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Lucy Citti Ferreira

Lucy Citti Ferreira (São Paulo, 11 de Maio de 1911 — Paris, 17 de novembro de 2008) foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira. Viveu a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930, iniciou sua formação artística com o pintor francês André Chapuy, no Havre. De 1932 à 1934, frequentou a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, em Paris, na mesma época, expôs no Salão das Tulherias. Em 1934 retornou ao Brasil e no ano seguinte conheceu o pintor Lasar Segall, de quem se tornou aluna e modelo. Recebeu menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes, em 1935, participa do 2º Salão de Maio e realiza sua primeira mostra individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, e na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, em 1938. Voltou a morar em Paris em 1947, e se integrou ao grupo de artistas da Galeria Jean Bouchet et Jack. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). O Museu Lasar Segall promove a mostra Sombras e Luzes, em 1988, com trabalhos desenvolvidos pela artista após seu retorno à Europa.

Biografia Lucy Citti Ferreira – Arremate Arte

Lucy Citti Ferreira foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira. Nascida em São Paulo em 1911, ela passou sua infância e adolescência entre a Itália e Paris, onde começou a frequentar cursos de desenho na Escola Nacional Superior de Belas Artes.

Aos 23 anos, ela retornou ao Brasil e conheceu o renomado artista Lasar Segall através do escritor Mário de Andrade. Essa relação marcou sua produção artística, aproximando-se dos aspectos formais e temáticas de Segall, embora suas obras tenham uma atmosfera própria.

A produção de Lucy se destacava pelo refinamento na gradação e controle do uso da cor, explorando as nuances e tonalidades para criar vibrações em suas obras. Ela transitava entre retratos, naturezas-mortas, grupos de figuras, cenas de interiores e autorretratos. Em 1947, ela se estabeleceu em Paris, onde, após alguns anos, começou a desenvolver trabalhos quase abstratos, explorando a luminosidade e a transparência em paisagens reais e imaginárias feitas em aquarela.

Lucy Citti Ferreira faleceu em 17 de novembro de 2008, aos 97 anos, na capital francesa.

A Pinacoteca de São Paulo fez doou 33 obras da artista para o Museu de Arte da Universidade (MUnA). Essas obras, que incluem pinturas, desenhos e gravuras, estão sendo organizadas e incorporadas ao acervo do MUnA para que o público possa apreciar e contemplar a obra de Lucy Citti Ferreira, uma artista cada vez mais reconhecida por sua importância no cenário da arte brasileira.

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Biografia Lucy Citti Ferreira – Wikipédia

Em 1930, em Havre (França), iniciou-se na pintura, estudando com André Chapuy, na Escola de Belas Artes do Havre, onde obteve importantes prêmios. Entre 1932 e 1934, em Paris, aperfeiçoou-se em pintura com Armand Matial na Escola de Belas Artes de Paris.

Participou do Salão de Maio, em suas três versões, acontecidas em São Paulo nos anos de 1937, 1938 e 1939.

De 1935 a 1946, em São Paulo, estudou pintura com Lasar Segall, sendo seu modelo de pintura.

Em 1949, em Paris, casou-se com o pianista e compositor russo Georges Alexandrovitch.

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

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Biografia Lucy Citti Ferreira – Itaú Cultural

Lucy Citti Ferreira (São Paulo, São Paulo, 1911 - Paris, França, 2008). Pintora, desenhista, gravadora, professora. Vive a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930, inicia sua formação artística com o pintor francês Andre Chapuy (1885-1941), no Havre. De 1932 a 1934, freqüenta a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], em Paris, época em que expõe no Salão das Tulherias. Regressa ao Brasil em 1934 e no ano seguinte conhece o pintor Lasar Segall (1889-1957), de quem se torna aluna e modelo. Recebe menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes, em 1935, participa do 2º Salão de Maio e realiza sua primeira mostra individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, e na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, em 1938. Volta a morar em Paris em 1947, e se integra ao grupo de artistas da Galeria Jean Bouchet et Jack. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). O Museu Lasar Segall promove a mostra Sombras e Luzes, em 1988, com trabalhos desenvolvidos pela artista após seu retorno à Europa.

Análise

Nascida em São Paulo, a pintora Lucy Citti Ferreira passa a infância entre Gênova e Paris, onde cursa a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes]. Volta com a família ao Brasil em 1935, quando, por intermédio do escritor e crítico Mário de Andrade (1893-1945), entra em contato com o pintor Lasar Segall, de quem se torna aluna e também modelo para uma seqüência de retratos. Esse contato marca profundamente sua produção do período; sua obra aproxima-se daquela de Segall, tanto no aspecto formal como em relação à temática, o que faz com que ela seja muito criticada e encontre pouca receptividade no meio artístico em sua época. Como aponta o crítico Geraldo Ferraz (1905-1979), o observador atento percebe, de fato, muitas afinidades entre a obra de Lucy Citti Ferreira e a de Segall, mas também nota que a produção do artista apresenta uma requintada gradação no uso da cor, muito controlada, ao passo que a pintora explora mais a vibração obtida pelas diversas nuances, faz uso de tonalizações e busca outro tipo de atmosfera em suas obras.

Lucy Citti Ferreira viaja novamente para a Europa em 1947, onde fixa residência. De forma geral, sua produção das décadas de 1930 e 1940 permanece esquecida no Brasil e raramente aparece em catálogos de exposições. Como nota a historiadora da arte Vera D'Horta (1944), na França a pintora passa a produzir paisagens quase abstratas, nas quais revela um caráter introspectivo. Em 1988, realiza uma exposição em São Paulo, com obras produzidas desde a década de 1960 e reunidas em duas séries - Paisagens da Lembrança e Memória. Em algumas paisagens predominam formas sinuosas, como em Colina ao Cair da Noite (déc.1970). Já em obras da série Memória, as composições ganham verticalidade, e a artista explora a luminosidade e a transparência, evocando florestas ou ainda interiores de igrejas.

Críticas

"Lucy tem certamente um temperamento de pintora, tal como se realiza nos trabalhos a que agora chegou, pela aquisição tenacíssima e consciente de uma técnica de pintar em que encontraremos tanto o desenho quanto a composição, a cor adequada, um sentido da forma, um cuidado meticuloso na escolha do dado real, e ao contrário de uma pesquisa no plano pictórico exclusivo, uma penetração audaciosa e palpitante na essência vital do objeto plástico tematicamente formulado. O prestígio da pintura de Lasar Segall - a expressão artística mais inteiriça que se desdobrou no país este século, embora suas origens européias - não poderia deixar de influir, na formação da presente expressão plástica de Lucy Citti Ferreira. Não há mal nenhum nessa influência, nem caberá negá-la ou procurar limitá-la. Tal influência serve-nos de ponto de partida para o estudo da pintura de Lucy Citti Ferreira, pois implicou numa mudança, numa alteração das possibilidades que a moça trazia com a sua curta experiência da escola francesa" — Geraldo Ferraz (LUCY Citi Ferreira: sombras e luzes. Apresentação de Maurício Segall. Textos de Jacqueline Kiang, Mário Barata e Geraldo Ferraz. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1988. XI Mostra do Ciclo de Exposições Momentos de Pintura Paulista).

"Na França, paulatinamente, Lucy foi passando da interpretação do figurativo humano à da paisagem. Massas e linhas delicadas surgem a representar o visível e seus ritmos que, segundo ela acentuou, devem muito na sua sensibilidade à presença do vento que ela capta em algumas obras, do mesmo modo que na paisagem muitos brancos são superfícies de neve que restam no terreno, em que a grandeza do silêncio é intrínseca à própria natureza. Em óleos recentes podem aparecer azuis fortes, que ela trata entre as manchas de luz que tanto marcam a sua índole lírica, nesta fase de paisagista. Esses óleos recentes já caminham, como ritmo e aglutinação das formas, para uma dimensão estética quase que de aquarela. Em vários deles, a sensibilidade de Lucy interpreta um tipo de diluição de formas, mesmo quando mantêm um núcleo central mais sólido" – Mário Barata (LUCY Citi Ferreira: sombras e luzes. Apresentação de Maurício Segall. Textos de Jacqueline Kiang, Mário Barata e Geraldo Ferraz. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1988. XI Mostra do Ciclo de Exposições Momentos de Pintura Paulista).

Exposições Individuais

1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa

1945 - São Paulo SP - Individual, no IAB/SP

1948 - Paris (França) - Individual, na Galeria Jeanne Boucher

1953 - São Paulo SP - Individual, no Masp

1969 - Anvers (Bélgica) - Individual, na Maison de Rubens

1977 - Paris (França) - Individual, no Chapelle St. Bernard de Montparnasse

1979 - Paris (França) - Individual, no Chapelle St. Bernard de Montparnasse

1988 - São Paulo SP - Sombras e Luzes, no Museu Lasar Segall

Exposições Coletivas

ca.1931 - Havre (França) - Salão do Havre

ca.1933 - Paris (França) - Salão das Tulherias e Salão Grand-Palais

1935 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Belas Artes - menção honrosa

1936 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Belas Artes

1937 - São Paulo SP - 1º Salão de Maio, no Esplanada Hotel

1938 - São Paulo SP - 2º Salão de Maio, no Esplanada Hotel

1939 - São Paulo SP - 3º Salão de Maio, no Esplanada Hotel

1942 - São Paulo SP - 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1943 - Rio de Janeiro RJ e São Paulo SP - Exposição de Artistas Brasileiros

1944 - Belo Horizonte MG  - Exposição de Arte Moderna, no Edifício Mariana

1944 - Londres (Inglaterra) - Modern Brazilian Paintings, na Royal Academy of Arts

1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileira-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia

1944 - Norwich (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Norwich Castle and Museum

1945 - Bath (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Victory Art Gallery

1945 - Bristol (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Bristol City Museum & Art Gallery

1945 - Edimburgo (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na National Gallery

1945 - Glasgow (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Kelingrove Art Gallery

1945 - Manchester (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Manchester Art Gallery

1945 - Buenos Aires (Argentina) - Pintura Brasileña Contemporânea

1949 - Paris (França) - Artistas Latino-Americanos, na Maison Unesco

1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall

2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP

2004 - São Paulo SP - Mulheres Pintoras, na Pinacoteca do Estado

2004 - Brasília DF - O Olhar Modernista de JK, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

2006 - São Paulo SP - O Olhar Modernista de JK, no MAB-FAAP

2010 - São Paulo SP - 6ª sp-arte, na Fundação Bienal

Fonte: LUCY Citti Ferreira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 15 de junho de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Sobre Lucy Citti Ferreira – Museu Universitário de Arte (MUnA)

Lucy Citti Ferreira foi pintora, desenhista, gravadora e professora. Nascida em São Paulo no ano de 1911, viveu sua infância e adolescência entre Itália e Paris, onde passou a frequentar o curso noturno de desenho de modelos clássicos na Escola Nacional Superior de Belas Artes. Volta ao Brasil com 23 anos e conhece Lasar Segall (1889-1957) por intermédio do escritor Mário de Andrade (1893-1945), e a partir de então, se torna aluna e modelo do artista. Essa relação marca sua produção artística, se aproximando dos aspectos formais e das temáticas de Segall, embora a produção de Lucy busque outro tipo de atmosfera, já que suas obras apresentam um certo refinamento na gradação e controle no uso da cor, explorando a vibração obtida pelas diversas nuances e tonalizações, assim como foi descrito pelo crítico Geraldo Ferraz (1905-1979). Transitando entre retratos, naturezas-mortas, grupos de figuras, cenas de interiores e especialmente autorretratos, em 1947 fixa-se residência em Paris, onde após alguns anos, passa a desenvolver trabalhos quase abstratos, explorando a luminosidade e a transparência em conjunto de paisagens reais e imaginárias realizadas em aquarela. Lucy falece em 17 de Novembro de 2008, aos 97 anos na capital francesa.

Em Janeiro deste ano, recebemos como doação da Pinacoteca de São Paulo, 33 obras dessa grande artista. Em um conjunto de pinturas, desenhos e gravuras, as obras estão sendo organizadas e incorporadas ao acervo do MUnA, para que futuramente o público do nosso museu possa acolher e contemplar a obra de Lucy Citti Ferreira, artista cada dia mais reconhecida pela sua importância no cenário da arte brasileira.

Fonte: Publicação de MUnA (Museu Universitário de Arte) no Facebook, publicado em 24 de julho de 2019. Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

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Exposição Lucy Citti Ferreira — Pinacoteca de São Paulo

A Pinacoteca de São Paulo, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta a exposição Lucy Citti Ferreira, com cerca de 60 trabalhos realizados entre 1930 e 1990. As obras fazem parte de um conjunto de pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, recortes de jornal, manuscritos, correspondências e documentos pessoais, catálogos e convites de exposições, que foram doados por Lucy (São Paulo, SP, 1911 – Paris, França, 2008) para a Associação Pinacoteca Arte e Cultura-APAC, poucos meses antes de sua morte. A doação foi recebida por Regina Teixeira de Barros, curadora da Pinacoteca que, junto com Rosa Esteves, pesquisadora do Museu Lasar Segall e amiga da artista, ficaram responsáveis por organizar e catalogar todo o conteúdo recebido. “Estimava-se, à primeira vista, que houvesse cerca de 600 obras sobre papel a serem catalogadas (…). Entretanto, após quase três anos chegou-se a um número mais do que cinco vezes maior: foram catalogadas 3219 obras de Lucy”, afirma Regina Teixeira de Barros.

Esta exposição é a mais completa já realizada sobre sua obras. É uma rara oportunidade de ver um significativo conjunto da artista reunido num só espaço, pois sua última mostra individual aconteceu em 1988 no Museu Lasar Segall, ocasião em que também doou para a Pinacoteca cinco obras, um desenho e quatro xilogravuras.  A exposição Lucy Citti Ferreira começa com pinturas realizadas no período de formação da artista em Paris e termina com um conjunto de paisagens imaginárias realizadas em aquarela, na década de 1980. Entre os dois extremos estão os desenhos, aquarelas e pinturas que Lucy produziu entre 1935 e o final da década de 1950, período mais produtivo de sua carreira. Aí estão contemplados retratos, naturezas-mortas, grupos de figuras, cenas de interiores e, em maior evidência, os autorretratos, que se sobressaem tanto pela  qualidade da pintura quanto pela quantidade de variações sobre o tema. Por meio dessa seleção de obras também é possível acompanhar as sutilezas das transformações formais que se apresentam nesse intervalo: do alinhamento às características do Retorno à ordem às simplificações da figura levemente contaminadas pelas tendências abstracionistas do pós-Guerra.

“A mostra tem como objetivo evidenciar a qualidade da obra de Lucy e reparar, na medida do possível, o apagamento a que foi relegada. Ao mesmo tempo, a ocasião é propícia para explicitar sua singularidade, que muitas vezes foi posta em dúvida devido à (superficial) similaridade de algumas obras com aquelas de Lasar Segall, de quem foi modelo e discípula. Finalmente, essa mostra tem a intenção de saldar um compromisso selado muitos anos antes, de acolher sua obra, estudá-la e divulgá-la com a merecida distinção, de maneira a inseri-la efetivamente na história da arte brasileira”. Afirma Regina Teixeira de Barros, curadora da mostra.

Sobre a artista

Lucy Citti Ferreira (São Paulo SP 1911 – Paris, França 2008). Pintora, desenhista, gravadora, professora. Vive a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930 frequenta o curso noturno de desenho de modelos clássicos na École Régionale des Beaux- Arts do Havre. Inicia seus estudos de pintura com André Chapuy. De 1932 a 1934, freqüenta a École Nationale des Beaux-Arts [Escola Nacional de Belas Artes], em Paris. Aperfeiçoa-se em Pintura com Fernand Sabatté (1874-1940) e escultura com Armand Matial (1984-1960). Expõe no Grand Palais e no Salon des Tuileries. Retorna ao Brasil e instala seu ateliê na Rua Martinico Prado, no bairro de Higienopólis, em São Paulo. Conhece o pintor Lasar Segall (1891-1957), de quem se torna aluna e modelo. Volta a morar em Paris em 1947 e, no ano seguinte, expõe na Galerie Jeanne Bucher, em Paris. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo. Em 1988, realiza a exposição individual Sombras e luzes no Museu Lasar Segall. Nessa ocasião, doa cinco obras (um desenho e quatro xilogravuras) para a Pinacoteca do Estado de São Paulo e sete obras (seis pinturas e um desenho) para o Museu da Arte Moderna de São Paulo. Em 2000 participa da exposição Mostra do redescobrimento: Negro de corpo e alma, roganizada pela Fundação Bienal de São Paulo. Em 2004 participa da exposição Mulheres pintoras, na Pinacoteca do Estado, São Paulo e da mostra O olhar modernista de JK, no Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, Brasília, Distrito Federal. Faleceu em 17 de novembro de 2008 em Paris e suas cinzas foram transladadas para o jazigo da família no cemitério da Consolação, em São Paulo.

Fonte: Pinacoteca - Estado de São Paulo, "Exposição Lucy Citti Ferreira". Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

Crédito fotográfico: Foto de Lasar Segall, datada em 1946. Imagem extraída do Facebook do Museu Universitário de Arte. Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

Lucy Citti Ferreira (São Paulo, 11 de Maio de 1911 — Paris, 17 de novembro de 2008) foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira. Viveu a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930, iniciou sua formação artística com o pintor francês André Chapuy, no Havre. De 1932 à 1934, frequentou a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, em Paris, na mesma época, expôs no Salão das Tulherias. Em 1934 retornou ao Brasil e no ano seguinte conheceu o pintor Lasar Segall, de quem se tornou aluna e modelo. Recebeu menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes, em 1935, participa do 2º Salão de Maio e realiza sua primeira mostra individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, e na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, em 1938. Voltou a morar em Paris em 1947, e se integrou ao grupo de artistas da Galeria Jean Bouchet et Jack. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). O Museu Lasar Segall promove a mostra Sombras e Luzes, em 1988, com trabalhos desenvolvidos pela artista após seu retorno à Europa.

Lucy Citti Ferreira

Lucy Citti Ferreira (São Paulo, 11 de Maio de 1911 — Paris, 17 de novembro de 2008) foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira. Viveu a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930, iniciou sua formação artística com o pintor francês André Chapuy, no Havre. De 1932 à 1934, frequentou a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, em Paris, na mesma época, expôs no Salão das Tulherias. Em 1934 retornou ao Brasil e no ano seguinte conheceu o pintor Lasar Segall, de quem se tornou aluna e modelo. Recebeu menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes, em 1935, participa do 2º Salão de Maio e realiza sua primeira mostra individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, e na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, em 1938. Voltou a morar em Paris em 1947, e se integrou ao grupo de artistas da Galeria Jean Bouchet et Jack. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). O Museu Lasar Segall promove a mostra Sombras e Luzes, em 1988, com trabalhos desenvolvidos pela artista após seu retorno à Europa.

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Palestra Lucy Citti Ferreira na Pinacoteca SP | 2013

Expressão: Lucy Citti Ferreira na Pinacoteca SP | 2013

Palestra Lucy Citti Ferreira | 2013

Biografia Lucy Citti Ferreira – Arremate Arte

Lucy Citti Ferreira foi uma pintora, desenhista, gravadora e professora brasileira. Nascida em São Paulo em 1911, ela passou sua infância e adolescência entre a Itália e Paris, onde começou a frequentar cursos de desenho na Escola Nacional Superior de Belas Artes.

Aos 23 anos, ela retornou ao Brasil e conheceu o renomado artista Lasar Segall através do escritor Mário de Andrade. Essa relação marcou sua produção artística, aproximando-se dos aspectos formais e temáticas de Segall, embora suas obras tenham uma atmosfera própria.

A produção de Lucy se destacava pelo refinamento na gradação e controle do uso da cor, explorando as nuances e tonalidades para criar vibrações em suas obras. Ela transitava entre retratos, naturezas-mortas, grupos de figuras, cenas de interiores e autorretratos. Em 1947, ela se estabeleceu em Paris, onde, após alguns anos, começou a desenvolver trabalhos quase abstratos, explorando a luminosidade e a transparência em paisagens reais e imaginárias feitas em aquarela.

Lucy Citti Ferreira faleceu em 17 de novembro de 2008, aos 97 anos, na capital francesa.

A Pinacoteca de São Paulo fez doou 33 obras da artista para o Museu de Arte da Universidade (MUnA). Essas obras, que incluem pinturas, desenhos e gravuras, estão sendo organizadas e incorporadas ao acervo do MUnA para que o público possa apreciar e contemplar a obra de Lucy Citti Ferreira, uma artista cada vez mais reconhecida por sua importância no cenário da arte brasileira.

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Biografia Lucy Citti Ferreira – Wikipédia

Em 1930, em Havre (França), iniciou-se na pintura, estudando com André Chapuy, na Escola de Belas Artes do Havre, onde obteve importantes prêmios. Entre 1932 e 1934, em Paris, aperfeiçoou-se em pintura com Armand Matial na Escola de Belas Artes de Paris.

Participou do Salão de Maio, em suas três versões, acontecidas em São Paulo nos anos de 1937, 1938 e 1939.

De 1935 a 1946, em São Paulo, estudou pintura com Lasar Segall, sendo seu modelo de pintura.

Em 1949, em Paris, casou-se com o pianista e compositor russo Georges Alexandrovitch.

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

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Biografia Lucy Citti Ferreira – Itaú Cultural

Lucy Citti Ferreira (São Paulo, São Paulo, 1911 - Paris, França, 2008). Pintora, desenhista, gravadora, professora. Vive a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930, inicia sua formação artística com o pintor francês Andre Chapuy (1885-1941), no Havre. De 1932 a 1934, freqüenta a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], em Paris, época em que expõe no Salão das Tulherias. Regressa ao Brasil em 1934 e no ano seguinte conhece o pintor Lasar Segall (1889-1957), de quem se torna aluna e modelo. Recebe menção honrosa no Salão Paulista de Belas Artes, em 1935, participa do 2º Salão de Maio e realiza sua primeira mostra individual, no Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, e na Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, em 1938. Volta a morar em Paris em 1947, e se integra ao grupo de artistas da Galeria Jean Bouchet et Jack. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). O Museu Lasar Segall promove a mostra Sombras e Luzes, em 1988, com trabalhos desenvolvidos pela artista após seu retorno à Europa.

Análise

Nascida em São Paulo, a pintora Lucy Citti Ferreira passa a infância entre Gênova e Paris, onde cursa a École Nationale Supérieure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes]. Volta com a família ao Brasil em 1935, quando, por intermédio do escritor e crítico Mário de Andrade (1893-1945), entra em contato com o pintor Lasar Segall, de quem se torna aluna e também modelo para uma seqüência de retratos. Esse contato marca profundamente sua produção do período; sua obra aproxima-se daquela de Segall, tanto no aspecto formal como em relação à temática, o que faz com que ela seja muito criticada e encontre pouca receptividade no meio artístico em sua época. Como aponta o crítico Geraldo Ferraz (1905-1979), o observador atento percebe, de fato, muitas afinidades entre a obra de Lucy Citti Ferreira e a de Segall, mas também nota que a produção do artista apresenta uma requintada gradação no uso da cor, muito controlada, ao passo que a pintora explora mais a vibração obtida pelas diversas nuances, faz uso de tonalizações e busca outro tipo de atmosfera em suas obras.

Lucy Citti Ferreira viaja novamente para a Europa em 1947, onde fixa residência. De forma geral, sua produção das décadas de 1930 e 1940 permanece esquecida no Brasil e raramente aparece em catálogos de exposições. Como nota a historiadora da arte Vera D'Horta (1944), na França a pintora passa a produzir paisagens quase abstratas, nas quais revela um caráter introspectivo. Em 1988, realiza uma exposição em São Paulo, com obras produzidas desde a década de 1960 e reunidas em duas séries - Paisagens da Lembrança e Memória. Em algumas paisagens predominam formas sinuosas, como em Colina ao Cair da Noite (déc.1970). Já em obras da série Memória, as composições ganham verticalidade, e a artista explora a luminosidade e a transparência, evocando florestas ou ainda interiores de igrejas.

Críticas

"Lucy tem certamente um temperamento de pintora, tal como se realiza nos trabalhos a que agora chegou, pela aquisição tenacíssima e consciente de uma técnica de pintar em que encontraremos tanto o desenho quanto a composição, a cor adequada, um sentido da forma, um cuidado meticuloso na escolha do dado real, e ao contrário de uma pesquisa no plano pictórico exclusivo, uma penetração audaciosa e palpitante na essência vital do objeto plástico tematicamente formulado. O prestígio da pintura de Lasar Segall - a expressão artística mais inteiriça que se desdobrou no país este século, embora suas origens européias - não poderia deixar de influir, na formação da presente expressão plástica de Lucy Citti Ferreira. Não há mal nenhum nessa influência, nem caberá negá-la ou procurar limitá-la. Tal influência serve-nos de ponto de partida para o estudo da pintura de Lucy Citti Ferreira, pois implicou numa mudança, numa alteração das possibilidades que a moça trazia com a sua curta experiência da escola francesa" — Geraldo Ferraz (LUCY Citi Ferreira: sombras e luzes. Apresentação de Maurício Segall. Textos de Jacqueline Kiang, Mário Barata e Geraldo Ferraz. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1988. XI Mostra do Ciclo de Exposições Momentos de Pintura Paulista).

"Na França, paulatinamente, Lucy foi passando da interpretação do figurativo humano à da paisagem. Massas e linhas delicadas surgem a representar o visível e seus ritmos que, segundo ela acentuou, devem muito na sua sensibilidade à presença do vento que ela capta em algumas obras, do mesmo modo que na paisagem muitos brancos são superfícies de neve que restam no terreno, em que a grandeza do silêncio é intrínseca à própria natureza. Em óleos recentes podem aparecer azuis fortes, que ela trata entre as manchas de luz que tanto marcam a sua índole lírica, nesta fase de paisagista. Esses óleos recentes já caminham, como ritmo e aglutinação das formas, para uma dimensão estética quase que de aquarela. Em vários deles, a sensibilidade de Lucy interpreta um tipo de diluição de formas, mesmo quando mantêm um núcleo central mais sólido" – Mário Barata (LUCY Citi Ferreira: sombras e luzes. Apresentação de Maurício Segall. Textos de Jacqueline Kiang, Mário Barata e Geraldo Ferraz. São Paulo: Museu Lasar Segall, 1988. XI Mostra do Ciclo de Exposições Momentos de Pintura Paulista).

Exposições Individuais

1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa

1945 - São Paulo SP - Individual, no IAB/SP

1948 - Paris (França) - Individual, na Galeria Jeanne Boucher

1953 - São Paulo SP - Individual, no Masp

1969 - Anvers (Bélgica) - Individual, na Maison de Rubens

1977 - Paris (França) - Individual, no Chapelle St. Bernard de Montparnasse

1979 - Paris (França) - Individual, no Chapelle St. Bernard de Montparnasse

1988 - São Paulo SP - Sombras e Luzes, no Museu Lasar Segall

Exposições Coletivas

ca.1931 - Havre (França) - Salão do Havre

ca.1933 - Paris (França) - Salão das Tulherias e Salão Grand-Palais

1935 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Belas Artes - menção honrosa

1936 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Belas Artes

1937 - São Paulo SP - 1º Salão de Maio, no Esplanada Hotel

1938 - São Paulo SP - 2º Salão de Maio, no Esplanada Hotel

1939 - São Paulo SP - 3º Salão de Maio, no Esplanada Hotel

1942 - São Paulo SP - 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1943 - Rio de Janeiro RJ e São Paulo SP - Exposição de Artistas Brasileiros

1944 - Belo Horizonte MG  - Exposição de Arte Moderna, no Edifício Mariana

1944 - Londres (Inglaterra) - Modern Brazilian Paintings, na Royal Academy of Arts

1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileira-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia

1944 - Norwich (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Norwich Castle and Museum

1945 - Bath (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Victory Art Gallery

1945 - Bristol (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Bristol City Museum & Art Gallery

1945 - Edimburgo (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na National Gallery

1945 - Glasgow (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Kelingrove Art Gallery

1945 - Manchester (Reino Unido) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Manchester Art Gallery

1945 - Buenos Aires (Argentina) - Pintura Brasileña Contemporânea

1949 - Paris (França) - Artistas Latino-Americanos, na Maison Unesco

1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall

2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP

2004 - São Paulo SP - Mulheres Pintoras, na Pinacoteca do Estado

2004 - Brasília DF - O Olhar Modernista de JK, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

2006 - São Paulo SP - O Olhar Modernista de JK, no MAB-FAAP

2010 - São Paulo SP - 6ª sp-arte, na Fundação Bienal

Fonte: LUCY Citti Ferreira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 15 de junho de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Sobre Lucy Citti Ferreira – Museu Universitário de Arte (MUnA)

Lucy Citti Ferreira foi pintora, desenhista, gravadora e professora. Nascida em São Paulo no ano de 1911, viveu sua infância e adolescência entre Itália e Paris, onde passou a frequentar o curso noturno de desenho de modelos clássicos na Escola Nacional Superior de Belas Artes. Volta ao Brasil com 23 anos e conhece Lasar Segall (1889-1957) por intermédio do escritor Mário de Andrade (1893-1945), e a partir de então, se torna aluna e modelo do artista. Essa relação marca sua produção artística, se aproximando dos aspectos formais e das temáticas de Segall, embora a produção de Lucy busque outro tipo de atmosfera, já que suas obras apresentam um certo refinamento na gradação e controle no uso da cor, explorando a vibração obtida pelas diversas nuances e tonalizações, assim como foi descrito pelo crítico Geraldo Ferraz (1905-1979). Transitando entre retratos, naturezas-mortas, grupos de figuras, cenas de interiores e especialmente autorretratos, em 1947 fixa-se residência em Paris, onde após alguns anos, passa a desenvolver trabalhos quase abstratos, explorando a luminosidade e a transparência em conjunto de paisagens reais e imaginárias realizadas em aquarela. Lucy falece em 17 de Novembro de 2008, aos 97 anos na capital francesa.

Em Janeiro deste ano, recebemos como doação da Pinacoteca de São Paulo, 33 obras dessa grande artista. Em um conjunto de pinturas, desenhos e gravuras, as obras estão sendo organizadas e incorporadas ao acervo do MUnA, para que futuramente o público do nosso museu possa acolher e contemplar a obra de Lucy Citti Ferreira, artista cada dia mais reconhecida pela sua importância no cenário da arte brasileira.

Fonte: Publicação de MUnA (Museu Universitário de Arte) no Facebook, publicado em 24 de julho de 2019. Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

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Exposição Lucy Citti Ferreira — Pinacoteca de São Paulo

A Pinacoteca de São Paulo, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, apresenta a exposição Lucy Citti Ferreira, com cerca de 60 trabalhos realizados entre 1930 e 1990. As obras fazem parte de um conjunto de pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, recortes de jornal, manuscritos, correspondências e documentos pessoais, catálogos e convites de exposições, que foram doados por Lucy (São Paulo, SP, 1911 – Paris, França, 2008) para a Associação Pinacoteca Arte e Cultura-APAC, poucos meses antes de sua morte. A doação foi recebida por Regina Teixeira de Barros, curadora da Pinacoteca que, junto com Rosa Esteves, pesquisadora do Museu Lasar Segall e amiga da artista, ficaram responsáveis por organizar e catalogar todo o conteúdo recebido. “Estimava-se, à primeira vista, que houvesse cerca de 600 obras sobre papel a serem catalogadas (…). Entretanto, após quase três anos chegou-se a um número mais do que cinco vezes maior: foram catalogadas 3219 obras de Lucy”, afirma Regina Teixeira de Barros.

Esta exposição é a mais completa já realizada sobre sua obras. É uma rara oportunidade de ver um significativo conjunto da artista reunido num só espaço, pois sua última mostra individual aconteceu em 1988 no Museu Lasar Segall, ocasião em que também doou para a Pinacoteca cinco obras, um desenho e quatro xilogravuras.  A exposição Lucy Citti Ferreira começa com pinturas realizadas no período de formação da artista em Paris e termina com um conjunto de paisagens imaginárias realizadas em aquarela, na década de 1980. Entre os dois extremos estão os desenhos, aquarelas e pinturas que Lucy produziu entre 1935 e o final da década de 1950, período mais produtivo de sua carreira. Aí estão contemplados retratos, naturezas-mortas, grupos de figuras, cenas de interiores e, em maior evidência, os autorretratos, que se sobressaem tanto pela  qualidade da pintura quanto pela quantidade de variações sobre o tema. Por meio dessa seleção de obras também é possível acompanhar as sutilezas das transformações formais que se apresentam nesse intervalo: do alinhamento às características do Retorno à ordem às simplificações da figura levemente contaminadas pelas tendências abstracionistas do pós-Guerra.

“A mostra tem como objetivo evidenciar a qualidade da obra de Lucy e reparar, na medida do possível, o apagamento a que foi relegada. Ao mesmo tempo, a ocasião é propícia para explicitar sua singularidade, que muitas vezes foi posta em dúvida devido à (superficial) similaridade de algumas obras com aquelas de Lasar Segall, de quem foi modelo e discípula. Finalmente, essa mostra tem a intenção de saldar um compromisso selado muitos anos antes, de acolher sua obra, estudá-la e divulgá-la com a merecida distinção, de maneira a inseri-la efetivamente na história da arte brasileira”. Afirma Regina Teixeira de Barros, curadora da mostra.

Sobre a artista

Lucy Citti Ferreira (São Paulo SP 1911 – Paris, França 2008). Pintora, desenhista, gravadora, professora. Vive a infância e adolescência na Itália e na França com a família. Em 1930 frequenta o curso noturno de desenho de modelos clássicos na École Régionale des Beaux- Arts do Havre. Inicia seus estudos de pintura com André Chapuy. De 1932 a 1934, freqüenta a École Nationale des Beaux-Arts [Escola Nacional de Belas Artes], em Paris. Aperfeiçoa-se em Pintura com Fernand Sabatté (1874-1940) e escultura com Armand Matial (1984-1960). Expõe no Grand Palais e no Salon des Tuileries. Retorna ao Brasil e instala seu ateliê na Rua Martinico Prado, no bairro de Higienopólis, em São Paulo. Conhece o pintor Lasar Segall (1891-1957), de quem se torna aluna e modelo. Volta a morar em Paris em 1947 e, no ano seguinte, expõe na Galerie Jeanne Bucher, em Paris. Em 1954, faz exposição individual no Museu de Arte de São Paulo. Em 1988, realiza a exposição individual Sombras e luzes no Museu Lasar Segall. Nessa ocasião, doa cinco obras (um desenho e quatro xilogravuras) para a Pinacoteca do Estado de São Paulo e sete obras (seis pinturas e um desenho) para o Museu da Arte Moderna de São Paulo. Em 2000 participa da exposição Mostra do redescobrimento: Negro de corpo e alma, roganizada pela Fundação Bienal de São Paulo. Em 2004 participa da exposição Mulheres pintoras, na Pinacoteca do Estado, São Paulo e da mostra O olhar modernista de JK, no Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, Brasília, Distrito Federal. Faleceu em 17 de novembro de 2008 em Paris e suas cinzas foram transladadas para o jazigo da família no cemitério da Consolação, em São Paulo.

Fonte: Pinacoteca - Estado de São Paulo, "Exposição Lucy Citti Ferreira". Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

Crédito fotográfico: Foto de Lasar Segall, datada em 1946. Imagem extraída do Facebook do Museu Universitário de Arte. Consultado pela última vez em 15 de junho de 2023.

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