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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (São Paulo, SP, 1873) é uma instituição educacional sem fins lucrativos e uma das mais antigas escolas técnicas do Brasil, fundada por Antônio Francisco de Paula Souza. Foi criada para suprir a demanda por mão de obra especializada durante o processo de industrialização da cidade de São Paulo e oferece cursos de desenho, pintura e marcenaria, eletrônica, mecânica e design. Além da área de ensino, em 1980 o Liceu inaugurou o Centro Cultural com uma expressiva coleção de estátuas de gesso em tamanho natural, réplicas das mais importantes obras clássicas da história da arte ocidental. Em 2014, um incêndio destruiu o galpão onde o Centro Cultural do Liceu estava instalado, queimando quase todo o acervo de obras composta de quadros, esculturas, móveis antigos e réplicas em gesso. Em 2018, o Liceu foi reaberto com parte das obras restauradas. A instituição foi responsável por produzir obras famosas como os portais de madeira da Catedral de São Paulo, um monumento à Duque de Caxias e as esquadrias metálicas do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Arremate Arte

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo é uma instituição educacional localizada na cidade de São Paulo, Brasil. Fundado em 1873, o Liceu é uma das mais antigas escolas técnicas do país e tem uma longa história de contribuição para a formação de profissionais qualificados em diversas áreas.

A ideia de criar uma escola de artes e ofícios em São Paulo surgiu no final do século XIX, quando a cidade estava em pleno processo de industrialização e necessitava de mão de obra especializada. A proposta foi apresentada por um grupo de intelectuais liderado por Antônio Francisco de Paula Souza, engenheiro e político paulista que se destacou por suas contribuições para o desenvolvimento técnico do estado.

Em 1873, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi oficialmente inaugurado com o objetivo de oferecer uma educação técnica de qualidade para os jovens da região. Inicialmente, a escola oferecia cursos nas áreas de desenho, pintura, escultura, marcenaria, serralheria e ourivesaria. Com o passar dos anos, novos cursos foram adicionados, abrangendo áreas como eletrônica, mecânica, informática, design e muitas outras.

Ao longo de sua história, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo se destacou pela qualidade de ensino e formação profissional oferecida aos seus alunos. A escola sempre buscou se adaptar às demandas do mercado de trabalho, incorporando novas tecnologias e atualizando constantemente seus currículos para garantir que os estudantes estivessem preparados para os desafios do mundo moderno.

Além da formação técnica, o Liceu também se preocupou em desenvolver o lado artístico e cultural de seus alunos. A escola promoveu e incentivou atividades culturais, como exposições, apresentações de teatro e música, e participações em concursos e eventos artísticos.

Ao longo dos anos, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo expandiu suas instalações e hoje conta com um campus moderno e bem equipado. A instituição também estabeleceu parcerias com empresas e instituições de ensino, buscando proporcionar aos alunos oportunidades de estágio e inserção no mercado de trabalho.

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo mantém seu compromisso com a educação técnica de excelência, formando profissionais qualificados que contribuem para o desenvolvimento social e econômico da cidade e do país. Sua história de sucesso e tradição solidificaram sua posição como uma das principais escolas técnicas do Brasil.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Itaú Cultural

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp) foi criado em 1873, com a denominação de Sociedade Propagadora da Instrução Popular, por iniciativa de Carlos Leôncio da Silva Carvalho (1847-1912) e um grupo de sócios ligados às elites cafeicultoras locais. Trata-se de uma associação educacional privada, fundada com apoio da maçonaria, destinada às classes trabalhadoras, do campo e da cidade, que se propõe a "ministrar gratuitamente ao povo os conhecimentos necessários às artes e ofícios, ao comércio, à lavoura, às indústrias". O objetivo explícito da instituição é a formação de mão-de-obra especializada para a indústria, do ponto de vista técnico e moral. Procura-se formar "bons cidadãos", indica Carvalho, "que, sabendo trabalhar e podendo viver do trabalho, não se deixam corromper por empregos ou favores oferecidos a troco de sacrifícios de caráter, pois o proletariado que sabe trabalhar foge dos vícios, que roubam tempo e saúde, seus únicos, mas produtivos capitais". Num período em que poucas são as escolas primárias e em menor número as secundárias e de ensino superior, a instituição oferece cursos noturnos gratuitos de caligrafia, gramática e aritmética para a população de baixa renda, destinados a adultos e crianças. Fornece ainda material didático, assistência médica e uma biblioteca pública. As aulas têm início em 1874 e são dadas em prédio adaptado na Rua São José.

Progressivamente a Sociedade vai adquirindo o perfil de uma escola profissionalizante, e passa a denominar-se, após ampla reforma curricular, Liceu de Artes e Ofícios, em 1882. O modelo da nova escola, ao que tudo indica, é a experiência do Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834-1896), na Inglaterra, que valoriza o trabalho do artesão na indústria capitalista. Mas é, em 1895, dirigida pelo engenheiro Ramos de Azevedo (1851-1928), que a escola conhece uma reforma mais ampla, com a inclusão das "artes e ofícios", de acordo com o plano do engenheiro de criar as bases de uma "futura Escola de Belas Artes de São Paulo". No interior dessa rubrica abrigam-se cursos de desenho com aplicação às artes e à indústria, de modelagem em gesso e barro, além de aulas de pintura e de "instrução profissional" (carpintaria, marcenaria, ebanisteria, serralheria etc.). São incluídas classes de álgebra, geometria e contabilidade, comércio e agricultura. Com essa reforma, o Liceu aprimora e amplia a produção de artigos de artes decorativas e industriais, visando atender a um mercado em expansão no Brasil. E, os alunos, vistos como aprendizes, passam a receber pagamento pelas obras produzidas, vendidas com o selo da escola.

A ênfase no ensino de desenho, pintura e escultura se articula ao plano de Ramos de Azevedo de transformar o Liceu em um centro de belas-artes, com organização de exposições, ateliês de artistas e formação de uma pinacoteca. Vários trabalhos de alunos são expostos na sede da instituição e alguns deles são premiados nas Exposições Gerais de Belas Artes, no Rio de Janeiro. As premiações e o prestígio do corpo docente conferem visibilidade ao Liceu do ponto de vista artístico. Lecionam na instituição, entre outros, Domiciano Rossi, desenho geométrico; Pedro Alexandrino (1856-1942), desenho de figura e paisagem; Umberto Vigiani; Mugnaini (1895-1975), Otelo Borioni e Adolpho Borioni, desenho; Oscar Pereira da Silva (1867-1939), pintura; Amadeu Zani (1869-1944), escultura. A despeito do reconhecimento do Liceu, sem sede própria até esse momento, ele tem-se instalado, desde a sua fundação, em diferentes locais. Entre 1882 e 1889, passou por dois edifícios: um na Rua da Boa Morte, n.17 e outro na Rua Imperador, n. 5. Em 1896, mudou-se para a rua Santa Tereza, n.22. Negociações com o governo provincial valem a doação de um terreno à escola, ao lado do Jardim Público da Luz (1896), além da concessão de recursos para a edificação da sede, cujas obras se iniciam em 1897.

O prédio, projetado por Ramos de Azevedo e Domiciano Rossi, seu principal colaborador, tem estilo monumental em forte consonância com os princípios do ecletismo italiano, formado por três pavimentos, com dois pátios internos de modo a garantir ventilação e iluminação. No centro, primeiro piso, localiza-se o saguão central, com altíssimo pé-direito e janelas voltadas para o interior, que prevê uma cúpula, nunca concluída. Na construção são empregados materiais importados como pinho-de-riga e cerâmica francesa. No projeto, os engenheiros idealizam a integração entre o edifício e o Jardim da Luz, pelo recurso às varandas laterais e às janelas que dão para o parque. O prédio foi parcialmente concluído em 1900, quando começaram a funcionar alguns cursos de instrução primária e artística. Por razões técnicas e sanitárias, as oficinas industriais, previstas para o piso térreo, não podem funcionar. Ficam no edifício somente as de fundição, escultura e marcenaria. O plano frustrado leva a uma barganha com o governo estadual: a concessão de terreno para a instalação das oficinas industriais em troca de espaço para o ginásio do Estado, que funciona no prédio do Liceu de 1901 a 1910.

A criação de um museu, a Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina), no interior do Liceu de Artes e Ofícios, em 1905, alterou completamente as feições iniciais da escola, articulando a partir de então a história das duas instituições. Concebida a princípio para ser uma galeria, a Pinacoteca é fundada pelo poeta e mecenas Freitas Valle (1870-1958), pelo político Sampaio Vianna, pelo engenheiro Adolpho Pinto e por Ramos de Azevedo, que dirige simultaneamente o Liceu e a Pinacoteca,  de 1905 a 1921. O acervo inicial do museu conta com 59 obras de artistas consagrados do Rio e de São Paulo, parte delas pertencentes ao acervo do Museu Paulista, e transferidas à Pinacoteca. Um incêndio e as revoltas políticas de 1930 - a Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932 - obrigam o prédio a fazer as vezes de "quartel" improvisado e levam a Pinacoteca e o Liceu a funcionar precariamente. A Pinacoteca e seu acervo ficam abrigados na antiga sede da Imprensa Oficial, na rua Onze de Agosto, entre 1932 e 1947. Nas décadas de 1930 e 1950, o Liceu de Artes e Ofícios funciona no prédio da avenida Tiradentes (cursos e exposição permanente) e suas oficinas na rua João Teodoro, 11. É o local onde se encontra atualmente, com entrada pela rua Cantareira, 1351.

Nos cinco primeiros anos do século XX, a produção do Liceu adquire importância e visibilidade. Ornamentos para fachadas, obras de serralheria e mobiliário aí executados se fazem presentes em construções e interiores de diversas residências de São Paulo (Hotel de La Plage, Guarujá, 1911, projetado por Ramos de Azevedo, cujos acabamentos das fachadas, estruturas metálicas e mobiliário são realizados nas oficinas do Liceu). Peças de cerâmica - faiança, azulejos e vasos -, bem como ornamentos em bronze fundido produzidos na escola podem ser encontrados em inúmeras construções paulistanas. Residências como a de Mário da Cunha Bueno (rua Guadalupe), Olívia Guedes Penteado (rua Conselheiro Nébias), Martinho Prado (avenida Higienópolis) e Ricardo Severo (Casa Lusa, rua Taguá), entre outras, têm elementos da decoração externa e interna, alguns ornamentos e parte do mobiliário executados pelo Liceu. Edifícios públicos de São Paulo se beneficiam da produção da escola, como o lustre monumental do saguão e o mobiliário do Theatro Municipal; as grades da escada do Teatro D. Pedro II, instalado no Clube Comercial, no vale do Anhangabaú; os frisos decorativos da fachada do edifício do Banco de São Paulo, na rua 15 de Novembro; o mobiliário e a decoração interna da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Monumentos também são executados na escola, por exemplo, o monumento em homenagem a Ramos de Azevedo, 1934, diante do edifício da Luz - projetado por Galileo Emendabili (1898-1974) e fundido em bronze nas oficinas do Liceu - e o Monumento ao Duque de Caxias, de autoria de Victor Brecheret (1894-1955), fundido no Liceu e montado na praça Princesa Isabel, centro de São Paulo.

A marcenaria do Liceu é responsável ainda pelo mobiliário de diversos hotéis, como o Rio Sheraton, o Hotel Tropical de Manaus e o Transamérica em São Paulo, e do Aeroporto Internacional de Cumbica. Com o modelo de desenvolvimento industrial implantado no país pelo presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), o projeto do Liceu - que previa a indissociabilidade entre arte, indústria e educação - parece inadequado aos novos tempos e as obras artesanais aí produzidas tornam-se obsoletas. Tentativas de adequação à nova fase industrial transparecem no feitio da produção: execução de esquadrias e revestimentos de aço inoxidável para o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp); para o Banco Central, em Brasília; para a sede da Petrobras, no Rio de Janeiro; e Federação da Indústrias de São Paulo - Fiesp, em São Paulo, além de caixas-automáticos 24 horas. Atualmente, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo é constituído pelo Laosp-Indústria, especializado na fabricação de bens e materiais para a construção civil, cujo principal produto é o hidrômetro; pela Escola Técnica, com cursos técnicos de nível médio e livres, ligados à tecnologia; e pelo Centro Cultural, responsável pela memória da instituição e pela promoção artística em geral.

Exposições

1905 - Individual de Pedro Alexandrino

1910 - Individual de Pedro Alexandrino

1910 - Individual de Pedro Weingartner

1911 - Iª Exposição Brasileira de Belas-Artes

1911 - 1ª Exposição Brasileira de Bellas Artes

1912 - 2ª Exposição Brasileira de Bellas Artes

1935 - Individual de Benedito Calixto

1997 - 3º Prêmio Maimeri 75 Anos

1998 - Coletiva Não Identificada

2008 - 4ª Mostra Paralela 2008

2010 - Paralela 2010

2012 - Artes e Ofícios 1: para todos

2012 - Artes e Oficios - Para Todos (2012 : São Paulo, SP)

Fonte: LICEU de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 06 de junho de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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O salto do conhecimento – Escola Liceu

Fundado em 1873 e mantido com os recursos da LAO Indústria Ltda, líder no mercado nacional de hidrômetros e medidores de gás, o Liceu é uma referência na formação humanista e no ensino técnico profissionalizante, além de estar entre as 5 melhores escolas de São Paulo no Ensino Médio e em 1º. lugar do Brasil no Ensino Técnico pelo ranking nacional do ENEM.

Nossos professores são altamente qualificados em todas as áreas, o que garante a excelência na formação dos alunos. Hoje, temos o orgulho de dizer que 85% dos nossos estudantes foram aprovados nos vestibulares das universidades mais disputadas do país, um número expressivo que simboliza a busca incessante do Liceu pela qualidade do ensino.

Proposta pedagógica

A proposta pedagógica de nossa escola se estabelece a partir de princípios de formação integral de cada indivíduo, visando experiências que sejam capazes de garantir responsabilidade e cidadania, além de proporcionar o exercício do pensamento científico e crítico e o estímulo à participação nas práticas artísticas e culturais. Nossa proposta visa o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da valorização dos diferentes percursos formativos dos alunos. Nessa perspectiva, o direito de aprender e de desenvolver-se são balizadores para a organização e a produção dos saberes dentro e fora do ambiente escolar.

Com grande foco nos desafios que os jovens enfrentarão na sua vida adulta, guiamos nosso ensino por um conjunto de valores que expressam nossa conduta: o respeito interpessoal, o princípio da orientação didática e da exigência acadêmica como constituintes da excelência educacional.

Infraestrutura

O Liceu conta com uma infraestrutura completa e especializada para que todo suporte seja oferecido ao estudante. Controle de acesso individualizado, laboratório de ciências da natureza e matemática, estúdio audiovisual, biblioteca com mais de 20.000 obras, auditório, quadras poliesportivas, enfermaria, vestiários, sala de almoço, restaurante e praça de convivência. Além disso, temos o CCLAO (Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo), um espaço de arte e cultura utilizado como apoio e interação para nosso alunos.

Fonte: Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo — Wikipédia

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (LAOSP) é uma instituição, fundada em 1873, cujas principais atividades se dão no âmbito da educação profissional, atuando também na produção industrial e cultural.

Atualmente, o Liceu de Artes e Ofícios, uma sociedade civil de direito privado, se desdobra em três organismos diferentes: a LAO-Indústria (resultado do desmembramento da atividade produtiva da escola, especializada na fabricação de hidrômetros, medidores de gás e materiais para a construção civil, atua também como mantenedora das atividades educacionais do Liceu); a Escola Técnica do LAOSP (responsável pela atividade-fim do LAOSP, oferecendo cursos técnicos, ensino médio e cursos livres relacionados à área de tecnologia) e o Centro Cultural (responsável pela promoção das artes em geral e da preservação da memória da própria instituição).

História

Fundação

A instituição foi criada em 1873 por um grupo de aristocratas pertencentes à elite cafeeira nacional que pretendia formar mão de obra especializada para uma futura possível industrialização do país, de acordo com os ideais positivistas que pregavam a "dignificação do homem através do trabalho". Seu fundador, Carlos Leôncio da Silva Carvalho, era um advogado e Deputado Geral(atualmente corresponde ao posto de Deputado Federal) e com o apoio financeiro da maçonaria paulista e dos cafeicultores, conseguiu tornar real a instituição para divulgação das artes e ofícios focando na formação de mão-de-obra especializada para a lavoura, a indústria e o comércio.

Inicialmente adotou-se o nome "Sociedade Propagadora da Instrução Popular". Não se pretendia nos primeiros anos promover educação profissional: lecionavam-se cursos noturnos de Primeiras Letras e Aritmética, entre outros, para adultos e crianças. Desde essa época, porém, já existia um Conselho Superior (presidido pelo Conselheiro Leôncio de Carvalho) que representava a elite paulista do período.

Passados sete anos, o Conselho Superior decidiu pela total reformulação da instituição e sua efetiva transformação em uma escola. Esta ainda não possuía sede nem diretrizes curriculares e o modelo adotados para a nova instituição seriam as experiências europeias dos Liceus de Artes e Ofícios (as Arts & Crafts Schools idealizadas por William Morris). O movimento das Arts & Crafts (artes e ofícios) já ocorria na Europa há algum tempo e pregava a valorização do trabalho manual do artesão na indústria capitalista.

Com a adoção do nome Lyceu de Artes e Officios, o novo modelo passa a ser exercido e são ministrados cursos de marcenaria, serralheria, gesso, desenho, entre outros, dentro do espírito positivista-burguês das Artes e Ofícios.

Consolidação

A partir de 1890, assume a direção do Liceu o arquiteto Francisco Paula Ramos de Azevedo, responsável por uma nova reforma curricular e administrativa da escola que a faria prosperar de modo inédito. Ramos de Azevedo também foi um dos fundadores da Escola Politécnica da futura Universidade de São Paulo e trouxe da Bélgica um espírito empreendedor que ia de encontro aos interesses do Conselho Superior. A partir de sua reforma, os alunos do Liceu (aprendizes) passariam a receber financeiramente pela obra que produziam. Esta obra levaria a marca de qualidade do Liceu estampada e seria vendida por todo o País. Com este modelo, o LAOSP tornou-se autossuficiente e independente.

A prosperidade financeira do Liceu possibilitou a criação de uma sede definitiva. Em 1897 o Escritório Técnico Ramos de Azevedo iniciou o projeto do edifício da Praça da Luz, nunca concluído mas entregue em 1900. Este edifício, através de um acordo com o Estado de São Paulo, seria dividido entre o LAOSP e a recém criada Pinacoteca do Estado.

A produção industrial do Liceu prosperou nitidamente nos períodos de Guerras Mundiais, com o aumento do consumo de itens produzidos no país (devido à redução de importações). Neste período, passaram pelo Liceu nomes como Victor Brecheret; Alberto Santos Dumont; Adoniran Barbosa. O Liceu se torna o principal divulgador e realizador de obras em estilo Art nouveau da cidade (e do país).

Século XX

A partir dos anos 1950, com a adoção pelo país de um novo modelo de desenvolvimento industrial, os artesãos do Liceu passaram a ser inadequados para as novas atividades de produção. Ocorreu a separação entre a atividade industrial da instituição e sua seção educacional: todo o ideal original de indissociabilidade entre arte e indústria se perdeu a partir daí. São frutos dessa nova fase industrial: execução das esquadrias do MASP; execução de parte do mobiliário do Aeroporto Internacional de Cumbica; produção dos caixas-automáticos 24 Horas; entre outros.

Nos anos 1970 ocorre uma nova reforma curricular e institui-se a Escola Técnica. Seus primeiros cursos envolvem Edificações (EDI), Máquinas e Motores (transformado em Mecânica - MEC - posteriormente), Decoração, Eletrônica (ELO) e mais tarde Desenho de Construção Civil (DCC) e Eletrotécnica. Quatro destes cursos (EDI, ELO, MEC e DCC) compuseram o núcleo pedagógico da escola e sobreviveram até 2002 (data da formatura de suas últimas turmas). Na década de 1980 foi fundado o Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, estreando o espetáculo multimídia Multivisão.

Século XXI

Em 2007, iniciaram-se três novos cursos na escola: Multimídia (MT), Gestão de Negócios Culturais (GT) e Produção de Eventos Culturais e Promocionais (EVT). Os dois últimos cursos duraram apenas dois anos.

Em 2009, as três novas turmas eram compostas por Edificações (EDI), Eletrônica (ELO) e Multimídia (MT). Em 2011, o colégio abriu 20 novas vagas para bolsas de Ensino Médio Regular.

Em 2018, o curso de Edificações (EDI) integrado ao Ensino Médio foi finalizado, restando, apenas, o curso concomitante a esse (filantrópico).

O curso de Eletrônica (ELO) foi o próximo encerrado no colégio, em 2019, porém foi criado o curso de Automação Industrial concomitante ao Ensino Médio para substituí-lo.

A partir do ano de 2020, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo apresenta dois cursos técnicos, sendo eles: Automação Industrial com Ênfase em Tecnologias de Construção e Multimídia (MT), ambos integrados ao Ensino Médio.

Ao longo da história, o Liceu pautou-se por um grupo de princípios de atuação de uma forma geral ligados ao ensino gratuito, à formação profissional e humanística. Recentemente, porém, através de reformas na Escola levadas a cabo pela LAO-Indústria, instituiu-se um modelo de ensino pago e a total separação entre a formação profissional e o ensino básico.

Além disso, em 2019, foi criado o Liceu Tech, uma área de cursos de inovação do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, coordenada pelo Eng. Eletricista Alessandro Cunha, sendo eles: Internet das Coisas (IoT), Field Programmable Gate Array (FPGA) e Printed Circuit Board (PCB).

Incêndio

Em 4 de fevereiro de 2014, um incêndio danificou quase todo o acervo. Quadros, esculturas, móveis antigos e históricos do local, réplicas em gesso de obras-primas como Davi e Pietá, de Michelangelo, ficaram destruídas. Dois vigias avisaram o Corpo de Bombeiros quando o incêndio começou, por volta da 1h. Ao todo, 48 homens, em 14 viaturas, contiveram as chamas em 20 minutos.

Apesar de ninguém ter ficado ferido, parte do forro do teto caiu, vidros se despedaçaram e o piso de madeira do local também foi danificado pelo fogo. De acordo com o capitão Miguel Jodas, do Corpo de Bombeiros, 100% da área interna do prédio do Centro Cultural foi danificada. Em virtude disso, foi totalmente reformulado, criando um centro cultural moderno.

Recuperação

Em agosto de 2018, a instituição foi reaberta após uma grande reforma. Os custos dessa reforma foram com o auxílio do seguro e com recursos próprios em parte da construção do novo prédio e do restauro de obras queimadas. Das 28 réplicas em gesso, oito já foram restauradas e já estão em exibição no espaço. Mais de 10 obras ficaram irrecuperáveis por causa do incêndio.

Com 1.200 m², o novo Centro Cultural conta com dois espaços expositivos e é decorado com a mesma estrutura metálica do prédio que pegou fogo. Apesar de ter perdido a sua capacidade estrutural no incêndio, as peças metálicas foram restauradas e agora servem para ornamentação. A entrada principal na Rua da Cantareira foi refeita, com um design mais moderno, mas o pórtico localizado na Rua João Teodoro foi mantido.

Para recuperar a história da instituição, o espaço inferior do novo Centro Cultural foi reservado para exposições sobre o próprio Liceu e inclui pequenas salas, onde foram colocadas as réplicas em gesso, como uma homenagem ao antigo centro. Numa parede lateral, fotos e objetos mostram a relação do Liceu com a cidade de São Paulo, ao relembrar construções que utilizam peças feitas pela instituição, como as portas da Catedral da Sé ou o Monumento a Duque de Caxias. Por fim, outra parede relembra as oficinas mantidas pelo Liceu, como de serraria, desenho e artes decorativas. Atualmente, o Liceu conta com quatro cursos técnicos gratuitos, além de ensino médio privado.

Obras com a marca Liceu

A lista seguinte reúne edifícios e monumentos em que existem registros da atuação do Liceu, seja em sua construção, seja em seus materiais.

Pinacoteca do Estado - ornamentos moldados pelos aprendizes do Liceu.

Teatro Municipal de São Paulo - lustre monumental no saguão produzido nas oficinas do Liceu.

Palácio das Indústrias de São Paulo - para-raios feito pelo Liceu.

Estação Júlio Prestes - esquadrias executadas pelo Liceu.

Monumento a Duque de Caxias - moldado no Liceu.

Monumento a Ramos de Azevedo - moldado no Liceu, sob orientação de Galileo Emendabili.

Monumento às Bandeiras - moldado no Liceu, sob orientação de Victor Brecheret.

Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FDUSP) - ornamentos do Salão Nobre e da Sala da Congregação moldados pelos aprendizes do Liceu.

Monumento ao Ex-governador do RN Dix-Sept Rosado Maia - executado pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, sob a direção do professor Otoni Zorline e sob a supervisão do professor Pedro Suzana.

Palacete Horácio Sabino - Avenida Paulista: os móveis eram encomendados ao Liceu de Artes e Ofícios ou importados da França

Escultura Diana Caçadora: está localizada na Praça Pedro Lessa

Escultura Mercúrio em Repouso: está localizada na Praça da República

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (CCLAO)

O CCLAO encontra-se anexo ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, uma das instituições de ensino mais tradicionais do país, com mais de 145 anos de história e relevantes serviços prestados à cidade e à sociedade paulistana, na produção de propriedades industriais e bens culturais.

Trata-se de um espaço de eventos lindo, moderno, elegante e multiúso, com 1.630 metros quadrados nos dois pisos, situado no tradicional bairro da Luz, bem no centro da capital paulista.

Fonte: CCLAO. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Lugares de Memória

Aquele Liceu de Artes e Ofícios idealizado pelo engenheiro/arquiteto Ramos de Azevedo – na esteira do movimento internacional Arts and Crafts – e voltado para a valorização do desenho aplicado às artes decorativas e às belas artes, não existe mais. Ao longo dos anos, a escola foi tomando outros rumos e hoje está focada no ensino médio convencional pago e em dois cursos técnicos gratuitos: um de Produção Industrial e outro de Multimídia. Mas o Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios, que funciona dentro da instituição, guarda a memória daqueles tempos por meio de fotos e objetos que restaram após um incêndio que atingiu sua sede em 2014. Quem visita esse pequeno museu pode ter um vislumbre do que representou o antigo Liceu das Artes e Ofícios para a produção de monumentos, mobiliário e decoração de importantes prédios não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil.

Embora o Liceu tenha sido criado em 1847, só recebeu esse nome quase 40 anos depois, quando passou por uma reestruturação curricular. Sim, porque inicialmente a escola tinha um propósito mais próximo do atual: promover escolaridade e formar mão de obra especializada para a indústria, ao comércio e à lavoura. Ao que tudo indica, a reforma de 1882 já teria sido influenciada pela experiência do Arts and Crafts (Arte e Artesanato ou Artes e Ofícios) – um movimento estético nascido na Inglaterra e liderado por William Morris, que busca valorizar o artesanato no momento em que começam a ganhar terreno a mecanização e a produção em massa. Mas foi preciso esperar mais de uma década para que, em 1897, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo passasse pela reforma que alinhou o seu currículo com os ideais do movimento inglês.

A partir dessas mudanças, o Liceu passou a oferecer cursos de desenho aplicado tanto à indústria, como às artes, além de modelagem em gesso e barro, pintura, carpintaria, marcenaria, ebanisteria, serralheria entre outras. Era intenção de Ramos de Azevedo criar as bases para a fundação de uma escola de belas artes. Nas oficinas do Liceu eram produzidos variados artigos de artes decorativas e industriais.muitos dos quais ainda podem ser vistos em praças e prédios públicos. O Liceu possuía um selo que tornou-se respeitado em todo o país e os recursos levantados com a venda das peças eram suficientes para remunerar os alunos que participavam de sua confecção e para tornar as oficinas auto-suficientes.

O suporte a tudo isso vinha de um consistente aparato didático que incluía desde uma biblioteca especializada em artes visuais e decorativas até um pequeno museu com reproduções em gesso de grandes obras escultóricas. Além disso, os professores realizavam pesquisa de ponta e produziam tecnologia original.

As mãos do Liceu em prédios históricos

Até hoje, as obras produzidas nas oficinas do Liceu de Artes e Ofícios ornamentam sedes de instituições, residências e até praças públicas. Talvez o prédio que mais encarne a memória desse antigo Liceu seja o prédio da Pinacoteca do Estado. As razões são diversas: primeiro porque o prédio foi construído para abrigar o Liceu – que funcionou ali em seus primeiros anos -, segundo porque foi projetado por seu então diretor, Ramos de Azevedo, terceiro porque como outros inúmeros prédios de São Paulo, utilizou, em sua construção, peças da serralheria e da marcenaria da escola.

Entre os prédios históricos que guardam elementos utilitários e decorativos produzidos no Liceu de Artes e Ofícios está o Theatro Municipal de São Paulo, inaugurado em 1911. Coube às oficinas do Liceu a produção do mobiliário, incluindo cadeiras e poltronas de todos os ambientes do prédio. Foram também seus alunos que confeccionaram as tapeçarias e cortinas e realizaram toda a decoração em estuque, bronze artístico e ferro batido. Na reforma de 1955, o Liceu foi convidado a fornecer novas poltronas e o mobiliário dos camarins, além dos pisos de granilite, das decorações em estuque e de peças de bronze para a iluminação. Foi encarregado, ainda, de todo o trabalho de madeira para o novo palco mecânico e da confecção de um ciclorama – espécie de cortina grande e côncava que se coloca no fundo do palco, atrás dos artistas.

A atual Catedral da Sé, cuja construção se estendeu de 1913 a 1954, também guarda as marcas do Liceu. Em sua oficina de marcenaria foram produzidas as oito portas da igreja, todas em Jacarandá da Bahia – uma delas dotada de um sistema de ferragens de extrema precisão que torna fácil o manuseio apesar de suas enormes dimensões. Foi também o liceu que produziu todo o mobiliário da catedral, inclusive cátedras e púlpitos, talhados em nogueira com detalhes em bronze.

Entre as décadas de 1940 a 1950, as oficinas do Liceu produziram as esquadrias metálicas do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e peças para a decoração interna de hotéis famosos. Caso do Quitandinha, em Petrópolis e dos hotéis termais de Poços de Caldas e Araxá. Mais recentemente, entre fins da década de 1950 e começo da década de 1960, o Liceu colocou sua marca na construção de Brasília, fornecendo, entre outras peças, caixilhos de ferro para as esquadrias metálicas de diversos prédios da nova capital, inclusive palácios, ministérios e congresso.

A modelagem de monumentos

Célebres monumentos também saíram das oficinas do Liceu de Artes e Ofícios. Talvez o mais conhecido deles seja o famoso “Empurra” – apelido do Monumento às Bandeiras – moldado na escola sob a orientação do próprio autor, o escultor Victor Brecheret. Embora polêmica, por homenagear os Bandeirantes – que reconhecidamente exterminaram milhares de índios ao explorar o interior do país – a obra é considerada um ícone de São Paulo, tanto pela ideia de progresso, como pelo fato de ter sido criada por um dos integrantes da Semana de Arte Moderna.

Outros monumentos fundidos no Liceu foram a estátua de Duque de Caxias, também de Victor Brecheret, instalada na Praça Princesa Isabel, no Centro de São Paulo, a do próprio Ramos de Azevedo, de autoria de Galileo Emendabili, instalada em frente ao antigo prédio da escola, onde hoje funciona a Pinacoteca e a de Mercúrio, na Praça da República.

Liceu de Artes e Ofícios: um selo premiado

O desenho e a qualidade das peças produzidas nas oficinas do Liceu fizeram com que a escola conquistasse vários prêmios internacionais. O primeiro deles foi a medalha de ouro da Exposição Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos, na categoria desenho artístico, com a Estante Giratória. Acredita-se que a peça tenha sido avaliada não apenas por sua excelência estética, com “formas sinuosas, sugerindo um motivo floral, num jogo de cheios e vazios que valorizava a maestria do artesão na transformação da madeira em suaves linhas curvas”[/sc], mas também pelo mecanismo giratório que, ao que tudo indica, proporcionava “uma movimentação suave e exata”.

Fonte: Lugares de Memória, "Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo". Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Museu Afro Brasil

Fundado em 1873, sob o título de “Sociedade Propagadora da Instrução Popular” era uma associação educacional privada que teve apoio financeiro da maçonaria paulista, mas destinada às classes laboriosas, as aulas tiveram início em 1874. Seu fundador, Carlos Leôncio da Silva Carvalho (1847-1912), um advogado e Deputado Geral (atual “Federal”) de 1878 a 1888, pelo Partido liberal. 

Auxiliado por sócios cafeicultores, Carlos Carvalho consegue fundar uma instituição que tinha por objetivo a divulgação gratuita de artes e ofícios para formar mão-de-obra especializada para a lavoura, a indústria e o comércio.

O Liceu fornecia assistência médica e material didático para pessoas com baixa renda. Além disso disponibilizava uma biblioteca pública. Com o tempo, a Escola amplia seu caráter profissionalizante. Em 1895, engenheiro Ramos de Azevedo (1851-1928) passa a dirigir a escola propondo uma reforma, criando cursos de desenho aplicado, modelagem, pintura, além de aulas práticas como carpintaria, serralheria e instruções mais complexas álgebra, geometria, contabilidade , etc.

Graças à iniciativa de Ramos de Azevedo em tornar cada vez mais o Liceu de Artes e Ofício em uma instituição que funcionasse como um centro de belas artes, figuras como Amadeu Zani (1869-1944), Domiciano Rossi (1865-1920), Pedro Alexandrino (1856-1942) entre outros. A criação da Pinacoteca do Estado de São Paulo, no interior do Liceu de Artes e Ofícios, em 1905, vai encerrar paulatinamente o caráter popular.

Em novembro de 2016, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi considerado a melhor escola técnica do Brasil, de acordo com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2015, divulgadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Além de cursos técnicos regulares, havia cursos noturnos gratuitos para adultos desde caligrafia, gramática e aritmética. 

Em 1911 o pintor negro Arthur Timótheo da Costa  participou da Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, ocorrida no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.  Outro artista com obras no acervo do museu que também estudou neste Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi Benedito José de Andrade  Estudou no Liceu, na década de 1920, onde foi aluno de Enrico Vio, Vigianni e Paneli.

Fonte: Museu Afro Brasil, "Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo". Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Destruído por incêndio, Liceu de Artes e Ofícios de SP é reaberto – G1

O Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios, na região central de São Paulo, foi reaberto. O prédio, que foi totalmente destruído por um incêndio há quatro anos, foi reconstruído.

Sobrou muito pouco do prédio antigo, que foi demolido. O que resistiu às chamas foi restaurado, como as estruturas metálicas e os quatro mil tijolos que revestem as colunas.

Ao todo, oito das 28 esculturas de gesso, réplicas perfeitas de grandes obras de arte, foram recuperadas. Entre elas está uma réplica de Davi, de Michelangelo, com 5 metros de altura.

O novo prédio tem dois andares. No primeiro ficam registros de tudo que saía das oficinas do Liceu, uma das primeiras escolas profissionalizantes do país, fundada em 1873. O que não está nas paredes e mesas pode ser visto nas telas: mais de 3 mil fotos foram digitalizadas.

O segundo andar olha para o futuro. A sustentabilidade é o tema de móveis e objetos assinados por designers brasileiros. A chapa usada para fazer as antigas moedas de dez centavos e as sobras de caixas de papelão picado misturadas com água e cola viraram poltronas.

Fonte: G1, "Destruído por incêndio, Liceu de Artes e Ofícios de SP é reaberto". Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios comemora 150 anos com exposição em homenagem a Victor Brecheret – Dica de Teatro

A mostra, que discute a escala das obras produzidas por um dos alunos mais ilustres da escola, tem curadoria de Fernanda Carvalho e Ana Paula Brecheret, neta do artista.

Um dos principais centros de ensino da cidade de São Paulo, o Liceu de Artes e Ofícios comemora 150 anos em 2023 e, para celebrar a data, homenageia um dos seus principais e mais ilustres alunos, o escultor Victor Brecheret. Intitulada Victor Brecheret: o mestre das formas, e realizada em parceria com o Instituto Victor Brecheret, a mostra apresenta a trajetória de um dos maiores nomes da escultura do país e do mundo. Com curadoria de Fernanda Carvalho e co-curadoria de Ana Paula Brecheret, neta do artista, a mostra será aberta ao público no dia 20 de maio no Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.

Nascido na Itália, Brecheret emigrou para o Brasil ainda nos primeiros anos de vida. Um dia, caminhando pelo Viaduto do Chá, enquanto ainda trabalhava consertando sapatos com a família, o jovem Victor Brecheret – na época com 15 anos – achou um jornal que publicara uma foto de uma escultura do francês Auguste Rodin, e percebeu ali, naquele momento, que era aquilo que gostaria de fazer, comentando com sua tia, que o levou até o Liceu e o matriculou no curso de Desenho e Modelagem, onde estudou por dois anos. Assim nascia uma profícua relação que formaria um dos mais geniais artistas brasileiros.

Foi lá que teve os primeiros contatos com a escultura, e esse período na escola serviu como base para que depois o artista fosse estudar em Roma, e se tornasse um dos principais nomes responsáveis pela introdução da escultura brasileira no movimento modernista internacional. Ao longo de sua profícua carreira, Brecheret transitou entre as cidades de São Paulo, Paris e Roma.

A exposição, que ocupa o primeiro pavimento do Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, reúne 14 obras de coleção particular, divididas em seis núcleos, datadas entre as décadas de 1910 e 1950. Nela, a curadoria busca discutir a escala das obras produzidas pelo artista ao longo de sua trajetória.

“Brecheret aproveitou-se de muitas tradições do fazer e de diversos materiais, executando desde obras monumentais com mais de trinta figuras de 6 metros de altura cada até pequenas peças representando dançarinas voláteis, mitos polivalentes e paixões estilizadas”, afirma Fernanda Carvalho.

Em Victor Brecheret: o mestre das formas o intuito é elucidar as contraposições trabalhadas pelo escultor. Segundo a curadoria, “a ideia é percorrer o amplo arco temático da produção do artista que dialogou com o sagrado e o profano, o masculino e o feminino, o oriente e o ocidente, a cultura dos povos originários e a mitologia, apresentadas em obras multiformes e de diferentes épocas históricas”.

Dividido em 6 núcleos – “Núcleo Modernidades – Figura de convite”, “Núcleo Vanguardas”, “Núcleo Memórias”, “Núcleo Modernismos – Contextos”, “Núcleo Tecnologia” e por fim, “Núcleo Múltiplas sintaxes” – o percurso expositivo da exposição propõe exames breves, mas densos de aspectos emblemáticos da trajetória do escultor a partir de suas próprias peças. Neles, os visitantes encontrarão memórias pessoais, iconografias, réplicas digitais, e a manipulação de materiais envoltos, cada qual, em ambientações cenográficas criadas especialmente para eles.

O Núcleo Modernidades – Figura de convite, propõe um diálogo entre peças produzidas por Brecheret e outros artistas modernistas, como Jean Baptiste Houdon, por meio de um podcast criado pelas curadoras, com conversas imaginárias e emocionais que aproximam os personagens expostos; como a obra Dama Paulista (Retrato de Dona Olivia Guedes Penteado), de Brecheret, e Diana, deusa da Caça, de Houdon. Na conversa roteirizada pela curadoria, ambas mulheres moraram em Paris e se encontram acidentalmente e, num tom divertido, começam a discorrer sobre o modernismo e outras afinidades que as aproximam.

No Núcleo Vanguardas, os visitantes terão contato com experimentações artísticas do escultor. Ali, o público encontra peças como Beijo (1930), Dançarina (1920), Banho de Sol (1930), entre outros, e peças de mobiliário que preservam a intimidade do artista. O Núcleo Memórias, traz arquivos sonoros e fílmicos entremeados de depoimentos pessoais de membros da família do artista, além de documentações das passagens do escultor por Roma, Paris e São Paulo.

O acervo histórico do Liceu de Artes e Ofícios pode ser encontrado no Núcleo Modernismos – Contextos, que ilustra diversos contextos nos quais obras do artista foram inseridas, com arquivos do final do século XIX e início do século XX, e entre as décadas de 1910 e 1950. O eixo apresenta Novos cânones: exemplos emblemáticos de modernismos possíveis, onde o público encontra Pietá (1912-1913), única peça esculpida em madeira por Brecheret, e Virgem Indígena (1950), esculpida em gesso patinado, Beijo (1930), feita de bronze polido, e Veado Enrolado (1947-1948), cuja técnica é pedra rolada pelo mar.

Em Núcleo Tecnologia, o espectador tem contato com réplicas digitais de obras icônicas em hologramas e sua magia. Peças como: Fuga para o Egito (1925-1929), Soror Dolorosa (1920), O Ídolo (1929), entre outras. Por fim, o Núcleo Múltiplas sintaxes leva ao Centro Cultural diversos elementos e ferramentas que foram utilizados pelo escultor ao longo de sua jornada, como o registro da matrícula de Brecheret no curso de Desenho e Modelagem, ferramentas originais usadas pelo artista, materiais usados pelo escultor, uma maquete do Monumento às Bandeiras, entre outros.

“Esta exposição, contemplando todas as fases do saber-fazer do escultor, é uma combinação de tributo da escola ao seu ilustre aluno ao mesmo tempo que uma homenagem de Brecheret aos 150 anos do Liceu”, comenta a curadora Fernanda Carvalho.

Sobre o Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios

O CCLAO encontra-se anexo ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, uma das instituições de ensino mais tradicionais do país, com mais de 145 anos de história e relevantes serviços prestados à cidade e à sociedade paulistana, na produção de propriedades industriais e bens culturais.

Trata-se de um espaço de eventos lindo, moderno, elegante e multiuso, com 1.630 metros quadrados nos dois pisos, situado no tradicional bairro da Luz, bem no centro da capital paulista.

Sobre o Instituto Victor Brecheret

O Instituto Victor Brecheret (IVB), fundado em 18 de novembro de 1999, tem como objetivo realizar e promover pesquisas, estudos, consultorias, cursos, conferências, avaliações e implementações de projetos destinados à divulgação e incentivo de atividades artísticas e culturais relativas às artes e artistas plásticos em geral, especialmente à obra do escultor Victor Brecheret.

Realiza exposições e eventos nacionais e internacionais por meio de doações, subvenções, incentivos fiscais ou outros mecanismos legais. Desenvolve trabalhos de documentação, certificação, catalogação, arquivo e editoração de livros, referentes à produção de obras de arte e cultura em geral. Apoia programas e intercâmbios educativos, sócios-culturais e de informação. O IVB desenvolve atividades culturais junto às empresas e organizações públicas e privadas. Estabelece mecanismos para captação de recursos para a consecução de seus objetivos, individualmente ou em colaboração com empresas e entidades públicas, particulares, nacionais e internacionais.

Fonte: Dica de Teatro, "Liceu de Artes e Ofícios comemora 150 anos com exposição em homenagem a Victor Brecheret", publicado em 12 de maio de 2023. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

Crédito fotográfico: Imagem extraída do Facebook do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, publicado em 4 de setembro de 2015. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (São Paulo, SP, 1873) é uma instituição educacional sem fins lucrativos e uma das mais antigas escolas técnicas do Brasil, fundada por Antônio Francisco de Paula Souza. Foi criada para suprir a demanda por mão de obra especializada durante o processo de industrialização da cidade de São Paulo e oferece cursos de desenho, pintura e marcenaria, eletrônica, mecânica e design. Além da área de ensino, em 1980 o Liceu inaugurou o Centro Cultural com uma expressiva coleção de estátuas de gesso em tamanho natural, réplicas das mais importantes obras clássicas da história da arte ocidental. Em 2014, um incêndio destruiu o galpão onde o Centro Cultural do Liceu estava instalado, queimando quase todo o acervo de obras composta de quadros, esculturas, móveis antigos e réplicas em gesso. Em 2018, o Liceu foi reaberto com parte das obras restauradas. A instituição foi responsável por produzir obras famosas como os portais de madeira da Catedral de São Paulo, um monumento à Duque de Caxias e as esquadrias metálicas do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (São Paulo, SP, 1873) é uma instituição educacional sem fins lucrativos e uma das mais antigas escolas técnicas do Brasil, fundada por Antônio Francisco de Paula Souza. Foi criada para suprir a demanda por mão de obra especializada durante o processo de industrialização da cidade de São Paulo e oferece cursos de desenho, pintura e marcenaria, eletrônica, mecânica e design. Além da área de ensino, em 1980 o Liceu inaugurou o Centro Cultural com uma expressiva coleção de estátuas de gesso em tamanho natural, réplicas das mais importantes obras clássicas da história da arte ocidental. Em 2014, um incêndio destruiu o galpão onde o Centro Cultural do Liceu estava instalado, queimando quase todo o acervo de obras composta de quadros, esculturas, móveis antigos e réplicas em gesso. Em 2018, o Liceu foi reaberto com parte das obras restauradas. A instituição foi responsável por produzir obras famosas como os portais de madeira da Catedral de São Paulo, um monumento à Duque de Caxias e as esquadrias metálicas do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

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História: Liceu de Artes e Ofícios | 2013

Institucional: Liceu de Artes e Ofícios | 2013

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Liceu de Artes e Ofícios - 1/3 | 2019

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Arremate Arte

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo é uma instituição educacional localizada na cidade de São Paulo, Brasil. Fundado em 1873, o Liceu é uma das mais antigas escolas técnicas do país e tem uma longa história de contribuição para a formação de profissionais qualificados em diversas áreas.

A ideia de criar uma escola de artes e ofícios em São Paulo surgiu no final do século XIX, quando a cidade estava em pleno processo de industrialização e necessitava de mão de obra especializada. A proposta foi apresentada por um grupo de intelectuais liderado por Antônio Francisco de Paula Souza, engenheiro e político paulista que se destacou por suas contribuições para o desenvolvimento técnico do estado.

Em 1873, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi oficialmente inaugurado com o objetivo de oferecer uma educação técnica de qualidade para os jovens da região. Inicialmente, a escola oferecia cursos nas áreas de desenho, pintura, escultura, marcenaria, serralheria e ourivesaria. Com o passar dos anos, novos cursos foram adicionados, abrangendo áreas como eletrônica, mecânica, informática, design e muitas outras.

Ao longo de sua história, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo se destacou pela qualidade de ensino e formação profissional oferecida aos seus alunos. A escola sempre buscou se adaptar às demandas do mercado de trabalho, incorporando novas tecnologias e atualizando constantemente seus currículos para garantir que os estudantes estivessem preparados para os desafios do mundo moderno.

Além da formação técnica, o Liceu também se preocupou em desenvolver o lado artístico e cultural de seus alunos. A escola promoveu e incentivou atividades culturais, como exposições, apresentações de teatro e música, e participações em concursos e eventos artísticos.

Ao longo dos anos, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo expandiu suas instalações e hoje conta com um campus moderno e bem equipado. A instituição também estabeleceu parcerias com empresas e instituições de ensino, buscando proporcionar aos alunos oportunidades de estágio e inserção no mercado de trabalho.

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo mantém seu compromisso com a educação técnica de excelência, formando profissionais qualificados que contribuem para o desenvolvimento social e econômico da cidade e do país. Sua história de sucesso e tradição solidificaram sua posição como uma das principais escolas técnicas do Brasil.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Itaú Cultural

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp) foi criado em 1873, com a denominação de Sociedade Propagadora da Instrução Popular, por iniciativa de Carlos Leôncio da Silva Carvalho (1847-1912) e um grupo de sócios ligados às elites cafeicultoras locais. Trata-se de uma associação educacional privada, fundada com apoio da maçonaria, destinada às classes trabalhadoras, do campo e da cidade, que se propõe a "ministrar gratuitamente ao povo os conhecimentos necessários às artes e ofícios, ao comércio, à lavoura, às indústrias". O objetivo explícito da instituição é a formação de mão-de-obra especializada para a indústria, do ponto de vista técnico e moral. Procura-se formar "bons cidadãos", indica Carvalho, "que, sabendo trabalhar e podendo viver do trabalho, não se deixam corromper por empregos ou favores oferecidos a troco de sacrifícios de caráter, pois o proletariado que sabe trabalhar foge dos vícios, que roubam tempo e saúde, seus únicos, mas produtivos capitais". Num período em que poucas são as escolas primárias e em menor número as secundárias e de ensino superior, a instituição oferece cursos noturnos gratuitos de caligrafia, gramática e aritmética para a população de baixa renda, destinados a adultos e crianças. Fornece ainda material didático, assistência médica e uma biblioteca pública. As aulas têm início em 1874 e são dadas em prédio adaptado na Rua São José.

Progressivamente a Sociedade vai adquirindo o perfil de uma escola profissionalizante, e passa a denominar-se, após ampla reforma curricular, Liceu de Artes e Ofícios, em 1882. O modelo da nova escola, ao que tudo indica, é a experiência do Arts and Crafts, liderado por William Morris (1834-1896), na Inglaterra, que valoriza o trabalho do artesão na indústria capitalista. Mas é, em 1895, dirigida pelo engenheiro Ramos de Azevedo (1851-1928), que a escola conhece uma reforma mais ampla, com a inclusão das "artes e ofícios", de acordo com o plano do engenheiro de criar as bases de uma "futura Escola de Belas Artes de São Paulo". No interior dessa rubrica abrigam-se cursos de desenho com aplicação às artes e à indústria, de modelagem em gesso e barro, além de aulas de pintura e de "instrução profissional" (carpintaria, marcenaria, ebanisteria, serralheria etc.). São incluídas classes de álgebra, geometria e contabilidade, comércio e agricultura. Com essa reforma, o Liceu aprimora e amplia a produção de artigos de artes decorativas e industriais, visando atender a um mercado em expansão no Brasil. E, os alunos, vistos como aprendizes, passam a receber pagamento pelas obras produzidas, vendidas com o selo da escola.

A ênfase no ensino de desenho, pintura e escultura se articula ao plano de Ramos de Azevedo de transformar o Liceu em um centro de belas-artes, com organização de exposições, ateliês de artistas e formação de uma pinacoteca. Vários trabalhos de alunos são expostos na sede da instituição e alguns deles são premiados nas Exposições Gerais de Belas Artes, no Rio de Janeiro. As premiações e o prestígio do corpo docente conferem visibilidade ao Liceu do ponto de vista artístico. Lecionam na instituição, entre outros, Domiciano Rossi, desenho geométrico; Pedro Alexandrino (1856-1942), desenho de figura e paisagem; Umberto Vigiani; Mugnaini (1895-1975), Otelo Borioni e Adolpho Borioni, desenho; Oscar Pereira da Silva (1867-1939), pintura; Amadeu Zani (1869-1944), escultura. A despeito do reconhecimento do Liceu, sem sede própria até esse momento, ele tem-se instalado, desde a sua fundação, em diferentes locais. Entre 1882 e 1889, passou por dois edifícios: um na Rua da Boa Morte, n.17 e outro na Rua Imperador, n. 5. Em 1896, mudou-se para a rua Santa Tereza, n.22. Negociações com o governo provincial valem a doação de um terreno à escola, ao lado do Jardim Público da Luz (1896), além da concessão de recursos para a edificação da sede, cujas obras se iniciam em 1897.

O prédio, projetado por Ramos de Azevedo e Domiciano Rossi, seu principal colaborador, tem estilo monumental em forte consonância com os princípios do ecletismo italiano, formado por três pavimentos, com dois pátios internos de modo a garantir ventilação e iluminação. No centro, primeiro piso, localiza-se o saguão central, com altíssimo pé-direito e janelas voltadas para o interior, que prevê uma cúpula, nunca concluída. Na construção são empregados materiais importados como pinho-de-riga e cerâmica francesa. No projeto, os engenheiros idealizam a integração entre o edifício e o Jardim da Luz, pelo recurso às varandas laterais e às janelas que dão para o parque. O prédio foi parcialmente concluído em 1900, quando começaram a funcionar alguns cursos de instrução primária e artística. Por razões técnicas e sanitárias, as oficinas industriais, previstas para o piso térreo, não podem funcionar. Ficam no edifício somente as de fundição, escultura e marcenaria. O plano frustrado leva a uma barganha com o governo estadual: a concessão de terreno para a instalação das oficinas industriais em troca de espaço para o ginásio do Estado, que funciona no prédio do Liceu de 1901 a 1910.

A criação de um museu, a Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pina), no interior do Liceu de Artes e Ofícios, em 1905, alterou completamente as feições iniciais da escola, articulando a partir de então a história das duas instituições. Concebida a princípio para ser uma galeria, a Pinacoteca é fundada pelo poeta e mecenas Freitas Valle (1870-1958), pelo político Sampaio Vianna, pelo engenheiro Adolpho Pinto e por Ramos de Azevedo, que dirige simultaneamente o Liceu e a Pinacoteca,  de 1905 a 1921. O acervo inicial do museu conta com 59 obras de artistas consagrados do Rio e de São Paulo, parte delas pertencentes ao acervo do Museu Paulista, e transferidas à Pinacoteca. Um incêndio e as revoltas políticas de 1930 - a Revolução de 1930 e a Revolução Constitucionalista de 1932 - obrigam o prédio a fazer as vezes de "quartel" improvisado e levam a Pinacoteca e o Liceu a funcionar precariamente. A Pinacoteca e seu acervo ficam abrigados na antiga sede da Imprensa Oficial, na rua Onze de Agosto, entre 1932 e 1947. Nas décadas de 1930 e 1950, o Liceu de Artes e Ofícios funciona no prédio da avenida Tiradentes (cursos e exposição permanente) e suas oficinas na rua João Teodoro, 11. É o local onde se encontra atualmente, com entrada pela rua Cantareira, 1351.

Nos cinco primeiros anos do século XX, a produção do Liceu adquire importância e visibilidade. Ornamentos para fachadas, obras de serralheria e mobiliário aí executados se fazem presentes em construções e interiores de diversas residências de São Paulo (Hotel de La Plage, Guarujá, 1911, projetado por Ramos de Azevedo, cujos acabamentos das fachadas, estruturas metálicas e mobiliário são realizados nas oficinas do Liceu). Peças de cerâmica - faiança, azulejos e vasos -, bem como ornamentos em bronze fundido produzidos na escola podem ser encontrados em inúmeras construções paulistanas. Residências como a de Mário da Cunha Bueno (rua Guadalupe), Olívia Guedes Penteado (rua Conselheiro Nébias), Martinho Prado (avenida Higienópolis) e Ricardo Severo (Casa Lusa, rua Taguá), entre outras, têm elementos da decoração externa e interna, alguns ornamentos e parte do mobiliário executados pelo Liceu. Edifícios públicos de São Paulo se beneficiam da produção da escola, como o lustre monumental do saguão e o mobiliário do Theatro Municipal; as grades da escada do Teatro D. Pedro II, instalado no Clube Comercial, no vale do Anhangabaú; os frisos decorativos da fachada do edifício do Banco de São Paulo, na rua 15 de Novembro; o mobiliário e a decoração interna da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Monumentos também são executados na escola, por exemplo, o monumento em homenagem a Ramos de Azevedo, 1934, diante do edifício da Luz - projetado por Galileo Emendabili (1898-1974) e fundido em bronze nas oficinas do Liceu - e o Monumento ao Duque de Caxias, de autoria de Victor Brecheret (1894-1955), fundido no Liceu e montado na praça Princesa Isabel, centro de São Paulo.

A marcenaria do Liceu é responsável ainda pelo mobiliário de diversos hotéis, como o Rio Sheraton, o Hotel Tropical de Manaus e o Transamérica em São Paulo, e do Aeroporto Internacional de Cumbica. Com o modelo de desenvolvimento industrial implantado no país pelo presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976), o projeto do Liceu - que previa a indissociabilidade entre arte, indústria e educação - parece inadequado aos novos tempos e as obras artesanais aí produzidas tornam-se obsoletas. Tentativas de adequação à nova fase industrial transparecem no feitio da produção: execução de esquadrias e revestimentos de aço inoxidável para o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp); para o Banco Central, em Brasília; para a sede da Petrobras, no Rio de Janeiro; e Federação da Indústrias de São Paulo - Fiesp, em São Paulo, além de caixas-automáticos 24 horas. Atualmente, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo é constituído pelo Laosp-Indústria, especializado na fabricação de bens e materiais para a construção civil, cujo principal produto é o hidrômetro; pela Escola Técnica, com cursos técnicos de nível médio e livres, ligados à tecnologia; e pelo Centro Cultural, responsável pela memória da instituição e pela promoção artística em geral.

Exposições

1905 - Individual de Pedro Alexandrino

1910 - Individual de Pedro Alexandrino

1910 - Individual de Pedro Weingartner

1911 - Iª Exposição Brasileira de Belas-Artes

1911 - 1ª Exposição Brasileira de Bellas Artes

1912 - 2ª Exposição Brasileira de Bellas Artes

1935 - Individual de Benedito Calixto

1997 - 3º Prêmio Maimeri 75 Anos

1998 - Coletiva Não Identificada

2008 - 4ª Mostra Paralela 2008

2010 - Paralela 2010

2012 - Artes e Ofícios 1: para todos

2012 - Artes e Oficios - Para Todos (2012 : São Paulo, SP)

Fonte: LICEU de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 06 de junho de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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O salto do conhecimento – Escola Liceu

Fundado em 1873 e mantido com os recursos da LAO Indústria Ltda, líder no mercado nacional de hidrômetros e medidores de gás, o Liceu é uma referência na formação humanista e no ensino técnico profissionalizante, além de estar entre as 5 melhores escolas de São Paulo no Ensino Médio e em 1º. lugar do Brasil no Ensino Técnico pelo ranking nacional do ENEM.

Nossos professores são altamente qualificados em todas as áreas, o que garante a excelência na formação dos alunos. Hoje, temos o orgulho de dizer que 85% dos nossos estudantes foram aprovados nos vestibulares das universidades mais disputadas do país, um número expressivo que simboliza a busca incessante do Liceu pela qualidade do ensino.

Proposta pedagógica

A proposta pedagógica de nossa escola se estabelece a partir de princípios de formação integral de cada indivíduo, visando experiências que sejam capazes de garantir responsabilidade e cidadania, além de proporcionar o exercício do pensamento científico e crítico e o estímulo à participação nas práticas artísticas e culturais. Nossa proposta visa o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da valorização dos diferentes percursos formativos dos alunos. Nessa perspectiva, o direito de aprender e de desenvolver-se são balizadores para a organização e a produção dos saberes dentro e fora do ambiente escolar.

Com grande foco nos desafios que os jovens enfrentarão na sua vida adulta, guiamos nosso ensino por um conjunto de valores que expressam nossa conduta: o respeito interpessoal, o princípio da orientação didática e da exigência acadêmica como constituintes da excelência educacional.

Infraestrutura

O Liceu conta com uma infraestrutura completa e especializada para que todo suporte seja oferecido ao estudante. Controle de acesso individualizado, laboratório de ciências da natureza e matemática, estúdio audiovisual, biblioteca com mais de 20.000 obras, auditório, quadras poliesportivas, enfermaria, vestiários, sala de almoço, restaurante e praça de convivência. Além disso, temos o CCLAO (Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo), um espaço de arte e cultura utilizado como apoio e interação para nosso alunos.

Fonte: Escola Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo — Wikipédia

O Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (LAOSP) é uma instituição, fundada em 1873, cujas principais atividades se dão no âmbito da educação profissional, atuando também na produção industrial e cultural.

Atualmente, o Liceu de Artes e Ofícios, uma sociedade civil de direito privado, se desdobra em três organismos diferentes: a LAO-Indústria (resultado do desmembramento da atividade produtiva da escola, especializada na fabricação de hidrômetros, medidores de gás e materiais para a construção civil, atua também como mantenedora das atividades educacionais do Liceu); a Escola Técnica do LAOSP (responsável pela atividade-fim do LAOSP, oferecendo cursos técnicos, ensino médio e cursos livres relacionados à área de tecnologia) e o Centro Cultural (responsável pela promoção das artes em geral e da preservação da memória da própria instituição).

História

Fundação

A instituição foi criada em 1873 por um grupo de aristocratas pertencentes à elite cafeeira nacional que pretendia formar mão de obra especializada para uma futura possível industrialização do país, de acordo com os ideais positivistas que pregavam a "dignificação do homem através do trabalho". Seu fundador, Carlos Leôncio da Silva Carvalho, era um advogado e Deputado Geral(atualmente corresponde ao posto de Deputado Federal) e com o apoio financeiro da maçonaria paulista e dos cafeicultores, conseguiu tornar real a instituição para divulgação das artes e ofícios focando na formação de mão-de-obra especializada para a lavoura, a indústria e o comércio.

Inicialmente adotou-se o nome "Sociedade Propagadora da Instrução Popular". Não se pretendia nos primeiros anos promover educação profissional: lecionavam-se cursos noturnos de Primeiras Letras e Aritmética, entre outros, para adultos e crianças. Desde essa época, porém, já existia um Conselho Superior (presidido pelo Conselheiro Leôncio de Carvalho) que representava a elite paulista do período.

Passados sete anos, o Conselho Superior decidiu pela total reformulação da instituição e sua efetiva transformação em uma escola. Esta ainda não possuía sede nem diretrizes curriculares e o modelo adotados para a nova instituição seriam as experiências europeias dos Liceus de Artes e Ofícios (as Arts & Crafts Schools idealizadas por William Morris). O movimento das Arts & Crafts (artes e ofícios) já ocorria na Europa há algum tempo e pregava a valorização do trabalho manual do artesão na indústria capitalista.

Com a adoção do nome Lyceu de Artes e Officios, o novo modelo passa a ser exercido e são ministrados cursos de marcenaria, serralheria, gesso, desenho, entre outros, dentro do espírito positivista-burguês das Artes e Ofícios.

Consolidação

A partir de 1890, assume a direção do Liceu o arquiteto Francisco Paula Ramos de Azevedo, responsável por uma nova reforma curricular e administrativa da escola que a faria prosperar de modo inédito. Ramos de Azevedo também foi um dos fundadores da Escola Politécnica da futura Universidade de São Paulo e trouxe da Bélgica um espírito empreendedor que ia de encontro aos interesses do Conselho Superior. A partir de sua reforma, os alunos do Liceu (aprendizes) passariam a receber financeiramente pela obra que produziam. Esta obra levaria a marca de qualidade do Liceu estampada e seria vendida por todo o País. Com este modelo, o LAOSP tornou-se autossuficiente e independente.

A prosperidade financeira do Liceu possibilitou a criação de uma sede definitiva. Em 1897 o Escritório Técnico Ramos de Azevedo iniciou o projeto do edifício da Praça da Luz, nunca concluído mas entregue em 1900. Este edifício, através de um acordo com o Estado de São Paulo, seria dividido entre o LAOSP e a recém criada Pinacoteca do Estado.

A produção industrial do Liceu prosperou nitidamente nos períodos de Guerras Mundiais, com o aumento do consumo de itens produzidos no país (devido à redução de importações). Neste período, passaram pelo Liceu nomes como Victor Brecheret; Alberto Santos Dumont; Adoniran Barbosa. O Liceu se torna o principal divulgador e realizador de obras em estilo Art nouveau da cidade (e do país).

Século XX

A partir dos anos 1950, com a adoção pelo país de um novo modelo de desenvolvimento industrial, os artesãos do Liceu passaram a ser inadequados para as novas atividades de produção. Ocorreu a separação entre a atividade industrial da instituição e sua seção educacional: todo o ideal original de indissociabilidade entre arte e indústria se perdeu a partir daí. São frutos dessa nova fase industrial: execução das esquadrias do MASP; execução de parte do mobiliário do Aeroporto Internacional de Cumbica; produção dos caixas-automáticos 24 Horas; entre outros.

Nos anos 1970 ocorre uma nova reforma curricular e institui-se a Escola Técnica. Seus primeiros cursos envolvem Edificações (EDI), Máquinas e Motores (transformado em Mecânica - MEC - posteriormente), Decoração, Eletrônica (ELO) e mais tarde Desenho de Construção Civil (DCC) e Eletrotécnica. Quatro destes cursos (EDI, ELO, MEC e DCC) compuseram o núcleo pedagógico da escola e sobreviveram até 2002 (data da formatura de suas últimas turmas). Na década de 1980 foi fundado o Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, estreando o espetáculo multimídia Multivisão.

Século XXI

Em 2007, iniciaram-se três novos cursos na escola: Multimídia (MT), Gestão de Negócios Culturais (GT) e Produção de Eventos Culturais e Promocionais (EVT). Os dois últimos cursos duraram apenas dois anos.

Em 2009, as três novas turmas eram compostas por Edificações (EDI), Eletrônica (ELO) e Multimídia (MT). Em 2011, o colégio abriu 20 novas vagas para bolsas de Ensino Médio Regular.

Em 2018, o curso de Edificações (EDI) integrado ao Ensino Médio foi finalizado, restando, apenas, o curso concomitante a esse (filantrópico).

O curso de Eletrônica (ELO) foi o próximo encerrado no colégio, em 2019, porém foi criado o curso de Automação Industrial concomitante ao Ensino Médio para substituí-lo.

A partir do ano de 2020, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo apresenta dois cursos técnicos, sendo eles: Automação Industrial com Ênfase em Tecnologias de Construção e Multimídia (MT), ambos integrados ao Ensino Médio.

Ao longo da história, o Liceu pautou-se por um grupo de princípios de atuação de uma forma geral ligados ao ensino gratuito, à formação profissional e humanística. Recentemente, porém, através de reformas na Escola levadas a cabo pela LAO-Indústria, instituiu-se um modelo de ensino pago e a total separação entre a formação profissional e o ensino básico.

Além disso, em 2019, foi criado o Liceu Tech, uma área de cursos de inovação do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, coordenada pelo Eng. Eletricista Alessandro Cunha, sendo eles: Internet das Coisas (IoT), Field Programmable Gate Array (FPGA) e Printed Circuit Board (PCB).

Incêndio

Em 4 de fevereiro de 2014, um incêndio danificou quase todo o acervo. Quadros, esculturas, móveis antigos e históricos do local, réplicas em gesso de obras-primas como Davi e Pietá, de Michelangelo, ficaram destruídas. Dois vigias avisaram o Corpo de Bombeiros quando o incêndio começou, por volta da 1h. Ao todo, 48 homens, em 14 viaturas, contiveram as chamas em 20 minutos.

Apesar de ninguém ter ficado ferido, parte do forro do teto caiu, vidros se despedaçaram e o piso de madeira do local também foi danificado pelo fogo. De acordo com o capitão Miguel Jodas, do Corpo de Bombeiros, 100% da área interna do prédio do Centro Cultural foi danificada. Em virtude disso, foi totalmente reformulado, criando um centro cultural moderno.

Recuperação

Em agosto de 2018, a instituição foi reaberta após uma grande reforma. Os custos dessa reforma foram com o auxílio do seguro e com recursos próprios em parte da construção do novo prédio e do restauro de obras queimadas. Das 28 réplicas em gesso, oito já foram restauradas e já estão em exibição no espaço. Mais de 10 obras ficaram irrecuperáveis por causa do incêndio.

Com 1.200 m², o novo Centro Cultural conta com dois espaços expositivos e é decorado com a mesma estrutura metálica do prédio que pegou fogo. Apesar de ter perdido a sua capacidade estrutural no incêndio, as peças metálicas foram restauradas e agora servem para ornamentação. A entrada principal na Rua da Cantareira foi refeita, com um design mais moderno, mas o pórtico localizado na Rua João Teodoro foi mantido.

Para recuperar a história da instituição, o espaço inferior do novo Centro Cultural foi reservado para exposições sobre o próprio Liceu e inclui pequenas salas, onde foram colocadas as réplicas em gesso, como uma homenagem ao antigo centro. Numa parede lateral, fotos e objetos mostram a relação do Liceu com a cidade de São Paulo, ao relembrar construções que utilizam peças feitas pela instituição, como as portas da Catedral da Sé ou o Monumento a Duque de Caxias. Por fim, outra parede relembra as oficinas mantidas pelo Liceu, como de serraria, desenho e artes decorativas. Atualmente, o Liceu conta com quatro cursos técnicos gratuitos, além de ensino médio privado.

Obras com a marca Liceu

A lista seguinte reúne edifícios e monumentos em que existem registros da atuação do Liceu, seja em sua construção, seja em seus materiais.

Pinacoteca do Estado - ornamentos moldados pelos aprendizes do Liceu.

Teatro Municipal de São Paulo - lustre monumental no saguão produzido nas oficinas do Liceu.

Palácio das Indústrias de São Paulo - para-raios feito pelo Liceu.

Estação Júlio Prestes - esquadrias executadas pelo Liceu.

Monumento a Duque de Caxias - moldado no Liceu.

Monumento a Ramos de Azevedo - moldado no Liceu, sob orientação de Galileo Emendabili.

Monumento às Bandeiras - moldado no Liceu, sob orientação de Victor Brecheret.

Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FDUSP) - ornamentos do Salão Nobre e da Sala da Congregação moldados pelos aprendizes do Liceu.

Monumento ao Ex-governador do RN Dix-Sept Rosado Maia - executado pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, sob a direção do professor Otoni Zorline e sob a supervisão do professor Pedro Suzana.

Palacete Horácio Sabino - Avenida Paulista: os móveis eram encomendados ao Liceu de Artes e Ofícios ou importados da França

Escultura Diana Caçadora: está localizada na Praça Pedro Lessa

Escultura Mercúrio em Repouso: está localizada na Praça da República

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (CCLAO)

O CCLAO encontra-se anexo ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, uma das instituições de ensino mais tradicionais do país, com mais de 145 anos de história e relevantes serviços prestados à cidade e à sociedade paulistana, na produção de propriedades industriais e bens culturais.

Trata-se de um espaço de eventos lindo, moderno, elegante e multiúso, com 1.630 metros quadrados nos dois pisos, situado no tradicional bairro da Luz, bem no centro da capital paulista.

Fonte: CCLAO. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Lugares de Memória

Aquele Liceu de Artes e Ofícios idealizado pelo engenheiro/arquiteto Ramos de Azevedo – na esteira do movimento internacional Arts and Crafts – e voltado para a valorização do desenho aplicado às artes decorativas e às belas artes, não existe mais. Ao longo dos anos, a escola foi tomando outros rumos e hoje está focada no ensino médio convencional pago e em dois cursos técnicos gratuitos: um de Produção Industrial e outro de Multimídia. Mas o Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios, que funciona dentro da instituição, guarda a memória daqueles tempos por meio de fotos e objetos que restaram após um incêndio que atingiu sua sede em 2014. Quem visita esse pequeno museu pode ter um vislumbre do que representou o antigo Liceu das Artes e Ofícios para a produção de monumentos, mobiliário e decoração de importantes prédios não apenas em São Paulo, mas em todo o Brasil.

Embora o Liceu tenha sido criado em 1847, só recebeu esse nome quase 40 anos depois, quando passou por uma reestruturação curricular. Sim, porque inicialmente a escola tinha um propósito mais próximo do atual: promover escolaridade e formar mão de obra especializada para a indústria, ao comércio e à lavoura. Ao que tudo indica, a reforma de 1882 já teria sido influenciada pela experiência do Arts and Crafts (Arte e Artesanato ou Artes e Ofícios) – um movimento estético nascido na Inglaterra e liderado por William Morris, que busca valorizar o artesanato no momento em que começam a ganhar terreno a mecanização e a produção em massa. Mas foi preciso esperar mais de uma década para que, em 1897, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo passasse pela reforma que alinhou o seu currículo com os ideais do movimento inglês.

A partir dessas mudanças, o Liceu passou a oferecer cursos de desenho aplicado tanto à indústria, como às artes, além de modelagem em gesso e barro, pintura, carpintaria, marcenaria, ebanisteria, serralheria entre outras. Era intenção de Ramos de Azevedo criar as bases para a fundação de uma escola de belas artes. Nas oficinas do Liceu eram produzidos variados artigos de artes decorativas e industriais.muitos dos quais ainda podem ser vistos em praças e prédios públicos. O Liceu possuía um selo que tornou-se respeitado em todo o país e os recursos levantados com a venda das peças eram suficientes para remunerar os alunos que participavam de sua confecção e para tornar as oficinas auto-suficientes.

O suporte a tudo isso vinha de um consistente aparato didático que incluía desde uma biblioteca especializada em artes visuais e decorativas até um pequeno museu com reproduções em gesso de grandes obras escultóricas. Além disso, os professores realizavam pesquisa de ponta e produziam tecnologia original.

As mãos do Liceu em prédios históricos

Até hoje, as obras produzidas nas oficinas do Liceu de Artes e Ofícios ornamentam sedes de instituições, residências e até praças públicas. Talvez o prédio que mais encarne a memória desse antigo Liceu seja o prédio da Pinacoteca do Estado. As razões são diversas: primeiro porque o prédio foi construído para abrigar o Liceu – que funcionou ali em seus primeiros anos -, segundo porque foi projetado por seu então diretor, Ramos de Azevedo, terceiro porque como outros inúmeros prédios de São Paulo, utilizou, em sua construção, peças da serralheria e da marcenaria da escola.

Entre os prédios históricos que guardam elementos utilitários e decorativos produzidos no Liceu de Artes e Ofícios está o Theatro Municipal de São Paulo, inaugurado em 1911. Coube às oficinas do Liceu a produção do mobiliário, incluindo cadeiras e poltronas de todos os ambientes do prédio. Foram também seus alunos que confeccionaram as tapeçarias e cortinas e realizaram toda a decoração em estuque, bronze artístico e ferro batido. Na reforma de 1955, o Liceu foi convidado a fornecer novas poltronas e o mobiliário dos camarins, além dos pisos de granilite, das decorações em estuque e de peças de bronze para a iluminação. Foi encarregado, ainda, de todo o trabalho de madeira para o novo palco mecânico e da confecção de um ciclorama – espécie de cortina grande e côncava que se coloca no fundo do palco, atrás dos artistas.

A atual Catedral da Sé, cuja construção se estendeu de 1913 a 1954, também guarda as marcas do Liceu. Em sua oficina de marcenaria foram produzidas as oito portas da igreja, todas em Jacarandá da Bahia – uma delas dotada de um sistema de ferragens de extrema precisão que torna fácil o manuseio apesar de suas enormes dimensões. Foi também o liceu que produziu todo o mobiliário da catedral, inclusive cátedras e púlpitos, talhados em nogueira com detalhes em bronze.

Entre as décadas de 1940 a 1950, as oficinas do Liceu produziram as esquadrias metálicas do Museu de Arte de São Paulo (Masp) e peças para a decoração interna de hotéis famosos. Caso do Quitandinha, em Petrópolis e dos hotéis termais de Poços de Caldas e Araxá. Mais recentemente, entre fins da década de 1950 e começo da década de 1960, o Liceu colocou sua marca na construção de Brasília, fornecendo, entre outras peças, caixilhos de ferro para as esquadrias metálicas de diversos prédios da nova capital, inclusive palácios, ministérios e congresso.

A modelagem de monumentos

Célebres monumentos também saíram das oficinas do Liceu de Artes e Ofícios. Talvez o mais conhecido deles seja o famoso “Empurra” – apelido do Monumento às Bandeiras – moldado na escola sob a orientação do próprio autor, o escultor Victor Brecheret. Embora polêmica, por homenagear os Bandeirantes – que reconhecidamente exterminaram milhares de índios ao explorar o interior do país – a obra é considerada um ícone de São Paulo, tanto pela ideia de progresso, como pelo fato de ter sido criada por um dos integrantes da Semana de Arte Moderna.

Outros monumentos fundidos no Liceu foram a estátua de Duque de Caxias, também de Victor Brecheret, instalada na Praça Princesa Isabel, no Centro de São Paulo, a do próprio Ramos de Azevedo, de autoria de Galileo Emendabili, instalada em frente ao antigo prédio da escola, onde hoje funciona a Pinacoteca e a de Mercúrio, na Praça da República.

Liceu de Artes e Ofícios: um selo premiado

O desenho e a qualidade das peças produzidas nas oficinas do Liceu fizeram com que a escola conquistasse vários prêmios internacionais. O primeiro deles foi a medalha de ouro da Exposição Universal de Saint Louis, nos Estados Unidos, na categoria desenho artístico, com a Estante Giratória. Acredita-se que a peça tenha sido avaliada não apenas por sua excelência estética, com “formas sinuosas, sugerindo um motivo floral, num jogo de cheios e vazios que valorizava a maestria do artesão na transformação da madeira em suaves linhas curvas”[/sc], mas também pelo mecanismo giratório que, ao que tudo indica, proporcionava “uma movimentação suave e exata”.

Fonte: Lugares de Memória, "Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo". Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo – Museu Afro Brasil

Fundado em 1873, sob o título de “Sociedade Propagadora da Instrução Popular” era uma associação educacional privada que teve apoio financeiro da maçonaria paulista, mas destinada às classes laboriosas, as aulas tiveram início em 1874. Seu fundador, Carlos Leôncio da Silva Carvalho (1847-1912), um advogado e Deputado Geral (atual “Federal”) de 1878 a 1888, pelo Partido liberal. 

Auxiliado por sócios cafeicultores, Carlos Carvalho consegue fundar uma instituição que tinha por objetivo a divulgação gratuita de artes e ofícios para formar mão-de-obra especializada para a lavoura, a indústria e o comércio.

O Liceu fornecia assistência médica e material didático para pessoas com baixa renda. Além disso disponibilizava uma biblioteca pública. Com o tempo, a Escola amplia seu caráter profissionalizante. Em 1895, engenheiro Ramos de Azevedo (1851-1928) passa a dirigir a escola propondo uma reforma, criando cursos de desenho aplicado, modelagem, pintura, além de aulas práticas como carpintaria, serralheria e instruções mais complexas álgebra, geometria, contabilidade , etc.

Graças à iniciativa de Ramos de Azevedo em tornar cada vez mais o Liceu de Artes e Ofício em uma instituição que funcionasse como um centro de belas artes, figuras como Amadeu Zani (1869-1944), Domiciano Rossi (1865-1920), Pedro Alexandrino (1856-1942) entre outros. A criação da Pinacoteca do Estado de São Paulo, no interior do Liceu de Artes e Ofícios, em 1905, vai encerrar paulatinamente o caráter popular.

Em novembro de 2016, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi considerado a melhor escola técnica do Brasil, de acordo com as notas do Exame Nacional do Ensino Médio de 2015, divulgadas pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). Além de cursos técnicos regulares, havia cursos noturnos gratuitos para adultos desde caligrafia, gramática e aritmética. 

Em 1911 o pintor negro Arthur Timótheo da Costa  participou da Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, ocorrida no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.  Outro artista com obras no acervo do museu que também estudou neste Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo foi Benedito José de Andrade  Estudou no Liceu, na década de 1920, onde foi aluno de Enrico Vio, Vigianni e Paneli.

Fonte: Museu Afro Brasil, "Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo". Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Destruído por incêndio, Liceu de Artes e Ofícios de SP é reaberto – G1

O Centro Cultural do Liceu de Artes e Ofícios, na região central de São Paulo, foi reaberto. O prédio, que foi totalmente destruído por um incêndio há quatro anos, foi reconstruído.

Sobrou muito pouco do prédio antigo, que foi demolido. O que resistiu às chamas foi restaurado, como as estruturas metálicas e os quatro mil tijolos que revestem as colunas.

Ao todo, oito das 28 esculturas de gesso, réplicas perfeitas de grandes obras de arte, foram recuperadas. Entre elas está uma réplica de Davi, de Michelangelo, com 5 metros de altura.

O novo prédio tem dois andares. No primeiro ficam registros de tudo que saía das oficinas do Liceu, uma das primeiras escolas profissionalizantes do país, fundada em 1873. O que não está nas paredes e mesas pode ser visto nas telas: mais de 3 mil fotos foram digitalizadas.

O segundo andar olha para o futuro. A sustentabilidade é o tema de móveis e objetos assinados por designers brasileiros. A chapa usada para fazer as antigas moedas de dez centavos e as sobras de caixas de papelão picado misturadas com água e cola viraram poltronas.

Fonte: G1, "Destruído por incêndio, Liceu de Artes e Ofícios de SP é reaberto". Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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Liceu de Artes e Ofícios comemora 150 anos com exposição em homenagem a Victor Brecheret – Dica de Teatro

A mostra, que discute a escala das obras produzidas por um dos alunos mais ilustres da escola, tem curadoria de Fernanda Carvalho e Ana Paula Brecheret, neta do artista.

Um dos principais centros de ensino da cidade de São Paulo, o Liceu de Artes e Ofícios comemora 150 anos em 2023 e, para celebrar a data, homenageia um dos seus principais e mais ilustres alunos, o escultor Victor Brecheret. Intitulada Victor Brecheret: o mestre das formas, e realizada em parceria com o Instituto Victor Brecheret, a mostra apresenta a trajetória de um dos maiores nomes da escultura do país e do mundo. Com curadoria de Fernanda Carvalho e co-curadoria de Ana Paula Brecheret, neta do artista, a mostra será aberta ao público no dia 20 de maio no Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.

Nascido na Itália, Brecheret emigrou para o Brasil ainda nos primeiros anos de vida. Um dia, caminhando pelo Viaduto do Chá, enquanto ainda trabalhava consertando sapatos com a família, o jovem Victor Brecheret – na época com 15 anos – achou um jornal que publicara uma foto de uma escultura do francês Auguste Rodin, e percebeu ali, naquele momento, que era aquilo que gostaria de fazer, comentando com sua tia, que o levou até o Liceu e o matriculou no curso de Desenho e Modelagem, onde estudou por dois anos. Assim nascia uma profícua relação que formaria um dos mais geniais artistas brasileiros.

Foi lá que teve os primeiros contatos com a escultura, e esse período na escola serviu como base para que depois o artista fosse estudar em Roma, e se tornasse um dos principais nomes responsáveis pela introdução da escultura brasileira no movimento modernista internacional. Ao longo de sua profícua carreira, Brecheret transitou entre as cidades de São Paulo, Paris e Roma.

A exposição, que ocupa o primeiro pavimento do Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, reúne 14 obras de coleção particular, divididas em seis núcleos, datadas entre as décadas de 1910 e 1950. Nela, a curadoria busca discutir a escala das obras produzidas pelo artista ao longo de sua trajetória.

“Brecheret aproveitou-se de muitas tradições do fazer e de diversos materiais, executando desde obras monumentais com mais de trinta figuras de 6 metros de altura cada até pequenas peças representando dançarinas voláteis, mitos polivalentes e paixões estilizadas”, afirma Fernanda Carvalho.

Em Victor Brecheret: o mestre das formas o intuito é elucidar as contraposições trabalhadas pelo escultor. Segundo a curadoria, “a ideia é percorrer o amplo arco temático da produção do artista que dialogou com o sagrado e o profano, o masculino e o feminino, o oriente e o ocidente, a cultura dos povos originários e a mitologia, apresentadas em obras multiformes e de diferentes épocas históricas”.

Dividido em 6 núcleos – “Núcleo Modernidades – Figura de convite”, “Núcleo Vanguardas”, “Núcleo Memórias”, “Núcleo Modernismos – Contextos”, “Núcleo Tecnologia” e por fim, “Núcleo Múltiplas sintaxes” – o percurso expositivo da exposição propõe exames breves, mas densos de aspectos emblemáticos da trajetória do escultor a partir de suas próprias peças. Neles, os visitantes encontrarão memórias pessoais, iconografias, réplicas digitais, e a manipulação de materiais envoltos, cada qual, em ambientações cenográficas criadas especialmente para eles.

O Núcleo Modernidades – Figura de convite, propõe um diálogo entre peças produzidas por Brecheret e outros artistas modernistas, como Jean Baptiste Houdon, por meio de um podcast criado pelas curadoras, com conversas imaginárias e emocionais que aproximam os personagens expostos; como a obra Dama Paulista (Retrato de Dona Olivia Guedes Penteado), de Brecheret, e Diana, deusa da Caça, de Houdon. Na conversa roteirizada pela curadoria, ambas mulheres moraram em Paris e se encontram acidentalmente e, num tom divertido, começam a discorrer sobre o modernismo e outras afinidades que as aproximam.

No Núcleo Vanguardas, os visitantes terão contato com experimentações artísticas do escultor. Ali, o público encontra peças como Beijo (1930), Dançarina (1920), Banho de Sol (1930), entre outros, e peças de mobiliário que preservam a intimidade do artista. O Núcleo Memórias, traz arquivos sonoros e fílmicos entremeados de depoimentos pessoais de membros da família do artista, além de documentações das passagens do escultor por Roma, Paris e São Paulo.

O acervo histórico do Liceu de Artes e Ofícios pode ser encontrado no Núcleo Modernismos – Contextos, que ilustra diversos contextos nos quais obras do artista foram inseridas, com arquivos do final do século XIX e início do século XX, e entre as décadas de 1910 e 1950. O eixo apresenta Novos cânones: exemplos emblemáticos de modernismos possíveis, onde o público encontra Pietá (1912-1913), única peça esculpida em madeira por Brecheret, e Virgem Indígena (1950), esculpida em gesso patinado, Beijo (1930), feita de bronze polido, e Veado Enrolado (1947-1948), cuja técnica é pedra rolada pelo mar.

Em Núcleo Tecnologia, o espectador tem contato com réplicas digitais de obras icônicas em hologramas e sua magia. Peças como: Fuga para o Egito (1925-1929), Soror Dolorosa (1920), O Ídolo (1929), entre outras. Por fim, o Núcleo Múltiplas sintaxes leva ao Centro Cultural diversos elementos e ferramentas que foram utilizados pelo escultor ao longo de sua jornada, como o registro da matrícula de Brecheret no curso de Desenho e Modelagem, ferramentas originais usadas pelo artista, materiais usados pelo escultor, uma maquete do Monumento às Bandeiras, entre outros.

“Esta exposição, contemplando todas as fases do saber-fazer do escultor, é uma combinação de tributo da escola ao seu ilustre aluno ao mesmo tempo que uma homenagem de Brecheret aos 150 anos do Liceu”, comenta a curadora Fernanda Carvalho.

Sobre o Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios

O CCLAO encontra-se anexo ao Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, uma das instituições de ensino mais tradicionais do país, com mais de 145 anos de história e relevantes serviços prestados à cidade e à sociedade paulistana, na produção de propriedades industriais e bens culturais.

Trata-se de um espaço de eventos lindo, moderno, elegante e multiuso, com 1.630 metros quadrados nos dois pisos, situado no tradicional bairro da Luz, bem no centro da capital paulista.

Sobre o Instituto Victor Brecheret

O Instituto Victor Brecheret (IVB), fundado em 18 de novembro de 1999, tem como objetivo realizar e promover pesquisas, estudos, consultorias, cursos, conferências, avaliações e implementações de projetos destinados à divulgação e incentivo de atividades artísticas e culturais relativas às artes e artistas plásticos em geral, especialmente à obra do escultor Victor Brecheret.

Realiza exposições e eventos nacionais e internacionais por meio de doações, subvenções, incentivos fiscais ou outros mecanismos legais. Desenvolve trabalhos de documentação, certificação, catalogação, arquivo e editoração de livros, referentes à produção de obras de arte e cultura em geral. Apoia programas e intercâmbios educativos, sócios-culturais e de informação. O IVB desenvolve atividades culturais junto às empresas e organizações públicas e privadas. Estabelece mecanismos para captação de recursos para a consecução de seus objetivos, individualmente ou em colaboração com empresas e entidades públicas, particulares, nacionais e internacionais.

Fonte: Dica de Teatro, "Liceu de Artes e Ofícios comemora 150 anos com exposição em homenagem a Victor Brecheret", publicado em 12 de maio de 2023. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

Crédito fotográfico: Imagem extraída do Facebook do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, publicado em 4 de setembro de 2015. Consultado pela última vez em 6 de junho de 2023.

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