Gucci ou Casa Gucci (Florença, Itália, 1921) é uma grife italiana do segmento de vestuário e acessórios, fundada por Guccio Gucci. Ficou conhecida mundialmente por suas malas de viagens, com alto padrão de qualidade feito por artesãos nascidos na região da Toscana. As Bolsas Gucci são objeto de desejo de mulheres no Brasil e no mundo inteiro, e a marca ainda conta com destaque para seus sapatos, cintos e óculos. O mocassim de fivela com tira verde e vermelha e a bolsa com alça de bambu são definitivamente os maiores ícones dessa marca. A história começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família, mas foi com a chegada do estilista Tom Ford nos anos 90 que a marca ganhou um novo estilo: jovem e chic, se popularizando por todo o mundo. Agora com Alessandro Michele a marca vive um grande momento sendo top 3 das mais compradas no mundo. Vende roupas, sapatos, bolsas, lenços, perfumes, entre outros acessórios pessoais. Na lista da Forbes de "Marcas Mais Valiosas" de 2019, a Gucci aparecia na 31ª posição, valendo 22,6 bilhões de dólares, com uma receita de 10,8 bilhões ao ano.
Gucci - Mundo das Marcas
Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Tudo renomado pela criatividade, inovação e a tradição artesanal italiana. Celebridades, escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome GUCCI, marca que mais sintetiza a pura elegância italiana no mercado de luxo.
A história
Guccio Gucci nasceu no dia 26 de março de 1881 em Florença, no norte da Itália. Filho de um artesão de origem humilde, ele adquiriu bom gosto e elegância encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto trabalhava como ascensorista, maleiro e posteriormente maître no famoso e requintado hotel Savoy de Londres na virada do século 19.
Em 1921, depois de seu retorno para cidade de Florença, abriu uma pequena loja com suas economias - 30 mil liras na época - cujo intuito era vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos em couro de alta qualidade proveniente da região da Toscana, pelos melhores artesãos, incluindo membros da sua própria família.
Sua modesta loja era apenas um reflexo de seu estilo: ele andava sempre bem vestido e impecável pelas ruas de Florença. E não demorou muito para a alta burguesia e a nobreza florentina reconhecerem a excelência e originalidade dos produtos e, em pouco tempo, a marca superou os limites da cidade, impondo-se como uma das mais conhecidas e preferidas entre a elite italiana. Com o aumento das vendas, ele conseguiu abrir atrás de sua pequena loja, uma modesta oficina para produzir suas próprias mercadorias.
Necessitando expandir seu negócio, a empresa inaugurou uma fábrica maior em Lungarno Guicciardini em 1937. Foi a partir deste ano que estribos e franjas estilizados se tornaram a assinatura equestre da marca italiana.
Em poucos anos os produtos da marca, que incluíam malas, baús de viagem, luvas, sapatos e cintos, com um design de inspiração equestre, atraíram uma clientela ainda mais sofisticada e internacional.
Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira grande loja na cidade de Roma em 1938 no sofisticado endereço da Via Condotti. No ano seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio.
Em 1947 a GUCCI lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de bambu japonês, que literalmente seduziu com seu charme e elegância centenas de celebridades pelo mundo afora. A novidade foi uma forma original encontrada por Guccio para lidar com a escassez de materiais causada pela Segunda Guerra Mundial.
Pouco tempo depois, em 1951, o estilista inaugurou uma loja na cidade de Milão em plena Via Montenapoleone. Nesta época surgiu a assinatura vermelha e verde, que se tornaria marca registrada da grife.
No dia 2 de janeiro de 1953 morreu Guccio Gucci aos 72 anos, 15 dias antes da inauguração da primeira loja da marca no exterior, localizada no Savoy Plaza Hotel em Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e muito para que a marca italiana brilhasse nas principais capitais do luxo.
Comandada agora pelos filhos do fundador, Aldo e Rodolfo, a GUCCI iniciou um audacioso plano de expansão pelo território americano com a inauguração de lojas em cidades como Filadélfia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach.
Ainda em 1953 a marca lançou outro ícone, o horsebit loafer, calçado estilo mocassim com fivela de metal, além de uma faixa frontal de tecido nas cores verde e vermelha, um dos principais símbolos de identificação da marca no mundo, que se tornou presença garantida no guarda-roupa de homens chiques e modernos.
Nesta época, celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jacqueline Kennedy eram alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o mocassim com fivela de metal. Isso contribuiu para transformar a GUCCI na marca queridinha nos bastidores de Hollywood.
Somente em 1955 surgiu o icônico GG (duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas), que rapidamente se tornou outra marca registrada da GUCCI. O novo logotipo começou aparecer em todas as bolsas, malas e acessórios em couro da marca, dando um ar mais aristocrático aos produtos.
Na década seguinte, após introduzir os tecidos estampados com as duas letras G entrelaçadas e a estampa floral criada especialmente para Grace Kelly, a empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e Hong Kong. Além disso, Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood, ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial.
Em 1974, existiam 14 lojas e 46 franquias da GUCCI em todo o mundo, muito graças à expansão que Aldo realizou, especialmente para o mercado japonês. Ele também diversificou a linha de produtos com o lançamento de perfumes, promovendo assim um novo negócio dentro da empresa para que seus filhos, membros da terceira geração, pudessem trabalhar. Já a década de 1980 foi marcada pela criação da coleção prêt-à-porter, lançada com grande pompa em importantes desfiles de moda.
Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo, Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios americanos de advocacia que prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo período, com a saída de Aldo do comando, a empresa de investimento árabe Investcorp adquiriu 50% do capital da GUCCI.
Maurizio, o último membro da família trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não se entender com o grupo de investidores. Com Maurizio fora de cena, a GUCCI passou a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para Casellina e nomeou o estilista Tom Ford - que já trabalhava na grife desde 1990 - como diretor de criação.
Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, da bolsa Horsebilt Clutch, que se tornou um sucesso entre as estrelas de Hollywood, ele passou a assinar todas as coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até opinar na arquitetura e decoração das lojas. Os rostos nas campanhas também mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializada e um investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.
Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault (dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (então dono do grupo PPR). Embora Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e Tom Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas, foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004.
No mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena Frida Giannini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais e às capas de renomadas revistas de moda. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando uma tendência no mercado do luxo.
No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo. Com uma espaçosa área de 14.020 m², a loja possuía três andares totalmente climatizados e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da loja apresentava detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o exterior do prédio revestido de vidro brilhante compunha uma visão admirável para aqueles que o viam.
A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova loja, que, entre outros detalhes de luxo, tinha o piso coberto de mármore branco, com algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O revestimento das maçanetas das portas se alternava em ouro e vidro com listras. Minuciosos detalhes que proporcionavam uma experiência única aos clientes e admiradores que a visitavam.
Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tinha andares extremamente luxuosos e estava localizada em plena 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova York.
A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470 m² e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, inúmeras peças: do prêt-à-porter aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios, sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo.
Nos anos seguintes, o logotipo da grife italiana brilhou nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos acessórios e o prêt-à-porter feminino e masculino. A estilista conseguiu equilibrar doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no âmbito cultural.
Em janeiro de 2015 a marca foi repaginada e ganhou um visual jovem após a promoção do designer romano Alessandro Michele para o cargo de diretor criativo. O jovem talento trouxe para as peças e artigos da marca influências de décadas passadas, principalmente a de 1970, estampas geométricas, superfícies metalizadas, cores da estética vintage, e questões consideradas polêmicas como a quebra do tabu da liberdade de escolha e igualdade de gênero.
Em suas campanhas e nas passarelas, esqueça qualquer padrão - há espaço para narigudos, albinos, muitos negros, trans, ruivos, magros e gordos. Idade tampouco é uma questão: as atrizes Vanessa Redgrave e Faye Dunaway, de 81 anos e 77, estrelaram recentes publicidades da marca. Com isso conquistou de vez a clientela millennial, pessoas entre 18 e 35 anos, que passaram a idolatrar a GUCCI.
A linha do tempo
1925
● Lançamento das malas de viagem feitas com couro maleável.
1932
● Lançamento dos sapatos tipo mocassim.
1964
● Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas iniciais de Guccio Gucci.
1969
● Lançamento da bolsa com alça para o ombro (inicialmente batizada de HOBO), especialmente desenvolvida e criada para Jacqueline Kennedy, que até hoje é conhecida como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis mil peças.
1974
● Lançamento do primeiro perfume da marca italiana.
1979
● Criação da GUCCI ACCESSORIES COLLECTION (GAC), divisão responsável por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios.
1997
● Lançamento do perfume feminino ENVY com fragrâncias florais.
1999
● Lançamento do perfume RUSH acondicionado em um frasco moderno e jovial.
2001
● Lançamento do perfume feminino RUSH 2, feito de uma composição de essências de madeira de palmeira, flor de narciso, lírio do vale, frésia, gardênia, rosa e almiscar, resultando em um aroma refrescante.
2008
● Lançamento de uma coleção exclusiva chamada GUCCI LOVES NY. Desenhadas por Frida Giannini, as peças desta linha faziam uma homenagem a cidade de Nova York e somente podiam ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas estavam jaquetas e bolsas de couro, material ícone da marca.
● Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada 8-8-2008. Oito exclusivos acessórios que remetiam à esportes de competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com lanterna e duas charmosas bolsas GUCCI sobre a roda traseira.
● Lançamento do perfume GUCCI by GUCCI, com notas de goiaba, mel e florais. Essa cheirosa combinação vinha embalada em um frasco marrom com estilo art déco, contendo o logotipo da marca em letras douradas. A garota-propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman.
2009
● Lançamento do perfume feminino FLORA By GUCCI.
2010
● Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possuía duas coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as peças da coleção baby, era possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os famosos trench em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1 milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África.
● Lançamento do perfume masculino GUCCI by GUCCI POUR HOMME SPORT, que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo, doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja bem acabada e complexa.
● Lançamento do perfume GUILTY. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os rostos da campanha publicitária foram da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator Chris Evans.
2011
● Lançamento da coleção 1921, que em homenagem aos 90 anos da GUCCI propunha acessórios de prêt-à-porter masculinos e femininos, fazendo alusão ao universo da marca desde a época de sua criação. Clássicos da marca como bolsas e mocassins foram oferecidos em uma infinidade de cores e materiais. Bambu, pelica e crocodilo apareciam em tons de castanho escuro, rosa, caqui, verde e cereja. Todos os modelos levavam a assinatura G. Gucci Firenze 1921.
● A então diretora criativa da marca, Frida Giannini, assinou o FIAT 500 by GUCCI. Esta edição especial era uma versão personalizada do conhecido modelo citadino da montadora italiana, em colaboração com Centro de Estilo Fiat. Um dos detalhes mais marcantes deste modelo era uma faixa verde/vermelho/verde, típica da GUCCI, ao longo da carroceria, junto às molduras das janelas.
2014
● Lançamento de uma linha de maquiagens com embalagens luxuosas, paleta de cores escolhida cuidadosamente e gama completíssima (mais de 200 itens).
2015
● Lançamento do perfume feminino GUCCI BAMBOO, extremamente poderoso e inspirado na força e elegância do bambu.
2016
● Lançamento da bolsa GG MARMONT, que rapidamente recebeu o selo de aprovação das fãs, principalmente por suas variações cheias de estilos, que misturam o passado e o presente da identidade GUCCI. Fugindo aos designs convencionais, as bolsas trazem opções com aplicações de patch, veludo, correntes e tudo que a nova imagem da GUCCI representa.
2017
● Lançamento da GUCCI DÉCOR, primeira linha de decoração de interiores da marca, composta por almofadas, biombos, cadeiras, chaleiras, vasos, bandejas, peças de porcelana, tapetes, castiçais, velas, incensos e vários outros objetos que dialogam com as estampas, desenhos e estética romântica contemporânea da GUCCI.
2019
● Lançamento do Mémoire d’une Odeur, primeira fragrância sem gênero da marca italiana.
● Lançamento da Globetrotter Suitcase, uma nova mala de viagem estampada com monogramas da grife italiana, alças de apoio e rodinhas 360°.
Uma família polêmica
O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e, sobretudo, traições e conflitos familiares, especialmente na década de 1980, depois que Aldo Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu a cifra de US$ 7 milhões.
Batalhas judiciais, desentendimentos e intrigas entre os membros da família colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de problemas financeiros e a frequente citação da palavra “falência”. Nesta época, arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria.
Em 1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu aproximadamente 50% do comando da GUCCI. Para completar, na manhã do dia 27 de março de 1995, o último membro da família a dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi assassinado com quatro tiros nas costas quando chegava a seu escritório, na cidade de Milão, a mando de sua ex-mulher, Patrizia Reggiani.
Anos depois, Patrizia, conhecida como Viúva Negra pela imprensa italiana e condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele rachada e enjoos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”, pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi abandonado, já que todos os funcionários da justiça de Milão se recusaram a mexer nos papéis da apelação. Ela foi colocada em liberdade condicional no mês de setembro de 2013. Tudo isso está detalhadamente narrado no livro “Casa Gucci” que relata os bastidores da saga da marca italiana. Já a ideia de um longa-metragem sobre essa melancólica e polêmica história da família circula em Hollywood há alguns anos. Só resta esperar um filme com esse roteiro.
Eternizando a história
No dia 26 de setembro de 2011, a marca italiana resolveu eternizar sua história com a inauguração do GUCCI MUSEO na pitoresca cidade de Florença, em plena Piazza della Signoria. O museu ocupava três andares do Palazzo della Mercanzia, um deslumbrante palácio construído em 1337.
O aconchegante museu contava em detalhes a trajetória de Guccio Gucci e como sua marca tornou-se uma grife de prestígio internacional. O museu apresentava um grande e valioso acervo de peças antigas, algumas delas verdadeiros clássicos da marca italiana, como as bolsas de bambu usadas por Jackie Onassis e Sofia Loren, acessórios de esportes, as primeiras malas de viagens, coleções prêt-à-porter, um Cadillac Seville com a característica estampa da marca, entre muitos outros itens.
Eram bolsas, roupas, sapatos, cintos, malas, chapéus e vestidos de gala que podiam ser vistos em uma linha de evolução que mantinha a originalidade da marca. Além disso, vídeos mostravam como o couro é trabalhado e a maneira como são feitos os exclusivos produtos da marca, a mão, demostrando o cuidado que cada peça demanda. Para completar, o espaço contava ainda com um charmoso café, uma loja (que oferecia produtos exclusivos da marca encontrados somente ali) e uma agradável livraria especializada em moda, arte e fotografia.
Recentemente, no início de 2018, o museu foi reformulado e rebatizado como GUCCI GARDEN, e se transformou em um espaço criativo e colaborativo que reúne arte, moda, gastronomia e história. O primeiro e segundo andares abrigam seis diferentes salas, inclusive um cinema, que exploram a história da grife, sua identidade, a evolução da logomarca e do conceito de suas coleções. Também é possível encontrar uma loja conceito que vende itens exclusivos, de roupas e acessórios a artigos de decoração e revistas. Outra novidade é a Gucci Osteria, restaurante idealizado por Massimo Bottura, chef com 3 estrelas Michelin no currículo.
A evolução visual
A identidade visual da marca italiana passou por algumas alterações ao longo dos anos. Após adotar, em meados da década de 1950, o tradicional símbolo GG, que continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas; há poucos anos atrás a marca apresentou uma nova identidade visual, que além da cor preta ganhou também a versão dourada e com tipografia de letra mais afinada. Apesar disso, o símbolo GG continua sendo utilizado em muitos de seus produtos.
Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1921
● Fundador: Guccio Gucci
● Sede mundial: Florença, Itália
● Proprietário da marca: Guccio Gucci S.p.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Kering S.A.)
● CEO & Presidente: Marco Bizzarri
● Diretor criativo: Alessandro Michele
● Faturamento: €8.3 bilhões (2018)
● Lucro: €3.2 bilhões (2018)
● Valor da marca: US$ 15.949 bilhões (2019)
● Lojas: 577
● Presença global: 120 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 9.500
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Roupas, bolsas, calçados, perfumes e acessórios de luxo
● Concorrentes diretos: Prada, Chanel, Louis Vuitton, Christian Dior, Versace, Burberry, Fendi, Valentino e Hermès
● Ícones: A bolsa com alça de bambu e o mocassim com fivela
● Website: www.gucci.com
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca GUCCI está avaliada em US$ 15.949 bilhões, ocupando a posição de número 33 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019.
A marca no mundo
A luxuosa marca italiana tem mais de 575 lojas próprias ao redor do mundo, presença em mais de 120 países e faturamento de €8.3 bilhões (dados de 2018). Além do Chile, o Brasil é o outro país na América do Sul que possui lojas da GUCCI. São ao todo dez lojas: em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. A loja do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é dedicada exclusivamente ao público masculino. Atualmente a marca, controlada pelo grupo Kering (proprietário também das grifes Saint Laurent, Bottega Veneta, Boucheron, Stella McCartney, Balenciaga e Alexander McQueen), produz e vende bolsas, malas de mão e outros acessórios de couro (que representam 59% do total de vendas), sapatos (13%), roupas, gravatas, perfumes e relógios, além de uma linha para decoração. Em relação à participação de mercado para a marca, o maior é a região Ásia-Pacífico (36%), seguido pela Europa (29%), América do Norte (21%) e do Japão (8%).
Você sabia?
● A marca italiana tem mais de 90 perfumes em sua base de fragrâncias. A edição mais antiga foi criada em 1974 e a mais recente em 2019.
● O sultão de Brunei foi responsável pelo maior pedido que a GUCCI já recebeu: 27 jogos de malas em couro de crocodilo no valor de US$ 2.4 milhões.
● Em 7 de fevereiro de 2019, a marca retirou de todas as suas lojas um suéter que recebeu muitas críticas e acusações de racismo. A peça era preta com gola alta que subia até a altura do nariz, e ao redor da boca havia um recorte simulando lábios vermelhos. Muitos associaram a peça à prática do “blackface” e a um personagem de um livro infantil tido como o mais racista da história, chamado “As aventuras do pequeno Sambo Negro”.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (O Globo), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Fonte: Mundo das Marcas, "Gucci". Publicado em 10 de setembro de 2019. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
---
Gucci — Wikipédia
A Gucci é uma casa de moda de luxo italiana com sede em Florença, Itália. Suas linhas de produtos incluem bolsas, prêt-à-porter, calçados e acessórios, maquiagem, fragrâncias e decoração.
Gucci foi fundada em 1921 por Guccio Gucci em Florença, Toscana. Sob a direção de Aldo Gucci (filho de Guccio), a Gucci tornou-se uma marca mundialmente conhecida, um ícone da italiana Dolce Vita.
Após brigas familiares durante a década de 1980, a família Gucci foi totalmente expulsa do capital da empresa em 1993. Após essa crise, a marca foi revivida com um provocativo adereço 'Porno Chic'.
Em 1999, a Gucci foi adquirida pelo conglomerado francês Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering. Durante a década de 2010, a Gucci se tornou uma marca icônica ' geek-chic '.
Em 2019, a Gucci operou 487 lojas para 17.157 funcionários e gerou € 9,628 bilhões em vendas (€ 8,2 bilhões em 2018). Marco Bizzarri é CEO da Gucci desde dezembro de 2014, e Alessandro Michele diretor criativo desde janeiro de 2015. A Gucci é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering.
História
1921: Nascimento em Florença
A família Gucci afirma que suas origens estão enraizadas na cidade mercantil de Florença desde cerca de 1410. Guccio Giovanbattista Giacinto Dario Maria Gucci (1881-1953) deixou Florença para Paris e se estabeleceu em Londres em 1897 para trabalhar no sofisticado Savoy Hotel.
Enquanto trabalhava lá como mensageiro, ele carregava/descarregava a bagagem dos clientes abastados do hotel, aprendendo sobre seus gostos em moda, qualidade, tecidos e condições de viagem. Mais tarde, ele trabalhou quatro anos para a Compagnie des Wagons-Lits, a empresa ferroviária europeia especializada em viagens de lazer de luxo, aprimorando ainda mais sua experiência com estilos de vida luxuosos. Após a Primeira Guerra Mundial, trabalhou para a fabricante de malas finas Franzi.
Em 1921, Guccio Gucci comprou sua própria loja em 7, Via della Vigna Nuova em Florença, Azienda Individuale Guccio Gucci, onde vendia bagagem de couro importada. Ele também abriu uma pequena oficina para ter seus próprios artigos de couro feitos por artesãos locais. Eventualmente, uma oficina maior teve que ser adquirida para abrigar os 60 artesãos da Gucci. Em 1935, a invasão da Etiópia por Mussolini levou a Liga das Nações a impor um embargo comercial à Itália. O couro tornou-se escasso, levando Guccio Gucci a introduzir outros tecidos na composição dos produtos, como ráfia, vime, madeira, linho e juta. O motivo rombi, uma assinatura Gucci, foi criado. A Gucci's desenvolveu uma nova técnica de bronzeamento para produzir "cuoio grasso", que se tornou uma marca registrada da Gucci. Em 1937, a Gucci lançou suas bolsas.
A esposa e os filhos de Guccio trabalhavam na loja. Aldo filho de Guccio, se envolveu cada vez mais na empresa familiar desde que começou a trabalhar lá em 1925. Ele convenceu seu pai a crescer abrindo uma nova loja em Roma (21 Via Condotti) em 1938, e lançou mais acessórios Gucci (luvas, cintos, carteiras, chaveiros). Durante a Segunda Guerra Mundial, os artesãos da Gucci trabalharam na fabricação de botas para a infantaria italiana.
A empresa fez bolsas de lona de algodão em vez de couro durante a Segunda Guerra Mundial como resultado da escassez de material. A tela, no entanto, foi distinguida por um símbolo duplo G combinado com faixas vermelhas e verdes proeminentes. Após a guerra, o brasão da Gucci, que mostrava um escudo e um cavaleiro de armadura cercado por uma fita com o nome da família, tornou-se sinônimo da cidade de Florença.
Dolce Vita do pós-guerra
Após a guerra, Guccio Gucci distribuiu as ações da empresa para seus três filhos (Aldo, Vasco e Rodolfo ). Em 1947, a Gucci lançou a bolsa Bamboo. A marca lançou seu primeiro slogan global, Qualidade é lembrada muito tempo depois que o preço é esquecido. Os icônicos mocassins (Gucci loafer) foram lançados em 1952. Guccio Gucci morreu em 2 de janeiro de 1953 em Milão. Em novembro de 1953, a Gucci abriu sua primeira loja nos Estados Unidos na 5th Avenue e 58th Street em Nova York. Uma segunda loja de NY abriu no Saint Regis Hotel em 1960, e uma terceira na 5th Avenue e 54th Street em 1973, levando os moradores locais a chamar essa área de NY de "Gucci City".
Em 1961, a Gucci abriu uma loja em Londres e Palm Beach e lançou a Jackie Bag. Em março de 1963, a Gucci abriu sua primeira loja francesa perto da Place Vendôme em Paris. O logotipo duplo G para fivelas de cinto e outras decorações de acessórios foi introduzido em 1964. O lenço Flora foi projetado em 1966 por Rodolfo Gucci e Vittorio Accornero para Grace Kelly Princess of Monaco, que se tornou uma consumidora notável de produtos Gucci.
Em outubro de 1968, a Gucci abriu uma loja na 347 Rodeo Drive, levando muitas estrelas de Hollywood a endossar a marca. Com a abertura da Rodeo Drive veio o lançamento dos primeiros vestidos da Gucci. O avanço da Gucci nos Estados Unidos levou ao seu desenvolvimento global na Ásia (abertura de Tóquio em 1972, Hong Kong em 1974) e no Oriente Médio. Em Bruxelas, o filho de Aldo, Roberto, pilotou a primeira loja franqueada da Gucci. Em 1969, a Gucci administrava 10 lojas nos EUA. 84.000 mocassins Gucci foram vendidos somente nos EUA naquele ano. O presidente dos EUA, John F. Kennedy, chamou Aldo Gucci de "primeiro embaixador italiano nos Estados Unidos".
A Gucci lançou um conjunto de malas Rolls-Royce em 1970 e fez parceria com a American Motors Corporation (AMC) para criar a versão Gucci do AMC Hornet que foi comercializada durante os anos modelo 1971, 1972 e 1973. O vagão Gucci Sportabout tornou-se um dos primeiros carros americanos a oferecer um pacote de acabamento de luxo especial criado por um famoso estilista.
Gucci lançou Gucci Perfumes (Il Mio Profumo) e seu primeiro relógio (Modelo 2000) em 1972, sua primeira loja franqueada nos EUA em 1973, e abriu a Gucci Galleria em sua loja de Beverly Hills em 1977, uma galeria de arte privada ao lado do store e reservado para clientes premium que receberam chave de ouro para acessá-lo. De 1978 a 1984, um construtor de carrocerias com sede em Miami comercializou uma edição Gucci do sedã Cadillac Seville (o modelo de 1978 é exibido no Museu Gucci).
Em 1985, o mocassim Gucci passou a fazer parte da coleção permanente do New York Moma.
1980: Rixa da família Gucci
Em 1969, Giorgio, filho de Aldo, provocou a primeira rixa familiar ao lançar a Gucci Boutique por conta própria, que foi finalmente reabsorvida pelo grupo familiar em 1972.
Durante os anos 1980, a saga Gucci corroeu o alta direção da empresa e alimentou as manchetes da imprensa. Paolo Gucci, filho de Aldo, tentou lançar a marca Gucci Plus por conta própria. Aldo foi criticado por desenvolver a maior parte dos negócios internacionais sob a Gucci America, que ele possuía. Em 1982, para aliviar as tensões na família, o grupo Gucci foi consolidado e tornou-se uma empresa de capital aberto, Guccio Gucci SpA.
Em maio de 1983, Rodolfo faleceu. Seu filho Maurizio Gucci herdou a participação majoritária de seu pai na empresa e lançou uma guerra legal contra seu tio Aldo pelo controle total da Gucci (uma acusação liderada pelo promotor municipal Rudolph Giuliani, e com Domenico de Sole representando a família Gucci). Maurizio Gucci assumiu a direção da empresa.
Em 1986, Aldo Gucci, 81 anos, com apenas 16,7% da Gucci em sua posse, foi condenado a um ano de prisão por evasão fiscal (em uma prisão onde Albert Nipon também era detento). A obra de arte da Gucci Galleria foi liquidada. Em 1988, Maurizio Gucci vendeu quase 47,8% da Gucci para o Bahreinfundo de investimento baseado na Investcorp (proprietária da Tiffany desde 1984), e reteve os outros 50%.
Apesar das disputas familiares, entre 1981 e 1987, as vendas de produtos Gucci com marca registrada atingiram US$ 400 milhões, e US$ 227 milhões somente em 1990. A década de 1980 foi caracterizada por uma produção em massa de produtos Gucci, que gerou receita, mas afetou negativamente a posição da Gucci como uma marca de luxo exclusiva. Maurizio Gucci contratou Dawn Mello para colocar a Gucci de volta nos trilhos.
De 1991 a 1993, as finanças da Gucci ainda estavam no vermelho, Maurizio Gucci foi culpado por gastar quantias extravagantes na sede da empresa em Florença (Via delle Caldaie palazzo) e em Milão. A Investcorp comprou os 50% restantes da Guccio Gucci SpA de Maurizio Gucci em 1993, encerrando o envolvimento da família no grupo. Em março de 1995, Maurizio Gucci foi morto a tiros no saguão do escritório da Gucci em Milão. Sua ex-esposa Patrizia Reggiani cumpriu 16 anos de prisão por contratar o assassino para matá-lo.
Renascimento Pornô Chique
Dawn Mello foi contratado em novembro de 1989 como vice-presidente executivo e designer-chefe da Gucci. Ela reduziu o número de lojas de mais de 1.000 para 180 em um movimento para reconstruir a exclusividade da marca. Ela também reduziu o número de itens vendidos pela Gucci de 22.000 para 7.000. Ela reviveu a bolsa Bamboo e o mocassim Gucci. Ela mudou a sede da Gucci de Milão para Florença, onde a história da Gucci está profundamente enraizada.
Dawn Mello contratou Tom Ford para supervisionar a coleção feminina de prêt-à-porter. Em 1994, Tom Ford foi nomeado diretor criativo da Gucci. Ford e Mellow revisitaram os arquivos da marca nos anos 1970.
A coleção de 1995 da Ford, que incluía os sensuais vestidos brancos com recortes provocantes, tornou-se um sucesso instantâneo. Reavivada através do hedonismo hot-bod das criações de Tom Ford, a Gucci também lançou produtos provocativos em edição limitada, como algemas de prata, um fio-dental e campanhas publicitárias provocantes, como o logotipo G raspado no púbis cabelo.
Domenico De Sole, consultor jurídico da família Gucci desde a década de 1980 e CEO da Gucci desde 1994, fez campanha para que os fabricantes de couro da Gucci na Itália continuassem trabalhando juntos e desenvolveu um programa de parceiros para fortalecer seus laços. Ele revisou o preço de cada produto e aumentou gradualmente o orçamento de publicidade da Gucci de US $ 6 milhões em 1993 para US$ 70 milhões em 1997. $ 22. Então, de 1995 a 1997, a Investcorp vendeu sua participação na Gucci por cerca de US$ 1,9 bilhão.
Luta LVMH-PPR pela Gucci
Em janeiro de 1999, o conglomerado de luxo francês LVMH, que vinha comprando ações da Gucci discretamente desde 1995, alcançou 34% de participação no Gucci Group NV. Buscando uma saída do controle da LVMH, Tom Ford e Domenico De Sole recorreram ao financista francês François Pinault e seu grupo Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering, para uma saída de emergência.
Em março, o grupo de Pinault comprou 40% da Gucci a US$ 75 por ação, e as ações da LVMH caíram para 20,7% em um processo de diluição. Por meio do acordo, a PPR também comprou a Yves Saint Laurent da Sanofi e a vendeu pelo mesmo preço ao Grupo Gucci. Este golpe de estado no mundo da moda lançou uma guerra fria entre a LVMH e a nova coalizão Gucci-PPR. Uma tensão ocorreu em dezembro de 2000 quando a Gucci comprou 51% da casa de alta costura de Alexander McQueen, já que McQueen também era o designer criativo da Givenchy da LVMH na época.
A disputa em torno da Gucci terminou em setembro de 2001, quando todas as partes chegaram a um acordo. No final de 2003, Tom Ford e Domenico De Sole oficializaram que não renovariam seu contrato com a Gucci-PPR que terminou em abril de 2004.
Após a saída da Ford, o Gucci Group contratou três designers para continuar o sucesso da marca principal da empresa: John Ray, Alessandra Facchinetti e Frida Giannini, todos eles trabalhando sob a direção criativa da Ford. Facchinetti foi elevado a Diretor Criativo de moda feminina em 2004 e projetado por duas temporadas antes de deixar a empresa. Ray atuou como Diretor Criativo de Moda Masculina por três anos. Frida Giannini – designer de bolsas Gucci desde 2002, chefe de acessórios desde 2004 e diretora criativa de prêt-à-porter e acessórios femininos desde 2005 – foi nomeada diretora criativa da Gucci em 2006. Patrizio di Marco, ex-CEO da Gucci Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci em 2008.
Ambos aclamados e criticados por revisitar perpetuamente os arquivos de Tom Ford, Frida Giannini eventualmente abrandou os adereços explosivos 'Porno Chic' da Ford ao longo dos anos "de sexy para sensual", e começou a experimentar com estilos 'boêmios andróginos' com reminiscências do século XIX. Ela também desenvolveu "neo-clássicos" como as bolsas New Bamboo e New Jackie. Patrizio di Marco se concentrou na crise pós-2008 com menos estilos e mais produtos de médio porte.
Em 2010, a Gucci lançou uma parceria com a casa de leilões Christie's para desenvolver um repositório mais amplo da marca' s e fornecer um serviço de certificação de autenticidade. Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) em Florença para comemorar seu 90º aniversário. Entre 2010 e 2015, 220 novas lojas Gucci abriram, elevando a contagem total de lojas para 500.
Pós-gênero Geek Chique
Em dezembro de 2014, Marco Bizzarri, ex-CEO da Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci. Ele foi encarregado de reverter o declínio das vendas da Gucci, dando um novo impulso à marca.
Em janeiro de 2015, Bizzarri nomeou Alessandro Michele como diretor criativo da Gucci. Alessandro Michele trabalhava para a Gucci desde 2002 e atuou como vice e designer de acessórios de Frida Giannini.
Durante o desfile de outono de fevereiro de 2015, Alessandro Michele apresentou "uma Gucci diferente", com uma "sensação sofisticada, intelectual e andrógina".
Alessandro Michele lançou o Renascimento da Gucci. Ele reviveu clássicos da Gucci como o logotipo duplo G, a bolsa Jackie O. e criou produtos icônicos como a bolsa Dionysus. Com uma roupa masculina feminizada, uma forte postura feminista e um estilo ' geek-chic ', Alessandro Michele introduziu adereços pós-gênero para a Gucci.
Em setembro de 2016, a Gucci inaugurou o Gucci Hub, sua nova sede em Milão, construída na antiga fábrica aeronáutica Caproni. Em julho de 2017, a Gucci anunciou o lançamento da Gucci Décor, a primeira vez que a marca se testou no segmento de decoração para casa. Em abril de 2018, a Gucci inaugurou o ArtLab, um centro de inovação de 37.000 metros quadrados fora de Florença, na Itália, onde novos artigos de couro, calçados, novos materiais, ferragens metálicas e embalagens são desenvolvidos e testados. Em novembro de 2018, a Gucci abriu a Gucci Wooster Bookstore em Nova York, uma loja de 2.000 livros com curadoria do fundador da Dashwood Books David Strettell. Em abril de 2019, a empresa lançou a Gucci 9, uma rede de 500 funcionários de 6 call centers em todo o mundo para atendimento ao cliente de alto nível. A Gucci também reviveu sua coleção de maquiagem e lançou sua primeira coleção de jóias finas.
Em 2019, as vendas da Gucci atingiram 9,6 bilhões de euros.
Em dezembro de 2020, após um acordo entre Kering e Alibaba, a Gucci lançou duas lojas (moda e beleza) no Tmall.
Em maio de 2021, a Gucci lançou uma coleção de óculos, Hollywood Forever.
Coleção Disney
Desde 2019, originalmente em comemoração aos 90 anos do Mickey Mouse, a Gucci realiza uma coleção de roupas da Disney, inclusive para o Ano Novo Lunar.
Estrutura corporativa
A holding da Gucci, Guccio Gucci SpA, está sediada em Florença, Itália, e é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering. Em 2018, a Gucci operava 540 lojas para 14.628 funcionários. A empresa gerou € 9,628 bilhões em receita (€ 8,2 bilhões em 2018) e € 3,947 bilhões em lucros (€ 3,2 bilhões em 2018).
Governança
Na história da Gucci, até o final da era da família Gucci, o design, a promoção e a produção dos produtos Gucci eram feitos pelos membros da família Gucci.
CEO
Desde 2014: Marco Bizzarri
2008–2014: Patrizio di Marco
2004–2008: Mark Lee
1994–2004: Domenico De Sole
Designers criativos
Desde 2015: Alessandro Michele
2006–2015: Frida Giannini
1995–2004: Tom Ford
1989–1995: Dawn Mello
Iniciativas
Cultura
Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) dentro do Palazzo della Mercanzia do século XIV, em Florença, para comemorar seu 90º aniversário. Em 2016, Alessandro Michele fez a curadoria de duas salas adicionais dedicadas às coleções de Tom Ford. Em janeiro de 2018, após uma reforma, o Museu Gucci reabriu com um novo nome, o Gucci Garden, e um novo restaurante dentro de suas paredes, o Gucci Osteria, administrado por Massimo Bottura. A Gucci Osteria foi premiada com uma estrela Michelin em novembro de 2019. Em fevereiro de 2020, uma segunda Gucci Osteria abriu no telhado da loja Gucci Rodeo Drive em Los Angeles.
Em abril de 2017, a Gucci financiou a restauração dos Jardins de Boboli na Galeria Uffizi em Florença. Em junho de 2019, a Gucci financiou a restauração dos históricos Rupe Tarpea e Belvedere Gardens em Roma.
Social
Em 2008, a Gucci lançou o Gucci Tribeca Documentary Fund, um fundo de US$ 80.000 para financiar filmes que promovem mudanças sociais e apresentados no Tribeca Film Festival. Em 2011, o fundo cresceu para US$ 150.000, incluindo US$ 50.000 para um recém-criado Prêmio de Documentário para Mulheres. Em 2011, com o Festival de Cinema de Veneza, a Gucci também lançou o 'Prêmio Gucci para Mulheres no Cinema' para destacar o impacto das mulheres no cinema.
De 2005 a 2015, a Gucci doou US$ 20 milhões para o programa Escolas para a África do UNICEF. Uma vez que o Chime for Change foi criado, tornou-se o veículo de financiamento da parceria Gucci-UNICEF. Chime for Change foi fundada em fevereiro de 2013 por Frida Giannini, Salma Hayek e Beyoncé como uma campanha global para a melhoria da educação, saúde e justiça para mulheres em todo o mundo.
Em junho de 2013, Chime for Change organizou o concerto Sound of Change Live que gerou US$ 4 milhões para financiar 200 projetos em 70 países. Em dezembro de 2013, a Gucci fechou uma parceria com o Twitter e o Women Who Codepara criar o hackathon Chime Hack focado em mulheres.
A Gucci vende uma camiseta amarela com os dizeres "My Body My Choice" e redistribui seus lucros para a Chime for Change. Em julho de 2013, a ativista Lydia Emily foi contratada para pintar um mural em Skid Row, Los Angeles, de uma mulher chamada Jessica, que é uma sobrevivente do tráfico humano. Em janeiro de 2019, Chime for Change lançou a campanha de murais "To Gather Together" promovendo a igualdade de gênero e desenhada pelo artista MP5. Em 2020, a Gucci lançou uma campanha publicitária "Beleza não convencional", incluindo uma modelo com síndrome de Down.
Durante a pandemia do COVID-19, a Gucci prometeu € 2 milhões para duas campanhas de crowdfunding, a primeira para apoiar o Departamento de Proteção Civil Italiano e a segunda para o Fundo de Resposta de Solidariedade COVID-19.
Meio Ambiente
Em 2015, a Gucci lançou sua própria iniciativa ambiental de lucros e perdas. Em outubro de 2017, a Gucci anunciou que baniria peles de suas lojas em 2018. Em junho de 2018, a marca lançou 'Equilibrium', sua plataforma para comunicar seus esforços e progresso social e ambiental.
Em setembro de 2019, Marco Bizzarri anunciou a intenção da Gucci de se tornar totalmente neutra em carbono. Em 2020, a Gucci se juntou ao Lion's Share Fund, liderado pelo PNUD, para apoiar a conservação da vida selvagem.
Na cultura popular
O nome "Gucci" se transformou em um adjetivo homônimo, "Eu sinto Gucci!" e "Isso é tão Gucci!", para descrever algo que parece o luxo de voar alto da Gucci.
A primeira instância conhecida da palavra sendo usada nesse sentido é encontrada na edição de setembro de 1999 da Harper's Bazaar, na qual o cantor Lenny Kravitz descreve seu quarto como "muito Gucci".
Filmes
Em novembro de 2019, o cineasta Ridley Scott anunciou House of Gucci, um filme sobre a dinastia Gucci com Lady Gaga interpretando Patrizia Reggiani e Adam Driver interpretando Maurizio Gucci. House of Gucci teve sua estreia mundial no Odeon Luxe Leicester Square em Londres em 9 de novembro de 2021. Scott anunciou inicialmente este plano em 2007. Em 2000, Martin Scorsese também anunciou planos para fazer um filme sobre a família Gucci.
Recordes Mundiais do Guinness
1974: O relógio Gucci Modelo 2000 quebrou o recorde de venda de mais de um milhão de unidades em dois anos.
1998: O Gucci "Genius Jeans" quebrou o recorde do par de jeans mais caro de todos os tempos. Esses jeans estavam desgastados, rasgados e cobertos com contas africanas e estavam à venda por US$ 3.134 em Milão.
Falsificação
Durante a década de 1970, a popularidade explosiva da Gucci transformou a marca em um dos principais alvos da indústria de falsificação. As oficinas da Gucci elaboraram a técnica de curtimento de pele de porco tigrado que se tornou uma assinatura da Gucci e um processo de curtimento difícil de falsificar. Só em 1977, a Gucci abriu 34 processos por falsificação. Em meados da década de 1980, a marca estava envolvida em "milhares de confiscos e ações judiciais em todo o mundo".
Em 2013, o Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido emitiu uma decisão de que a Gucci havia perdido os direitos de sua marca GG no Reino Unido "para uma versão do logotipo GG em quatro categorias, que englobava roupas como pulseiras, bolsas de ombro, cachecóis e casacos". No entanto, "de acordo com a Gucci, a decisão não afeta o uso de seu logotipo GG na região" porque "a Gucci é proprietária de vários outros registros válidos para esta marca, incluindo uma Marca Comunitária (que abrange a União Européia) por seu icônico logotipo GG e esses direitos são diretamente aplicáveis no Reino Unido".
Em novembro de 2008, o site TheBagAddiction.com foi fechado após ser processado pela Gucci por vender produtos falsificados. Em 2013, a Gucci reprimiu 155 nomes de domínio usados por falsificadores para vender produtos Gucci falsos. Em 2015, a empresa-mãe da Gucci, Kering, processou o site chinês Alibaba por listar muitos "produtos Gucci obviamente falsos" em seu site. Em abril de 2016, as ações legais antifalsificação da Gucci saíram pela culatra quando os produtos visados eram o papel machê moldado exatamente como os produtos Gucci e queimados pelo povo chinês durante a tradição ancestral Qingming Jie. Em abril de 2017, a Gucci ganhou um processo contra 89 sites chineses que vendiam produtos Gucci falsos. Em outubro de 2018, Marco Bizzarri alertou os gigantes chineses de comércio eletrônico Alibaba e JD.com que a Gucci não poderia abrir lojas em seus sites, desde que não removessem os muitos produtos Gucci falsos de suas listagens. Em dezembro de 2019, a Gucci processou três dúzias de sites que vendiam produtos Gucci falsos.
Controvérsias
Em abril de 2016, a Autoridade de Padrões de Publicidade do Reino Unido proibiu um anúncio de vídeo online da Gucci porque era estrelado por uma modelo "insalumente magra".
Em fevereiro de 2019, a Gucci removeu um suéter de balaclava preto com gola de enrolar e uma boca recortada de lábios vermelhos de suas prateleiras depois de ter sido comparado a uma fantasia de blackface. Alessandro Michele respondeu que sua inspiração veio da extravagante Leigh Bowery, mas pediu desculpas pela forma como foi interpretada. Para resolver esse problema, a Gucci lançou o programa 'Gucci North America Changemakers Scholarship' dedicado a promover a diversidade na indústria da moda com um fundo anual de US$ 5 milhões para apoiar programas comunitários e sem fins lucrativos envolvidos com "a comunidade americana e comunidades de cor em geral".
Em maio de 2019, a comunidade sikh na Índia criticou a apropriação cultural de um item religioso pela Gucci quando a marca italiana comercializou turbantes a US$ 800 cada.
Em julho de 2019, a Gucci nomeou um Diretor Global de Diversidade para abordar os últimos problemas da marca com diversidade cultural.
Em outubro de 2019, a Gucci lançou um programa de bolsas de US$ 1,5 milhão para estudantes americanos tradicionalmente sub-representados na indústria da moda.
Em maio de 2019, a Kering concordou em pagar um acordo fiscal de US$ 1,25 bilhão com as autoridades fiscais italianas após as irregularidades fiscais da Gucci durante o período fiscal de 2011-2017.
Durante um desfile de setembro de 2019 que se assemelhava a um défilé de pacientes mentais, a modelo de passarela Ayesha Tan Jones ergueu as mãos onde estava escrito "saúde mental não é moda", uma reação ao uso comercial inadequado da marca das imagens de doença mental.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Crédito fotográfico: Instagram Gucci: @gucci. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Gucci ou Casa Gucci (Florença, Itália, 1921) é uma grife italiana do segmento de vestuário e acessórios, fundada por Guccio Gucci. Ficou conhecida mundialmente por suas malas de viagens, com alto padrão de qualidade feito por artesãos nascidos na região da Toscana. As Bolsas Gucci são objeto de desejo de mulheres no Brasil e no mundo inteiro, e a marca ainda conta com destaque para seus sapatos, cintos e óculos. O mocassim de fivela com tira verde e vermelha e a bolsa com alça de bambu são definitivamente os maiores ícones dessa marca. A história começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família, mas foi com a chegada do estilista Tom Ford nos anos 90 que a marca ganhou um novo estilo: jovem e chic, se popularizando por todo o mundo. Agora com Alessandro Michele a marca vive um grande momento sendo top 3 das mais compradas no mundo. Vende roupas, sapatos, bolsas, lenços, perfumes, entre outros acessórios pessoais. Na lista da Forbes de "Marcas Mais Valiosas" de 2019, a Gucci aparecia na 31ª posição, valendo 22,6 bilhões de dólares, com uma receita de 10,8 bilhões ao ano.
Gucci - Mundo das Marcas
Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Tudo renomado pela criatividade, inovação e a tradição artesanal italiana. Celebridades, escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome GUCCI, marca que mais sintetiza a pura elegância italiana no mercado de luxo.
A história
Guccio Gucci nasceu no dia 26 de março de 1881 em Florença, no norte da Itália. Filho de um artesão de origem humilde, ele adquiriu bom gosto e elegância encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto trabalhava como ascensorista, maleiro e posteriormente maître no famoso e requintado hotel Savoy de Londres na virada do século 19.
Em 1921, depois de seu retorno para cidade de Florença, abriu uma pequena loja com suas economias - 30 mil liras na época - cujo intuito era vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos em couro de alta qualidade proveniente da região da Toscana, pelos melhores artesãos, incluindo membros da sua própria família.
Sua modesta loja era apenas um reflexo de seu estilo: ele andava sempre bem vestido e impecável pelas ruas de Florença. E não demorou muito para a alta burguesia e a nobreza florentina reconhecerem a excelência e originalidade dos produtos e, em pouco tempo, a marca superou os limites da cidade, impondo-se como uma das mais conhecidas e preferidas entre a elite italiana. Com o aumento das vendas, ele conseguiu abrir atrás de sua pequena loja, uma modesta oficina para produzir suas próprias mercadorias.
Necessitando expandir seu negócio, a empresa inaugurou uma fábrica maior em Lungarno Guicciardini em 1937. Foi a partir deste ano que estribos e franjas estilizados se tornaram a assinatura equestre da marca italiana.
Em poucos anos os produtos da marca, que incluíam malas, baús de viagem, luvas, sapatos e cintos, com um design de inspiração equestre, atraíram uma clientela ainda mais sofisticada e internacional.
Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira grande loja na cidade de Roma em 1938 no sofisticado endereço da Via Condotti. No ano seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio.
Em 1947 a GUCCI lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de bambu japonês, que literalmente seduziu com seu charme e elegância centenas de celebridades pelo mundo afora. A novidade foi uma forma original encontrada por Guccio para lidar com a escassez de materiais causada pela Segunda Guerra Mundial.
Pouco tempo depois, em 1951, o estilista inaugurou uma loja na cidade de Milão em plena Via Montenapoleone. Nesta época surgiu a assinatura vermelha e verde, que se tornaria marca registrada da grife.
No dia 2 de janeiro de 1953 morreu Guccio Gucci aos 72 anos, 15 dias antes da inauguração da primeira loja da marca no exterior, localizada no Savoy Plaza Hotel em Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e muito para que a marca italiana brilhasse nas principais capitais do luxo.
Comandada agora pelos filhos do fundador, Aldo e Rodolfo, a GUCCI iniciou um audacioso plano de expansão pelo território americano com a inauguração de lojas em cidades como Filadélfia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach.
Ainda em 1953 a marca lançou outro ícone, o horsebit loafer, calçado estilo mocassim com fivela de metal, além de uma faixa frontal de tecido nas cores verde e vermelha, um dos principais símbolos de identificação da marca no mundo, que se tornou presença garantida no guarda-roupa de homens chiques e modernos.
Nesta época, celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jacqueline Kennedy eram alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o mocassim com fivela de metal. Isso contribuiu para transformar a GUCCI na marca queridinha nos bastidores de Hollywood.
Somente em 1955 surgiu o icônico GG (duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas), que rapidamente se tornou outra marca registrada da GUCCI. O novo logotipo começou aparecer em todas as bolsas, malas e acessórios em couro da marca, dando um ar mais aristocrático aos produtos.
Na década seguinte, após introduzir os tecidos estampados com as duas letras G entrelaçadas e a estampa floral criada especialmente para Grace Kelly, a empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e Hong Kong. Além disso, Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood, ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial.
Em 1974, existiam 14 lojas e 46 franquias da GUCCI em todo o mundo, muito graças à expansão que Aldo realizou, especialmente para o mercado japonês. Ele também diversificou a linha de produtos com o lançamento de perfumes, promovendo assim um novo negócio dentro da empresa para que seus filhos, membros da terceira geração, pudessem trabalhar. Já a década de 1980 foi marcada pela criação da coleção prêt-à-porter, lançada com grande pompa em importantes desfiles de moda.
Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo, Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios americanos de advocacia que prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo período, com a saída de Aldo do comando, a empresa de investimento árabe Investcorp adquiriu 50% do capital da GUCCI.
Maurizio, o último membro da família trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não se entender com o grupo de investidores. Com Maurizio fora de cena, a GUCCI passou a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para Casellina e nomeou o estilista Tom Ford - que já trabalhava na grife desde 1990 - como diretor de criação.
Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, da bolsa Horsebilt Clutch, que se tornou um sucesso entre as estrelas de Hollywood, ele passou a assinar todas as coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até opinar na arquitetura e decoração das lojas. Os rostos nas campanhas também mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializada e um investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.
Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault (dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (então dono do grupo PPR). Embora Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e Tom Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas, foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004.
No mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena Frida Giannini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais e às capas de renomadas revistas de moda. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando uma tendência no mercado do luxo.
No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo. Com uma espaçosa área de 14.020 m², a loja possuía três andares totalmente climatizados e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da loja apresentava detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o exterior do prédio revestido de vidro brilhante compunha uma visão admirável para aqueles que o viam.
A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova loja, que, entre outros detalhes de luxo, tinha o piso coberto de mármore branco, com algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O revestimento das maçanetas das portas se alternava em ouro e vidro com listras. Minuciosos detalhes que proporcionavam uma experiência única aos clientes e admiradores que a visitavam.
Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tinha andares extremamente luxuosos e estava localizada em plena 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova York.
A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470 m² e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, inúmeras peças: do prêt-à-porter aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios, sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo.
Nos anos seguintes, o logotipo da grife italiana brilhou nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos acessórios e o prêt-à-porter feminino e masculino. A estilista conseguiu equilibrar doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no âmbito cultural.
Em janeiro de 2015 a marca foi repaginada e ganhou um visual jovem após a promoção do designer romano Alessandro Michele para o cargo de diretor criativo. O jovem talento trouxe para as peças e artigos da marca influências de décadas passadas, principalmente a de 1970, estampas geométricas, superfícies metalizadas, cores da estética vintage, e questões consideradas polêmicas como a quebra do tabu da liberdade de escolha e igualdade de gênero.
Em suas campanhas e nas passarelas, esqueça qualquer padrão - há espaço para narigudos, albinos, muitos negros, trans, ruivos, magros e gordos. Idade tampouco é uma questão: as atrizes Vanessa Redgrave e Faye Dunaway, de 81 anos e 77, estrelaram recentes publicidades da marca. Com isso conquistou de vez a clientela millennial, pessoas entre 18 e 35 anos, que passaram a idolatrar a GUCCI.
A linha do tempo
1925
● Lançamento das malas de viagem feitas com couro maleável.
1932
● Lançamento dos sapatos tipo mocassim.
1964
● Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas iniciais de Guccio Gucci.
1969
● Lançamento da bolsa com alça para o ombro (inicialmente batizada de HOBO), especialmente desenvolvida e criada para Jacqueline Kennedy, que até hoje é conhecida como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis mil peças.
1974
● Lançamento do primeiro perfume da marca italiana.
1979
● Criação da GUCCI ACCESSORIES COLLECTION (GAC), divisão responsável por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios.
1997
● Lançamento do perfume feminino ENVY com fragrâncias florais.
1999
● Lançamento do perfume RUSH acondicionado em um frasco moderno e jovial.
2001
● Lançamento do perfume feminino RUSH 2, feito de uma composição de essências de madeira de palmeira, flor de narciso, lírio do vale, frésia, gardênia, rosa e almiscar, resultando em um aroma refrescante.
2008
● Lançamento de uma coleção exclusiva chamada GUCCI LOVES NY. Desenhadas por Frida Giannini, as peças desta linha faziam uma homenagem a cidade de Nova York e somente podiam ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas estavam jaquetas e bolsas de couro, material ícone da marca.
● Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada 8-8-2008. Oito exclusivos acessórios que remetiam à esportes de competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com lanterna e duas charmosas bolsas GUCCI sobre a roda traseira.
● Lançamento do perfume GUCCI by GUCCI, com notas de goiaba, mel e florais. Essa cheirosa combinação vinha embalada em um frasco marrom com estilo art déco, contendo o logotipo da marca em letras douradas. A garota-propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman.
2009
● Lançamento do perfume feminino FLORA By GUCCI.
2010
● Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possuía duas coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as peças da coleção baby, era possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os famosos trench em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1 milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África.
● Lançamento do perfume masculino GUCCI by GUCCI POUR HOMME SPORT, que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo, doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja bem acabada e complexa.
● Lançamento do perfume GUILTY. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os rostos da campanha publicitária foram da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator Chris Evans.
2011
● Lançamento da coleção 1921, que em homenagem aos 90 anos da GUCCI propunha acessórios de prêt-à-porter masculinos e femininos, fazendo alusão ao universo da marca desde a época de sua criação. Clássicos da marca como bolsas e mocassins foram oferecidos em uma infinidade de cores e materiais. Bambu, pelica e crocodilo apareciam em tons de castanho escuro, rosa, caqui, verde e cereja. Todos os modelos levavam a assinatura G. Gucci Firenze 1921.
● A então diretora criativa da marca, Frida Giannini, assinou o FIAT 500 by GUCCI. Esta edição especial era uma versão personalizada do conhecido modelo citadino da montadora italiana, em colaboração com Centro de Estilo Fiat. Um dos detalhes mais marcantes deste modelo era uma faixa verde/vermelho/verde, típica da GUCCI, ao longo da carroceria, junto às molduras das janelas.
2014
● Lançamento de uma linha de maquiagens com embalagens luxuosas, paleta de cores escolhida cuidadosamente e gama completíssima (mais de 200 itens).
2015
● Lançamento do perfume feminino GUCCI BAMBOO, extremamente poderoso e inspirado na força e elegância do bambu.
2016
● Lançamento da bolsa GG MARMONT, que rapidamente recebeu o selo de aprovação das fãs, principalmente por suas variações cheias de estilos, que misturam o passado e o presente da identidade GUCCI. Fugindo aos designs convencionais, as bolsas trazem opções com aplicações de patch, veludo, correntes e tudo que a nova imagem da GUCCI representa.
2017
● Lançamento da GUCCI DÉCOR, primeira linha de decoração de interiores da marca, composta por almofadas, biombos, cadeiras, chaleiras, vasos, bandejas, peças de porcelana, tapetes, castiçais, velas, incensos e vários outros objetos que dialogam com as estampas, desenhos e estética romântica contemporânea da GUCCI.
2019
● Lançamento do Mémoire d’une Odeur, primeira fragrância sem gênero da marca italiana.
● Lançamento da Globetrotter Suitcase, uma nova mala de viagem estampada com monogramas da grife italiana, alças de apoio e rodinhas 360°.
Uma família polêmica
O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e, sobretudo, traições e conflitos familiares, especialmente na década de 1980, depois que Aldo Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu a cifra de US$ 7 milhões.
Batalhas judiciais, desentendimentos e intrigas entre os membros da família colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de problemas financeiros e a frequente citação da palavra “falência”. Nesta época, arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria.
Em 1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu aproximadamente 50% do comando da GUCCI. Para completar, na manhã do dia 27 de março de 1995, o último membro da família a dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi assassinado com quatro tiros nas costas quando chegava a seu escritório, na cidade de Milão, a mando de sua ex-mulher, Patrizia Reggiani.
Anos depois, Patrizia, conhecida como Viúva Negra pela imprensa italiana e condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele rachada e enjoos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”, pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi abandonado, já que todos os funcionários da justiça de Milão se recusaram a mexer nos papéis da apelação. Ela foi colocada em liberdade condicional no mês de setembro de 2013. Tudo isso está detalhadamente narrado no livro “Casa Gucci” que relata os bastidores da saga da marca italiana. Já a ideia de um longa-metragem sobre essa melancólica e polêmica história da família circula em Hollywood há alguns anos. Só resta esperar um filme com esse roteiro.
Eternizando a história
No dia 26 de setembro de 2011, a marca italiana resolveu eternizar sua história com a inauguração do GUCCI MUSEO na pitoresca cidade de Florença, em plena Piazza della Signoria. O museu ocupava três andares do Palazzo della Mercanzia, um deslumbrante palácio construído em 1337.
O aconchegante museu contava em detalhes a trajetória de Guccio Gucci e como sua marca tornou-se uma grife de prestígio internacional. O museu apresentava um grande e valioso acervo de peças antigas, algumas delas verdadeiros clássicos da marca italiana, como as bolsas de bambu usadas por Jackie Onassis e Sofia Loren, acessórios de esportes, as primeiras malas de viagens, coleções prêt-à-porter, um Cadillac Seville com a característica estampa da marca, entre muitos outros itens.
Eram bolsas, roupas, sapatos, cintos, malas, chapéus e vestidos de gala que podiam ser vistos em uma linha de evolução que mantinha a originalidade da marca. Além disso, vídeos mostravam como o couro é trabalhado e a maneira como são feitos os exclusivos produtos da marca, a mão, demostrando o cuidado que cada peça demanda. Para completar, o espaço contava ainda com um charmoso café, uma loja (que oferecia produtos exclusivos da marca encontrados somente ali) e uma agradável livraria especializada em moda, arte e fotografia.
Recentemente, no início de 2018, o museu foi reformulado e rebatizado como GUCCI GARDEN, e se transformou em um espaço criativo e colaborativo que reúne arte, moda, gastronomia e história. O primeiro e segundo andares abrigam seis diferentes salas, inclusive um cinema, que exploram a história da grife, sua identidade, a evolução da logomarca e do conceito de suas coleções. Também é possível encontrar uma loja conceito que vende itens exclusivos, de roupas e acessórios a artigos de decoração e revistas. Outra novidade é a Gucci Osteria, restaurante idealizado por Massimo Bottura, chef com 3 estrelas Michelin no currículo.
A evolução visual
A identidade visual da marca italiana passou por algumas alterações ao longo dos anos. Após adotar, em meados da década de 1950, o tradicional símbolo GG, que continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas; há poucos anos atrás a marca apresentou uma nova identidade visual, que além da cor preta ganhou também a versão dourada e com tipografia de letra mais afinada. Apesar disso, o símbolo GG continua sendo utilizado em muitos de seus produtos.
Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1921
● Fundador: Guccio Gucci
● Sede mundial: Florença, Itália
● Proprietário da marca: Guccio Gucci S.p.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Kering S.A.)
● CEO & Presidente: Marco Bizzarri
● Diretor criativo: Alessandro Michele
● Faturamento: €8.3 bilhões (2018)
● Lucro: €3.2 bilhões (2018)
● Valor da marca: US$ 15.949 bilhões (2019)
● Lojas: 577
● Presença global: 120 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 9.500
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Roupas, bolsas, calçados, perfumes e acessórios de luxo
● Concorrentes diretos: Prada, Chanel, Louis Vuitton, Christian Dior, Versace, Burberry, Fendi, Valentino e Hermès
● Ícones: A bolsa com alça de bambu e o mocassim com fivela
● Website: www.gucci.com
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca GUCCI está avaliada em US$ 15.949 bilhões, ocupando a posição de número 33 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019.
A marca no mundo
A luxuosa marca italiana tem mais de 575 lojas próprias ao redor do mundo, presença em mais de 120 países e faturamento de €8.3 bilhões (dados de 2018). Além do Chile, o Brasil é o outro país na América do Sul que possui lojas da GUCCI. São ao todo dez lojas: em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. A loja do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é dedicada exclusivamente ao público masculino. Atualmente a marca, controlada pelo grupo Kering (proprietário também das grifes Saint Laurent, Bottega Veneta, Boucheron, Stella McCartney, Balenciaga e Alexander McQueen), produz e vende bolsas, malas de mão e outros acessórios de couro (que representam 59% do total de vendas), sapatos (13%), roupas, gravatas, perfumes e relógios, além de uma linha para decoração. Em relação à participação de mercado para a marca, o maior é a região Ásia-Pacífico (36%), seguido pela Europa (29%), América do Norte (21%) e do Japão (8%).
Você sabia?
● A marca italiana tem mais de 90 perfumes em sua base de fragrâncias. A edição mais antiga foi criada em 1974 e a mais recente em 2019.
● O sultão de Brunei foi responsável pelo maior pedido que a GUCCI já recebeu: 27 jogos de malas em couro de crocodilo no valor de US$ 2.4 milhões.
● Em 7 de fevereiro de 2019, a marca retirou de todas as suas lojas um suéter que recebeu muitas críticas e acusações de racismo. A peça era preta com gola alta que subia até a altura do nariz, e ao redor da boca havia um recorte simulando lábios vermelhos. Muitos associaram a peça à prática do “blackface” e a um personagem de um livro infantil tido como o mais racista da história, chamado “As aventuras do pequeno Sambo Negro”.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (O Globo), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Fonte: Mundo das Marcas, "Gucci". Publicado em 10 de setembro de 2019. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
---
Gucci — Wikipédia
A Gucci é uma casa de moda de luxo italiana com sede em Florença, Itália. Suas linhas de produtos incluem bolsas, prêt-à-porter, calçados e acessórios, maquiagem, fragrâncias e decoração.
Gucci foi fundada em 1921 por Guccio Gucci em Florença, Toscana. Sob a direção de Aldo Gucci (filho de Guccio), a Gucci tornou-se uma marca mundialmente conhecida, um ícone da italiana Dolce Vita.
Após brigas familiares durante a década de 1980, a família Gucci foi totalmente expulsa do capital da empresa em 1993. Após essa crise, a marca foi revivida com um provocativo adereço 'Porno Chic'.
Em 1999, a Gucci foi adquirida pelo conglomerado francês Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering. Durante a década de 2010, a Gucci se tornou uma marca icônica ' geek-chic '.
Em 2019, a Gucci operou 487 lojas para 17.157 funcionários e gerou € 9,628 bilhões em vendas (€ 8,2 bilhões em 2018). Marco Bizzarri é CEO da Gucci desde dezembro de 2014, e Alessandro Michele diretor criativo desde janeiro de 2015. A Gucci é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering.
História
1921: Nascimento em Florença
A família Gucci afirma que suas origens estão enraizadas na cidade mercantil de Florença desde cerca de 1410. Guccio Giovanbattista Giacinto Dario Maria Gucci (1881-1953) deixou Florença para Paris e se estabeleceu em Londres em 1897 para trabalhar no sofisticado Savoy Hotel.
Enquanto trabalhava lá como mensageiro, ele carregava/descarregava a bagagem dos clientes abastados do hotel, aprendendo sobre seus gostos em moda, qualidade, tecidos e condições de viagem. Mais tarde, ele trabalhou quatro anos para a Compagnie des Wagons-Lits, a empresa ferroviária europeia especializada em viagens de lazer de luxo, aprimorando ainda mais sua experiência com estilos de vida luxuosos. Após a Primeira Guerra Mundial, trabalhou para a fabricante de malas finas Franzi.
Em 1921, Guccio Gucci comprou sua própria loja em 7, Via della Vigna Nuova em Florença, Azienda Individuale Guccio Gucci, onde vendia bagagem de couro importada. Ele também abriu uma pequena oficina para ter seus próprios artigos de couro feitos por artesãos locais. Eventualmente, uma oficina maior teve que ser adquirida para abrigar os 60 artesãos da Gucci. Em 1935, a invasão da Etiópia por Mussolini levou a Liga das Nações a impor um embargo comercial à Itália. O couro tornou-se escasso, levando Guccio Gucci a introduzir outros tecidos na composição dos produtos, como ráfia, vime, madeira, linho e juta. O motivo rombi, uma assinatura Gucci, foi criado. A Gucci's desenvolveu uma nova técnica de bronzeamento para produzir "cuoio grasso", que se tornou uma marca registrada da Gucci. Em 1937, a Gucci lançou suas bolsas.
A esposa e os filhos de Guccio trabalhavam na loja. Aldo filho de Guccio, se envolveu cada vez mais na empresa familiar desde que começou a trabalhar lá em 1925. Ele convenceu seu pai a crescer abrindo uma nova loja em Roma (21 Via Condotti) em 1938, e lançou mais acessórios Gucci (luvas, cintos, carteiras, chaveiros). Durante a Segunda Guerra Mundial, os artesãos da Gucci trabalharam na fabricação de botas para a infantaria italiana.
A empresa fez bolsas de lona de algodão em vez de couro durante a Segunda Guerra Mundial como resultado da escassez de material. A tela, no entanto, foi distinguida por um símbolo duplo G combinado com faixas vermelhas e verdes proeminentes. Após a guerra, o brasão da Gucci, que mostrava um escudo e um cavaleiro de armadura cercado por uma fita com o nome da família, tornou-se sinônimo da cidade de Florença.
Dolce Vita do pós-guerra
Após a guerra, Guccio Gucci distribuiu as ações da empresa para seus três filhos (Aldo, Vasco e Rodolfo ). Em 1947, a Gucci lançou a bolsa Bamboo. A marca lançou seu primeiro slogan global, Qualidade é lembrada muito tempo depois que o preço é esquecido. Os icônicos mocassins (Gucci loafer) foram lançados em 1952. Guccio Gucci morreu em 2 de janeiro de 1953 em Milão. Em novembro de 1953, a Gucci abriu sua primeira loja nos Estados Unidos na 5th Avenue e 58th Street em Nova York. Uma segunda loja de NY abriu no Saint Regis Hotel em 1960, e uma terceira na 5th Avenue e 54th Street em 1973, levando os moradores locais a chamar essa área de NY de "Gucci City".
Em 1961, a Gucci abriu uma loja em Londres e Palm Beach e lançou a Jackie Bag. Em março de 1963, a Gucci abriu sua primeira loja francesa perto da Place Vendôme em Paris. O logotipo duplo G para fivelas de cinto e outras decorações de acessórios foi introduzido em 1964. O lenço Flora foi projetado em 1966 por Rodolfo Gucci e Vittorio Accornero para Grace Kelly Princess of Monaco, que se tornou uma consumidora notável de produtos Gucci.
Em outubro de 1968, a Gucci abriu uma loja na 347 Rodeo Drive, levando muitas estrelas de Hollywood a endossar a marca. Com a abertura da Rodeo Drive veio o lançamento dos primeiros vestidos da Gucci. O avanço da Gucci nos Estados Unidos levou ao seu desenvolvimento global na Ásia (abertura de Tóquio em 1972, Hong Kong em 1974) e no Oriente Médio. Em Bruxelas, o filho de Aldo, Roberto, pilotou a primeira loja franqueada da Gucci. Em 1969, a Gucci administrava 10 lojas nos EUA. 84.000 mocassins Gucci foram vendidos somente nos EUA naquele ano. O presidente dos EUA, John F. Kennedy, chamou Aldo Gucci de "primeiro embaixador italiano nos Estados Unidos".
A Gucci lançou um conjunto de malas Rolls-Royce em 1970 e fez parceria com a American Motors Corporation (AMC) para criar a versão Gucci do AMC Hornet que foi comercializada durante os anos modelo 1971, 1972 e 1973. O vagão Gucci Sportabout tornou-se um dos primeiros carros americanos a oferecer um pacote de acabamento de luxo especial criado por um famoso estilista.
Gucci lançou Gucci Perfumes (Il Mio Profumo) e seu primeiro relógio (Modelo 2000) em 1972, sua primeira loja franqueada nos EUA em 1973, e abriu a Gucci Galleria em sua loja de Beverly Hills em 1977, uma galeria de arte privada ao lado do store e reservado para clientes premium que receberam chave de ouro para acessá-lo. De 1978 a 1984, um construtor de carrocerias com sede em Miami comercializou uma edição Gucci do sedã Cadillac Seville (o modelo de 1978 é exibido no Museu Gucci).
Em 1985, o mocassim Gucci passou a fazer parte da coleção permanente do New York Moma.
1980: Rixa da família Gucci
Em 1969, Giorgio, filho de Aldo, provocou a primeira rixa familiar ao lançar a Gucci Boutique por conta própria, que foi finalmente reabsorvida pelo grupo familiar em 1972.
Durante os anos 1980, a saga Gucci corroeu o alta direção da empresa e alimentou as manchetes da imprensa. Paolo Gucci, filho de Aldo, tentou lançar a marca Gucci Plus por conta própria. Aldo foi criticado por desenvolver a maior parte dos negócios internacionais sob a Gucci America, que ele possuía. Em 1982, para aliviar as tensões na família, o grupo Gucci foi consolidado e tornou-se uma empresa de capital aberto, Guccio Gucci SpA.
Em maio de 1983, Rodolfo faleceu. Seu filho Maurizio Gucci herdou a participação majoritária de seu pai na empresa e lançou uma guerra legal contra seu tio Aldo pelo controle total da Gucci (uma acusação liderada pelo promotor municipal Rudolph Giuliani, e com Domenico de Sole representando a família Gucci). Maurizio Gucci assumiu a direção da empresa.
Em 1986, Aldo Gucci, 81 anos, com apenas 16,7% da Gucci em sua posse, foi condenado a um ano de prisão por evasão fiscal (em uma prisão onde Albert Nipon também era detento). A obra de arte da Gucci Galleria foi liquidada. Em 1988, Maurizio Gucci vendeu quase 47,8% da Gucci para o Bahreinfundo de investimento baseado na Investcorp (proprietária da Tiffany desde 1984), e reteve os outros 50%.
Apesar das disputas familiares, entre 1981 e 1987, as vendas de produtos Gucci com marca registrada atingiram US$ 400 milhões, e US$ 227 milhões somente em 1990. A década de 1980 foi caracterizada por uma produção em massa de produtos Gucci, que gerou receita, mas afetou negativamente a posição da Gucci como uma marca de luxo exclusiva. Maurizio Gucci contratou Dawn Mello para colocar a Gucci de volta nos trilhos.
De 1991 a 1993, as finanças da Gucci ainda estavam no vermelho, Maurizio Gucci foi culpado por gastar quantias extravagantes na sede da empresa em Florença (Via delle Caldaie palazzo) e em Milão. A Investcorp comprou os 50% restantes da Guccio Gucci SpA de Maurizio Gucci em 1993, encerrando o envolvimento da família no grupo. Em março de 1995, Maurizio Gucci foi morto a tiros no saguão do escritório da Gucci em Milão. Sua ex-esposa Patrizia Reggiani cumpriu 16 anos de prisão por contratar o assassino para matá-lo.
Renascimento Pornô Chique
Dawn Mello foi contratado em novembro de 1989 como vice-presidente executivo e designer-chefe da Gucci. Ela reduziu o número de lojas de mais de 1.000 para 180 em um movimento para reconstruir a exclusividade da marca. Ela também reduziu o número de itens vendidos pela Gucci de 22.000 para 7.000. Ela reviveu a bolsa Bamboo e o mocassim Gucci. Ela mudou a sede da Gucci de Milão para Florença, onde a história da Gucci está profundamente enraizada.
Dawn Mello contratou Tom Ford para supervisionar a coleção feminina de prêt-à-porter. Em 1994, Tom Ford foi nomeado diretor criativo da Gucci. Ford e Mellow revisitaram os arquivos da marca nos anos 1970.
A coleção de 1995 da Ford, que incluía os sensuais vestidos brancos com recortes provocantes, tornou-se um sucesso instantâneo. Reavivada através do hedonismo hot-bod das criações de Tom Ford, a Gucci também lançou produtos provocativos em edição limitada, como algemas de prata, um fio-dental e campanhas publicitárias provocantes, como o logotipo G raspado no púbis cabelo.
Domenico De Sole, consultor jurídico da família Gucci desde a década de 1980 e CEO da Gucci desde 1994, fez campanha para que os fabricantes de couro da Gucci na Itália continuassem trabalhando juntos e desenvolveu um programa de parceiros para fortalecer seus laços. Ele revisou o preço de cada produto e aumentou gradualmente o orçamento de publicidade da Gucci de US $ 6 milhões em 1993 para US$ 70 milhões em 1997. $ 22. Então, de 1995 a 1997, a Investcorp vendeu sua participação na Gucci por cerca de US$ 1,9 bilhão.
Luta LVMH-PPR pela Gucci
Em janeiro de 1999, o conglomerado de luxo francês LVMH, que vinha comprando ações da Gucci discretamente desde 1995, alcançou 34% de participação no Gucci Group NV. Buscando uma saída do controle da LVMH, Tom Ford e Domenico De Sole recorreram ao financista francês François Pinault e seu grupo Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering, para uma saída de emergência.
Em março, o grupo de Pinault comprou 40% da Gucci a US$ 75 por ação, e as ações da LVMH caíram para 20,7% em um processo de diluição. Por meio do acordo, a PPR também comprou a Yves Saint Laurent da Sanofi e a vendeu pelo mesmo preço ao Grupo Gucci. Este golpe de estado no mundo da moda lançou uma guerra fria entre a LVMH e a nova coalizão Gucci-PPR. Uma tensão ocorreu em dezembro de 2000 quando a Gucci comprou 51% da casa de alta costura de Alexander McQueen, já que McQueen também era o designer criativo da Givenchy da LVMH na época.
A disputa em torno da Gucci terminou em setembro de 2001, quando todas as partes chegaram a um acordo. No final de 2003, Tom Ford e Domenico De Sole oficializaram que não renovariam seu contrato com a Gucci-PPR que terminou em abril de 2004.
Após a saída da Ford, o Gucci Group contratou três designers para continuar o sucesso da marca principal da empresa: John Ray, Alessandra Facchinetti e Frida Giannini, todos eles trabalhando sob a direção criativa da Ford. Facchinetti foi elevado a Diretor Criativo de moda feminina em 2004 e projetado por duas temporadas antes de deixar a empresa. Ray atuou como Diretor Criativo de Moda Masculina por três anos. Frida Giannini – designer de bolsas Gucci desde 2002, chefe de acessórios desde 2004 e diretora criativa de prêt-à-porter e acessórios femininos desde 2005 – foi nomeada diretora criativa da Gucci em 2006. Patrizio di Marco, ex-CEO da Gucci Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci em 2008.
Ambos aclamados e criticados por revisitar perpetuamente os arquivos de Tom Ford, Frida Giannini eventualmente abrandou os adereços explosivos 'Porno Chic' da Ford ao longo dos anos "de sexy para sensual", e começou a experimentar com estilos 'boêmios andróginos' com reminiscências do século XIX. Ela também desenvolveu "neo-clássicos" como as bolsas New Bamboo e New Jackie. Patrizio di Marco se concentrou na crise pós-2008 com menos estilos e mais produtos de médio porte.
Em 2010, a Gucci lançou uma parceria com a casa de leilões Christie's para desenvolver um repositório mais amplo da marca' s e fornecer um serviço de certificação de autenticidade. Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) em Florença para comemorar seu 90º aniversário. Entre 2010 e 2015, 220 novas lojas Gucci abriram, elevando a contagem total de lojas para 500.
Pós-gênero Geek Chique
Em dezembro de 2014, Marco Bizzarri, ex-CEO da Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci. Ele foi encarregado de reverter o declínio das vendas da Gucci, dando um novo impulso à marca.
Em janeiro de 2015, Bizzarri nomeou Alessandro Michele como diretor criativo da Gucci. Alessandro Michele trabalhava para a Gucci desde 2002 e atuou como vice e designer de acessórios de Frida Giannini.
Durante o desfile de outono de fevereiro de 2015, Alessandro Michele apresentou "uma Gucci diferente", com uma "sensação sofisticada, intelectual e andrógina".
Alessandro Michele lançou o Renascimento da Gucci. Ele reviveu clássicos da Gucci como o logotipo duplo G, a bolsa Jackie O. e criou produtos icônicos como a bolsa Dionysus. Com uma roupa masculina feminizada, uma forte postura feminista e um estilo ' geek-chic ', Alessandro Michele introduziu adereços pós-gênero para a Gucci.
Em setembro de 2016, a Gucci inaugurou o Gucci Hub, sua nova sede em Milão, construída na antiga fábrica aeronáutica Caproni. Em julho de 2017, a Gucci anunciou o lançamento da Gucci Décor, a primeira vez que a marca se testou no segmento de decoração para casa. Em abril de 2018, a Gucci inaugurou o ArtLab, um centro de inovação de 37.000 metros quadrados fora de Florença, na Itália, onde novos artigos de couro, calçados, novos materiais, ferragens metálicas e embalagens são desenvolvidos e testados. Em novembro de 2018, a Gucci abriu a Gucci Wooster Bookstore em Nova York, uma loja de 2.000 livros com curadoria do fundador da Dashwood Books David Strettell. Em abril de 2019, a empresa lançou a Gucci 9, uma rede de 500 funcionários de 6 call centers em todo o mundo para atendimento ao cliente de alto nível. A Gucci também reviveu sua coleção de maquiagem e lançou sua primeira coleção de jóias finas.
Em 2019, as vendas da Gucci atingiram 9,6 bilhões de euros.
Em dezembro de 2020, após um acordo entre Kering e Alibaba, a Gucci lançou duas lojas (moda e beleza) no Tmall.
Em maio de 2021, a Gucci lançou uma coleção de óculos, Hollywood Forever.
Coleção Disney
Desde 2019, originalmente em comemoração aos 90 anos do Mickey Mouse, a Gucci realiza uma coleção de roupas da Disney, inclusive para o Ano Novo Lunar.
Estrutura corporativa
A holding da Gucci, Guccio Gucci SpA, está sediada em Florença, Itália, e é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering. Em 2018, a Gucci operava 540 lojas para 14.628 funcionários. A empresa gerou € 9,628 bilhões em receita (€ 8,2 bilhões em 2018) e € 3,947 bilhões em lucros (€ 3,2 bilhões em 2018).
Governança
Na história da Gucci, até o final da era da família Gucci, o design, a promoção e a produção dos produtos Gucci eram feitos pelos membros da família Gucci.
CEO
Desde 2014: Marco Bizzarri
2008–2014: Patrizio di Marco
2004–2008: Mark Lee
1994–2004: Domenico De Sole
Designers criativos
Desde 2015: Alessandro Michele
2006–2015: Frida Giannini
1995–2004: Tom Ford
1989–1995: Dawn Mello
Iniciativas
Cultura
Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) dentro do Palazzo della Mercanzia do século XIV, em Florença, para comemorar seu 90º aniversário. Em 2016, Alessandro Michele fez a curadoria de duas salas adicionais dedicadas às coleções de Tom Ford. Em janeiro de 2018, após uma reforma, o Museu Gucci reabriu com um novo nome, o Gucci Garden, e um novo restaurante dentro de suas paredes, o Gucci Osteria, administrado por Massimo Bottura. A Gucci Osteria foi premiada com uma estrela Michelin em novembro de 2019. Em fevereiro de 2020, uma segunda Gucci Osteria abriu no telhado da loja Gucci Rodeo Drive em Los Angeles.
Em abril de 2017, a Gucci financiou a restauração dos Jardins de Boboli na Galeria Uffizi em Florença. Em junho de 2019, a Gucci financiou a restauração dos históricos Rupe Tarpea e Belvedere Gardens em Roma.
Social
Em 2008, a Gucci lançou o Gucci Tribeca Documentary Fund, um fundo de US$ 80.000 para financiar filmes que promovem mudanças sociais e apresentados no Tribeca Film Festival. Em 2011, o fundo cresceu para US$ 150.000, incluindo US$ 50.000 para um recém-criado Prêmio de Documentário para Mulheres. Em 2011, com o Festival de Cinema de Veneza, a Gucci também lançou o 'Prêmio Gucci para Mulheres no Cinema' para destacar o impacto das mulheres no cinema.
De 2005 a 2015, a Gucci doou US$ 20 milhões para o programa Escolas para a África do UNICEF. Uma vez que o Chime for Change foi criado, tornou-se o veículo de financiamento da parceria Gucci-UNICEF. Chime for Change foi fundada em fevereiro de 2013 por Frida Giannini, Salma Hayek e Beyoncé como uma campanha global para a melhoria da educação, saúde e justiça para mulheres em todo o mundo.
Em junho de 2013, Chime for Change organizou o concerto Sound of Change Live que gerou US$ 4 milhões para financiar 200 projetos em 70 países. Em dezembro de 2013, a Gucci fechou uma parceria com o Twitter e o Women Who Codepara criar o hackathon Chime Hack focado em mulheres.
A Gucci vende uma camiseta amarela com os dizeres "My Body My Choice" e redistribui seus lucros para a Chime for Change. Em julho de 2013, a ativista Lydia Emily foi contratada para pintar um mural em Skid Row, Los Angeles, de uma mulher chamada Jessica, que é uma sobrevivente do tráfico humano. Em janeiro de 2019, Chime for Change lançou a campanha de murais "To Gather Together" promovendo a igualdade de gênero e desenhada pelo artista MP5. Em 2020, a Gucci lançou uma campanha publicitária "Beleza não convencional", incluindo uma modelo com síndrome de Down.
Durante a pandemia do COVID-19, a Gucci prometeu € 2 milhões para duas campanhas de crowdfunding, a primeira para apoiar o Departamento de Proteção Civil Italiano e a segunda para o Fundo de Resposta de Solidariedade COVID-19.
Meio Ambiente
Em 2015, a Gucci lançou sua própria iniciativa ambiental de lucros e perdas. Em outubro de 2017, a Gucci anunciou que baniria peles de suas lojas em 2018. Em junho de 2018, a marca lançou 'Equilibrium', sua plataforma para comunicar seus esforços e progresso social e ambiental.
Em setembro de 2019, Marco Bizzarri anunciou a intenção da Gucci de se tornar totalmente neutra em carbono. Em 2020, a Gucci se juntou ao Lion's Share Fund, liderado pelo PNUD, para apoiar a conservação da vida selvagem.
Na cultura popular
O nome "Gucci" se transformou em um adjetivo homônimo, "Eu sinto Gucci!" e "Isso é tão Gucci!", para descrever algo que parece o luxo de voar alto da Gucci.
A primeira instância conhecida da palavra sendo usada nesse sentido é encontrada na edição de setembro de 1999 da Harper's Bazaar, na qual o cantor Lenny Kravitz descreve seu quarto como "muito Gucci".
Filmes
Em novembro de 2019, o cineasta Ridley Scott anunciou House of Gucci, um filme sobre a dinastia Gucci com Lady Gaga interpretando Patrizia Reggiani e Adam Driver interpretando Maurizio Gucci. House of Gucci teve sua estreia mundial no Odeon Luxe Leicester Square em Londres em 9 de novembro de 2021. Scott anunciou inicialmente este plano em 2007. Em 2000, Martin Scorsese também anunciou planos para fazer um filme sobre a família Gucci.
Recordes Mundiais do Guinness
1974: O relógio Gucci Modelo 2000 quebrou o recorde de venda de mais de um milhão de unidades em dois anos.
1998: O Gucci "Genius Jeans" quebrou o recorde do par de jeans mais caro de todos os tempos. Esses jeans estavam desgastados, rasgados e cobertos com contas africanas e estavam à venda por US$ 3.134 em Milão.
Falsificação
Durante a década de 1970, a popularidade explosiva da Gucci transformou a marca em um dos principais alvos da indústria de falsificação. As oficinas da Gucci elaboraram a técnica de curtimento de pele de porco tigrado que se tornou uma assinatura da Gucci e um processo de curtimento difícil de falsificar. Só em 1977, a Gucci abriu 34 processos por falsificação. Em meados da década de 1980, a marca estava envolvida em "milhares de confiscos e ações judiciais em todo o mundo".
Em 2013, o Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido emitiu uma decisão de que a Gucci havia perdido os direitos de sua marca GG no Reino Unido "para uma versão do logotipo GG em quatro categorias, que englobava roupas como pulseiras, bolsas de ombro, cachecóis e casacos". No entanto, "de acordo com a Gucci, a decisão não afeta o uso de seu logotipo GG na região" porque "a Gucci é proprietária de vários outros registros válidos para esta marca, incluindo uma Marca Comunitária (que abrange a União Européia) por seu icônico logotipo GG e esses direitos são diretamente aplicáveis no Reino Unido".
Em novembro de 2008, o site TheBagAddiction.com foi fechado após ser processado pela Gucci por vender produtos falsificados. Em 2013, a Gucci reprimiu 155 nomes de domínio usados por falsificadores para vender produtos Gucci falsos. Em 2015, a empresa-mãe da Gucci, Kering, processou o site chinês Alibaba por listar muitos "produtos Gucci obviamente falsos" em seu site. Em abril de 2016, as ações legais antifalsificação da Gucci saíram pela culatra quando os produtos visados eram o papel machê moldado exatamente como os produtos Gucci e queimados pelo povo chinês durante a tradição ancestral Qingming Jie. Em abril de 2017, a Gucci ganhou um processo contra 89 sites chineses que vendiam produtos Gucci falsos. Em outubro de 2018, Marco Bizzarri alertou os gigantes chineses de comércio eletrônico Alibaba e JD.com que a Gucci não poderia abrir lojas em seus sites, desde que não removessem os muitos produtos Gucci falsos de suas listagens. Em dezembro de 2019, a Gucci processou três dúzias de sites que vendiam produtos Gucci falsos.
Controvérsias
Em abril de 2016, a Autoridade de Padrões de Publicidade do Reino Unido proibiu um anúncio de vídeo online da Gucci porque era estrelado por uma modelo "insalumente magra".
Em fevereiro de 2019, a Gucci removeu um suéter de balaclava preto com gola de enrolar e uma boca recortada de lábios vermelhos de suas prateleiras depois de ter sido comparado a uma fantasia de blackface. Alessandro Michele respondeu que sua inspiração veio da extravagante Leigh Bowery, mas pediu desculpas pela forma como foi interpretada. Para resolver esse problema, a Gucci lançou o programa 'Gucci North America Changemakers Scholarship' dedicado a promover a diversidade na indústria da moda com um fundo anual de US$ 5 milhões para apoiar programas comunitários e sem fins lucrativos envolvidos com "a comunidade americana e comunidades de cor em geral".
Em maio de 2019, a comunidade sikh na Índia criticou a apropriação cultural de um item religioso pela Gucci quando a marca italiana comercializou turbantes a US$ 800 cada.
Em julho de 2019, a Gucci nomeou um Diretor Global de Diversidade para abordar os últimos problemas da marca com diversidade cultural.
Em outubro de 2019, a Gucci lançou um programa de bolsas de US$ 1,5 milhão para estudantes americanos tradicionalmente sub-representados na indústria da moda.
Em maio de 2019, a Kering concordou em pagar um acordo fiscal de US$ 1,25 bilhão com as autoridades fiscais italianas após as irregularidades fiscais da Gucci durante o período fiscal de 2011-2017.
Durante um desfile de setembro de 2019 que se assemelhava a um défilé de pacientes mentais, a modelo de passarela Ayesha Tan Jones ergueu as mãos onde estava escrito "saúde mental não é moda", uma reação ao uso comercial inadequado da marca das imagens de doença mental.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Crédito fotográfico: Instagram Gucci: @gucci. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Gucci ou Casa Gucci (Florença, Itália, 1921) é uma grife italiana do segmento de vestuário e acessórios, fundada por Guccio Gucci. Ficou conhecida mundialmente por suas malas de viagens, com alto padrão de qualidade feito por artesãos nascidos na região da Toscana. As Bolsas Gucci são objeto de desejo de mulheres no Brasil e no mundo inteiro, e a marca ainda conta com destaque para seus sapatos, cintos e óculos. O mocassim de fivela com tira verde e vermelha e a bolsa com alça de bambu são definitivamente os maiores ícones dessa marca. A história começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família, mas foi com a chegada do estilista Tom Ford nos anos 90 que a marca ganhou um novo estilo: jovem e chic, se popularizando por todo o mundo. Agora com Alessandro Michele a marca vive um grande momento sendo top 3 das mais compradas no mundo. Vende roupas, sapatos, bolsas, lenços, perfumes, entre outros acessórios pessoais. Na lista da Forbes de "Marcas Mais Valiosas" de 2019, a Gucci aparecia na 31ª posição, valendo 22,6 bilhões de dólares, com uma receita de 10,8 bilhões ao ano.
Gucci - Mundo das Marcas
Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Tudo renomado pela criatividade, inovação e a tradição artesanal italiana. Celebridades, escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome GUCCI, marca que mais sintetiza a pura elegância italiana no mercado de luxo.
A história
Guccio Gucci nasceu no dia 26 de março de 1881 em Florença, no norte da Itália. Filho de um artesão de origem humilde, ele adquiriu bom gosto e elegância encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto trabalhava como ascensorista, maleiro e posteriormente maître no famoso e requintado hotel Savoy de Londres na virada do século 19.
Em 1921, depois de seu retorno para cidade de Florença, abriu uma pequena loja com suas economias - 30 mil liras na época - cujo intuito era vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos em couro de alta qualidade proveniente da região da Toscana, pelos melhores artesãos, incluindo membros da sua própria família.
Sua modesta loja era apenas um reflexo de seu estilo: ele andava sempre bem vestido e impecável pelas ruas de Florença. E não demorou muito para a alta burguesia e a nobreza florentina reconhecerem a excelência e originalidade dos produtos e, em pouco tempo, a marca superou os limites da cidade, impondo-se como uma das mais conhecidas e preferidas entre a elite italiana. Com o aumento das vendas, ele conseguiu abrir atrás de sua pequena loja, uma modesta oficina para produzir suas próprias mercadorias.
Necessitando expandir seu negócio, a empresa inaugurou uma fábrica maior em Lungarno Guicciardini em 1937. Foi a partir deste ano que estribos e franjas estilizados se tornaram a assinatura equestre da marca italiana.
Em poucos anos os produtos da marca, que incluíam malas, baús de viagem, luvas, sapatos e cintos, com um design de inspiração equestre, atraíram uma clientela ainda mais sofisticada e internacional.
Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira grande loja na cidade de Roma em 1938 no sofisticado endereço da Via Condotti. No ano seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio.
Em 1947 a GUCCI lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de bambu japonês, que literalmente seduziu com seu charme e elegância centenas de celebridades pelo mundo afora. A novidade foi uma forma original encontrada por Guccio para lidar com a escassez de materiais causada pela Segunda Guerra Mundial.
Pouco tempo depois, em 1951, o estilista inaugurou uma loja na cidade de Milão em plena Via Montenapoleone. Nesta época surgiu a assinatura vermelha e verde, que se tornaria marca registrada da grife.
No dia 2 de janeiro de 1953 morreu Guccio Gucci aos 72 anos, 15 dias antes da inauguração da primeira loja da marca no exterior, localizada no Savoy Plaza Hotel em Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e muito para que a marca italiana brilhasse nas principais capitais do luxo.
Comandada agora pelos filhos do fundador, Aldo e Rodolfo, a GUCCI iniciou um audacioso plano de expansão pelo território americano com a inauguração de lojas em cidades como Filadélfia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach.
Ainda em 1953 a marca lançou outro ícone, o horsebit loafer, calçado estilo mocassim com fivela de metal, além de uma faixa frontal de tecido nas cores verde e vermelha, um dos principais símbolos de identificação da marca no mundo, que se tornou presença garantida no guarda-roupa de homens chiques e modernos.
Nesta época, celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jacqueline Kennedy eram alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o mocassim com fivela de metal. Isso contribuiu para transformar a GUCCI na marca queridinha nos bastidores de Hollywood.
Somente em 1955 surgiu o icônico GG (duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas), que rapidamente se tornou outra marca registrada da GUCCI. O novo logotipo começou aparecer em todas as bolsas, malas e acessórios em couro da marca, dando um ar mais aristocrático aos produtos.
Na década seguinte, após introduzir os tecidos estampados com as duas letras G entrelaçadas e a estampa floral criada especialmente para Grace Kelly, a empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e Hong Kong. Além disso, Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood, ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial.
Em 1974, existiam 14 lojas e 46 franquias da GUCCI em todo o mundo, muito graças à expansão que Aldo realizou, especialmente para o mercado japonês. Ele também diversificou a linha de produtos com o lançamento de perfumes, promovendo assim um novo negócio dentro da empresa para que seus filhos, membros da terceira geração, pudessem trabalhar. Já a década de 1980 foi marcada pela criação da coleção prêt-à-porter, lançada com grande pompa em importantes desfiles de moda.
Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo, Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios americanos de advocacia que prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo período, com a saída de Aldo do comando, a empresa de investimento árabe Investcorp adquiriu 50% do capital da GUCCI.
Maurizio, o último membro da família trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não se entender com o grupo de investidores. Com Maurizio fora de cena, a GUCCI passou a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para Casellina e nomeou o estilista Tom Ford - que já trabalhava na grife desde 1990 - como diretor de criação.
Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, da bolsa Horsebilt Clutch, que se tornou um sucesso entre as estrelas de Hollywood, ele passou a assinar todas as coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até opinar na arquitetura e decoração das lojas. Os rostos nas campanhas também mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializada e um investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.
Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault (dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (então dono do grupo PPR). Embora Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e Tom Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas, foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004.
No mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena Frida Giannini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais e às capas de renomadas revistas de moda. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando uma tendência no mercado do luxo.
No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo. Com uma espaçosa área de 14.020 m², a loja possuía três andares totalmente climatizados e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da loja apresentava detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o exterior do prédio revestido de vidro brilhante compunha uma visão admirável para aqueles que o viam.
A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova loja, que, entre outros detalhes de luxo, tinha o piso coberto de mármore branco, com algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O revestimento das maçanetas das portas se alternava em ouro e vidro com listras. Minuciosos detalhes que proporcionavam uma experiência única aos clientes e admiradores que a visitavam.
Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tinha andares extremamente luxuosos e estava localizada em plena 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova York.
A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470 m² e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, inúmeras peças: do prêt-à-porter aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios, sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo.
Nos anos seguintes, o logotipo da grife italiana brilhou nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos acessórios e o prêt-à-porter feminino e masculino. A estilista conseguiu equilibrar doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no âmbito cultural.
Em janeiro de 2015 a marca foi repaginada e ganhou um visual jovem após a promoção do designer romano Alessandro Michele para o cargo de diretor criativo. O jovem talento trouxe para as peças e artigos da marca influências de décadas passadas, principalmente a de 1970, estampas geométricas, superfícies metalizadas, cores da estética vintage, e questões consideradas polêmicas como a quebra do tabu da liberdade de escolha e igualdade de gênero.
Em suas campanhas e nas passarelas, esqueça qualquer padrão - há espaço para narigudos, albinos, muitos negros, trans, ruivos, magros e gordos. Idade tampouco é uma questão: as atrizes Vanessa Redgrave e Faye Dunaway, de 81 anos e 77, estrelaram recentes publicidades da marca. Com isso conquistou de vez a clientela millennial, pessoas entre 18 e 35 anos, que passaram a idolatrar a GUCCI.
A linha do tempo
1925
● Lançamento das malas de viagem feitas com couro maleável.
1932
● Lançamento dos sapatos tipo mocassim.
1964
● Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas iniciais de Guccio Gucci.
1969
● Lançamento da bolsa com alça para o ombro (inicialmente batizada de HOBO), especialmente desenvolvida e criada para Jacqueline Kennedy, que até hoje é conhecida como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis mil peças.
1974
● Lançamento do primeiro perfume da marca italiana.
1979
● Criação da GUCCI ACCESSORIES COLLECTION (GAC), divisão responsável por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios.
1997
● Lançamento do perfume feminino ENVY com fragrâncias florais.
1999
● Lançamento do perfume RUSH acondicionado em um frasco moderno e jovial.
2001
● Lançamento do perfume feminino RUSH 2, feito de uma composição de essências de madeira de palmeira, flor de narciso, lírio do vale, frésia, gardênia, rosa e almiscar, resultando em um aroma refrescante.
2008
● Lançamento de uma coleção exclusiva chamada GUCCI LOVES NY. Desenhadas por Frida Giannini, as peças desta linha faziam uma homenagem a cidade de Nova York e somente podiam ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas estavam jaquetas e bolsas de couro, material ícone da marca.
● Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada 8-8-2008. Oito exclusivos acessórios que remetiam à esportes de competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com lanterna e duas charmosas bolsas GUCCI sobre a roda traseira.
● Lançamento do perfume GUCCI by GUCCI, com notas de goiaba, mel e florais. Essa cheirosa combinação vinha embalada em um frasco marrom com estilo art déco, contendo o logotipo da marca em letras douradas. A garota-propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman.
2009
● Lançamento do perfume feminino FLORA By GUCCI.
2010
● Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possuía duas coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as peças da coleção baby, era possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os famosos trench em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1 milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África.
● Lançamento do perfume masculino GUCCI by GUCCI POUR HOMME SPORT, que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo, doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja bem acabada e complexa.
● Lançamento do perfume GUILTY. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os rostos da campanha publicitária foram da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator Chris Evans.
2011
● Lançamento da coleção 1921, que em homenagem aos 90 anos da GUCCI propunha acessórios de prêt-à-porter masculinos e femininos, fazendo alusão ao universo da marca desde a época de sua criação. Clássicos da marca como bolsas e mocassins foram oferecidos em uma infinidade de cores e materiais. Bambu, pelica e crocodilo apareciam em tons de castanho escuro, rosa, caqui, verde e cereja. Todos os modelos levavam a assinatura G. Gucci Firenze 1921.
● A então diretora criativa da marca, Frida Giannini, assinou o FIAT 500 by GUCCI. Esta edição especial era uma versão personalizada do conhecido modelo citadino da montadora italiana, em colaboração com Centro de Estilo Fiat. Um dos detalhes mais marcantes deste modelo era uma faixa verde/vermelho/verde, típica da GUCCI, ao longo da carroceria, junto às molduras das janelas.
2014
● Lançamento de uma linha de maquiagens com embalagens luxuosas, paleta de cores escolhida cuidadosamente e gama completíssima (mais de 200 itens).
2015
● Lançamento do perfume feminino GUCCI BAMBOO, extremamente poderoso e inspirado na força e elegância do bambu.
2016
● Lançamento da bolsa GG MARMONT, que rapidamente recebeu o selo de aprovação das fãs, principalmente por suas variações cheias de estilos, que misturam o passado e o presente da identidade GUCCI. Fugindo aos designs convencionais, as bolsas trazem opções com aplicações de patch, veludo, correntes e tudo que a nova imagem da GUCCI representa.
2017
● Lançamento da GUCCI DÉCOR, primeira linha de decoração de interiores da marca, composta por almofadas, biombos, cadeiras, chaleiras, vasos, bandejas, peças de porcelana, tapetes, castiçais, velas, incensos e vários outros objetos que dialogam com as estampas, desenhos e estética romântica contemporânea da GUCCI.
2019
● Lançamento do Mémoire d’une Odeur, primeira fragrância sem gênero da marca italiana.
● Lançamento da Globetrotter Suitcase, uma nova mala de viagem estampada com monogramas da grife italiana, alças de apoio e rodinhas 360°.
Uma família polêmica
O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e, sobretudo, traições e conflitos familiares, especialmente na década de 1980, depois que Aldo Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu a cifra de US$ 7 milhões.
Batalhas judiciais, desentendimentos e intrigas entre os membros da família colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de problemas financeiros e a frequente citação da palavra “falência”. Nesta época, arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria.
Em 1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu aproximadamente 50% do comando da GUCCI. Para completar, na manhã do dia 27 de março de 1995, o último membro da família a dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi assassinado com quatro tiros nas costas quando chegava a seu escritório, na cidade de Milão, a mando de sua ex-mulher, Patrizia Reggiani.
Anos depois, Patrizia, conhecida como Viúva Negra pela imprensa italiana e condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele rachada e enjoos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”, pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi abandonado, já que todos os funcionários da justiça de Milão se recusaram a mexer nos papéis da apelação. Ela foi colocada em liberdade condicional no mês de setembro de 2013. Tudo isso está detalhadamente narrado no livro “Casa Gucci” que relata os bastidores da saga da marca italiana. Já a ideia de um longa-metragem sobre essa melancólica e polêmica história da família circula em Hollywood há alguns anos. Só resta esperar um filme com esse roteiro.
Eternizando a história
No dia 26 de setembro de 2011, a marca italiana resolveu eternizar sua história com a inauguração do GUCCI MUSEO na pitoresca cidade de Florença, em plena Piazza della Signoria. O museu ocupava três andares do Palazzo della Mercanzia, um deslumbrante palácio construído em 1337.
O aconchegante museu contava em detalhes a trajetória de Guccio Gucci e como sua marca tornou-se uma grife de prestígio internacional. O museu apresentava um grande e valioso acervo de peças antigas, algumas delas verdadeiros clássicos da marca italiana, como as bolsas de bambu usadas por Jackie Onassis e Sofia Loren, acessórios de esportes, as primeiras malas de viagens, coleções prêt-à-porter, um Cadillac Seville com a característica estampa da marca, entre muitos outros itens.
Eram bolsas, roupas, sapatos, cintos, malas, chapéus e vestidos de gala que podiam ser vistos em uma linha de evolução que mantinha a originalidade da marca. Além disso, vídeos mostravam como o couro é trabalhado e a maneira como são feitos os exclusivos produtos da marca, a mão, demostrando o cuidado que cada peça demanda. Para completar, o espaço contava ainda com um charmoso café, uma loja (que oferecia produtos exclusivos da marca encontrados somente ali) e uma agradável livraria especializada em moda, arte e fotografia.
Recentemente, no início de 2018, o museu foi reformulado e rebatizado como GUCCI GARDEN, e se transformou em um espaço criativo e colaborativo que reúne arte, moda, gastronomia e história. O primeiro e segundo andares abrigam seis diferentes salas, inclusive um cinema, que exploram a história da grife, sua identidade, a evolução da logomarca e do conceito de suas coleções. Também é possível encontrar uma loja conceito que vende itens exclusivos, de roupas e acessórios a artigos de decoração e revistas. Outra novidade é a Gucci Osteria, restaurante idealizado por Massimo Bottura, chef com 3 estrelas Michelin no currículo.
A evolução visual
A identidade visual da marca italiana passou por algumas alterações ao longo dos anos. Após adotar, em meados da década de 1950, o tradicional símbolo GG, que continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas; há poucos anos atrás a marca apresentou uma nova identidade visual, que além da cor preta ganhou também a versão dourada e com tipografia de letra mais afinada. Apesar disso, o símbolo GG continua sendo utilizado em muitos de seus produtos.
Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1921
● Fundador: Guccio Gucci
● Sede mundial: Florença, Itália
● Proprietário da marca: Guccio Gucci S.p.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Kering S.A.)
● CEO & Presidente: Marco Bizzarri
● Diretor criativo: Alessandro Michele
● Faturamento: €8.3 bilhões (2018)
● Lucro: €3.2 bilhões (2018)
● Valor da marca: US$ 15.949 bilhões (2019)
● Lojas: 577
● Presença global: 120 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 9.500
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Roupas, bolsas, calçados, perfumes e acessórios de luxo
● Concorrentes diretos: Prada, Chanel, Louis Vuitton, Christian Dior, Versace, Burberry, Fendi, Valentino e Hermès
● Ícones: A bolsa com alça de bambu e o mocassim com fivela
● Website: www.gucci.com
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca GUCCI está avaliada em US$ 15.949 bilhões, ocupando a posição de número 33 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019.
A marca no mundo
A luxuosa marca italiana tem mais de 575 lojas próprias ao redor do mundo, presença em mais de 120 países e faturamento de €8.3 bilhões (dados de 2018). Além do Chile, o Brasil é o outro país na América do Sul que possui lojas da GUCCI. São ao todo dez lojas: em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. A loja do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é dedicada exclusivamente ao público masculino. Atualmente a marca, controlada pelo grupo Kering (proprietário também das grifes Saint Laurent, Bottega Veneta, Boucheron, Stella McCartney, Balenciaga e Alexander McQueen), produz e vende bolsas, malas de mão e outros acessórios de couro (que representam 59% do total de vendas), sapatos (13%), roupas, gravatas, perfumes e relógios, além de uma linha para decoração. Em relação à participação de mercado para a marca, o maior é a região Ásia-Pacífico (36%), seguido pela Europa (29%), América do Norte (21%) e do Japão (8%).
Você sabia?
● A marca italiana tem mais de 90 perfumes em sua base de fragrâncias. A edição mais antiga foi criada em 1974 e a mais recente em 2019.
● O sultão de Brunei foi responsável pelo maior pedido que a GUCCI já recebeu: 27 jogos de malas em couro de crocodilo no valor de US$ 2.4 milhões.
● Em 7 de fevereiro de 2019, a marca retirou de todas as suas lojas um suéter que recebeu muitas críticas e acusações de racismo. A peça era preta com gola alta que subia até a altura do nariz, e ao redor da boca havia um recorte simulando lábios vermelhos. Muitos associaram a peça à prática do “blackface” e a um personagem de um livro infantil tido como o mais racista da história, chamado “As aventuras do pequeno Sambo Negro”.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (O Globo), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Fonte: Mundo das Marcas, "Gucci". Publicado em 10 de setembro de 2019. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
---
Gucci — Wikipédia
A Gucci é uma casa de moda de luxo italiana com sede em Florença, Itália. Suas linhas de produtos incluem bolsas, prêt-à-porter, calçados e acessórios, maquiagem, fragrâncias e decoração.
Gucci foi fundada em 1921 por Guccio Gucci em Florença, Toscana. Sob a direção de Aldo Gucci (filho de Guccio), a Gucci tornou-se uma marca mundialmente conhecida, um ícone da italiana Dolce Vita.
Após brigas familiares durante a década de 1980, a família Gucci foi totalmente expulsa do capital da empresa em 1993. Após essa crise, a marca foi revivida com um provocativo adereço 'Porno Chic'.
Em 1999, a Gucci foi adquirida pelo conglomerado francês Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering. Durante a década de 2010, a Gucci se tornou uma marca icônica ' geek-chic '.
Em 2019, a Gucci operou 487 lojas para 17.157 funcionários e gerou € 9,628 bilhões em vendas (€ 8,2 bilhões em 2018). Marco Bizzarri é CEO da Gucci desde dezembro de 2014, e Alessandro Michele diretor criativo desde janeiro de 2015. A Gucci é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering.
História
1921: Nascimento em Florença
A família Gucci afirma que suas origens estão enraizadas na cidade mercantil de Florença desde cerca de 1410. Guccio Giovanbattista Giacinto Dario Maria Gucci (1881-1953) deixou Florença para Paris e se estabeleceu em Londres em 1897 para trabalhar no sofisticado Savoy Hotel.
Enquanto trabalhava lá como mensageiro, ele carregava/descarregava a bagagem dos clientes abastados do hotel, aprendendo sobre seus gostos em moda, qualidade, tecidos e condições de viagem. Mais tarde, ele trabalhou quatro anos para a Compagnie des Wagons-Lits, a empresa ferroviária europeia especializada em viagens de lazer de luxo, aprimorando ainda mais sua experiência com estilos de vida luxuosos. Após a Primeira Guerra Mundial, trabalhou para a fabricante de malas finas Franzi.
Em 1921, Guccio Gucci comprou sua própria loja em 7, Via della Vigna Nuova em Florença, Azienda Individuale Guccio Gucci, onde vendia bagagem de couro importada. Ele também abriu uma pequena oficina para ter seus próprios artigos de couro feitos por artesãos locais. Eventualmente, uma oficina maior teve que ser adquirida para abrigar os 60 artesãos da Gucci. Em 1935, a invasão da Etiópia por Mussolini levou a Liga das Nações a impor um embargo comercial à Itália. O couro tornou-se escasso, levando Guccio Gucci a introduzir outros tecidos na composição dos produtos, como ráfia, vime, madeira, linho e juta. O motivo rombi, uma assinatura Gucci, foi criado. A Gucci's desenvolveu uma nova técnica de bronzeamento para produzir "cuoio grasso", que se tornou uma marca registrada da Gucci. Em 1937, a Gucci lançou suas bolsas.
A esposa e os filhos de Guccio trabalhavam na loja. Aldo filho de Guccio, se envolveu cada vez mais na empresa familiar desde que começou a trabalhar lá em 1925. Ele convenceu seu pai a crescer abrindo uma nova loja em Roma (21 Via Condotti) em 1938, e lançou mais acessórios Gucci (luvas, cintos, carteiras, chaveiros). Durante a Segunda Guerra Mundial, os artesãos da Gucci trabalharam na fabricação de botas para a infantaria italiana.
A empresa fez bolsas de lona de algodão em vez de couro durante a Segunda Guerra Mundial como resultado da escassez de material. A tela, no entanto, foi distinguida por um símbolo duplo G combinado com faixas vermelhas e verdes proeminentes. Após a guerra, o brasão da Gucci, que mostrava um escudo e um cavaleiro de armadura cercado por uma fita com o nome da família, tornou-se sinônimo da cidade de Florença.
Dolce Vita do pós-guerra
Após a guerra, Guccio Gucci distribuiu as ações da empresa para seus três filhos (Aldo, Vasco e Rodolfo ). Em 1947, a Gucci lançou a bolsa Bamboo. A marca lançou seu primeiro slogan global, Qualidade é lembrada muito tempo depois que o preço é esquecido. Os icônicos mocassins (Gucci loafer) foram lançados em 1952. Guccio Gucci morreu em 2 de janeiro de 1953 em Milão. Em novembro de 1953, a Gucci abriu sua primeira loja nos Estados Unidos na 5th Avenue e 58th Street em Nova York. Uma segunda loja de NY abriu no Saint Regis Hotel em 1960, e uma terceira na 5th Avenue e 54th Street em 1973, levando os moradores locais a chamar essa área de NY de "Gucci City".
Em 1961, a Gucci abriu uma loja em Londres e Palm Beach e lançou a Jackie Bag. Em março de 1963, a Gucci abriu sua primeira loja francesa perto da Place Vendôme em Paris. O logotipo duplo G para fivelas de cinto e outras decorações de acessórios foi introduzido em 1964. O lenço Flora foi projetado em 1966 por Rodolfo Gucci e Vittorio Accornero para Grace Kelly Princess of Monaco, que se tornou uma consumidora notável de produtos Gucci.
Em outubro de 1968, a Gucci abriu uma loja na 347 Rodeo Drive, levando muitas estrelas de Hollywood a endossar a marca. Com a abertura da Rodeo Drive veio o lançamento dos primeiros vestidos da Gucci. O avanço da Gucci nos Estados Unidos levou ao seu desenvolvimento global na Ásia (abertura de Tóquio em 1972, Hong Kong em 1974) e no Oriente Médio. Em Bruxelas, o filho de Aldo, Roberto, pilotou a primeira loja franqueada da Gucci. Em 1969, a Gucci administrava 10 lojas nos EUA. 84.000 mocassins Gucci foram vendidos somente nos EUA naquele ano. O presidente dos EUA, John F. Kennedy, chamou Aldo Gucci de "primeiro embaixador italiano nos Estados Unidos".
A Gucci lançou um conjunto de malas Rolls-Royce em 1970 e fez parceria com a American Motors Corporation (AMC) para criar a versão Gucci do AMC Hornet que foi comercializada durante os anos modelo 1971, 1972 e 1973. O vagão Gucci Sportabout tornou-se um dos primeiros carros americanos a oferecer um pacote de acabamento de luxo especial criado por um famoso estilista.
Gucci lançou Gucci Perfumes (Il Mio Profumo) e seu primeiro relógio (Modelo 2000) em 1972, sua primeira loja franqueada nos EUA em 1973, e abriu a Gucci Galleria em sua loja de Beverly Hills em 1977, uma galeria de arte privada ao lado do store e reservado para clientes premium que receberam chave de ouro para acessá-lo. De 1978 a 1984, um construtor de carrocerias com sede em Miami comercializou uma edição Gucci do sedã Cadillac Seville (o modelo de 1978 é exibido no Museu Gucci).
Em 1985, o mocassim Gucci passou a fazer parte da coleção permanente do New York Moma.
1980: Rixa da família Gucci
Em 1969, Giorgio, filho de Aldo, provocou a primeira rixa familiar ao lançar a Gucci Boutique por conta própria, que foi finalmente reabsorvida pelo grupo familiar em 1972.
Durante os anos 1980, a saga Gucci corroeu o alta direção da empresa e alimentou as manchetes da imprensa. Paolo Gucci, filho de Aldo, tentou lançar a marca Gucci Plus por conta própria. Aldo foi criticado por desenvolver a maior parte dos negócios internacionais sob a Gucci America, que ele possuía. Em 1982, para aliviar as tensões na família, o grupo Gucci foi consolidado e tornou-se uma empresa de capital aberto, Guccio Gucci SpA.
Em maio de 1983, Rodolfo faleceu. Seu filho Maurizio Gucci herdou a participação majoritária de seu pai na empresa e lançou uma guerra legal contra seu tio Aldo pelo controle total da Gucci (uma acusação liderada pelo promotor municipal Rudolph Giuliani, e com Domenico de Sole representando a família Gucci). Maurizio Gucci assumiu a direção da empresa.
Em 1986, Aldo Gucci, 81 anos, com apenas 16,7% da Gucci em sua posse, foi condenado a um ano de prisão por evasão fiscal (em uma prisão onde Albert Nipon também era detento). A obra de arte da Gucci Galleria foi liquidada. Em 1988, Maurizio Gucci vendeu quase 47,8% da Gucci para o Bahreinfundo de investimento baseado na Investcorp (proprietária da Tiffany desde 1984), e reteve os outros 50%.
Apesar das disputas familiares, entre 1981 e 1987, as vendas de produtos Gucci com marca registrada atingiram US$ 400 milhões, e US$ 227 milhões somente em 1990. A década de 1980 foi caracterizada por uma produção em massa de produtos Gucci, que gerou receita, mas afetou negativamente a posição da Gucci como uma marca de luxo exclusiva. Maurizio Gucci contratou Dawn Mello para colocar a Gucci de volta nos trilhos.
De 1991 a 1993, as finanças da Gucci ainda estavam no vermelho, Maurizio Gucci foi culpado por gastar quantias extravagantes na sede da empresa em Florença (Via delle Caldaie palazzo) e em Milão. A Investcorp comprou os 50% restantes da Guccio Gucci SpA de Maurizio Gucci em 1993, encerrando o envolvimento da família no grupo. Em março de 1995, Maurizio Gucci foi morto a tiros no saguão do escritório da Gucci em Milão. Sua ex-esposa Patrizia Reggiani cumpriu 16 anos de prisão por contratar o assassino para matá-lo.
Renascimento Pornô Chique
Dawn Mello foi contratado em novembro de 1989 como vice-presidente executivo e designer-chefe da Gucci. Ela reduziu o número de lojas de mais de 1.000 para 180 em um movimento para reconstruir a exclusividade da marca. Ela também reduziu o número de itens vendidos pela Gucci de 22.000 para 7.000. Ela reviveu a bolsa Bamboo e o mocassim Gucci. Ela mudou a sede da Gucci de Milão para Florença, onde a história da Gucci está profundamente enraizada.
Dawn Mello contratou Tom Ford para supervisionar a coleção feminina de prêt-à-porter. Em 1994, Tom Ford foi nomeado diretor criativo da Gucci. Ford e Mellow revisitaram os arquivos da marca nos anos 1970.
A coleção de 1995 da Ford, que incluía os sensuais vestidos brancos com recortes provocantes, tornou-se um sucesso instantâneo. Reavivada através do hedonismo hot-bod das criações de Tom Ford, a Gucci também lançou produtos provocativos em edição limitada, como algemas de prata, um fio-dental e campanhas publicitárias provocantes, como o logotipo G raspado no púbis cabelo.
Domenico De Sole, consultor jurídico da família Gucci desde a década de 1980 e CEO da Gucci desde 1994, fez campanha para que os fabricantes de couro da Gucci na Itália continuassem trabalhando juntos e desenvolveu um programa de parceiros para fortalecer seus laços. Ele revisou o preço de cada produto e aumentou gradualmente o orçamento de publicidade da Gucci de US $ 6 milhões em 1993 para US$ 70 milhões em 1997. $ 22. Então, de 1995 a 1997, a Investcorp vendeu sua participação na Gucci por cerca de US$ 1,9 bilhão.
Luta LVMH-PPR pela Gucci
Em janeiro de 1999, o conglomerado de luxo francês LVMH, que vinha comprando ações da Gucci discretamente desde 1995, alcançou 34% de participação no Gucci Group NV. Buscando uma saída do controle da LVMH, Tom Ford e Domenico De Sole recorreram ao financista francês François Pinault e seu grupo Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering, para uma saída de emergência.
Em março, o grupo de Pinault comprou 40% da Gucci a US$ 75 por ação, e as ações da LVMH caíram para 20,7% em um processo de diluição. Por meio do acordo, a PPR também comprou a Yves Saint Laurent da Sanofi e a vendeu pelo mesmo preço ao Grupo Gucci. Este golpe de estado no mundo da moda lançou uma guerra fria entre a LVMH e a nova coalizão Gucci-PPR. Uma tensão ocorreu em dezembro de 2000 quando a Gucci comprou 51% da casa de alta costura de Alexander McQueen, já que McQueen também era o designer criativo da Givenchy da LVMH na época.
A disputa em torno da Gucci terminou em setembro de 2001, quando todas as partes chegaram a um acordo. No final de 2003, Tom Ford e Domenico De Sole oficializaram que não renovariam seu contrato com a Gucci-PPR que terminou em abril de 2004.
Após a saída da Ford, o Gucci Group contratou três designers para continuar o sucesso da marca principal da empresa: John Ray, Alessandra Facchinetti e Frida Giannini, todos eles trabalhando sob a direção criativa da Ford. Facchinetti foi elevado a Diretor Criativo de moda feminina em 2004 e projetado por duas temporadas antes de deixar a empresa. Ray atuou como Diretor Criativo de Moda Masculina por três anos. Frida Giannini – designer de bolsas Gucci desde 2002, chefe de acessórios desde 2004 e diretora criativa de prêt-à-porter e acessórios femininos desde 2005 – foi nomeada diretora criativa da Gucci em 2006. Patrizio di Marco, ex-CEO da Gucci Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci em 2008.
Ambos aclamados e criticados por revisitar perpetuamente os arquivos de Tom Ford, Frida Giannini eventualmente abrandou os adereços explosivos 'Porno Chic' da Ford ao longo dos anos "de sexy para sensual", e começou a experimentar com estilos 'boêmios andróginos' com reminiscências do século XIX. Ela também desenvolveu "neo-clássicos" como as bolsas New Bamboo e New Jackie. Patrizio di Marco se concentrou na crise pós-2008 com menos estilos e mais produtos de médio porte.
Em 2010, a Gucci lançou uma parceria com a casa de leilões Christie's para desenvolver um repositório mais amplo da marca' s e fornecer um serviço de certificação de autenticidade. Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) em Florença para comemorar seu 90º aniversário. Entre 2010 e 2015, 220 novas lojas Gucci abriram, elevando a contagem total de lojas para 500.
Pós-gênero Geek Chique
Em dezembro de 2014, Marco Bizzarri, ex-CEO da Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci. Ele foi encarregado de reverter o declínio das vendas da Gucci, dando um novo impulso à marca.
Em janeiro de 2015, Bizzarri nomeou Alessandro Michele como diretor criativo da Gucci. Alessandro Michele trabalhava para a Gucci desde 2002 e atuou como vice e designer de acessórios de Frida Giannini.
Durante o desfile de outono de fevereiro de 2015, Alessandro Michele apresentou "uma Gucci diferente", com uma "sensação sofisticada, intelectual e andrógina".
Alessandro Michele lançou o Renascimento da Gucci. Ele reviveu clássicos da Gucci como o logotipo duplo G, a bolsa Jackie O. e criou produtos icônicos como a bolsa Dionysus. Com uma roupa masculina feminizada, uma forte postura feminista e um estilo ' geek-chic ', Alessandro Michele introduziu adereços pós-gênero para a Gucci.
Em setembro de 2016, a Gucci inaugurou o Gucci Hub, sua nova sede em Milão, construída na antiga fábrica aeronáutica Caproni. Em julho de 2017, a Gucci anunciou o lançamento da Gucci Décor, a primeira vez que a marca se testou no segmento de decoração para casa. Em abril de 2018, a Gucci inaugurou o ArtLab, um centro de inovação de 37.000 metros quadrados fora de Florença, na Itália, onde novos artigos de couro, calçados, novos materiais, ferragens metálicas e embalagens são desenvolvidos e testados. Em novembro de 2018, a Gucci abriu a Gucci Wooster Bookstore em Nova York, uma loja de 2.000 livros com curadoria do fundador da Dashwood Books David Strettell. Em abril de 2019, a empresa lançou a Gucci 9, uma rede de 500 funcionários de 6 call centers em todo o mundo para atendimento ao cliente de alto nível. A Gucci também reviveu sua coleção de maquiagem e lançou sua primeira coleção de jóias finas.
Em 2019, as vendas da Gucci atingiram 9,6 bilhões de euros.
Em dezembro de 2020, após um acordo entre Kering e Alibaba, a Gucci lançou duas lojas (moda e beleza) no Tmall.
Em maio de 2021, a Gucci lançou uma coleção de óculos, Hollywood Forever.
Coleção Disney
Desde 2019, originalmente em comemoração aos 90 anos do Mickey Mouse, a Gucci realiza uma coleção de roupas da Disney, inclusive para o Ano Novo Lunar.
Estrutura corporativa
A holding da Gucci, Guccio Gucci SpA, está sediada em Florença, Itália, e é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering. Em 2018, a Gucci operava 540 lojas para 14.628 funcionários. A empresa gerou € 9,628 bilhões em receita (€ 8,2 bilhões em 2018) e € 3,947 bilhões em lucros (€ 3,2 bilhões em 2018).
Governança
Na história da Gucci, até o final da era da família Gucci, o design, a promoção e a produção dos produtos Gucci eram feitos pelos membros da família Gucci.
CEO
Desde 2014: Marco Bizzarri
2008–2014: Patrizio di Marco
2004–2008: Mark Lee
1994–2004: Domenico De Sole
Designers criativos
Desde 2015: Alessandro Michele
2006–2015: Frida Giannini
1995–2004: Tom Ford
1989–1995: Dawn Mello
Iniciativas
Cultura
Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) dentro do Palazzo della Mercanzia do século XIV, em Florença, para comemorar seu 90º aniversário. Em 2016, Alessandro Michele fez a curadoria de duas salas adicionais dedicadas às coleções de Tom Ford. Em janeiro de 2018, após uma reforma, o Museu Gucci reabriu com um novo nome, o Gucci Garden, e um novo restaurante dentro de suas paredes, o Gucci Osteria, administrado por Massimo Bottura. A Gucci Osteria foi premiada com uma estrela Michelin em novembro de 2019. Em fevereiro de 2020, uma segunda Gucci Osteria abriu no telhado da loja Gucci Rodeo Drive em Los Angeles.
Em abril de 2017, a Gucci financiou a restauração dos Jardins de Boboli na Galeria Uffizi em Florença. Em junho de 2019, a Gucci financiou a restauração dos históricos Rupe Tarpea e Belvedere Gardens em Roma.
Social
Em 2008, a Gucci lançou o Gucci Tribeca Documentary Fund, um fundo de US$ 80.000 para financiar filmes que promovem mudanças sociais e apresentados no Tribeca Film Festival. Em 2011, o fundo cresceu para US$ 150.000, incluindo US$ 50.000 para um recém-criado Prêmio de Documentário para Mulheres. Em 2011, com o Festival de Cinema de Veneza, a Gucci também lançou o 'Prêmio Gucci para Mulheres no Cinema' para destacar o impacto das mulheres no cinema.
De 2005 a 2015, a Gucci doou US$ 20 milhões para o programa Escolas para a África do UNICEF. Uma vez que o Chime for Change foi criado, tornou-se o veículo de financiamento da parceria Gucci-UNICEF. Chime for Change foi fundada em fevereiro de 2013 por Frida Giannini, Salma Hayek e Beyoncé como uma campanha global para a melhoria da educação, saúde e justiça para mulheres em todo o mundo.
Em junho de 2013, Chime for Change organizou o concerto Sound of Change Live que gerou US$ 4 milhões para financiar 200 projetos em 70 países. Em dezembro de 2013, a Gucci fechou uma parceria com o Twitter e o Women Who Codepara criar o hackathon Chime Hack focado em mulheres.
A Gucci vende uma camiseta amarela com os dizeres "My Body My Choice" e redistribui seus lucros para a Chime for Change. Em julho de 2013, a ativista Lydia Emily foi contratada para pintar um mural em Skid Row, Los Angeles, de uma mulher chamada Jessica, que é uma sobrevivente do tráfico humano. Em janeiro de 2019, Chime for Change lançou a campanha de murais "To Gather Together" promovendo a igualdade de gênero e desenhada pelo artista MP5. Em 2020, a Gucci lançou uma campanha publicitária "Beleza não convencional", incluindo uma modelo com síndrome de Down.
Durante a pandemia do COVID-19, a Gucci prometeu € 2 milhões para duas campanhas de crowdfunding, a primeira para apoiar o Departamento de Proteção Civil Italiano e a segunda para o Fundo de Resposta de Solidariedade COVID-19.
Meio Ambiente
Em 2015, a Gucci lançou sua própria iniciativa ambiental de lucros e perdas. Em outubro de 2017, a Gucci anunciou que baniria peles de suas lojas em 2018. Em junho de 2018, a marca lançou 'Equilibrium', sua plataforma para comunicar seus esforços e progresso social e ambiental.
Em setembro de 2019, Marco Bizzarri anunciou a intenção da Gucci de se tornar totalmente neutra em carbono. Em 2020, a Gucci se juntou ao Lion's Share Fund, liderado pelo PNUD, para apoiar a conservação da vida selvagem.
Na cultura popular
O nome "Gucci" se transformou em um adjetivo homônimo, "Eu sinto Gucci!" e "Isso é tão Gucci!", para descrever algo que parece o luxo de voar alto da Gucci.
A primeira instância conhecida da palavra sendo usada nesse sentido é encontrada na edição de setembro de 1999 da Harper's Bazaar, na qual o cantor Lenny Kravitz descreve seu quarto como "muito Gucci".
Filmes
Em novembro de 2019, o cineasta Ridley Scott anunciou House of Gucci, um filme sobre a dinastia Gucci com Lady Gaga interpretando Patrizia Reggiani e Adam Driver interpretando Maurizio Gucci. House of Gucci teve sua estreia mundial no Odeon Luxe Leicester Square em Londres em 9 de novembro de 2021. Scott anunciou inicialmente este plano em 2007. Em 2000, Martin Scorsese também anunciou planos para fazer um filme sobre a família Gucci.
Recordes Mundiais do Guinness
1974: O relógio Gucci Modelo 2000 quebrou o recorde de venda de mais de um milhão de unidades em dois anos.
1998: O Gucci "Genius Jeans" quebrou o recorde do par de jeans mais caro de todos os tempos. Esses jeans estavam desgastados, rasgados e cobertos com contas africanas e estavam à venda por US$ 3.134 em Milão.
Falsificação
Durante a década de 1970, a popularidade explosiva da Gucci transformou a marca em um dos principais alvos da indústria de falsificação. As oficinas da Gucci elaboraram a técnica de curtimento de pele de porco tigrado que se tornou uma assinatura da Gucci e um processo de curtimento difícil de falsificar. Só em 1977, a Gucci abriu 34 processos por falsificação. Em meados da década de 1980, a marca estava envolvida em "milhares de confiscos e ações judiciais em todo o mundo".
Em 2013, o Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido emitiu uma decisão de que a Gucci havia perdido os direitos de sua marca GG no Reino Unido "para uma versão do logotipo GG em quatro categorias, que englobava roupas como pulseiras, bolsas de ombro, cachecóis e casacos". No entanto, "de acordo com a Gucci, a decisão não afeta o uso de seu logotipo GG na região" porque "a Gucci é proprietária de vários outros registros válidos para esta marca, incluindo uma Marca Comunitária (que abrange a União Européia) por seu icônico logotipo GG e esses direitos são diretamente aplicáveis no Reino Unido".
Em novembro de 2008, o site TheBagAddiction.com foi fechado após ser processado pela Gucci por vender produtos falsificados. Em 2013, a Gucci reprimiu 155 nomes de domínio usados por falsificadores para vender produtos Gucci falsos. Em 2015, a empresa-mãe da Gucci, Kering, processou o site chinês Alibaba por listar muitos "produtos Gucci obviamente falsos" em seu site. Em abril de 2016, as ações legais antifalsificação da Gucci saíram pela culatra quando os produtos visados eram o papel machê moldado exatamente como os produtos Gucci e queimados pelo povo chinês durante a tradição ancestral Qingming Jie. Em abril de 2017, a Gucci ganhou um processo contra 89 sites chineses que vendiam produtos Gucci falsos. Em outubro de 2018, Marco Bizzarri alertou os gigantes chineses de comércio eletrônico Alibaba e JD.com que a Gucci não poderia abrir lojas em seus sites, desde que não removessem os muitos produtos Gucci falsos de suas listagens. Em dezembro de 2019, a Gucci processou três dúzias de sites que vendiam produtos Gucci falsos.
Controvérsias
Em abril de 2016, a Autoridade de Padrões de Publicidade do Reino Unido proibiu um anúncio de vídeo online da Gucci porque era estrelado por uma modelo "insalumente magra".
Em fevereiro de 2019, a Gucci removeu um suéter de balaclava preto com gola de enrolar e uma boca recortada de lábios vermelhos de suas prateleiras depois de ter sido comparado a uma fantasia de blackface. Alessandro Michele respondeu que sua inspiração veio da extravagante Leigh Bowery, mas pediu desculpas pela forma como foi interpretada. Para resolver esse problema, a Gucci lançou o programa 'Gucci North America Changemakers Scholarship' dedicado a promover a diversidade na indústria da moda com um fundo anual de US$ 5 milhões para apoiar programas comunitários e sem fins lucrativos envolvidos com "a comunidade americana e comunidades de cor em geral".
Em maio de 2019, a comunidade sikh na Índia criticou a apropriação cultural de um item religioso pela Gucci quando a marca italiana comercializou turbantes a US$ 800 cada.
Em julho de 2019, a Gucci nomeou um Diretor Global de Diversidade para abordar os últimos problemas da marca com diversidade cultural.
Em outubro de 2019, a Gucci lançou um programa de bolsas de US$ 1,5 milhão para estudantes americanos tradicionalmente sub-representados na indústria da moda.
Em maio de 2019, a Kering concordou em pagar um acordo fiscal de US$ 1,25 bilhão com as autoridades fiscais italianas após as irregularidades fiscais da Gucci durante o período fiscal de 2011-2017.
Durante um desfile de setembro de 2019 que se assemelhava a um défilé de pacientes mentais, a modelo de passarela Ayesha Tan Jones ergueu as mãos onde estava escrito "saúde mental não é moda", uma reação ao uso comercial inadequado da marca das imagens de doença mental.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Crédito fotográfico: Instagram Gucci: @gucci. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Gucci ou Casa Gucci (Florença, Itália, 1921) é uma grife italiana do segmento de vestuário e acessórios, fundada por Guccio Gucci. Ficou conhecida mundialmente por suas malas de viagens, com alto padrão de qualidade feito por artesãos nascidos na região da Toscana. As Bolsas Gucci são objeto de desejo de mulheres no Brasil e no mundo inteiro, e a marca ainda conta com destaque para seus sapatos, cintos e óculos. O mocassim de fivela com tira verde e vermelha e a bolsa com alça de bambu são definitivamente os maiores ícones dessa marca. A história começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família, mas foi com a chegada do estilista Tom Ford nos anos 90 que a marca ganhou um novo estilo: jovem e chic, se popularizando por todo o mundo. Agora com Alessandro Michele a marca vive um grande momento sendo top 3 das mais compradas no mundo. Vende roupas, sapatos, bolsas, lenços, perfumes, entre outros acessórios pessoais. Na lista da Forbes de "Marcas Mais Valiosas" de 2019, a Gucci aparecia na 31ª posição, valendo 22,6 bilhões de dólares, com uma receita de 10,8 bilhões ao ano.
Gucci - Mundo das Marcas
Vestidos deslumbrantes. Alguns com decotes provocativos. Perfumes com aromas exóticos e inconfundíveis. Sapatos clássicos com ares modernos. Bolsas que são carregadas por lindas e famosas mulheres nos quatro cantos do mundo. Tudo renomado pela criatividade, inovação e a tradição artesanal italiana. Celebridades, escândalos, enormes fortunas e muito glamour sempre foram associados ao nome GUCCI, marca que mais sintetiza a pura elegância italiana no mercado de luxo.
A história
Guccio Gucci nasceu no dia 26 de março de 1881 em Florença, no norte da Itália. Filho de um artesão de origem humilde, ele adquiriu bom gosto e elegância encantando-se com o luxo das malas com brasões das famílias nobres enquanto trabalhava como ascensorista, maleiro e posteriormente maître no famoso e requintado hotel Savoy de Londres na virada do século 19.
Em 1921, depois de seu retorno para cidade de Florença, abriu uma pequena loja com suas economias - 30 mil liras na época - cujo intuito era vender acessórios de viagem (malas e valises de luxo), feitos em couro de alta qualidade proveniente da região da Toscana, pelos melhores artesãos, incluindo membros da sua própria família.
Sua modesta loja era apenas um reflexo de seu estilo: ele andava sempre bem vestido e impecável pelas ruas de Florença. E não demorou muito para a alta burguesia e a nobreza florentina reconhecerem a excelência e originalidade dos produtos e, em pouco tempo, a marca superou os limites da cidade, impondo-se como uma das mais conhecidas e preferidas entre a elite italiana. Com o aumento das vendas, ele conseguiu abrir atrás de sua pequena loja, uma modesta oficina para produzir suas próprias mercadorias.
Necessitando expandir seu negócio, a empresa inaugurou uma fábrica maior em Lungarno Guicciardini em 1937. Foi a partir deste ano que estribos e franjas estilizados se tornaram a assinatura equestre da marca italiana.
Em poucos anos os produtos da marca, que incluíam malas, baús de viagem, luvas, sapatos e cintos, com um design de inspiração equestre, atraíram uma clientela ainda mais sofisticada e internacional.
Com o grande sucesso de seu negócio e clientes famosos, a marca abriu sua primeira grande loja na cidade de Roma em 1938 no sofisticado endereço da Via Condotti. No ano seguinte seus filhos, Aldo, Vasco e Ugo, ingressaram no negócio.
Em 1947 a GUCCI lançou no mercado o que viria a se tornar um ícone da marca: a bolsa com alça de bambu japonês, que literalmente seduziu com seu charme e elegância centenas de celebridades pelo mundo afora. A novidade foi uma forma original encontrada por Guccio para lidar com a escassez de materiais causada pela Segunda Guerra Mundial.
Pouco tempo depois, em 1951, o estilista inaugurou uma loja na cidade de Milão em plena Via Montenapoleone. Nesta época surgiu a assinatura vermelha e verde, que se tornaria marca registrada da grife.
No dia 2 de janeiro de 1953 morreu Guccio Gucci aos 72 anos, 15 dias antes da inauguração da primeira loja da marca no exterior, localizada no Savoy Plaza Hotel em Nova York, onde as celebradas estrelas de Hollywood contribuíram e muito para que a marca italiana brilhasse nas principais capitais do luxo.
Comandada agora pelos filhos do fundador, Aldo e Rodolfo, a GUCCI iniciou um audacioso plano de expansão pelo território americano com a inauguração de lojas em cidades como Filadélfia, San Francisco, Beverly Hills e Palm Beach.
Ainda em 1953 a marca lançou outro ícone, o horsebit loafer, calçado estilo mocassim com fivela de metal, além de uma faixa frontal de tecido nas cores verde e vermelha, um dos principais símbolos de identificação da marca no mundo, que se tornou presença garantida no guarda-roupa de homens chiques e modernos.
Nesta época, celebridades como Sofia Loren, Ingrid Bergman, John Kennedy e sua então esposa Jacqueline Kennedy eram alguns dos fiéis clientes da marca. Essas celebridades eram constantemente fotografadas portando artigos clássicos da marca, como a bolsa de couro com alça de bambu ou o mocassim com fivela de metal. Isso contribuiu para transformar a GUCCI na marca queridinha nos bastidores de Hollywood.
Somente em 1955 surgiu o icônico GG (duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas), que rapidamente se tornou outra marca registrada da GUCCI. O novo logotipo começou aparecer em todas as bolsas, malas e acessórios em couro da marca, dando um ar mais aristocrático aos produtos.
Na década seguinte, após introduzir os tecidos estampados com as duas letras G entrelaçadas e a estampa floral criada especialmente para Grace Kelly, a empresa já vendia seus produtos em lojas próprias nas cidades de Londres (inaugurada em 1967, sendo a primeira na Europa fora da Itália), Paris, Tóquio (1971), Chicago e Hong Kong. Além disso, Grace Kelly, Peter Sellers e Audrey Hepburn contribuíram para que a marca se tornasse sinônimo de bom gosto e sofisticação na badalada Hollywood, ganhando inúmeros adeptos entre as estrelas do cinema mundial.
Em 1974, existiam 14 lojas e 46 franquias da GUCCI em todo o mundo, muito graças à expansão que Aldo realizou, especialmente para o mercado japonês. Ele também diversificou a linha de produtos com o lançamento de perfumes, promovendo assim um novo negócio dentro da empresa para que seus filhos, membros da terceira geração, pudessem trabalhar. Já a década de 1980 foi marcada pela criação da coleção prêt-à-porter, lançada com grande pompa em importantes desfiles de moda.
Em 1989, quando a imagem da marca começava a se deteriorar no mercado de luxo, Domenico Del Sole, funcionário de um dos escritórios americanos de advocacia que prestavam serviços à GUCCI, foi indicado para moderar e buscar soluções para as divergências internas da empresa, especialmente entre membros da família. No mesmo período, com a saída de Aldo do comando, a empresa de investimento árabe Investcorp adquiriu 50% do capital da GUCCI.
Maurizio, o último membro da família trabalhando na empresa, acabou vendendo sua participação acionária em 1993 por não se entender com o grupo de investidores. Com Maurizio fora de cena, a GUCCI passou a ser liderada por Domenico Del Sole, que transferiu a sede da empresa de Milão para Casellina e nomeou o estilista Tom Ford - que já trabalhava na grife desde 1990 - como diretor de criação.
Começava aí a nova fase da GUCCI. Além do relançamento das bolsas com alças de bambu e dos mocassins com bridão, da bolsa Horsebilt Clutch, que se tornou um sucesso entre as estrelas de Hollywood, ele passou a assinar todas as coleções, escolher os fotógrafos, decidir o tema das campanhas publicitárias e até opinar na arquitetura e decoração das lojas. Os rostos nas campanhas também mudaram. Audrey Hepburn e Grace Kelly deram lugar à Madonna e Tina Turner. As coleções cheias de sensualidade eram bem acolhidas pela imprensa especializada e um investimento milionário em campanhas para lá de provocativas foi realizado.
Em 2000 a empresa pertencia a um grupo de acionistas, entre eles Bernard Arnault (dono do grupo de luxo LVMH) e François Pinault (então dono do grupo PPR). Embora Arnault quisesse aumentar suas ações para ter mais controle sobre a empresa, Del Sole e Tom Ford conseguiram privilegiar Pinault, que através de negociações meio que impostas, foi aumentando seu capital até tornar-se o único proprietário da GUCCI em 2004.
No mesmo ano, Del Sole e Ford saíram da empresa e a estilista de ascendência romena Frida Giannini passou a responder pela direção de criação da marca. Com dinheiro em caixa e criatividade de sobra, a GUCCI voltou aos editoriais e às capas de renomadas revistas de moda. Foi a mais retumbante volta por cima da moda internacional, criando uma tendência no mercado do luxo.
No dia 8 de fevereiro de 2008 foi inaugurada a maior loja da grife italiana no mundo. Com uma espaçosa área de 14.020 m², a loja possuía três andares totalmente climatizados e iluminados naturalmente. Expressando todo o requinte da marca italiana, o interior da loja apresentava detalhes decorativos como suportes de vidro e ouro polido. Além disso, o exterior do prédio revestido de vidro brilhante compunha uma visão admirável para aqueles que o viam.
A sofisticação da GUCCI foi rigorosamente traduzida nesta nova loja, que, entre outros detalhes de luxo, tinha o piso coberto de mármore branco, com algumas listras de mármore preto, se estendendo pelas paredes e pelo teto. O revestimento das maçanetas das portas se alternava em ouro e vidro com listras. Minuciosos detalhes que proporcionavam uma experiência única aos clientes e admiradores que a visitavam.
Projetada por Frida Giannini, diretora criativa da marca e pelo célebre arquiteto James Carpenter, a nova flagship tinha andares extremamente luxuosos e estava localizada em plena 5ª Avenida em Nova York. Para causar expectativa e interação com o público, a marca lançou o site GucciLovesNY na semana da moda na cidade. Os visitantes do site concorriam a uma bolsa exclusiva da marca. Para participar era só enviar uma foto usando algum acessório GUCCI no lugar preferido de Nova York.
A GUCCI inaugurou sua primeira loja no Brasil no final deste mesmo ano, no Shopping Iguatemi em São Paulo. A loja abriu as portas em 30 de novembro contando com 470 m² e seguindo o mesmo projeto da unidade de Nova York. Nas araras, inúmeras peças: do prêt-à-porter aos perfumes, passando pela coleção masculina completa de acessórios, sapatos e lançamentos simultâneos com as principais flagships ao redor do mundo.
Nos anos seguintes, o logotipo da grife italiana brilhou nas mãos da estilista Frida Giannini, responsável pelos acessórios e o prêt-à-porter feminino e masculino. A estilista conseguiu equilibrar doses certas de elegância, sensualidade e modernidade, além de inserir a marca no âmbito cultural.
Em janeiro de 2015 a marca foi repaginada e ganhou um visual jovem após a promoção do designer romano Alessandro Michele para o cargo de diretor criativo. O jovem talento trouxe para as peças e artigos da marca influências de décadas passadas, principalmente a de 1970, estampas geométricas, superfícies metalizadas, cores da estética vintage, e questões consideradas polêmicas como a quebra do tabu da liberdade de escolha e igualdade de gênero.
Em suas campanhas e nas passarelas, esqueça qualquer padrão - há espaço para narigudos, albinos, muitos negros, trans, ruivos, magros e gordos. Idade tampouco é uma questão: as atrizes Vanessa Redgrave e Faye Dunaway, de 81 anos e 77, estrelaram recentes publicidades da marca. Com isso conquistou de vez a clientela millennial, pessoas entre 18 e 35 anos, que passaram a idolatrar a GUCCI.
A linha do tempo
1925
● Lançamento das malas de viagem feitas com couro maleável.
1932
● Lançamento dos sapatos tipo mocassim.
1964
● Lançamento do cinto com fivela contendo as famosas iniciais de Guccio Gucci.
1969
● Lançamento da bolsa com alça para o ombro (inicialmente batizada de HOBO), especialmente desenvolvida e criada para Jacqueline Kennedy, que até hoje é conhecida como “Jackie O”. O modelo foi relançado em 1999, vendendo o número recorde de seis mil peças.
1974
● Lançamento do primeiro perfume da marca italiana.
1979
● Criação da GUCCI ACCESSORIES COLLECTION (GAC), divisão responsável por produtos como perfumes, canetas, relógios, isqueiros, entre outros acessórios.
1997
● Lançamento do perfume feminino ENVY com fragrâncias florais.
1999
● Lançamento do perfume RUSH acondicionado em um frasco moderno e jovial.
2001
● Lançamento do perfume feminino RUSH 2, feito de uma composição de essências de madeira de palmeira, flor de narciso, lírio do vale, frésia, gardênia, rosa e almiscar, resultando em um aroma refrescante.
2008
● Lançamento de uma coleção exclusiva chamada GUCCI LOVES NY. Desenhadas por Frida Giannini, as peças desta linha faziam uma homenagem a cidade de Nova York e somente podiam ser adquiridas na loja da 5ª Avenida. Entre elas estavam jaquetas e bolsas de couro, material ícone da marca.
● Lançamento de uma coleção especial com edição limitada, chamada 8-8-2008. Oito exclusivos acessórios que remetiam à esportes de competição foram desenvolvidos por Giannini, como o relógio I-Gucci, equipado com tecnologia digital, pulseira vermelha de couro e detalhes cromados. Porém, a peça mais inusitada desta coleção foi a bicicleta vermelha com listras verdes, equipada com lanterna e duas charmosas bolsas GUCCI sobre a roda traseira.
● Lançamento do perfume GUCCI by GUCCI, com notas de goiaba, mel e florais. Essa cheirosa combinação vinha embalada em um frasco marrom com estilo art déco, contendo o logotipo da marca em letras douradas. A garota-propaganda da fragrância foi a brasileira Raquel Zimmerman.
2009
● Lançamento do perfume feminino FLORA By GUCCI.
2010
● Lançamento de sua primeira linha de roupas e acessórios infantis. A linha possuía duas coleções: uma dedicada às crianças mais crescidinhas e outra para os bebês. Entre as peças da coleção baby, era possível encontrar grandes clássicos da marca, entre eles os famosos trench em dimensões micro, mas também babadores e macaquinhos. Para festejar o lançamento desta nova linha, a marca anunciou a intenção de doar US$ 1 milhão à UNICEF para um programa de construção de escolas na África.
● Lançamento do perfume masculino GUCCI by GUCCI POUR HOMME SPORT, que evoca a liberdade de estar ao ar livre e o desejo pelo esporte. Ao mesmo tempo, doce e refrescante, a criação exclusiva desta fragrância garante que ela também seja bem acabada e complexa.
● Lançamento do perfume GUILTY. O conceito da fragrância dá ênfase na jovialidade e sensualidade urbana, e foi criado para mostrar o lado ousado e sexy da marca. Os rostos da campanha publicitária foram da cantora e atriz Evan Rachel Wood e do ator Chris Evans.
2011
● Lançamento da coleção 1921, que em homenagem aos 90 anos da GUCCI propunha acessórios de prêt-à-porter masculinos e femininos, fazendo alusão ao universo da marca desde a época de sua criação. Clássicos da marca como bolsas e mocassins foram oferecidos em uma infinidade de cores e materiais. Bambu, pelica e crocodilo apareciam em tons de castanho escuro, rosa, caqui, verde e cereja. Todos os modelos levavam a assinatura G. Gucci Firenze 1921.
● A então diretora criativa da marca, Frida Giannini, assinou o FIAT 500 by GUCCI. Esta edição especial era uma versão personalizada do conhecido modelo citadino da montadora italiana, em colaboração com Centro de Estilo Fiat. Um dos detalhes mais marcantes deste modelo era uma faixa verde/vermelho/verde, típica da GUCCI, ao longo da carroceria, junto às molduras das janelas.
2014
● Lançamento de uma linha de maquiagens com embalagens luxuosas, paleta de cores escolhida cuidadosamente e gama completíssima (mais de 200 itens).
2015
● Lançamento do perfume feminino GUCCI BAMBOO, extremamente poderoso e inspirado na força e elegância do bambu.
2016
● Lançamento da bolsa GG MARMONT, que rapidamente recebeu o selo de aprovação das fãs, principalmente por suas variações cheias de estilos, que misturam o passado e o presente da identidade GUCCI. Fugindo aos designs convencionais, as bolsas trazem opções com aplicações de patch, veludo, correntes e tudo que a nova imagem da GUCCI representa.
2017
● Lançamento da GUCCI DÉCOR, primeira linha de decoração de interiores da marca, composta por almofadas, biombos, cadeiras, chaleiras, vasos, bandejas, peças de porcelana, tapetes, castiçais, velas, incensos e vários outros objetos que dialogam com as estampas, desenhos e estética romântica contemporânea da GUCCI.
2019
● Lançamento do Mémoire d’une Odeur, primeira fragrância sem gênero da marca italiana.
● Lançamento da Globetrotter Suitcase, uma nova mala de viagem estampada com monogramas da grife italiana, alças de apoio e rodinhas 360°.
Uma família polêmica
O reconhecimento da marca como ícone de sofisticação trouxe fama, dinheiro e, sobretudo, traições e conflitos familiares, especialmente na década de 1980, depois que Aldo Gucci foi citado em um escândalo de fraude fiscal que atingiu a cifra de US$ 7 milhões.
Batalhas judiciais, desentendimentos e intrigas entre os membros da família colaboraram para que grife entrasse em um período de inércia criativa, além de problemas financeiros e a frequente citação da palavra “falência”. Nesta época, arremessos de cinzeiros e palavrões eram comuns na sala de reuniões da diretoria.
Em 1989, uma empresa de investimentos árabe, a Investcorp, adquiriu aproximadamente 50% do comando da GUCCI. Para completar, na manhã do dia 27 de março de 1995, o último membro da família a dirigir a empresa, Maurizio Gucci, sobrinho de Aldo e neto do fundador da grife, foi assassinado com quatro tiros nas costas quando chegava a seu escritório, na cidade de Milão, a mando de sua ex-mulher, Patrizia Reggiani.
Anos depois, Patrizia, conhecida como Viúva Negra pela imprensa italiana e condenada a 26 anos de prisão, pediu permissão à justiça para cumprir a sentença em prisão domiciliar. Misteriosamente, todos os funcionários que trabalhavam na papelada do caso foram acometidos por sintomas como irritação na garganta, pele rachada e enjoos. A doença desconhecida foi apelidada de “a maldição de Maurizio”, pois muitos acreditavam que se tratava de uma manobra sobrenatural do fantasma do executivo para impedir que sua ex-esposa saísse da cadeia. Tal processo foi abandonado, já que todos os funcionários da justiça de Milão se recusaram a mexer nos papéis da apelação. Ela foi colocada em liberdade condicional no mês de setembro de 2013. Tudo isso está detalhadamente narrado no livro “Casa Gucci” que relata os bastidores da saga da marca italiana. Já a ideia de um longa-metragem sobre essa melancólica e polêmica história da família circula em Hollywood há alguns anos. Só resta esperar um filme com esse roteiro.
Eternizando a história
No dia 26 de setembro de 2011, a marca italiana resolveu eternizar sua história com a inauguração do GUCCI MUSEO na pitoresca cidade de Florença, em plena Piazza della Signoria. O museu ocupava três andares do Palazzo della Mercanzia, um deslumbrante palácio construído em 1337.
O aconchegante museu contava em detalhes a trajetória de Guccio Gucci e como sua marca tornou-se uma grife de prestígio internacional. O museu apresentava um grande e valioso acervo de peças antigas, algumas delas verdadeiros clássicos da marca italiana, como as bolsas de bambu usadas por Jackie Onassis e Sofia Loren, acessórios de esportes, as primeiras malas de viagens, coleções prêt-à-porter, um Cadillac Seville com a característica estampa da marca, entre muitos outros itens.
Eram bolsas, roupas, sapatos, cintos, malas, chapéus e vestidos de gala que podiam ser vistos em uma linha de evolução que mantinha a originalidade da marca. Além disso, vídeos mostravam como o couro é trabalhado e a maneira como são feitos os exclusivos produtos da marca, a mão, demostrando o cuidado que cada peça demanda. Para completar, o espaço contava ainda com um charmoso café, uma loja (que oferecia produtos exclusivos da marca encontrados somente ali) e uma agradável livraria especializada em moda, arte e fotografia.
Recentemente, no início de 2018, o museu foi reformulado e rebatizado como GUCCI GARDEN, e se transformou em um espaço criativo e colaborativo que reúne arte, moda, gastronomia e história. O primeiro e segundo andares abrigam seis diferentes salas, inclusive um cinema, que exploram a história da grife, sua identidade, a evolução da logomarca e do conceito de suas coleções. Também é possível encontrar uma loja conceito que vende itens exclusivos, de roupas e acessórios a artigos de decoração e revistas. Outra novidade é a Gucci Osteria, restaurante idealizado por Massimo Bottura, chef com 3 estrelas Michelin no currículo.
A evolução visual
A identidade visual da marca italiana passou por algumas alterações ao longo dos anos. Após adotar, em meados da década de 1950, o tradicional símbolo GG, que continha duas letras G, uma normal e outra invertida, entrelaçadas; há poucos anos atrás a marca apresentou uma nova identidade visual, que além da cor preta ganhou também a versão dourada e com tipografia de letra mais afinada. Apesar disso, o símbolo GG continua sendo utilizado em muitos de seus produtos.
Dados corporativos
● Origem: Itália
● Fundação: 1921
● Fundador: Guccio Gucci
● Sede mundial: Florença, Itália
● Proprietário da marca: Guccio Gucci S.p.A.
● Capital aberto: Não (subsidiária da Kering S.A.)
● CEO & Presidente: Marco Bizzarri
● Diretor criativo: Alessandro Michele
● Faturamento: €8.3 bilhões (2018)
● Lucro: €3.2 bilhões (2018)
● Valor da marca: US$ 15.949 bilhões (2019)
● Lojas: 577
● Presença global: 120 países
● Presença no Brasil: Sim
● Funcionários: 9.500
● Segmento: Moda de luxo
● Principais produtos: Roupas, bolsas, calçados, perfumes e acessórios de luxo
● Concorrentes diretos: Prada, Chanel, Louis Vuitton, Christian Dior, Versace, Burberry, Fendi, Valentino e Hermès
● Ícones: A bolsa com alça de bambu e o mocassim com fivela
● Website: www.gucci.com
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca GUCCI está avaliada em US$ 15.949 bilhões, ocupando a posição de número 33 no ranking das marcas mais valiosas do mundo de 2019.
A marca no mundo
A luxuosa marca italiana tem mais de 575 lojas próprias ao redor do mundo, presença em mais de 120 países e faturamento de €8.3 bilhões (dados de 2018). Além do Chile, o Brasil é o outro país na América do Sul que possui lojas da GUCCI. São ao todo dez lojas: em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. A loja do shopping JK Iguatemi, em São Paulo, é dedicada exclusivamente ao público masculino. Atualmente a marca, controlada pelo grupo Kering (proprietário também das grifes Saint Laurent, Bottega Veneta, Boucheron, Stella McCartney, Balenciaga e Alexander McQueen), produz e vende bolsas, malas de mão e outros acessórios de couro (que representam 59% do total de vendas), sapatos (13%), roupas, gravatas, perfumes e relógios, além de uma linha para decoração. Em relação à participação de mercado para a marca, o maior é a região Ásia-Pacífico (36%), seguido pela Europa (29%), América do Norte (21%) e do Japão (8%).
Você sabia?
● A marca italiana tem mais de 90 perfumes em sua base de fragrâncias. A edição mais antiga foi criada em 1974 e a mais recente em 2019.
● O sultão de Brunei foi responsável pelo maior pedido que a GUCCI já recebeu: 27 jogos de malas em couro de crocodilo no valor de US$ 2.4 milhões.
● Em 7 de fevereiro de 2019, a marca retirou de todas as suas lojas um suéter que recebeu muitas críticas e acusações de racismo. A peça era preta com gola alta que subia até a altura do nariz, e ao redor da boca havia um recorte simulando lábios vermelhos. Muitos associaram a peça à prática do “blackface” e a um personagem de um livro infantil tido como o mais racista da história, chamado “As aventuras do pequeno Sambo Negro”.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (O Globo), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Fonte: Mundo das Marcas, "Gucci". Publicado em 10 de setembro de 2019. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
---
Gucci — Wikipédia
A Gucci é uma casa de moda de luxo italiana com sede em Florença, Itália. Suas linhas de produtos incluem bolsas, prêt-à-porter, calçados e acessórios, maquiagem, fragrâncias e decoração.
Gucci foi fundada em 1921 por Guccio Gucci em Florença, Toscana. Sob a direção de Aldo Gucci (filho de Guccio), a Gucci tornou-se uma marca mundialmente conhecida, um ícone da italiana Dolce Vita.
Após brigas familiares durante a década de 1980, a família Gucci foi totalmente expulsa do capital da empresa em 1993. Após essa crise, a marca foi revivida com um provocativo adereço 'Porno Chic'.
Em 1999, a Gucci foi adquirida pelo conglomerado francês Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering. Durante a década de 2010, a Gucci se tornou uma marca icônica ' geek-chic '.
Em 2019, a Gucci operou 487 lojas para 17.157 funcionários e gerou € 9,628 bilhões em vendas (€ 8,2 bilhões em 2018). Marco Bizzarri é CEO da Gucci desde dezembro de 2014, e Alessandro Michele diretor criativo desde janeiro de 2015. A Gucci é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering.
História
1921: Nascimento em Florença
A família Gucci afirma que suas origens estão enraizadas na cidade mercantil de Florença desde cerca de 1410. Guccio Giovanbattista Giacinto Dario Maria Gucci (1881-1953) deixou Florença para Paris e se estabeleceu em Londres em 1897 para trabalhar no sofisticado Savoy Hotel.
Enquanto trabalhava lá como mensageiro, ele carregava/descarregava a bagagem dos clientes abastados do hotel, aprendendo sobre seus gostos em moda, qualidade, tecidos e condições de viagem. Mais tarde, ele trabalhou quatro anos para a Compagnie des Wagons-Lits, a empresa ferroviária europeia especializada em viagens de lazer de luxo, aprimorando ainda mais sua experiência com estilos de vida luxuosos. Após a Primeira Guerra Mundial, trabalhou para a fabricante de malas finas Franzi.
Em 1921, Guccio Gucci comprou sua própria loja em 7, Via della Vigna Nuova em Florença, Azienda Individuale Guccio Gucci, onde vendia bagagem de couro importada. Ele também abriu uma pequena oficina para ter seus próprios artigos de couro feitos por artesãos locais. Eventualmente, uma oficina maior teve que ser adquirida para abrigar os 60 artesãos da Gucci. Em 1935, a invasão da Etiópia por Mussolini levou a Liga das Nações a impor um embargo comercial à Itália. O couro tornou-se escasso, levando Guccio Gucci a introduzir outros tecidos na composição dos produtos, como ráfia, vime, madeira, linho e juta. O motivo rombi, uma assinatura Gucci, foi criado. A Gucci's desenvolveu uma nova técnica de bronzeamento para produzir "cuoio grasso", que se tornou uma marca registrada da Gucci. Em 1937, a Gucci lançou suas bolsas.
A esposa e os filhos de Guccio trabalhavam na loja. Aldo filho de Guccio, se envolveu cada vez mais na empresa familiar desde que começou a trabalhar lá em 1925. Ele convenceu seu pai a crescer abrindo uma nova loja em Roma (21 Via Condotti) em 1938, e lançou mais acessórios Gucci (luvas, cintos, carteiras, chaveiros). Durante a Segunda Guerra Mundial, os artesãos da Gucci trabalharam na fabricação de botas para a infantaria italiana.
A empresa fez bolsas de lona de algodão em vez de couro durante a Segunda Guerra Mundial como resultado da escassez de material. A tela, no entanto, foi distinguida por um símbolo duplo G combinado com faixas vermelhas e verdes proeminentes. Após a guerra, o brasão da Gucci, que mostrava um escudo e um cavaleiro de armadura cercado por uma fita com o nome da família, tornou-se sinônimo da cidade de Florença.
Dolce Vita do pós-guerra
Após a guerra, Guccio Gucci distribuiu as ações da empresa para seus três filhos (Aldo, Vasco e Rodolfo ). Em 1947, a Gucci lançou a bolsa Bamboo. A marca lançou seu primeiro slogan global, Qualidade é lembrada muito tempo depois que o preço é esquecido. Os icônicos mocassins (Gucci loafer) foram lançados em 1952. Guccio Gucci morreu em 2 de janeiro de 1953 em Milão. Em novembro de 1953, a Gucci abriu sua primeira loja nos Estados Unidos na 5th Avenue e 58th Street em Nova York. Uma segunda loja de NY abriu no Saint Regis Hotel em 1960, e uma terceira na 5th Avenue e 54th Street em 1973, levando os moradores locais a chamar essa área de NY de "Gucci City".
Em 1961, a Gucci abriu uma loja em Londres e Palm Beach e lançou a Jackie Bag. Em março de 1963, a Gucci abriu sua primeira loja francesa perto da Place Vendôme em Paris. O logotipo duplo G para fivelas de cinto e outras decorações de acessórios foi introduzido em 1964. O lenço Flora foi projetado em 1966 por Rodolfo Gucci e Vittorio Accornero para Grace Kelly Princess of Monaco, que se tornou uma consumidora notável de produtos Gucci.
Em outubro de 1968, a Gucci abriu uma loja na 347 Rodeo Drive, levando muitas estrelas de Hollywood a endossar a marca. Com a abertura da Rodeo Drive veio o lançamento dos primeiros vestidos da Gucci. O avanço da Gucci nos Estados Unidos levou ao seu desenvolvimento global na Ásia (abertura de Tóquio em 1972, Hong Kong em 1974) e no Oriente Médio. Em Bruxelas, o filho de Aldo, Roberto, pilotou a primeira loja franqueada da Gucci. Em 1969, a Gucci administrava 10 lojas nos EUA. 84.000 mocassins Gucci foram vendidos somente nos EUA naquele ano. O presidente dos EUA, John F. Kennedy, chamou Aldo Gucci de "primeiro embaixador italiano nos Estados Unidos".
A Gucci lançou um conjunto de malas Rolls-Royce em 1970 e fez parceria com a American Motors Corporation (AMC) para criar a versão Gucci do AMC Hornet que foi comercializada durante os anos modelo 1971, 1972 e 1973. O vagão Gucci Sportabout tornou-se um dos primeiros carros americanos a oferecer um pacote de acabamento de luxo especial criado por um famoso estilista.
Gucci lançou Gucci Perfumes (Il Mio Profumo) e seu primeiro relógio (Modelo 2000) em 1972, sua primeira loja franqueada nos EUA em 1973, e abriu a Gucci Galleria em sua loja de Beverly Hills em 1977, uma galeria de arte privada ao lado do store e reservado para clientes premium que receberam chave de ouro para acessá-lo. De 1978 a 1984, um construtor de carrocerias com sede em Miami comercializou uma edição Gucci do sedã Cadillac Seville (o modelo de 1978 é exibido no Museu Gucci).
Em 1985, o mocassim Gucci passou a fazer parte da coleção permanente do New York Moma.
1980: Rixa da família Gucci
Em 1969, Giorgio, filho de Aldo, provocou a primeira rixa familiar ao lançar a Gucci Boutique por conta própria, que foi finalmente reabsorvida pelo grupo familiar em 1972.
Durante os anos 1980, a saga Gucci corroeu o alta direção da empresa e alimentou as manchetes da imprensa. Paolo Gucci, filho de Aldo, tentou lançar a marca Gucci Plus por conta própria. Aldo foi criticado por desenvolver a maior parte dos negócios internacionais sob a Gucci America, que ele possuía. Em 1982, para aliviar as tensões na família, o grupo Gucci foi consolidado e tornou-se uma empresa de capital aberto, Guccio Gucci SpA.
Em maio de 1983, Rodolfo faleceu. Seu filho Maurizio Gucci herdou a participação majoritária de seu pai na empresa e lançou uma guerra legal contra seu tio Aldo pelo controle total da Gucci (uma acusação liderada pelo promotor municipal Rudolph Giuliani, e com Domenico de Sole representando a família Gucci). Maurizio Gucci assumiu a direção da empresa.
Em 1986, Aldo Gucci, 81 anos, com apenas 16,7% da Gucci em sua posse, foi condenado a um ano de prisão por evasão fiscal (em uma prisão onde Albert Nipon também era detento). A obra de arte da Gucci Galleria foi liquidada. Em 1988, Maurizio Gucci vendeu quase 47,8% da Gucci para o Bahreinfundo de investimento baseado na Investcorp (proprietária da Tiffany desde 1984), e reteve os outros 50%.
Apesar das disputas familiares, entre 1981 e 1987, as vendas de produtos Gucci com marca registrada atingiram US$ 400 milhões, e US$ 227 milhões somente em 1990. A década de 1980 foi caracterizada por uma produção em massa de produtos Gucci, que gerou receita, mas afetou negativamente a posição da Gucci como uma marca de luxo exclusiva. Maurizio Gucci contratou Dawn Mello para colocar a Gucci de volta nos trilhos.
De 1991 a 1993, as finanças da Gucci ainda estavam no vermelho, Maurizio Gucci foi culpado por gastar quantias extravagantes na sede da empresa em Florença (Via delle Caldaie palazzo) e em Milão. A Investcorp comprou os 50% restantes da Guccio Gucci SpA de Maurizio Gucci em 1993, encerrando o envolvimento da família no grupo. Em março de 1995, Maurizio Gucci foi morto a tiros no saguão do escritório da Gucci em Milão. Sua ex-esposa Patrizia Reggiani cumpriu 16 anos de prisão por contratar o assassino para matá-lo.
Renascimento Pornô Chique
Dawn Mello foi contratado em novembro de 1989 como vice-presidente executivo e designer-chefe da Gucci. Ela reduziu o número de lojas de mais de 1.000 para 180 em um movimento para reconstruir a exclusividade da marca. Ela também reduziu o número de itens vendidos pela Gucci de 22.000 para 7.000. Ela reviveu a bolsa Bamboo e o mocassim Gucci. Ela mudou a sede da Gucci de Milão para Florença, onde a história da Gucci está profundamente enraizada.
Dawn Mello contratou Tom Ford para supervisionar a coleção feminina de prêt-à-porter. Em 1994, Tom Ford foi nomeado diretor criativo da Gucci. Ford e Mellow revisitaram os arquivos da marca nos anos 1970.
A coleção de 1995 da Ford, que incluía os sensuais vestidos brancos com recortes provocantes, tornou-se um sucesso instantâneo. Reavivada através do hedonismo hot-bod das criações de Tom Ford, a Gucci também lançou produtos provocativos em edição limitada, como algemas de prata, um fio-dental e campanhas publicitárias provocantes, como o logotipo G raspado no púbis cabelo.
Domenico De Sole, consultor jurídico da família Gucci desde a década de 1980 e CEO da Gucci desde 1994, fez campanha para que os fabricantes de couro da Gucci na Itália continuassem trabalhando juntos e desenvolveu um programa de parceiros para fortalecer seus laços. Ele revisou o preço de cada produto e aumentou gradualmente o orçamento de publicidade da Gucci de US $ 6 milhões em 1993 para US$ 70 milhões em 1997. $ 22. Então, de 1995 a 1997, a Investcorp vendeu sua participação na Gucci por cerca de US$ 1,9 bilhão.
Luta LVMH-PPR pela Gucci
Em janeiro de 1999, o conglomerado de luxo francês LVMH, que vinha comprando ações da Gucci discretamente desde 1995, alcançou 34% de participação no Gucci Group NV. Buscando uma saída do controle da LVMH, Tom Ford e Domenico De Sole recorreram ao financista francês François Pinault e seu grupo Pinault Printemps Redoute, que mais tarde se tornou Kering, para uma saída de emergência.
Em março, o grupo de Pinault comprou 40% da Gucci a US$ 75 por ação, e as ações da LVMH caíram para 20,7% em um processo de diluição. Por meio do acordo, a PPR também comprou a Yves Saint Laurent da Sanofi e a vendeu pelo mesmo preço ao Grupo Gucci. Este golpe de estado no mundo da moda lançou uma guerra fria entre a LVMH e a nova coalizão Gucci-PPR. Uma tensão ocorreu em dezembro de 2000 quando a Gucci comprou 51% da casa de alta costura de Alexander McQueen, já que McQueen também era o designer criativo da Givenchy da LVMH na época.
A disputa em torno da Gucci terminou em setembro de 2001, quando todas as partes chegaram a um acordo. No final de 2003, Tom Ford e Domenico De Sole oficializaram que não renovariam seu contrato com a Gucci-PPR que terminou em abril de 2004.
Após a saída da Ford, o Gucci Group contratou três designers para continuar o sucesso da marca principal da empresa: John Ray, Alessandra Facchinetti e Frida Giannini, todos eles trabalhando sob a direção criativa da Ford. Facchinetti foi elevado a Diretor Criativo de moda feminina em 2004 e projetado por duas temporadas antes de deixar a empresa. Ray atuou como Diretor Criativo de Moda Masculina por três anos. Frida Giannini – designer de bolsas Gucci desde 2002, chefe de acessórios desde 2004 e diretora criativa de prêt-à-porter e acessórios femininos desde 2005 – foi nomeada diretora criativa da Gucci em 2006. Patrizio di Marco, ex-CEO da Gucci Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci em 2008.
Ambos aclamados e criticados por revisitar perpetuamente os arquivos de Tom Ford, Frida Giannini eventualmente abrandou os adereços explosivos 'Porno Chic' da Ford ao longo dos anos "de sexy para sensual", e começou a experimentar com estilos 'boêmios andróginos' com reminiscências do século XIX. Ela também desenvolveu "neo-clássicos" como as bolsas New Bamboo e New Jackie. Patrizio di Marco se concentrou na crise pós-2008 com menos estilos e mais produtos de médio porte.
Em 2010, a Gucci lançou uma parceria com a casa de leilões Christie's para desenvolver um repositório mais amplo da marca' s e fornecer um serviço de certificação de autenticidade. Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) em Florença para comemorar seu 90º aniversário. Entre 2010 e 2015, 220 novas lojas Gucci abriram, elevando a contagem total de lojas para 500.
Pós-gênero Geek Chique
Em dezembro de 2014, Marco Bizzarri, ex-CEO da Bottega Veneta, foi nomeado CEO da Gucci. Ele foi encarregado de reverter o declínio das vendas da Gucci, dando um novo impulso à marca.
Em janeiro de 2015, Bizzarri nomeou Alessandro Michele como diretor criativo da Gucci. Alessandro Michele trabalhava para a Gucci desde 2002 e atuou como vice e designer de acessórios de Frida Giannini.
Durante o desfile de outono de fevereiro de 2015, Alessandro Michele apresentou "uma Gucci diferente", com uma "sensação sofisticada, intelectual e andrógina".
Alessandro Michele lançou o Renascimento da Gucci. Ele reviveu clássicos da Gucci como o logotipo duplo G, a bolsa Jackie O. e criou produtos icônicos como a bolsa Dionysus. Com uma roupa masculina feminizada, uma forte postura feminista e um estilo ' geek-chic ', Alessandro Michele introduziu adereços pós-gênero para a Gucci.
Em setembro de 2016, a Gucci inaugurou o Gucci Hub, sua nova sede em Milão, construída na antiga fábrica aeronáutica Caproni. Em julho de 2017, a Gucci anunciou o lançamento da Gucci Décor, a primeira vez que a marca se testou no segmento de decoração para casa. Em abril de 2018, a Gucci inaugurou o ArtLab, um centro de inovação de 37.000 metros quadrados fora de Florença, na Itália, onde novos artigos de couro, calçados, novos materiais, ferragens metálicas e embalagens são desenvolvidos e testados. Em novembro de 2018, a Gucci abriu a Gucci Wooster Bookstore em Nova York, uma loja de 2.000 livros com curadoria do fundador da Dashwood Books David Strettell. Em abril de 2019, a empresa lançou a Gucci 9, uma rede de 500 funcionários de 6 call centers em todo o mundo para atendimento ao cliente de alto nível. A Gucci também reviveu sua coleção de maquiagem e lançou sua primeira coleção de jóias finas.
Em 2019, as vendas da Gucci atingiram 9,6 bilhões de euros.
Em dezembro de 2020, após um acordo entre Kering e Alibaba, a Gucci lançou duas lojas (moda e beleza) no Tmall.
Em maio de 2021, a Gucci lançou uma coleção de óculos, Hollywood Forever.
Coleção Disney
Desde 2019, originalmente em comemoração aos 90 anos do Mickey Mouse, a Gucci realiza uma coleção de roupas da Disney, inclusive para o Ano Novo Lunar.
Estrutura corporativa
A holding da Gucci, Guccio Gucci SpA, está sediada em Florença, Itália, e é uma subsidiária do grupo de luxo francês Kering. Em 2018, a Gucci operava 540 lojas para 14.628 funcionários. A empresa gerou € 9,628 bilhões em receita (€ 8,2 bilhões em 2018) e € 3,947 bilhões em lucros (€ 3,2 bilhões em 2018).
Governança
Na história da Gucci, até o final da era da família Gucci, o design, a promoção e a produção dos produtos Gucci eram feitos pelos membros da família Gucci.
CEO
Desde 2014: Marco Bizzarri
2008–2014: Patrizio di Marco
2004–2008: Mark Lee
1994–2004: Domenico De Sole
Designers criativos
Desde 2015: Alessandro Michele
2006–2015: Frida Giannini
1995–2004: Tom Ford
1989–1995: Dawn Mello
Iniciativas
Cultura
Em 2011, a empresa abriu o Museu Gucci (Gucci Museo) dentro do Palazzo della Mercanzia do século XIV, em Florença, para comemorar seu 90º aniversário. Em 2016, Alessandro Michele fez a curadoria de duas salas adicionais dedicadas às coleções de Tom Ford. Em janeiro de 2018, após uma reforma, o Museu Gucci reabriu com um novo nome, o Gucci Garden, e um novo restaurante dentro de suas paredes, o Gucci Osteria, administrado por Massimo Bottura. A Gucci Osteria foi premiada com uma estrela Michelin em novembro de 2019. Em fevereiro de 2020, uma segunda Gucci Osteria abriu no telhado da loja Gucci Rodeo Drive em Los Angeles.
Em abril de 2017, a Gucci financiou a restauração dos Jardins de Boboli na Galeria Uffizi em Florença. Em junho de 2019, a Gucci financiou a restauração dos históricos Rupe Tarpea e Belvedere Gardens em Roma.
Social
Em 2008, a Gucci lançou o Gucci Tribeca Documentary Fund, um fundo de US$ 80.000 para financiar filmes que promovem mudanças sociais e apresentados no Tribeca Film Festival. Em 2011, o fundo cresceu para US$ 150.000, incluindo US$ 50.000 para um recém-criado Prêmio de Documentário para Mulheres. Em 2011, com o Festival de Cinema de Veneza, a Gucci também lançou o 'Prêmio Gucci para Mulheres no Cinema' para destacar o impacto das mulheres no cinema.
De 2005 a 2015, a Gucci doou US$ 20 milhões para o programa Escolas para a África do UNICEF. Uma vez que o Chime for Change foi criado, tornou-se o veículo de financiamento da parceria Gucci-UNICEF. Chime for Change foi fundada em fevereiro de 2013 por Frida Giannini, Salma Hayek e Beyoncé como uma campanha global para a melhoria da educação, saúde e justiça para mulheres em todo o mundo.
Em junho de 2013, Chime for Change organizou o concerto Sound of Change Live que gerou US$ 4 milhões para financiar 200 projetos em 70 países. Em dezembro de 2013, a Gucci fechou uma parceria com o Twitter e o Women Who Codepara criar o hackathon Chime Hack focado em mulheres.
A Gucci vende uma camiseta amarela com os dizeres "My Body My Choice" e redistribui seus lucros para a Chime for Change. Em julho de 2013, a ativista Lydia Emily foi contratada para pintar um mural em Skid Row, Los Angeles, de uma mulher chamada Jessica, que é uma sobrevivente do tráfico humano. Em janeiro de 2019, Chime for Change lançou a campanha de murais "To Gather Together" promovendo a igualdade de gênero e desenhada pelo artista MP5. Em 2020, a Gucci lançou uma campanha publicitária "Beleza não convencional", incluindo uma modelo com síndrome de Down.
Durante a pandemia do COVID-19, a Gucci prometeu € 2 milhões para duas campanhas de crowdfunding, a primeira para apoiar o Departamento de Proteção Civil Italiano e a segunda para o Fundo de Resposta de Solidariedade COVID-19.
Meio Ambiente
Em 2015, a Gucci lançou sua própria iniciativa ambiental de lucros e perdas. Em outubro de 2017, a Gucci anunciou que baniria peles de suas lojas em 2018. Em junho de 2018, a marca lançou 'Equilibrium', sua plataforma para comunicar seus esforços e progresso social e ambiental.
Em setembro de 2019, Marco Bizzarri anunciou a intenção da Gucci de se tornar totalmente neutra em carbono. Em 2020, a Gucci se juntou ao Lion's Share Fund, liderado pelo PNUD, para apoiar a conservação da vida selvagem.
Na cultura popular
O nome "Gucci" se transformou em um adjetivo homônimo, "Eu sinto Gucci!" e "Isso é tão Gucci!", para descrever algo que parece o luxo de voar alto da Gucci.
A primeira instância conhecida da palavra sendo usada nesse sentido é encontrada na edição de setembro de 1999 da Harper's Bazaar, na qual o cantor Lenny Kravitz descreve seu quarto como "muito Gucci".
Filmes
Em novembro de 2019, o cineasta Ridley Scott anunciou House of Gucci, um filme sobre a dinastia Gucci com Lady Gaga interpretando Patrizia Reggiani e Adam Driver interpretando Maurizio Gucci. House of Gucci teve sua estreia mundial no Odeon Luxe Leicester Square em Londres em 9 de novembro de 2021. Scott anunciou inicialmente este plano em 2007. Em 2000, Martin Scorsese também anunciou planos para fazer um filme sobre a família Gucci.
Recordes Mundiais do Guinness
1974: O relógio Gucci Modelo 2000 quebrou o recorde de venda de mais de um milhão de unidades em dois anos.
1998: O Gucci "Genius Jeans" quebrou o recorde do par de jeans mais caro de todos os tempos. Esses jeans estavam desgastados, rasgados e cobertos com contas africanas e estavam à venda por US$ 3.134 em Milão.
Falsificação
Durante a década de 1970, a popularidade explosiva da Gucci transformou a marca em um dos principais alvos da indústria de falsificação. As oficinas da Gucci elaboraram a técnica de curtimento de pele de porco tigrado que se tornou uma assinatura da Gucci e um processo de curtimento difícil de falsificar. Só em 1977, a Gucci abriu 34 processos por falsificação. Em meados da década de 1980, a marca estava envolvida em "milhares de confiscos e ações judiciais em todo o mundo".
Em 2013, o Escritório de Propriedade Intelectual do Reino Unido emitiu uma decisão de que a Gucci havia perdido os direitos de sua marca GG no Reino Unido "para uma versão do logotipo GG em quatro categorias, que englobava roupas como pulseiras, bolsas de ombro, cachecóis e casacos". No entanto, "de acordo com a Gucci, a decisão não afeta o uso de seu logotipo GG na região" porque "a Gucci é proprietária de vários outros registros válidos para esta marca, incluindo uma Marca Comunitária (que abrange a União Européia) por seu icônico logotipo GG e esses direitos são diretamente aplicáveis no Reino Unido".
Em novembro de 2008, o site TheBagAddiction.com foi fechado após ser processado pela Gucci por vender produtos falsificados. Em 2013, a Gucci reprimiu 155 nomes de domínio usados por falsificadores para vender produtos Gucci falsos. Em 2015, a empresa-mãe da Gucci, Kering, processou o site chinês Alibaba por listar muitos "produtos Gucci obviamente falsos" em seu site. Em abril de 2016, as ações legais antifalsificação da Gucci saíram pela culatra quando os produtos visados eram o papel machê moldado exatamente como os produtos Gucci e queimados pelo povo chinês durante a tradição ancestral Qingming Jie. Em abril de 2017, a Gucci ganhou um processo contra 89 sites chineses que vendiam produtos Gucci falsos. Em outubro de 2018, Marco Bizzarri alertou os gigantes chineses de comércio eletrônico Alibaba e JD.com que a Gucci não poderia abrir lojas em seus sites, desde que não removessem os muitos produtos Gucci falsos de suas listagens. Em dezembro de 2019, a Gucci processou três dúzias de sites que vendiam produtos Gucci falsos.
Controvérsias
Em abril de 2016, a Autoridade de Padrões de Publicidade do Reino Unido proibiu um anúncio de vídeo online da Gucci porque era estrelado por uma modelo "insalumente magra".
Em fevereiro de 2019, a Gucci removeu um suéter de balaclava preto com gola de enrolar e uma boca recortada de lábios vermelhos de suas prateleiras depois de ter sido comparado a uma fantasia de blackface. Alessandro Michele respondeu que sua inspiração veio da extravagante Leigh Bowery, mas pediu desculpas pela forma como foi interpretada. Para resolver esse problema, a Gucci lançou o programa 'Gucci North America Changemakers Scholarship' dedicado a promover a diversidade na indústria da moda com um fundo anual de US$ 5 milhões para apoiar programas comunitários e sem fins lucrativos envolvidos com "a comunidade americana e comunidades de cor em geral".
Em maio de 2019, a comunidade sikh na Índia criticou a apropriação cultural de um item religioso pela Gucci quando a marca italiana comercializou turbantes a US$ 800 cada.
Em julho de 2019, a Gucci nomeou um Diretor Global de Diversidade para abordar os últimos problemas da marca com diversidade cultural.
Em outubro de 2019, a Gucci lançou um programa de bolsas de US$ 1,5 milhão para estudantes americanos tradicionalmente sub-representados na indústria da moda.
Em maio de 2019, a Kering concordou em pagar um acordo fiscal de US$ 1,25 bilhão com as autoridades fiscais italianas após as irregularidades fiscais da Gucci durante o período fiscal de 2011-2017.
Durante um desfile de setembro de 2019 que se assemelhava a um défilé de pacientes mentais, a modelo de passarela Ayesha Tan Jones ergueu as mãos onde estava escrito "saúde mental não é moda", uma reação ao uso comercial inadequado da marca das imagens de doença mental.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.
Crédito fotográfico: Instagram Gucci: @gucci. Consultado pela última vez em 16 de março de 2022.