Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, MG, 13 de maio de 1913 — Belo Horizonte, MG, 1990), mais conhecido como Mário Silésio, foi um pintor, desenhista, muralista, vitralista e advogado brasileiro. Compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas.
Biografia - Itaú Cultural
Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), entre 1943 e 1949. Em 1953 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e ingressa no curso de André Lhote.
De volta ao Brasil, entre 1957 e 1960 executa diversos painéis em edifícios públicos e privados de Belo Horizonte, como Banco Mineiro de Produção, Condomínio Retiro das Pedras, Inspetoria de Trânsito, Teatro Marília, Escola de Direito da UFMG e Departamento Estadual de Trânsito - Detran. É também de Silésio o mural feito para o Clube dos Engenheiros, em Araruama, Rio de Janeiro. Executa os vitrais da Igreja dos Ferros em 1964.
Análise
Durante os anos 1940, Mário Silésio estuda desenho e pintura com Guignard (1896-1962), na então Escola de Belas Artes, hoje Escola Guignard, em Belo Horizonte. É através dele que Silésio descobre as obras de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954). Porém, a descoberta mais importante desse período, também proporcionada pela Escola, seria o cubismo, que dá ao artista o impulso para sua trajetória rumo à abstração de caráter geométrico. A figuração que Silésio pratica até então se fragmenta gradualmente, buscando a síntese cubista. Sua obra alcança, no início dos anos 1950, a pura abstração geométrica, como na tela Construção nº 5, 1957. Também a partir dos anos 1950, sua pintura encontra expansão nos grandes painéis que realiza para edifícios públicos em Belo Horizonte, integrando-se à paisagem.
O crítico Marcio Sampaio observa que para Mário Silésio - como mais tarde, em outro nível, para os neoconcretistas brasileiros - a forma não deve nunca nascer de uma simples operação matemática, desprovida de espírito e de emoção. É nesse sentido que o trabalho de Silésio, em certo momento, revela um gosto pelas formas circulares impregnadas de luz e de sensibilidade lírica.
Nos anos 1970, o artista retoma em parte a figuração, pintando naturezas-mortas ou paisagens, porém num registro geométrico, como em Paisagem, 1986. Para Sampaio, grande parte da obra de Silésio se acha marcada pela forte presença de uma estrutura arquitetural "amarrando" a composição.
Críticas
"As obras recentes, marcando o momento de maturidade plena - artística e existencial - do artista, realizam-se em equilíbrio e densidade, uma certa gravidade que não descarta, contudo, do prazer lúdico, nem das inquietudes. Sua organização, sua consistência poética alimentada pelo completo domínio técnico e uma mais depurada sensibilidade cromática repõem um vigor e uma juventude, uma surpreendente vitalidade. Essas obras, diferentemente das pinturas afins de períodos anteriores, encaminham-se para um novo plano em que os elementos temáticos (casario, vasos, garrafas, copos...) reduzidos e fragmentados por uma luz incisiva, estabelecem um novo espaço - metafísico - de inquietante poesia. Ao considerar e eleger como tema essas coisas comuns do cotidiano, soube Mário Silésio delas extrair um sentido maior: reduzindo-as à essencialidade, desvelou a face sagrada de sua própria existência. Nesse processo - sob a poética construtiva - o artista cria uma tensão de forças tendendo à verticalidade ascendente, ao passo em que, recompondo os objetos na sua extrema síntese, faz nascer deles - das rearticulações de seus fragmentos/cor sobre ricas ordenações de planos, recompondo o mundo em signo. E seu definitivo equilíbrio".
Márcio Sampaio (MÁRIO Silésio. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 1987.)
Exposições Individuais
1953 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Thomas Jefferson
1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Ibeu
1959 - Belo Horizonte MG - Mário Silésio: retrospectiva, no MAP
1977 - Belo Horizonte MG - Individual, no Palácio das Artes
1985 - Ouro Preto MG - Individual, na Casa dos Contos
1986 - São Paulo SP - Individual, no Palácio das Artes
Exposições Coletivas
1948 - Rio de Janeiro RJ - Alunos da Escola Guignard, no IAB/RJ
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Moderna - menção honrosa
1950 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - medalha de bronze
1951 - Belo Horizonte MG - Coletiva, na Escola de Belas Artes
1952 - Uberaba MG - Primeira Semana de Arte Moderna em Uberaba - medalha de ouro e Prêmio Honório Esteves
1956 - América do Sul e Europa - Coletiva itinerante de artistas brasileiros contemporâneos, organizada pelo MAM/RJ
1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, na Kunsthaus.
1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição, na Piccola Galeria
1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1962 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1966 - Estados Unidos - Coletiva 7 Artistas Mineiros, na Art Gallery of The Brazilian American Cultural Institute
1976 - Belo Horizonte MG - Exposição dos Murais das Escolas Municipais de Belo Horizonte
1977 - São Paulo SP - Panorama da Pintura Contemporânea, no MAM/SP
1981 - Belo Horizonte MG - Alunos de Guignard, na Itaugaleria
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica, na Galeria Edifício Gilberto Chateaubriand
Exposições Póstumas
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Belo Horizonte MG - Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte, no MAP
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
2001 - Fortaleza CE - Retratos: Belchior visto por grandes nomes e por ele mesmo, no Centro Cultural Oboé
2003 - Rio de Janeiro RJ - Belchior: retratos e auto-retratos, no Centro Cultural da Justiça Federal
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, no MAM/RJ
2004 - Belo Horizonte MG - Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no MAP
Fonte: MÁRIO Silésio. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 13 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
---
Biografia oficial
Mário Silésio em curvas, retas, cores, telas e faixadas
Mineiro de Pará de Minas, nascido em 13 de maio de 1913, Mário Silésio de Araújo Milton, o Mário Silésio, compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas. Desenhista, vitralista e pintor, antes de descobrir-se artista, Silésio cursou Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1930 e 1935. Anos depois não esquivou-se de seu destino, intrínseco a sua alma, iniciando o curso de Pintura e Desenho, na renomada Escola de Belas Artes de Belo Horizonte – a Escola Guignard, onde foi aluno do próprio Alberto da Veiga Guignard e do famoso escultor Franz Weissmann.
Guignard influência do mestre
Influenciado por seu mestre, Guignard, Mário Silésio rompeu a vocação pela pintura tradicionalista da arte em Minas Gerais, levando à risca os ensinamentos da Escola de Belas Artes e revolucionou com seu trabalho livre, abstrato e despojado de formas. Em plena descoberta da arte moderna, Silésio sintetizou em suas obras a liberdade e a disciplina, sem inibições, experimentando um novo processo criativo.
1964 Arte poética
Bolsista em Paris, na França, frequentou as aulas de André Lhote, encontrando inspiração para retomar ao Brasil e eternizar nas faixadas de edifícios da capital mineira sua arte poética, densa e de tamanha vitalidade em cores e traços longínguos. Mário Silésio solidificou sua arte, também, nos vitrais da Igreja dos Ferros, em 1964, e no Clube dos Engenheiros, em Araruma/RJ.
Década de 60 no Brasil e no Mundo
Durante a década de 60, Mário Silésio despontou com sua arte e concretizou inúmeras obras em tela, vitrais e faixadas, que podem ser apreciadas em diferentes estados brasileiros. Atualmente suas obras são requeridas em importantes leilões no Brasil e exterior. Em Belo Horizonte/MG, o artista ousou deixando sua assinatura em diversos edifícios públicos, hoje vislumbrados com saudosismo pelos amantes das artes plásticas.
1990 Eternizado
Em 1990 Mário Silésio faleceu deixando sua significativa herança cultural. Como homenagem, de 1994 a 2004, a ‘Exposição Póstuma’ do artista percorreu capitais como Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. Para os críticos, Mário Silésio é um artista equilibrado, contudo, que fomentou em suas obras seu prazer lúdico e inquieto, com total domínio da técnica e sensibilidade cromática.
Prêmios
1952 – 1953 (Premiado no I e II SNAM, RJ)
1962 – São Paulo SP – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
Fonte: Site oficial Mário Silésio, consultado pela última vez em 12 de março de 2021.
Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, MG, 13 de maio de 1913 — Belo Horizonte, MG, 1990), mais conhecido como Mário Silésio, foi um pintor, desenhista, muralista, vitralista e advogado brasileiro. Compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas.
Biografia - Itaú Cultural
Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), entre 1943 e 1949. Em 1953 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e ingressa no curso de André Lhote.
De volta ao Brasil, entre 1957 e 1960 executa diversos painéis em edifícios públicos e privados de Belo Horizonte, como Banco Mineiro de Produção, Condomínio Retiro das Pedras, Inspetoria de Trânsito, Teatro Marília, Escola de Direito da UFMG e Departamento Estadual de Trânsito - Detran. É também de Silésio o mural feito para o Clube dos Engenheiros, em Araruama, Rio de Janeiro. Executa os vitrais da Igreja dos Ferros em 1964.
Análise
Durante os anos 1940, Mário Silésio estuda desenho e pintura com Guignard (1896-1962), na então Escola de Belas Artes, hoje Escola Guignard, em Belo Horizonte. É através dele que Silésio descobre as obras de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954). Porém, a descoberta mais importante desse período, também proporcionada pela Escola, seria o cubismo, que dá ao artista o impulso para sua trajetória rumo à abstração de caráter geométrico. A figuração que Silésio pratica até então se fragmenta gradualmente, buscando a síntese cubista. Sua obra alcança, no início dos anos 1950, a pura abstração geométrica, como na tela Construção nº 5, 1957. Também a partir dos anos 1950, sua pintura encontra expansão nos grandes painéis que realiza para edifícios públicos em Belo Horizonte, integrando-se à paisagem.
O crítico Marcio Sampaio observa que para Mário Silésio - como mais tarde, em outro nível, para os neoconcretistas brasileiros - a forma não deve nunca nascer de uma simples operação matemática, desprovida de espírito e de emoção. É nesse sentido que o trabalho de Silésio, em certo momento, revela um gosto pelas formas circulares impregnadas de luz e de sensibilidade lírica.
Nos anos 1970, o artista retoma em parte a figuração, pintando naturezas-mortas ou paisagens, porém num registro geométrico, como em Paisagem, 1986. Para Sampaio, grande parte da obra de Silésio se acha marcada pela forte presença de uma estrutura arquitetural "amarrando" a composição.
Críticas
"As obras recentes, marcando o momento de maturidade plena - artística e existencial - do artista, realizam-se em equilíbrio e densidade, uma certa gravidade que não descarta, contudo, do prazer lúdico, nem das inquietudes. Sua organização, sua consistência poética alimentada pelo completo domínio técnico e uma mais depurada sensibilidade cromática repõem um vigor e uma juventude, uma surpreendente vitalidade. Essas obras, diferentemente das pinturas afins de períodos anteriores, encaminham-se para um novo plano em que os elementos temáticos (casario, vasos, garrafas, copos...) reduzidos e fragmentados por uma luz incisiva, estabelecem um novo espaço - metafísico - de inquietante poesia. Ao considerar e eleger como tema essas coisas comuns do cotidiano, soube Mário Silésio delas extrair um sentido maior: reduzindo-as à essencialidade, desvelou a face sagrada de sua própria existência. Nesse processo - sob a poética construtiva - o artista cria uma tensão de forças tendendo à verticalidade ascendente, ao passo em que, recompondo os objetos na sua extrema síntese, faz nascer deles - das rearticulações de seus fragmentos/cor sobre ricas ordenações de planos, recompondo o mundo em signo. E seu definitivo equilíbrio".
Márcio Sampaio (MÁRIO Silésio. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 1987.)
Exposições Individuais
1953 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Thomas Jefferson
1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Ibeu
1959 - Belo Horizonte MG - Mário Silésio: retrospectiva, no MAP
1977 - Belo Horizonte MG - Individual, no Palácio das Artes
1985 - Ouro Preto MG - Individual, na Casa dos Contos
1986 - São Paulo SP - Individual, no Palácio das Artes
Exposições Coletivas
1948 - Rio de Janeiro RJ - Alunos da Escola Guignard, no IAB/RJ
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Moderna - menção honrosa
1950 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - medalha de bronze
1951 - Belo Horizonte MG - Coletiva, na Escola de Belas Artes
1952 - Uberaba MG - Primeira Semana de Arte Moderna em Uberaba - medalha de ouro e Prêmio Honório Esteves
1956 - América do Sul e Europa - Coletiva itinerante de artistas brasileiros contemporâneos, organizada pelo MAM/RJ
1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, na Kunsthaus.
1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição, na Piccola Galeria
1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1962 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1966 - Estados Unidos - Coletiva 7 Artistas Mineiros, na Art Gallery of The Brazilian American Cultural Institute
1976 - Belo Horizonte MG - Exposição dos Murais das Escolas Municipais de Belo Horizonte
1977 - São Paulo SP - Panorama da Pintura Contemporânea, no MAM/SP
1981 - Belo Horizonte MG - Alunos de Guignard, na Itaugaleria
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica, na Galeria Edifício Gilberto Chateaubriand
Exposições Póstumas
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Belo Horizonte MG - Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte, no MAP
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
2001 - Fortaleza CE - Retratos: Belchior visto por grandes nomes e por ele mesmo, no Centro Cultural Oboé
2003 - Rio de Janeiro RJ - Belchior: retratos e auto-retratos, no Centro Cultural da Justiça Federal
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, no MAM/RJ
2004 - Belo Horizonte MG - Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no MAP
Fonte: MÁRIO Silésio. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 13 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia oficial
Mário Silésio em curvas, retas, cores, telas e faixadas
Mineiro de Pará de Minas, nascido em 13 de maio de 1913, Mário Silésio de Araújo Milton, o Mário Silésio, compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas. Desenhista, vitralista e pintor, antes de descobrir-se artista, Silésio cursou Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1930 e 1935. Anos depois não esquivou-se de seu destino, intrínseco a sua alma, iniciando o curso de Pintura e Desenho, na renomada Escola de Belas Artes de Belo Horizonte – a Escola Guignard, onde foi aluno do próprio Alberto da Veiga Guignard e do famoso escultor Franz Weissmann.
Guignard influência do mestre
Influenciado por seu mestre, Guignard, Mário Silésio rompeu a vocação pela pintura tradicionalista da arte em Minas Gerais, levando à risca os ensinamentos da Escola de Belas Artes e revolucionou com seu trabalho livre, abstrato e despojado de formas. Em plena descoberta da arte moderna, Silésio sintetizou em suas obras a liberdade e a disciplina, sem inibições, experimentando um novo processo criativo.
1964 Arte poética
Bolsista em Paris, na França, frequentou as aulas de André Lhote, encontrando inspiração para retomar ao Brasil e eternizar nas faixadas de edifícios da capital mineira sua arte poética, densa e de tamanha vitalidade em cores e traços longínguos. Mário Silésio solidificou sua arte, também, nos vitrais da Igreja dos Ferros, em 1964, e no Clube dos Engenheiros, em Araruma/RJ.
Década de 60 no Brasil e no Mundo
Durante a década de 60, Mário Silésio despontou com sua arte e concretizou inúmeras obras em tela, vitrais e faixadas, que podem ser apreciadas em diferentes estados brasileiros. Atualmente suas obras são requeridas em importantes leilões no Brasil e exterior. Em Belo Horizonte/MG, o artista ousou deixando sua assinatura em diversos edifícios públicos, hoje vislumbrados com saudosismo pelos amantes das artes plásticas.
1990 Eternizado
Em 1990 Mário Silésio faleceu deixando sua significativa herança cultural. Como homenagem, de 1994 a 2004, a ‘Exposição Póstuma’ do artista percorreu capitais como Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. Para os críticos, Mário Silésio é um artista equilibrado, contudo, que fomentou em suas obras seu prazer lúdico e inquieto, com total domínio da técnica e sensibilidade cromática.
Prêmios
1952 – 1953 (Premiado no I e II SNAM, RJ)
1962 – São Paulo SP – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
Fonte: Site oficial Mário Silésio, consultado pela última vez em 12 de março de 2021.
Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, MG, 13 de maio de 1913 — Belo Horizonte, MG, 1990), mais conhecido como Mário Silésio, foi um pintor, desenhista, muralista, vitralista e advogado brasileiro. Compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas.
Biografia - Itaú Cultural
Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), entre 1943 e 1949. Em 1953 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e ingressa no curso de André Lhote.
De volta ao Brasil, entre 1957 e 1960 executa diversos painéis em edifícios públicos e privados de Belo Horizonte, como Banco Mineiro de Produção, Condomínio Retiro das Pedras, Inspetoria de Trânsito, Teatro Marília, Escola de Direito da UFMG e Departamento Estadual de Trânsito - Detran. É também de Silésio o mural feito para o Clube dos Engenheiros, em Araruama, Rio de Janeiro. Executa os vitrais da Igreja dos Ferros em 1964.
Análise
Durante os anos 1940, Mário Silésio estuda desenho e pintura com Guignard (1896-1962), na então Escola de Belas Artes, hoje Escola Guignard, em Belo Horizonte. É através dele que Silésio descobre as obras de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954). Porém, a descoberta mais importante desse período, também proporcionada pela Escola, seria o cubismo, que dá ao artista o impulso para sua trajetória rumo à abstração de caráter geométrico. A figuração que Silésio pratica até então se fragmenta gradualmente, buscando a síntese cubista. Sua obra alcança, no início dos anos 1950, a pura abstração geométrica, como na tela Construção nº 5, 1957. Também a partir dos anos 1950, sua pintura encontra expansão nos grandes painéis que realiza para edifícios públicos em Belo Horizonte, integrando-se à paisagem.
O crítico Marcio Sampaio observa que para Mário Silésio - como mais tarde, em outro nível, para os neoconcretistas brasileiros - a forma não deve nunca nascer de uma simples operação matemática, desprovida de espírito e de emoção. É nesse sentido que o trabalho de Silésio, em certo momento, revela um gosto pelas formas circulares impregnadas de luz e de sensibilidade lírica.
Nos anos 1970, o artista retoma em parte a figuração, pintando naturezas-mortas ou paisagens, porém num registro geométrico, como em Paisagem, 1986. Para Sampaio, grande parte da obra de Silésio se acha marcada pela forte presença de uma estrutura arquitetural "amarrando" a composição.
Críticas
"As obras recentes, marcando o momento de maturidade plena - artística e existencial - do artista, realizam-se em equilíbrio e densidade, uma certa gravidade que não descarta, contudo, do prazer lúdico, nem das inquietudes. Sua organização, sua consistência poética alimentada pelo completo domínio técnico e uma mais depurada sensibilidade cromática repõem um vigor e uma juventude, uma surpreendente vitalidade. Essas obras, diferentemente das pinturas afins de períodos anteriores, encaminham-se para um novo plano em que os elementos temáticos (casario, vasos, garrafas, copos...) reduzidos e fragmentados por uma luz incisiva, estabelecem um novo espaço - metafísico - de inquietante poesia. Ao considerar e eleger como tema essas coisas comuns do cotidiano, soube Mário Silésio delas extrair um sentido maior: reduzindo-as à essencialidade, desvelou a face sagrada de sua própria existência. Nesse processo - sob a poética construtiva - o artista cria uma tensão de forças tendendo à verticalidade ascendente, ao passo em que, recompondo os objetos na sua extrema síntese, faz nascer deles - das rearticulações de seus fragmentos/cor sobre ricas ordenações de planos, recompondo o mundo em signo. E seu definitivo equilíbrio".
Márcio Sampaio (MÁRIO Silésio. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 1987.)
Exposições Individuais
1953 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Thomas Jefferson
1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Ibeu
1959 - Belo Horizonte MG - Mário Silésio: retrospectiva, no MAP
1977 - Belo Horizonte MG - Individual, no Palácio das Artes
1985 - Ouro Preto MG - Individual, na Casa dos Contos
1986 - São Paulo SP - Individual, no Palácio das Artes
Exposições Coletivas
1948 - Rio de Janeiro RJ - Alunos da Escola Guignard, no IAB/RJ
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Moderna - menção honrosa
1950 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - medalha de bronze
1951 - Belo Horizonte MG - Coletiva, na Escola de Belas Artes
1952 - Uberaba MG - Primeira Semana de Arte Moderna em Uberaba - medalha de ouro e Prêmio Honório Esteves
1956 - América do Sul e Europa - Coletiva itinerante de artistas brasileiros contemporâneos, organizada pelo MAM/RJ
1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, na Kunsthaus.
1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição, na Piccola Galeria
1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1962 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1966 - Estados Unidos - Coletiva 7 Artistas Mineiros, na Art Gallery of The Brazilian American Cultural Institute
1976 - Belo Horizonte MG - Exposição dos Murais das Escolas Municipais de Belo Horizonte
1977 - São Paulo SP - Panorama da Pintura Contemporânea, no MAM/SP
1981 - Belo Horizonte MG - Alunos de Guignard, na Itaugaleria
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica, na Galeria Edifício Gilberto Chateaubriand
Exposições Póstumas
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Belo Horizonte MG - Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte, no MAP
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
2001 - Fortaleza CE - Retratos: Belchior visto por grandes nomes e por ele mesmo, no Centro Cultural Oboé
2003 - Rio de Janeiro RJ - Belchior: retratos e auto-retratos, no Centro Cultural da Justiça Federal
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, no MAM/RJ
2004 - Belo Horizonte MG - Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no MAP
Fonte: MÁRIO Silésio. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 13 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia oficial
Mário Silésio em curvas, retas, cores, telas e faixadas
Mineiro de Pará de Minas, nascido em 13 de maio de 1913, Mário Silésio de Araújo Milton, o Mário Silésio, compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas. Desenhista, vitralista e pintor, antes de descobrir-se artista, Silésio cursou Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1930 e 1935. Anos depois não esquivou-se de seu destino, intrínseco a sua alma, iniciando o curso de Pintura e Desenho, na renomada Escola de Belas Artes de Belo Horizonte – a Escola Guignard, onde foi aluno do próprio Alberto da Veiga Guignard e do famoso escultor Franz Weissmann.
Guignard influência do mestre
Influenciado por seu mestre, Guignard, Mário Silésio rompeu a vocação pela pintura tradicionalista da arte em Minas Gerais, levando à risca os ensinamentos da Escola de Belas Artes e revolucionou com seu trabalho livre, abstrato e despojado de formas. Em plena descoberta da arte moderna, Silésio sintetizou em suas obras a liberdade e a disciplina, sem inibições, experimentando um novo processo criativo.
1964 Arte poética
Bolsista em Paris, na França, frequentou as aulas de André Lhote, encontrando inspiração para retomar ao Brasil e eternizar nas faixadas de edifícios da capital mineira sua arte poética, densa e de tamanha vitalidade em cores e traços longínguos. Mário Silésio solidificou sua arte, também, nos vitrais da Igreja dos Ferros, em 1964, e no Clube dos Engenheiros, em Araruma/RJ.
Década de 60 no Brasil e no Mundo
Durante a década de 60, Mário Silésio despontou com sua arte e concretizou inúmeras obras em tela, vitrais e faixadas, que podem ser apreciadas em diferentes estados brasileiros. Atualmente suas obras são requeridas em importantes leilões no Brasil e exterior. Em Belo Horizonte/MG, o artista ousou deixando sua assinatura em diversos edifícios públicos, hoje vislumbrados com saudosismo pelos amantes das artes plásticas.
1990 Eternizado
Em 1990 Mário Silésio faleceu deixando sua significativa herança cultural. Como homenagem, de 1994 a 2004, a ‘Exposição Póstuma’ do artista percorreu capitais como Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. Para os críticos, Mário Silésio é um artista equilibrado, contudo, que fomentou em suas obras seu prazer lúdico e inquieto, com total domínio da técnica e sensibilidade cromática.
Prêmios
1952 – 1953 (Premiado no I e II SNAM, RJ)
1962 – São Paulo SP – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
Fonte: Site oficial Mário Silésio, consultado pela última vez em 12 de março de 2021.
Mário Silésio de Araújo Milton (Pará de Minas, MG, 13 de maio de 1913 — Belo Horizonte, MG, 1990), mais conhecido como Mário Silésio, foi um pintor, desenhista, muralista, vitralista e advogado brasileiro. Compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas.
Biografia - Itaú Cultural
Cursa direito na Universidade de Minas Gerais - UMG (atual Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), em Belo Horizonte, entre 1930 e 1935. Estuda desenho e pintura na Escola Guignard, sob a orientação de Alberto da Veiga Guignard (1896-1962), entre 1943 e 1949. Em 1953 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e ingressa no curso de André Lhote.
De volta ao Brasil, entre 1957 e 1960 executa diversos painéis em edifícios públicos e privados de Belo Horizonte, como Banco Mineiro de Produção, Condomínio Retiro das Pedras, Inspetoria de Trânsito, Teatro Marília, Escola de Direito da UFMG e Departamento Estadual de Trânsito - Detran. É também de Silésio o mural feito para o Clube dos Engenheiros, em Araruama, Rio de Janeiro. Executa os vitrais da Igreja dos Ferros em 1964.
Análise
Durante os anos 1940, Mário Silésio estuda desenho e pintura com Guignard (1896-1962), na então Escola de Belas Artes, hoje Escola Guignard, em Belo Horizonte. É através dele que Silésio descobre as obras de Paul Cézanne (1839-1906) e Henri Matisse (1869-1954). Porém, a descoberta mais importante desse período, também proporcionada pela Escola, seria o cubismo, que dá ao artista o impulso para sua trajetória rumo à abstração de caráter geométrico. A figuração que Silésio pratica até então se fragmenta gradualmente, buscando a síntese cubista. Sua obra alcança, no início dos anos 1950, a pura abstração geométrica, como na tela Construção nº 5, 1957. Também a partir dos anos 1950, sua pintura encontra expansão nos grandes painéis que realiza para edifícios públicos em Belo Horizonte, integrando-se à paisagem.
O crítico Marcio Sampaio observa que para Mário Silésio - como mais tarde, em outro nível, para os neoconcretistas brasileiros - a forma não deve nunca nascer de uma simples operação matemática, desprovida de espírito e de emoção. É nesse sentido que o trabalho de Silésio, em certo momento, revela um gosto pelas formas circulares impregnadas de luz e de sensibilidade lírica.
Nos anos 1970, o artista retoma em parte a figuração, pintando naturezas-mortas ou paisagens, porém num registro geométrico, como em Paisagem, 1986. Para Sampaio, grande parte da obra de Silésio se acha marcada pela forte presença de uma estrutura arquitetural "amarrando" a composição.
Críticas
"As obras recentes, marcando o momento de maturidade plena - artística e existencial - do artista, realizam-se em equilíbrio e densidade, uma certa gravidade que não descarta, contudo, do prazer lúdico, nem das inquietudes. Sua organização, sua consistência poética alimentada pelo completo domínio técnico e uma mais depurada sensibilidade cromática repõem um vigor e uma juventude, uma surpreendente vitalidade. Essas obras, diferentemente das pinturas afins de períodos anteriores, encaminham-se para um novo plano em que os elementos temáticos (casario, vasos, garrafas, copos...) reduzidos e fragmentados por uma luz incisiva, estabelecem um novo espaço - metafísico - de inquietante poesia. Ao considerar e eleger como tema essas coisas comuns do cotidiano, soube Mário Silésio delas extrair um sentido maior: reduzindo-as à essencialidade, desvelou a face sagrada de sua própria existência. Nesse processo - sob a poética construtiva - o artista cria uma tensão de forças tendendo à verticalidade ascendente, ao passo em que, recompondo os objetos na sua extrema síntese, faz nascer deles - das rearticulações de seus fragmentos/cor sobre ricas ordenações de planos, recompondo o mundo em signo. E seu definitivo equilíbrio".
Márcio Sampaio (MÁRIO Silésio. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 1987.)
Exposições Individuais
1953 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Thomas Jefferson
1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Ibeu
1959 - Belo Horizonte MG - Mário Silésio: retrospectiva, no MAP
1977 - Belo Horizonte MG - Individual, no Palácio das Artes
1985 - Ouro Preto MG - Individual, na Casa dos Contos
1986 - São Paulo SP - Individual, no Palácio das Artes
Exposições Coletivas
1948 - Rio de Janeiro RJ - Alunos da Escola Guignard, no IAB/RJ
1949 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Moderna - menção honrosa
1950 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Arte Moderna - medalha de bronze
1951 - Belo Horizonte MG - Coletiva, na Escola de Belas Artes
1952 - Uberaba MG - Primeira Semana de Arte Moderna em Uberaba - medalha de ouro e Prêmio Honório Esteves
1956 - América do Sul e Europa - Coletiva itinerante de artistas brasileiros contemporâneos, organizada pelo MAM/RJ
1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, na Kunsthaus.
1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição, na Piccola Galeria
1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1962 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1966 - Estados Unidos - Coletiva 7 Artistas Mineiros, na Art Gallery of The Brazilian American Cultural Institute
1976 - Belo Horizonte MG - Exposição dos Murais das Escolas Municipais de Belo Horizonte
1977 - São Paulo SP - Panorama da Pintura Contemporânea, no MAM/SP
1981 - Belo Horizonte MG - Alunos de Guignard, na Itaugaleria
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica, na Galeria Edifício Gilberto Chateaubriand
Exposições Póstumas
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1996 - Belo Horizonte MG - Consolidação da Modernidade em Belo Horizonte, no MAP
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
2001 - Fortaleza CE - Retratos: Belchior visto por grandes nomes e por ele mesmo, no Centro Cultural Oboé
2003 - Rio de Janeiro RJ - Belchior: retratos e auto-retratos, no Centro Cultural da Justiça Federal
2003 - Rio de Janeiro RJ - Ordem x Liberdade, no MAM/RJ
2004 - Belo Horizonte MG - Pampulha, Obra Colecionada: 1943-2003, no MAP
Fonte: MÁRIO Silésio. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 13 de Mar. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia oficial
Mário Silésio em curvas, retas, cores, telas e faixadas
Mineiro de Pará de Minas, nascido em 13 de maio de 1913, Mário Silésio de Araújo Milton, o Mário Silésio, compreendeu em sua forma mais sensível o ofício de um artista plástico, reconhecido por seu talento versátil, de traços desordenados, fortes e de cores vivas. Desenhista, vitralista e pintor, antes de descobrir-se artista, Silésio cursou Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), entre 1930 e 1935. Anos depois não esquivou-se de seu destino, intrínseco a sua alma, iniciando o curso de Pintura e Desenho, na renomada Escola de Belas Artes de Belo Horizonte – a Escola Guignard, onde foi aluno do próprio Alberto da Veiga Guignard e do famoso escultor Franz Weissmann.
Guignard influência do mestre
Influenciado por seu mestre, Guignard, Mário Silésio rompeu a vocação pela pintura tradicionalista da arte em Minas Gerais, levando à risca os ensinamentos da Escola de Belas Artes e revolucionou com seu trabalho livre, abstrato e despojado de formas. Em plena descoberta da arte moderna, Silésio sintetizou em suas obras a liberdade e a disciplina, sem inibições, experimentando um novo processo criativo.
1964 Arte poética
Bolsista em Paris, na França, frequentou as aulas de André Lhote, encontrando inspiração para retomar ao Brasil e eternizar nas faixadas de edifícios da capital mineira sua arte poética, densa e de tamanha vitalidade em cores e traços longínguos. Mário Silésio solidificou sua arte, também, nos vitrais da Igreja dos Ferros, em 1964, e no Clube dos Engenheiros, em Araruma/RJ.
Década de 60 no Brasil e no Mundo
Durante a década de 60, Mário Silésio despontou com sua arte e concretizou inúmeras obras em tela, vitrais e faixadas, que podem ser apreciadas em diferentes estados brasileiros. Atualmente suas obras são requeridas em importantes leilões no Brasil e exterior. Em Belo Horizonte/MG, o artista ousou deixando sua assinatura em diversos edifícios públicos, hoje vislumbrados com saudosismo pelos amantes das artes plásticas.
1990 Eternizado
Em 1990 Mário Silésio faleceu deixando sua significativa herança cultural. Como homenagem, de 1994 a 2004, a ‘Exposição Póstuma’ do artista percorreu capitais como Fortaleza/CE, Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP. Para os críticos, Mário Silésio é um artista equilibrado, contudo, que fomentou em suas obras seu prazer lúdico e inquieto, com total domínio da técnica e sensibilidade cromática.
Prêmios
1952 – 1953 (Premiado no I e II SNAM, RJ)
1962 – São Paulo SP – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
Fonte: Site oficial Mário Silésio, consultado pela última vez em 12 de março de 2021.