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Navarro da Costa

Mário Navarro da Costa (Rio de Janeiro, Brasil, 25 de setembro de 1883 — Florença, Itália, 6 de junho de 1931), mais conhecido como Navarro da Costa, foi um pintor e diplomata brasileiro. Frequentou a Accademia di Belle Arti (Academia de Belas Artes), na Itália, e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella. É considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de marinhas, adotou diferentes estilos para representá-las, desde as mais veristas, nas quais explora em detalhes aspectos das atividades portuárias e pesqueiras, até as feitas sob influência do impressionismo ou do fauvismo, em que lida com a atmosfera e as cores da paisagem marítima. Dominava a técnica cromática com maestria, pintando todas as nuances do movimento das águas, mesclando técnicas entre espátula e pincel. Expôs no Salão Nacional de Belas Artes, entre 1907 e 1920, tendo alcançado uma menção de primeiro grau (1907), uma medalha de prata (1912) e uma medalha de ouro (1920). Realizou duas exposições individuais, a primeira em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio, e a segunda em 1914, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Participou ainda nos salões da Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes, em 1912 e 1913. Premiado por diversas vezes, destacando-se no Salão Nacional de Belas Artes, com uma medalha de prata em 1912 e com uma de ouro, em 1920. Na capital portuguesa participou nas exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1916 e 1917), onde ganhou a medalha de 1.ª classe, em 1916, com a tela Porto de Pozzuoli.

Biografia – Itaú Cultural

No Rio de Janeiro, tem aulas particulares com José Maria de Medeiros (1849-1925) e Rodolfo Amoedo (1857-1941). Estreia como pintor em 1905, expondo no Salão Nacional de Belas-Artes - SNBA três telas que passam despercebidas da crítica, o que já não ocorre no Salão de 1907, quando recebe menção honrosa. Participa diversas vezes do Salão nas duas primeiras décadas do século XX, é premiado em 1912, 1913 e 1920. Realiza sua primeira exposição individual em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro. Em 1912 e 1913, participa dos salões organizados pela Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes. Em 1914 apresenta sua segunda individual, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. No mesmo ano ingressa na carreira diplomática, transfere-se para Nápoles, Itália, e frequenta a Accademia di Belle Arti e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella (1856-1949). Com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é transferido para o consulado brasileiro em Lisboa e integra-se à vida artística e cultural da cidade.

Participou das exposições anuais da Sociedade Nacional de Belas-Artes em 1916 e 1917. Ainda em 1917 é realizada, na Galeria da Misericórdia do Porto, uma mostra com cerca de 50 óleos e alguns pastéis com temas portugueses. Permanece por um ano em Paris, e entra em contato com obras do impressionismo e do fauvismo. Por volta de 1916, é nomeado cônsul do Brasil em Munique, onde trava contato com a pintura alemã do período. Retornou para o Rio de Janeiro em meados da década de 1920. Em 1926, promove uma exposição com telas trazidas da Europa. Funda, com outros artistas, a Associação de Artistas Brasileiros, da qual é o primeiro presidente. Falece em Florença em 1931, quando se preparava para assumir o consulado brasileiro em Livorno, Itália.

Análise

Considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de marinhas, Navarro da Costa trabalha, em toda sua carreira, com esse tipo de pintura em diferentes estilos, desde as mais veristas, nas quais explora em detalhes aspectos das atividades portuárias e pesqueiras, até as feitas sob influência do impressionismo ou do fauvismo, em que lida com a atmosfera e as cores da paisagem marítima.

A estada em Nápoles, Itália, embora tenha durado menos de um ano, é decisiva para o artista. Segundo o crítico e historiador da arte José Roberto Teixeira Leite, a convivência com o marinhista Attilio Pratella é marcante para Navarro da Costa, "e não seria demasiado vincular à maneira do pintor napolitano certos efeitos e empastamentos visíveis na arte do brasileiro".1

Quando se transfere para Lisboa, sua marinha italiana, Porto de Pozzuoli, em 1916, é contemplada com medalha de primeira classe na exposição da Sociedade Nacional de Belas-Artes portuguesa. Na vida artística de Lisboa, relaciona-se com os pintores Columbano (1857-1929), Souza Pinto (1856-1939), Carlos Reis (1866-1940) e José Malhoa (1854-1933). Este último executa até mesmo um retrato de Navarro da Costa. Durante sua estada em Lisboa, alcança notoriedade como pintor e expõe uma vasta produção realizada em Portugal, na Itália e no Brasil. Ao deixar Portugal, recebe do governo as insígnias de comendador da Ordem de São Tiago da Espada. Entre suas obras portuguesas, podem-se mencionar Velhos Barcos, Tranquilidade, Velho Galeão, Roupas ao Sol, Barcos em Ruínas.

No período que passa em Paris, tem a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos de pintura e amadurecer a técnica pelo contato com a obra de artistas impressionistas e fauvistas, influências que se fazem em seu trabalho. Sua paleta torna-se mais luminosa, e o desejo de explorar a cor e a textura se acentua. São dessa época as obras O Sena em Saint-Germain-en-Laye, Pont Royal e Pont Solferino. Interessado em artes e pela atividade de diplomata que exerce, é quase certo que se tenha inteirado, na efervescente Paris do pós-guerra, das tendências estéticas do momento.

Nos anos em que permanece em Munique, realiza, em comparação a momentos anteriores, poucas obras. Viaja com frequência, visita a Holanda e a Bélgica, e volta algumas vezes à Itália, onde produz parte significativa de sua obra. Em Veneza encontra importante fonte de inspiração e é a cidade que escolhe para retratar em diversas telas, aquarelas e desenhos, entre os quais se destacam Pérgola de Veneza, Casa de Tintoretto, Palácios do Gran Canale, Ponte de Santa Catarina, Veneza e Barcos.

Para Teixeira Leite, suas primeiras marinhas mostram nítida influência de Castagneto (1851-1900), porém norteada por um sentimento cromático mais intenso. Tecnicamente, utiliza o pincel e a espátula diretamente sobre a tela, procedimento que, segundo Quirino Campofiorito (1902-1993), é seguido por alguns jovens pintores da geração que o sucede.

Críticas

"Navarro da Costa tinha predileção especial pelos assuntos marítimos: a água, com seus movimentos, com seus reflexos, com suas cambiantes, o atraía. Adotou a técnica impressionista, uma espécie de ´pointillisme´ à Signac, para conseguir maior vibração luminosa. Sua preocupação absorvente era a luz e tudo lhe sacrificava, para conseguir maior intensidade: construção, propriedade da matéria e, às vezes, a própria perspectiva. Sua obra, no conjunto, pode ser monótona, mas trai incontestavelmente um emotivo, em quem o sol acendia lampejos de lirismo". — José Maria dos Reis Jr. (REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio de Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944).

"Navarro da Costa (...) engrandeceu sua obra até que ela se demonstrasse plena de expressividade plástica e unicamente inspirada na natureza marinha de que tirou os partidos mais variados. Teve sempre à sua vista, servindo aos pincéis ágeis e sensivelmente manejados e às tintas frescas e espontaneamente elaboradas, o mar e suas proximidades imediatas, sua luminosidade inebriante, sua atmosfera envolvente e denunciadora de distantes horizontes, sua cromaticidade pontilhada de vibrações, ora em tonalizações cinzas suavizantes das cores contrastantes, ora em verdadeiras sinfonias policrômicas realçadas na movimentação incessante dos reflexos ou nos plácidos espelhos d´água. (...) Nas pequenas superfícies, como nas grandes extensões de tela, teve sempre bem marcada sensualidade pictórica, tão cara aos pintores que depositam na própria técnica, na sofreguidão com que empregam suas tintas, na sutileza com que dispõem a pastosidade destas, a proposta essencial ou o poder comocional de sua arte. (...) Infenso aos efeitos fortuitos ou casuais, constrói com decisão e certa violência da pincelada, ou com o golpe de espátula, o conteúdo formal. É precisamente essa preferência pelas tintas solidamente argamassadas que o leva a escolher por vezes a espátula ao pincel, garantindo uma matéria pictórica muito rica e particularmente sedutora. Este aspecto singular da pintura de Mario Navarro da Costa atrai jovens pintores que lhe seguem o processo e mesmo se afeiçoam aos motivos marinhistas vindo a se destacar na geração que o sucede". — Quirino Campofiorito (CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983).

Acervos

Círculo Artístico de Nápoles - (Itália)

Museu Antonio Parreiras - Niterói RJ

Museu de Arte Contemporânea - Lisboa (Portugal)

Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ

Museu Nacional de Lares dos Reis - Porto (Portugal)

Museu da República - Rio de Janeiro RJ

Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp

Pinacoteca do Palácio do Ingá - Niterói RJ

Exposições Coletivas

1905 - Rio de Janeiro RJ - 12ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1907 - Rio de Janeiro RJ - 14ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção de 1º grau

1912 - Rio de Janeiro RJ - 19ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de prata

1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - pequena medalha de prata

ca.1915 - Lisboa (Portugal) - Coletiva, na Sociedade Nacional de Belas Artes - medalha de 1ª classe

ca.1916 - Munique (Alemanha) - Coletiva

1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro

1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

Exposições Póstumas

1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana

1978 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA

1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - São Paulo SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado

1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria

1993 - São Paulo SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Um Olhar Crítico sobre o Acervo do Século XIX, na Pinacoteca do Estado

1995 - Campinas SP - Da Marinha à Natureza Morta

1998 - Rio de Janeiro RJ - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, no Museu Naval e Oceanográfico. Serviço de Documentação da Marinha

2000 - Porto Alegre RS - De Frans Post a Eliseu Visconti: acervo Museu Nacional de Belas Artes - RJ, no Margs

2001 - São Paulo SP - 30 Mestres da Pintura no Brasil, no Masp

2002 - Brasília DF - Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

Fonte: NAVARRO da Costa. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 30 de agosto de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia – Wikipédia

Mário Navarro da Costa (Rio de Janeiro, 25 de setembro de 1883 — Florença, 6 de junho de 1931) foi um pintor e diplomata brasileiro. Faleceu servindo como cônsul.

Pintor de marinhas, o Salão Nacional de Belas Artes premiou-o com uma medalha de prata em 1912 e com uma de ouro, em 1920.

Esteve em Portugal, que lhe inspirou algumas das suas obras. O Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa conserva da sua autoria A vela vermelha. Tendo residido na Itália, por algum tempo, valeu-se dessa estadia para inspirar parte significativa de sua obra na paisagem marinha daquele país.

Foi diretor artístico da revista Atlantida (1915-1920) e teve colaboração artística na II série da revista Alma nova (1915-1918), começada a editar em Faro em 1914.

Exposições póstumas

1974 - Rio de Janeiro, RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana

1978 - Rio de Janeiro, RJ - Individual, no MNBA

1980 - São Paulo, SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes

1984 - São Paulo, SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - São Paulo, SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - São Paulo, SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado

1989 - São Paulo, SP - Pintura Brasil Século XIX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria

1993 - São Paulo, SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP

1994 - São Paulo, SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo, SP - Um Olhar Crítico sobre o Acervo do Século XIX, na Pinacoteca do Estado

1995 - Campinas, SP - Da Marinha à Natureza Morta

1998 - Rio de Janeiro, RJ - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, no Museu Naval e Oceanográfico. Serviço de Documentação da Marinha

2000 - Porto Alegre, RS - De Frans Post a Eliseu Visconti: acervo Museu Nacional de Belas Artes - RJ, no MARGS

2001 - São Paulo, SP - 30 Mestres da Pintura no Brasil, no Masp

2002 - Brasília, DF - Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de agosto de 2022.

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Sala do Conselho - Pintores

Mário Navarro da Costa nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, a 25 de setembro de 1883.

Embora não tivesse frequentado a Escola Nacional de Belas Artes (do Rio de Janeiro), teve por mestres dois dos seus professores, José Maria de Medeiros (1849-1925) e Rodolfo Amoedo (1857-1941).

No Rio de Janeiro expôs no Salão Nacional de Belas Artes, entre 1907 e 1920, tendo alcançado uma menção de primeiro grau (1907), uma medalha de prata (1912) e uma medalha de ouro (1920). Realizou duas exposições individuais, a primeira em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio, e a segunda em 1914, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Participou ainda nos salões da Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes, em 1912 e 1913.

Em 1914 encetou uma carreira diplomática, fixando-se primeiramente em Nápoles onde, enquanto funcionário do consulado brasileiro, frequentou a Accademia di Belle Arti e os ateliês de Ulrico Pistilli (1854-1950) e Attilio Pratella (1856-1949).

Com o início da I Guerra Mundial, Navarro da Costa foi transferido para o consulado brasileiro em Lisboa. Na capital portuguesa participou nas exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1916 e 1917), onde ganhou a medalha de 1.ª classe, em 1916, com a tela Porto de Pozzuoli. Relacionou-se com os pintores Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), Sousa Pinto (1856-1939), Carlos Reis (1866-1940) e José Malhoa (1854-1933) que pintou o seu retrato.

Também em Portugal foi distinguido com a Comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada (1916) e expôs, de forma individual, na Galeria da Santa Casa da Misericórdia do Porto (1917).

De Lisboa foi viver para Paris, onde exerceu funções no consulado. Teve, então, oportunidade para conhecer a pintura dos movimentos impressionista, cubista e fauvista. Em 1917 foi nomeado cônsul do Brasil em Munique. Durante a estada na Alemanha contactou com a pintura expressionista.

Na década de 20 estava de regresso ao Brasil, onde expôs individualmente e pela última vez (1926) telas que tinha pintado na Europa. Foi um dos fundadores (1929) e 1.º presidente da Associação dos Artistas Brasileiros.

Em 1931 vivia em Florença, prestes a assumir o cargo de cônsul brasileiro em Livorno, lugar onde acabou por falecer, a 6 de junho de 1931.

Navarro da Costa foi colaborador da revista luso-brasileira Atlântida (1915-1920) e da segunda série da revista Alma Nova (1915-1918).

O trabalho deste destacado pintor brasileiro, especializado em paisagens marinhas, foi mostrada a título póstumo em várias exposições no país de origem, designadamente na Retrospetiva no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro (1978), no Paço das Artes (S. Paulo, 1980) e na Bienal Brasil XX (S. Paulo, 1994); e nas exposições Tradição e Rutura (Fundação Bienal, S. Paulo, 1984), Dezanove-Vinte: uma Virada no Século (Pinacoteca do Estado de S. Paulo, 1986), Da Marinha à Natureza-morta (Campinas, S.P., 1995), De Frans Post a Eliseu Visconti (Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, 2000), 30 mestres da Pintura no Brasil (Museu de Arte de São Paulo, 2001) e Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo (Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty, Brasília, 2002).

Na Sala do Conselho do edifício histórico da U.Porto, na parede oposta à galeria de retratos dos primeiros 18 Reitores da Universidade, encontra-se uma paisagem marinha da sua autoria, intitulada Espreguiçar a vaga, que a Câmara Municipal do Porto ofereceu à Universidade do Porto em 1919.

Fonte: Sigarra Porto: Universidade Digital; Gestão de Documentação e Informação, 2016. "Navarro da Costa". Consultado pela última vez em 30 de agosto de 2022.

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Mário Navarro da Costa – Portal Artes

Mário Navarro da Costa nasceu no Rio de Janeiro, em 1883. Estudou com José Maria de Medeiros e Rodolfo Amoedo, destacando-se como marinhista, no começo do século XX. Em 1914, ingressa na carreira diplomática, transferindo-se para Nápoles, onde freqüenta a Accadémia Di Belle Arti e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella.

Com a Primeira Guerra Mundial, é enviado a Lisboa e participa das exposições anuais da Sociedade Nacional de Belas Artes. Permanece por um ano em Paris, onde entra em contato com o Impressionismo, Fovismo e Cubismo. Sua obra guarda vaga influência fovista, residindo na cor e na textura os pontos mais modernos de sua produção.

Em meados da década de 20, volta ao Rio de Janeiro, onde funda a Associação de Artistas Brasileiros, sendo seu primeiro presidente.

A tendência da crítica, desde há alguns anos, é lhe conceder um dos lugares mais importantes entre todos os nossos marinhistas. É o que fizeram Nogueira da Silva e Ronald de Carvalho e, mais recentemente, Celso Kelly e Pedro Caminada Manuel Gismondi. Navarro da Costa explora até o limite as nuances do movimento das águas, com um vigor que por vezes prefere a espátula ao pincel e com o domínio da técnica cromática.

Fonte: Portal Artes, Mário Navarro da Costa. Consultado pela última vez em 31 de agosto de 2022.

Crédito fotográfico: Biblioteca Nacional Luso-brasileira, Navarro da Costa, em 1912. Consultado pela última vez em 30 de agosto de 2022.

Mário Navarro da Costa (Rio de Janeiro, Brasil, 25 de setembro de 1883 — Florença, Itália, 6 de junho de 1931), mais conhecido como Navarro da Costa, foi um pintor e diplomata brasileiro. Frequentou a Accademia di Belle Arti (Academia de Belas Artes), na Itália, e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella. É considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de marinhas, adotou diferentes estilos para representá-las, desde as mais veristas, nas quais explora em detalhes aspectos das atividades portuárias e pesqueiras, até as feitas sob influência do impressionismo ou do fauvismo, em que lida com a atmosfera e as cores da paisagem marítima. Dominava a técnica cromática com maestria, pintando todas as nuances do movimento das águas, mesclando técnicas entre espátula e pincel. Expôs no Salão Nacional de Belas Artes, entre 1907 e 1920, tendo alcançado uma menção de primeiro grau (1907), uma medalha de prata (1912) e uma medalha de ouro (1920). Realizou duas exposições individuais, a primeira em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio, e a segunda em 1914, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Participou ainda nos salões da Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes, em 1912 e 1913. Premiado por diversas vezes, destacando-se no Salão Nacional de Belas Artes, com uma medalha de prata em 1912 e com uma de ouro, em 1920. Na capital portuguesa participou nas exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1916 e 1917), onde ganhou a medalha de 1.ª classe, em 1916, com a tela Porto de Pozzuoli.

Navarro da Costa

Mário Navarro da Costa (Rio de Janeiro, Brasil, 25 de setembro de 1883 — Florença, Itália, 6 de junho de 1931), mais conhecido como Navarro da Costa, foi um pintor e diplomata brasileiro. Frequentou a Accademia di Belle Arti (Academia de Belas Artes), na Itália, e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella. É considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de marinhas, adotou diferentes estilos para representá-las, desde as mais veristas, nas quais explora em detalhes aspectos das atividades portuárias e pesqueiras, até as feitas sob influência do impressionismo ou do fauvismo, em que lida com a atmosfera e as cores da paisagem marítima. Dominava a técnica cromática com maestria, pintando todas as nuances do movimento das águas, mesclando técnicas entre espátula e pincel. Expôs no Salão Nacional de Belas Artes, entre 1907 e 1920, tendo alcançado uma menção de primeiro grau (1907), uma medalha de prata (1912) e uma medalha de ouro (1920). Realizou duas exposições individuais, a primeira em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio, e a segunda em 1914, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Participou ainda nos salões da Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes, em 1912 e 1913. Premiado por diversas vezes, destacando-se no Salão Nacional de Belas Artes, com uma medalha de prata em 1912 e com uma de ouro, em 1920. Na capital portuguesa participou nas exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1916 e 1917), onde ganhou a medalha de 1.ª classe, em 1916, com a tela Porto de Pozzuoli.

Biografia – Itaú Cultural

No Rio de Janeiro, tem aulas particulares com José Maria de Medeiros (1849-1925) e Rodolfo Amoedo (1857-1941). Estreia como pintor em 1905, expondo no Salão Nacional de Belas-Artes - SNBA três telas que passam despercebidas da crítica, o que já não ocorre no Salão de 1907, quando recebe menção honrosa. Participa diversas vezes do Salão nas duas primeiras décadas do século XX, é premiado em 1912, 1913 e 1920. Realiza sua primeira exposição individual em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio do Rio de Janeiro. Em 1912 e 1913, participa dos salões organizados pela Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes. Em 1914 apresenta sua segunda individual, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. No mesmo ano ingressa na carreira diplomática, transfere-se para Nápoles, Itália, e frequenta a Accademia di Belle Arti e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella (1856-1949). Com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), é transferido para o consulado brasileiro em Lisboa e integra-se à vida artística e cultural da cidade.

Participou das exposições anuais da Sociedade Nacional de Belas-Artes em 1916 e 1917. Ainda em 1917 é realizada, na Galeria da Misericórdia do Porto, uma mostra com cerca de 50 óleos e alguns pastéis com temas portugueses. Permanece por um ano em Paris, e entra em contato com obras do impressionismo e do fauvismo. Por volta de 1916, é nomeado cônsul do Brasil em Munique, onde trava contato com a pintura alemã do período. Retornou para o Rio de Janeiro em meados da década de 1920. Em 1926, promove uma exposição com telas trazidas da Europa. Funda, com outros artistas, a Associação de Artistas Brasileiros, da qual é o primeiro presidente. Falece em Florença em 1931, quando se preparava para assumir o consulado brasileiro em Livorno, Itália.

Análise

Considerado um dos mais importantes pintores brasileiros de marinhas, Navarro da Costa trabalha, em toda sua carreira, com esse tipo de pintura em diferentes estilos, desde as mais veristas, nas quais explora em detalhes aspectos das atividades portuárias e pesqueiras, até as feitas sob influência do impressionismo ou do fauvismo, em que lida com a atmosfera e as cores da paisagem marítima.

A estada em Nápoles, Itália, embora tenha durado menos de um ano, é decisiva para o artista. Segundo o crítico e historiador da arte José Roberto Teixeira Leite, a convivência com o marinhista Attilio Pratella é marcante para Navarro da Costa, "e não seria demasiado vincular à maneira do pintor napolitano certos efeitos e empastamentos visíveis na arte do brasileiro".1

Quando se transfere para Lisboa, sua marinha italiana, Porto de Pozzuoli, em 1916, é contemplada com medalha de primeira classe na exposição da Sociedade Nacional de Belas-Artes portuguesa. Na vida artística de Lisboa, relaciona-se com os pintores Columbano (1857-1929), Souza Pinto (1856-1939), Carlos Reis (1866-1940) e José Malhoa (1854-1933). Este último executa até mesmo um retrato de Navarro da Costa. Durante sua estada em Lisboa, alcança notoriedade como pintor e expõe uma vasta produção realizada em Portugal, na Itália e no Brasil. Ao deixar Portugal, recebe do governo as insígnias de comendador da Ordem de São Tiago da Espada. Entre suas obras portuguesas, podem-se mencionar Velhos Barcos, Tranquilidade, Velho Galeão, Roupas ao Sol, Barcos em Ruínas.

No período que passa em Paris, tem a oportunidade de aprimorar seus conhecimentos de pintura e amadurecer a técnica pelo contato com a obra de artistas impressionistas e fauvistas, influências que se fazem em seu trabalho. Sua paleta torna-se mais luminosa, e o desejo de explorar a cor e a textura se acentua. São dessa época as obras O Sena em Saint-Germain-en-Laye, Pont Royal e Pont Solferino. Interessado em artes e pela atividade de diplomata que exerce, é quase certo que se tenha inteirado, na efervescente Paris do pós-guerra, das tendências estéticas do momento.

Nos anos em que permanece em Munique, realiza, em comparação a momentos anteriores, poucas obras. Viaja com frequência, visita a Holanda e a Bélgica, e volta algumas vezes à Itália, onde produz parte significativa de sua obra. Em Veneza encontra importante fonte de inspiração e é a cidade que escolhe para retratar em diversas telas, aquarelas e desenhos, entre os quais se destacam Pérgola de Veneza, Casa de Tintoretto, Palácios do Gran Canale, Ponte de Santa Catarina, Veneza e Barcos.

Para Teixeira Leite, suas primeiras marinhas mostram nítida influência de Castagneto (1851-1900), porém norteada por um sentimento cromático mais intenso. Tecnicamente, utiliza o pincel e a espátula diretamente sobre a tela, procedimento que, segundo Quirino Campofiorito (1902-1993), é seguido por alguns jovens pintores da geração que o sucede.

Críticas

"Navarro da Costa tinha predileção especial pelos assuntos marítimos: a água, com seus movimentos, com seus reflexos, com suas cambiantes, o atraía. Adotou a técnica impressionista, uma espécie de ´pointillisme´ à Signac, para conseguir maior vibração luminosa. Sua preocupação absorvente era a luz e tudo lhe sacrificava, para conseguir maior intensidade: construção, propriedade da matéria e, às vezes, a própria perspectiva. Sua obra, no conjunto, pode ser monótona, mas trai incontestavelmente um emotivo, em quem o sol acendia lampejos de lirismo". — José Maria dos Reis Jr. (REIS JÚNIOR, José Maria dos. História da pintura no Brasil. Prefácio de Oswaldo Teixeira. São Paulo: Leia, 1944).

"Navarro da Costa (...) engrandeceu sua obra até que ela se demonstrasse plena de expressividade plástica e unicamente inspirada na natureza marinha de que tirou os partidos mais variados. Teve sempre à sua vista, servindo aos pincéis ágeis e sensivelmente manejados e às tintas frescas e espontaneamente elaboradas, o mar e suas proximidades imediatas, sua luminosidade inebriante, sua atmosfera envolvente e denunciadora de distantes horizontes, sua cromaticidade pontilhada de vibrações, ora em tonalizações cinzas suavizantes das cores contrastantes, ora em verdadeiras sinfonias policrômicas realçadas na movimentação incessante dos reflexos ou nos plácidos espelhos d´água. (...) Nas pequenas superfícies, como nas grandes extensões de tela, teve sempre bem marcada sensualidade pictórica, tão cara aos pintores que depositam na própria técnica, na sofreguidão com que empregam suas tintas, na sutileza com que dispõem a pastosidade destas, a proposta essencial ou o poder comocional de sua arte. (...) Infenso aos efeitos fortuitos ou casuais, constrói com decisão e certa violência da pincelada, ou com o golpe de espátula, o conteúdo formal. É precisamente essa preferência pelas tintas solidamente argamassadas que o leva a escolher por vezes a espátula ao pincel, garantindo uma matéria pictórica muito rica e particularmente sedutora. Este aspecto singular da pintura de Mario Navarro da Costa atrai jovens pintores que lhe seguem o processo e mesmo se afeiçoam aos motivos marinhistas vindo a se destacar na geração que o sucede". — Quirino Campofiorito (CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983).

Acervos

Círculo Artístico de Nápoles - (Itália)

Museu Antonio Parreiras - Niterói RJ

Museu de Arte Contemporânea - Lisboa (Portugal)

Museu Nacional de Belas Artes - MNBA - Rio de Janeiro RJ

Museu Nacional de Lares dos Reis - Porto (Portugal)

Museu da República - Rio de Janeiro RJ

Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp

Pinacoteca do Palácio do Ingá - Niterói RJ

Exposições Coletivas

1905 - Rio de Janeiro RJ - 12ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1907 - Rio de Janeiro RJ - 14ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção de 1º grau

1912 - Rio de Janeiro RJ - 19ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de prata

1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - pequena medalha de prata

ca.1915 - Lisboa (Portugal) - Coletiva, na Sociedade Nacional de Belas Artes - medalha de 1ª classe

ca.1916 - Munique (Alemanha) - Coletiva

1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro

1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

Exposições Póstumas

1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana

1978 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no MNBA

1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - São Paulo SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado

1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria

1993 - São Paulo SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Um Olhar Crítico sobre o Acervo do Século XIX, na Pinacoteca do Estado

1995 - Campinas SP - Da Marinha à Natureza Morta

1998 - Rio de Janeiro RJ - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, no Museu Naval e Oceanográfico. Serviço de Documentação da Marinha

2000 - Porto Alegre RS - De Frans Post a Eliseu Visconti: acervo Museu Nacional de Belas Artes - RJ, no Margs

2001 - São Paulo SP - 30 Mestres da Pintura no Brasil, no Masp

2002 - Brasília DF - Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

Fonte: NAVARRO da Costa. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 30 de agosto de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia – Wikipédia

Mário Navarro da Costa (Rio de Janeiro, 25 de setembro de 1883 — Florença, 6 de junho de 1931) foi um pintor e diplomata brasileiro. Faleceu servindo como cônsul.

Pintor de marinhas, o Salão Nacional de Belas Artes premiou-o com uma medalha de prata em 1912 e com uma de ouro, em 1920.

Esteve em Portugal, que lhe inspirou algumas das suas obras. O Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa conserva da sua autoria A vela vermelha. Tendo residido na Itália, por algum tempo, valeu-se dessa estadia para inspirar parte significativa de sua obra na paisagem marinha daquele país.

Foi diretor artístico da revista Atlantida (1915-1920) e teve colaboração artística na II série da revista Alma nova (1915-1918), começada a editar em Faro em 1914.

Exposições póstumas

1974 - Rio de Janeiro, RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana

1978 - Rio de Janeiro, RJ - Individual, no MNBA

1980 - São Paulo, SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes

1984 - São Paulo, SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - São Paulo, SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - São Paulo, SP - Dezenovevinte: uma virada no século, na Pinacoteca do Estado

1989 - São Paulo, SP - Pintura Brasil Século XIX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria

1993 - São Paulo, SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP

1994 - São Paulo, SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo, SP - Um Olhar Crítico sobre o Acervo do Século XIX, na Pinacoteca do Estado

1995 - Campinas, SP - Da Marinha à Natureza Morta

1998 - Rio de Janeiro, RJ - Marinhas em Grandes Coleções Paulistas, no Museu Naval e Oceanográfico. Serviço de Documentação da Marinha

2000 - Porto Alegre, RS - De Frans Post a Eliseu Visconti: acervo Museu Nacional de Belas Artes - RJ, no MARGS

2001 - São Paulo, SP - 30 Mestres da Pintura no Brasil, no Masp

2002 - Brasília, DF - Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de agosto de 2022.

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Sala do Conselho - Pintores

Mário Navarro da Costa nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, a 25 de setembro de 1883.

Embora não tivesse frequentado a Escola Nacional de Belas Artes (do Rio de Janeiro), teve por mestres dois dos seus professores, José Maria de Medeiros (1849-1925) e Rodolfo Amoedo (1857-1941).

No Rio de Janeiro expôs no Salão Nacional de Belas Artes, entre 1907 e 1920, tendo alcançado uma menção de primeiro grau (1907), uma medalha de prata (1912) e uma medalha de ouro (1920). Realizou duas exposições individuais, a primeira em 1910, na Galeria de Arte da Associação dos Empregados do Comércio, e a segunda em 1914, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. Participou ainda nos salões da Sociedade Juventas, núcleo da futura Sociedade Brasileira de Belas-Artes, em 1912 e 1913.

Em 1914 encetou uma carreira diplomática, fixando-se primeiramente em Nápoles onde, enquanto funcionário do consulado brasileiro, frequentou a Accademia di Belle Arti e os ateliês de Ulrico Pistilli (1854-1950) e Attilio Pratella (1856-1949).

Com o início da I Guerra Mundial, Navarro da Costa foi transferido para o consulado brasileiro em Lisboa. Na capital portuguesa participou nas exposições da Sociedade Nacional de Belas-Artes (1916 e 1917), onde ganhou a medalha de 1.ª classe, em 1916, com a tela Porto de Pozzuoli. Relacionou-se com os pintores Columbano Bordalo Pinheiro (1857-1929), Sousa Pinto (1856-1939), Carlos Reis (1866-1940) e José Malhoa (1854-1933) que pintou o seu retrato.

Também em Portugal foi distinguido com a Comenda da Ordem Militar de Santiago da Espada (1916) e expôs, de forma individual, na Galeria da Santa Casa da Misericórdia do Porto (1917).

De Lisboa foi viver para Paris, onde exerceu funções no consulado. Teve, então, oportunidade para conhecer a pintura dos movimentos impressionista, cubista e fauvista. Em 1917 foi nomeado cônsul do Brasil em Munique. Durante a estada na Alemanha contactou com a pintura expressionista.

Na década de 20 estava de regresso ao Brasil, onde expôs individualmente e pela última vez (1926) telas que tinha pintado na Europa. Foi um dos fundadores (1929) e 1.º presidente da Associação dos Artistas Brasileiros.

Em 1931 vivia em Florença, prestes a assumir o cargo de cônsul brasileiro em Livorno, lugar onde acabou por falecer, a 6 de junho de 1931.

Navarro da Costa foi colaborador da revista luso-brasileira Atlântida (1915-1920) e da segunda série da revista Alma Nova (1915-1918).

O trabalho deste destacado pintor brasileiro, especializado em paisagens marinhas, foi mostrada a título póstumo em várias exposições no país de origem, designadamente na Retrospetiva no Museu Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro (1978), no Paço das Artes (S. Paulo, 1980) e na Bienal Brasil XX (S. Paulo, 1994); e nas exposições Tradição e Rutura (Fundação Bienal, S. Paulo, 1984), Dezanove-Vinte: uma Virada no Século (Pinacoteca do Estado de S. Paulo, 1986), Da Marinha à Natureza-morta (Campinas, S.P., 1995), De Frans Post a Eliseu Visconti (Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Porto Alegre, 2000), 30 mestres da Pintura no Brasil (Museu de Arte de São Paulo, 2001) e Barão do Rio Branco: sua obra e seu tempo (Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty, Brasília, 2002).

Na Sala do Conselho do edifício histórico da U.Porto, na parede oposta à galeria de retratos dos primeiros 18 Reitores da Universidade, encontra-se uma paisagem marinha da sua autoria, intitulada Espreguiçar a vaga, que a Câmara Municipal do Porto ofereceu à Universidade do Porto em 1919.

Fonte: Sigarra Porto: Universidade Digital; Gestão de Documentação e Informação, 2016. "Navarro da Costa". Consultado pela última vez em 30 de agosto de 2022.

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Mário Navarro da Costa – Portal Artes

Mário Navarro da Costa nasceu no Rio de Janeiro, em 1883. Estudou com José Maria de Medeiros e Rodolfo Amoedo, destacando-se como marinhista, no começo do século XX. Em 1914, ingressa na carreira diplomática, transferindo-se para Nápoles, onde freqüenta a Accadémia Di Belle Arti e os ateliês de Ulrico Pistilli e Attilio Pratella.

Com a Primeira Guerra Mundial, é enviado a Lisboa e participa das exposições anuais da Sociedade Nacional de Belas Artes. Permanece por um ano em Paris, onde entra em contato com o Impressionismo, Fovismo e Cubismo. Sua obra guarda vaga influência fovista, residindo na cor e na textura os pontos mais modernos de sua produção.

Em meados da década de 20, volta ao Rio de Janeiro, onde funda a Associação de Artistas Brasileiros, sendo seu primeiro presidente.

A tendência da crítica, desde há alguns anos, é lhe conceder um dos lugares mais importantes entre todos os nossos marinhistas. É o que fizeram Nogueira da Silva e Ronald de Carvalho e, mais recentemente, Celso Kelly e Pedro Caminada Manuel Gismondi. Navarro da Costa explora até o limite as nuances do movimento das águas, com um vigor que por vezes prefere a espátula ao pincel e com o domínio da técnica cromática.

Fonte: Portal Artes, Mário Navarro da Costa. Consultado pela última vez em 31 de agosto de 2022.

Crédito fotográfico: Biblioteca Nacional Luso-brasileira, Navarro da Costa, em 1912. Consultado pela última vez em 30 de agosto de 2022.

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