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Elisa Martins da Silveira

Elisa Martins da Silveira (Teresina, PI, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 28 de abril de 2001) foi uma pintora brasileira, da escola primitiva ou “naïf”, a qual integrou o Grupo Frnte.

Biografia

Em 1945, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Em 1952, passou a frequentar o Curso Livre de Pintura do MAM-RJ, sendo aluna de Ivan Serpa.

Serpa que, segundo Ferreira Gullar (1985, p. 229), buscava experimentar a arte pura, deu à Elisa total liberdade de expressão para que pudesse desenvolver sua pintura naïf.

Serpa ainda a integrou ao Grupo Frente, em 1954, onde expunha em conjunto com artistas concretos. Essa postura mostra uma liberdade formal do grupo, mesmo possuindo influências construtivistas internacionais. Em uma época em que o abstracionismo era sinônimo de arte moderna, como aconteceu nos anos cinquenta no Brasil, o grupo dava um passo à frente ao relacionar a modernidade não à forma abstrata, mas sim à atitude do artista. Elisa foi premiada nas II e III Bienais de São Paulo, mesmo que nestas mostras o abstracionismo predominasse.

Se a arte concreta estava relacionada a uma utopia "universalizante" do homem, tendo como base a sua racionalidade, acabava também atropelando culturas regionais tradicionais. Nesse sentido, Elisa resgatou em sua pintura esses elementos populares. Há quem chame sua pintura de inocente, mas estudar o regionalismo em uma época de predominância de uma arte de concepção tecnocrática, não é nada inocente.

Está representada na coleção do MAR (Museu de Arte do Rio), com uma tela de grande porte, sem título, que participou da II Bienal de São Paulo e de exposições sobre o Grupo Frente. Trata-se de uma doação do Fundo Z.

Exposições individuais

1963 – Retrospectiva Os Dez Anos de Pintura de Elisa, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

1968 – Galeria do Consulado Brasileiro, Munique, Alemanha.

1973 – Retrospectiva Os Vinte Anos de Pintura de Elisa, Quadrante Galeria de Arte, Rio de Janeiro.

1995 – Elisa Martins da Silveira: retrospectiva, Galeria do Instituto Brasil-Estados Unidos (Copacabana e Madureira), Rio de Janeiro.

Exposições coletivas

1953 – Feira Internacional de Lausanne, Suíça.

1953 – 2ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo, SP, prêmio Carmem Dolores Barbosa.

1955 – 4º Prêmio Lissone, Milão, Itália.

1955 – 3ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo, prêmio Lãs Santista.

1958 – 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.

1959 e 60 – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, Galeria de Arte das Folhas, São Paulo (prêmio aquisição em pintura nas duas edições).

1962 – National Federation of Arts, Nova York, Estados Unidos.

1963 – Academia Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro, prêmio de mérito Portinari.

1970 – Naifs Brasileños, Club Pueblo, Madri, Espanha.

Fontes: MAM-SP, MAC-SP e Wikipédia, consultado pela última vez em 08 de dezembro de 2020.

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Grupo Frente

Marco histórico do movimento construtivo no Brasil, o Grupo Frente, sob a liderança do artista carioca Ivan Serpa (1923-1973), um dos precursores da abstração geométrica no Brasil, abre sua primeira exposição em 1954, na Galeria do Ibeu, no Rio de Janeiro. Participam da mostra, apresentada pelo crítico Ferreira Gullar (1930-2016), os artistas Aluísio Carvão (1920-2001), Carlos Val (1937- ), Décio Vieira (1922-1988), Ivan Serpa, João José da Silva Costa (1931- ), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004) e Vicent Ibberson (19--), a maioria alunos ou ex-alunos de Serpa nos cursos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Apesar de informados pelas discussões em torno da abstração e da arte concreta, com obras que trabalham sobretudo no registro da abstração geométrica, o grupo não se caracteriza por uma posição estilística única, sendo o elo de união entre seus integrantes a rejeição à pintura modernista brasileira de caráter figurativo e nacionalista.

A abertura a outras formas de manifestação artística e uma maior liberdade em relação às teorias concretas de um Max Bill (1908 - 1994), por exemplo, torna-se mais patente na segunda exposição do grupo, em 1955, no MAM/RJ. Aos fundadores do grupo unem-se outros sete artistas: Abraham Palatnik (1928), César Oiticica (1939- ), Franz Weissmann (1911-2005), Hélio Oiticica (1937-1980), Rubem Ludolf (1932-2010), Elisa Martins da Silveira (1912-2001) e Emil Baruch (1920- ). Além da diversidade no que se refere às técnicas e materiais utilizados (pastel, xilogravura, objeto cinético, colagem etc), percebe-se também uma certa variação de estilos, como a pintura primitiva de Elisa Martins e a construção geométrica lírica e repleta de nuances de Décio Vieira. Como nota o crítico Mário Pedrosa (1900-1981), em texto de apresentação dessa segunda mostra, não se trata "de uma panelinha fechada, nem muito menos uma academia onde se ensinam e se aprendem regrinhas e receitas para fazer abstracionismo, concretismo, expressionismo (...) e outros ismos". Ao contrário, aos olhos do crítico, o respeito à "liberdade de criação" é o postulado pelo qual lutam acima de tudo.

Para os artistas do Grupo Frente, a linguagem geométrica é, antes de qualquer coisa, um campo aberto à experiência e à indagação. A independência e individualidade com que tratavam os postulados teóricos da arte concreta estão no centro da crítica que o grupo concreto de São Paulo, principalmente o artista e porta-voz do movimento paulista Waldemar Cordeiro (1925-1973), faz ao grupo. A rigor, esses artistas não podem ser chamados de concretos em sentido estrito, pois de início ignoram a noção de objeto artístico como exercício de concreção racional de uma idéia, cuja execução deve ser previamente guiada por leis claras e inteligíveis, de preferência cálculos matemáticos. No entanto, é essa autonomia e certa dose de experimentação presente no Grupo Frente que garante o desenvolvimento singular que as poéticas construtivas vão conhecer nos trabalhos de alguns de seus integrantes ainda na segunda metade da década de 1950. Cabe lembrar das Superfícies Moduladas de Lygia Clark, das esculturas de Weissmann - em que o vazio passa a ser elemento ativo das estruturas -, das séries de relevos, poemas-objetos e poemas-luz e dos Tecelares de Lygia Pape, e das experiências cinéticas de Palatnik.

As últimas exposições do grupo ocorrem em 1956, em Resende e Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. A 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, organizada pelos concretos de São Paulo com a colaboração do grupo carioca - que ocorre em dezembro de 1956 e fevereiro de 1957 no MAM/SP em São Paulo e no Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Rio de Janeiro, respectivamente - torna evidente a distância entre os dois núcleos concretistas. Sua repercussão, tanto por parte do público quanto dos artistas, marca o início de uma nova fase da arte concreta brasileira, exigindo dos artistas cariocas uma tomada de posição mais definida diante das idéias veiculadas pelos concretos paulistas. A exposição também ajuda a revelar a amplitude que a arte abstrato-geométrica de matriz construtiva e concreta, havia adquirido no Brasil. Após a mostra, o Grupo Frente simultaneamente rompe com os artistas de São Paulo e começa a se desintegrar. Dois anos depois, alguns de seus integrantes iriam se agrupar para iniciar o Movimento Neoconcreto um dos mais significativos da arte brasileira.

Fonte: GRUPO Frente. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 20 de Abr. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Elisa Martins da Silveira (Teresina, PI, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 28 de abril de 2001) foi uma pintora brasileira, da escola primitiva ou “naïf”, a qual integrou o Grupo Frnte.

Elisa Martins da Silveira

Elisa Martins da Silveira (Teresina, PI, 1912 – Rio de Janeiro, RJ, 28 de abril de 2001) foi uma pintora brasileira, da escola primitiva ou “naïf”, a qual integrou o Grupo Frnte.

Biografia

Em 1945, transferiu-se para o Rio de Janeiro. Em 1952, passou a frequentar o Curso Livre de Pintura do MAM-RJ, sendo aluna de Ivan Serpa.

Serpa que, segundo Ferreira Gullar (1985, p. 229), buscava experimentar a arte pura, deu à Elisa total liberdade de expressão para que pudesse desenvolver sua pintura naïf.

Serpa ainda a integrou ao Grupo Frente, em 1954, onde expunha em conjunto com artistas concretos. Essa postura mostra uma liberdade formal do grupo, mesmo possuindo influências construtivistas internacionais. Em uma época em que o abstracionismo era sinônimo de arte moderna, como aconteceu nos anos cinquenta no Brasil, o grupo dava um passo à frente ao relacionar a modernidade não à forma abstrata, mas sim à atitude do artista. Elisa foi premiada nas II e III Bienais de São Paulo, mesmo que nestas mostras o abstracionismo predominasse.

Se a arte concreta estava relacionada a uma utopia "universalizante" do homem, tendo como base a sua racionalidade, acabava também atropelando culturas regionais tradicionais. Nesse sentido, Elisa resgatou em sua pintura esses elementos populares. Há quem chame sua pintura de inocente, mas estudar o regionalismo em uma época de predominância de uma arte de concepção tecnocrática, não é nada inocente.

Está representada na coleção do MAR (Museu de Arte do Rio), com uma tela de grande porte, sem título, que participou da II Bienal de São Paulo e de exposições sobre o Grupo Frente. Trata-se de uma doação do Fundo Z.

Exposições individuais

1963 – Retrospectiva Os Dez Anos de Pintura de Elisa, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro.

1968 – Galeria do Consulado Brasileiro, Munique, Alemanha.

1973 – Retrospectiva Os Vinte Anos de Pintura de Elisa, Quadrante Galeria de Arte, Rio de Janeiro.

1995 – Elisa Martins da Silveira: retrospectiva, Galeria do Instituto Brasil-Estados Unidos (Copacabana e Madureira), Rio de Janeiro.

Exposições coletivas

1953 – Feira Internacional de Lausanne, Suíça.

1953 – 2ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo, SP, prêmio Carmem Dolores Barbosa.

1955 – 4º Prêmio Lissone, Milão, Itália.

1955 – 3ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo, prêmio Lãs Santista.

1958 – 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.

1959 e 60 – Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, Galeria de Arte das Folhas, São Paulo (prêmio aquisição em pintura nas duas edições).

1962 – National Federation of Arts, Nova York, Estados Unidos.

1963 – Academia Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro, prêmio de mérito Portinari.

1970 – Naifs Brasileños, Club Pueblo, Madri, Espanha.

Fontes: MAM-SP, MAC-SP e Wikipédia, consultado pela última vez em 08 de dezembro de 2020.

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Grupo Frente

Marco histórico do movimento construtivo no Brasil, o Grupo Frente, sob a liderança do artista carioca Ivan Serpa (1923-1973), um dos precursores da abstração geométrica no Brasil, abre sua primeira exposição em 1954, na Galeria do Ibeu, no Rio de Janeiro. Participam da mostra, apresentada pelo crítico Ferreira Gullar (1930-2016), os artistas Aluísio Carvão (1920-2001), Carlos Val (1937- ), Décio Vieira (1922-1988), Ivan Serpa, João José da Silva Costa (1931- ), Lygia Clark (1920-1988), Lygia Pape (1927-2004) e Vicent Ibberson (19--), a maioria alunos ou ex-alunos de Serpa nos cursos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Apesar de informados pelas discussões em torno da abstração e da arte concreta, com obras que trabalham sobretudo no registro da abstração geométrica, o grupo não se caracteriza por uma posição estilística única, sendo o elo de união entre seus integrantes a rejeição à pintura modernista brasileira de caráter figurativo e nacionalista.

A abertura a outras formas de manifestação artística e uma maior liberdade em relação às teorias concretas de um Max Bill (1908 - 1994), por exemplo, torna-se mais patente na segunda exposição do grupo, em 1955, no MAM/RJ. Aos fundadores do grupo unem-se outros sete artistas: Abraham Palatnik (1928), César Oiticica (1939- ), Franz Weissmann (1911-2005), Hélio Oiticica (1937-1980), Rubem Ludolf (1932-2010), Elisa Martins da Silveira (1912-2001) e Emil Baruch (1920- ). Além da diversidade no que se refere às técnicas e materiais utilizados (pastel, xilogravura, objeto cinético, colagem etc), percebe-se também uma certa variação de estilos, como a pintura primitiva de Elisa Martins e a construção geométrica lírica e repleta de nuances de Décio Vieira. Como nota o crítico Mário Pedrosa (1900-1981), em texto de apresentação dessa segunda mostra, não se trata "de uma panelinha fechada, nem muito menos uma academia onde se ensinam e se aprendem regrinhas e receitas para fazer abstracionismo, concretismo, expressionismo (...) e outros ismos". Ao contrário, aos olhos do crítico, o respeito à "liberdade de criação" é o postulado pelo qual lutam acima de tudo.

Para os artistas do Grupo Frente, a linguagem geométrica é, antes de qualquer coisa, um campo aberto à experiência e à indagação. A independência e individualidade com que tratavam os postulados teóricos da arte concreta estão no centro da crítica que o grupo concreto de São Paulo, principalmente o artista e porta-voz do movimento paulista Waldemar Cordeiro (1925-1973), faz ao grupo. A rigor, esses artistas não podem ser chamados de concretos em sentido estrito, pois de início ignoram a noção de objeto artístico como exercício de concreção racional de uma idéia, cuja execução deve ser previamente guiada por leis claras e inteligíveis, de preferência cálculos matemáticos. No entanto, é essa autonomia e certa dose de experimentação presente no Grupo Frente que garante o desenvolvimento singular que as poéticas construtivas vão conhecer nos trabalhos de alguns de seus integrantes ainda na segunda metade da década de 1950. Cabe lembrar das Superfícies Moduladas de Lygia Clark, das esculturas de Weissmann - em que o vazio passa a ser elemento ativo das estruturas -, das séries de relevos, poemas-objetos e poemas-luz e dos Tecelares de Lygia Pape, e das experiências cinéticas de Palatnik.

As últimas exposições do grupo ocorrem em 1956, em Resende e Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. A 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, organizada pelos concretos de São Paulo com a colaboração do grupo carioca - que ocorre em dezembro de 1956 e fevereiro de 1957 no MAM/SP em São Paulo e no Ministério da Educação e Cultura (MEC) no Rio de Janeiro, respectivamente - torna evidente a distância entre os dois núcleos concretistas. Sua repercussão, tanto por parte do público quanto dos artistas, marca o início de uma nova fase da arte concreta brasileira, exigindo dos artistas cariocas uma tomada de posição mais definida diante das idéias veiculadas pelos concretos paulistas. A exposição também ajuda a revelar a amplitude que a arte abstrato-geométrica de matriz construtiva e concreta, havia adquirido no Brasil. Após a mostra, o Grupo Frente simultaneamente rompe com os artistas de São Paulo e começa a se desintegrar. Dois anos depois, alguns de seus integrantes iriam se agrupar para iniciar o Movimento Neoconcreto um dos mais significativos da arte brasileira.

Fonte: GRUPO Frente. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 20 de Abr. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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