Oswaldo Teixeira do Amaral (Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, 28 de maio de 1974), mais conhecido como Oswaldo Teixeira, foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Estudou na antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Batista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Defensor do academicismo, Oswaldo tinha o Renascimento como seu período preferido, o que refletia em suas obras que figuravam a natureza com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Foi um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo sido o único pintor brasileiro a receber todas as honrarias possíveis em sua categoria. Pintava retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Fundou o Museu Nacional de Belas Artes, que dirigiu durante 25 anos, de 1937 a 1961. Oswaldo também foi presidente do Salão Nacional de Belas Artes durante 9 anos e também foi membro da Academia Brasileira de Belas Artes, da Academia de Arte do Rio de Janeiro e da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa.
Oswaldo Teixeira | Arremate Arte
Oswaldo Teixeira foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Sua formação artística ocorreu na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde estudou com mestres como Rodolfo Chambelland e Batista da Costa. Com apenas 19 anos, ganhou o prêmio de uma viagem à Europa, uma conquista significativa para um artista tão jovem. Esse prêmio consolidou sua carreira e lhe proporcionou uma visão mais ampla das tendências artísticas internacionais, que influenciariam seu trabalho ao longo dos anos.
Teixeira se destacou por sua postura firmemente acadêmica em um período em que o modernismo ganhava força no Brasil. Ele se posicionou contra o modernismo, que considerava hermético e anárquico, preferindo seguir uma linha mais tradicionalista. Sua obra é caracterizada por retratos, naturezas-mortas, paisagens e temas religiosos, frequentemente imbuídos de uma técnica rigorosa e de uma visão idealizada da realidade. Além de seu trabalho como artista, Teixeira também foi uma figura central na administração de instituições culturais no Brasil, sendo diretor do Museu Nacional de Belas Artes por 25 anos e presidente do Salão Nacional de Belas Artes.
Ao longo de sua vida, Oswaldo Teixeira esteve envolvido em diversas polêmicas devido a suas opiniões conservadoras sobre arte e sua defesa do academicismo. Apesar das críticas, sua contribuição para a arte brasileira é inegável, tanto em termos de sua produção artística quanto de sua influência institucional. Ele é lembrado como um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo recebido todas as honrarias possíveis em sua categoria durante sua carreira.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Wikipédia
Teve uma infância de extrema pobreza, mas, mesmo assim, foi incentivado pelo pai a seguir sua vocação artística. Morava no Morro do Castelo. Aos 13 anos, com o falecimento prematuro do pai, precisou assumir o sustento da família, desenhando cartazes, retratos e reclames para o comércio local. Nessa idade, já expunha trabalhos no Salão Nacional. Sua mãe dava aulas particulares no Morro, recebendo apenas tostões. Como se não bastasse, a família foi despejada.
Na antiga Escola Nacional de Belas Artes foi aluno de Baptista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Com apenas 19 anos, recebeu o prêmio de uma viagem à Europa, por seu quadro O pescador. Foi o mais jovem artista a receber a distinção em toda a história da Escola Nacional de Belas Artes.
Foi membro da Comissão Julgadora da Cadeira de Modelagem e Desenho do Instituto Lafaiette, nos anos de 1927, 1932 e 1933.
No Salão Nacional de Belas Artes conquistou a Grande Medalha de Prata em 1923, o Prêmio de Viagem à Europa em 1924, a Medalha de Ouro em 1928 e a Grande Medalha de Honra em 1938. Conquistou ainda as Grandes Medalhas nas mais importantes mostras brasileiras de sua época, afora a dos eventos internacionais de que participou.
Lecionou desenho na Escola Nacional de Belas Artes e no Instituto Nacional de Educação, entre 1932 e 1937. Até o final da sua vida, exerceu a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes. Em 1940, publicou o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil.
Foi o autor do retrato (em tamanho natural) do presidente Getúlio Vargas existente no Ministério da Fazenda e o do Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, exposto na Igreja da Candelária, Rio de Janeiro.
Em 1946, foi Avaliador de Obras de Arte da Prefeitura do Distrito Federal, por designação do Ministro da Educação e Saúde. Foi restaurador de quadros do Museu da Cidade da Prefeitura do Distrito Federal até o ano de 1950. Participou da Comissão Nacional de Belas Artes.
Era professor de Desenho e Pintura em seus Ateliers de Botafogo e Copacabana. Foi o idealizador do Museu Salvador Dali, na Espanha.
Sobre sua arte, Jean-Paul Sartre escreveu: "Ele não sugere o movimento, ele o capta". Já Monteiro Lobato disse: "Um criador audacioso de neologismo poderia dizer dele que é um luzista como se diz colorista".
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de julho de 2022.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Itaú Cultural
Oswaldo Teixeira do Amaral estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro com Argemiro Cunha e Eurico Moreira Alves e na Escola Nacional de Belas Artes - Enba com Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Em 1924, com a tela Pescador Brasileiro, recebe o prêmio de viagem ao exterior, concedido pela 31ª Exposição Geral de Belas Artes, viaja no ano seguinte para a Europa, e conhece Portugal, Espanha, França e Itália. Leciona desenho na Enba e no Instituto Nacional de Educação entre 1932 e 1937. Neste ano, assume o cargo de diretor do Museu Nacional de Belas Artes - MNBA no Rio de Janeiro, onde permanece até 1961. Publica o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil em 1940 e escreve o prefácio do livro História da Pintura no Brasil de Reis Júnior em 1944. Seu trabalho é exposto em importantes mostras do MNBA, como Exposição de Pintura Religiosa, em 1943, Um Século de Pintura Brasileira, em 1952, e O Trabalho na Arte, em 1958. Ganha uma retrospectiva na Galeria Grupo B, no Rio de Janeiro, em 1973, organizada pelo crítico Roberto Pontual. Até o final da vida, exerce a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes.
Análise
Oswaldo Teixeira é uma figura polêmica. Está sempre no centro de debates acirrados, em que é atacado por suas posições artísticas e políticas. Difama o modernismo com veemência e defende o academicismo, fazendo com que se opunham a ele artistas como Quirino Campofiorito e Flávio de Carvalho e críticos como José Roberto Leite Teixeira.
Seu antimodernismo é declarado. Acha a arte moderna hermética e anárquica; um mero expediente para esconder a deficiência técnica; refúgio daqueles que não sabem desenhar e pintar e dos críticos que não sabem ver e escrever. Aceita apenas Candido Portinari, o Picasso do início e Paul Cézanne, por sua integridade. Ainda assim, alguns artistas modernos expõem no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA e participam do Salão Nacional de Belas Artes - SNBA durante sua gestão, embora o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ seja muito mais receptivo.
Sua opinião a respeito do academicismo também é explícita. Acha que o ensino acadêmico é o único que pode dotar o pintor da técnica necessária para seu ofício. O Renascimento é seu período preferido. Quadros como Vênus Loura, Pescador Brasileiro e Velha Beata são tradicionalistas em seus temas e na sua realização. Procuram figurar a natureza, com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Para ele, a boa pintura é feita de técnica, emoção e verdade. Esta última é idealizada, como ele próprio exemplifica: "No retrato do Juíz Martins de Oliveira, por exemplo, não pode ser inteiramente fiel. A cara está igualzinha. Mas o corpo não condizia com a função. Era baixo, atarracado, do tipo nordestino. Eu o pintei imponente. É que não estava pintando só o homem. Precisava retratar também o magistrado". 1 Ele pinta retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Sua produção é abundante - fala-se de 4.000 desenhos e 2.000 telas - e vende bem.
Críticas
"Oswaldo Teixeira tanto repetiu: 'não sou acadêmico', que cansou. Rara era a vez, ainda na mocidade, em que ele não se insurgia contra sua inclusão entre os acadêmicos. Na realidade, mesmo mais tarde, já 'consagrado acadêmico', negaria essa 'consagração' errônea, sem fundamento face ao que pintava. Ele sabia que não observava sem acrescentar, omitir e, principalmente, criar detalhes não existentes nos modelos. A cor da pele, por exemplo, das suas figuras, segundo Vianna Moog, conhecedor dos museus europeus e americanos, 'é sem igual em todo mundo'. O acadêmico, ocupante de uma cadeira na Casa de Machado de Assis, não escondia sua admiração por Oswaldo Teixeira. Dizia com a autoridade e franqueza que o caracterizam: 'É o maior pintor de pele do mundo!' (...)" — M. Pereira da Silva (GARCIA, Maria Amélia Bulhões. O significado social da atuação dos artistas plásticos Oswaldo Teixeira e Cândido Portinari durante o Estado Novo. Porto Alegre: IFCH/PUC, 1983. (Mestrado).
"Oswaldo Teixeira, que praticou todos os gêneros, possui um desenho correto. Mas, dotado de uma visão convencional e reacionária da arte, prorrogou, até bem adentrado o séc. XX, certo tipo de sensibilidade pictórica que remete diretamente ao séc. XIX e mesmo ao séc. XVIII, praticando uma pintura faisandée e alambicada, que não raro resvalou para o Kitsch. Ficaram conhecidas, mais do que suas obras, suas constantes invectivas contra a arte moderna, e contra Portinari e Picasso em especial" — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
Exposições Individuais
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Sociarte
1973 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Galeria Grupo B
Exposições Coletivas
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - grande medalha de prata
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - prêmio Viagem ao Estrangeiro
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro
1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Nova York (Estados Unidos) - Coletiva de Artistas Brasileiros, no Roerich Museum
1933 - Rio de Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de prata
1938 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de honra
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de ouro
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Religiosa, no MNBA
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Interventor Federal
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro e 1º prêmio Interventor Federal
1947 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1950 - Rio de Janeiro RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no MNBA
1951 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1952 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Belas Artes, nos Salões do Trianon (Av. Paulista)
1953 - São Paulo SP - 18º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 19º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 20º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição e 2º prêmio Governo do Estado
1957 - São Paulo SP - 21º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de honra
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1958 - Rio de Janeiro RJ - O Trabalho na Arte, no MNBA
1959 - São Paulo SP - 24º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Prefeitura de São Paulo
1962 - São Paulo SP - 27º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição
1963 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1973 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
Fonte: OSWALDO Teixeira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 27 de julho de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Foto cedida pelo neto do artista. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
Oswaldo Teixeira do Amaral (Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, 28 de maio de 1974), mais conhecido como Oswaldo Teixeira, foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Estudou na antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Batista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Defensor do academicismo, Oswaldo tinha o Renascimento como seu período preferido, o que refletia em suas obras que figuravam a natureza com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Foi um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo sido o único pintor brasileiro a receber todas as honrarias possíveis em sua categoria. Pintava retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Fundou o Museu Nacional de Belas Artes, que dirigiu durante 25 anos, de 1937 a 1961. Oswaldo também foi presidente do Salão Nacional de Belas Artes durante 9 anos e também foi membro da Academia Brasileira de Belas Artes, da Academia de Arte do Rio de Janeiro e da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa.
Oswaldo Teixeira | Arremate Arte
Oswaldo Teixeira foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Sua formação artística ocorreu na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde estudou com mestres como Rodolfo Chambelland e Batista da Costa. Com apenas 19 anos, ganhou o prêmio de uma viagem à Europa, uma conquista significativa para um artista tão jovem. Esse prêmio consolidou sua carreira e lhe proporcionou uma visão mais ampla das tendências artísticas internacionais, que influenciariam seu trabalho ao longo dos anos.
Teixeira se destacou por sua postura firmemente acadêmica em um período em que o modernismo ganhava força no Brasil. Ele se posicionou contra o modernismo, que considerava hermético e anárquico, preferindo seguir uma linha mais tradicionalista. Sua obra é caracterizada por retratos, naturezas-mortas, paisagens e temas religiosos, frequentemente imbuídos de uma técnica rigorosa e de uma visão idealizada da realidade. Além de seu trabalho como artista, Teixeira também foi uma figura central na administração de instituições culturais no Brasil, sendo diretor do Museu Nacional de Belas Artes por 25 anos e presidente do Salão Nacional de Belas Artes.
Ao longo de sua vida, Oswaldo Teixeira esteve envolvido em diversas polêmicas devido a suas opiniões conservadoras sobre arte e sua defesa do academicismo. Apesar das críticas, sua contribuição para a arte brasileira é inegável, tanto em termos de sua produção artística quanto de sua influência institucional. Ele é lembrado como um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo recebido todas as honrarias possíveis em sua categoria durante sua carreira.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Wikipédia
Teve uma infância de extrema pobreza, mas, mesmo assim, foi incentivado pelo pai a seguir sua vocação artística. Morava no Morro do Castelo. Aos 13 anos, com o falecimento prematuro do pai, precisou assumir o sustento da família, desenhando cartazes, retratos e reclames para o comércio local. Nessa idade, já expunha trabalhos no Salão Nacional. Sua mãe dava aulas particulares no Morro, recebendo apenas tostões. Como se não bastasse, a família foi despejada.
Na antiga Escola Nacional de Belas Artes foi aluno de Baptista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Com apenas 19 anos, recebeu o prêmio de uma viagem à Europa, por seu quadro O pescador. Foi o mais jovem artista a receber a distinção em toda a história da Escola Nacional de Belas Artes.
Foi membro da Comissão Julgadora da Cadeira de Modelagem e Desenho do Instituto Lafaiette, nos anos de 1927, 1932 e 1933.
No Salão Nacional de Belas Artes conquistou a Grande Medalha de Prata em 1923, o Prêmio de Viagem à Europa em 1924, a Medalha de Ouro em 1928 e a Grande Medalha de Honra em 1938. Conquistou ainda as Grandes Medalhas nas mais importantes mostras brasileiras de sua época, afora a dos eventos internacionais de que participou.
Lecionou desenho na Escola Nacional de Belas Artes e no Instituto Nacional de Educação, entre 1932 e 1937. Até o final da sua vida, exerceu a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes. Em 1940, publicou o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil.
Foi o autor do retrato (em tamanho natural) do presidente Getúlio Vargas existente no Ministério da Fazenda e o do Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, exposto na Igreja da Candelária, Rio de Janeiro.
Em 1946, foi Avaliador de Obras de Arte da Prefeitura do Distrito Federal, por designação do Ministro da Educação e Saúde. Foi restaurador de quadros do Museu da Cidade da Prefeitura do Distrito Federal até o ano de 1950. Participou da Comissão Nacional de Belas Artes.
Era professor de Desenho e Pintura em seus Ateliers de Botafogo e Copacabana. Foi o idealizador do Museu Salvador Dali, na Espanha.
Sobre sua arte, Jean-Paul Sartre escreveu: "Ele não sugere o movimento, ele o capta". Já Monteiro Lobato disse: "Um criador audacioso de neologismo poderia dizer dele que é um luzista como se diz colorista".
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de julho de 2022.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Itaú Cultural
Oswaldo Teixeira do Amaral estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro com Argemiro Cunha e Eurico Moreira Alves e na Escola Nacional de Belas Artes - Enba com Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Em 1924, com a tela Pescador Brasileiro, recebe o prêmio de viagem ao exterior, concedido pela 31ª Exposição Geral de Belas Artes, viaja no ano seguinte para a Europa, e conhece Portugal, Espanha, França e Itália. Leciona desenho na Enba e no Instituto Nacional de Educação entre 1932 e 1937. Neste ano, assume o cargo de diretor do Museu Nacional de Belas Artes - MNBA no Rio de Janeiro, onde permanece até 1961. Publica o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil em 1940 e escreve o prefácio do livro História da Pintura no Brasil de Reis Júnior em 1944. Seu trabalho é exposto em importantes mostras do MNBA, como Exposição de Pintura Religiosa, em 1943, Um Século de Pintura Brasileira, em 1952, e O Trabalho na Arte, em 1958. Ganha uma retrospectiva na Galeria Grupo B, no Rio de Janeiro, em 1973, organizada pelo crítico Roberto Pontual. Até o final da vida, exerce a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes.
Análise
Oswaldo Teixeira é uma figura polêmica. Está sempre no centro de debates acirrados, em que é atacado por suas posições artísticas e políticas. Difama o modernismo com veemência e defende o academicismo, fazendo com que se opunham a ele artistas como Quirino Campofiorito e Flávio de Carvalho e críticos como José Roberto Leite Teixeira.
Seu antimodernismo é declarado. Acha a arte moderna hermética e anárquica; um mero expediente para esconder a deficiência técnica; refúgio daqueles que não sabem desenhar e pintar e dos críticos que não sabem ver e escrever. Aceita apenas Candido Portinari, o Picasso do início e Paul Cézanne, por sua integridade. Ainda assim, alguns artistas modernos expõem no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA e participam do Salão Nacional de Belas Artes - SNBA durante sua gestão, embora o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ seja muito mais receptivo.
Sua opinião a respeito do academicismo também é explícita. Acha que o ensino acadêmico é o único que pode dotar o pintor da técnica necessária para seu ofício. O Renascimento é seu período preferido. Quadros como Vênus Loura, Pescador Brasileiro e Velha Beata são tradicionalistas em seus temas e na sua realização. Procuram figurar a natureza, com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Para ele, a boa pintura é feita de técnica, emoção e verdade. Esta última é idealizada, como ele próprio exemplifica: "No retrato do Juíz Martins de Oliveira, por exemplo, não pode ser inteiramente fiel. A cara está igualzinha. Mas o corpo não condizia com a função. Era baixo, atarracado, do tipo nordestino. Eu o pintei imponente. É que não estava pintando só o homem. Precisava retratar também o magistrado". 1 Ele pinta retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Sua produção é abundante - fala-se de 4.000 desenhos e 2.000 telas - e vende bem.
Críticas
"Oswaldo Teixeira tanto repetiu: 'não sou acadêmico', que cansou. Rara era a vez, ainda na mocidade, em que ele não se insurgia contra sua inclusão entre os acadêmicos. Na realidade, mesmo mais tarde, já 'consagrado acadêmico', negaria essa 'consagração' errônea, sem fundamento face ao que pintava. Ele sabia que não observava sem acrescentar, omitir e, principalmente, criar detalhes não existentes nos modelos. A cor da pele, por exemplo, das suas figuras, segundo Vianna Moog, conhecedor dos museus europeus e americanos, 'é sem igual em todo mundo'. O acadêmico, ocupante de uma cadeira na Casa de Machado de Assis, não escondia sua admiração por Oswaldo Teixeira. Dizia com a autoridade e franqueza que o caracterizam: 'É o maior pintor de pele do mundo!' (...)" — M. Pereira da Silva (GARCIA, Maria Amélia Bulhões. O significado social da atuação dos artistas plásticos Oswaldo Teixeira e Cândido Portinari durante o Estado Novo. Porto Alegre: IFCH/PUC, 1983. (Mestrado).
"Oswaldo Teixeira, que praticou todos os gêneros, possui um desenho correto. Mas, dotado de uma visão convencional e reacionária da arte, prorrogou, até bem adentrado o séc. XX, certo tipo de sensibilidade pictórica que remete diretamente ao séc. XIX e mesmo ao séc. XVIII, praticando uma pintura faisandée e alambicada, que não raro resvalou para o Kitsch. Ficaram conhecidas, mais do que suas obras, suas constantes invectivas contra a arte moderna, e contra Portinari e Picasso em especial" — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
Exposições Individuais
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Sociarte
1973 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Galeria Grupo B
Exposições Coletivas
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - grande medalha de prata
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - prêmio Viagem ao Estrangeiro
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro
1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Nova York (Estados Unidos) - Coletiva de Artistas Brasileiros, no Roerich Museum
1933 - Rio de Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de prata
1938 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de honra
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de ouro
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Religiosa, no MNBA
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Interventor Federal
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro e 1º prêmio Interventor Federal
1947 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1950 - Rio de Janeiro RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no MNBA
1951 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1952 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Belas Artes, nos Salões do Trianon (Av. Paulista)
1953 - São Paulo SP - 18º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 19º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 20º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição e 2º prêmio Governo do Estado
1957 - São Paulo SP - 21º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de honra
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1958 - Rio de Janeiro RJ - O Trabalho na Arte, no MNBA
1959 - São Paulo SP - 24º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Prefeitura de São Paulo
1962 - São Paulo SP - 27º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição
1963 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1973 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
Fonte: OSWALDO Teixeira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 27 de julho de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Foto cedida pelo neto do artista. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
Oswaldo Teixeira do Amaral (Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, 28 de maio de 1974), mais conhecido como Oswaldo Teixeira, foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Estudou na antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Batista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Defensor do academicismo, Oswaldo tinha o Renascimento como seu período preferido, o que refletia em suas obras que figuravam a natureza com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Foi um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo sido o único pintor brasileiro a receber todas as honrarias possíveis em sua categoria. Pintava retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Fundou o Museu Nacional de Belas Artes, que dirigiu durante 25 anos, de 1937 a 1961. Oswaldo também foi presidente do Salão Nacional de Belas Artes durante 9 anos e também foi membro da Academia Brasileira de Belas Artes, da Academia de Arte do Rio de Janeiro e da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa.
Oswaldo Teixeira | Arremate Arte
Oswaldo Teixeira foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Sua formação artística ocorreu na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde estudou com mestres como Rodolfo Chambelland e Batista da Costa. Com apenas 19 anos, ganhou o prêmio de uma viagem à Europa, uma conquista significativa para um artista tão jovem. Esse prêmio consolidou sua carreira e lhe proporcionou uma visão mais ampla das tendências artísticas internacionais, que influenciariam seu trabalho ao longo dos anos.
Teixeira se destacou por sua postura firmemente acadêmica em um período em que o modernismo ganhava força no Brasil. Ele se posicionou contra o modernismo, que considerava hermético e anárquico, preferindo seguir uma linha mais tradicionalista. Sua obra é caracterizada por retratos, naturezas-mortas, paisagens e temas religiosos, frequentemente imbuídos de uma técnica rigorosa e de uma visão idealizada da realidade. Além de seu trabalho como artista, Teixeira também foi uma figura central na administração de instituições culturais no Brasil, sendo diretor do Museu Nacional de Belas Artes por 25 anos e presidente do Salão Nacional de Belas Artes.
Ao longo de sua vida, Oswaldo Teixeira esteve envolvido em diversas polêmicas devido a suas opiniões conservadoras sobre arte e sua defesa do academicismo. Apesar das críticas, sua contribuição para a arte brasileira é inegável, tanto em termos de sua produção artística quanto de sua influência institucional. Ele é lembrado como um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo recebido todas as honrarias possíveis em sua categoria durante sua carreira.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Wikipédia
Teve uma infância de extrema pobreza, mas, mesmo assim, foi incentivado pelo pai a seguir sua vocação artística. Morava no Morro do Castelo. Aos 13 anos, com o falecimento prematuro do pai, precisou assumir o sustento da família, desenhando cartazes, retratos e reclames para o comércio local. Nessa idade, já expunha trabalhos no Salão Nacional. Sua mãe dava aulas particulares no Morro, recebendo apenas tostões. Como se não bastasse, a família foi despejada.
Na antiga Escola Nacional de Belas Artes foi aluno de Baptista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Com apenas 19 anos, recebeu o prêmio de uma viagem à Europa, por seu quadro O pescador. Foi o mais jovem artista a receber a distinção em toda a história da Escola Nacional de Belas Artes.
Foi membro da Comissão Julgadora da Cadeira de Modelagem e Desenho do Instituto Lafaiette, nos anos de 1927, 1932 e 1933.
No Salão Nacional de Belas Artes conquistou a Grande Medalha de Prata em 1923, o Prêmio de Viagem à Europa em 1924, a Medalha de Ouro em 1928 e a Grande Medalha de Honra em 1938. Conquistou ainda as Grandes Medalhas nas mais importantes mostras brasileiras de sua época, afora a dos eventos internacionais de que participou.
Lecionou desenho na Escola Nacional de Belas Artes e no Instituto Nacional de Educação, entre 1932 e 1937. Até o final da sua vida, exerceu a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes. Em 1940, publicou o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil.
Foi o autor do retrato (em tamanho natural) do presidente Getúlio Vargas existente no Ministério da Fazenda e o do Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, exposto na Igreja da Candelária, Rio de Janeiro.
Em 1946, foi Avaliador de Obras de Arte da Prefeitura do Distrito Federal, por designação do Ministro da Educação e Saúde. Foi restaurador de quadros do Museu da Cidade da Prefeitura do Distrito Federal até o ano de 1950. Participou da Comissão Nacional de Belas Artes.
Era professor de Desenho e Pintura em seus Ateliers de Botafogo e Copacabana. Foi o idealizador do Museu Salvador Dali, na Espanha.
Sobre sua arte, Jean-Paul Sartre escreveu: "Ele não sugere o movimento, ele o capta". Já Monteiro Lobato disse: "Um criador audacioso de neologismo poderia dizer dele que é um luzista como se diz colorista".
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de julho de 2022.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Itaú Cultural
Oswaldo Teixeira do Amaral estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro com Argemiro Cunha e Eurico Moreira Alves e na Escola Nacional de Belas Artes - Enba com Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Em 1924, com a tela Pescador Brasileiro, recebe o prêmio de viagem ao exterior, concedido pela 31ª Exposição Geral de Belas Artes, viaja no ano seguinte para a Europa, e conhece Portugal, Espanha, França e Itália. Leciona desenho na Enba e no Instituto Nacional de Educação entre 1932 e 1937. Neste ano, assume o cargo de diretor do Museu Nacional de Belas Artes - MNBA no Rio de Janeiro, onde permanece até 1961. Publica o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil em 1940 e escreve o prefácio do livro História da Pintura no Brasil de Reis Júnior em 1944. Seu trabalho é exposto em importantes mostras do MNBA, como Exposição de Pintura Religiosa, em 1943, Um Século de Pintura Brasileira, em 1952, e O Trabalho na Arte, em 1958. Ganha uma retrospectiva na Galeria Grupo B, no Rio de Janeiro, em 1973, organizada pelo crítico Roberto Pontual. Até o final da vida, exerce a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes.
Análise
Oswaldo Teixeira é uma figura polêmica. Está sempre no centro de debates acirrados, em que é atacado por suas posições artísticas e políticas. Difama o modernismo com veemência e defende o academicismo, fazendo com que se opunham a ele artistas como Quirino Campofiorito e Flávio de Carvalho e críticos como José Roberto Leite Teixeira.
Seu antimodernismo é declarado. Acha a arte moderna hermética e anárquica; um mero expediente para esconder a deficiência técnica; refúgio daqueles que não sabem desenhar e pintar e dos críticos que não sabem ver e escrever. Aceita apenas Candido Portinari, o Picasso do início e Paul Cézanne, por sua integridade. Ainda assim, alguns artistas modernos expõem no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA e participam do Salão Nacional de Belas Artes - SNBA durante sua gestão, embora o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ seja muito mais receptivo.
Sua opinião a respeito do academicismo também é explícita. Acha que o ensino acadêmico é o único que pode dotar o pintor da técnica necessária para seu ofício. O Renascimento é seu período preferido. Quadros como Vênus Loura, Pescador Brasileiro e Velha Beata são tradicionalistas em seus temas e na sua realização. Procuram figurar a natureza, com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Para ele, a boa pintura é feita de técnica, emoção e verdade. Esta última é idealizada, como ele próprio exemplifica: "No retrato do Juíz Martins de Oliveira, por exemplo, não pode ser inteiramente fiel. A cara está igualzinha. Mas o corpo não condizia com a função. Era baixo, atarracado, do tipo nordestino. Eu o pintei imponente. É que não estava pintando só o homem. Precisava retratar também o magistrado". 1 Ele pinta retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Sua produção é abundante - fala-se de 4.000 desenhos e 2.000 telas - e vende bem.
Críticas
"Oswaldo Teixeira tanto repetiu: 'não sou acadêmico', que cansou. Rara era a vez, ainda na mocidade, em que ele não se insurgia contra sua inclusão entre os acadêmicos. Na realidade, mesmo mais tarde, já 'consagrado acadêmico', negaria essa 'consagração' errônea, sem fundamento face ao que pintava. Ele sabia que não observava sem acrescentar, omitir e, principalmente, criar detalhes não existentes nos modelos. A cor da pele, por exemplo, das suas figuras, segundo Vianna Moog, conhecedor dos museus europeus e americanos, 'é sem igual em todo mundo'. O acadêmico, ocupante de uma cadeira na Casa de Machado de Assis, não escondia sua admiração por Oswaldo Teixeira. Dizia com a autoridade e franqueza que o caracterizam: 'É o maior pintor de pele do mundo!' (...)" — M. Pereira da Silva (GARCIA, Maria Amélia Bulhões. O significado social da atuação dos artistas plásticos Oswaldo Teixeira e Cândido Portinari durante o Estado Novo. Porto Alegre: IFCH/PUC, 1983. (Mestrado).
"Oswaldo Teixeira, que praticou todos os gêneros, possui um desenho correto. Mas, dotado de uma visão convencional e reacionária da arte, prorrogou, até bem adentrado o séc. XX, certo tipo de sensibilidade pictórica que remete diretamente ao séc. XIX e mesmo ao séc. XVIII, praticando uma pintura faisandée e alambicada, que não raro resvalou para o Kitsch. Ficaram conhecidas, mais do que suas obras, suas constantes invectivas contra a arte moderna, e contra Portinari e Picasso em especial" — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
Exposições Individuais
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Sociarte
1973 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Galeria Grupo B
Exposições Coletivas
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - grande medalha de prata
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - prêmio Viagem ao Estrangeiro
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro
1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Nova York (Estados Unidos) - Coletiva de Artistas Brasileiros, no Roerich Museum
1933 - Rio de Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de prata
1938 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de honra
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de ouro
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Religiosa, no MNBA
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Interventor Federal
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro e 1º prêmio Interventor Federal
1947 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1950 - Rio de Janeiro RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no MNBA
1951 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1952 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Belas Artes, nos Salões do Trianon (Av. Paulista)
1953 - São Paulo SP - 18º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 19º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 20º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição e 2º prêmio Governo do Estado
1957 - São Paulo SP - 21º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de honra
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1958 - Rio de Janeiro RJ - O Trabalho na Arte, no MNBA
1959 - São Paulo SP - 24º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Prefeitura de São Paulo
1962 - São Paulo SP - 27º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição
1963 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1973 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
Fonte: OSWALDO Teixeira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 27 de julho de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Foto cedida pelo neto do artista. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.
Oswaldo Teixeira do Amaral (Rio de Janeiro, 11 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, 28 de maio de 1974), mais conhecido como Oswaldo Teixeira, foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Estudou na antiga Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Batista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Defensor do academicismo, Oswaldo tinha o Renascimento como seu período preferido, o que refletia em suas obras que figuravam a natureza com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Foi um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo sido o único pintor brasileiro a receber todas as honrarias possíveis em sua categoria. Pintava retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Fundou o Museu Nacional de Belas Artes, que dirigiu durante 25 anos, de 1937 a 1961. Oswaldo também foi presidente do Salão Nacional de Belas Artes durante 9 anos e também foi membro da Academia Brasileira de Belas Artes, da Academia de Arte do Rio de Janeiro e da Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa.
Oswaldo Teixeira | Arremate Arte
Oswaldo Teixeira foi um pintor, crítico, professor e historiador de arte brasileiro. Sua formação artística ocorreu na Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde estudou com mestres como Rodolfo Chambelland e Batista da Costa. Com apenas 19 anos, ganhou o prêmio de uma viagem à Europa, uma conquista significativa para um artista tão jovem. Esse prêmio consolidou sua carreira e lhe proporcionou uma visão mais ampla das tendências artísticas internacionais, que influenciariam seu trabalho ao longo dos anos.
Teixeira se destacou por sua postura firmemente acadêmica em um período em que o modernismo ganhava força no Brasil. Ele se posicionou contra o modernismo, que considerava hermético e anárquico, preferindo seguir uma linha mais tradicionalista. Sua obra é caracterizada por retratos, naturezas-mortas, paisagens e temas religiosos, frequentemente imbuídos de uma técnica rigorosa e de uma visão idealizada da realidade. Além de seu trabalho como artista, Teixeira também foi uma figura central na administração de instituições culturais no Brasil, sendo diretor do Museu Nacional de Belas Artes por 25 anos e presidente do Salão Nacional de Belas Artes.
Ao longo de sua vida, Oswaldo Teixeira esteve envolvido em diversas polêmicas devido a suas opiniões conservadoras sobre arte e sua defesa do academicismo. Apesar das críticas, sua contribuição para a arte brasileira é inegável, tanto em termos de sua produção artística quanto de sua influência institucional. Ele é lembrado como um dos mais premiados pintores brasileiros, tendo recebido todas as honrarias possíveis em sua categoria durante sua carreira.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Wikipédia
Teve uma infância de extrema pobreza, mas, mesmo assim, foi incentivado pelo pai a seguir sua vocação artística. Morava no Morro do Castelo. Aos 13 anos, com o falecimento prematuro do pai, precisou assumir o sustento da família, desenhando cartazes, retratos e reclames para o comércio local. Nessa idade, já expunha trabalhos no Salão Nacional. Sua mãe dava aulas particulares no Morro, recebendo apenas tostões. Como se não bastasse, a família foi despejada.
Na antiga Escola Nacional de Belas Artes foi aluno de Baptista da Costa, em pintura, e Rodolfo Chambelland em desenho de modelo-vivo. Com apenas 19 anos, recebeu o prêmio de uma viagem à Europa, por seu quadro O pescador. Foi o mais jovem artista a receber a distinção em toda a história da Escola Nacional de Belas Artes.
Foi membro da Comissão Julgadora da Cadeira de Modelagem e Desenho do Instituto Lafaiette, nos anos de 1927, 1932 e 1933.
No Salão Nacional de Belas Artes conquistou a Grande Medalha de Prata em 1923, o Prêmio de Viagem à Europa em 1924, a Medalha de Ouro em 1928 e a Grande Medalha de Honra em 1938. Conquistou ainda as Grandes Medalhas nas mais importantes mostras brasileiras de sua época, afora a dos eventos internacionais de que participou.
Lecionou desenho na Escola Nacional de Belas Artes e no Instituto Nacional de Educação, entre 1932 e 1937. Até o final da sua vida, exerceu a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes. Em 1940, publicou o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil.
Foi o autor do retrato (em tamanho natural) do presidente Getúlio Vargas existente no Ministério da Fazenda e o do Cardeal D. Jaime de Barros Câmara, exposto na Igreja da Candelária, Rio de Janeiro.
Em 1946, foi Avaliador de Obras de Arte da Prefeitura do Distrito Federal, por designação do Ministro da Educação e Saúde. Foi restaurador de quadros do Museu da Cidade da Prefeitura do Distrito Federal até o ano de 1950. Participou da Comissão Nacional de Belas Artes.
Era professor de Desenho e Pintura em seus Ateliers de Botafogo e Copacabana. Foi o idealizador do Museu Salvador Dali, na Espanha.
Sobre sua arte, Jean-Paul Sartre escreveu: "Ele não sugere o movimento, ele o capta". Já Monteiro Lobato disse: "Um criador audacioso de neologismo poderia dizer dele que é um luzista como se diz colorista".
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de julho de 2022.
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Biografia Oswaldo Teixeira | Itaú Cultural
Oswaldo Teixeira do Amaral estudou no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro com Argemiro Cunha e Eurico Moreira Alves e na Escola Nacional de Belas Artes - Enba com Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Em 1924, com a tela Pescador Brasileiro, recebe o prêmio de viagem ao exterior, concedido pela 31ª Exposição Geral de Belas Artes, viaja no ano seguinte para a Europa, e conhece Portugal, Espanha, França e Itália. Leciona desenho na Enba e no Instituto Nacional de Educação entre 1932 e 1937. Neste ano, assume o cargo de diretor do Museu Nacional de Belas Artes - MNBA no Rio de Janeiro, onde permanece até 1961. Publica o livro Getúlio Vargas e a Arte no Brasil em 1940 e escreve o prefácio do livro História da Pintura no Brasil de Reis Júnior em 1944. Seu trabalho é exposto em importantes mostras do MNBA, como Exposição de Pintura Religiosa, em 1943, Um Século de Pintura Brasileira, em 1952, e O Trabalho na Arte, em 1958. Ganha uma retrospectiva na Galeria Grupo B, no Rio de Janeiro, em 1973, organizada pelo crítico Roberto Pontual. Até o final da vida, exerce a atividade de professor de pintura e desenho em várias instituições, inclusive no Instituto de Belas Artes.
Análise
Oswaldo Teixeira é uma figura polêmica. Está sempre no centro de debates acirrados, em que é atacado por suas posições artísticas e políticas. Difama o modernismo com veemência e defende o academicismo, fazendo com que se opunham a ele artistas como Quirino Campofiorito e Flávio de Carvalho e críticos como José Roberto Leite Teixeira.
Seu antimodernismo é declarado. Acha a arte moderna hermética e anárquica; um mero expediente para esconder a deficiência técnica; refúgio daqueles que não sabem desenhar e pintar e dos críticos que não sabem ver e escrever. Aceita apenas Candido Portinari, o Picasso do início e Paul Cézanne, por sua integridade. Ainda assim, alguns artistas modernos expõem no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA e participam do Salão Nacional de Belas Artes - SNBA durante sua gestão, embora o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ seja muito mais receptivo.
Sua opinião a respeito do academicismo também é explícita. Acha que o ensino acadêmico é o único que pode dotar o pintor da técnica necessária para seu ofício. O Renascimento é seu período preferido. Quadros como Vênus Loura, Pescador Brasileiro e Velha Beata são tradicionalistas em seus temas e na sua realização. Procuram figurar a natureza, com seus relevos, cores e texturas, sem realismo. Para ele, a boa pintura é feita de técnica, emoção e verdade. Esta última é idealizada, como ele próprio exemplifica: "No retrato do Juíz Martins de Oliveira, por exemplo, não pode ser inteiramente fiel. A cara está igualzinha. Mas o corpo não condizia com a função. Era baixo, atarracado, do tipo nordestino. Eu o pintei imponente. É que não estava pintando só o homem. Precisava retratar também o magistrado". 1 Ele pinta retratos, naturezas-mortas, paisagens, temas religiosos e, sobretudo, nus femininos. Sua produção é abundante - fala-se de 4.000 desenhos e 2.000 telas - e vende bem.
Críticas
"Oswaldo Teixeira tanto repetiu: 'não sou acadêmico', que cansou. Rara era a vez, ainda na mocidade, em que ele não se insurgia contra sua inclusão entre os acadêmicos. Na realidade, mesmo mais tarde, já 'consagrado acadêmico', negaria essa 'consagração' errônea, sem fundamento face ao que pintava. Ele sabia que não observava sem acrescentar, omitir e, principalmente, criar detalhes não existentes nos modelos. A cor da pele, por exemplo, das suas figuras, segundo Vianna Moog, conhecedor dos museus europeus e americanos, 'é sem igual em todo mundo'. O acadêmico, ocupante de uma cadeira na Casa de Machado de Assis, não escondia sua admiração por Oswaldo Teixeira. Dizia com a autoridade e franqueza que o caracterizam: 'É o maior pintor de pele do mundo!' (...)" — M. Pereira da Silva (GARCIA, Maria Amélia Bulhões. O significado social da atuação dos artistas plásticos Oswaldo Teixeira e Cândido Portinari durante o Estado Novo. Porto Alegre: IFCH/PUC, 1983. (Mestrado).
"Oswaldo Teixeira, que praticou todos os gêneros, possui um desenho correto. Mas, dotado de uma visão convencional e reacionária da arte, prorrogou, até bem adentrado o séc. XX, certo tipo de sensibilidade pictórica que remete diretamente ao séc. XIX e mesmo ao séc. XVIII, praticando uma pintura faisandée e alambicada, que não raro resvalou para o Kitsch. Ficaram conhecidas, mais do que suas obras, suas constantes invectivas contra a arte moderna, e contra Portinari e Picasso em especial" — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
Exposições Individuais
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Sociarte
1973 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva, na Galeria Grupo B
Exposições Coletivas
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - grande medalha de prata
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - prêmio Viagem ao Estrangeiro
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de ouro
1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Nova York (Estados Unidos) - Coletiva de Artistas Brasileiros, no Roerich Museum
1933 - Rio de Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Escola de Belas Artes
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de prata
1938 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de honra
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes - pequena medalha de ouro
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo
1942 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1943 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Religiosa, no MNBA
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Interventor Federal
1946 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro e 1º prêmio Interventor Federal
1947 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1948 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1949 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1950 - Rio de Janeiro RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no MNBA
1951 - São Paulo SP - 16º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1952 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Belas Artes, nos Salões do Trianon (Av. Paulista)
1953 - São Paulo SP - 18º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 19º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 20º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição e 2º prêmio Governo do Estado
1957 - São Paulo SP - 21º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de honra
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1958 - Rio de Janeiro RJ - O Trabalho na Arte, no MNBA
1959 - São Paulo SP - 24º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - prêmio Prefeitura de São Paulo
1962 - São Paulo SP - 27º Salão Paulista de Belas Artes - prêmio aquisição
1963 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
1970 - Rio de Janeiro RJ - 75º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA
1973 - São Paulo SP - Salão Paulista de Belas Artes - 2º prêmio Governo do Estado
Fonte: OSWALDO Teixeira. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 27 de julho de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Foto cedida pelo neto do artista. Consultado pela última vez em 14 de agosto de 2024.