Gonçalo Ivo (Rio de Janeiro, RJ, 15 de janeiro de 1958) é um pintor, desenhista, gravador, aquarelista, ilustrador, escultor, professor e arquiteto brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Filho do jornalista e poeta Lêdo Ivo (1924-2012) e da professora Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), é influenciado pela circulação dos pais em ambientes culturais. Além de conhecer escritores, frequenta desde criança ateliês de artistas plásticos, como Iberê Camargo (1914-1994). Adolescente, matricula-se em aulas de pintura e de desenho no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM/RJ). As aulas são ministradas pelos artistas Aluísio Carvão (1920-2001) e Campos Mello (1932), que lhe apresentam o que há de mais notável na produção corrente nas artes visuais.
Em 1983, forma-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e, durante a década de 1980, trabalha como ilustrador e designer gráfico para editoras em São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1986, leciona pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) como professor visitante. Estabelece ateliê no bairro de Santa Teresa e também em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, onde reside. Participa de mostras coletivas e Salões de Artes, e integra, em julho de 1984, a exposição Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com outros 123 artistas.
Faz viagens de pesquisa pelo litoral do Brasil, América Latina e Europa desde 1980. Nelas, coleta materiais da natureza, observa e registra a arquitetura vernacular e, nas metrópoles culturais, visita museus. Os primeiros livros sobre sua produção são editados na década de 1990, período de intensa produção e participação do artista em mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Destaque para a exposição no Paço Imperial, Rio de Janeiro; a International Watercolor Exhibition, em Bilbao, Espanha; e a Recent Works, na Lewarne Galleries, em Vancouver, Canadá. Em 2000, passa a viver no interior da França e, em seguida, em Paris. Suas obras fazem parte de acervos do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/SP), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e do Deutsche Bank.
Análise
A obra de Gonçalo Ivo articula-se sobre três elementos fundamentais: a geometria, a cor e o processo de criação. Desde jovem, por meio da coleção de arte do pai, convive com a poética de Alfredo Volpi (1896-1988), Iberê Camargo e Lygia Clark (1920-1988). A geometria presente na obra desses artistas é explorada na formação em arquitetura e urbanismo. Elementos de composição como superfícies, fachadas, azulejaria e paisagem são incorporados em suas pinturas. Na poética de Gonçalo Ivo, a geometria organiza-se de modo impreciso, como uma “arquitetura da favela”1, na qual os elementos compositivos não apontam para um centro, mas se encontram distribuídos como em paisagens.
Os pigmentos são criados como parte do processo artístico: a cor na obra de Ivo não é dada, mas inventada pela investigação dos recursos oferecidos pelos materiais. Como Volpi, Ivo interessa-se pelo uso da têmpera que, somada à tinta óleo e à aquarela, determina a escolha para a produção de sua pintura. O uso da cor é intuitivo, e ela prevalece sobre a grande variedade de estruturas formais, que transitam do transparente ao opaco. Esse conhecimento de materiais revela-se na pintura, ofício entendido como artesania. Ivo associa-se à tradição que considera preponderante o domínio técnico na concepção e no desenvolvimento dos trabalhos. Outras influências, como música e religião, instauram estados contemplativos e harmônicos em sua poética.
A trajetória de Ivo inicia-se no final da década de 1970. Apesar de contemporâneo da chamada “geração 80”, declara nunca sentir-se integrante do grupo de jovens pintores cariocas. Nessa época, sua pintura figurativa destoa do interesse de seus colegas dedicados à abstração. Sua independência artística influencia a decisão de se mudar para a Europa, onde encontra interlocutores – comerciais e intelectuais – para seu trabalho.
A incorporação de objetos em sua obra ocorre em meados da década de 1980, quando aplica pregos a um bloco de madeira encontrado nos arredores de seu ateliê em Teresópolis. Anos depois, cria uma série em que utiliza caixas de charuto como suporte para colagens e pintura. Apesar do uso de suportes alternativos, não considera esses objetos como entidades escultóricas, mas como extensão de sua pintura.
A década de 1990 evidencia o interesse pela pintura primitiva brasileira e africana e pela arte da Oceania. Como exemplo deste período, destaca-se a série Panos da Costa, que apresenta pinturas compostas por padrões quase gráficos devido à repetição de elementos. O termo “pano da costa” faz referência a um tecido utilizado por mulheres africanas como proteção contra o mau-olhado. Nas séries Tissu d’Afrique e Prière, ambas da primeira década dos anos 2000, Gonçalo Ivo amplia a experimentação de materiais: utiliza colagens de papéis estampados e folhas de ouro sobre têmpera. O resultado lembra superfícies têxteis que abrigam ritmos heterogêneos.
As pinturas de Ivo traduzem suas referências e interesses, desde os mestres do passado até as paisagens vernaculares, em uma contundente observação do mundo real.
Críticas
"(...) Podemos situar Gonçalo Ivo, João Magalhães, Carlo Mascarenhas e Livia Flores como integrantes de um grupo de novos artistas que buscam as suas fontes de inspiração diretamente no abstracionismo lírico (João Magalhães) e na geometria sensível (Gonçalo Ivo e Carlo Mascarenhas) dos anos 50. Uma ´sensibilidade´ contemplativa e formal une esses trabalhos que transitam na atmosfera peculiar espiritual e lírica dos anos 50. No entanto, não podemos nos ater somente a esse aspecto na obra desses quatro artistas. O próprio suporte de madeira das pinturas de Gonçalo Ivo, agressivo, contrasta com as formas líricas ali depositadas, e as distorções geométricas das esculturas do Carlo Mascarenhas introduzem uma nota de humor mordaz, estranha às preocupações teóricas das gerações anteriores, dissolvendo de certa forma os contornos rigorosos que guiavam as suas práticas teórico-artísticas. No caso dos três artistas podemos falar de um neo-abstracionismo (lírico ou concreto, pouco importa) que renasce nos anos 80 (...)".
Jorge Guinle (GERAÇÃO 80: núcleo jovem MP2 Arte. Apresentação de Jorge Guinle. Rio de janeiro: MP2 Arte, 1984.)
"Gonçalo Ivo é um artista substancialmente afinado à carapaça dos anos 80. Não porque a sua carreira tenha debutado com uma individual no instante exato da abertura da década e prosseguido a passo intenso durante ela toda, marcando-a a cada avanço com um pouco mais de segura afirmação de linguagem. Tampouco justifica-se defini-lo assim por uma possível militância nas fileiras explícitas da chamada Geração *), cujos ardores juvenis reacenderam momentaneamente as ágoras das galerias e os escaninhos dos jornais: quanto a isto, ele preferiu o silêncio da margem, já avisado de que a sua filiação ao tempo de então correspondia a motivos menos epidérmicos e tonitruantes. (...)".
Roberto Pontual ("Uma pintura de prazer e pudor". In: Gonçalo Ivo. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1990.)
"(...) O gosto pela manipulação da matéria alimenta sua pintura feita de alquímica mutação. A insistente exploração das sutis variações estruturais e cromáticas não visa esgotar, mas confirmar a profusão de possibilidades existente no uso econômico de recursos. Trabalha extensas séries, tanto na aquarela, quanto no óleo. São seqüências experimentais, onde linha e cor estreitamente conjugadas articulam ritmos desdobráveis ao infinito. Cada obra é um segmento de um conjunto hipotético porque sempre passível de ser ampliado. O fluxo da linguagem fica bem exemplificado nos livros de aquarelas onde manchas e grafismos substituem as palavras. A pintura de Gonçalo Ivo insere-se na tradição moderna, na linguagem que remonta Cézanne e Braque e no Brasil, tem em Volpi um paradigma: a construção plástica impregnada de uma realidade pressentida. (...)".
Maria Alice Milliet ("A Poética de Gonçalo Ivo". In: Gonçalo Ivo. São Paulo: Dan Galeria, 1994.)
Exposições Individuais
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Funarte, Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1982 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Galeria Divulgação e Pesquisa
1983 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Contemporânea
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Artespaço Escritório de Arte
1985 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1985 - São Paulo SP - Individual, na Arco Arte Contemporânea
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Candido Mendes. Pequena Galeria
1986 - Vitória ES - Individual, na Universidade Federal do Espírito Santo. Galeria de Arte e Pesquisa
1986 - Vitória ES - Individual, na Usina de Arte Contemporânea
1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Centro Empresarial Rio
1987 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas e objetos, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1988 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, na Galeria Saramenha
1989 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Artespaço Escritório de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Dan Galeria
1994 - São Paulo SP - Individual, na Pinacoteca do Estado
1997 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Paço Imperial
1997 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Dan Galeria
1998 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, no MAM/RJ
1998 - Vancouver (Canadá) - Recent Works, na Lewarne Galleries
1999 - Paris (França) - Fête Brésilienne, na Galerie Flak
1999 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Anita Schwartz Galeria
2000 - São Paulo SP - As Árvores, na Dan Galeria
2001 - Paris (França) - Les temps des arbres, na Galerie Flak
2002 - Veneza (Itália) - Individual, na Venice Design Art Gallery San Samuele
2003 - São Paulo SP - Individual, no Instituto Moreira Salles
2004 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Instituto Moreira Salles
2007 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Dan Galeria
Exposições Coletivas
1978 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes
1979 - Atami (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Kyoto (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - São Paulo SP - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Tokyo (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1980 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Carioca de Arte, no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1982 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Funarte, na Galeria Macunaíma
1982 - Rio de Janeiro RJ - Interiores: homenagem a Jacinto de Morais, no Instituto Italiano de Cultura. Piccolla Galeria
1983 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1983 - Rio de Janeiro RJ - Artes no Parque, na EAV/Parque Lage
1983 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato, na Galeria da UFF
1984 - Cidade do México (México) - Arte Contemporanea en Latino America, na Escuela Nacional de Artes Plásticas
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô - 3º prêmio de desenho
1984 - Rio de Janeiro RJ - Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage
1984 - Rio de Janeiro RJ - Geração 80: núcleo jovem MP2 arte, no MP2 Arte
1984 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1985 - Rio de Janeiro RJ - Nova Geometria, na Galeria Saramenha
1985 - Rio de Janeiro RJ - O Fazer e seus Modos, no Museum
1985 - Rio de Janeiro RJ - Velha Mania: desenho brasileiro, na EAV/Parque Lage
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper (Traveling Exhibition), na Sonoma University
1986 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Contemporary Art Fair
1986 - Nova York (Estados Unidos) - Six Brazilian Artists
1986 - Rio de Janeiro RJ - Arte e Educação; exposição dos trabalhos de professores do MAM, no Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA
1986 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Contemporânea, no MNBA
1986 - Vitória ES - Inaugural Exhibition of Galeria Usina, na Galeria Usina de Arte Contemporânea
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper, na University of Sonoma
1987 - Califórnia (Estados Unidos) - 66º National Watercolor Society
1988 - Brasília, DF - Quatro Abstratos, na Oscar Seraphico Galeria de Arte
1988 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Art Fair
1988 - Memphis (Estados Unidos) - Six Contemporary Brazilian Artists, no Memphis College of Art
1988 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil
1988 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abolição, na Galeria de Arte Ipanema
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Acervo do Centro Cultural Cândido Mendes, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz: pinturas, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1992 - São Paulo SP - Coleção João Sattamini, no CCSP
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Art Chicago 93
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1993 - Paris (França) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Debret
1994 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1994 - Miami (Estados Unidos) - Art Miami 94
1994 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz e Ronaldo Macedo, no Paço Imperial
1995 - Bilbao (Espanha) - International Watercolor Exhibition
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
1996 - Niterói RJ - Inauguração do MAC/Niterói
1996 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Fachadas Imaginárias, nos Arcos da Lapa
1997 - Vancouver (Canadá) - Art 97, no Lewarne Galleries
1997 - Vancouver (Canadá) - Texture and Sensuality, na Lewarne Galleries
1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria
1998 - Vancouver (Canadá) - Art International New York, na Lewarne Galleries
1999 - Grenoble (França) - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Laussanne (Suíça) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Collis
1999 - São Paulo SP - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Rio de Janeiro RJ - Três Anos, na Anita Schwartz Galeria
2000 - Niterói RJ - Pinturas na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial
2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Vinte e Cinco Anos: Galeria de Arte Cândido Mendes, na Galeria Candido Mendes
2004 - Rio de Janeiro RJ - Onde Está Você, Geração 80?, no Centro Cultural do Banco do Brasil
2004 - São Paulo SP - Exposição de Artistas Contemporâneos, no Esporte Clube Sírio
2005 - Curitiba PR - 10 Pintores Brasileiros, na Simões de Assis Galeria de Arte
Fonte: GONÇALO Ivo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 05 de Mar. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do escritor Lêdo Ivo (1924), estudou pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1975, orientado por Aluísio Carvão e Sérgio Campos Melo. Formado em arquitetura pela Universidade Federal Fluminense, foi professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986. Deu aulas como visitante na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ, também em 1986. Trabalhou como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. Faz exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2000, assinou o cenário do programa Metrópolis da TV Cultura. Nesse mesmo ano, montou um ateliê em Paris.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 05 de março de 2017.
Crédito fotográfico: Jornal O Globo
Gonçalo Ivo (Rio de Janeiro, RJ, 15 de janeiro de 1958) é um pintor, desenhista, gravador, aquarelista, ilustrador, escultor, professor e arquiteto brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Filho do jornalista e poeta Lêdo Ivo (1924-2012) e da professora Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), é influenciado pela circulação dos pais em ambientes culturais. Além de conhecer escritores, frequenta desde criança ateliês de artistas plásticos, como Iberê Camargo (1914-1994). Adolescente, matricula-se em aulas de pintura e de desenho no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM/RJ). As aulas são ministradas pelos artistas Aluísio Carvão (1920-2001) e Campos Mello (1932), que lhe apresentam o que há de mais notável na produção corrente nas artes visuais.
Em 1983, forma-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e, durante a década de 1980, trabalha como ilustrador e designer gráfico para editoras em São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1986, leciona pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) como professor visitante. Estabelece ateliê no bairro de Santa Teresa e também em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, onde reside. Participa de mostras coletivas e Salões de Artes, e integra, em julho de 1984, a exposição Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com outros 123 artistas.
Faz viagens de pesquisa pelo litoral do Brasil, América Latina e Europa desde 1980. Nelas, coleta materiais da natureza, observa e registra a arquitetura vernacular e, nas metrópoles culturais, visita museus. Os primeiros livros sobre sua produção são editados na década de 1990, período de intensa produção e participação do artista em mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Destaque para a exposição no Paço Imperial, Rio de Janeiro; a International Watercolor Exhibition, em Bilbao, Espanha; e a Recent Works, na Lewarne Galleries, em Vancouver, Canadá. Em 2000, passa a viver no interior da França e, em seguida, em Paris. Suas obras fazem parte de acervos do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/SP), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e do Deutsche Bank.
Análise
A obra de Gonçalo Ivo articula-se sobre três elementos fundamentais: a geometria, a cor e o processo de criação. Desde jovem, por meio da coleção de arte do pai, convive com a poética de Alfredo Volpi (1896-1988), Iberê Camargo e Lygia Clark (1920-1988). A geometria presente na obra desses artistas é explorada na formação em arquitetura e urbanismo. Elementos de composição como superfícies, fachadas, azulejaria e paisagem são incorporados em suas pinturas. Na poética de Gonçalo Ivo, a geometria organiza-se de modo impreciso, como uma “arquitetura da favela”1, na qual os elementos compositivos não apontam para um centro, mas se encontram distribuídos como em paisagens.
Os pigmentos são criados como parte do processo artístico: a cor na obra de Ivo não é dada, mas inventada pela investigação dos recursos oferecidos pelos materiais. Como Volpi, Ivo interessa-se pelo uso da têmpera que, somada à tinta óleo e à aquarela, determina a escolha para a produção de sua pintura. O uso da cor é intuitivo, e ela prevalece sobre a grande variedade de estruturas formais, que transitam do transparente ao opaco. Esse conhecimento de materiais revela-se na pintura, ofício entendido como artesania. Ivo associa-se à tradição que considera preponderante o domínio técnico na concepção e no desenvolvimento dos trabalhos. Outras influências, como música e religião, instauram estados contemplativos e harmônicos em sua poética.
A trajetória de Ivo inicia-se no final da década de 1970. Apesar de contemporâneo da chamada “geração 80”, declara nunca sentir-se integrante do grupo de jovens pintores cariocas. Nessa época, sua pintura figurativa destoa do interesse de seus colegas dedicados à abstração. Sua independência artística influencia a decisão de se mudar para a Europa, onde encontra interlocutores – comerciais e intelectuais – para seu trabalho.
A incorporação de objetos em sua obra ocorre em meados da década de 1980, quando aplica pregos a um bloco de madeira encontrado nos arredores de seu ateliê em Teresópolis. Anos depois, cria uma série em que utiliza caixas de charuto como suporte para colagens e pintura. Apesar do uso de suportes alternativos, não considera esses objetos como entidades escultóricas, mas como extensão de sua pintura.
A década de 1990 evidencia o interesse pela pintura primitiva brasileira e africana e pela arte da Oceania. Como exemplo deste período, destaca-se a série Panos da Costa, que apresenta pinturas compostas por padrões quase gráficos devido à repetição de elementos. O termo “pano da costa” faz referência a um tecido utilizado por mulheres africanas como proteção contra o mau-olhado. Nas séries Tissu d’Afrique e Prière, ambas da primeira década dos anos 2000, Gonçalo Ivo amplia a experimentação de materiais: utiliza colagens de papéis estampados e folhas de ouro sobre têmpera. O resultado lembra superfícies têxteis que abrigam ritmos heterogêneos.
As pinturas de Ivo traduzem suas referências e interesses, desde os mestres do passado até as paisagens vernaculares, em uma contundente observação do mundo real.
Críticas
"(...) Podemos situar Gonçalo Ivo, João Magalhães, Carlo Mascarenhas e Livia Flores como integrantes de um grupo de novos artistas que buscam as suas fontes de inspiração diretamente no abstracionismo lírico (João Magalhães) e na geometria sensível (Gonçalo Ivo e Carlo Mascarenhas) dos anos 50. Uma ´sensibilidade´ contemplativa e formal une esses trabalhos que transitam na atmosfera peculiar espiritual e lírica dos anos 50. No entanto, não podemos nos ater somente a esse aspecto na obra desses quatro artistas. O próprio suporte de madeira das pinturas de Gonçalo Ivo, agressivo, contrasta com as formas líricas ali depositadas, e as distorções geométricas das esculturas do Carlo Mascarenhas introduzem uma nota de humor mordaz, estranha às preocupações teóricas das gerações anteriores, dissolvendo de certa forma os contornos rigorosos que guiavam as suas práticas teórico-artísticas. No caso dos três artistas podemos falar de um neo-abstracionismo (lírico ou concreto, pouco importa) que renasce nos anos 80 (...)".
Jorge Guinle (GERAÇÃO 80: núcleo jovem MP2 Arte. Apresentação de Jorge Guinle. Rio de janeiro: MP2 Arte, 1984.)
"Gonçalo Ivo é um artista substancialmente afinado à carapaça dos anos 80. Não porque a sua carreira tenha debutado com uma individual no instante exato da abertura da década e prosseguido a passo intenso durante ela toda, marcando-a a cada avanço com um pouco mais de segura afirmação de linguagem. Tampouco justifica-se defini-lo assim por uma possível militância nas fileiras explícitas da chamada Geração *), cujos ardores juvenis reacenderam momentaneamente as ágoras das galerias e os escaninhos dos jornais: quanto a isto, ele preferiu o silêncio da margem, já avisado de que a sua filiação ao tempo de então correspondia a motivos menos epidérmicos e tonitruantes. (...)".
Roberto Pontual ("Uma pintura de prazer e pudor". In: Gonçalo Ivo. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1990.)
"(...) O gosto pela manipulação da matéria alimenta sua pintura feita de alquímica mutação. A insistente exploração das sutis variações estruturais e cromáticas não visa esgotar, mas confirmar a profusão de possibilidades existente no uso econômico de recursos. Trabalha extensas séries, tanto na aquarela, quanto no óleo. São seqüências experimentais, onde linha e cor estreitamente conjugadas articulam ritmos desdobráveis ao infinito. Cada obra é um segmento de um conjunto hipotético porque sempre passível de ser ampliado. O fluxo da linguagem fica bem exemplificado nos livros de aquarelas onde manchas e grafismos substituem as palavras. A pintura de Gonçalo Ivo insere-se na tradição moderna, na linguagem que remonta Cézanne e Braque e no Brasil, tem em Volpi um paradigma: a construção plástica impregnada de uma realidade pressentida. (...)".
Maria Alice Milliet ("A Poética de Gonçalo Ivo". In: Gonçalo Ivo. São Paulo: Dan Galeria, 1994.)
Exposições Individuais
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Funarte, Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1982 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Galeria Divulgação e Pesquisa
1983 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Contemporânea
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Artespaço Escritório de Arte
1985 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1985 - São Paulo SP - Individual, na Arco Arte Contemporânea
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Candido Mendes. Pequena Galeria
1986 - Vitória ES - Individual, na Universidade Federal do Espírito Santo. Galeria de Arte e Pesquisa
1986 - Vitória ES - Individual, na Usina de Arte Contemporânea
1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Centro Empresarial Rio
1987 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas e objetos, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1988 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, na Galeria Saramenha
1989 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Artespaço Escritório de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Dan Galeria
1994 - São Paulo SP - Individual, na Pinacoteca do Estado
1997 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Paço Imperial
1997 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Dan Galeria
1998 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, no MAM/RJ
1998 - Vancouver (Canadá) - Recent Works, na Lewarne Galleries
1999 - Paris (França) - Fête Brésilienne, na Galerie Flak
1999 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Anita Schwartz Galeria
2000 - São Paulo SP - As Árvores, na Dan Galeria
2001 - Paris (França) - Les temps des arbres, na Galerie Flak
2002 - Veneza (Itália) - Individual, na Venice Design Art Gallery San Samuele
2003 - São Paulo SP - Individual, no Instituto Moreira Salles
2004 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Instituto Moreira Salles
2007 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Dan Galeria
Exposições Coletivas
1978 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes
1979 - Atami (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Kyoto (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - São Paulo SP - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Tokyo (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1980 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Carioca de Arte, no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1982 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Funarte, na Galeria Macunaíma
1982 - Rio de Janeiro RJ - Interiores: homenagem a Jacinto de Morais, no Instituto Italiano de Cultura. Piccolla Galeria
1983 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1983 - Rio de Janeiro RJ - Artes no Parque, na EAV/Parque Lage
1983 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato, na Galeria da UFF
1984 - Cidade do México (México) - Arte Contemporanea en Latino America, na Escuela Nacional de Artes Plásticas
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô - 3º prêmio de desenho
1984 - Rio de Janeiro RJ - Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage
1984 - Rio de Janeiro RJ - Geração 80: núcleo jovem MP2 arte, no MP2 Arte
1984 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1985 - Rio de Janeiro RJ - Nova Geometria, na Galeria Saramenha
1985 - Rio de Janeiro RJ - O Fazer e seus Modos, no Museum
1985 - Rio de Janeiro RJ - Velha Mania: desenho brasileiro, na EAV/Parque Lage
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper (Traveling Exhibition), na Sonoma University
1986 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Contemporary Art Fair
1986 - Nova York (Estados Unidos) - Six Brazilian Artists
1986 - Rio de Janeiro RJ - Arte e Educação; exposição dos trabalhos de professores do MAM, no Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA
1986 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Contemporânea, no MNBA
1986 - Vitória ES - Inaugural Exhibition of Galeria Usina, na Galeria Usina de Arte Contemporânea
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper, na University of Sonoma
1987 - Califórnia (Estados Unidos) - 66º National Watercolor Society
1988 - Brasília, DF - Quatro Abstratos, na Oscar Seraphico Galeria de Arte
1988 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Art Fair
1988 - Memphis (Estados Unidos) - Six Contemporary Brazilian Artists, no Memphis College of Art
1988 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil
1988 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abolição, na Galeria de Arte Ipanema
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Acervo do Centro Cultural Cândido Mendes, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz: pinturas, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1992 - São Paulo SP - Coleção João Sattamini, no CCSP
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Art Chicago 93
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1993 - Paris (França) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Debret
1994 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1994 - Miami (Estados Unidos) - Art Miami 94
1994 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz e Ronaldo Macedo, no Paço Imperial
1995 - Bilbao (Espanha) - International Watercolor Exhibition
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
1996 - Niterói RJ - Inauguração do MAC/Niterói
1996 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Fachadas Imaginárias, nos Arcos da Lapa
1997 - Vancouver (Canadá) - Art 97, no Lewarne Galleries
1997 - Vancouver (Canadá) - Texture and Sensuality, na Lewarne Galleries
1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria
1998 - Vancouver (Canadá) - Art International New York, na Lewarne Galleries
1999 - Grenoble (França) - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Laussanne (Suíça) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Collis
1999 - São Paulo SP - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Rio de Janeiro RJ - Três Anos, na Anita Schwartz Galeria
2000 - Niterói RJ - Pinturas na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial
2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Vinte e Cinco Anos: Galeria de Arte Cândido Mendes, na Galeria Candido Mendes
2004 - Rio de Janeiro RJ - Onde Está Você, Geração 80?, no Centro Cultural do Banco do Brasil
2004 - São Paulo SP - Exposição de Artistas Contemporâneos, no Esporte Clube Sírio
2005 - Curitiba PR - 10 Pintores Brasileiros, na Simões de Assis Galeria de Arte
Fonte: GONÇALO Ivo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 05 de Mar. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do escritor Lêdo Ivo (1924), estudou pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1975, orientado por Aluísio Carvão e Sérgio Campos Melo. Formado em arquitetura pela Universidade Federal Fluminense, foi professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986. Deu aulas como visitante na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ, também em 1986. Trabalhou como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. Faz exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2000, assinou o cenário do programa Metrópolis da TV Cultura. Nesse mesmo ano, montou um ateliê em Paris.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 05 de março de 2017.
Crédito fotográfico: Jornal O Globo
Gonçalo Ivo (Rio de Janeiro, RJ, 15 de janeiro de 1958) é um pintor, desenhista, gravador, aquarelista, ilustrador, escultor, professor e arquiteto brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Filho do jornalista e poeta Lêdo Ivo (1924-2012) e da professora Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), é influenciado pela circulação dos pais em ambientes culturais. Além de conhecer escritores, frequenta desde criança ateliês de artistas plásticos, como Iberê Camargo (1914-1994). Adolescente, matricula-se em aulas de pintura e de desenho no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM/RJ). As aulas são ministradas pelos artistas Aluísio Carvão (1920-2001) e Campos Mello (1932), que lhe apresentam o que há de mais notável na produção corrente nas artes visuais.
Em 1983, forma-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e, durante a década de 1980, trabalha como ilustrador e designer gráfico para editoras em São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1986, leciona pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) como professor visitante. Estabelece ateliê no bairro de Santa Teresa e também em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, onde reside. Participa de mostras coletivas e Salões de Artes, e integra, em julho de 1984, a exposição Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com outros 123 artistas.
Faz viagens de pesquisa pelo litoral do Brasil, América Latina e Europa desde 1980. Nelas, coleta materiais da natureza, observa e registra a arquitetura vernacular e, nas metrópoles culturais, visita museus. Os primeiros livros sobre sua produção são editados na década de 1990, período de intensa produção e participação do artista em mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Destaque para a exposição no Paço Imperial, Rio de Janeiro; a International Watercolor Exhibition, em Bilbao, Espanha; e a Recent Works, na Lewarne Galleries, em Vancouver, Canadá. Em 2000, passa a viver no interior da França e, em seguida, em Paris. Suas obras fazem parte de acervos do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/SP), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e do Deutsche Bank.
Análise
A obra de Gonçalo Ivo articula-se sobre três elementos fundamentais: a geometria, a cor e o processo de criação. Desde jovem, por meio da coleção de arte do pai, convive com a poética de Alfredo Volpi (1896-1988), Iberê Camargo e Lygia Clark (1920-1988). A geometria presente na obra desses artistas é explorada na formação em arquitetura e urbanismo. Elementos de composição como superfícies, fachadas, azulejaria e paisagem são incorporados em suas pinturas. Na poética de Gonçalo Ivo, a geometria organiza-se de modo impreciso, como uma “arquitetura da favela”1, na qual os elementos compositivos não apontam para um centro, mas se encontram distribuídos como em paisagens.
Os pigmentos são criados como parte do processo artístico: a cor na obra de Ivo não é dada, mas inventada pela investigação dos recursos oferecidos pelos materiais. Como Volpi, Ivo interessa-se pelo uso da têmpera que, somada à tinta óleo e à aquarela, determina a escolha para a produção de sua pintura. O uso da cor é intuitivo, e ela prevalece sobre a grande variedade de estruturas formais, que transitam do transparente ao opaco. Esse conhecimento de materiais revela-se na pintura, ofício entendido como artesania. Ivo associa-se à tradição que considera preponderante o domínio técnico na concepção e no desenvolvimento dos trabalhos. Outras influências, como música e religião, instauram estados contemplativos e harmônicos em sua poética.
A trajetória de Ivo inicia-se no final da década de 1970. Apesar de contemporâneo da chamada “geração 80”, declara nunca sentir-se integrante do grupo de jovens pintores cariocas. Nessa época, sua pintura figurativa destoa do interesse de seus colegas dedicados à abstração. Sua independência artística influencia a decisão de se mudar para a Europa, onde encontra interlocutores – comerciais e intelectuais – para seu trabalho.
A incorporação de objetos em sua obra ocorre em meados da década de 1980, quando aplica pregos a um bloco de madeira encontrado nos arredores de seu ateliê em Teresópolis. Anos depois, cria uma série em que utiliza caixas de charuto como suporte para colagens e pintura. Apesar do uso de suportes alternativos, não considera esses objetos como entidades escultóricas, mas como extensão de sua pintura.
A década de 1990 evidencia o interesse pela pintura primitiva brasileira e africana e pela arte da Oceania. Como exemplo deste período, destaca-se a série Panos da Costa, que apresenta pinturas compostas por padrões quase gráficos devido à repetição de elementos. O termo “pano da costa” faz referência a um tecido utilizado por mulheres africanas como proteção contra o mau-olhado. Nas séries Tissu d’Afrique e Prière, ambas da primeira década dos anos 2000, Gonçalo Ivo amplia a experimentação de materiais: utiliza colagens de papéis estampados e folhas de ouro sobre têmpera. O resultado lembra superfícies têxteis que abrigam ritmos heterogêneos.
As pinturas de Ivo traduzem suas referências e interesses, desde os mestres do passado até as paisagens vernaculares, em uma contundente observação do mundo real.
Críticas
"(...) Podemos situar Gonçalo Ivo, João Magalhães, Carlo Mascarenhas e Livia Flores como integrantes de um grupo de novos artistas que buscam as suas fontes de inspiração diretamente no abstracionismo lírico (João Magalhães) e na geometria sensível (Gonçalo Ivo e Carlo Mascarenhas) dos anos 50. Uma ´sensibilidade´ contemplativa e formal une esses trabalhos que transitam na atmosfera peculiar espiritual e lírica dos anos 50. No entanto, não podemos nos ater somente a esse aspecto na obra desses quatro artistas. O próprio suporte de madeira das pinturas de Gonçalo Ivo, agressivo, contrasta com as formas líricas ali depositadas, e as distorções geométricas das esculturas do Carlo Mascarenhas introduzem uma nota de humor mordaz, estranha às preocupações teóricas das gerações anteriores, dissolvendo de certa forma os contornos rigorosos que guiavam as suas práticas teórico-artísticas. No caso dos três artistas podemos falar de um neo-abstracionismo (lírico ou concreto, pouco importa) que renasce nos anos 80 (...)".
Jorge Guinle (GERAÇÃO 80: núcleo jovem MP2 Arte. Apresentação de Jorge Guinle. Rio de janeiro: MP2 Arte, 1984.)
"Gonçalo Ivo é um artista substancialmente afinado à carapaça dos anos 80. Não porque a sua carreira tenha debutado com uma individual no instante exato da abertura da década e prosseguido a passo intenso durante ela toda, marcando-a a cada avanço com um pouco mais de segura afirmação de linguagem. Tampouco justifica-se defini-lo assim por uma possível militância nas fileiras explícitas da chamada Geração *), cujos ardores juvenis reacenderam momentaneamente as ágoras das galerias e os escaninhos dos jornais: quanto a isto, ele preferiu o silêncio da margem, já avisado de que a sua filiação ao tempo de então correspondia a motivos menos epidérmicos e tonitruantes. (...)".
Roberto Pontual ("Uma pintura de prazer e pudor". In: Gonçalo Ivo. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1990.)
"(...) O gosto pela manipulação da matéria alimenta sua pintura feita de alquímica mutação. A insistente exploração das sutis variações estruturais e cromáticas não visa esgotar, mas confirmar a profusão de possibilidades existente no uso econômico de recursos. Trabalha extensas séries, tanto na aquarela, quanto no óleo. São seqüências experimentais, onde linha e cor estreitamente conjugadas articulam ritmos desdobráveis ao infinito. Cada obra é um segmento de um conjunto hipotético porque sempre passível de ser ampliado. O fluxo da linguagem fica bem exemplificado nos livros de aquarelas onde manchas e grafismos substituem as palavras. A pintura de Gonçalo Ivo insere-se na tradição moderna, na linguagem que remonta Cézanne e Braque e no Brasil, tem em Volpi um paradigma: a construção plástica impregnada de uma realidade pressentida. (...)".
Maria Alice Milliet ("A Poética de Gonçalo Ivo". In: Gonçalo Ivo. São Paulo: Dan Galeria, 1994.)
Exposições Individuais
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Funarte, Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1982 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Galeria Divulgação e Pesquisa
1983 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Contemporânea
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Artespaço Escritório de Arte
1985 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1985 - São Paulo SP - Individual, na Arco Arte Contemporânea
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Candido Mendes. Pequena Galeria
1986 - Vitória ES - Individual, na Universidade Federal do Espírito Santo. Galeria de Arte e Pesquisa
1986 - Vitória ES - Individual, na Usina de Arte Contemporânea
1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Centro Empresarial Rio
1987 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas e objetos, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1988 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, na Galeria Saramenha
1989 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Artespaço Escritório de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Dan Galeria
1994 - São Paulo SP - Individual, na Pinacoteca do Estado
1997 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Paço Imperial
1997 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Dan Galeria
1998 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, no MAM/RJ
1998 - Vancouver (Canadá) - Recent Works, na Lewarne Galleries
1999 - Paris (França) - Fête Brésilienne, na Galerie Flak
1999 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Anita Schwartz Galeria
2000 - São Paulo SP - As Árvores, na Dan Galeria
2001 - Paris (França) - Les temps des arbres, na Galerie Flak
2002 - Veneza (Itália) - Individual, na Venice Design Art Gallery San Samuele
2003 - São Paulo SP - Individual, no Instituto Moreira Salles
2004 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Instituto Moreira Salles
2007 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Dan Galeria
Exposições Coletivas
1978 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes
1979 - Atami (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Kyoto (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - São Paulo SP - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Tokyo (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1980 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Carioca de Arte, no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1982 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Funarte, na Galeria Macunaíma
1982 - Rio de Janeiro RJ - Interiores: homenagem a Jacinto de Morais, no Instituto Italiano de Cultura. Piccolla Galeria
1983 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1983 - Rio de Janeiro RJ - Artes no Parque, na EAV/Parque Lage
1983 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato, na Galeria da UFF
1984 - Cidade do México (México) - Arte Contemporanea en Latino America, na Escuela Nacional de Artes Plásticas
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô - 3º prêmio de desenho
1984 - Rio de Janeiro RJ - Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage
1984 - Rio de Janeiro RJ - Geração 80: núcleo jovem MP2 arte, no MP2 Arte
1984 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1985 - Rio de Janeiro RJ - Nova Geometria, na Galeria Saramenha
1985 - Rio de Janeiro RJ - O Fazer e seus Modos, no Museum
1985 - Rio de Janeiro RJ - Velha Mania: desenho brasileiro, na EAV/Parque Lage
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper (Traveling Exhibition), na Sonoma University
1986 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Contemporary Art Fair
1986 - Nova York (Estados Unidos) - Six Brazilian Artists
1986 - Rio de Janeiro RJ - Arte e Educação; exposição dos trabalhos de professores do MAM, no Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA
1986 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Contemporânea, no MNBA
1986 - Vitória ES - Inaugural Exhibition of Galeria Usina, na Galeria Usina de Arte Contemporânea
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper, na University of Sonoma
1987 - Califórnia (Estados Unidos) - 66º National Watercolor Society
1988 - Brasília, DF - Quatro Abstratos, na Oscar Seraphico Galeria de Arte
1988 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Art Fair
1988 - Memphis (Estados Unidos) - Six Contemporary Brazilian Artists, no Memphis College of Art
1988 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil
1988 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abolição, na Galeria de Arte Ipanema
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Acervo do Centro Cultural Cândido Mendes, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz: pinturas, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1992 - São Paulo SP - Coleção João Sattamini, no CCSP
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Art Chicago 93
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1993 - Paris (França) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Debret
1994 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1994 - Miami (Estados Unidos) - Art Miami 94
1994 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz e Ronaldo Macedo, no Paço Imperial
1995 - Bilbao (Espanha) - International Watercolor Exhibition
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
1996 - Niterói RJ - Inauguração do MAC/Niterói
1996 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Fachadas Imaginárias, nos Arcos da Lapa
1997 - Vancouver (Canadá) - Art 97, no Lewarne Galleries
1997 - Vancouver (Canadá) - Texture and Sensuality, na Lewarne Galleries
1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria
1998 - Vancouver (Canadá) - Art International New York, na Lewarne Galleries
1999 - Grenoble (França) - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Laussanne (Suíça) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Collis
1999 - São Paulo SP - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Rio de Janeiro RJ - Três Anos, na Anita Schwartz Galeria
2000 - Niterói RJ - Pinturas na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial
2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Vinte e Cinco Anos: Galeria de Arte Cândido Mendes, na Galeria Candido Mendes
2004 - Rio de Janeiro RJ - Onde Está Você, Geração 80?, no Centro Cultural do Banco do Brasil
2004 - São Paulo SP - Exposição de Artistas Contemporâneos, no Esporte Clube Sírio
2005 - Curitiba PR - 10 Pintores Brasileiros, na Simões de Assis Galeria de Arte
Fonte: GONÇALO Ivo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 05 de Mar. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do escritor Lêdo Ivo (1924), estudou pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1975, orientado por Aluísio Carvão e Sérgio Campos Melo. Formado em arquitetura pela Universidade Federal Fluminense, foi professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986. Deu aulas como visitante na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ, também em 1986. Trabalhou como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. Faz exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2000, assinou o cenário do programa Metrópolis da TV Cultura. Nesse mesmo ano, montou um ateliê em Paris.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 05 de março de 2017.
Crédito fotográfico: Jornal O Globo
Gonçalo Ivo (Rio de Janeiro, RJ, 15 de janeiro de 1958) é um pintor, desenhista, gravador, aquarelista, ilustrador, escultor, professor e arquiteto brasileiro.
Biografia Itaú Cultural
Filho do jornalista e poeta Lêdo Ivo (1924-2012) e da professora Maria Leda Sarmento de Medeiros Ivo (1923-2004), é influenciado pela circulação dos pais em ambientes culturais. Além de conhecer escritores, frequenta desde criança ateliês de artistas plásticos, como Iberê Camargo (1914-1994). Adolescente, matricula-se em aulas de pintura e de desenho no Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM/RJ). As aulas são ministradas pelos artistas Aluísio Carvão (1920-2001) e Campos Mello (1932), que lhe apresentam o que há de mais notável na produção corrente nas artes visuais.
Em 1983, forma-se em arquitetura e urbanismo pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e, durante a década de 1980, trabalha como ilustrador e designer gráfico para editoras em São Paulo e Rio de Janeiro. Em 1986, leciona pintura na Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) como professor visitante. Estabelece ateliê no bairro de Santa Teresa e também em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, onde reside. Participa de mostras coletivas e Salões de Artes, e integra, em julho de 1984, a exposição Como Vai Você, Geração 80?, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, com outros 123 artistas.
Faz viagens de pesquisa pelo litoral do Brasil, América Latina e Europa desde 1980. Nelas, coleta materiais da natureza, observa e registra a arquitetura vernacular e, nas metrópoles culturais, visita museus. Os primeiros livros sobre sua produção são editados na década de 1990, período de intensa produção e participação do artista em mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior. Destaque para a exposição no Paço Imperial, Rio de Janeiro; a International Watercolor Exhibition, em Bilbao, Espanha; e a Recent Works, na Lewarne Galleries, em Vancouver, Canadá. Em 2000, passa a viver no interior da França e, em seguida, em Paris. Suas obras fazem parte de acervos do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo (MAC/SP), da Pinacoteca do Estado de São Paulo, do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e do Deutsche Bank.
Análise
A obra de Gonçalo Ivo articula-se sobre três elementos fundamentais: a geometria, a cor e o processo de criação. Desde jovem, por meio da coleção de arte do pai, convive com a poética de Alfredo Volpi (1896-1988), Iberê Camargo e Lygia Clark (1920-1988). A geometria presente na obra desses artistas é explorada na formação em arquitetura e urbanismo. Elementos de composição como superfícies, fachadas, azulejaria e paisagem são incorporados em suas pinturas. Na poética de Gonçalo Ivo, a geometria organiza-se de modo impreciso, como uma “arquitetura da favela”1, na qual os elementos compositivos não apontam para um centro, mas se encontram distribuídos como em paisagens.
Os pigmentos são criados como parte do processo artístico: a cor na obra de Ivo não é dada, mas inventada pela investigação dos recursos oferecidos pelos materiais. Como Volpi, Ivo interessa-se pelo uso da têmpera que, somada à tinta óleo e à aquarela, determina a escolha para a produção de sua pintura. O uso da cor é intuitivo, e ela prevalece sobre a grande variedade de estruturas formais, que transitam do transparente ao opaco. Esse conhecimento de materiais revela-se na pintura, ofício entendido como artesania. Ivo associa-se à tradição que considera preponderante o domínio técnico na concepção e no desenvolvimento dos trabalhos. Outras influências, como música e religião, instauram estados contemplativos e harmônicos em sua poética.
A trajetória de Ivo inicia-se no final da década de 1970. Apesar de contemporâneo da chamada “geração 80”, declara nunca sentir-se integrante do grupo de jovens pintores cariocas. Nessa época, sua pintura figurativa destoa do interesse de seus colegas dedicados à abstração. Sua independência artística influencia a decisão de se mudar para a Europa, onde encontra interlocutores – comerciais e intelectuais – para seu trabalho.
A incorporação de objetos em sua obra ocorre em meados da década de 1980, quando aplica pregos a um bloco de madeira encontrado nos arredores de seu ateliê em Teresópolis. Anos depois, cria uma série em que utiliza caixas de charuto como suporte para colagens e pintura. Apesar do uso de suportes alternativos, não considera esses objetos como entidades escultóricas, mas como extensão de sua pintura.
A década de 1990 evidencia o interesse pela pintura primitiva brasileira e africana e pela arte da Oceania. Como exemplo deste período, destaca-se a série Panos da Costa, que apresenta pinturas compostas por padrões quase gráficos devido à repetição de elementos. O termo “pano da costa” faz referência a um tecido utilizado por mulheres africanas como proteção contra o mau-olhado. Nas séries Tissu d’Afrique e Prière, ambas da primeira década dos anos 2000, Gonçalo Ivo amplia a experimentação de materiais: utiliza colagens de papéis estampados e folhas de ouro sobre têmpera. O resultado lembra superfícies têxteis que abrigam ritmos heterogêneos.
As pinturas de Ivo traduzem suas referências e interesses, desde os mestres do passado até as paisagens vernaculares, em uma contundente observação do mundo real.
Críticas
"(...) Podemos situar Gonçalo Ivo, João Magalhães, Carlo Mascarenhas e Livia Flores como integrantes de um grupo de novos artistas que buscam as suas fontes de inspiração diretamente no abstracionismo lírico (João Magalhães) e na geometria sensível (Gonçalo Ivo e Carlo Mascarenhas) dos anos 50. Uma ´sensibilidade´ contemplativa e formal une esses trabalhos que transitam na atmosfera peculiar espiritual e lírica dos anos 50. No entanto, não podemos nos ater somente a esse aspecto na obra desses quatro artistas. O próprio suporte de madeira das pinturas de Gonçalo Ivo, agressivo, contrasta com as formas líricas ali depositadas, e as distorções geométricas das esculturas do Carlo Mascarenhas introduzem uma nota de humor mordaz, estranha às preocupações teóricas das gerações anteriores, dissolvendo de certa forma os contornos rigorosos que guiavam as suas práticas teórico-artísticas. No caso dos três artistas podemos falar de um neo-abstracionismo (lírico ou concreto, pouco importa) que renasce nos anos 80 (...)".
Jorge Guinle (GERAÇÃO 80: núcleo jovem MP2 Arte. Apresentação de Jorge Guinle. Rio de janeiro: MP2 Arte, 1984.)
"Gonçalo Ivo é um artista substancialmente afinado à carapaça dos anos 80. Não porque a sua carreira tenha debutado com uma individual no instante exato da abertura da década e prosseguido a passo intenso durante ela toda, marcando-a a cada avanço com um pouco mais de segura afirmação de linguagem. Tampouco justifica-se defini-lo assim por uma possível militância nas fileiras explícitas da chamada Geração *), cujos ardores juvenis reacenderam momentaneamente as ágoras das galerias e os escaninhos dos jornais: quanto a isto, ele preferiu o silêncio da margem, já avisado de que a sua filiação ao tempo de então correspondia a motivos menos epidérmicos e tonitruantes. (...)".
Roberto Pontual ("Uma pintura de prazer e pudor". In: Gonçalo Ivo. Rio de Janeiro: Galeria Saramenha, 1990.)
"(...) O gosto pela manipulação da matéria alimenta sua pintura feita de alquímica mutação. A insistente exploração das sutis variações estruturais e cromáticas não visa esgotar, mas confirmar a profusão de possibilidades existente no uso econômico de recursos. Trabalha extensas séries, tanto na aquarela, quanto no óleo. São seqüências experimentais, onde linha e cor estreitamente conjugadas articulam ritmos desdobráveis ao infinito. Cada obra é um segmento de um conjunto hipotético porque sempre passível de ser ampliado. O fluxo da linguagem fica bem exemplificado nos livros de aquarelas onde manchas e grafismos substituem as palavras. A pintura de Gonçalo Ivo insere-se na tradição moderna, na linguagem que remonta Cézanne e Braque e no Brasil, tem em Volpi um paradigma: a construção plástica impregnada de uma realidade pressentida. (...)".
Maria Alice Milliet ("A Poética de Gonçalo Ivo". In: Gonçalo Ivo. São Paulo: Dan Galeria, 1994.)
Exposições Individuais
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Funarte, Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1982 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Galeria Divulgação e Pesquisa
1983 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Contemporânea
1985 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Artespaço Escritório de Arte
1985 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1985 - São Paulo SP - Individual, na Arco Arte Contemporânea
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Candido Mendes. Pequena Galeria
1986 - Vitória ES - Individual, na Universidade Federal do Espírito Santo. Galeria de Arte e Pesquisa
1986 - Vitória ES - Individual, na Usina de Arte Contemporânea
1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Centro Empresarial Rio
1987 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas e objetos, na Arco Arte Contemporânea Galeria Bruno Musatti
1988 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, na Galeria Saramenha
1989 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Galeria Saramenha
1990 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Artespaço Escritório de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas e objetos, na Dan Galeria
1994 - São Paulo SP - Individual, na Pinacoteca do Estado
1997 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: aquarelas, no Paço Imperial
1997 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: aquarelas, na Dan Galeria
1998 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas, no MAM/RJ
1998 - Vancouver (Canadá) - Recent Works, na Lewarne Galleries
1999 - Paris (França) - Fête Brésilienne, na Galerie Flak
1999 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Anita Schwartz Galeria
2000 - São Paulo SP - As Árvores, na Dan Galeria
2001 - Paris (França) - Les temps des arbres, na Galerie Flak
2002 - Veneza (Itália) - Individual, na Venice Design Art Gallery San Samuele
2003 - São Paulo SP - Individual, no Instituto Moreira Salles
2004 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Instituto Moreira Salles
2007 - São Paulo SP - Gonçalo Ivo: pinturas recentes, na Dan Galeria
Exposições Coletivas
1978 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes
1979 - Atami (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Kyoto (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - São Paulo SP - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1979 - Tokyo (Japão) - 4ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1980 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Carioca de Arte, no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1982 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1982 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Funarte, na Galeria Macunaíma
1982 - Rio de Janeiro RJ - Interiores: homenagem a Jacinto de Morais, no Instituto Italiano de Cultura. Piccolla Galeria
1983 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1983 - Rio de Janeiro RJ - Artes no Parque, na EAV/Parque Lage
1983 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato, na Galeria da UFF
1984 - Cidade do México (México) - Arte Contemporanea en Latino America, na Escuela Nacional de Artes Plásticas
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô - 3º prêmio de desenho
1984 - Rio de Janeiro RJ - Como Vai Você, Geração 80?, na EAV/Parque Lage
1984 - Rio de Janeiro RJ - Geração 80: núcleo jovem MP2 arte, no MP2 Arte
1984 - Rio de Janeiro RJ - Seis Artistas e o Pequeno Formato
1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie
1985 - Rio de Janeiro RJ - Nova Geometria, na Galeria Saramenha
1985 - Rio de Janeiro RJ - O Fazer e seus Modos, no Museum
1985 - Rio de Janeiro RJ - Velha Mania: desenho brasileiro, na EAV/Parque Lage
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper (Traveling Exhibition), na Sonoma University
1986 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Contemporary Art Fair
1986 - Nova York (Estados Unidos) - Six Brazilian Artists
1986 - Rio de Janeiro RJ - Arte e Educação; exposição dos trabalhos de professores do MAM, no Instituto de Matemática Pura e Aplicada - IMPA
1986 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte Contemporânea, no MNBA
1986 - Vitória ES - Inaugural Exhibition of Galeria Usina, na Galeria Usina de Arte Contemporânea
1986 - Califórnia (Estados Unidos) - Brazil Works on Paper, na University of Sonoma
1987 - Califórnia (Estados Unidos) - 66º National Watercolor Society
1988 - Brasília, DF - Quatro Abstratos, na Oscar Seraphico Galeria de Arte
1988 - Los Angeles (Estados Unidos) - Los Angeles International Art Fair
1988 - Memphis (Estados Unidos) - Six Contemporary Brazilian Artists, no Memphis College of Art
1988 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil
1988 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1988 - Rio de Janeiro RJ - Abolição, na Galeria de Arte Ipanema
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Acervo do Centro Cultural Cândido Mendes, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz: pinturas, na Funarte. Galeria Rodrigo Mello Franco de Andrade
1992 - São Paulo SP - Coleção João Sattamini, no CCSP
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Art Chicago 93
1993 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1993 - Paris (França) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Debret
1994 - Chicago (Estados Unidos) - Arte do Brasil
1994 - Miami (Estados Unidos) - Art Miami 94
1994 - Rio de Janeiro RJ - Gonçalo Ivo, José Maria Dias da Cruz e Ronaldo Macedo, no Paço Imperial
1995 - Bilbao (Espanha) - International Watercolor Exhibition
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
1996 - Niterói RJ - Inauguração do MAC/Niterói
1996 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Fachadas Imaginárias, nos Arcos da Lapa
1997 - Vancouver (Canadá) - Art 97, no Lewarne Galleries
1997 - Vancouver (Canadá) - Texture and Sensuality, na Lewarne Galleries
1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria
1998 - Vancouver (Canadá) - Art International New York, na Lewarne Galleries
1999 - Grenoble (França) - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Laussanne (Suíça) - Gonçalo Ivo e George Isso, na Galerie Collis
1999 - São Paulo SP - Projeto Fachadas Imaginárias, Laboratório Urbano
1999 - Rio de Janeiro RJ - Três Anos, na Anita Schwartz Galeria
2000 - Niterói RJ - Pinturas na Coleção João Sattamini, no MAC-Niterói
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
2001 - Rio de Janeiro RJ - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no Paço Imperial
2001 - São Paulo SP - Espelho Cego: seleções de uma coleção contemporânea, no MAM/SP
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Vinte e Cinco Anos: Galeria de Arte Cândido Mendes, na Galeria Candido Mendes
2004 - Rio de Janeiro RJ - Onde Está Você, Geração 80?, no Centro Cultural do Banco do Brasil
2004 - São Paulo SP - Exposição de Artistas Contemporâneos, no Esporte Clube Sírio
2005 - Curitiba PR - 10 Pintores Brasileiros, na Simões de Assis Galeria de Arte
Fonte: GONÇALO Ivo. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 05 de Mar. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Wikipédia
Filho do escritor Lêdo Ivo (1924), estudou pintura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1975, orientado por Aluísio Carvão e Sérgio Campos Melo. Formado em arquitetura pela Universidade Federal Fluminense, foi professor do Departamento de Atividades Educativas do MAM/RJ, entre 1984 e 1986. Deu aulas como visitante na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro - EBA/UFRJ, também em 1986. Trabalhou como ilustrador e programador visual para as editoras Global, Record e Pine Press. Faz exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2000, assinou o cenário do programa Metrópolis da TV Cultura. Nesse mesmo ano, montou um ateliê em Paris.
Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 05 de março de 2017.
Crédito fotográfico: Jornal O Globo