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Rino Levi

Rino Levi (São Paulo, 31 de dezembro de 1901 — Lençois, Bahia, 29 de setembro de 1965) foi um arquiteto brasileiro. Iniciou sua formação acadêmica em 1921, na Escola Preparatória e de Aplicação para Arquitetos Civis, em Milão, Itália. Três anos depois, em 1924, transferiu-se para a Escola Superior de Arquitetura em Roma, onde se formou em 1926. Em suas obras, Rino conciliou de forma magistral a racionalidade do modernismo com a rica tradição construtiva brasileira.Trouxe influências das vanguardas europeias, adaptando-as à realidade brasileira. Suas obras, como o Cine Ufa-Palácio e o Hospital Albert Einstein, são marcadas pela funcionalidade, pela integração entre arquitetura e cidade e pela busca por soluções inovadoras. Em 2020, "Ocupação" realizada no Itaú Cultural, retratou a vida e obra de Rino Levi, apresentando uma ampla retrospectiva de seus projetos, desenhos, fotografias e documentos, além de atividades educativas e debates. Participou de eventos sobre arquitetura, integrou o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos (São Paulo ,1945), tornou-se membros do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (1945); Em 1946, vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, com projeto desenvolvido em seu escritório. Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1948, e torna-se diretor-executivo da instituição. Em 1952, chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece até 1955. Rino foi representante da chamada Escola Paulista de Arquitetura Moderna e também fundador do escritório Rino Levi Arquitetos Associados.

Rino Levi | Arremate Arte

Rino Levi, nascido em São Paulo em 1901, foi uma figura seminal na consolidação da arquitetura moderna no Brasil. Com formação em Milão e Roma, trouxe consigo as influências das vanguardas europeias, adaptando-as à realidade brasileira de forma singular. Sua obra, marcada pela funcionalidade, pela busca pela integração entre a arquitetura e a cidade, e por uma profunda compreensão do contexto cultural e social brasileiro, transformou o skyline de São Paulo e influenciou gerações de arquitetos.

A trajetória de Levi se entrelaça com o momento de grande efervescência cultural e urbanística do Brasil. Nos anos 1930 e 1940, o país vivenciava um período de industrialização e urbanização acelerada, o que demandava novas soluções arquitetônicas. Levi, com sua visão moderna e pragmática, soube responder a esses desafios, propondo projetos que aliavam estética e funcionalidade.

Entre suas obras mais emblemáticas, destacam-se o Cine Ufa-Palácio, um marco da arquitetura modernista paulistana, e o Hospital Albert Einstein. O Cine Ufa-Palácio, com suas linhas curvas e sua fachada imponente, representa a busca de Levi por uma arquitetura que expressasse a dinâmica da vida urbana. Já o Hospital Albert Einstein, um complexo de edifícios interligados, demonstra a preocupação do arquiteto com a criação de ambientes funcionais e acolhedores para a saúde.

Além desses projetos, Levi desenvolveu uma vasta gama de edifícios residenciais, comerciais e institucionais, sempre buscando soluções inovadoras e adaptadas ao clima tropical. Sua arquitetura se caracteriza pela utilização de materiais locais, pela valorização da luz natural e pela criação de espaços integrados com a natureza.

A influência de Levi na arquitetura brasileira transcende a sua obra construída. Ele foi um dos fundadores do Movimento Moderno no Brasil e participou ativamente de debates e congressos sobre arquitetura. Sua visão de uma arquitetura a serviço da sociedade e comprometida com o desenvolvimento do país inspirou muitos arquitetos e urbanistas.

A obra de Rino Levi continua a ser estudada e admirada por sua relevância histórica e por sua atualidade. Seus projetos,além de serem exemplos de uma arquitetura moderna de alta qualidade, representam um patrimônio cultural de grande valor. Ao visitar seus edifícios, é possível perceber a genialidade de um arquiteto que soube interpretar o seu tempo e deixar um legado duradouro para as futuras gerações.

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Rino Levi | Wikipédia

Vida e Obra

Rino Levi nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1901. Filho de pais italianos, estudou arquitetura em Milão e Roma.

Foi um dos responsáveis pela transformação da arquitetura da cidade de São Paulo e é um dos expoentes da arquitetura moderna no Brasil.

Rino estudou inicialmente na Academia de Brera em Milão, passando para a Escola Superior de Arquitetura em Roma, onde formou-se em 1926. Ainda antes de concluir seus estudos em Roma, Rino Levi envia da Itália uma carta ao jornal Estado de São Paulo (publicada em 15 de outubro de 1925) sob o título “Arquitetura e estética das cidades”, que foi futuramente classificada como uma das primeiras manifestações em torno da arquitetura moderna no Brasil. Foi aluno de Marcello Piacentini em Roma, autor do edifício Matarazzo em São Paulo.

Em seus retorno ao Brasil, em 1926, Rino é empregado na Companhia Construtora de Santos, ocupando o lugar que fora de Gregori Warchavchik, que fora seu colega de estudos em Roma.

Em 1927, atua como arquiteto independente e funda o escritório Rino Levi Arquitetos Associados. No início da década de 30 projeta seu primeiros prédios modernos encomendados por clientes de origem italiana, radicados em São Paulo. Estes lhe encomendam pequenos edifícios e conjuntos de sobrados, alguns dos quais Rino Levi encarregou-se também da execução das obras. Deste período são notáveis as residências para Dante Ramenzoni (1931/33), a residência Delfina Ferrabino (1931) e os edifícios Gazeau (1929) e Nicolau Schiesser (1933).

Suas primeiras obras de vulto foram o Edifício Columbus, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio (primeiro condomínio de apartamentos da metrópole, demolido em 1971), o Cine Ufa Palácio , na Avenida São João, a Residência Médici, em Santo Amaro, e o Edifício Sarti, na Praça da República. Estes edifícios racionalistas, apresentam volumes simples, com estrutura evidenciada.

O projeto do Cine Ufa Palácio (1936), pelos princípios de acústica aplicados, lhe rendeu diversos outros projetos de cinemas: Cine Universo (1936), o Cine Art-Palácio de Recife (1937) o Cine Ipiranga (1943) e o Teatro Cultura Artística (1942). Seus projetos são, na ocasião, publicados na Revista Politécnica e nas revistas Architettura (Itália) e Architecture d'Aujourd'Hui (França).

Rino Levi participou da formação e construção do Instituto de Arquitetos do Brasil e foi membro atuante em toda sua vida, participando inclusive do projeto para construção do edifício-sede da seção paulista. Em 1952, sucede Oswaldo Bratke na presidência do IAB-SP.

Participa em 1957, em conjunto com Vilanova Artigas, entre outros arquitetos, da reestruturação da FAU-USP, onde atuou como professor até 1959.

Trabalharam e participaram em seu escritório (Rino Levi Arquitetos Associados) Roberto Cerqueira César — inicialmente como funcionário (1941) e depois como sócio — e Luiz Roberto Carvalho Franco, inicialmente como estagiário, depois funcionário e finalmente sócio. A Rino Levi – Arquitetos Associados viria a desenvolver vários projetos na grande São Paulo com os mais diversos programas tais como: complexos industriais, edifícios comerciais, escritórios, edifícios residenciais, casas, cinemas, hospitais, teatros, bancos, etc. O Centro Cívico de Santo André, um complexo municipal, foi seu último projeto.

Rino Levi faleceu em 29 de setembro de 1965, acompanhando Burle Marx em uma expedição botânica no interior da Bahia, em Morro do Chapéu, mais especificamente no Morrão, ponto turístico que da o nome da cidade. Burle Marx foi um grande amigo e colaborador e participou, como paisagista e como artista plástico, dos seus mais significativos projetos.

Principais obras

  • Edifício Columbus (1932) - São Paulo (demolido em 1971)

  • Edifício Guarani (1936)

  • Cine Art-Palácio (1936) - Recife

  • Edifício Porchat (1940)

  • Instituto Sedes Sapientia (1940)

  • Cine Ipiranga (1941)

  • Teatro Cultura Artística (1942)

  • Edifício Prudência (1944)

  • Casa de Rino Levi (1946) - São Paulo

  • Hospital do Cancer (1947)

  • Edifício Seguradora Brasileira (1948) - Largo da Pólvora

  • Hospital Cruzada Pró-Infância (1948) - (atual Hospital Pérola Byington), em São Paulo

  • Casa de Olivo Gomes (1949) - no Parque da Cidade em São José dos Campos

  • Residência de Milton Guper (1951)

  • Hospital Israelita Albert Einstein (1958) - São Paulo

  • Edifício Sul-Americano (1963)

  • Centro Cívico (1965) - atual Paço Municipal de Santo André, São Paulo

  • Projetos não construídos

  • Edifício Centro Rental Profesional las Acacias "La Parabola" (Caracas-Venezuela)

  • Referencia: Revista Hábitat. N° 34. 1956-II, pp 56. / Revista Integral 3 – 4 editado por Luis Vásquez Fuentes / Caracas-Venezuela

Obras construídas após seu falecimento

  • Edifício Luiz Eulálio Bueno Vidigal Filho, sede do FIESP-CIESP-SESI, na Avenida Paulista, em São Paulo

  • Prédios da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, São Paulo

  • Torre do Relógio, na Cidade Universitária da USP

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de julho de 2024.

Rino Levi | Itaú Cultural

Rino Levi (São Paulo, São Paulo, 1901 - Lençóis, Bahia, 1965). Arquiteto e urbanista. Destaca-se por ter realizado projetos que conjugam inovações técnicas e soluções originais. Com participação intensa em órgãos de classe e na imprensa, contribui para a regulamentação do trabalho arquitetônico e para a consolidação da arquitetura moderna brasileira.

Filho de imigrantes italianos, ingressa, em 1921, na Escola Preparatória e de Aplicação para os Arquitetos Civis, em Milão, Itália. Transfere-se, em 1924, para a Escola Superior de Arquitetura de Roma. Ainda estudante, publica no jornal O Estado de S. Paulo, em 1925, uma carta com o título Arquitetura e Estética das Cidades, considerada uma das primeiras manifestações por uma arquitetura moderna no Brasil. Ali surge uma característica presente ao longo de sua carreira: a vontade de construir um campo de atuação em que seja possível reconhecer a especificidade da arquitetura moderna brasileira.

Retorna ao Brasil em 1926. Inicia uma carreira independente em 1927, construindo pequenas residências e conjuntos de casas de aluguel para membros da comunidade italiana paulista. Sua primeira obra moderna construída é o Pavilhão da L. Queiroz (1931), na Feira de Amostras do Parque da Água Branca, mas é de 1934 um de seus projetos mais emblemáticos, o Edifício Columbus. Como condomínio de apartamentos para a cidade de São Paulo, o projeto inova ao dar tratamento a todas as fachadas (e não só à fachada frontal) e ao desenvolver a relação interior/exterior. Levi projeta uma série de edifícios residenciais, sempre levando em conta a construção do espaço urbano, a integração com a paisagem e a setorização da planta por função.

Em 1936, é construído o Cine Ufa-Palácio, projeto que contempla necessidades técnicas, como a acústica. O sucesso alcançado por essa inovação lhe abre portas para um novo programa. Seus projetos são divulgados em publicações como a Revista Politécnica, de São Paulo, a italiana Architettura e a francesa Architecture d´Aujourd´hui. A partir de 1936, seu escritório conta com a colaboração de outros dois arquitetos-sócios: Roberto Cerqueira César (1917-2003) e Luiz Roberto Carvalho Franco (1926-2001).

De 1940 a 1942, Levi projeta o Instituto de Educação Sedes Sapientiae, atual Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), onde os volumes construídos se estruturam em função de um pátio interno. A circulação ocorre ao redor desse espaço, protegida por marquises que remetem às loggias e aos pátios italianos. O arquiteto, no entanto, reelabora os elementos, de modo a criar uma arquitetura própria: inverte a forma das arcadas nas marquises onduladas, preenche o pátio com vegetação tropical e constrói seu primeiro "teto-jardim".

Retomando a relação entre blocos construídos, projeta uma série de "residências introvertidas", buscando integrar a paisagem à arquitetura pelo uso de vegetação tropical nos pátios. O primeiro projeto é sua própria residência em São Paulo, de 1944. Num terreno irregular de esquina, divide as funções da casa em blocos separados pelos pátios, que garantem a convivência cotidiana do morador com a natureza (ainda que construída). Outro projeto é a residência Olivo Gomes (1949/1951), na qual realiza o maior exemplo de "síntese das artes", buscada em suas obras. Integrando arquitetura, paisagismo, mobiliário, afrescos e murais, a casa se abre como um mirante para a paisagem, e a estrutura linear dispõe todos os ambientes em função da vista. Um grande painel de Burle Marx (1909-1994) torna-se "o fulcro de toda a forma", como "uma obra que condensa o significado da casa".

Também de 1944 é o Edifício Prudência. Um único volume, com planta ortogonal em U, isolado dos limites do lote, é acessado por duas rampas, que acentuam a continuidade entre a rua e o jardim. No térreo livre, sobre pilotis, mais uma vez um painel de Burle Marx recebe os visitantes. Essa busca pela integração com as artes não envolve apenas os murais: alguns edifícios tomam toda a fachada como um grande painel, como o Banco Sul-Americano (1960), na avenida Paulista. Nesse edifício, atual Banco Itaú, as fachadas paralelas à avenida recebem um tratamento gráfico por meio de placas de mármore, compondo um imenso painel de padrão geométrico.

Ainda em 1944, Rino Levi projeta a Maternidade Universitária da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Embora não tenha sido concretizado, o projeto obtém reconhecimento entre os pares, rendendo o Prêmio para Projeto de Edifício de Uso Público na 1ª Bienal Internacional de São Paulo (1951). Após detalhado estudo das necessidades do programa, e com a colaboração de profissionais de outras áreas, Levi rompe com as tipologias hospitalares preexistentes, ao propor três blocos separados, reunindo usos afins, circulação hierarquizada e flexibilidade das plantas. O resultado são dois volumes especializados conectados por um longo volume horizontal. Esse trabalho lhe garante o reconhecimento público como uma autoridade na área de projetos hospitalares. A partir de então, desenvolveu inúmeras obras desse tipo, além de realizar cursos e conferências sobre o tema. A convite da Venezuela, coordena o planejamento e o projeto de uma rede hospitalar nesse país.

Sua trajetória segue com projetos inovadores e participações em espaços de discussão sobre arquitetura. Integra o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos, realizado em São Paulo em 1945, ano em que se torna membro do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (Ciam). Em 1946, vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, com projeto desenvolvido em seu escritório. Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1948, e torna-se diretor-executivo da instituição. Em 1952, chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece até 1955.

Levi participa do concurso de Brasília (1956), e seu projeto é classificado em 3º lugar. O partido adotado, oposto à proposta vencedora de Lucio Costa (1902-1998), explicita as preocupações do arquiteto em relação à cidade contemporânea. O foco da proposta recai sobre as unidades habitacionais, superblocos de 300 metros de altura cortados por ruas elevadas que reúnem serviços e comércio, potencializando os princípios de habitação intensiva das unités d´habitacion, de Le Corbusier (1887-1965). Adepto do modelo de cidade polinuclear, propõe núcleos com base nos edifícios de habitação, reservando o extremo leste da cidade para as funções administrativas, sem nenhum tratamento especial. Para o historiador da arquitetura Renato Anelli, era "a experimentação da escala de desafios colocados pela cidade de São Paulo num projeto de cidade"2.

Em seu último projeto, o Centro Cívico de Santo André (1965), vencedor do concurso que propunha o deslocamento do centro político-administrativo para uma área limítrofe ao centro antigo, Levi retoma a concepção de cidade polinuclear, pretendendo que o novo núcleo assuma a função do core existente no centro urbano contíguo. São três níveis escalonados e relacionados pela torre administrativa, com três praças de caráter e uso diversos, hierarquizadas em função desses usos: a Praça Cívica na cota superior, a Praça Cultural na intermediária e uma praça inferior para serviços, que articula as esferas política, cultural e cotidiana da vida pública da cidade.

O interesse de Rino Levi pelo paisagismo, em especial por plantas ornamentais, leva a artista botânica inglesa Margaret Mee (1909-1988) a homenageá-lo: depois de registrar pela primeira vez, em pintura, uma bromélia coletada no rio Cauboris, Amazonas, ela solicita que a nova espécie seja dedicada à memória do arquiteto. A planta recebe, então, a denominação Neoregelia Leviana.

Rino Levi deixa um legado não só para a área de projeto arquitetônico, com suas soluções inovadoras que integram arte e técnica, mas também para o modo de pensar a arquitetura no Brasil, na sua constante luta por consolidar esse campo profissional e por criar um modo próprio, e brasileiro, de projetar.

Exposições

1943 - Brazil Builds: architecture new and old, 1652-1942

1951 - 1ª Exposição Internacional de Arquitetura

1967 - 1º Prazské Quadriennale Jevistního Výtvarnictví a Divadelní Architektury

1983 - Warchavchik, Pilon, Rino Levi. Três Momentos da Arquitetura Paulista

2000 - De la Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950

2002 - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950

2020 - Ocupação Rino Levi

Fonte: RINO Levi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 30 de julho de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: Viva Decora. Consultado pela última vez em 30 de julho de 2024.

Rino Levi (São Paulo, 31 de dezembro de 1901 — Lençois, Bahia, 29 de setembro de 1965) foi um arquiteto brasileiro. Iniciou sua formação acadêmica em 1921, na Escola Preparatória e de Aplicação para Arquitetos Civis, em Milão, Itália. Três anos depois, em 1924, transferiu-se para a Escola Superior de Arquitetura em Roma, onde se formou em 1926. Em suas obras, Rino conciliou de forma magistral a racionalidade do modernismo com a rica tradição construtiva brasileira.Trouxe influências das vanguardas europeias, adaptando-as à realidade brasileira. Suas obras, como o Cine Ufa-Palácio e o Hospital Albert Einstein, são marcadas pela funcionalidade, pela integração entre arquitetura e cidade e pela busca por soluções inovadoras. Em 2020, "Ocupação" realizada no Itaú Cultural, retratou a vida e obra de Rino Levi, apresentando uma ampla retrospectiva de seus projetos, desenhos, fotografias e documentos, além de atividades educativas e debates. Participou de eventos sobre arquitetura, integrou o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos (São Paulo ,1945), tornou-se membros do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (1945); Em 1946, vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, com projeto desenvolvido em seu escritório. Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1948, e torna-se diretor-executivo da instituição. Em 1952, chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece até 1955. Rino foi representante da chamada Escola Paulista de Arquitetura Moderna e também fundador do escritório Rino Levi Arquitetos Associados.

Rino Levi

Rino Levi (São Paulo, 31 de dezembro de 1901 — Lençois, Bahia, 29 de setembro de 1965) foi um arquiteto brasileiro. Iniciou sua formação acadêmica em 1921, na Escola Preparatória e de Aplicação para Arquitetos Civis, em Milão, Itália. Três anos depois, em 1924, transferiu-se para a Escola Superior de Arquitetura em Roma, onde se formou em 1926. Em suas obras, Rino conciliou de forma magistral a racionalidade do modernismo com a rica tradição construtiva brasileira.Trouxe influências das vanguardas europeias, adaptando-as à realidade brasileira. Suas obras, como o Cine Ufa-Palácio e o Hospital Albert Einstein, são marcadas pela funcionalidade, pela integração entre arquitetura e cidade e pela busca por soluções inovadoras. Em 2020, "Ocupação" realizada no Itaú Cultural, retratou a vida e obra de Rino Levi, apresentando uma ampla retrospectiva de seus projetos, desenhos, fotografias e documentos, além de atividades educativas e debates. Participou de eventos sobre arquitetura, integrou o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos (São Paulo ,1945), tornou-se membros do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (1945); Em 1946, vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, com projeto desenvolvido em seu escritório. Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1948, e torna-se diretor-executivo da instituição. Em 1952, chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece até 1955. Rino foi representante da chamada Escola Paulista de Arquitetura Moderna e também fundador do escritório Rino Levi Arquitetos Associados.

Videos

Rino Levi e a arquitetura moderna no Brasil | 2020

O legado de Rino Levi para a arquitetura | 2020

Arquitetura moderna de Rino Levi | 2020

Rino Levi, arquitetura e paisagismo | 2020

O arquiteto e urbanista Rino Levi | 2020

Os cinemas de Rino Levi | 2020

Arquicast 104 - Rino Levi | 2020

A verticalização de São Paulo | 2020

Metodologia de trabalho de Rino Levi | 2020

Ocupação "O arquiteto integral" | 2020

Rino Levi Arquitetos Associados, o escritório | 2020

Rino Levi | Arremate Arte

Rino Levi, nascido em São Paulo em 1901, foi uma figura seminal na consolidação da arquitetura moderna no Brasil. Com formação em Milão e Roma, trouxe consigo as influências das vanguardas europeias, adaptando-as à realidade brasileira de forma singular. Sua obra, marcada pela funcionalidade, pela busca pela integração entre a arquitetura e a cidade, e por uma profunda compreensão do contexto cultural e social brasileiro, transformou o skyline de São Paulo e influenciou gerações de arquitetos.

A trajetória de Levi se entrelaça com o momento de grande efervescência cultural e urbanística do Brasil. Nos anos 1930 e 1940, o país vivenciava um período de industrialização e urbanização acelerada, o que demandava novas soluções arquitetônicas. Levi, com sua visão moderna e pragmática, soube responder a esses desafios, propondo projetos que aliavam estética e funcionalidade.

Entre suas obras mais emblemáticas, destacam-se o Cine Ufa-Palácio, um marco da arquitetura modernista paulistana, e o Hospital Albert Einstein. O Cine Ufa-Palácio, com suas linhas curvas e sua fachada imponente, representa a busca de Levi por uma arquitetura que expressasse a dinâmica da vida urbana. Já o Hospital Albert Einstein, um complexo de edifícios interligados, demonstra a preocupação do arquiteto com a criação de ambientes funcionais e acolhedores para a saúde.

Além desses projetos, Levi desenvolveu uma vasta gama de edifícios residenciais, comerciais e institucionais, sempre buscando soluções inovadoras e adaptadas ao clima tropical. Sua arquitetura se caracteriza pela utilização de materiais locais, pela valorização da luz natural e pela criação de espaços integrados com a natureza.

A influência de Levi na arquitetura brasileira transcende a sua obra construída. Ele foi um dos fundadores do Movimento Moderno no Brasil e participou ativamente de debates e congressos sobre arquitetura. Sua visão de uma arquitetura a serviço da sociedade e comprometida com o desenvolvimento do país inspirou muitos arquitetos e urbanistas.

A obra de Rino Levi continua a ser estudada e admirada por sua relevância histórica e por sua atualidade. Seus projetos,além de serem exemplos de uma arquitetura moderna de alta qualidade, representam um patrimônio cultural de grande valor. Ao visitar seus edifícios, é possível perceber a genialidade de um arquiteto que soube interpretar o seu tempo e deixar um legado duradouro para as futuras gerações.

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Rino Levi | Wikipédia

Vida e Obra

Rino Levi nasceu em São Paulo em 31 de dezembro de 1901. Filho de pais italianos, estudou arquitetura em Milão e Roma.

Foi um dos responsáveis pela transformação da arquitetura da cidade de São Paulo e é um dos expoentes da arquitetura moderna no Brasil.

Rino estudou inicialmente na Academia de Brera em Milão, passando para a Escola Superior de Arquitetura em Roma, onde formou-se em 1926. Ainda antes de concluir seus estudos em Roma, Rino Levi envia da Itália uma carta ao jornal Estado de São Paulo (publicada em 15 de outubro de 1925) sob o título “Arquitetura e estética das cidades”, que foi futuramente classificada como uma das primeiras manifestações em torno da arquitetura moderna no Brasil. Foi aluno de Marcello Piacentini em Roma, autor do edifício Matarazzo em São Paulo.

Em seus retorno ao Brasil, em 1926, Rino é empregado na Companhia Construtora de Santos, ocupando o lugar que fora de Gregori Warchavchik, que fora seu colega de estudos em Roma.

Em 1927, atua como arquiteto independente e funda o escritório Rino Levi Arquitetos Associados. No início da década de 30 projeta seu primeiros prédios modernos encomendados por clientes de origem italiana, radicados em São Paulo. Estes lhe encomendam pequenos edifícios e conjuntos de sobrados, alguns dos quais Rino Levi encarregou-se também da execução das obras. Deste período são notáveis as residências para Dante Ramenzoni (1931/33), a residência Delfina Ferrabino (1931) e os edifícios Gazeau (1929) e Nicolau Schiesser (1933).

Suas primeiras obras de vulto foram o Edifício Columbus, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio (primeiro condomínio de apartamentos da metrópole, demolido em 1971), o Cine Ufa Palácio , na Avenida São João, a Residência Médici, em Santo Amaro, e o Edifício Sarti, na Praça da República. Estes edifícios racionalistas, apresentam volumes simples, com estrutura evidenciada.

O projeto do Cine Ufa Palácio (1936), pelos princípios de acústica aplicados, lhe rendeu diversos outros projetos de cinemas: Cine Universo (1936), o Cine Art-Palácio de Recife (1937) o Cine Ipiranga (1943) e o Teatro Cultura Artística (1942). Seus projetos são, na ocasião, publicados na Revista Politécnica e nas revistas Architettura (Itália) e Architecture d'Aujourd'Hui (França).

Rino Levi participou da formação e construção do Instituto de Arquitetos do Brasil e foi membro atuante em toda sua vida, participando inclusive do projeto para construção do edifício-sede da seção paulista. Em 1952, sucede Oswaldo Bratke na presidência do IAB-SP.

Participa em 1957, em conjunto com Vilanova Artigas, entre outros arquitetos, da reestruturação da FAU-USP, onde atuou como professor até 1959.

Trabalharam e participaram em seu escritório (Rino Levi Arquitetos Associados) Roberto Cerqueira César — inicialmente como funcionário (1941) e depois como sócio — e Luiz Roberto Carvalho Franco, inicialmente como estagiário, depois funcionário e finalmente sócio. A Rino Levi – Arquitetos Associados viria a desenvolver vários projetos na grande São Paulo com os mais diversos programas tais como: complexos industriais, edifícios comerciais, escritórios, edifícios residenciais, casas, cinemas, hospitais, teatros, bancos, etc. O Centro Cívico de Santo André, um complexo municipal, foi seu último projeto.

Rino Levi faleceu em 29 de setembro de 1965, acompanhando Burle Marx em uma expedição botânica no interior da Bahia, em Morro do Chapéu, mais especificamente no Morrão, ponto turístico que da o nome da cidade. Burle Marx foi um grande amigo e colaborador e participou, como paisagista e como artista plástico, dos seus mais significativos projetos.

Principais obras

  • Edifício Columbus (1932) - São Paulo (demolido em 1971)

  • Edifício Guarani (1936)

  • Cine Art-Palácio (1936) - Recife

  • Edifício Porchat (1940)

  • Instituto Sedes Sapientia (1940)

  • Cine Ipiranga (1941)

  • Teatro Cultura Artística (1942)

  • Edifício Prudência (1944)

  • Casa de Rino Levi (1946) - São Paulo

  • Hospital do Cancer (1947)

  • Edifício Seguradora Brasileira (1948) - Largo da Pólvora

  • Hospital Cruzada Pró-Infância (1948) - (atual Hospital Pérola Byington), em São Paulo

  • Casa de Olivo Gomes (1949) - no Parque da Cidade em São José dos Campos

  • Residência de Milton Guper (1951)

  • Hospital Israelita Albert Einstein (1958) - São Paulo

  • Edifício Sul-Americano (1963)

  • Centro Cívico (1965) - atual Paço Municipal de Santo André, São Paulo

  • Projetos não construídos

  • Edifício Centro Rental Profesional las Acacias "La Parabola" (Caracas-Venezuela)

  • Referencia: Revista Hábitat. N° 34. 1956-II, pp 56. / Revista Integral 3 – 4 editado por Luis Vásquez Fuentes / Caracas-Venezuela

Obras construídas após seu falecimento

  • Edifício Luiz Eulálio Bueno Vidigal Filho, sede do FIESP-CIESP-SESI, na Avenida Paulista, em São Paulo

  • Prédios da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, São Paulo

  • Torre do Relógio, na Cidade Universitária da USP

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 30 de julho de 2024.

Rino Levi | Itaú Cultural

Rino Levi (São Paulo, São Paulo, 1901 - Lençóis, Bahia, 1965). Arquiteto e urbanista. Destaca-se por ter realizado projetos que conjugam inovações técnicas e soluções originais. Com participação intensa em órgãos de classe e na imprensa, contribui para a regulamentação do trabalho arquitetônico e para a consolidação da arquitetura moderna brasileira.

Filho de imigrantes italianos, ingressa, em 1921, na Escola Preparatória e de Aplicação para os Arquitetos Civis, em Milão, Itália. Transfere-se, em 1924, para a Escola Superior de Arquitetura de Roma. Ainda estudante, publica no jornal O Estado de S. Paulo, em 1925, uma carta com o título Arquitetura e Estética das Cidades, considerada uma das primeiras manifestações por uma arquitetura moderna no Brasil. Ali surge uma característica presente ao longo de sua carreira: a vontade de construir um campo de atuação em que seja possível reconhecer a especificidade da arquitetura moderna brasileira.

Retorna ao Brasil em 1926. Inicia uma carreira independente em 1927, construindo pequenas residências e conjuntos de casas de aluguel para membros da comunidade italiana paulista. Sua primeira obra moderna construída é o Pavilhão da L. Queiroz (1931), na Feira de Amostras do Parque da Água Branca, mas é de 1934 um de seus projetos mais emblemáticos, o Edifício Columbus. Como condomínio de apartamentos para a cidade de São Paulo, o projeto inova ao dar tratamento a todas as fachadas (e não só à fachada frontal) e ao desenvolver a relação interior/exterior. Levi projeta uma série de edifícios residenciais, sempre levando em conta a construção do espaço urbano, a integração com a paisagem e a setorização da planta por função.

Em 1936, é construído o Cine Ufa-Palácio, projeto que contempla necessidades técnicas, como a acústica. O sucesso alcançado por essa inovação lhe abre portas para um novo programa. Seus projetos são divulgados em publicações como a Revista Politécnica, de São Paulo, a italiana Architettura e a francesa Architecture d´Aujourd´hui. A partir de 1936, seu escritório conta com a colaboração de outros dois arquitetos-sócios: Roberto Cerqueira César (1917-2003) e Luiz Roberto Carvalho Franco (1926-2001).

De 1940 a 1942, Levi projeta o Instituto de Educação Sedes Sapientiae, atual Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), onde os volumes construídos se estruturam em função de um pátio interno. A circulação ocorre ao redor desse espaço, protegida por marquises que remetem às loggias e aos pátios italianos. O arquiteto, no entanto, reelabora os elementos, de modo a criar uma arquitetura própria: inverte a forma das arcadas nas marquises onduladas, preenche o pátio com vegetação tropical e constrói seu primeiro "teto-jardim".

Retomando a relação entre blocos construídos, projeta uma série de "residências introvertidas", buscando integrar a paisagem à arquitetura pelo uso de vegetação tropical nos pátios. O primeiro projeto é sua própria residência em São Paulo, de 1944. Num terreno irregular de esquina, divide as funções da casa em blocos separados pelos pátios, que garantem a convivência cotidiana do morador com a natureza (ainda que construída). Outro projeto é a residência Olivo Gomes (1949/1951), na qual realiza o maior exemplo de "síntese das artes", buscada em suas obras. Integrando arquitetura, paisagismo, mobiliário, afrescos e murais, a casa se abre como um mirante para a paisagem, e a estrutura linear dispõe todos os ambientes em função da vista. Um grande painel de Burle Marx (1909-1994) torna-se "o fulcro de toda a forma", como "uma obra que condensa o significado da casa".

Também de 1944 é o Edifício Prudência. Um único volume, com planta ortogonal em U, isolado dos limites do lote, é acessado por duas rampas, que acentuam a continuidade entre a rua e o jardim. No térreo livre, sobre pilotis, mais uma vez um painel de Burle Marx recebe os visitantes. Essa busca pela integração com as artes não envolve apenas os murais: alguns edifícios tomam toda a fachada como um grande painel, como o Banco Sul-Americano (1960), na avenida Paulista. Nesse edifício, atual Banco Itaú, as fachadas paralelas à avenida recebem um tratamento gráfico por meio de placas de mármore, compondo um imenso painel de padrão geométrico.

Ainda em 1944, Rino Levi projeta a Maternidade Universitária da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Embora não tenha sido concretizado, o projeto obtém reconhecimento entre os pares, rendendo o Prêmio para Projeto de Edifício de Uso Público na 1ª Bienal Internacional de São Paulo (1951). Após detalhado estudo das necessidades do programa, e com a colaboração de profissionais de outras áreas, Levi rompe com as tipologias hospitalares preexistentes, ao propor três blocos separados, reunindo usos afins, circulação hierarquizada e flexibilidade das plantas. O resultado são dois volumes especializados conectados por um longo volume horizontal. Esse trabalho lhe garante o reconhecimento público como uma autoridade na área de projetos hospitalares. A partir de então, desenvolveu inúmeras obras desse tipo, além de realizar cursos e conferências sobre o tema. A convite da Venezuela, coordena o planejamento e o projeto de uma rede hospitalar nesse país.

Sua trajetória segue com projetos inovadores e participações em espaços de discussão sobre arquitetura. Integra o 1º Congresso Brasileiro de Arquitetos, realizado em São Paulo em 1945, ano em que se torna membro do Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (Ciam). Em 1946, vence, com outras duas equipes, o concurso promovido para a sede do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), em São Paulo, com projeto desenvolvido em seu escritório. Participa da criação do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1948, e torna-se diretor-executivo da instituição. Em 1952, chefia a delegação brasileira no 8º Congresso Pan-Americano de Arquitetos, no México, e é eleito diretor do IAB/SP, onde permanece até 1955.

Levi participa do concurso de Brasília (1956), e seu projeto é classificado em 3º lugar. O partido adotado, oposto à proposta vencedora de Lucio Costa (1902-1998), explicita as preocupações do arquiteto em relação à cidade contemporânea. O foco da proposta recai sobre as unidades habitacionais, superblocos de 300 metros de altura cortados por ruas elevadas que reúnem serviços e comércio, potencializando os princípios de habitação intensiva das unités d´habitacion, de Le Corbusier (1887-1965). Adepto do modelo de cidade polinuclear, propõe núcleos com base nos edifícios de habitação, reservando o extremo leste da cidade para as funções administrativas, sem nenhum tratamento especial. Para o historiador da arquitetura Renato Anelli, era "a experimentação da escala de desafios colocados pela cidade de São Paulo num projeto de cidade"2.

Em seu último projeto, o Centro Cívico de Santo André (1965), vencedor do concurso que propunha o deslocamento do centro político-administrativo para uma área limítrofe ao centro antigo, Levi retoma a concepção de cidade polinuclear, pretendendo que o novo núcleo assuma a função do core existente no centro urbano contíguo. São três níveis escalonados e relacionados pela torre administrativa, com três praças de caráter e uso diversos, hierarquizadas em função desses usos: a Praça Cívica na cota superior, a Praça Cultural na intermediária e uma praça inferior para serviços, que articula as esferas política, cultural e cotidiana da vida pública da cidade.

O interesse de Rino Levi pelo paisagismo, em especial por plantas ornamentais, leva a artista botânica inglesa Margaret Mee (1909-1988) a homenageá-lo: depois de registrar pela primeira vez, em pintura, uma bromélia coletada no rio Cauboris, Amazonas, ela solicita que a nova espécie seja dedicada à memória do arquiteto. A planta recebe, então, a denominação Neoregelia Leviana.

Rino Levi deixa um legado não só para a área de projeto arquitetônico, com suas soluções inovadoras que integram arte e técnica, mas também para o modo de pensar a arquitetura no Brasil, na sua constante luta por consolidar esse campo profissional e por criar um modo próprio, e brasileiro, de projetar.

Exposições

1943 - Brazil Builds: architecture new and old, 1652-1942

1951 - 1ª Exposição Internacional de Arquitetura

1967 - 1º Prazské Quadriennale Jevistního Výtvarnictví a Divadelní Architektury

1983 - Warchavchik, Pilon, Rino Levi. Três Momentos da Arquitetura Paulista

2000 - De la Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950

2002 - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950

2020 - Ocupação Rino Levi

Fonte: RINO Levi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 30 de julho de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: Viva Decora. Consultado pela última vez em 30 de julho de 2024.

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