorno no casamento da princesa egípcia Fawzia com o Xá do Irã (Reza Pahlavi) em 1939. Progressivamente, a segunda geração da família se juntou ao negócio. Ainda em 1939, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, a família Arpels imigrou para os Estados Unidos e abriu sua primeira loja em Palm Beach na Flórida, seguida, logo depois, em 1945, de outra unidade na charmosa 5ª Avenida em Nova York. A filial americana se adaptou rapidamente, criando modelos populares influenciados por personagens famosos das histórias em quadrinhos e por outros ícones americanos. Depois, a VAN CLEEF & ARPELS se tornaria a primeira joalheria francesa a inaugurar lojas no Japão (1973) e na China.
A grife se tornou a fornecedora oficial do Principado de Mônaco, após desenvolver peças exclusivas para o casamento da Princesa Grace Kelly, em 1956. Na coleção, um conjunto de diamantes e pérolas, presente pessoal do Príncipe Rainier, e um bracelete de diamantes, encomendado pelo Conselho Nacional e Municipal do Principado. Em 1967, VAN CLEEF & ARPELS foi responsável por fazer a coroa e o conjunto de joias (uma suntuosa coroa adornada de pedras preciosas e um colar de esmeraldas) para a coroação de Farah Palhavi, imperatriz do Irã, e deste modo assinou uma das suas mais emblemáticas criações, envolta em uma aura de aventura. As pedras preciosas que deviam ser utilizadas para criar essas joias não podiam sair do interior da fabulosa Sala do Tesouro de Teerã, o que levou Pierre Arpels a fazer 24 longas viagens até o local para realizar os últimos detalhes da sua criação, que demorou longos seis meses para ficar pronta. First, o primeiro perfume da joalheria, foi criado em 1976. Rapidamente essa obra-prima passou a fazer parte dos “grands floraux”, raros e preciosos clássicos da alta perfumaria francesa.
Em 1987, as propagandas da VAN CLEEF & ARPELS passaram a retratar suas joias nas obras de Modigliani, Botticelli, Rodin e Maillol. Quase na virada do milênio, em 1999, a tradicional joalheria foi adquirida pelo conglomerado de luxo Compagnie Financière Richemont. Em 2009, a joalheria francesa, que tem como maior rival a conterrânea Cartier, apesar de não esperar uma melhoria significativa nas vendas, deu prosseguimento ao seu plano de expansão internacional e inaugurou novas butiques em grandes cidades espalhadas pelo mundo. A ideia era manter sua tradição de inaugurar lojas mesmo em tempos de crise, assim como o fez, por exemplo, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial e a rede abriu sua primeira filial em Nova York. A primeira ação foi inaugurar um corner dentro da sofisticada loja de departamento Neiman Marcus, em São Francisco na Califórnia. Nos anos seguintes a VAN CLEEF & ARPELS se expandiu pela Ásia (sobretudo Arábia Saudita, Jordânia e Kuwait) e na Europa (mais especificamente, em Milão). Hoje, fiel à sua tradição e observando a arte contemporânea de viver, a grife francesa cria suas joias sem ostentação, com uma poesia cativante e luminosa.
A linha do tempo
1923
● Criação do primeiro relógio com pulseira de couro, feito em ouro amarelo e branco.
1930
● Criação da MINAUDIÉRE, uma pequena e delicada caixinha para guardar batons, chaves, isqueiros, cigarros e pó compacto, reunindo o infinito feminino em um objeto minúsculo.
1935
● Lançamento da pulseira LUDO HEXAGONE, cujo design consistia em uma faixa articulada com pequenos hexágonos, normalmente em ouro amarelo, mas às vezes em platina.
● Lançamento do emblemático relógio de pulso CADENAS ou “cadeado” em francês, que se tornou um forte símbolo da união e da aliança entre duas famílias ou duas pessoas. Diz a lenda que o Duque ou a Duquesa de Windsor sugeriu originalmente esse conceito para o relógio. Desde então, tem sido uma característica permanente de suas coleções de relógios.
1937
● Criação do PIVOINE, um conjunto de dois broches, um com uma flor fechando-se e o outro com uma flor abrindo-se. Este broche excepcional contém 706 rubis pesando 71 quilates e 239 diamantes pesando 29,72 quilates, em uma estrutura de platina. Foi comprado em 1946 por Mahmoud Fakhry Pacha, então embaixador egípcio em Paris.
1938
● Lançamento do espetacular e raro bracelete PASSE-PARTOUT, que possibilitava um sem número de possibilidades em sua utilização. É um dos primeiros exemplos de peças transformáveis das quais a joalheria foi pioneira.
1949
● Criação do relógio COUSCOUS MARGUERITE.
1951
● Lançamento do colar ZIP, que podia ser aberto e fechado como um zíper. A deslumbrante peça continha um laço de rubis, esmeraldas ou safiras.
1967
● Entre as encomendas especiais que a grife criou para Maria Callas ao longo dos anos, vale destacar o famoso broche de cinco folhas em diamantes e rubis birmaneses, criado nesse ano. O broche de platina era cravejado com rubis ovais birmaneses corte almofada, redondo, marquise e diamantes corte baguete. O peso total dos rubis é de 15,77 quilates e dos diamantes, de 16,35 quilates. A famosa soprano usou o broche em diversas ocasiões.
1968
● Lançamento do colar com o assombroso desenho da flor Alhambra.
1969
● Criação do famoso relógio em forma de cavalete que foi oferecido como presente de Natal ao pintor espanhol Pablo Picasso pelo Presidente da República Francesa. A seguinte inscrição está gravada em sua parte posterior: “A Pablo Picasso, Maître des Maîtres 25-VII-1969” (“Para Pablo Picasso, Mestre dos Mestres, 25-VII-1969”).
1979
● Criação do famoso relógio SKELETON.
1989
● Lançamento do perfume masculino TSAR, que se encontrava dentro do mesmo conceito de fragrância olfativa atemporal. Ele renasceu em 2003, em um novo frasco, com design mais refinado e masculino. 1998
● Lançamento do relógio GALILÉE, que apresentava um giro completo do mostrador em permanente verticalidade. Um urso estelar, que brilha com mais de 2.300 diamantes, gira em círculos sob uma lua de cristal. A cena celestial homenageia Galileu e ofereceu uma bela interpretação da Poetry of Time™.
2000
● Lançamento do broche MILLÉNAIRE, representado por duas rosas e cravejado de diamantes.
2001
● Lançamento do anel com uma flor de Lótus.
2002
● Lançamento da fragrância feminina MURMURE, que unia a forma contemporânea da flor, ao requinte eterno da marca francesa.
2004
● Lançamento da LES SAISONS, uma reinterpretação do frescor das quatro estações do ano em águas de toillette.
● Criação da colação LACQUERED BUTTERFLIES em colaboração com o senhor Junichi Hakose, um talentoso artesão japonês especializado em lacagem. Estas requintadas borboletas combinam história e natureza.
2006
● Lançamento, em fevereiro, em parceria com a Montblanc, da caneta mais cara e luxuosa do mundo, chamada apropriadamente de “Mystery Marterpiece”, como parte das comemorações pelo centenário de ambas as marcas. Cada caneta tinha seu corpo em ouro branco, adornado por safiras, esmeraldas ou rubis, e com 840 diamantes acentuando o luxo da peça. Todas as gemas foram cravadas com uma nova variação do método da cravação misteriosa. Esta variação escondia completamente o metal precioso usado para segurar a gema na peça, e o resultado era a ilusão de que as gemas “flutuavam” na superfície da caneta. A tampa possuía a estrela, marca registrada da Montblanc, cravejada de diamantes redondos enquanto que uma borboleta em ouro branco com diamantes repousava sobre o clip. Somente nove exemplares foram produzidos. Lançada através de uma espetacular campanha de marketing, cada caneta foi colocada à venda por US$ 730.000, nas principais lojas de ambas as marcas no mundo.
● Lançamento, em homenagem ao centenário da marca, da excepcional coleção PIERRES de CARACTÉRE. Os peritos da VAN CLEEF & ARPELS deslocaram-se aos quatro cantos do mundo em busca de pedras preciosas de rara e superior qualidade. Estas pedras foram depois trabalhadas e montadas de acordo com um estilismo invulgar, para renascerem em 100 peças extraordinárias que reafirmam o rigor, o critério e o estilo apurado e artístico que sempre nortearam a filosofia da marca.
2008
● Lançamento do FÉERIE, um perfume que se aproximou a uma joia de luxo. Joel Desgrippes, que criou seu frasco, foi encarregado de trazer ao perfume elementos que remetiam as fadas e a magia.
● Lançamento da coleção PERLÉE, onde cada peça contém um desejo. Os pingentes, anéis, brincos e pulseiras dessa coleção transformam esses desejos em uma cascata cintilante de serenidade e delicadeza.
2010
● Lançamento da coleção de joias LES VOYAGES EXTRAORDINAIRES™, inspirada nas Viagens Extraordinárias de Jules Verne. Usadas juntas, essas preciosidades prestam tributo à natureza e sua beleza majestosa, bem como ao pioneirismo.
● Lançamento do perfume masculino MIDNIGHT in PARIS.
A emblemática loja da Place Vendôme
Há poucos anos atrás, a marca reinaugurou sua tradicional loja âncora localizada no N.º 22 da Place Vendôme, o que também culminou com a comemoração do centenário da marca. Inaugurada em 1954 e conhecida como “La Boutique”, inicialmente essa loja oferecia uma linha mais jovial e mais acessível de joias para uma gama mais ampla de clientes, como broches com desenhos de animais em estilo cartoon que acrescentaram uma nota lúdica às criações da marca. Esses pequenos broches charmosos eram presentes encantadores, e até mesmo ícones como Grace Kelly e Jackie Kennedy Onassis não resistiram em colecioná-los. A loja, que está localizada no histórico centro que reúne a alta joalheria francesa, ao lado de marcas como Boucheron e Cartier, possui estilo vintage, expondo suas joias em salas interligadas, enquanto as peças mais raras e caras são apresentadas em luxuosas salas reservadas. Essas salas também poderão ser reservadas para consumidores que queiram marcar uma hora com Catherine Cariou, responsável pelo patrimônio da empresa, para comprar ou vender antiguidades da grife. A loja é extremamente famosa por sua exuberante decoração de vitrines na época de natal.
A escola
Em 2012, a marca inaugurou a L’ÉCOLE, uma escola cujo objetivo é lançar uma luz sobre o mundo muito secreto da joalheria e compartilhar seu bem mais precioso: seu savoir-faire. O objetivo desta escola é compartilhar dicas, ajudar a entender e, em poucas palavras, revelar a essência dessa arte excepcional. A escola está aberta a todos aqueles que amam a beleza, seja ele público em geral, apreciadores ou profissionais, oferecendo um método único de descoberta e de aprendizado para os apaixonados por joias, amantes da beleza ou simplesmente curiosos, e qualquer pessoa que queira adquirir conhecimento especializado desse mundo fascinante. Um panorama da história das joias, os diferentes simbolismos de pedras e gemas, dicas de consultoria de estilo, a trajetória da grife francesa, o processo de criação completo de uma peça com a equipe criativa da Maison e técnicas como o posicionamento de pedras sem uma base visível (chamada Mystery Setting) estão entre os temas das aulas.
Realize seus sonhos
Design to your Dreams é um evento reservado aos clientes da VAN CLEEF & ARPELS que os convida a uma conversa especial e única com os seus designers. Os sonhos tornam-se esboços à medida que os clientes participam da fase inicial de concepção das peças de alta joalheria, guiada pela criatividade dos designers. Esses primeiros esboços serão finalizados e adquirirão forma em uma peça única pelas mãos de virtuosos mestres joalheiros dos ateliês da grife na Place Vendôme. Inspirados pelo universo encantador da Maison, pelos acontecimentos da vida ou por uma pedra de família, os clientes tem a oportunidade de criar a joia dos seus sonhos. A marca também disponibiliza a sua excepcional seleção de pedras para inspirar qual for a imaginação.
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1906
● Fundador: Alfred Van Cleef e Charles Arpels
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Compagnie Financière Richemont S.A.
● Capital aberto: Não
● Chairman: Yves-Andre Istel
● CEO: Nicolas Bos
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: + 85
● Presença global: 55 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Segmento: Joalheria de luxo
● Principais produtos: Joias, relógios e perfumes
● Concorrentes diretos: Cartier, Bulgari, Tiffany & Co., Boucheron e Harry Winston
● Ícones: Joias floridas e peças que evocam libélulas e borboleta
● Website: www.vancleefarpels.com
A marca no mundo
Os exclusivos produtos da VAN CLEFF & ARPELS são comercializados através de uma pequena rede de pouco mais de 85 lojas próprias em 55 países, sendo encontrados também nas mais luxuosas e sofisticadas lojas de departamento do mundo. Em 2012 a tradicional joalheria inaugurou sua primeira loja no Brasil, localizada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, que oferece as mais recentes coleções de alta joalheria da marca, assim como peças clássicas e as linhas de noivas e de relógios.
Você sabia?
● Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as joias da grife.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Fonte: Mundo das Marcas. Consultado pela última vez em 4 de julho de 2022.
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Biografia Van Cleef & Arpels Oficial
Era uma vez uma história de amor e pedras preciosas. Tudo começou em 1895, no coração de Paris, com o casamento de Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidário. O jovem casal compartilhava os mesmos valores: um espírito de entusiasmo e inovação, um senso de família e uma paixão por pedras preciosas.
Em 1906, a Maison Van Cleef & Arpels nasceu no número 22 da Place Vendôme, unindo esses dois nomes em um destino comum e adornado com jóias. Sua filha Renée Puissant tornou-se Diretora Artística da Maison em 1926. Com audácia e imaginação, ela criou um estilo distinto e eminentemente reconhecível para a Van Cleef & Arpels.
Histórias de amor na Van Cleef & Arpels
Era uma vez uma Maison nascida de uma história de amor: a história da Van Cleef & Arpels remonta a 1895, quando Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, casou-se com Alfred Van Cleef, filho de um lapidário e negociador de diamantes. Em 1906, eles se associaram aos irmãos de Estelle – Charles, seguido por Julien e mais tarde Louis – para abrir a primeira boutique Van Cleef & Arpels na 22 Place Vendôme, em um bairro parisiense conhecido por sua elegância.
Desde então, o comercial “&” tem sido um vínculo perpétuo, simbolizando a união de indivíduos e experiências, a convergência de excelência e poesia que distingue as criações da Van Cleef & Arpels.
Eterna fonte de inspiração para a Maison, o amor permeia suas criações desde o início: na verdade, a primeira peça mencionada nos registros de vendas de 1906 é um coração de diamantes. Nos anos seguintes, muitas criações foram desenhadas para celebrar famosas histórias de amor, como a do Duque e da Duquesa de Windsor e o casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco. Expressões de amor são um destaque constante em cada uma das coleções da Maison: anéis de noivado e alianças de casamento, além dos relógios e criações de Alta Joalheria.
O amor impõe seu próprio ritmo na Poetry of Time na Van Cleef & Arpels, apresentando uma visão da relojoaria imbuída de sonhos e emoções. Ilustração perfeita desse espírito, a coleção Pont des Amoureux celebra a intensidade de um encontro muito esperado, retratando duas figuras que se aproximam para um beijo.
Os relógios de Alta Joalheria Histoires d'Amour ecoam o mesmo tema em contos de amantes lendários. Em homenagem a três casais míticos – Aida e Radamés, Ulisses e Penélope, e Tristão e Isolda – pedras preciosas entrelaçadas e mostradores habilmente ocultos refinam a arte do mistério: uma ode ao amor. Capturado em todo seu poder evocativo e maravilhoso.
Em 2019, a Van Cleef & Arpels reinterpretou a obra-prima de William Shakespeare, Romeu e Julieta. Inspirada pela paixão atemporal desses amantes perdidos, a Maison criou uma coleção de Alta Joalheria que combina a linguagem do romance e a das pedras preciosas.
Fonte: Histórias de amor na Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux
Enriquecendo a busca por excelência com um pendor para a beleza e harmonia, a Van Cleef & Arpels inspirou-se largamente no universo da dança. A arte do balé empresta um toque gracioso e uma encantadora aura de poesia às joias e delicadas figuras femininas da Maison.
O vínculo duradouro entre a Van Cleef & Arpels e a dança data dos anos 1920. Na época, Louis Arpels, um fã fervoroso do balé, frequentemente levava seu sobrinho Claude à Ópera de Paris. Sob a sua liderança, os primeiros broches ballerina da Maison foram criados em Nova York, no começo dos anos 1940, vindo a tornar-se peças de assinatura da Van Cleef & Arpels. Apresentando uma face de diamante lapidação rosa complementada por um precioso enfeite, essas figuras de bailarinas são representadas com sapatilhas de ponta e tutus feitos de diamantes ou pedras coloridas que parecem fluir, ecoando os movimentos das dançarinas. Suas posturas suspensas e a beleza de suas roupas encantam todos que as contemplam, em particular os colecionadores.
O vínculo que une a Van Cleef & Arpels e o mundo da dança se tornou ainda mais forte em 1961, quando Claude Arpels conheceu o famoso coreógrafo George Balanchine, co-fundador do New York City Ballet. Sua paixão em comum por pedras preciosas deu origem ao Jewels, um balé criado por Balanchine em 1967. Neste tríptico não narrativo inspirado nas esmeraldas, rubis e diamantes, cada gema se torna o centro das atenções em um ato. Cada parte apresenta músicas de um compositor diferente: Gabriel Fauré para as Esmeraldas, Igor Stravinsky para os Rubis e Pyotr Ilyich Tchaikovsky para os Diamantes.
Hoje, a Maison mantém estreito relacionamento com o mundo da dança em diversas colaborações e iniciativas de patrocínio. Desde 2012 ela apoia o grupo de dança L.A. Dance Project, fundado pelo dançarino e coreógrafo francês Benjamin Millepied. A Van Cleef & Arpels também encoraja a inovação e os novos talentos nas áreas de criação coreográfica através da sua parceria com a comunidade filantrópica Fedora. Desde 2015, o “Prêmio de Balé FEDORA – VAN CLEEF & ARPELS” anual premia a excelência nas produções de dessa arte.
Em 2020, a Van Cleef & Arpels compôs um novo capítulo dessa longa história com a dança, lançando Dance Reflections de Van Cleef & Arpels. Essa iniciativa da Maison apoia artistas e instituições com a divulgação de repertórios coreográficos, ao mesmo tempo em que promove novas criações. Para enriquecer as parcerias artísticas, um grande evento será organizado anualmente em várias regiões do mundo.
Fonte: Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Buquês da Van Cleef & Arpels
A natureza é uma das principais fontes de inspiração da Maison, imbuindo as criações de vitalidade e graça poética. Dos broches de diamantes nos anos 1920 às peças de joalheria contemporâneas, os motivos florais estão no centro do universo da Van Cleef & Arpels.
Encantada pelas constantes metamorfoses que encantam o mundo das plantas, a Maison ecoa as infinitas formas e nuances da flora, cristalizando a leveza de um buquê ou o frescor das flores silvestres. No meio de uma primavera eterna e encantadora, papoulas comungam com margaridas, lírios do vale se misturam com flores de cerejeira, e todas se transformam em joias pelos Mains d’Or™ nos ateliês da Place Vendôme. A Van Cleef & Arpels aplica seu icônico savoir-faire em vários campos para dar vida a criações excepcionais: por exemplo, a exímia técnica Mystery Set™ , patenteada pela Maison em 1933, transmite uma qualidade aveludada ao broche Pivoine (1937), originalmente um broche duplo representando duas flores de rubi, uma em total florescência, enquanto a outra está meio fechada.
Pétalas delicadas, cravejadas com pedras preciosas ou ornamentais, realçam os requintados materiais que as compõem. A coleção Rose de Noël™, de 1970, e a coleção Cosmos, de 1981, exibem corolas em madrepérola, coral e ônix. A coleção Frivole, apresentada em 2003, brilha com flores preciosas em ouro com polimento espelhado – uma tradicional técnica de fabricação de joias que resulta em um intenso jogo de luz na superfície do metal.
Fonte: Buquês da Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium
Com os relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium, a Van Cleef & Arpels concentra o céu em dois relógios de pulso, um masculino e outro feminino.
Fiéis à visão da Maison do Poetic Astronomy®, estes relógios recriam a órbita de uma seleção de planetas ao redor do sol, mapeando suas posições ao longo de cada dia.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Para ver as horas, basta que o usuário olhe para a estrela cadente, um amuleto dos mais caros à Maison. Localizada no perímetro do mostrador, a estrela completa seu circuito em 12 horas no relógio Lady Arpels Planétarium e em 24 horas no Midnight Planétarium.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Relógio Midnight Planétarium
Nesta versão original masculina, o relógio Midnight Planétarium captura a Terra e cinco de seus vizinhos no sistema solar (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) em seus giros ao redor de um Sol de ouro rosa. Cada planeta, representado por uma pedra ornamental meticulosamente lapidada, segue seu ritmo real em relação ao Sol: Saturno leva mais de 29 anos para dar a volta ao mostrador, enquanto Júpiter leva quase 12 anos; Marte, 687 dias; a Terra, 365 dias; Vênus, 224 dias e Mercúrio, 88 dias.
O usuário do relógio Midnight Planétarium também pode escolher seu dia da sorte: na data selecionada, a Terra se posicionará imediatamente abaixo da estrela gravada no cristal de safira.
Relógio Lady Arpels Planétarium
O relógio Lady Arpels Planétarium oferece uma visão feminina do cosmos, representando o Sol e seus três planetas mais próximos: Mercúrio, Vênus e a Terra, acompanhada de seu satélite natural, a Lua. A Lua, com um recurso desenvolvido exclusivamente para esta peça, gira ao redor da Terra em 29,5 dias, dando mais um toque de graça ao balé celestial que se desenrola dia após dia no mostrador.
Fonte: Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planetarium. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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A coleção Alhambra, ícone da joalheria desde 1968
Em 1968, a Van Cleef & Arpels criou um verdadeiro ícone da sorte: a coleção Alhambra®. O motivo associado, inspirado no trevo de quatro folhas, gerou as mais diversas criações.
História da Coleção Alhambra
Como um dos valores estimados à Maison, a sorte é a luz perene que guia a Van Cleef & Arpels, inspirando algumas de suas criações mais icônicas. Os motivos de trevo de quatro folhas aparecem pela primeira vez nos arquivos da Maison a partir dos anos 1920, decorando criações especiais ao longo dos anos junto de outros símbolos de boa sorte, como talismãs em madeira, amuletos e fadas benevolentes. Jacques Arpels, sobrinho do casal fundador e ávido colecionador, frequentemente colhia trevos de quatro folhas no seu jardim, oferecendo-os aos seus empregados como amuletos da sorte.
“Para ter sorte, você tem que acreditar na sorte", Jacques Arpels gostava de falar.
Em 1968 a Maison criou o primeiro colar longo Alhambra®, composto de 20 motivos no formato de trevo em ouro amarelo estriado e adornados de contas de ouro. Esse design simbólico alcançou sucesso imediato, reconhecido em todo mundo como um símbolo de sorte, emblemático da Van Cleef & Arpels.
Uma verdadeira exclusividade da Maison, a coleção Alhambra se reinventa consistentemente desde décadas passadas até a atual coleção, enriquecida pelos mais variados materiais, cores e símbolos.
Fonte: A Coleção Alhambra. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Coleção Alhambra
Criada em 1968 pela Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra® tornou-se símbolo atemporal de sorte. Linhas puras, inspiradas no trevo de quatro folhas, são ornadas pelo contorno de contas e pelos mais diversos materiais naturais. As variações de cores brilhantes refletem a criatividade da Maison.
Mantendo os altos padrões da Maison, as pedras duras que decoram as criações foram selecionadas entre os materiais mais belos. O charme da ágata vem da suavidade da sua cor azul, enquanto a madrepérola branca foi escolhida pela delicadeza da iridescência, acentuada por cuidadoso polimento.
Fiel à tradição de excelência da Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra reflete todo o savoir-faire de uma Maison de Alta Joalheria. Diversas especialidades foram reunidas para cada peça, do lapidário ao joalheiro, do cravador ao polidor.
Fonte:
Crédito fotográfico: Logo Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
Van Cleef & Arpels (Paris, França, 1906) é uma empresa francesa de comércio e fabricação de jóias e relógios, fundada por Alfred Van Cleef e seu sogro Salomon Arpels. Atualmente faz parte do grupo suíço Richemont (Compagnie Financière Richemont SA). Suas jóias são mundialmente conhecidas pela beleza, exclusividade, qualidade e sofisticação. A marca criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Entre as coleções, a Alhambra é atemporal e líder de vendas. As atrizes Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as jóias da grife.
Biografia – Mundo das Marcas
A história
A marca sempre se inspirou na excepcional energia criativa do amor. Afinal, foi justamente o amor que fez com que a Maison existisse. A história começou em 1895, igualmente a um final de conto de fadas, com um casamento dos sonhos entre Estelle Poidevin Arpels, filha de um negociante de pedras preciosas e irmã de dois peritos em gemologia, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidador oriundo de Amsterdã. Pouco tempo depois da união, Alfred associou-se a seu cunhado, Charles, para estabelecer um negócio no ramo de joias e pedras preciosas. A partir do dia 16 de junho de 1906, o nome VAN CLEEF & ARPELS, agora registrado como marca, se estabeleceu no número 22 da badalada e sofisticada Place Vendôme, em Paris, em frente ao suntuoso hotel Ritz, com a abertura de sua primeira loja. Com isso se tornou uma das primeiras Maison de luxo da França.
Desde o início, a joalheria oferecia aos seus clientes a possibilidade de encomendar a joia dos seus sonhos. Criado por volta de 1908, o barco Varuna foi um dos primeiros pedidos especiais da Maison. Feito de ébano, esmalte verde e branco, rubis, ouro e jaspe (e equipado com um contato elétrico para um sino de mordomo), essa encomenda original foi provavelmente feita por Eugene Higgins, uma figura proeminente da sociedade de Nova York no final do século XIX. Rapidamente, seus cunhados, Julien (um excelente lapidário) e Jules (especialista em gemas), se juntaram ao negócio. O outro irmão, Louis, um exímio comerciante que usava grandes doses de charme para seduzir clientes da alta sociedade europeia, juntou-se aos demais seis anos depois. Esta combinação de talentos foi a chave para o sucesso da VAN CLEEF & ARPELS que, no entanto, não chegou tão rápido.
Em meados da década de 1920, a marca ainda estava tentando se estabelecer como uma estrela no mercado da joalheria de luxo parisiense. O reconhecimento, e com ele o sucesso e as encomendas de clientes da alta sociedade europeia e americana veio em 1925 com a Exposition Internationale des Arts Décoratifs et Industriels Modernes, onde a joalheria conquistou o “Grand Prix” com um bracelete cujo design era um ramalhete de rosas feitas de rubis e diamantes, com a folhagem em esmeraldas. Para sua confecção foram utilizados 463 brilhantes redondos, 293 rubis e 108 esmeraldas em uma estrutura em platina, o mais precioso dos metais. Desse momento em diante, a paixão pelas mais belas e raras pedras preciosas, aliada à exigência de qualidade e a aventura incessante de ousar novas criações, elevou a marca VAN CLEEF & ARPELS à um estilo luxuoso e original, que rapidamente foi adotado por aristocratas, ricos e famosos. Inúmeros noivados e casamentos de cabeças coroadas e da nobreza mais distinta serviram de elo entre a luxuosa marca e grandes acontecimentos. Uma joia da marca era, acima de tudo, uma promessa de felicidade. Ainda nesta década a joalheria começou a criar suntuosos relógios adornados com joias.
Em 1933, a joalheria criou e patenteou o Mystery Setting™, ou cravação misteriosa, um procedimento único que permite o encaixe das pedras preciosas lado a lado, resultando em uma montagem diferenciada e acabamento totalmente invisível. Uma das dificuldades dessa técnica era a necessidade de escavar sulcos precisamente iguais nos lados opostos de cada gema. Para conseguir, usavam lâminas serrilhadas feitas de seda endurecida, recobertas com pó de diamantes. Muitas gemas eram quebradas durante o processo da escavação dos sulcos. Claramente, isso aumentava as despesas, e consequentemente o valor final da joia, já que cada gema quebrada, como um rubi da Birmânia, por exemplo, tinha que ser reposta por outra exatamente igual. Em algumas das peças mais importantes da Maison foram utilizadas centenas de gemas, e meses de trabalho manual extenuante. A técnica é tão complexa que, para produzir um único broche, é preciso nada menos do que 300 horas de trabalho.
As primeiras joias produzidas com a técnica da cravação invisível usaram o que foi chamado de “trilhos em T”: a gema, com os sulcos esculpidos, era pressionada para encaixar nos trilhos feitos no metal precioso. Outra maneira, também bastante trabalhosa, era colocar as gemas em uma espécie de grade de ouro e então as posicionar uma a uma no lugar por meio de fios lisos e chatos de ouro que eram passados pelos sulcos nas mesmas. É claro que cada gema tinha não somente que ter seus sulcos escavados nos lugares necessários, mas também ser facetada perfeitamente de forma a ocupar sua posição ao lado de outra gema, concorrendo para a beleza do design escolhido. Era imperativo que o lapidário trabalhasse lado a lado com os ourives. As joias com essa técnica foram um imenso sucesso, e por duas décadas a grife produziu e vendeu um grande número de peças decoradas com gemas em cravação invisível. No entanto, com as mudanças de estilo da década de 1950, a cravação invisível perdeu muito do seu apelo, retornando somente em meados dos anos de 1980.
Durante a década de 1930, em sua lista de encomendas constavam os nomes mais célebres, e a criação de joias raras e exclusivas se associou às mais prestigiadas ocasiões, como por exemplo, os presentes de aniversário que o príncipe de Gales (Edward VIII) oferecia a Wallis Simpson ou o conjunto de joias (composto por um colar, um par de brincos de pressão e uma tiara) que serviram de adorno no casamento da princesa egípcia Fawzia com o Xá do Irã (Reza Pahlavi) em 1939. Progressivamente, a segunda geração da família se juntou ao negócio. Ainda em 1939, em decorrência da Segunda Guerra Mundial, a família Arpels imigrou para os Estados Unidos e abriu sua primeira loja em Palm Beach na Flórida, seguida, logo depois, em 1945, de outra unidade na charmosa 5ª Avenida em Nova York. A filial americana se adaptou rapidamente, criando modelos populares influenciados por personagens famosos das histórias em quadrinhos e por outros ícones americanos. Depois, a VAN CLEEF & ARPELS se tornaria a primeira joalheria francesa a inaugurar lojas no Japão (1973) e na China.
A grife se tornou a fornecedora oficial do Principado de Mônaco, após desenvolver peças exclusivas para o casamento da Princesa Grace Kelly, em 1956. Na coleção, um conjunto de diamantes e pérolas, presente pessoal do Príncipe Rainier, e um bracelete de diamantes, encomendado pelo Conselho Nacional e Municipal do Principado. Em 1967, VAN CLEEF & ARPELS foi responsável por fazer a coroa e o conjunto de joias (uma suntuosa coroa adornada de pedras preciosas e um colar de esmeraldas) para a coroação de Farah Palhavi, imperatriz do Irã, e deste modo assinou uma das suas mais emblemáticas criações, envolta em uma aura de aventura. As pedras preciosas que deviam ser utilizadas para criar essas joias não podiam sair do interior da fabulosa Sala do Tesouro de Teerã, o que levou Pierre Arpels a fazer 24 longas viagens até o local para realizar os últimos detalhes da sua criação, que demorou longos seis meses para ficar pronta. First, o primeiro perfume da joalheria, foi criado em 1976. Rapidamente essa obra-prima passou a fazer parte dos “grands floraux”, raros e preciosos clássicos da alta perfumaria francesa.
Em 1987, as propagandas da VAN CLEEF & ARPELS passaram a retratar suas joias nas obras de Modigliani, Botticelli, Rodin e Maillol. Quase na virada do milênio, em 1999, a tradicional joalheria foi adquirida pelo conglomerado de luxo Compagnie Financière Richemont. Em 2009, a joalheria francesa, que tem como maior rival a conterrânea Cartier, apesar de não esperar uma melhoria significativa nas vendas, deu prosseguimento ao seu plano de expansão internacional e inaugurou novas butiques em grandes cidades espalhadas pelo mundo. A ideia era manter sua tradição de inaugurar lojas mesmo em tempos de crise, assim como o fez, por exemplo, quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial e a rede abriu sua primeira filial em Nova York. A primeira ação foi inaugurar um corner dentro da sofisticada loja de departamento Neiman Marcus, em São Francisco na Califórnia. Nos anos seguintes a VAN CLEEF & ARPELS se expandiu pela Ásia (sobretudo Arábia Saudita, Jordânia e Kuwait) e na Europa (mais especificamente, em Milão). Hoje, fiel à sua tradição e observando a arte contemporânea de viver, a grife francesa cria suas joias sem ostentação, com uma poesia cativante e luminosa.
A linha do tempo
1923
● Criação do primeiro relógio com pulseira de couro, feito em ouro amarelo e branco.
1930
● Criação da MINAUDIÉRE, uma pequena e delicada caixinha para guardar batons, chaves, isqueiros, cigarros e pó compacto, reunindo o infinito feminino em um objeto minúsculo.
1935
● Lançamento da pulseira LUDO HEXAGONE, cujo design consistia em uma faixa articulada com pequenos hexágonos, normalmente em ouro amarelo, mas às vezes em platina.
● Lançamento do emblemático relógio de pulso CADENAS ou “cadeado” em francês, que se tornou um forte símbolo da união e da aliança entre duas famílias ou duas pessoas. Diz a lenda que o Duque ou a Duquesa de Windsor sugeriu originalmente esse conceito para o relógio. Desde então, tem sido uma característica permanente de suas coleções de relógios.
1937
● Criação do PIVOINE, um conjunto de dois broches, um com uma flor fechando-se e o outro com uma flor abrindo-se. Este broche excepcional contém 706 rubis pesando 71 quilates e 239 diamantes pesando 29,72 quilates, em uma estrutura de platina. Foi comprado em 1946 por Mahmoud Fakhry Pacha, então embaixador egípcio em Paris.
1938
● Lançamento do espetacular e raro bracelete PASSE-PARTOUT, que possibilitava um sem número de possibilidades em sua utilização. É um dos primeiros exemplos de peças transformáveis das quais a joalheria foi pioneira.
1949
● Criação do relógio COUSCOUS MARGUERITE.
1951
● Lançamento do colar ZIP, que podia ser aberto e fechado como um zíper. A deslumbrante peça continha um laço de rubis, esmeraldas ou safiras.
1967
● Entre as encomendas especiais que a grife criou para Maria Callas ao longo dos anos, vale destacar o famoso broche de cinco folhas em diamantes e rubis birmaneses, criado nesse ano. O broche de platina era cravejado com rubis ovais birmaneses corte almofada, redondo, marquise e diamantes corte baguete. O peso total dos rubis é de 15,77 quilates e dos diamantes, de 16,35 quilates. A famosa soprano usou o broche em diversas ocasiões.
1968
● Lançamento do colar com o assombroso desenho da flor Alhambra.
1969
● Criação do famoso relógio em forma de cavalete que foi oferecido como presente de Natal ao pintor espanhol Pablo Picasso pelo Presidente da República Francesa. A seguinte inscrição está gravada em sua parte posterior: “A Pablo Picasso, Maître des Maîtres 25-VII-1969” (“Para Pablo Picasso, Mestre dos Mestres, 25-VII-1969”).
1979
● Criação do famoso relógio SKELETON.
1989
● Lançamento do perfume masculino TSAR, que se encontrava dentro do mesmo conceito de fragrância olfativa atemporal. Ele renasceu em 2003, em um novo frasco, com design mais refinado e masculino. 1998
● Lançamento do relógio GALILÉE, que apresentava um giro completo do mostrador em permanente verticalidade. Um urso estelar, que brilha com mais de 2.300 diamantes, gira em círculos sob uma lua de cristal. A cena celestial homenageia Galileu e ofereceu uma bela interpretação da Poetry of Time™.
2000
● Lançamento do broche MILLÉNAIRE, representado por duas rosas e cravejado de diamantes.
2001
● Lançamento do anel com uma flor de Lótus.
2002
● Lançamento da fragrância feminina MURMURE, que unia a forma contemporânea da flor, ao requinte eterno da marca francesa.
2004
● Lançamento da LES SAISONS, uma reinterpretação do frescor das quatro estações do ano em águas de toillette.
● Criação da colação LACQUERED BUTTERFLIES em colaboração com o senhor Junichi Hakose, um talentoso artesão japonês especializado em lacagem. Estas requintadas borboletas combinam história e natureza.
2006
● Lançamento, em fevereiro, em parceria com a Montblanc, da caneta mais cara e luxuosa do mundo, chamada apropriadamente de “Mystery Marterpiece”, como parte das comemorações pelo centenário de ambas as marcas. Cada caneta tinha seu corpo em ouro branco, adornado por safiras, esmeraldas ou rubis, e com 840 diamantes acentuando o luxo da peça. Todas as gemas foram cravadas com uma nova variação do método da cravação misteriosa. Esta variação escondia completamente o metal precioso usado para segurar a gema na peça, e o resultado era a ilusão de que as gemas “flutuavam” na superfície da caneta. A tampa possuía a estrela, marca registrada da Montblanc, cravejada de diamantes redondos enquanto que uma borboleta em ouro branco com diamantes repousava sobre o clip. Somente nove exemplares foram produzidos. Lançada através de uma espetacular campanha de marketing, cada caneta foi colocada à venda por US$ 730.000, nas principais lojas de ambas as marcas no mundo.
● Lançamento, em homenagem ao centenário da marca, da excepcional coleção PIERRES de CARACTÉRE. Os peritos da VAN CLEEF & ARPELS deslocaram-se aos quatro cantos do mundo em busca de pedras preciosas de rara e superior qualidade. Estas pedras foram depois trabalhadas e montadas de acordo com um estilismo invulgar, para renascerem em 100 peças extraordinárias que reafirmam o rigor, o critério e o estilo apurado e artístico que sempre nortearam a filosofia da marca.
2008
● Lançamento do FÉERIE, um perfume que se aproximou a uma joia de luxo. Joel Desgrippes, que criou seu frasco, foi encarregado de trazer ao perfume elementos que remetiam as fadas e a magia.
● Lançamento da coleção PERLÉE, onde cada peça contém um desejo. Os pingentes, anéis, brincos e pulseiras dessa coleção transformam esses desejos em uma cascata cintilante de serenidade e delicadeza.
2010
● Lançamento da coleção de joias LES VOYAGES EXTRAORDINAIRES™, inspirada nas Viagens Extraordinárias de Jules Verne. Usadas juntas, essas preciosidades prestam tributo à natureza e sua beleza majestosa, bem como ao pioneirismo.
● Lançamento do perfume masculino MIDNIGHT in PARIS.
A emblemática loja da Place Vendôme
Há poucos anos atrás, a marca reinaugurou sua tradicional loja âncora localizada no N.º 22 da Place Vendôme, o que também culminou com a comemoração do centenário da marca. Inaugurada em 1954 e conhecida como “La Boutique”, inicialmente essa loja oferecia uma linha mais jovial e mais acessível de joias para uma gama mais ampla de clientes, como broches com desenhos de animais em estilo cartoon que acrescentaram uma nota lúdica às criações da marca. Esses pequenos broches charmosos eram presentes encantadores, e até mesmo ícones como Grace Kelly e Jackie Kennedy Onassis não resistiram em colecioná-los. A loja, que está localizada no histórico centro que reúne a alta joalheria francesa, ao lado de marcas como Boucheron e Cartier, possui estilo vintage, expondo suas joias em salas interligadas, enquanto as peças mais raras e caras são apresentadas em luxuosas salas reservadas. Essas salas também poderão ser reservadas para consumidores que queiram marcar uma hora com Catherine Cariou, responsável pelo patrimônio da empresa, para comprar ou vender antiguidades da grife. A loja é extremamente famosa por sua exuberante decoração de vitrines na época de natal.
A escola
Em 2012, a marca inaugurou a L’ÉCOLE, uma escola cujo objetivo é lançar uma luz sobre o mundo muito secreto da joalheria e compartilhar seu bem mais precioso: seu savoir-faire. O objetivo desta escola é compartilhar dicas, ajudar a entender e, em poucas palavras, revelar a essência dessa arte excepcional. A escola está aberta a todos aqueles que amam a beleza, seja ele público em geral, apreciadores ou profissionais, oferecendo um método único de descoberta e de aprendizado para os apaixonados por joias, amantes da beleza ou simplesmente curiosos, e qualquer pessoa que queira adquirir conhecimento especializado desse mundo fascinante. Um panorama da história das joias, os diferentes simbolismos de pedras e gemas, dicas de consultoria de estilo, a trajetória da grife francesa, o processo de criação completo de uma peça com a equipe criativa da Maison e técnicas como o posicionamento de pedras sem uma base visível (chamada Mystery Setting) estão entre os temas das aulas.
Realize seus sonhos
Design to your Dreams é um evento reservado aos clientes da VAN CLEEF & ARPELS que os convida a uma conversa especial e única com os seus designers. Os sonhos tornam-se esboços à medida que os clientes participam da fase inicial de concepção das peças de alta joalheria, guiada pela criatividade dos designers. Esses primeiros esboços serão finalizados e adquirirão forma em uma peça única pelas mãos de virtuosos mestres joalheiros dos ateliês da grife na Place Vendôme. Inspirados pelo universo encantador da Maison, pelos acontecimentos da vida ou por uma pedra de família, os clientes tem a oportunidade de criar a joia dos seus sonhos. A marca também disponibiliza a sua excepcional seleção de pedras para inspirar qual for a imaginação.
Dados corporativos
● Origem: França
● Fundação: 1906
● Fundador: Alfred Van Cleef e Charles Arpels
● Sede mundial: Paris, França
● Proprietário da marca: Compagnie Financière Richemont S.A.
● Capital aberto: Não
● Chairman: Yves-Andre Istel
● CEO: Nicolas Bos
● Faturamento: Não divulgado
● Lucro: Não divulgado
● Lojas: + 85
● Presença global: 55 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 800
● Segmento: Joalheria de luxo
● Principais produtos: Joias, relógios e perfumes
● Concorrentes diretos: Cartier, Bulgari, Tiffany & Co., Boucheron e Harry Winston
● Ícones: Joias floridas e peças que evocam libélulas e borboleta
● Website: www.vancleefarpels.com
A marca no mundo
Os exclusivos produtos da VAN CLEFF & ARPELS são comercializados através de uma pequena rede de pouco mais de 85 lojas próprias em 55 países, sendo encontrados também nas mais luxuosas e sofisticadas lojas de departamento do mundo. Em 2012 a tradicional joalheria inaugurou sua primeira loja no Brasil, localizada no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, que oferece as mais recentes coleções de alta joalheria da marca, assim como peças clássicas e as linhas de noivas e de relógios.
Você sabia?
● Julia Roberts, Sharon Stone, Scarlett Johansson e Uma Thurman costumam frequentar os tapetes vermelhos de grandes premiações adornadas com as joias da grife.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand) e Wikipedia (informações devidamente checadas).
Fonte: Mundo das Marcas. Consultado pela última vez em 4 de julho de 2022.
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Biografia Van Cleef & Arpels Oficial
Era uma vez uma história de amor e pedras preciosas. Tudo começou em 1895, no coração de Paris, com o casamento de Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, e Alfred Van Cleef, filho de um lapidário. O jovem casal compartilhava os mesmos valores: um espírito de entusiasmo e inovação, um senso de família e uma paixão por pedras preciosas.
Em 1906, a Maison Van Cleef & Arpels nasceu no número 22 da Place Vendôme, unindo esses dois nomes em um destino comum e adornado com jóias. Sua filha Renée Puissant tornou-se Diretora Artística da Maison em 1926. Com audácia e imaginação, ela criou um estilo distinto e eminentemente reconhecível para a Van Cleef & Arpels.
Histórias de amor na Van Cleef & Arpels
Era uma vez uma Maison nascida de uma história de amor: a história da Van Cleef & Arpels remonta a 1895, quando Estelle Arpels, filha de um comerciante de pedras preciosas, casou-se com Alfred Van Cleef, filho de um lapidário e negociador de diamantes. Em 1906, eles se associaram aos irmãos de Estelle – Charles, seguido por Julien e mais tarde Louis – para abrir a primeira boutique Van Cleef & Arpels na 22 Place Vendôme, em um bairro parisiense conhecido por sua elegância.
Desde então, o comercial “&” tem sido um vínculo perpétuo, simbolizando a união de indivíduos e experiências, a convergência de excelência e poesia que distingue as criações da Van Cleef & Arpels.
Eterna fonte de inspiração para a Maison, o amor permeia suas criações desde o início: na verdade, a primeira peça mencionada nos registros de vendas de 1906 é um coração de diamantes. Nos anos seguintes, muitas criações foram desenhadas para celebrar famosas histórias de amor, como a do Duque e da Duquesa de Windsor e o casamento de Grace Kelly com o príncipe Rainier de Mônaco. Expressões de amor são um destaque constante em cada uma das coleções da Maison: anéis de noivado e alianças de casamento, além dos relógios e criações de Alta Joalheria.
O amor impõe seu próprio ritmo na Poetry of Time na Van Cleef & Arpels, apresentando uma visão da relojoaria imbuída de sonhos e emoções. Ilustração perfeita desse espírito, a coleção Pont des Amoureux celebra a intensidade de um encontro muito esperado, retratando duas figuras que se aproximam para um beijo.
Os relógios de Alta Joalheria Histoires d'Amour ecoam o mesmo tema em contos de amantes lendários. Em homenagem a três casais míticos – Aida e Radamés, Ulisses e Penélope, e Tristão e Isolda – pedras preciosas entrelaçadas e mostradores habilmente ocultos refinam a arte do mistério: uma ode ao amor. Capturado em todo seu poder evocativo e maravilhoso.
Em 2019, a Van Cleef & Arpels reinterpretou a obra-prima de William Shakespeare, Romeu e Julieta. Inspirada pela paixão atemporal desses amantes perdidos, a Maison criou uma coleção de Alta Joalheria que combina a linguagem do romance e a das pedras preciosas.
Fonte: Histórias de amor na Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux
Enriquecendo a busca por excelência com um pendor para a beleza e harmonia, a Van Cleef & Arpels inspirou-se largamente no universo da dança. A arte do balé empresta um toque gracioso e uma encantadora aura de poesia às joias e delicadas figuras femininas da Maison.
O vínculo duradouro entre a Van Cleef & Arpels e a dança data dos anos 1920. Na época, Louis Arpels, um fã fervoroso do balé, frequentemente levava seu sobrinho Claude à Ópera de Paris. Sob a sua liderança, os primeiros broches ballerina da Maison foram criados em Nova York, no começo dos anos 1940, vindo a tornar-se peças de assinatura da Van Cleef & Arpels. Apresentando uma face de diamante lapidação rosa complementada por um precioso enfeite, essas figuras de bailarinas são representadas com sapatilhas de ponta e tutus feitos de diamantes ou pedras coloridas que parecem fluir, ecoando os movimentos das dançarinas. Suas posturas suspensas e a beleza de suas roupas encantam todos que as contemplam, em particular os colecionadores.
O vínculo que une a Van Cleef & Arpels e o mundo da dança se tornou ainda mais forte em 1961, quando Claude Arpels conheceu o famoso coreógrafo George Balanchine, co-fundador do New York City Ballet. Sua paixão em comum por pedras preciosas deu origem ao Jewels, um balé criado por Balanchine em 1967. Neste tríptico não narrativo inspirado nas esmeraldas, rubis e diamantes, cada gema se torna o centro das atenções em um ato. Cada parte apresenta músicas de um compositor diferente: Gabriel Fauré para as Esmeraldas, Igor Stravinsky para os Rubis e Pyotr Ilyich Tchaikovsky para os Diamantes.
Hoje, a Maison mantém estreito relacionamento com o mundo da dança em diversas colaborações e iniciativas de patrocínio. Desde 2012 ela apoia o grupo de dança L.A. Dance Project, fundado pelo dançarino e coreógrafo francês Benjamin Millepied. A Van Cleef & Arpels também encoraja a inovação e os novos talentos nas áreas de criação coreográfica através da sua parceria com a comunidade filantrópica Fedora. Desde 2015, o “Prêmio de Balé FEDORA – VAN CLEEF & ARPELS” anual premia a excelência nas produções de dessa arte.
Em 2020, a Van Cleef & Arpels compôs um novo capítulo dessa longa história com a dança, lançando Dance Reflections de Van Cleef & Arpels. Essa iniciativa da Maison apoia artistas e instituições com a divulgação de repertórios coreográficos, ao mesmo tempo em que promove novas criações. Para enriquecer as parcerias artísticas, um grande evento será organizado anualmente em várias regiões do mundo.
Fonte: Van Cleef & Arpels e a dança: um pas de deux. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Buquês da Van Cleef & Arpels
A natureza é uma das principais fontes de inspiração da Maison, imbuindo as criações de vitalidade e graça poética. Dos broches de diamantes nos anos 1920 às peças de joalheria contemporâneas, os motivos florais estão no centro do universo da Van Cleef & Arpels.
Encantada pelas constantes metamorfoses que encantam o mundo das plantas, a Maison ecoa as infinitas formas e nuances da flora, cristalizando a leveza de um buquê ou o frescor das flores silvestres. No meio de uma primavera eterna e encantadora, papoulas comungam com margaridas, lírios do vale se misturam com flores de cerejeira, e todas se transformam em joias pelos Mains d’Or™ nos ateliês da Place Vendôme. A Van Cleef & Arpels aplica seu icônico savoir-faire em vários campos para dar vida a criações excepcionais: por exemplo, a exímia técnica Mystery Set™ , patenteada pela Maison em 1933, transmite uma qualidade aveludada ao broche Pivoine (1937), originalmente um broche duplo representando duas flores de rubi, uma em total florescência, enquanto a outra está meio fechada.
Pétalas delicadas, cravejadas com pedras preciosas ou ornamentais, realçam os requintados materiais que as compõem. A coleção Rose de Noël™, de 1970, e a coleção Cosmos, de 1981, exibem corolas em madrepérola, coral e ônix. A coleção Frivole, apresentada em 2003, brilha com flores preciosas em ouro com polimento espelhado – uma tradicional técnica de fabricação de joias que resulta em um intenso jogo de luz na superfície do metal.
Fonte: Buquês da Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium
Com os relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planétarium, a Van Cleef & Arpels concentra o céu em dois relógios de pulso, um masculino e outro feminino.
Fiéis à visão da Maison do Poetic Astronomy®, estes relógios recriam a órbita de uma seleção de planetas ao redor do sol, mapeando suas posições ao longo de cada dia.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Para ver as horas, basta que o usuário olhe para a estrela cadente, um amuleto dos mais caros à Maison. Localizada no perímetro do mostrador, a estrela completa seu circuito em 12 horas no relógio Lady Arpels Planétarium e em 24 horas no Midnight Planétarium.
Esse balé celestial é animado por um movimento mecânico de corda automática altamente complexo.
Relógio Midnight Planétarium
Nesta versão original masculina, o relógio Midnight Planétarium captura a Terra e cinco de seus vizinhos no sistema solar (Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter e Saturno) em seus giros ao redor de um Sol de ouro rosa. Cada planeta, representado por uma pedra ornamental meticulosamente lapidada, segue seu ritmo real em relação ao Sol: Saturno leva mais de 29 anos para dar a volta ao mostrador, enquanto Júpiter leva quase 12 anos; Marte, 687 dias; a Terra, 365 dias; Vênus, 224 dias e Mercúrio, 88 dias.
O usuário do relógio Midnight Planétarium também pode escolher seu dia da sorte: na data selecionada, a Terra se posicionará imediatamente abaixo da estrela gravada no cristal de safira.
Relógio Lady Arpels Planétarium
O relógio Lady Arpels Planétarium oferece uma visão feminina do cosmos, representando o Sol e seus três planetas mais próximos: Mercúrio, Vênus e a Terra, acompanhada de seu satélite natural, a Lua. A Lua, com um recurso desenvolvido exclusivamente para esta peça, gira ao redor da Terra em 29,5 dias, dando mais um toque de graça ao balé celestial que se desenrola dia após dia no mostrador.
Fonte: Relógios Midnight Planétarium e Lady Arpels Planetarium. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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A coleção Alhambra, ícone da joalheria desde 1968
Em 1968, a Van Cleef & Arpels criou um verdadeiro ícone da sorte: a coleção Alhambra®. O motivo associado, inspirado no trevo de quatro folhas, gerou as mais diversas criações.
História da Coleção Alhambra
Como um dos valores estimados à Maison, a sorte é a luz perene que guia a Van Cleef & Arpels, inspirando algumas de suas criações mais icônicas. Os motivos de trevo de quatro folhas aparecem pela primeira vez nos arquivos da Maison a partir dos anos 1920, decorando criações especiais ao longo dos anos junto de outros símbolos de boa sorte, como talismãs em madeira, amuletos e fadas benevolentes. Jacques Arpels, sobrinho do casal fundador e ávido colecionador, frequentemente colhia trevos de quatro folhas no seu jardim, oferecendo-os aos seus empregados como amuletos da sorte.
“Para ter sorte, você tem que acreditar na sorte", Jacques Arpels gostava de falar.
Em 1968 a Maison criou o primeiro colar longo Alhambra®, composto de 20 motivos no formato de trevo em ouro amarelo estriado e adornados de contas de ouro. Esse design simbólico alcançou sucesso imediato, reconhecido em todo mundo como um símbolo de sorte, emblemático da Van Cleef & Arpels.
Uma verdadeira exclusividade da Maison, a coleção Alhambra se reinventa consistentemente desde décadas passadas até a atual coleção, enriquecida pelos mais variados materiais, cores e símbolos.
Fonte: A Coleção Alhambra. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.
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Coleção Alhambra
Criada em 1968 pela Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra® tornou-se símbolo atemporal de sorte. Linhas puras, inspiradas no trevo de quatro folhas, são ornadas pelo contorno de contas e pelos mais diversos materiais naturais. As variações de cores brilhantes refletem a criatividade da Maison.
Mantendo os altos padrões da Maison, as pedras duras que decoram as criações foram selecionadas entre os materiais mais belos. O charme da ágata vem da suavidade da sua cor azul, enquanto a madrepérola branca foi escolhida pela delicadeza da iridescência, acentuada por cuidadoso polimento.
Fiel à tradição de excelência da Van Cleef & Arpels, a coleção Alhambra reflete todo o savoir-faire de uma Maison de Alta Joalheria. Diversas especialidades foram reunidas para cada peça, do lapidário ao joalheiro, do cravador ao polidor.
Fonte:
Crédito fotográfico: Logo Van Cleef & Arpels. Consultado pela última vez em 1 de julho de 2022.