Miguel Domingos dos Santos (Caruaru, PE, 03 de Novembro de 1944), mais conhecido como Miguel dos Santos, é um artista plástico brasileiro versátil que pinta e esculpe peças em cerâmica, mármore e madeira. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Já participou de dezenas de exposições individuais e coletivas em importantes galerias e museus no Brasil e no exterior. Sua arte contempla o realismo mágico, personagens da cultura nordestina e entre outras figuras míticas.
Biografia
Miguel Domingos dos Santos é um multiartista. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Seu interesse pelas artes plásticas veio desde os 4 anos de idade, quando frequentava a Feira de Caruaru com o avô.
No local, o menino observava com sensibilidade o tabuleiro do Mestre Vitalino, um destacado artesão que retratava em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino.
Autodidata, Miguel se tornou escultor e desenhista sem nunca abandonar esse universo estruturado em raízes brasileiras.
Suas peças são feitas com o barro da própria região onde trabalha e queimadas em forno de alta temperatura. Inicialmente pintor, se dedicou também à cerâmica.
Desde 1960 vive em João Pessoa, onde participou da sua primeira mostra coletiva, no Teatro Santa Rosa.
Oito anos após se mudar para a capital paraibana, o artista inaugurou sua primeira exposição, no Departamento Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Em 1970, expôs na Galeria Negra Fulô, em Recife, Pernambuco, passando nos anos seguintes a ter trabalhos em diversas capitais brasileiras, como Natal, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com destaque, nesta última cidade, para as mostras na Galeria Bonino nos anos de 1972, 1975, 1978, 1980 e 1986.
Em 1994, conquistou a Bolsa Vitae de Artes Plásticas, que ajudava a desenvolver projetos artísticos no Brasil.
Durante os anos de 1970 e 1990, Miguel dos Santos participou de diversas exposições nacionais e no exterior.
Suas obras estiveram presentes ainda na Galeria Lúcio M. Rodrigues, em Miami, no ano de 1995; no Atelier Galeria de Arte Marlene Galvão de Natal, no Rio Grande do Norte, em 2002; e na Galeria Gamela, em João Pessoa, no mesmo ano.
Historiadores como Clarival Prado Valladares acreditam que a arte de Miguel dos Santos tem como referência a cultura de povos do norte da África. Essa influência pode ser percebida em obras como a confecção de máscaras ritualísticas.
O esmero, a técnica singular de modelagem e de decoração estão presentes desde peças de pequeno porte até aos totens que chegam a medir três metros de altura.
Há também monumentos voltados para o realismo mágico.
Apaixonado pelos mitos da região Nordeste do Brasil, onde explora a composição de figuras como animais míticos e deuses, que são esculpidos em materiais como mármore e madeira.
O terceiro tripé das referências de Miguel dos Santos é a arte erudita de Aleijadinho, consagrado escultor do barroco brasileiro.
Integrou o Movimento Armonial, criado pelo escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, junto com outros artistas e intelectuais nordestinos.
Miguel é autor de um magnífico painel cerâmico na fachada da sede do edifício da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba e três de seus totens decoram os jardins do Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro.
No ano de 2009, a pedido da Prefeitura de João Pessoa, o artista criou a escultura “A Pedra do Reino”, localizada no Parque Solón de Lucena, que é um dos mais importantes cartões postais da cidade. A peça foi uma homenagem a Ariano Suassuna.
Em entrevista, Ariano elogiou o escultor. “Os nordestinos vão levando adiante seu trabalho criador de modo cada vez mais atuante, mais profundo, mais ligado às raízes da cultura brasileira. O melhor, porém, é que escritores ou artistas como Miguel dos Santos, para ficar só no seu caso não se contentam em repetir o que os regionalistas e modernistas fizeram: vão adiante, abrindo novos caminhos ou levando outros no sentido diferente”, afirmou.
Em 2015, o escultor foi convidado pela BArte Galeria, em Recife, para expor o projeto “Miguel dos Santos em Obras de Pequenos Formatos”, composto por dez quadros em óleo sobre tela e 30 peças, entre pratos, placas e vasos, com tamanhos entre 25 cm e 40 cm. Os trabalhos foram mais uma vez influenciados pela arte tradicional do Mestre Vitalino e das culturas arcaicas, indígena e africana.
Para Miguel, a sua relação com a arte é diferente, ele diz que "nasceu contaminado de arte" e que "a arte pulou em cima dele e o comanda até hoje". O artista acredita que a sua arte vem sempre de uma força maior, que atua e dissipa isso, sobre ele. Ele acredita que a arte é um produto da alma e tem a função de iluminar o ambiente e dar sustentação de fé sobre uma pessoa, dando-lhes esperança.
Fonte: Paraíba Criativa, consultado pela última vez em 29 de Novembro de 2021.
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Exposições Individuais
1968 - Miguel dos Santos (1968 : João Pessoa, PB : Galeria Celina)
1970 - Individual de Miguel dos Santos
1972 - Miguel dos Santos (1972 : Rio de Janeiro, RJ)
1976 - Miguel dos Santos (1976 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos (1982 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos: esculturas, pinturas, desenhos (1982 : São Paulo, SP)
1986 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica (1986 : Rio de Janeiro, RJ)
09/09/1987 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica
13/08/2001 - Individual de Miguel dos Santos
Exposições Coletivas
1972 - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois
30/07/1973 - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
11/03/1976 - Arte Agora I
01/10/1977 - 14ª Bienal Internacional de São Paulo
1980 - 20 Pintores Brasileños
09/12/1981 - Múltiplas Tendências
1981 - 10 Artistas Brasileños
19/11/1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
27/08/1987 - 2ª Mostra M.O.A. de Cerâmica Contemporânea
03/10/1988 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
18/02/1989 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
06/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
08/08/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
10/01/1991 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
05/04/1991 - Nordeste Contemporâneo: 11 artistas
25/11/1993 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
1995 - Brasil-Japão Arte
01/08/1996 - Natureza Humana
06/08/1998 - Sete Mostras Especiais
10/03/1999 - A Ressacralização da Arte
20/01/2000 - 9º Salão Municipal de Artes Plásticas
08/2000 - Entre Séculos
18/09/2003 - Humanidades
10/03/2005 - Arte Cerâmica
20/10/2005 - A Reunião
10/04/2015 - Arte do Brasil no Século 20
Fonte: MIGUEL dos Santos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Consultado pela última vez em: 29 de novembro de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito Fotográfico: Instagram do Artista, consultado pela última vez em 29 de novembro de 2021.
Miguel Domingos dos Santos (Caruaru, PE, 03 de Novembro de 1944), mais conhecido como Miguel dos Santos, é um artista plástico brasileiro versátil que pinta e esculpe peças em cerâmica, mármore e madeira. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Já participou de dezenas de exposições individuais e coletivas em importantes galerias e museus no Brasil e no exterior. Sua arte contempla o realismo mágico, personagens da cultura nordestina e entre outras figuras míticas.
Biografia
Miguel Domingos dos Santos é um multiartista. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Seu interesse pelas artes plásticas veio desde os 4 anos de idade, quando frequentava a Feira de Caruaru com o avô.
No local, o menino observava com sensibilidade o tabuleiro do Mestre Vitalino, um destacado artesão que retratava em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino.
Autodidata, Miguel se tornou escultor e desenhista sem nunca abandonar esse universo estruturado em raízes brasileiras.
Suas peças são feitas com o barro da própria região onde trabalha e queimadas em forno de alta temperatura. Inicialmente pintor, se dedicou também à cerâmica.
Desde 1960 vive em João Pessoa, onde participou da sua primeira mostra coletiva, no Teatro Santa Rosa.
Oito anos após se mudar para a capital paraibana, o artista inaugurou sua primeira exposição, no Departamento Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Em 1970, expôs na Galeria Negra Fulô, em Recife, Pernambuco, passando nos anos seguintes a ter trabalhos em diversas capitais brasileiras, como Natal, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com destaque, nesta última cidade, para as mostras na Galeria Bonino nos anos de 1972, 1975, 1978, 1980 e 1986.
Em 1994, conquistou a Bolsa Vitae de Artes Plásticas, que ajudava a desenvolver projetos artísticos no Brasil.
Durante os anos de 1970 e 1990, Miguel dos Santos participou de diversas exposições nacionais e no exterior.
Suas obras estiveram presentes ainda na Galeria Lúcio M. Rodrigues, em Miami, no ano de 1995; no Atelier Galeria de Arte Marlene Galvão de Natal, no Rio Grande do Norte, em 2002; e na Galeria Gamela, em João Pessoa, no mesmo ano.
Historiadores como Clarival Prado Valladares acreditam que a arte de Miguel dos Santos tem como referência a cultura de povos do norte da África. Essa influência pode ser percebida em obras como a confecção de máscaras ritualísticas.
O esmero, a técnica singular de modelagem e de decoração estão presentes desde peças de pequeno porte até aos totens que chegam a medir três metros de altura.
Há também monumentos voltados para o realismo mágico.
Apaixonado pelos mitos da região Nordeste do Brasil, onde explora a composição de figuras como animais míticos e deuses, que são esculpidos em materiais como mármore e madeira.
O terceiro tripé das referências de Miguel dos Santos é a arte erudita de Aleijadinho, consagrado escultor do barroco brasileiro.
Integrou o Movimento Armonial, criado pelo escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, junto com outros artistas e intelectuais nordestinos.
Miguel é autor de um magnífico painel cerâmico na fachada da sede do edifício da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba e três de seus totens decoram os jardins do Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro.
No ano de 2009, a pedido da Prefeitura de João Pessoa, o artista criou a escultura “A Pedra do Reino”, localizada no Parque Solón de Lucena, que é um dos mais importantes cartões postais da cidade. A peça foi uma homenagem a Ariano Suassuna.
Em entrevista, Ariano elogiou o escultor. “Os nordestinos vão levando adiante seu trabalho criador de modo cada vez mais atuante, mais profundo, mais ligado às raízes da cultura brasileira. O melhor, porém, é que escritores ou artistas como Miguel dos Santos, para ficar só no seu caso não se contentam em repetir o que os regionalistas e modernistas fizeram: vão adiante, abrindo novos caminhos ou levando outros no sentido diferente”, afirmou.
Em 2015, o escultor foi convidado pela BArte Galeria, em Recife, para expor o projeto “Miguel dos Santos em Obras de Pequenos Formatos”, composto por dez quadros em óleo sobre tela e 30 peças, entre pratos, placas e vasos, com tamanhos entre 25 cm e 40 cm. Os trabalhos foram mais uma vez influenciados pela arte tradicional do Mestre Vitalino e das culturas arcaicas, indígena e africana.
Para Miguel, a sua relação com a arte é diferente, ele diz que "nasceu contaminado de arte" e que "a arte pulou em cima dele e o comanda até hoje". O artista acredita que a sua arte vem sempre de uma força maior, que atua e dissipa isso, sobre ele. Ele acredita que a arte é um produto da alma e tem a função de iluminar o ambiente e dar sustentação de fé sobre uma pessoa, dando-lhes esperança.
Fonte: Paraíba Criativa, consultado pela última vez em 29 de Novembro de 2021.
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Exposições Individuais
1968 - Miguel dos Santos (1968 : João Pessoa, PB : Galeria Celina)
1970 - Individual de Miguel dos Santos
1972 - Miguel dos Santos (1972 : Rio de Janeiro, RJ)
1976 - Miguel dos Santos (1976 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos (1982 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos: esculturas, pinturas, desenhos (1982 : São Paulo, SP)
1986 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica (1986 : Rio de Janeiro, RJ)
09/09/1987 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica
13/08/2001 - Individual de Miguel dos Santos
Exposições Coletivas
1972 - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois
30/07/1973 - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
11/03/1976 - Arte Agora I
01/10/1977 - 14ª Bienal Internacional de São Paulo
1980 - 20 Pintores Brasileños
09/12/1981 - Múltiplas Tendências
1981 - 10 Artistas Brasileños
19/11/1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
27/08/1987 - 2ª Mostra M.O.A. de Cerâmica Contemporânea
03/10/1988 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
18/02/1989 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
06/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
08/08/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
10/01/1991 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
05/04/1991 - Nordeste Contemporâneo: 11 artistas
25/11/1993 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
1995 - Brasil-Japão Arte
01/08/1996 - Natureza Humana
06/08/1998 - Sete Mostras Especiais
10/03/1999 - A Ressacralização da Arte
20/01/2000 - 9º Salão Municipal de Artes Plásticas
08/2000 - Entre Séculos
18/09/2003 - Humanidades
10/03/2005 - Arte Cerâmica
20/10/2005 - A Reunião
10/04/2015 - Arte do Brasil no Século 20
Fonte: MIGUEL dos Santos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Consultado pela última vez em: 29 de novembro de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito Fotográfico: Instagram do Artista, consultado pela última vez em 29 de novembro de 2021.
Miguel Domingos dos Santos (Caruaru, PE, 03 de Novembro de 1944), mais conhecido como Miguel dos Santos, é um artista plástico brasileiro versátil que pinta e esculpe peças em cerâmica, mármore e madeira. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Já participou de dezenas de exposições individuais e coletivas em importantes galerias e museus no Brasil e no exterior. Sua arte contempla o realismo mágico, personagens da cultura nordestina e entre outras figuras míticas.
Biografia
Miguel Domingos dos Santos é um multiartista. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Seu interesse pelas artes plásticas veio desde os 4 anos de idade, quando frequentava a Feira de Caruaru com o avô.
No local, o menino observava com sensibilidade o tabuleiro do Mestre Vitalino, um destacado artesão que retratava em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino.
Autodidata, Miguel se tornou escultor e desenhista sem nunca abandonar esse universo estruturado em raízes brasileiras.
Suas peças são feitas com o barro da própria região onde trabalha e queimadas em forno de alta temperatura. Inicialmente pintor, se dedicou também à cerâmica.
Desde 1960 vive em João Pessoa, onde participou da sua primeira mostra coletiva, no Teatro Santa Rosa.
Oito anos após se mudar para a capital paraibana, o artista inaugurou sua primeira exposição, no Departamento Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Em 1970, expôs na Galeria Negra Fulô, em Recife, Pernambuco, passando nos anos seguintes a ter trabalhos em diversas capitais brasileiras, como Natal, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com destaque, nesta última cidade, para as mostras na Galeria Bonino nos anos de 1972, 1975, 1978, 1980 e 1986.
Em 1994, conquistou a Bolsa Vitae de Artes Plásticas, que ajudava a desenvolver projetos artísticos no Brasil.
Durante os anos de 1970 e 1990, Miguel dos Santos participou de diversas exposições nacionais e no exterior.
Suas obras estiveram presentes ainda na Galeria Lúcio M. Rodrigues, em Miami, no ano de 1995; no Atelier Galeria de Arte Marlene Galvão de Natal, no Rio Grande do Norte, em 2002; e na Galeria Gamela, em João Pessoa, no mesmo ano.
Historiadores como Clarival Prado Valladares acreditam que a arte de Miguel dos Santos tem como referência a cultura de povos do norte da África. Essa influência pode ser percebida em obras como a confecção de máscaras ritualísticas.
O esmero, a técnica singular de modelagem e de decoração estão presentes desde peças de pequeno porte até aos totens que chegam a medir três metros de altura.
Há também monumentos voltados para o realismo mágico.
Apaixonado pelos mitos da região Nordeste do Brasil, onde explora a composição de figuras como animais míticos e deuses, que são esculpidos em materiais como mármore e madeira.
O terceiro tripé das referências de Miguel dos Santos é a arte erudita de Aleijadinho, consagrado escultor do barroco brasileiro.
Integrou o Movimento Armonial, criado pelo escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, junto com outros artistas e intelectuais nordestinos.
Miguel é autor de um magnífico painel cerâmico na fachada da sede do edifício da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba e três de seus totens decoram os jardins do Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro.
No ano de 2009, a pedido da Prefeitura de João Pessoa, o artista criou a escultura “A Pedra do Reino”, localizada no Parque Solón de Lucena, que é um dos mais importantes cartões postais da cidade. A peça foi uma homenagem a Ariano Suassuna.
Em entrevista, Ariano elogiou o escultor. “Os nordestinos vão levando adiante seu trabalho criador de modo cada vez mais atuante, mais profundo, mais ligado às raízes da cultura brasileira. O melhor, porém, é que escritores ou artistas como Miguel dos Santos, para ficar só no seu caso não se contentam em repetir o que os regionalistas e modernistas fizeram: vão adiante, abrindo novos caminhos ou levando outros no sentido diferente”, afirmou.
Em 2015, o escultor foi convidado pela BArte Galeria, em Recife, para expor o projeto “Miguel dos Santos em Obras de Pequenos Formatos”, composto por dez quadros em óleo sobre tela e 30 peças, entre pratos, placas e vasos, com tamanhos entre 25 cm e 40 cm. Os trabalhos foram mais uma vez influenciados pela arte tradicional do Mestre Vitalino e das culturas arcaicas, indígena e africana.
Para Miguel, a sua relação com a arte é diferente, ele diz que "nasceu contaminado de arte" e que "a arte pulou em cima dele e o comanda até hoje". O artista acredita que a sua arte vem sempre de uma força maior, que atua e dissipa isso, sobre ele. Ele acredita que a arte é um produto da alma e tem a função de iluminar o ambiente e dar sustentação de fé sobre uma pessoa, dando-lhes esperança.
Fonte: Paraíba Criativa, consultado pela última vez em 29 de Novembro de 2021.
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Exposições Individuais
1968 - Miguel dos Santos (1968 : João Pessoa, PB : Galeria Celina)
1970 - Individual de Miguel dos Santos
1972 - Miguel dos Santos (1972 : Rio de Janeiro, RJ)
1976 - Miguel dos Santos (1976 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos (1982 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos: esculturas, pinturas, desenhos (1982 : São Paulo, SP)
1986 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica (1986 : Rio de Janeiro, RJ)
09/09/1987 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica
13/08/2001 - Individual de Miguel dos Santos
Exposições Coletivas
1972 - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois
30/07/1973 - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
11/03/1976 - Arte Agora I
01/10/1977 - 14ª Bienal Internacional de São Paulo
1980 - 20 Pintores Brasileños
09/12/1981 - Múltiplas Tendências
1981 - 10 Artistas Brasileños
19/11/1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
27/08/1987 - 2ª Mostra M.O.A. de Cerâmica Contemporânea
03/10/1988 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
18/02/1989 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
06/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
08/08/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
10/01/1991 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
05/04/1991 - Nordeste Contemporâneo: 11 artistas
25/11/1993 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
1995 - Brasil-Japão Arte
01/08/1996 - Natureza Humana
06/08/1998 - Sete Mostras Especiais
10/03/1999 - A Ressacralização da Arte
20/01/2000 - 9º Salão Municipal de Artes Plásticas
08/2000 - Entre Séculos
18/09/2003 - Humanidades
10/03/2005 - Arte Cerâmica
20/10/2005 - A Reunião
10/04/2015 - Arte do Brasil no Século 20
Fonte: MIGUEL dos Santos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Consultado pela última vez em: 29 de novembro de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito Fotográfico: Instagram do Artista, consultado pela última vez em 29 de novembro de 2021.
Miguel Domingos dos Santos (Caruaru, PE, 03 de Novembro de 1944), mais conhecido como Miguel dos Santos, é um artista plástico brasileiro versátil que pinta e esculpe peças em cerâmica, mármore e madeira. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Já participou de dezenas de exposições individuais e coletivas em importantes galerias e museus no Brasil e no exterior. Sua arte contempla o realismo mágico, personagens da cultura nordestina e entre outras figuras míticas.
Biografia
Miguel Domingos dos Santos é um multiartista. Considerado um dos mais importantes ceramistas do país, tem obras conhecidas em todo mundo. Seu interesse pelas artes plásticas veio desde os 4 anos de idade, quando frequentava a Feira de Caruaru com o avô.
No local, o menino observava com sensibilidade o tabuleiro do Mestre Vitalino, um destacado artesão que retratava em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino.
Autodidata, Miguel se tornou escultor e desenhista sem nunca abandonar esse universo estruturado em raízes brasileiras.
Suas peças são feitas com o barro da própria região onde trabalha e queimadas em forno de alta temperatura. Inicialmente pintor, se dedicou também à cerâmica.
Desde 1960 vive em João Pessoa, onde participou da sua primeira mostra coletiva, no Teatro Santa Rosa.
Oito anos após se mudar para a capital paraibana, o artista inaugurou sua primeira exposição, no Departamento Cultural da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
Em 1970, expôs na Galeria Negra Fulô, em Recife, Pernambuco, passando nos anos seguintes a ter trabalhos em diversas capitais brasileiras, como Natal, Salvador, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro, com destaque, nesta última cidade, para as mostras na Galeria Bonino nos anos de 1972, 1975, 1978, 1980 e 1986.
Em 1994, conquistou a Bolsa Vitae de Artes Plásticas, que ajudava a desenvolver projetos artísticos no Brasil.
Durante os anos de 1970 e 1990, Miguel dos Santos participou de diversas exposições nacionais e no exterior.
Suas obras estiveram presentes ainda na Galeria Lúcio M. Rodrigues, em Miami, no ano de 1995; no Atelier Galeria de Arte Marlene Galvão de Natal, no Rio Grande do Norte, em 2002; e na Galeria Gamela, em João Pessoa, no mesmo ano.
Historiadores como Clarival Prado Valladares acreditam que a arte de Miguel dos Santos tem como referência a cultura de povos do norte da África. Essa influência pode ser percebida em obras como a confecção de máscaras ritualísticas.
O esmero, a técnica singular de modelagem e de decoração estão presentes desde peças de pequeno porte até aos totens que chegam a medir três metros de altura.
Há também monumentos voltados para o realismo mágico.
Apaixonado pelos mitos da região Nordeste do Brasil, onde explora a composição de figuras como animais míticos e deuses, que são esculpidos em materiais como mármore e madeira.
O terceiro tripé das referências de Miguel dos Santos é a arte erudita de Aleijadinho, consagrado escultor do barroco brasileiro.
Integrou o Movimento Armonial, criado pelo escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, junto com outros artistas e intelectuais nordestinos.
Miguel é autor de um magnífico painel cerâmico na fachada da sede do edifício da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba e três de seus totens decoram os jardins do Sítio Burle Marx, no Rio de Janeiro.
No ano de 2009, a pedido da Prefeitura de João Pessoa, o artista criou a escultura “A Pedra do Reino”, localizada no Parque Solón de Lucena, que é um dos mais importantes cartões postais da cidade. A peça foi uma homenagem a Ariano Suassuna.
Em entrevista, Ariano elogiou o escultor. “Os nordestinos vão levando adiante seu trabalho criador de modo cada vez mais atuante, mais profundo, mais ligado às raízes da cultura brasileira. O melhor, porém, é que escritores ou artistas como Miguel dos Santos, para ficar só no seu caso não se contentam em repetir o que os regionalistas e modernistas fizeram: vão adiante, abrindo novos caminhos ou levando outros no sentido diferente”, afirmou.
Em 2015, o escultor foi convidado pela BArte Galeria, em Recife, para expor o projeto “Miguel dos Santos em Obras de Pequenos Formatos”, composto por dez quadros em óleo sobre tela e 30 peças, entre pratos, placas e vasos, com tamanhos entre 25 cm e 40 cm. Os trabalhos foram mais uma vez influenciados pela arte tradicional do Mestre Vitalino e das culturas arcaicas, indígena e africana.
Para Miguel, a sua relação com a arte é diferente, ele diz que "nasceu contaminado de arte" e que "a arte pulou em cima dele e o comanda até hoje". O artista acredita que a sua arte vem sempre de uma força maior, que atua e dissipa isso, sobre ele. Ele acredita que a arte é um produto da alma e tem a função de iluminar o ambiente e dar sustentação de fé sobre uma pessoa, dando-lhes esperança.
Fonte: Paraíba Criativa, consultado pela última vez em 29 de Novembro de 2021.
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Exposições Individuais
1968 - Miguel dos Santos (1968 : João Pessoa, PB : Galeria Celina)
1970 - Individual de Miguel dos Santos
1972 - Miguel dos Santos (1972 : Rio de Janeiro, RJ)
1976 - Miguel dos Santos (1976 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos (1982 : Recife, PE)
1982 - Miguel dos Santos: esculturas, pinturas, desenhos (1982 : São Paulo, SP)
1986 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica (1986 : Rio de Janeiro, RJ)
09/09/1987 - Miguel dos Santos: pintura e cerâmica
13/08/2001 - Individual de Miguel dos Santos
Exposições Coletivas
1972 - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois
30/07/1973 - 22º Salão Nacional de Arte Moderna
11/03/1976 - Arte Agora I
01/10/1977 - 14ª Bienal Internacional de São Paulo
1980 - 20 Pintores Brasileños
09/12/1981 - Múltiplas Tendências
1981 - 10 Artistas Brasileños
19/11/1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1984 - A Cor e o Desenho do Brasil
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27/08/1987 - 2ª Mostra M.O.A. de Cerâmica Contemporânea
03/10/1988 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
18/02/1989 - Os Ritmos e as Formas: arte brasileira contemporânea
06/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
08/08/1990 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
10/01/1991 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
05/04/1991 - Nordeste Contemporâneo: 11 artistas
25/11/1993 - Figurativismo/Abstracionismo: o vermelho na pintura brasileira
1995 - Brasil-Japão Arte
01/08/1996 - Natureza Humana
06/08/1998 - Sete Mostras Especiais
10/03/1999 - A Ressacralização da Arte
20/01/2000 - 9º Salão Municipal de Artes Plásticas
08/2000 - Entre Séculos
18/09/2003 - Humanidades
10/03/2005 - Arte Cerâmica
20/10/2005 - A Reunião
10/04/2015 - Arte do Brasil no Século 20
Fonte: MIGUEL dos Santos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Consultado pela última vez em: 29 de novembro de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito Fotográfico: Instagram do Artista, consultado pela última vez em 29 de novembro de 2021.