Anne Marie Nivouliès de Pierrefort (Toulon, França, 6 de janeiro de 1879 — Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1968), mais conhecida como Marie Nivouliès de Pierrefort, foi uma pintora impressionista francesa. Conhecida por seu estilo expressivo e obras que retratavam a vida cotidiana e paisagens naturais, Pierrefort foi aluna de Ferdinand Humbert na Escola de Belas Artes de Paris, participou do Salão dos Independentes, a partir de 1907, e do Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes, a partir de 1910. Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Ganhou uma bolsa de viagem para Tunis, na Tunísia, onde pintou sobretudo cenas da África do Norte e marinhas do mediterrâneo. Em 1938 chegou ao Brasil, realizou uma exposição no Museu Nacional de Belas Artes em 1946. Retornou à França em 1950, onde permaneceu até 1959, ano em que voltou definitivamente para o Brasil, onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela. Além de pintora, Marie era uma defensora das artes e cultura, apoiando artistas emergentes e instituições artísticas. Seu legado continua vivo, com suas pinturas valorizadas até hoje, e ela é reconhecida como uma figura importante na arte francesa do século XX. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à sua amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort – Arremate Arte
Marie Nivoulies de Pierrefort (1879-1968) foi uma figura proeminente no campo da arte e da cultura francesa. Ela nasceu em 1879 em uma família de origem aristocrática em Pierrefort, na França. Desde cedo, Marie demonstrou um grande interesse e talento para as artes visuais.
Ela estudou pintura na renomada Académie Julian em Paris, onde teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades e explorar diferentes técnicas artísticas. Marie se destacou por seu estilo expressivo e por suas obras que retratavam cenas da vida cotidiana, paisagens naturais e retratos de pessoas.
Durante sua carreira, Marie Nivoulies de Pierrefort participou de várias exposições de arte em Paris e em outras cidades importantes da França. Suas obras foram bem recebidas pela crítica e pelo público, que admiravam sua habilidade em capturar a essência dos temas retratados.
Além de sua dedicação à pintura, Marie também era uma defensora das artes e da cultura. Ela era conhecida por promover o trabalho de artistas emergentes e por apoiar instituições artísticas e educacionais.
Marie Nivoulies de Pierrefort faleceu em 1968, deixando um legado de contribuições para o mundo da arte. Suas pinturas continuam a ser valorizadas e apreciadas até os dias de hoje, e seu nome é lembrado como uma figura importante no cenário artístico francês do século XX.
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Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort — Wikipédia
Embora fosse descendente direta dos condes de Pierrefort, sua família era muito pobre e humilde. A despeito da pobreza, Pierrefort frequentou um colégio de freiras, conseguindo, em seguida, uma bolsa de estudos para a Escola de Belas Artes de Paris.
Ainda como estudante, frequentou ateliês de grandes mestres impressionistas como Pierre Auguste Renoir (1841-1919) e Pierre Bonnard (1867-1947). No ano de 1910, ganhou um prêmio de viagem da Escola de Belas Artes de Paris e viajou para a Tunísia, onde pintou diversas paisagens mediterrâneas.
Casou-se com Paul Ternisien, em 18 de maio de 1911. Cinco anos mais tarde, Pierrefort deu à luz seu único filho. No entanto, o menino nasceu com graves problemas de saúde, dentre os quais hidrocefalia, vindo a falecer aos 7 anos de idade.
No Brasil
Em 1938, a pintora mudou-se para o Brasil, passando a residir na cidade do Rio de Janeiro. Em primeiro lugar morou na ilha de Paquetá, depois no bairro de Laranjeiras, e finalmente na Ladeira da Glória, de onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela.
No Rio de Janeiro, Pierrefort fez duas exposições indivuduais, ambas no Museu Nacional de Belas Artes, nos anos de 1946 e 1956. Participou também de diversas coletivas, dentre as quais se destacam o Salão dos Independentes, em Paris (diversas edições entre 1908 e 1955); o Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (1941) e 1º Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro (1949).
Em 1944, Pierrefort ficou viúva, no entanto, mesmo sozinha no Brasil, resolveu não retornar à França naquele momento. Voltaria anos mais tarde, em 1950, e lá permaneceria até 1959, quando então retornaria definitivamente para o Brasil. Seu atelier no bairro da Glória era frequentado por muitos artistas iniciantes, que com ela aprendiam as técnicas impressionistas. Mais tarde, alguns deles se tornaram afamados pintores, tal como o diplomata Sergio Telles. Mesmo sozinha e viúva, Pierrefort ainda pintou por quase mais uma década no Brasil, até sua morte, ocorrida em 24 de dezembro de 1968, no Rio de Janeiro.
Antes de falecer, residiu durante seis meses no Asilo São Luiz para Velhice, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, seus gatos viviam sozinhos em seu atelier e apartamento, sendo apenas alimentados por amigos. Após sua morte, muitas telas de Pierrefort ainda estavam lá, porém grande parte delas havia sido danificada, e até destruída pela umidade e pelos felinos. O pintor Sérgio Telles, seu amigo e seguidor, cuidadosamente restaurou o que havia sobrado da obra de Nivouliès de Pierrefort. Em seguida, dedicou o livro "Marie Nivouliès" em sua homenagem publicado pela Galeria Wildenstein de Buenos Aires em 1977, que promoveu uma exposição póstuma da artista. Além do texto de Sergio Telles no referido livro participaram da obra os críticos Raymond Cogniat, Paris; Rafael Squirru, Buenos Aires; e Mário Barata, Rio de Janeiro. Após a mostra na Wildenstein de Buenos Aires, Sergio Telles promoveu retrospectiva da obra de Marie Nivouliès no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires; e no Museu Nacional de Toulon, terra natal da artista.
Quase 20 anos depois de sua morte, uma galeria de arte carioca organizou sua última grande exposição comercial, no Rio de Janeiro, oportunidade última que teve o público de arte para adquirir uma obra diante de variadas opções de escolha.
Em 1992 foi exibida a última mostra da pintora, intitulada "Natureza: quatro séculos de arte no Brasil', no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Exposições
1974 - O Mar
1980 - A Paisagem Brasileira: 1650-1976
1992 - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil
2004 - Mulheres pintoras: a casa e o mundo
2005 - Cidade Maravilhosa: uma iconografia carioca - 1920/1980
2018 - Mulheres na Coleção MAR
Fonte: MARIE Nivoulies de Pierrefort. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 30 de maio de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Anne Marie Nivouliés de Pierrefort — Arte é Vida
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Fonte: Arte é Vida. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Obras
"Menina" é uma obra que foi elaborada entre 1949 e 1950, a pintura foi uma encomenda de sua mãe à artista francesa, que tinha um ateliê na Glória, Zona Sul do Rio. Pierrefort voltou para a França em 1950 sem realizar a entrega do quadro. Mãe e filha, que moravam no mesmo bairro, nunca chegaram a ver a obra original finalizada, exceto em um livro sobre a pintora, escrito por Sérgio Telles. Sem ver o trabalho há quase 70 anos, a documentarista Maria Luiza Aboim, de 75 anos, recebeu mensagem de uma amiga que estava visitando o museu, contando que a tela estava em exposição. Então, Maria Luiza veio de Teresópolis (RJ) conferir a obra de perto. O trabalho “Menina” chegou ao acervo do museu em 2016 por meio de doador anônimo.
Além desse quadro muito famoso, há outros 5 considerados como os mais conhecidos da artista. São eles: Flores na Janela, Igreja de Nossa Senhora do Outeiro, Paisagem de Paquetá, Porto de Salvador e Praia do Flamengo.
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Nivouliés de Pierrefort — Pitoresco
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem a amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
A janela
Era uma janela privilegiada, aquela do apartamento na ladeira da Glória: à esquerda uma ampla vista da cidade do Rio de Janeiro; Ao centro, toda a baía da Guanabara, com veleiros enfeitando suas águas tranqüilas, em cuja orla se erguiam, como cenário coadjuvante, os morros que se tornaram os mais belos cartões-postais da cidade maravilhosa.
Mais à direita, no ponto mais alto do outeiro, a Igreja da Glória, majestosa na sua simplicidade, borbulhante de eventos que agitavam a vida naquele recanto aparentemente sossegado da cidade. Da janela, contemplava-se o movimento de fiéis, atendendo o chamado às missas regulares; via-se a chegada de noivos em busca das bênçãos divinas para um amor que juravam seria eterno; acompanhava-se, por fim, a alegria das quermesses realizadas no pátio da Igreja.
A artista
Imagine-se agora, a sensibilidade e experiência de uma artista, com o cavalete instalado em frente essa abertura para o mundo, captando e transportando para a tela cada partícula daquele cenário e daquela agitação positiva da vida.
Pois lá estava Marie Anne Nivouliès de Pierrefort, registrando em seus quadros cada momento da vida da cidade e cada fragmento das atividades que se desenvolviam à sua volta.
Nivolliès de Pierrefort nasceu em Toulon, histórica cidade francesa no litoral do mar Mediterrâneo, no dia 6 de janeiro de 1879, e, nesse lugar, viveu uma infância de extrema pobreza.
Egressa de um colégio de freiras, ainda na adolescência, conseguiu uma bolsa de estudos que lhe permitiu mudar-se para París, onde estudou na Escola de Belas Artes.
Desenvolvendo bem seu talento para a pintura, recebeu um prêmio de viagem à Tunísia, ao norte da África, que era, na época, um protetorado francês. Lá pintou vários quadros, alguns dos quais foram adquiridos pelo governo da França.
Coração atribulado
Embora nascida no dia dos Santos Reis e com um talento que fez dela uma rainha no campo das artes, a vida de Nivoliès tem uma trajetória marcada por grandes dificuldades e revezes.
Em 18 de maio de 1911, casou-se com Paul Ternisien, nove anos mais velho que ela, o qual tornou-se sua inseparável companhia até a morte dele, em 1944. Mas Ternisien era um músico vivendo do subemprego, o que aumentava as responsabilidades da pintora na complementação da renda doméstica.
Cinco anos após o casamento, nasceu seu único filho, porém com sérios problemas de saúde. Portador de hidrocefalia, o menino viveu anos de luta contra o mal, vindo a falecer, ainda na França, em 1923, aos sete anos de idade.
A Ladeira da Glória
Em 1938, a artista e seu marido mudam-se para o Brasil, residindo na cidade do Rio de Janeiro, primeiro na ilha de Paquetá, depois na rua Pinheiro Machado, e transferindo-se, mais tarde, de forma definitiva, para o apartamento da Ladeira da Glória, onde fixaram residência.
Em 1944, morre-lhe o esposo. Em 17 de junho de 1968, com sérios problemas de saúde, ela é internada no Asilo São Luís para a Velhice, onde veio a falecer, na véspera do Natal.
Inicialmente a pintora assinava simplesmente como Nivouliès. Pouco antes de vir ao Brasil, descobriu ter uma linha genealógica ascendente que a ligava aos condes de Pierrefort e, a partir de 1937, passou a assinar como Nivouliès de Pierrefort. Alguns quadros aparecem ainda como Marie de Nivoliès e outros, muito poucos, registram o autógrafo de Pierrefort.
Fonte: Pitoresco, texto de Paulo Victorino. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
Crédito fotográfico: Captura de imagem do vídeo de Arte na Rede. Publicado em 17 de julho de 2019. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
Anne Marie Nivouliès de Pierrefort (Toulon, França, 6 de janeiro de 1879 — Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1968), mais conhecida como Marie Nivouliès de Pierrefort, foi uma pintora impressionista francesa. Conhecida por seu estilo expressivo e obras que retratavam a vida cotidiana e paisagens naturais, Pierrefort foi aluna de Ferdinand Humbert na Escola de Belas Artes de Paris, participou do Salão dos Independentes, a partir de 1907, e do Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes, a partir de 1910. Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Ganhou uma bolsa de viagem para Tunis, na Tunísia, onde pintou sobretudo cenas da África do Norte e marinhas do mediterrâneo. Em 1938 chegou ao Brasil, realizou uma exposição no Museu Nacional de Belas Artes em 1946. Retornou à França em 1950, onde permaneceu até 1959, ano em que voltou definitivamente para o Brasil, onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela. Além de pintora, Marie era uma defensora das artes e cultura, apoiando artistas emergentes e instituições artísticas. Seu legado continua vivo, com suas pinturas valorizadas até hoje, e ela é reconhecida como uma figura importante na arte francesa do século XX. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à sua amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort – Arremate Arte
Marie Nivoulies de Pierrefort (1879-1968) foi uma figura proeminente no campo da arte e da cultura francesa. Ela nasceu em 1879 em uma família de origem aristocrática em Pierrefort, na França. Desde cedo, Marie demonstrou um grande interesse e talento para as artes visuais.
Ela estudou pintura na renomada Académie Julian em Paris, onde teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades e explorar diferentes técnicas artísticas. Marie se destacou por seu estilo expressivo e por suas obras que retratavam cenas da vida cotidiana, paisagens naturais e retratos de pessoas.
Durante sua carreira, Marie Nivoulies de Pierrefort participou de várias exposições de arte em Paris e em outras cidades importantes da França. Suas obras foram bem recebidas pela crítica e pelo público, que admiravam sua habilidade em capturar a essência dos temas retratados.
Além de sua dedicação à pintura, Marie também era uma defensora das artes e da cultura. Ela era conhecida por promover o trabalho de artistas emergentes e por apoiar instituições artísticas e educacionais.
Marie Nivoulies de Pierrefort faleceu em 1968, deixando um legado de contribuições para o mundo da arte. Suas pinturas continuam a ser valorizadas e apreciadas até os dias de hoje, e seu nome é lembrado como uma figura importante no cenário artístico francês do século XX.
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Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort — Wikipédia
Embora fosse descendente direta dos condes de Pierrefort, sua família era muito pobre e humilde. A despeito da pobreza, Pierrefort frequentou um colégio de freiras, conseguindo, em seguida, uma bolsa de estudos para a Escola de Belas Artes de Paris.
Ainda como estudante, frequentou ateliês de grandes mestres impressionistas como Pierre Auguste Renoir (1841-1919) e Pierre Bonnard (1867-1947). No ano de 1910, ganhou um prêmio de viagem da Escola de Belas Artes de Paris e viajou para a Tunísia, onde pintou diversas paisagens mediterrâneas.
Casou-se com Paul Ternisien, em 18 de maio de 1911. Cinco anos mais tarde, Pierrefort deu à luz seu único filho. No entanto, o menino nasceu com graves problemas de saúde, dentre os quais hidrocefalia, vindo a falecer aos 7 anos de idade.
No Brasil
Em 1938, a pintora mudou-se para o Brasil, passando a residir na cidade do Rio de Janeiro. Em primeiro lugar morou na ilha de Paquetá, depois no bairro de Laranjeiras, e finalmente na Ladeira da Glória, de onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela.
No Rio de Janeiro, Pierrefort fez duas exposições indivuduais, ambas no Museu Nacional de Belas Artes, nos anos de 1946 e 1956. Participou também de diversas coletivas, dentre as quais se destacam o Salão dos Independentes, em Paris (diversas edições entre 1908 e 1955); o Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (1941) e 1º Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro (1949).
Em 1944, Pierrefort ficou viúva, no entanto, mesmo sozinha no Brasil, resolveu não retornar à França naquele momento. Voltaria anos mais tarde, em 1950, e lá permaneceria até 1959, quando então retornaria definitivamente para o Brasil. Seu atelier no bairro da Glória era frequentado por muitos artistas iniciantes, que com ela aprendiam as técnicas impressionistas. Mais tarde, alguns deles se tornaram afamados pintores, tal como o diplomata Sergio Telles. Mesmo sozinha e viúva, Pierrefort ainda pintou por quase mais uma década no Brasil, até sua morte, ocorrida em 24 de dezembro de 1968, no Rio de Janeiro.
Antes de falecer, residiu durante seis meses no Asilo São Luiz para Velhice, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, seus gatos viviam sozinhos em seu atelier e apartamento, sendo apenas alimentados por amigos. Após sua morte, muitas telas de Pierrefort ainda estavam lá, porém grande parte delas havia sido danificada, e até destruída pela umidade e pelos felinos. O pintor Sérgio Telles, seu amigo e seguidor, cuidadosamente restaurou o que havia sobrado da obra de Nivouliès de Pierrefort. Em seguida, dedicou o livro "Marie Nivouliès" em sua homenagem publicado pela Galeria Wildenstein de Buenos Aires em 1977, que promoveu uma exposição póstuma da artista. Além do texto de Sergio Telles no referido livro participaram da obra os críticos Raymond Cogniat, Paris; Rafael Squirru, Buenos Aires; e Mário Barata, Rio de Janeiro. Após a mostra na Wildenstein de Buenos Aires, Sergio Telles promoveu retrospectiva da obra de Marie Nivouliès no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires; e no Museu Nacional de Toulon, terra natal da artista.
Quase 20 anos depois de sua morte, uma galeria de arte carioca organizou sua última grande exposição comercial, no Rio de Janeiro, oportunidade última que teve o público de arte para adquirir uma obra diante de variadas opções de escolha.
Em 1992 foi exibida a última mostra da pintora, intitulada "Natureza: quatro séculos de arte no Brasil', no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Exposições
1974 - O Mar
1980 - A Paisagem Brasileira: 1650-1976
1992 - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil
2004 - Mulheres pintoras: a casa e o mundo
2005 - Cidade Maravilhosa: uma iconografia carioca - 1920/1980
2018 - Mulheres na Coleção MAR
Fonte: MARIE Nivoulies de Pierrefort. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 30 de maio de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Anne Marie Nivouliés de Pierrefort — Arte é Vida
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Fonte: Arte é Vida. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Obras
"Menina" é uma obra que foi elaborada entre 1949 e 1950, a pintura foi uma encomenda de sua mãe à artista francesa, que tinha um ateliê na Glória, Zona Sul do Rio. Pierrefort voltou para a França em 1950 sem realizar a entrega do quadro. Mãe e filha, que moravam no mesmo bairro, nunca chegaram a ver a obra original finalizada, exceto em um livro sobre a pintora, escrito por Sérgio Telles. Sem ver o trabalho há quase 70 anos, a documentarista Maria Luiza Aboim, de 75 anos, recebeu mensagem de uma amiga que estava visitando o museu, contando que a tela estava em exposição. Então, Maria Luiza veio de Teresópolis (RJ) conferir a obra de perto. O trabalho “Menina” chegou ao acervo do museu em 2016 por meio de doador anônimo.
Além desse quadro muito famoso, há outros 5 considerados como os mais conhecidos da artista. São eles: Flores na Janela, Igreja de Nossa Senhora do Outeiro, Paisagem de Paquetá, Porto de Salvador e Praia do Flamengo.
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Nivouliés de Pierrefort — Pitoresco
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem a amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
A janela
Era uma janela privilegiada, aquela do apartamento na ladeira da Glória: à esquerda uma ampla vista da cidade do Rio de Janeiro; Ao centro, toda a baía da Guanabara, com veleiros enfeitando suas águas tranqüilas, em cuja orla se erguiam, como cenário coadjuvante, os morros que se tornaram os mais belos cartões-postais da cidade maravilhosa.
Mais à direita, no ponto mais alto do outeiro, a Igreja da Glória, majestosa na sua simplicidade, borbulhante de eventos que agitavam a vida naquele recanto aparentemente sossegado da cidade. Da janela, contemplava-se o movimento de fiéis, atendendo o chamado às missas regulares; via-se a chegada de noivos em busca das bênçãos divinas para um amor que juravam seria eterno; acompanhava-se, por fim, a alegria das quermesses realizadas no pátio da Igreja.
A artista
Imagine-se agora, a sensibilidade e experiência de uma artista, com o cavalete instalado em frente essa abertura para o mundo, captando e transportando para a tela cada partícula daquele cenário e daquela agitação positiva da vida.
Pois lá estava Marie Anne Nivouliès de Pierrefort, registrando em seus quadros cada momento da vida da cidade e cada fragmento das atividades que se desenvolviam à sua volta.
Nivolliès de Pierrefort nasceu em Toulon, histórica cidade francesa no litoral do mar Mediterrâneo, no dia 6 de janeiro de 1879, e, nesse lugar, viveu uma infância de extrema pobreza.
Egressa de um colégio de freiras, ainda na adolescência, conseguiu uma bolsa de estudos que lhe permitiu mudar-se para París, onde estudou na Escola de Belas Artes.
Desenvolvendo bem seu talento para a pintura, recebeu um prêmio de viagem à Tunísia, ao norte da África, que era, na época, um protetorado francês. Lá pintou vários quadros, alguns dos quais foram adquiridos pelo governo da França.
Coração atribulado
Embora nascida no dia dos Santos Reis e com um talento que fez dela uma rainha no campo das artes, a vida de Nivoliès tem uma trajetória marcada por grandes dificuldades e revezes.
Em 18 de maio de 1911, casou-se com Paul Ternisien, nove anos mais velho que ela, o qual tornou-se sua inseparável companhia até a morte dele, em 1944. Mas Ternisien era um músico vivendo do subemprego, o que aumentava as responsabilidades da pintora na complementação da renda doméstica.
Cinco anos após o casamento, nasceu seu único filho, porém com sérios problemas de saúde. Portador de hidrocefalia, o menino viveu anos de luta contra o mal, vindo a falecer, ainda na França, em 1923, aos sete anos de idade.
A Ladeira da Glória
Em 1938, a artista e seu marido mudam-se para o Brasil, residindo na cidade do Rio de Janeiro, primeiro na ilha de Paquetá, depois na rua Pinheiro Machado, e transferindo-se, mais tarde, de forma definitiva, para o apartamento da Ladeira da Glória, onde fixaram residência.
Em 1944, morre-lhe o esposo. Em 17 de junho de 1968, com sérios problemas de saúde, ela é internada no Asilo São Luís para a Velhice, onde veio a falecer, na véspera do Natal.
Inicialmente a pintora assinava simplesmente como Nivouliès. Pouco antes de vir ao Brasil, descobriu ter uma linha genealógica ascendente que a ligava aos condes de Pierrefort e, a partir de 1937, passou a assinar como Nivouliès de Pierrefort. Alguns quadros aparecem ainda como Marie de Nivoliès e outros, muito poucos, registram o autógrafo de Pierrefort.
Fonte: Pitoresco, texto de Paulo Victorino. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
Crédito fotográfico: Captura de imagem do vídeo de Arte na Rede. Publicado em 17 de julho de 2019. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Anne Marie Nivouliès de Pierrefort (Toulon, França, 6 de janeiro de 1879 — Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1968), mais conhecida como Marie Nivouliès de Pierrefort, foi uma pintora impressionista francesa. Conhecida por seu estilo expressivo e obras que retratavam a vida cotidiana e paisagens naturais, Pierrefort foi aluna de Ferdinand Humbert na Escola de Belas Artes de Paris, participou do Salão dos Independentes, a partir de 1907, e do Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes, a partir de 1910. Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Ganhou uma bolsa de viagem para Tunis, na Tunísia, onde pintou sobretudo cenas da África do Norte e marinhas do mediterrâneo. Em 1938 chegou ao Brasil, realizou uma exposição no Museu Nacional de Belas Artes em 1946. Retornou à França em 1950, onde permaneceu até 1959, ano em que voltou definitivamente para o Brasil, onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela. Além de pintora, Marie era uma defensora das artes e cultura, apoiando artistas emergentes e instituições artísticas. Seu legado continua vivo, com suas pinturas valorizadas até hoje, e ela é reconhecida como uma figura importante na arte francesa do século XX. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à sua amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort – Arremate Arte
Marie Nivoulies de Pierrefort (1879-1968) foi uma figura proeminente no campo da arte e da cultura francesa. Ela nasceu em 1879 em uma família de origem aristocrática em Pierrefort, na França. Desde cedo, Marie demonstrou um grande interesse e talento para as artes visuais.
Ela estudou pintura na renomada Académie Julian em Paris, onde teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades e explorar diferentes técnicas artísticas. Marie se destacou por seu estilo expressivo e por suas obras que retratavam cenas da vida cotidiana, paisagens naturais e retratos de pessoas.
Durante sua carreira, Marie Nivoulies de Pierrefort participou de várias exposições de arte em Paris e em outras cidades importantes da França. Suas obras foram bem recebidas pela crítica e pelo público, que admiravam sua habilidade em capturar a essência dos temas retratados.
Além de sua dedicação à pintura, Marie também era uma defensora das artes e da cultura. Ela era conhecida por promover o trabalho de artistas emergentes e por apoiar instituições artísticas e educacionais.
Marie Nivoulies de Pierrefort faleceu em 1968, deixando um legado de contribuições para o mundo da arte. Suas pinturas continuam a ser valorizadas e apreciadas até os dias de hoje, e seu nome é lembrado como uma figura importante no cenário artístico francês do século XX.
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Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort — Wikipédia
Embora fosse descendente direta dos condes de Pierrefort, sua família era muito pobre e humilde. A despeito da pobreza, Pierrefort frequentou um colégio de freiras, conseguindo, em seguida, uma bolsa de estudos para a Escola de Belas Artes de Paris.
Ainda como estudante, frequentou ateliês de grandes mestres impressionistas como Pierre Auguste Renoir (1841-1919) e Pierre Bonnard (1867-1947). No ano de 1910, ganhou um prêmio de viagem da Escola de Belas Artes de Paris e viajou para a Tunísia, onde pintou diversas paisagens mediterrâneas.
Casou-se com Paul Ternisien, em 18 de maio de 1911. Cinco anos mais tarde, Pierrefort deu à luz seu único filho. No entanto, o menino nasceu com graves problemas de saúde, dentre os quais hidrocefalia, vindo a falecer aos 7 anos de idade.
No Brasil
Em 1938, a pintora mudou-se para o Brasil, passando a residir na cidade do Rio de Janeiro. Em primeiro lugar morou na ilha de Paquetá, depois no bairro de Laranjeiras, e finalmente na Ladeira da Glória, de onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela.
No Rio de Janeiro, Pierrefort fez duas exposições indivuduais, ambas no Museu Nacional de Belas Artes, nos anos de 1946 e 1956. Participou também de diversas coletivas, dentre as quais se destacam o Salão dos Independentes, em Paris (diversas edições entre 1908 e 1955); o Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (1941) e 1º Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro (1949).
Em 1944, Pierrefort ficou viúva, no entanto, mesmo sozinha no Brasil, resolveu não retornar à França naquele momento. Voltaria anos mais tarde, em 1950, e lá permaneceria até 1959, quando então retornaria definitivamente para o Brasil. Seu atelier no bairro da Glória era frequentado por muitos artistas iniciantes, que com ela aprendiam as técnicas impressionistas. Mais tarde, alguns deles se tornaram afamados pintores, tal como o diplomata Sergio Telles. Mesmo sozinha e viúva, Pierrefort ainda pintou por quase mais uma década no Brasil, até sua morte, ocorrida em 24 de dezembro de 1968, no Rio de Janeiro.
Antes de falecer, residiu durante seis meses no Asilo São Luiz para Velhice, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, seus gatos viviam sozinhos em seu atelier e apartamento, sendo apenas alimentados por amigos. Após sua morte, muitas telas de Pierrefort ainda estavam lá, porém grande parte delas havia sido danificada, e até destruída pela umidade e pelos felinos. O pintor Sérgio Telles, seu amigo e seguidor, cuidadosamente restaurou o que havia sobrado da obra de Nivouliès de Pierrefort. Em seguida, dedicou o livro "Marie Nivouliès" em sua homenagem publicado pela Galeria Wildenstein de Buenos Aires em 1977, que promoveu uma exposição póstuma da artista. Além do texto de Sergio Telles no referido livro participaram da obra os críticos Raymond Cogniat, Paris; Rafael Squirru, Buenos Aires; e Mário Barata, Rio de Janeiro. Após a mostra na Wildenstein de Buenos Aires, Sergio Telles promoveu retrospectiva da obra de Marie Nivouliès no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires; e no Museu Nacional de Toulon, terra natal da artista.
Quase 20 anos depois de sua morte, uma galeria de arte carioca organizou sua última grande exposição comercial, no Rio de Janeiro, oportunidade última que teve o público de arte para adquirir uma obra diante de variadas opções de escolha.
Em 1992 foi exibida a última mostra da pintora, intitulada "Natureza: quatro séculos de arte no Brasil', no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Exposições
1974 - O Mar
1980 - A Paisagem Brasileira: 1650-1976
1992 - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil
2004 - Mulheres pintoras: a casa e o mundo
2005 - Cidade Maravilhosa: uma iconografia carioca - 1920/1980
2018 - Mulheres na Coleção MAR
Fonte: MARIE Nivoulies de Pierrefort. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 30 de maio de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Anne Marie Nivouliés de Pierrefort — Arte é Vida
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Fonte: Arte é Vida. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Obras
"Menina" é uma obra que foi elaborada entre 1949 e 1950, a pintura foi uma encomenda de sua mãe à artista francesa, que tinha um ateliê na Glória, Zona Sul do Rio. Pierrefort voltou para a França em 1950 sem realizar a entrega do quadro. Mãe e filha, que moravam no mesmo bairro, nunca chegaram a ver a obra original finalizada, exceto em um livro sobre a pintora, escrito por Sérgio Telles. Sem ver o trabalho há quase 70 anos, a documentarista Maria Luiza Aboim, de 75 anos, recebeu mensagem de uma amiga que estava visitando o museu, contando que a tela estava em exposição. Então, Maria Luiza veio de Teresópolis (RJ) conferir a obra de perto. O trabalho “Menina” chegou ao acervo do museu em 2016 por meio de doador anônimo.
Além desse quadro muito famoso, há outros 5 considerados como os mais conhecidos da artista. São eles: Flores na Janela, Igreja de Nossa Senhora do Outeiro, Paisagem de Paquetá, Porto de Salvador e Praia do Flamengo.
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Nivouliés de Pierrefort — Pitoresco
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem a amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
A janela
Era uma janela privilegiada, aquela do apartamento na ladeira da Glória: à esquerda uma ampla vista da cidade do Rio de Janeiro; Ao centro, toda a baía da Guanabara, com veleiros enfeitando suas águas tranqüilas, em cuja orla se erguiam, como cenário coadjuvante, os morros que se tornaram os mais belos cartões-postais da cidade maravilhosa.
Mais à direita, no ponto mais alto do outeiro, a Igreja da Glória, majestosa na sua simplicidade, borbulhante de eventos que agitavam a vida naquele recanto aparentemente sossegado da cidade. Da janela, contemplava-se o movimento de fiéis, atendendo o chamado às missas regulares; via-se a chegada de noivos em busca das bênçãos divinas para um amor que juravam seria eterno; acompanhava-se, por fim, a alegria das quermesses realizadas no pátio da Igreja.
A artista
Imagine-se agora, a sensibilidade e experiência de uma artista, com o cavalete instalado em frente essa abertura para o mundo, captando e transportando para a tela cada partícula daquele cenário e daquela agitação positiva da vida.
Pois lá estava Marie Anne Nivouliès de Pierrefort, registrando em seus quadros cada momento da vida da cidade e cada fragmento das atividades que se desenvolviam à sua volta.
Nivolliès de Pierrefort nasceu em Toulon, histórica cidade francesa no litoral do mar Mediterrâneo, no dia 6 de janeiro de 1879, e, nesse lugar, viveu uma infância de extrema pobreza.
Egressa de um colégio de freiras, ainda na adolescência, conseguiu uma bolsa de estudos que lhe permitiu mudar-se para París, onde estudou na Escola de Belas Artes.
Desenvolvendo bem seu talento para a pintura, recebeu um prêmio de viagem à Tunísia, ao norte da África, que era, na época, um protetorado francês. Lá pintou vários quadros, alguns dos quais foram adquiridos pelo governo da França.
Coração atribulado
Embora nascida no dia dos Santos Reis e com um talento que fez dela uma rainha no campo das artes, a vida de Nivoliès tem uma trajetória marcada por grandes dificuldades e revezes.
Em 18 de maio de 1911, casou-se com Paul Ternisien, nove anos mais velho que ela, o qual tornou-se sua inseparável companhia até a morte dele, em 1944. Mas Ternisien era um músico vivendo do subemprego, o que aumentava as responsabilidades da pintora na complementação da renda doméstica.
Cinco anos após o casamento, nasceu seu único filho, porém com sérios problemas de saúde. Portador de hidrocefalia, o menino viveu anos de luta contra o mal, vindo a falecer, ainda na França, em 1923, aos sete anos de idade.
A Ladeira da Glória
Em 1938, a artista e seu marido mudam-se para o Brasil, residindo na cidade do Rio de Janeiro, primeiro na ilha de Paquetá, depois na rua Pinheiro Machado, e transferindo-se, mais tarde, de forma definitiva, para o apartamento da Ladeira da Glória, onde fixaram residência.
Em 1944, morre-lhe o esposo. Em 17 de junho de 1968, com sérios problemas de saúde, ela é internada no Asilo São Luís para a Velhice, onde veio a falecer, na véspera do Natal.
Inicialmente a pintora assinava simplesmente como Nivouliès. Pouco antes de vir ao Brasil, descobriu ter uma linha genealógica ascendente que a ligava aos condes de Pierrefort e, a partir de 1937, passou a assinar como Nivouliès de Pierrefort. Alguns quadros aparecem ainda como Marie de Nivoliès e outros, muito poucos, registram o autógrafo de Pierrefort.
Fonte: Pitoresco, texto de Paulo Victorino. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
Crédito fotográfico: Captura de imagem do vídeo de Arte na Rede. Publicado em 17 de julho de 2019. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
Anne Marie Nivouliès de Pierrefort (Toulon, França, 6 de janeiro de 1879 — Rio de Janeiro, 24 de dezembro de 1968), mais conhecida como Marie Nivouliès de Pierrefort, foi uma pintora impressionista francesa. Conhecida por seu estilo expressivo e obras que retratavam a vida cotidiana e paisagens naturais, Pierrefort foi aluna de Ferdinand Humbert na Escola de Belas Artes de Paris, participou do Salão dos Independentes, a partir de 1907, e do Salão da Sociedade Nacional de Belas Artes, a partir de 1910. Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Ganhou uma bolsa de viagem para Tunis, na Tunísia, onde pintou sobretudo cenas da África do Norte e marinhas do mediterrâneo. Em 1938 chegou ao Brasil, realizou uma exposição no Museu Nacional de Belas Artes em 1946. Retornou à França em 1950, onde permaneceu até 1959, ano em que voltou definitivamente para o Brasil, onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela. Além de pintora, Marie era uma defensora das artes e cultura, apoiando artistas emergentes e instituições artísticas. Seu legado continua vivo, com suas pinturas valorizadas até hoje, e ela é reconhecida como uma figura importante na arte francesa do século XX. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à sua amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort – Arremate Arte
Marie Nivoulies de Pierrefort (1879-1968) foi uma figura proeminente no campo da arte e da cultura francesa. Ela nasceu em 1879 em uma família de origem aristocrática em Pierrefort, na França. Desde cedo, Marie demonstrou um grande interesse e talento para as artes visuais.
Ela estudou pintura na renomada Académie Julian em Paris, onde teve a oportunidade de aprimorar suas habilidades e explorar diferentes técnicas artísticas. Marie se destacou por seu estilo expressivo e por suas obras que retratavam cenas da vida cotidiana, paisagens naturais e retratos de pessoas.
Durante sua carreira, Marie Nivoulies de Pierrefort participou de várias exposições de arte em Paris e em outras cidades importantes da França. Suas obras foram bem recebidas pela crítica e pelo público, que admiravam sua habilidade em capturar a essência dos temas retratados.
Além de sua dedicação à pintura, Marie também era uma defensora das artes e da cultura. Ela era conhecida por promover o trabalho de artistas emergentes e por apoiar instituições artísticas e educacionais.
Marie Nivoulies de Pierrefort faleceu em 1968, deixando um legado de contribuições para o mundo da arte. Suas pinturas continuam a ser valorizadas e apreciadas até os dias de hoje, e seu nome é lembrado como uma figura importante no cenário artístico francês do século XX.
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Biografia Marie Nivoulies de Pierrefort — Wikipédia
Embora fosse descendente direta dos condes de Pierrefort, sua família era muito pobre e humilde. A despeito da pobreza, Pierrefort frequentou um colégio de freiras, conseguindo, em seguida, uma bolsa de estudos para a Escola de Belas Artes de Paris.
Ainda como estudante, frequentou ateliês de grandes mestres impressionistas como Pierre Auguste Renoir (1841-1919) e Pierre Bonnard (1867-1947). No ano de 1910, ganhou um prêmio de viagem da Escola de Belas Artes de Paris e viajou para a Tunísia, onde pintou diversas paisagens mediterrâneas.
Casou-se com Paul Ternisien, em 18 de maio de 1911. Cinco anos mais tarde, Pierrefort deu à luz seu único filho. No entanto, o menino nasceu com graves problemas de saúde, dentre os quais hidrocefalia, vindo a falecer aos 7 anos de idade.
No Brasil
Em 1938, a pintora mudou-se para o Brasil, passando a residir na cidade do Rio de Janeiro. Em primeiro lugar morou na ilha de Paquetá, depois no bairro de Laranjeiras, e finalmente na Ladeira da Glória, de onde pintou muitas vezes as lindas paisagens vistas de sua janela.
No Rio de Janeiro, Pierrefort fez duas exposições indivuduais, ambas no Museu Nacional de Belas Artes, nos anos de 1946 e 1956. Participou também de diversas coletivas, dentre as quais se destacam o Salão dos Independentes, em Paris (diversas edições entre 1908 e 1955); o Salão Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro (1941) e 1º Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro (1949).
Em 1944, Pierrefort ficou viúva, no entanto, mesmo sozinha no Brasil, resolveu não retornar à França naquele momento. Voltaria anos mais tarde, em 1950, e lá permaneceria até 1959, quando então retornaria definitivamente para o Brasil. Seu atelier no bairro da Glória era frequentado por muitos artistas iniciantes, que com ela aprendiam as técnicas impressionistas. Mais tarde, alguns deles se tornaram afamados pintores, tal como o diplomata Sergio Telles. Mesmo sozinha e viúva, Pierrefort ainda pintou por quase mais uma década no Brasil, até sua morte, ocorrida em 24 de dezembro de 1968, no Rio de Janeiro.
Antes de falecer, residiu durante seis meses no Asilo São Luiz para Velhice, no Rio de Janeiro. Enquanto isso, seus gatos viviam sozinhos em seu atelier e apartamento, sendo apenas alimentados por amigos. Após sua morte, muitas telas de Pierrefort ainda estavam lá, porém grande parte delas havia sido danificada, e até destruída pela umidade e pelos felinos. O pintor Sérgio Telles, seu amigo e seguidor, cuidadosamente restaurou o que havia sobrado da obra de Nivouliès de Pierrefort. Em seguida, dedicou o livro "Marie Nivouliès" em sua homenagem publicado pela Galeria Wildenstein de Buenos Aires em 1977, que promoveu uma exposição póstuma da artista. Além do texto de Sergio Telles no referido livro participaram da obra os críticos Raymond Cogniat, Paris; Rafael Squirru, Buenos Aires; e Mário Barata, Rio de Janeiro. Após a mostra na Wildenstein de Buenos Aires, Sergio Telles promoveu retrospectiva da obra de Marie Nivouliès no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires; e no Museu Nacional de Toulon, terra natal da artista.
Quase 20 anos depois de sua morte, uma galeria de arte carioca organizou sua última grande exposição comercial, no Rio de Janeiro, oportunidade última que teve o público de arte para adquirir uma obra diante de variadas opções de escolha.
Em 1992 foi exibida a última mostra da pintora, intitulada "Natureza: quatro séculos de arte no Brasil', no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Exposições
1974 - O Mar
1980 - A Paisagem Brasileira: 1650-1976
1992 - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil
2004 - Mulheres pintoras: a casa e o mundo
2005 - Cidade Maravilhosa: uma iconografia carioca - 1920/1980
2018 - Mulheres na Coleção MAR
Fonte: MARIE Nivoulies de Pierrefort. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 30 de maio de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia Anne Marie Nivouliés de Pierrefort — Arte é Vida
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem à amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
Fonte: Arte é Vida. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
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Obras
"Menina" é uma obra que foi elaborada entre 1949 e 1950, a pintura foi uma encomenda de sua mãe à artista francesa, que tinha um ateliê na Glória, Zona Sul do Rio. Pierrefort voltou para a França em 1950 sem realizar a entrega do quadro. Mãe e filha, que moravam no mesmo bairro, nunca chegaram a ver a obra original finalizada, exceto em um livro sobre a pintora, escrito por Sérgio Telles. Sem ver o trabalho há quase 70 anos, a documentarista Maria Luiza Aboim, de 75 anos, recebeu mensagem de uma amiga que estava visitando o museu, contando que a tela estava em exposição. Então, Maria Luiza veio de Teresópolis (RJ) conferir a obra de perto. O trabalho “Menina” chegou ao acervo do museu em 2016 por meio de doador anônimo.
Além desse quadro muito famoso, há outros 5 considerados como os mais conhecidos da artista. São eles: Flores na Janela, Igreja de Nossa Senhora do Outeiro, Paisagem de Paquetá, Porto de Salvador e Praia do Flamengo.
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Nivouliés de Pierrefort — Pitoresco
Anne Marie Nivouliés de Pierrefort nasceu no dia 6 de janeiro de 1879 na cidade de Toulon na França. Ela foi uma pintora impressionista. Quando criança foi para uma escola de freiras, onde posteriormente conseguiu uma bolsa de estudos na Escola de Belas Artes de Paris.
Conheceu ateliês de pintores impressionistas famosos, como Pierre Auguste Renoir e Pierre Bonnard. Em 1910, foi premiada com uma viagem para a Escola de Belas Artes de Paris, onde viajou para Tunísia, pintando várias paisagens clássicas do mediterrâneo. Morando na ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, pintou várias paisagens, que davam vista de sua janela. Realizou duas exposições individuais de suas pinturas no Museu Nacional de Belas Artes, de 1946 a 1956.
A artista expôs também suas obras no Salão Independente em Paris, no Salão Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e no Primeiro Salão Municipal de Belas Artes do Rio de Janeiro. Sergio Telles realizou uma retrospectiva em homenagem a amiga no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, no MASP, no Museu de Arte de Buenos Aires e no Museu Nacional de Toulon.
A janela
Era uma janela privilegiada, aquela do apartamento na ladeira da Glória: à esquerda uma ampla vista da cidade do Rio de Janeiro; Ao centro, toda a baía da Guanabara, com veleiros enfeitando suas águas tranqüilas, em cuja orla se erguiam, como cenário coadjuvante, os morros que se tornaram os mais belos cartões-postais da cidade maravilhosa.
Mais à direita, no ponto mais alto do outeiro, a Igreja da Glória, majestosa na sua simplicidade, borbulhante de eventos que agitavam a vida naquele recanto aparentemente sossegado da cidade. Da janela, contemplava-se o movimento de fiéis, atendendo o chamado às missas regulares; via-se a chegada de noivos em busca das bênçãos divinas para um amor que juravam seria eterno; acompanhava-se, por fim, a alegria das quermesses realizadas no pátio da Igreja.
A artista
Imagine-se agora, a sensibilidade e experiência de uma artista, com o cavalete instalado em frente essa abertura para o mundo, captando e transportando para a tela cada partícula daquele cenário e daquela agitação positiva da vida.
Pois lá estava Marie Anne Nivouliès de Pierrefort, registrando em seus quadros cada momento da vida da cidade e cada fragmento das atividades que se desenvolviam à sua volta.
Nivolliès de Pierrefort nasceu em Toulon, histórica cidade francesa no litoral do mar Mediterrâneo, no dia 6 de janeiro de 1879, e, nesse lugar, viveu uma infância de extrema pobreza.
Egressa de um colégio de freiras, ainda na adolescência, conseguiu uma bolsa de estudos que lhe permitiu mudar-se para París, onde estudou na Escola de Belas Artes.
Desenvolvendo bem seu talento para a pintura, recebeu um prêmio de viagem à Tunísia, ao norte da África, que era, na época, um protetorado francês. Lá pintou vários quadros, alguns dos quais foram adquiridos pelo governo da França.
Coração atribulado
Embora nascida no dia dos Santos Reis e com um talento que fez dela uma rainha no campo das artes, a vida de Nivoliès tem uma trajetória marcada por grandes dificuldades e revezes.
Em 18 de maio de 1911, casou-se com Paul Ternisien, nove anos mais velho que ela, o qual tornou-se sua inseparável companhia até a morte dele, em 1944. Mas Ternisien era um músico vivendo do subemprego, o que aumentava as responsabilidades da pintora na complementação da renda doméstica.
Cinco anos após o casamento, nasceu seu único filho, porém com sérios problemas de saúde. Portador de hidrocefalia, o menino viveu anos de luta contra o mal, vindo a falecer, ainda na França, em 1923, aos sete anos de idade.
A Ladeira da Glória
Em 1938, a artista e seu marido mudam-se para o Brasil, residindo na cidade do Rio de Janeiro, primeiro na ilha de Paquetá, depois na rua Pinheiro Machado, e transferindo-se, mais tarde, de forma definitiva, para o apartamento da Ladeira da Glória, onde fixaram residência.
Em 1944, morre-lhe o esposo. Em 17 de junho de 1968, com sérios problemas de saúde, ela é internada no Asilo São Luís para a Velhice, onde veio a falecer, na véspera do Natal.
Inicialmente a pintora assinava simplesmente como Nivouliès. Pouco antes de vir ao Brasil, descobriu ter uma linha genealógica ascendente que a ligava aos condes de Pierrefort e, a partir de 1937, passou a assinar como Nivouliès de Pierrefort. Alguns quadros aparecem ainda como Marie de Nivoliès e outros, muito poucos, registram o autógrafo de Pierrefort.
Fonte: Pitoresco, texto de Paulo Victorino. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.
Crédito fotográfico: Captura de imagem do vídeo de Arte na Rede. Publicado em 17 de julho de 2019. Consultado pela última vez em 30 de maio de 2023.