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Auguste Petit

Auguste Petit nasceu em Chatillon-sur-Seine, na França, em 1844. Começou ali a estudar desenho e pintura, discípulo do paisagista Eugène Nestle. Foi no Rio de Janeiro, no entanto, onde chegou em 1864, que desenvolveu sua carreira. Trouxe na mala os ensinamentos de Nestle, mas ao contrário do mentor, se firmou mesmo como retratista. Figura frequente na Exposição Geral de Belas Artes, recebeu menção honrosa em 1882, medalha de prata em 1884 e de ouro em 1888. Seu trabalho era tão prolífico que Gonzaga Bastos o definiu como “uma máquina de retratos”. Ainda assim, passeou pelos principais gêneros pictóricos do século XIX, capturando nas telas também paisagens, natureza-morta e pinturas históricas. Começou a se estabelecer nas duas últimas décadas do Império, o que lhe rendeu retratados famosos. Dentro eles estava Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina. As respectivas obras estão em Petrópolis, no Museu Imperial. A lista também contempla os políticos Quintino Bocaiúva e Nilo Peçanha, e o maestro Carlos Gomes.

Apaixonado pelo Brasil, no fim, virou até nome de praça em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

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Biografia

Auguste Petit (Chatillon-Sur-Seine, França 1844 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1927). Pintor, professor. Chega ao Brasil em 1864 trazendo o conhecimento artístico adquirido em seu país de origem como aluno do pintor de paisagens Eugène Nesle (1819 - 1871). Fixa-se no Rio de Janeiro, onde realiza paisagens, naturezas-mortas, cenas históricas e, principalmente, retratos, em que se destacam aqueles do casal imperial dom Pedro II (1825 - 1891) e dona Teresa Cristina (1822 - 1889), dos políticos Quintino Bocaiúva (1836 - 1912) e Nilo Peçanha (1867 - 1924), e do maestro Carlos Gomes (1836 - 1896). É premiado em diversas Exposições Gerais de Belas Artes, com destaque para a menção honrosa que recebe em 1882, e as medalhas de prata e de ouro que lhe são concedidas nos anos de 1884 e 1888, respectivamente. Entre 1890 e 1918, o pintor se apresenta regularmente em coletivas promovidas pela Escola Nacional de Belas Artes - Enba, deixando de participar de poucas dessas exposições. Como professor, Petit dá aulas de pintura. Entre os anos de 1880 e 1901 recebe os alunos em seu ateliê, que se localiza em diferentes endereços do Rio de Janeiro ao longo desse período.

Análise

A obra de Auguste Petit, no Brasil, começa a se estabelecer nas duas últimas décadas do Império. Abrange os principais gêneros pictóricos do século XIX, como a paisagem, a natureza-morta, a pintura histórica e o retrato. Petit destaca-se como retratista, realizando pinturas de personalidades da época, como José Teles da Silva, 1880, d. Pedro II, ca.1882, e d. Teresa Cristina, ca.1882, que trazem características semelhantes: os retratados são mostrados levemente de perfil e de meio corpo (rosto, ombros e antebraços) sobre um fundo escuro, dentro de uma forma oval. O artista destaca o rosto e detalhes do traje, como a miniatura da "Ordem da Rosa" e do "Tosão de Ouro", nas lapelas esquerdas de José Teles da Silva e d. Pedro II, respectivamente, e o broche na gola do vestido de d. Teresa Cristina, e revela a importância social do retratado.

Nos anos 1890, Petit mantém algumas características dos retratos que realiza na década anterior, como apresentar o busto do retratado e detalhes da vestimenta, ao mesmo tempo em que pratica mudanças na maneira de representação. Entre elas, aproveitar o espaço retangular da tela (elimina as formas ovais), mostrar o retratado quase de corpo inteiro (retrato de d. Francisca Rosa de Morais, 1894), totalmente frontal (retrato de Charles Morel, 1898), ou sobre fundo claro (Árabe, 1898). A produção de retratos de Auguste Petit mostra a crescente importância do gênero no Brasil oitocentista para a representação da hierarquia social que vai da corte imperial à burguesia.

Fonte: AUGUSTE Petit. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22571/auguste-petit>. Acesso em: 03 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

Auguste Petit

Auguste Petit nasceu em Chatillon-sur-Seine, na França, em 1844. Começou ali a estudar desenho e pintura, discípulo do paisagista Eugène Nestle. Foi no Rio de Janeiro, no entanto, onde chegou em 1864, que desenvolveu sua carreira. Trouxe na mala os ensinamentos de Nestle, mas ao contrário do mentor, se firmou mesmo como retratista. Figura frequente na Exposição Geral de Belas Artes, recebeu menção honrosa em 1882, medalha de prata em 1884 e de ouro em 1888. Seu trabalho era tão prolífico que Gonzaga Bastos o definiu como “uma máquina de retratos”. Ainda assim, passeou pelos principais gêneros pictóricos do século XIX, capturando nas telas também paisagens, natureza-morta e pinturas históricas. Começou a se estabelecer nas duas últimas décadas do Império, o que lhe rendeu retratados famosos. Dentro eles estava Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina. As respectivas obras estão em Petrópolis, no Museu Imperial. A lista também contempla os políticos Quintino Bocaiúva e Nilo Peçanha, e o maestro Carlos Gomes.

Apaixonado pelo Brasil, no fim, virou até nome de praça em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro.

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Biografia

Auguste Petit (Chatillon-Sur-Seine, França 1844 - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1927). Pintor, professor. Chega ao Brasil em 1864 trazendo o conhecimento artístico adquirido em seu país de origem como aluno do pintor de paisagens Eugène Nesle (1819 - 1871). Fixa-se no Rio de Janeiro, onde realiza paisagens, naturezas-mortas, cenas históricas e, principalmente, retratos, em que se destacam aqueles do casal imperial dom Pedro II (1825 - 1891) e dona Teresa Cristina (1822 - 1889), dos políticos Quintino Bocaiúva (1836 - 1912) e Nilo Peçanha (1867 - 1924), e do maestro Carlos Gomes (1836 - 1896). É premiado em diversas Exposições Gerais de Belas Artes, com destaque para a menção honrosa que recebe em 1882, e as medalhas de prata e de ouro que lhe são concedidas nos anos de 1884 e 1888, respectivamente. Entre 1890 e 1918, o pintor se apresenta regularmente em coletivas promovidas pela Escola Nacional de Belas Artes - Enba, deixando de participar de poucas dessas exposições. Como professor, Petit dá aulas de pintura. Entre os anos de 1880 e 1901 recebe os alunos em seu ateliê, que se localiza em diferentes endereços do Rio de Janeiro ao longo desse período.

Análise

A obra de Auguste Petit, no Brasil, começa a se estabelecer nas duas últimas décadas do Império. Abrange os principais gêneros pictóricos do século XIX, como a paisagem, a natureza-morta, a pintura histórica e o retrato. Petit destaca-se como retratista, realizando pinturas de personalidades da época, como José Teles da Silva, 1880, d. Pedro II, ca.1882, e d. Teresa Cristina, ca.1882, que trazem características semelhantes: os retratados são mostrados levemente de perfil e de meio corpo (rosto, ombros e antebraços) sobre um fundo escuro, dentro de uma forma oval. O artista destaca o rosto e detalhes do traje, como a miniatura da "Ordem da Rosa" e do "Tosão de Ouro", nas lapelas esquerdas de José Teles da Silva e d. Pedro II, respectivamente, e o broche na gola do vestido de d. Teresa Cristina, e revela a importância social do retratado.

Nos anos 1890, Petit mantém algumas características dos retratos que realiza na década anterior, como apresentar o busto do retratado e detalhes da vestimenta, ao mesmo tempo em que pratica mudanças na maneira de representação. Entre elas, aproveitar o espaço retangular da tela (elimina as formas ovais), mostrar o retratado quase de corpo inteiro (retrato de d. Francisca Rosa de Morais, 1894), totalmente frontal (retrato de Charles Morel, 1898), ou sobre fundo claro (Árabe, 1898). A produção de retratos de Auguste Petit mostra a crescente importância do gênero no Brasil oitocentista para a representação da hierarquia social que vai da corte imperial à burguesia.

Fonte: AUGUSTE Petit. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa22571/auguste-petit>. Acesso em: 03 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

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