Ivan Freitas (João Pessoa, PB, 7 de agosto de 1932 — Rio de Janeiro, RJ, 23 de maio de 2006) foi um pintor e muralista brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Inicia sua atividade artística como autodidata, em João Pessoa, onde realiza sua primeira mostra individual na Biblioteca Pública, em 1957. Em 1962, viaja a Paris, como bolsista da Maison de France. Retorna ao Brasil no ano seguinte e realiza a exposição Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski, no Rio de Janeiro. Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico. Entre 1969 e 1972, viaja a Nova York, comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation. De volta ao Brasil, participa, em 1984, do primeiro Projeto Arte nos Muros e pinta um mural na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro.
Críticas
"Os elementos positivos da pintura de Freitas consistem na estrutura da imagem ordenada e ligada por um severo empenho de estilo e na harmonia entre traços e cores, claramente exprimido em termos de ´concentrada poesia´... O jovem Freitas recusa a casualidade do efeito material e do gesto automático. Controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta. É uma estranha fascinação que confina com o mistério. À natureza se mistura a história de um tempo antigo, revivido através dos séculos. Freitas sabe ler nos traços mais misteriosos a linguagem oculta das pausas e dos ritmos, dos motivos e das cadências, dentro da magia de uma atmosfera colorida que acrescenta um fascínio agitado à elegância daquelas estruturas secretas. Freitas define os ´enigmas. ´ E é justo. As belas e confiantes construções racionais do Humanismo são substituídas pelas aventuras enigmáticas do espírito. (...) Hoje chega o jovem brasileiro para refazer-nos, à sua maneira, o discurso de Klee, com uma segurança que assombra, com uma facilidade rara de pesquisa que o aproxima a origens, a nós desconhecidas e que sentimos comuns, estranhamente próximas".
Giuseppe Marchiori (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir. Dicionário brasileiro de artistas plásticos - D - L. Brasília: MEC : INL, 1973. v. 2, pt. 1, il. p&b. Dicionário especializado, 5).
"O ponto básico de encruzilhada no trajeto de quase 20 anos, que constitui a obra de Ivan Freitas, foi a sua permanência em Nova York de 1970 a 1972. Se antes da viagem, seguindo-se a uma fase de abstração próxima do informal, sua pintura já anunciava disposição de dialogar com a alta civilização da máquina, o apelo da tecnologia só o atrai em definitivo durante e após a experiência direta da metrópole norte-americana. (...) Passa a interessar-lhe desde então sobretudo a própria máquina, os mecanismos de movimento que utiliza em construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas e acionando padrões luminosos em ciclos continuamente repetidos. (...) Voltado para o emprego lúdico da luz e do movimento, Ivan Freitas pareceu por algum tempo, entre 1972 e 1974, ter abandonado ou colocado à parte, em posição menos privilegiada na sua obra, a pintura. Mais recentemente, no entanto, ela recuperou o predomínio, sempre buscando a máquina como fonte de efeitos visuais, nos limites estritos de uma atividade - a de pintar - que ainda se pretende resultante exclusiva da ação humana, independente da máquina, embora a considerando com atenção e maravilhamento".
Roberto Pontual (Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução Florence Eleanor Irvin, John Knox. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976. 478 p., il. color.)
Fonte: IVAN Freitas. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 10 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do muralista Severino Araújo, Ivan começou na pintura como autodidata.
Sua primeira mostra individual foi na Biblioteca Pública, em 1957. Com o sucesso da exposição, teve condições de mudar-se para Rio de Janeiro no ano seguinte, em 1958, onde tomou contato com a obra de artistas como Salvador Dali e René Magritte, que o influenciaram. Entre 1962 e 1963 residiu como bolsista em Paris. Entre 1969 e 1972, esteve em sua segunda excursão para o exterior, na cidade Nova Iorque e comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation.
De volta ao Brasil, pintou o mural de mais de mil metros quadrados na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro, em 1984 - o primeiro do Projeto Arte nos Muros. Ainda na década de 70, casa-se com Dalva Mendes Gall, para quem deixou após sua morte em 2006, um acervo extenso onde se pode encontrar todas as melhores obras deste artista paraibano consagrado no Brasil e no exterior.
Anos em Nova Iorque
A estadia em Nova Iorque, de 1969 a 1972, foi talvez o momento de maior virada na carreira de Ivan. Até o então, segundo o crítico de arte Roberto Pontual, o artista plástico seguia "uma fase de abstração próxima do informal". Nos Estados Unidos, com tanta influência tecnológica ao seu redor, Ivan passa a se interessar pela máquina e seus mecanismos de movimento e insere essas percepções em suas obras, como "construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas", conforme Pontual define, e também e acionando padrões de luz em séries cíclicas e repetidas.
Crítica
Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico.
No Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, o crítico de arte italiano Giuseppe Marchiori se refere a Ivan Frentas como alguém que "controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta". Ainda segundo o crítico, Ivan é alguém que preserva o mistério na harmonia entre traços e a atmosfera colorida, por onde cria pausas e ritmos para a leitura de suas "estruturas secretas".
O poeta Ferreira Gullar, escreve: "Freitas não se volta para o mundo subjetivo, não indaga os arcanos do inconsciente; ele indaga o futuro e, na solidão de seus quadros promete-nos um mundo sereno e ordenado. E, se em suas paisagens não aparece o homem, não é que essa ordem o exclui - é que ele ainda não a alcançou."
Exposições individuais
1957 - Biblioteca Pública de João Pessoa; João Pessoa, PB.
1960 – Ivan Freitas: Exposições de Pintura, na Galeria Penguin; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – MAM-BA, Salvador, BA.
1962 – Galeria Rubbers; Buenos Aires, Argentina.
1962 – La Cavana Galeria; Trieste, Itália.
1962 – Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos; Rio de Janeiro, RJ.
1962 – Instituto Brasil–Uruguai; Montevidéu, Uruguai.
1962 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1963 – Galleria Del Canale, Nápoles, Itália.
1963 – Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1964 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1966 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1968 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – Pan American Union; Washington, Estados Unidos.
1971 – Iramar Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1971 – Blooming – Dale’s Art Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1973 – Individual, na Galeria Bonino; Rio de Janeiro, RJ.
1973 – Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1974 – Ivan Freitas: Pinturas/Objetivos, na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – Galeria Arte Global; São Paulo, SP.
1976 – Ivan Freitas: Pinturas/Espaço/Movimento, na Galeria Ipanema; São Paulo, SP.
1977 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1978 – Fundação Cultural do Estado da Paraíba; João Pessoa, PB.
1979 – Galeria B. 75 Concorde; Rio de Janeiro, RJ.
1980 – Individual, na Galeria do Sesi; São Paulo, SP.
1980 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1986 – Ivan Freitas: A Paisagem Reinventada, na Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1987 – Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1989 – Galeria Evasion Arte; São Paulo, SP.
1994 – Galeria GB Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Exposições coletivas
1959 – 8º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1960 – 9º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 10º Salão Nacional de Arte Moderna – isenção de júri e prêmio de crítica; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 6ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo; São Paulo, SP.
1963 – Arte de América e Espanha; Europa.
1963 – 2ª Bienal do Jovem; Paris, França.
1963 – 7ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; ; São Paulo, SP.
1964 – 2º Resumo de Arte do Jornal do Brasil, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Arte Brasileira Atual; Bonn, Alemanha.
1965 – Arte Brasileira Atual; Londres, Inglaterra.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Opinião 65, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAC/USP; São Paulo, SP.
1965 – 8ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.*
1965 – Arte Brasileira Atual; Viena, Áustria.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Buenos Aires, Argentina.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Montevidéu, Uruguai.
1966 – 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas; Salvador, BA.
1967 – 9ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1968 – 2º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – 7º Resumo de Arte JB, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1970 – 2ª Bienal de Coltejer; Medellín, Colômbia.
1972 – Arte/Brasil/Hoje: 50 Anos Depois, na Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1973 – 12ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1973 – 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM-SP; São Paulo, SP.
1974 – Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1975 – A Comunicação Segundo os Artistas Plásticos; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – 13ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1976 – 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 15ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão; Lisboa, Portugal.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery; Londres, Inglaterra.
1984 – Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras; Rio de Janeiro, RJ.
1985 – Opinião 65, na Galeria de Arte Banerj; Rio de Janeiro, RJ.
1986 – Imagine: o planeta saúda o cometa, Arte Galeria; Fortaleza, CE.
1986 – 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, MAM-SP; São Paulo, SP.
1987 – 20ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show; São Paulo, SP.
1990 – 2ª Arte Atual Paraibana, Fundação Espaço Cultural da Paraíba – artista convidado; João Pessoa, PB.
1992 – EcoArt, MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1995 – Opinião 65: 30 Anos, no CCBB; Rio de Janeiro, RJ.
2003 – Projeto Brazilianart, Almacén Galeria de Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: https://www.wikiwand.com/pt/Ivan_Freitas, consultado em 10 de março de 2020.
Crédito fotográfico: Programa Arte é Investimento, veiculada 25 de setembro de 1989 pelas tvs Corcovado, Nacional e Brasília.
Ivan Freitas (João Pessoa, PB, 7 de agosto de 1932 — Rio de Janeiro, RJ, 23 de maio de 2006) foi um pintor e muralista brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Inicia sua atividade artística como autodidata, em João Pessoa, onde realiza sua primeira mostra individual na Biblioteca Pública, em 1957. Em 1962, viaja a Paris, como bolsista da Maison de France. Retorna ao Brasil no ano seguinte e realiza a exposição Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski, no Rio de Janeiro. Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico. Entre 1969 e 1972, viaja a Nova York, comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation. De volta ao Brasil, participa, em 1984, do primeiro Projeto Arte nos Muros e pinta um mural na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro.
Críticas
"Os elementos positivos da pintura de Freitas consistem na estrutura da imagem ordenada e ligada por um severo empenho de estilo e na harmonia entre traços e cores, claramente exprimido em termos de ´concentrada poesia´... O jovem Freitas recusa a casualidade do efeito material e do gesto automático. Controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta. É uma estranha fascinação que confina com o mistério. À natureza se mistura a história de um tempo antigo, revivido através dos séculos. Freitas sabe ler nos traços mais misteriosos a linguagem oculta das pausas e dos ritmos, dos motivos e das cadências, dentro da magia de uma atmosfera colorida que acrescenta um fascínio agitado à elegância daquelas estruturas secretas. Freitas define os ´enigmas. ´ E é justo. As belas e confiantes construções racionais do Humanismo são substituídas pelas aventuras enigmáticas do espírito. (...) Hoje chega o jovem brasileiro para refazer-nos, à sua maneira, o discurso de Klee, com uma segurança que assombra, com uma facilidade rara de pesquisa que o aproxima a origens, a nós desconhecidas e que sentimos comuns, estranhamente próximas".
Giuseppe Marchiori (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir. Dicionário brasileiro de artistas plásticos - D - L. Brasília: MEC : INL, 1973. v. 2, pt. 1, il. p&b. Dicionário especializado, 5).
"O ponto básico de encruzilhada no trajeto de quase 20 anos, que constitui a obra de Ivan Freitas, foi a sua permanência em Nova York de 1970 a 1972. Se antes da viagem, seguindo-se a uma fase de abstração próxima do informal, sua pintura já anunciava disposição de dialogar com a alta civilização da máquina, o apelo da tecnologia só o atrai em definitivo durante e após a experiência direta da metrópole norte-americana. (...) Passa a interessar-lhe desde então sobretudo a própria máquina, os mecanismos de movimento que utiliza em construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas e acionando padrões luminosos em ciclos continuamente repetidos. (...) Voltado para o emprego lúdico da luz e do movimento, Ivan Freitas pareceu por algum tempo, entre 1972 e 1974, ter abandonado ou colocado à parte, em posição menos privilegiada na sua obra, a pintura. Mais recentemente, no entanto, ela recuperou o predomínio, sempre buscando a máquina como fonte de efeitos visuais, nos limites estritos de uma atividade - a de pintar - que ainda se pretende resultante exclusiva da ação humana, independente da máquina, embora a considerando com atenção e maravilhamento".
Roberto Pontual (Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução Florence Eleanor Irvin, John Knox. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976. 478 p., il. color.)
Fonte: IVAN Freitas. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 10 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do muralista Severino Araújo, Ivan começou na pintura como autodidata.
Sua primeira mostra individual foi na Biblioteca Pública, em 1957. Com o sucesso da exposição, teve condições de mudar-se para Rio de Janeiro no ano seguinte, em 1958, onde tomou contato com a obra de artistas como Salvador Dali e René Magritte, que o influenciaram. Entre 1962 e 1963 residiu como bolsista em Paris. Entre 1969 e 1972, esteve em sua segunda excursão para o exterior, na cidade Nova Iorque e comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation.
De volta ao Brasil, pintou o mural de mais de mil metros quadrados na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro, em 1984 - o primeiro do Projeto Arte nos Muros. Ainda na década de 70, casa-se com Dalva Mendes Gall, para quem deixou após sua morte em 2006, um acervo extenso onde se pode encontrar todas as melhores obras deste artista paraibano consagrado no Brasil e no exterior.
Anos em Nova Iorque
A estadia em Nova Iorque, de 1969 a 1972, foi talvez o momento de maior virada na carreira de Ivan. Até o então, segundo o crítico de arte Roberto Pontual, o artista plástico seguia "uma fase de abstração próxima do informal". Nos Estados Unidos, com tanta influência tecnológica ao seu redor, Ivan passa a se interessar pela máquina e seus mecanismos de movimento e insere essas percepções em suas obras, como "construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas", conforme Pontual define, e também e acionando padrões de luz em séries cíclicas e repetidas.
Crítica
Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico.
No Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, o crítico de arte italiano Giuseppe Marchiori se refere a Ivan Frentas como alguém que "controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta". Ainda segundo o crítico, Ivan é alguém que preserva o mistério na harmonia entre traços e a atmosfera colorida, por onde cria pausas e ritmos para a leitura de suas "estruturas secretas".
O poeta Ferreira Gullar, escreve: "Freitas não se volta para o mundo subjetivo, não indaga os arcanos do inconsciente; ele indaga o futuro e, na solidão de seus quadros promete-nos um mundo sereno e ordenado. E, se em suas paisagens não aparece o homem, não é que essa ordem o exclui - é que ele ainda não a alcançou."
Exposições individuais
1957 - Biblioteca Pública de João Pessoa; João Pessoa, PB.
1960 – Ivan Freitas: Exposições de Pintura, na Galeria Penguin; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – MAM-BA, Salvador, BA.
1962 – Galeria Rubbers; Buenos Aires, Argentina.
1962 – La Cavana Galeria; Trieste, Itália.
1962 – Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos; Rio de Janeiro, RJ.
1962 – Instituto Brasil–Uruguai; Montevidéu, Uruguai.
1962 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1963 – Galleria Del Canale, Nápoles, Itália.
1963 – Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1964 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1966 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1968 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – Pan American Union; Washington, Estados Unidos.
1971 – Iramar Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1971 – Blooming – Dale’s Art Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1973 – Individual, na Galeria Bonino; Rio de Janeiro, RJ.
1973 – Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1974 – Ivan Freitas: Pinturas/Objetivos, na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – Galeria Arte Global; São Paulo, SP.
1976 – Ivan Freitas: Pinturas/Espaço/Movimento, na Galeria Ipanema; São Paulo, SP.
1977 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1978 – Fundação Cultural do Estado da Paraíba; João Pessoa, PB.
1979 – Galeria B. 75 Concorde; Rio de Janeiro, RJ.
1980 – Individual, na Galeria do Sesi; São Paulo, SP.
1980 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1986 – Ivan Freitas: A Paisagem Reinventada, na Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1987 – Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1989 – Galeria Evasion Arte; São Paulo, SP.
1994 – Galeria GB Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Exposições coletivas
1959 – 8º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1960 – 9º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 10º Salão Nacional de Arte Moderna – isenção de júri e prêmio de crítica; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 6ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo; São Paulo, SP.
1963 – Arte de América e Espanha; Europa.
1963 – 2ª Bienal do Jovem; Paris, França.
1963 – 7ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; ; São Paulo, SP.
1964 – 2º Resumo de Arte do Jornal do Brasil, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Arte Brasileira Atual; Bonn, Alemanha.
1965 – Arte Brasileira Atual; Londres, Inglaterra.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Opinião 65, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAC/USP; São Paulo, SP.
1965 – 8ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.*
1965 – Arte Brasileira Atual; Viena, Áustria.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Buenos Aires, Argentina.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Montevidéu, Uruguai.
1966 – 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas; Salvador, BA.
1967 – 9ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1968 – 2º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – 7º Resumo de Arte JB, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1970 – 2ª Bienal de Coltejer; Medellín, Colômbia.
1972 – Arte/Brasil/Hoje: 50 Anos Depois, na Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1973 – 12ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1973 – 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM-SP; São Paulo, SP.
1974 – Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1975 – A Comunicação Segundo os Artistas Plásticos; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – 13ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1976 – 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 15ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão; Lisboa, Portugal.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery; Londres, Inglaterra.
1984 – Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras; Rio de Janeiro, RJ.
1985 – Opinião 65, na Galeria de Arte Banerj; Rio de Janeiro, RJ.
1986 – Imagine: o planeta saúda o cometa, Arte Galeria; Fortaleza, CE.
1986 – 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, MAM-SP; São Paulo, SP.
1987 – 20ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show; São Paulo, SP.
1990 – 2ª Arte Atual Paraibana, Fundação Espaço Cultural da Paraíba – artista convidado; João Pessoa, PB.
1992 – EcoArt, MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1995 – Opinião 65: 30 Anos, no CCBB; Rio de Janeiro, RJ.
2003 – Projeto Brazilianart, Almacén Galeria de Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: https://www.wikiwand.com/pt/Ivan_Freitas, consultado em 10 de março de 2020.
Crédito fotográfico: Programa Arte é Investimento, veiculada 25 de setembro de 1989 pelas tvs Corcovado, Nacional e Brasília.
1 artista relacionado
Ivan Freitas (João Pessoa, PB, 7 de agosto de 1932 — Rio de Janeiro, RJ, 23 de maio de 2006) foi um pintor e muralista brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Inicia sua atividade artística como autodidata, em João Pessoa, onde realiza sua primeira mostra individual na Biblioteca Pública, em 1957. Em 1962, viaja a Paris, como bolsista da Maison de France. Retorna ao Brasil no ano seguinte e realiza a exposição Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski, no Rio de Janeiro. Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico. Entre 1969 e 1972, viaja a Nova York, comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation. De volta ao Brasil, participa, em 1984, do primeiro Projeto Arte nos Muros e pinta um mural na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro.
Críticas
"Os elementos positivos da pintura de Freitas consistem na estrutura da imagem ordenada e ligada por um severo empenho de estilo e na harmonia entre traços e cores, claramente exprimido em termos de ´concentrada poesia´... O jovem Freitas recusa a casualidade do efeito material e do gesto automático. Controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta. É uma estranha fascinação que confina com o mistério. À natureza se mistura a história de um tempo antigo, revivido através dos séculos. Freitas sabe ler nos traços mais misteriosos a linguagem oculta das pausas e dos ritmos, dos motivos e das cadências, dentro da magia de uma atmosfera colorida que acrescenta um fascínio agitado à elegância daquelas estruturas secretas. Freitas define os ´enigmas. ´ E é justo. As belas e confiantes construções racionais do Humanismo são substituídas pelas aventuras enigmáticas do espírito. (...) Hoje chega o jovem brasileiro para refazer-nos, à sua maneira, o discurso de Klee, com uma segurança que assombra, com uma facilidade rara de pesquisa que o aproxima a origens, a nós desconhecidas e que sentimos comuns, estranhamente próximas".
Giuseppe Marchiori (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir. Dicionário brasileiro de artistas plásticos - D - L. Brasília: MEC : INL, 1973. v. 2, pt. 1, il. p&b. Dicionário especializado, 5).
"O ponto básico de encruzilhada no trajeto de quase 20 anos, que constitui a obra de Ivan Freitas, foi a sua permanência em Nova York de 1970 a 1972. Se antes da viagem, seguindo-se a uma fase de abstração próxima do informal, sua pintura já anunciava disposição de dialogar com a alta civilização da máquina, o apelo da tecnologia só o atrai em definitivo durante e após a experiência direta da metrópole norte-americana. (...) Passa a interessar-lhe desde então sobretudo a própria máquina, os mecanismos de movimento que utiliza em construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas e acionando padrões luminosos em ciclos continuamente repetidos. (...) Voltado para o emprego lúdico da luz e do movimento, Ivan Freitas pareceu por algum tempo, entre 1972 e 1974, ter abandonado ou colocado à parte, em posição menos privilegiada na sua obra, a pintura. Mais recentemente, no entanto, ela recuperou o predomínio, sempre buscando a máquina como fonte de efeitos visuais, nos limites estritos de uma atividade - a de pintar - que ainda se pretende resultante exclusiva da ação humana, independente da máquina, embora a considerando com atenção e maravilhamento".
Roberto Pontual (Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução Florence Eleanor Irvin, John Knox. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976. 478 p., il. color.)
Fonte: IVAN Freitas. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 10 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
---
Biografia Wikipédia
Filho do muralista Severino Araújo, Ivan começou na pintura como autodidata.
Sua primeira mostra individual foi na Biblioteca Pública, em 1957. Com o sucesso da exposição, teve condições de mudar-se para Rio de Janeiro no ano seguinte, em 1958, onde tomou contato com a obra de artistas como Salvador Dali e René Magritte, que o influenciaram. Entre 1962 e 1963 residiu como bolsista em Paris. Entre 1969 e 1972, esteve em sua segunda excursão para o exterior, na cidade Nova Iorque e comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation.
De volta ao Brasil, pintou o mural de mais de mil metros quadrados na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro, em 1984 - o primeiro do Projeto Arte nos Muros. Ainda na década de 70, casa-se com Dalva Mendes Gall, para quem deixou após sua morte em 2006, um acervo extenso onde se pode encontrar todas as melhores obras deste artista paraibano consagrado no Brasil e no exterior.
Anos em Nova Iorque
A estadia em Nova Iorque, de 1969 a 1972, foi talvez o momento de maior virada na carreira de Ivan. Até o então, segundo o crítico de arte Roberto Pontual, o artista plástico seguia "uma fase de abstração próxima do informal". Nos Estados Unidos, com tanta influência tecnológica ao seu redor, Ivan passa a se interessar pela máquina e seus mecanismos de movimento e insere essas percepções em suas obras, como "construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas", conforme Pontual define, e também e acionando padrões de luz em séries cíclicas e repetidas.
Crítica
Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico.
No Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, o crítico de arte italiano Giuseppe Marchiori se refere a Ivan Frentas como alguém que "controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta". Ainda segundo o crítico, Ivan é alguém que preserva o mistério na harmonia entre traços e a atmosfera colorida, por onde cria pausas e ritmos para a leitura de suas "estruturas secretas".
O poeta Ferreira Gullar, escreve: "Freitas não se volta para o mundo subjetivo, não indaga os arcanos do inconsciente; ele indaga o futuro e, na solidão de seus quadros promete-nos um mundo sereno e ordenado. E, se em suas paisagens não aparece o homem, não é que essa ordem o exclui - é que ele ainda não a alcançou."
Exposições individuais
1957 - Biblioteca Pública de João Pessoa; João Pessoa, PB.
1960 – Ivan Freitas: Exposições de Pintura, na Galeria Penguin; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – MAM-BA, Salvador, BA.
1962 – Galeria Rubbers; Buenos Aires, Argentina.
1962 – La Cavana Galeria; Trieste, Itália.
1962 – Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos; Rio de Janeiro, RJ.
1962 – Instituto Brasil–Uruguai; Montevidéu, Uruguai.
1962 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1963 – Galleria Del Canale, Nápoles, Itália.
1963 – Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1964 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1966 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1968 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – Pan American Union; Washington, Estados Unidos.
1971 – Iramar Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1971 – Blooming – Dale’s Art Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1973 – Individual, na Galeria Bonino; Rio de Janeiro, RJ.
1973 – Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1974 – Ivan Freitas: Pinturas/Objetivos, na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – Galeria Arte Global; São Paulo, SP.
1976 – Ivan Freitas: Pinturas/Espaço/Movimento, na Galeria Ipanema; São Paulo, SP.
1977 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1978 – Fundação Cultural do Estado da Paraíba; João Pessoa, PB.
1979 – Galeria B. 75 Concorde; Rio de Janeiro, RJ.
1980 – Individual, na Galeria do Sesi; São Paulo, SP.
1980 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1986 – Ivan Freitas: A Paisagem Reinventada, na Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1987 – Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1989 – Galeria Evasion Arte; São Paulo, SP.
1994 – Galeria GB Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Exposições coletivas
1959 – 8º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1960 – 9º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 10º Salão Nacional de Arte Moderna – isenção de júri e prêmio de crítica; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 6ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo; São Paulo, SP.
1963 – Arte de América e Espanha; Europa.
1963 – 2ª Bienal do Jovem; Paris, França.
1963 – 7ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; ; São Paulo, SP.
1964 – 2º Resumo de Arte do Jornal do Brasil, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Arte Brasileira Atual; Bonn, Alemanha.
1965 – Arte Brasileira Atual; Londres, Inglaterra.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Opinião 65, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAC/USP; São Paulo, SP.
1965 – 8ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.*
1965 – Arte Brasileira Atual; Viena, Áustria.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Buenos Aires, Argentina.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Montevidéu, Uruguai.
1966 – 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas; Salvador, BA.
1967 – 9ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1968 – 2º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – 7º Resumo de Arte JB, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1970 – 2ª Bienal de Coltejer; Medellín, Colômbia.
1972 – Arte/Brasil/Hoje: 50 Anos Depois, na Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1973 – 12ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1973 – 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM-SP; São Paulo, SP.
1974 – Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1975 – A Comunicação Segundo os Artistas Plásticos; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – 13ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1976 – 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 15ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão; Lisboa, Portugal.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery; Londres, Inglaterra.
1984 – Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras; Rio de Janeiro, RJ.
1985 – Opinião 65, na Galeria de Arte Banerj; Rio de Janeiro, RJ.
1986 – Imagine: o planeta saúda o cometa, Arte Galeria; Fortaleza, CE.
1986 – 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, MAM-SP; São Paulo, SP.
1987 – 20ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show; São Paulo, SP.
1990 – 2ª Arte Atual Paraibana, Fundação Espaço Cultural da Paraíba – artista convidado; João Pessoa, PB.
1992 – EcoArt, MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1995 – Opinião 65: 30 Anos, no CCBB; Rio de Janeiro, RJ.
2003 – Projeto Brazilianart, Almacén Galeria de Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: https://www.wikiwand.com/pt/Ivan_Freitas, consultado em 10 de março de 2020.
Crédito fotográfico: Programa Arte é Investimento, veiculada 25 de setembro de 1989 pelas tvs Corcovado, Nacional e Brasília.
Ivan Freitas (João Pessoa, PB, 7 de agosto de 1932 — Rio de Janeiro, RJ, 23 de maio de 2006) foi um pintor e muralista brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Inicia sua atividade artística como autodidata, em João Pessoa, onde realiza sua primeira mostra individual na Biblioteca Pública, em 1957. Em 1962, viaja a Paris, como bolsista da Maison de France. Retorna ao Brasil no ano seguinte e realiza a exposição Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski, no Rio de Janeiro. Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico. Entre 1969 e 1972, viaja a Nova York, comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation. De volta ao Brasil, participa, em 1984, do primeiro Projeto Arte nos Muros e pinta um mural na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro.
Críticas
"Os elementos positivos da pintura de Freitas consistem na estrutura da imagem ordenada e ligada por um severo empenho de estilo e na harmonia entre traços e cores, claramente exprimido em termos de ´concentrada poesia´... O jovem Freitas recusa a casualidade do efeito material e do gesto automático. Controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta. É uma estranha fascinação que confina com o mistério. À natureza se mistura a história de um tempo antigo, revivido através dos séculos. Freitas sabe ler nos traços mais misteriosos a linguagem oculta das pausas e dos ritmos, dos motivos e das cadências, dentro da magia de uma atmosfera colorida que acrescenta um fascínio agitado à elegância daquelas estruturas secretas. Freitas define os ´enigmas. ´ E é justo. As belas e confiantes construções racionais do Humanismo são substituídas pelas aventuras enigmáticas do espírito. (...) Hoje chega o jovem brasileiro para refazer-nos, à sua maneira, o discurso de Klee, com uma segurança que assombra, com uma facilidade rara de pesquisa que o aproxima a origens, a nós desconhecidas e que sentimos comuns, estranhamente próximas".
Giuseppe Marchiori (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir. Dicionário brasileiro de artistas plásticos - D - L. Brasília: MEC : INL, 1973. v. 2, pt. 1, il. p&b. Dicionário especializado, 5).
"O ponto básico de encruzilhada no trajeto de quase 20 anos, que constitui a obra de Ivan Freitas, foi a sua permanência em Nova York de 1970 a 1972. Se antes da viagem, seguindo-se a uma fase de abstração próxima do informal, sua pintura já anunciava disposição de dialogar com a alta civilização da máquina, o apelo da tecnologia só o atrai em definitivo durante e após a experiência direta da metrópole norte-americana. (...) Passa a interessar-lhe desde então sobretudo a própria máquina, os mecanismos de movimento que utiliza em construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas e acionando padrões luminosos em ciclos continuamente repetidos. (...) Voltado para o emprego lúdico da luz e do movimento, Ivan Freitas pareceu por algum tempo, entre 1972 e 1974, ter abandonado ou colocado à parte, em posição menos privilegiada na sua obra, a pintura. Mais recentemente, no entanto, ela recuperou o predomínio, sempre buscando a máquina como fonte de efeitos visuais, nos limites estritos de uma atividade - a de pintar - que ainda se pretende resultante exclusiva da ação humana, independente da máquina, embora a considerando com atenção e maravilhamento".
Roberto Pontual (Arte brasileira contemporânea: Coleção Gilberto Chateaubriand. Tradução Florence Eleanor Irvin, John Knox. Rio de Janeiro: Edições Jornal do Brasil, 1976. 478 p., il. color.)
Fonte: IVAN Freitas. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 10 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do muralista Severino Araújo, Ivan começou na pintura como autodidata.
Sua primeira mostra individual foi na Biblioteca Pública, em 1957. Com o sucesso da exposição, teve condições de mudar-se para Rio de Janeiro no ano seguinte, em 1958, onde tomou contato com a obra de artistas como Salvador Dali e René Magritte, que o influenciaram. Entre 1962 e 1963 residiu como bolsista em Paris. Entre 1969 e 1972, esteve em sua segunda excursão para o exterior, na cidade Nova Iorque e comissionado pela International Telephone and Telegraph Corporation.
De volta ao Brasil, pintou o mural de mais de mil metros quadrados na parede externa da Escola Nacional de Música, no Rio de Janeiro, em 1984 - o primeiro do Projeto Arte nos Muros. Ainda na década de 70, casa-se com Dalva Mendes Gall, para quem deixou após sua morte em 2006, um acervo extenso onde se pode encontrar todas as melhores obras deste artista paraibano consagrado no Brasil e no exterior.
Anos em Nova Iorque
A estadia em Nova Iorque, de 1969 a 1972, foi talvez o momento de maior virada na carreira de Ivan. Até o então, segundo o crítico de arte Roberto Pontual, o artista plástico seguia "uma fase de abstração próxima do informal". Nos Estados Unidos, com tanta influência tecnológica ao seu redor, Ivan passa a se interessar pela máquina e seus mecanismos de movimento e insere essas percepções em suas obras, como "construções cinéticas com pequenos motores ocultos em caixas", conforme Pontual define, e também e acionando padrões de luz em séries cíclicas e repetidas.
Crítica
Em 1968, a revista Galeria de Arte Moderna (GAM), publica artigo intitulado Ivan Freitas e o Espaço Cósmico.
No Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos, o crítico de arte italiano Giuseppe Marchiori se refere a Ivan Frentas como alguém que "controla e domina cada parte da pintura com uma vontade de aprofundação da imagem que surpreende e encanta". Ainda segundo o crítico, Ivan é alguém que preserva o mistério na harmonia entre traços e a atmosfera colorida, por onde cria pausas e ritmos para a leitura de suas "estruturas secretas".
O poeta Ferreira Gullar, escreve: "Freitas não se volta para o mundo subjetivo, não indaga os arcanos do inconsciente; ele indaga o futuro e, na solidão de seus quadros promete-nos um mundo sereno e ordenado. E, se em suas paisagens não aparece o homem, não é que essa ordem o exclui - é que ele ainda não a alcançou."
Exposições individuais
1957 - Biblioteca Pública de João Pessoa; João Pessoa, PB.
1960 – Ivan Freitas: Exposições de Pintura, na Galeria Penguin; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – MAM-BA, Salvador, BA.
1962 – Galeria Rubbers; Buenos Aires, Argentina.
1962 – La Cavana Galeria; Trieste, Itália.
1962 – Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos; Rio de Janeiro, RJ.
1962 – Instituto Brasil–Uruguai; Montevidéu, Uruguai.
1962 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1963 – Galleria Del Canale, Nápoles, Itália.
1963 – Ivan Freitas: Paris 1963, na Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1964 – Galeria Barcinski; Rio de Janeiro, RJ.
1966 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1968 – Galeria Relevo; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – Pan American Union; Washington, Estados Unidos.
1971 – Iramar Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1971 – Blooming – Dale’s Art Gallery; Nova York, Estados Unidos.
1973 – Individual, na Galeria Bonino; Rio de Janeiro, RJ.
1973 – Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1974 – Ivan Freitas: Pinturas/Objetivos, na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – Galeria Arte Global; São Paulo, SP.
1976 – Ivan Freitas: Pinturas/Espaço/Movimento, na Galeria Ipanema; São Paulo, SP.
1977 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1978 – Fundação Cultural do Estado da Paraíba; João Pessoa, PB.
1979 – Galeria B. 75 Concorde; Rio de Janeiro, RJ.
1980 – Individual, na Galeria do Sesi; São Paulo, SP.
1980 – Galeria Paulo Prado; São Paulo, SP.
1986 – Ivan Freitas: A Paisagem Reinventada, na Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1987 – Galeria Arte Aplicada; São Paulo, SP.
1989 – Galeria Evasion Arte; São Paulo, SP.
1994 – Galeria GB Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Exposições coletivas
1959 – 8º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1960 – 9º Salão Nacional de Arte Moderna; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 10º Salão Nacional de Arte Moderna – isenção de júri e prêmio de crítica; Rio de Janeiro, RJ.
1961 – 6ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo; São Paulo, SP.
1963 – Arte de América e Espanha; Europa.
1963 – 2ª Bienal do Jovem; Paris, França.
1963 – 7ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; ; São Paulo, SP.
1964 – 2º Resumo de Arte do Jornal do Brasil, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Arte Brasileira Atual; Bonn, Alemanha.
1965 – Arte Brasileira Atual; Londres, Inglaterra.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – Opinião 65, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1965 – 1º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAC/USP; São Paulo, SP.
1965 – 8ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.*
1965 – Arte Brasileira Atual; Viena, Áustria.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Buenos Aires, Argentina.
1966 – 5 Pintores Contemporâneos do Brasil; Montevidéu, Uruguai.
1966 – 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas; Salvador, BA.
1967 – 9ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1968 – 2º Salão Esso de Artistas Jovens, no MAM/RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1969 – 7º Resumo de Arte JB, no MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1970 – 2ª Bienal de Coltejer; Medellín, Colômbia.
1972 – Arte/Brasil/Hoje: 50 Anos Depois, na Galeria Collectio; São Paulo, SP.
1973 – 12ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1973 – 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM-SP; São Paulo, SP.
1974 – Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1975 – A Comunicação Segundo os Artistas Plásticos; Rio de Janeiro, RJ.
1975 – 13ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1976 – 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP; São Paulo, SP.
1979 – 15ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo, na Fundação Bienal; São Paulo, SP.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão; Lisboa, Portugal.
1982 – Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery; Londres, Inglaterra.
1984 – Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras; Rio de Janeiro, RJ.
1985 – Opinião 65, na Galeria de Arte Banerj; Rio de Janeiro, RJ.
1986 – Imagine: o planeta saúda o cometa, Arte Galeria; Fortaleza, CE.
1986 – 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, MAM-SP; São Paulo, SP.
1987 – 20ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show; São Paulo, SP.
1990 – 2ª Arte Atual Paraibana, Fundação Espaço Cultural da Paraíba – artista convidado; João Pessoa, PB.
1992 – EcoArt, MAM-RJ; Rio de Janeiro, RJ.
1995 – Opinião 65: 30 Anos, no CCBB; Rio de Janeiro, RJ.
2003 – Projeto Brazilianart, Almacén Galeria de Arte; Rio de Janeiro, RJ.
Fonte: https://www.wikiwand.com/pt/Ivan_Freitas, consultado em 10 de março de 2020.
Crédito fotográfico: Programa Arte é Investimento, veiculada 25 de setembro de 1989 pelas tvs Corcovado, Nacional e Brasília.