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Sérgio Telles

Sérgio Barcellos Telles (14 de abril de 1936, Rio de Janeiro, Brasil – 24 de janeiro de 2022, Brasil), mais conhecido como Sergio Telles, foi um pintor, desenhista e diplomata brasileiro, conhecido por suas paisagens vibrantes e uso expressivo da cor. Iniciou sua formação artística na Colméia, no Rio de Janeiro, e aprofundou seus estudos em viagens pela Europa, onde realizou um estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. Frequentou os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, consolidando sua técnica influenciada pelo fovismo e pelo impressionismo. Paralelamente à sua carreira artística, ingressou na diplomacia em 1964, atuando em diversos países, como Portugal, Argentina, Japão, França e Líbano. Suas experiências internacionais refletiram-se em sua obra, que retratou mercados, medinas, cidades e paisagens do mundo com uma paleta intensa e pinceladas vigorosas. Teve sua produção reconhecida por importantes instituições, com obras no acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Musée d’Art Moderne de Paris, Museu Pushkin de Moscou e Museu Hermitage de São Petersburgo. Em 2005, recebeu a Grã-Cruz ordinária da Ordem de Rio Branco, honraria concedida pelo governo brasileiro.

Sergio Telles | Arremate Arte

Carioca, nascido em 14 de abril de 1936, Sérgio Barcellos Telles, mais conhecido como Sergio Telles, foi um artista plástico brasileiro. Desde cedo, demonstrou sensibilidade artística, que seria consolidada ao longo de uma carreira marcada pelo domínio da cor e pela construção de paisagens vibrantes.

Além de pintor, também atuou como desenhista, ilustrador e diplomata. A diplomacia favoreceu seu olhar artístico, uma vez que permitiu que o artista transitasse por diferentes culturas e absorver influências que enriqueceram suas produções.

Seu interesse pela arte começou na juventude, quando, em 1954, ingressou na Colméia, um centro de estudos artísticos no Rio de Janeiro. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual, demonstrando uma expressividade cromática que se tornaria uma característica marcante de sua obra. Entre 1957 e 1958, viajou pela Europa, mergulhando no estudo das obras dos mestres da pintura nos museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Durante essa experiência formativa, realizou um estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano, aprofundando seu conhecimento sobre as técnicas clássicas.

De volta ao Brasil, Sérgio Telles frequentou os ateliês de mestres como Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort. Seu contato com esses artistas consolidou seu interesse pela representação da paisagem e pela experimentação da cor, aproximando-se de uma estética influenciada pelo fovismo e pelo impressionismo. Em suas telas, o cromatismo intenso e a pincelada vigorosa recriam cenas urbanas, mercados, praias e bailes populares, revelando um olhar sensível sobre a vida cotidiana.

Em 1964, ingressou na carreira diplomática, um passo que ampliaria ainda mais seu repertório artístico. Durante décadas, atuou em diversos países, incluindo Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia. Cada uma dessas experiências refletiu-se em sua produção, enriquecendo sua paleta e diversificando suas temáticas. O artista tornou-se um cronista visual dos lugares por onde passou, registrando desde os becos e telhados de Lisboa até a intensidade dos mercados de Beirute ou a atmosfera onírica das medinas do norte da África.

A fusão entre sua vivência diplomática e sua vocação artística fez de Sérgio Telles um pintor cosmopolita, cujo traço firme e colorido transpôs para a tela a essência dos espaços que percorreu. Seus desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas conquistaram reconhecimento internacional, sendo incorporados ao acervo de prestigiadas instituições, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, o Musée d’Art Moderne de Paris, o Museu Pushkin de Moscou e o Museu Hermitage de São Petersburgo.

Foi um artista amplamente premiado e homenageado. Em 2005, recebeu a Grã-Cruz ordinária da Ordem de Rio Branco, condecoração concedida pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reconhecimento à sua contribuição para a cultura e diplomacia brasileiras. Sua pintura, ao mesmo tempo sensível e vibrante, tornou-se um testemunho pictórico das cidades e paisagens que visitou, traduzindo-as com cores intensas e uma pincelada que evoca dinamismo e emoção.

Sérgio Telles faleceu em 24 de janeiro de 2022, deixando um legado ímpar para a história da arte brasileira.

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Biografia - Itaú Cultural

Em meados de 1954 estudou na Colméia, no Rio de Janeiro. Realiza sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro. Em 1957, viajou pela Europa e visitou os principais museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Nessa mesma época, fez estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. De volta ao Brasil, frequentou os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e de Marie Nivoulies de Pierrefort, no Rio de Janeiro. Em 1964, ingressou na carreira diplomática. Na década de 70, viaja para Porto Seguro, Bahia, por sugestão do escritor Jorge Amado, e realiza desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

Críticas

"Sergio Telles pode ser considerado um continuador da tradição fovista: sua sensibilidade para os efeitos cromáticos e sua corajosa justaposição de contrastes revelam um gosto refinado, para o qual contribuem de modo preponderante os tons vibrantes. Sua contribuição pessoal ao Fovismo reside na nota exótica oriunda tanto de sua própria natureza quanto da luminosidade brasileira. Essa nota é onipresente em sua obra, ainda quando busca dar uma versão pessoal dos céus cinzentos ou azulados de Paris. As pinturas de Telles podem ser tanto fluidas e delicadas quanto muitas vezes brutais e realistas. E esse dualismo pode ser observado de modo particular quando se compara seus trabalhos de pequenas dimensões aos maiores. Os pequenos podem ser encarados como esboços, e é neles que o artista atinge maior grau de delicadeza, ternura e espontaneidade. (...) A análise da obra de Telles, baseada em seus trabalhos mais recentes, revela que ele continua a utilizar a intensidade luminosa típica do Fovismo, ao mesmo tempo, porém, que a vem conciliando com o brilho, o vigor e até a brutalidade do Expressionismo. (...)" — Georges Pillement (SÉRGIO Telles. Apresentação de Renato Magalhães Gouvêa. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1981.)

"Sergio Telles é brasileiro. Sua presença e sua contribuição à arte européia fazem-se sentir de modo particularmente marcante num reencontro renovado da pintura com a natureza, o figurativo, a alegria de viver. Vivendo em Paris desde há vários anos, Sergio Telles restitui-nos a paleta luminosa e vibrante do ´plen-air´, o prazer da pintura liberta de fórmulas demasiado intelectuais e da obsessão da novidade. Uma obra simples e direta, através da qual o homem moderno se reconcilia com o prazer da contemplação" – Claude Grand-Claudon (SÉRGIO Telles. Apresentação de Renato Magalhães Gouvêa. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1981)

Exposições Individuais

1955 - Rio de Janeiro RJ - Primeira individual

1969 - Bruxelas (Bélgica) - Individual, na Galeria L'Angle Aigu

1969 - Paris (França) - Individual, na Galeria Debret

1972 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Wildenstein

1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA

1973 - São Paulo SP - Individual, na Pinacoteca do Estado

1977 - São Paulo SP - Individual, no MAB-FAAP

1977 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Wildenstein

1977 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Cave

1978 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Galeria Wildenstein

1979 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Cave

1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Lebreton

1980 - Osaka (Japão) - Individual, na Galeria Fujikawa

1981 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1982 - Paris (França) - Retrospectiva, no Museu Carnavalet

1986 - Genebra (Suíça) - Homenagem aos 50 Anos de Sergio Telles, no Museu Petit Palais

1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA

1988 - São Paulo SP - Retrospectiva, no Masp

1989 - Brasília DF - Individual, na Galeria Oscar Seráphico

1992 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonino

1994 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1994 - Salvador BA - Individual, no Escritório de Arte da Bahia

1995 - Belo Horizonte MG - Sérgio Telles: Pinturas e Desenhos, no BDMG Cultural

Exposições Coletivas

1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - prêmio estímulo

1979 - Hanover (Alemanha) - Coletiva, na Galeria Rosenbach

1979 - Genebra (Suíça) - Coletiva, na Galeria do Perron

1980 - Buenos Aires (Argentina) - Ochenta Años de Arte Brasileño, no Banco Itaú

1981 - Tóquio (Japão) - Júlio Pacello e suas Edições de Arte, na Biblioteca Municipal

1982 - Miê (Japão) - Coletiva, no Museu de Arte Moderna

1982 - Buenos Aires (Argentina) - Coletiva, na Galeria Wildenstein

1987 - Hanover (Alemanha) - Coletiva, na Galeria Rosenbach

1988 - Buenos Aires (Argentina) - Coletiva, na Galeria Wildenstein

1988 - Genebra (Suíça) - Coletiva, na Galeria do Perron

1989 - Washington D.C. (Estados Unidos) - Exposição, no Museu da OEA

1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa da Cultura

1995 - Rio de Janeiro RJ - Os Ateliers do Viajante, na MAM/RJ

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ

1995 - São Paulo SP - Projeto Arte Atual Brasil, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1996 - São Paulo SP - Pintura, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

2005 - São Paulo SP - Acervo 2005, no MAB-FAAP

Fonte: SERGIO Telles. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 20 de março de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Sergio Telles | Wikipédia

Sergio Barcellos Telles GCRB (Rio de Janeiro, 14 de abril de 1936 — São Paulo, 24 de janeiro de 2022) foi um diplomata e pintor brasileiro. Como diplomata, serviu na América do Sul, Europa, África e Ásia. Foi embaixador do Brasil na Malásia (1995–1998), no Líbano (1998–2002) e na Tunísia (2003–2006).

Biografia

Sergio Telles nasceu em 1936 no Rio de Janeiro e começou a pintar aos nove anos na Quinta da Boa Vista orientado por Levino Fânzeres, um paisagista. Em 1954 Sergio Telles participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes. Posteriormente, obteve vários prêmios nos salões da Sociedade Brasileira de Belas Artes, Associação de Artistas Brasileiros, foi inclusive agraciado com uma viagem à Bahia. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro.

Em 1957 Sergio Telles viajou para a Europa e visitou os principais museus na Itália, França, Holanda e Portugal. Naquele mesmo ano, na condição de estagiário, prestou serviços de restauração na Pinacoteca do Vaticano. Depois de seu retorno ao Brasil, trabalhou nos ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, no Rio de Janeiro.

Em 1964, ingressou no Ministério das Relações Exteriores por concurso público e, como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em países como Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia. Aposentou-se como ministro de primeira classe da carreira de diplomata, regressando ao Brasil em 2006. Atualmente reside em São Paulo.

Em agosto de 2005, Sergio Telles foi condecorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a maior comenda da Ordem de Rio Branco, a Grã-Cruz ordinária.

A obra de Sergio Telles, desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas realizadas no Brasil, França, Portugal, Líbano, e Tunísia (paisagens urbanas, praias, mercados, bailes populares, interiores de seus ateliês) figura em museus importantes como o Carnavalet, o Beaubourg, o de Arte Moderna de Paris, Grenoble e Marselha, o Petit Palais de Genebra, o Hermitage de São Petersburgo, o Pouchkine de Moscou, o MASP de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a Fundação Gulbenkian e o Museu de Lisboa, o Bridgestone de Tóquio, o Albertina de Viena e o Palácio Kheireddine de Túnis.

Suas principais exposições foram organizadas por alguns dos museus acima listados e pelas galerias Wildenstein de Londres, Tóquio e Buenos Aires, Bernheim Jeune, «La Cave» e Claude Marumo em Paris, Perron em Genebra, Jean Boghici no Rio de Janeiro, Renato Magalhães Gouvêa em São Paulo, S. Mamede em Lisboa, Nuno Lima de Carvalho no Estoril, Fujikawa em Tóquio e Stuker em Zurique.

Textos sobre a pintura de Sergio Telles foram escritos por críticos de arte e intelectuais como Bernard Dorival, Gaston Diehl, Raymond Cogniat, Arnaud d’Hauterives, Pierre Courthion, Pierre Seghers, Henri Dauberville, Jeanine Warnod (Paris), François Daulte (Lausanne), Antonio Bento, Jorge Amado, Olivio Tavares de Araujo, Ferreira Gullar, Fabio Magalhães, Carlos Drummond de Andrade, Mario Barata, Clarival do Prado Valladares, José Roberto Teixeira Leite, Jacob Clintowitz, Gilberto Gil, Rachel de Queiroz (Rio e São Paulo), Antonio Valdemar, José Carlos Vasconcellos, Fernando Namora (Lisboa), Rafael Squirru, Cesar Magrini, Eduardo Baliari, Sigmart Blum (Buenos Aires), Chisaburo Yamada, Yasuo Kamon (Tóquio). Trata-se de impressões que figuram em livros, álbuns de gravuras e catálogos de suas exposições publicados na França, Brasil, Argentina, Portugal, Tunísia e Japão.

Morreu em 24 de janeiro de 2022, aos 85 anos.

Obra

Livros

  • Encontro, textos dos mais importantes escritores brasileiros e portugueses ilustrado com desenhos e quadros de Sergio Telles, Ed. Centro do Livro Brasileiro, Lisboa, 1970;

  • Sergio Telles, texto de Henry Dauberville, Ed. Galerie Bernheim- Jeune, Paris, 1971;

  • Porto Seguro recriado por Sergio Telles, textos de Jorge Amado, Jeanine Warnod, Luiz Viana Filho e Sergio Telles, Ed. Wildenstein-Bolsa de Arte, 1976;

  • Lumières des Sables, texto de Jean Dominique Rey, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Sergio Telles ou l’impatience du pinceau, texto de Pierre Courthion, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Sergio Telles, texto de Antônio Bento, Ed. Leo Christiano, Rio de Janeiro, e Bibliothèque des Arts, Lausanne, 1983;

  • Porto Seguro, Ed. Record, Rio de Janeiro, por ocasião da exposição no Museu Petit Palais, Genebra, 1986;

  • Rio de Janeiro, Ed. Record, textos de Antônio Bento, Rubem Braga, Marcus de Lontra Costa, Alcídio Mafra de Souza, Ítalo Campofiorito Frederico Moraes e Sergio Telles, Rio de Janeiro, 1987;

  • Sergio Telles Viagens, textos de Renato Magalhães Gouvea, Mário Carelli, Óscar Lopes e Sergio Telles, São Paulo: ed. Galeria Renato Magalhães Gouvea, 1992;

  • Paris,, textos de Ferreira Gullar, Michel Levêque, Raymond Cogniat, Antônio Houaiss, Rachel de Queiroz, Fábio Magalhães, Jean Boghici, Jean-Daniel Mandica, Arnaud D´Hauterives, Bernard Dorival e Joaquin-Francisco Coelho, Rio de Janeiro: ed. Record, 1994;

  • Malaysia, a touch of the sun, textos de Cláudio Telles, José Roberto Teixeira Leite, Ferreira Gullar, Fracisco Javier Ybarra e Ooi Kok Chuen. Kuala Lumpur: ed. Times, 1996;

  • A Passionate Traveller, , textos de Niki Gifford e Gaston Diehl, Singapore:ed. Lori & Kristy Fine Arts "The Treasures", 1997;

  • Sergio Telles: Paris Malaisie, texto de Edouard Braine, ed. Embaixada da França em Kuala Lumpur, 1998;

  • Portugal, gentes, cores, saudades, textos de José Blanco, José Carlos de Vasconcelos, Antônio Valdemar, Sergio Telles, Jorge Amado, Fernando Pamplona, Antônio Bento, Ferreira Gullar, Cláudio Telles, Nuno de Carvalho e Joaquim Francisco Coelho, Rio de Janeiro e São Paulo: ed. Record, 2000,

  • Sergio Telles, Portugal, Paris: Fondation Calouste Gulbenkian, 2001;

  • Carnets de voyage, Portugal, 2002, e Liban, 2003, Paris: ed. Artémoin;

  • Sergio Telles en Tunisie 1986-2006, textos de Gilberto Gil, Mohamed El Azziz Ben Achour, Gaston Diehl, Abbès Mohsen, Francisco J. Carrillo, Bady B. Naceur, Nizar Bahoul, Hamadi Abassi, Adeel Latrech, Yusra Diba, Cláudio Telles, Nadia Zouari, Fathi Chargui, Olívio Tavares de Araújo e Sergio Telles, Tunis: ed. Simpact, 2006.

  • Sergio Telles Caminhos da Cor, Rio de Janeiro: ed. G. Ermakoff Casa Editorial Ltda., 2009.

  • Sergio Telles, um artista brasileiro pintando pelo mundo, editora J. J. Carol, São Paulo, 2010.

Álbuns de gravuras

  • Póvoa do Varzim, serigrafias, texto "Os Pescadores" de Raul Brandão, Ed. Wildenstein-Julio Pacello, Buenos Aires, 1973;

  • Há quanto tempo Portugal, águas-fortes, poema de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), Ed. Wildenstein-Julio Pacello, Buenos Aires, 1973;

  • A Festa do Mangue, águas fortes, poema de Carlos Drummond de Andrade, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Lumières des Sables, águas-fortes, texto de Jean Dominique Rey, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Le Café Hawelka, litografias, texto de György Sebestyén, Ed. Galerie Würthler, Viena, 1981.

Catálogos de exposições

  • Paysages du Portugal, Fondation Calouste Gulbenkian, Paris, 1971, textos de Jorge Amado, Henri Dauberville, Oscar Lopes, Fernando de Pamplona e outros;

  • Galeria Wildenstein, Buenos Aires, 1972, textos de Henry Dauberville, Jorge Amado e Rafael Squirru;

  • Pinacoteca de São Paulo, 1973, textos de Pedro de Magalhães Padilha, Jorge Amado, Artur Maciel e Aldo Galli;

  • Mangue, Ruas, Retratos, Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, 1975, textos de Raymond Cogniat et de Clarival do Prado Valladares;

  • Sergio Telles: voyage au pays de Protée, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1976, texto de César Magrini;

  • Catálogo da exposição no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1976;

  • Galerie La Cave, Paris, 1977;

  • Galerie Wildenstein, Tóquio, 1980, textos de Yasuo Kamon, François Daulte, Gaston Diehl e Bernard Dorival;

  • Exposition Itinerante au Japon, Tóquio, 1980, textos de Pierre Courthion, François Daulte, Yasuo Kamon, François Daulte e Bernard Dorival;

  • Musée Carnavalet, Paris, 1982, textos de Bernard de Mongolfier, Sergio Telles, Pierre Courthion, Pierre Mazars, Pierre Seghers, François Daulte, Gaston Diehl, Bernard Dorival;

  • Le Japon, Galerie La Cave, Paris, 1982, Ed. du Perron;

  • Galeria Jean Boghici, Rio de Janeiro, 1983, textos de Gerardo Mello Mourão, Pierre Courthion, Pierre Seghers, Bernard Dorival;

  • Rio de Janeiro visto por Sergio Telles, Rio de Janeiro, 1986, Galeria Olívia Kann, texto de Rubem Braga;

  • Viagens, retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo (MASP), 1988, textos de P.M. Bardi, Fernando Namora, Chisaburo Yamada, Maurice Pianzola e Yasuo Kamon;

  • Galeria São Mamede, Lisboa, 1988, texto de Fernando Namora;

  • Retrospectiva, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1988, texto de José Sommer Ribeiro, Gaston Diehl, Fernando Namora e Sergio Telles;

  • São Paulo visto por Sergio Telles, São Paulo, 1988, Galeria Renato Magalhães Gouvêa;

  • Galeria Bonino, Rio de Janeiro, 1989, texto de Sergio Telles, Rio de Janeiro, 1989;

  • Galerie du Perron, Genebra, 1989, textos de Gaston Diehl e Maurice Pianzola;

  • Voyages, Galerie Claude Marumo, Paris, 1990, textos de Pierre Seghers, Gaston Diehl, Mário Carelli, Bernard de Mongolfier;

  • Hommage à la Tunisie, Tunis, 1990, Galerie de la Culture et de l’information, textos de Gaston Diehl e Manuela de Azevedo;

  • Portugal na obra de Sergio Telles, Estoril, 1991, textos de Nuno Lima de Carvalho, Oscar Lopes, Antônio Valdemar, Joaquim-Francisco Coelho, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado e Sergio Telles;

  • Renato Magalhães Gouvêa, São Paulo, 1994, texto de Renato Magalhães Gouvêa;

  • Galeria Belas Artes, Rio de Janeiro, 1994, texto de Ferreira Gullar;

  • Os ateliers do viajante, retrospectiva, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1995, textos de Cláudio Telles e José Roberto Teixeira Leite;

  • Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG),1995, texto de Ferreira Gullar e cartas a Sergio Telles de Carlos Drummond de Andrade;

  • Liban Lumières, Galerie Jean Boghici, Artuel, Foire Internacional d´Art Contemporain, Beirute, 2000, textos de Maurice Pianzola e Gaston Diehl;

  • Portugal, Fondation Calouste Gulbenkian, Paris, 2001, textos de Francisco Betancourt, Marcos de Azambuja e António Monteiro;

  • Musée de la Ville de Tunis, Ed. Simpact, Tunis, 2004;

  • Ruas e ateliers de Sergio Telles, Galeria Arte 57, São Paulo, 2005.

  • Obras de referência

  • BÉNÉZIT, E. Dictionaire des Peintres, Dessinateurs et Graveurs, Editions Grund, Paris, 1999;

  • PAMPLONA, F. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses ou que trabalharam em Portugal, Lisboa: Ed. Livraria Civilização

  • TEIXEIRA LEITE, Dicionário Crítico da Pintura no Brasil, Rio de Janeiro: Ed. Artlivre, 1988

  • TANNOCK, M. Portuguese 20th Century Artists, Phillimore & Co. Ltd. Chichester, West Sussex, England, 1978;

  • 150 anos de Pintura no Brasil:1820-1970, Coleção Sergio Fadel, Rio de Janeiro: ed. Colorama, 1989;

  • Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1992;

  • Matrizes e gravuras brasileiras da coleção Guita e José Mindlin, Lisboa: ed. Fondation Calouste Goulbenkian Centro de Arte Moderna, 1993

  • Arte Moderna, o Olhar do Colecionador, Sergio Fadel, Ed. Fadel, Rio de Janeiro, 2006;

  • L´Oeil, Ed. N.S. Lausanne, octobre 1978, septembre 1982, novembre 1990;

  • Julio Pacello e suas Edições de Arte, Ed. Ministério das Relações Exteriores, Brasília, 1980;

  • ARAUJO, Olivio Tavares de. Arte 57, Ed. da Galeria,, São Paulo, 2005;

  • MASP Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Catálogo Geral, Ed. 2008.

  • Annuaires Akoun, Bordas, Mayer, Officiel des Arts, etc

  • BLANCHON, J-P. Cotação dos artistas Portugueses em Leilão.

Obras em museus e bibliotecas nacionais e internacionais

  • Museu de Arte de São Paulo, Masp;

  • Museu Carnavalet (Paris);

  • Musée National d'Art Moderne

  • Arte Moderna da Cidade de Paris, e das cidades de Grenoble, Lyon, Rouen, Limoges, Bordeaux, Caen, Museu Cantini, Marselha;

  • Museu Nacional Grão Vasco, Viseu;

  • Museu Nacional de Soares dos Reis MNSR, Porto;

  • Évora de Lisboa;

  • Musée du Petit Palais, Genebra;

  • Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAM-Rio;

  • Museu Nacional de Belas Artes (Brasil) MNBA, Rio de Janeiro;

  • Museu de Arte Moderna, Buenos Aires;

  • Museu de Arte Moderna, Kobe;

  • Bridgestone Museum, Tokyo;

  • Museu Pouchkine, Moscou;

  • Hermitage, São Petersburgo;

  • Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Paris e do Hermitage em Lausanne;

  • Galeria Nacional, Kuala Lumpur, Malásia;

  • Graphischem Sammlung Albertina, Viena;

  • Museu da Cidade de Túnis, Tunísia.

  • Biblioteca Nacional do Brasil (Rio de Janeiro), Biblioteca Nacional da França (Paris), Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa) e Tóquio.

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Mostra coletiva homenageia pintor Sérgio Telles | Hoje em Dia

A pintura do carioca Sérgio Telles acaba de ganhar mais um reconhecimento: o artista foi eleito recentemente para a Academia Brasileira de Arte. Não bastasse, ganha exposição gratuita na Errol Flynn Galeria (rua Alagoas, 977), de hoje ao dia 28. No dia 29, às 20h30, haverá um leilão no Centro Jurídico Brasileiro (rua Santa Rita Durão, 1143).

A mostra apresenta os belíssimos “Montmartre”, “Jardim de Luxemburgo”, “Póvoa do Varzim” e “Bordel”, entre outros. Apesar das honrarias, Telles, conserva a modéstia. “Passei a minha vida de pintor recusando o espírito de acadêmico. Agora essa ‘coisa’ surgiu, não fiz campanha”, conta ele, que começou os estudos aos nove anos e aos 18 participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes.

Olhos atentos

Sobre os rumos da artes no país, Telles – que também é diplomata– diz que acompanha com olhos atentos. “É o tal negócio, cada um faz sua opção. E a minha opção é por artes mais compreendidas e que, de alguma forma, possam ser um espelho da vida”, frisa, descartando qualquer tipo de arte mais hermética.

Telles, que trabalha com desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas, diz que tem ido pouco ao seu ateliê, em São Paulo, onde mora. “Estou com 78 anos, de modo que vou ficando cada vez mais preguiçoso. Quando dá vontade vou para o ateliê, vou para a rua, mas não vivo de pintura. Não fico naquela angústia de ter que vender para pagar aluguel, pois a rigor ninguém precisa de quadro, só os iniciados que têm algum interesse cultural. A imensa maioria precisa de leite, de transporte, saúde, educação.

A arte é uma sublimação da vida, a arte é luxo, é uma consagração cultural, a prioridade é a qualidade de vida”, ensina o mestre, cujas obras estão espalhadas por vários museus do mundo, como no Hermitage de São Petersburgo, Arte Moderna de Kobe, MASP, Carnavalet em Paris e Arte Moderna de Lisboa.

Fonte: Hoje em Dia, publicado por Pedro Arthur, em 24 de maio de 2014. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Sergio Telles em "Caminhos da Cor" no Museu Nacional de Belas Artes | Jornal A Relíquia

Um profundo encantamento com a pintura, com a magia da tela e suas amplas possibilidades sensoriais, cores, traços, tonalidades, movimento e repouso, é o que o artista Sergio Telles divide com o publico, na exposição Caminhos da Cor, em exibição no Museu Nacional de Belas Artes. Ao todo são 53 óleos sobre tela, 37 aquarelas sobre papel e mais 14 desenhos, além de um álbum de gravuras e 13 aguas-fortes e carnets de voyages.

Ferreira Gullar, um dos mais importantes críticos de arte do país, fala sobre o artista "(...) Sergio Telles é um artista que se mantém fiel a si mesmo. Sua pintura é uma exaltação a própria pintura, em uma época em que subverteram-lhe os valores, ele se manteve corajosamente fiel a ela, e, por isso mesmo, com talento e maestria, deu prosseguimento à tradição fundada por alguns mestres modernos como Matisse e Bonnard".

Sergio Barcellos Telles, nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1936. Desenhista, pintor e ilustrador, começou a pintar aos 9 anos na Quinta da Boa Vista orientado por Levino Fânzeres, um paisagista. Realiza sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro. Em 1957, viaja pela Europa e visita os principais museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Nessa mesma época, faz estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. De volta ao Brasil, frequenta os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e de Marie Nivoulies de Pierrefort, no Rio de Janeiro. Em 1964, ingressa na carreira diplomática. Na década de 70, viaja para Porto Seguro, Bahia, por sugestão do escritor Jorge Amado, e realiza desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

A obra de Sergio Telles, desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas realizadas no Brasil, França, Portugal, Líbano, e Tunísia, figura em importantes museus como: o Carnavalet, o Beaubourg, o de Arte Moderna de Paris, Grenoble e Marselha, o Petit Palais de Genebra, o Hermitage de São Petersburgo, o Pouchkine de Moscou, o MASP de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a Fundação Gulbenkian e o Museu de Lisboa, o Bridgestone de Tóquio, o Albertina de Viena e o Palácio Kheireddine de Tunis, entre outros.

Fonte: Jornal A Relíquia. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Nota de pesar pelo falecimento do pintor Sergio Telles | Governo Federal

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lamenta o falecimento do artista plástico Sergio Telles, na madrugada de 24 de janeiro.

Pintor e diplomata, a obra de Sergio Telles inclui pinturas, desenhos, aquarelas e gravuras de paisagens urbanas, praias, mercados e bailes populares.

Em dezembro de 2021, o presidente do Ibram, Pedro Mastrobuono, esteve no ateliê do artista em São Paulo, quando trataram de uma exposição retrospectiva sobre a carreira do artista, como uma das atividades comemorativas dos 100 anos da Semana de Arte Moderna.

Sobre o artista

Nascido em 1936 no Rio de Janeiro, Sergio Barcellos Telles participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes em 1954, realizando a sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro.

Em 1957, em viagem pela Europa, visitou museus da Itália, França, Holanda e Portugal, e fez estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano.

Em 1964, ingressou na carreira diplomática no Ministério das Relações Exteriores por concurso público. Como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em países como Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia.

Na década de 70, realizou desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

Sua obra figura em museus como o Museu Nacional de Belas Artes /Ibram; o Museu de Arte de São Paulo (Masp); o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAM-Rio ; o Museu Carnavalet e o Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris; no Museu Nacional Grão Vasco (Viseu – Portugal), e no Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto – Portugal); o Musée du Petit Palais (Genebra – Suíça); os Museus de Arte Moderna de Buenos Aires (Argentina) e de Kobe (Japão); o Bridgestone Museum (Tóquio – Japão); o Museu Pouchkine (Moscou – Rússia); o Hermitage (São Petersburgo – Rússia); a Galeria Nacional de Kuala Lumpur (Malásia); e no Museu da Cidade de Túnis (Tunísia).

Assista a homenagem que Patricia Telles, doutora em História da Arte e filha mais velha de Sergio Telles, fez na ocasião de seu aniversário do artista: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=8weNtHNqpHQ

Fonte: Governo Federal. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Mortes: Com diplomacia e arte, retratou cotidianos e paisagens | Folha de São Paulo

Apesar de não agradar ao pai, a escolha das carreiras de pintor e diplomata foi harmônica para a vida de Sergio Telles. Era durante as viagens que ele aumentava o repertório de paisagens para suas criações artísticas.

O amor pela pintura saiu do coração e foi parar nos pincéis aos nove anos de idade. Sergio só parou de pintar nos últimos dias de vida. Em 24 de janeiro, um câncer no pâncreas o levou, aos 85 anos.

Quando descoberta a doença, pela estimativa de médicos, viveria menos de cinco meses. Resistiu, no entanto, quase dois anos.

No período em que estava doente, também não deixou de organizar exposições e participar de leilões, segundo a arquiteta Maria Teresa Moreira dos Santos Barcellos Telles, 56, sua esposa.

Em 1954, Sergio participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes.

Ganhou vários prêmios e, no ano seguinte, aos 19, realizou a primeira exposição individual na galeria de arte da prefeitura do Rio de Janeiro.

Sergio havia iniciado a faculdade de direito, mas trancou o curso para viajar à Europa, em 1957. Na ocasião, visitou museus na Itália, na França, na Holanda e em Portugal. Como estagiário, atuou na restauração da Pinacoteca do Vaticano.

De volta ao Brasil, trabalhou em alguns ateliês. "A partir dessa viagem, meu pai decidiu que queria uma carreira que o permitisse conhecer o mundo e seguir com a pintura. Por isso, escolheu a de diplomata", conta o filho Miguel Telles, 27, que também seguirá a carreira na diplomacia.

Em 1964, Sergio ingressou no Ministério das Relações Exteriores via concurso público. Como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em vários países. Chegou a embaixador.

Aposentou-se do Itamaraty, regressou ao Brasil em 2006 e se consolidou na pintura, em São Paulo.

Sua especialidade era pintura a óleo. Além de natureza morta, Sergio gostava de instalar o cavalete nas ruas e pintar paisagens e cenas do cotidiano.

Suas pinturas foram expostas em museus e galerias da América Latina, Europa, Ásia e África. Os trabalhos passaram, entre outros locais, por Petit Palais, (Genebra), Museu Carnavalet (Paris), Museu de Arte Moderna de Kobe (Japão),

Fundação Calouste Gulbenkian (em Lisboa e Paris), Masp (Museu de Arte de São Paulo), Museu Nacional de Belas Artes e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Algumas de suas obras fazem parte de coleções permanentes de museus como o Masp, o Carnavalet e o Beaubourg (em Paris), o Hermitage (em São Petersburgo) e o Puskin (em Moscou).

O artista ilustrou álbuns de poemas de Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade, publicados pela galeria Wildenstein de Londres e de Buenos Aires, em parceria com Júlio Pacelo. Realizou também o álbum de litografias "Café Hawelka" para a galeria Würthle, de Viena.

Sergio gostava ainda de ler os editoriais dos jornais, principalmente os relacionados à política, e tudo sobre a história do Brasil, conta a família.

Dono de personalidade forte e determinação, é lembrado como um pai presente e ativo, que queria e conseguiu ver os filhos encaminhados na carreira que cada um escolheu.

Sergio Telles deixa a esposa e quatro filhos.

Fonte: Folha de São Paulo. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

Crédito fotográfico: Sociarte. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

Sérgio Barcellos Telles (14 de abril de 1936, Rio de Janeiro, Brasil – 24 de janeiro de 2022, Brasil), mais conhecido como Sergio Telles, foi um pintor, desenhista e diplomata brasileiro, conhecido por suas paisagens vibrantes e uso expressivo da cor. Iniciou sua formação artística na Colméia, no Rio de Janeiro, e aprofundou seus estudos em viagens pela Europa, onde realizou um estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. Frequentou os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, consolidando sua técnica influenciada pelo fovismo e pelo impressionismo. Paralelamente à sua carreira artística, ingressou na diplomacia em 1964, atuando em diversos países, como Portugal, Argentina, Japão, França e Líbano. Suas experiências internacionais refletiram-se em sua obra, que retratou mercados, medinas, cidades e paisagens do mundo com uma paleta intensa e pinceladas vigorosas. Teve sua produção reconhecida por importantes instituições, com obras no acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Musée d’Art Moderne de Paris, Museu Pushkin de Moscou e Museu Hermitage de São Petersburgo. Em 2005, recebeu a Grã-Cruz ordinária da Ordem de Rio Branco, honraria concedida pelo governo brasileiro.

Sérgio Telles

Sérgio Barcellos Telles (14 de abril de 1936, Rio de Janeiro, Brasil – 24 de janeiro de 2022, Brasil), mais conhecido como Sergio Telles, foi um pintor, desenhista e diplomata brasileiro, conhecido por suas paisagens vibrantes e uso expressivo da cor. Iniciou sua formação artística na Colméia, no Rio de Janeiro, e aprofundou seus estudos em viagens pela Europa, onde realizou um estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. Frequentou os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, consolidando sua técnica influenciada pelo fovismo e pelo impressionismo. Paralelamente à sua carreira artística, ingressou na diplomacia em 1964, atuando em diversos países, como Portugal, Argentina, Japão, França e Líbano. Suas experiências internacionais refletiram-se em sua obra, que retratou mercados, medinas, cidades e paisagens do mundo com uma paleta intensa e pinceladas vigorosas. Teve sua produção reconhecida por importantes instituições, com obras no acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Musée d’Art Moderne de Paris, Museu Pushkin de Moscou e Museu Hermitage de São Petersburgo. Em 2005, recebeu a Grã-Cruz ordinária da Ordem de Rio Branco, honraria concedida pelo governo brasileiro.

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Entrevista com Sergio Telles |

Filha de Sergio Telles presta homenagem ao pai |

Exposição no Museu Nacional de Belas Artes |

Telas

Sergio Telles, pintor, sobre seu trabalho |

Sergio Telles | Arremate Arte

Carioca, nascido em 14 de abril de 1936, Sérgio Barcellos Telles, mais conhecido como Sergio Telles, foi um artista plástico brasileiro. Desde cedo, demonstrou sensibilidade artística, que seria consolidada ao longo de uma carreira marcada pelo domínio da cor e pela construção de paisagens vibrantes.

Além de pintor, também atuou como desenhista, ilustrador e diplomata. A diplomacia favoreceu seu olhar artístico, uma vez que permitiu que o artista transitasse por diferentes culturas e absorver influências que enriqueceram suas produções.

Seu interesse pela arte começou na juventude, quando, em 1954, ingressou na Colméia, um centro de estudos artísticos no Rio de Janeiro. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual, demonstrando uma expressividade cromática que se tornaria uma característica marcante de sua obra. Entre 1957 e 1958, viajou pela Europa, mergulhando no estudo das obras dos mestres da pintura nos museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Durante essa experiência formativa, realizou um estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano, aprofundando seu conhecimento sobre as técnicas clássicas.

De volta ao Brasil, Sérgio Telles frequentou os ateliês de mestres como Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort. Seu contato com esses artistas consolidou seu interesse pela representação da paisagem e pela experimentação da cor, aproximando-se de uma estética influenciada pelo fovismo e pelo impressionismo. Em suas telas, o cromatismo intenso e a pincelada vigorosa recriam cenas urbanas, mercados, praias e bailes populares, revelando um olhar sensível sobre a vida cotidiana.

Em 1964, ingressou na carreira diplomática, um passo que ampliaria ainda mais seu repertório artístico. Durante décadas, atuou em diversos países, incluindo Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia. Cada uma dessas experiências refletiu-se em sua produção, enriquecendo sua paleta e diversificando suas temáticas. O artista tornou-se um cronista visual dos lugares por onde passou, registrando desde os becos e telhados de Lisboa até a intensidade dos mercados de Beirute ou a atmosfera onírica das medinas do norte da África.

A fusão entre sua vivência diplomática e sua vocação artística fez de Sérgio Telles um pintor cosmopolita, cujo traço firme e colorido transpôs para a tela a essência dos espaços que percorreu. Seus desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas conquistaram reconhecimento internacional, sendo incorporados ao acervo de prestigiadas instituições, como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, o Musée d’Art Moderne de Paris, o Museu Pushkin de Moscou e o Museu Hermitage de São Petersburgo.

Foi um artista amplamente premiado e homenageado. Em 2005, recebeu a Grã-Cruz ordinária da Ordem de Rio Branco, condecoração concedida pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em reconhecimento à sua contribuição para a cultura e diplomacia brasileiras. Sua pintura, ao mesmo tempo sensível e vibrante, tornou-se um testemunho pictórico das cidades e paisagens que visitou, traduzindo-as com cores intensas e uma pincelada que evoca dinamismo e emoção.

Sérgio Telles faleceu em 24 de janeiro de 2022, deixando um legado ímpar para a história da arte brasileira.

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Biografia - Itaú Cultural

Em meados de 1954 estudou na Colméia, no Rio de Janeiro. Realiza sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro. Em 1957, viajou pela Europa e visitou os principais museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Nessa mesma época, fez estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. De volta ao Brasil, frequentou os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e de Marie Nivoulies de Pierrefort, no Rio de Janeiro. Em 1964, ingressou na carreira diplomática. Na década de 70, viaja para Porto Seguro, Bahia, por sugestão do escritor Jorge Amado, e realiza desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

Críticas

"Sergio Telles pode ser considerado um continuador da tradição fovista: sua sensibilidade para os efeitos cromáticos e sua corajosa justaposição de contrastes revelam um gosto refinado, para o qual contribuem de modo preponderante os tons vibrantes. Sua contribuição pessoal ao Fovismo reside na nota exótica oriunda tanto de sua própria natureza quanto da luminosidade brasileira. Essa nota é onipresente em sua obra, ainda quando busca dar uma versão pessoal dos céus cinzentos ou azulados de Paris. As pinturas de Telles podem ser tanto fluidas e delicadas quanto muitas vezes brutais e realistas. E esse dualismo pode ser observado de modo particular quando se compara seus trabalhos de pequenas dimensões aos maiores. Os pequenos podem ser encarados como esboços, e é neles que o artista atinge maior grau de delicadeza, ternura e espontaneidade. (...) A análise da obra de Telles, baseada em seus trabalhos mais recentes, revela que ele continua a utilizar a intensidade luminosa típica do Fovismo, ao mesmo tempo, porém, que a vem conciliando com o brilho, o vigor e até a brutalidade do Expressionismo. (...)" — Georges Pillement (SÉRGIO Telles. Apresentação de Renato Magalhães Gouvêa. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1981.)

"Sergio Telles é brasileiro. Sua presença e sua contribuição à arte européia fazem-se sentir de modo particularmente marcante num reencontro renovado da pintura com a natureza, o figurativo, a alegria de viver. Vivendo em Paris desde há vários anos, Sergio Telles restitui-nos a paleta luminosa e vibrante do ´plen-air´, o prazer da pintura liberta de fórmulas demasiado intelectuais e da obsessão da novidade. Uma obra simples e direta, através da qual o homem moderno se reconcilia com o prazer da contemplação" – Claude Grand-Claudon (SÉRGIO Telles. Apresentação de Renato Magalhães Gouvêa. São Paulo: Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte, 1981)

Exposições Individuais

1955 - Rio de Janeiro RJ - Primeira individual

1969 - Bruxelas (Bélgica) - Individual, na Galeria L'Angle Aigu

1969 - Paris (França) - Individual, na Galeria Debret

1972 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Wildenstein

1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA

1973 - São Paulo SP - Individual, na Pinacoteca do Estado

1977 - São Paulo SP - Individual, no MAB-FAAP

1977 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Wildenstein

1977 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Cave

1978 - Londres (Inglaterra) - Individual, na Galeria Wildenstein

1979 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Cave

1979 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Lebreton

1980 - Osaka (Japão) - Individual, na Galeria Fujikawa

1981 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1982 - Paris (França) - Retrospectiva, no Museu Carnavalet

1986 - Genebra (Suíça) - Homenagem aos 50 Anos de Sergio Telles, no Museu Petit Palais

1987 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA

1988 - São Paulo SP - Retrospectiva, no Masp

1989 - Brasília DF - Individual, na Galeria Oscar Seráphico

1992 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonino

1994 - São Paulo SP - Individual, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1994 - Salvador BA - Individual, no Escritório de Arte da Bahia

1995 - Belo Horizonte MG - Sérgio Telles: Pinturas e Desenhos, no BDMG Cultural

Exposições Coletivas

1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - prêmio estímulo

1979 - Hanover (Alemanha) - Coletiva, na Galeria Rosenbach

1979 - Genebra (Suíça) - Coletiva, na Galeria do Perron

1980 - Buenos Aires (Argentina) - Ochenta Años de Arte Brasileño, no Banco Itaú

1981 - Tóquio (Japão) - Júlio Pacello e suas Edições de Arte, na Biblioteca Municipal

1982 - Miê (Japão) - Coletiva, no Museu de Arte Moderna

1982 - Buenos Aires (Argentina) - Coletiva, na Galeria Wildenstein

1987 - Hanover (Alemanha) - Coletiva, na Galeria Rosenbach

1988 - Buenos Aires (Argentina) - Coletiva, na Galeria Wildenstein

1988 - Genebra (Suíça) - Coletiva, na Galeria do Perron

1989 - Washington D.C. (Estados Unidos) - Exposição, no Museu da OEA

1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa da Cultura

1995 - Rio de Janeiro RJ - Os Ateliers do Viajante, na MAM/RJ

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ

1995 - São Paulo SP - Projeto Arte Atual Brasil, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1996 - São Paulo SP - Pintura, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

2005 - São Paulo SP - Acervo 2005, no MAB-FAAP

Fonte: SERGIO Telles. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 20 de março de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Sergio Telles | Wikipédia

Sergio Barcellos Telles GCRB (Rio de Janeiro, 14 de abril de 1936 — São Paulo, 24 de janeiro de 2022) foi um diplomata e pintor brasileiro. Como diplomata, serviu na América do Sul, Europa, África e Ásia. Foi embaixador do Brasil na Malásia (1995–1998), no Líbano (1998–2002) e na Tunísia (2003–2006).

Biografia

Sergio Telles nasceu em 1936 no Rio de Janeiro e começou a pintar aos nove anos na Quinta da Boa Vista orientado por Levino Fânzeres, um paisagista. Em 1954 Sergio Telles participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes. Posteriormente, obteve vários prêmios nos salões da Sociedade Brasileira de Belas Artes, Associação de Artistas Brasileiros, foi inclusive agraciado com uma viagem à Bahia. No ano seguinte, realizou sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro.

Em 1957 Sergio Telles viajou para a Europa e visitou os principais museus na Itália, França, Holanda e Portugal. Naquele mesmo ano, na condição de estagiário, prestou serviços de restauração na Pinacoteca do Vaticano. Depois de seu retorno ao Brasil, trabalhou nos ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e Marie Nivouliès de Pierrefort, no Rio de Janeiro.

Em 1964, ingressou no Ministério das Relações Exteriores por concurso público e, como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em países como Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia. Aposentou-se como ministro de primeira classe da carreira de diplomata, regressando ao Brasil em 2006. Atualmente reside em São Paulo.

Em agosto de 2005, Sergio Telles foi condecorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a maior comenda da Ordem de Rio Branco, a Grã-Cruz ordinária.

A obra de Sergio Telles, desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas realizadas no Brasil, França, Portugal, Líbano, e Tunísia (paisagens urbanas, praias, mercados, bailes populares, interiores de seus ateliês) figura em museus importantes como o Carnavalet, o Beaubourg, o de Arte Moderna de Paris, Grenoble e Marselha, o Petit Palais de Genebra, o Hermitage de São Petersburgo, o Pouchkine de Moscou, o MASP de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a Fundação Gulbenkian e o Museu de Lisboa, o Bridgestone de Tóquio, o Albertina de Viena e o Palácio Kheireddine de Túnis.

Suas principais exposições foram organizadas por alguns dos museus acima listados e pelas galerias Wildenstein de Londres, Tóquio e Buenos Aires, Bernheim Jeune, «La Cave» e Claude Marumo em Paris, Perron em Genebra, Jean Boghici no Rio de Janeiro, Renato Magalhães Gouvêa em São Paulo, S. Mamede em Lisboa, Nuno Lima de Carvalho no Estoril, Fujikawa em Tóquio e Stuker em Zurique.

Textos sobre a pintura de Sergio Telles foram escritos por críticos de arte e intelectuais como Bernard Dorival, Gaston Diehl, Raymond Cogniat, Arnaud d’Hauterives, Pierre Courthion, Pierre Seghers, Henri Dauberville, Jeanine Warnod (Paris), François Daulte (Lausanne), Antonio Bento, Jorge Amado, Olivio Tavares de Araujo, Ferreira Gullar, Fabio Magalhães, Carlos Drummond de Andrade, Mario Barata, Clarival do Prado Valladares, José Roberto Teixeira Leite, Jacob Clintowitz, Gilberto Gil, Rachel de Queiroz (Rio e São Paulo), Antonio Valdemar, José Carlos Vasconcellos, Fernando Namora (Lisboa), Rafael Squirru, Cesar Magrini, Eduardo Baliari, Sigmart Blum (Buenos Aires), Chisaburo Yamada, Yasuo Kamon (Tóquio). Trata-se de impressões que figuram em livros, álbuns de gravuras e catálogos de suas exposições publicados na França, Brasil, Argentina, Portugal, Tunísia e Japão.

Morreu em 24 de janeiro de 2022, aos 85 anos.

Obra

Livros

  • Encontro, textos dos mais importantes escritores brasileiros e portugueses ilustrado com desenhos e quadros de Sergio Telles, Ed. Centro do Livro Brasileiro, Lisboa, 1970;

  • Sergio Telles, texto de Henry Dauberville, Ed. Galerie Bernheim- Jeune, Paris, 1971;

  • Porto Seguro recriado por Sergio Telles, textos de Jorge Amado, Jeanine Warnod, Luiz Viana Filho e Sergio Telles, Ed. Wildenstein-Bolsa de Arte, 1976;

  • Lumières des Sables, texto de Jean Dominique Rey, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Sergio Telles ou l’impatience du pinceau, texto de Pierre Courthion, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Sergio Telles, texto de Antônio Bento, Ed. Leo Christiano, Rio de Janeiro, e Bibliothèque des Arts, Lausanne, 1983;

  • Porto Seguro, Ed. Record, Rio de Janeiro, por ocasião da exposição no Museu Petit Palais, Genebra, 1986;

  • Rio de Janeiro, Ed. Record, textos de Antônio Bento, Rubem Braga, Marcus de Lontra Costa, Alcídio Mafra de Souza, Ítalo Campofiorito Frederico Moraes e Sergio Telles, Rio de Janeiro, 1987;

  • Sergio Telles Viagens, textos de Renato Magalhães Gouvea, Mário Carelli, Óscar Lopes e Sergio Telles, São Paulo: ed. Galeria Renato Magalhães Gouvea, 1992;

  • Paris,, textos de Ferreira Gullar, Michel Levêque, Raymond Cogniat, Antônio Houaiss, Rachel de Queiroz, Fábio Magalhães, Jean Boghici, Jean-Daniel Mandica, Arnaud D´Hauterives, Bernard Dorival e Joaquin-Francisco Coelho, Rio de Janeiro: ed. Record, 1994;

  • Malaysia, a touch of the sun, textos de Cláudio Telles, José Roberto Teixeira Leite, Ferreira Gullar, Fracisco Javier Ybarra e Ooi Kok Chuen. Kuala Lumpur: ed. Times, 1996;

  • A Passionate Traveller, , textos de Niki Gifford e Gaston Diehl, Singapore:ed. Lori & Kristy Fine Arts "The Treasures", 1997;

  • Sergio Telles: Paris Malaisie, texto de Edouard Braine, ed. Embaixada da França em Kuala Lumpur, 1998;

  • Portugal, gentes, cores, saudades, textos de José Blanco, José Carlos de Vasconcelos, Antônio Valdemar, Sergio Telles, Jorge Amado, Fernando Pamplona, Antônio Bento, Ferreira Gullar, Cláudio Telles, Nuno de Carvalho e Joaquim Francisco Coelho, Rio de Janeiro e São Paulo: ed. Record, 2000,

  • Sergio Telles, Portugal, Paris: Fondation Calouste Gulbenkian, 2001;

  • Carnets de voyage, Portugal, 2002, e Liban, 2003, Paris: ed. Artémoin;

  • Sergio Telles en Tunisie 1986-2006, textos de Gilberto Gil, Mohamed El Azziz Ben Achour, Gaston Diehl, Abbès Mohsen, Francisco J. Carrillo, Bady B. Naceur, Nizar Bahoul, Hamadi Abassi, Adeel Latrech, Yusra Diba, Cláudio Telles, Nadia Zouari, Fathi Chargui, Olívio Tavares de Araújo e Sergio Telles, Tunis: ed. Simpact, 2006.

  • Sergio Telles Caminhos da Cor, Rio de Janeiro: ed. G. Ermakoff Casa Editorial Ltda., 2009.

  • Sergio Telles, um artista brasileiro pintando pelo mundo, editora J. J. Carol, São Paulo, 2010.

Álbuns de gravuras

  • Póvoa do Varzim, serigrafias, texto "Os Pescadores" de Raul Brandão, Ed. Wildenstein-Julio Pacello, Buenos Aires, 1973;

  • Há quanto tempo Portugal, águas-fortes, poema de Álvaro de Campos (Fernando Pessoa), Ed. Wildenstein-Julio Pacello, Buenos Aires, 1973;

  • A Festa do Mangue, águas fortes, poema de Carlos Drummond de Andrade, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Lumières des Sables, águas-fortes, texto de Jean Dominique Rey, Ed. Wildenstein, Londres, 1978;

  • Le Café Hawelka, litografias, texto de György Sebestyén, Ed. Galerie Würthler, Viena, 1981.

Catálogos de exposições

  • Paysages du Portugal, Fondation Calouste Gulbenkian, Paris, 1971, textos de Jorge Amado, Henri Dauberville, Oscar Lopes, Fernando de Pamplona e outros;

  • Galeria Wildenstein, Buenos Aires, 1972, textos de Henry Dauberville, Jorge Amado e Rafael Squirru;

  • Pinacoteca de São Paulo, 1973, textos de Pedro de Magalhães Padilha, Jorge Amado, Artur Maciel e Aldo Galli;

  • Mangue, Ruas, Retratos, Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, 1975, textos de Raymond Cogniat et de Clarival do Prado Valladares;

  • Sergio Telles: voyage au pays de Protée, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1976, texto de César Magrini;

  • Catálogo da exposição no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, 1976;

  • Galerie La Cave, Paris, 1977;

  • Galerie Wildenstein, Tóquio, 1980, textos de Yasuo Kamon, François Daulte, Gaston Diehl e Bernard Dorival;

  • Exposition Itinerante au Japon, Tóquio, 1980, textos de Pierre Courthion, François Daulte, Yasuo Kamon, François Daulte e Bernard Dorival;

  • Musée Carnavalet, Paris, 1982, textos de Bernard de Mongolfier, Sergio Telles, Pierre Courthion, Pierre Mazars, Pierre Seghers, François Daulte, Gaston Diehl, Bernard Dorival;

  • Le Japon, Galerie La Cave, Paris, 1982, Ed. du Perron;

  • Galeria Jean Boghici, Rio de Janeiro, 1983, textos de Gerardo Mello Mourão, Pierre Courthion, Pierre Seghers, Bernard Dorival;

  • Rio de Janeiro visto por Sergio Telles, Rio de Janeiro, 1986, Galeria Olívia Kann, texto de Rubem Braga;

  • Viagens, retrospectiva no Museu de Arte de São Paulo (MASP), 1988, textos de P.M. Bardi, Fernando Namora, Chisaburo Yamada, Maurice Pianzola e Yasuo Kamon;

  • Galeria São Mamede, Lisboa, 1988, texto de Fernando Namora;

  • Retrospectiva, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1988, texto de José Sommer Ribeiro, Gaston Diehl, Fernando Namora e Sergio Telles;

  • São Paulo visto por Sergio Telles, São Paulo, 1988, Galeria Renato Magalhães Gouvêa;

  • Galeria Bonino, Rio de Janeiro, 1989, texto de Sergio Telles, Rio de Janeiro, 1989;

  • Galerie du Perron, Genebra, 1989, textos de Gaston Diehl e Maurice Pianzola;

  • Voyages, Galerie Claude Marumo, Paris, 1990, textos de Pierre Seghers, Gaston Diehl, Mário Carelli, Bernard de Mongolfier;

  • Hommage à la Tunisie, Tunis, 1990, Galerie de la Culture et de l’information, textos de Gaston Diehl e Manuela de Azevedo;

  • Portugal na obra de Sergio Telles, Estoril, 1991, textos de Nuno Lima de Carvalho, Oscar Lopes, Antônio Valdemar, Joaquim-Francisco Coelho, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado e Sergio Telles;

  • Renato Magalhães Gouvêa, São Paulo, 1994, texto de Renato Magalhães Gouvêa;

  • Galeria Belas Artes, Rio de Janeiro, 1994, texto de Ferreira Gullar;

  • Os ateliers do viajante, retrospectiva, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 1995, textos de Cláudio Telles e José Roberto Teixeira Leite;

  • Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG),1995, texto de Ferreira Gullar e cartas a Sergio Telles de Carlos Drummond de Andrade;

  • Liban Lumières, Galerie Jean Boghici, Artuel, Foire Internacional d´Art Contemporain, Beirute, 2000, textos de Maurice Pianzola e Gaston Diehl;

  • Portugal, Fondation Calouste Gulbenkian, Paris, 2001, textos de Francisco Betancourt, Marcos de Azambuja e António Monteiro;

  • Musée de la Ville de Tunis, Ed. Simpact, Tunis, 2004;

  • Ruas e ateliers de Sergio Telles, Galeria Arte 57, São Paulo, 2005.

  • Obras de referência

  • BÉNÉZIT, E. Dictionaire des Peintres, Dessinateurs et Graveurs, Editions Grund, Paris, 1999;

  • PAMPLONA, F. Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses ou que trabalharam em Portugal, Lisboa: Ed. Livraria Civilização

  • TEIXEIRA LEITE, Dicionário Crítico da Pintura no Brasil, Rio de Janeiro: Ed. Artlivre, 1988

  • TANNOCK, M. Portuguese 20th Century Artists, Phillimore & Co. Ltd. Chichester, West Sussex, England, 1978;

  • 150 anos de Pintura no Brasil:1820-1970, Coleção Sergio Fadel, Rio de Janeiro: ed. Colorama, 1989;

  • Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1992;

  • Matrizes e gravuras brasileiras da coleção Guita e José Mindlin, Lisboa: ed. Fondation Calouste Goulbenkian Centro de Arte Moderna, 1993

  • Arte Moderna, o Olhar do Colecionador, Sergio Fadel, Ed. Fadel, Rio de Janeiro, 2006;

  • L´Oeil, Ed. N.S. Lausanne, octobre 1978, septembre 1982, novembre 1990;

  • Julio Pacello e suas Edições de Arte, Ed. Ministério das Relações Exteriores, Brasília, 1980;

  • ARAUJO, Olivio Tavares de. Arte 57, Ed. da Galeria,, São Paulo, 2005;

  • MASP Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, Catálogo Geral, Ed. 2008.

  • Annuaires Akoun, Bordas, Mayer, Officiel des Arts, etc

  • BLANCHON, J-P. Cotação dos artistas Portugueses em Leilão.

Obras em museus e bibliotecas nacionais e internacionais

  • Museu de Arte de São Paulo, Masp;

  • Museu Carnavalet (Paris);

  • Musée National d'Art Moderne

  • Arte Moderna da Cidade de Paris, e das cidades de Grenoble, Lyon, Rouen, Limoges, Bordeaux, Caen, Museu Cantini, Marselha;

  • Museu Nacional Grão Vasco, Viseu;

  • Museu Nacional de Soares dos Reis MNSR, Porto;

  • Évora de Lisboa;

  • Musée du Petit Palais, Genebra;

  • Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAM-Rio;

  • Museu Nacional de Belas Artes (Brasil) MNBA, Rio de Janeiro;

  • Museu de Arte Moderna, Buenos Aires;

  • Museu de Arte Moderna, Kobe;

  • Bridgestone Museum, Tokyo;

  • Museu Pouchkine, Moscou;

  • Hermitage, São Petersburgo;

  • Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Paris e do Hermitage em Lausanne;

  • Galeria Nacional, Kuala Lumpur, Malásia;

  • Graphischem Sammlung Albertina, Viena;

  • Museu da Cidade de Túnis, Tunísia.

  • Biblioteca Nacional do Brasil (Rio de Janeiro), Biblioteca Nacional da França (Paris), Biblioteca Nacional de Portugal (Lisboa) e Tóquio.

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Mostra coletiva homenageia pintor Sérgio Telles | Hoje em Dia

A pintura do carioca Sérgio Telles acaba de ganhar mais um reconhecimento: o artista foi eleito recentemente para a Academia Brasileira de Arte. Não bastasse, ganha exposição gratuita na Errol Flynn Galeria (rua Alagoas, 977), de hoje ao dia 28. No dia 29, às 20h30, haverá um leilão no Centro Jurídico Brasileiro (rua Santa Rita Durão, 1143).

A mostra apresenta os belíssimos “Montmartre”, “Jardim de Luxemburgo”, “Póvoa do Varzim” e “Bordel”, entre outros. Apesar das honrarias, Telles, conserva a modéstia. “Passei a minha vida de pintor recusando o espírito de acadêmico. Agora essa ‘coisa’ surgiu, não fiz campanha”, conta ele, que começou os estudos aos nove anos e aos 18 participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes.

Olhos atentos

Sobre os rumos da artes no país, Telles – que também é diplomata– diz que acompanha com olhos atentos. “É o tal negócio, cada um faz sua opção. E a minha opção é por artes mais compreendidas e que, de alguma forma, possam ser um espelho da vida”, frisa, descartando qualquer tipo de arte mais hermética.

Telles, que trabalha com desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas, diz que tem ido pouco ao seu ateliê, em São Paulo, onde mora. “Estou com 78 anos, de modo que vou ficando cada vez mais preguiçoso. Quando dá vontade vou para o ateliê, vou para a rua, mas não vivo de pintura. Não fico naquela angústia de ter que vender para pagar aluguel, pois a rigor ninguém precisa de quadro, só os iniciados que têm algum interesse cultural. A imensa maioria precisa de leite, de transporte, saúde, educação.

A arte é uma sublimação da vida, a arte é luxo, é uma consagração cultural, a prioridade é a qualidade de vida”, ensina o mestre, cujas obras estão espalhadas por vários museus do mundo, como no Hermitage de São Petersburgo, Arte Moderna de Kobe, MASP, Carnavalet em Paris e Arte Moderna de Lisboa.

Fonte: Hoje em Dia, publicado por Pedro Arthur, em 24 de maio de 2014. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Sergio Telles em "Caminhos da Cor" no Museu Nacional de Belas Artes | Jornal A Relíquia

Um profundo encantamento com a pintura, com a magia da tela e suas amplas possibilidades sensoriais, cores, traços, tonalidades, movimento e repouso, é o que o artista Sergio Telles divide com o publico, na exposição Caminhos da Cor, em exibição no Museu Nacional de Belas Artes. Ao todo são 53 óleos sobre tela, 37 aquarelas sobre papel e mais 14 desenhos, além de um álbum de gravuras e 13 aguas-fortes e carnets de voyages.

Ferreira Gullar, um dos mais importantes críticos de arte do país, fala sobre o artista "(...) Sergio Telles é um artista que se mantém fiel a si mesmo. Sua pintura é uma exaltação a própria pintura, em uma época em que subverteram-lhe os valores, ele se manteve corajosamente fiel a ela, e, por isso mesmo, com talento e maestria, deu prosseguimento à tradição fundada por alguns mestres modernos como Matisse e Bonnard".

Sergio Barcellos Telles, nasceu no Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1936. Desenhista, pintor e ilustrador, começou a pintar aos 9 anos na Quinta da Boa Vista orientado por Levino Fânzeres, um paisagista. Realiza sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro. Em 1957, viaja pela Europa e visita os principais museus da Itália, França, Holanda e Portugal. Nessa mesma época, faz estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano. De volta ao Brasil, frequenta os ateliês de Rodolfo Chambelland, Oswaldo Teixeira e de Marie Nivoulies de Pierrefort, no Rio de Janeiro. Em 1964, ingressa na carreira diplomática. Na década de 70, viaja para Porto Seguro, Bahia, por sugestão do escritor Jorge Amado, e realiza desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

A obra de Sergio Telles, desenhos, aquarelas, gravuras e pinturas realizadas no Brasil, França, Portugal, Líbano, e Tunísia, figura em importantes museus como: o Carnavalet, o Beaubourg, o de Arte Moderna de Paris, Grenoble e Marselha, o Petit Palais de Genebra, o Hermitage de São Petersburgo, o Pouchkine de Moscou, o MASP de São Paulo, o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, a Fundação Gulbenkian e o Museu de Lisboa, o Bridgestone de Tóquio, o Albertina de Viena e o Palácio Kheireddine de Tunis, entre outros.

Fonte: Jornal A Relíquia. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Nota de pesar pelo falecimento do pintor Sergio Telles | Governo Federal

O Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) lamenta o falecimento do artista plástico Sergio Telles, na madrugada de 24 de janeiro.

Pintor e diplomata, a obra de Sergio Telles inclui pinturas, desenhos, aquarelas e gravuras de paisagens urbanas, praias, mercados e bailes populares.

Em dezembro de 2021, o presidente do Ibram, Pedro Mastrobuono, esteve no ateliê do artista em São Paulo, quando trataram de uma exposição retrospectiva sobre a carreira do artista, como uma das atividades comemorativas dos 100 anos da Semana de Arte Moderna.

Sobre o artista

Nascido em 1936 no Rio de Janeiro, Sergio Barcellos Telles participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes em 1954, realizando a sua primeira exposição individual em 1955, no Rio de Janeiro.

Em 1957, em viagem pela Europa, visitou museus da Itália, França, Holanda e Portugal, e fez estágio nos serviços de restauração da Pinacoteca do Vaticano.

Em 1964, ingressou na carreira diplomática no Ministério das Relações Exteriores por concurso público. Como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em países como Portugal, Argentina, Angola, Japão, França, Malásia, Líbano, Suíça e Tunísia.

Na década de 70, realizou desenhos e óleos, publicados em livro, com a colaboração de Jorge Amado e Jeanine Warnwood. É autor de Nivouliès de Pierrefort, editado em Buenos Aires pelo Museu de Arte Moderna, 1974; e ilustrador de Rio de Janeiro, lançado no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, em 1978.

Sua obra figura em museus como o Museu Nacional de Belas Artes /Ibram; o Museu de Arte de São Paulo (Masp); o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAM-Rio ; o Museu Carnavalet e o Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris; no Museu Nacional Grão Vasco (Viseu – Portugal), e no Museu Nacional de Soares dos Reis (Porto – Portugal); o Musée du Petit Palais (Genebra – Suíça); os Museus de Arte Moderna de Buenos Aires (Argentina) e de Kobe (Japão); o Bridgestone Museum (Tóquio – Japão); o Museu Pouchkine (Moscou – Rússia); o Hermitage (São Petersburgo – Rússia); a Galeria Nacional de Kuala Lumpur (Malásia); e no Museu da Cidade de Túnis (Tunísia).

Assista a homenagem que Patricia Telles, doutora em História da Arte e filha mais velha de Sergio Telles, fez na ocasião de seu aniversário do artista: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=8weNtHNqpHQ

Fonte: Governo Federal. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

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Mortes: Com diplomacia e arte, retratou cotidianos e paisagens | Folha de São Paulo

Apesar de não agradar ao pai, a escolha das carreiras de pintor e diplomata foi harmônica para a vida de Sergio Telles. Era durante as viagens que ele aumentava o repertório de paisagens para suas criações artísticas.

O amor pela pintura saiu do coração e foi parar nos pincéis aos nove anos de idade. Sergio só parou de pintar nos últimos dias de vida. Em 24 de janeiro, um câncer no pâncreas o levou, aos 85 anos.

Quando descoberta a doença, pela estimativa de médicos, viveria menos de cinco meses. Resistiu, no entanto, quase dois anos.

No período em que estava doente, também não deixou de organizar exposições e participar de leilões, segundo a arquiteta Maria Teresa Moreira dos Santos Barcellos Telles, 56, sua esposa.

Em 1954, Sergio participou pela primeira vez do Salão Nacional de Belas Artes.

Ganhou vários prêmios e, no ano seguinte, aos 19, realizou a primeira exposição individual na galeria de arte da prefeitura do Rio de Janeiro.

Sergio havia iniciado a faculdade de direito, mas trancou o curso para viajar à Europa, em 1957. Na ocasião, visitou museus na Itália, na França, na Holanda e em Portugal. Como estagiário, atuou na restauração da Pinacoteca do Vaticano.

De volta ao Brasil, trabalhou em alguns ateliês. "A partir dessa viagem, meu pai decidiu que queria uma carreira que o permitisse conhecer o mundo e seguir com a pintura. Por isso, escolheu a de diplomata", conta o filho Miguel Telles, 27, que também seguirá a carreira na diplomacia.

Em 1964, Sergio ingressou no Ministério das Relações Exteriores via concurso público. Como diplomata, exerceu diversas funções no Brasil e em vários países. Chegou a embaixador.

Aposentou-se do Itamaraty, regressou ao Brasil em 2006 e se consolidou na pintura, em São Paulo.

Sua especialidade era pintura a óleo. Além de natureza morta, Sergio gostava de instalar o cavalete nas ruas e pintar paisagens e cenas do cotidiano.

Suas pinturas foram expostas em museus e galerias da América Latina, Europa, Ásia e África. Os trabalhos passaram, entre outros locais, por Petit Palais, (Genebra), Museu Carnavalet (Paris), Museu de Arte Moderna de Kobe (Japão),

Fundação Calouste Gulbenkian (em Lisboa e Paris), Masp (Museu de Arte de São Paulo), Museu Nacional de Belas Artes e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Algumas de suas obras fazem parte de coleções permanentes de museus como o Masp, o Carnavalet e o Beaubourg (em Paris), o Hermitage (em São Petersburgo) e o Puskin (em Moscou).

O artista ilustrou álbuns de poemas de Fernando Pessoa e Carlos Drummond de Andrade, publicados pela galeria Wildenstein de Londres e de Buenos Aires, em parceria com Júlio Pacelo. Realizou também o álbum de litografias "Café Hawelka" para a galeria Würthle, de Viena.

Sergio gostava ainda de ler os editoriais dos jornais, principalmente os relacionados à política, e tudo sobre a história do Brasil, conta a família.

Dono de personalidade forte e determinação, é lembrado como um pai presente e ativo, que queria e conseguiu ver os filhos encaminhados na carreira que cada um escolheu.

Sergio Telles deixa a esposa e quatro filhos.

Fonte: Folha de São Paulo. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

Crédito fotográfico: Sociarte. Consultado pela última vez em 20 de março de 2025.

Arremate Arte
Feito com no Rio de Janeiro

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