José Maria de Almeida (Beira Alta, Portugal, 4 de outubro de 1906 - Uberlândia, MG, 14 de julho de 1995) foi um pintor e desenhista português, radicado no Brasil.
Biografia
Português de nascença, José Maria de Almeida carrega na arte a memória de muitas paisagens. Das procissões, rebanhos, colinas e cerejas de sua terra natal. Das ruelas e escadarias de Montmartre, em Paris. Das pontes e becos de Veneza.
Veio para o Brasil aos 13 anos, onde criou intimidade com tintas e pincéis. Voltou a Portugal, no entanto, aos 21, mas logo retornou ao Rio de Janeiro. Foi aluno de Oswaldo Teixeira da Rocha, Bruno Lechowski, Manoel Santiago e tantos outros. Integrante do Núcleo Bernardelli, com artistas de origem italiana e grande expressão na segunda fase do Modernismo. Chegou, inclusive, a dirigir o grupo.
Sua arte é pictórica, criando volumes com pincel e espátula ao passo que foge das formas convencionais da técnica. A luz ganha papel de destaque, com uso de justaposição de tons. Se distancia, assim, das teorias clássicas sobre harmonia cromática, muito embora mantenha-se fiel ao desenho acadêmico.
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Biografia Itaú Cultural
Imigra para o Brasil em 1920 e fixa residência no Rio de Janeiro. Nesta cidade estuda no Liceu Literário Português, com Oswaldo Teixeira da Rocha, em 1930. Posteriormente transfere-se para o Liceu de Artes e Ofícios, onde é aluno de Eurico Alves. Nesta mesma época, estuda na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com Rodolfo Chambelland (1879-1967). Frequenta as aulas do Núcleo Bernardelli, mais tarde, torna-se um de seus diretores. Em 1943, participa do grupo de excursão de pintura ao ar livre, patrocinado pela revista O Malho. É sócio honorário da Associação dos Artistas Brasileiros e sócio benemérito da Sociedade Brasileira de Belas Artes.
Críticas
"A técnica pastosa não o intimida nem tampouco toma formas convencionais. O pincel e a espátula colaboraram a um tempo na obtenção de uma matéria pictórica agradável, enriquecendo os efeitos, sejam de iluminação como de forma e revelando sempre a surpresa do artista diante da interpretação dos motivos. Enfrentando audaciosas justaposições de tons, foge às teorias conservadoras da harmonia dos mesmos pela intercomunicação dos seus valores e atinge corajosamente a realidade dos efeitos de luz e sombra. Ficou com os princípios do desenho acadêmico, das perspectivas aérea e linear, e enveredou pelo impressionismo, onde consegue lindos efeitos mercê da forte e variada cromatização. E, na maneira de interpretar, prefere a maior liberdade, o que o torna menos fotográfico e mais realista. Pinceladas certas, paleta rica, cores variadas e com tonalidades múltiplas, pintura um pouco velada, bastante liberdade de interpretação mas baseada num desenho seguro e exato. Nos interiores há ambiente, um bom jogo de luz e sombras e, apesar de se perceberem os pormenores estes são executados com largueza. Nas vistas de exterior há sempre ar e boa luz, muita cor local. A pasta é boa e a matéria excelente".
Valdir Teixeira (CABICIERI, Jorge, org. Dez caminhos na pintura. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1987.)
Exposições Individuais
1950 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Maria Augusta Galeria de Arte
Exposições Coletivas
1937 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1939 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1944 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1954 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes
1955 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1964 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Sociedade Brasileira de Belas Artes - medalha de ouro
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1966 - Valência (Espanha) - Salão Valenciano
1969 - Itália - Salões - 2 medalhas de ouro e 1 medalha de prata
1969 - Juiz de Fora MG - Salão de Juiz de Fora - medalha de ouro
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1974 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Clube Metropolitano
1974 - São Lourenço MG - Salão de São Lourenço
1975 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional do Sindicato dos Empregados do Comércio
1975 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão de Artes Plásticas da Polícia Militar
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão de Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão do Parque do Flamengo
1976 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola Naval
1978 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão de Artes Plásticas da Tijuca
1986 - Rio de Janeiro RJ - Mostra, na Galeria Tuileries
Exposições Póstumas
1995 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Casa das Beiras
Fonte: JOSÉ Maria de Almeida. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 03 de Mar. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
José Maria de Almeida (Beira Alta, Portugal, 4 de outubro de 1906 - Uberlândia, MG, 14 de julho de 1995) foi um pintor e desenhista português, radicado no Brasil.
Biografia
Português de nascença, José Maria de Almeida carrega na arte a memória de muitas paisagens. Das procissões, rebanhos, colinas e cerejas de sua terra natal. Das ruelas e escadarias de Montmartre, em Paris. Das pontes e becos de Veneza.
Veio para o Brasil aos 13 anos, onde criou intimidade com tintas e pincéis. Voltou a Portugal, no entanto, aos 21, mas logo retornou ao Rio de Janeiro. Foi aluno de Oswaldo Teixeira da Rocha, Bruno Lechowski, Manoel Santiago e tantos outros. Integrante do Núcleo Bernardelli, com artistas de origem italiana e grande expressão na segunda fase do Modernismo. Chegou, inclusive, a dirigir o grupo.
Sua arte é pictórica, criando volumes com pincel e espátula ao passo que foge das formas convencionais da técnica. A luz ganha papel de destaque, com uso de justaposição de tons. Se distancia, assim, das teorias clássicas sobre harmonia cromática, muito embora mantenha-se fiel ao desenho acadêmico.
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Biografia Itaú Cultural
Imigra para o Brasil em 1920 e fixa residência no Rio de Janeiro. Nesta cidade estuda no Liceu Literário Português, com Oswaldo Teixeira da Rocha, em 1930. Posteriormente transfere-se para o Liceu de Artes e Ofícios, onde é aluno de Eurico Alves. Nesta mesma época, estuda na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com Rodolfo Chambelland (1879-1967). Frequenta as aulas do Núcleo Bernardelli, mais tarde, torna-se um de seus diretores. Em 1943, participa do grupo de excursão de pintura ao ar livre, patrocinado pela revista O Malho. É sócio honorário da Associação dos Artistas Brasileiros e sócio benemérito da Sociedade Brasileira de Belas Artes.
Críticas
"A técnica pastosa não o intimida nem tampouco toma formas convencionais. O pincel e a espátula colaboraram a um tempo na obtenção de uma matéria pictórica agradável, enriquecendo os efeitos, sejam de iluminação como de forma e revelando sempre a surpresa do artista diante da interpretação dos motivos. Enfrentando audaciosas justaposições de tons, foge às teorias conservadoras da harmonia dos mesmos pela intercomunicação dos seus valores e atinge corajosamente a realidade dos efeitos de luz e sombra. Ficou com os princípios do desenho acadêmico, das perspectivas aérea e linear, e enveredou pelo impressionismo, onde consegue lindos efeitos mercê da forte e variada cromatização. E, na maneira de interpretar, prefere a maior liberdade, o que o torna menos fotográfico e mais realista. Pinceladas certas, paleta rica, cores variadas e com tonalidades múltiplas, pintura um pouco velada, bastante liberdade de interpretação mas baseada num desenho seguro e exato. Nos interiores há ambiente, um bom jogo de luz e sombras e, apesar de se perceberem os pormenores estes são executados com largueza. Nas vistas de exterior há sempre ar e boa luz, muita cor local. A pasta é boa e a matéria excelente".
Valdir Teixeira (CABICIERI, Jorge, org. Dez caminhos na pintura. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1987.)
Exposições Individuais
1950 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Maria Augusta Galeria de Arte
Exposições Coletivas
1937 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1939 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1944 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1954 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes
1955 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1964 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Sociedade Brasileira de Belas Artes - medalha de ouro
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1966 - Valência (Espanha) - Salão Valenciano
1969 - Itália - Salões - 2 medalhas de ouro e 1 medalha de prata
1969 - Juiz de Fora MG - Salão de Juiz de Fora - medalha de ouro
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1974 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Clube Metropolitano
1974 - São Lourenço MG - Salão de São Lourenço
1975 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional do Sindicato dos Empregados do Comércio
1975 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão de Artes Plásticas da Polícia Militar
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão de Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão do Parque do Flamengo
1976 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola Naval
1978 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão de Artes Plásticas da Tijuca
1986 - Rio de Janeiro RJ - Mostra, na Galeria Tuileries
Exposições Póstumas
1995 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Casa das Beiras
Fonte: JOSÉ Maria de Almeida. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 03 de Mar. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
José Maria de Almeida (Beira Alta, Portugal, 4 de outubro de 1906 - Uberlândia, MG, 14 de julho de 1995) foi um pintor e desenhista português, radicado no Brasil.
Biografia
Português de nascença, José Maria de Almeida carrega na arte a memória de muitas paisagens. Das procissões, rebanhos, colinas e cerejas de sua terra natal. Das ruelas e escadarias de Montmartre, em Paris. Das pontes e becos de Veneza.
Veio para o Brasil aos 13 anos, onde criou intimidade com tintas e pincéis. Voltou a Portugal, no entanto, aos 21, mas logo retornou ao Rio de Janeiro. Foi aluno de Oswaldo Teixeira da Rocha, Bruno Lechowski, Manoel Santiago e tantos outros. Integrante do Núcleo Bernardelli, com artistas de origem italiana e grande expressão na segunda fase do Modernismo. Chegou, inclusive, a dirigir o grupo.
Sua arte é pictórica, criando volumes com pincel e espátula ao passo que foge das formas convencionais da técnica. A luz ganha papel de destaque, com uso de justaposição de tons. Se distancia, assim, das teorias clássicas sobre harmonia cromática, muito embora mantenha-se fiel ao desenho acadêmico.
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Biografia Itaú Cultural
Imigra para o Brasil em 1920 e fixa residência no Rio de Janeiro. Nesta cidade estuda no Liceu Literário Português, com Oswaldo Teixeira da Rocha, em 1930. Posteriormente transfere-se para o Liceu de Artes e Ofícios, onde é aluno de Eurico Alves. Nesta mesma época, estuda na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com Rodolfo Chambelland (1879-1967). Frequenta as aulas do Núcleo Bernardelli, mais tarde, torna-se um de seus diretores. Em 1943, participa do grupo de excursão de pintura ao ar livre, patrocinado pela revista O Malho. É sócio honorário da Associação dos Artistas Brasileiros e sócio benemérito da Sociedade Brasileira de Belas Artes.
Críticas
"A técnica pastosa não o intimida nem tampouco toma formas convencionais. O pincel e a espátula colaboraram a um tempo na obtenção de uma matéria pictórica agradável, enriquecendo os efeitos, sejam de iluminação como de forma e revelando sempre a surpresa do artista diante da interpretação dos motivos. Enfrentando audaciosas justaposições de tons, foge às teorias conservadoras da harmonia dos mesmos pela intercomunicação dos seus valores e atinge corajosamente a realidade dos efeitos de luz e sombra. Ficou com os princípios do desenho acadêmico, das perspectivas aérea e linear, e enveredou pelo impressionismo, onde consegue lindos efeitos mercê da forte e variada cromatização. E, na maneira de interpretar, prefere a maior liberdade, o que o torna menos fotográfico e mais realista. Pinceladas certas, paleta rica, cores variadas e com tonalidades múltiplas, pintura um pouco velada, bastante liberdade de interpretação mas baseada num desenho seguro e exato. Nos interiores há ambiente, um bom jogo de luz e sombras e, apesar de se perceberem os pormenores estes são executados com largueza. Nas vistas de exterior há sempre ar e boa luz, muita cor local. A pasta é boa e a matéria excelente".
Valdir Teixeira (CABICIERI, Jorge, org. Dez caminhos na pintura. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1987.)
Exposições Individuais
1950 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Maria Augusta Galeria de Arte
Exposições Coletivas
1937 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1939 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1944 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1954 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes
1955 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1964 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Sociedade Brasileira de Belas Artes - medalha de ouro
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1966 - Valência (Espanha) - Salão Valenciano
1969 - Itália - Salões - 2 medalhas de ouro e 1 medalha de prata
1969 - Juiz de Fora MG - Salão de Juiz de Fora - medalha de ouro
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1974 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Clube Metropolitano
1974 - São Lourenço MG - Salão de São Lourenço
1975 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional do Sindicato dos Empregados do Comércio
1975 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão de Artes Plásticas da Polícia Militar
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão de Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão do Parque do Flamengo
1976 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola Naval
1978 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão de Artes Plásticas da Tijuca
1986 - Rio de Janeiro RJ - Mostra, na Galeria Tuileries
Exposições Póstumas
1995 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Casa das Beiras
Fonte: JOSÉ Maria de Almeida. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 03 de Mar. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
José Maria de Almeida (Beira Alta, Portugal, 4 de outubro de 1906 - Uberlândia, MG, 14 de julho de 1995) foi um pintor e desenhista português, radicado no Brasil.
Biografia
Português de nascença, José Maria de Almeida carrega na arte a memória de muitas paisagens. Das procissões, rebanhos, colinas e cerejas de sua terra natal. Das ruelas e escadarias de Montmartre, em Paris. Das pontes e becos de Veneza.
Veio para o Brasil aos 13 anos, onde criou intimidade com tintas e pincéis. Voltou a Portugal, no entanto, aos 21, mas logo retornou ao Rio de Janeiro. Foi aluno de Oswaldo Teixeira da Rocha, Bruno Lechowski, Manoel Santiago e tantos outros. Integrante do Núcleo Bernardelli, com artistas de origem italiana e grande expressão na segunda fase do Modernismo. Chegou, inclusive, a dirigir o grupo.
Sua arte é pictórica, criando volumes com pincel e espátula ao passo que foge das formas convencionais da técnica. A luz ganha papel de destaque, com uso de justaposição de tons. Se distancia, assim, das teorias clássicas sobre harmonia cromática, muito embora mantenha-se fiel ao desenho acadêmico.
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Biografia Itaú Cultural
Imigra para o Brasil em 1920 e fixa residência no Rio de Janeiro. Nesta cidade estuda no Liceu Literário Português, com Oswaldo Teixeira da Rocha, em 1930. Posteriormente transfere-se para o Liceu de Artes e Ofícios, onde é aluno de Eurico Alves. Nesta mesma época, estuda na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), com Rodolfo Chambelland (1879-1967). Frequenta as aulas do Núcleo Bernardelli, mais tarde, torna-se um de seus diretores. Em 1943, participa do grupo de excursão de pintura ao ar livre, patrocinado pela revista O Malho. É sócio honorário da Associação dos Artistas Brasileiros e sócio benemérito da Sociedade Brasileira de Belas Artes.
Críticas
"A técnica pastosa não o intimida nem tampouco toma formas convencionais. O pincel e a espátula colaboraram a um tempo na obtenção de uma matéria pictórica agradável, enriquecendo os efeitos, sejam de iluminação como de forma e revelando sempre a surpresa do artista diante da interpretação dos motivos. Enfrentando audaciosas justaposições de tons, foge às teorias conservadoras da harmonia dos mesmos pela intercomunicação dos seus valores e atinge corajosamente a realidade dos efeitos de luz e sombra. Ficou com os princípios do desenho acadêmico, das perspectivas aérea e linear, e enveredou pelo impressionismo, onde consegue lindos efeitos mercê da forte e variada cromatização. E, na maneira de interpretar, prefere a maior liberdade, o que o torna menos fotográfico e mais realista. Pinceladas certas, paleta rica, cores variadas e com tonalidades múltiplas, pintura um pouco velada, bastante liberdade de interpretação mas baseada num desenho seguro e exato. Nos interiores há ambiente, um bom jogo de luz e sombras e, apesar de se perceberem os pormenores estes são executados com largueza. Nas vistas de exterior há sempre ar e boa luz, muita cor local. A pasta é boa e a matéria excelente".
Valdir Teixeira (CABICIERI, Jorge, org. Dez caminhos na pintura. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1987.)
Exposições Individuais
1950 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Maria Augusta Galeria de Arte
Exposições Coletivas
1937 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1939 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1944 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1954 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes
1955 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1964 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Sociedade Brasileira de Belas Artes - medalha de ouro
1965 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Associação dos Artistas Brasileiros - medalha de ouro e medalha de honra
1966 - Valência (Espanha) - Salão Valenciano
1969 - Itália - Salões - 2 medalhas de ouro e 1 medalha de prata
1969 - Juiz de Fora MG - Salão de Juiz de Fora - medalha de ouro
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1974 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Clube Metropolitano
1974 - São Lourenço MG - Salão de São Lourenço
1975 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional do Sindicato dos Empregados do Comércio
1975 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão de Artes Plásticas da Polícia Militar
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão de Ipanema
1976 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão do Parque do Flamengo
1976 - Rio de Janeiro RJ - Salão da Escola Naval
1978 - Rio de Janeiro RJ - 10º Salão de Artes Plásticas da Tijuca
1986 - Rio de Janeiro RJ - Mostra, na Galeria Tuileries
Exposições Póstumas
1995 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Casa das Beiras
Fonte: JOSÉ Maria de Almeida. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 03 de Mar. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7