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Bruno Giorgi

Bruno Giorgi (Mococa, SP, 13 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, RJ, 7 de setembro de 1993) foi um escultor e professor brasileiro.

Biografia

Em mais de 40 anos de carreira, esculpiu obras que se tornariam cartões postais do Brasil. Seus trabalhos em bronze refletem reflexões sobre o vazio, o ritmo, o movimento, a relação. Um exemplo é Os Guerreiros (1059), também conhecido como Os Candangos, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A obra, com 8 metros de altura, homenageia os operários que construíram a capital federal.

Com o mármore branco, as formas geométricas tomam o lugar das figuras. Dessa fase, Meteoro (1968), está localizado em frente ao espelho d’água em frente ao Palácio Itamaraty. Percebe-se, em suas esculturas, um cuidado ao estudar as possibilidades de cada material.

De ascendência italiana, voltou a Roma com a família quando tinha seis anos. Lá aprendeu pintura e escultura. Mais velho, atuou nos movimentos antifascistas como militante do Partido Comunista, foi preso e condenado a sete anos de prisão em Nápoles. Por intervenção da embaixada brasileira na Itália, e por sua nacionalidade, foi extraditado após cumprir quatro anos de pena.

Durante a Guerra Civil Espanhola, se alistou para lutar ao lado dos republicanos. Depois se radicou em Paris, onde abriu um pequeno ateliê que na verdade funcionava como ponto de encontro dos exilados italianos e da resistência antifascista.

De volta ao Brasil, se aproximou do Grupo Bernardelli, formado por artistas de origem italiana.

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Biografia Itaú Cultural

Muda-se com a família para Itália, e fixa-se em Roma em 1913. Em 1920, inicia estudos de desenho e escultura com o professor Loss. Participa de movimentos antifascistas. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a sete anos de prisão. É extraditado para o Brasil em 1935, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália. Em São Paulo, trava contato com Joaquim Figueira (1904 - 1943) e Alfredo Volpi (1896 - 1988). Em 1937, viaja para Paris e freqüenta as academias La Grand Chaumière e Ranson, onde estuda com Aristide Maillol (1861 - 1944). Em 1939, retorna a São Paulo e convive com Mário de Andrade (1893 - 1945), Lasar Segall (1891 - 1957), Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Sérgio Milliet (1898 - 1966), entre outros. Começa a praticar desenho de modelo-vivo e pintura com os artistas do Grupo Santa Helena e integra a Família Artística Paulista (FAP). Em 1943, transfere-se para o Rio de Janeiro. A convite do ministro Gustavo Capanema (1900 - 1985) instala ateliê no antigo Hospício da Praia Vermelha, onde orienta jovens artistas como Francisco Stockinger (1919). Possui obras em espaços públicos como Monumento à Juventude Brasileira (1947), nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde (MES), atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; Candangos (1960), na praça dos Três Poderes, e Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; e Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Análise

Herdeiro das lições do escultor Aristide Maillol (1861 - 1944), a partir dos anos 1940, Bruno Giorgi revela em seus trabalhos um crescente interesse pela temática e pelos tipos brasileiros. Sua obra gradualmente passa de uma leve estilização da figura humana a uma maior deformação. Na rudeza das superfícies, o modelado evidencia a mão do escultor, como em Mulher ao Luar, 1949.

A partir desses trabalhos, começa a apresentar uma nova plasticidade. Em Maternidade, 1952 ou São Jorge (1953), os troncos e membros das figuras se alongam e se deformam em contínuo desenvolvimento no espaço. Essa dinâmica abstrata conduz a um jogo de cheios e vazios. A progressiva estilização e redução da figura a poucas linhas pode ser vista, por exemplo, em Candangos

Passa então a realizar composições abstratas, onde se nota a tentativa de integração entre sua escultura e a arquitetura moderna, como em Meteoro, uma de suas obras de maior destaque, ou Condor (1978). Na década de 1970, Bruno Giorgi retoma a exploração da figura humana, principalmente a representação das formas femininas, muito freqüente em sua produção anterior, da qual resulta uma série de torsos de pedra.

Críticas

"(...) a monumentalidade saudável e mediterrânea, herdada de Maillol, tornou-se um dos pólos do progresso escultórico de Bruno Giorgi. Efetivamente, ainda no início dos anos 40, a linguagem do escultor brasileiro está muito perto da de seu mestre francês, embora já se manifeste a liberdade com que ele se moverá sempre em meio ao prolífero universo das formas. E também se verifica seu interesse pela temática brasileira, pelo tipo nativo, o que o conduz a audaciosas conjugações do clássico ou do arcaico com o moderno. É um período de tateamento e busca de seu próprio caminho, que se revelará, no curso dos anos, um processo não-linear de afastamento da forma humana natural e de libertação da velha tradição européia".

Ferreira Gullar (GULLAR, Ferreira. Bruno Giorgi ou o fascículo das formas. In: BRUNO Giorgi. São Paulo: Art Ed. ; Rio de Janeiro: Record, 1980. p. 14.)

"O pensador alemão Max Bense identificou três momentos na obra de Giorgi. A fase figurativa, em que trabalha a forma humana idealizada e hierática. Outra, vegetativa, em que mantém a figura, usa hastes para sua construção e preocupa-se com o dinamismo do conjunto. E uma fase tectônica, em que chega à abstração e dá caráter arquitetônico à obra.

Na verdade tais fases são aberturas de possibilidades novas, que não impedem a retomada de aspectos anteriores. O modo como abordou a figura humana em vários momentos trai a influência de Maillol: os volumes cilíndricos, a pose hierática e a idealização arcaizante, em certas ocasiões fixando uma adolescência atemporal. A superfície lisa da escultura de Maillol se opõe por vezes à aspereza do bronze de Giorgi. A idealização classicizante de Maillol contrasta com a mestiçagem das figuras de Giorgi - olhos de índio e contornos arredondados de mulato.

O uso que faz ora de formas esguias, ora opulentas, na década de 50, condicionou um crescente encaminhamento para a abstração, sem o abandono do caráter monumental. As alterações que passou a impor à forma e à apropriação dos vazios trouxeram maior movimento à sua escultura e aproximaram suas soluções das alcançadas por Henry Moore. Porém não impediram o surgimento sincrônico de peças caracterizadas por maior convencionalismo e estaticidade. A investigação de formas abstratas que acrescentou a seu trabalho, nos anos 60, não barrou o surgimento de torsos femininos em pedra e de trabalhadores em bronze nos anos 80".

Maria Isabel Branco Ribeiro (RIBEIRO, Maria Isabel Branco. A escultura de Bruno Giorgi. Guia das Artes, São Paulo, v. 26, p. 62-66, ago. /set. 1991.)

"Max Bense dividiu a escultura de Bruno Giorgi em clássico-figurativa, barroco-vegetativa e arcaico-tectônica, ou mais simplificadamente, em estática, dinâmica e tectônica. Fases que correspondem, respectivamente, às décadas de 40, 50 e 60. Na primeira fase, ainda muito marcada pelo aprendizado acadêmico, e na qual abundam bustos e retratos, os corpos femininos ora se tornam pesados e gordos, um 'renoirismo escultural', como observou Mario Schenberg, ora se alongam, quase líricos. Mas a obra maior do período continua sendo seu Monumento à Juventude. 'Repara o que há de juvenil nestas figuras, de sadio, de feliz, de alegria. E, no entanto, transpira um sentimento de dignidade, e elas são graves e nobres', anotou Mário de Andrade num bilhete que enviou ao ministro Gustavo Capanema, que encomendara a obra. Enfim, uma figuração ao mesmo tempo viril e sensual, mas principalmente saudável e otimista, como a de seus colegas do ateliê da Biblioteca Nacional".

Frederico Morais (O campo tridimensional: esculturas, relevos, objetos e instalações. TRIDIMENSIONALIDADE: arte brasileira do século XX. 2. ed. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 1999. p. 228-229.)

Exposições Individuais

1950 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP

1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino

1961 - Santiago (Chile) - Individual, no Centro Hispano-Brasileiro de Cultura

1962 - Roma (Itália) - Individual, na Galleria d'Arte della Casa do Brasil

1962 - Stuttgart (Alemanha) - Individual, na Universidade Técnica de Stuttgart

1962 - Viena (Áustria) - Individual, na Casa da Áustria

1964 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Lascaux

1965 - Milão (Itália) - Individual, na Galeria Il Giorno

1970 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho

1971 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho

1974 - São Paulo SP - Bruno Giorgi: esculturas, na Galeria Arte Global

1978 - São Paulo SP - Individual, na Skultura Galeria de Arte

1979 - São Paulo SP - Individual, na Skultura Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - Individual, na Skultura Galeria de Arte

1985 - Rio de Janeiro RJ - Viva Bruno, no Rio Design Center

1985 - São Paulo SP - Bruno Giorgi: 80 anos, na Skultura Galeria de Arte

1991 - Porto Alegre RS - Bruno Giorgi: um mestre da escultura, no Espaço Cultural BFB

1991 - São Paulo SP - Bruno Giorgi: um mestre da escultura, na Skultura Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1938 - Paris (França) - 15º Salon des Tuileries

1938 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais

1939 - Paris (França) - 16º Salon des Tuileries

1940 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão da Família Artística Paulista, no Palace Hotel

1940 - Rio de Janeiro RJ - 46º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1941 - São Paulo SP - 1º Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, no Parque da Água Branca

1942 - São Paulo SP - 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1944 - São Paulo SP - 9º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1944 - São Paulo SP - Mario Zanini, Bruno Giorgi e Hilde Weber, na Livraria Brasiliense

1945 - Rio de Janeiro RJ - Artistas Plásticos do Partido Comunista, na Casa do Estudante

1945 - São Paulo SP - Galeria Domus: mostra inaugural, na Galeria Domus

1948 - Roma (Itália) - Exposizione d'Arte Sacra, no Vaticano

1950 - Veneza (Itália) - 25ª Bienal de Veneza

1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - 1º Prêmio Governo do Estado

1951- São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon - Prêmio Companhia de Seguro e Capitalização do Grupo Sul-América

1952 - Paris (França) - 38º Salão de Maio

1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1952 - Veneza (Itália) - 26ª Bienal de Veneza

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados - prêmio melhor escultor nacional

1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais

1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP

1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1957 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Arte Brasileira Contemporânea, no MAM/RJ

1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - Prêmio Leirner

1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus

1959 - Rio de Janeiro RJ - 30 Anos de Arte Brasileira, na Galeria Macunaíma

1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea - 1º prêmio em escultura

1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1961 - Rio de Janeiro RJ - 1º O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana

1962 - São Paulo SP - Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP

1962 - Seattle (Estados Unidos) - Pavilhão do Brasil, na Feira Mundial de Seattle

1963 - Rio de Janeiro RJ - 1º Resumo de Arte do JB, no Jornal do Brasil

1966 - Milão (Itália) - Exposição Internacional de Escultura ao Ar Livre - premiado

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1972 - Carrara (Itália) - Bienal Internacional do Mármore

1972 - São Paulo SP - 4º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall

1978 - Penápolis SP - 3º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1978 - Rio de Janeiro RJ - Escultura Brasileira no Espaço Urbano: 50 anos, na Praça Nossa Senhora da Paz

1979 - Rio de Janeiro RJ - Escultores Brasileiros, na Galeria Aktuel

1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1980 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Mário Pedrosa, na Galeria Jean Boghici

1980 - Rio de Janeiro RJ - Milton Dacosta, Volpi, Bruno Giorgi, na Acervo Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - Panorama da Escultura Brasileira no Século XX, no Centro Campestre do Sesc

1981 - Guarujá SP - Escultura ao Ar Livre, no Hotel Jequitimar

1981 - São Paulo SP - 13º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP

1982 - São Paulo SP - Um Século de Escultura no Brasil, no Masp

1984 - Curitiba PR - Simões de Assis Galeria de Arte: mostra inaugural, na Simões de Assis Galeria de Arte

1984 - Rio de Janeiro RJ - Madeira, Matéria de Arte, no MAM/RJ

1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie

1986 - Brasília DF - Brasília: trilha aberta, no MAB

1986 - Rio de Janeiro RJ - JK e os Anos 50: uma visão da cultura e do cotidiano, na Galeria Investiarte

1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial

1987 - Paris (França) - Modernidade: Arte Brasileira do Século XX, no Musée d' Art Moderne de la Ville de Paris

1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP

1988 - São Paulo SP - Modernidade: Arte Brasileira do Século XX, no MAM/SP

1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP

1989 - São Paulo SP - Integração, na Fundação Memorial da América Latina

1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura

1992 - São Paulo SP - A Sedução dos Volumes: os tridimensionais do MAC, no MAC/USP

1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade

Exposições Póstumas

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1995 - São Paulo SP - Expressões do Corpo na escultura de Rodin, Leopoldo e Silva, De Fiori, Brecheret, Bruno Giorgi, no Espaço Cultural Safra

1996 - São Paulo SP - 1º Off Bienal, no MuBE

1996 - São Paulo SP - Figura e Paisagem no Acervo do MAM: homenagem a Volpi, no MAM/SP

1997 - São Paulo SP - Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, no Banco Safra

1997 - São Paulo SP - Mário de Andrade e o Grupo Modernista, no Centro Cultural e de Estudos Aúthos Paganos

1997 - São Paulo SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural

1997 - Washington (Estados Unidos) - Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, no Centro Cultural do BID

1998 - Belo Horizonte MG - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural

1998 - Brasília DF - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Galeria Itaú Cultural

1998 - Penápolis SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Galeria Itaú Cultural

1998 - Rio de Janeiro RJ - Imagens Negociadas: retratos da elite brasileira, no CCBB

1998 - Santos SP - Expressões do Corpo na escultura de Rodin, Leopoldo e Silva, De Fiori, Brecheret, Bruno Giorgi, no Sesc

1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap

1999 - São Paulo SP - Os Ítalos e os Brasileiros na Arte do Entre Guerras, na Pinacoteca do Estado

2000 - Rio de Janeiro RJ - Quando o Brasil era Moderno: artes plásticas no Rio de Janeiro de 1905 a 1960, no Paço Imperial

2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap

2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Escultura Brasileira: da Pinacoteca ao Jardim da Luz, na Pinacoteca do Estado

2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia

2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles

2001 - Porto Alegre RS - Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea, no Margs

2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria

2001 - São Paulo SP - Individual, no MuBE

2001 - São Paulo SP - Coleção Aldo Franco, na Pinacoteca do Estado

2002 - Brasília DF - JK - Uma Aventura Estética, no Conjunto Cultural da Caixa

2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2002 - Rio de Janeiro RJ - Bruno Giorgi: desenhos de um escultor, no Solar Grandjean de Montigny

2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem

2002 - São Paulo SP - Arte e Futebol, no MAM/SP

2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/Faap

2002 - São Paulo SP - Espelho Selvagem: arte moderna no Brasil da primeira metade do século XX, Coleção Nemirovsky, no MAM/SP

2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP

2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Escultores - Esculturas, na Pinakotheke

2004 - Rio de Janeiro RJ - O Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial

2004 - São Paulo SP - Abstração como Linguagem: perfil de um acervo, na Pinakotheke

2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP

2005 - São Paulo SP - O Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no MAM/SP

Fonte: BRUNO Giorgi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2016. Disponível em: Itaú Cultural, Acesso em: 02 de Mar. 2016. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Wikipédia

Filho de imigrantes italianos, em 1911 vai à terra de seus pais e, em Roma, dedica-se à escultura. Na década de 1920, durante o fascismo italiano, Bruno Giorgi torna-se membro da resistência e é preso em Nápoles.

Participa na Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos, mas, "no interesse da própria luta", permanece em Paris (1937) e frequenta a Académie de la Grande Chaumière e a Ranson, tendo sido, nessa última, aluno de Aristide Maillol, que passa a orientá-lo. Conviveu com Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau.

Em 1939, de volta a São Paulo, integra-se ao movimento modernista brasileiro ao lado de Vitor Brecheret e Mário de Andrade. Trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da exposição do grupo Família Artística Paulista.

Em 1942, a convite do ministro Gustavo Capanema, participou da equipe que decorou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (atual Palácio da Cultura), no Rio de Janeiro. Seu trabalho foi feito para o jardim do ministério, planejado pelo paisagista Burle Marx.

Na década de 1950, suas obras passaram a valorizar o ritmo, o movimento, os vazios e a harmonizar linhas curvas e formas angulares. Já no fim dessa década, Giorgi passou a usar o bronze, criando figuras delgadas, em que os vazios são parte integrante da escultura, predominando frequentemente sobre as massas. Em 1960, ele fez o Monumento ao Padre José de Anchieta, em San Cristóbal de La Laguna, Tenerife, Espanha. Foi financiada pela cidade de La Laguna e pelo Governo do Brasil.

Na década seguinte, duas inovações apareceram em sua obra: a forma geométrica, em lugar das figuras, e o mármore branco, em lugar do bronze.

Obras

Entre as suas obras, as mais conhecidas são "Os Candangos" e "Meteoro".

  • Monumento à Juventude Brasileira, 1947, nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro;

  • Os Guerreiros, conhecida popularmente como Os Candangos, 1959, na Praça dos Três Poderes, Brasília;

  • Monumento à Cultura, 1965, na Praça Edson Luís, na Universidade de Brasília;

  • Meteoro, 1968, no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília;

  • Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 02 de março de 2016.

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O Estilo

Foi subdividido em três fases que compreendem sua produção nas décadas que vão de 1940 a 1950.

  • A primeira fase, conhecida como figurativa, teve bastante influência acadêmica com vários retratos, bustos e corpos femininos, ora gordos e opulentos, ora alongados e líricos.

  • Na segunda fase, chamada vegetativa, Bruno Giorgi mantém a utilização de figuras com hastes e preocupa-se com o dinamismo das obras.

  • Na última fase, mais conhecida, chamada tectônica, as esculturas assumem um significado mais abstrato e um caráter mais arquitetônico.

Obras

O primeiro deles foi o “Monumento a Juventude Brasileira“(1947) nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro.

Anos depois em Brasília, dos monumentos de sua autoria, destaque para “Os Guerreiros”(1959), mas que depois passou a ser chamado de “Os Candangos”. Com oito metros de altura, a estátua erguida em meio à Praça dos Três Poderes, é uma composição frontal e estilizada de dois corpos em pé. O grupo é quase simétrico, exageradamente plano, com pouca massa e muitos vazios. As figuras apoiam-se uma na outra, cada qual portando uma vara-lança; apenas uma se apoia no chão.

Interessante, mas “Candango” era o nome que os africanos usavam para referir-se a seus colonizadores portugueses, termo pejorativo para um individuo ordinário, ruim. Contudo, no Brasil, a palavra mudou sua conotação, agora referindo-se positivamente as pessoas que trabalhavam na construção da capital. Ou seja, Juscelino Kubitschek era um baita “candangão”. Daí o porque da mudança. Anteriormente “Os Guerreiros”, hoje o monumento é conhecido como “Os Candangos”. Em 1959 a palavra ganhava assim outro estatuto , o de sinônimo de desbravador, de homem que confia no progresso, de brasileiro comum, operário de Brasília. Sobre isso, o próprio Giorgi revelou: “Eu fiz os guerreiros que foram fundidos aqui no Rio de Janeiro. E eu tinha feito uma maquete de um metro e meio ai eles aprovaram, a comissão aprovou, inclusive o Oscar Niemeyer aprovou. Então depois eu ampliei aqui, fiz com 9 metros de altura. Depois tem um pequeno pedestal, depois tem dois elementos que se abraçam que chamam de guerreiro, mas o meu sonho era fazer uma homenagem ao candango. Tanto que depois veio pôr nome de candango. Isso aqui é um monumento aos candangos”.

Ainda em Brasília, além da obra citada, temos o “Meteoro” (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, localizado no espelho d’água em frente ao Palácio do Itamaraty. Uma de suas obras em bronze, “Herma de Tiradentes” (1986), se encontra à esquerda da rampa de acesso ao Panteão da Pátria Tancredo Neves, uma justa homenagem a Tiradentes. Um dos seus últimos trabalhos foi o monumento “Integração” (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo. Bruno morreu em 1993.

Entre os habitantes da cidade existe um enorme orgulho em relação ao nome do escultor, sendo difícil encontrar alguém que não o conheça. É possível ver na praça da cidade algumas réplicas de suas obras como “A Esfinge”(1960), como também “Os Candangos”. Aliás sobre isso, há curiosidade um tanto trágica, contada pelas pessoas da cidade. Na praça, em meio há alguns jardins, uma mulher se aproximou e colocou o filho entre os braços da esfinge para tirar fotos. O problema é que a estátua já estava um tanto frouxa, e antes que a mãe esboçasse alguma reação, ela despencou sobre criança, matando-a. Em função disto, a estátua foi retirada da praça por alguns anos, mas está de volta, num local diferente.

Fonte: Exibidos Brazucah, por Tiago Miota, em 25 de junho de 2011.

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Curiosidade sobre a obra "O Meteoro"

Uma de suas obras mais conhecidas, o “Meteoro” (1967), esculpido em Carrara na Itália, cujas peças foram montadas em frente ao Palácio do Itamaraty. Meteoro é uma esfera em mármore de 50 toneladas. O guindaste que fixou a obra no espelho d’água do palácio não suportou o peso e a escultura parou a 20 cm da cabeça de Giorgi. O susto foi tanto que o artista ficou de cama, com febre uma semana.

Fonte: Facebook Instituto Volpi, consultado pela última vez em 02 de março de 2016.

Bruno Giorgi (Mococa, SP, 13 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, RJ, 7 de setembro de 1993) foi um escultor e professor brasileiro.

Bruno Giorgi

Bruno Giorgi (Mococa, SP, 13 de agosto de 1905 — Rio de Janeiro, RJ, 7 de setembro de 1993) foi um escultor e professor brasileiro.

Videos

A história de Bruno Giorgi

Bruno Giorgi (1973)

Leontina - Mulheres de Bruno Giorgi

BRUNO GIORGI em Mococa

Alfredo Volpi e Bruno Giorgi

FAP - Bruno Giorgi

Bruno Giorgi

Biografia

Em mais de 40 anos de carreira, esculpiu obras que se tornariam cartões postais do Brasil. Seus trabalhos em bronze refletem reflexões sobre o vazio, o ritmo, o movimento, a relação. Um exemplo é Os Guerreiros (1059), também conhecido como Os Candangos, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A obra, com 8 metros de altura, homenageia os operários que construíram a capital federal.

Com o mármore branco, as formas geométricas tomam o lugar das figuras. Dessa fase, Meteoro (1968), está localizado em frente ao espelho d’água em frente ao Palácio Itamaraty. Percebe-se, em suas esculturas, um cuidado ao estudar as possibilidades de cada material.

De ascendência italiana, voltou a Roma com a família quando tinha seis anos. Lá aprendeu pintura e escultura. Mais velho, atuou nos movimentos antifascistas como militante do Partido Comunista, foi preso e condenado a sete anos de prisão em Nápoles. Por intervenção da embaixada brasileira na Itália, e por sua nacionalidade, foi extraditado após cumprir quatro anos de pena.

Durante a Guerra Civil Espanhola, se alistou para lutar ao lado dos republicanos. Depois se radicou em Paris, onde abriu um pequeno ateliê que na verdade funcionava como ponto de encontro dos exilados italianos e da resistência antifascista.

De volta ao Brasil, se aproximou do Grupo Bernardelli, formado por artistas de origem italiana.

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Biografia Itaú Cultural

Muda-se com a família para Itália, e fixa-se em Roma em 1913. Em 1920, inicia estudos de desenho e escultura com o professor Loss. Participa de movimentos antifascistas. Em 1931, é preso por motivos políticos e condenado a sete anos de prisão. É extraditado para o Brasil em 1935, por intervenção do embaixador brasileiro na Itália. Em São Paulo, trava contato com Joaquim Figueira (1904 - 1943) e Alfredo Volpi (1896 - 1988). Em 1937, viaja para Paris e freqüenta as academias La Grand Chaumière e Ranson, onde estuda com Aristide Maillol (1861 - 1944). Em 1939, retorna a São Paulo e convive com Mário de Andrade (1893 - 1945), Lasar Segall (1891 - 1957), Oswald de Andrade (1890 - 1954) e Sérgio Milliet (1898 - 1966), entre outros. Começa a praticar desenho de modelo-vivo e pintura com os artistas do Grupo Santa Helena e integra a Família Artística Paulista (FAP). Em 1943, transfere-se para o Rio de Janeiro. A convite do ministro Gustavo Capanema (1900 - 1985) instala ateliê no antigo Hospício da Praia Vermelha, onde orienta jovens artistas como Francisco Stockinger (1919). Possui obras em espaços públicos como Monumento à Juventude Brasileira (1947), nos jardins do antigo Ministério da Educação e Saúde (MES), atual Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro; Candangos (1960), na praça dos Três Poderes, e Meteoro (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília; e Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Análise

Herdeiro das lições do escultor Aristide Maillol (1861 - 1944), a partir dos anos 1940, Bruno Giorgi revela em seus trabalhos um crescente interesse pela temática e pelos tipos brasileiros. Sua obra gradualmente passa de uma leve estilização da figura humana a uma maior deformação. Na rudeza das superfícies, o modelado evidencia a mão do escultor, como em Mulher ao Luar, 1949.

A partir desses trabalhos, começa a apresentar uma nova plasticidade. Em Maternidade, 1952 ou São Jorge (1953), os troncos e membros das figuras se alongam e se deformam em contínuo desenvolvimento no espaço. Essa dinâmica abstrata conduz a um jogo de cheios e vazios. A progressiva estilização e redução da figura a poucas linhas pode ser vista, por exemplo, em Candangos

Passa então a realizar composições abstratas, onde se nota a tentativa de integração entre sua escultura e a arquitetura moderna, como em Meteoro, uma de suas obras de maior destaque, ou Condor (1978). Na década de 1970, Bruno Giorgi retoma a exploração da figura humana, principalmente a representação das formas femininas, muito freqüente em sua produção anterior, da qual resulta uma série de torsos de pedra.

Críticas

"(...) a monumentalidade saudável e mediterrânea, herdada de Maillol, tornou-se um dos pólos do progresso escultórico de Bruno Giorgi. Efetivamente, ainda no início dos anos 40, a linguagem do escultor brasileiro está muito perto da de seu mestre francês, embora já se manifeste a liberdade com que ele se moverá sempre em meio ao prolífero universo das formas. E também se verifica seu interesse pela temática brasileira, pelo tipo nativo, o que o conduz a audaciosas conjugações do clássico ou do arcaico com o moderno. É um período de tateamento e busca de seu próprio caminho, que se revelará, no curso dos anos, um processo não-linear de afastamento da forma humana natural e de libertação da velha tradição européia".

Ferreira Gullar (GULLAR, Ferreira. Bruno Giorgi ou o fascículo das formas. In: BRUNO Giorgi. São Paulo: Art Ed. ; Rio de Janeiro: Record, 1980. p. 14.)

"O pensador alemão Max Bense identificou três momentos na obra de Giorgi. A fase figurativa, em que trabalha a forma humana idealizada e hierática. Outra, vegetativa, em que mantém a figura, usa hastes para sua construção e preocupa-se com o dinamismo do conjunto. E uma fase tectônica, em que chega à abstração e dá caráter arquitetônico à obra.

Na verdade tais fases são aberturas de possibilidades novas, que não impedem a retomada de aspectos anteriores. O modo como abordou a figura humana em vários momentos trai a influência de Maillol: os volumes cilíndricos, a pose hierática e a idealização arcaizante, em certas ocasiões fixando uma adolescência atemporal. A superfície lisa da escultura de Maillol se opõe por vezes à aspereza do bronze de Giorgi. A idealização classicizante de Maillol contrasta com a mestiçagem das figuras de Giorgi - olhos de índio e contornos arredondados de mulato.

O uso que faz ora de formas esguias, ora opulentas, na década de 50, condicionou um crescente encaminhamento para a abstração, sem o abandono do caráter monumental. As alterações que passou a impor à forma e à apropriação dos vazios trouxeram maior movimento à sua escultura e aproximaram suas soluções das alcançadas por Henry Moore. Porém não impediram o surgimento sincrônico de peças caracterizadas por maior convencionalismo e estaticidade. A investigação de formas abstratas que acrescentou a seu trabalho, nos anos 60, não barrou o surgimento de torsos femininos em pedra e de trabalhadores em bronze nos anos 80".

Maria Isabel Branco Ribeiro (RIBEIRO, Maria Isabel Branco. A escultura de Bruno Giorgi. Guia das Artes, São Paulo, v. 26, p. 62-66, ago. /set. 1991.)

"Max Bense dividiu a escultura de Bruno Giorgi em clássico-figurativa, barroco-vegetativa e arcaico-tectônica, ou mais simplificadamente, em estática, dinâmica e tectônica. Fases que correspondem, respectivamente, às décadas de 40, 50 e 60. Na primeira fase, ainda muito marcada pelo aprendizado acadêmico, e na qual abundam bustos e retratos, os corpos femininos ora se tornam pesados e gordos, um 'renoirismo escultural', como observou Mario Schenberg, ora se alongam, quase líricos. Mas a obra maior do período continua sendo seu Monumento à Juventude. 'Repara o que há de juvenil nestas figuras, de sadio, de feliz, de alegria. E, no entanto, transpira um sentimento de dignidade, e elas são graves e nobres', anotou Mário de Andrade num bilhete que enviou ao ministro Gustavo Capanema, que encomendara a obra. Enfim, uma figuração ao mesmo tempo viril e sensual, mas principalmente saudável e otimista, como a de seus colegas do ateliê da Biblioteca Nacional".

Frederico Morais (O campo tridimensional: esculturas, relevos, objetos e instalações. TRIDIMENSIONALIDADE: arte brasileira do século XX. 2. ed. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 1999. p. 228-229.)

Exposições Individuais

1950 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP

1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Bonino

1961 - Santiago (Chile) - Individual, no Centro Hispano-Brasileiro de Cultura

1962 - Roma (Itália) - Individual, na Galleria d'Arte della Casa do Brasil

1962 - Stuttgart (Alemanha) - Individual, na Universidade Técnica de Stuttgart

1962 - Viena (Áustria) - Individual, na Casa da Áustria

1964 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Lascaux

1965 - Milão (Itália) - Individual, na Galeria Il Giorno

1970 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho

1971 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho

1974 - São Paulo SP - Bruno Giorgi: esculturas, na Galeria Arte Global

1978 - São Paulo SP - Individual, na Skultura Galeria de Arte

1979 - São Paulo SP - Individual, na Skultura Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - Individual, na Skultura Galeria de Arte

1985 - Rio de Janeiro RJ - Viva Bruno, no Rio Design Center

1985 - São Paulo SP - Bruno Giorgi: 80 anos, na Skultura Galeria de Arte

1991 - Porto Alegre RS - Bruno Giorgi: um mestre da escultura, no Espaço Cultural BFB

1991 - São Paulo SP - Bruno Giorgi: um mestre da escultura, na Skultura Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1938 - Paris (França) - 15º Salon des Tuileries

1938 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais

1939 - Paris (França) - 16º Salon des Tuileries

1940 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão da Família Artística Paulista, no Palace Hotel

1940 - Rio de Janeiro RJ - 46º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1941 - São Paulo SP - 1º Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, no Parque da Água Branca

1942 - São Paulo SP - 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1944 - São Paulo SP - 9º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1944 - São Paulo SP - Mario Zanini, Bruno Giorgi e Hilde Weber, na Livraria Brasiliense

1945 - Rio de Janeiro RJ - Artistas Plásticos do Partido Comunista, na Casa do Estudante

1945 - São Paulo SP - Galeria Domus: mostra inaugural, na Galeria Domus

1948 - Roma (Itália) - Exposizione d'Arte Sacra, no Vaticano

1950 - Veneza (Itália) - 25ª Bienal de Veneza

1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - 1º Prêmio Governo do Estado

1951- São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon - Prêmio Companhia de Seguro e Capitalização do Grupo Sul-América

1952 - Paris (França) - 38º Salão de Maio

1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1952 - Veneza (Itália) - 26ª Bienal de Veneza

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados - prêmio melhor escultor nacional

1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais

1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP

1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1957 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Arte Brasileira Contemporânea, no MAM/RJ

1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho - Prêmio Leirner

1959 - Leverkusen (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1959 - Munique (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus

1959 - Rio de Janeiro RJ - 30 Anos de Arte Brasileira, na Galeria Macunaíma

1959 - Viena (Áustria) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Hamburgo (Alemanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Lisboa (Portugal) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Madri (Espanha) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - Paris (França) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1960 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea - 1º prêmio em escultura

1960 - Utrecht (Holanda) - Primeira Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa

1961 - Rio de Janeiro RJ - 1º O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana

1962 - São Paulo SP - Seleção de Obras de Arte Brasileira da Coleção Ernesto Wolf, no MAM/SP

1962 - Seattle (Estados Unidos) - Pavilhão do Brasil, na Feira Mundial de Seattle

1963 - Rio de Janeiro RJ - 1º Resumo de Arte do JB, no Jornal do Brasil

1966 - Milão (Itália) - Exposição Internacional de Escultura ao Ar Livre - premiado

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1972 - Carrara (Itália) - Bienal Internacional do Mármore

1972 - São Paulo SP - 4º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall

1978 - Penápolis SP - 3º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1978 - Rio de Janeiro RJ - Escultura Brasileira no Espaço Urbano: 50 anos, na Praça Nossa Senhora da Paz

1979 - Rio de Janeiro RJ - Escultores Brasileiros, na Galeria Aktuel

1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1980 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Mário Pedrosa, na Galeria Jean Boghici

1980 - Rio de Janeiro RJ - Milton Dacosta, Volpi, Bruno Giorgi, na Acervo Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - Panorama da Escultura Brasileira no Século XX, no Centro Campestre do Sesc

1981 - Guarujá SP - Escultura ao Ar Livre, no Hotel Jequitimar

1981 - São Paulo SP - 13º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP

1982 - São Paulo SP - Um Século de Escultura no Brasil, no Masp

1984 - Curitiba PR - Simões de Assis Galeria de Arte: mostra inaugural, na Simões de Assis Galeria de Arte

1984 - Rio de Janeiro RJ - Madeira, Matéria de Arte, no MAM/RJ

1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1985 - Rio de Janeiro RJ - Encontros, na Petite Galerie

1986 - Brasília DF - Brasília: trilha aberta, no MAB

1986 - Rio de Janeiro RJ - JK e os Anos 50: uma visão da cultura e do cotidiano, na Galeria Investiarte

1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial

1987 - Paris (França) - Modernidade: Arte Brasileira do Século XX, no Musée d' Art Moderne de la Ville de Paris

1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP

1988 - São Paulo SP - Modernidade: Arte Brasileira do Século XX, no MAM/SP

1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP

1989 - São Paulo SP - Integração, na Fundação Memorial da América Latina

1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura

1992 - São Paulo SP - A Sedução dos Volumes: os tridimensionais do MAC, no MAC/USP

1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade

Exposições Póstumas

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1995 - São Paulo SP - Expressões do Corpo na escultura de Rodin, Leopoldo e Silva, De Fiori, Brecheret, Bruno Giorgi, no Espaço Cultural Safra

1996 - São Paulo SP - 1º Off Bienal, no MuBE

1996 - São Paulo SP - Figura e Paisagem no Acervo do MAM: homenagem a Volpi, no MAM/SP

1997 - São Paulo SP - Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, no Banco Safra

1997 - São Paulo SP - Mário de Andrade e o Grupo Modernista, no Centro Cultural e de Estudos Aúthos Paganos

1997 - São Paulo SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural

1997 - Washington (Estados Unidos) - Escultura Brasileira: perfil de uma identidade, no Centro Cultural do BID

1998 - Belo Horizonte MG - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, no Itaú Cultural

1998 - Brasília DF - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Galeria Itaú Cultural

1998 - Penápolis SP - Tridimensionalidade na Arte Brasileira do Século XX, na Galeria Itaú Cultural

1998 - Rio de Janeiro RJ - Imagens Negociadas: retratos da elite brasileira, no CCBB

1998 - Santos SP - Expressões do Corpo na escultura de Rodin, Leopoldo e Silva, De Fiori, Brecheret, Bruno Giorgi, no Sesc

1999 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap

1999 - São Paulo SP - Os Ítalos e os Brasileiros na Arte do Entre Guerras, na Pinacoteca do Estado

2000 - Rio de Janeiro RJ - Quando o Brasil era Moderno: artes plásticas no Rio de Janeiro de 1905 a 1960, no Paço Imperial

2000 - São Paulo SP - A Figura Feminina no Acervo do MAB, no MAB/Faap

2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Escultura Brasileira: da Pinacoteca ao Jardim da Luz, na Pinacoteca do Estado

2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia

2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles

2001 - Porto Alegre RS - Coleção Liba e Rubem Knijnik: arte brasileira contemporânea, no Margs

2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria

2001 - São Paulo SP - Individual, no MuBE

2001 - São Paulo SP - Coleção Aldo Franco, na Pinacoteca do Estado

2002 - Brasília DF - JK - Uma Aventura Estética, no Conjunto Cultural da Caixa

2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2002 - Rio de Janeiro RJ - Bruno Giorgi: desenhos de um escultor, no Solar Grandjean de Montigny

2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem

2002 - São Paulo SP - Arte e Futebol, no MAM/SP

2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/Faap

2002 - São Paulo SP - Espelho Selvagem: arte moderna no Brasil da primeira metade do século XX, Coleção Nemirovsky, no MAM/SP

2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP

2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Escultores - Esculturas, na Pinakotheke

2004 - Rio de Janeiro RJ - O Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial

2004 - São Paulo SP - Abstração como Linguagem: perfil de um acervo, na Pinakotheke

2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP

2005 - São Paulo SP - O Século de um Brasileiro: Coleção Roberto Marinho, no MAM/SP

Fonte: BRUNO Giorgi. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2016. Disponível em: Itaú Cultural, Acesso em: 02 de Mar. 2016. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Wikipédia

Filho de imigrantes italianos, em 1911 vai à terra de seus pais e, em Roma, dedica-se à escultura. Na década de 1920, durante o fascismo italiano, Bruno Giorgi torna-se membro da resistência e é preso em Nápoles.

Participa na Guerra Civil Espanhola ao lado dos republicanos, mas, "no interesse da própria luta", permanece em Paris (1937) e frequenta a Académie de la Grande Chaumière e a Ranson, tendo sido, nessa última, aluno de Aristide Maillol, que passa a orientá-lo. Conviveu com Henry Moore, Marino Marini e Charles Despiau.

Em 1939, de volta a São Paulo, integra-se ao movimento modernista brasileiro ao lado de Vitor Brecheret e Mário de Andrade. Trabalhou com os artistas do Grupo Santa Helena e participou da exposição do grupo Família Artística Paulista.

Em 1942, a convite do ministro Gustavo Capanema, participou da equipe que decorou o prédio do Ministério da Educação e Saúde (atual Palácio da Cultura), no Rio de Janeiro. Seu trabalho foi feito para o jardim do ministério, planejado pelo paisagista Burle Marx.

Na década de 1950, suas obras passaram a valorizar o ritmo, o movimento, os vazios e a harmonizar linhas curvas e formas angulares. Já no fim dessa década, Giorgi passou a usar o bronze, criando figuras delgadas, em que os vazios são parte integrante da escultura, predominando frequentemente sobre as massas. Em 1960, ele fez o Monumento ao Padre José de Anchieta, em San Cristóbal de La Laguna, Tenerife, Espanha. Foi financiada pela cidade de La Laguna e pelo Governo do Brasil.

Na década seguinte, duas inovações apareceram em sua obra: a forma geométrica, em lugar das figuras, e o mármore branco, em lugar do bronze.

Obras

Entre as suas obras, as mais conhecidas são "Os Candangos" e "Meteoro".

  • Monumento à Juventude Brasileira, 1947, nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro;

  • Os Guerreiros, conhecida popularmente como Os Candangos, 1959, na Praça dos Três Poderes, Brasília;

  • Monumento à Cultura, 1965, na Praça Edson Luís, na Universidade de Brasília;

  • Meteoro, 1968, no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília;

  • Integração, 1989, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 02 de março de 2016.

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O Estilo

Foi subdividido em três fases que compreendem sua produção nas décadas que vão de 1940 a 1950.

  • A primeira fase, conhecida como figurativa, teve bastante influência acadêmica com vários retratos, bustos e corpos femininos, ora gordos e opulentos, ora alongados e líricos.

  • Na segunda fase, chamada vegetativa, Bruno Giorgi mantém a utilização de figuras com hastes e preocupa-se com o dinamismo das obras.

  • Na última fase, mais conhecida, chamada tectônica, as esculturas assumem um significado mais abstrato e um caráter mais arquitetônico.

Obras

O primeiro deles foi o “Monumento a Juventude Brasileira“(1947) nos jardins do Ministério da Educação e Saúde, atual Palácio da Cultura, no Rio de Janeiro.

Anos depois em Brasília, dos monumentos de sua autoria, destaque para “Os Guerreiros”(1959), mas que depois passou a ser chamado de “Os Candangos”. Com oito metros de altura, a estátua erguida em meio à Praça dos Três Poderes, é uma composição frontal e estilizada de dois corpos em pé. O grupo é quase simétrico, exageradamente plano, com pouca massa e muitos vazios. As figuras apoiam-se uma na outra, cada qual portando uma vara-lança; apenas uma se apoia no chão.

Interessante, mas “Candango” era o nome que os africanos usavam para referir-se a seus colonizadores portugueses, termo pejorativo para um individuo ordinário, ruim. Contudo, no Brasil, a palavra mudou sua conotação, agora referindo-se positivamente as pessoas que trabalhavam na construção da capital. Ou seja, Juscelino Kubitschek era um baita “candangão”. Daí o porque da mudança. Anteriormente “Os Guerreiros”, hoje o monumento é conhecido como “Os Candangos”. Em 1959 a palavra ganhava assim outro estatuto , o de sinônimo de desbravador, de homem que confia no progresso, de brasileiro comum, operário de Brasília. Sobre isso, o próprio Giorgi revelou: “Eu fiz os guerreiros que foram fundidos aqui no Rio de Janeiro. E eu tinha feito uma maquete de um metro e meio ai eles aprovaram, a comissão aprovou, inclusive o Oscar Niemeyer aprovou. Então depois eu ampliei aqui, fiz com 9 metros de altura. Depois tem um pequeno pedestal, depois tem dois elementos que se abraçam que chamam de guerreiro, mas o meu sonho era fazer uma homenagem ao candango. Tanto que depois veio pôr nome de candango. Isso aqui é um monumento aos candangos”.

Ainda em Brasília, além da obra citada, temos o “Meteoro” (1967), no lago do edifício do Ministério das Relações Exteriores, localizado no espelho d’água em frente ao Palácio do Itamaraty. Uma de suas obras em bronze, “Herma de Tiradentes” (1986), se encontra à esquerda da rampa de acesso ao Panteão da Pátria Tancredo Neves, uma justa homenagem a Tiradentes. Um dos seus últimos trabalhos foi o monumento “Integração” (1989), no Memorial da América Latina, em São Paulo. Bruno morreu em 1993.

Entre os habitantes da cidade existe um enorme orgulho em relação ao nome do escultor, sendo difícil encontrar alguém que não o conheça. É possível ver na praça da cidade algumas réplicas de suas obras como “A Esfinge”(1960), como também “Os Candangos”. Aliás sobre isso, há curiosidade um tanto trágica, contada pelas pessoas da cidade. Na praça, em meio há alguns jardins, uma mulher se aproximou e colocou o filho entre os braços da esfinge para tirar fotos. O problema é que a estátua já estava um tanto frouxa, e antes que a mãe esboçasse alguma reação, ela despencou sobre criança, matando-a. Em função disto, a estátua foi retirada da praça por alguns anos, mas está de volta, num local diferente.

Fonte: Exibidos Brazucah, por Tiago Miota, em 25 de junho de 2011.

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Curiosidade sobre a obra "O Meteoro"

Uma de suas obras mais conhecidas, o “Meteoro” (1967), esculpido em Carrara na Itália, cujas peças foram montadas em frente ao Palácio do Itamaraty. Meteoro é uma esfera em mármore de 50 toneladas. O guindaste que fixou a obra no espelho d’água do palácio não suportou o peso e a escultura parou a 20 cm da cabeça de Giorgi. O susto foi tanto que o artista ficou de cama, com febre uma semana.

Fonte: Facebook Instituto Volpi, consultado pela última vez em 02 de março de 2016.

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