Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 9 de dezembro de 1912 — Olinda, Pernambuco, 15 de novembro de 1996), mais conhecido como Bajado, foi um chargista, letrista, cartazista e pintor de quadros e murais brasileiro. Autodidata, suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade. Através do estilo Naif, Bajado pintava cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Sua arte reflete a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé. O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Biografia Bajado | Arremate Arte
Euclides Francisco Amâncio, artisticamente conhecido como Bajado, foi um importante artista popular brasileiro. Nasceu em 1912, em Santo Amaro, Bahia, Brasil, e faleceu em 1996.
Bajado começou sua carreira artística relativamente tarde na vida, tendo trabalhado anteriormente em várias ocupações, incluindo a pintura de cartazes de filmes e a decoração de lojas. Sua falta de formação artística deu origem a um estilo único e autodidata, muitas vezes descrito como "ingênuo" ou "primitivista". Suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade.
Os temas de Bajado frequentemente incluem cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Suas pinturas refletem a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé.
O artista ganhou reconhecimento significativo ao longo de sua vida. Suas obras foram exibidas em diversas galerias e exposições no Brasil e no exterior. Ele foi particularmente aclamado por sua capacidade de capturar a essência da vida popular brasileira em suas telas. Bajado participou de exposições importantes, como a Bienal de São Paulo, e suas obras fazem parte de coleções permanentes em museus e galerias de arte.
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Biografia Bajado | Itaú Cultural
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 1912 - Olinda, Pernambuco, 1996). Pintor, desenhista e cartazista. Aos 13 anos, muda-se para Catende, Pernambuco, onde trabalha no cinema da cidade e cria histórias em quadrinho após assistir filmes sobre o velho oeste. Em 1930, mora um ano em Recife, produzindo cartazes e fachadas para diversas lojas. Dois anos mais tarde, emprega-se em uma gráfica como linotipista.
Mudou-se para Olinda em 1933, trabalhando como cartazista até 1950 no Cine Olinda. Participa dos carnavais da cidade, fundando diversos blocos e criando bonecos e estandartes. Nos anos 1950, desenha com os cartunistas Péricles (1924-1961) e Félix de Albuquerque (1911-?) a personagem Amigo da Onça, cujas histórias são publicadas na revista O Cruzeiro. Em 1964, inaugura com outros artistas de Olinda o Movimento da Arte da Ribeira. Com recursos escassos para viver e sustentar a família, ganha do marchand e leiloeiro italiano Giuseppe Baccaro (1930) uma casa, em que passa a viver a partir de 1972.
Em 1975, os diretores Fernando Spencer (1927-2014) e Celso Marconi (1930) realizam o documentário Bajado – Um Artista de Olinda. Em 1980, é realizada a exposição 50 Anos de Bajado, sediada no Recife e, depois, em Olinda, onde, no mesmo ano, é inaugurada na Casa Bajado. Em 1985, Juliana Cuentro e José Ataíde lançam o livro Bajado Artista de Olinda. No mesmo ano é inaugurado o Cine Bajado na mesma cidade. Em 1994, é homenageado pela Unesco em exposição na França e expõe seus quadros em Portugal.
Análise
A obra de Bajado é referência da chamada arte popular brasileira. Figura importante para as gerações que o sucedem em Pernambuco, pinta temas da cultura de seu estado, como, por exemplo o Carnaval de Olinda. Os comentários sobre sua obra, no entanto, problematizam o rótulo de artista popular, sobretudo quando esta definição trata da arte que revela um olhar ingênuo de artista do povo.
Pintor e cartazista de estabelecimentos comerciais, Bajado pinta as festas de rua e a população frequentemente sobre borrachas, paralamas de carros e pedaços de PVC. Suas personagens ganham traços fortes, semelhantes aos das histórias em quadrinhos, que conferem às cenas tom irônico e gozador, o que faz de Bajado testemunha crítica da realidade, como observa o artista plástico João Câmara (1944).
Em boa parte de seus quadros, a perspectiva do pintor é a janela, de forma que o observador toma o lugar de quem assiste ao movimento da rua. Andando ou dançando, suas personagens têm pouca diversidade de cores, que costumam ser vibrantes como os cartazes de cinema e as propagandas políticas da época. A variedade de materiais, os elementos de cartazes publicitários e a rua movimentada como palco da maioria das cenas faz de sua obra união de diversas linguagens da arte do século XX. Para a socióloga Laura Buarque Gadelha, Bajado “sintetizou os princípios do que mundialmente se falava, que era a pop art”.
Exposições
1977 - Individual de Bajado
1780 - Imagens de Dança
1980 - Gente da Terra
1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1988 - O Mundo Fascinante dos Pintores Naïfs
1990 - Individual de Bajado
1991 - Coletiva Não Identificada
1992 - Bajado: 80 anos
1994 - Lês Couleurs du Brésil en Hommage au Maître Bajado
2000 - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam
2002 - Coletiva de Verão
2004 - Carnaval
2008 - Brasil Brasileiro
2009 - Brasil Brasileiro
2010 - Roupa de Domingo
2010 - Pintura: coleção Mario Schenberg
2014 - Arte Naif, a Bola da Vez
2019 - ARTE NAÏF (Nenhum museu a menos)
Fonte: BAJADO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de julho de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Bajado | Arte Popular do Brasil
Euclides Francisco Amâncio, mais conhecido como Bajado, foi um artista plástico pernambucano nascido no dia 9 de dezembro de 1912 no município de Maraial, zona da mata pernambucana. Desde muito pequeno, que o menino Bajado mostrou talento para o desenho. A inspiração para suas criações vinha do cinema, uma de suas grandes paixões. Na época Bajado não tinha dinheiro para comprar a entrada para o cinema e a solução era vender pão doce e bolinhos de goma feitos pela mãe e pela avó. Quando deixava a sala de projeção, o menino pegava papel e desenhava em formato gibi a história que acabara de ver. Ainda jovem Bajado deixou Maraial e se mudou para a cidade de Catende-PE, onde permaneceu até 1930 trabalhando como ajudante e pintor de cartazes de filmes. Quatro anos mais tarde fixa residência em Olinda, onde continuou pintando cartazes para cinema e trabalhando como operador de máquina do Cine Olinda, função que exerceu até 1950. O apelido Bajado surgiu na infância por causa de uma brincadeira durante um jogo de bicho, um dos passatempos preferido do artista.
Em 1956 iniciou de forma profissional uma carreira de artista plástico, realizando a pintura de painéis e murais em centros comerciais e na decoração do Carnaval de Olinda. Bajado retratou os grandes clubes carnavalescos da velha cidade Patrimônio; Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante, O Homem da Meia-Noite, Vassourinhas, assim como o frevo rasgado na Ribeira, Largo do Amparo, Varadouro e na Praça do Carmo. Em 1964, junto com alguns amigos de profissão, inaugurou o Movimento de Arte da Ribeira, em Olinda, onde passou a expor seus trabalhos. Durante sua vida artística, Bajado reproduzir ainda inúmeras telas sobre a vida cotidiana, o sofrimento, as emoções e a cultura do povo pernambucano. O artista possuía um temperamento calmo e brincalhão. Fluiu na arte, com a simplicidade de um homem humilde. Era considerado um artista primitivo, inserido no estilo da arte contemporânea. Sua tendência artística era a liberdade de estética, comum na arte moderna.
O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Bajado morreu em 1996, aos 84 anos de idade, em sua residência localizada na Rua do Amparo, nº 186, Olinda-PE.
Fonte: Bajado - Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Crédito fotográfico: Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 9 de dezembro de 1912 — Olinda, Pernambuco, 15 de novembro de 1996), mais conhecido como Bajado, foi um chargista, letrista, cartazista e pintor de quadros e murais brasileiro. Autodidata, suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade. Através do estilo Naif, Bajado pintava cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Sua arte reflete a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé. O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Biografia Bajado | Arremate Arte
Euclides Francisco Amâncio, artisticamente conhecido como Bajado, foi um importante artista popular brasileiro. Nasceu em 1912, em Santo Amaro, Bahia, Brasil, e faleceu em 1996.
Bajado começou sua carreira artística relativamente tarde na vida, tendo trabalhado anteriormente em várias ocupações, incluindo a pintura de cartazes de filmes e a decoração de lojas. Sua falta de formação artística deu origem a um estilo único e autodidata, muitas vezes descrito como "ingênuo" ou "primitivista". Suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade.
Os temas de Bajado frequentemente incluem cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Suas pinturas refletem a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé.
O artista ganhou reconhecimento significativo ao longo de sua vida. Suas obras foram exibidas em diversas galerias e exposições no Brasil e no exterior. Ele foi particularmente aclamado por sua capacidade de capturar a essência da vida popular brasileira em suas telas. Bajado participou de exposições importantes, como a Bienal de São Paulo, e suas obras fazem parte de coleções permanentes em museus e galerias de arte.
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Biografia Bajado | Itaú Cultural
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 1912 - Olinda, Pernambuco, 1996). Pintor, desenhista e cartazista. Aos 13 anos, muda-se para Catende, Pernambuco, onde trabalha no cinema da cidade e cria histórias em quadrinho após assistir filmes sobre o velho oeste. Em 1930, mora um ano em Recife, produzindo cartazes e fachadas para diversas lojas. Dois anos mais tarde, emprega-se em uma gráfica como linotipista.
Mudou-se para Olinda em 1933, trabalhando como cartazista até 1950 no Cine Olinda. Participa dos carnavais da cidade, fundando diversos blocos e criando bonecos e estandartes. Nos anos 1950, desenha com os cartunistas Péricles (1924-1961) e Félix de Albuquerque (1911-?) a personagem Amigo da Onça, cujas histórias são publicadas na revista O Cruzeiro. Em 1964, inaugura com outros artistas de Olinda o Movimento da Arte da Ribeira. Com recursos escassos para viver e sustentar a família, ganha do marchand e leiloeiro italiano Giuseppe Baccaro (1930) uma casa, em que passa a viver a partir de 1972.
Em 1975, os diretores Fernando Spencer (1927-2014) e Celso Marconi (1930) realizam o documentário Bajado – Um Artista de Olinda. Em 1980, é realizada a exposição 50 Anos de Bajado, sediada no Recife e, depois, em Olinda, onde, no mesmo ano, é inaugurada na Casa Bajado. Em 1985, Juliana Cuentro e José Ataíde lançam o livro Bajado Artista de Olinda. No mesmo ano é inaugurado o Cine Bajado na mesma cidade. Em 1994, é homenageado pela Unesco em exposição na França e expõe seus quadros em Portugal.
Análise
A obra de Bajado é referência da chamada arte popular brasileira. Figura importante para as gerações que o sucedem em Pernambuco, pinta temas da cultura de seu estado, como, por exemplo o Carnaval de Olinda. Os comentários sobre sua obra, no entanto, problematizam o rótulo de artista popular, sobretudo quando esta definição trata da arte que revela um olhar ingênuo de artista do povo.
Pintor e cartazista de estabelecimentos comerciais, Bajado pinta as festas de rua e a população frequentemente sobre borrachas, paralamas de carros e pedaços de PVC. Suas personagens ganham traços fortes, semelhantes aos das histórias em quadrinhos, que conferem às cenas tom irônico e gozador, o que faz de Bajado testemunha crítica da realidade, como observa o artista plástico João Câmara (1944).
Em boa parte de seus quadros, a perspectiva do pintor é a janela, de forma que o observador toma o lugar de quem assiste ao movimento da rua. Andando ou dançando, suas personagens têm pouca diversidade de cores, que costumam ser vibrantes como os cartazes de cinema e as propagandas políticas da época. A variedade de materiais, os elementos de cartazes publicitários e a rua movimentada como palco da maioria das cenas faz de sua obra união de diversas linguagens da arte do século XX. Para a socióloga Laura Buarque Gadelha, Bajado “sintetizou os princípios do que mundialmente se falava, que era a pop art”.
Exposições
1977 - Individual de Bajado
1780 - Imagens de Dança
1980 - Gente da Terra
1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1988 - O Mundo Fascinante dos Pintores Naïfs
1990 - Individual de Bajado
1991 - Coletiva Não Identificada
1992 - Bajado: 80 anos
1994 - Lês Couleurs du Brésil en Hommage au Maître Bajado
2000 - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam
2002 - Coletiva de Verão
2004 - Carnaval
2008 - Brasil Brasileiro
2009 - Brasil Brasileiro
2010 - Roupa de Domingo
2010 - Pintura: coleção Mario Schenberg
2014 - Arte Naif, a Bola da Vez
2019 - ARTE NAÏF (Nenhum museu a menos)
Fonte: BAJADO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de julho de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Bajado | Arte Popular do Brasil
Euclides Francisco Amâncio, mais conhecido como Bajado, foi um artista plástico pernambucano nascido no dia 9 de dezembro de 1912 no município de Maraial, zona da mata pernambucana. Desde muito pequeno, que o menino Bajado mostrou talento para o desenho. A inspiração para suas criações vinha do cinema, uma de suas grandes paixões. Na época Bajado não tinha dinheiro para comprar a entrada para o cinema e a solução era vender pão doce e bolinhos de goma feitos pela mãe e pela avó. Quando deixava a sala de projeção, o menino pegava papel e desenhava em formato gibi a história que acabara de ver. Ainda jovem Bajado deixou Maraial e se mudou para a cidade de Catende-PE, onde permaneceu até 1930 trabalhando como ajudante e pintor de cartazes de filmes. Quatro anos mais tarde fixa residência em Olinda, onde continuou pintando cartazes para cinema e trabalhando como operador de máquina do Cine Olinda, função que exerceu até 1950. O apelido Bajado surgiu na infância por causa de uma brincadeira durante um jogo de bicho, um dos passatempos preferido do artista.
Em 1956 iniciou de forma profissional uma carreira de artista plástico, realizando a pintura de painéis e murais em centros comerciais e na decoração do Carnaval de Olinda. Bajado retratou os grandes clubes carnavalescos da velha cidade Patrimônio; Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante, O Homem da Meia-Noite, Vassourinhas, assim como o frevo rasgado na Ribeira, Largo do Amparo, Varadouro e na Praça do Carmo. Em 1964, junto com alguns amigos de profissão, inaugurou o Movimento de Arte da Ribeira, em Olinda, onde passou a expor seus trabalhos. Durante sua vida artística, Bajado reproduzir ainda inúmeras telas sobre a vida cotidiana, o sofrimento, as emoções e a cultura do povo pernambucano. O artista possuía um temperamento calmo e brincalhão. Fluiu na arte, com a simplicidade de um homem humilde. Era considerado um artista primitivo, inserido no estilo da arte contemporânea. Sua tendência artística era a liberdade de estética, comum na arte moderna.
O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Bajado morreu em 1996, aos 84 anos de idade, em sua residência localizada na Rua do Amparo, nº 186, Olinda-PE.
Fonte: Bajado - Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Crédito fotográfico: Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 9 de dezembro de 1912 — Olinda, Pernambuco, 15 de novembro de 1996), mais conhecido como Bajado, foi um chargista, letrista, cartazista e pintor de quadros e murais brasileiro. Autodidata, suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade. Através do estilo Naif, Bajado pintava cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Sua arte reflete a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé. O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Biografia Bajado | Arremate Arte
Euclides Francisco Amâncio, artisticamente conhecido como Bajado, foi um importante artista popular brasileiro. Nasceu em 1912, em Santo Amaro, Bahia, Brasil, e faleceu em 1996.
Bajado começou sua carreira artística relativamente tarde na vida, tendo trabalhado anteriormente em várias ocupações, incluindo a pintura de cartazes de filmes e a decoração de lojas. Sua falta de formação artística deu origem a um estilo único e autodidata, muitas vezes descrito como "ingênuo" ou "primitivista". Suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade.
Os temas de Bajado frequentemente incluem cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Suas pinturas refletem a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé.
O artista ganhou reconhecimento significativo ao longo de sua vida. Suas obras foram exibidas em diversas galerias e exposições no Brasil e no exterior. Ele foi particularmente aclamado por sua capacidade de capturar a essência da vida popular brasileira em suas telas. Bajado participou de exposições importantes, como a Bienal de São Paulo, e suas obras fazem parte de coleções permanentes em museus e galerias de arte.
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Biografia Bajado | Itaú Cultural
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 1912 - Olinda, Pernambuco, 1996). Pintor, desenhista e cartazista. Aos 13 anos, muda-se para Catende, Pernambuco, onde trabalha no cinema da cidade e cria histórias em quadrinho após assistir filmes sobre o velho oeste. Em 1930, mora um ano em Recife, produzindo cartazes e fachadas para diversas lojas. Dois anos mais tarde, emprega-se em uma gráfica como linotipista.
Mudou-se para Olinda em 1933, trabalhando como cartazista até 1950 no Cine Olinda. Participa dos carnavais da cidade, fundando diversos blocos e criando bonecos e estandartes. Nos anos 1950, desenha com os cartunistas Péricles (1924-1961) e Félix de Albuquerque (1911-?) a personagem Amigo da Onça, cujas histórias são publicadas na revista O Cruzeiro. Em 1964, inaugura com outros artistas de Olinda o Movimento da Arte da Ribeira. Com recursos escassos para viver e sustentar a família, ganha do marchand e leiloeiro italiano Giuseppe Baccaro (1930) uma casa, em que passa a viver a partir de 1972.
Em 1975, os diretores Fernando Spencer (1927-2014) e Celso Marconi (1930) realizam o documentário Bajado – Um Artista de Olinda. Em 1980, é realizada a exposição 50 Anos de Bajado, sediada no Recife e, depois, em Olinda, onde, no mesmo ano, é inaugurada na Casa Bajado. Em 1985, Juliana Cuentro e José Ataíde lançam o livro Bajado Artista de Olinda. No mesmo ano é inaugurado o Cine Bajado na mesma cidade. Em 1994, é homenageado pela Unesco em exposição na França e expõe seus quadros em Portugal.
Análise
A obra de Bajado é referência da chamada arte popular brasileira. Figura importante para as gerações que o sucedem em Pernambuco, pinta temas da cultura de seu estado, como, por exemplo o Carnaval de Olinda. Os comentários sobre sua obra, no entanto, problematizam o rótulo de artista popular, sobretudo quando esta definição trata da arte que revela um olhar ingênuo de artista do povo.
Pintor e cartazista de estabelecimentos comerciais, Bajado pinta as festas de rua e a população frequentemente sobre borrachas, paralamas de carros e pedaços de PVC. Suas personagens ganham traços fortes, semelhantes aos das histórias em quadrinhos, que conferem às cenas tom irônico e gozador, o que faz de Bajado testemunha crítica da realidade, como observa o artista plástico João Câmara (1944).
Em boa parte de seus quadros, a perspectiva do pintor é a janela, de forma que o observador toma o lugar de quem assiste ao movimento da rua. Andando ou dançando, suas personagens têm pouca diversidade de cores, que costumam ser vibrantes como os cartazes de cinema e as propagandas políticas da época. A variedade de materiais, os elementos de cartazes publicitários e a rua movimentada como palco da maioria das cenas faz de sua obra união de diversas linguagens da arte do século XX. Para a socióloga Laura Buarque Gadelha, Bajado “sintetizou os princípios do que mundialmente se falava, que era a pop art”.
Exposições
1977 - Individual de Bajado
1780 - Imagens de Dança
1980 - Gente da Terra
1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1988 - O Mundo Fascinante dos Pintores Naïfs
1990 - Individual de Bajado
1991 - Coletiva Não Identificada
1992 - Bajado: 80 anos
1994 - Lês Couleurs du Brésil en Hommage au Maître Bajado
2000 - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam
2002 - Coletiva de Verão
2004 - Carnaval
2008 - Brasil Brasileiro
2009 - Brasil Brasileiro
2010 - Roupa de Domingo
2010 - Pintura: coleção Mario Schenberg
2014 - Arte Naif, a Bola da Vez
2019 - ARTE NAÏF (Nenhum museu a menos)
Fonte: BAJADO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de julho de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Bajado | Arte Popular do Brasil
Euclides Francisco Amâncio, mais conhecido como Bajado, foi um artista plástico pernambucano nascido no dia 9 de dezembro de 1912 no município de Maraial, zona da mata pernambucana. Desde muito pequeno, que o menino Bajado mostrou talento para o desenho. A inspiração para suas criações vinha do cinema, uma de suas grandes paixões. Na época Bajado não tinha dinheiro para comprar a entrada para o cinema e a solução era vender pão doce e bolinhos de goma feitos pela mãe e pela avó. Quando deixava a sala de projeção, o menino pegava papel e desenhava em formato gibi a história que acabara de ver. Ainda jovem Bajado deixou Maraial e se mudou para a cidade de Catende-PE, onde permaneceu até 1930 trabalhando como ajudante e pintor de cartazes de filmes. Quatro anos mais tarde fixa residência em Olinda, onde continuou pintando cartazes para cinema e trabalhando como operador de máquina do Cine Olinda, função que exerceu até 1950. O apelido Bajado surgiu na infância por causa de uma brincadeira durante um jogo de bicho, um dos passatempos preferido do artista.
Em 1956 iniciou de forma profissional uma carreira de artista plástico, realizando a pintura de painéis e murais em centros comerciais e na decoração do Carnaval de Olinda. Bajado retratou os grandes clubes carnavalescos da velha cidade Patrimônio; Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante, O Homem da Meia-Noite, Vassourinhas, assim como o frevo rasgado na Ribeira, Largo do Amparo, Varadouro e na Praça do Carmo. Em 1964, junto com alguns amigos de profissão, inaugurou o Movimento de Arte da Ribeira, em Olinda, onde passou a expor seus trabalhos. Durante sua vida artística, Bajado reproduzir ainda inúmeras telas sobre a vida cotidiana, o sofrimento, as emoções e a cultura do povo pernambucano. O artista possuía um temperamento calmo e brincalhão. Fluiu na arte, com a simplicidade de um homem humilde. Era considerado um artista primitivo, inserido no estilo da arte contemporânea. Sua tendência artística era a liberdade de estética, comum na arte moderna.
O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Bajado morreu em 1996, aos 84 anos de idade, em sua residência localizada na Rua do Amparo, nº 186, Olinda-PE.
Fonte: Bajado - Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Crédito fotográfico: Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 9 de dezembro de 1912 — Olinda, Pernambuco, 15 de novembro de 1996), mais conhecido como Bajado, foi um chargista, letrista, cartazista e pintor de quadros e murais brasileiro. Autodidata, suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade. Através do estilo Naif, Bajado pintava cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Sua arte reflete a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé. O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Biografia Bajado | Arremate Arte
Euclides Francisco Amâncio, artisticamente conhecido como Bajado, foi um importante artista popular brasileiro. Nasceu em 1912, em Santo Amaro, Bahia, Brasil, e faleceu em 1996.
Bajado começou sua carreira artística relativamente tarde na vida, tendo trabalhado anteriormente em várias ocupações, incluindo a pintura de cartazes de filmes e a decoração de lojas. Sua falta de formação artística deu origem a um estilo único e autodidata, muitas vezes descrito como "ingênuo" ou "primitivista". Suas obras são conhecidas por suas cores intensas, formas simplificadas e um forte senso de narratividade.
Os temas de Bajado frequentemente incluem cenas do cotidiano, festas populares, figuras folclóricas e religiosas, e paisagens urbanas e rurais do Nordeste brasileiro. Suas pinturas refletem a riqueza cultural e a vitalidade de sua região natal, abordando assuntos como o Carnaval, as procissões religiosas, e o candomblé.
O artista ganhou reconhecimento significativo ao longo de sua vida. Suas obras foram exibidas em diversas galerias e exposições no Brasil e no exterior. Ele foi particularmente aclamado por sua capacidade de capturar a essência da vida popular brasileira em suas telas. Bajado participou de exposições importantes, como a Bienal de São Paulo, e suas obras fazem parte de coleções permanentes em museus e galerias de arte.
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Biografia Bajado | Itaú Cultural
Euclides Francisco Amâncio (Maraial, Pernambuco, 1912 - Olinda, Pernambuco, 1996). Pintor, desenhista e cartazista. Aos 13 anos, muda-se para Catende, Pernambuco, onde trabalha no cinema da cidade e cria histórias em quadrinho após assistir filmes sobre o velho oeste. Em 1930, mora um ano em Recife, produzindo cartazes e fachadas para diversas lojas. Dois anos mais tarde, emprega-se em uma gráfica como linotipista.
Mudou-se para Olinda em 1933, trabalhando como cartazista até 1950 no Cine Olinda. Participa dos carnavais da cidade, fundando diversos blocos e criando bonecos e estandartes. Nos anos 1950, desenha com os cartunistas Péricles (1924-1961) e Félix de Albuquerque (1911-?) a personagem Amigo da Onça, cujas histórias são publicadas na revista O Cruzeiro. Em 1964, inaugura com outros artistas de Olinda o Movimento da Arte da Ribeira. Com recursos escassos para viver e sustentar a família, ganha do marchand e leiloeiro italiano Giuseppe Baccaro (1930) uma casa, em que passa a viver a partir de 1972.
Em 1975, os diretores Fernando Spencer (1927-2014) e Celso Marconi (1930) realizam o documentário Bajado – Um Artista de Olinda. Em 1980, é realizada a exposição 50 Anos de Bajado, sediada no Recife e, depois, em Olinda, onde, no mesmo ano, é inaugurada na Casa Bajado. Em 1985, Juliana Cuentro e José Ataíde lançam o livro Bajado Artista de Olinda. No mesmo ano é inaugurado o Cine Bajado na mesma cidade. Em 1994, é homenageado pela Unesco em exposição na França e expõe seus quadros em Portugal.
Análise
A obra de Bajado é referência da chamada arte popular brasileira. Figura importante para as gerações que o sucedem em Pernambuco, pinta temas da cultura de seu estado, como, por exemplo o Carnaval de Olinda. Os comentários sobre sua obra, no entanto, problematizam o rótulo de artista popular, sobretudo quando esta definição trata da arte que revela um olhar ingênuo de artista do povo.
Pintor e cartazista de estabelecimentos comerciais, Bajado pinta as festas de rua e a população frequentemente sobre borrachas, paralamas de carros e pedaços de PVC. Suas personagens ganham traços fortes, semelhantes aos das histórias em quadrinhos, que conferem às cenas tom irônico e gozador, o que faz de Bajado testemunha crítica da realidade, como observa o artista plástico João Câmara (1944).
Em boa parte de seus quadros, a perspectiva do pintor é a janela, de forma que o observador toma o lugar de quem assiste ao movimento da rua. Andando ou dançando, suas personagens têm pouca diversidade de cores, que costumam ser vibrantes como os cartazes de cinema e as propagandas políticas da época. A variedade de materiais, os elementos de cartazes publicitários e a rua movimentada como palco da maioria das cenas faz de sua obra união de diversas linguagens da arte do século XX. Para a socióloga Laura Buarque Gadelha, Bajado “sintetizou os princípios do que mundialmente se falava, que era a pop art”.
Exposições
1977 - Individual de Bajado
1780 - Imagens de Dança
1980 - Gente da Terra
1984 - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras
1988 - O Mundo Fascinante dos Pintores Naïfs
1990 - Individual de Bajado
1991 - Coletiva Não Identificada
1992 - Bajado: 80 anos
1994 - Lês Couleurs du Brésil en Hommage au Maître Bajado
2000 - Ateliê Pernambuco: homenagem a Bajado e acervo do Mamam
2002 - Coletiva de Verão
2004 - Carnaval
2008 - Brasil Brasileiro
2009 - Brasil Brasileiro
2010 - Roupa de Domingo
2010 - Pintura: coleção Mario Schenberg
2014 - Arte Naif, a Bola da Vez
2019 - ARTE NAÏF (Nenhum museu a menos)
Fonte: BAJADO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 08 de julho de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Bajado | Arte Popular do Brasil
Euclides Francisco Amâncio, mais conhecido como Bajado, foi um artista plástico pernambucano nascido no dia 9 de dezembro de 1912 no município de Maraial, zona da mata pernambucana. Desde muito pequeno, que o menino Bajado mostrou talento para o desenho. A inspiração para suas criações vinha do cinema, uma de suas grandes paixões. Na época Bajado não tinha dinheiro para comprar a entrada para o cinema e a solução era vender pão doce e bolinhos de goma feitos pela mãe e pela avó. Quando deixava a sala de projeção, o menino pegava papel e desenhava em formato gibi a história que acabara de ver. Ainda jovem Bajado deixou Maraial e se mudou para a cidade de Catende-PE, onde permaneceu até 1930 trabalhando como ajudante e pintor de cartazes de filmes. Quatro anos mais tarde fixa residência em Olinda, onde continuou pintando cartazes para cinema e trabalhando como operador de máquina do Cine Olinda, função que exerceu até 1950. O apelido Bajado surgiu na infância por causa de uma brincadeira durante um jogo de bicho, um dos passatempos preferido do artista.
Em 1956 iniciou de forma profissional uma carreira de artista plástico, realizando a pintura de painéis e murais em centros comerciais e na decoração do Carnaval de Olinda. Bajado retratou os grandes clubes carnavalescos da velha cidade Patrimônio; Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante, O Homem da Meia-Noite, Vassourinhas, assim como o frevo rasgado na Ribeira, Largo do Amparo, Varadouro e na Praça do Carmo. Em 1964, junto com alguns amigos de profissão, inaugurou o Movimento de Arte da Ribeira, em Olinda, onde passou a expor seus trabalhos. Durante sua vida artística, Bajado reproduzir ainda inúmeras telas sobre a vida cotidiana, o sofrimento, as emoções e a cultura do povo pernambucano. O artista possuía um temperamento calmo e brincalhão. Fluiu na arte, com a simplicidade de um homem humilde. Era considerado um artista primitivo, inserido no estilo da arte contemporânea. Sua tendência artística era a liberdade de estética, comum na arte moderna.
O artista realizou inúmeras exposições individuais e participou de mais de 100 coletivas. No Brasil expôs em cidades como, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre e Vitória. No exterior, Bajado participou de exposições na França, Itália, Espanha, Holanda e República Tcheca. Em 1994, Bajado foi homenageado com uma mostra internacional na sede da Unesco, em Paris, com a participação de diversos artistas internacionais. Hoje seus trabalhos figuram em pinacotecas públicas e particulares do Brasil e do Exterior.
Bajado morreu em 1996, aos 84 anos de idade, em sua residência localizada na Rua do Amparo, nº 186, Olinda-PE.
Fonte: Bajado - Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.
Crédito fotográfico: Arte Popular do Brasil. Consultado pela última vez em 8 de julho de 2024.