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Manoel Santiago

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago (Manaus, AM, 25 de março de 1897 – Rio de Janeiro, RJ, 29 de outubro de 1987) mais conhecido como Manoel Santiago, foi um pintor, desenhista e professor brasileiro.

Biografia

Manoel Santiago era o mais velho e experiente do Núcleo Bernardelli, do qual também participaram José Pancetti, Sílvio Pinto, Edson Mota e tantos outros. Por isso mesmo, servia de orientador para seus companheiros - pintores não-acadêmicos de origem italiana.

Como fosse, vivia rodeado de artistas. Marido da pintora Haydéa Santiago e pai adotivo do pintor Assunção Santiago. É considerado um dos mais notáveis pintores impressionistas de sua geração, com produção pictórica focada na cor ao invés da linha e composições ao ar livre. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, com Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Pintou até o último dia de sua vida.

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Biografia - Itaú Cultural

Muda-se para Belém em 1903 e inicia estudos de pintura. Em 1919 transfere-se para o Rio de Janeiro, e cursa direito ao mesmo tempo que freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde é aluno de Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Na época, assiste a aulas particulares de Eliseu Visconti. Casa-se em 1925 com a pintora Haydeá Santiago. Participa em 1927 do Salão Nacional de Belas Artes e recebe o prêmio viagem ao exterior. Vai para Paris no ano seguinte, e lá permanece por cinco anos. De volta ao Rio de Janeiro, em 1932, torna-se professor do Instituto de Belas Artes. Em 1934, passa a lecionar pintura e desenho no Núcleo Bernardelli, figurando entre seus alunos José Pancetti, Edson Motta, Bustamante Sá, Ado Malagoli, Rescála e Milton Dacosta.

Análise

No início de sua carreira, Manoel Santiago pinta nus femininos e obras de temática ligada às lendas indígenas da Amazônia, realizadas em uma paleta luminosa, inspirada nos impressionistas, com pinceladas livres. Sua obra revela afinidade com aquela de Haydeá Santiago, sua esposa, embora a produção desta possua um caráter mais intimista, com temas ligados a cenas de gênero.

Manoel Santiago representa a paisagem do Rio de Janeiro em inúmeras telas. O crítico Angyone Costa, em artigo de 1932, elogia sua obra, afirmando que a luz de certos dias enevoados da terra carioca não tivera melhor intérprete, com exceção de Eliseu Visconti.1 Em Alto Teresópolis, 1947 destaca-se o uso apurado da cor e uma luz que transfigura a paisagem, além do emprego de pinceladas espessas.

Algumas de suas telas evocam, em sua estrutura, a produção de Jean-Baptiste-Camille Corot, como em Pescador, déc.1960, na qual explora os efeitos de luz sobre a casca rugosa da árvore em primeiro plano. Já em obras posteriores o uso da cor torna-se mais livre, como nas paisagens litorâneas de Maranhão e Paraíba, déc.1980.

Críticas

"Santiago, vigoroso temperamento de artista e definida personalidade. A paisagem, principal peça de sua contribuição, é uma obra de museu. Não estivesse Santiago no júri e seria uma injustiça não adquiri-la. Ele é, antes de tudo, um grande paisagista. De tal modo que trata a figura, em seus retratos, como se fosse paisagens. A figura humana, em seus pincéis, toma um caráter paisagístico, uma vez que, embora excelente desenhista, o desenho e a perspectiva aérea, assim como a linear, que dão sentido de amplidão, quase não existem. Seus retratos carecem de volume, são modulados por acordes tonais. Uma árvore, o mar ou uma face humana têm o mesmo tratamento, prevalecendo sempre o sentido poético e esfuziante do estilo em lugar do sentido psicológico, da interpretação íntima da personagem retratada, como costumam ser os verdadeiros retratos. A cor que domina literalmente este pintor faz o desenho explodir e a obra se tornar aberta, livre do desenho de contorno, como toda tela impressionista. Não é apenas a fixação do fugaz-eterno que define o quadro impressionista, nem suas pinceladas separadas, e sim, principalmente, a transcrição transformada da natureza em poesia colorida".

Alfredo Galvão (AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986)

"Ao longo de sua extensa carreira, Manoel Santiago, o grande paisagista, também, por várias vezes, teve a figura como tema principal de seu quadro. O nu ou o retrato, a figura como tentativa de sondar o íntimo do modelo. Manoel Santiago enfrentou esse problema de duas maneiras diferentes. A primeira, tentando a fidelidade ao modelo; a segunda, procurando - e fez isso com sucesso -, curvando o modelo ao seu estilo fluido e impressionista. Em suas reproduções, como formas confluentes de ligar a expressão psíquica da retratada à maneira fracionada, aproxima-se do fauvecubista. (...) As idéias teosóficas de Manoel Santiago são de interesse, porque explicam melhor a interação da obra com o pensamento do autor. Se ao ver uma figura, um objeto, um ser ou uma paisagem, ele os sente como forma, como imagens pictóricas; no entanto, seu temperamento, suas idéias atuam também como elemento primordial. ´O estilo é o homem´ (Flaubert). Mas não o homem em suas aparências e sim no seu sentido existencial mais profundo. E o estilo de Manoel Santiago é o do homem idealista, espiritualista e teosófico que era o pintor. Deste modo, quando ele diz que a ´vida é Una, as formas são múltiplas´ está, no fundo, proclamando que são múltiplas as interpretações da vida e do ambiente em que a vida existe, mas essa multiplicidade obedece à visão Una do artista. Seu objeto é, pois - como ele escreveu -, interpretar o ideal, fazer uma arte idealista, elevada espiritualmente com intuição e sensibilidade. Fala ainda - e com propriedade - que criação e matéria pictórica são inseparáveis".

Flávio de Aquino (AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986.)

Exposições Individuais

1987 - Rio de Janeiro, RJ - Individual, na Toulouse Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1920 - Rio de Janeiro, RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1921 - Rio de Janeiro, RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1922 - Rio de Janeiro, RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1923 - Rio de Janeiro, RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1924 - Rio de Janeiro, RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1925 - Rio de Janeiro, RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1926 - Rio de Janeiro, RJ - 33ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1927 - Rio de Janeiro, RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - prêmio de Viagem ao Exterior

1927/1932 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses, Salão de Outono, Salão Colonial dos Artistas Franceses, Salão das Tulherias e Salão de Inverno

1929 - Rio de Janeiro, RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de ouro

1932 - Rio de Janeiro, RJ - 1º Salão do Núcleo Bernardelli, na Sociedade Sul-Riograndense de Cultura

1933 - Rio de Janeiro, RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1935 - Rio de Janeiro, RJ - 4º Salão do Núcleo Bernardelli, na Enba

1936 - São Paulo, SP - 4º Salão Paulista de Belas Artes - menção honrosa

1937 - São Paulo, SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de bronze

1939 - Porto Alegre, RS - Salão de Belas Artes - medalha de honra

1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de prata

1941 - Santiago (Chile) - Exposição do IV Centenário da Cidade de Santiago - medalha de ouro

1942 - São Paulo, SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia

1944 - Rio de Janeiro, RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1945 - São Paulo, SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata

1948 - Rio de Janeiro, RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de honra

1949 - São Paulo, SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia

1950 - Rio de Janeiro, RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no MNBA

1951 - São Paulo, SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon

1954 - Rio de Janeiro, RJ - Salão Preto e Branco

1958 - Porto Alegre, RS - Salão Panamericano de Arte

1961 - Rio de Janeiro, RJ - O Rio na Pintura Brasileira, na Biblioteca Estadual da Guanabara

1965 - Rio de Janeiro, RJ - Salão do IV Centenário do Rio de Janeiro - medalha de honra

1968 - Rio de Janeiro, RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1970 - Curitiba, PR - Mostra de Arte

1976 - São Paulo, SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1982 - São Paulo, SP - Exposição Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40, na Acervo Galeria de Arte

1984 - São Paulo, SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Rio de Janeiro, RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

Exposições Póstumas

1989 - São Paulo, SP - Trinta e Três Maneiras de Ver o Mundo, na Ranulpho Galeria de Arte

1990 - São Paulo, SP - Frutas, Flores e Cores, na Ranulpho Galeria de Arte

1996 - Osasco, SP - 4ª Mostra de Arte, no Centro Universitário Fieo

2003 - São Paulo, SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake

2004 - Rio de Janeiro, RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA

Fonte: MANOEL Santiago. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 04 de Abr. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Núcleo Bernardelli

Fundado em 12 de junho de 1931 por um conjunto de pintores comprometidos com a oposição ao modelo de ensino da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, o Núcleo Bernadelli possui como metas centrais a formação, o aprimoramento técnico e a profissionalização artísticos. "Queríamos liberdade de pesquisa e uma reformulação do ensino artístico da Escola Nacional de Belas Artes, reduto de professores reacionários, infensos às conquistas trazidas pelos modernos", afirma Edson Motta (1910 - 1981), um dos líderes do grupo. Além de democratizar o ensino, o grupo almeja permitir o acesso dos artistas modernos ao Salão Nacional de Belas Artes e aos prêmios de viagens ao exterior, dominados pelos pintores acadêmicos. O nome do grupo é uma homenagem clara a dois professores da Enba, Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931) e Henrique Bernardelli (1858 - 1936), que no final do século XIX, insatisfeitos com o ensino da escola, mas também movidos por interesses políticos-administrativos, montam um curso paralelo na Rua do Ouvidor, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O Núcleo Bernardelli funciona primeiramente no Studio Nicolas, do fotógrafo Nicolas Alagemovits, e muda-se em seguida para os porões da Enba, onde funciona até 1936. Nessa data, transfere-se para a Rua São José, depois para a Praça Tiradentes, n. 85, até a sua extinção em 1941. Participam do também denominado "ateliê livre", os pintores: Ado Malagoli (1906 - 1994), Bráulio Poiava (1911), Bustamante Sá (1907 - 1988), Bruno Lechowski (1887 - 1941), Sigaud (1899 - 1979), Camargo Freire (1908 - 1988), Joaquim Tenreiro (1906 - 1992), Quirino Campofiorito (1902 - 1993), Rescála (1910 - 1986), José Gomez Correia, José Pancetti (1902 - 1958), Milton Dacosta (1915 - 1988), Manoel Santiago (1897 - 1987), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Tamaki (1916 - 1979).

A criação do Núcleo Bernadelli remete a um contexto artístico, dos anos 1930 e 1940, atravessado por tentativas de ampliação dos espaços da arte e dos artistas modernos, por meio da criação de grupos e associações. A Pró-Arte Sociedade de Artes, Letras e Ciências (1931) e o Club de Cultura Moderna (1935), no Rio de Janeiro, ao lado de agremiações paulistanas como Clube dos Artistas Modernos - CAM, a Sociedade Pró - Arte Moderna - SPAM, ambos de 1932, o Grupo Santa Helena (1934) e a Família Artística Paulista - FAP (1937) são expressões do êxito do associativismo como estratégia de atuação dos artistas na vida cultural do país na época. Cada qual à sua maneira, esses grupos problematizam o legado do modernismo. Um outro esforço de modernização do ensino artístico pode ser localizado na tentativa de reforma da Enba, empreendida por Lúcio Costa (1902 - 1998) ao assumir a direção da escola, em 12 de dezembro de 1930.

Se o Núcleo Bernadelli é concebido em consonância com os projetos modernos em gestação e desenvolvimento, seu funcionamento parece mais voltado para uma tentativa de ocupação de espaço profissional do que de reformulação da linguagem artística. Trata-se fundamentalmente de incentivar o estudo e a formação pela criação de um lugar para convivência, troca de idéias e aprendizado. Desenho com modelos vivos, pintura ao ar livre, nus, naturezas-mortas, retratos e auto-retratos são realizados no ateliê, que promove também exposições das obras. Entre 1932 e 1941 são realizados cinco salões dos integrantes do Núcleo Bernadelli. Além disso, em 1933, o conjunto dessas obras é exposto no Studio Eros Volúsia e, em 1934, em mostra promovida pela Sociedade Brasileira de Belas Artes. Além das paisagens, amplamente realizadas, os artistas do grupo pintam cenas urbanas e figuras humanas. Alguns críticos sublinham a inspiração impressionista desse paisagismo, além da influência construtiva de Paul Cézanne (1839-1906), sobretudo nas naturezas-mortas de Milton Dacosta. Mas é possível localizar em parte da produção do grupo - em Malagoli, por exemplo - afinidades com o ideário do retorno à ordem. Alguns trabalhos de Malagoli, Sigaud e Campofiorito, por sua vez, anunciam questões sociais, em pauta nas manifestações artísticas da década de 1930.

Os nomes de José Pancetti e Milton Dacosta, egressos do grupo, destacam-se posteriormente em função das marcas inovadoras e pessoais dos seus trabalhos. Pancetti se notabiliza pelas marinhas que realiza, além dos diversos retratos e auto-retratos. Os anos de 1950, considerados o ápice de sua produção, conhecem as célebres Lavadeiras na Lagoa do Abaeté, as paisagens de Saquarema e cenas de Mangaratiba. Atento, desde o início de sua obra, aos desafios da composição e ao uso da cor, seus trabalhos dos anos de 1950 enfatizam a organização dos planos geométricos, fazendo com que beirem a abstracão. Milton Dacosta, responsável por uma obra convencionalmente dividida em fases em função das influências que recebe - Paul Cézanne, De Chirico (1888 - 1978), Pablo Picasso (1881 - 1973) e Giorgio Morandi (1890 - 1964) -, esteve sempre preocupado com a esquematização das formas, e recusa mesmo em suas obras figurativas dos anos 1930, qualquer inclinação naturalista mais direta. As lições construtivas, as deformações picassianas e cubistas, o equilíbrio entre planos colorísticos são todas preocupações precoces de seu trabalho (vide Paisagem de Santa Teresa, 1937), indica Mário Pedrosa (1900 - 1981). Por essa razão, o crítico defende que o abstrato é "o ponto de partida do pintor", e não apenas a marca de sua obra após a década de 1950.

Fonte: NÚCLEO Bernardelli (Rio de Janeiro, RJ). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 11 de Nov. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Wikipédia

Marido da pintora brasileira Haydéa Santiago e pai adotivo do pintor primitivo Assunção Santiago, começou seus estudos de desenho e pintura em 1903, quando mudou com a família para Belém do Pará. Aos 22 anos foi para o Rio de Janeiro.

Cursou a faculdade de Direito ao mesmo tempo em que estudava na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de grandes artistas, como Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland. Ainda teve aulas particulares com Eliseu Visconti.

De 1927 a 1932 morou em Paris em gozo da bolsa oferecida pelo governo brasileiro, já que ganhou o Prêmio Viagem ao Exterior no Salão Nacional de Belas Artes. Retornando ao Brasil (1932) foi professor do Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro; integrou o renomado Núcleo Bernardelli junto com Edson Mota, Milton Dacosta, Ado Malagoli, Sílvio Pinto,José Pancetti, entre outros. Sendo mais velho e tendo maiores conhecimentos de arte, serviu como orientador aos seus companheiros nas aulas de pintura e desenho.

Produziu os murais para o Prédio da Alfândega no Rio de Janeiro e para o extinto Instituto do Açúcar e do Álcool, na mesma cidade.

Obras e exposições

Participou de exposições e mostras como o Salão dos Artistas Franceses, Salão de Outono, criou e expôs o Salão Primavera, Salão Colonial dos Artistas Franceses, Salão de Inverno, Bienais paulistas, cariocas e estrangeiras, Salão Pan-americano, entre outros. Recebeu os mais importantes prêmios e menções honrosas, nos salões de arte no Brasil e alguns no exterior. Possui obras em diversos museus e importantes coleções particulares, no Brasil e no exterior.

É considerado um dos mais notáveis pintores impressionista de sua geração. Era um artista com grande vigor pictórico que produziu inúmeros bons trabalhos de rara beleza, como disse o marchand brasileiro Ricardo Vianna Barradas, que foi amigo do grande artista e de sua família, frequentando por diversas vezes, o ateliê de Santiago no Parque Guinle, no Rio de Janeiro.

Ricardo V. Barradas, diz, ainda: "Sobre a vida do grande mestre da pintura brasileira Manoel Santiago, existem certas inverdades. Santiago, pintou até o último dia de sua vida. Parecia que o menino amazonense, tinha herdado, para toda a vida, o vigor da Grande Selva. O ar e a arte, exercitadas diariamente eram substratos essenciais cotidianos para a vida desse grande artista."

Em homenagem, o antigo Museu de Manaus, chama-se hoje Museu Manoel Santiago, no Estado do Amazonas. Atualmente não existe nenhum representante legal de sua arte, assim como não existe nenhum Projeto Oficial do artista no Brasil.

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 04 de abril de 2017.

Crédito fotográfico: Retrato por Cândido Portinari (1923)

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago (Manaus, AM, 25 de março de 1897 – Rio de Janeiro, RJ, 29 de outubro de 1987) mais conhecido como Manoel Santiago, foi um pintor, desenhista e professor brasileiro.

Manoel Santiago

Manoel Colafante Caledônio de Assumpção Santiago (Manaus, AM, 25 de março de 1897 – Rio de Janeiro, RJ, 29 de outubro de 1987) mais conhecido como Manoel Santiago, foi um pintor, desenhista e professor brasileiro.

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Exposição Manoel Santiago

Impressionismo, o movimento #vivieuvi

Biografia

Manoel Santiago era o mais velho e experiente do Núcleo Bernardelli, do qual também participaram José Pancetti, Sílvio Pinto, Edson Mota e tantos outros. Por isso mesmo, servia de orientador para seus companheiros - pintores não-acadêmicos de origem italiana.

Como fosse, vivia rodeado de artistas. Marido da pintora Haydéa Santiago e pai adotivo do pintor Assunção Santiago. É considerado um dos mais notáveis pintores impressionistas de sua geração, com produção pictórica focada na cor ao invés da linha e composições ao ar livre. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes, com Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Pintou até o último dia de sua vida.

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Biografia - Itaú Cultural

Muda-se para Belém em 1903 e inicia estudos de pintura. Em 1919 transfere-se para o Rio de Janeiro, e cursa direito ao mesmo tempo que freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes (Enba), onde é aluno de Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa. Na época, assiste a aulas particulares de Eliseu Visconti. Casa-se em 1925 com a pintora Haydeá Santiago. Participa em 1927 do Salão Nacional de Belas Artes e recebe o prêmio viagem ao exterior. Vai para Paris no ano seguinte, e lá permanece por cinco anos. De volta ao Rio de Janeiro, em 1932, torna-se professor do Instituto de Belas Artes. Em 1934, passa a lecionar pintura e desenho no Núcleo Bernardelli, figurando entre seus alunos José Pancetti, Edson Motta, Bustamante Sá, Ado Malagoli, Rescála e Milton Dacosta.

Análise

No início de sua carreira, Manoel Santiago pinta nus femininos e obras de temática ligada às lendas indígenas da Amazônia, realizadas em uma paleta luminosa, inspirada nos impressionistas, com pinceladas livres. Sua obra revela afinidade com aquela de Haydeá Santiago, sua esposa, embora a produção desta possua um caráter mais intimista, com temas ligados a cenas de gênero.

Manoel Santiago representa a paisagem do Rio de Janeiro em inúmeras telas. O crítico Angyone Costa, em artigo de 1932, elogia sua obra, afirmando que a luz de certos dias enevoados da terra carioca não tivera melhor intérprete, com exceção de Eliseu Visconti.1 Em Alto Teresópolis, 1947 destaca-se o uso apurado da cor e uma luz que transfigura a paisagem, além do emprego de pinceladas espessas.

Algumas de suas telas evocam, em sua estrutura, a produção de Jean-Baptiste-Camille Corot, como em Pescador, déc.1960, na qual explora os efeitos de luz sobre a casca rugosa da árvore em primeiro plano. Já em obras posteriores o uso da cor torna-se mais livre, como nas paisagens litorâneas de Maranhão e Paraíba, déc.1980.

Críticas

"Santiago, vigoroso temperamento de artista e definida personalidade. A paisagem, principal peça de sua contribuição, é uma obra de museu. Não estivesse Santiago no júri e seria uma injustiça não adquiri-la. Ele é, antes de tudo, um grande paisagista. De tal modo que trata a figura, em seus retratos, como se fosse paisagens. A figura humana, em seus pincéis, toma um caráter paisagístico, uma vez que, embora excelente desenhista, o desenho e a perspectiva aérea, assim como a linear, que dão sentido de amplidão, quase não existem. Seus retratos carecem de volume, são modulados por acordes tonais. Uma árvore, o mar ou uma face humana têm o mesmo tratamento, prevalecendo sempre o sentido poético e esfuziante do estilo em lugar do sentido psicológico, da interpretação íntima da personagem retratada, como costumam ser os verdadeiros retratos. A cor que domina literalmente este pintor faz o desenho explodir e a obra se tornar aberta, livre do desenho de contorno, como toda tela impressionista. Não é apenas a fixação do fugaz-eterno que define o quadro impressionista, nem suas pinceladas separadas, e sim, principalmente, a transcrição transformada da natureza em poesia colorida".

Alfredo Galvão (AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986)

"Ao longo de sua extensa carreira, Manoel Santiago, o grande paisagista, também, por várias vezes, teve a figura como tema principal de seu quadro. O nu ou o retrato, a figura como tentativa de sondar o íntimo do modelo. Manoel Santiago enfrentou esse problema de duas maneiras diferentes. A primeira, tentando a fidelidade ao modelo; a segunda, procurando - e fez isso com sucesso -, curvando o modelo ao seu estilo fluido e impressionista. Em suas reproduções, como formas confluentes de ligar a expressão psíquica da retratada à maneira fracionada, aproxima-se do fauvecubista. (...) As idéias teosóficas de Manoel Santiago são de interesse, porque explicam melhor a interação da obra com o pensamento do autor. Se ao ver uma figura, um objeto, um ser ou uma paisagem, ele os sente como forma, como imagens pictóricas; no entanto, seu temperamento, suas idéias atuam também como elemento primordial. ´O estilo é o homem´ (Flaubert). Mas não o homem em suas aparências e sim no seu sentido existencial mais profundo. E o estilo de Manoel Santiago é o do homem idealista, espiritualista e teosófico que era o pintor. Deste modo, quando ele diz que a ´vida é Una, as formas são múltiplas´ está, no fundo, proclamando que são múltiplas as interpretações da vida e do ambiente em que a vida existe, mas essa multiplicidade obedece à visão Una do artista. Seu objeto é, pois - como ele escreveu -, interpretar o ideal, fazer uma arte idealista, elevada espiritualmente com intuição e sensibilidade. Fala ainda - e com propriedade - que criação e matéria pictórica são inseparáveis".

Flávio de Aquino (AQUINO, Flávio de. Manoel Santiago: vida, obra e crítica. Apresentação de J. Cabicieri. Rio de Janeiro: Cabicieri, 1986.)

Exposições Individuais

1987 - Rio de Janeiro, RJ - Individual, na Toulouse Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1920 - Rio de Janeiro, RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1921 - Rio de Janeiro, RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1922 - Rio de Janeiro, RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1923 - Rio de Janeiro, RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1924 - Rio de Janeiro, RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1925 - Rio de Janeiro, RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1926 - Rio de Janeiro, RJ - 33ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1927 - Rio de Janeiro, RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - prêmio de Viagem ao Exterior

1927/1932 - Paris (França) - Salão dos Artistas Franceses, Salão de Outono, Salão Colonial dos Artistas Franceses, Salão das Tulherias e Salão de Inverno

1929 - Rio de Janeiro, RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de ouro

1932 - Rio de Janeiro, RJ - 1º Salão do Núcleo Bernardelli, na Sociedade Sul-Riograndense de Cultura

1933 - Rio de Janeiro, RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1935 - Rio de Janeiro, RJ - 4º Salão do Núcleo Bernardelli, na Enba

1936 - São Paulo, SP - 4º Salão Paulista de Belas Artes - menção honrosa

1937 - São Paulo, SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes - medalha de bronze

1939 - Porto Alegre, RS - Salão de Belas Artes - medalha de honra

1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de prata

1941 - Santiago (Chile) - Exposição do IV Centenário da Cidade de Santiago - medalha de ouro

1942 - São Paulo, SP - 8º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia

1944 - Rio de Janeiro, RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1945 - São Paulo, SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata

1948 - Rio de Janeiro, RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de honra

1949 - São Paulo, SP - 15º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia

1950 - Rio de Janeiro, RJ - Um Século da Pintura Brasileira: 1850-1950, no MNBA

1951 - São Paulo, SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon

1954 - Rio de Janeiro, RJ - Salão Preto e Branco

1958 - Porto Alegre, RS - Salão Panamericano de Arte

1961 - Rio de Janeiro, RJ - O Rio na Pintura Brasileira, na Biblioteca Estadual da Guanabara

1965 - Rio de Janeiro, RJ - Salão do IV Centenário do Rio de Janeiro - medalha de honra

1968 - Rio de Janeiro, RJ - 17º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1970 - Curitiba, PR - Mostra de Arte

1976 - São Paulo, SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1982 - São Paulo, SP - Exposição Núcleo Bernardelli: arte brasileira nos anos 30 e 40, na Acervo Galeria de Arte

1984 - São Paulo, SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Rio de Janeiro, RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

Exposições Póstumas

1989 - São Paulo, SP - Trinta e Três Maneiras de Ver o Mundo, na Ranulpho Galeria de Arte

1990 - São Paulo, SP - Frutas, Flores e Cores, na Ranulpho Galeria de Arte

1996 - Osasco, SP - 4ª Mostra de Arte, no Centro Universitário Fieo

2003 - São Paulo, SP - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no Instituto Tomie Ohtake

2004 - Rio de Janeiro, RJ - Tomie Ohtake na Trama Espiritual da Arte Brasileira, no MNBA

Fonte: MANOEL Santiago. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 04 de Abr. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Núcleo Bernardelli

Fundado em 12 de junho de 1931 por um conjunto de pintores comprometidos com a oposição ao modelo de ensino da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, o Núcleo Bernadelli possui como metas centrais a formação, o aprimoramento técnico e a profissionalização artísticos. "Queríamos liberdade de pesquisa e uma reformulação do ensino artístico da Escola Nacional de Belas Artes, reduto de professores reacionários, infensos às conquistas trazidas pelos modernos", afirma Edson Motta (1910 - 1981), um dos líderes do grupo. Além de democratizar o ensino, o grupo almeja permitir o acesso dos artistas modernos ao Salão Nacional de Belas Artes e aos prêmios de viagens ao exterior, dominados pelos pintores acadêmicos. O nome do grupo é uma homenagem clara a dois professores da Enba, Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931) e Henrique Bernardelli (1858 - 1936), que no final do século XIX, insatisfeitos com o ensino da escola, mas também movidos por interesses políticos-administrativos, montam um curso paralelo na Rua do Ouvidor, no centro da cidade do Rio de Janeiro. O Núcleo Bernardelli funciona primeiramente no Studio Nicolas, do fotógrafo Nicolas Alagemovits, e muda-se em seguida para os porões da Enba, onde funciona até 1936. Nessa data, transfere-se para a Rua São José, depois para a Praça Tiradentes, n. 85, até a sua extinção em 1941. Participam do também denominado "ateliê livre", os pintores: Ado Malagoli (1906 - 1994), Bráulio Poiava (1911), Bustamante Sá (1907 - 1988), Bruno Lechowski (1887 - 1941), Sigaud (1899 - 1979), Camargo Freire (1908 - 1988), Joaquim Tenreiro (1906 - 1992), Quirino Campofiorito (1902 - 1993), Rescála (1910 - 1986), José Gomez Correia, José Pancetti (1902 - 1958), Milton Dacosta (1915 - 1988), Manoel Santiago (1897 - 1987), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Tamaki (1916 - 1979).

A criação do Núcleo Bernadelli remete a um contexto artístico, dos anos 1930 e 1940, atravessado por tentativas de ampliação dos espaços da arte e dos artistas modernos, por meio da criação de grupos e associações. A Pró-Arte Sociedade de Artes, Letras e Ciências (1931) e o Club de Cultura Moderna (1935), no Rio de Janeiro, ao lado de agremiações paulistanas como Clube dos Artistas Modernos - CAM, a Sociedade Pró - Arte Moderna - SPAM, ambos de 1932, o Grupo Santa Helena (1934) e a Família Artística Paulista - FAP (1937) são expressões do êxito do associativismo como estratégia de atuação dos artistas na vida cultural do país na época. Cada qual à sua maneira, esses grupos problematizam o legado do modernismo. Um outro esforço de modernização do ensino artístico pode ser localizado na tentativa de reforma da Enba, empreendida por Lúcio Costa (1902 - 1998) ao assumir a direção da escola, em 12 de dezembro de 1930.

Se o Núcleo Bernadelli é concebido em consonância com os projetos modernos em gestação e desenvolvimento, seu funcionamento parece mais voltado para uma tentativa de ocupação de espaço profissional do que de reformulação da linguagem artística. Trata-se fundamentalmente de incentivar o estudo e a formação pela criação de um lugar para convivência, troca de idéias e aprendizado. Desenho com modelos vivos, pintura ao ar livre, nus, naturezas-mortas, retratos e auto-retratos são realizados no ateliê, que promove também exposições das obras. Entre 1932 e 1941 são realizados cinco salões dos integrantes do Núcleo Bernadelli. Além disso, em 1933, o conjunto dessas obras é exposto no Studio Eros Volúsia e, em 1934, em mostra promovida pela Sociedade Brasileira de Belas Artes. Além das paisagens, amplamente realizadas, os artistas do grupo pintam cenas urbanas e figuras humanas. Alguns críticos sublinham a inspiração impressionista desse paisagismo, além da influência construtiva de Paul Cézanne (1839-1906), sobretudo nas naturezas-mortas de Milton Dacosta. Mas é possível localizar em parte da produção do grupo - em Malagoli, por exemplo - afinidades com o ideário do retorno à ordem. Alguns trabalhos de Malagoli, Sigaud e Campofiorito, por sua vez, anunciam questões sociais, em pauta nas manifestações artísticas da década de 1930.

Os nomes de José Pancetti e Milton Dacosta, egressos do grupo, destacam-se posteriormente em função das marcas inovadoras e pessoais dos seus trabalhos. Pancetti se notabiliza pelas marinhas que realiza, além dos diversos retratos e auto-retratos. Os anos de 1950, considerados o ápice de sua produção, conhecem as célebres Lavadeiras na Lagoa do Abaeté, as paisagens de Saquarema e cenas de Mangaratiba. Atento, desde o início de sua obra, aos desafios da composição e ao uso da cor, seus trabalhos dos anos de 1950 enfatizam a organização dos planos geométricos, fazendo com que beirem a abstracão. Milton Dacosta, responsável por uma obra convencionalmente dividida em fases em função das influências que recebe - Paul Cézanne, De Chirico (1888 - 1978), Pablo Picasso (1881 - 1973) e Giorgio Morandi (1890 - 1964) -, esteve sempre preocupado com a esquematização das formas, e recusa mesmo em suas obras figurativas dos anos 1930, qualquer inclinação naturalista mais direta. As lições construtivas, as deformações picassianas e cubistas, o equilíbrio entre planos colorísticos são todas preocupações precoces de seu trabalho (vide Paisagem de Santa Teresa, 1937), indica Mário Pedrosa (1900 - 1981). Por essa razão, o crítico defende que o abstrato é "o ponto de partida do pintor", e não apenas a marca de sua obra após a década de 1950.

Fonte: NÚCLEO Bernardelli (Rio de Janeiro, RJ). In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2017. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 11 de Nov. 2017. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Wikipédia

Marido da pintora brasileira Haydéa Santiago e pai adotivo do pintor primitivo Assunção Santiago, começou seus estudos de desenho e pintura em 1903, quando mudou com a família para Belém do Pará. Aos 22 anos foi para o Rio de Janeiro.

Cursou a faculdade de Direito ao mesmo tempo em que estudava na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de grandes artistas, como Baptista da Costa e Rodolfo Chambelland. Ainda teve aulas particulares com Eliseu Visconti.

De 1927 a 1932 morou em Paris em gozo da bolsa oferecida pelo governo brasileiro, já que ganhou o Prêmio Viagem ao Exterior no Salão Nacional de Belas Artes. Retornando ao Brasil (1932) foi professor do Instituto de Belas Artes do Rio de Janeiro; integrou o renomado Núcleo Bernardelli junto com Edson Mota, Milton Dacosta, Ado Malagoli, Sílvio Pinto,José Pancetti, entre outros. Sendo mais velho e tendo maiores conhecimentos de arte, serviu como orientador aos seus companheiros nas aulas de pintura e desenho.

Produziu os murais para o Prédio da Alfândega no Rio de Janeiro e para o extinto Instituto do Açúcar e do Álcool, na mesma cidade.

Obras e exposições

Participou de exposições e mostras como o Salão dos Artistas Franceses, Salão de Outono, criou e expôs o Salão Primavera, Salão Colonial dos Artistas Franceses, Salão de Inverno, Bienais paulistas, cariocas e estrangeiras, Salão Pan-americano, entre outros. Recebeu os mais importantes prêmios e menções honrosas, nos salões de arte no Brasil e alguns no exterior. Possui obras em diversos museus e importantes coleções particulares, no Brasil e no exterior.

É considerado um dos mais notáveis pintores impressionista de sua geração. Era um artista com grande vigor pictórico que produziu inúmeros bons trabalhos de rara beleza, como disse o marchand brasileiro Ricardo Vianna Barradas, que foi amigo do grande artista e de sua família, frequentando por diversas vezes, o ateliê de Santiago no Parque Guinle, no Rio de Janeiro.

Ricardo V. Barradas, diz, ainda: "Sobre a vida do grande mestre da pintura brasileira Manoel Santiago, existem certas inverdades. Santiago, pintou até o último dia de sua vida. Parecia que o menino amazonense, tinha herdado, para toda a vida, o vigor da Grande Selva. O ar e a arte, exercitadas diariamente eram substratos essenciais cotidianos para a vida desse grande artista."

Em homenagem, o antigo Museu de Manaus, chama-se hoje Museu Manoel Santiago, no Estado do Amazonas. Atualmente não existe nenhum representante legal de sua arte, assim como não existe nenhum Projeto Oficial do artista no Brasil.

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 04 de abril de 2017.

Crédito fotográfico: Retrato por Cândido Portinari (1923)

Arremate Arte
Feito com no Rio de Janeiro

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