Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro, RJ, 6 de novembro de 1946), mais conhecido como Waltercio Caldas, é um escultor, desenhista, gravador, artista gráfico, cenógrafo e figurinistra brasileiro, tendo grande destaque na arte contemporânea nacional e internacional.
Biografia - Itaú Cultural
Estuda pintura com Ivan Serpa (1923-1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; é co-editor da revista Malasartes; integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ; participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a sua produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Comentário Crítico
No início dos anos 1960, Waltércio Caldas se interessa pela arte e passa a freqüentar exposições no Rio de Janeiro. Estuda com Ivan Serpa (1923-1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), a partir de 1964. O dia-a-dia das aulas e as visitas ao acervo do museu o aproximam da produção moderna e contemporânea. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e diagramador da Eletrobrás e participa de sua primeira exposição coletiva profissional, na Galeria Gead. Na época desenha e faz maquetes de projetos arquitetônicos improváveis.
Em 1969, realiza os Condutores de Percepção, trabalho que é chave em sua carreira. Com ele, inicia uma série de obras feitas a partir da inserção de objetos rotineiros em estojos bem-cuidados com uma plaqueta onde se lê o nome do trabalho, elemento definidor da obra. Esses trabalhos são montados na sua primeira individual, no MAM/RJ, em 1973, com ótima repercussão. Segundo o crítico de arte Ronaldo Brito, as obras expostas são "muito menos objeto de contemplação do que uma forma ativa de veicular um pensamento, de produzir uma crise nos hábitos mentais do espectador".
Em 1975, faz a individual A Natureza dos Jogos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Traz 100 obras, entre desenhos, objetos e fotografias. Três anos mais tarde, realiza esculturas, como Convite ao Raciocínio e Objeto de Aço. Nessa época, cria obras que comentam trabalhos de nomes consagrados da história da arte. Realiza a Experiência Mondrian e Talco sobre Livro Ilustrado de Henri Matisse. Este último trabalho dá inicio a outras obras feitas com base em livros, como Aparelhos (1979), Manual de Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996).
A partir da década de 1980, o artista cria maior número de instalações. Em 1980, realiza Ping Pong, e 0 É Um. Três anos depois expõe A Velocidade, na 17ª Bienal Internacional de São Paulo. Ao mesmo tempo trabalha em uma série de esculturas. E se dedica, basicamente, a essa modalidade na segunda metade da década. Faz vídeos, desenhos e intervenções quase invisíveis no espaço; mas sua atividade primordial é a escultura.
Em 1989, instala a sua primeira escultura pública: O Jardim Instantâneo no Parque do Carmo, em São Paulo e cinco anos depois produz outra peça em espaço aberto: Omkring, na Noruega. Em 1996, realiza o monumento Escultura para o Rio, no centro do Rio de Janeiro, onde se evidencia uma síntese de seu trabalho: a sutileza conceitual que sempre o caracterizou, aliada a uma capacidade de mobilização de espaço público.
Críticas
"O trabalho está preso aos limites da arte, a sua exigência é de ali situar-se em extremos. Mais do que a consciência, o trabalho tem a obsessão dos limites. Respira essa tensão e extrai força dessa ambigüidade. O que é arte e o que não é, quando é e quando deixa de ser, como pode sê-lo e como pode não sê-lo, essas são as suas questões. Mas ele não as coloca diretamente porque isso equivaleria a negá-las, escapar de sua pressão contínua, definir-se como consciência que interroga e responde. O trabalho vibra nessas questões, estas são o seu meio ambiente: só ali produz sentido, organiza e agita sentidos. O seu espaço é portanto a iminência do vazio, os limites, o que está entre as linhas que existem enquanto processo de demarcação de regiões diferentes. É sobre essas linhas que atua, captando a tensão circundante. E o trabalho não é senão essas linhas. Digamos que seja uma espécie de dispositivo perverso. O seu olho, o seu cálculo consistiria precisamente em detectar os graus de ambigüidade e inadequação do objeto de arte, mas, do conceito de arte, ainda mais da instituição arte. Tudo isso, é claro, sendo um trabalho de arte. Pode-se imaginá-los em ação: meio soturnamente tirando prazer da desmontagem dos mecanismos que transformam a obra de arte numa aparente totalidade, perfeita em seu círculo, dominando coerentemente a sua circulação. Nesse processo sádico (que seria também um masoquismo) conta sobretudo o poder de desarticular, embaralhar, as várias instâncias que de modo implícito compõem a obra de arte e mascaram a sua constituição problemática. Trata-se, obviamente, de uma operação analítica: desconstrução do solo e das paredes da arte (objeto, conceito, circuito). O prazer do trabalho, o seu thrill, só aparece quando a arte fica em estado de suspensão, quando a arte é posta entre parênteses".
Ronaldo Brito
"A ciência acústica conhece um fenômeno chamado som de combinação, ou terceiro som. Se duas notas de alturas diferentes, mas relativamente próximas, são tocadas simultaneamente, suas freqüências entram em choque e produzem uma terceira nota claramente audível, equivalente à diferença entre elas. Embora tenha sido descoberto no século XVIII, até hoje não se sabe se o terceiro som é uma realidade física ou uma reação neurológica. Por analogia, poderíamos pensar nos trabalhos de Waltercio Caldas como objetos de combinação, ou terceiros objetos. Neles, há grande proximidade e, portanto, choque entre o projeto da obra e sua presença física. O projeto não parece ser anterior ao objeto, não poderia ser destacado dele como uma idéia ou um método construtivo, no entanto, o objeto é tão mediado, tão milimetricamente calculado, que remete necessariamente a um projeto. Os volumes das esculturas de Waltercio são incorpóreos, mentais e, todavia, não conseguimos definir com clareza sua geometria, não poderíamos duplicá-los ou utilizá-los como módulos. As coisas aludem ao espaço, mas não o desenham. Interrogados, seríamos obrigados a responder tautologicamente: 'Este espaço aqui, que estas coisas sugerem". Idéia e corpo não ocupam, assim, dois lugares separados, um no pensamento, outro no espaço eles superpõem-se, parecem gerar um ao outro simultaneamente. Como duas oscilações próximas, mas diferentes, que entram em fase, pensamentos e matéria criam assim uma perturbação, uma vibração secundária, que não pode ser reconduzida a nem uma nem outra freqüência principal, embora seja, com toda evidência, um reflexo delas. A substância do trabalho de Waltercio está justamente nessa vibração, algo que não é corpo nem idéia, algo que não enxergamos na obra, mas que podemos intuir por meio de ou graças a ela. Onde está a obra, nesse caso? Não apostaríamos em sua realidade física, tampouco em seu caráter de mera ilusão dos sentidos".
Lorenzo Mammì
"Suas esculturas em madeira, vidro, álcool e metal atestam o rigor formal sempre presente em sua produção e, ao mesmo tempo, a mordacidade com que quase sempre se posicionou em relação à arte e seu circuito. Observando suas obras, o visitante perceberá que Caldas atualmente mergulha na subversão de certos pressupostos da tradição construtiva. Suas esculturas interrogam os rigores da geometria aplicados à escultura, criticam a participação física do público na apreciação da obra (as peças em vidro, se tocadas, podem simplesmente espatifar) e, quando se aproximam do design - uma das utopias construtivas -, desestruturam seu conceito de funcionalidade. Caldas descarrega sobre a tradição construtiva uma ironia e uma consciência crítica que há anos não se via com tanta intensidade. A razão para essa lacuna agora recuperada talvez esteja na própria trajetória do artista. Em 1979, sua produção ganhou notoriedade com a publicação do livro Aparelhos. Ali, o crítico Ronaldo Brito, analisando a obra do artista, pontua uma possibilidade outra de fazer arte contemporânea no Brasil, aparentemente muito distante daquela pregada pela nova objetividade brasileira, tendência onde pontificara Hélio Oiticica nos anos 60/70. Metaforicamente, o livro anunciava a morte de Oiticica no ano seguinte e, com ela, o esfacelamento daquela arte de fundamentação romântica, ingenuamente em busca do rompimento das barreiras entre arte e vida, artista e espectador. A produção de Caldas na época - objetos de derivação dadaísta e surrealista, filtrados pela arte conceitual - tripudiava sobre esse romantismo libertário. Caldas nos anos 80 passará por uma inversão circunstancial, parece: de artista muito preocupado com o discurso sobre arte, ele tentará converter-se em escultor, sondando e aprofundando a cada obra o discurso da escultura moderna. É o momento em que sua produção tende a perder a corrosão crítica e aproximar-se de um formalismo sem saída".
Tadeu Chiarelli
"O movimento da obra de Waltercio na esfera da história da arte brasileira pós-construtiva, incorporando a contribuição neoconcreta e rediscutindo seus axiomas e postulados através de um diálogo conceitual, já é uma das faces reconhecidas por todos que acompanham o desenvolvimento desse trabalho há mais de duas décadas. Além da interrogação cognitiva do conceito, o conhecimento desse trabalho traz uma dimensão existencial. No projeto de expandir o campo do olhar explorando uma inteligência puramente óptica - a arte de Waltercio raramente traz qualquer retórica embutida - existe sempre um resíduo cético, em que a interrogação se apresenta com uma novidade: a dúvida feliz. Pervertendo a lógica positiva que sustenta a racionalidade mundana e seu elogio mesquinho do que se convencionou chamar de ´resultados´, esses exercícios insistem em contrariar o senso comum. Negando o culto da imagem e a falsa generosidade desse universo farto de figuras e pobre em raciocínio, as esculturas de Waltercio trazem na sua ascese uma sutil dose de humor da qual deriva o prazer. Essa dimensão existencial se realiza num processo em cadeia, em sucessivos enigmas para a retina, na promessa de que, se não cessarmos de usar a inteligência, é possível conviver com o real, apesar de sua brutalidade e aparência absurda".
Paulo Sérgio Duarte
Video Enciclopédia Itaú Cultural
Em anexo acima
Esculturas, objetos, instalações e desenhos transcendem o espaço no imaginário do multiartista Waltercio Caldas, cuja atuação nas artes tem início nos anos 1960. O artista imprime sua marca definitiva no cenário na década seguinte, ao criar os icônicos objetos-caixa, espécie de maletas que recebem o Prêmio Anual de Viagem, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), em 1973. Na década de 1980, suas obras ganham o espaço público. No Instituto Inhotim, em Minas Gerais, por exemplo, está Escultura para Todos os Materiais não Transparentes (1985), feita de mármore e madeira. Além desses materiais, Caldas costuma utilizar aço inoxidável, acrílico, fios de algodão e o que for necessário e fizer sentido em cada um de seus trabalhos. “O principal elemento da arte é a liberdade”, diz ele. “Por isso, uso materiais variados. A arte seria uma espécie de abismo para frente, para o qual você é atraído”, compara.
Produção: Documenta Vídeo Brasil; Captação, edição e legendagem: Sacisamba; Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada); Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
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Cronologia - Site oficial
1946
Nasce no Rio de Janeiro
1960
Faz os primeiros desenhos, aquarelas, guaches e pequenos objetos.
1964
É aluno de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna – MAM, Rio de Janeiro.
1965
Seu primeiro trabalho gráfico é a capa do livro A Amazônia e a cobiça internacional, de Arthur Cezar Ferreira Reis (Rio de Janeiro: Edinova).
1967
Atua como desenhista técnico e programador visual da Eletrobrás.
Na sua primeira exposição coletiva, na galeria Gead, Rio de Janeiro, recebe o prêmio da categoria desenho. Produz as primeiras maquetes em papel cartão.
1969
Realiza Condutores de percepção, um objeto que se tornaria um paradigma em sua obra.
1970
Cria sua primeira cenografia para a peça A lição, de Eugène Ionesco, dirigida por Ronaldo Tapajós, Conservatório Nacional do Teatro do Rio de Janeiro.
1971
No Salão de Verão, no MAM, Rio de Janeiro, expõe três objetos-caixas, que são adquiridos pelo colecionador Gilberto Chateaubriand.
1971 / 1972
Leciona Arte e Percepção Visual no Instituto Villa-Lobos, a convite do diretor do Instituto, o músico Reginaldo de Carvalho.
1972
Participa do III Salão de Verão e do evento coletivo “Ex-posição”, ambos no MAM, Rio de Janeiro, e ainda de coletiva na Galeria Veste Sagrada, Rio de Janeiro.
1973
Na primeira individual – “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, com 21 desenhos e 13 objetos –, ganha da Associação Brasileira de Críticos de Arte, juntamente com Alfredo Volpi, o Prêmio Anual de Viagem / Melhor Exposição. Sai publicado no jornal Opinião o primeiro texto crítico de Ronaldo Brito, e depois outras críticas, como as de Walmir Alaya, Roberto Pontual e Frederico Morais, surgem na imprensa.
No Rio de Janeiro suas obras estão nas coletivas “Indagações sobre a natureza, significado e função da obra de arte”, com curadoria de Fernando Morais, na galeria do Instituto Brasil – Estados Unidos / Ibeu; “Vanguarda internacional – Coleção Thomas Cohn”, Ibeu, Rio de Janeiro; e “O rosto e a obra”, Galeria Grupo B.
1974
Apresenta trabalhos na mostra individual “Narrativas”, Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt, Rio de Janeiro; e nas coletivas “Desenho brasileiro 74”, IX Salão de Arte Contemporânea do Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Desenhistas brasileiros”, Galeria Maison de France, Rio de Janeiro; “Arte gráfico brasileño de hoy”, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; Galeria Intercontinental, Rio de Janeiro; “Alguns aspectos do desenho brasileiro”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Grabadores y dibujantes brasileños”, Museo de Arte Contemporáneo de Madrid.
1975
A convite do diretor do Museu de Arte de São Paulo – Masp, Pietro Maria Bardi, faz a individual “A natureza dos jogos”, abrangendo o período de 1969 a 1975. O catálogo da exposição traz o texto “O espelho crítico” de Ronaldo Brito. Além da mostra, também individual, “Esculturas e desenhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, integra “Panorama do desenho brasileiro”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Novas aquisições”, MAM, Rio de Janeiro; “(Arte)”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Arte gráfico brasileño de hoy”, promovida pelo Itamaraty, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; “Art graphique brésilien”, Musée Galliéra, Paris, quando os desenhos do artista expostos são adquiridos pelo Itamaraty.
1975 / 1976
Coeditor de Malasartes, revista de arte e política cultural, importante na difusão das manifestações artísticas da época.
1976
Na individual “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, mostra pela primeira vez os objetos Circunferência com espelho a 30o, Dado no gelo e Pontos. Toma parte em “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM, Salvador; “Raízes e atualidade / Coleção Gilberto Chateaubriand.”, Palácio das Artes, Belo Horizonte.
Publica, juntamente com Carlos Zílio, José Resende e Ronaldo Brito, o artigo “O boom, o pós-boom, o disboom”, no jornal Opinião.
É membro da Comissão de Planejamento Cultural do Museu de Arte Moderna – MAM,Rio de Janeiro, que discute o destino da sala experimental do museu.
1977
Renuncia à indicação para a Bienal de Veneza, por questão político-cultural. Realiza os primeiros trabalhos com cédulas de dinheiro, como Notas para ambiente e Dinheiro para treinamento. Além de “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, no Casarão de João Alfredo, Recife, integra uma coletiva na Fundação Cultural do Distrito Federal.
1978
Produz Talco sobre livro ilustrado de Henri Matisse, Convite ao raciocínio, Aparelho de arte, Prato comum com elásticos, Tubo de ferro / Copo de leite e A experiência Mondrian.
1979
A individual “Aparelhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, tem em seu catálogo o texto “Olho de vidro” de Paulo Venâncio Filho. Publica pela GBM Aparelhos (Rio de Janeiro), o primeiro livro sobre o conjunto de sua obra, com trabalhos realizados entre 1967 e 1978, ensaio de Ronaldo Brito e programação visual do artista e de Paulo Venâncio Filho.
1980
Apresenta a individual “Ping-ping – a construção do abismo”, na Galeria Saramenha, Rio de Janeiro; e a instalação 0 é um, projeto Espaço ABC / Funarte, Parque da Catacumba, Rio de Janeiro. Coedita – com Cildo Meireles, José Resende, João Moura Júnior, Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte, Ronaldo Brito, Rodrigo Naves e Tunga – o número único do jornal A Parte do Fogo.
1981
Realiza, com o músico Sérgio Araújo, um disco com os trabalhos A entrada da Gruta de Maquiné (Waltercio Caldas) e Três músicas (Sérgio Araújo).
“Arte e pesquisa” no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC / USP e Fundação Bienal de São Paulo; “Artistas brasileiros contemporâneos”, Galeria São Paulo; “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro, estão entre as coletivas de sua carreira.
1982
“O livro mais rápido” é apresentado em individual e lançado no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Ao ministrar palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresenta, na sala, a intervenção, que constituiu a obra A superfície algébrica.
Participa da coletiva “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realiza a primeira escultura pública – The blind shape (Formato cego) – no Paseo de las Américas, Punta del Este, Uruguai, por ocasião do Encuentro Internacional de Escultura al Aire Libre, a convite de Angel Kalemberg. Publica o Manual da Ciência Popular, para o qual escreve o prefácio e com texto de Paulo Venâncio Filho (Coleção ABC / Funarte).
1983
Exibe a instalação A velocidade, em sala especial da XVII Bienal Internacional de São Paulo. Faz colaborações gráficas especiais para o caderno Folhetim, da Folha de S. Paulo.
Além da individual “Algodão negativo”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, mostra seus trabalhos nas coletivas “Imaginar o presente”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “3.000m3”, Galpão Rioarte, Rio de Janeiro; e no MAM, Rio de Janeiro.
1984
A Galeria GB Arte, no Rio de Janeiro, recebe a individual “Esculturas”. Participa da I Bienal de Havana, Cuba, e das coletivas: “Abstract attitudes”, Center for Inter-American Relations, Nova Iorque e no Museum of Art, Rhode Island School of Design, Providence, com curadoria de John Stringer; “Tradição e ruptura”, Masp; “Arte brasileira atual: 1984”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Coleção Gilberto Chateaubriand – retrato e autorretrato da arte brasileira”, MAM, São Paulo; e Salão de vidro”, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
1984 / 1985
Mora em Nova Iorque durante um ano.
Elabora a obra Escultura para todos os materiais não transparentes e apresenta-se na coletiva “Panorama de arte atual brasileira – Formas tridimensionais”, MAM, São Paulo.
1986
Expõe em individuais obras da série Escultura para todos os materiais não transparentes no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e na Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro; e em várias coletivas, como: “A nova dimensão do objeto”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “Arte contemporânea brasileira / Coleção Deninson”, Masp, São Paulo; “Coleção Knijnik”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Arte contemporânea brasileira – tendências”, Galeria Montesanti, Rio de Janeiro; Petite Galerie, Rio de Janeiro; “12 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo. Recebe o prêmio de melhor vídeo e direção do Festival de Cinema e Vídeo do Maranhão, Embrafilme, e prêmio especial do Júri, Jornada de Cinema da Bahia, para o vídeo Apaga-te Sésamo, sobre a sua obra (direção e fotografia de Miguel do Rio Branco; produção Studio Line / Rio Arte).
1987
Participa, simultaneamente, de dois segmentos da XIX Bienal Internacional de São Paulo: “Imaginários singulares”, com curadoria de Sônia Salzstein e Ivo Mesquita, onde expõe quinze esculturas de 1969 a 1987, e “Elementos de redução na arte brasileira”, com curadoria de Gabriela S. Wilder; além das coletivas: “Modernidade – art brésilien du 20ème siècle”, Musée dArt Moderne de la Ville de Paris / MAM, São Paulo; “Works on paper”, GDS Gallery, Nova Iorque; “Arte e palavra”, Fórum de Ciência e Cultura, Universidade Federal do Rio de Janeiro; “Ao colecionador”, MAM, Rio de Janeiro; “A ousadia da forma”, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro; “Palavra imágica”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
1988
O Rio Janeiro recebe duas exposições individuais: “Ciclo de Esculturas”, na Galeria Sérgio Milliet / Funarte, catálogo com o texto “Olhar o mar” de Sônia Salzstein; e “Quatro esculturas curvas”, na Galeria Paulo Klabin. Integra as coletivas: “Arte hoje 88”, XIII Salão de Ribeirão Preto; “Papel no espaço”, Galeria Aktuell, Rio de Janeiro; “Expressão e conceito anos 70”, Galeria Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro; “Modernidade – arte brasileira do século XX”, Masp, São Paulo.
1989
A individual “Esculturas”, na Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, tem catálogo com o texto “Calor branco” de Sônia Salzstein. Software, escultura luminosa, é instalada temporariamente no Vale do Anhangabaú e, em caráter permanente, a obra pública O Jardim instantâneo, no Parque do Carmo, São Paulo, comemorativa do Bicentenário da Declaração dos Direitos Humanos, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, ambas em São Paulo.
Participa do evento especial “Arte em jornal”, na XX Bienal Internacional de São Paulo, promovido a partir de intervenções de artistas no espaço gráfico do Jornal da Tarde, de São Paulo. Realiza o vídeo Software, uma escultura (direção de Ronaldo Tapajós / coprodução: Jornal da Tarde e Q. Produções); e ainda das coletivas “Rio hoje”, comemorativa da reabertura do MAM, Rio de Janeiro; “10 escultores”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Nossos anos oitenta”, Galeria GB Arte / Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro; “Caminhos”, Rio Design Center, Rio de Janeiro; “Desenho, uma geração”, Galeria Graffiti, Bauru (SP); II Arte Inverno, Automóvel Clube de Bauru. Faz o ensaio gráfico exclusivo “É=” para a revista Guia das Artes.
1990
Apresenta a individual de desenhos “Tekeningen”, na Pulitzer Art Gallery, Amsterdã, e “Desenhos”, na Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, com o texto “Desenhos líquidos”, de Paulo Sergio Duarte, em seu catálogo. Neste mesmo ano está nas coletivas: “Transcontinental”, Ikon Gallery, Birmighan, e Cornerhouse Gallery, Manchester (curadoria de Guy Brett); Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Museu de Arte de Brasília, com prêmio de aquisição da peça Einstein (1987); “Panorama de arte atual brasileira / 90 – papel”, MAM, São Paulo; “Cor na arte brasileira”, Paço das Artes, São Paulo; “Art Los Angeles 1990”, Los Angeles; “Arte brasileira contemporânea”, Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
1991
Exibe esculturas e desenhos na individual “Sculpturen en Tekeningen”, Kanaal Art Foundation, Kortrijk, Bélgica, cujo catálogo tem o texto “Clear bias” de Ronaldo Brito.
Em outra individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, além de desenhos estão esculturas da série Próximos. Suas obras são mostradas em várias coletivas: “Imagem sobre imagem”, Espaço Cultural Sérgio Porto / Rioarte, Rio de Janeiro; II Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, Fortaleza; Festival de Inverno, Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte; “Il Sud del mondo – l’autra arte contemporanea”, Galeria Cívica d’Arte Contemporânea F. Pizzo, Comune de Marsala, Itália; “O clássico no contemporâneo”, Paço das Artes, São Paulo.
1992
A instalação Raum für nächsten Augenblick, criada especificamente para a Documenta de Kassel deste ano, passa a ser exibida em caráter permanente na Neue Galerie, Staatliche Museen, Kassel.
Além da individual “Sculpturen em Tekeningen”, no Stedeljk Musée Schiedam, Holanda, suas obras são apresentadas nas coletivas: “Amerika”, Koninklijk Museum Voor Schone Kunsten, Antuérpia, Bélgica; “Amériques Latines – art contemporain”, Musée National d’Art Moderne Centre Georges Pompidou e Fondation Nationale des Arts, Hôtel des Arts, Paris; “Coleção Gilberto Chateaubriand 60-70”, Galeria de Arte do Sesi, São Paulo; “Artistas na Documenta”, Museu de Arte de São Paulo; “Brazilian contemporary art”, Galeria Ibac, Rio de Janeiro; “Quatro artistas na Documenta”, Museu da República, Rio de Janeiro; “Exposição internacional de gravuras”, Curitiba; “Coca-Cola 50 anos com arte”, Rio de Janeiro.
1992 / 1993
Participa de “Klima global – arte Amazonas”, evento paralelo à ECO 92, no MAM, Rio de Janeiro e no Museu de Arte de Brasília, 1992; além de coletiva no Staatliche Kunsthalle Berlim, 1993.
1993
A individual “O ar mais próximo” inaugura a sala Século XXI do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e recebe o Prêmio Mário Pedrosa de melhor exposição do ano no país, conferido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte. É um ano em que está presente em muitas mostras coletivas: “Two works”, com o artista José Resende, John Gibson Gallery, Nova Iorque; “Out of place”, Vancouver Art Gallery, Canadá; “Brasil: segni d’arte – libri e video, 1950-1993”, Veneza, Milão, Florença e Roma; “Latin american artists of the twentieth century”, MoMA, Nova Iorque; “Lateinamerikanische Kunst im 20. Jahrhundert”, Joseph Hanbrich Kunstalle, Colônia, Alemanha; “Emblemas do corpo”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil 100 anos de arte moderna”, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Um olhar sobre Joseph Beuys”, Museu de Arte de Brasília; “Arte erótica”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravuras”, Espaço Namour, São Paulo; “Poética”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “O desenho moderno no Brasil / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Galeria do Sesi, São Paulo. “L’ordre des choses”, Centre d’Art Contemporain, Domaine de Kerguéhennec, França; “A presença do ready-made, 80 anos”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “O corpo e a obra”, Museu de Arte Contemporânea, Edel Trade Center, Porto Alegre.
1994
Instala a escultura Omkring, na cidade de Leirfjord, Noruega, como parte do projeto Skulptulandskap Nordland, em que artistas de diversos países são convidados a instalar esculturas em caráter permanente em espaços públicos de cidades norueguesas, sob a curadoria de Maareta Jaukkuri.
O crítico Paulo Sergio Duarte é o autor do texto “Interrogações construtivas” do catálogo da individual de esculturas no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
É convidado para a segunda edição do Projeto Arte / Cidade – “A cidade e seus fluxos” com a obra A matéria tem dois corações, instalada no edifício Guanabara, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Integra as exposições “Mapping”, MoMA, Nova Iorque (um dos três desenhos de 1972 expostos é adquirido para o acervo do museu); “Precisão”, junto com Amílcar de Castro e Eduardo Sued e com curadoria de Irma Arestizábal, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil, século XX”, Fundação Bienal de São Paulo; “Global climate”, Ludwig Forum für Intern. Kunst, Aachen, Alemanha; “A arte com a palavra”, MAM, Rio de Janeiro; “Weltanschaung”, Goethe Institute, Turim, Itália; “Livro-objeto.
A fronteira dos vazios”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Entretexto”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Trincheiras”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravura brasileira”, Galeria GB Arte, Rio de Janeiro; “A espessura do signo”, Karmeliter Kloster, Frankfurt, Alemanha; “Livro de artista – o livro-objeto”, Centro de Artes Visuais Raimundo Cela, Fortaleza.
1995
Realiza individuais no Centre d’Art Contemporain, Genebra, Suíça e na galeria Joel Edelstein Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de Lorenzo Mammi.
Suas obras estão nas coletivas: “Art from Brazil in New York”, no MoMA, que no ano seguinte adquire a obra Espelho com luz; “Drawing on chance”, MoMA, Nova Iorque; “Uma poética da reflexão”, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro; “Entre o desenho e a escultura”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Art from Brazil in New York”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Desafios contemporâneos”, Galeria PA Objetos de Arte, Rio de Janeiro; “Dinheiro, diversão e arte – o dinheiro através das artes brasileiras”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; XI Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba; “Livro-objeto. A fronteira dos vazios”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “20 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo.
1996
“Realiza o vídeo Um rio (direção: Waltercio Caldas / realização: Carlos Miziara / produção: Finep) especialmente para a exposição “Anotações: 1969-996” (Projeto Finep / Atelier Contemporâneo), Paço Imperial, Rio de Janeiro. Outra individual, “A estória da pedra”, no Museu Chácara do Céu, Rio de Janeiro, acompanha o lançamento de uma gravura do artista no programa de edições gráficas da instituição.
Publica o livro-obra O livro Velázquez (São Paulo: Anônima), lançado na feira Arco em Madri neste ano. Participa com uma sala de esculturas da XXIII Bienal Internacional de São Paulo, como único artista representante do Brasil. Instala em caráter permanente a obra Escultura para o Rio, na Av. Beira Mar, como parte do projeto Esculturas Urbanas da Secretaria Municipal de Cultura. Desenvolve, a convite da família do compositor, o projeto de escultura pública “Homenagem a Antonio Carlos Jobim” para ser instalada na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro.
Apresenta seus trabalhos nas coletivas: “Arte e espaço urbano – quinze propostas”, Palácio do Itamaraty, Fundação Athos Bulcão, Brasília; “Sin fronteras”, Museo Alejandro Otero, Caracas; “Mensa mensae”, Galerias da Funarte, Rio de Janeiro; “Anos 70: fotolinguagem”, Escola de Artes Visuais, Parque Lage, Rio de Janeiro; “Esculturas urbanas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “4 artistas”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Pequenas mãos”, Paço Imperial, Rio de Janeiro, e Centro Cultural Alumni, São Paulo; “Interiores”, MAM, Rio de Janeiro; “Petite Galerie 1954-1988. Uma visão da arte brasileira”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “70 anos de arte em Santa Teresa”, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
1997
Apresenta as individuais: “New sculptures”, Quintana Gallery, Miami, e “Esculturas”, Galeria Javier Lopes, Madri. Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Publica Desenhos, álbum com 20 serigrafias e texto do artista (Rio de Janeiro: Reila Gracie). A convite do Instituto Itaú Cultural, São Paulo, faz a escultura pública Espelho sem aço, instalada na avenida Paulista, em São Paulo.
Toma parte nas exposições: “Re-aligning vision”, El Museo del Barrio, Nova Iorque; “4 artists from South America”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Brazilian sculpture – an identity in profile” (A escultura brasileira – perfil de uma identidade), Centro Cultural BID, Washington / Banco Safra, São Paulo; “Intervalos”, Paço das Artes, São Paulo; Panorama da Arte Brasileira 1997, MAM, São Paulo /Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife; “Novas aquisições 1997 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Ar”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea da gravura – Brasil reflexão 97”, Museu Metropolitano de Arte / Fundação Cultural de Curitiba; “Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Diversidade da escultura contemporânea brasileira”, Av. Paulista, São Paulo; “Cegueses”, Museu D’Arte de Girona, Espanha; “2 mestres, pequenos formatos”, Galeria Mônica Marques, Uberlândia; “Objetos diretos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1998
Exibe, entre outras, a escultura A série Veneza e faz uma intervenção nas vitrines do Centro Cultural Light (Rio de Janeiro), que dá nome à exposição – “Mar nunca nome”. O catálogo traz uma entrevista do artista concedida à Ligia Canongia. Instala em caráter permanente uma escultura em metal no Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Além das individuais “Esculturas”, Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, e “Sculptures”, Galerie Lelong, em Nova Iorque, está presente em numerosas coletivas, como “Re-aligning vision”, Arkansas Art Center, Little Rock/Archer M. Huntington Art Gallery, Austin, TX, EUA / Museo de Bellas Artes, Caracas/Museo de Arte Contemporaneo, Monterrey, México; “Amnesia”, Track 16 Gallery e Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica; “Der Brrasilianische Blick” (Um olhar brasileiro), Haus der Kulturen der Welt, Berlim / Ludwig Foraum für Internacionale Kunst, Aachen / Kunstmuseum, Heidenheim, Alemanha; “Formas transitivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Amazônicas”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “As dimensões da arte contemporânea – Coleção João Carlos de Figueiredo Ferraz”, Museu de Arte de Ribeirão Preto; Panorama de Arte Brasileira 1997, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ / MAM da Bahia; “Teoria dos valores”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Grabados brasileños”, Fundación Centro de Estudos Brasileiros, Buenos Aires; Philips Eletromída da Arte – 2a Exposição Virtual, Museu da Casa Brasileira, São Paulo; “O moderno e o contemporâneo na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro / Masp, São Paulo; “A imagem do som de Caetano Veloso”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Fronteiras“, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Global conceptualism: points of origin, 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque.
Recebe o Prêmio Johnnie Walker pelo conjunto da obra e expõe a escultura Fumaça, no evento da premiação no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1999
Sônia Salzstein escreve o texto “Livros, superfícies rolantes” para o catálogo da exposição “Livros”, no MAM, Rio de Janeiro e na Casa da Imagem em Curitiba; a outra individual deste ano é “Sculptures”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. São diversas as coletivas das quais toma parte: “Global conceptualism: point of origin 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque / Walker Art Center, Minneapolis, EUA; “Re-aligning vision”, Miami Art Museum, Miami; “Waltercio Caldas, Cildo Meireles, Mira Schendel, Tunga”, Christopher Gimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Por que Duchamp?”, Paço das Artes, São Paulo; Coletiva Arco 99, Galeria Javier Lopes, Arco, Madri; “Amnesia”, The Contemporary Arts Center, Cincinnati, Ohio, EUA / Biblioteca Luis Ángel Arango, Bogotá; “Aquisições recentes”, MAM, São Paulo; “O objeto anos 60-90 cotidiano/arte”, MAM, Rio de Janeiro / Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Domestic pleasures”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Impressões contemporâneas”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Ausência”, MAM, São Paulo; “Mostra Rio gravura”, Paço Imperial, Rio de Janeiro.
2000
Faz “Uma sala para Velázquez”, sala especialmente montada a convite do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, para estar ao lado da mostra “Esplendores de Espanha”. Nesta sala são reunidas pela primeira vez suas quatro obras criadas em homenagem ao artista Diego Velázquez.
Apresenta outras três individuais: “Esculturas”, Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, cujo catálogo traz o texto “Outros relógios” de Luiz Camillo Osório; “Livros”, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte e “Esculturas e desenhos”, Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de José Thomaz Brum. Instala a escultura pública Momento de fronteira, como marco de fronteira entre o Brasil e a Argentina, à margem do rio Uruguai, em Itapiranga (SC), integrando o Projeto Fronteiras, Instituto Itaú Cultural. As coletivas são: “Global conceptualism: points of origin 1950s”, Miami Art Museum; “Icon + grid + void / Art of the Americas from the Chase Manhattan Collection”, The American Society, Nova Iorque; “Mostra do redescobrimento / Brasil 500 anos”, Fundação Bienal de São Paulo; “Século XX: arte do Brasil”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; “F[R]ICCIONES”, Museo Nacional de Arte Reina Sofia, Madri; “Experiment art in Brazil 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Reino Unido; “Situações: arte brasileira anos 70”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro; “Técnica mista sobre papel”, Galeria Thomas Cohn, São Paulo; “Highlights of Brazilian contemporary art in UECLAA”, Albert Saloman Library University of Essex, EUA; “Entre a arte e o design: acervo do MAM”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Leituras construtivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Projeto aquisição e coleção de obras”, Museu da Gravura, Curitiba; “Novas aquisições, Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Oito artistas”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Uma história da pele”, XII Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba; “60 anos de arte”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Projeto aquisição e coleção de obras – XI Mostra de Gravura de Curitiba”, Museu da Cidade de Curitiba.
2001
A individual “Waltercio Caldas: retrospectiva 1985-2000”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília, com curadoria, de Ligia Canongia, é acompanhada do livro Waltercio Caldas, organizado pela curadora, com entrevista do artista e seleção de textos.
É lançado também o livro Waltercio Caldas, que contempla toda a sua obra, com texto de Paulo Sergio Duarte (São Paulo: Cosac Naify).
As outras individuais são: “Waltercio Caldas: esculturas e desenhos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Participa de “Anos 70: trajetórias na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; “Lucio Fontana, a ótica do invisível”, Centro Cultural Banco do Brasil; “Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Experiment art in Brazil, 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Inglaterra; “Minimalism past and present”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “São ou não gravuras?”, MAM, São Paulo; “Atípicos”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Aquisições essenciais”, MAM, Rio de Janeiro; “Palavraimagem”, Mamam, Recife; “O espírito de nossa época”, MAM, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Trajetória da luz na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; e “Gilberto Chateaubriand – aspectos de uma coleção”, MAM, Rio de Janeiro.
2002
Porto Alegre recebe duas individuais do artista: “Livros”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli / Pinacoteca do Estado, São Paulo; e “Frases sólidas”, no Torreão. A obra O teatro: meio ato integra a Mostra Sesc de Artes “Ares e pensares”, Sesc, São Paulo; enquanto Figura de linguagem está na edição do Projeto Arte/Cidade – Zona Leste – Sesc Belenzinho. São numerosas as exposições das quais toma parte neste ano: “Anda uma coisa no ar” / Atelier Finep 2002, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Tempo”, MoMA, Nova Iorque; “The Cisneros Collection”, MoMA, Nova Iorque / MAM, São Paulo; “Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros”, MAM, Rio de Janeiro; “The independent pot”, Galeria Fortes Villaça, São Paulo / The Liverpool Biennal of Contemporary Art, Liverpool, Inglaterra; “Transit. Latin american art”, University of Essex, Reino Unido; “Geométricos e cinéticos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud; “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Matéria-prima”, Novo Museu, Curitiba; “São ou não são gravuras?”, Museu de Arte de Londrina; Arco / 2002, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri, Espanha; “Fragmentos a seu ímã”, Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília; “Coleção Sattamini: esculturas e objetos”, MAC, Niterói; “Diálogo, antagonismo e replicação na Coleção Sattamini”, MAC, Niterói; “Gravuras: Coleção Paulo Dalacorte”, Museu do Trabalho Porto Alegre / Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, Passo Fundo (RS); “Caminhos do contemporâneo 1952-2002”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Mapa do agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Entre a palavra e a imagem: módulo 1”, Sala MAM-Cittá América, Rio de Janeiro.
2003
Apresenta as individuais “Desenhos”, Artur Fidalgo Escritório de Arte, Rio de Janeiro; e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Integra “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil Brasília; “A autonomia do desenho / desenho anos 70”, MAM, Rio de Janeiro; “Geo-metrias – abstracción geométrica latinoamericana en la Colección Cisneros”, Museu Nacional de Artes Visuales, Montevidéu / Malba Colección Costantini, Buenos Aires; “Breaking the charmed circle, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Layers of brazilian art”, Faulconer Gallery, Iowa City, EUA; Arco / 2003, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri; “Projeto em preto e branco”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “A subversão dos meios”, Itaú Cultural, São Paulo; “Arco 2003”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Arte e sociedade: uma relação polêmica”, Itaú Cultural, São Paulo; “Escultores – esculturas”, Pinakotheke, São Paulo; “O sal da terra”, Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha (ES); “Coletiva 2003”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
2004
Recebe o Grande prêmio da Bienal da Coreia do Sul, com a instalação O ar mais próximo.
Lorenzo Mammi é o autor do texto do catálogo da individual “Esculturas e desenhos”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Instala ao ar livre a escultura Espelhos ausentes em propriedade particular em Itaipava, Rio de Janeiro. As coletivas são: “Latin American and Caribean art”, MoMA at El Museo de Barrio, Nova Iorque; “The L.A. years”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Arte contemporânea: uma história em aberto”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “30 artistas”, Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea brasileira nas coleções do Rio”, MAM, Rio de Janeiro; “Fotografia e escultura no acervo do MAM – 1995 a 2004”, MAM, São Paulo; “Visões espanholas, poéticas brasileiras”, Espaço Cultural da Caixa, Brasília; “Espaço Lúdico – um olhar sobre a infância da arte brasileira”, Centro BNDES, Rio de Janeiro; “A arte da gravura”, Arte Sesc Rio de Janeiro; “Pratos para a arte”, Museu Lasar Segall, São Paulo; “Experiências contemporâneas”, Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro; “Acervo”, Lurixs Galeria, Rio de Janeiro.
2005
Realiza as individuais “The Black series”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; e “Sculptures et dessins”, na Galerie Denise René Rive Gauche, Paris, com o texto “Gardons pour cela notre bonne humeur“ de Guy Brett, no catálogo. Faz o projeto de capa para o livro Duchamp – uma biografia, de Calvin Tomkins (São Paulo: Cosac Naify), incluindo uma edição especial de 400 exemplares.
Participa da V Bienal do Mercosul, Porto Alegre, com sala especial, e, à margem do Guaíba, instala permanentemente a escultura monumental Espelho rápido, com curadoria de Paulo Sergio Duarte. É o responsável pela cenografia da ópera “Erwartung” (A espera) e para o balé Noite transfigurada, ambos de Arnold Schoenberg, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e para o balé Paisagens imaginárias, em homenagem a Isadora Duncan e John Cage, com o grupo Aquarela, Belo Horizonte. Faz ainda oito gravuras como artista convidado do Ateliê de Gravura, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre.
Toma parte das coletivas: “Drawing from the modern 1945-1975”, MoMA, Nova Iorque; “Estrecho dudoso”, Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “Desidentidad”, Institut Valenciá d’Art Modern, Valência, Espanha; “Collection Cisneros”, Museu Nacional de Belas Artes, Santiago do Chile / Museu de Arte Moderna de Bogotá / Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “The hours – visual arts of contemporary Latin America”, Irish Museum of Modern Art, Dublin; “Desenhos: Waltercio Caldas, Cornelius Vôlker, Kyung Jeon”, Theodor Lindner Arte, Rio de Janeiro; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Objetos”, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro; “Múltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “Os primeiros anos da Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Trajetórias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Beyond geometry” LACMA, Los Angeles, e MAC de Miami, EUA.
2006
“Esculturas” é exibida na Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, trazendo texto de José Thomaz Brum no catálogo; e na Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, com o texto “A lucidez e o susto” de Luiz Camillo Osório; o Centro Universitário Maria Antônia, Universidade de São Paulo, abriga a individual “Frases sólidas”. Participa das coletivas: “An atlas of drawings”, MoMA, Nova Iorque; “Teor / ética – arte + pensamiento”, Museo de Arte y Deseño Contemporâneo, San Jose, Costa Rica; “Certain encountres – Daros Latinamerica Collection”, Morris and Helen Belkin Art Gallery, The University of British Columbia, Vancouver; “Acervo”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Diversas constâncias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Gravura em metal – matéria e conceito no Ateliê Iberê Camargo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Sinais na pista”, Museu Imperial, Petrópolis (RJ); “É hoje na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, Santander Cultural, Porto Alegre; “Nmúltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “O livro do artista”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “MAM [na] Oca – arte brasileira do acervo MAM São Paulo”, MAM, São Paulo; “Um século de arte brasileira. Coleção Gilberto Chateaubriand”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Publica o livro “Notas ( ) etc. em edição especial de 400 exemplares realizada pelo Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, com oito gravuras e textos do artista escritos ao longo de mais de 30 anos. Sai o livro Waltercio Caldas: O ateliê transparente de Marília Andrés Ribeiro pela C/Arte (Belo Horizonte).
2007
Três individuais são apresentadas: ”Esculturas e desenhos”, Galeria Elvira González, Madri; “Esculturas e desenhos”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; e “Estados de imagem: livros de Waltercio Caldas”, Museu Victor Meirelles, Curitiba. Participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr. Além disso está nas coletivas: “Desidentidad”, MAM, São Paulo; “Puntos de vista / Daros Latin American Collection”, Bochum Museum, Alemanha; “Arte contemporáneo – donaciones e aquisiciones”, Malba, Fundación Costantini, Buenos Aires; “Anos 70 – arte como questão”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Transparências”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “A gravura brasileira na coleção de Mônica e Jorge Kornis”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Pinta Contemporary Latin American Art Fair, Nova Iorque, artista homenageado; “Autorretrato do Brasil”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Olhar seletivo”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Alumínio digital”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Constructing a poetic universe – The Diane and Bruce Halle Collection”, The Museum of Fine Arts, Houston; “Lines, grides, stains, works”, MoMA, Nova Iorque; “Um século de arte brasileira / Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Salvador; “Antônio Dias, Waltercio Caldas e Tunga”, Galeria de Arte Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2007”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Universidade XV”, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro; Galeria de Arte Almeida Dale, São Paulo.
Publica a segunda edição do Manual da ciência popular e a tradução para o inglês (Manual of the popular science), incluindo obras que faziam parte do projeto da primeira edição; a publicação tem texto de Paulo Venâncio Filho e prefácio do artista (São Paulo: Cosac Naify).
2008
Apresenta as mostras “Horizontes”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, acompanhada do livro Horizontes, com texto de Paulo Venâncio Filho; e “Máis lugares”, Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha. As coletivas são: “Correspondences – contemporary art from the Colección Patrícia Cisneros”, Wheaton, Norton Massachusetts, EUA; Galeria Elvira González, Madri; “Face to face”, The Daros Collection, Zurique; “Lines, grides, stains, works”, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto / Museum Wiesbaden; “Estados de imagem”, Museu Victor Meirelles, Florianópolis; “Sculpture”, Galerie Denise René, Paris; “Geografias (in)visibles – Colección Patrícia Cisneros”, Centro Cultural Eduardo Leon Jimenes, República Dominicana; “Luz, cor e movimento”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Traçados modernos e contemporâneos”, Galeria de Arte Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2008”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Entre o plano e o espaço”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Múltiplos sentidos – Amílcar de Castro e Waltercio Caldas”, Galeria Sílvia Cintra, Rio de Janeiro; “MAM-60”, MAM, São Paulo.
Publica o livro “Waltercio Caldas – máis lugares” (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia), com texto de Luiz Camillo Osório.
2009
Neste ano realiza as individuais “Sculptures”, Galerie Grita Insam, Viena; “Sculptures et dessins”, Galerie Denise René, Paris, e “Salas e abismos”, Museu Vale, Vila Velha (ES), onde reúne, pela primeira vez, nove instalações criadas desde 1983, como A velocidade, incluindo salas inéditas no Brasil, como Meio espelho sustenido (2007) e Orquestra (2008).Participa das coletivas “Weltanschauung – visione del mondo”, Art Fórum Wurth Capena, Roma; “Happy yellow”, Galerie Denise René, Paris; “Dentro do traço, mesmo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Matisse hoje / aujourd’hui”, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Obranome II, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “Olhar da crítica (arte premiada da ABCA e o acervo artístico dos palácios)”, Palácio dos Bandeirantes, São Paulo; “Coletiva 2009”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Livrobjeto”, A c /Arte Galeria, Belo Horizonte; “After utopia”, Centro per l’arte contemporânea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Bijoux d’artistes”, Musée Du Temps, Bensançon, França.
Publica os livros Salas e abismos, onde estão todas as instalações criadas pelo artista até essa data, textos de Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte e Sônia Salzstein (São Paulo: Cosac Naify); As esculturas ao aire libre de Waltercio Caldas, apresentando os projetos e todas as esculturas instaladas ao ar livre até 2008, com textos de Manuel Oliveira, Sônia Salzstein e Roberta Calabria (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia).
2010
A exposição “Salas e abismos”, no MAM, Rio de Janeiro, é ampliada com a montagem de outras três salas: O jogo do romance II (1978), Escultura para todos os materiais não transparentes (1985) e Quarto amarelo (1999).
Além dessa, faz ainda outras individuais: “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Paisagens, etc.”, Palacete das Artes, Museu Rodin, Salvador; e “Esculturas e desenhos”, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, com o texto “Ajustou a frequência para o desvio”, de João Bandeira, no catálogo. Integra as seguintes coletivas 6a Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre; “Das Verlangen nach Form”, Akademie der Künste, Berlin; “After utopia – a view on brazilian contemporary art”, Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Os 70’s”, Galeria Progetti, Rio de Janeiro; “Transição / from now on... ”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Ponto de equilíbrio”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “À sombra do futuro”, Instituto Cervantes, São Paulo; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Coletiva 10”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “O olhar do colecionador, Coleção Tuiuiu”, Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo; “Recortes de uma coleção – Bruno Musatti”, Galeria Ricardo Camargo, São Paulo; “Body guard – une collection privée de bijoux d’artistes”, Passage de Retz, Paris.
2011
Duas individuais são apresentadas: “Nuevos objetos”, na Galeria Elvira González, Madri; e “A série Negra”, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, com o texto “Notas refletidas”, de Guy Brett, no catálogo.
Realiza a intervenção urbana Eixo Monumental como parte do projeto Aberto Brasília. Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e das coletivas “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça; “Zona letal, espaço vital / Obras da Caixa Geral de Depósitos”, Museu de Arte Contemporânea de Elvas / Museu Municipal de Tavina /M/I/MO – Museu da Imagem em Movimento, Leiria, Portugal; “Art in Brazil 1950-2011”, Palais de Beaux Arts, Bruxelas; “A rua”, Museum Van Hedendaagse Kunst, Antuérpia; “Aberto Brasília / Intervenções Urbanas”, Ministério da Cultura, Brasília; “Underwood”, Galerie 1900-2000, Paris.
Recebe o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, na categoria Artes Visuais, pela relevância do seu trabalho para a cultura do Estado. Publica o livro Outra fábula, que integra a edição especial de 200 exemplares do livro Salas e abismos (São Paulo: Cosac Naify).
2012
Além de “Múltiplos e gravuras”, na Galeria Múltiplo Espaço Arte, Rio de Janeiro, apresenta “Cromática”, sua individual mais recente, inaugurada em 15 de agosto na Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, que aborda a eloquência da cor nos volumes da escultura e nos espaços da arquitetura. Está na coletiva “Notations – The Cage effect today”, Hunter College, Times Square Gallery, Nova Iorque.
Publica o ensaio gráfico “Ficção nas coisas” no décimo número da revista Serrote; e o livro Cronometrias. (Rio de Janeiro: Lithos), com gravuras e textos do artista.
Fonte: Site oficial Waltércio Caldas, consultado pela última vez em 31 de outubro de 2020. Cronologia organizada por Paloma Carvalho Santos e Rosalina Gouveia. Texto retirado do livro: Waltercio Caldas - O ar mais próximo, desenvolvido em ocasião da exposição organizada pela Fundação Iberê Camargo e Blanton Museum of art.
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Biografia - Wikipédia
Estudou pintura com Ivan Serpa (1923 - 1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro é co-editor da revista Malasartes integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a s4a produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA, por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza em 1997, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Em 2007 participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr.
Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, em 2011, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e da coletiva “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça.
Fonte: Wikipédia, consultada pela última vez em 31 de outubro de 2020.
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Waltercio Caldas, o ar mais próximo E outras matérias
Programa Educativo, Fundação Iberê Camargo
A Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e o Blanton Museum of Art / University of Texas, Austin, estão juntando forças para organizar o primeiro ensaio abrangente da carreira de um dos artistas contemporâneos mais importantes do Brasil: Waltercio Caldas. Esta exposição explora a obra completa do artista, dos anos de 1960 até hoje, e investiga a centralidade de Caldas na arte brasileira, seu papel no cenário internacional e sua posição única sobre a arte e seu etos. A mostra — inaugurada em Porto Alegre, em setembro de 2012, segue para São Paulo em fevereiro de 2013 e, mais tarde, em outubro, para Austin — revela inteiramente o trabalho de um artista que dá forma ao espaço intangível através de uma linguagem visual única.
Ao trabalhar em uma série de meios, Waltercio examina as qualidades físicas de objetos e espaços, desafiando os pressupostos que os observadores trazem para o ato de observação. Ele define sua prática como o ato de esculpir a distância entre objetos, invertendo a definição convencional de escultura como um volume autocontido e denso. Acima de tudo, a simplicidade e a precisão formal definem sua arte, qualidades que expressam sua meta de produzir o que ele descreve como “trabalho maximamente presente através de mínima ação”. Sua instalação O ar mais próximo (1991), na qual extensões suspensas de fios vermelhos e azuis radicalmente transformam o espaço vazio, reúne essas preocupações e exemplifica a sua predileção por títulos poéticos e ambíguos. Outra marca da sua prática é a produção de livros de artista, uma obra que ilustra o uso divertido que o artista faz da palavra escrita e seu interesse em história da arte, filosofia e sistemas de conhecimento.
Waltercio Caldas considera a história da arte um de seus materiais de trabalho e de forma bem particular utiliza uma ampla gama de referências brasileiras e internacionais. Ele combina a sensibilidade formal aguda de Constantin Brancusi com o questionamento conceitual de Marcel Duchamp dos limites da arte. A exposição “O ar mais próximo e outras matérias (1968-2012)” apresenta um artista cujo trabalho amplia o escopo do discurso histórico da arte tradicional, ao desafiar ativamente os observadores a questionarem suas percepções de espaço e noções de realidade.
Biografia
Waltercio Caldas nasce em 1946, no Rio de Janeiro, cidade onde vive e trabalha atu - almente. Seus estudos no campo artístico tiveram início na década de 1960, quando estudou com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). As constantes visitas a exposições, galerias e a biblioteca do MAM são fundamentais nesse período de formação. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e programador visual. Nos anos seguintes, leciona artes e percepção visual no Instituto Villa-Lobos. Ainda nesse período, Waltercio, ao lado de outros artistas e críticos, atua como editor da revista Malasartes, que tratava sobre a “política das artes”, como declarava seu primeiro editorial, ao trazer discussões acerca do cenário contemporâneo brasileiro. A partir de 1973, o artista começa a expor suas obras. Desde então, Waltercio realizou mostras individuais no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; na Kanaal Foun - dation, Bélgica; no Stedelijk Museum, em Amsterdã; e na Christopher Grimes Gallery, em Santa Mônica, entre outros espaços. Participou também da Bienal de Veneza de 1997, assim como de múltiplas Bienais do Mercosul e de São Paulo.Seu trabalho faz parte das coleções do Museum of Modern Art, Nova York; Blanton Museum of Art, University of Texas, Austin; National Gallery of Art, Washington, D.C.; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Colección Patricia Phelps de Cisneros, Venezuela/Nova York; e Bruce and Diane Halle Collection, Scottsdale. Em 2007, após receber convite para participar da 52ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, o artista cria especialmente para essa edição da mostra a obra Meio Espe - lho Sustenido. Suas exposições individuais mais recentes foram realizadas no Museu Vale, em Vila Velha (ES), no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, no CEUMA, e no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em Brasília, em uma importante retrospectiva de seu trabalho. Waltercio é também autor de livros como Manual da Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996) e cenários para peças de teatro e dança
Fonte: IberêCamargo.org, por Camila Monteiro Schenkel e Cristina Yuko Arikawa (Concepção) e André Fagundes, Camila Schenkel, Cristina Arikawa, Fabrício Teixeira, Lívia dos Santos, Romualdo Correa (Textos).
Crédito fotográfico: ABACT, por Pedro Ivo - Trasferetti, Fundação Bienal de São Paulo.
Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro, RJ, 6 de novembro de 1946), mais conhecido como Waltercio Caldas, é um escultor, desenhista, gravador, artista gráfico, cenógrafo e figurinistra brasileiro, tendo grande destaque na arte contemporânea nacional e internacional.
Biografia - Itaú Cultural
Estuda pintura com Ivan Serpa (1923-1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; é co-editor da revista Malasartes; integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ; participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a sua produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Comentário Crítico
No início dos anos 1960, Waltércio Caldas se interessa pela arte e passa a freqüentar exposições no Rio de Janeiro. Estuda com Ivan Serpa (1923-1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), a partir de 1964. O dia-a-dia das aulas e as visitas ao acervo do museu o aproximam da produção moderna e contemporânea. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e diagramador da Eletrobrás e participa de sua primeira exposição coletiva profissional, na Galeria Gead. Na época desenha e faz maquetes de projetos arquitetônicos improváveis.
Em 1969, realiza os Condutores de Percepção, trabalho que é chave em sua carreira. Com ele, inicia uma série de obras feitas a partir da inserção de objetos rotineiros em estojos bem-cuidados com uma plaqueta onde se lê o nome do trabalho, elemento definidor da obra. Esses trabalhos são montados na sua primeira individual, no MAM/RJ, em 1973, com ótima repercussão. Segundo o crítico de arte Ronaldo Brito, as obras expostas são "muito menos objeto de contemplação do que uma forma ativa de veicular um pensamento, de produzir uma crise nos hábitos mentais do espectador".
Em 1975, faz a individual A Natureza dos Jogos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Traz 100 obras, entre desenhos, objetos e fotografias. Três anos mais tarde, realiza esculturas, como Convite ao Raciocínio e Objeto de Aço. Nessa época, cria obras que comentam trabalhos de nomes consagrados da história da arte. Realiza a Experiência Mondrian e Talco sobre Livro Ilustrado de Henri Matisse. Este último trabalho dá inicio a outras obras feitas com base em livros, como Aparelhos (1979), Manual de Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996).
A partir da década de 1980, o artista cria maior número de instalações. Em 1980, realiza Ping Pong, e 0 É Um. Três anos depois expõe A Velocidade, na 17ª Bienal Internacional de São Paulo. Ao mesmo tempo trabalha em uma série de esculturas. E se dedica, basicamente, a essa modalidade na segunda metade da década. Faz vídeos, desenhos e intervenções quase invisíveis no espaço; mas sua atividade primordial é a escultura.
Em 1989, instala a sua primeira escultura pública: O Jardim Instantâneo no Parque do Carmo, em São Paulo e cinco anos depois produz outra peça em espaço aberto: Omkring, na Noruega. Em 1996, realiza o monumento Escultura para o Rio, no centro do Rio de Janeiro, onde se evidencia uma síntese de seu trabalho: a sutileza conceitual que sempre o caracterizou, aliada a uma capacidade de mobilização de espaço público.
Críticas
"O trabalho está preso aos limites da arte, a sua exigência é de ali situar-se em extremos. Mais do que a consciência, o trabalho tem a obsessão dos limites. Respira essa tensão e extrai força dessa ambigüidade. O que é arte e o que não é, quando é e quando deixa de ser, como pode sê-lo e como pode não sê-lo, essas são as suas questões. Mas ele não as coloca diretamente porque isso equivaleria a negá-las, escapar de sua pressão contínua, definir-se como consciência que interroga e responde. O trabalho vibra nessas questões, estas são o seu meio ambiente: só ali produz sentido, organiza e agita sentidos. O seu espaço é portanto a iminência do vazio, os limites, o que está entre as linhas que existem enquanto processo de demarcação de regiões diferentes. É sobre essas linhas que atua, captando a tensão circundante. E o trabalho não é senão essas linhas. Digamos que seja uma espécie de dispositivo perverso. O seu olho, o seu cálculo consistiria precisamente em detectar os graus de ambigüidade e inadequação do objeto de arte, mas, do conceito de arte, ainda mais da instituição arte. Tudo isso, é claro, sendo um trabalho de arte. Pode-se imaginá-los em ação: meio soturnamente tirando prazer da desmontagem dos mecanismos que transformam a obra de arte numa aparente totalidade, perfeita em seu círculo, dominando coerentemente a sua circulação. Nesse processo sádico (que seria também um masoquismo) conta sobretudo o poder de desarticular, embaralhar, as várias instâncias que de modo implícito compõem a obra de arte e mascaram a sua constituição problemática. Trata-se, obviamente, de uma operação analítica: desconstrução do solo e das paredes da arte (objeto, conceito, circuito). O prazer do trabalho, o seu thrill, só aparece quando a arte fica em estado de suspensão, quando a arte é posta entre parênteses".
Ronaldo Brito
"A ciência acústica conhece um fenômeno chamado som de combinação, ou terceiro som. Se duas notas de alturas diferentes, mas relativamente próximas, são tocadas simultaneamente, suas freqüências entram em choque e produzem uma terceira nota claramente audível, equivalente à diferença entre elas. Embora tenha sido descoberto no século XVIII, até hoje não se sabe se o terceiro som é uma realidade física ou uma reação neurológica. Por analogia, poderíamos pensar nos trabalhos de Waltercio Caldas como objetos de combinação, ou terceiros objetos. Neles, há grande proximidade e, portanto, choque entre o projeto da obra e sua presença física. O projeto não parece ser anterior ao objeto, não poderia ser destacado dele como uma idéia ou um método construtivo, no entanto, o objeto é tão mediado, tão milimetricamente calculado, que remete necessariamente a um projeto. Os volumes das esculturas de Waltercio são incorpóreos, mentais e, todavia, não conseguimos definir com clareza sua geometria, não poderíamos duplicá-los ou utilizá-los como módulos. As coisas aludem ao espaço, mas não o desenham. Interrogados, seríamos obrigados a responder tautologicamente: 'Este espaço aqui, que estas coisas sugerem". Idéia e corpo não ocupam, assim, dois lugares separados, um no pensamento, outro no espaço eles superpõem-se, parecem gerar um ao outro simultaneamente. Como duas oscilações próximas, mas diferentes, que entram em fase, pensamentos e matéria criam assim uma perturbação, uma vibração secundária, que não pode ser reconduzida a nem uma nem outra freqüência principal, embora seja, com toda evidência, um reflexo delas. A substância do trabalho de Waltercio está justamente nessa vibração, algo que não é corpo nem idéia, algo que não enxergamos na obra, mas que podemos intuir por meio de ou graças a ela. Onde está a obra, nesse caso? Não apostaríamos em sua realidade física, tampouco em seu caráter de mera ilusão dos sentidos".
Lorenzo Mammì
"Suas esculturas em madeira, vidro, álcool e metal atestam o rigor formal sempre presente em sua produção e, ao mesmo tempo, a mordacidade com que quase sempre se posicionou em relação à arte e seu circuito. Observando suas obras, o visitante perceberá que Caldas atualmente mergulha na subversão de certos pressupostos da tradição construtiva. Suas esculturas interrogam os rigores da geometria aplicados à escultura, criticam a participação física do público na apreciação da obra (as peças em vidro, se tocadas, podem simplesmente espatifar) e, quando se aproximam do design - uma das utopias construtivas -, desestruturam seu conceito de funcionalidade. Caldas descarrega sobre a tradição construtiva uma ironia e uma consciência crítica que há anos não se via com tanta intensidade. A razão para essa lacuna agora recuperada talvez esteja na própria trajetória do artista. Em 1979, sua produção ganhou notoriedade com a publicação do livro Aparelhos. Ali, o crítico Ronaldo Brito, analisando a obra do artista, pontua uma possibilidade outra de fazer arte contemporânea no Brasil, aparentemente muito distante daquela pregada pela nova objetividade brasileira, tendência onde pontificara Hélio Oiticica nos anos 60/70. Metaforicamente, o livro anunciava a morte de Oiticica no ano seguinte e, com ela, o esfacelamento daquela arte de fundamentação romântica, ingenuamente em busca do rompimento das barreiras entre arte e vida, artista e espectador. A produção de Caldas na época - objetos de derivação dadaísta e surrealista, filtrados pela arte conceitual - tripudiava sobre esse romantismo libertário. Caldas nos anos 80 passará por uma inversão circunstancial, parece: de artista muito preocupado com o discurso sobre arte, ele tentará converter-se em escultor, sondando e aprofundando a cada obra o discurso da escultura moderna. É o momento em que sua produção tende a perder a corrosão crítica e aproximar-se de um formalismo sem saída".
Tadeu Chiarelli
"O movimento da obra de Waltercio na esfera da história da arte brasileira pós-construtiva, incorporando a contribuição neoconcreta e rediscutindo seus axiomas e postulados através de um diálogo conceitual, já é uma das faces reconhecidas por todos que acompanham o desenvolvimento desse trabalho há mais de duas décadas. Além da interrogação cognitiva do conceito, o conhecimento desse trabalho traz uma dimensão existencial. No projeto de expandir o campo do olhar explorando uma inteligência puramente óptica - a arte de Waltercio raramente traz qualquer retórica embutida - existe sempre um resíduo cético, em que a interrogação se apresenta com uma novidade: a dúvida feliz. Pervertendo a lógica positiva que sustenta a racionalidade mundana e seu elogio mesquinho do que se convencionou chamar de ´resultados´, esses exercícios insistem em contrariar o senso comum. Negando o culto da imagem e a falsa generosidade desse universo farto de figuras e pobre em raciocínio, as esculturas de Waltercio trazem na sua ascese uma sutil dose de humor da qual deriva o prazer. Essa dimensão existencial se realiza num processo em cadeia, em sucessivos enigmas para a retina, na promessa de que, se não cessarmos de usar a inteligência, é possível conviver com o real, apesar de sua brutalidade e aparência absurda".
Paulo Sérgio Duarte
Video Enciclopédia Itaú Cultural
Em anexo acima
Esculturas, objetos, instalações e desenhos transcendem o espaço no imaginário do multiartista Waltercio Caldas, cuja atuação nas artes tem início nos anos 1960. O artista imprime sua marca definitiva no cenário na década seguinte, ao criar os icônicos objetos-caixa, espécie de maletas que recebem o Prêmio Anual de Viagem, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), em 1973. Na década de 1980, suas obras ganham o espaço público. No Instituto Inhotim, em Minas Gerais, por exemplo, está Escultura para Todos os Materiais não Transparentes (1985), feita de mármore e madeira. Além desses materiais, Caldas costuma utilizar aço inoxidável, acrílico, fios de algodão e o que for necessário e fizer sentido em cada um de seus trabalhos. “O principal elemento da arte é a liberdade”, diz ele. “Por isso, uso materiais variados. A arte seria uma espécie de abismo para frente, para o qual você é atraído”, compara.
Produção: Documenta Vídeo Brasil; Captação, edição e legendagem: Sacisamba; Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada); Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
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Cronologia - Site oficial
1946
Nasce no Rio de Janeiro
1960
Faz os primeiros desenhos, aquarelas, guaches e pequenos objetos.
1964
É aluno de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna – MAM, Rio de Janeiro.
1965
Seu primeiro trabalho gráfico é a capa do livro A Amazônia e a cobiça internacional, de Arthur Cezar Ferreira Reis (Rio de Janeiro: Edinova).
1967
Atua como desenhista técnico e programador visual da Eletrobrás.
Na sua primeira exposição coletiva, na galeria Gead, Rio de Janeiro, recebe o prêmio da categoria desenho. Produz as primeiras maquetes em papel cartão.
1969
Realiza Condutores de percepção, um objeto que se tornaria um paradigma em sua obra.
1970
Cria sua primeira cenografia para a peça A lição, de Eugène Ionesco, dirigida por Ronaldo Tapajós, Conservatório Nacional do Teatro do Rio de Janeiro.
1971
No Salão de Verão, no MAM, Rio de Janeiro, expõe três objetos-caixas, que são adquiridos pelo colecionador Gilberto Chateaubriand.
1971 / 1972
Leciona Arte e Percepção Visual no Instituto Villa-Lobos, a convite do diretor do Instituto, o músico Reginaldo de Carvalho.
1972
Participa do III Salão de Verão e do evento coletivo “Ex-posição”, ambos no MAM, Rio de Janeiro, e ainda de coletiva na Galeria Veste Sagrada, Rio de Janeiro.
1973
Na primeira individual – “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, com 21 desenhos e 13 objetos –, ganha da Associação Brasileira de Críticos de Arte, juntamente com Alfredo Volpi, o Prêmio Anual de Viagem / Melhor Exposição. Sai publicado no jornal Opinião o primeiro texto crítico de Ronaldo Brito, e depois outras críticas, como as de Walmir Alaya, Roberto Pontual e Frederico Morais, surgem na imprensa.
No Rio de Janeiro suas obras estão nas coletivas “Indagações sobre a natureza, significado e função da obra de arte”, com curadoria de Fernando Morais, na galeria do Instituto Brasil – Estados Unidos / Ibeu; “Vanguarda internacional – Coleção Thomas Cohn”, Ibeu, Rio de Janeiro; e “O rosto e a obra”, Galeria Grupo B.
1974
Apresenta trabalhos na mostra individual “Narrativas”, Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt, Rio de Janeiro; e nas coletivas “Desenho brasileiro 74”, IX Salão de Arte Contemporânea do Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Desenhistas brasileiros”, Galeria Maison de France, Rio de Janeiro; “Arte gráfico brasileño de hoy”, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; Galeria Intercontinental, Rio de Janeiro; “Alguns aspectos do desenho brasileiro”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Grabadores y dibujantes brasileños”, Museo de Arte Contemporáneo de Madrid.
1975
A convite do diretor do Museu de Arte de São Paulo – Masp, Pietro Maria Bardi, faz a individual “A natureza dos jogos”, abrangendo o período de 1969 a 1975. O catálogo da exposição traz o texto “O espelho crítico” de Ronaldo Brito. Além da mostra, também individual, “Esculturas e desenhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, integra “Panorama do desenho brasileiro”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Novas aquisições”, MAM, Rio de Janeiro; “(Arte)”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Arte gráfico brasileño de hoy”, promovida pelo Itamaraty, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; “Art graphique brésilien”, Musée Galliéra, Paris, quando os desenhos do artista expostos são adquiridos pelo Itamaraty.
1975 / 1976
Coeditor de Malasartes, revista de arte e política cultural, importante na difusão das manifestações artísticas da época.
1976
Na individual “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, mostra pela primeira vez os objetos Circunferência com espelho a 30o, Dado no gelo e Pontos. Toma parte em “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM, Salvador; “Raízes e atualidade / Coleção Gilberto Chateaubriand.”, Palácio das Artes, Belo Horizonte.
Publica, juntamente com Carlos Zílio, José Resende e Ronaldo Brito, o artigo “O boom, o pós-boom, o disboom”, no jornal Opinião.
É membro da Comissão de Planejamento Cultural do Museu de Arte Moderna – MAM,Rio de Janeiro, que discute o destino da sala experimental do museu.
1977
Renuncia à indicação para a Bienal de Veneza, por questão político-cultural. Realiza os primeiros trabalhos com cédulas de dinheiro, como Notas para ambiente e Dinheiro para treinamento. Além de “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, no Casarão de João Alfredo, Recife, integra uma coletiva na Fundação Cultural do Distrito Federal.
1978
Produz Talco sobre livro ilustrado de Henri Matisse, Convite ao raciocínio, Aparelho de arte, Prato comum com elásticos, Tubo de ferro / Copo de leite e A experiência Mondrian.
1979
A individual “Aparelhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, tem em seu catálogo o texto “Olho de vidro” de Paulo Venâncio Filho. Publica pela GBM Aparelhos (Rio de Janeiro), o primeiro livro sobre o conjunto de sua obra, com trabalhos realizados entre 1967 e 1978, ensaio de Ronaldo Brito e programação visual do artista e de Paulo Venâncio Filho.
1980
Apresenta a individual “Ping-ping – a construção do abismo”, na Galeria Saramenha, Rio de Janeiro; e a instalação 0 é um, projeto Espaço ABC / Funarte, Parque da Catacumba, Rio de Janeiro. Coedita – com Cildo Meireles, José Resende, João Moura Júnior, Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte, Ronaldo Brito, Rodrigo Naves e Tunga – o número único do jornal A Parte do Fogo.
1981
Realiza, com o músico Sérgio Araújo, um disco com os trabalhos A entrada da Gruta de Maquiné (Waltercio Caldas) e Três músicas (Sérgio Araújo).
“Arte e pesquisa” no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC / USP e Fundação Bienal de São Paulo; “Artistas brasileiros contemporâneos”, Galeria São Paulo; “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro, estão entre as coletivas de sua carreira.
1982
“O livro mais rápido” é apresentado em individual e lançado no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Ao ministrar palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresenta, na sala, a intervenção, que constituiu a obra A superfície algébrica.
Participa da coletiva “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realiza a primeira escultura pública – The blind shape (Formato cego) – no Paseo de las Américas, Punta del Este, Uruguai, por ocasião do Encuentro Internacional de Escultura al Aire Libre, a convite de Angel Kalemberg. Publica o Manual da Ciência Popular, para o qual escreve o prefácio e com texto de Paulo Venâncio Filho (Coleção ABC / Funarte).
1983
Exibe a instalação A velocidade, em sala especial da XVII Bienal Internacional de São Paulo. Faz colaborações gráficas especiais para o caderno Folhetim, da Folha de S. Paulo.
Além da individual “Algodão negativo”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, mostra seus trabalhos nas coletivas “Imaginar o presente”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “3.000m3”, Galpão Rioarte, Rio de Janeiro; e no MAM, Rio de Janeiro.
1984
A Galeria GB Arte, no Rio de Janeiro, recebe a individual “Esculturas”. Participa da I Bienal de Havana, Cuba, e das coletivas: “Abstract attitudes”, Center for Inter-American Relations, Nova Iorque e no Museum of Art, Rhode Island School of Design, Providence, com curadoria de John Stringer; “Tradição e ruptura”, Masp; “Arte brasileira atual: 1984”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Coleção Gilberto Chateaubriand – retrato e autorretrato da arte brasileira”, MAM, São Paulo; e Salão de vidro”, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
1984 / 1985
Mora em Nova Iorque durante um ano.
Elabora a obra Escultura para todos os materiais não transparentes e apresenta-se na coletiva “Panorama de arte atual brasileira – Formas tridimensionais”, MAM, São Paulo.
1986
Expõe em individuais obras da série Escultura para todos os materiais não transparentes no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e na Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro; e em várias coletivas, como: “A nova dimensão do objeto”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “Arte contemporânea brasileira / Coleção Deninson”, Masp, São Paulo; “Coleção Knijnik”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Arte contemporânea brasileira – tendências”, Galeria Montesanti, Rio de Janeiro; Petite Galerie, Rio de Janeiro; “12 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo. Recebe o prêmio de melhor vídeo e direção do Festival de Cinema e Vídeo do Maranhão, Embrafilme, e prêmio especial do Júri, Jornada de Cinema da Bahia, para o vídeo Apaga-te Sésamo, sobre a sua obra (direção e fotografia de Miguel do Rio Branco; produção Studio Line / Rio Arte).
1987
Participa, simultaneamente, de dois segmentos da XIX Bienal Internacional de São Paulo: “Imaginários singulares”, com curadoria de Sônia Salzstein e Ivo Mesquita, onde expõe quinze esculturas de 1969 a 1987, e “Elementos de redução na arte brasileira”, com curadoria de Gabriela S. Wilder; além das coletivas: “Modernidade – art brésilien du 20ème siècle”, Musée dArt Moderne de la Ville de Paris / MAM, São Paulo; “Works on paper”, GDS Gallery, Nova Iorque; “Arte e palavra”, Fórum de Ciência e Cultura, Universidade Federal do Rio de Janeiro; “Ao colecionador”, MAM, Rio de Janeiro; “A ousadia da forma”, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro; “Palavra imágica”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
1988
O Rio Janeiro recebe duas exposições individuais: “Ciclo de Esculturas”, na Galeria Sérgio Milliet / Funarte, catálogo com o texto “Olhar o mar” de Sônia Salzstein; e “Quatro esculturas curvas”, na Galeria Paulo Klabin. Integra as coletivas: “Arte hoje 88”, XIII Salão de Ribeirão Preto; “Papel no espaço”, Galeria Aktuell, Rio de Janeiro; “Expressão e conceito anos 70”, Galeria Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro; “Modernidade – arte brasileira do século XX”, Masp, São Paulo.
1989
A individual “Esculturas”, na Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, tem catálogo com o texto “Calor branco” de Sônia Salzstein. Software, escultura luminosa, é instalada temporariamente no Vale do Anhangabaú e, em caráter permanente, a obra pública O Jardim instantâneo, no Parque do Carmo, São Paulo, comemorativa do Bicentenário da Declaração dos Direitos Humanos, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, ambas em São Paulo.
Participa do evento especial “Arte em jornal”, na XX Bienal Internacional de São Paulo, promovido a partir de intervenções de artistas no espaço gráfico do Jornal da Tarde, de São Paulo. Realiza o vídeo Software, uma escultura (direção de Ronaldo Tapajós / coprodução: Jornal da Tarde e Q. Produções); e ainda das coletivas “Rio hoje”, comemorativa da reabertura do MAM, Rio de Janeiro; “10 escultores”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Nossos anos oitenta”, Galeria GB Arte / Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro; “Caminhos”, Rio Design Center, Rio de Janeiro; “Desenho, uma geração”, Galeria Graffiti, Bauru (SP); II Arte Inverno, Automóvel Clube de Bauru. Faz o ensaio gráfico exclusivo “É=” para a revista Guia das Artes.
1990
Apresenta a individual de desenhos “Tekeningen”, na Pulitzer Art Gallery, Amsterdã, e “Desenhos”, na Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, com o texto “Desenhos líquidos”, de Paulo Sergio Duarte, em seu catálogo. Neste mesmo ano está nas coletivas: “Transcontinental”, Ikon Gallery, Birmighan, e Cornerhouse Gallery, Manchester (curadoria de Guy Brett); Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Museu de Arte de Brasília, com prêmio de aquisição da peça Einstein (1987); “Panorama de arte atual brasileira / 90 – papel”, MAM, São Paulo; “Cor na arte brasileira”, Paço das Artes, São Paulo; “Art Los Angeles 1990”, Los Angeles; “Arte brasileira contemporânea”, Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
1991
Exibe esculturas e desenhos na individual “Sculpturen en Tekeningen”, Kanaal Art Foundation, Kortrijk, Bélgica, cujo catálogo tem o texto “Clear bias” de Ronaldo Brito.
Em outra individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, além de desenhos estão esculturas da série Próximos. Suas obras são mostradas em várias coletivas: “Imagem sobre imagem”, Espaço Cultural Sérgio Porto / Rioarte, Rio de Janeiro; II Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, Fortaleza; Festival de Inverno, Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte; “Il Sud del mondo – l’autra arte contemporanea”, Galeria Cívica d’Arte Contemporânea F. Pizzo, Comune de Marsala, Itália; “O clássico no contemporâneo”, Paço das Artes, São Paulo.
1992
A instalação Raum für nächsten Augenblick, criada especificamente para a Documenta de Kassel deste ano, passa a ser exibida em caráter permanente na Neue Galerie, Staatliche Museen, Kassel.
Além da individual “Sculpturen em Tekeningen”, no Stedeljk Musée Schiedam, Holanda, suas obras são apresentadas nas coletivas: “Amerika”, Koninklijk Museum Voor Schone Kunsten, Antuérpia, Bélgica; “Amériques Latines – art contemporain”, Musée National d’Art Moderne Centre Georges Pompidou e Fondation Nationale des Arts, Hôtel des Arts, Paris; “Coleção Gilberto Chateaubriand 60-70”, Galeria de Arte do Sesi, São Paulo; “Artistas na Documenta”, Museu de Arte de São Paulo; “Brazilian contemporary art”, Galeria Ibac, Rio de Janeiro; “Quatro artistas na Documenta”, Museu da República, Rio de Janeiro; “Exposição internacional de gravuras”, Curitiba; “Coca-Cola 50 anos com arte”, Rio de Janeiro.
1992 / 1993
Participa de “Klima global – arte Amazonas”, evento paralelo à ECO 92, no MAM, Rio de Janeiro e no Museu de Arte de Brasília, 1992; além de coletiva no Staatliche Kunsthalle Berlim, 1993.
1993
A individual “O ar mais próximo” inaugura a sala Século XXI do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e recebe o Prêmio Mário Pedrosa de melhor exposição do ano no país, conferido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte. É um ano em que está presente em muitas mostras coletivas: “Two works”, com o artista José Resende, John Gibson Gallery, Nova Iorque; “Out of place”, Vancouver Art Gallery, Canadá; “Brasil: segni d’arte – libri e video, 1950-1993”, Veneza, Milão, Florença e Roma; “Latin american artists of the twentieth century”, MoMA, Nova Iorque; “Lateinamerikanische Kunst im 20. Jahrhundert”, Joseph Hanbrich Kunstalle, Colônia, Alemanha; “Emblemas do corpo”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil 100 anos de arte moderna”, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Um olhar sobre Joseph Beuys”, Museu de Arte de Brasília; “Arte erótica”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravuras”, Espaço Namour, São Paulo; “Poética”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “O desenho moderno no Brasil / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Galeria do Sesi, São Paulo. “L’ordre des choses”, Centre d’Art Contemporain, Domaine de Kerguéhennec, França; “A presença do ready-made, 80 anos”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “O corpo e a obra”, Museu de Arte Contemporânea, Edel Trade Center, Porto Alegre.
1994
Instala a escultura Omkring, na cidade de Leirfjord, Noruega, como parte do projeto Skulptulandskap Nordland, em que artistas de diversos países são convidados a instalar esculturas em caráter permanente em espaços públicos de cidades norueguesas, sob a curadoria de Maareta Jaukkuri.
O crítico Paulo Sergio Duarte é o autor do texto “Interrogações construtivas” do catálogo da individual de esculturas no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
É convidado para a segunda edição do Projeto Arte / Cidade – “A cidade e seus fluxos” com a obra A matéria tem dois corações, instalada no edifício Guanabara, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Integra as exposições “Mapping”, MoMA, Nova Iorque (um dos três desenhos de 1972 expostos é adquirido para o acervo do museu); “Precisão”, junto com Amílcar de Castro e Eduardo Sued e com curadoria de Irma Arestizábal, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil, século XX”, Fundação Bienal de São Paulo; “Global climate”, Ludwig Forum für Intern. Kunst, Aachen, Alemanha; “A arte com a palavra”, MAM, Rio de Janeiro; “Weltanschaung”, Goethe Institute, Turim, Itália; “Livro-objeto.
A fronteira dos vazios”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Entretexto”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Trincheiras”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravura brasileira”, Galeria GB Arte, Rio de Janeiro; “A espessura do signo”, Karmeliter Kloster, Frankfurt, Alemanha; “Livro de artista – o livro-objeto”, Centro de Artes Visuais Raimundo Cela, Fortaleza.
1995
Realiza individuais no Centre d’Art Contemporain, Genebra, Suíça e na galeria Joel Edelstein Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de Lorenzo Mammi.
Suas obras estão nas coletivas: “Art from Brazil in New York”, no MoMA, que no ano seguinte adquire a obra Espelho com luz; “Drawing on chance”, MoMA, Nova Iorque; “Uma poética da reflexão”, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro; “Entre o desenho e a escultura”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Art from Brazil in New York”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Desafios contemporâneos”, Galeria PA Objetos de Arte, Rio de Janeiro; “Dinheiro, diversão e arte – o dinheiro através das artes brasileiras”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; XI Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba; “Livro-objeto. A fronteira dos vazios”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “20 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo.
1996
“Realiza o vídeo Um rio (direção: Waltercio Caldas / realização: Carlos Miziara / produção: Finep) especialmente para a exposição “Anotações: 1969-996” (Projeto Finep / Atelier Contemporâneo), Paço Imperial, Rio de Janeiro. Outra individual, “A estória da pedra”, no Museu Chácara do Céu, Rio de Janeiro, acompanha o lançamento de uma gravura do artista no programa de edições gráficas da instituição.
Publica o livro-obra O livro Velázquez (São Paulo: Anônima), lançado na feira Arco em Madri neste ano. Participa com uma sala de esculturas da XXIII Bienal Internacional de São Paulo, como único artista representante do Brasil. Instala em caráter permanente a obra Escultura para o Rio, na Av. Beira Mar, como parte do projeto Esculturas Urbanas da Secretaria Municipal de Cultura. Desenvolve, a convite da família do compositor, o projeto de escultura pública “Homenagem a Antonio Carlos Jobim” para ser instalada na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro.
Apresenta seus trabalhos nas coletivas: “Arte e espaço urbano – quinze propostas”, Palácio do Itamaraty, Fundação Athos Bulcão, Brasília; “Sin fronteras”, Museo Alejandro Otero, Caracas; “Mensa mensae”, Galerias da Funarte, Rio de Janeiro; “Anos 70: fotolinguagem”, Escola de Artes Visuais, Parque Lage, Rio de Janeiro; “Esculturas urbanas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “4 artistas”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Pequenas mãos”, Paço Imperial, Rio de Janeiro, e Centro Cultural Alumni, São Paulo; “Interiores”, MAM, Rio de Janeiro; “Petite Galerie 1954-1988. Uma visão da arte brasileira”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “70 anos de arte em Santa Teresa”, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
1997
Apresenta as individuais: “New sculptures”, Quintana Gallery, Miami, e “Esculturas”, Galeria Javier Lopes, Madri. Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Publica Desenhos, álbum com 20 serigrafias e texto do artista (Rio de Janeiro: Reila Gracie). A convite do Instituto Itaú Cultural, São Paulo, faz a escultura pública Espelho sem aço, instalada na avenida Paulista, em São Paulo.
Toma parte nas exposições: “Re-aligning vision”, El Museo del Barrio, Nova Iorque; “4 artists from South America”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Brazilian sculpture – an identity in profile” (A escultura brasileira – perfil de uma identidade), Centro Cultural BID, Washington / Banco Safra, São Paulo; “Intervalos”, Paço das Artes, São Paulo; Panorama da Arte Brasileira 1997, MAM, São Paulo /Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife; “Novas aquisições 1997 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Ar”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea da gravura – Brasil reflexão 97”, Museu Metropolitano de Arte / Fundação Cultural de Curitiba; “Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Diversidade da escultura contemporânea brasileira”, Av. Paulista, São Paulo; “Cegueses”, Museu D’Arte de Girona, Espanha; “2 mestres, pequenos formatos”, Galeria Mônica Marques, Uberlândia; “Objetos diretos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1998
Exibe, entre outras, a escultura A série Veneza e faz uma intervenção nas vitrines do Centro Cultural Light (Rio de Janeiro), que dá nome à exposição – “Mar nunca nome”. O catálogo traz uma entrevista do artista concedida à Ligia Canongia. Instala em caráter permanente uma escultura em metal no Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Além das individuais “Esculturas”, Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, e “Sculptures”, Galerie Lelong, em Nova Iorque, está presente em numerosas coletivas, como “Re-aligning vision”, Arkansas Art Center, Little Rock/Archer M. Huntington Art Gallery, Austin, TX, EUA / Museo de Bellas Artes, Caracas/Museo de Arte Contemporaneo, Monterrey, México; “Amnesia”, Track 16 Gallery e Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica; “Der Brrasilianische Blick” (Um olhar brasileiro), Haus der Kulturen der Welt, Berlim / Ludwig Foraum für Internacionale Kunst, Aachen / Kunstmuseum, Heidenheim, Alemanha; “Formas transitivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Amazônicas”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “As dimensões da arte contemporânea – Coleção João Carlos de Figueiredo Ferraz”, Museu de Arte de Ribeirão Preto; Panorama de Arte Brasileira 1997, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ / MAM da Bahia; “Teoria dos valores”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Grabados brasileños”, Fundación Centro de Estudos Brasileiros, Buenos Aires; Philips Eletromída da Arte – 2a Exposição Virtual, Museu da Casa Brasileira, São Paulo; “O moderno e o contemporâneo na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro / Masp, São Paulo; “A imagem do som de Caetano Veloso”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Fronteiras“, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Global conceptualism: points of origin, 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque.
Recebe o Prêmio Johnnie Walker pelo conjunto da obra e expõe a escultura Fumaça, no evento da premiação no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1999
Sônia Salzstein escreve o texto “Livros, superfícies rolantes” para o catálogo da exposição “Livros”, no MAM, Rio de Janeiro e na Casa da Imagem em Curitiba; a outra individual deste ano é “Sculptures”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. São diversas as coletivas das quais toma parte: “Global conceptualism: point of origin 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque / Walker Art Center, Minneapolis, EUA; “Re-aligning vision”, Miami Art Museum, Miami; “Waltercio Caldas, Cildo Meireles, Mira Schendel, Tunga”, Christopher Gimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Por que Duchamp?”, Paço das Artes, São Paulo; Coletiva Arco 99, Galeria Javier Lopes, Arco, Madri; “Amnesia”, The Contemporary Arts Center, Cincinnati, Ohio, EUA / Biblioteca Luis Ángel Arango, Bogotá; “Aquisições recentes”, MAM, São Paulo; “O objeto anos 60-90 cotidiano/arte”, MAM, Rio de Janeiro / Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Domestic pleasures”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Impressões contemporâneas”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Ausência”, MAM, São Paulo; “Mostra Rio gravura”, Paço Imperial, Rio de Janeiro.
2000
Faz “Uma sala para Velázquez”, sala especialmente montada a convite do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, para estar ao lado da mostra “Esplendores de Espanha”. Nesta sala são reunidas pela primeira vez suas quatro obras criadas em homenagem ao artista Diego Velázquez.
Apresenta outras três individuais: “Esculturas”, Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, cujo catálogo traz o texto “Outros relógios” de Luiz Camillo Osório; “Livros”, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte e “Esculturas e desenhos”, Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de José Thomaz Brum. Instala a escultura pública Momento de fronteira, como marco de fronteira entre o Brasil e a Argentina, à margem do rio Uruguai, em Itapiranga (SC), integrando o Projeto Fronteiras, Instituto Itaú Cultural. As coletivas são: “Global conceptualism: points of origin 1950s”, Miami Art Museum; “Icon + grid + void / Art of the Americas from the Chase Manhattan Collection”, The American Society, Nova Iorque; “Mostra do redescobrimento / Brasil 500 anos”, Fundação Bienal de São Paulo; “Século XX: arte do Brasil”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; “F[R]ICCIONES”, Museo Nacional de Arte Reina Sofia, Madri; “Experiment art in Brazil 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Reino Unido; “Situações: arte brasileira anos 70”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro; “Técnica mista sobre papel”, Galeria Thomas Cohn, São Paulo; “Highlights of Brazilian contemporary art in UECLAA”, Albert Saloman Library University of Essex, EUA; “Entre a arte e o design: acervo do MAM”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Leituras construtivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Projeto aquisição e coleção de obras”, Museu da Gravura, Curitiba; “Novas aquisições, Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Oito artistas”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Uma história da pele”, XII Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba; “60 anos de arte”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Projeto aquisição e coleção de obras – XI Mostra de Gravura de Curitiba”, Museu da Cidade de Curitiba.
2001
A individual “Waltercio Caldas: retrospectiva 1985-2000”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília, com curadoria, de Ligia Canongia, é acompanhada do livro Waltercio Caldas, organizado pela curadora, com entrevista do artista e seleção de textos.
É lançado também o livro Waltercio Caldas, que contempla toda a sua obra, com texto de Paulo Sergio Duarte (São Paulo: Cosac Naify).
As outras individuais são: “Waltercio Caldas: esculturas e desenhos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Participa de “Anos 70: trajetórias na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; “Lucio Fontana, a ótica do invisível”, Centro Cultural Banco do Brasil; “Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Experiment art in Brazil, 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Inglaterra; “Minimalism past and present”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “São ou não gravuras?”, MAM, São Paulo; “Atípicos”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Aquisições essenciais”, MAM, Rio de Janeiro; “Palavraimagem”, Mamam, Recife; “O espírito de nossa época”, MAM, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Trajetória da luz na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; e “Gilberto Chateaubriand – aspectos de uma coleção”, MAM, Rio de Janeiro.
2002
Porto Alegre recebe duas individuais do artista: “Livros”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli / Pinacoteca do Estado, São Paulo; e “Frases sólidas”, no Torreão. A obra O teatro: meio ato integra a Mostra Sesc de Artes “Ares e pensares”, Sesc, São Paulo; enquanto Figura de linguagem está na edição do Projeto Arte/Cidade – Zona Leste – Sesc Belenzinho. São numerosas as exposições das quais toma parte neste ano: “Anda uma coisa no ar” / Atelier Finep 2002, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Tempo”, MoMA, Nova Iorque; “The Cisneros Collection”, MoMA, Nova Iorque / MAM, São Paulo; “Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros”, MAM, Rio de Janeiro; “The independent pot”, Galeria Fortes Villaça, São Paulo / The Liverpool Biennal of Contemporary Art, Liverpool, Inglaterra; “Transit. Latin american art”, University of Essex, Reino Unido; “Geométricos e cinéticos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud; “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Matéria-prima”, Novo Museu, Curitiba; “São ou não são gravuras?”, Museu de Arte de Londrina; Arco / 2002, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri, Espanha; “Fragmentos a seu ímã”, Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília; “Coleção Sattamini: esculturas e objetos”, MAC, Niterói; “Diálogo, antagonismo e replicação na Coleção Sattamini”, MAC, Niterói; “Gravuras: Coleção Paulo Dalacorte”, Museu do Trabalho Porto Alegre / Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, Passo Fundo (RS); “Caminhos do contemporâneo 1952-2002”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Mapa do agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Entre a palavra e a imagem: módulo 1”, Sala MAM-Cittá América, Rio de Janeiro.
2003
Apresenta as individuais “Desenhos”, Artur Fidalgo Escritório de Arte, Rio de Janeiro; e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Integra “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil Brasília; “A autonomia do desenho / desenho anos 70”, MAM, Rio de Janeiro; “Geo-metrias – abstracción geométrica latinoamericana en la Colección Cisneros”, Museu Nacional de Artes Visuales, Montevidéu / Malba Colección Costantini, Buenos Aires; “Breaking the charmed circle, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Layers of brazilian art”, Faulconer Gallery, Iowa City, EUA; Arco / 2003, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri; “Projeto em preto e branco”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “A subversão dos meios”, Itaú Cultural, São Paulo; “Arco 2003”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Arte e sociedade: uma relação polêmica”, Itaú Cultural, São Paulo; “Escultores – esculturas”, Pinakotheke, São Paulo; “O sal da terra”, Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha (ES); “Coletiva 2003”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
2004
Recebe o Grande prêmio da Bienal da Coreia do Sul, com a instalação O ar mais próximo.
Lorenzo Mammi é o autor do texto do catálogo da individual “Esculturas e desenhos”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Instala ao ar livre a escultura Espelhos ausentes em propriedade particular em Itaipava, Rio de Janeiro. As coletivas são: “Latin American and Caribean art”, MoMA at El Museo de Barrio, Nova Iorque; “The L.A. years”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Arte contemporânea: uma história em aberto”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “30 artistas”, Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea brasileira nas coleções do Rio”, MAM, Rio de Janeiro; “Fotografia e escultura no acervo do MAM – 1995 a 2004”, MAM, São Paulo; “Visões espanholas, poéticas brasileiras”, Espaço Cultural da Caixa, Brasília; “Espaço Lúdico – um olhar sobre a infância da arte brasileira”, Centro BNDES, Rio de Janeiro; “A arte da gravura”, Arte Sesc Rio de Janeiro; “Pratos para a arte”, Museu Lasar Segall, São Paulo; “Experiências contemporâneas”, Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro; “Acervo”, Lurixs Galeria, Rio de Janeiro.
2005
Realiza as individuais “The Black series”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; e “Sculptures et dessins”, na Galerie Denise René Rive Gauche, Paris, com o texto “Gardons pour cela notre bonne humeur“ de Guy Brett, no catálogo. Faz o projeto de capa para o livro Duchamp – uma biografia, de Calvin Tomkins (São Paulo: Cosac Naify), incluindo uma edição especial de 400 exemplares.
Participa da V Bienal do Mercosul, Porto Alegre, com sala especial, e, à margem do Guaíba, instala permanentemente a escultura monumental Espelho rápido, com curadoria de Paulo Sergio Duarte. É o responsável pela cenografia da ópera “Erwartung” (A espera) e para o balé Noite transfigurada, ambos de Arnold Schoenberg, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e para o balé Paisagens imaginárias, em homenagem a Isadora Duncan e John Cage, com o grupo Aquarela, Belo Horizonte. Faz ainda oito gravuras como artista convidado do Ateliê de Gravura, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre.
Toma parte das coletivas: “Drawing from the modern 1945-1975”, MoMA, Nova Iorque; “Estrecho dudoso”, Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “Desidentidad”, Institut Valenciá d’Art Modern, Valência, Espanha; “Collection Cisneros”, Museu Nacional de Belas Artes, Santiago do Chile / Museu de Arte Moderna de Bogotá / Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “The hours – visual arts of contemporary Latin America”, Irish Museum of Modern Art, Dublin; “Desenhos: Waltercio Caldas, Cornelius Vôlker, Kyung Jeon”, Theodor Lindner Arte, Rio de Janeiro; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Objetos”, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro; “Múltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “Os primeiros anos da Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Trajetórias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Beyond geometry” LACMA, Los Angeles, e MAC de Miami, EUA.
2006
“Esculturas” é exibida na Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, trazendo texto de José Thomaz Brum no catálogo; e na Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, com o texto “A lucidez e o susto” de Luiz Camillo Osório; o Centro Universitário Maria Antônia, Universidade de São Paulo, abriga a individual “Frases sólidas”. Participa das coletivas: “An atlas of drawings”, MoMA, Nova Iorque; “Teor / ética – arte + pensamiento”, Museo de Arte y Deseño Contemporâneo, San Jose, Costa Rica; “Certain encountres – Daros Latinamerica Collection”, Morris and Helen Belkin Art Gallery, The University of British Columbia, Vancouver; “Acervo”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Diversas constâncias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Gravura em metal – matéria e conceito no Ateliê Iberê Camargo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Sinais na pista”, Museu Imperial, Petrópolis (RJ); “É hoje na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, Santander Cultural, Porto Alegre; “Nmúltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “O livro do artista”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “MAM [na] Oca – arte brasileira do acervo MAM São Paulo”, MAM, São Paulo; “Um século de arte brasileira. Coleção Gilberto Chateaubriand”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Publica o livro “Notas ( ) etc. em edição especial de 400 exemplares realizada pelo Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, com oito gravuras e textos do artista escritos ao longo de mais de 30 anos. Sai o livro Waltercio Caldas: O ateliê transparente de Marília Andrés Ribeiro pela C/Arte (Belo Horizonte).
2007
Três individuais são apresentadas: ”Esculturas e desenhos”, Galeria Elvira González, Madri; “Esculturas e desenhos”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; e “Estados de imagem: livros de Waltercio Caldas”, Museu Victor Meirelles, Curitiba. Participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr. Além disso está nas coletivas: “Desidentidad”, MAM, São Paulo; “Puntos de vista / Daros Latin American Collection”, Bochum Museum, Alemanha; “Arte contemporáneo – donaciones e aquisiciones”, Malba, Fundación Costantini, Buenos Aires; “Anos 70 – arte como questão”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Transparências”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “A gravura brasileira na coleção de Mônica e Jorge Kornis”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Pinta Contemporary Latin American Art Fair, Nova Iorque, artista homenageado; “Autorretrato do Brasil”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Olhar seletivo”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Alumínio digital”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Constructing a poetic universe – The Diane and Bruce Halle Collection”, The Museum of Fine Arts, Houston; “Lines, grides, stains, works”, MoMA, Nova Iorque; “Um século de arte brasileira / Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Salvador; “Antônio Dias, Waltercio Caldas e Tunga”, Galeria de Arte Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2007”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Universidade XV”, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro; Galeria de Arte Almeida Dale, São Paulo.
Publica a segunda edição do Manual da ciência popular e a tradução para o inglês (Manual of the popular science), incluindo obras que faziam parte do projeto da primeira edição; a publicação tem texto de Paulo Venâncio Filho e prefácio do artista (São Paulo: Cosac Naify).
2008
Apresenta as mostras “Horizontes”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, acompanhada do livro Horizontes, com texto de Paulo Venâncio Filho; e “Máis lugares”, Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha. As coletivas são: “Correspondences – contemporary art from the Colección Patrícia Cisneros”, Wheaton, Norton Massachusetts, EUA; Galeria Elvira González, Madri; “Face to face”, The Daros Collection, Zurique; “Lines, grides, stains, works”, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto / Museum Wiesbaden; “Estados de imagem”, Museu Victor Meirelles, Florianópolis; “Sculpture”, Galerie Denise René, Paris; “Geografias (in)visibles – Colección Patrícia Cisneros”, Centro Cultural Eduardo Leon Jimenes, República Dominicana; “Luz, cor e movimento”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Traçados modernos e contemporâneos”, Galeria de Arte Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2008”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Entre o plano e o espaço”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Múltiplos sentidos – Amílcar de Castro e Waltercio Caldas”, Galeria Sílvia Cintra, Rio de Janeiro; “MAM-60”, MAM, São Paulo.
Publica o livro “Waltercio Caldas – máis lugares” (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia), com texto de Luiz Camillo Osório.
2009
Neste ano realiza as individuais “Sculptures”, Galerie Grita Insam, Viena; “Sculptures et dessins”, Galerie Denise René, Paris, e “Salas e abismos”, Museu Vale, Vila Velha (ES), onde reúne, pela primeira vez, nove instalações criadas desde 1983, como A velocidade, incluindo salas inéditas no Brasil, como Meio espelho sustenido (2007) e Orquestra (2008).Participa das coletivas “Weltanschauung – visione del mondo”, Art Fórum Wurth Capena, Roma; “Happy yellow”, Galerie Denise René, Paris; “Dentro do traço, mesmo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Matisse hoje / aujourd’hui”, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Obranome II, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “Olhar da crítica (arte premiada da ABCA e o acervo artístico dos palácios)”, Palácio dos Bandeirantes, São Paulo; “Coletiva 2009”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Livrobjeto”, A c /Arte Galeria, Belo Horizonte; “After utopia”, Centro per l’arte contemporânea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Bijoux d’artistes”, Musée Du Temps, Bensançon, França.
Publica os livros Salas e abismos, onde estão todas as instalações criadas pelo artista até essa data, textos de Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte e Sônia Salzstein (São Paulo: Cosac Naify); As esculturas ao aire libre de Waltercio Caldas, apresentando os projetos e todas as esculturas instaladas ao ar livre até 2008, com textos de Manuel Oliveira, Sônia Salzstein e Roberta Calabria (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia).
2010
A exposição “Salas e abismos”, no MAM, Rio de Janeiro, é ampliada com a montagem de outras três salas: O jogo do romance II (1978), Escultura para todos os materiais não transparentes (1985) e Quarto amarelo (1999).
Além dessa, faz ainda outras individuais: “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Paisagens, etc.”, Palacete das Artes, Museu Rodin, Salvador; e “Esculturas e desenhos”, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, com o texto “Ajustou a frequência para o desvio”, de João Bandeira, no catálogo. Integra as seguintes coletivas 6a Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre; “Das Verlangen nach Form”, Akademie der Künste, Berlin; “After utopia – a view on brazilian contemporary art”, Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Os 70’s”, Galeria Progetti, Rio de Janeiro; “Transição / from now on... ”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Ponto de equilíbrio”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “À sombra do futuro”, Instituto Cervantes, São Paulo; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Coletiva 10”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “O olhar do colecionador, Coleção Tuiuiu”, Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo; “Recortes de uma coleção – Bruno Musatti”, Galeria Ricardo Camargo, São Paulo; “Body guard – une collection privée de bijoux d’artistes”, Passage de Retz, Paris.
2011
Duas individuais são apresentadas: “Nuevos objetos”, na Galeria Elvira González, Madri; e “A série Negra”, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, com o texto “Notas refletidas”, de Guy Brett, no catálogo.
Realiza a intervenção urbana Eixo Monumental como parte do projeto Aberto Brasília. Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e das coletivas “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça; “Zona letal, espaço vital / Obras da Caixa Geral de Depósitos”, Museu de Arte Contemporânea de Elvas / Museu Municipal de Tavina /M/I/MO – Museu da Imagem em Movimento, Leiria, Portugal; “Art in Brazil 1950-2011”, Palais de Beaux Arts, Bruxelas; “A rua”, Museum Van Hedendaagse Kunst, Antuérpia; “Aberto Brasília / Intervenções Urbanas”, Ministério da Cultura, Brasília; “Underwood”, Galerie 1900-2000, Paris.
Recebe o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, na categoria Artes Visuais, pela relevância do seu trabalho para a cultura do Estado. Publica o livro Outra fábula, que integra a edição especial de 200 exemplares do livro Salas e abismos (São Paulo: Cosac Naify).
2012
Além de “Múltiplos e gravuras”, na Galeria Múltiplo Espaço Arte, Rio de Janeiro, apresenta “Cromática”, sua individual mais recente, inaugurada em 15 de agosto na Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, que aborda a eloquência da cor nos volumes da escultura e nos espaços da arquitetura. Está na coletiva “Notations – The Cage effect today”, Hunter College, Times Square Gallery, Nova Iorque.
Publica o ensaio gráfico “Ficção nas coisas” no décimo número da revista Serrote; e o livro Cronometrias. (Rio de Janeiro: Lithos), com gravuras e textos do artista.
Fonte: Site oficial Waltércio Caldas, consultado pela última vez em 31 de outubro de 2020. Cronologia organizada por Paloma Carvalho Santos e Rosalina Gouveia. Texto retirado do livro: Waltercio Caldas - O ar mais próximo, desenvolvido em ocasião da exposição organizada pela Fundação Iberê Camargo e Blanton Museum of art.
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Biografia - Wikipédia
Estudou pintura com Ivan Serpa (1923 - 1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro é co-editor da revista Malasartes integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a s4a produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA, por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza em 1997, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Em 2007 participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr.
Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, em 2011, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e da coletiva “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça.
Fonte: Wikipédia, consultada pela última vez em 31 de outubro de 2020.
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Waltercio Caldas, o ar mais próximo E outras matérias
Programa Educativo, Fundação Iberê Camargo
A Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e o Blanton Museum of Art / University of Texas, Austin, estão juntando forças para organizar o primeiro ensaio abrangente da carreira de um dos artistas contemporâneos mais importantes do Brasil: Waltercio Caldas. Esta exposição explora a obra completa do artista, dos anos de 1960 até hoje, e investiga a centralidade de Caldas na arte brasileira, seu papel no cenário internacional e sua posição única sobre a arte e seu etos. A mostra — inaugurada em Porto Alegre, em setembro de 2012, segue para São Paulo em fevereiro de 2013 e, mais tarde, em outubro, para Austin — revela inteiramente o trabalho de um artista que dá forma ao espaço intangível através de uma linguagem visual única.
Ao trabalhar em uma série de meios, Waltercio examina as qualidades físicas de objetos e espaços, desafiando os pressupostos que os observadores trazem para o ato de observação. Ele define sua prática como o ato de esculpir a distância entre objetos, invertendo a definição convencional de escultura como um volume autocontido e denso. Acima de tudo, a simplicidade e a precisão formal definem sua arte, qualidades que expressam sua meta de produzir o que ele descreve como “trabalho maximamente presente através de mínima ação”. Sua instalação O ar mais próximo (1991), na qual extensões suspensas de fios vermelhos e azuis radicalmente transformam o espaço vazio, reúne essas preocupações e exemplifica a sua predileção por títulos poéticos e ambíguos. Outra marca da sua prática é a produção de livros de artista, uma obra que ilustra o uso divertido que o artista faz da palavra escrita e seu interesse em história da arte, filosofia e sistemas de conhecimento.
Waltercio Caldas considera a história da arte um de seus materiais de trabalho e de forma bem particular utiliza uma ampla gama de referências brasileiras e internacionais. Ele combina a sensibilidade formal aguda de Constantin Brancusi com o questionamento conceitual de Marcel Duchamp dos limites da arte. A exposição “O ar mais próximo e outras matérias (1968-2012)” apresenta um artista cujo trabalho amplia o escopo do discurso histórico da arte tradicional, ao desafiar ativamente os observadores a questionarem suas percepções de espaço e noções de realidade.
Biografia
Waltercio Caldas nasce em 1946, no Rio de Janeiro, cidade onde vive e trabalha atu - almente. Seus estudos no campo artístico tiveram início na década de 1960, quando estudou com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). As constantes visitas a exposições, galerias e a biblioteca do MAM são fundamentais nesse período de formação. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e programador visual. Nos anos seguintes, leciona artes e percepção visual no Instituto Villa-Lobos. Ainda nesse período, Waltercio, ao lado de outros artistas e críticos, atua como editor da revista Malasartes, que tratava sobre a “política das artes”, como declarava seu primeiro editorial, ao trazer discussões acerca do cenário contemporâneo brasileiro. A partir de 1973, o artista começa a expor suas obras. Desde então, Waltercio realizou mostras individuais no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; na Kanaal Foun - dation, Bélgica; no Stedelijk Museum, em Amsterdã; e na Christopher Grimes Gallery, em Santa Mônica, entre outros espaços. Participou também da Bienal de Veneza de 1997, assim como de múltiplas Bienais do Mercosul e de São Paulo.Seu trabalho faz parte das coleções do Museum of Modern Art, Nova York; Blanton Museum of Art, University of Texas, Austin; National Gallery of Art, Washington, D.C.; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Colección Patricia Phelps de Cisneros, Venezuela/Nova York; e Bruce and Diane Halle Collection, Scottsdale. Em 2007, após receber convite para participar da 52ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, o artista cria especialmente para essa edição da mostra a obra Meio Espe - lho Sustenido. Suas exposições individuais mais recentes foram realizadas no Museu Vale, em Vila Velha (ES), no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, no CEUMA, e no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em Brasília, em uma importante retrospectiva de seu trabalho. Waltercio é também autor de livros como Manual da Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996) e cenários para peças de teatro e dança
Fonte: IberêCamargo.org, por Camila Monteiro Schenkel e Cristina Yuko Arikawa (Concepção) e André Fagundes, Camila Schenkel, Cristina Arikawa, Fabrício Teixeira, Lívia dos Santos, Romualdo Correa (Textos).
Crédito fotográfico: ABACT, por Pedro Ivo - Trasferetti, Fundação Bienal de São Paulo.
Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro, RJ, 6 de novembro de 1946), mais conhecido como Waltercio Caldas, é um escultor, desenhista, gravador, artista gráfico, cenógrafo e figurinistra brasileiro, tendo grande destaque na arte contemporânea nacional e internacional.
Biografia - Itaú Cultural
Estuda pintura com Ivan Serpa (1923-1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; é co-editor da revista Malasartes; integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ; participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a sua produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Comentário Crítico
No início dos anos 1960, Waltércio Caldas se interessa pela arte e passa a freqüentar exposições no Rio de Janeiro. Estuda com Ivan Serpa (1923-1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), a partir de 1964. O dia-a-dia das aulas e as visitas ao acervo do museu o aproximam da produção moderna e contemporânea. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e diagramador da Eletrobrás e participa de sua primeira exposição coletiva profissional, na Galeria Gead. Na época desenha e faz maquetes de projetos arquitetônicos improváveis.
Em 1969, realiza os Condutores de Percepção, trabalho que é chave em sua carreira. Com ele, inicia uma série de obras feitas a partir da inserção de objetos rotineiros em estojos bem-cuidados com uma plaqueta onde se lê o nome do trabalho, elemento definidor da obra. Esses trabalhos são montados na sua primeira individual, no MAM/RJ, em 1973, com ótima repercussão. Segundo o crítico de arte Ronaldo Brito, as obras expostas são "muito menos objeto de contemplação do que uma forma ativa de veicular um pensamento, de produzir uma crise nos hábitos mentais do espectador".
Em 1975, faz a individual A Natureza dos Jogos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Traz 100 obras, entre desenhos, objetos e fotografias. Três anos mais tarde, realiza esculturas, como Convite ao Raciocínio e Objeto de Aço. Nessa época, cria obras que comentam trabalhos de nomes consagrados da história da arte. Realiza a Experiência Mondrian e Talco sobre Livro Ilustrado de Henri Matisse. Este último trabalho dá inicio a outras obras feitas com base em livros, como Aparelhos (1979), Manual de Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996).
A partir da década de 1980, o artista cria maior número de instalações. Em 1980, realiza Ping Pong, e 0 É Um. Três anos depois expõe A Velocidade, na 17ª Bienal Internacional de São Paulo. Ao mesmo tempo trabalha em uma série de esculturas. E se dedica, basicamente, a essa modalidade na segunda metade da década. Faz vídeos, desenhos e intervenções quase invisíveis no espaço; mas sua atividade primordial é a escultura.
Em 1989, instala a sua primeira escultura pública: O Jardim Instantâneo no Parque do Carmo, em São Paulo e cinco anos depois produz outra peça em espaço aberto: Omkring, na Noruega. Em 1996, realiza o monumento Escultura para o Rio, no centro do Rio de Janeiro, onde se evidencia uma síntese de seu trabalho: a sutileza conceitual que sempre o caracterizou, aliada a uma capacidade de mobilização de espaço público.
Críticas
"O trabalho está preso aos limites da arte, a sua exigência é de ali situar-se em extremos. Mais do que a consciência, o trabalho tem a obsessão dos limites. Respira essa tensão e extrai força dessa ambigüidade. O que é arte e o que não é, quando é e quando deixa de ser, como pode sê-lo e como pode não sê-lo, essas são as suas questões. Mas ele não as coloca diretamente porque isso equivaleria a negá-las, escapar de sua pressão contínua, definir-se como consciência que interroga e responde. O trabalho vibra nessas questões, estas são o seu meio ambiente: só ali produz sentido, organiza e agita sentidos. O seu espaço é portanto a iminência do vazio, os limites, o que está entre as linhas que existem enquanto processo de demarcação de regiões diferentes. É sobre essas linhas que atua, captando a tensão circundante. E o trabalho não é senão essas linhas. Digamos que seja uma espécie de dispositivo perverso. O seu olho, o seu cálculo consistiria precisamente em detectar os graus de ambigüidade e inadequação do objeto de arte, mas, do conceito de arte, ainda mais da instituição arte. Tudo isso, é claro, sendo um trabalho de arte. Pode-se imaginá-los em ação: meio soturnamente tirando prazer da desmontagem dos mecanismos que transformam a obra de arte numa aparente totalidade, perfeita em seu círculo, dominando coerentemente a sua circulação. Nesse processo sádico (que seria também um masoquismo) conta sobretudo o poder de desarticular, embaralhar, as várias instâncias que de modo implícito compõem a obra de arte e mascaram a sua constituição problemática. Trata-se, obviamente, de uma operação analítica: desconstrução do solo e das paredes da arte (objeto, conceito, circuito). O prazer do trabalho, o seu thrill, só aparece quando a arte fica em estado de suspensão, quando a arte é posta entre parênteses".
Ronaldo Brito
"A ciência acústica conhece um fenômeno chamado som de combinação, ou terceiro som. Se duas notas de alturas diferentes, mas relativamente próximas, são tocadas simultaneamente, suas freqüências entram em choque e produzem uma terceira nota claramente audível, equivalente à diferença entre elas. Embora tenha sido descoberto no século XVIII, até hoje não se sabe se o terceiro som é uma realidade física ou uma reação neurológica. Por analogia, poderíamos pensar nos trabalhos de Waltercio Caldas como objetos de combinação, ou terceiros objetos. Neles, há grande proximidade e, portanto, choque entre o projeto da obra e sua presença física. O projeto não parece ser anterior ao objeto, não poderia ser destacado dele como uma idéia ou um método construtivo, no entanto, o objeto é tão mediado, tão milimetricamente calculado, que remete necessariamente a um projeto. Os volumes das esculturas de Waltercio são incorpóreos, mentais e, todavia, não conseguimos definir com clareza sua geometria, não poderíamos duplicá-los ou utilizá-los como módulos. As coisas aludem ao espaço, mas não o desenham. Interrogados, seríamos obrigados a responder tautologicamente: 'Este espaço aqui, que estas coisas sugerem". Idéia e corpo não ocupam, assim, dois lugares separados, um no pensamento, outro no espaço eles superpõem-se, parecem gerar um ao outro simultaneamente. Como duas oscilações próximas, mas diferentes, que entram em fase, pensamentos e matéria criam assim uma perturbação, uma vibração secundária, que não pode ser reconduzida a nem uma nem outra freqüência principal, embora seja, com toda evidência, um reflexo delas. A substância do trabalho de Waltercio está justamente nessa vibração, algo que não é corpo nem idéia, algo que não enxergamos na obra, mas que podemos intuir por meio de ou graças a ela. Onde está a obra, nesse caso? Não apostaríamos em sua realidade física, tampouco em seu caráter de mera ilusão dos sentidos".
Lorenzo Mammì
"Suas esculturas em madeira, vidro, álcool e metal atestam o rigor formal sempre presente em sua produção e, ao mesmo tempo, a mordacidade com que quase sempre se posicionou em relação à arte e seu circuito. Observando suas obras, o visitante perceberá que Caldas atualmente mergulha na subversão de certos pressupostos da tradição construtiva. Suas esculturas interrogam os rigores da geometria aplicados à escultura, criticam a participação física do público na apreciação da obra (as peças em vidro, se tocadas, podem simplesmente espatifar) e, quando se aproximam do design - uma das utopias construtivas -, desestruturam seu conceito de funcionalidade. Caldas descarrega sobre a tradição construtiva uma ironia e uma consciência crítica que há anos não se via com tanta intensidade. A razão para essa lacuna agora recuperada talvez esteja na própria trajetória do artista. Em 1979, sua produção ganhou notoriedade com a publicação do livro Aparelhos. Ali, o crítico Ronaldo Brito, analisando a obra do artista, pontua uma possibilidade outra de fazer arte contemporânea no Brasil, aparentemente muito distante daquela pregada pela nova objetividade brasileira, tendência onde pontificara Hélio Oiticica nos anos 60/70. Metaforicamente, o livro anunciava a morte de Oiticica no ano seguinte e, com ela, o esfacelamento daquela arte de fundamentação romântica, ingenuamente em busca do rompimento das barreiras entre arte e vida, artista e espectador. A produção de Caldas na época - objetos de derivação dadaísta e surrealista, filtrados pela arte conceitual - tripudiava sobre esse romantismo libertário. Caldas nos anos 80 passará por uma inversão circunstancial, parece: de artista muito preocupado com o discurso sobre arte, ele tentará converter-se em escultor, sondando e aprofundando a cada obra o discurso da escultura moderna. É o momento em que sua produção tende a perder a corrosão crítica e aproximar-se de um formalismo sem saída".
Tadeu Chiarelli
"O movimento da obra de Waltercio na esfera da história da arte brasileira pós-construtiva, incorporando a contribuição neoconcreta e rediscutindo seus axiomas e postulados através de um diálogo conceitual, já é uma das faces reconhecidas por todos que acompanham o desenvolvimento desse trabalho há mais de duas décadas. Além da interrogação cognitiva do conceito, o conhecimento desse trabalho traz uma dimensão existencial. No projeto de expandir o campo do olhar explorando uma inteligência puramente óptica - a arte de Waltercio raramente traz qualquer retórica embutida - existe sempre um resíduo cético, em que a interrogação se apresenta com uma novidade: a dúvida feliz. Pervertendo a lógica positiva que sustenta a racionalidade mundana e seu elogio mesquinho do que se convencionou chamar de ´resultados´, esses exercícios insistem em contrariar o senso comum. Negando o culto da imagem e a falsa generosidade desse universo farto de figuras e pobre em raciocínio, as esculturas de Waltercio trazem na sua ascese uma sutil dose de humor da qual deriva o prazer. Essa dimensão existencial se realiza num processo em cadeia, em sucessivos enigmas para a retina, na promessa de que, se não cessarmos de usar a inteligência, é possível conviver com o real, apesar de sua brutalidade e aparência absurda".
Paulo Sérgio Duarte
Video Enciclopédia Itaú Cultural
Em anexo acima
Esculturas, objetos, instalações e desenhos transcendem o espaço no imaginário do multiartista Waltercio Caldas, cuja atuação nas artes tem início nos anos 1960. O artista imprime sua marca definitiva no cenário na década seguinte, ao criar os icônicos objetos-caixa, espécie de maletas que recebem o Prêmio Anual de Viagem, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), em 1973. Na década de 1980, suas obras ganham o espaço público. No Instituto Inhotim, em Minas Gerais, por exemplo, está Escultura para Todos os Materiais não Transparentes (1985), feita de mármore e madeira. Além desses materiais, Caldas costuma utilizar aço inoxidável, acrílico, fios de algodão e o que for necessário e fizer sentido em cada um de seus trabalhos. “O principal elemento da arte é a liberdade”, diz ele. “Por isso, uso materiais variados. A arte seria uma espécie de abismo para frente, para o qual você é atraído”, compara.
Produção: Documenta Vídeo Brasil; Captação, edição e legendagem: Sacisamba; Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada); Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
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Cronologia - Site oficial
1946
Nasce no Rio de Janeiro
1960
Faz os primeiros desenhos, aquarelas, guaches e pequenos objetos.
1964
É aluno de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna – MAM, Rio de Janeiro.
1965
Seu primeiro trabalho gráfico é a capa do livro A Amazônia e a cobiça internacional, de Arthur Cezar Ferreira Reis (Rio de Janeiro: Edinova).
1967
Atua como desenhista técnico e programador visual da Eletrobrás.
Na sua primeira exposição coletiva, na galeria Gead, Rio de Janeiro, recebe o prêmio da categoria desenho. Produz as primeiras maquetes em papel cartão.
1969
Realiza Condutores de percepção, um objeto que se tornaria um paradigma em sua obra.
1970
Cria sua primeira cenografia para a peça A lição, de Eugène Ionesco, dirigida por Ronaldo Tapajós, Conservatório Nacional do Teatro do Rio de Janeiro.
1971
No Salão de Verão, no MAM, Rio de Janeiro, expõe três objetos-caixas, que são adquiridos pelo colecionador Gilberto Chateaubriand.
1971 / 1972
Leciona Arte e Percepção Visual no Instituto Villa-Lobos, a convite do diretor do Instituto, o músico Reginaldo de Carvalho.
1972
Participa do III Salão de Verão e do evento coletivo “Ex-posição”, ambos no MAM, Rio de Janeiro, e ainda de coletiva na Galeria Veste Sagrada, Rio de Janeiro.
1973
Na primeira individual – “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, com 21 desenhos e 13 objetos –, ganha da Associação Brasileira de Críticos de Arte, juntamente com Alfredo Volpi, o Prêmio Anual de Viagem / Melhor Exposição. Sai publicado no jornal Opinião o primeiro texto crítico de Ronaldo Brito, e depois outras críticas, como as de Walmir Alaya, Roberto Pontual e Frederico Morais, surgem na imprensa.
No Rio de Janeiro suas obras estão nas coletivas “Indagações sobre a natureza, significado e função da obra de arte”, com curadoria de Fernando Morais, na galeria do Instituto Brasil – Estados Unidos / Ibeu; “Vanguarda internacional – Coleção Thomas Cohn”, Ibeu, Rio de Janeiro; e “O rosto e a obra”, Galeria Grupo B.
1974
Apresenta trabalhos na mostra individual “Narrativas”, Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt, Rio de Janeiro; e nas coletivas “Desenho brasileiro 74”, IX Salão de Arte Contemporânea do Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Desenhistas brasileiros”, Galeria Maison de France, Rio de Janeiro; “Arte gráfico brasileño de hoy”, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; Galeria Intercontinental, Rio de Janeiro; “Alguns aspectos do desenho brasileiro”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Grabadores y dibujantes brasileños”, Museo de Arte Contemporáneo de Madrid.
1975
A convite do diretor do Museu de Arte de São Paulo – Masp, Pietro Maria Bardi, faz a individual “A natureza dos jogos”, abrangendo o período de 1969 a 1975. O catálogo da exposição traz o texto “O espelho crítico” de Ronaldo Brito. Além da mostra, também individual, “Esculturas e desenhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, integra “Panorama do desenho brasileiro”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Novas aquisições”, MAM, Rio de Janeiro; “(Arte)”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Arte gráfico brasileño de hoy”, promovida pelo Itamaraty, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; “Art graphique brésilien”, Musée Galliéra, Paris, quando os desenhos do artista expostos são adquiridos pelo Itamaraty.
1975 / 1976
Coeditor de Malasartes, revista de arte e política cultural, importante na difusão das manifestações artísticas da época.
1976
Na individual “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, mostra pela primeira vez os objetos Circunferência com espelho a 30o, Dado no gelo e Pontos. Toma parte em “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM, Salvador; “Raízes e atualidade / Coleção Gilberto Chateaubriand.”, Palácio das Artes, Belo Horizonte.
Publica, juntamente com Carlos Zílio, José Resende e Ronaldo Brito, o artigo “O boom, o pós-boom, o disboom”, no jornal Opinião.
É membro da Comissão de Planejamento Cultural do Museu de Arte Moderna – MAM,Rio de Janeiro, que discute o destino da sala experimental do museu.
1977
Renuncia à indicação para a Bienal de Veneza, por questão político-cultural. Realiza os primeiros trabalhos com cédulas de dinheiro, como Notas para ambiente e Dinheiro para treinamento. Além de “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, no Casarão de João Alfredo, Recife, integra uma coletiva na Fundação Cultural do Distrito Federal.
1978
Produz Talco sobre livro ilustrado de Henri Matisse, Convite ao raciocínio, Aparelho de arte, Prato comum com elásticos, Tubo de ferro / Copo de leite e A experiência Mondrian.
1979
A individual “Aparelhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, tem em seu catálogo o texto “Olho de vidro” de Paulo Venâncio Filho. Publica pela GBM Aparelhos (Rio de Janeiro), o primeiro livro sobre o conjunto de sua obra, com trabalhos realizados entre 1967 e 1978, ensaio de Ronaldo Brito e programação visual do artista e de Paulo Venâncio Filho.
1980
Apresenta a individual “Ping-ping – a construção do abismo”, na Galeria Saramenha, Rio de Janeiro; e a instalação 0 é um, projeto Espaço ABC / Funarte, Parque da Catacumba, Rio de Janeiro. Coedita – com Cildo Meireles, José Resende, João Moura Júnior, Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte, Ronaldo Brito, Rodrigo Naves e Tunga – o número único do jornal A Parte do Fogo.
1981
Realiza, com o músico Sérgio Araújo, um disco com os trabalhos A entrada da Gruta de Maquiné (Waltercio Caldas) e Três músicas (Sérgio Araújo).
“Arte e pesquisa” no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC / USP e Fundação Bienal de São Paulo; “Artistas brasileiros contemporâneos”, Galeria São Paulo; “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro, estão entre as coletivas de sua carreira.
1982
“O livro mais rápido” é apresentado em individual e lançado no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Ao ministrar palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresenta, na sala, a intervenção, que constituiu a obra A superfície algébrica.
Participa da coletiva “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realiza a primeira escultura pública – The blind shape (Formato cego) – no Paseo de las Américas, Punta del Este, Uruguai, por ocasião do Encuentro Internacional de Escultura al Aire Libre, a convite de Angel Kalemberg. Publica o Manual da Ciência Popular, para o qual escreve o prefácio e com texto de Paulo Venâncio Filho (Coleção ABC / Funarte).
1983
Exibe a instalação A velocidade, em sala especial da XVII Bienal Internacional de São Paulo. Faz colaborações gráficas especiais para o caderno Folhetim, da Folha de S. Paulo.
Além da individual “Algodão negativo”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, mostra seus trabalhos nas coletivas “Imaginar o presente”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “3.000m3”, Galpão Rioarte, Rio de Janeiro; e no MAM, Rio de Janeiro.
1984
A Galeria GB Arte, no Rio de Janeiro, recebe a individual “Esculturas”. Participa da I Bienal de Havana, Cuba, e das coletivas: “Abstract attitudes”, Center for Inter-American Relations, Nova Iorque e no Museum of Art, Rhode Island School of Design, Providence, com curadoria de John Stringer; “Tradição e ruptura”, Masp; “Arte brasileira atual: 1984”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Coleção Gilberto Chateaubriand – retrato e autorretrato da arte brasileira”, MAM, São Paulo; e Salão de vidro”, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
1984 / 1985
Mora em Nova Iorque durante um ano.
Elabora a obra Escultura para todos os materiais não transparentes e apresenta-se na coletiva “Panorama de arte atual brasileira – Formas tridimensionais”, MAM, São Paulo.
1986
Expõe em individuais obras da série Escultura para todos os materiais não transparentes no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e na Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro; e em várias coletivas, como: “A nova dimensão do objeto”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “Arte contemporânea brasileira / Coleção Deninson”, Masp, São Paulo; “Coleção Knijnik”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Arte contemporânea brasileira – tendências”, Galeria Montesanti, Rio de Janeiro; Petite Galerie, Rio de Janeiro; “12 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo. Recebe o prêmio de melhor vídeo e direção do Festival de Cinema e Vídeo do Maranhão, Embrafilme, e prêmio especial do Júri, Jornada de Cinema da Bahia, para o vídeo Apaga-te Sésamo, sobre a sua obra (direção e fotografia de Miguel do Rio Branco; produção Studio Line / Rio Arte).
1987
Participa, simultaneamente, de dois segmentos da XIX Bienal Internacional de São Paulo: “Imaginários singulares”, com curadoria de Sônia Salzstein e Ivo Mesquita, onde expõe quinze esculturas de 1969 a 1987, e “Elementos de redução na arte brasileira”, com curadoria de Gabriela S. Wilder; além das coletivas: “Modernidade – art brésilien du 20ème siècle”, Musée dArt Moderne de la Ville de Paris / MAM, São Paulo; “Works on paper”, GDS Gallery, Nova Iorque; “Arte e palavra”, Fórum de Ciência e Cultura, Universidade Federal do Rio de Janeiro; “Ao colecionador”, MAM, Rio de Janeiro; “A ousadia da forma”, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro; “Palavra imágica”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
1988
O Rio Janeiro recebe duas exposições individuais: “Ciclo de Esculturas”, na Galeria Sérgio Milliet / Funarte, catálogo com o texto “Olhar o mar” de Sônia Salzstein; e “Quatro esculturas curvas”, na Galeria Paulo Klabin. Integra as coletivas: “Arte hoje 88”, XIII Salão de Ribeirão Preto; “Papel no espaço”, Galeria Aktuell, Rio de Janeiro; “Expressão e conceito anos 70”, Galeria Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro; “Modernidade – arte brasileira do século XX”, Masp, São Paulo.
1989
A individual “Esculturas”, na Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, tem catálogo com o texto “Calor branco” de Sônia Salzstein. Software, escultura luminosa, é instalada temporariamente no Vale do Anhangabaú e, em caráter permanente, a obra pública O Jardim instantâneo, no Parque do Carmo, São Paulo, comemorativa do Bicentenário da Declaração dos Direitos Humanos, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, ambas em São Paulo.
Participa do evento especial “Arte em jornal”, na XX Bienal Internacional de São Paulo, promovido a partir de intervenções de artistas no espaço gráfico do Jornal da Tarde, de São Paulo. Realiza o vídeo Software, uma escultura (direção de Ronaldo Tapajós / coprodução: Jornal da Tarde e Q. Produções); e ainda das coletivas “Rio hoje”, comemorativa da reabertura do MAM, Rio de Janeiro; “10 escultores”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Nossos anos oitenta”, Galeria GB Arte / Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro; “Caminhos”, Rio Design Center, Rio de Janeiro; “Desenho, uma geração”, Galeria Graffiti, Bauru (SP); II Arte Inverno, Automóvel Clube de Bauru. Faz o ensaio gráfico exclusivo “É=” para a revista Guia das Artes.
1990
Apresenta a individual de desenhos “Tekeningen”, na Pulitzer Art Gallery, Amsterdã, e “Desenhos”, na Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, com o texto “Desenhos líquidos”, de Paulo Sergio Duarte, em seu catálogo. Neste mesmo ano está nas coletivas: “Transcontinental”, Ikon Gallery, Birmighan, e Cornerhouse Gallery, Manchester (curadoria de Guy Brett); Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Museu de Arte de Brasília, com prêmio de aquisição da peça Einstein (1987); “Panorama de arte atual brasileira / 90 – papel”, MAM, São Paulo; “Cor na arte brasileira”, Paço das Artes, São Paulo; “Art Los Angeles 1990”, Los Angeles; “Arte brasileira contemporânea”, Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
1991
Exibe esculturas e desenhos na individual “Sculpturen en Tekeningen”, Kanaal Art Foundation, Kortrijk, Bélgica, cujo catálogo tem o texto “Clear bias” de Ronaldo Brito.
Em outra individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, além de desenhos estão esculturas da série Próximos. Suas obras são mostradas em várias coletivas: “Imagem sobre imagem”, Espaço Cultural Sérgio Porto / Rioarte, Rio de Janeiro; II Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, Fortaleza; Festival de Inverno, Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte; “Il Sud del mondo – l’autra arte contemporanea”, Galeria Cívica d’Arte Contemporânea F. Pizzo, Comune de Marsala, Itália; “O clássico no contemporâneo”, Paço das Artes, São Paulo.
1992
A instalação Raum für nächsten Augenblick, criada especificamente para a Documenta de Kassel deste ano, passa a ser exibida em caráter permanente na Neue Galerie, Staatliche Museen, Kassel.
Além da individual “Sculpturen em Tekeningen”, no Stedeljk Musée Schiedam, Holanda, suas obras são apresentadas nas coletivas: “Amerika”, Koninklijk Museum Voor Schone Kunsten, Antuérpia, Bélgica; “Amériques Latines – art contemporain”, Musée National d’Art Moderne Centre Georges Pompidou e Fondation Nationale des Arts, Hôtel des Arts, Paris; “Coleção Gilberto Chateaubriand 60-70”, Galeria de Arte do Sesi, São Paulo; “Artistas na Documenta”, Museu de Arte de São Paulo; “Brazilian contemporary art”, Galeria Ibac, Rio de Janeiro; “Quatro artistas na Documenta”, Museu da República, Rio de Janeiro; “Exposição internacional de gravuras”, Curitiba; “Coca-Cola 50 anos com arte”, Rio de Janeiro.
1992 / 1993
Participa de “Klima global – arte Amazonas”, evento paralelo à ECO 92, no MAM, Rio de Janeiro e no Museu de Arte de Brasília, 1992; além de coletiva no Staatliche Kunsthalle Berlim, 1993.
1993
A individual “O ar mais próximo” inaugura a sala Século XXI do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e recebe o Prêmio Mário Pedrosa de melhor exposição do ano no país, conferido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte. É um ano em que está presente em muitas mostras coletivas: “Two works”, com o artista José Resende, John Gibson Gallery, Nova Iorque; “Out of place”, Vancouver Art Gallery, Canadá; “Brasil: segni d’arte – libri e video, 1950-1993”, Veneza, Milão, Florença e Roma; “Latin american artists of the twentieth century”, MoMA, Nova Iorque; “Lateinamerikanische Kunst im 20. Jahrhundert”, Joseph Hanbrich Kunstalle, Colônia, Alemanha; “Emblemas do corpo”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil 100 anos de arte moderna”, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Um olhar sobre Joseph Beuys”, Museu de Arte de Brasília; “Arte erótica”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravuras”, Espaço Namour, São Paulo; “Poética”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “O desenho moderno no Brasil / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Galeria do Sesi, São Paulo. “L’ordre des choses”, Centre d’Art Contemporain, Domaine de Kerguéhennec, França; “A presença do ready-made, 80 anos”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “O corpo e a obra”, Museu de Arte Contemporânea, Edel Trade Center, Porto Alegre.
1994
Instala a escultura Omkring, na cidade de Leirfjord, Noruega, como parte do projeto Skulptulandskap Nordland, em que artistas de diversos países são convidados a instalar esculturas em caráter permanente em espaços públicos de cidades norueguesas, sob a curadoria de Maareta Jaukkuri.
O crítico Paulo Sergio Duarte é o autor do texto “Interrogações construtivas” do catálogo da individual de esculturas no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
É convidado para a segunda edição do Projeto Arte / Cidade – “A cidade e seus fluxos” com a obra A matéria tem dois corações, instalada no edifício Guanabara, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Integra as exposições “Mapping”, MoMA, Nova Iorque (um dos três desenhos de 1972 expostos é adquirido para o acervo do museu); “Precisão”, junto com Amílcar de Castro e Eduardo Sued e com curadoria de Irma Arestizábal, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil, século XX”, Fundação Bienal de São Paulo; “Global climate”, Ludwig Forum für Intern. Kunst, Aachen, Alemanha; “A arte com a palavra”, MAM, Rio de Janeiro; “Weltanschaung”, Goethe Institute, Turim, Itália; “Livro-objeto.
A fronteira dos vazios”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Entretexto”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Trincheiras”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravura brasileira”, Galeria GB Arte, Rio de Janeiro; “A espessura do signo”, Karmeliter Kloster, Frankfurt, Alemanha; “Livro de artista – o livro-objeto”, Centro de Artes Visuais Raimundo Cela, Fortaleza.
1995
Realiza individuais no Centre d’Art Contemporain, Genebra, Suíça e na galeria Joel Edelstein Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de Lorenzo Mammi.
Suas obras estão nas coletivas: “Art from Brazil in New York”, no MoMA, que no ano seguinte adquire a obra Espelho com luz; “Drawing on chance”, MoMA, Nova Iorque; “Uma poética da reflexão”, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro; “Entre o desenho e a escultura”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Art from Brazil in New York”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Desafios contemporâneos”, Galeria PA Objetos de Arte, Rio de Janeiro; “Dinheiro, diversão e arte – o dinheiro através das artes brasileiras”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; XI Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba; “Livro-objeto. A fronteira dos vazios”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “20 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo.
1996
“Realiza o vídeo Um rio (direção: Waltercio Caldas / realização: Carlos Miziara / produção: Finep) especialmente para a exposição “Anotações: 1969-996” (Projeto Finep / Atelier Contemporâneo), Paço Imperial, Rio de Janeiro. Outra individual, “A estória da pedra”, no Museu Chácara do Céu, Rio de Janeiro, acompanha o lançamento de uma gravura do artista no programa de edições gráficas da instituição.
Publica o livro-obra O livro Velázquez (São Paulo: Anônima), lançado na feira Arco em Madri neste ano. Participa com uma sala de esculturas da XXIII Bienal Internacional de São Paulo, como único artista representante do Brasil. Instala em caráter permanente a obra Escultura para o Rio, na Av. Beira Mar, como parte do projeto Esculturas Urbanas da Secretaria Municipal de Cultura. Desenvolve, a convite da família do compositor, o projeto de escultura pública “Homenagem a Antonio Carlos Jobim” para ser instalada na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro.
Apresenta seus trabalhos nas coletivas: “Arte e espaço urbano – quinze propostas”, Palácio do Itamaraty, Fundação Athos Bulcão, Brasília; “Sin fronteras”, Museo Alejandro Otero, Caracas; “Mensa mensae”, Galerias da Funarte, Rio de Janeiro; “Anos 70: fotolinguagem”, Escola de Artes Visuais, Parque Lage, Rio de Janeiro; “Esculturas urbanas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “4 artistas”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Pequenas mãos”, Paço Imperial, Rio de Janeiro, e Centro Cultural Alumni, São Paulo; “Interiores”, MAM, Rio de Janeiro; “Petite Galerie 1954-1988. Uma visão da arte brasileira”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “70 anos de arte em Santa Teresa”, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
1997
Apresenta as individuais: “New sculptures”, Quintana Gallery, Miami, e “Esculturas”, Galeria Javier Lopes, Madri. Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Publica Desenhos, álbum com 20 serigrafias e texto do artista (Rio de Janeiro: Reila Gracie). A convite do Instituto Itaú Cultural, São Paulo, faz a escultura pública Espelho sem aço, instalada na avenida Paulista, em São Paulo.
Toma parte nas exposições: “Re-aligning vision”, El Museo del Barrio, Nova Iorque; “4 artists from South America”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Brazilian sculpture – an identity in profile” (A escultura brasileira – perfil de uma identidade), Centro Cultural BID, Washington / Banco Safra, São Paulo; “Intervalos”, Paço das Artes, São Paulo; Panorama da Arte Brasileira 1997, MAM, São Paulo /Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife; “Novas aquisições 1997 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Ar”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea da gravura – Brasil reflexão 97”, Museu Metropolitano de Arte / Fundação Cultural de Curitiba; “Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Diversidade da escultura contemporânea brasileira”, Av. Paulista, São Paulo; “Cegueses”, Museu D’Arte de Girona, Espanha; “2 mestres, pequenos formatos”, Galeria Mônica Marques, Uberlândia; “Objetos diretos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1998
Exibe, entre outras, a escultura A série Veneza e faz uma intervenção nas vitrines do Centro Cultural Light (Rio de Janeiro), que dá nome à exposição – “Mar nunca nome”. O catálogo traz uma entrevista do artista concedida à Ligia Canongia. Instala em caráter permanente uma escultura em metal no Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Além das individuais “Esculturas”, Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, e “Sculptures”, Galerie Lelong, em Nova Iorque, está presente em numerosas coletivas, como “Re-aligning vision”, Arkansas Art Center, Little Rock/Archer M. Huntington Art Gallery, Austin, TX, EUA / Museo de Bellas Artes, Caracas/Museo de Arte Contemporaneo, Monterrey, México; “Amnesia”, Track 16 Gallery e Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica; “Der Brrasilianische Blick” (Um olhar brasileiro), Haus der Kulturen der Welt, Berlim / Ludwig Foraum für Internacionale Kunst, Aachen / Kunstmuseum, Heidenheim, Alemanha; “Formas transitivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Amazônicas”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “As dimensões da arte contemporânea – Coleção João Carlos de Figueiredo Ferraz”, Museu de Arte de Ribeirão Preto; Panorama de Arte Brasileira 1997, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ / MAM da Bahia; “Teoria dos valores”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Grabados brasileños”, Fundación Centro de Estudos Brasileiros, Buenos Aires; Philips Eletromída da Arte – 2a Exposição Virtual, Museu da Casa Brasileira, São Paulo; “O moderno e o contemporâneo na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro / Masp, São Paulo; “A imagem do som de Caetano Veloso”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Fronteiras“, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Global conceptualism: points of origin, 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque.
Recebe o Prêmio Johnnie Walker pelo conjunto da obra e expõe a escultura Fumaça, no evento da premiação no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1999
Sônia Salzstein escreve o texto “Livros, superfícies rolantes” para o catálogo da exposição “Livros”, no MAM, Rio de Janeiro e na Casa da Imagem em Curitiba; a outra individual deste ano é “Sculptures”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. São diversas as coletivas das quais toma parte: “Global conceptualism: point of origin 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque / Walker Art Center, Minneapolis, EUA; “Re-aligning vision”, Miami Art Museum, Miami; “Waltercio Caldas, Cildo Meireles, Mira Schendel, Tunga”, Christopher Gimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Por que Duchamp?”, Paço das Artes, São Paulo; Coletiva Arco 99, Galeria Javier Lopes, Arco, Madri; “Amnesia”, The Contemporary Arts Center, Cincinnati, Ohio, EUA / Biblioteca Luis Ángel Arango, Bogotá; “Aquisições recentes”, MAM, São Paulo; “O objeto anos 60-90 cotidiano/arte”, MAM, Rio de Janeiro / Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Domestic pleasures”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Impressões contemporâneas”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Ausência”, MAM, São Paulo; “Mostra Rio gravura”, Paço Imperial, Rio de Janeiro.
2000
Faz “Uma sala para Velázquez”, sala especialmente montada a convite do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, para estar ao lado da mostra “Esplendores de Espanha”. Nesta sala são reunidas pela primeira vez suas quatro obras criadas em homenagem ao artista Diego Velázquez.
Apresenta outras três individuais: “Esculturas”, Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, cujo catálogo traz o texto “Outros relógios” de Luiz Camillo Osório; “Livros”, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte e “Esculturas e desenhos”, Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de José Thomaz Brum. Instala a escultura pública Momento de fronteira, como marco de fronteira entre o Brasil e a Argentina, à margem do rio Uruguai, em Itapiranga (SC), integrando o Projeto Fronteiras, Instituto Itaú Cultural. As coletivas são: “Global conceptualism: points of origin 1950s”, Miami Art Museum; “Icon + grid + void / Art of the Americas from the Chase Manhattan Collection”, The American Society, Nova Iorque; “Mostra do redescobrimento / Brasil 500 anos”, Fundação Bienal de São Paulo; “Século XX: arte do Brasil”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; “F[R]ICCIONES”, Museo Nacional de Arte Reina Sofia, Madri; “Experiment art in Brazil 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Reino Unido; “Situações: arte brasileira anos 70”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro; “Técnica mista sobre papel”, Galeria Thomas Cohn, São Paulo; “Highlights of Brazilian contemporary art in UECLAA”, Albert Saloman Library University of Essex, EUA; “Entre a arte e o design: acervo do MAM”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Leituras construtivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Projeto aquisição e coleção de obras”, Museu da Gravura, Curitiba; “Novas aquisições, Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Oito artistas”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Uma história da pele”, XII Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba; “60 anos de arte”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Projeto aquisição e coleção de obras – XI Mostra de Gravura de Curitiba”, Museu da Cidade de Curitiba.
2001
A individual “Waltercio Caldas: retrospectiva 1985-2000”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília, com curadoria, de Ligia Canongia, é acompanhada do livro Waltercio Caldas, organizado pela curadora, com entrevista do artista e seleção de textos.
É lançado também o livro Waltercio Caldas, que contempla toda a sua obra, com texto de Paulo Sergio Duarte (São Paulo: Cosac Naify).
As outras individuais são: “Waltercio Caldas: esculturas e desenhos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Participa de “Anos 70: trajetórias na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; “Lucio Fontana, a ótica do invisível”, Centro Cultural Banco do Brasil; “Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Experiment art in Brazil, 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Inglaterra; “Minimalism past and present”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “São ou não gravuras?”, MAM, São Paulo; “Atípicos”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Aquisições essenciais”, MAM, Rio de Janeiro; “Palavraimagem”, Mamam, Recife; “O espírito de nossa época”, MAM, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Trajetória da luz na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; e “Gilberto Chateaubriand – aspectos de uma coleção”, MAM, Rio de Janeiro.
2002
Porto Alegre recebe duas individuais do artista: “Livros”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli / Pinacoteca do Estado, São Paulo; e “Frases sólidas”, no Torreão. A obra O teatro: meio ato integra a Mostra Sesc de Artes “Ares e pensares”, Sesc, São Paulo; enquanto Figura de linguagem está na edição do Projeto Arte/Cidade – Zona Leste – Sesc Belenzinho. São numerosas as exposições das quais toma parte neste ano: “Anda uma coisa no ar” / Atelier Finep 2002, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Tempo”, MoMA, Nova Iorque; “The Cisneros Collection”, MoMA, Nova Iorque / MAM, São Paulo; “Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros”, MAM, Rio de Janeiro; “The independent pot”, Galeria Fortes Villaça, São Paulo / The Liverpool Biennal of Contemporary Art, Liverpool, Inglaterra; “Transit. Latin american art”, University of Essex, Reino Unido; “Geométricos e cinéticos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud; “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Matéria-prima”, Novo Museu, Curitiba; “São ou não são gravuras?”, Museu de Arte de Londrina; Arco / 2002, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri, Espanha; “Fragmentos a seu ímã”, Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília; “Coleção Sattamini: esculturas e objetos”, MAC, Niterói; “Diálogo, antagonismo e replicação na Coleção Sattamini”, MAC, Niterói; “Gravuras: Coleção Paulo Dalacorte”, Museu do Trabalho Porto Alegre / Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, Passo Fundo (RS); “Caminhos do contemporâneo 1952-2002”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Mapa do agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Entre a palavra e a imagem: módulo 1”, Sala MAM-Cittá América, Rio de Janeiro.
2003
Apresenta as individuais “Desenhos”, Artur Fidalgo Escritório de Arte, Rio de Janeiro; e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Integra “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil Brasília; “A autonomia do desenho / desenho anos 70”, MAM, Rio de Janeiro; “Geo-metrias – abstracción geométrica latinoamericana en la Colección Cisneros”, Museu Nacional de Artes Visuales, Montevidéu / Malba Colección Costantini, Buenos Aires; “Breaking the charmed circle, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Layers of brazilian art”, Faulconer Gallery, Iowa City, EUA; Arco / 2003, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri; “Projeto em preto e branco”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “A subversão dos meios”, Itaú Cultural, São Paulo; “Arco 2003”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Arte e sociedade: uma relação polêmica”, Itaú Cultural, São Paulo; “Escultores – esculturas”, Pinakotheke, São Paulo; “O sal da terra”, Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha (ES); “Coletiva 2003”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
2004
Recebe o Grande prêmio da Bienal da Coreia do Sul, com a instalação O ar mais próximo.
Lorenzo Mammi é o autor do texto do catálogo da individual “Esculturas e desenhos”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Instala ao ar livre a escultura Espelhos ausentes em propriedade particular em Itaipava, Rio de Janeiro. As coletivas são: “Latin American and Caribean art”, MoMA at El Museo de Barrio, Nova Iorque; “The L.A. years”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Arte contemporânea: uma história em aberto”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “30 artistas”, Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea brasileira nas coleções do Rio”, MAM, Rio de Janeiro; “Fotografia e escultura no acervo do MAM – 1995 a 2004”, MAM, São Paulo; “Visões espanholas, poéticas brasileiras”, Espaço Cultural da Caixa, Brasília; “Espaço Lúdico – um olhar sobre a infância da arte brasileira”, Centro BNDES, Rio de Janeiro; “A arte da gravura”, Arte Sesc Rio de Janeiro; “Pratos para a arte”, Museu Lasar Segall, São Paulo; “Experiências contemporâneas”, Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro; “Acervo”, Lurixs Galeria, Rio de Janeiro.
2005
Realiza as individuais “The Black series”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; e “Sculptures et dessins”, na Galerie Denise René Rive Gauche, Paris, com o texto “Gardons pour cela notre bonne humeur“ de Guy Brett, no catálogo. Faz o projeto de capa para o livro Duchamp – uma biografia, de Calvin Tomkins (São Paulo: Cosac Naify), incluindo uma edição especial de 400 exemplares.
Participa da V Bienal do Mercosul, Porto Alegre, com sala especial, e, à margem do Guaíba, instala permanentemente a escultura monumental Espelho rápido, com curadoria de Paulo Sergio Duarte. É o responsável pela cenografia da ópera “Erwartung” (A espera) e para o balé Noite transfigurada, ambos de Arnold Schoenberg, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e para o balé Paisagens imaginárias, em homenagem a Isadora Duncan e John Cage, com o grupo Aquarela, Belo Horizonte. Faz ainda oito gravuras como artista convidado do Ateliê de Gravura, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre.
Toma parte das coletivas: “Drawing from the modern 1945-1975”, MoMA, Nova Iorque; “Estrecho dudoso”, Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “Desidentidad”, Institut Valenciá d’Art Modern, Valência, Espanha; “Collection Cisneros”, Museu Nacional de Belas Artes, Santiago do Chile / Museu de Arte Moderna de Bogotá / Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “The hours – visual arts of contemporary Latin America”, Irish Museum of Modern Art, Dublin; “Desenhos: Waltercio Caldas, Cornelius Vôlker, Kyung Jeon”, Theodor Lindner Arte, Rio de Janeiro; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Objetos”, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro; “Múltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “Os primeiros anos da Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Trajetórias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Beyond geometry” LACMA, Los Angeles, e MAC de Miami, EUA.
2006
“Esculturas” é exibida na Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, trazendo texto de José Thomaz Brum no catálogo; e na Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, com o texto “A lucidez e o susto” de Luiz Camillo Osório; o Centro Universitário Maria Antônia, Universidade de São Paulo, abriga a individual “Frases sólidas”. Participa das coletivas: “An atlas of drawings”, MoMA, Nova Iorque; “Teor / ética – arte + pensamiento”, Museo de Arte y Deseño Contemporâneo, San Jose, Costa Rica; “Certain encountres – Daros Latinamerica Collection”, Morris and Helen Belkin Art Gallery, The University of British Columbia, Vancouver; “Acervo”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Diversas constâncias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Gravura em metal – matéria e conceito no Ateliê Iberê Camargo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Sinais na pista”, Museu Imperial, Petrópolis (RJ); “É hoje na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, Santander Cultural, Porto Alegre; “Nmúltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “O livro do artista”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “MAM [na] Oca – arte brasileira do acervo MAM São Paulo”, MAM, São Paulo; “Um século de arte brasileira. Coleção Gilberto Chateaubriand”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Publica o livro “Notas ( ) etc. em edição especial de 400 exemplares realizada pelo Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, com oito gravuras e textos do artista escritos ao longo de mais de 30 anos. Sai o livro Waltercio Caldas: O ateliê transparente de Marília Andrés Ribeiro pela C/Arte (Belo Horizonte).
2007
Três individuais são apresentadas: ”Esculturas e desenhos”, Galeria Elvira González, Madri; “Esculturas e desenhos”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; e “Estados de imagem: livros de Waltercio Caldas”, Museu Victor Meirelles, Curitiba. Participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr. Além disso está nas coletivas: “Desidentidad”, MAM, São Paulo; “Puntos de vista / Daros Latin American Collection”, Bochum Museum, Alemanha; “Arte contemporáneo – donaciones e aquisiciones”, Malba, Fundación Costantini, Buenos Aires; “Anos 70 – arte como questão”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Transparências”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “A gravura brasileira na coleção de Mônica e Jorge Kornis”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Pinta Contemporary Latin American Art Fair, Nova Iorque, artista homenageado; “Autorretrato do Brasil”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Olhar seletivo”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Alumínio digital”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Constructing a poetic universe – The Diane and Bruce Halle Collection”, The Museum of Fine Arts, Houston; “Lines, grides, stains, works”, MoMA, Nova Iorque; “Um século de arte brasileira / Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Salvador; “Antônio Dias, Waltercio Caldas e Tunga”, Galeria de Arte Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2007”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Universidade XV”, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro; Galeria de Arte Almeida Dale, São Paulo.
Publica a segunda edição do Manual da ciência popular e a tradução para o inglês (Manual of the popular science), incluindo obras que faziam parte do projeto da primeira edição; a publicação tem texto de Paulo Venâncio Filho e prefácio do artista (São Paulo: Cosac Naify).
2008
Apresenta as mostras “Horizontes”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, acompanhada do livro Horizontes, com texto de Paulo Venâncio Filho; e “Máis lugares”, Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha. As coletivas são: “Correspondences – contemporary art from the Colección Patrícia Cisneros”, Wheaton, Norton Massachusetts, EUA; Galeria Elvira González, Madri; “Face to face”, The Daros Collection, Zurique; “Lines, grides, stains, works”, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto / Museum Wiesbaden; “Estados de imagem”, Museu Victor Meirelles, Florianópolis; “Sculpture”, Galerie Denise René, Paris; “Geografias (in)visibles – Colección Patrícia Cisneros”, Centro Cultural Eduardo Leon Jimenes, República Dominicana; “Luz, cor e movimento”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Traçados modernos e contemporâneos”, Galeria de Arte Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2008”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Entre o plano e o espaço”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Múltiplos sentidos – Amílcar de Castro e Waltercio Caldas”, Galeria Sílvia Cintra, Rio de Janeiro; “MAM-60”, MAM, São Paulo.
Publica o livro “Waltercio Caldas – máis lugares” (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia), com texto de Luiz Camillo Osório.
2009
Neste ano realiza as individuais “Sculptures”, Galerie Grita Insam, Viena; “Sculptures et dessins”, Galerie Denise René, Paris, e “Salas e abismos”, Museu Vale, Vila Velha (ES), onde reúne, pela primeira vez, nove instalações criadas desde 1983, como A velocidade, incluindo salas inéditas no Brasil, como Meio espelho sustenido (2007) e Orquestra (2008).Participa das coletivas “Weltanschauung – visione del mondo”, Art Fórum Wurth Capena, Roma; “Happy yellow”, Galerie Denise René, Paris; “Dentro do traço, mesmo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Matisse hoje / aujourd’hui”, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Obranome II, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “Olhar da crítica (arte premiada da ABCA e o acervo artístico dos palácios)”, Palácio dos Bandeirantes, São Paulo; “Coletiva 2009”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Livrobjeto”, A c /Arte Galeria, Belo Horizonte; “After utopia”, Centro per l’arte contemporânea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Bijoux d’artistes”, Musée Du Temps, Bensançon, França.
Publica os livros Salas e abismos, onde estão todas as instalações criadas pelo artista até essa data, textos de Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte e Sônia Salzstein (São Paulo: Cosac Naify); As esculturas ao aire libre de Waltercio Caldas, apresentando os projetos e todas as esculturas instaladas ao ar livre até 2008, com textos de Manuel Oliveira, Sônia Salzstein e Roberta Calabria (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia).
2010
A exposição “Salas e abismos”, no MAM, Rio de Janeiro, é ampliada com a montagem de outras três salas: O jogo do romance II (1978), Escultura para todos os materiais não transparentes (1985) e Quarto amarelo (1999).
Além dessa, faz ainda outras individuais: “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Paisagens, etc.”, Palacete das Artes, Museu Rodin, Salvador; e “Esculturas e desenhos”, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, com o texto “Ajustou a frequência para o desvio”, de João Bandeira, no catálogo. Integra as seguintes coletivas 6a Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre; “Das Verlangen nach Form”, Akademie der Künste, Berlin; “After utopia – a view on brazilian contemporary art”, Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Os 70’s”, Galeria Progetti, Rio de Janeiro; “Transição / from now on... ”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Ponto de equilíbrio”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “À sombra do futuro”, Instituto Cervantes, São Paulo; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Coletiva 10”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “O olhar do colecionador, Coleção Tuiuiu”, Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo; “Recortes de uma coleção – Bruno Musatti”, Galeria Ricardo Camargo, São Paulo; “Body guard – une collection privée de bijoux d’artistes”, Passage de Retz, Paris.
2011
Duas individuais são apresentadas: “Nuevos objetos”, na Galeria Elvira González, Madri; e “A série Negra”, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, com o texto “Notas refletidas”, de Guy Brett, no catálogo.
Realiza a intervenção urbana Eixo Monumental como parte do projeto Aberto Brasília. Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e das coletivas “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça; “Zona letal, espaço vital / Obras da Caixa Geral de Depósitos”, Museu de Arte Contemporânea de Elvas / Museu Municipal de Tavina /M/I/MO – Museu da Imagem em Movimento, Leiria, Portugal; “Art in Brazil 1950-2011”, Palais de Beaux Arts, Bruxelas; “A rua”, Museum Van Hedendaagse Kunst, Antuérpia; “Aberto Brasília / Intervenções Urbanas”, Ministério da Cultura, Brasília; “Underwood”, Galerie 1900-2000, Paris.
Recebe o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, na categoria Artes Visuais, pela relevância do seu trabalho para a cultura do Estado. Publica o livro Outra fábula, que integra a edição especial de 200 exemplares do livro Salas e abismos (São Paulo: Cosac Naify).
2012
Além de “Múltiplos e gravuras”, na Galeria Múltiplo Espaço Arte, Rio de Janeiro, apresenta “Cromática”, sua individual mais recente, inaugurada em 15 de agosto na Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, que aborda a eloquência da cor nos volumes da escultura e nos espaços da arquitetura. Está na coletiva “Notations – The Cage effect today”, Hunter College, Times Square Gallery, Nova Iorque.
Publica o ensaio gráfico “Ficção nas coisas” no décimo número da revista Serrote; e o livro Cronometrias. (Rio de Janeiro: Lithos), com gravuras e textos do artista.
Fonte: Site oficial Waltércio Caldas, consultado pela última vez em 31 de outubro de 2020. Cronologia organizada por Paloma Carvalho Santos e Rosalina Gouveia. Texto retirado do livro: Waltercio Caldas - O ar mais próximo, desenvolvido em ocasião da exposição organizada pela Fundação Iberê Camargo e Blanton Museum of art.
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Biografia - Wikipédia
Estudou pintura com Ivan Serpa (1923 - 1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro é co-editor da revista Malasartes integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a s4a produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA, por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza em 1997, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Em 2007 participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr.
Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, em 2011, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e da coletiva “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça.
Fonte: Wikipédia, consultada pela última vez em 31 de outubro de 2020.
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Waltercio Caldas, o ar mais próximo E outras matérias
Programa Educativo, Fundação Iberê Camargo
A Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e o Blanton Museum of Art / University of Texas, Austin, estão juntando forças para organizar o primeiro ensaio abrangente da carreira de um dos artistas contemporâneos mais importantes do Brasil: Waltercio Caldas. Esta exposição explora a obra completa do artista, dos anos de 1960 até hoje, e investiga a centralidade de Caldas na arte brasileira, seu papel no cenário internacional e sua posição única sobre a arte e seu etos. A mostra — inaugurada em Porto Alegre, em setembro de 2012, segue para São Paulo em fevereiro de 2013 e, mais tarde, em outubro, para Austin — revela inteiramente o trabalho de um artista que dá forma ao espaço intangível através de uma linguagem visual única.
Ao trabalhar em uma série de meios, Waltercio examina as qualidades físicas de objetos e espaços, desafiando os pressupostos que os observadores trazem para o ato de observação. Ele define sua prática como o ato de esculpir a distância entre objetos, invertendo a definição convencional de escultura como um volume autocontido e denso. Acima de tudo, a simplicidade e a precisão formal definem sua arte, qualidades que expressam sua meta de produzir o que ele descreve como “trabalho maximamente presente através de mínima ação”. Sua instalação O ar mais próximo (1991), na qual extensões suspensas de fios vermelhos e azuis radicalmente transformam o espaço vazio, reúne essas preocupações e exemplifica a sua predileção por títulos poéticos e ambíguos. Outra marca da sua prática é a produção de livros de artista, uma obra que ilustra o uso divertido que o artista faz da palavra escrita e seu interesse em história da arte, filosofia e sistemas de conhecimento.
Waltercio Caldas considera a história da arte um de seus materiais de trabalho e de forma bem particular utiliza uma ampla gama de referências brasileiras e internacionais. Ele combina a sensibilidade formal aguda de Constantin Brancusi com o questionamento conceitual de Marcel Duchamp dos limites da arte. A exposição “O ar mais próximo e outras matérias (1968-2012)” apresenta um artista cujo trabalho amplia o escopo do discurso histórico da arte tradicional, ao desafiar ativamente os observadores a questionarem suas percepções de espaço e noções de realidade.
Biografia
Waltercio Caldas nasce em 1946, no Rio de Janeiro, cidade onde vive e trabalha atu - almente. Seus estudos no campo artístico tiveram início na década de 1960, quando estudou com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). As constantes visitas a exposições, galerias e a biblioteca do MAM são fundamentais nesse período de formação. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e programador visual. Nos anos seguintes, leciona artes e percepção visual no Instituto Villa-Lobos. Ainda nesse período, Waltercio, ao lado de outros artistas e críticos, atua como editor da revista Malasartes, que tratava sobre a “política das artes”, como declarava seu primeiro editorial, ao trazer discussões acerca do cenário contemporâneo brasileiro. A partir de 1973, o artista começa a expor suas obras. Desde então, Waltercio realizou mostras individuais no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; na Kanaal Foun - dation, Bélgica; no Stedelijk Museum, em Amsterdã; e na Christopher Grimes Gallery, em Santa Mônica, entre outros espaços. Participou também da Bienal de Veneza de 1997, assim como de múltiplas Bienais do Mercosul e de São Paulo.Seu trabalho faz parte das coleções do Museum of Modern Art, Nova York; Blanton Museum of Art, University of Texas, Austin; National Gallery of Art, Washington, D.C.; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Colección Patricia Phelps de Cisneros, Venezuela/Nova York; e Bruce and Diane Halle Collection, Scottsdale. Em 2007, após receber convite para participar da 52ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, o artista cria especialmente para essa edição da mostra a obra Meio Espe - lho Sustenido. Suas exposições individuais mais recentes foram realizadas no Museu Vale, em Vila Velha (ES), no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, no CEUMA, e no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em Brasília, em uma importante retrospectiva de seu trabalho. Waltercio é também autor de livros como Manual da Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996) e cenários para peças de teatro e dança
Fonte: IberêCamargo.org, por Camila Monteiro Schenkel e Cristina Yuko Arikawa (Concepção) e André Fagundes, Camila Schenkel, Cristina Arikawa, Fabrício Teixeira, Lívia dos Santos, Romualdo Correa (Textos).
Crédito fotográfico: ABACT, por Pedro Ivo - Trasferetti, Fundação Bienal de São Paulo.
Waltercio Caldas Júnior (Rio de Janeiro, RJ, 6 de novembro de 1946), mais conhecido como Waltercio Caldas, é um escultor, desenhista, gravador, artista gráfico, cenógrafo e figurinistra brasileiro, tendo grande destaque na arte contemporânea nacional e internacional.
Biografia - Itaú Cultural
Estuda pintura com Ivan Serpa (1923-1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; é co-editor da revista Malasartes; integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ; participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a sua produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Comentário Crítico
No início dos anos 1960, Waltércio Caldas se interessa pela arte e passa a freqüentar exposições no Rio de Janeiro. Estuda com Ivan Serpa (1923-1973), no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ), a partir de 1964. O dia-a-dia das aulas e as visitas ao acervo do museu o aproximam da produção moderna e contemporânea. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e diagramador da Eletrobrás e participa de sua primeira exposição coletiva profissional, na Galeria Gead. Na época desenha e faz maquetes de projetos arquitetônicos improváveis.
Em 1969, realiza os Condutores de Percepção, trabalho que é chave em sua carreira. Com ele, inicia uma série de obras feitas a partir da inserção de objetos rotineiros em estojos bem-cuidados com uma plaqueta onde se lê o nome do trabalho, elemento definidor da obra. Esses trabalhos são montados na sua primeira individual, no MAM/RJ, em 1973, com ótima repercussão. Segundo o crítico de arte Ronaldo Brito, as obras expostas são "muito menos objeto de contemplação do que uma forma ativa de veicular um pensamento, de produzir uma crise nos hábitos mentais do espectador".
Em 1975, faz a individual A Natureza dos Jogos, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Traz 100 obras, entre desenhos, objetos e fotografias. Três anos mais tarde, realiza esculturas, como Convite ao Raciocínio e Objeto de Aço. Nessa época, cria obras que comentam trabalhos de nomes consagrados da história da arte. Realiza a Experiência Mondrian e Talco sobre Livro Ilustrado de Henri Matisse. Este último trabalho dá inicio a outras obras feitas com base em livros, como Aparelhos (1979), Manual de Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996).
A partir da década de 1980, o artista cria maior número de instalações. Em 1980, realiza Ping Pong, e 0 É Um. Três anos depois expõe A Velocidade, na 17ª Bienal Internacional de São Paulo. Ao mesmo tempo trabalha em uma série de esculturas. E se dedica, basicamente, a essa modalidade na segunda metade da década. Faz vídeos, desenhos e intervenções quase invisíveis no espaço; mas sua atividade primordial é a escultura.
Em 1989, instala a sua primeira escultura pública: O Jardim Instantâneo no Parque do Carmo, em São Paulo e cinco anos depois produz outra peça em espaço aberto: Omkring, na Noruega. Em 1996, realiza o monumento Escultura para o Rio, no centro do Rio de Janeiro, onde se evidencia uma síntese de seu trabalho: a sutileza conceitual que sempre o caracterizou, aliada a uma capacidade de mobilização de espaço público.
Críticas
"O trabalho está preso aos limites da arte, a sua exigência é de ali situar-se em extremos. Mais do que a consciência, o trabalho tem a obsessão dos limites. Respira essa tensão e extrai força dessa ambigüidade. O que é arte e o que não é, quando é e quando deixa de ser, como pode sê-lo e como pode não sê-lo, essas são as suas questões. Mas ele não as coloca diretamente porque isso equivaleria a negá-las, escapar de sua pressão contínua, definir-se como consciência que interroga e responde. O trabalho vibra nessas questões, estas são o seu meio ambiente: só ali produz sentido, organiza e agita sentidos. O seu espaço é portanto a iminência do vazio, os limites, o que está entre as linhas que existem enquanto processo de demarcação de regiões diferentes. É sobre essas linhas que atua, captando a tensão circundante. E o trabalho não é senão essas linhas. Digamos que seja uma espécie de dispositivo perverso. O seu olho, o seu cálculo consistiria precisamente em detectar os graus de ambigüidade e inadequação do objeto de arte, mas, do conceito de arte, ainda mais da instituição arte. Tudo isso, é claro, sendo um trabalho de arte. Pode-se imaginá-los em ação: meio soturnamente tirando prazer da desmontagem dos mecanismos que transformam a obra de arte numa aparente totalidade, perfeita em seu círculo, dominando coerentemente a sua circulação. Nesse processo sádico (que seria também um masoquismo) conta sobretudo o poder de desarticular, embaralhar, as várias instâncias que de modo implícito compõem a obra de arte e mascaram a sua constituição problemática. Trata-se, obviamente, de uma operação analítica: desconstrução do solo e das paredes da arte (objeto, conceito, circuito). O prazer do trabalho, o seu thrill, só aparece quando a arte fica em estado de suspensão, quando a arte é posta entre parênteses".
Ronaldo Brito
"A ciência acústica conhece um fenômeno chamado som de combinação, ou terceiro som. Se duas notas de alturas diferentes, mas relativamente próximas, são tocadas simultaneamente, suas freqüências entram em choque e produzem uma terceira nota claramente audível, equivalente à diferença entre elas. Embora tenha sido descoberto no século XVIII, até hoje não se sabe se o terceiro som é uma realidade física ou uma reação neurológica. Por analogia, poderíamos pensar nos trabalhos de Waltercio Caldas como objetos de combinação, ou terceiros objetos. Neles, há grande proximidade e, portanto, choque entre o projeto da obra e sua presença física. O projeto não parece ser anterior ao objeto, não poderia ser destacado dele como uma idéia ou um método construtivo, no entanto, o objeto é tão mediado, tão milimetricamente calculado, que remete necessariamente a um projeto. Os volumes das esculturas de Waltercio são incorpóreos, mentais e, todavia, não conseguimos definir com clareza sua geometria, não poderíamos duplicá-los ou utilizá-los como módulos. As coisas aludem ao espaço, mas não o desenham. Interrogados, seríamos obrigados a responder tautologicamente: 'Este espaço aqui, que estas coisas sugerem". Idéia e corpo não ocupam, assim, dois lugares separados, um no pensamento, outro no espaço eles superpõem-se, parecem gerar um ao outro simultaneamente. Como duas oscilações próximas, mas diferentes, que entram em fase, pensamentos e matéria criam assim uma perturbação, uma vibração secundária, que não pode ser reconduzida a nem uma nem outra freqüência principal, embora seja, com toda evidência, um reflexo delas. A substância do trabalho de Waltercio está justamente nessa vibração, algo que não é corpo nem idéia, algo que não enxergamos na obra, mas que podemos intuir por meio de ou graças a ela. Onde está a obra, nesse caso? Não apostaríamos em sua realidade física, tampouco em seu caráter de mera ilusão dos sentidos".
Lorenzo Mammì
"Suas esculturas em madeira, vidro, álcool e metal atestam o rigor formal sempre presente em sua produção e, ao mesmo tempo, a mordacidade com que quase sempre se posicionou em relação à arte e seu circuito. Observando suas obras, o visitante perceberá que Caldas atualmente mergulha na subversão de certos pressupostos da tradição construtiva. Suas esculturas interrogam os rigores da geometria aplicados à escultura, criticam a participação física do público na apreciação da obra (as peças em vidro, se tocadas, podem simplesmente espatifar) e, quando se aproximam do design - uma das utopias construtivas -, desestruturam seu conceito de funcionalidade. Caldas descarrega sobre a tradição construtiva uma ironia e uma consciência crítica que há anos não se via com tanta intensidade. A razão para essa lacuna agora recuperada talvez esteja na própria trajetória do artista. Em 1979, sua produção ganhou notoriedade com a publicação do livro Aparelhos. Ali, o crítico Ronaldo Brito, analisando a obra do artista, pontua uma possibilidade outra de fazer arte contemporânea no Brasil, aparentemente muito distante daquela pregada pela nova objetividade brasileira, tendência onde pontificara Hélio Oiticica nos anos 60/70. Metaforicamente, o livro anunciava a morte de Oiticica no ano seguinte e, com ela, o esfacelamento daquela arte de fundamentação romântica, ingenuamente em busca do rompimento das barreiras entre arte e vida, artista e espectador. A produção de Caldas na época - objetos de derivação dadaísta e surrealista, filtrados pela arte conceitual - tripudiava sobre esse romantismo libertário. Caldas nos anos 80 passará por uma inversão circunstancial, parece: de artista muito preocupado com o discurso sobre arte, ele tentará converter-se em escultor, sondando e aprofundando a cada obra o discurso da escultura moderna. É o momento em que sua produção tende a perder a corrosão crítica e aproximar-se de um formalismo sem saída".
Tadeu Chiarelli
"O movimento da obra de Waltercio na esfera da história da arte brasileira pós-construtiva, incorporando a contribuição neoconcreta e rediscutindo seus axiomas e postulados através de um diálogo conceitual, já é uma das faces reconhecidas por todos que acompanham o desenvolvimento desse trabalho há mais de duas décadas. Além da interrogação cognitiva do conceito, o conhecimento desse trabalho traz uma dimensão existencial. No projeto de expandir o campo do olhar explorando uma inteligência puramente óptica - a arte de Waltercio raramente traz qualquer retórica embutida - existe sempre um resíduo cético, em que a interrogação se apresenta com uma novidade: a dúvida feliz. Pervertendo a lógica positiva que sustenta a racionalidade mundana e seu elogio mesquinho do que se convencionou chamar de ´resultados´, esses exercícios insistem em contrariar o senso comum. Negando o culto da imagem e a falsa generosidade desse universo farto de figuras e pobre em raciocínio, as esculturas de Waltercio trazem na sua ascese uma sutil dose de humor da qual deriva o prazer. Essa dimensão existencial se realiza num processo em cadeia, em sucessivos enigmas para a retina, na promessa de que, se não cessarmos de usar a inteligência, é possível conviver com o real, apesar de sua brutalidade e aparência absurda".
Paulo Sérgio Duarte
Video Enciclopédia Itaú Cultural
Em anexo acima
Esculturas, objetos, instalações e desenhos transcendem o espaço no imaginário do multiartista Waltercio Caldas, cuja atuação nas artes tem início nos anos 1960. O artista imprime sua marca definitiva no cenário na década seguinte, ao criar os icônicos objetos-caixa, espécie de maletas que recebem o Prêmio Anual de Viagem, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), em 1973. Na década de 1980, suas obras ganham o espaço público. No Instituto Inhotim, em Minas Gerais, por exemplo, está Escultura para Todos os Materiais não Transparentes (1985), feita de mármore e madeira. Além desses materiais, Caldas costuma utilizar aço inoxidável, acrílico, fios de algodão e o que for necessário e fizer sentido em cada um de seus trabalhos. “O principal elemento da arte é a liberdade”, diz ele. “Por isso, uso materiais variados. A arte seria uma espécie de abismo para frente, para o qual você é atraído”, compara.
Produção: Documenta Vídeo Brasil; Captação, edição e legendagem: Sacisamba; Intérprete: Carolina Fomin (terceirizada); Locução: Júlio de Paula (terceirizado)
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Cronologia - Site oficial
1946
Nasce no Rio de Janeiro
1960
Faz os primeiros desenhos, aquarelas, guaches e pequenos objetos.
1964
É aluno de Ivan Serpa, no Museu de Arte Moderna – MAM, Rio de Janeiro.
1965
Seu primeiro trabalho gráfico é a capa do livro A Amazônia e a cobiça internacional, de Arthur Cezar Ferreira Reis (Rio de Janeiro: Edinova).
1967
Atua como desenhista técnico e programador visual da Eletrobrás.
Na sua primeira exposição coletiva, na galeria Gead, Rio de Janeiro, recebe o prêmio da categoria desenho. Produz as primeiras maquetes em papel cartão.
1969
Realiza Condutores de percepção, um objeto que se tornaria um paradigma em sua obra.
1970
Cria sua primeira cenografia para a peça A lição, de Eugène Ionesco, dirigida por Ronaldo Tapajós, Conservatório Nacional do Teatro do Rio de Janeiro.
1971
No Salão de Verão, no MAM, Rio de Janeiro, expõe três objetos-caixas, que são adquiridos pelo colecionador Gilberto Chateaubriand.
1971 / 1972
Leciona Arte e Percepção Visual no Instituto Villa-Lobos, a convite do diretor do Instituto, o músico Reginaldo de Carvalho.
1972
Participa do III Salão de Verão e do evento coletivo “Ex-posição”, ambos no MAM, Rio de Janeiro, e ainda de coletiva na Galeria Veste Sagrada, Rio de Janeiro.
1973
Na primeira individual – “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, com 21 desenhos e 13 objetos –, ganha da Associação Brasileira de Críticos de Arte, juntamente com Alfredo Volpi, o Prêmio Anual de Viagem / Melhor Exposição. Sai publicado no jornal Opinião o primeiro texto crítico de Ronaldo Brito, e depois outras críticas, como as de Walmir Alaya, Roberto Pontual e Frederico Morais, surgem na imprensa.
No Rio de Janeiro suas obras estão nas coletivas “Indagações sobre a natureza, significado e função da obra de arte”, com curadoria de Fernando Morais, na galeria do Instituto Brasil – Estados Unidos / Ibeu; “Vanguarda internacional – Coleção Thomas Cohn”, Ibeu, Rio de Janeiro; e “O rosto e a obra”, Galeria Grupo B.
1974
Apresenta trabalhos na mostra individual “Narrativas”, Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt, Rio de Janeiro; e nas coletivas “Desenho brasileiro 74”, IX Salão de Arte Contemporânea do Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Desenhistas brasileiros”, Galeria Maison de France, Rio de Janeiro; “Arte gráfico brasileño de hoy”, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; Galeria Intercontinental, Rio de Janeiro; “Alguns aspectos do desenho brasileiro”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Grabadores y dibujantes brasileños”, Museo de Arte Contemporáneo de Madrid.
1975
A convite do diretor do Museu de Arte de São Paulo – Masp, Pietro Maria Bardi, faz a individual “A natureza dos jogos”, abrangendo o período de 1969 a 1975. O catálogo da exposição traz o texto “O espelho crítico” de Ronaldo Brito. Além da mostra, também individual, “Esculturas e desenhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, integra “Panorama do desenho brasileiro”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Novas aquisições”, MAM, Rio de Janeiro; “(Arte)”, Museu de Arte Contemporânea de Campinas; “Arte gráfico brasileño de hoy”, promovida pelo Itamaraty, Sala de Exposiciones de la Dirección General de Bellas Artes, Barcelona; “Art graphique brésilien”, Musée Galliéra, Paris, quando os desenhos do artista expostos são adquiridos pelo Itamaraty.
1975 / 1976
Coeditor de Malasartes, revista de arte e política cultural, importante na difusão das manifestações artísticas da época.
1976
Na individual “Objetos e desenhos”, MAM, Rio de Janeiro, mostra pela primeira vez os objetos Circunferência com espelho a 30o, Dado no gelo e Pontos. Toma parte em “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM, Salvador; “Raízes e atualidade / Coleção Gilberto Chateaubriand.”, Palácio das Artes, Belo Horizonte.
Publica, juntamente com Carlos Zílio, José Resende e Ronaldo Brito, o artigo “O boom, o pós-boom, o disboom”, no jornal Opinião.
É membro da Comissão de Planejamento Cultural do Museu de Arte Moderna – MAM,Rio de Janeiro, que discute o destino da sala experimental do museu.
1977
Renuncia à indicação para a Bienal de Veneza, por questão político-cultural. Realiza os primeiros trabalhos com cédulas de dinheiro, como Notas para ambiente e Dinheiro para treinamento. Além de “Arte brasileira – os anos 60-70 / Coleção Gilberto Chateaubriand”, no Casarão de João Alfredo, Recife, integra uma coletiva na Fundação Cultural do Distrito Federal.
1978
Produz Talco sobre livro ilustrado de Henri Matisse, Convite ao raciocínio, Aparelho de arte, Prato comum com elásticos, Tubo de ferro / Copo de leite e A experiência Mondrian.
1979
A individual “Aparelhos”, na Galeria Luisa Strina, São Paulo, tem em seu catálogo o texto “Olho de vidro” de Paulo Venâncio Filho. Publica pela GBM Aparelhos (Rio de Janeiro), o primeiro livro sobre o conjunto de sua obra, com trabalhos realizados entre 1967 e 1978, ensaio de Ronaldo Brito e programação visual do artista e de Paulo Venâncio Filho.
1980
Apresenta a individual “Ping-ping – a construção do abismo”, na Galeria Saramenha, Rio de Janeiro; e a instalação 0 é um, projeto Espaço ABC / Funarte, Parque da Catacumba, Rio de Janeiro. Coedita – com Cildo Meireles, José Resende, João Moura Júnior, Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte, Ronaldo Brito, Rodrigo Naves e Tunga – o número único do jornal A Parte do Fogo.
1981
Realiza, com o músico Sérgio Araújo, um disco com os trabalhos A entrada da Gruta de Maquiné (Waltercio Caldas) e Três músicas (Sérgio Araújo).
“Arte e pesquisa” no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC / USP e Fundação Bienal de São Paulo; “Artistas brasileiros contemporâneos”, Galeria São Paulo; “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro, estão entre as coletivas de sua carreira.
1982
“O livro mais rápido” é apresentado em individual e lançado no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Ao ministrar palestra na Universidade Federal do Rio de Janeiro, apresenta, na sala, a intervenção, que constituiu a obra A superfície algébrica.
Participa da coletiva “Do moderno ao contemporâneo – Coleção Gilberto Chateaubriand”, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Realiza a primeira escultura pública – The blind shape (Formato cego) – no Paseo de las Américas, Punta del Este, Uruguai, por ocasião do Encuentro Internacional de Escultura al Aire Libre, a convite de Angel Kalemberg. Publica o Manual da Ciência Popular, para o qual escreve o prefácio e com texto de Paulo Venâncio Filho (Coleção ABC / Funarte).
1983
Exibe a instalação A velocidade, em sala especial da XVII Bienal Internacional de São Paulo. Faz colaborações gráficas especiais para o caderno Folhetim, da Folha de S. Paulo.
Além da individual “Algodão negativo”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, mostra seus trabalhos nas coletivas “Imaginar o presente”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “3.000m3”, Galpão Rioarte, Rio de Janeiro; e no MAM, Rio de Janeiro.
1984
A Galeria GB Arte, no Rio de Janeiro, recebe a individual “Esculturas”. Participa da I Bienal de Havana, Cuba, e das coletivas: “Abstract attitudes”, Center for Inter-American Relations, Nova Iorque e no Museum of Art, Rhode Island School of Design, Providence, com curadoria de John Stringer; “Tradição e ruptura”, Masp; “Arte brasileira atual: 1984”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Coleção Gilberto Chateaubriand – retrato e autorretrato da arte brasileira”, MAM, São Paulo; e Salão de vidro”, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
1984 / 1985
Mora em Nova Iorque durante um ano.
Elabora a obra Escultura para todos os materiais não transparentes e apresenta-se na coletiva “Panorama de arte atual brasileira – Formas tridimensionais”, MAM, São Paulo.
1986
Expõe em individuais obras da série Escultura para todos os materiais não transparentes no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e na Galeria Paulo Klabin, Rio de Janeiro; e em várias coletivas, como: “A nova dimensão do objeto”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “Arte contemporânea brasileira / Coleção Deninson”, Masp, São Paulo; “Coleção Knijnik”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Arte contemporânea brasileira – tendências”, Galeria Montesanti, Rio de Janeiro; Petite Galerie, Rio de Janeiro; “12 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo. Recebe o prêmio de melhor vídeo e direção do Festival de Cinema e Vídeo do Maranhão, Embrafilme, e prêmio especial do Júri, Jornada de Cinema da Bahia, para o vídeo Apaga-te Sésamo, sobre a sua obra (direção e fotografia de Miguel do Rio Branco; produção Studio Line / Rio Arte).
1987
Participa, simultaneamente, de dois segmentos da XIX Bienal Internacional de São Paulo: “Imaginários singulares”, com curadoria de Sônia Salzstein e Ivo Mesquita, onde expõe quinze esculturas de 1969 a 1987, e “Elementos de redução na arte brasileira”, com curadoria de Gabriela S. Wilder; além das coletivas: “Modernidade – art brésilien du 20ème siècle”, Musée dArt Moderne de la Ville de Paris / MAM, São Paulo; “Works on paper”, GDS Gallery, Nova Iorque; “Arte e palavra”, Fórum de Ciência e Cultura, Universidade Federal do Rio de Janeiro; “Ao colecionador”, MAM, Rio de Janeiro; “A ousadia da forma”, Shopping da Gávea, Rio de Janeiro; “Palavra imágica”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
1988
O Rio Janeiro recebe duas exposições individuais: “Ciclo de Esculturas”, na Galeria Sérgio Milliet / Funarte, catálogo com o texto “Olhar o mar” de Sônia Salzstein; e “Quatro esculturas curvas”, na Galeria Paulo Klabin. Integra as coletivas: “Arte hoje 88”, XIII Salão de Ribeirão Preto; “Papel no espaço”, Galeria Aktuell, Rio de Janeiro; “Expressão e conceito anos 70”, Galeria Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro; “Modernidade – arte brasileira do século XX”, Masp, São Paulo.
1989
A individual “Esculturas”, na Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, tem catálogo com o texto “Calor branco” de Sônia Salzstein. Software, escultura luminosa, é instalada temporariamente no Vale do Anhangabaú e, em caráter permanente, a obra pública O Jardim instantâneo, no Parque do Carmo, São Paulo, comemorativa do Bicentenário da Declaração dos Direitos Humanos, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, ambas em São Paulo.
Participa do evento especial “Arte em jornal”, na XX Bienal Internacional de São Paulo, promovido a partir de intervenções de artistas no espaço gráfico do Jornal da Tarde, de São Paulo. Realiza o vídeo Software, uma escultura (direção de Ronaldo Tapajós / coprodução: Jornal da Tarde e Q. Produções); e ainda das coletivas “Rio hoje”, comemorativa da reabertura do MAM, Rio de Janeiro; “10 escultores”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Nossos anos oitenta”, Galeria GB Arte / Casa de Cultura Laura Alvim, Rio de Janeiro; “Caminhos”, Rio Design Center, Rio de Janeiro; “Desenho, uma geração”, Galeria Graffiti, Bauru (SP); II Arte Inverno, Automóvel Clube de Bauru. Faz o ensaio gráfico exclusivo “É=” para a revista Guia das Artes.
1990
Apresenta a individual de desenhos “Tekeningen”, na Pulitzer Art Gallery, Amsterdã, e “Desenhos”, na Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, com o texto “Desenhos líquidos”, de Paulo Sergio Duarte, em seu catálogo. Neste mesmo ano está nas coletivas: “Transcontinental”, Ikon Gallery, Birmighan, e Cornerhouse Gallery, Manchester (curadoria de Guy Brett); Prêmio Brasília de Artes Plásticas, no Museu de Arte de Brasília, com prêmio de aquisição da peça Einstein (1987); “Panorama de arte atual brasileira / 90 – papel”, MAM, São Paulo; “Cor na arte brasileira”, Paço das Artes, São Paulo; “Art Los Angeles 1990”, Los Angeles; “Arte brasileira contemporânea”, Galeria 110 Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
1991
Exibe esculturas e desenhos na individual “Sculpturen en Tekeningen”, Kanaal Art Foundation, Kortrijk, Bélgica, cujo catálogo tem o texto “Clear bias” de Ronaldo Brito.
Em outra individual, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, além de desenhos estão esculturas da série Próximos. Suas obras são mostradas em várias coletivas: “Imagem sobre imagem”, Espaço Cultural Sérgio Porto / Rioarte, Rio de Janeiro; II Exposição Internacional de Esculturas Efêmeras, Fortaleza; Festival de Inverno, Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte; “Il Sud del mondo – l’autra arte contemporanea”, Galeria Cívica d’Arte Contemporânea F. Pizzo, Comune de Marsala, Itália; “O clássico no contemporâneo”, Paço das Artes, São Paulo.
1992
A instalação Raum für nächsten Augenblick, criada especificamente para a Documenta de Kassel deste ano, passa a ser exibida em caráter permanente na Neue Galerie, Staatliche Museen, Kassel.
Além da individual “Sculpturen em Tekeningen”, no Stedeljk Musée Schiedam, Holanda, suas obras são apresentadas nas coletivas: “Amerika”, Koninklijk Museum Voor Schone Kunsten, Antuérpia, Bélgica; “Amériques Latines – art contemporain”, Musée National d’Art Moderne Centre Georges Pompidou e Fondation Nationale des Arts, Hôtel des Arts, Paris; “Coleção Gilberto Chateaubriand 60-70”, Galeria de Arte do Sesi, São Paulo; “Artistas na Documenta”, Museu de Arte de São Paulo; “Brazilian contemporary art”, Galeria Ibac, Rio de Janeiro; “Quatro artistas na Documenta”, Museu da República, Rio de Janeiro; “Exposição internacional de gravuras”, Curitiba; “Coca-Cola 50 anos com arte”, Rio de Janeiro.
1992 / 1993
Participa de “Klima global – arte Amazonas”, evento paralelo à ECO 92, no MAM, Rio de Janeiro e no Museu de Arte de Brasília, 1992; além de coletiva no Staatliche Kunsthalle Berlim, 1993.
1993
A individual “O ar mais próximo” inaugura a sala Século XXI do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, e recebe o Prêmio Mário Pedrosa de melhor exposição do ano no país, conferido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte. É um ano em que está presente em muitas mostras coletivas: “Two works”, com o artista José Resende, John Gibson Gallery, Nova Iorque; “Out of place”, Vancouver Art Gallery, Canadá; “Brasil: segni d’arte – libri e video, 1950-1993”, Veneza, Milão, Florença e Roma; “Latin american artists of the twentieth century”, MoMA, Nova Iorque; “Lateinamerikanische Kunst im 20. Jahrhundert”, Joseph Hanbrich Kunstalle, Colônia, Alemanha; “Emblemas do corpo”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil 100 anos de arte moderna”, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Um olhar sobre Joseph Beuys”, Museu de Arte de Brasília; “Arte erótica”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravuras”, Espaço Namour, São Paulo; “Poética”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “O desenho moderno no Brasil / Coleção Gilberto Chateaubriand”, Galeria do Sesi, São Paulo. “L’ordre des choses”, Centre d’Art Contemporain, Domaine de Kerguéhennec, França; “A presença do ready-made, 80 anos”, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo; “O corpo e a obra”, Museu de Arte Contemporânea, Edel Trade Center, Porto Alegre.
1994
Instala a escultura Omkring, na cidade de Leirfjord, Noruega, como parte do projeto Skulptulandskap Nordland, em que artistas de diversos países são convidados a instalar esculturas em caráter permanente em espaços públicos de cidades norueguesas, sob a curadoria de Maareta Jaukkuri.
O crítico Paulo Sergio Duarte é o autor do texto “Interrogações construtivas” do catálogo da individual de esculturas no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
É convidado para a segunda edição do Projeto Arte / Cidade – “A cidade e seus fluxos” com a obra A matéria tem dois corações, instalada no edifício Guanabara, no centro da cidade do Rio de Janeiro. Integra as exposições “Mapping”, MoMA, Nova Iorque (um dos três desenhos de 1972 expostos é adquirido para o acervo do museu); “Precisão”, junto com Amílcar de Castro e Eduardo Sued e com curadoria de Irma Arestizábal, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Brasil, século XX”, Fundação Bienal de São Paulo; “Global climate”, Ludwig Forum für Intern. Kunst, Aachen, Alemanha; “A arte com a palavra”, MAM, Rio de Janeiro; “Weltanschaung”, Goethe Institute, Turim, Itália; “Livro-objeto.
A fronteira dos vazios”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Entretexto”, Universidade Federal Fluminense, Niterói; “Trincheiras”, MAM, Rio de Janeiro; “Gravura brasileira”, Galeria GB Arte, Rio de Janeiro; “A espessura do signo”, Karmeliter Kloster, Frankfurt, Alemanha; “Livro de artista – o livro-objeto”, Centro de Artes Visuais Raimundo Cela, Fortaleza.
1995
Realiza individuais no Centre d’Art Contemporain, Genebra, Suíça e na galeria Joel Edelstein Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de Lorenzo Mammi.
Suas obras estão nas coletivas: “Art from Brazil in New York”, no MoMA, que no ano seguinte adquire a obra Espelho com luz; “Drawing on chance”, MoMA, Nova Iorque; “Uma poética da reflexão”, Conjunto Cultural da Caixa, Rio de Janeiro; “Entre o desenho e a escultura”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Art from Brazil in New York”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Desafios contemporâneos”, Galeria PA Objetos de Arte, Rio de Janeiro; “Dinheiro, diversão e arte – o dinheiro através das artes brasileiras”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; XI Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba, Fundação Cultural de Curitiba; “Livro-objeto. A fronteira dos vazios”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “20 anos”, Galeria Luisa Strina, São Paulo.
1996
“Realiza o vídeo Um rio (direção: Waltercio Caldas / realização: Carlos Miziara / produção: Finep) especialmente para a exposição “Anotações: 1969-996” (Projeto Finep / Atelier Contemporâneo), Paço Imperial, Rio de Janeiro. Outra individual, “A estória da pedra”, no Museu Chácara do Céu, Rio de Janeiro, acompanha o lançamento de uma gravura do artista no programa de edições gráficas da instituição.
Publica o livro-obra O livro Velázquez (São Paulo: Anônima), lançado na feira Arco em Madri neste ano. Participa com uma sala de esculturas da XXIII Bienal Internacional de São Paulo, como único artista representante do Brasil. Instala em caráter permanente a obra Escultura para o Rio, na Av. Beira Mar, como parte do projeto Esculturas Urbanas da Secretaria Municipal de Cultura. Desenvolve, a convite da família do compositor, o projeto de escultura pública “Homenagem a Antonio Carlos Jobim” para ser instalada na lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro.
Apresenta seus trabalhos nas coletivas: “Arte e espaço urbano – quinze propostas”, Palácio do Itamaraty, Fundação Athos Bulcão, Brasília; “Sin fronteras”, Museo Alejandro Otero, Caracas; “Mensa mensae”, Galerias da Funarte, Rio de Janeiro; “Anos 70: fotolinguagem”, Escola de Artes Visuais, Parque Lage, Rio de Janeiro; “Esculturas urbanas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “4 artistas”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Pequenas mãos”, Paço Imperial, Rio de Janeiro, e Centro Cultural Alumni, São Paulo; “Interiores”, MAM, Rio de Janeiro; “Petite Galerie 1954-1988. Uma visão da arte brasileira”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “70 anos de arte em Santa Teresa”, Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
1997
Apresenta as individuais: “New sculptures”, Quintana Gallery, Miami, e “Esculturas”, Galeria Javier Lopes, Madri. Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Publica Desenhos, álbum com 20 serigrafias e texto do artista (Rio de Janeiro: Reila Gracie). A convite do Instituto Itaú Cultural, São Paulo, faz a escultura pública Espelho sem aço, instalada na avenida Paulista, em São Paulo.
Toma parte nas exposições: “Re-aligning vision”, El Museo del Barrio, Nova Iorque; “4 artists from South America”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Brazilian sculpture – an identity in profile” (A escultura brasileira – perfil de uma identidade), Centro Cultural BID, Washington / Banco Safra, São Paulo; “Intervalos”, Paço das Artes, São Paulo; Panorama da Arte Brasileira 1997, MAM, São Paulo /Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife; “Novas aquisições 1997 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Ar”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea da gravura – Brasil reflexão 97”, Museu Metropolitano de Arte / Fundação Cultural de Curitiba; “Tridimensionalidade na arte brasileira do século XX”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Diversidade da escultura contemporânea brasileira”, Av. Paulista, São Paulo; “Cegueses”, Museu D’Arte de Girona, Espanha; “2 mestres, pequenos formatos”, Galeria Mônica Marques, Uberlândia; “Objetos diretos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
1998
Exibe, entre outras, a escultura A série Veneza e faz uma intervenção nas vitrines do Centro Cultural Light (Rio de Janeiro), que dá nome à exposição – “Mar nunca nome”. O catálogo traz uma entrevista do artista concedida à Ligia Canongia. Instala em caráter permanente uma escultura em metal no Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.
Além das individuais “Esculturas”, Galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro, e “Sculptures”, Galerie Lelong, em Nova Iorque, está presente em numerosas coletivas, como “Re-aligning vision”, Arkansas Art Center, Little Rock/Archer M. Huntington Art Gallery, Austin, TX, EUA / Museo de Bellas Artes, Caracas/Museo de Arte Contemporaneo, Monterrey, México; “Amnesia”, Track 16 Gallery e Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica; “Der Brrasilianische Blick” (Um olhar brasileiro), Haus der Kulturen der Welt, Berlim / Ludwig Foraum für Internacionale Kunst, Aachen / Kunstmuseum, Heidenheim, Alemanha; “Formas transitivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Amazônicas”, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “As dimensões da arte contemporânea – Coleção João Carlos de Figueiredo Ferraz”, Museu de Arte de Ribeirão Preto; Panorama de Arte Brasileira 1997, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ / MAM da Bahia; “Teoria dos valores”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Grabados brasileños”, Fundación Centro de Estudos Brasileiros, Buenos Aires; Philips Eletromída da Arte – 2a Exposição Virtual, Museu da Casa Brasileira, São Paulo; “O moderno e o contemporâneo na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro / Masp, São Paulo; “A imagem do som de Caetano Veloso”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Fronteiras“, Instituto Cultural Itaú, São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro; “Global conceptualism: points of origin, 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque.
Recebe o Prêmio Johnnie Walker pelo conjunto da obra e expõe a escultura Fumaça, no evento da premiação no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1999
Sônia Salzstein escreve o texto “Livros, superfícies rolantes” para o catálogo da exposição “Livros”, no MAM, Rio de Janeiro e na Casa da Imagem em Curitiba; a outra individual deste ano é “Sculptures”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. São diversas as coletivas das quais toma parte: “Global conceptualism: point of origin 1950s-1980s”, Queens Museum of Art, Nova Iorque / Walker Art Center, Minneapolis, EUA; “Re-aligning vision”, Miami Art Museum, Miami; “Waltercio Caldas, Cildo Meireles, Mira Schendel, Tunga”, Christopher Gimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Por que Duchamp?”, Paço das Artes, São Paulo; Coletiva Arco 99, Galeria Javier Lopes, Arco, Madri; “Amnesia”, The Contemporary Arts Center, Cincinnati, Ohio, EUA / Biblioteca Luis Ángel Arango, Bogotá; “Aquisições recentes”, MAM, São Paulo; “O objeto anos 60-90 cotidiano/arte”, MAM, Rio de Janeiro / Instituto Cultural Itaú, São Paulo; “Domestic pleasures”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “Impressões contemporâneas”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Ausência”, MAM, São Paulo; “Mostra Rio gravura”, Paço Imperial, Rio de Janeiro.
2000
Faz “Uma sala para Velázquez”, sala especialmente montada a convite do Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, para estar ao lado da mostra “Esplendores de Espanha”. Nesta sala são reunidas pela primeira vez suas quatro obras criadas em homenagem ao artista Diego Velázquez.
Apresenta outras três individuais: “Esculturas”, Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, cujo catálogo traz o texto “Outros relógios” de Luiz Camillo Osório; “Livros”, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte e “Esculturas e desenhos”, Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, catálogo com texto de José Thomaz Brum. Instala a escultura pública Momento de fronteira, como marco de fronteira entre o Brasil e a Argentina, à margem do rio Uruguai, em Itapiranga (SC), integrando o Projeto Fronteiras, Instituto Itaú Cultural. As coletivas são: “Global conceptualism: points of origin 1950s”, Miami Art Museum; “Icon + grid + void / Art of the Americas from the Chase Manhattan Collection”, The American Society, Nova Iorque; “Mostra do redescobrimento / Brasil 500 anos”, Fundação Bienal de São Paulo; “Século XX: arte do Brasil”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa; “F[R]ICCIONES”, Museo Nacional de Arte Reina Sofia, Madri; “Experiment art in Brazil 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Reino Unido; “Situações: arte brasileira anos 70”, Casa França-Brasil, Rio de Janeiro; “Técnica mista sobre papel”, Galeria Thomas Cohn, São Paulo; “Highlights of Brazilian contemporary art in UECLAA”, Albert Saloman Library University of Essex, EUA; “Entre a arte e o design: acervo do MAM”, Museu de Arte Moderna de São Paulo; “Leituras construtivas”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Projeto aquisição e coleção de obras”, Museu da Gravura, Curitiba; “Novas aquisições, Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Oito artistas”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Uma história da pele”, XII Mostra de Gravura da Cidade de Curitiba; “60 anos de arte”, Galeria Ibeu, Rio de Janeiro; “Projeto aquisição e coleção de obras – XI Mostra de Gravura de Curitiba”, Museu da Cidade de Curitiba.
2001
A individual “Waltercio Caldas: retrospectiva 1985-2000”, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro e Brasília, com curadoria, de Ligia Canongia, é acompanhada do livro Waltercio Caldas, organizado pela curadora, com entrevista do artista e seleção de textos.
É lançado também o livro Waltercio Caldas, que contempla toda a sua obra, com texto de Paulo Sergio Duarte (São Paulo: Cosac Naify).
As outras individuais são: “Waltercio Caldas: esculturas e desenhos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Participa de “Anos 70: trajetórias na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; “Lucio Fontana, a ótica do invisível”, Centro Cultural Banco do Brasil; “Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea”, Museu de Arte do Rio Grande do Sul Aldo Malagoli, Porto Alegre; “Experiment art in Brazil, 1958-2000”, Museum of Modern Art, Oxford, Inglaterra; “Minimalism past and present”, Galerie Lelong, Nova Iorque; “São ou não gravuras?”, MAM, São Paulo; “Atípicos”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “Aquisições essenciais”, MAM, Rio de Janeiro; “Palavraimagem”, Mamam, Recife; “O espírito de nossa época”, MAM, Rio de Janeiro / MAM, São Paulo; “Trajetória da luz na arte brasileira”, Itaú Cultural, São Paulo; e “Gilberto Chateaubriand – aspectos de uma coleção”, MAM, Rio de Janeiro.
2002
Porto Alegre recebe duas individuais do artista: “Livros”, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli / Pinacoteca do Estado, São Paulo; e “Frases sólidas”, no Torreão. A obra O teatro: meio ato integra a Mostra Sesc de Artes “Ares e pensares”, Sesc, São Paulo; enquanto Figura de linguagem está na edição do Projeto Arte/Cidade – Zona Leste – Sesc Belenzinho. São numerosas as exposições das quais toma parte neste ano: “Anda uma coisa no ar” / Atelier Finep 2002, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Tempo”, MoMA, Nova Iorque; “The Cisneros Collection”, MoMA, Nova Iorque / MAM, São Paulo; “Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros”, MAM, Rio de Janeiro; “The independent pot”, Galeria Fortes Villaça, São Paulo / The Liverpool Biennal of Contemporary Art, Liverpool, Inglaterra; “Transit. Latin american art”, University of Essex, Reino Unido; “Geométricos e cinéticos”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud; “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; “Matéria-prima”, Novo Museu, Curitiba; “São ou não são gravuras?”, Museu de Arte de Londrina; Arco / 2002, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri, Espanha; “Fragmentos a seu ímã”, Espaço Cultural Contemporâneo Venâncio, Brasília; “Coleção Sattamini: esculturas e objetos”, MAC, Niterói; “Diálogo, antagonismo e replicação na Coleção Sattamini”, MAC, Niterói; “Gravuras: Coleção Paulo Dalacorte”, Museu do Trabalho Porto Alegre / Museu de Artes Visuais Ruth Schneider, Passo Fundo (RS); “Caminhos do contemporâneo 1952-2002”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Mapa do agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Entre a palavra e a imagem: módulo 1”, Sala MAM-Cittá América, Rio de Janeiro.
2003
Apresenta as individuais “Desenhos”, Artur Fidalgo Escritório de Arte, Rio de Janeiro; e “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA. Integra “Artefoto”, Centro Cultural Banco do Brasil Brasília; “A autonomia do desenho / desenho anos 70”, MAM, Rio de Janeiro; “Geo-metrias – abstracción geométrica latinoamericana en la Colección Cisneros”, Museu Nacional de Artes Visuales, Montevidéu / Malba Colección Costantini, Buenos Aires; “Breaking the charmed circle, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Layers of brazilian art”, Faulconer Gallery, Iowa City, EUA; Arco / 2003, Parque Ferial Juan Carlos I, Madri; “Projeto em preto e branco”, Sílvia Cintra Galeria de Arte, Rio de Janeiro; “A subversão dos meios”, Itaú Cultural, São Paulo; “Arco 2003”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Arte e sociedade: uma relação polêmica”, Itaú Cultural, São Paulo; “Escultores – esculturas”, Pinakotheke, São Paulo; “O sal da terra”, Museu Vale do Rio Doce, Vila Velha (ES); “Coletiva 2003”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro.
2004
Recebe o Grande prêmio da Bienal da Coreia do Sul, com a instalação O ar mais próximo.
Lorenzo Mammi é o autor do texto do catálogo da individual “Esculturas e desenhos”, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo.
Instala ao ar livre a escultura Espelhos ausentes em propriedade particular em Itaipava, Rio de Janeiro. As coletivas são: “Latin American and Caribean art”, MoMA at El Museo de Barrio, Nova Iorque; “The L.A. years”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Arte contemporânea: uma história em aberto”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “30 artistas”, Mercedes Viegas Escritório de Arte, Rio de Janeiro; “Arte contemporânea brasileira nas coleções do Rio”, MAM, Rio de Janeiro; “Fotografia e escultura no acervo do MAM – 1995 a 2004”, MAM, São Paulo; “Visões espanholas, poéticas brasileiras”, Espaço Cultural da Caixa, Brasília; “Espaço Lúdico – um olhar sobre a infância da arte brasileira”, Centro BNDES, Rio de Janeiro; “A arte da gravura”, Arte Sesc Rio de Janeiro; “Pratos para a arte”, Museu Lasar Segall, São Paulo; “Experiências contemporâneas”, Galeria de Arte Ipanema, Rio de Janeiro; “Acervo”, Lurixs Galeria, Rio de Janeiro.
2005
Realiza as individuais “The Black series”, na Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; e “Sculptures et dessins”, na Galerie Denise René Rive Gauche, Paris, com o texto “Gardons pour cela notre bonne humeur“ de Guy Brett, no catálogo. Faz o projeto de capa para o livro Duchamp – uma biografia, de Calvin Tomkins (São Paulo: Cosac Naify), incluindo uma edição especial de 400 exemplares.
Participa da V Bienal do Mercosul, Porto Alegre, com sala especial, e, à margem do Guaíba, instala permanentemente a escultura monumental Espelho rápido, com curadoria de Paulo Sergio Duarte. É o responsável pela cenografia da ópera “Erwartung” (A espera) e para o balé Noite transfigurada, ambos de Arnold Schoenberg, Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e para o balé Paisagens imaginárias, em homenagem a Isadora Duncan e John Cage, com o grupo Aquarela, Belo Horizonte. Faz ainda oito gravuras como artista convidado do Ateliê de Gravura, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre.
Toma parte das coletivas: “Drawing from the modern 1945-1975”, MoMA, Nova Iorque; “Estrecho dudoso”, Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “Desidentidad”, Institut Valenciá d’Art Modern, Valência, Espanha; “Collection Cisneros”, Museu Nacional de Belas Artes, Santiago do Chile / Museu de Arte Moderna de Bogotá / Museo de Arte e Diseño Contemporâneo, San José, Costa Rica; “The hours – visual arts of contemporary Latin America”, Irish Museum of Modern Art, Dublin; “Desenhos: Waltercio Caldas, Cornelius Vôlker, Kyung Jeon”, Theodor Lindner Arte, Rio de Janeiro; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Objetos”, Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro; “Múltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “Os primeiros anos da Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Rio de Janeiro; “Trajetórias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Beyond geometry” LACMA, Los Angeles, e MAC de Miami, EUA.
2006
“Esculturas” é exibida na Galeria Laura Marsiaj Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, trazendo texto de José Thomaz Brum no catálogo; e na Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte, com o texto “A lucidez e o susto” de Luiz Camillo Osório; o Centro Universitário Maria Antônia, Universidade de São Paulo, abriga a individual “Frases sólidas”. Participa das coletivas: “An atlas of drawings”, MoMA, Nova Iorque; “Teor / ética – arte + pensamiento”, Museo de Arte y Deseño Contemporâneo, San Jose, Costa Rica; “Certain encountres – Daros Latinamerica Collection”, Morris and Helen Belkin Art Gallery, The University of British Columbia, Vancouver; “Acervo”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Diversas constâncias”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Gravura em metal – matéria e conceito no Ateliê Iberê Camargo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Sinais na pista”, Museu Imperial, Petrópolis (RJ); “É hoje na arte brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand”, Santander Cultural, Porto Alegre; “Nmúltiplos”, Arte 21 Galeria, Rio de Janeiro; “O livro do artista”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “MAM [na] Oca – arte brasileira do acervo MAM São Paulo”, MAM, São Paulo; “Um século de arte brasileira. Coleção Gilberto Chateaubriand”, Pinacoteca do Estado de São Paulo.
Publica o livro “Notas ( ) etc. em edição especial de 400 exemplares realizada pelo Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo, com oito gravuras e textos do artista escritos ao longo de mais de 30 anos. Sai o livro Waltercio Caldas: O ateliê transparente de Marília Andrés Ribeiro pela C/Arte (Belo Horizonte).
2007
Três individuais são apresentadas: ”Esculturas e desenhos”, Galeria Elvira González, Madri; “Esculturas e desenhos”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; e “Estados de imagem: livros de Waltercio Caldas”, Museu Victor Meirelles, Curitiba. Participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr. Além disso está nas coletivas: “Desidentidad”, MAM, São Paulo; “Puntos de vista / Daros Latin American Collection”, Bochum Museum, Alemanha; “Arte contemporáneo – donaciones e aquisiciones”, Malba, Fundación Costantini, Buenos Aires; “Anos 70 – arte como questão”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “Transparências”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “A gravura brasileira na coleção de Mônica e Jorge Kornis”, Caixa Cultural, Rio de Janeiro; Pinta Contemporary Latin American Art Fair, Nova Iorque, artista homenageado; “Autorretrato do Brasil”, Paço Imperial, Rio de Janeiro; “Olhar seletivo”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Alumínio digital”, Galeria Artur Fidalgo, Rio de Janeiro; Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Constructing a poetic universe – The Diane and Bruce Halle Collection”, The Museum of Fine Arts, Houston; “Lines, grides, stains, works”, MoMA, Nova Iorque; “Um século de arte brasileira / Coleção Gilberto Chateaubriand”, MAM, Salvador; “Antônio Dias, Waltercio Caldas e Tunga”, Galeria de Arte Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2007”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Universidade XV”, Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro; Galeria de Arte Almeida Dale, São Paulo.
Publica a segunda edição do Manual da ciência popular e a tradução para o inglês (Manual of the popular science), incluindo obras que faziam parte do projeto da primeira edição; a publicação tem texto de Paulo Venâncio Filho e prefácio do artista (São Paulo: Cosac Naify).
2008
Apresenta as mostras “Horizontes”, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, acompanhada do livro Horizontes, com texto de Paulo Venâncio Filho; e “Máis lugares”, Centro Galego de Arte Contemporánea, Santiago de Compostela, Espanha. As coletivas são: “Correspondences – contemporary art from the Colección Patrícia Cisneros”, Wheaton, Norton Massachusetts, EUA; Galeria Elvira González, Madri; “Face to face”, The Daros Collection, Zurique; “Lines, grides, stains, works”, Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto / Museum Wiesbaden; “Estados de imagem”, Museu Victor Meirelles, Florianópolis; “Sculpture”, Galerie Denise René, Paris; “Geografias (in)visibles – Colección Patrícia Cisneros”, Centro Cultural Eduardo Leon Jimenes, República Dominicana; “Luz, cor e movimento”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Traçados modernos e contemporâneos”, Galeria de Arte Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto (SP); “Coletiva 2008”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Entre o plano e o espaço”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Múltiplos sentidos – Amílcar de Castro e Waltercio Caldas”, Galeria Sílvia Cintra, Rio de Janeiro; “MAM-60”, MAM, São Paulo.
Publica o livro “Waltercio Caldas – máis lugares” (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia), com texto de Luiz Camillo Osório.
2009
Neste ano realiza as individuais “Sculptures”, Galerie Grita Insam, Viena; “Sculptures et dessins”, Galerie Denise René, Paris, e “Salas e abismos”, Museu Vale, Vila Velha (ES), onde reúne, pela primeira vez, nove instalações criadas desde 1983, como A velocidade, incluindo salas inéditas no Brasil, como Meio espelho sustenido (2007) e Orquestra (2008).Participa das coletivas “Weltanschauung – visione del mondo”, Art Fórum Wurth Capena, Roma; “Happy yellow”, Galerie Denise René, Paris; “Dentro do traço, mesmo”, Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; “Matisse hoje / aujourd’hui”, Pinacoteca do Estado de São Paulo; Obranome II, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro; “Olhar da crítica (arte premiada da ABCA e o acervo artístico dos palácios)”, Palácio dos Bandeirantes, São Paulo; “Coletiva 2009”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “Livrobjeto”, A c /Arte Galeria, Belo Horizonte; “After utopia”, Centro per l’arte contemporânea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Bijoux d’artistes”, Musée Du Temps, Bensançon, França.
Publica os livros Salas e abismos, onde estão todas as instalações criadas pelo artista até essa data, textos de Paulo Venâncio Filho, Paulo Sergio Duarte e Sônia Salzstein (São Paulo: Cosac Naify); As esculturas ao aire libre de Waltercio Caldas, apresentando os projetos e todas as esculturas instaladas ao ar livre até 2008, com textos de Manuel Oliveira, Sônia Salzstein e Roberta Calabria (Santiago de Compostela: Xunta de Galicia).
2010
A exposição “Salas e abismos”, no MAM, Rio de Janeiro, é ampliada com a montagem de outras três salas: O jogo do romance II (1978), Escultura para todos os materiais não transparentes (1985) e Quarto amarelo (1999).
Além dessa, faz ainda outras individuais: “Sculptures”, Christopher Grimes Gallery, Santa Mônica, EUA; “Paisagens, etc.”, Palacete das Artes, Museu Rodin, Salvador; e “Esculturas e desenhos”, Galeria Anita Schwartz, Rio de Janeiro, com o texto “Ajustou a frequência para o desvio”, de João Bandeira, no catálogo. Integra as seguintes coletivas 6a Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre; “Das Verlangen nach Form”, Akademie der Künste, Berlin; “After utopia – a view on brazilian contemporary art”, Centro per l’Arte Contemporanea Luigi Pecci, Prato, Itália; “Os 70’s”, Galeria Progetti, Rio de Janeiro; “Transição / from now on... ”, Gabinete de Arte Raquel Arnaud, São Paulo; “Ponto de equilíbrio”, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo; “À sombra do futuro”, Instituto Cervantes, São Paulo; “Objetos diretos”, Galeria Paulo Fernandes, Rio de Janeiro; “Coletiva 10”, Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; “O olhar do colecionador, Coleção Tuiuiu”, Instituto de Arte Contemporânea, São Paulo; “Recortes de uma coleção – Bruno Musatti”, Galeria Ricardo Camargo, São Paulo; “Body guard – une collection privée de bijoux d’artistes”, Passage de Retz, Paris.
2011
Duas individuais são apresentadas: “Nuevos objetos”, na Galeria Elvira González, Madri; e “A série Negra”, Galeria Raquel Arnaud, São Paulo, com o texto “Notas refletidas”, de Guy Brett, no catálogo.
Realiza a intervenção urbana Eixo Monumental como parte do projeto Aberto Brasília. Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e das coletivas “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça; “Zona letal, espaço vital / Obras da Caixa Geral de Depósitos”, Museu de Arte Contemporânea de Elvas / Museu Municipal de Tavina /M/I/MO – Museu da Imagem em Movimento, Leiria, Portugal; “Art in Brazil 1950-2011”, Palais de Beaux Arts, Bruxelas; “A rua”, Museum Van Hedendaagse Kunst, Antuérpia; “Aberto Brasília / Intervenções Urbanas”, Ministério da Cultura, Brasília; “Underwood”, Galerie 1900-2000, Paris.
Recebe o Prêmio de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, na categoria Artes Visuais, pela relevância do seu trabalho para a cultura do Estado. Publica o livro Outra fábula, que integra a edição especial de 200 exemplares do livro Salas e abismos (São Paulo: Cosac Naify).
2012
Além de “Múltiplos e gravuras”, na Galeria Múltiplo Espaço Arte, Rio de Janeiro, apresenta “Cromática”, sua individual mais recente, inaugurada em 15 de agosto na Casa França-Brasil, Rio de Janeiro, que aborda a eloquência da cor nos volumes da escultura e nos espaços da arquitetura. Está na coletiva “Notations – The Cage effect today”, Hunter College, Times Square Gallery, Nova Iorque.
Publica o ensaio gráfico “Ficção nas coisas” no décimo número da revista Serrote; e o livro Cronometrias. (Rio de Janeiro: Lithos), com gravuras e textos do artista.
Fonte: Site oficial Waltércio Caldas, consultado pela última vez em 31 de outubro de 2020. Cronologia organizada por Paloma Carvalho Santos e Rosalina Gouveia. Texto retirado do livro: Waltercio Caldas - O ar mais próximo, desenvolvido em ocasião da exposição organizada pela Fundação Iberê Camargo e Blanton Museum of art.
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Biografia - Wikipédia
Estudou pintura com Ivan Serpa (1923 - 1973), em 1964, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ. Entre 1969 e 1975, realiza desenhos, objetos e fotografias de caráter conceitual. Na década de 1970, leciona no Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro é co-editor da revista Malasartes integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ participa da publicação A Parte do Fogo e publica com Carlos Zilio (1944), Ronaldo Brito (1949) e José Resende (1945) o artigo O Boom, o Pós-Boom, o Dis-Boom, no jornal Opinião. Em 1979, sua produção é analisada no livro Aparelhos, com ensaio de Ronaldo Brito, e, em 1982, no Manual da Ciência Popular, publicado na série Arte Brasileira Contemporânea, pela Funarte. Em 1986, o vídeo Apaga-te Sésamo, de Miguel Rio Branco (1946), enfoca a s4a produção. Recebe, em 1993, o Prêmio Mário Pedrosa, da Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA, por mostra individual realizada no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA, no Rio de Janeiro. Em 1996, lança a obra O Livro Velázquez e realiza a mostra individual Anotações 1969/1996, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, apresentando pela primeira vez seus cadernos de estudos.
Representa o Brasil na 47a Bienal de Veneza em 1997, onde apresenta A série Veneza no pavilhão brasileiro. Participa da I Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Porto Alegre, com a instalação Lugar para uma pedra mole, exposta anteriormente no evento paralelo à ECO-92, no MAM, Rio de Janeiro.
Em 2007 participa da 52a Bienal de Veneza – “Pensa con i sensi, senti con la mente” – expondo a obra Half mirror Sharp, no Pavilhão Itália, a convite do curador geral da bienal, Robert Storr.
Participa da Bienal “Entre abierto”, Cuenca, Equador, em 2011, da qual recebe o prêmio com a obra Parábolas de superfície; e da coletiva “Art unlimited – what is world. What is not”, Art /42 / Basel, Suíça.
Fonte: Wikipédia, consultada pela última vez em 31 de outubro de 2020.
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Waltercio Caldas, o ar mais próximo E outras matérias
Programa Educativo, Fundação Iberê Camargo
A Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, e o Blanton Museum of Art / University of Texas, Austin, estão juntando forças para organizar o primeiro ensaio abrangente da carreira de um dos artistas contemporâneos mais importantes do Brasil: Waltercio Caldas. Esta exposição explora a obra completa do artista, dos anos de 1960 até hoje, e investiga a centralidade de Caldas na arte brasileira, seu papel no cenário internacional e sua posição única sobre a arte e seu etos. A mostra — inaugurada em Porto Alegre, em setembro de 2012, segue para São Paulo em fevereiro de 2013 e, mais tarde, em outubro, para Austin — revela inteiramente o trabalho de um artista que dá forma ao espaço intangível através de uma linguagem visual única.
Ao trabalhar em uma série de meios, Waltercio examina as qualidades físicas de objetos e espaços, desafiando os pressupostos que os observadores trazem para o ato de observação. Ele define sua prática como o ato de esculpir a distância entre objetos, invertendo a definição convencional de escultura como um volume autocontido e denso. Acima de tudo, a simplicidade e a precisão formal definem sua arte, qualidades que expressam sua meta de produzir o que ele descreve como “trabalho maximamente presente através de mínima ação”. Sua instalação O ar mais próximo (1991), na qual extensões suspensas de fios vermelhos e azuis radicalmente transformam o espaço vazio, reúne essas preocupações e exemplifica a sua predileção por títulos poéticos e ambíguos. Outra marca da sua prática é a produção de livros de artista, uma obra que ilustra o uso divertido que o artista faz da palavra escrita e seu interesse em história da arte, filosofia e sistemas de conhecimento.
Waltercio Caldas considera a história da arte um de seus materiais de trabalho e de forma bem particular utiliza uma ampla gama de referências brasileiras e internacionais. Ele combina a sensibilidade formal aguda de Constantin Brancusi com o questionamento conceitual de Marcel Duchamp dos limites da arte. A exposição “O ar mais próximo e outras matérias (1968-2012)” apresenta um artista cujo trabalho amplia o escopo do discurso histórico da arte tradicional, ao desafiar ativamente os observadores a questionarem suas percepções de espaço e noções de realidade.
Biografia
Waltercio Caldas nasce em 1946, no Rio de Janeiro, cidade onde vive e trabalha atu - almente. Seus estudos no campo artístico tiveram início na década de 1960, quando estudou com Ivan Serpa no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ). As constantes visitas a exposições, galerias e a biblioteca do MAM são fundamentais nesse período de formação. Em 1967, começa a trabalhar como desenhista técnico e programador visual. Nos anos seguintes, leciona artes e percepção visual no Instituto Villa-Lobos. Ainda nesse período, Waltercio, ao lado de outros artistas e críticos, atua como editor da revista Malasartes, que tratava sobre a “política das artes”, como declarava seu primeiro editorial, ao trazer discussões acerca do cenário contemporâneo brasileiro. A partir de 1973, o artista começa a expor suas obras. Desde então, Waltercio realizou mostras individuais no Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; na Kanaal Foun - dation, Bélgica; no Stedelijk Museum, em Amsterdã; e na Christopher Grimes Gallery, em Santa Mônica, entre outros espaços. Participou também da Bienal de Veneza de 1997, assim como de múltiplas Bienais do Mercosul e de São Paulo.Seu trabalho faz parte das coleções do Museum of Modern Art, Nova York; Blanton Museum of Art, University of Texas, Austin; National Gallery of Art, Washington, D.C.; Museu de Arte Moderna, São Paulo; Colección Patricia Phelps de Cisneros, Venezuela/Nova York; e Bruce and Diane Halle Collection, Scottsdale. Em 2007, após receber convite para participar da 52ª Bienal Internacional de Arte de Veneza, o artista cria especialmente para essa edição da mostra a obra Meio Espe - lho Sustenido. Suas exposições individuais mais recentes foram realizadas no Museu Vale, em Vila Velha (ES), no Gabinete de Arte Raquel Arnaud, no CEUMA, e no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro e em Brasília, em uma importante retrospectiva de seu trabalho. Waltercio é também autor de livros como Manual da Ciência Popular (1982) e Velázquez (1996) e cenários para peças de teatro e dança
Fonte: IberêCamargo.org, por Camila Monteiro Schenkel e Cristina Yuko Arikawa (Concepção) e André Fagundes, Camila Schenkel, Cristina Arikawa, Fabrício Teixeira, Lívia dos Santos, Romualdo Correa (Textos).
Crédito fotográfico: ABACT, por Pedro Ivo - Trasferetti, Fundação Bienal de São Paulo.