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Tobias Marcier

Filho do pintor e muralista Emeric Marcier (1916-1990). Em 1964, realiza sua primeira exposição individual com esculturas de pedra-sabão na Nova Galeria de Arte do Rio de Janeiro. Em 1968, trabalha como professor de cerâmica em Barbacena. No ano seguinte, muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa a trabalhar com o marchand Paulo Fernandes. Ainda nos anos 1960, funda a Feira de Arte da Praça General Osório, junto com Hugo Bidet (1934-1977) e outros artistas. Em 1970, recebe o convite do arquiteto Edison Musa (1934) para compor sua Via Sacra, esculpida em baixo relevo em mogno maciço. Em 1971, a obra é adquirida pelo Colégio São Luiz de São Paulo.

Dois anos mais tarde, faz sua primeira exposição de pinturas na Galeria Bonino, no Rio de Janeiro. Além do pai, Emeric Marcier, Tobias tem como influências o pintor italiano Giorgio de Chirico (1888-1978) e o brasileiro Ismael Nery (1900-1934). Sua obra é caracterizada pela reprodução de elementos do cotidiano, como figuras humanas, objetos e animais, mesclando símbolos modernos e arcaicos. As cores predominantes em seus quadros são o amarelo, o roxo e o azul. Este cromatismo forma a narrativa do irreal, conferindo às imagens a atmosfera de sonho. A composição é marcada pela heterogeneidade dos elementos, que são trabalhados no ambiente da fábula com cores puras e vivas. Estes aspectos contribuem para formulação de obras compostas por criaturas e coisas que não estão restritas ao que parecem e combinam traços existenciais e espirituais.

Sua trajetória resulta em um conjunto marcado por uma arte pessoal e renovada, que exprime atributos da memória e do fantástico.

Fonte: TOBIAS Marcier. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa426713/tobias-marcier>. Acesso em: 12 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

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Desde pequeno mostrou-se inventivo e interessado em arte, ajudando seu pai no ateliê e confeccionando seus próprios brinquedos e suas ferramentas. Segundo seu irmão Matias, o artista “brincava só, pegando pedaços de vergalhão de ferro, nos quais batia com um martelo até virarem talhadeiras e ponteiras com que esculpia baixos relevos em tijolos maciços, pedra sabão, madeira etc. Daí saiam patinhos, pássaros e outras coisas, que remetiam à arte rupestre.” (Entrevista oral, 2019).

Em 1964, então com 16 anos e autodidata, teve seu talento reconhecido pelo famoso livreiro Trajan Coltescu da Nova Galeria de Arte (no Copacabana Palace), onde expôs seu trabalho escultórico com muito sucesso. Algum tempo depois, passou a dividir sua residência entre o Rio de Janeiro e Barbacena. Desde 1968 Tobias mergulhou na pintura, revelando, igualmente, enorme aptidão e criatividade. Pintava cada vez mais, quase sempre em tinta acrílica sobre tela, com temas figurativos e paisagens oníricas. Nesta época, participou de exposições coletivas nas galerias Irlandini (1969), Montmartre (1970) e Petite Galerie (1972). No mesmo período, fundou, junto com Hugo Bidet e outros artistas, a Feira de Arte da Pça Gal. Osório, hoje transformada na diversificada Feira Hyppie, que já não guarda as mesmas características daquela original, quando reunia bons artistas vendendo suas obras.

Em 1971 surgiu uma encomenda feita pelo arquiteto Edison Musa, de uma via sacra em madeira, realizada para Colégio São Luís, na Av. Paulista, em São Paulo. Sua abnegada dedicação a esta obra “deixou o piso do seu conjugado com 20 cm de lascas de mogno dos entalhes” (nos contou Matias, 2019), fazendo Tobias perceber que a escultura demandava grandes espaços, algo difícil para um jovem artista na cidade grande. Além disso, não havia no Rio de Janeiro a abundância de pedra sabão que há em Minas, seu material preferido para esculpir.

Passou, então, a pintar mais e mais até que, em 1973 realizou a sua primeira exposição individual, na Galeria Bonino, com pinturas expressivas, como a tela “Alegoria da Primavera”, exposta agora na Galeria Evandro Carneiro Arte, dentre outras 44 obras do artista. Em 1974 participou de coletivas na Bolsa de Arte e na Petite Galerie. No ano seguinte, outra mostra individual na Bonino o consagrava como “pintor de narrativas fantásticas” (Antônio Bento, 1973, Catálogo da primeira exposição do artista na Galeria Bonino). Desta feita de 1975, destacamos a apresentação de Roberto Alvin Correa no catálogo da exposição e a obra “Mulher”, também reapresentada aqui. Realizou, ainda, uma individual na Galeria Guignard, em Belo Horizonte (1977), com grande sucesso de crítica e público.

Apesar da inegável dimensão fantástica em sua obra, Tobias também se caracterizou por retratar cenas e personagens de ruas, festas populares e armazéns do interior do Brasil. Além disso, Walmir Ayala nos lembra que havia nele uma “atenção às vozes primeiras, como seu pai, mas com a liberdade prodigiosa de ter sabido verter esta audição em vocabulário pessoal e renovado...” (Walmir Ayala, 1979, Catálogo da exposição do artista na Galeria B 75 Concorde, sua última em vida).

Fonte: https://www.arteinformado.com/guia/f/tobias-marcier-204072 consultado em 12 de março de 2020.

Tobias Marcier

Filho do pintor e muralista Emeric Marcier (1916-1990). Em 1964, realiza sua primeira exposição individual com esculturas de pedra-sabão na Nova Galeria de Arte do Rio de Janeiro. Em 1968, trabalha como professor de cerâmica em Barbacena. No ano seguinte, muda-se para o Rio de Janeiro, onde começa a trabalhar com o marchand Paulo Fernandes. Ainda nos anos 1960, funda a Feira de Arte da Praça General Osório, junto com Hugo Bidet (1934-1977) e outros artistas. Em 1970, recebe o convite do arquiteto Edison Musa (1934) para compor sua Via Sacra, esculpida em baixo relevo em mogno maciço. Em 1971, a obra é adquirida pelo Colégio São Luiz de São Paulo.

Dois anos mais tarde, faz sua primeira exposição de pinturas na Galeria Bonino, no Rio de Janeiro. Além do pai, Emeric Marcier, Tobias tem como influências o pintor italiano Giorgio de Chirico (1888-1978) e o brasileiro Ismael Nery (1900-1934). Sua obra é caracterizada pela reprodução de elementos do cotidiano, como figuras humanas, objetos e animais, mesclando símbolos modernos e arcaicos. As cores predominantes em seus quadros são o amarelo, o roxo e o azul. Este cromatismo forma a narrativa do irreal, conferindo às imagens a atmosfera de sonho. A composição é marcada pela heterogeneidade dos elementos, que são trabalhados no ambiente da fábula com cores puras e vivas. Estes aspectos contribuem para formulação de obras compostas por criaturas e coisas que não estão restritas ao que parecem e combinam traços existenciais e espirituais.

Sua trajetória resulta em um conjunto marcado por uma arte pessoal e renovada, que exprime atributos da memória e do fantástico.

Fonte: TOBIAS Marcier. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa426713/tobias-marcier>. Acesso em: 12 de Mar. 2020. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7

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Desde pequeno mostrou-se inventivo e interessado em arte, ajudando seu pai no ateliê e confeccionando seus próprios brinquedos e suas ferramentas. Segundo seu irmão Matias, o artista “brincava só, pegando pedaços de vergalhão de ferro, nos quais batia com um martelo até virarem talhadeiras e ponteiras com que esculpia baixos relevos em tijolos maciços, pedra sabão, madeira etc. Daí saiam patinhos, pássaros e outras coisas, que remetiam à arte rupestre.” (Entrevista oral, 2019).

Em 1964, então com 16 anos e autodidata, teve seu talento reconhecido pelo famoso livreiro Trajan Coltescu da Nova Galeria de Arte (no Copacabana Palace), onde expôs seu trabalho escultórico com muito sucesso. Algum tempo depois, passou a dividir sua residência entre o Rio de Janeiro e Barbacena. Desde 1968 Tobias mergulhou na pintura, revelando, igualmente, enorme aptidão e criatividade. Pintava cada vez mais, quase sempre em tinta acrílica sobre tela, com temas figurativos e paisagens oníricas. Nesta época, participou de exposições coletivas nas galerias Irlandini (1969), Montmartre (1970) e Petite Galerie (1972). No mesmo período, fundou, junto com Hugo Bidet e outros artistas, a Feira de Arte da Pça Gal. Osório, hoje transformada na diversificada Feira Hyppie, que já não guarda as mesmas características daquela original, quando reunia bons artistas vendendo suas obras.

Em 1971 surgiu uma encomenda feita pelo arquiteto Edison Musa, de uma via sacra em madeira, realizada para Colégio São Luís, na Av. Paulista, em São Paulo. Sua abnegada dedicação a esta obra “deixou o piso do seu conjugado com 20 cm de lascas de mogno dos entalhes” (nos contou Matias, 2019), fazendo Tobias perceber que a escultura demandava grandes espaços, algo difícil para um jovem artista na cidade grande. Além disso, não havia no Rio de Janeiro a abundância de pedra sabão que há em Minas, seu material preferido para esculpir.

Passou, então, a pintar mais e mais até que, em 1973 realizou a sua primeira exposição individual, na Galeria Bonino, com pinturas expressivas, como a tela “Alegoria da Primavera”, exposta agora na Galeria Evandro Carneiro Arte, dentre outras 44 obras do artista. Em 1974 participou de coletivas na Bolsa de Arte e na Petite Galerie. No ano seguinte, outra mostra individual na Bonino o consagrava como “pintor de narrativas fantásticas” (Antônio Bento, 1973, Catálogo da primeira exposição do artista na Galeria Bonino). Desta feita de 1975, destacamos a apresentação de Roberto Alvin Correa no catálogo da exposição e a obra “Mulher”, também reapresentada aqui. Realizou, ainda, uma individual na Galeria Guignard, em Belo Horizonte (1977), com grande sucesso de crítica e público.

Apesar da inegável dimensão fantástica em sua obra, Tobias também se caracterizou por retratar cenas e personagens de ruas, festas populares e armazéns do interior do Brasil. Além disso, Walmir Ayala nos lembra que havia nele uma “atenção às vozes primeiras, como seu pai, mas com a liberdade prodigiosa de ter sabido verter esta audição em vocabulário pessoal e renovado...” (Walmir Ayala, 1979, Catálogo da exposição do artista na Galeria B 75 Concorde, sua última em vida).

Fonte: https://www.arteinformado.com/guia/f/tobias-marcier-204072 consultado em 12 de março de 2020.

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