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Zé Caboclo

José Antônio da Silva (1921, Caruaru, Brasil — 1973, Caruaru, Brasil), mais conhecido como Zé Caboclo, foi um escultor brasileiro. Conhecido por suas esculturas em barro que retratam o cotidiano nordestino, foi discípulo de Mestre Vitalino, inovou ao estruturar suas peças com arame e criar olhos pintados em alto-relevo. Suas obras integram acervos como o Museu do Barro de Caruaru, o Museu do Homem do Nordeste e o Museu Casa do Pontal.

Zé Caboclo | Arremate Arte

José Antônio da Silva, conhecido artisticamente como Zé Caboclo, nasceu em 1921 no Sítio Ribeira dos Campos, em Caruaru, Pernambuco, uma região que se tornaria um dos maiores polos de arte figurativa em barro do Brasil. Filho de José Joaquim da Silva e da louceira Josefa Maria da Conceição, desde a infância demonstrou grande habilidade manual, moldando brinquedos de barro e desenvolvendo sua própria linguagem artística.

Na década de 1940, Zé Caboclo começou a esculpir de forma mais sistemática, inspirando-se nas tradições populares e na vida cotidiana do Nordeste. Seu contato com o mestre Vitalino Pereira dos Santos, o icônico Mestre Vitalino, e com Manuel Eudócio, seu cunhado e também grande artesão, foi determinante para sua trajetória. Juntos, formaram um trio essencial na consolidação do Alto do Moura como um dos mais importantes centros de arte popular do Brasil.

Diferente de seus contemporâneos, Zé Caboclo inovou na técnica ao usar arame para estruturar suas peças e ao criar uma identidade única para os olhos de suas figuras, que, em vez de serem simples orifícios, eram pintados com um círculo branco e um ponto preto. Suas obras retratavam o cotidiano nordestino, profissões, figuras folclóricas e religiosas, além de personagens idosos, reflexo de sua admiração pelas conversas com os mais velhos.

Casado com Celestina Rodrigues de Oliveira, teve 11 filhos, dos quais oito sobreviveram, e vários seguiram seus passos na cerâmica, dando continuidade ao seu legado. Entre eles, Antônio, Socorro, Carmélia e Marliete se destacaram no cenário da arte popular, criando o grupo Flor do Barro, primeira associação feminina de artesãs do Alto do Moura.

Infelizmente, Zé Caboclo faleceu prematuramente em 1973, vítima de esquistossomose, deixando um legado inestimável para a arte popular brasileira. Suas obras fazem parte de importantes acervos, como o Museu do Barro de Caruaru, o Museu do Homem do Nordeste, o Museu Casa do Pontal, no Rio de Janeiro, e o Museu de Arte Popular de Recife.

Hoje, sua arte continua viva, sendo celebrada por colecionadores, museus e pelo próprio povo do Alto do Moura, que perpetua sua influência na cerâmica figurativa nordestina.

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Ze Caboclo | Arte Popular Brasil

José Antonio da Silva, o Zé Caboclo, nasceu em 1921 em Caruaru, Pernambuco. Zé caboclo foi casado com Celestina Rodrigues de Oliveira, com a qual teve 8 filhos: Paulo, Antonio, José, Horácio, Helena, Socorro, Carmélia e Marliete (As três últimas são renomadas artesãs da nova geração de mestres da arte figurativa popular do Alto do Moura).

Zé caboclo era filho de uma de louçeira (Josefa Maria da Conceição) e desde criança, como era costume na época, modelava o barro para fazer seus próprios brinquedos. Foi esse seu caminho inicial para se tornar um dos mais conceituados bonequeiros do Alto do Moura. No final da década de 40, juntamente com seu cunhado Manuel Eudócio, começou a acompanhar o Mestre Vitalino na arte de moldar o barro e com eles formou o mais importante trio de artistas populares do Alto do Moura. Dos três, apenas Manuel Eudócio continua trabalhando até hoje.

Em parceria com seu cunhado Manuel, Zé Caboclo inovou técnicas e formas na produção de suas peças. Diferente dos brinquedos que faziam ainda quando crianças, uma das novidades que trouxeram foi a introdução do uso de arame e criação dos olhinhos em alto relevo, ao invés de fazê-los furadinhos. Os olhinhos dos bonecos passaram a ser pintados com pigmento branco e pontinho preto, uma inovação para a época e que continuam sendo utiliza até hoje pelos artesãos de todo o Nordeste.

Além das mudanças impressas no realismo das figuras e cenas mais parecidas, Zé Caboclo destacava em sua produção as figuras de velhos, que era justificada por ele pelo fato de que quando criança gostava de conversar com pessoas idosas. Além disso, de acordo com as tendências do mercado da época modelava médicos, advogados, dentistas, engraxates, lenhadores, sapateiros, pescadores e outros profissionais.

Zé Caboclo faleceu em Caruaru em 1973, vitima de esquistossomose.

A grande maioria de suas obras faz parte de coleções particulares, mas algumas podem ser vistas em alguns museus brasileiros, como: o Museu do Barro (Caruaru), o Museu do Homem do Nordeste (Recife), Museu de Arte Popular (Recife), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro), Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janiero (Rio de Janeiro), dentre outros.

Fonte: Arte Popular Brasil, “Zé Caboclo”. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

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Família Mestre Zé Caboclo | Arte dos Mestres

História da família

José Antônio da Silva (1921–1973), mais conhecido como Zé Caboclo, nasceu em Sítio Ribeira dos Campos, em Caruaru. Por volta dos 7 anos de idade, mudou-se com sua família para o Alto do Moura. Filho de José Joaquim da Silva e da louceira Josefa Maria da Conceição, cresceu vendo a mãe modelar panelas, alguidares e outras louças utilitárias. Como tantas crianças que crescem em comunidades com tradição oleira, desde cedo modelava figurinhas no barro para brincar.

Em 1947, casou-se com Celetista Rodrigues de Oliveira, com quem teve 11 filhos; destes, 3 faleceram em tenra idade. Passou parte da vida trabalhando como agricultor, até a chegada de Mestre Vitalino ao Alto do Moura, no final da década de 1940, vindo da mesma localidade em que Zé Caboclo nascera. Contam que Mestre Vitalino tinha Zé Caboclo em alta estima, considerando-o como seu primo.

Zé Caboclo era inseparável de seu cunhado Manuel Eudócio e, juntos, foram os primeiros aprendizes de Mestre Vitalino na cerâmica figurativa, inserindo inovações à técnica original do mestre, como a utilização de arames na estrutura das figuras e a pintura dos olhos com tinta branca e bolinha preta no lugar dos pequenos orifícios que Vitalino fazia. Desse diálogo e colaboração entre os três, e com outros artesãos que também foram discípulos do mestre, como Zé Rodrigues, Ernestina e Manuel Antônio, surgiu a tradição figurativa em cerâmica do Alto do Moura, mudando completamente a história da vida de seus moradores.

Zé Caboclo repassou seus conhecimentos para os oito filhos, formando uma oficina familiar de modelagem de figuras. Contudo, o aprendizado da cerâmica tinha uma forte relação com o gênero. As filhas aprendiam a modelar o barro primeiro, aos 6 ou 7 anos de idade, pois ficavam em casa ajudando a mãe nos afazeres domésticos. Como conta Socorro Rodrigues:

“Com seis anos eu já estava pegando no barro para fazer meus próprios brinquedos. E logo, uns dois anos depois, eu estava fazendo brinquedinhos, os boizinhos, cavalinhos, tudo quanto é brinquedo de barro, mas já era para vender, para comprar nossos brinquedos, nossos doces quando saímos em dia de domingo, as guloseimas nossas. Por conta que ficava difícil, né? Ele e minha mãe trabalhando… eram oito filhos. Por ser criança, eu fazia as miniaturas, mas depois eu gostei e fui me aperfeiçoando nas miniaturas e até hoje faço.” – Socorro Rodrigues.

Já os filhos homens trabalhavam na roça para compor a renda familiar e cultivar o roçado de subsistência, como milho, batata-doce e macaxeira. Por isso, aprendiam a modelar mais tarde, por volta dos 15 anos, mas não deixavam de ajudar na oficina, buscando lenha para a queima e na pintura das peças. Antônio Rodrigues, por exemplo, lembra que aprendeu a modelar com a irmã Marliete Rodrigues, que, apesar de mais nova, já modelava há mais tempo. A esposa de Zé Caboclo, Celestina, também trabalhava na cerâmica, mas criava miniaturas de panelinhas e louças utilitárias, ofício ao qual se dedicou até seu falecimento.

Atualmente, dos oito filhos, seis dedicam-se à arte figurativa como principal atividade econômica: Paulo Rodrigues da Silva (1950), Antônio Rodrigues da Silva (1951), Maria do Socorro Rodrigues da Silva (1955), Carmélia Rodrigues da Silva (1956), Marliete Rodrigues da Silva (1957) e Horácio Rodrigues da Silva (1965). Além dos filhos, vários netos de Zé Caboclo aprenderam a modelar o barro seguindo os passos da família, mas é Amanda Paes Rodrigues Pereira (1982), filha de Antônio, quem mais tem se destacado.

Zé Caboclo faleceu jovem, aos 53 anos, vítima de esquistossomose, deixando muita saudade:

“E a união, o cuidado que meu pai tinha com a família. Tudo que ele fazia era para a família, né? Para ajudar a família. Era uma pessoa dedicada. Ele gostava muito de fazer trabalho social aqui na comunidade. Ele era católico, participava das festas de igreja, participava da associação. Ele foi sócio de um clube de futebol, que tinha aqui, o Esporte do Alto do Moura. Era uma pessoa atuante, né? Era muito querido aqui por todo mundo.” – Antônio Rodrigues.

Com o falecimento do pai, a família se preocupou em manter a banca na Feira de Caruaru, local onde começou a vender suas peças ao lado da banca de Mestre Vitalino. Mas, aos poucos, a feira deixou de ser um ponto rentável de venda e hoje não é mais frequentada pelos artesãos do Alto do Moura. Com a transformação do Alto do Moura em um polo de arte popular figurativa, os artesãos vendem suas peças em lojinhas-oficinas no próprio bairro, que recebe milhares de turistas e compradores todos os anos. A família Zé Caboclo possui um desses pontos de venda na Rua Mestre Vitalino, com um espaço que funciona como oficina para os irmãos homens. As mulheres preferem modelar em casa e têm outros pontos de venda. Socorro, por exemplo, possui na mesma rua uma loja chamada Ateliê Dona Celestina.

Foram as mulheres da família – Carmélia, Marliete e Socorro – que criaram, junto a outras artesãs, a primeira associação de artesãs mulheres do Alto do Moura. A ideia para fundar o grupo Flor do Barro surgiu em uma caminhada em 2014, enquanto elas conversavam sobre a invisibilidade das mulheres artesãs da cerâmica, geralmente relegadas a ficarem escondidas na cozinha, onde geralmente costumam trabalhar, e suas artes serem consideradas menores. Hoje, cerca de 20 artesãs fazem parte do grupo, que oferece oficinas, busca apoio para projetos e tem a função de fortalecer o trabalho feminino por meio da união afetiva.

Para além do talento e dos conhecimentos que possuem, talvez essa organização e dedicação feminina explique, pelo menos em parte, por que são as mulheres da família as que mais possuem reconhecimento oficial: Marliete Rodrigues recebeu o título de Patrimônio Vivo do estado de Pernambuco em 2021 e Socorro Rodrigues recebeu o título de Notório Saber da Universidade de Pernambuco em 2024.

Obra e processo criativo

Os artesãos da família seguem o trabalho do pai, reproduzindo suas peças e reapropriando-se de temáticas a partir de uma linguagem artística individual. De maneira geral, modelam cenas do cotidiano e da cultura nordestina, como bandas de música, famílias de retirantes, brincadeiras infantis, carros de boi, folguedos e festas populares, profissionais, entre tantas outras. Dos seis filhos, Antônio, Marliete e Socorro possuem os trabalhos mais inovadores, expressando uma reapropriação temática permeada por suas experiências e subjetividades.

Antônio é quem possui o trabalho mais próximo ao do pai. Foi ele quem retomou o tema “A Escola dos Bichos”, relembrando uma peça que Zé Caboclo fez por encomenda a partir de uma imagem enviada por um cliente. Se na peça original os bichos sentam um ao lado do outro em uma grande mesa, à maneira da Santa Ceia, na releitura de Antônio, os animais sentam à mesa redonda. Desdobrando a temática, criou a peça “A Farra dos Bichos”, que retrata animais sentados ao lado de dentro de uma mesa circular se acabando de comer frutas que caem de uma grande árvore localizada ao centro. Antônio também se dedica a modelar os personagens dos reisados e outros folguedos, como o boi-bandeira e o cavalo-marinho, continuando uma inovação de Zé Caboclo, que também era brincante. Em relação ao Maracatu, por exemplo, Zé Caboclo representava a Nação Elefante de Dona Santa, enquanto Antônio prefere modelar a Nação Pernambuco, mais recente.

A produção de miniaturas na família teve início com Socorro. Quando criança, produzia peças pequenas porque eram mais fáceis, mas logo pegou o gosto e assumiu como seu traço individual. É conhecida como a mais perfeccionista da família, produzindo poucas peças por mês, pois se dedica a cada uma com muito esmero. Tem como temática favorita representar o universo lúdico das antigas brincadeiras infantis, como peão, pipa, amarelinha, em um esforço para preservar a memória de algo que diz estar desaparecendo. Também inventou cenas profissionais, como o pipoqueiro.

Marliete começou seu trabalho fazendo peças maiores e é considerada a artista mais ágil da família, sempre com produções muito volumosas. Logo se interessou pelas miniaturas por influência da irmã, revelando grande habilidade para as peças de pequenas dimensões. Ficou conhecida por suas cenas do cotidiano familiar, criadas a partir das lembranças de sua avó. Nelas, a avó alimenta as galinhas, conta histórias para os netos em uma sala ou assistem juntos à televisão.

Curiosamente, foram Socorro e Marliete que criaram, em parceria, os jogos de xadrez com personagens nordestinos a partir do resgate de uma peça que Zé Caboclo criou a pedido de um cliente. Modelaram variações do jogo, com peças representando Padre Cícero, Lampião, Maria Bonita e os cangaceiros, cactos, bois e personagens do reisado e do cavalo-marinho. O jogo se tornou um sucesso e passou a ser reproduzido por outros membros da família e artesãos do Alto do Moura.

A argila é comprada da Associação dos Artesãos e Artesãs em Barro e Moradores do Alto do Moura e é retirada das margens do rio Ipojuca, que passa próximo ao bairro. Vem de um barreiro cujo terreno foi comprado pela prefeitura de Caruaru com o objetivo de garantir a matéria-prima para a produção dos artesãos. Como esse barro precisa ser processado em casa, algumas vezes as artesãs da família que trabalham com miniaturas preferem comprar o barro já preparado, pulando uma etapa de trabalho.

Depois de modeladas, as peças só são queimadas em fornos a lenha depois de estarem completamente secas. A família detém, há muitos anos, o conhecimento preciso para produzir as peças com o mínimo de perda possível. Depois de queimadas, são pintadas com esmalte sintético, etapa muito trabalhosa devido à diversidade de cores e riquezas de detalhes.

Fonte: Arte dos Mestres. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

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Família Zé Caboclo mostra sua arte no Centro Nacional de Folclore e Cultura | IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, o Iphan e o Ministério da Cultura vão inaugurou no dia 29 de maio, quinta-feira, às 17h, na Sala do Artista Popular, no Rio de Janeiro, a exposição Família Zé Caboclo, onde os visitantes puderam apreciar e comprar a arte figurativa em cerâmica de filhos e netos de Zé Caboclo, de Caruaru, Pernambuco, um dos mais significativos centros de irradiação das artes populares do país. A mostra ficou em cartaz até 29 de junho de 2008.

Filho de José Joaquim da Silva e de Josefa Maria da Conceição, José Antônio da Silva, Zé Caboclo, nasceu em 1921, no Alto do Moura, povoado de Caruaru, e faleceu em 1973, deixando viúva Celestina Rodrigues e oito filhos, dos quais sete se mantiveram "na arte", como costumam dizer. Com pleno domínio dos segredos da modelagem, retomam temas consagrados, renovam o repertório, mantendo contato permanente com colecionadores, lojas especializadas e museus. Da experiência de viver num lugar que se constituiu como símbolo das artes visuais populares, onde famílias sobrevivem da modelagem em barro, Marliete Rodrigues, filha mais moça, assinala: "(...) eu gosto muito do Alto do Moura, gosto muito de viver aqui porque eu acho,assim eu vejo um lugar abençoado. Um lugar que foi escolhido mesmo (...) porque a gente não vê aqui ninguém passar necessidade. Artesão passar necessidade como a gente vê em muitos lugares. Pessoas que têm problema com o filho, menino de rua, menino que não tem com o que se ocupar, às vezes, criando problema. A gente vê na televisão, mas, no Alto do Moura a gente não vê isso. As crianças chegam da escola, procuram o barro para brincar. Não é que a gente diga: vá trabalhar que você tem de aprender, você tem de ganhar dinheiro. Ninguém pode exigir de uma criança, né? Mas, eles mesmo procuram mexer como barro para brincar. Tem a Taís que chega da escola, liga: titia, posso ir para a sua casa?"

Zé Caboclo integra, com o cunhado Manuel Eudócio, irmão da esposa, o grupo de artistas populares que floresceu na região a partir dos anos 1950. Deixou a atividade de lavrador quando, ao final dos anos 1940, chegava no Alto do Moura, já festejado nos círculos de artistas e intelectuais eruditos, um novo morador - Mestre Vitalino, Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963). Zé Caboclo iniciava então suas "inventações de motivos de boneco" criando um repertório singular da arte figurativa em cerâmica, no qual sobressai o notável "Cortejo de Maracatu", entre outras peças que integram as mais importantes coleções de arte popular.

Fonte: IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, “Família Zé Caboclo mostra sua arte no Centro Nacional de Folclore e Cultura”. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

Crédito fotográfico: Brasileirinho, Zé Caboclo. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

José Antônio da Silva (1921, Caruaru, Brasil — 1973, Caruaru, Brasil), mais conhecido como Zé Caboclo, foi um escultor brasileiro. Conhecido por suas esculturas em barro que retratam o cotidiano nordestino, foi discípulo de Mestre Vitalino, inovou ao estruturar suas peças com arame e criar olhos pintados em alto-relevo. Suas obras integram acervos como o Museu do Barro de Caruaru, o Museu do Homem do Nordeste e o Museu Casa do Pontal.

Zé Caboclo

José Antônio da Silva (1921, Caruaru, Brasil — 1973, Caruaru, Brasil), mais conhecido como Zé Caboclo, foi um escultor brasileiro. Conhecido por suas esculturas em barro que retratam o cotidiano nordestino, foi discípulo de Mestre Vitalino, inovou ao estruturar suas peças com arame e criar olhos pintados em alto-relevo. Suas obras integram acervos como o Museu do Barro de Caruaru, o Museu do Homem do Nordeste e o Museu Casa do Pontal.

Zé Caboclo | Arremate Arte

José Antônio da Silva, conhecido artisticamente como Zé Caboclo, nasceu em 1921 no Sítio Ribeira dos Campos, em Caruaru, Pernambuco, uma região que se tornaria um dos maiores polos de arte figurativa em barro do Brasil. Filho de José Joaquim da Silva e da louceira Josefa Maria da Conceição, desde a infância demonstrou grande habilidade manual, moldando brinquedos de barro e desenvolvendo sua própria linguagem artística.

Na década de 1940, Zé Caboclo começou a esculpir de forma mais sistemática, inspirando-se nas tradições populares e na vida cotidiana do Nordeste. Seu contato com o mestre Vitalino Pereira dos Santos, o icônico Mestre Vitalino, e com Manuel Eudócio, seu cunhado e também grande artesão, foi determinante para sua trajetória. Juntos, formaram um trio essencial na consolidação do Alto do Moura como um dos mais importantes centros de arte popular do Brasil.

Diferente de seus contemporâneos, Zé Caboclo inovou na técnica ao usar arame para estruturar suas peças e ao criar uma identidade única para os olhos de suas figuras, que, em vez de serem simples orifícios, eram pintados com um círculo branco e um ponto preto. Suas obras retratavam o cotidiano nordestino, profissões, figuras folclóricas e religiosas, além de personagens idosos, reflexo de sua admiração pelas conversas com os mais velhos.

Casado com Celestina Rodrigues de Oliveira, teve 11 filhos, dos quais oito sobreviveram, e vários seguiram seus passos na cerâmica, dando continuidade ao seu legado. Entre eles, Antônio, Socorro, Carmélia e Marliete se destacaram no cenário da arte popular, criando o grupo Flor do Barro, primeira associação feminina de artesãs do Alto do Moura.

Infelizmente, Zé Caboclo faleceu prematuramente em 1973, vítima de esquistossomose, deixando um legado inestimável para a arte popular brasileira. Suas obras fazem parte de importantes acervos, como o Museu do Barro de Caruaru, o Museu do Homem do Nordeste, o Museu Casa do Pontal, no Rio de Janeiro, e o Museu de Arte Popular de Recife.

Hoje, sua arte continua viva, sendo celebrada por colecionadores, museus e pelo próprio povo do Alto do Moura, que perpetua sua influência na cerâmica figurativa nordestina.

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Ze Caboclo | Arte Popular Brasil

José Antonio da Silva, o Zé Caboclo, nasceu em 1921 em Caruaru, Pernambuco. Zé caboclo foi casado com Celestina Rodrigues de Oliveira, com a qual teve 8 filhos: Paulo, Antonio, José, Horácio, Helena, Socorro, Carmélia e Marliete (As três últimas são renomadas artesãs da nova geração de mestres da arte figurativa popular do Alto do Moura).

Zé caboclo era filho de uma de louçeira (Josefa Maria da Conceição) e desde criança, como era costume na época, modelava o barro para fazer seus próprios brinquedos. Foi esse seu caminho inicial para se tornar um dos mais conceituados bonequeiros do Alto do Moura. No final da década de 40, juntamente com seu cunhado Manuel Eudócio, começou a acompanhar o Mestre Vitalino na arte de moldar o barro e com eles formou o mais importante trio de artistas populares do Alto do Moura. Dos três, apenas Manuel Eudócio continua trabalhando até hoje.

Em parceria com seu cunhado Manuel, Zé Caboclo inovou técnicas e formas na produção de suas peças. Diferente dos brinquedos que faziam ainda quando crianças, uma das novidades que trouxeram foi a introdução do uso de arame e criação dos olhinhos em alto relevo, ao invés de fazê-los furadinhos. Os olhinhos dos bonecos passaram a ser pintados com pigmento branco e pontinho preto, uma inovação para a época e que continuam sendo utiliza até hoje pelos artesãos de todo o Nordeste.

Além das mudanças impressas no realismo das figuras e cenas mais parecidas, Zé Caboclo destacava em sua produção as figuras de velhos, que era justificada por ele pelo fato de que quando criança gostava de conversar com pessoas idosas. Além disso, de acordo com as tendências do mercado da época modelava médicos, advogados, dentistas, engraxates, lenhadores, sapateiros, pescadores e outros profissionais.

Zé Caboclo faleceu em Caruaru em 1973, vitima de esquistossomose.

A grande maioria de suas obras faz parte de coleções particulares, mas algumas podem ser vistas em alguns museus brasileiros, como: o Museu do Barro (Caruaru), o Museu do Homem do Nordeste (Recife), Museu de Arte Popular (Recife), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro), Museu de História e Arte do Estado do Rio de Janiero (Rio de Janeiro), dentre outros.

Fonte: Arte Popular Brasil, “Zé Caboclo”. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

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Família Mestre Zé Caboclo | Arte dos Mestres

História da família

José Antônio da Silva (1921–1973), mais conhecido como Zé Caboclo, nasceu em Sítio Ribeira dos Campos, em Caruaru. Por volta dos 7 anos de idade, mudou-se com sua família para o Alto do Moura. Filho de José Joaquim da Silva e da louceira Josefa Maria da Conceição, cresceu vendo a mãe modelar panelas, alguidares e outras louças utilitárias. Como tantas crianças que crescem em comunidades com tradição oleira, desde cedo modelava figurinhas no barro para brincar.

Em 1947, casou-se com Celetista Rodrigues de Oliveira, com quem teve 11 filhos; destes, 3 faleceram em tenra idade. Passou parte da vida trabalhando como agricultor, até a chegada de Mestre Vitalino ao Alto do Moura, no final da década de 1940, vindo da mesma localidade em que Zé Caboclo nascera. Contam que Mestre Vitalino tinha Zé Caboclo em alta estima, considerando-o como seu primo.

Zé Caboclo era inseparável de seu cunhado Manuel Eudócio e, juntos, foram os primeiros aprendizes de Mestre Vitalino na cerâmica figurativa, inserindo inovações à técnica original do mestre, como a utilização de arames na estrutura das figuras e a pintura dos olhos com tinta branca e bolinha preta no lugar dos pequenos orifícios que Vitalino fazia. Desse diálogo e colaboração entre os três, e com outros artesãos que também foram discípulos do mestre, como Zé Rodrigues, Ernestina e Manuel Antônio, surgiu a tradição figurativa em cerâmica do Alto do Moura, mudando completamente a história da vida de seus moradores.

Zé Caboclo repassou seus conhecimentos para os oito filhos, formando uma oficina familiar de modelagem de figuras. Contudo, o aprendizado da cerâmica tinha uma forte relação com o gênero. As filhas aprendiam a modelar o barro primeiro, aos 6 ou 7 anos de idade, pois ficavam em casa ajudando a mãe nos afazeres domésticos. Como conta Socorro Rodrigues:

“Com seis anos eu já estava pegando no barro para fazer meus próprios brinquedos. E logo, uns dois anos depois, eu estava fazendo brinquedinhos, os boizinhos, cavalinhos, tudo quanto é brinquedo de barro, mas já era para vender, para comprar nossos brinquedos, nossos doces quando saímos em dia de domingo, as guloseimas nossas. Por conta que ficava difícil, né? Ele e minha mãe trabalhando… eram oito filhos. Por ser criança, eu fazia as miniaturas, mas depois eu gostei e fui me aperfeiçoando nas miniaturas e até hoje faço.” – Socorro Rodrigues.

Já os filhos homens trabalhavam na roça para compor a renda familiar e cultivar o roçado de subsistência, como milho, batata-doce e macaxeira. Por isso, aprendiam a modelar mais tarde, por volta dos 15 anos, mas não deixavam de ajudar na oficina, buscando lenha para a queima e na pintura das peças. Antônio Rodrigues, por exemplo, lembra que aprendeu a modelar com a irmã Marliete Rodrigues, que, apesar de mais nova, já modelava há mais tempo. A esposa de Zé Caboclo, Celestina, também trabalhava na cerâmica, mas criava miniaturas de panelinhas e louças utilitárias, ofício ao qual se dedicou até seu falecimento.

Atualmente, dos oito filhos, seis dedicam-se à arte figurativa como principal atividade econômica: Paulo Rodrigues da Silva (1950), Antônio Rodrigues da Silva (1951), Maria do Socorro Rodrigues da Silva (1955), Carmélia Rodrigues da Silva (1956), Marliete Rodrigues da Silva (1957) e Horácio Rodrigues da Silva (1965). Além dos filhos, vários netos de Zé Caboclo aprenderam a modelar o barro seguindo os passos da família, mas é Amanda Paes Rodrigues Pereira (1982), filha de Antônio, quem mais tem se destacado.

Zé Caboclo faleceu jovem, aos 53 anos, vítima de esquistossomose, deixando muita saudade:

“E a união, o cuidado que meu pai tinha com a família. Tudo que ele fazia era para a família, né? Para ajudar a família. Era uma pessoa dedicada. Ele gostava muito de fazer trabalho social aqui na comunidade. Ele era católico, participava das festas de igreja, participava da associação. Ele foi sócio de um clube de futebol, que tinha aqui, o Esporte do Alto do Moura. Era uma pessoa atuante, né? Era muito querido aqui por todo mundo.” – Antônio Rodrigues.

Com o falecimento do pai, a família se preocupou em manter a banca na Feira de Caruaru, local onde começou a vender suas peças ao lado da banca de Mestre Vitalino. Mas, aos poucos, a feira deixou de ser um ponto rentável de venda e hoje não é mais frequentada pelos artesãos do Alto do Moura. Com a transformação do Alto do Moura em um polo de arte popular figurativa, os artesãos vendem suas peças em lojinhas-oficinas no próprio bairro, que recebe milhares de turistas e compradores todos os anos. A família Zé Caboclo possui um desses pontos de venda na Rua Mestre Vitalino, com um espaço que funciona como oficina para os irmãos homens. As mulheres preferem modelar em casa e têm outros pontos de venda. Socorro, por exemplo, possui na mesma rua uma loja chamada Ateliê Dona Celestina.

Foram as mulheres da família – Carmélia, Marliete e Socorro – que criaram, junto a outras artesãs, a primeira associação de artesãs mulheres do Alto do Moura. A ideia para fundar o grupo Flor do Barro surgiu em uma caminhada em 2014, enquanto elas conversavam sobre a invisibilidade das mulheres artesãs da cerâmica, geralmente relegadas a ficarem escondidas na cozinha, onde geralmente costumam trabalhar, e suas artes serem consideradas menores. Hoje, cerca de 20 artesãs fazem parte do grupo, que oferece oficinas, busca apoio para projetos e tem a função de fortalecer o trabalho feminino por meio da união afetiva.

Para além do talento e dos conhecimentos que possuem, talvez essa organização e dedicação feminina explique, pelo menos em parte, por que são as mulheres da família as que mais possuem reconhecimento oficial: Marliete Rodrigues recebeu o título de Patrimônio Vivo do estado de Pernambuco em 2021 e Socorro Rodrigues recebeu o título de Notório Saber da Universidade de Pernambuco em 2024.

Obra e processo criativo

Os artesãos da família seguem o trabalho do pai, reproduzindo suas peças e reapropriando-se de temáticas a partir de uma linguagem artística individual. De maneira geral, modelam cenas do cotidiano e da cultura nordestina, como bandas de música, famílias de retirantes, brincadeiras infantis, carros de boi, folguedos e festas populares, profissionais, entre tantas outras. Dos seis filhos, Antônio, Marliete e Socorro possuem os trabalhos mais inovadores, expressando uma reapropriação temática permeada por suas experiências e subjetividades.

Antônio é quem possui o trabalho mais próximo ao do pai. Foi ele quem retomou o tema “A Escola dos Bichos”, relembrando uma peça que Zé Caboclo fez por encomenda a partir de uma imagem enviada por um cliente. Se na peça original os bichos sentam um ao lado do outro em uma grande mesa, à maneira da Santa Ceia, na releitura de Antônio, os animais sentam à mesa redonda. Desdobrando a temática, criou a peça “A Farra dos Bichos”, que retrata animais sentados ao lado de dentro de uma mesa circular se acabando de comer frutas que caem de uma grande árvore localizada ao centro. Antônio também se dedica a modelar os personagens dos reisados e outros folguedos, como o boi-bandeira e o cavalo-marinho, continuando uma inovação de Zé Caboclo, que também era brincante. Em relação ao Maracatu, por exemplo, Zé Caboclo representava a Nação Elefante de Dona Santa, enquanto Antônio prefere modelar a Nação Pernambuco, mais recente.

A produção de miniaturas na família teve início com Socorro. Quando criança, produzia peças pequenas porque eram mais fáceis, mas logo pegou o gosto e assumiu como seu traço individual. É conhecida como a mais perfeccionista da família, produzindo poucas peças por mês, pois se dedica a cada uma com muito esmero. Tem como temática favorita representar o universo lúdico das antigas brincadeiras infantis, como peão, pipa, amarelinha, em um esforço para preservar a memória de algo que diz estar desaparecendo. Também inventou cenas profissionais, como o pipoqueiro.

Marliete começou seu trabalho fazendo peças maiores e é considerada a artista mais ágil da família, sempre com produções muito volumosas. Logo se interessou pelas miniaturas por influência da irmã, revelando grande habilidade para as peças de pequenas dimensões. Ficou conhecida por suas cenas do cotidiano familiar, criadas a partir das lembranças de sua avó. Nelas, a avó alimenta as galinhas, conta histórias para os netos em uma sala ou assistem juntos à televisão.

Curiosamente, foram Socorro e Marliete que criaram, em parceria, os jogos de xadrez com personagens nordestinos a partir do resgate de uma peça que Zé Caboclo criou a pedido de um cliente. Modelaram variações do jogo, com peças representando Padre Cícero, Lampião, Maria Bonita e os cangaceiros, cactos, bois e personagens do reisado e do cavalo-marinho. O jogo se tornou um sucesso e passou a ser reproduzido por outros membros da família e artesãos do Alto do Moura.

A argila é comprada da Associação dos Artesãos e Artesãs em Barro e Moradores do Alto do Moura e é retirada das margens do rio Ipojuca, que passa próximo ao bairro. Vem de um barreiro cujo terreno foi comprado pela prefeitura de Caruaru com o objetivo de garantir a matéria-prima para a produção dos artesãos. Como esse barro precisa ser processado em casa, algumas vezes as artesãs da família que trabalham com miniaturas preferem comprar o barro já preparado, pulando uma etapa de trabalho.

Depois de modeladas, as peças só são queimadas em fornos a lenha depois de estarem completamente secas. A família detém, há muitos anos, o conhecimento preciso para produzir as peças com o mínimo de perda possível. Depois de queimadas, são pintadas com esmalte sintético, etapa muito trabalhosa devido à diversidade de cores e riquezas de detalhes.

Fonte: Arte dos Mestres. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

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Família Zé Caboclo mostra sua arte no Centro Nacional de Folclore e Cultura | IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional

O Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular, o Iphan e o Ministério da Cultura vão inaugurou no dia 29 de maio, quinta-feira, às 17h, na Sala do Artista Popular, no Rio de Janeiro, a exposição Família Zé Caboclo, onde os visitantes puderam apreciar e comprar a arte figurativa em cerâmica de filhos e netos de Zé Caboclo, de Caruaru, Pernambuco, um dos mais significativos centros de irradiação das artes populares do país. A mostra ficou em cartaz até 29 de junho de 2008.

Filho de José Joaquim da Silva e de Josefa Maria da Conceição, José Antônio da Silva, Zé Caboclo, nasceu em 1921, no Alto do Moura, povoado de Caruaru, e faleceu em 1973, deixando viúva Celestina Rodrigues e oito filhos, dos quais sete se mantiveram "na arte", como costumam dizer. Com pleno domínio dos segredos da modelagem, retomam temas consagrados, renovam o repertório, mantendo contato permanente com colecionadores, lojas especializadas e museus. Da experiência de viver num lugar que se constituiu como símbolo das artes visuais populares, onde famílias sobrevivem da modelagem em barro, Marliete Rodrigues, filha mais moça, assinala: "(...) eu gosto muito do Alto do Moura, gosto muito de viver aqui porque eu acho,assim eu vejo um lugar abençoado. Um lugar que foi escolhido mesmo (...) porque a gente não vê aqui ninguém passar necessidade. Artesão passar necessidade como a gente vê em muitos lugares. Pessoas que têm problema com o filho, menino de rua, menino que não tem com o que se ocupar, às vezes, criando problema. A gente vê na televisão, mas, no Alto do Moura a gente não vê isso. As crianças chegam da escola, procuram o barro para brincar. Não é que a gente diga: vá trabalhar que você tem de aprender, você tem de ganhar dinheiro. Ninguém pode exigir de uma criança, né? Mas, eles mesmo procuram mexer como barro para brincar. Tem a Taís que chega da escola, liga: titia, posso ir para a sua casa?"

Zé Caboclo integra, com o cunhado Manuel Eudócio, irmão da esposa, o grupo de artistas populares que floresceu na região a partir dos anos 1950. Deixou a atividade de lavrador quando, ao final dos anos 1940, chegava no Alto do Moura, já festejado nos círculos de artistas e intelectuais eruditos, um novo morador - Mestre Vitalino, Vitalino Pereira dos Santos (1909-1963). Zé Caboclo iniciava então suas "inventações de motivos de boneco" criando um repertório singular da arte figurativa em cerâmica, no qual sobressai o notável "Cortejo de Maracatu", entre outras peças que integram as mais importantes coleções de arte popular.

Fonte: IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, “Família Zé Caboclo mostra sua arte no Centro Nacional de Folclore e Cultura”. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

Crédito fotográfico: Brasileirinho, Zé Caboclo. Consultado pela última vez em 13 de fevereiro de 2025.

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