José Bechara (1957, Rio de Janeiro, Brasil) é um pintor, escultor e artista contemporâneo brasileiro. Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, destacou-se a partir dos anos 1990 ao substituir a tela convencional por superfícies marcadas pelo tempo e pela ação da matéria, como lonas de caminhão usadas, metais oxidáveis e estruturas arquitetônicas em suas obras. Sua pesquisa artística dialoga com a abstração, a tridimensionalidade e o desgaste como linguagem visual. Participou de importantes bienais como a de Havana (2000), do Mercosul (2001) e de Cuenca (2004), além de exposições no Brasil e no exterior. Suas obras integram coleções como as do MAM-RJ, MAM-SP, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial e Fundação ARCO, na Espanha.
José Bechara | Arremate Arte
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957 e consolidou-se como um dos artistas contemporâneos mais inventivos e consistentes de sua geração. Pintor de origem, Bechara expandiu sua prática para o desenho, escultura e instalação, sempre guiado por uma poética da matéria, do tempo e do desgaste.
Sua trajetória artística ganha corpo a partir dos anos 1990, quando começa a investigar os limites da pintura. Ao substituir a tela tradicional por lonas de caminhão usadas — marcadas pelo uso, pelo tempo e pelas estradas — Bechara inaugura uma linguagem própria, na qual a superfície carrega memórias visuais e táteis. Sobre esses suportes, aplica técnicas de oxidação com metais, solventes e pigmentos, permitindo que o acaso, o controle químico e a ação do tempo moldem cada composição. O resultado são obras de caráter abstrato e profundamente matérico, em que cor, forma e textura se entrelaçam de maneira visceral.
Bechara estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde teve contato com a efervescência criativa dos anos 1980. Com o tempo, sua pesquisa se expandiu para o espaço tridimensional, e ele passou a criar esculturas e instalações com estruturas metálicas, vidros, objetos encontrados e elementos arquitetônicos desmembrados — tensionando a relação entre corpo, espaço e matéria.
Sua obra já foi exibida em bienais e museus de diversos países, como a Bienal de Havana (2000), a Bienal do Mercosul (2001) e a Bienal de Cuenca (2004), além de exposições na França, Alemanha, Portugal, Espanha, Colômbia e Argentina. No Brasil, teve presença marcante em instituições como o MAM do Rio e de São Paulo, o Paço Imperial, o Museu Nacional de Belas Artes, o Instituto Tomie Ohtake e a Fundação Iberê Camargo.
Representado por galerias como a Silvia Cintra + Box4, no Rio de Janeiro, José Bechara também integra acervos importantes como o do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Coleção Gilberto Chateaubriand e Fundação ARCO, em Madri.
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José Bechara | Itaú Cultural
José Bechara (Rio de Janeiro RJ 1957). Pintor. Estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, entre 1987 e 1991. Inicia sua atividade artística no final da década de 1980, e realiza sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes - CCCM, em 1992. No ano seguinte, participa do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, onde recebe prêmio aquisição. Desde o início da década de 1990, utiliza o processo de oxidação sobre lonas de caminhões como base de seus trabalhos, e experimenta outros suportes, como a pele de boi. Participa de diversas exposições nacionais e internacionais, entre elas, a 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal, em 2002, e o 29º Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2005. Em 2002, é palestrante do workshop Dynamic Encounters International Art Workshop: São Paulo - Rio 2002. Lançamento do livro José Bechara, desenhos: como uma piscada de vaga-lume publicado pela Editora Réptil.
Acervos
ASU Art Museum - Arizona (Estados Unidos)
Centre Georges Pompidou - Paris (França)
Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) - Rio de Janeiro RJ
Coleção João Sattamini - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói) - Niterói RJ
Es Baluard Museu d'Art Modern i Contemporani de Palma - Palma de Mallorca (Espanha)
Fundação Brasilea - Basileia (Suíça)
Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest - Lisboa (Portugal)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Museo de Arte Contemporáneo de Vigo (Marco) - Vigo (Espanha)
Museu Casa das Onze Janelas - Belém PA
Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR) - Curitiba PR
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA) - Salvador BA
Museum of Latin American Art (MOLAA) - Califórnia (Estados Unidos)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) - São Paulo SP
Universidade Cândido Mendes - Rio de Janeiro RJ
Exposições Individuais
1992 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Cândido Mendes
1994 - São Paulo SP - Individual, no Centro Cultural São Paulo
1995 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Paulo Fernandes
1995 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Andre Milan
1997 - Rio de Janeiro RJ - Campos de Rosas, na Galeria Paulo Fernandes
1998 - Curitiba PR - Individual, no Museu Alfredo Andresen
1998 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1998 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA (Salvador, BA)
1998 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - Individual, na Marilia Razuk Galeria de Arte
1999 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, no Studio 3B
2002 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2002 - Rio de Janeiro RJ - Pelada, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Área de Serviço, no Paço Imperial
2004 - Miami (Estados Unidos) - Work Area, na Diana Lowenstein Fine Arts
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Casa, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Paramarelos, na Lurixs Arte Contemporânea
2004 - São Paulo SP - Duas Margaridas e uma Aranha, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - Curitiba PR - Área de Serviço, na Casa de Cultura Andrade Muricy
2005 - Lisboa (Portugal) - Noite Horizontal, na Galeria Carlos Carvalho
2005 - Santiago de Compostela (Espanha) - Vespeiro, na A Chocolataria
2006 - Belo Horizonte BH - Individual, na Galeria Celma Albuquerque
2006 - Miami (EUA) - Open House, na Diana Lowenstein Fine Arts
2006 - Rio de Janeiro RJ - Paisagem Doméstica, na Luirxs Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Ok Ok Let's Talk, na Pinacoteca do Estado de São Paulo
2007 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Marília Razuk
2008 - Individual de José Bechara
2008 - Individual de José Bechara
2009 - Sobremirada - O Ar e a Cega
2009 - José Bechara: cut
2010 - Full
2010 - Fenda
2010 - Individual de José Bechara
2011 - Colisão e Trânsito
2011 - José Bechara: líquido do metal
2013 - Visto de Frente é Infinito
2013 - José Bechara - Repertório para aproximação de suspensos
2014 - Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa
2015 - Criaturas do Dia e da Noite
2016 - Jaguares
2017 - José Bechara: Zumbidos
Exposições Coletivas
1992 - Rio de Janeiro RJ - 9X6, na Escola de Artes Visuais - EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Diferenças, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (Rio de Janeiro, RJ)
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravidade e Aparência, no MNBA
1993 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte - prêmio aquisição
1993 - Curitiba PR - Gravidade e Aparência, no Museu Municipal de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Matéria e Forma, no Paço Imperial
1994 - São Paulo SP - Programa Anual de Exposições de Artes Plásticas, no Centro Cultural São Paulo - CCSP
1996 - Londres (Inglaterra) - Coletiva, na Galeria Cynthia Borne
1996 - Niterói RJ - Coleção João Satamine, no Museu de Arte Contemporânea - MAC/Niterói (Niterói, RJ)
1996 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições - Coleção Giberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1996 - Salvador BA - Novas Aquisições - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA
1997 - São Paulo SP - Arte Cidade: a cidade e suas histórias
1998 - Aachen (Alemanha) - Coletiva, no Ludwig Forum für Internationale Kunst
1998 - Berlim (Alemanha) - Coletiva, na Haus der Kilturen der Welt
1998 - Haeiden Hein (Alemanha) - Coletiva, no Kunst Museum
1998 - Busan (Coréia do Sul) - Best Collections from Museums of Sister Cities, no Busan Metropolitan Art Museum
1998 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na EAV/Parque Lage
1998 - São Paulo SP - Cohntemporânea, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Belo Horizonte MG - Da Pintura e da Escultura, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
1999 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Brasileira, Museo Nacional de Bellas Artes
1999 - Nova York (Estados Unidos) - Painting From Latim América, na Generous Miracle Galeria
1999 - Rio de Janeiro RJ - MAM Uma Seleção, no MAM/RJ
1999 - Rio de Janeiro RJ - Os 90, no Paço Imperial
2000 - Lisboa (Portugal) - Um Oceano Inteiro Para Nadar, na Culturgest
2000 - Nova York (Estados Unidos) - American Triangle, na Generous Miracles Gallery
2000 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial
2000 - Rio de Janeiro RJ - Gerações, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Universidarte, na Universidade Estácio de Sá
2001 - Rio de Janeiro RJ - Atípticos, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Rio de Janeiro RJ - Gesto, matéria, cor e imagem, no MAM/RJ
2002 - Curitiba PR - Obras do Faxinal das Artes, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná -MAC/PR
2002 - Miami (Estados Unidos) - Abstractions, na Virginia Miller Galeria
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - 10 Anos Marília Razuk, na Marília Razuk Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - Vitória ES - Coletiva, no Museu Vale do Rio Doce
2003 - Badajoz (Espanha) - Novas Aquisições - Coleção Cultergest, no Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo
2003 - Petrópolis RJ - Via BR 040: longo trecho em aclive, no Museu Imperial
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Lurixs Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - Paralela
2003 - Vila Velha ES - O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce
2004 - Niterói RJ - Pintura e Desenho - 90/00, no MAC/Niterói
2004 - Rio de Janeiro RJ - 30 Artistas, na Mercedes Viegas Escritório de Arte
2004 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral
2004 - São Paulo SP - Paralela
2004 - Vitória ES - Casa - A Poética do Espaço na Arte Brasileira, no Museu Vale do Rio Doce
2005 - Arizona (Estados Unidos) - Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, no ASU Art Museum
2005 - Brasília DF - Encontro com Arte , Razão e Sensibilidade
2005 - Niterói RJ - Onde as Obras Dormem, no MAC-Niterói
2005 - Porto Alegre RJ - 5ª Bienal do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira Hoje, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Chroma, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2005 - São Paulo SP - Convidados do Panorama da Arte Brasileira - MAM/2005, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - São Paulo SP - 29º Panorama da Arte Brasileira, no MAM/SP
2006 - Curitiba PR - O Espaço Inventado, no MAC/PR
2006 - Lisboa (Portugal) - Surrounding Matta - Clarck, na Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea
2006 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Hoje: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Santander Cultural
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 100 Anos de Arte Brasileira na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral 2006
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 25 Artistas, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados
2007 - Ribeirão Preto SP - E: Conjunção - Conexão, na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 - 2006, no Itaú Cultural
2008 - Madri (Espanha) - Arco, no Instituto Feira de Madri
2008 - Arte Pela Amazônia: arte e atitude
2008 - O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR
2008 - Pásions Privadas, Visions Públicas
2008 - Olhares Cruzados
2008 - 3º Arquivo Geral
2009 - Coletiva 08
2009 - Trabalhos em Papel
2009 - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções João Sattamini e Mac de Niterói
2010 - Do Pensamento à Representação
2010 - 1ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - 2ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - Coletiva na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2010 - Entre Meios
2010 - Kierkegaards Walk
2010 - Ponto de Equilíbrio
2010 - 4º Arquivo Geral
2010 - Coletiva 10
2011 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2011 - O Colecionador de Sonhos
2012 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2012 - [alguns de] NÓS
2013 - Forma e Presença
2013 - As Tramas do Tempo na Arte Contemporânea: estética ou poética?
2013 - Parque de Transgressões
2013 - Parque de Transgressões
2014 - Iberê Camargo: século XXI
2014 - 20 Anos
2016 - Do clube para a praça
2016 - Cidade Jacaranda
2016 - Transparência e Reflexo
2016 - (In) mobiliario
2016 - Specchio Paulo Reis
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Fronteiras, Limites, Interseções: entre a arte e o design
2017 - Luz = Matéria
2018 - 10 Contemporâneos
2018 - Horizontes - As Paisagens nos Coleções MAM Rio
2019 - Homenagem a Reynaldo Roels Jr.
2020 - Campos Interpostos
Fonte: JOSÉ Bechara. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 26 de março de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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José Bechara | Wikipédia
José Bechara (Rio de Janeiro, 1957) é um artista plástico carioca, conhecido pelo seu caráter experimental e a utilização diversificada de métodos e materiais, o que permite novas experiências no campo pictórico.
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) e hoje vive e trabalha no Rio de Janeiro. No início de sua carreira, sua obra era predominantemente pictórica, mas a partir do desenvolvimento de sua linguagem poética, os trabalhos passaram a incluir esculturas e instalações, além dos desenhos e pinturas, e a travar um diálogo mais direto com a arquitetura. Como explica Luis Camillo Osorio no texto introdutório sobre Bechara para Fendas, o catálogo da exposição individual do artista no MAM em 2010: “A saturação das oxidações foi se acumulando, por pressão da própria maturação da poética do seu processo, na superfície das lonas e se projetando no espaço. Este jogo entre saturação e estruturação acompanha o desenrolar do trabalho. Ora predomina a densidade métrica, o acúmulo de elementos que se concentram e se expelem, ora sobressai o esforço estruturante, a grade geométrica e o desenho linear”.
Carreira artística
José Bechara iniciou seus estudos artísticos em 1987 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Depois de 4 anos de estudo, em 1991, o artista passou a integrar um ateliê coletivo na Lapa, centro do Rio de Janeiro, com os artistas Angelo Venosa, Luiz Pizarro, Daniel Senise e Raul Mourão. É em 1992 que Bechara começa suas experimentações com suportes e técnicas diversificadas, uma característica marcante de seus trabalhos até hoje. Ainda se dedicando exclusivamente à pintura, o artista experimenta novos suportes para suas telas, como lona usada de caminhão e couro bovino, além de desenvolver técnicas de oxidação de cobre e ferro. Foi também neste ano que ele realizou sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes. Em 1994, Bechara recebeu o prêmio Aquisição no 13º Salão Nacional de Artes Plásticas e passou a ser representado pela galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro. Em 1997, o artista se instalou em seu ateliê no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, onde ainda trabalha.
Em 2002, Bechara realizou sua primeira experiência escultórica com A casa, durante uma residência artística em Faxinal do Céu, Pinhão, Paraná, sob a curadoria de Agnaldo Farias e Fernando Bini, e a consultoria de Christian Viveros. A versão inicial deste projeto foi pensada a partir da casa que servia de habitação e ateliê para o artista durante a residência. A mobília da casa foi reorganizada, se projetando para fora pelas portas e janelas e a peça foi fotografada, dando origem a duas séries: Temporária e Paisagem doméstica ou não me lembro do que dissemos ontem, que hoje integra coleções nacionais e internacionais, coma a do Centro Pompidou em Paris, França. Outros desdobramentos desse projeto são Área de serviço, uma exposição no Paço Imperial do Rio de Janeiro, organizada no programa Atelier Finep em 2004, que mostra conjuntos de móveis domésticos organizados plasticamente; e algumas séries de trabalhos de experimentação gráfica como Externo e Interno.
Em 2004, uma exposição no MAM-Rio, intitulada A Casa, Reuniu todo o processo até então desenvolvido além de uma peça escultórica de madeira em dois volumes com o mesmo título. Open House, uma série de esculturas em menor dimensão desenvolvida a partir de 2006, também trata o tema da casa simbólica e plasticamente. Também em 2006 o artista fez a escultura Ok, ok, let’s talk, uma instalação de mesas de jantar formando um plano irregular intercaladas por duas cadeiras. Esse trabalho foi exposto na Pinacoteca de São Paulo, assim como no Patio-Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Español e na Galeria Mário Sequeira, com uma versão em madeira e uma versão em aço.
A Série Esculturas Gráficas, iniciada em 2009, representa bem a tensão que trabalha o artista entre o geométrico e o material. Obras dessa série foram expostas em importantes instituições como o MAM-Rio de Janeiro, o Instituto Tomie Ohtake e CapeDiem Arte e Pesquisa, Lisboa. Em 2010, com a série Gelosia, Bechara começa a trabalhar com o vidro como suporte para suas obras. Placas de vidro com oxidação de aço, placas de fórmica e tinta acrílica constituem peças escultóricas que se apoiam contra a as paredes e quinas das salas de exposição.
Exposições Individuais
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP , Brasil.
2019
José Bechara. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil.
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arte Gallery, Miami - FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Em exibição
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil. Em exibição.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Galeria Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria de Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric[ligação inativa], Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Visto de Frente É Infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal
2011
José Bechara: Colisão e Trânsito. Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte
José Bechara: Ultramar com 5 Cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal
José Bechara: anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal
José Bechara. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória
2008
Sobremirada. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Ok,Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha
2007
Geométrica. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
Paisagem Doméstica. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Ok, Ok Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha
Tráfego diurno – Noite horizontal. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba
2004
Paramarelo. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2003
Área de serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, EUA
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1995
José Bechara. Galeria André Millan. São Paulo
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro
Publicações
2019
Território Oscilante. Editora Barléu (português, inglês, espanhol e alemão)
A Terceira Margem. Catálogo da Anozero'19 - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra (português e inglês)
José Bechara: Território Oscilante. Catálogo da exposição individual na Fundação Iberê Camargo (português)
Walking Through Walls. Catálogo da exposição coletiva no Museu Gropius Bau em Berlim (inglês)
José Bechara: Partes Soltas. Catálogo da exposição individual na Galeria Simões de Assis (português)
2016
Arte Brasileira para Crianças. Editora Cobogó (português)
2015
José Bechara: Squares & Patterns. Texto Profª Drª Beate Reifenscheid, Ludwig Museum. Catálogo Ludwig Museum (Alemão e inglês)
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Catálogo da exposição individual na Galeria Paulo Darzé (português)
José Bechara. Catálogo da exposição individual na na Galeria Simões de Assis (português)
2013
José Bechara. Texto de Agnaldo Farias. Editora Barléu (português, espanhol e inglês)
2012
Desdobramentos da pintura brasileira século XXI - Cobogó (português e inglês)
Projeto Respiração Márcio Doctors - Cobogó e Fundação Eva Klabin (português e inglês)
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú - Itaú Cultural (português e inglês)
2011
José Bechara – Fendas Catálogo da exposição, 2010/11 (português e inglês)
2010
Desenhos – José Bechara. Como piscada de vaga-lume - Réptil (português e inglês)
2009
Antes de ayer y pasado mañana – o lo que puede ser pintura hoy - Arte Contemporáneo y Energia AIE – MACUP & Artedardo, S.L. – Dardo ds (português e inglês)
Arte e Ousadia – O Brasil na coleção de João Sattamini - Aprazível Edições, 2008/2009 (português e inglês)
2008
Blefuscu - Dardo (português, espanhol e inglês)
Dardo Magazine n.7 - Dardo (português, espanhol e inglês)
Um Século de Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de Santa Catarina (português e inglês)
Coleção Ana Luisa e Mariano Marcondes Ferraz - Textos de Luiz Camillo Osório e Mariano Marcondes Ferraz (português e inglês)
Paixóns Privadas, Visións Públicas - Museo de Arte Contemporâneo de Vigo, Espanha – Marco (galego e inglês)
2006
A Casa - Francisco Alves (português e inglês)
Coleção Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil de 1981 – 2006 - Itaú Cultural (português e inglês)
2005
A Persistência da Pintura – Núcleo Contemporâneo - Fundação Bienal do Mercosul (português, espanhol e inglês)
Panorama da Arte Brasileira 2005 - Museu de Arte Moderna de São Paulo (português e inglês)
José Bechara - Dardo (português, espanhol, galego e inglês)
2002
Museu de Arte Moderna da Bahia - Editora Gráficos Buriti (português)
Construir Habitar Pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporâneas - Instituto Valenciano de Arte Moderno, Espanha (português, inglês e valenciano)
25ª Bienal de São Paulo – Iconografias Metropolitanas - Fundação Bienal de São Paulo (português e inglês)
1998
José Bechara - Dardo (português e inglês)
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de São Paulo – MASP (português e inglês)
Biografia
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-BR; Centre Pompidou-FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer-BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RIO–BR;Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; Benetton Foundation-IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH; Fundo BGA–BR, entre outras.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Site Oficial
Biografia
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde trabalha e reside. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), localizada na mesma cidade.
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing; A World of Coexistence – Bienal Internacional de Jinan de 2022-CN; Anozero’19 – 3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra; Bienalsur 2019 – Museu Nacional de Riade, Arábia Saudita e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; Fundação Biblioteca Nacional–BR; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Gropius Bau–DE; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro–BR; Centre Pompidou–FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer–BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra–PT; Coleção Gilberto Chateaubriand–BR; Fundação Biblioteca Nacional–BR; Coleção Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo–BR; Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – PT; Benetton Foundation–IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH, entre outras.
Currículo
2024
Lampejar. Instituto Artium de Cultura, São Paulo – SP, Brasil.
Intersecções Obtusas. Galeria Simões de Assis, Balneário Camboriú – SC, Brasil. Curadoria: Matheus Nunes.
2023
Dancing in my room. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, USA.
O Galaxie do Amor para Sempre. Galeria Paulo Darze, Salvador – BA, Brasil.
2022
NERVO COMBUSTÃO FLUXO. Lurixs, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fugitivas. Madrid XF Proyectos Art Contemporáneo, Madrid – ES, Espanha.
Zênite. Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil.
2021
José. Matias Brotas Arte Contemporânea, Vitória – ES, Brasil. Curadoria: Eucanaã Ferraz.
Os Meios Dias. Casa Albuquerque Galeria de Arte, Brasília – DF, Brasil.
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Clarissa Diniz
2019
Território Oscilante. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil. Curadoria: Luiz Camillo Osório
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil.
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Simões de Assis Galeria da Arte, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric, Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Agnaldo Farias.
Visto de frente é infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
2011
José Bechara: Colisão e trânsito. Museu de Arte Moderna da Pampulha. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
José Bechara: Anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal.
José Bechara. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal.
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
2008
Sobremirada. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Ok, Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
2007
Geométrica. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
Paisagem Doméstica. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Ok, Ok, Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha.
Tráfego diurno – Noite horizontal. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba – PR, Brasil.
2004
Paramarelo. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2003
Área de Serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, USA.
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba – PR, Brasil.
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. GaleriaMarília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1995
José Bechara. Galeria André Milan. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Exposições Coletivas
2025
“A Tela Insurgente” – Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Antônio Gonçalves Filho.
2024
Do lado mais visível das imagens. Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). Coimbra, Portugal. Curadoria: José Maçãs de Carvalho e Daniel Madeira.
2023
A Casa era a Rua. Galeria Carlos Carvalho, Lisboa-Portugal. Curadoria: Alexandre Melo.
Nuances de Brasilidade: Repertório. Centro Cultural da PGE-RJ. Rio de Janeiro, Brasil. Curadoria: Cecilia Fontes.
2021
Da Letra à Palavra. Museu Judaico de São Paulo. São Paulo- SP, Brasil. Curadoria: Lena Bergstein.
2019
Recovering Stories, Recovering Fantasies. Museu Nacional de Riade – Arábia Saudita. Curadoria: BIENALSUR – Diana Wechsler.
3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, A Terceira Margem. Coimbra – Portugal. Curadoria: Agnaldo Farias. Trabalho selecionado: Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa.
Walking through Walls, Martin Gropius Bau, Berlim – Alemanha. Curadoria: Sam Bardouil e Till Felrath.
Alma do Mundo – Leonardo 500 Anos, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Curadoria: Marco Lucchesi.
2018
Pequenos formatos e múltiplos. Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Accrochage de Verão. Galeria Graça Brandão, Lisboa – Portugal.
#iff2018. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto- SP, Brasil. Curadoria: Rejane Cintrão e João Carlos.
Lugares do delírio . SESC Pompéia, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
2017
7ª Bienal Internacional de Arte de Pequim. Pequim, China. Trabalho selecionado: Paramarelo com pássaro retangular hesitante, 2009-2017.
1ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul – BIENALSUR. Buenos Aires, Argentina. Trabalho selecionado: Nuvem para meia altura, 2013-2017.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 4º momento. Espaço Adães Bermudes, Alvito, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 3º momento. CACPS – Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, Ponte de Sor, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Lugares do delírio. MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 2º momento. CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Coimbra, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
2016
(In) Mobiliario. Galeria Habana, Havana, Cuba. Curadoria: Diana Cuéllar Ledesma
Pequenos Formatos: Dimensão e Escala. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Texto de Felipe Scovino.
The agony and the ecstasy – Latin American art in the collections of Mallorca; A review based on contemporaneity. Es Baluard – Museo d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 1º momento. CAAA – Centro para os Assuntos de Arte e Arquitetura, Guimarães, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Intervenções Urbanas – ArtRio. Museu da República, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Transparência e reflexo. MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), São Paulo – SP, Brasil.
Cidade Jacaranda – ocupação artística. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Em polvorosa – um panorama das coleções MAM-Rio. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2015
Diálogos Construtivos no Brasil: Passado e Presente. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Casa Cidade Mundo – A Beleza Possível Módulo I. Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Evandro Salles.
2014
20 anos de Mercedes Viegas. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Expoarte 2014 – Resistência e Transgressão (Programa Poéticas da Tridimensionalidade). Casa Cor, Serra – ES, Brasil. Curadoria professora Almerinda da Silva Lopes.
Iberê Camargo: século XXI. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – RS, Brasil. Curadoria Comitê Curatorial da Fundação Iberê Camargo.
Momento contemporâneo, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2013
Lupa. Mostra coletiva dentro do programa da Art Rio 2013. Pier Mauá, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria de Abaseh Mirvali.
Parque de Transgressões. SIM Galeria. Curitiba – PR, Brasil.
Mostra de Artistas Contemporâneos. Exposição coletiva para o ICOM 2013 – 23a Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus. Cidade das Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Great Men Die Twice. Casa da Cultura da Comporta. Comporta, Portugal.
Casa ocupada. Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Câmara Municipal de Almada. Almada, Portugal.
As tramas do tempo na Arte Contemporânea: Estética ou Poética? Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
Forma e presença. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil.
O Abrigo e o Terreno – exposição inaugural. Museu de Arte do Rio (MAR). Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2012
Coleção BGA – Brazil Golden Art. Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). São Paulo – SP, Brasil.
Art-quitecturas. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Colectiva de desenhos. Quase galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
This is Brazil! 1990-2012. Palacio Municipal de Exposiciones Kiosco Alfonso e PALEXCO. A Coruña, Espanha.
[alguns de] nós. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro– RJ, Brasil.
Além da forma: plano, matéria, espaço e tempo. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2011
1911-2011 – Arte Brasileira na Coleção Itaú. Palácio das Artes. Belo Horizonte – MG, Brasil.
Sobre Vitória – Usina Galeria de Arte – 25 anos depois. Museu de Arte do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
Múltiplos Sentidos. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
1911-2011 – Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Construção e Desconstrução da Arte Brasileira (anos 1900 / 2000), festival de arte Europália. Bozar. Bruxelas, Bélgica.
O Colecionador de Sonhos. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – RJ, Brasil.
Trienal de Arquitectura de Lisboa, Portugal.
2010
Do Pensamento à Representação. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2007-2010 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Bizarro. Festival Estrella Levante SOS 4.8. Murcia, Espanha.
Ponto de Equilíbrio. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
O passeio de Kierkegaard. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Falemos de casas: quando a arte fala arquitectura [construir, desconstruir, habitar]. Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado & Trienal de Arquitetura de Lisboa. Lisboa, Portugal.
2009
Trabalhos em papel. Galeria Mercedes Viegas. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Estética Solidária. Palácio Marquês de Pombal. Lisboa, Portugal.
Antes de ayer y passado mañana; o lo que puede ser pintura hoy. MACUF – Museo de Arte Contemporáneo Unión Fenosa. La Coruña, Espanha.
FotoRio 2009. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paisatges Creuats/Paisagens Cruzadas, novas aquisições para a coleção permanente. Fundació Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Building Rooms. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Coleções 9. Galeria Luisa Strina. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara – Herbert Hamak – Winston Roeth. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Spain.
2008
Arquivo Geral. Centro Cultural da Justiça Eleitoral. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR. Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
Curitiba – PR, Brasil.
Pasiones Privadas, Visiones Públicas. MARCO, Museu de Arte Contemporânea de Vigo. Vigo, Espanha.
Proporções monumentais: seleções da coleção permanente. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Parangolé, fragmentos desde os 90 no Brasil, Portugal e Espanha. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
Arte pela Amazônia. Fundação Bienal de São Paulo, Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
São Paulo – SP, Brasil.
Construir, habitar, pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporáneas. Instituto Valenciano de Arte Moderna. Valencia, Espanha.
Traços Traçados. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
La mirada d´Abril: Noves propostes/nuevas propuestas/new proposals. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
2007
A última casa, a última paisagem. Matias Brotas Arte Contemporânea e galeria Espaço Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
“E” Conjunções/Conexões. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
80/90 Modernos, Pós-Modernos, Etc. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2006-2007 — Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil 1981-2006. Centro Cultural Itaú. São Paulo – SP, Brasil.
2006
1910 – 2000 – Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de arte brasileira. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paralela São Paulo 2006. Pavilhão Armando de Arruda Pereira, Parque do Ibirapuera.
São Paulo – SP, Brasil.
Dwell. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Surrouding Matta-Clark. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
O Espaço Inventado. Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Curitiba – Paraná, Brasil.
É HOJE na arte brasileira contemporânea: coleção Gilberto Chateatubriand. Santander Cultural. Porto Alegre – RS, Brasil.
Só Pintura. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2005
29° Panorama da Arte Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
A Persistência da pintura – Núcleo contemporâneo. V Bienal do Mercosul. Porto Alegre – RS, Brasil.
Conexão contemporânea. Fundação Nacional de Arte, FUNARTE. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Onde as obras dormem. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Rampa: signaling new Latin America art initiatives. Arizona State University Art Museum. Phoenix, EUA.
Encontro com arte – razão e sensibilidade. Casa Cor. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Chroma. Museu de Arte Modern do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira hoje. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2004
Casa – a poética do espaço na arte brasileira. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Paralela a 26ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo geral: arte contemporânea no Jardim Botânico. Centro de Cultura e Meio Ambiente Antonio Carlos Jobim. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2003
Sal da terra. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Via BR 040, Longo trecho em aclive. Museu Imperial. Petrópolis – RJ, Brasil.
Novas aquisições, Coleção Culturgest. Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporaneo. Badajoz, Espanha.
Exposição inaugural. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
Mapa do Agora. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Iconografias metropolitanas, 25ª Bienal de São Paulo. Fundação Bienal de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Abstractions. Virginia Miller Gallery. Miami, EUA.
Caminhos do Contemporâneo. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Faxinal das Artes. Museu de Arte Contemporânea. Curitiba – PR, Brasil.
Faxinal das Artes – Programa de residência de artistas contemporâneos. Faxinal do Céu, Pinhão – PR, Brasil.
2001
Atípicos. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Gesto, matéria, cor e imagem. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2000
Um oceano inteiro para nadar. Culturgest. Lisboa, Portugal.
UniversidArte VIII. Galeria Especial, Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
American Triangle. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
Gerações. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
Anos 90. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira. Museo Nacional de Bellas Artes – MNBA. Buenos Aires, Argentina.
MAM: uma seleção. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Small-big paintings from Latin America. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
1998
Museu de Arte Contemporânea. Pusan, Korea.
Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
Galeria EAV, Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Haus der Kulturen der Welt. Berlin, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Ludwig Forum Für Intl Kunst. Aachen, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Kunst Museum. Hayden Hein, Alemanha.
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte de São Paulo, MASP. São Paulo – SP, Brasil.
1996
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna da Bahia. Salvador – BA, Brasil.
Coleção João Sattamini. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Brazilian Artists. Galeria Cyntia Borne. Londres, Inglaterra.
1994
Matéria e Forma. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1993
Gravidade e Aparência. Museu Municipal de Arte. Fundação Cultural de Curitiba. Curitiba – PR, Brasil.
1992
Gravidade e Aparência. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
9X6. Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Diferenças. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Principais Coleções
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Brasil
Pinacoteca do Estado de São Paulo – Brasil
Ludwig Museum of Koblenz – Alemanha
Museu Oscar Niemeyer – Brasil
Centre Pompidou – França
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini – Brasil
Instituto Itaú Cultural – Brasil
Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo das Artes Plásticas de Coimbra – Portugal
Coleção Gilberto Chateaubriand – Brasil
Coleção Ateliê de Gravura Fundação Iberê Camargo – Brasil
Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
Museu de Arte Moderna da Bahia – Brasil
Museu de Arte Contemporânea do Paraná – Brasil
Culturgest – Portugal
FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – Portugal
Benetton Foundation (Imago Mundi) – Itália
Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma – Espanha
CAC Málaga – Espanha
MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo, Coleção Espacio Atlântico –Espanha
FIL/AIP Feira de Lisboa – Portugal
ASU Art Museum – Estados Unidos
Museum of Latin American Art [MOLAA] – Estados Unidos
Universidade Cândido Mendes – Brasil
Fundação Brasilea – Suíça
Museu Casa das Onze Janelas – Brasil
Instituto Figueiredo Ferraz/ Coleção Dulce and João Carlos Figueiredo Ferraz – Brasil
Fundación DIDAC – Santiago de Compostela, Espanha
Textos
A Geometria Oxidada de José Bechara
Se é verdade que nem todos os caminhos da arte moderna levam ao abstracionismo, também é verdade que a arte abstrata abriu à pintura numerosas vias de expressão. A prova disso está na obra do pintor brasileiro José Bechara.
O principal dilema da arte abstrata, uma mudança radical do olhar, se faz presente nas oxidações de José Bechara, oxidações que nos levam a uma redefinição da própria natureza da pintura. Aqui, nesta sua arte aparece um elemento inovador, uma nova forma como substância plástica, como diria Joseph Beuys. Ou, em outras palavras, “uma transfiguração a partir do zero das formas” como Malevich já se propusera. Mas, se o pintor russo leva o tema à sua redução última em uma superfície toda branca ou toda negra, o brasileiro incrementa uma substância, a oxidação, ao gerar sua própria transfiguração em grandes telas como Núpcias, ou Série Mercúrio I & II, nas quais o processo de oxidação se realiza por meio de diferentes pigmentos, construindo interessantes contrastes entre as diferentes áreas dos quadros. É o que vemos em uma tela de grandes dimensões como em Nine females, onde o artista introduz outro elemento – o couro de vaca – para criar uma impressão não de todo desprovida de erotismo. Os planos que dividem a tela produzem um efeito de collage, pois enquanto a composição dos planos superiores se aproxima a um pentagrama, os demais preservam as tênues cores da pele do animal, exibindo ao mesmo tempo traços do corpo feminino.
Na minha opinião, são as oxidações, entretanto, que levam sua interrogação da matéria ao extremo.
Sabemos que a arte abstrata consiste, antes de mais nada, em retirar o objeto do campo do olhar até convertê-lo em pura ausência. É a partir desta ausência, ou deste zero, que o artista abstrato começa a criar sua outra realidade, fazendo surgir uma escrita do invisível. No caso de José Bechara, se nos atermos simplesmente às suas estruturas, descobriremos que não estão distantes das primeiras orientações do chamado neoplasticismo, cujas origens remontam à segunda década do século 20. Toda a construção de sua obra se baseia na estrita arquitetura de linhas, quadrados, retângulos etc., que preenchem os espaços, dando continuidade a este ideal de pureza que o neoplasticismo quis acercar musicalmente às fugas de Bach. Não é, entretanto, neste ponto que se detém a busca. Soma-se à pureza que vemos nos quadros de Mondrian, Theo Van Doesburg, Vantongerloo e outros, um elemento que a transgride: a oxidação. E é aí, a meu ver, que José Bechara abre um novo caminho à arte abstrata.
Bechara em vez de procurar na cor o resultado final de uma composição que principia como pura forma ataca a superfície do quadro, criando com seu processo de oxidação uma substância plástica diferente. Nem efeitos visuais com campos de cor delimitados ao modo de Mondrian, nem tampouco a tela sujeita às manipulações da chamada “arte bruta”. Para o pintor trata-se basicamente de trabalhar as superfícies imbuído do sonho do alquimista ao início de sua obra: o de testemunhar uma transfiguração. O alquimista encerra sua busca ao encontrar a pedra filosofal, enquanto que para Bechara o objetivo está na criação de uma natureza plástica.
Mais que um sonho então, é o procedimento artesanal de uma série de elementos com os quais o artista joga para criar um efeito pictórico. Mas como sói acontecer, esses efeitos entram por diferentes vias do olhar. Para uns permanecerão aí, simples efeitos, enquanto que para outros as oxidações como meio expressivo dão origem a novas especulações. E este processo se une a outros de conotação poética e até metafísica. Para usar um termo caro aos alquimistas: não será este processo algo semelhante ao nigredo, palavra que eles usam como parte do morrer e do renascer da matéria? Não há dúvida de que uma das tantas vias que a arte contemporânea nos abre é a via especulativa, pela qual podemos “fazer voar nossas bolas de cor” como tantas vezes me falou Lezama quando deixava correr solta sua imaginação inesgotável. A forma com que Bechara atua sobre sua matéria o converte, portanto, no agente de uma espécie de vibração primordial, desta que vai deixando impressas na tela as marcas de sua passagem.
— Texto de Carlos M. Luis. Publicado em El Nuevo Herald, Miami, EUA, 2004.
A ação – Pesos Densos
O que significa ainda isto: o pintor pintar? Um dos mais surpreendentes eventos deste final do século – ou ao menos para o que se convencionou chamar de década de 90 – é que um pintor tenha continuado a pintar. A obra de José Bechara surpreendeu a partir de 1997, quando expôs numa galeria carioca. Era impacto, forte, até mesmo rude. Esse frescor de primavera na pintura, mas também o rompante de ventos fortes, rudeza, aridez e beleza estavam calçados em grandes superfícies, que parecia metabolizar muito do que acontecera na arte brasileira dos anos 70 até ele. Há um núcleo conceitual, que se desfaz para um informalismo e deste para uma grade construtiva. Tudo isto meio solto e meio preso a uma forte tensão da matéria, pouco vista na recente arte brasileira, de Iberê aos últimos quadros de Jorge Guinle Filho. Além disto, havia um método que, no caso de José Bechara, não pode ser visto como separado de sua pintura. Método e finalidade são para ele uma coisa só. Agora, Bechara foi convidado pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro para cumprir um desafio. O de ocupar o vasto pé-direito do museu, um lugar onde muita pintura tende a definhar, devido à escala do espaço. Por mais de um ano trabalhando num ateliê em São Cristóvão (uma desativada fábrica), hoje sincopada pelo trabalho de um outro artista, cães vadios, um pedaço de um carro alegórico de carnaval, um certo silêncio modorrento sob o sol, que se esbate sobre detritos, coisas jogadas fora e lixo industrial, Bechara preparou superfícies imensas (4 x 5m), oxidadas, com a única tarefa de trabalhar o local que lhe foi oferecido. Pode-se dizer que, sem abandonar o Espaço da Pintura, Bechara tende a fazer algo que o supere pelo fato de que é o local que deve ser posto em questão.
Isto significa, simplesmente, que o pintor não parte do fato de pôr “janelas”, quadros pintados, na parede. Nem mesmo, ele propõe – como muitos outros artistas já tentaram – uma instalação para envolver e resolver as dificuldades daquele complexo espaço. Os recursos de Bechara, comparados aos das instalações, são até bem mínimos: superfícies pintadas, ou seja, um conjunto de Planos, que possam sensibilizar de forma ótica o espectador. São obras, portanto, de ação e estratégia. Ação sobre o espaço e energia estratégica para colocar aquele local num fluxo de atenção estética, que esteja em confronto com aquela dimensão que soa como uma fenda, um abismo, uma espiral devoradora. É um combate contra o Muro. Não que isto seja um problema que os artistas, volta e meia, não sejam obrigados a enfrentar. O Muro é uma coisa que fecha, que circunda e que impede. A primeira ação sobre o Muro (além, é claro, das pinturas primitivas das cavernas) é torná-lo cena, o que os afrescos dos muralistas tratam de organizar. Cena contra o silêncio do Muro, tais artistas, numa escala muito grande de tempo, trabalharam de diversos modos até chegarem os artistas contemporâneos que destroem após a exposição as obras que afixaram nele, supondo que elas entraram naquele espaço só para ocupá-lo por instantes, feitos só para aquele local. Desse modo, não há sentido nem em mantê-las ali depois do evento artístico, nem em removê-las para outro lugar museológico, ou mesmo deixá-las à venda numa galeria.
Este ano, em outro museu, o MAC de Niterói, o artista brasileiro Antonio Manuel resolveu atuar sobre o impedimento do Muro. É verdade que não quebrou as paredes do museu, mas sugeriu que isto seria possível, ou melhor, é possível pensar e sonhar com isto. Sem querer discutir a sociologia da destruição dos museus, uma ideologia do começo do século, penso que Antonio Manuel convenceu-se de que o enfrentamento com o Muro era algo da história da arte desde os tempos imemoriais. Ergueu um muro dentro do museu – e o quebrou a golpes de picareta. O enfretamento de Bechara, é lógico, é bem diferente. Até onde eu sei, ele não foi um artista – como minha geração viveu e cresceu – com matrícula na Antiarte que, a meu ver, lhe parece algo indiferente, embora seu trabalho utilize determinados elementos desse movimento histórico. Bechara, de outra geração, faz primordialmente pintura. Bem que sua pintura sobreviva como um além sobre ela, até porque ele não pinta com pincéis e tintas; Bechara usa água, tufos e esponjas de aço-carbono, fogo e lonas usadas de caminhoneiros. E esta não é uma tela branca. Ela já é uma estrutura, uma “paleta”, um “pictórico” que o acaso, o tempo e a necessidade em remeterem para o artista como algo que já foi pintado. É uma pintura que a partir daí Bechara fará evocando eventos temporais numa mesma seqüência. Além disso, creio que ele não pinta sobre as lonas – elas são um fato pictórico entrelaçado ao que ele depois executará “sobre” elas. As obras que Bechara, com razão, chama de “matéricas”, expostas no MAM e feitas para aquele específico local do museu, são, de fato, um evento que se poderia chamar de “momento glorioso e dramático da matéria”.
As grandes peças são carregadas de nervos, texturas, volumes, massa decomposta pela ação da água sobre as esponjas, deterioração e infusão, medida e desmedida, vida e morte do orgânico, peso e densidade. Principalmente nesta “ocupação” do MAM, peso e densidade estão na superfície e não em algo pesado como uma escultura. Peso e densidade se espalham sobre a superfície supostamente lisa e estendida. Depois, ela parece modelada pela matéria, como se vê nos blocos de massa que o artista organiza nas lonas. O confronto de Bechara com a historicidade do Muro (“é possível destruí-lo”, sugere o trabalho de Antonio Manuel no MAC) é o de ofuscá-lo e não temê-lo. Ofusca-se pela cena como nos afrescos, murais e obras minimalistas abstratas. Ou seja, por dinamizá-lo. Ofuscá-lo quer dizer aqui tornar o lado do Muro sem ação, absolutamente neutro, para a afirmação de sua “pictórica”. É distanciá-lo o bastante até se excluir. O que sobra? No caso de Bechara é esta efervescência de matérias, esses pesos densos. Além de tudo, há uma “paleta” – marrons, vermelhos, negros, cinzas –, decomposições de outras matérias.
O que há aqui é uma cena a ser dinamizada. A cena é feita pela obra em presença e não por uma camuflagem do Muro. É permitido pensar que há uma poética e mesmo um vínculo ontológico com o mundo nisto tudo que vemos. O Muro, que é limite e proteção ao mesmo tempo, se torna um aquém. É que através da densidade da pintura, podemos ultrapassá-lo, mesmo estando diante de um pé-direito de um museu. O outro lado que a pintura aponta, com sua rude eloqüência e seu frescor pictórico, é esta cosmologia de matérias que nos faz saltar do imediato, este que nós ainda estamos vendo, e que se prolonga para um Cosmo muito além de nós. Aquele que, de certo, está fora dos Muros.
Observação: Eu não vi a manifestação do artista no MAC. O que narro é o relato oral e o da imprensa na época da mostra de Antonio Manuel de Barrio no Museu;
O Resto como Beleza – O método
Lévi-Strauss observou que a sociedade se movia por meio de três tipos de troca: a da mercadoria, a de mulheres e a simbólica, esta especialmente feita pela linguagem. O trabalho de José Bechara tem o seu ponto de partida em dois modelos de troca, visto pelo antropólogo francês, como condições fundadoras da vida social. O que chama atenção, porém, é que as duas trocas – a da mercadoria e a simbólica – que movem o início do trabalho de Bechara não se utilizam de nenhuma base antropológica, nem seu trabalho encontra um motivo sério para realizar uma mediação junto da antropologia. O gesto que move é amparado pelo o que Pierre Bourdieu chama de campo da arte, onde se insinuará uma estética. É desta maneira, por exemplo, que seu trabalho não participa de nenhuma etologia da vida urbana (não é uma sócio-arte), nem o artista pressupõe, ao trocar encerados novos que ele compra para trocar com outros velhos, que cobrem os caminhões, estes cinzentos, rasurados, empoeirados, que ele está desconstruindo o processo de troca (no caso de um artista conceitual, por exemplo). Nem mesmo Bechara está parodiando o processo de trocas de mercadorias (um pós-modernista irônico). Bechara, com o elemento de troca, não faz nem obras conceituais nem instalações. Bechara não faz um julgamento fora da arte sobre o valor de troca. Se existe economia, ela não é nem conceito, nem paródia, mas o da velha escola escocesa: as lonas são produtos de mercado, que interessa a ambas as partes em jogo, devido ao lucro.
No caso, Bechara é simples. Há algo que muda. É um péssimo negócio trocar encerados novos por velhos, a não ser que o seu uso tenha uma outra significação. É, então, que o artista impõe um valor, alheio ao que significa uma transação comercial. É este gesto estético que muda as coisas, que corrói o valor daquelas mercadorias, que produz uma superabundância de valor, cuja economia é, à primeira vista, invisível. É óbvio que outro mercado está à espera – o de bens simbólicos, que sufraga esta função comercial dando-lhe outro sentido. Mas o que pesa nas trocas de encerado é o valor estético imposto na escolha do artista. Ou, como Bechara diz: “É meu olho que escolhe”. Quem escolhe assim, não esta escolhendo um ready-made. Portanto, o que atuará junto com a troca é o fator simbólico (estético), no qual o artista impõe uma decisão alheia ao valor específico das leis do mercado de encerados(2). Por que, podemos perguntar, há uma superabundância de valor? É que as lonas velhas perdem sua utilidade de mercadoria funcional, cuja lógica é a de proteger mercadorias úteis para o comércio natural. Não é que elas percam utilidade econômica, porque outro mercado as espera, pagando muito mais por aquelas lonas. Mas esse primeiro ato da estética de Bechara é, evidentemente, desinteressado e nem o artista ao fazê-lo, ao menos na sua primeira vez, poderia ter certeza, de que faria uma outra mercadoria.
Esse ato estético – e é nada mais do que isto – mantém uma distância e uma diferença das normas das telas. Geralmente são peças de linho, nas quais se monta um chassi e, no vazio deste branco, pinta-se. Elas podem ser, como de linho, neutras. No caso de Bechara as lonas já são evento da Pintura cheias de acaso e tempo, cinzentas, rasuradas, remendadas, gastas até o último fio da utilidade, transformando-se para o artista em suporte, mas um suporte já pintado pelas ocasiões do tempo e do acaso, preenchido pela força da escolha. Bechara seleciona manchas que são corrosões do tempo e, a partir desta pátina que vem do comércio e da necessidade, ele libera um grau novo de força e liberdade. Como disse, nada a ver com os ready-mades. As lonas são escolhidas com excesso subjetivo no seu julgamento estético e sem definição no objetivo comércio e indústria de encerados. Lonas que, de fato, agradam a percepção do artista, e que servirão de base e objeto de suas obras.
De certa maneira, há um “informalismo” que não atua por meio da gestualidade inconsciente do artista, mas que trabalha com a ambígua relação de controle e descontrole do material.
O tempo faz o seu inevitável trabalho informal nas coisas, cria sua rede de texturas, algumas delas classificáveis por técnicas usuais de manutenção (os remendos, por exemplo) e não dispostos, é lógico, em lugares pré-organizados. É o artista, porém, quem escolhe os cortes de que necessita, as manchas que considera desejáveis, riscos e colorações mais aptas à sua conveniência poética. O valor da mercadoria passa a ser apenas um resquício da troca.
O método de Bechara começa sobre a ação do tempo sobre um valor da mercadoria – e este método é a sua invenção. O arranjo do tempo sobre estas lonas, superfícies planares já impressas, das quais ele fará irromper a larva incandescente do material destilado e apodrecido. Ação corrosiva feita pela maceração de palhas de aço sobre as lonas, que a oxida. É assim sobre uma impressão na superfície, cujo tempo imprimiu suas marcas, que o artista desenvolverá a continuidade do seu trabalho. É como se esse silk-screen extraído do tempo tivesse a sua durée bergsoniana. Durée esta que quer se incrustar na matéria e não, a rigor, na memória involuntária. Neste sentido, a superfície de Bechara é uma matéria involuntária, sobre a qual as intuições poéticas do artista darão curso às suas opções.
Isto não é tudo. Embora muitos trabalhos de Bechara pudessem apenas utilizar as lonas como matéria e suporte (um ready-made desviante), eles são organizados pelo artista, de modo que algumas obras pressupõem uma ordenação que sugere uma atmosfera construtiva. Outros trabalhos, mais “informais”, maceração das palhas sobre a superfície em rasuras, criam uma matéria densa, industrialmente orgânica, cuja cor deriva da dissolução química do aço com água. A maceração gera crostas, súbitos empastamentos, tessituras, volumes. Eis então uma paleta industrial, que se recusa a ser veículo da indústria, paleta involuntária, cujos efeitos cromáticos – os da oxidação – não estão bem na lógica da química pictórica.
O trabalho de Bechara, a meu ver, joga com uma série de modelos e sistemas utilizados nos últimos trinta anos de pintura, mas criando as suas próprias regras, algumas inesperadas. Para o exterior, esta pintura que não usa o óleo nem o acrílico evoca uma dissolução temporal. O tempo que corrói, animado pelo uso das lonas dos caminhoneiros e pela destruição do aço-carbono, regado pelas águas, que deixam as marcas de sua dissolução. Para o interior, é uma conquista de uma superfície que foi determinada pela mutação física deste produto industrial. Em certo sentido, muitas das peças de Bechara podem lembrar as matérias de um informalismo revigorado.
Uma ida ao ateliê do artista supera esta definição. Embora Bechara não possa controlar todo o processo químico das esponjas, ele ordena as suas camadas de modo a extrair efeitos possíveis de serem avaliados com alguma precisão. Só em nosso tempo, em que a pintura procura se realimentar de novos processos para, de novo, conquistar seu espaço simbólico e imaginário, os trabalhos de Bechara confundem-se com o seu método e o seu método extrai poesia do processo inventado. Assim, nessas telas imensas, onde uma estranha matéria pulsa sobre a superfície, o pintor só pode representar o acolhimento do seu método. No caso de Bechara, a força que impulsiona uma beleza em resto.
— Texto de Wilson Coutinho. Rio de Janeiro, Brasil. No catálogo “José Bechara”, publicado para a exposição Comendo Margaridas realizada no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1998.
Fonte: Site Oficial. Consultado pela última vez em
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José Bechara para começarmos bem a semana no “Quarenta Views” | Zé Ronaldo
No comecinho dos anos 90, do século passado, eu fiquei próximo ao trabalho do artista plástico José Bechara. Ele era conhecido na cena da arte carioca e eu nesse tempo fiquei amigo de um fotógrafo americano David Sprigle, da Filadélfia, que alugou uma parte no atelier do José Bechara. para fazer um outdoor studio. Muitas arvores, plantas e tudo mais.
Era um casarão antigo na Lapa e algumas vezes que eu ia lá, eu o via colocando em varais, lonas de caminhão oxidadas carregadas de pigmento. Pesadas. E nas conversas com David, comentávamos que José era nosso “homem de lata” do filme “The Wizard of Oz”. Imaginávamos ele vestido com aquelas lonas. Yes, we trip a lot.
Eu e David falávamos bastante sobre fotografia americana desde Ansel Adams a Robert Mapplethorpe e o meu preferido Gregg Toladan. Ás vezes víamos José Bechara mover as lonas de lugar e as recortava, as jogava no chão, quase uma catarse. Sempre muito sério apesar de usar um short daqueles de pelada de praia bem usado. Nós brincávamos que existia um muro entre nós, “o muro da concentração”, tal a dedicação do artista quando ocupava aquele espaço.
De lá para cá vou as suas exposições. Vejo os trabalhos e amo às formas esculturais e as telas que me parecem paradigmas desenhados com linhas e as oxidações. Aliás, que palavra sexy, oxidação, óxidos muito da pele, dos tons. Sinto falta daquele casarão.
Hoje conversamos sobre o agora. Esse momento meio estapafúrdio, meio anunciado e como José Bechara está nisso tudo.
1) Como está sua rotina na quarentena? Ateliê? Live?
Estranha. Na prática, fico entre as atividades domésticas e o ateliê. Estou produzindo em condições diferentes: mais lentamente, e num tipo de relação mais pura com trabalho já que não há agenda a ser cumprida. E sem poder comprar materiais, o que é um problema interessante de enfrentar. O tempo segue estranho porque nesses dias olho as horas desinteressadamente, domingos são iguais a quintas-feiras. E fico observando as coisas por mais tempo, tento ajudar quem precisa de ajuda, leio, faço inventários mentais. Está tudo bem esquisito, parece que estou num daqueles jogos de tabuleiro e tirei uma carta que diz “volte 20 casas” e as casas à frente estão rasuradas. Sim, tenho umas lives marcadas.
2) O que você vai fazer primeiro quando a quarentena começar a abrir?
Abrir a porta devagar, e olhar com cuidado pro lado de fora pra saber se podemos mesmo sair. Depois, sei lá, ir dançar forró com Dedina, minha mulher, em alguma cidade pequena do nordeste ao som de sanfonas. Não sei. Esse momento de abertura vai levar tempo ainda e acho que primeiramente tenho que chegar lá.
3) Você é mais uma pessoa de ambientes fechados ou abertos?
Dos dois. Mas o que mais incomoda é o estado das coisas. Sempre me senti razoavelmente livre, nunca tive chefes a não ser os compromissos que estabeleço. As limitações são claras e são muitas e aí fico perambulando parado procurando sentidos entre razão e espírito. De todo modo nesses instantes mais aprisionadores sou alertado pela lembrança das obrigações de muitos profissionais que não têm tempo pra reclamações, os da área de saúde, bombeiros, transportadores etc, e aí me dou conta de que não tenho direito a questionamentos vinculados ao humor.
4) Qual é a sua opinião sobre como a pandemia irá afetar a maneira de ver arte e de comprar? Porque na internet você pode comprar e ver mais ver ao vivo é diferente?
Bem, inegavelmente afeta os modos nesse momento. Compras online, visitas online já têm sido feitas e seguem sendo cada vez mais numerosas. Temos agora uma série de feiras de arte que estão sendo organizadas na web e vemos também inúmeras ações de galerias e museus no ambiente eletrônico, e em breve deveremos ter notícias dos resultados. Agora, acho que passado o tempo da pandemia as visitas físicas e compras presenciais voltarão a acontecer, até porque gostamos de nos encontrar, de celebrar.
5) Você acredita em uma recessão artística? Uma crise de talentos?
Crise de talento não, porque artista é artista em qualquer situação, se não for assim, não é artista. Mas como a paisagem vai ficar hostil, naturalmente a gente terá mais dificuldades. Mas as produções podem mudar um pouco em épocas de menos dinheiro circulando.Tenho preocupação com museus e centros de arte, que sempre dependeram de doações pra sua manutenção e agenda expositiva. As economias mundiais acabavam de se levantar dos danos de 2008, e agora vão encarar isso que vem por aí, que representa um desafio muito maior do que em 2008.
6) Quais eram seus planos de expor seus trabalhos em um futuro próximo? Isso mudou?
Sim, cancelei quatro exposições individuais e propus esperar outras datas. A primeira exposição seria no dia 18 de março, na Galeria Marilia Razuk, São Paulo, com o título “Modos de condenar certezas”. Duas outras exposições na Espanha: Palma de Maiorca em maio e Madri em setembro, ambas em minha galeria naquele país: Galeria Xavior Fiol. Por último, no fim do ano, na galeria Matias Brotas, em Vitória. Esta segue marcada mas não estou seguro que deva acontecer neste ano. E também uma coletiva em Portugal, no Centro de Artes de Sines. Por mim, deixo tudo para o segundo semestre de 2021. Também interrompi uma agenda de lançamentos de meu último livro publicado, pela editora Barléu, no fim do ano passado.
7) Você tem filhas. o que tem conversado com elas?
Tenho duas filhas e um filho, todos adultos. A mais nova mora conosco. Eu estava na Espanha com a mais nova em meados de fevereiro, e desde lá já falávamos todos sobre o que estava por vir. No começo, conversávamos sobre as mudanças que viriam, sobre as respostas da natureza, sobre a falência dos modos contemporâneos de vida, especialmente nas cidades. Falávamos da surpresa do evento e da potência dos danos nas pessoas, nas famílias, nas populações. Falávamos das grandes falhas e diferenças que nosso modelo social contém. Com o correr dos dias isso mudou um pouco, passamos a uma mirada mais pragmática, falamos dos cuidados diários com a doença nesse momento e de como podemos ajudar ao redor. Conversamos sobre os futuros possíveis e nesse ponto não acredito em novo normal. A humanidade, como me lembrou um dos filhos, já passou por experiências mais devastadoras e não mudou. Claro que alguns indivíduos farão mudanças, alguns grupos, mas não acredito que a humanidade mude.
Fonte: Ze Ronaldo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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No dia de seu aniversário de 60 anos, José Bechara abre individual no MAM | O Globo
José Bechara completa 60 anos nesta terça-feira, mesmo dia em que abre sua nova individual no Museu de Arte Moderna do Rio, “Fluxo bruto”, com seis obras inéditas e outras quatro de colecionadores. Um dos artistas brasileiros mais atuantes de sua geração, com trabalhos em instituições como o Centre Pompidou, da França; o Museum of Latin American Art (Molaa), nos EUA; a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o próprio MAM Rio, Bechara também completa 25 anos de carreira em 2017. As datas poderiam suscitar uma mostra retrospectiva, mas esse é um projeto que está fora dos planos do autor das obras em grande escala que ocupam o Salão Monumental do museu carioca até 5 de novembro.
— Tem tanta coisa que quero realizar, inventar no meu ateliê, que não paro para pensar na obra em perspectiva nem em relação à idade. Comecei a fazer, sim, uma contabilidade, neste momento de vida, sobre as falhas que cometi e que não quero repetir. Quero ser melhor como indivíduo. Estamos vivendo um momento muito complicado no mundo, espero que as pessoas se deem conta de como perdemos tempo, uma matéria finita que nos é dada em pequeníssimas quantidades, com coisas absolutamente superficiais — analisa Bechara. — Sou um artista de ateliê, para mim é o melhor lugar do mundo. Mas o meu é pequeno. Então, quando tenho a oportunidade de ocupar grandes espaços em museus, aproveito para realizar novas experiências, coisas que não poderia fazer no meu ateliê. Mostrar apenas coisas que já fiz é como se perdesse uma dessas oportunidades. Prefiro deixar a retrospectiva para quando eu morrer, se valer a pena alguém faz.
Para a individual, foram selecionados, de sua produção recente, o díptico “Visto de frente é infinito” (2010), pertencente à coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz, e duas pinturas (1995) da coleção Gilberto Chateaubriand, além de uma nova versão da instalação “Miss Lu Super-Super”, que foi ampliada para ocupar o espaço central do Salão Monumental. O resto do ambiente foi ocupado com duas telas inéditas e outras instalações em grande escala, como “Ângelas”, formada por três esferas maciças de mármore (a maior com 1,8 tonelada) e grandes placas de vidro, com todos os elementos suspensos por cabos de aço. Para o artista, as obras traduzem sua relação com o espaço e o tempo.
— Os trabalhos com o vidro, ou mesmo com o metal, que é vazado, criam essa dupla característica, de ocupar um grande espaço ao mesmo tempo que se deixa entrever. Esse tipo de dualidade também é o que me interessa no ser humano, essa criatura que produz poesia, música, arte, coisas elevadas para o espírito, e também é capaz de tanta selvageria. As obras trazem ainda um pouco da fragilidade humana. Apesar de serem enormes, elas estão montadas a partir da gravidade, poderiam vir ao chão — observa Bechara. — Colocar esses elementos dispostos dessa maneira é uma forma de congelar o tempo, essas obras só existirão assim durante o período da exposição. Essa breve interrupção do tempo me alivia um pouco. O tempo é algo aflitivo para mim, mas nunca quis analisar isso, prefiro lidar com essas questões no meu trabalho.
A curadoria de “Fluxo bruto” é assinada por Beate Reifenscheid, curadora e diretora do Ludwig Museum de Koblenz, na Alemanha, onde Bechara expôs em 2015. Beate conheceu o brasileiro em uma viagem ao Rio em 2014, e desde então a dupla nutria o projeto de realizar uma exposição. Após a montagem alemã, foi a vez da individual no Rio, que pode virar um livro com texto dela.
— Durante a exposição no Ludwig, o público admirava muito os trabalhos dele, nas nossas visitas guiadas tínhamos muitas conversas a esse respeito. Após esse projeto, começamos a pensar em novas exposições e, quando Bechara foi convidado para o MAM, me pediu para curar essa exposição — conta Beate. — Muitas das obras se concentram no tempo e no espaço e mesmo na sua transição, ainda que suas estruturas sejam sólidas. O trabalho do Bechara oferece ao público uma inesperada liberdade.
Bechara visitou várias vezes o Ludwig para montar a individual. O artista prefere criar ou finalizar as obras no espaço, como fez em “Fluxo bruto”, no MAM, onde permaneceu por duas semanas para executar os novos trabalhos:
— Tenho a necessidade de frequentar o espaço, nunca consegui montar uma exposição apenas com base nas plantas, as uso apenas para resolver problemas técnicos. Mesmo no Salão Monumental do MAM, que conheço bem, tive de voltar várias vezes para elaborar as obras e sua disposição. Preciso dessa experiência física, de permanecer no espaço. Acabo transferindo meu ateliê para os lugares onde vou expor.
As “próximas paradas” do ateliê de Bechara serão em Buenos Aires, em setembro, durante a Bienalsur; na Bienal de Pequim, em outubro; e em Miami, em dezembro, onde faz uma individual na galeria Diana Lowenstein, durante a versão americana da Art Basel. Enquanto abre a individual no Rio, o artista já elabora as obras das próximas mostras, no “fluxo bruto” que dá título à exposição carioca.
— “Fluxo bruto” aborda essa sequência de trabalhos, cada um abre portas, brechas, caminhos para o próximo. Quando termino de montar uma exposição como essa, os braços param de se mexer, mas a cabeça, não.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Prêmio PIPA
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Participou da 25ª. Bienal de São Paulo; 29º. Panorama da Arte Brasileira – MAM SP; 5ª. Bienal do MERCOSUL em Porto Alegre – RS, e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” ambas no Paço Imperial – RJ.
Realizou exposições individuais e coletivas em importantes museus e instituições como Culturgest, Lisboa – [Portugal]; MEIAC de Badajós [Espanha]; Instituto Valenciano de Arte Moderno [Valencia, Espanha]; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM RJ [Rio de Janeiro – RJ, Brasil]; Museu de Arte Contemporânea, MAC [Curitiba – PR, Brasil]; Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM BA [Salvador – BA, Brasil]; Museo de Arte Contemporânea de Niterói, MAC [Niterói – RJ, Brasil]; Instituto Tomie Ohtake [São Paulo – SP, Brasil]; Museu Vale do Rio Doce [Vitória – ES, Brasil]; Haus der Kilturen der Welt [Berlim, Alemanha]; Ludwing Forum Fur Intl Kunst [Aachen, Alemanha]; Kunst Museum [Haeiden Hein, Alemanha]; Centro Cultural São Paulo, CCSP [São Paulo – SP, Brasil]; ASU Art Museum [Phoenix – AZ, USA]; Patio Herreriano-Museo de Arte Contemporáneo Español [Valadolid, Espanha] e MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo [Vigo, Espanha], e ainda nas galerias Marília Razuk [São Paulo – SP, BR] ; Celma Albuquerque [Belo Horizonte – MG, BR]; Lurixs [Rio de Janeiro – RJ, BR]; Bolsa de Arte de Porto Alegre [Porto Alegre – RS, BR], entre outros.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – coleção Gilberto Chateaubriand, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; Centre Pompidou, Paris; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma, Espanha; Museu de Arte Contemporânea de Niterói – coleção João Satamine, Brasil; Instituto Itaú Cultural, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil; Museu de arte Contemporânea do Paraná, Brasil; Culturgest-Lisboa, Portugal; FIL/AIP Feira de Lisboa, Portugal; ASU Art Museum, Phoenix, USA; MoLLA, USA; Universidade Cândido Mendes, Brasil.
Fonte: Prêmio PIPA. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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Conheça a exposição “Os meios dias” de José Bechara | Jornal de Brasília
A Casa Albuquerque apresenta Os meios dias, primeira exposição individual de José Bechara em Brasília. Com o adiamento da mostra na galeria (localizada na Comercial da QI 05 do Lago Sul), inicialmente prevista para maio de 2020, bem como de outros muitos projetos mantidos em suspenso desde março do último ano, Bechara mergulhou em sua prática artística.
O título – Os meios dias – remete tanto à percepção cronológica, alterada pela mudança radical de rotina imposta pela situação que vivemos, quanto ao horário em que o artista passou a se perceber mais produtivo em seu ateliê.
Antes plenos, seus dias pareceram ter sido reduzidos, se muito, à metade.
O sol no meio do céu passou a coincidir com o ápice da potência criativa de Bechara, mas deixou de ser um marcador útil do intervalo de tempo a partir do qual nossas vidas são pautadas: o dia se esvaziou de sentido.
Mesmo aos meios-dias, sombras, impossíveis na prática, se faziam presentes em toda parte.
Enquanto o universo que cabia entre um amanhecer e outro passou a se parecer igual e sem propósito, Bechara seguiu em seu ateliê. O resultado desse exercício de manter-se íntegro, fiel ao que se propõe a apresentar ao mundo, nas mais adversas circunstâncias que já enfrentou, pode ser visto na Casa Albuquerque.
Sobre José Bechara
Com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde trabalha e reside, José Bechara é hoje um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros.
Sua pesquisa, empreendida há décadas, envolve elementos pelos quais se tornou notório: as lonas de caminhão que usa como suporte e nas quais intervém com oxidação de emulsões metálicas de ferro e cobre oferecem um resultado visual intrigante, que parece materializar a combinação de alquimia, força e poesia.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares e públicas, como a do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand; a da Pinacoteca do Estado de São Paulo; a do Centre Pompidou, na França; a do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Sattamini; a do Instituto Itaú Cultural; a do Ludwig Museum, na Alemanha; a do Museu da Universidade do Arizona e da Ella Fontanal Cisneros, ambas nos Estados Unidos, entre outras.
A galeria
A Casa Albuquerque Galeria de Arte tem suas origens em Belo Horizonte como uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque, fundadora da reconhecida galeria de arte que leva seu nome. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro e à frente em ambas as galerias, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado de sua mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal.
A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de melhor na produção da arte contemporânea brasileira, através de seu rico e diversificado acervo.
Fonte: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
Crédito fotográfico: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
José Bechara (1957, Rio de Janeiro, Brasil) é um pintor, escultor e artista contemporâneo brasileiro. Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, destacou-se a partir dos anos 1990 ao substituir a tela convencional por superfícies marcadas pelo tempo e pela ação da matéria, como lonas de caminhão usadas, metais oxidáveis e estruturas arquitetônicas em suas obras. Sua pesquisa artística dialoga com a abstração, a tridimensionalidade e o desgaste como linguagem visual. Participou de importantes bienais como a de Havana (2000), do Mercosul (2001) e de Cuenca (2004), além de exposições no Brasil e no exterior. Suas obras integram coleções como as do MAM-RJ, MAM-SP, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial e Fundação ARCO, na Espanha.
José Bechara | Arremate Arte
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957 e consolidou-se como um dos artistas contemporâneos mais inventivos e consistentes de sua geração. Pintor de origem, Bechara expandiu sua prática para o desenho, escultura e instalação, sempre guiado por uma poética da matéria, do tempo e do desgaste.
Sua trajetória artística ganha corpo a partir dos anos 1990, quando começa a investigar os limites da pintura. Ao substituir a tela tradicional por lonas de caminhão usadas — marcadas pelo uso, pelo tempo e pelas estradas — Bechara inaugura uma linguagem própria, na qual a superfície carrega memórias visuais e táteis. Sobre esses suportes, aplica técnicas de oxidação com metais, solventes e pigmentos, permitindo que o acaso, o controle químico e a ação do tempo moldem cada composição. O resultado são obras de caráter abstrato e profundamente matérico, em que cor, forma e textura se entrelaçam de maneira visceral.
Bechara estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde teve contato com a efervescência criativa dos anos 1980. Com o tempo, sua pesquisa se expandiu para o espaço tridimensional, e ele passou a criar esculturas e instalações com estruturas metálicas, vidros, objetos encontrados e elementos arquitetônicos desmembrados — tensionando a relação entre corpo, espaço e matéria.
Sua obra já foi exibida em bienais e museus de diversos países, como a Bienal de Havana (2000), a Bienal do Mercosul (2001) e a Bienal de Cuenca (2004), além de exposições na França, Alemanha, Portugal, Espanha, Colômbia e Argentina. No Brasil, teve presença marcante em instituições como o MAM do Rio e de São Paulo, o Paço Imperial, o Museu Nacional de Belas Artes, o Instituto Tomie Ohtake e a Fundação Iberê Camargo.
Representado por galerias como a Silvia Cintra + Box4, no Rio de Janeiro, José Bechara também integra acervos importantes como o do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Coleção Gilberto Chateaubriand e Fundação ARCO, em Madri.
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José Bechara | Itaú Cultural
José Bechara (Rio de Janeiro RJ 1957). Pintor. Estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, entre 1987 e 1991. Inicia sua atividade artística no final da década de 1980, e realiza sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes - CCCM, em 1992. No ano seguinte, participa do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, onde recebe prêmio aquisição. Desde o início da década de 1990, utiliza o processo de oxidação sobre lonas de caminhões como base de seus trabalhos, e experimenta outros suportes, como a pele de boi. Participa de diversas exposições nacionais e internacionais, entre elas, a 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal, em 2002, e o 29º Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2005. Em 2002, é palestrante do workshop Dynamic Encounters International Art Workshop: São Paulo - Rio 2002. Lançamento do livro José Bechara, desenhos: como uma piscada de vaga-lume publicado pela Editora Réptil.
Acervos
ASU Art Museum - Arizona (Estados Unidos)
Centre Georges Pompidou - Paris (França)
Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) - Rio de Janeiro RJ
Coleção João Sattamini - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói) - Niterói RJ
Es Baluard Museu d'Art Modern i Contemporani de Palma - Palma de Mallorca (Espanha)
Fundação Brasilea - Basileia (Suíça)
Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest - Lisboa (Portugal)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Museo de Arte Contemporáneo de Vigo (Marco) - Vigo (Espanha)
Museu Casa das Onze Janelas - Belém PA
Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR) - Curitiba PR
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA) - Salvador BA
Museum of Latin American Art (MOLAA) - Califórnia (Estados Unidos)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) - São Paulo SP
Universidade Cândido Mendes - Rio de Janeiro RJ
Exposições Individuais
1992 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Cândido Mendes
1994 - São Paulo SP - Individual, no Centro Cultural São Paulo
1995 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Paulo Fernandes
1995 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Andre Milan
1997 - Rio de Janeiro RJ - Campos de Rosas, na Galeria Paulo Fernandes
1998 - Curitiba PR - Individual, no Museu Alfredo Andresen
1998 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1998 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA (Salvador, BA)
1998 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - Individual, na Marilia Razuk Galeria de Arte
1999 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, no Studio 3B
2002 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2002 - Rio de Janeiro RJ - Pelada, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Área de Serviço, no Paço Imperial
2004 - Miami (Estados Unidos) - Work Area, na Diana Lowenstein Fine Arts
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Casa, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Paramarelos, na Lurixs Arte Contemporânea
2004 - São Paulo SP - Duas Margaridas e uma Aranha, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - Curitiba PR - Área de Serviço, na Casa de Cultura Andrade Muricy
2005 - Lisboa (Portugal) - Noite Horizontal, na Galeria Carlos Carvalho
2005 - Santiago de Compostela (Espanha) - Vespeiro, na A Chocolataria
2006 - Belo Horizonte BH - Individual, na Galeria Celma Albuquerque
2006 - Miami (EUA) - Open House, na Diana Lowenstein Fine Arts
2006 - Rio de Janeiro RJ - Paisagem Doméstica, na Luirxs Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Ok Ok Let's Talk, na Pinacoteca do Estado de São Paulo
2007 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Marília Razuk
2008 - Individual de José Bechara
2008 - Individual de José Bechara
2009 - Sobremirada - O Ar e a Cega
2009 - José Bechara: cut
2010 - Full
2010 - Fenda
2010 - Individual de José Bechara
2011 - Colisão e Trânsito
2011 - José Bechara: líquido do metal
2013 - Visto de Frente é Infinito
2013 - José Bechara - Repertório para aproximação de suspensos
2014 - Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa
2015 - Criaturas do Dia e da Noite
2016 - Jaguares
2017 - José Bechara: Zumbidos
Exposições Coletivas
1992 - Rio de Janeiro RJ - 9X6, na Escola de Artes Visuais - EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Diferenças, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (Rio de Janeiro, RJ)
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravidade e Aparência, no MNBA
1993 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte - prêmio aquisição
1993 - Curitiba PR - Gravidade e Aparência, no Museu Municipal de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Matéria e Forma, no Paço Imperial
1994 - São Paulo SP - Programa Anual de Exposições de Artes Plásticas, no Centro Cultural São Paulo - CCSP
1996 - Londres (Inglaterra) - Coletiva, na Galeria Cynthia Borne
1996 - Niterói RJ - Coleção João Satamine, no Museu de Arte Contemporânea - MAC/Niterói (Niterói, RJ)
1996 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições - Coleção Giberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1996 - Salvador BA - Novas Aquisições - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA
1997 - São Paulo SP - Arte Cidade: a cidade e suas histórias
1998 - Aachen (Alemanha) - Coletiva, no Ludwig Forum für Internationale Kunst
1998 - Berlim (Alemanha) - Coletiva, na Haus der Kilturen der Welt
1998 - Haeiden Hein (Alemanha) - Coletiva, no Kunst Museum
1998 - Busan (Coréia do Sul) - Best Collections from Museums of Sister Cities, no Busan Metropolitan Art Museum
1998 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na EAV/Parque Lage
1998 - São Paulo SP - Cohntemporânea, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Belo Horizonte MG - Da Pintura e da Escultura, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
1999 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Brasileira, Museo Nacional de Bellas Artes
1999 - Nova York (Estados Unidos) - Painting From Latim América, na Generous Miracle Galeria
1999 - Rio de Janeiro RJ - MAM Uma Seleção, no MAM/RJ
1999 - Rio de Janeiro RJ - Os 90, no Paço Imperial
2000 - Lisboa (Portugal) - Um Oceano Inteiro Para Nadar, na Culturgest
2000 - Nova York (Estados Unidos) - American Triangle, na Generous Miracles Gallery
2000 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial
2000 - Rio de Janeiro RJ - Gerações, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Universidarte, na Universidade Estácio de Sá
2001 - Rio de Janeiro RJ - Atípticos, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Rio de Janeiro RJ - Gesto, matéria, cor e imagem, no MAM/RJ
2002 - Curitiba PR - Obras do Faxinal das Artes, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná -MAC/PR
2002 - Miami (Estados Unidos) - Abstractions, na Virginia Miller Galeria
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - 10 Anos Marília Razuk, na Marília Razuk Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - Vitória ES - Coletiva, no Museu Vale do Rio Doce
2003 - Badajoz (Espanha) - Novas Aquisições - Coleção Cultergest, no Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo
2003 - Petrópolis RJ - Via BR 040: longo trecho em aclive, no Museu Imperial
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Lurixs Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - Paralela
2003 - Vila Velha ES - O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce
2004 - Niterói RJ - Pintura e Desenho - 90/00, no MAC/Niterói
2004 - Rio de Janeiro RJ - 30 Artistas, na Mercedes Viegas Escritório de Arte
2004 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral
2004 - São Paulo SP - Paralela
2004 - Vitória ES - Casa - A Poética do Espaço na Arte Brasileira, no Museu Vale do Rio Doce
2005 - Arizona (Estados Unidos) - Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, no ASU Art Museum
2005 - Brasília DF - Encontro com Arte , Razão e Sensibilidade
2005 - Niterói RJ - Onde as Obras Dormem, no MAC-Niterói
2005 - Porto Alegre RJ - 5ª Bienal do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira Hoje, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Chroma, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2005 - São Paulo SP - Convidados do Panorama da Arte Brasileira - MAM/2005, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - São Paulo SP - 29º Panorama da Arte Brasileira, no MAM/SP
2006 - Curitiba PR - O Espaço Inventado, no MAC/PR
2006 - Lisboa (Portugal) - Surrounding Matta - Clarck, na Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea
2006 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Hoje: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Santander Cultural
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 100 Anos de Arte Brasileira na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral 2006
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 25 Artistas, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados
2007 - Ribeirão Preto SP - E: Conjunção - Conexão, na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 - 2006, no Itaú Cultural
2008 - Madri (Espanha) - Arco, no Instituto Feira de Madri
2008 - Arte Pela Amazônia: arte e atitude
2008 - O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR
2008 - Pásions Privadas, Visions Públicas
2008 - Olhares Cruzados
2008 - 3º Arquivo Geral
2009 - Coletiva 08
2009 - Trabalhos em Papel
2009 - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções João Sattamini e Mac de Niterói
2010 - Do Pensamento à Representação
2010 - 1ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - 2ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - Coletiva na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2010 - Entre Meios
2010 - Kierkegaards Walk
2010 - Ponto de Equilíbrio
2010 - 4º Arquivo Geral
2010 - Coletiva 10
2011 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2011 - O Colecionador de Sonhos
2012 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2012 - [alguns de] NÓS
2013 - Forma e Presença
2013 - As Tramas do Tempo na Arte Contemporânea: estética ou poética?
2013 - Parque de Transgressões
2013 - Parque de Transgressões
2014 - Iberê Camargo: século XXI
2014 - 20 Anos
2016 - Do clube para a praça
2016 - Cidade Jacaranda
2016 - Transparência e Reflexo
2016 - (In) mobiliario
2016 - Specchio Paulo Reis
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Fronteiras, Limites, Interseções: entre a arte e o design
2017 - Luz = Matéria
2018 - 10 Contemporâneos
2018 - Horizontes - As Paisagens nos Coleções MAM Rio
2019 - Homenagem a Reynaldo Roels Jr.
2020 - Campos Interpostos
Fonte: JOSÉ Bechara. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 26 de março de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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José Bechara | Wikipédia
José Bechara (Rio de Janeiro, 1957) é um artista plástico carioca, conhecido pelo seu caráter experimental e a utilização diversificada de métodos e materiais, o que permite novas experiências no campo pictórico.
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) e hoje vive e trabalha no Rio de Janeiro. No início de sua carreira, sua obra era predominantemente pictórica, mas a partir do desenvolvimento de sua linguagem poética, os trabalhos passaram a incluir esculturas e instalações, além dos desenhos e pinturas, e a travar um diálogo mais direto com a arquitetura. Como explica Luis Camillo Osorio no texto introdutório sobre Bechara para Fendas, o catálogo da exposição individual do artista no MAM em 2010: “A saturação das oxidações foi se acumulando, por pressão da própria maturação da poética do seu processo, na superfície das lonas e se projetando no espaço. Este jogo entre saturação e estruturação acompanha o desenrolar do trabalho. Ora predomina a densidade métrica, o acúmulo de elementos que se concentram e se expelem, ora sobressai o esforço estruturante, a grade geométrica e o desenho linear”.
Carreira artística
José Bechara iniciou seus estudos artísticos em 1987 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Depois de 4 anos de estudo, em 1991, o artista passou a integrar um ateliê coletivo na Lapa, centro do Rio de Janeiro, com os artistas Angelo Venosa, Luiz Pizarro, Daniel Senise e Raul Mourão. É em 1992 que Bechara começa suas experimentações com suportes e técnicas diversificadas, uma característica marcante de seus trabalhos até hoje. Ainda se dedicando exclusivamente à pintura, o artista experimenta novos suportes para suas telas, como lona usada de caminhão e couro bovino, além de desenvolver técnicas de oxidação de cobre e ferro. Foi também neste ano que ele realizou sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes. Em 1994, Bechara recebeu o prêmio Aquisição no 13º Salão Nacional de Artes Plásticas e passou a ser representado pela galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro. Em 1997, o artista se instalou em seu ateliê no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, onde ainda trabalha.
Em 2002, Bechara realizou sua primeira experiência escultórica com A casa, durante uma residência artística em Faxinal do Céu, Pinhão, Paraná, sob a curadoria de Agnaldo Farias e Fernando Bini, e a consultoria de Christian Viveros. A versão inicial deste projeto foi pensada a partir da casa que servia de habitação e ateliê para o artista durante a residência. A mobília da casa foi reorganizada, se projetando para fora pelas portas e janelas e a peça foi fotografada, dando origem a duas séries: Temporária e Paisagem doméstica ou não me lembro do que dissemos ontem, que hoje integra coleções nacionais e internacionais, coma a do Centro Pompidou em Paris, França. Outros desdobramentos desse projeto são Área de serviço, uma exposição no Paço Imperial do Rio de Janeiro, organizada no programa Atelier Finep em 2004, que mostra conjuntos de móveis domésticos organizados plasticamente; e algumas séries de trabalhos de experimentação gráfica como Externo e Interno.
Em 2004, uma exposição no MAM-Rio, intitulada A Casa, Reuniu todo o processo até então desenvolvido além de uma peça escultórica de madeira em dois volumes com o mesmo título. Open House, uma série de esculturas em menor dimensão desenvolvida a partir de 2006, também trata o tema da casa simbólica e plasticamente. Também em 2006 o artista fez a escultura Ok, ok, let’s talk, uma instalação de mesas de jantar formando um plano irregular intercaladas por duas cadeiras. Esse trabalho foi exposto na Pinacoteca de São Paulo, assim como no Patio-Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Español e na Galeria Mário Sequeira, com uma versão em madeira e uma versão em aço.
A Série Esculturas Gráficas, iniciada em 2009, representa bem a tensão que trabalha o artista entre o geométrico e o material. Obras dessa série foram expostas em importantes instituições como o MAM-Rio de Janeiro, o Instituto Tomie Ohtake e CapeDiem Arte e Pesquisa, Lisboa. Em 2010, com a série Gelosia, Bechara começa a trabalhar com o vidro como suporte para suas obras. Placas de vidro com oxidação de aço, placas de fórmica e tinta acrílica constituem peças escultóricas que se apoiam contra a as paredes e quinas das salas de exposição.
Exposições Individuais
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP , Brasil.
2019
José Bechara. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil.
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arte Gallery, Miami - FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Em exibição
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil. Em exibição.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Galeria Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria de Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric[ligação inativa], Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Visto de Frente É Infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal
2011
José Bechara: Colisão e Trânsito. Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte
José Bechara: Ultramar com 5 Cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal
José Bechara: anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal
José Bechara. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória
2008
Sobremirada. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Ok,Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha
2007
Geométrica. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
Paisagem Doméstica. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Ok, Ok Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha
Tráfego diurno – Noite horizontal. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba
2004
Paramarelo. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2003
Área de serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, EUA
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1995
José Bechara. Galeria André Millan. São Paulo
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro
Publicações
2019
Território Oscilante. Editora Barléu (português, inglês, espanhol e alemão)
A Terceira Margem. Catálogo da Anozero'19 - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra (português e inglês)
José Bechara: Território Oscilante. Catálogo da exposição individual na Fundação Iberê Camargo (português)
Walking Through Walls. Catálogo da exposição coletiva no Museu Gropius Bau em Berlim (inglês)
José Bechara: Partes Soltas. Catálogo da exposição individual na Galeria Simões de Assis (português)
2016
Arte Brasileira para Crianças. Editora Cobogó (português)
2015
José Bechara: Squares & Patterns. Texto Profª Drª Beate Reifenscheid, Ludwig Museum. Catálogo Ludwig Museum (Alemão e inglês)
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Catálogo da exposição individual na Galeria Paulo Darzé (português)
José Bechara. Catálogo da exposição individual na na Galeria Simões de Assis (português)
2013
José Bechara. Texto de Agnaldo Farias. Editora Barléu (português, espanhol e inglês)
2012
Desdobramentos da pintura brasileira século XXI - Cobogó (português e inglês)
Projeto Respiração Márcio Doctors - Cobogó e Fundação Eva Klabin (português e inglês)
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú - Itaú Cultural (português e inglês)
2011
José Bechara – Fendas Catálogo da exposição, 2010/11 (português e inglês)
2010
Desenhos – José Bechara. Como piscada de vaga-lume - Réptil (português e inglês)
2009
Antes de ayer y pasado mañana – o lo que puede ser pintura hoy - Arte Contemporáneo y Energia AIE – MACUP & Artedardo, S.L. – Dardo ds (português e inglês)
Arte e Ousadia – O Brasil na coleção de João Sattamini - Aprazível Edições, 2008/2009 (português e inglês)
2008
Blefuscu - Dardo (português, espanhol e inglês)
Dardo Magazine n.7 - Dardo (português, espanhol e inglês)
Um Século de Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de Santa Catarina (português e inglês)
Coleção Ana Luisa e Mariano Marcondes Ferraz - Textos de Luiz Camillo Osório e Mariano Marcondes Ferraz (português e inglês)
Paixóns Privadas, Visións Públicas - Museo de Arte Contemporâneo de Vigo, Espanha – Marco (galego e inglês)
2006
A Casa - Francisco Alves (português e inglês)
Coleção Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil de 1981 – 2006 - Itaú Cultural (português e inglês)
2005
A Persistência da Pintura – Núcleo Contemporâneo - Fundação Bienal do Mercosul (português, espanhol e inglês)
Panorama da Arte Brasileira 2005 - Museu de Arte Moderna de São Paulo (português e inglês)
José Bechara - Dardo (português, espanhol, galego e inglês)
2002
Museu de Arte Moderna da Bahia - Editora Gráficos Buriti (português)
Construir Habitar Pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporâneas - Instituto Valenciano de Arte Moderno, Espanha (português, inglês e valenciano)
25ª Bienal de São Paulo – Iconografias Metropolitanas - Fundação Bienal de São Paulo (português e inglês)
1998
José Bechara - Dardo (português e inglês)
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de São Paulo – MASP (português e inglês)
Biografia
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-BR; Centre Pompidou-FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer-BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RIO–BR;Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; Benetton Foundation-IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH; Fundo BGA–BR, entre outras.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Site Oficial
Biografia
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde trabalha e reside. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), localizada na mesma cidade.
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing; A World of Coexistence – Bienal Internacional de Jinan de 2022-CN; Anozero’19 – 3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra; Bienalsur 2019 – Museu Nacional de Riade, Arábia Saudita e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; Fundação Biblioteca Nacional–BR; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Gropius Bau–DE; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro–BR; Centre Pompidou–FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer–BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra–PT; Coleção Gilberto Chateaubriand–BR; Fundação Biblioteca Nacional–BR; Coleção Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo–BR; Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – PT; Benetton Foundation–IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH, entre outras.
Currículo
2024
Lampejar. Instituto Artium de Cultura, São Paulo – SP, Brasil.
Intersecções Obtusas. Galeria Simões de Assis, Balneário Camboriú – SC, Brasil. Curadoria: Matheus Nunes.
2023
Dancing in my room. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, USA.
O Galaxie do Amor para Sempre. Galeria Paulo Darze, Salvador – BA, Brasil.
2022
NERVO COMBUSTÃO FLUXO. Lurixs, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fugitivas. Madrid XF Proyectos Art Contemporáneo, Madrid – ES, Espanha.
Zênite. Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil.
2021
José. Matias Brotas Arte Contemporânea, Vitória – ES, Brasil. Curadoria: Eucanaã Ferraz.
Os Meios Dias. Casa Albuquerque Galeria de Arte, Brasília – DF, Brasil.
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Clarissa Diniz
2019
Território Oscilante. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil. Curadoria: Luiz Camillo Osório
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil.
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Simões de Assis Galeria da Arte, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric, Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Agnaldo Farias.
Visto de frente é infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
2011
José Bechara: Colisão e trânsito. Museu de Arte Moderna da Pampulha. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
José Bechara: Anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal.
José Bechara. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal.
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
2008
Sobremirada. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Ok, Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
2007
Geométrica. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
Paisagem Doméstica. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Ok, Ok, Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha.
Tráfego diurno – Noite horizontal. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba – PR, Brasil.
2004
Paramarelo. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2003
Área de Serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, USA.
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba – PR, Brasil.
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. GaleriaMarília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1995
José Bechara. Galeria André Milan. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Exposições Coletivas
2025
“A Tela Insurgente” – Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Antônio Gonçalves Filho.
2024
Do lado mais visível das imagens. Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). Coimbra, Portugal. Curadoria: José Maçãs de Carvalho e Daniel Madeira.
2023
A Casa era a Rua. Galeria Carlos Carvalho, Lisboa-Portugal. Curadoria: Alexandre Melo.
Nuances de Brasilidade: Repertório. Centro Cultural da PGE-RJ. Rio de Janeiro, Brasil. Curadoria: Cecilia Fontes.
2021
Da Letra à Palavra. Museu Judaico de São Paulo. São Paulo- SP, Brasil. Curadoria: Lena Bergstein.
2019
Recovering Stories, Recovering Fantasies. Museu Nacional de Riade – Arábia Saudita. Curadoria: BIENALSUR – Diana Wechsler.
3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, A Terceira Margem. Coimbra – Portugal. Curadoria: Agnaldo Farias. Trabalho selecionado: Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa.
Walking through Walls, Martin Gropius Bau, Berlim – Alemanha. Curadoria: Sam Bardouil e Till Felrath.
Alma do Mundo – Leonardo 500 Anos, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Curadoria: Marco Lucchesi.
2018
Pequenos formatos e múltiplos. Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Accrochage de Verão. Galeria Graça Brandão, Lisboa – Portugal.
#iff2018. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto- SP, Brasil. Curadoria: Rejane Cintrão e João Carlos.
Lugares do delírio . SESC Pompéia, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
2017
7ª Bienal Internacional de Arte de Pequim. Pequim, China. Trabalho selecionado: Paramarelo com pássaro retangular hesitante, 2009-2017.
1ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul – BIENALSUR. Buenos Aires, Argentina. Trabalho selecionado: Nuvem para meia altura, 2013-2017.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 4º momento. Espaço Adães Bermudes, Alvito, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 3º momento. CACPS – Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, Ponte de Sor, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Lugares do delírio. MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 2º momento. CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Coimbra, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
2016
(In) Mobiliario. Galeria Habana, Havana, Cuba. Curadoria: Diana Cuéllar Ledesma
Pequenos Formatos: Dimensão e Escala. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Texto de Felipe Scovino.
The agony and the ecstasy – Latin American art in the collections of Mallorca; A review based on contemporaneity. Es Baluard – Museo d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 1º momento. CAAA – Centro para os Assuntos de Arte e Arquitetura, Guimarães, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Intervenções Urbanas – ArtRio. Museu da República, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Transparência e reflexo. MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), São Paulo – SP, Brasil.
Cidade Jacaranda – ocupação artística. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Em polvorosa – um panorama das coleções MAM-Rio. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2015
Diálogos Construtivos no Brasil: Passado e Presente. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Casa Cidade Mundo – A Beleza Possível Módulo I. Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Evandro Salles.
2014
20 anos de Mercedes Viegas. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Expoarte 2014 – Resistência e Transgressão (Programa Poéticas da Tridimensionalidade). Casa Cor, Serra – ES, Brasil. Curadoria professora Almerinda da Silva Lopes.
Iberê Camargo: século XXI. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – RS, Brasil. Curadoria Comitê Curatorial da Fundação Iberê Camargo.
Momento contemporâneo, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2013
Lupa. Mostra coletiva dentro do programa da Art Rio 2013. Pier Mauá, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria de Abaseh Mirvali.
Parque de Transgressões. SIM Galeria. Curitiba – PR, Brasil.
Mostra de Artistas Contemporâneos. Exposição coletiva para o ICOM 2013 – 23a Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus. Cidade das Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Great Men Die Twice. Casa da Cultura da Comporta. Comporta, Portugal.
Casa ocupada. Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Câmara Municipal de Almada. Almada, Portugal.
As tramas do tempo na Arte Contemporânea: Estética ou Poética? Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
Forma e presença. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil.
O Abrigo e o Terreno – exposição inaugural. Museu de Arte do Rio (MAR). Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2012
Coleção BGA – Brazil Golden Art. Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). São Paulo – SP, Brasil.
Art-quitecturas. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Colectiva de desenhos. Quase galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
This is Brazil! 1990-2012. Palacio Municipal de Exposiciones Kiosco Alfonso e PALEXCO. A Coruña, Espanha.
[alguns de] nós. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro– RJ, Brasil.
Além da forma: plano, matéria, espaço e tempo. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2011
1911-2011 – Arte Brasileira na Coleção Itaú. Palácio das Artes. Belo Horizonte – MG, Brasil.
Sobre Vitória – Usina Galeria de Arte – 25 anos depois. Museu de Arte do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
Múltiplos Sentidos. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
1911-2011 – Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Construção e Desconstrução da Arte Brasileira (anos 1900 / 2000), festival de arte Europália. Bozar. Bruxelas, Bélgica.
O Colecionador de Sonhos. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – RJ, Brasil.
Trienal de Arquitectura de Lisboa, Portugal.
2010
Do Pensamento à Representação. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2007-2010 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Bizarro. Festival Estrella Levante SOS 4.8. Murcia, Espanha.
Ponto de Equilíbrio. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
O passeio de Kierkegaard. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Falemos de casas: quando a arte fala arquitectura [construir, desconstruir, habitar]. Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado & Trienal de Arquitetura de Lisboa. Lisboa, Portugal.
2009
Trabalhos em papel. Galeria Mercedes Viegas. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Estética Solidária. Palácio Marquês de Pombal. Lisboa, Portugal.
Antes de ayer y passado mañana; o lo que puede ser pintura hoy. MACUF – Museo de Arte Contemporáneo Unión Fenosa. La Coruña, Espanha.
FotoRio 2009. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paisatges Creuats/Paisagens Cruzadas, novas aquisições para a coleção permanente. Fundació Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Building Rooms. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Coleções 9. Galeria Luisa Strina. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara – Herbert Hamak – Winston Roeth. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Spain.
2008
Arquivo Geral. Centro Cultural da Justiça Eleitoral. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR. Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
Curitiba – PR, Brasil.
Pasiones Privadas, Visiones Públicas. MARCO, Museu de Arte Contemporânea de Vigo. Vigo, Espanha.
Proporções monumentais: seleções da coleção permanente. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Parangolé, fragmentos desde os 90 no Brasil, Portugal e Espanha. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
Arte pela Amazônia. Fundação Bienal de São Paulo, Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
São Paulo – SP, Brasil.
Construir, habitar, pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporáneas. Instituto Valenciano de Arte Moderna. Valencia, Espanha.
Traços Traçados. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
La mirada d´Abril: Noves propostes/nuevas propuestas/new proposals. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
2007
A última casa, a última paisagem. Matias Brotas Arte Contemporânea e galeria Espaço Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
“E” Conjunções/Conexões. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
80/90 Modernos, Pós-Modernos, Etc. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2006-2007 — Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil 1981-2006. Centro Cultural Itaú. São Paulo – SP, Brasil.
2006
1910 – 2000 – Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de arte brasileira. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paralela São Paulo 2006. Pavilhão Armando de Arruda Pereira, Parque do Ibirapuera.
São Paulo – SP, Brasil.
Dwell. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Surrouding Matta-Clark. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
O Espaço Inventado. Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Curitiba – Paraná, Brasil.
É HOJE na arte brasileira contemporânea: coleção Gilberto Chateatubriand. Santander Cultural. Porto Alegre – RS, Brasil.
Só Pintura. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2005
29° Panorama da Arte Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
A Persistência da pintura – Núcleo contemporâneo. V Bienal do Mercosul. Porto Alegre – RS, Brasil.
Conexão contemporânea. Fundação Nacional de Arte, FUNARTE. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Onde as obras dormem. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Rampa: signaling new Latin America art initiatives. Arizona State University Art Museum. Phoenix, EUA.
Encontro com arte – razão e sensibilidade. Casa Cor. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Chroma. Museu de Arte Modern do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira hoje. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2004
Casa – a poética do espaço na arte brasileira. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Paralela a 26ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo geral: arte contemporânea no Jardim Botânico. Centro de Cultura e Meio Ambiente Antonio Carlos Jobim. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2003
Sal da terra. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Via BR 040, Longo trecho em aclive. Museu Imperial. Petrópolis – RJ, Brasil.
Novas aquisições, Coleção Culturgest. Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporaneo. Badajoz, Espanha.
Exposição inaugural. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
Mapa do Agora. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Iconografias metropolitanas, 25ª Bienal de São Paulo. Fundação Bienal de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Abstractions. Virginia Miller Gallery. Miami, EUA.
Caminhos do Contemporâneo. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Faxinal das Artes. Museu de Arte Contemporânea. Curitiba – PR, Brasil.
Faxinal das Artes – Programa de residência de artistas contemporâneos. Faxinal do Céu, Pinhão – PR, Brasil.
2001
Atípicos. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Gesto, matéria, cor e imagem. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2000
Um oceano inteiro para nadar. Culturgest. Lisboa, Portugal.
UniversidArte VIII. Galeria Especial, Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
American Triangle. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
Gerações. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
Anos 90. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira. Museo Nacional de Bellas Artes – MNBA. Buenos Aires, Argentina.
MAM: uma seleção. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Small-big paintings from Latin America. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
1998
Museu de Arte Contemporânea. Pusan, Korea.
Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
Galeria EAV, Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Haus der Kulturen der Welt. Berlin, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Ludwig Forum Für Intl Kunst. Aachen, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Kunst Museum. Hayden Hein, Alemanha.
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte de São Paulo, MASP. São Paulo – SP, Brasil.
1996
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna da Bahia. Salvador – BA, Brasil.
Coleção João Sattamini. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Brazilian Artists. Galeria Cyntia Borne. Londres, Inglaterra.
1994
Matéria e Forma. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1993
Gravidade e Aparência. Museu Municipal de Arte. Fundação Cultural de Curitiba. Curitiba – PR, Brasil.
1992
Gravidade e Aparência. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
9X6. Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Diferenças. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Principais Coleções
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Brasil
Pinacoteca do Estado de São Paulo – Brasil
Ludwig Museum of Koblenz – Alemanha
Museu Oscar Niemeyer – Brasil
Centre Pompidou – França
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini – Brasil
Instituto Itaú Cultural – Brasil
Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo das Artes Plásticas de Coimbra – Portugal
Coleção Gilberto Chateaubriand – Brasil
Coleção Ateliê de Gravura Fundação Iberê Camargo – Brasil
Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
Museu de Arte Moderna da Bahia – Brasil
Museu de Arte Contemporânea do Paraná – Brasil
Culturgest – Portugal
FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – Portugal
Benetton Foundation (Imago Mundi) – Itália
Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma – Espanha
CAC Málaga – Espanha
MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo, Coleção Espacio Atlântico –Espanha
FIL/AIP Feira de Lisboa – Portugal
ASU Art Museum – Estados Unidos
Museum of Latin American Art [MOLAA] – Estados Unidos
Universidade Cândido Mendes – Brasil
Fundação Brasilea – Suíça
Museu Casa das Onze Janelas – Brasil
Instituto Figueiredo Ferraz/ Coleção Dulce and João Carlos Figueiredo Ferraz – Brasil
Fundación DIDAC – Santiago de Compostela, Espanha
Textos
A Geometria Oxidada de José Bechara
Se é verdade que nem todos os caminhos da arte moderna levam ao abstracionismo, também é verdade que a arte abstrata abriu à pintura numerosas vias de expressão. A prova disso está na obra do pintor brasileiro José Bechara.
O principal dilema da arte abstrata, uma mudança radical do olhar, se faz presente nas oxidações de José Bechara, oxidações que nos levam a uma redefinição da própria natureza da pintura. Aqui, nesta sua arte aparece um elemento inovador, uma nova forma como substância plástica, como diria Joseph Beuys. Ou, em outras palavras, “uma transfiguração a partir do zero das formas” como Malevich já se propusera. Mas, se o pintor russo leva o tema à sua redução última em uma superfície toda branca ou toda negra, o brasileiro incrementa uma substância, a oxidação, ao gerar sua própria transfiguração em grandes telas como Núpcias, ou Série Mercúrio I & II, nas quais o processo de oxidação se realiza por meio de diferentes pigmentos, construindo interessantes contrastes entre as diferentes áreas dos quadros. É o que vemos em uma tela de grandes dimensões como em Nine females, onde o artista introduz outro elemento – o couro de vaca – para criar uma impressão não de todo desprovida de erotismo. Os planos que dividem a tela produzem um efeito de collage, pois enquanto a composição dos planos superiores se aproxima a um pentagrama, os demais preservam as tênues cores da pele do animal, exibindo ao mesmo tempo traços do corpo feminino.
Na minha opinião, são as oxidações, entretanto, que levam sua interrogação da matéria ao extremo.
Sabemos que a arte abstrata consiste, antes de mais nada, em retirar o objeto do campo do olhar até convertê-lo em pura ausência. É a partir desta ausência, ou deste zero, que o artista abstrato começa a criar sua outra realidade, fazendo surgir uma escrita do invisível. No caso de José Bechara, se nos atermos simplesmente às suas estruturas, descobriremos que não estão distantes das primeiras orientações do chamado neoplasticismo, cujas origens remontam à segunda década do século 20. Toda a construção de sua obra se baseia na estrita arquitetura de linhas, quadrados, retângulos etc., que preenchem os espaços, dando continuidade a este ideal de pureza que o neoplasticismo quis acercar musicalmente às fugas de Bach. Não é, entretanto, neste ponto que se detém a busca. Soma-se à pureza que vemos nos quadros de Mondrian, Theo Van Doesburg, Vantongerloo e outros, um elemento que a transgride: a oxidação. E é aí, a meu ver, que José Bechara abre um novo caminho à arte abstrata.
Bechara em vez de procurar na cor o resultado final de uma composição que principia como pura forma ataca a superfície do quadro, criando com seu processo de oxidação uma substância plástica diferente. Nem efeitos visuais com campos de cor delimitados ao modo de Mondrian, nem tampouco a tela sujeita às manipulações da chamada “arte bruta”. Para o pintor trata-se basicamente de trabalhar as superfícies imbuído do sonho do alquimista ao início de sua obra: o de testemunhar uma transfiguração. O alquimista encerra sua busca ao encontrar a pedra filosofal, enquanto que para Bechara o objetivo está na criação de uma natureza plástica.
Mais que um sonho então, é o procedimento artesanal de uma série de elementos com os quais o artista joga para criar um efeito pictórico. Mas como sói acontecer, esses efeitos entram por diferentes vias do olhar. Para uns permanecerão aí, simples efeitos, enquanto que para outros as oxidações como meio expressivo dão origem a novas especulações. E este processo se une a outros de conotação poética e até metafísica. Para usar um termo caro aos alquimistas: não será este processo algo semelhante ao nigredo, palavra que eles usam como parte do morrer e do renascer da matéria? Não há dúvida de que uma das tantas vias que a arte contemporânea nos abre é a via especulativa, pela qual podemos “fazer voar nossas bolas de cor” como tantas vezes me falou Lezama quando deixava correr solta sua imaginação inesgotável. A forma com que Bechara atua sobre sua matéria o converte, portanto, no agente de uma espécie de vibração primordial, desta que vai deixando impressas na tela as marcas de sua passagem.
— Texto de Carlos M. Luis. Publicado em El Nuevo Herald, Miami, EUA, 2004.
A ação – Pesos Densos
O que significa ainda isto: o pintor pintar? Um dos mais surpreendentes eventos deste final do século – ou ao menos para o que se convencionou chamar de década de 90 – é que um pintor tenha continuado a pintar. A obra de José Bechara surpreendeu a partir de 1997, quando expôs numa galeria carioca. Era impacto, forte, até mesmo rude. Esse frescor de primavera na pintura, mas também o rompante de ventos fortes, rudeza, aridez e beleza estavam calçados em grandes superfícies, que parecia metabolizar muito do que acontecera na arte brasileira dos anos 70 até ele. Há um núcleo conceitual, que se desfaz para um informalismo e deste para uma grade construtiva. Tudo isto meio solto e meio preso a uma forte tensão da matéria, pouco vista na recente arte brasileira, de Iberê aos últimos quadros de Jorge Guinle Filho. Além disto, havia um método que, no caso de José Bechara, não pode ser visto como separado de sua pintura. Método e finalidade são para ele uma coisa só. Agora, Bechara foi convidado pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro para cumprir um desafio. O de ocupar o vasto pé-direito do museu, um lugar onde muita pintura tende a definhar, devido à escala do espaço. Por mais de um ano trabalhando num ateliê em São Cristóvão (uma desativada fábrica), hoje sincopada pelo trabalho de um outro artista, cães vadios, um pedaço de um carro alegórico de carnaval, um certo silêncio modorrento sob o sol, que se esbate sobre detritos, coisas jogadas fora e lixo industrial, Bechara preparou superfícies imensas (4 x 5m), oxidadas, com a única tarefa de trabalhar o local que lhe foi oferecido. Pode-se dizer que, sem abandonar o Espaço da Pintura, Bechara tende a fazer algo que o supere pelo fato de que é o local que deve ser posto em questão.
Isto significa, simplesmente, que o pintor não parte do fato de pôr “janelas”, quadros pintados, na parede. Nem mesmo, ele propõe – como muitos outros artistas já tentaram – uma instalação para envolver e resolver as dificuldades daquele complexo espaço. Os recursos de Bechara, comparados aos das instalações, são até bem mínimos: superfícies pintadas, ou seja, um conjunto de Planos, que possam sensibilizar de forma ótica o espectador. São obras, portanto, de ação e estratégia. Ação sobre o espaço e energia estratégica para colocar aquele local num fluxo de atenção estética, que esteja em confronto com aquela dimensão que soa como uma fenda, um abismo, uma espiral devoradora. É um combate contra o Muro. Não que isto seja um problema que os artistas, volta e meia, não sejam obrigados a enfrentar. O Muro é uma coisa que fecha, que circunda e que impede. A primeira ação sobre o Muro (além, é claro, das pinturas primitivas das cavernas) é torná-lo cena, o que os afrescos dos muralistas tratam de organizar. Cena contra o silêncio do Muro, tais artistas, numa escala muito grande de tempo, trabalharam de diversos modos até chegarem os artistas contemporâneos que destroem após a exposição as obras que afixaram nele, supondo que elas entraram naquele espaço só para ocupá-lo por instantes, feitos só para aquele local. Desse modo, não há sentido nem em mantê-las ali depois do evento artístico, nem em removê-las para outro lugar museológico, ou mesmo deixá-las à venda numa galeria.
Este ano, em outro museu, o MAC de Niterói, o artista brasileiro Antonio Manuel resolveu atuar sobre o impedimento do Muro. É verdade que não quebrou as paredes do museu, mas sugeriu que isto seria possível, ou melhor, é possível pensar e sonhar com isto. Sem querer discutir a sociologia da destruição dos museus, uma ideologia do começo do século, penso que Antonio Manuel convenceu-se de que o enfrentamento com o Muro era algo da história da arte desde os tempos imemoriais. Ergueu um muro dentro do museu – e o quebrou a golpes de picareta. O enfretamento de Bechara, é lógico, é bem diferente. Até onde eu sei, ele não foi um artista – como minha geração viveu e cresceu – com matrícula na Antiarte que, a meu ver, lhe parece algo indiferente, embora seu trabalho utilize determinados elementos desse movimento histórico. Bechara, de outra geração, faz primordialmente pintura. Bem que sua pintura sobreviva como um além sobre ela, até porque ele não pinta com pincéis e tintas; Bechara usa água, tufos e esponjas de aço-carbono, fogo e lonas usadas de caminhoneiros. E esta não é uma tela branca. Ela já é uma estrutura, uma “paleta”, um “pictórico” que o acaso, o tempo e a necessidade em remeterem para o artista como algo que já foi pintado. É uma pintura que a partir daí Bechara fará evocando eventos temporais numa mesma seqüência. Além disso, creio que ele não pinta sobre as lonas – elas são um fato pictórico entrelaçado ao que ele depois executará “sobre” elas. As obras que Bechara, com razão, chama de “matéricas”, expostas no MAM e feitas para aquele específico local do museu, são, de fato, um evento que se poderia chamar de “momento glorioso e dramático da matéria”.
As grandes peças são carregadas de nervos, texturas, volumes, massa decomposta pela ação da água sobre as esponjas, deterioração e infusão, medida e desmedida, vida e morte do orgânico, peso e densidade. Principalmente nesta “ocupação” do MAM, peso e densidade estão na superfície e não em algo pesado como uma escultura. Peso e densidade se espalham sobre a superfície supostamente lisa e estendida. Depois, ela parece modelada pela matéria, como se vê nos blocos de massa que o artista organiza nas lonas. O confronto de Bechara com a historicidade do Muro (“é possível destruí-lo”, sugere o trabalho de Antonio Manuel no MAC) é o de ofuscá-lo e não temê-lo. Ofusca-se pela cena como nos afrescos, murais e obras minimalistas abstratas. Ou seja, por dinamizá-lo. Ofuscá-lo quer dizer aqui tornar o lado do Muro sem ação, absolutamente neutro, para a afirmação de sua “pictórica”. É distanciá-lo o bastante até se excluir. O que sobra? No caso de Bechara é esta efervescência de matérias, esses pesos densos. Além de tudo, há uma “paleta” – marrons, vermelhos, negros, cinzas –, decomposições de outras matérias.
O que há aqui é uma cena a ser dinamizada. A cena é feita pela obra em presença e não por uma camuflagem do Muro. É permitido pensar que há uma poética e mesmo um vínculo ontológico com o mundo nisto tudo que vemos. O Muro, que é limite e proteção ao mesmo tempo, se torna um aquém. É que através da densidade da pintura, podemos ultrapassá-lo, mesmo estando diante de um pé-direito de um museu. O outro lado que a pintura aponta, com sua rude eloqüência e seu frescor pictórico, é esta cosmologia de matérias que nos faz saltar do imediato, este que nós ainda estamos vendo, e que se prolonga para um Cosmo muito além de nós. Aquele que, de certo, está fora dos Muros.
Observação: Eu não vi a manifestação do artista no MAC. O que narro é o relato oral e o da imprensa na época da mostra de Antonio Manuel de Barrio no Museu;
O Resto como Beleza – O método
Lévi-Strauss observou que a sociedade se movia por meio de três tipos de troca: a da mercadoria, a de mulheres e a simbólica, esta especialmente feita pela linguagem. O trabalho de José Bechara tem o seu ponto de partida em dois modelos de troca, visto pelo antropólogo francês, como condições fundadoras da vida social. O que chama atenção, porém, é que as duas trocas – a da mercadoria e a simbólica – que movem o início do trabalho de Bechara não se utilizam de nenhuma base antropológica, nem seu trabalho encontra um motivo sério para realizar uma mediação junto da antropologia. O gesto que move é amparado pelo o que Pierre Bourdieu chama de campo da arte, onde se insinuará uma estética. É desta maneira, por exemplo, que seu trabalho não participa de nenhuma etologia da vida urbana (não é uma sócio-arte), nem o artista pressupõe, ao trocar encerados novos que ele compra para trocar com outros velhos, que cobrem os caminhões, estes cinzentos, rasurados, empoeirados, que ele está desconstruindo o processo de troca (no caso de um artista conceitual, por exemplo). Nem mesmo Bechara está parodiando o processo de trocas de mercadorias (um pós-modernista irônico). Bechara, com o elemento de troca, não faz nem obras conceituais nem instalações. Bechara não faz um julgamento fora da arte sobre o valor de troca. Se existe economia, ela não é nem conceito, nem paródia, mas o da velha escola escocesa: as lonas são produtos de mercado, que interessa a ambas as partes em jogo, devido ao lucro.
No caso, Bechara é simples. Há algo que muda. É um péssimo negócio trocar encerados novos por velhos, a não ser que o seu uso tenha uma outra significação. É, então, que o artista impõe um valor, alheio ao que significa uma transação comercial. É este gesto estético que muda as coisas, que corrói o valor daquelas mercadorias, que produz uma superabundância de valor, cuja economia é, à primeira vista, invisível. É óbvio que outro mercado está à espera – o de bens simbólicos, que sufraga esta função comercial dando-lhe outro sentido. Mas o que pesa nas trocas de encerado é o valor estético imposto na escolha do artista. Ou, como Bechara diz: “É meu olho que escolhe”. Quem escolhe assim, não esta escolhendo um ready-made. Portanto, o que atuará junto com a troca é o fator simbólico (estético), no qual o artista impõe uma decisão alheia ao valor específico das leis do mercado de encerados(2). Por que, podemos perguntar, há uma superabundância de valor? É que as lonas velhas perdem sua utilidade de mercadoria funcional, cuja lógica é a de proteger mercadorias úteis para o comércio natural. Não é que elas percam utilidade econômica, porque outro mercado as espera, pagando muito mais por aquelas lonas. Mas esse primeiro ato da estética de Bechara é, evidentemente, desinteressado e nem o artista ao fazê-lo, ao menos na sua primeira vez, poderia ter certeza, de que faria uma outra mercadoria.
Esse ato estético – e é nada mais do que isto – mantém uma distância e uma diferença das normas das telas. Geralmente são peças de linho, nas quais se monta um chassi e, no vazio deste branco, pinta-se. Elas podem ser, como de linho, neutras. No caso de Bechara as lonas já são evento da Pintura cheias de acaso e tempo, cinzentas, rasuradas, remendadas, gastas até o último fio da utilidade, transformando-se para o artista em suporte, mas um suporte já pintado pelas ocasiões do tempo e do acaso, preenchido pela força da escolha. Bechara seleciona manchas que são corrosões do tempo e, a partir desta pátina que vem do comércio e da necessidade, ele libera um grau novo de força e liberdade. Como disse, nada a ver com os ready-mades. As lonas são escolhidas com excesso subjetivo no seu julgamento estético e sem definição no objetivo comércio e indústria de encerados. Lonas que, de fato, agradam a percepção do artista, e que servirão de base e objeto de suas obras.
De certa maneira, há um “informalismo” que não atua por meio da gestualidade inconsciente do artista, mas que trabalha com a ambígua relação de controle e descontrole do material.
O tempo faz o seu inevitável trabalho informal nas coisas, cria sua rede de texturas, algumas delas classificáveis por técnicas usuais de manutenção (os remendos, por exemplo) e não dispostos, é lógico, em lugares pré-organizados. É o artista, porém, quem escolhe os cortes de que necessita, as manchas que considera desejáveis, riscos e colorações mais aptas à sua conveniência poética. O valor da mercadoria passa a ser apenas um resquício da troca.
O método de Bechara começa sobre a ação do tempo sobre um valor da mercadoria – e este método é a sua invenção. O arranjo do tempo sobre estas lonas, superfícies planares já impressas, das quais ele fará irromper a larva incandescente do material destilado e apodrecido. Ação corrosiva feita pela maceração de palhas de aço sobre as lonas, que a oxida. É assim sobre uma impressão na superfície, cujo tempo imprimiu suas marcas, que o artista desenvolverá a continuidade do seu trabalho. É como se esse silk-screen extraído do tempo tivesse a sua durée bergsoniana. Durée esta que quer se incrustar na matéria e não, a rigor, na memória involuntária. Neste sentido, a superfície de Bechara é uma matéria involuntária, sobre a qual as intuições poéticas do artista darão curso às suas opções.
Isto não é tudo. Embora muitos trabalhos de Bechara pudessem apenas utilizar as lonas como matéria e suporte (um ready-made desviante), eles são organizados pelo artista, de modo que algumas obras pressupõem uma ordenação que sugere uma atmosfera construtiva. Outros trabalhos, mais “informais”, maceração das palhas sobre a superfície em rasuras, criam uma matéria densa, industrialmente orgânica, cuja cor deriva da dissolução química do aço com água. A maceração gera crostas, súbitos empastamentos, tessituras, volumes. Eis então uma paleta industrial, que se recusa a ser veículo da indústria, paleta involuntária, cujos efeitos cromáticos – os da oxidação – não estão bem na lógica da química pictórica.
O trabalho de Bechara, a meu ver, joga com uma série de modelos e sistemas utilizados nos últimos trinta anos de pintura, mas criando as suas próprias regras, algumas inesperadas. Para o exterior, esta pintura que não usa o óleo nem o acrílico evoca uma dissolução temporal. O tempo que corrói, animado pelo uso das lonas dos caminhoneiros e pela destruição do aço-carbono, regado pelas águas, que deixam as marcas de sua dissolução. Para o interior, é uma conquista de uma superfície que foi determinada pela mutação física deste produto industrial. Em certo sentido, muitas das peças de Bechara podem lembrar as matérias de um informalismo revigorado.
Uma ida ao ateliê do artista supera esta definição. Embora Bechara não possa controlar todo o processo químico das esponjas, ele ordena as suas camadas de modo a extrair efeitos possíveis de serem avaliados com alguma precisão. Só em nosso tempo, em que a pintura procura se realimentar de novos processos para, de novo, conquistar seu espaço simbólico e imaginário, os trabalhos de Bechara confundem-se com o seu método e o seu método extrai poesia do processo inventado. Assim, nessas telas imensas, onde uma estranha matéria pulsa sobre a superfície, o pintor só pode representar o acolhimento do seu método. No caso de Bechara, a força que impulsiona uma beleza em resto.
— Texto de Wilson Coutinho. Rio de Janeiro, Brasil. No catálogo “José Bechara”, publicado para a exposição Comendo Margaridas realizada no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1998.
Fonte: Site Oficial. Consultado pela última vez em
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José Bechara para começarmos bem a semana no “Quarenta Views” | Zé Ronaldo
No comecinho dos anos 90, do século passado, eu fiquei próximo ao trabalho do artista plástico José Bechara. Ele era conhecido na cena da arte carioca e eu nesse tempo fiquei amigo de um fotógrafo americano David Sprigle, da Filadélfia, que alugou uma parte no atelier do José Bechara. para fazer um outdoor studio. Muitas arvores, plantas e tudo mais.
Era um casarão antigo na Lapa e algumas vezes que eu ia lá, eu o via colocando em varais, lonas de caminhão oxidadas carregadas de pigmento. Pesadas. E nas conversas com David, comentávamos que José era nosso “homem de lata” do filme “The Wizard of Oz”. Imaginávamos ele vestido com aquelas lonas. Yes, we trip a lot.
Eu e David falávamos bastante sobre fotografia americana desde Ansel Adams a Robert Mapplethorpe e o meu preferido Gregg Toladan. Ás vezes víamos José Bechara mover as lonas de lugar e as recortava, as jogava no chão, quase uma catarse. Sempre muito sério apesar de usar um short daqueles de pelada de praia bem usado. Nós brincávamos que existia um muro entre nós, “o muro da concentração”, tal a dedicação do artista quando ocupava aquele espaço.
De lá para cá vou as suas exposições. Vejo os trabalhos e amo às formas esculturais e as telas que me parecem paradigmas desenhados com linhas e as oxidações. Aliás, que palavra sexy, oxidação, óxidos muito da pele, dos tons. Sinto falta daquele casarão.
Hoje conversamos sobre o agora. Esse momento meio estapafúrdio, meio anunciado e como José Bechara está nisso tudo.
1) Como está sua rotina na quarentena? Ateliê? Live?
Estranha. Na prática, fico entre as atividades domésticas e o ateliê. Estou produzindo em condições diferentes: mais lentamente, e num tipo de relação mais pura com trabalho já que não há agenda a ser cumprida. E sem poder comprar materiais, o que é um problema interessante de enfrentar. O tempo segue estranho porque nesses dias olho as horas desinteressadamente, domingos são iguais a quintas-feiras. E fico observando as coisas por mais tempo, tento ajudar quem precisa de ajuda, leio, faço inventários mentais. Está tudo bem esquisito, parece que estou num daqueles jogos de tabuleiro e tirei uma carta que diz “volte 20 casas” e as casas à frente estão rasuradas. Sim, tenho umas lives marcadas.
2) O que você vai fazer primeiro quando a quarentena começar a abrir?
Abrir a porta devagar, e olhar com cuidado pro lado de fora pra saber se podemos mesmo sair. Depois, sei lá, ir dançar forró com Dedina, minha mulher, em alguma cidade pequena do nordeste ao som de sanfonas. Não sei. Esse momento de abertura vai levar tempo ainda e acho que primeiramente tenho que chegar lá.
3) Você é mais uma pessoa de ambientes fechados ou abertos?
Dos dois. Mas o que mais incomoda é o estado das coisas. Sempre me senti razoavelmente livre, nunca tive chefes a não ser os compromissos que estabeleço. As limitações são claras e são muitas e aí fico perambulando parado procurando sentidos entre razão e espírito. De todo modo nesses instantes mais aprisionadores sou alertado pela lembrança das obrigações de muitos profissionais que não têm tempo pra reclamações, os da área de saúde, bombeiros, transportadores etc, e aí me dou conta de que não tenho direito a questionamentos vinculados ao humor.
4) Qual é a sua opinião sobre como a pandemia irá afetar a maneira de ver arte e de comprar? Porque na internet você pode comprar e ver mais ver ao vivo é diferente?
Bem, inegavelmente afeta os modos nesse momento. Compras online, visitas online já têm sido feitas e seguem sendo cada vez mais numerosas. Temos agora uma série de feiras de arte que estão sendo organizadas na web e vemos também inúmeras ações de galerias e museus no ambiente eletrônico, e em breve deveremos ter notícias dos resultados. Agora, acho que passado o tempo da pandemia as visitas físicas e compras presenciais voltarão a acontecer, até porque gostamos de nos encontrar, de celebrar.
5) Você acredita em uma recessão artística? Uma crise de talentos?
Crise de talento não, porque artista é artista em qualquer situação, se não for assim, não é artista. Mas como a paisagem vai ficar hostil, naturalmente a gente terá mais dificuldades. Mas as produções podem mudar um pouco em épocas de menos dinheiro circulando.Tenho preocupação com museus e centros de arte, que sempre dependeram de doações pra sua manutenção e agenda expositiva. As economias mundiais acabavam de se levantar dos danos de 2008, e agora vão encarar isso que vem por aí, que representa um desafio muito maior do que em 2008.
6) Quais eram seus planos de expor seus trabalhos em um futuro próximo? Isso mudou?
Sim, cancelei quatro exposições individuais e propus esperar outras datas. A primeira exposição seria no dia 18 de março, na Galeria Marilia Razuk, São Paulo, com o título “Modos de condenar certezas”. Duas outras exposições na Espanha: Palma de Maiorca em maio e Madri em setembro, ambas em minha galeria naquele país: Galeria Xavior Fiol. Por último, no fim do ano, na galeria Matias Brotas, em Vitória. Esta segue marcada mas não estou seguro que deva acontecer neste ano. E também uma coletiva em Portugal, no Centro de Artes de Sines. Por mim, deixo tudo para o segundo semestre de 2021. Também interrompi uma agenda de lançamentos de meu último livro publicado, pela editora Barléu, no fim do ano passado.
7) Você tem filhas. o que tem conversado com elas?
Tenho duas filhas e um filho, todos adultos. A mais nova mora conosco. Eu estava na Espanha com a mais nova em meados de fevereiro, e desde lá já falávamos todos sobre o que estava por vir. No começo, conversávamos sobre as mudanças que viriam, sobre as respostas da natureza, sobre a falência dos modos contemporâneos de vida, especialmente nas cidades. Falávamos da surpresa do evento e da potência dos danos nas pessoas, nas famílias, nas populações. Falávamos das grandes falhas e diferenças que nosso modelo social contém. Com o correr dos dias isso mudou um pouco, passamos a uma mirada mais pragmática, falamos dos cuidados diários com a doença nesse momento e de como podemos ajudar ao redor. Conversamos sobre os futuros possíveis e nesse ponto não acredito em novo normal. A humanidade, como me lembrou um dos filhos, já passou por experiências mais devastadoras e não mudou. Claro que alguns indivíduos farão mudanças, alguns grupos, mas não acredito que a humanidade mude.
Fonte: Ze Ronaldo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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No dia de seu aniversário de 60 anos, José Bechara abre individual no MAM | O Globo
José Bechara completa 60 anos nesta terça-feira, mesmo dia em que abre sua nova individual no Museu de Arte Moderna do Rio, “Fluxo bruto”, com seis obras inéditas e outras quatro de colecionadores. Um dos artistas brasileiros mais atuantes de sua geração, com trabalhos em instituições como o Centre Pompidou, da França; o Museum of Latin American Art (Molaa), nos EUA; a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o próprio MAM Rio, Bechara também completa 25 anos de carreira em 2017. As datas poderiam suscitar uma mostra retrospectiva, mas esse é um projeto que está fora dos planos do autor das obras em grande escala que ocupam o Salão Monumental do museu carioca até 5 de novembro.
— Tem tanta coisa que quero realizar, inventar no meu ateliê, que não paro para pensar na obra em perspectiva nem em relação à idade. Comecei a fazer, sim, uma contabilidade, neste momento de vida, sobre as falhas que cometi e que não quero repetir. Quero ser melhor como indivíduo. Estamos vivendo um momento muito complicado no mundo, espero que as pessoas se deem conta de como perdemos tempo, uma matéria finita que nos é dada em pequeníssimas quantidades, com coisas absolutamente superficiais — analisa Bechara. — Sou um artista de ateliê, para mim é o melhor lugar do mundo. Mas o meu é pequeno. Então, quando tenho a oportunidade de ocupar grandes espaços em museus, aproveito para realizar novas experiências, coisas que não poderia fazer no meu ateliê. Mostrar apenas coisas que já fiz é como se perdesse uma dessas oportunidades. Prefiro deixar a retrospectiva para quando eu morrer, se valer a pena alguém faz.
Para a individual, foram selecionados, de sua produção recente, o díptico “Visto de frente é infinito” (2010), pertencente à coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz, e duas pinturas (1995) da coleção Gilberto Chateaubriand, além de uma nova versão da instalação “Miss Lu Super-Super”, que foi ampliada para ocupar o espaço central do Salão Monumental. O resto do ambiente foi ocupado com duas telas inéditas e outras instalações em grande escala, como “Ângelas”, formada por três esferas maciças de mármore (a maior com 1,8 tonelada) e grandes placas de vidro, com todos os elementos suspensos por cabos de aço. Para o artista, as obras traduzem sua relação com o espaço e o tempo.
— Os trabalhos com o vidro, ou mesmo com o metal, que é vazado, criam essa dupla característica, de ocupar um grande espaço ao mesmo tempo que se deixa entrever. Esse tipo de dualidade também é o que me interessa no ser humano, essa criatura que produz poesia, música, arte, coisas elevadas para o espírito, e também é capaz de tanta selvageria. As obras trazem ainda um pouco da fragilidade humana. Apesar de serem enormes, elas estão montadas a partir da gravidade, poderiam vir ao chão — observa Bechara. — Colocar esses elementos dispostos dessa maneira é uma forma de congelar o tempo, essas obras só existirão assim durante o período da exposição. Essa breve interrupção do tempo me alivia um pouco. O tempo é algo aflitivo para mim, mas nunca quis analisar isso, prefiro lidar com essas questões no meu trabalho.
A curadoria de “Fluxo bruto” é assinada por Beate Reifenscheid, curadora e diretora do Ludwig Museum de Koblenz, na Alemanha, onde Bechara expôs em 2015. Beate conheceu o brasileiro em uma viagem ao Rio em 2014, e desde então a dupla nutria o projeto de realizar uma exposição. Após a montagem alemã, foi a vez da individual no Rio, que pode virar um livro com texto dela.
— Durante a exposição no Ludwig, o público admirava muito os trabalhos dele, nas nossas visitas guiadas tínhamos muitas conversas a esse respeito. Após esse projeto, começamos a pensar em novas exposições e, quando Bechara foi convidado para o MAM, me pediu para curar essa exposição — conta Beate. — Muitas das obras se concentram no tempo e no espaço e mesmo na sua transição, ainda que suas estruturas sejam sólidas. O trabalho do Bechara oferece ao público uma inesperada liberdade.
Bechara visitou várias vezes o Ludwig para montar a individual. O artista prefere criar ou finalizar as obras no espaço, como fez em “Fluxo bruto”, no MAM, onde permaneceu por duas semanas para executar os novos trabalhos:
— Tenho a necessidade de frequentar o espaço, nunca consegui montar uma exposição apenas com base nas plantas, as uso apenas para resolver problemas técnicos. Mesmo no Salão Monumental do MAM, que conheço bem, tive de voltar várias vezes para elaborar as obras e sua disposição. Preciso dessa experiência física, de permanecer no espaço. Acabo transferindo meu ateliê para os lugares onde vou expor.
As “próximas paradas” do ateliê de Bechara serão em Buenos Aires, em setembro, durante a Bienalsur; na Bienal de Pequim, em outubro; e em Miami, em dezembro, onde faz uma individual na galeria Diana Lowenstein, durante a versão americana da Art Basel. Enquanto abre a individual no Rio, o artista já elabora as obras das próximas mostras, no “fluxo bruto” que dá título à exposição carioca.
— “Fluxo bruto” aborda essa sequência de trabalhos, cada um abre portas, brechas, caminhos para o próximo. Quando termino de montar uma exposição como essa, os braços param de se mexer, mas a cabeça, não.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Prêmio PIPA
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Participou da 25ª. Bienal de São Paulo; 29º. Panorama da Arte Brasileira – MAM SP; 5ª. Bienal do MERCOSUL em Porto Alegre – RS, e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” ambas no Paço Imperial – RJ.
Realizou exposições individuais e coletivas em importantes museus e instituições como Culturgest, Lisboa – [Portugal]; MEIAC de Badajós [Espanha]; Instituto Valenciano de Arte Moderno [Valencia, Espanha]; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM RJ [Rio de Janeiro – RJ, Brasil]; Museu de Arte Contemporânea, MAC [Curitiba – PR, Brasil]; Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM BA [Salvador – BA, Brasil]; Museo de Arte Contemporânea de Niterói, MAC [Niterói – RJ, Brasil]; Instituto Tomie Ohtake [São Paulo – SP, Brasil]; Museu Vale do Rio Doce [Vitória – ES, Brasil]; Haus der Kilturen der Welt [Berlim, Alemanha]; Ludwing Forum Fur Intl Kunst [Aachen, Alemanha]; Kunst Museum [Haeiden Hein, Alemanha]; Centro Cultural São Paulo, CCSP [São Paulo – SP, Brasil]; ASU Art Museum [Phoenix – AZ, USA]; Patio Herreriano-Museo de Arte Contemporáneo Español [Valadolid, Espanha] e MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo [Vigo, Espanha], e ainda nas galerias Marília Razuk [São Paulo – SP, BR] ; Celma Albuquerque [Belo Horizonte – MG, BR]; Lurixs [Rio de Janeiro – RJ, BR]; Bolsa de Arte de Porto Alegre [Porto Alegre – RS, BR], entre outros.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – coleção Gilberto Chateaubriand, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; Centre Pompidou, Paris; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma, Espanha; Museu de Arte Contemporânea de Niterói – coleção João Satamine, Brasil; Instituto Itaú Cultural, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil; Museu de arte Contemporânea do Paraná, Brasil; Culturgest-Lisboa, Portugal; FIL/AIP Feira de Lisboa, Portugal; ASU Art Museum, Phoenix, USA; MoLLA, USA; Universidade Cândido Mendes, Brasil.
Fonte: Prêmio PIPA. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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Conheça a exposição “Os meios dias” de José Bechara | Jornal de Brasília
A Casa Albuquerque apresenta Os meios dias, primeira exposição individual de José Bechara em Brasília. Com o adiamento da mostra na galeria (localizada na Comercial da QI 05 do Lago Sul), inicialmente prevista para maio de 2020, bem como de outros muitos projetos mantidos em suspenso desde março do último ano, Bechara mergulhou em sua prática artística.
O título – Os meios dias – remete tanto à percepção cronológica, alterada pela mudança radical de rotina imposta pela situação que vivemos, quanto ao horário em que o artista passou a se perceber mais produtivo em seu ateliê.
Antes plenos, seus dias pareceram ter sido reduzidos, se muito, à metade.
O sol no meio do céu passou a coincidir com o ápice da potência criativa de Bechara, mas deixou de ser um marcador útil do intervalo de tempo a partir do qual nossas vidas são pautadas: o dia se esvaziou de sentido.
Mesmo aos meios-dias, sombras, impossíveis na prática, se faziam presentes em toda parte.
Enquanto o universo que cabia entre um amanhecer e outro passou a se parecer igual e sem propósito, Bechara seguiu em seu ateliê. O resultado desse exercício de manter-se íntegro, fiel ao que se propõe a apresentar ao mundo, nas mais adversas circunstâncias que já enfrentou, pode ser visto na Casa Albuquerque.
Sobre José Bechara
Com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde trabalha e reside, José Bechara é hoje um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros.
Sua pesquisa, empreendida há décadas, envolve elementos pelos quais se tornou notório: as lonas de caminhão que usa como suporte e nas quais intervém com oxidação de emulsões metálicas de ferro e cobre oferecem um resultado visual intrigante, que parece materializar a combinação de alquimia, força e poesia.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares e públicas, como a do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand; a da Pinacoteca do Estado de São Paulo; a do Centre Pompidou, na França; a do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Sattamini; a do Instituto Itaú Cultural; a do Ludwig Museum, na Alemanha; a do Museu da Universidade do Arizona e da Ella Fontanal Cisneros, ambas nos Estados Unidos, entre outras.
A galeria
A Casa Albuquerque Galeria de Arte tem suas origens em Belo Horizonte como uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque, fundadora da reconhecida galeria de arte que leva seu nome. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro e à frente em ambas as galerias, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado de sua mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal.
A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de melhor na produção da arte contemporânea brasileira, através de seu rico e diversificado acervo.
Fonte: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
Crédito fotográfico: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
José Bechara (1957, Rio de Janeiro, Brasil) é um pintor, escultor e artista contemporâneo brasileiro. Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, destacou-se a partir dos anos 1990 ao substituir a tela convencional por superfícies marcadas pelo tempo e pela ação da matéria, como lonas de caminhão usadas, metais oxidáveis e estruturas arquitetônicas em suas obras. Sua pesquisa artística dialoga com a abstração, a tridimensionalidade e o desgaste como linguagem visual. Participou de importantes bienais como a de Havana (2000), do Mercosul (2001) e de Cuenca (2004), além de exposições no Brasil e no exterior. Suas obras integram coleções como as do MAM-RJ, MAM-SP, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial e Fundação ARCO, na Espanha.
José Bechara | Arremate Arte
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957 e consolidou-se como um dos artistas contemporâneos mais inventivos e consistentes de sua geração. Pintor de origem, Bechara expandiu sua prática para o desenho, escultura e instalação, sempre guiado por uma poética da matéria, do tempo e do desgaste.
Sua trajetória artística ganha corpo a partir dos anos 1990, quando começa a investigar os limites da pintura. Ao substituir a tela tradicional por lonas de caminhão usadas — marcadas pelo uso, pelo tempo e pelas estradas — Bechara inaugura uma linguagem própria, na qual a superfície carrega memórias visuais e táteis. Sobre esses suportes, aplica técnicas de oxidação com metais, solventes e pigmentos, permitindo que o acaso, o controle químico e a ação do tempo moldem cada composição. O resultado são obras de caráter abstrato e profundamente matérico, em que cor, forma e textura se entrelaçam de maneira visceral.
Bechara estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde teve contato com a efervescência criativa dos anos 1980. Com o tempo, sua pesquisa se expandiu para o espaço tridimensional, e ele passou a criar esculturas e instalações com estruturas metálicas, vidros, objetos encontrados e elementos arquitetônicos desmembrados — tensionando a relação entre corpo, espaço e matéria.
Sua obra já foi exibida em bienais e museus de diversos países, como a Bienal de Havana (2000), a Bienal do Mercosul (2001) e a Bienal de Cuenca (2004), além de exposições na França, Alemanha, Portugal, Espanha, Colômbia e Argentina. No Brasil, teve presença marcante em instituições como o MAM do Rio e de São Paulo, o Paço Imperial, o Museu Nacional de Belas Artes, o Instituto Tomie Ohtake e a Fundação Iberê Camargo.
Representado por galerias como a Silvia Cintra + Box4, no Rio de Janeiro, José Bechara também integra acervos importantes como o do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Coleção Gilberto Chateaubriand e Fundação ARCO, em Madri.
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José Bechara | Itaú Cultural
José Bechara (Rio de Janeiro RJ 1957). Pintor. Estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, entre 1987 e 1991. Inicia sua atividade artística no final da década de 1980, e realiza sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes - CCCM, em 1992. No ano seguinte, participa do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, onde recebe prêmio aquisição. Desde o início da década de 1990, utiliza o processo de oxidação sobre lonas de caminhões como base de seus trabalhos, e experimenta outros suportes, como a pele de boi. Participa de diversas exposições nacionais e internacionais, entre elas, a 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal, em 2002, e o 29º Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2005. Em 2002, é palestrante do workshop Dynamic Encounters International Art Workshop: São Paulo - Rio 2002. Lançamento do livro José Bechara, desenhos: como uma piscada de vaga-lume publicado pela Editora Réptil.
Acervos
ASU Art Museum - Arizona (Estados Unidos)
Centre Georges Pompidou - Paris (França)
Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) - Rio de Janeiro RJ
Coleção João Sattamini - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói) - Niterói RJ
Es Baluard Museu d'Art Modern i Contemporani de Palma - Palma de Mallorca (Espanha)
Fundação Brasilea - Basileia (Suíça)
Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest - Lisboa (Portugal)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Museo de Arte Contemporáneo de Vigo (Marco) - Vigo (Espanha)
Museu Casa das Onze Janelas - Belém PA
Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR) - Curitiba PR
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA) - Salvador BA
Museum of Latin American Art (MOLAA) - Califórnia (Estados Unidos)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) - São Paulo SP
Universidade Cândido Mendes - Rio de Janeiro RJ
Exposições Individuais
1992 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Cândido Mendes
1994 - São Paulo SP - Individual, no Centro Cultural São Paulo
1995 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Paulo Fernandes
1995 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Andre Milan
1997 - Rio de Janeiro RJ - Campos de Rosas, na Galeria Paulo Fernandes
1998 - Curitiba PR - Individual, no Museu Alfredo Andresen
1998 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1998 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA (Salvador, BA)
1998 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - Individual, na Marilia Razuk Galeria de Arte
1999 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, no Studio 3B
2002 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2002 - Rio de Janeiro RJ - Pelada, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Área de Serviço, no Paço Imperial
2004 - Miami (Estados Unidos) - Work Area, na Diana Lowenstein Fine Arts
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Casa, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Paramarelos, na Lurixs Arte Contemporânea
2004 - São Paulo SP - Duas Margaridas e uma Aranha, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - Curitiba PR - Área de Serviço, na Casa de Cultura Andrade Muricy
2005 - Lisboa (Portugal) - Noite Horizontal, na Galeria Carlos Carvalho
2005 - Santiago de Compostela (Espanha) - Vespeiro, na A Chocolataria
2006 - Belo Horizonte BH - Individual, na Galeria Celma Albuquerque
2006 - Miami (EUA) - Open House, na Diana Lowenstein Fine Arts
2006 - Rio de Janeiro RJ - Paisagem Doméstica, na Luirxs Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Ok Ok Let's Talk, na Pinacoteca do Estado de São Paulo
2007 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Marília Razuk
2008 - Individual de José Bechara
2008 - Individual de José Bechara
2009 - Sobremirada - O Ar e a Cega
2009 - José Bechara: cut
2010 - Full
2010 - Fenda
2010 - Individual de José Bechara
2011 - Colisão e Trânsito
2011 - José Bechara: líquido do metal
2013 - Visto de Frente é Infinito
2013 - José Bechara - Repertório para aproximação de suspensos
2014 - Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa
2015 - Criaturas do Dia e da Noite
2016 - Jaguares
2017 - José Bechara: Zumbidos
Exposições Coletivas
1992 - Rio de Janeiro RJ - 9X6, na Escola de Artes Visuais - EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Diferenças, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (Rio de Janeiro, RJ)
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravidade e Aparência, no MNBA
1993 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte - prêmio aquisição
1993 - Curitiba PR - Gravidade e Aparência, no Museu Municipal de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Matéria e Forma, no Paço Imperial
1994 - São Paulo SP - Programa Anual de Exposições de Artes Plásticas, no Centro Cultural São Paulo - CCSP
1996 - Londres (Inglaterra) - Coletiva, na Galeria Cynthia Borne
1996 - Niterói RJ - Coleção João Satamine, no Museu de Arte Contemporânea - MAC/Niterói (Niterói, RJ)
1996 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições - Coleção Giberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1996 - Salvador BA - Novas Aquisições - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA
1997 - São Paulo SP - Arte Cidade: a cidade e suas histórias
1998 - Aachen (Alemanha) - Coletiva, no Ludwig Forum für Internationale Kunst
1998 - Berlim (Alemanha) - Coletiva, na Haus der Kilturen der Welt
1998 - Haeiden Hein (Alemanha) - Coletiva, no Kunst Museum
1998 - Busan (Coréia do Sul) - Best Collections from Museums of Sister Cities, no Busan Metropolitan Art Museum
1998 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na EAV/Parque Lage
1998 - São Paulo SP - Cohntemporânea, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Belo Horizonte MG - Da Pintura e da Escultura, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
1999 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Brasileira, Museo Nacional de Bellas Artes
1999 - Nova York (Estados Unidos) - Painting From Latim América, na Generous Miracle Galeria
1999 - Rio de Janeiro RJ - MAM Uma Seleção, no MAM/RJ
1999 - Rio de Janeiro RJ - Os 90, no Paço Imperial
2000 - Lisboa (Portugal) - Um Oceano Inteiro Para Nadar, na Culturgest
2000 - Nova York (Estados Unidos) - American Triangle, na Generous Miracles Gallery
2000 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial
2000 - Rio de Janeiro RJ - Gerações, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Universidarte, na Universidade Estácio de Sá
2001 - Rio de Janeiro RJ - Atípticos, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Rio de Janeiro RJ - Gesto, matéria, cor e imagem, no MAM/RJ
2002 - Curitiba PR - Obras do Faxinal das Artes, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná -MAC/PR
2002 - Miami (Estados Unidos) - Abstractions, na Virginia Miller Galeria
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - 10 Anos Marília Razuk, na Marília Razuk Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - Vitória ES - Coletiva, no Museu Vale do Rio Doce
2003 - Badajoz (Espanha) - Novas Aquisições - Coleção Cultergest, no Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo
2003 - Petrópolis RJ - Via BR 040: longo trecho em aclive, no Museu Imperial
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Lurixs Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - Paralela
2003 - Vila Velha ES - O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce
2004 - Niterói RJ - Pintura e Desenho - 90/00, no MAC/Niterói
2004 - Rio de Janeiro RJ - 30 Artistas, na Mercedes Viegas Escritório de Arte
2004 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral
2004 - São Paulo SP - Paralela
2004 - Vitória ES - Casa - A Poética do Espaço na Arte Brasileira, no Museu Vale do Rio Doce
2005 - Arizona (Estados Unidos) - Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, no ASU Art Museum
2005 - Brasília DF - Encontro com Arte , Razão e Sensibilidade
2005 - Niterói RJ - Onde as Obras Dormem, no MAC-Niterói
2005 - Porto Alegre RJ - 5ª Bienal do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira Hoje, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Chroma, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2005 - São Paulo SP - Convidados do Panorama da Arte Brasileira - MAM/2005, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - São Paulo SP - 29º Panorama da Arte Brasileira, no MAM/SP
2006 - Curitiba PR - O Espaço Inventado, no MAC/PR
2006 - Lisboa (Portugal) - Surrounding Matta - Clarck, na Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea
2006 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Hoje: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Santander Cultural
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 100 Anos de Arte Brasileira na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral 2006
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 25 Artistas, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados
2007 - Ribeirão Preto SP - E: Conjunção - Conexão, na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 - 2006, no Itaú Cultural
2008 - Madri (Espanha) - Arco, no Instituto Feira de Madri
2008 - Arte Pela Amazônia: arte e atitude
2008 - O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR
2008 - Pásions Privadas, Visions Públicas
2008 - Olhares Cruzados
2008 - 3º Arquivo Geral
2009 - Coletiva 08
2009 - Trabalhos em Papel
2009 - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções João Sattamini e Mac de Niterói
2010 - Do Pensamento à Representação
2010 - 1ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - 2ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - Coletiva na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2010 - Entre Meios
2010 - Kierkegaards Walk
2010 - Ponto de Equilíbrio
2010 - 4º Arquivo Geral
2010 - Coletiva 10
2011 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2011 - O Colecionador de Sonhos
2012 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2012 - [alguns de] NÓS
2013 - Forma e Presença
2013 - As Tramas do Tempo na Arte Contemporânea: estética ou poética?
2013 - Parque de Transgressões
2013 - Parque de Transgressões
2014 - Iberê Camargo: século XXI
2014 - 20 Anos
2016 - Do clube para a praça
2016 - Cidade Jacaranda
2016 - Transparência e Reflexo
2016 - (In) mobiliario
2016 - Specchio Paulo Reis
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Fronteiras, Limites, Interseções: entre a arte e o design
2017 - Luz = Matéria
2018 - 10 Contemporâneos
2018 - Horizontes - As Paisagens nos Coleções MAM Rio
2019 - Homenagem a Reynaldo Roels Jr.
2020 - Campos Interpostos
Fonte: JOSÉ Bechara. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 26 de março de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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José Bechara | Wikipédia
José Bechara (Rio de Janeiro, 1957) é um artista plástico carioca, conhecido pelo seu caráter experimental e a utilização diversificada de métodos e materiais, o que permite novas experiências no campo pictórico.
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) e hoje vive e trabalha no Rio de Janeiro. No início de sua carreira, sua obra era predominantemente pictórica, mas a partir do desenvolvimento de sua linguagem poética, os trabalhos passaram a incluir esculturas e instalações, além dos desenhos e pinturas, e a travar um diálogo mais direto com a arquitetura. Como explica Luis Camillo Osorio no texto introdutório sobre Bechara para Fendas, o catálogo da exposição individual do artista no MAM em 2010: “A saturação das oxidações foi se acumulando, por pressão da própria maturação da poética do seu processo, na superfície das lonas e se projetando no espaço. Este jogo entre saturação e estruturação acompanha o desenrolar do trabalho. Ora predomina a densidade métrica, o acúmulo de elementos que se concentram e se expelem, ora sobressai o esforço estruturante, a grade geométrica e o desenho linear”.
Carreira artística
José Bechara iniciou seus estudos artísticos em 1987 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Depois de 4 anos de estudo, em 1991, o artista passou a integrar um ateliê coletivo na Lapa, centro do Rio de Janeiro, com os artistas Angelo Venosa, Luiz Pizarro, Daniel Senise e Raul Mourão. É em 1992 que Bechara começa suas experimentações com suportes e técnicas diversificadas, uma característica marcante de seus trabalhos até hoje. Ainda se dedicando exclusivamente à pintura, o artista experimenta novos suportes para suas telas, como lona usada de caminhão e couro bovino, além de desenvolver técnicas de oxidação de cobre e ferro. Foi também neste ano que ele realizou sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes. Em 1994, Bechara recebeu o prêmio Aquisição no 13º Salão Nacional de Artes Plásticas e passou a ser representado pela galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro. Em 1997, o artista se instalou em seu ateliê no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, onde ainda trabalha.
Em 2002, Bechara realizou sua primeira experiência escultórica com A casa, durante uma residência artística em Faxinal do Céu, Pinhão, Paraná, sob a curadoria de Agnaldo Farias e Fernando Bini, e a consultoria de Christian Viveros. A versão inicial deste projeto foi pensada a partir da casa que servia de habitação e ateliê para o artista durante a residência. A mobília da casa foi reorganizada, se projetando para fora pelas portas e janelas e a peça foi fotografada, dando origem a duas séries: Temporária e Paisagem doméstica ou não me lembro do que dissemos ontem, que hoje integra coleções nacionais e internacionais, coma a do Centro Pompidou em Paris, França. Outros desdobramentos desse projeto são Área de serviço, uma exposição no Paço Imperial do Rio de Janeiro, organizada no programa Atelier Finep em 2004, que mostra conjuntos de móveis domésticos organizados plasticamente; e algumas séries de trabalhos de experimentação gráfica como Externo e Interno.
Em 2004, uma exposição no MAM-Rio, intitulada A Casa, Reuniu todo o processo até então desenvolvido além de uma peça escultórica de madeira em dois volumes com o mesmo título. Open House, uma série de esculturas em menor dimensão desenvolvida a partir de 2006, também trata o tema da casa simbólica e plasticamente. Também em 2006 o artista fez a escultura Ok, ok, let’s talk, uma instalação de mesas de jantar formando um plano irregular intercaladas por duas cadeiras. Esse trabalho foi exposto na Pinacoteca de São Paulo, assim como no Patio-Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Español e na Galeria Mário Sequeira, com uma versão em madeira e uma versão em aço.
A Série Esculturas Gráficas, iniciada em 2009, representa bem a tensão que trabalha o artista entre o geométrico e o material. Obras dessa série foram expostas em importantes instituições como o MAM-Rio de Janeiro, o Instituto Tomie Ohtake e CapeDiem Arte e Pesquisa, Lisboa. Em 2010, com a série Gelosia, Bechara começa a trabalhar com o vidro como suporte para suas obras. Placas de vidro com oxidação de aço, placas de fórmica e tinta acrílica constituem peças escultóricas que se apoiam contra a as paredes e quinas das salas de exposição.
Exposições Individuais
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP , Brasil.
2019
José Bechara. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil.
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arte Gallery, Miami - FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Em exibição
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil. Em exibição.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Galeria Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria de Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric[ligação inativa], Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Visto de Frente É Infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal
2011
José Bechara: Colisão e Trânsito. Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte
José Bechara: Ultramar com 5 Cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal
José Bechara: anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal
José Bechara. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória
2008
Sobremirada. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Ok,Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha
2007
Geométrica. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
Paisagem Doméstica. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Ok, Ok Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha
Tráfego diurno – Noite horizontal. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba
2004
Paramarelo. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2003
Área de serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, EUA
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1995
José Bechara. Galeria André Millan. São Paulo
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro
Publicações
2019
Território Oscilante. Editora Barléu (português, inglês, espanhol e alemão)
A Terceira Margem. Catálogo da Anozero'19 - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra (português e inglês)
José Bechara: Território Oscilante. Catálogo da exposição individual na Fundação Iberê Camargo (português)
Walking Through Walls. Catálogo da exposição coletiva no Museu Gropius Bau em Berlim (inglês)
José Bechara: Partes Soltas. Catálogo da exposição individual na Galeria Simões de Assis (português)
2016
Arte Brasileira para Crianças. Editora Cobogó (português)
2015
José Bechara: Squares & Patterns. Texto Profª Drª Beate Reifenscheid, Ludwig Museum. Catálogo Ludwig Museum (Alemão e inglês)
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Catálogo da exposição individual na Galeria Paulo Darzé (português)
José Bechara. Catálogo da exposição individual na na Galeria Simões de Assis (português)
2013
José Bechara. Texto de Agnaldo Farias. Editora Barléu (português, espanhol e inglês)
2012
Desdobramentos da pintura brasileira século XXI - Cobogó (português e inglês)
Projeto Respiração Márcio Doctors - Cobogó e Fundação Eva Klabin (português e inglês)
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú - Itaú Cultural (português e inglês)
2011
José Bechara – Fendas Catálogo da exposição, 2010/11 (português e inglês)
2010
Desenhos – José Bechara. Como piscada de vaga-lume - Réptil (português e inglês)
2009
Antes de ayer y pasado mañana – o lo que puede ser pintura hoy - Arte Contemporáneo y Energia AIE – MACUP & Artedardo, S.L. – Dardo ds (português e inglês)
Arte e Ousadia – O Brasil na coleção de João Sattamini - Aprazível Edições, 2008/2009 (português e inglês)
2008
Blefuscu - Dardo (português, espanhol e inglês)
Dardo Magazine n.7 - Dardo (português, espanhol e inglês)
Um Século de Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de Santa Catarina (português e inglês)
Coleção Ana Luisa e Mariano Marcondes Ferraz - Textos de Luiz Camillo Osório e Mariano Marcondes Ferraz (português e inglês)
Paixóns Privadas, Visións Públicas - Museo de Arte Contemporâneo de Vigo, Espanha – Marco (galego e inglês)
2006
A Casa - Francisco Alves (português e inglês)
Coleção Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil de 1981 – 2006 - Itaú Cultural (português e inglês)
2005
A Persistência da Pintura – Núcleo Contemporâneo - Fundação Bienal do Mercosul (português, espanhol e inglês)
Panorama da Arte Brasileira 2005 - Museu de Arte Moderna de São Paulo (português e inglês)
José Bechara - Dardo (português, espanhol, galego e inglês)
2002
Museu de Arte Moderna da Bahia - Editora Gráficos Buriti (português)
Construir Habitar Pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporâneas - Instituto Valenciano de Arte Moderno, Espanha (português, inglês e valenciano)
25ª Bienal de São Paulo – Iconografias Metropolitanas - Fundação Bienal de São Paulo (português e inglês)
1998
José Bechara - Dardo (português e inglês)
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de São Paulo – MASP (português e inglês)
Biografia
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-BR; Centre Pompidou-FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer-BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RIO–BR;Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; Benetton Foundation-IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH; Fundo BGA–BR, entre outras.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Site Oficial
Biografia
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde trabalha e reside. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), localizada na mesma cidade.
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing; A World of Coexistence – Bienal Internacional de Jinan de 2022-CN; Anozero’19 – 3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra; Bienalsur 2019 – Museu Nacional de Riade, Arábia Saudita e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; Fundação Biblioteca Nacional–BR; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Gropius Bau–DE; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro–BR; Centre Pompidou–FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer–BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra–PT; Coleção Gilberto Chateaubriand–BR; Fundação Biblioteca Nacional–BR; Coleção Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo–BR; Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – PT; Benetton Foundation–IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH, entre outras.
Currículo
2024
Lampejar. Instituto Artium de Cultura, São Paulo – SP, Brasil.
Intersecções Obtusas. Galeria Simões de Assis, Balneário Camboriú – SC, Brasil. Curadoria: Matheus Nunes.
2023
Dancing in my room. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, USA.
O Galaxie do Amor para Sempre. Galeria Paulo Darze, Salvador – BA, Brasil.
2022
NERVO COMBUSTÃO FLUXO. Lurixs, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fugitivas. Madrid XF Proyectos Art Contemporáneo, Madrid – ES, Espanha.
Zênite. Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil.
2021
José. Matias Brotas Arte Contemporânea, Vitória – ES, Brasil. Curadoria: Eucanaã Ferraz.
Os Meios Dias. Casa Albuquerque Galeria de Arte, Brasília – DF, Brasil.
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Clarissa Diniz
2019
Território Oscilante. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil. Curadoria: Luiz Camillo Osório
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil.
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Simões de Assis Galeria da Arte, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric, Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Agnaldo Farias.
Visto de frente é infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
2011
José Bechara: Colisão e trânsito. Museu de Arte Moderna da Pampulha. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
José Bechara: Anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal.
José Bechara. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal.
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
2008
Sobremirada. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Ok, Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
2007
Geométrica. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
Paisagem Doméstica. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Ok, Ok, Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha.
Tráfego diurno – Noite horizontal. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba – PR, Brasil.
2004
Paramarelo. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2003
Área de Serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, USA.
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba – PR, Brasil.
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. GaleriaMarília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1995
José Bechara. Galeria André Milan. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Exposições Coletivas
2025
“A Tela Insurgente” – Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Antônio Gonçalves Filho.
2024
Do lado mais visível das imagens. Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). Coimbra, Portugal. Curadoria: José Maçãs de Carvalho e Daniel Madeira.
2023
A Casa era a Rua. Galeria Carlos Carvalho, Lisboa-Portugal. Curadoria: Alexandre Melo.
Nuances de Brasilidade: Repertório. Centro Cultural da PGE-RJ. Rio de Janeiro, Brasil. Curadoria: Cecilia Fontes.
2021
Da Letra à Palavra. Museu Judaico de São Paulo. São Paulo- SP, Brasil. Curadoria: Lena Bergstein.
2019
Recovering Stories, Recovering Fantasies. Museu Nacional de Riade – Arábia Saudita. Curadoria: BIENALSUR – Diana Wechsler.
3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, A Terceira Margem. Coimbra – Portugal. Curadoria: Agnaldo Farias. Trabalho selecionado: Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa.
Walking through Walls, Martin Gropius Bau, Berlim – Alemanha. Curadoria: Sam Bardouil e Till Felrath.
Alma do Mundo – Leonardo 500 Anos, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Curadoria: Marco Lucchesi.
2018
Pequenos formatos e múltiplos. Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Accrochage de Verão. Galeria Graça Brandão, Lisboa – Portugal.
#iff2018. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto- SP, Brasil. Curadoria: Rejane Cintrão e João Carlos.
Lugares do delírio . SESC Pompéia, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
2017
7ª Bienal Internacional de Arte de Pequim. Pequim, China. Trabalho selecionado: Paramarelo com pássaro retangular hesitante, 2009-2017.
1ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul – BIENALSUR. Buenos Aires, Argentina. Trabalho selecionado: Nuvem para meia altura, 2013-2017.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 4º momento. Espaço Adães Bermudes, Alvito, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 3º momento. CACPS – Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, Ponte de Sor, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Lugares do delírio. MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 2º momento. CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Coimbra, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
2016
(In) Mobiliario. Galeria Habana, Havana, Cuba. Curadoria: Diana Cuéllar Ledesma
Pequenos Formatos: Dimensão e Escala. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Texto de Felipe Scovino.
The agony and the ecstasy – Latin American art in the collections of Mallorca; A review based on contemporaneity. Es Baluard – Museo d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 1º momento. CAAA – Centro para os Assuntos de Arte e Arquitetura, Guimarães, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Intervenções Urbanas – ArtRio. Museu da República, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Transparência e reflexo. MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), São Paulo – SP, Brasil.
Cidade Jacaranda – ocupação artística. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Em polvorosa – um panorama das coleções MAM-Rio. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2015
Diálogos Construtivos no Brasil: Passado e Presente. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Casa Cidade Mundo – A Beleza Possível Módulo I. Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Evandro Salles.
2014
20 anos de Mercedes Viegas. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Expoarte 2014 – Resistência e Transgressão (Programa Poéticas da Tridimensionalidade). Casa Cor, Serra – ES, Brasil. Curadoria professora Almerinda da Silva Lopes.
Iberê Camargo: século XXI. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – RS, Brasil. Curadoria Comitê Curatorial da Fundação Iberê Camargo.
Momento contemporâneo, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2013
Lupa. Mostra coletiva dentro do programa da Art Rio 2013. Pier Mauá, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria de Abaseh Mirvali.
Parque de Transgressões. SIM Galeria. Curitiba – PR, Brasil.
Mostra de Artistas Contemporâneos. Exposição coletiva para o ICOM 2013 – 23a Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus. Cidade das Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Great Men Die Twice. Casa da Cultura da Comporta. Comporta, Portugal.
Casa ocupada. Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Câmara Municipal de Almada. Almada, Portugal.
As tramas do tempo na Arte Contemporânea: Estética ou Poética? Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
Forma e presença. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil.
O Abrigo e o Terreno – exposição inaugural. Museu de Arte do Rio (MAR). Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2012
Coleção BGA – Brazil Golden Art. Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). São Paulo – SP, Brasil.
Art-quitecturas. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Colectiva de desenhos. Quase galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
This is Brazil! 1990-2012. Palacio Municipal de Exposiciones Kiosco Alfonso e PALEXCO. A Coruña, Espanha.
[alguns de] nós. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro– RJ, Brasil.
Além da forma: plano, matéria, espaço e tempo. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2011
1911-2011 – Arte Brasileira na Coleção Itaú. Palácio das Artes. Belo Horizonte – MG, Brasil.
Sobre Vitória – Usina Galeria de Arte – 25 anos depois. Museu de Arte do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
Múltiplos Sentidos. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
1911-2011 – Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Construção e Desconstrução da Arte Brasileira (anos 1900 / 2000), festival de arte Europália. Bozar. Bruxelas, Bélgica.
O Colecionador de Sonhos. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – RJ, Brasil.
Trienal de Arquitectura de Lisboa, Portugal.
2010
Do Pensamento à Representação. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2007-2010 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Bizarro. Festival Estrella Levante SOS 4.8. Murcia, Espanha.
Ponto de Equilíbrio. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
O passeio de Kierkegaard. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Falemos de casas: quando a arte fala arquitectura [construir, desconstruir, habitar]. Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado & Trienal de Arquitetura de Lisboa. Lisboa, Portugal.
2009
Trabalhos em papel. Galeria Mercedes Viegas. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Estética Solidária. Palácio Marquês de Pombal. Lisboa, Portugal.
Antes de ayer y passado mañana; o lo que puede ser pintura hoy. MACUF – Museo de Arte Contemporáneo Unión Fenosa. La Coruña, Espanha.
FotoRio 2009. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paisatges Creuats/Paisagens Cruzadas, novas aquisições para a coleção permanente. Fundació Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Building Rooms. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Coleções 9. Galeria Luisa Strina. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara – Herbert Hamak – Winston Roeth. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Spain.
2008
Arquivo Geral. Centro Cultural da Justiça Eleitoral. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR. Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
Curitiba – PR, Brasil.
Pasiones Privadas, Visiones Públicas. MARCO, Museu de Arte Contemporânea de Vigo. Vigo, Espanha.
Proporções monumentais: seleções da coleção permanente. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Parangolé, fragmentos desde os 90 no Brasil, Portugal e Espanha. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
Arte pela Amazônia. Fundação Bienal de São Paulo, Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
São Paulo – SP, Brasil.
Construir, habitar, pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporáneas. Instituto Valenciano de Arte Moderna. Valencia, Espanha.
Traços Traçados. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
La mirada d´Abril: Noves propostes/nuevas propuestas/new proposals. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
2007
A última casa, a última paisagem. Matias Brotas Arte Contemporânea e galeria Espaço Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
“E” Conjunções/Conexões. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
80/90 Modernos, Pós-Modernos, Etc. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2006-2007 — Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil 1981-2006. Centro Cultural Itaú. São Paulo – SP, Brasil.
2006
1910 – 2000 – Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de arte brasileira. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paralela São Paulo 2006. Pavilhão Armando de Arruda Pereira, Parque do Ibirapuera.
São Paulo – SP, Brasil.
Dwell. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Surrouding Matta-Clark. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
O Espaço Inventado. Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Curitiba – Paraná, Brasil.
É HOJE na arte brasileira contemporânea: coleção Gilberto Chateatubriand. Santander Cultural. Porto Alegre – RS, Brasil.
Só Pintura. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2005
29° Panorama da Arte Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
A Persistência da pintura – Núcleo contemporâneo. V Bienal do Mercosul. Porto Alegre – RS, Brasil.
Conexão contemporânea. Fundação Nacional de Arte, FUNARTE. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Onde as obras dormem. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Rampa: signaling new Latin America art initiatives. Arizona State University Art Museum. Phoenix, EUA.
Encontro com arte – razão e sensibilidade. Casa Cor. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Chroma. Museu de Arte Modern do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira hoje. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2004
Casa – a poética do espaço na arte brasileira. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Paralela a 26ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo geral: arte contemporânea no Jardim Botânico. Centro de Cultura e Meio Ambiente Antonio Carlos Jobim. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2003
Sal da terra. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Via BR 040, Longo trecho em aclive. Museu Imperial. Petrópolis – RJ, Brasil.
Novas aquisições, Coleção Culturgest. Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporaneo. Badajoz, Espanha.
Exposição inaugural. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
Mapa do Agora. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Iconografias metropolitanas, 25ª Bienal de São Paulo. Fundação Bienal de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Abstractions. Virginia Miller Gallery. Miami, EUA.
Caminhos do Contemporâneo. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Faxinal das Artes. Museu de Arte Contemporânea. Curitiba – PR, Brasil.
Faxinal das Artes – Programa de residência de artistas contemporâneos. Faxinal do Céu, Pinhão – PR, Brasil.
2001
Atípicos. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Gesto, matéria, cor e imagem. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2000
Um oceano inteiro para nadar. Culturgest. Lisboa, Portugal.
UniversidArte VIII. Galeria Especial, Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
American Triangle. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
Gerações. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
Anos 90. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira. Museo Nacional de Bellas Artes – MNBA. Buenos Aires, Argentina.
MAM: uma seleção. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Small-big paintings from Latin America. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
1998
Museu de Arte Contemporânea. Pusan, Korea.
Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
Galeria EAV, Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Haus der Kulturen der Welt. Berlin, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Ludwig Forum Für Intl Kunst. Aachen, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Kunst Museum. Hayden Hein, Alemanha.
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte de São Paulo, MASP. São Paulo – SP, Brasil.
1996
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna da Bahia. Salvador – BA, Brasil.
Coleção João Sattamini. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Brazilian Artists. Galeria Cyntia Borne. Londres, Inglaterra.
1994
Matéria e Forma. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1993
Gravidade e Aparência. Museu Municipal de Arte. Fundação Cultural de Curitiba. Curitiba – PR, Brasil.
1992
Gravidade e Aparência. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
9X6. Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Diferenças. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Principais Coleções
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Brasil
Pinacoteca do Estado de São Paulo – Brasil
Ludwig Museum of Koblenz – Alemanha
Museu Oscar Niemeyer – Brasil
Centre Pompidou – França
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini – Brasil
Instituto Itaú Cultural – Brasil
Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo das Artes Plásticas de Coimbra – Portugal
Coleção Gilberto Chateaubriand – Brasil
Coleção Ateliê de Gravura Fundação Iberê Camargo – Brasil
Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
Museu de Arte Moderna da Bahia – Brasil
Museu de Arte Contemporânea do Paraná – Brasil
Culturgest – Portugal
FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – Portugal
Benetton Foundation (Imago Mundi) – Itália
Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma – Espanha
CAC Málaga – Espanha
MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo, Coleção Espacio Atlântico –Espanha
FIL/AIP Feira de Lisboa – Portugal
ASU Art Museum – Estados Unidos
Museum of Latin American Art [MOLAA] – Estados Unidos
Universidade Cândido Mendes – Brasil
Fundação Brasilea – Suíça
Museu Casa das Onze Janelas – Brasil
Instituto Figueiredo Ferraz/ Coleção Dulce and João Carlos Figueiredo Ferraz – Brasil
Fundación DIDAC – Santiago de Compostela, Espanha
Textos
A Geometria Oxidada de José Bechara
Se é verdade que nem todos os caminhos da arte moderna levam ao abstracionismo, também é verdade que a arte abstrata abriu à pintura numerosas vias de expressão. A prova disso está na obra do pintor brasileiro José Bechara.
O principal dilema da arte abstrata, uma mudança radical do olhar, se faz presente nas oxidações de José Bechara, oxidações que nos levam a uma redefinição da própria natureza da pintura. Aqui, nesta sua arte aparece um elemento inovador, uma nova forma como substância plástica, como diria Joseph Beuys. Ou, em outras palavras, “uma transfiguração a partir do zero das formas” como Malevich já se propusera. Mas, se o pintor russo leva o tema à sua redução última em uma superfície toda branca ou toda negra, o brasileiro incrementa uma substância, a oxidação, ao gerar sua própria transfiguração em grandes telas como Núpcias, ou Série Mercúrio I & II, nas quais o processo de oxidação se realiza por meio de diferentes pigmentos, construindo interessantes contrastes entre as diferentes áreas dos quadros. É o que vemos em uma tela de grandes dimensões como em Nine females, onde o artista introduz outro elemento – o couro de vaca – para criar uma impressão não de todo desprovida de erotismo. Os planos que dividem a tela produzem um efeito de collage, pois enquanto a composição dos planos superiores se aproxima a um pentagrama, os demais preservam as tênues cores da pele do animal, exibindo ao mesmo tempo traços do corpo feminino.
Na minha opinião, são as oxidações, entretanto, que levam sua interrogação da matéria ao extremo.
Sabemos que a arte abstrata consiste, antes de mais nada, em retirar o objeto do campo do olhar até convertê-lo em pura ausência. É a partir desta ausência, ou deste zero, que o artista abstrato começa a criar sua outra realidade, fazendo surgir uma escrita do invisível. No caso de José Bechara, se nos atermos simplesmente às suas estruturas, descobriremos que não estão distantes das primeiras orientações do chamado neoplasticismo, cujas origens remontam à segunda década do século 20. Toda a construção de sua obra se baseia na estrita arquitetura de linhas, quadrados, retângulos etc., que preenchem os espaços, dando continuidade a este ideal de pureza que o neoplasticismo quis acercar musicalmente às fugas de Bach. Não é, entretanto, neste ponto que se detém a busca. Soma-se à pureza que vemos nos quadros de Mondrian, Theo Van Doesburg, Vantongerloo e outros, um elemento que a transgride: a oxidação. E é aí, a meu ver, que José Bechara abre um novo caminho à arte abstrata.
Bechara em vez de procurar na cor o resultado final de uma composição que principia como pura forma ataca a superfície do quadro, criando com seu processo de oxidação uma substância plástica diferente. Nem efeitos visuais com campos de cor delimitados ao modo de Mondrian, nem tampouco a tela sujeita às manipulações da chamada “arte bruta”. Para o pintor trata-se basicamente de trabalhar as superfícies imbuído do sonho do alquimista ao início de sua obra: o de testemunhar uma transfiguração. O alquimista encerra sua busca ao encontrar a pedra filosofal, enquanto que para Bechara o objetivo está na criação de uma natureza plástica.
Mais que um sonho então, é o procedimento artesanal de uma série de elementos com os quais o artista joga para criar um efeito pictórico. Mas como sói acontecer, esses efeitos entram por diferentes vias do olhar. Para uns permanecerão aí, simples efeitos, enquanto que para outros as oxidações como meio expressivo dão origem a novas especulações. E este processo se une a outros de conotação poética e até metafísica. Para usar um termo caro aos alquimistas: não será este processo algo semelhante ao nigredo, palavra que eles usam como parte do morrer e do renascer da matéria? Não há dúvida de que uma das tantas vias que a arte contemporânea nos abre é a via especulativa, pela qual podemos “fazer voar nossas bolas de cor” como tantas vezes me falou Lezama quando deixava correr solta sua imaginação inesgotável. A forma com que Bechara atua sobre sua matéria o converte, portanto, no agente de uma espécie de vibração primordial, desta que vai deixando impressas na tela as marcas de sua passagem.
— Texto de Carlos M. Luis. Publicado em El Nuevo Herald, Miami, EUA, 2004.
A ação – Pesos Densos
O que significa ainda isto: o pintor pintar? Um dos mais surpreendentes eventos deste final do século – ou ao menos para o que se convencionou chamar de década de 90 – é que um pintor tenha continuado a pintar. A obra de José Bechara surpreendeu a partir de 1997, quando expôs numa galeria carioca. Era impacto, forte, até mesmo rude. Esse frescor de primavera na pintura, mas também o rompante de ventos fortes, rudeza, aridez e beleza estavam calçados em grandes superfícies, que parecia metabolizar muito do que acontecera na arte brasileira dos anos 70 até ele. Há um núcleo conceitual, que se desfaz para um informalismo e deste para uma grade construtiva. Tudo isto meio solto e meio preso a uma forte tensão da matéria, pouco vista na recente arte brasileira, de Iberê aos últimos quadros de Jorge Guinle Filho. Além disto, havia um método que, no caso de José Bechara, não pode ser visto como separado de sua pintura. Método e finalidade são para ele uma coisa só. Agora, Bechara foi convidado pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro para cumprir um desafio. O de ocupar o vasto pé-direito do museu, um lugar onde muita pintura tende a definhar, devido à escala do espaço. Por mais de um ano trabalhando num ateliê em São Cristóvão (uma desativada fábrica), hoje sincopada pelo trabalho de um outro artista, cães vadios, um pedaço de um carro alegórico de carnaval, um certo silêncio modorrento sob o sol, que se esbate sobre detritos, coisas jogadas fora e lixo industrial, Bechara preparou superfícies imensas (4 x 5m), oxidadas, com a única tarefa de trabalhar o local que lhe foi oferecido. Pode-se dizer que, sem abandonar o Espaço da Pintura, Bechara tende a fazer algo que o supere pelo fato de que é o local que deve ser posto em questão.
Isto significa, simplesmente, que o pintor não parte do fato de pôr “janelas”, quadros pintados, na parede. Nem mesmo, ele propõe – como muitos outros artistas já tentaram – uma instalação para envolver e resolver as dificuldades daquele complexo espaço. Os recursos de Bechara, comparados aos das instalações, são até bem mínimos: superfícies pintadas, ou seja, um conjunto de Planos, que possam sensibilizar de forma ótica o espectador. São obras, portanto, de ação e estratégia. Ação sobre o espaço e energia estratégica para colocar aquele local num fluxo de atenção estética, que esteja em confronto com aquela dimensão que soa como uma fenda, um abismo, uma espiral devoradora. É um combate contra o Muro. Não que isto seja um problema que os artistas, volta e meia, não sejam obrigados a enfrentar. O Muro é uma coisa que fecha, que circunda e que impede. A primeira ação sobre o Muro (além, é claro, das pinturas primitivas das cavernas) é torná-lo cena, o que os afrescos dos muralistas tratam de organizar. Cena contra o silêncio do Muro, tais artistas, numa escala muito grande de tempo, trabalharam de diversos modos até chegarem os artistas contemporâneos que destroem após a exposição as obras que afixaram nele, supondo que elas entraram naquele espaço só para ocupá-lo por instantes, feitos só para aquele local. Desse modo, não há sentido nem em mantê-las ali depois do evento artístico, nem em removê-las para outro lugar museológico, ou mesmo deixá-las à venda numa galeria.
Este ano, em outro museu, o MAC de Niterói, o artista brasileiro Antonio Manuel resolveu atuar sobre o impedimento do Muro. É verdade que não quebrou as paredes do museu, mas sugeriu que isto seria possível, ou melhor, é possível pensar e sonhar com isto. Sem querer discutir a sociologia da destruição dos museus, uma ideologia do começo do século, penso que Antonio Manuel convenceu-se de que o enfrentamento com o Muro era algo da história da arte desde os tempos imemoriais. Ergueu um muro dentro do museu – e o quebrou a golpes de picareta. O enfretamento de Bechara, é lógico, é bem diferente. Até onde eu sei, ele não foi um artista – como minha geração viveu e cresceu – com matrícula na Antiarte que, a meu ver, lhe parece algo indiferente, embora seu trabalho utilize determinados elementos desse movimento histórico. Bechara, de outra geração, faz primordialmente pintura. Bem que sua pintura sobreviva como um além sobre ela, até porque ele não pinta com pincéis e tintas; Bechara usa água, tufos e esponjas de aço-carbono, fogo e lonas usadas de caminhoneiros. E esta não é uma tela branca. Ela já é uma estrutura, uma “paleta”, um “pictórico” que o acaso, o tempo e a necessidade em remeterem para o artista como algo que já foi pintado. É uma pintura que a partir daí Bechara fará evocando eventos temporais numa mesma seqüência. Além disso, creio que ele não pinta sobre as lonas – elas são um fato pictórico entrelaçado ao que ele depois executará “sobre” elas. As obras que Bechara, com razão, chama de “matéricas”, expostas no MAM e feitas para aquele específico local do museu, são, de fato, um evento que se poderia chamar de “momento glorioso e dramático da matéria”.
As grandes peças são carregadas de nervos, texturas, volumes, massa decomposta pela ação da água sobre as esponjas, deterioração e infusão, medida e desmedida, vida e morte do orgânico, peso e densidade. Principalmente nesta “ocupação” do MAM, peso e densidade estão na superfície e não em algo pesado como uma escultura. Peso e densidade se espalham sobre a superfície supostamente lisa e estendida. Depois, ela parece modelada pela matéria, como se vê nos blocos de massa que o artista organiza nas lonas. O confronto de Bechara com a historicidade do Muro (“é possível destruí-lo”, sugere o trabalho de Antonio Manuel no MAC) é o de ofuscá-lo e não temê-lo. Ofusca-se pela cena como nos afrescos, murais e obras minimalistas abstratas. Ou seja, por dinamizá-lo. Ofuscá-lo quer dizer aqui tornar o lado do Muro sem ação, absolutamente neutro, para a afirmação de sua “pictórica”. É distanciá-lo o bastante até se excluir. O que sobra? No caso de Bechara é esta efervescência de matérias, esses pesos densos. Além de tudo, há uma “paleta” – marrons, vermelhos, negros, cinzas –, decomposições de outras matérias.
O que há aqui é uma cena a ser dinamizada. A cena é feita pela obra em presença e não por uma camuflagem do Muro. É permitido pensar que há uma poética e mesmo um vínculo ontológico com o mundo nisto tudo que vemos. O Muro, que é limite e proteção ao mesmo tempo, se torna um aquém. É que através da densidade da pintura, podemos ultrapassá-lo, mesmo estando diante de um pé-direito de um museu. O outro lado que a pintura aponta, com sua rude eloqüência e seu frescor pictórico, é esta cosmologia de matérias que nos faz saltar do imediato, este que nós ainda estamos vendo, e que se prolonga para um Cosmo muito além de nós. Aquele que, de certo, está fora dos Muros.
Observação: Eu não vi a manifestação do artista no MAC. O que narro é o relato oral e o da imprensa na época da mostra de Antonio Manuel de Barrio no Museu;
O Resto como Beleza – O método
Lévi-Strauss observou que a sociedade se movia por meio de três tipos de troca: a da mercadoria, a de mulheres e a simbólica, esta especialmente feita pela linguagem. O trabalho de José Bechara tem o seu ponto de partida em dois modelos de troca, visto pelo antropólogo francês, como condições fundadoras da vida social. O que chama atenção, porém, é que as duas trocas – a da mercadoria e a simbólica – que movem o início do trabalho de Bechara não se utilizam de nenhuma base antropológica, nem seu trabalho encontra um motivo sério para realizar uma mediação junto da antropologia. O gesto que move é amparado pelo o que Pierre Bourdieu chama de campo da arte, onde se insinuará uma estética. É desta maneira, por exemplo, que seu trabalho não participa de nenhuma etologia da vida urbana (não é uma sócio-arte), nem o artista pressupõe, ao trocar encerados novos que ele compra para trocar com outros velhos, que cobrem os caminhões, estes cinzentos, rasurados, empoeirados, que ele está desconstruindo o processo de troca (no caso de um artista conceitual, por exemplo). Nem mesmo Bechara está parodiando o processo de trocas de mercadorias (um pós-modernista irônico). Bechara, com o elemento de troca, não faz nem obras conceituais nem instalações. Bechara não faz um julgamento fora da arte sobre o valor de troca. Se existe economia, ela não é nem conceito, nem paródia, mas o da velha escola escocesa: as lonas são produtos de mercado, que interessa a ambas as partes em jogo, devido ao lucro.
No caso, Bechara é simples. Há algo que muda. É um péssimo negócio trocar encerados novos por velhos, a não ser que o seu uso tenha uma outra significação. É, então, que o artista impõe um valor, alheio ao que significa uma transação comercial. É este gesto estético que muda as coisas, que corrói o valor daquelas mercadorias, que produz uma superabundância de valor, cuja economia é, à primeira vista, invisível. É óbvio que outro mercado está à espera – o de bens simbólicos, que sufraga esta função comercial dando-lhe outro sentido. Mas o que pesa nas trocas de encerado é o valor estético imposto na escolha do artista. Ou, como Bechara diz: “É meu olho que escolhe”. Quem escolhe assim, não esta escolhendo um ready-made. Portanto, o que atuará junto com a troca é o fator simbólico (estético), no qual o artista impõe uma decisão alheia ao valor específico das leis do mercado de encerados(2). Por que, podemos perguntar, há uma superabundância de valor? É que as lonas velhas perdem sua utilidade de mercadoria funcional, cuja lógica é a de proteger mercadorias úteis para o comércio natural. Não é que elas percam utilidade econômica, porque outro mercado as espera, pagando muito mais por aquelas lonas. Mas esse primeiro ato da estética de Bechara é, evidentemente, desinteressado e nem o artista ao fazê-lo, ao menos na sua primeira vez, poderia ter certeza, de que faria uma outra mercadoria.
Esse ato estético – e é nada mais do que isto – mantém uma distância e uma diferença das normas das telas. Geralmente são peças de linho, nas quais se monta um chassi e, no vazio deste branco, pinta-se. Elas podem ser, como de linho, neutras. No caso de Bechara as lonas já são evento da Pintura cheias de acaso e tempo, cinzentas, rasuradas, remendadas, gastas até o último fio da utilidade, transformando-se para o artista em suporte, mas um suporte já pintado pelas ocasiões do tempo e do acaso, preenchido pela força da escolha. Bechara seleciona manchas que são corrosões do tempo e, a partir desta pátina que vem do comércio e da necessidade, ele libera um grau novo de força e liberdade. Como disse, nada a ver com os ready-mades. As lonas são escolhidas com excesso subjetivo no seu julgamento estético e sem definição no objetivo comércio e indústria de encerados. Lonas que, de fato, agradam a percepção do artista, e que servirão de base e objeto de suas obras.
De certa maneira, há um “informalismo” que não atua por meio da gestualidade inconsciente do artista, mas que trabalha com a ambígua relação de controle e descontrole do material.
O tempo faz o seu inevitável trabalho informal nas coisas, cria sua rede de texturas, algumas delas classificáveis por técnicas usuais de manutenção (os remendos, por exemplo) e não dispostos, é lógico, em lugares pré-organizados. É o artista, porém, quem escolhe os cortes de que necessita, as manchas que considera desejáveis, riscos e colorações mais aptas à sua conveniência poética. O valor da mercadoria passa a ser apenas um resquício da troca.
O método de Bechara começa sobre a ação do tempo sobre um valor da mercadoria – e este método é a sua invenção. O arranjo do tempo sobre estas lonas, superfícies planares já impressas, das quais ele fará irromper a larva incandescente do material destilado e apodrecido. Ação corrosiva feita pela maceração de palhas de aço sobre as lonas, que a oxida. É assim sobre uma impressão na superfície, cujo tempo imprimiu suas marcas, que o artista desenvolverá a continuidade do seu trabalho. É como se esse silk-screen extraído do tempo tivesse a sua durée bergsoniana. Durée esta que quer se incrustar na matéria e não, a rigor, na memória involuntária. Neste sentido, a superfície de Bechara é uma matéria involuntária, sobre a qual as intuições poéticas do artista darão curso às suas opções.
Isto não é tudo. Embora muitos trabalhos de Bechara pudessem apenas utilizar as lonas como matéria e suporte (um ready-made desviante), eles são organizados pelo artista, de modo que algumas obras pressupõem uma ordenação que sugere uma atmosfera construtiva. Outros trabalhos, mais “informais”, maceração das palhas sobre a superfície em rasuras, criam uma matéria densa, industrialmente orgânica, cuja cor deriva da dissolução química do aço com água. A maceração gera crostas, súbitos empastamentos, tessituras, volumes. Eis então uma paleta industrial, que se recusa a ser veículo da indústria, paleta involuntária, cujos efeitos cromáticos – os da oxidação – não estão bem na lógica da química pictórica.
O trabalho de Bechara, a meu ver, joga com uma série de modelos e sistemas utilizados nos últimos trinta anos de pintura, mas criando as suas próprias regras, algumas inesperadas. Para o exterior, esta pintura que não usa o óleo nem o acrílico evoca uma dissolução temporal. O tempo que corrói, animado pelo uso das lonas dos caminhoneiros e pela destruição do aço-carbono, regado pelas águas, que deixam as marcas de sua dissolução. Para o interior, é uma conquista de uma superfície que foi determinada pela mutação física deste produto industrial. Em certo sentido, muitas das peças de Bechara podem lembrar as matérias de um informalismo revigorado.
Uma ida ao ateliê do artista supera esta definição. Embora Bechara não possa controlar todo o processo químico das esponjas, ele ordena as suas camadas de modo a extrair efeitos possíveis de serem avaliados com alguma precisão. Só em nosso tempo, em que a pintura procura se realimentar de novos processos para, de novo, conquistar seu espaço simbólico e imaginário, os trabalhos de Bechara confundem-se com o seu método e o seu método extrai poesia do processo inventado. Assim, nessas telas imensas, onde uma estranha matéria pulsa sobre a superfície, o pintor só pode representar o acolhimento do seu método. No caso de Bechara, a força que impulsiona uma beleza em resto.
— Texto de Wilson Coutinho. Rio de Janeiro, Brasil. No catálogo “José Bechara”, publicado para a exposição Comendo Margaridas realizada no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1998.
Fonte: Site Oficial. Consultado pela última vez em
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José Bechara para começarmos bem a semana no “Quarenta Views” | Zé Ronaldo
No comecinho dos anos 90, do século passado, eu fiquei próximo ao trabalho do artista plástico José Bechara. Ele era conhecido na cena da arte carioca e eu nesse tempo fiquei amigo de um fotógrafo americano David Sprigle, da Filadélfia, que alugou uma parte no atelier do José Bechara. para fazer um outdoor studio. Muitas arvores, plantas e tudo mais.
Era um casarão antigo na Lapa e algumas vezes que eu ia lá, eu o via colocando em varais, lonas de caminhão oxidadas carregadas de pigmento. Pesadas. E nas conversas com David, comentávamos que José era nosso “homem de lata” do filme “The Wizard of Oz”. Imaginávamos ele vestido com aquelas lonas. Yes, we trip a lot.
Eu e David falávamos bastante sobre fotografia americana desde Ansel Adams a Robert Mapplethorpe e o meu preferido Gregg Toladan. Ás vezes víamos José Bechara mover as lonas de lugar e as recortava, as jogava no chão, quase uma catarse. Sempre muito sério apesar de usar um short daqueles de pelada de praia bem usado. Nós brincávamos que existia um muro entre nós, “o muro da concentração”, tal a dedicação do artista quando ocupava aquele espaço.
De lá para cá vou as suas exposições. Vejo os trabalhos e amo às formas esculturais e as telas que me parecem paradigmas desenhados com linhas e as oxidações. Aliás, que palavra sexy, oxidação, óxidos muito da pele, dos tons. Sinto falta daquele casarão.
Hoje conversamos sobre o agora. Esse momento meio estapafúrdio, meio anunciado e como José Bechara está nisso tudo.
1) Como está sua rotina na quarentena? Ateliê? Live?
Estranha. Na prática, fico entre as atividades domésticas e o ateliê. Estou produzindo em condições diferentes: mais lentamente, e num tipo de relação mais pura com trabalho já que não há agenda a ser cumprida. E sem poder comprar materiais, o que é um problema interessante de enfrentar. O tempo segue estranho porque nesses dias olho as horas desinteressadamente, domingos são iguais a quintas-feiras. E fico observando as coisas por mais tempo, tento ajudar quem precisa de ajuda, leio, faço inventários mentais. Está tudo bem esquisito, parece que estou num daqueles jogos de tabuleiro e tirei uma carta que diz “volte 20 casas” e as casas à frente estão rasuradas. Sim, tenho umas lives marcadas.
2) O que você vai fazer primeiro quando a quarentena começar a abrir?
Abrir a porta devagar, e olhar com cuidado pro lado de fora pra saber se podemos mesmo sair. Depois, sei lá, ir dançar forró com Dedina, minha mulher, em alguma cidade pequena do nordeste ao som de sanfonas. Não sei. Esse momento de abertura vai levar tempo ainda e acho que primeiramente tenho que chegar lá.
3) Você é mais uma pessoa de ambientes fechados ou abertos?
Dos dois. Mas o que mais incomoda é o estado das coisas. Sempre me senti razoavelmente livre, nunca tive chefes a não ser os compromissos que estabeleço. As limitações são claras e são muitas e aí fico perambulando parado procurando sentidos entre razão e espírito. De todo modo nesses instantes mais aprisionadores sou alertado pela lembrança das obrigações de muitos profissionais que não têm tempo pra reclamações, os da área de saúde, bombeiros, transportadores etc, e aí me dou conta de que não tenho direito a questionamentos vinculados ao humor.
4) Qual é a sua opinião sobre como a pandemia irá afetar a maneira de ver arte e de comprar? Porque na internet você pode comprar e ver mais ver ao vivo é diferente?
Bem, inegavelmente afeta os modos nesse momento. Compras online, visitas online já têm sido feitas e seguem sendo cada vez mais numerosas. Temos agora uma série de feiras de arte que estão sendo organizadas na web e vemos também inúmeras ações de galerias e museus no ambiente eletrônico, e em breve deveremos ter notícias dos resultados. Agora, acho que passado o tempo da pandemia as visitas físicas e compras presenciais voltarão a acontecer, até porque gostamos de nos encontrar, de celebrar.
5) Você acredita em uma recessão artística? Uma crise de talentos?
Crise de talento não, porque artista é artista em qualquer situação, se não for assim, não é artista. Mas como a paisagem vai ficar hostil, naturalmente a gente terá mais dificuldades. Mas as produções podem mudar um pouco em épocas de menos dinheiro circulando.Tenho preocupação com museus e centros de arte, que sempre dependeram de doações pra sua manutenção e agenda expositiva. As economias mundiais acabavam de se levantar dos danos de 2008, e agora vão encarar isso que vem por aí, que representa um desafio muito maior do que em 2008.
6) Quais eram seus planos de expor seus trabalhos em um futuro próximo? Isso mudou?
Sim, cancelei quatro exposições individuais e propus esperar outras datas. A primeira exposição seria no dia 18 de março, na Galeria Marilia Razuk, São Paulo, com o título “Modos de condenar certezas”. Duas outras exposições na Espanha: Palma de Maiorca em maio e Madri em setembro, ambas em minha galeria naquele país: Galeria Xavior Fiol. Por último, no fim do ano, na galeria Matias Brotas, em Vitória. Esta segue marcada mas não estou seguro que deva acontecer neste ano. E também uma coletiva em Portugal, no Centro de Artes de Sines. Por mim, deixo tudo para o segundo semestre de 2021. Também interrompi uma agenda de lançamentos de meu último livro publicado, pela editora Barléu, no fim do ano passado.
7) Você tem filhas. o que tem conversado com elas?
Tenho duas filhas e um filho, todos adultos. A mais nova mora conosco. Eu estava na Espanha com a mais nova em meados de fevereiro, e desde lá já falávamos todos sobre o que estava por vir. No começo, conversávamos sobre as mudanças que viriam, sobre as respostas da natureza, sobre a falência dos modos contemporâneos de vida, especialmente nas cidades. Falávamos da surpresa do evento e da potência dos danos nas pessoas, nas famílias, nas populações. Falávamos das grandes falhas e diferenças que nosso modelo social contém. Com o correr dos dias isso mudou um pouco, passamos a uma mirada mais pragmática, falamos dos cuidados diários com a doença nesse momento e de como podemos ajudar ao redor. Conversamos sobre os futuros possíveis e nesse ponto não acredito em novo normal. A humanidade, como me lembrou um dos filhos, já passou por experiências mais devastadoras e não mudou. Claro que alguns indivíduos farão mudanças, alguns grupos, mas não acredito que a humanidade mude.
Fonte: Ze Ronaldo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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No dia de seu aniversário de 60 anos, José Bechara abre individual no MAM | O Globo
José Bechara completa 60 anos nesta terça-feira, mesmo dia em que abre sua nova individual no Museu de Arte Moderna do Rio, “Fluxo bruto”, com seis obras inéditas e outras quatro de colecionadores. Um dos artistas brasileiros mais atuantes de sua geração, com trabalhos em instituições como o Centre Pompidou, da França; o Museum of Latin American Art (Molaa), nos EUA; a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o próprio MAM Rio, Bechara também completa 25 anos de carreira em 2017. As datas poderiam suscitar uma mostra retrospectiva, mas esse é um projeto que está fora dos planos do autor das obras em grande escala que ocupam o Salão Monumental do museu carioca até 5 de novembro.
— Tem tanta coisa que quero realizar, inventar no meu ateliê, que não paro para pensar na obra em perspectiva nem em relação à idade. Comecei a fazer, sim, uma contabilidade, neste momento de vida, sobre as falhas que cometi e que não quero repetir. Quero ser melhor como indivíduo. Estamos vivendo um momento muito complicado no mundo, espero que as pessoas se deem conta de como perdemos tempo, uma matéria finita que nos é dada em pequeníssimas quantidades, com coisas absolutamente superficiais — analisa Bechara. — Sou um artista de ateliê, para mim é o melhor lugar do mundo. Mas o meu é pequeno. Então, quando tenho a oportunidade de ocupar grandes espaços em museus, aproveito para realizar novas experiências, coisas que não poderia fazer no meu ateliê. Mostrar apenas coisas que já fiz é como se perdesse uma dessas oportunidades. Prefiro deixar a retrospectiva para quando eu morrer, se valer a pena alguém faz.
Para a individual, foram selecionados, de sua produção recente, o díptico “Visto de frente é infinito” (2010), pertencente à coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz, e duas pinturas (1995) da coleção Gilberto Chateaubriand, além de uma nova versão da instalação “Miss Lu Super-Super”, que foi ampliada para ocupar o espaço central do Salão Monumental. O resto do ambiente foi ocupado com duas telas inéditas e outras instalações em grande escala, como “Ângelas”, formada por três esferas maciças de mármore (a maior com 1,8 tonelada) e grandes placas de vidro, com todos os elementos suspensos por cabos de aço. Para o artista, as obras traduzem sua relação com o espaço e o tempo.
— Os trabalhos com o vidro, ou mesmo com o metal, que é vazado, criam essa dupla característica, de ocupar um grande espaço ao mesmo tempo que se deixa entrever. Esse tipo de dualidade também é o que me interessa no ser humano, essa criatura que produz poesia, música, arte, coisas elevadas para o espírito, e também é capaz de tanta selvageria. As obras trazem ainda um pouco da fragilidade humana. Apesar de serem enormes, elas estão montadas a partir da gravidade, poderiam vir ao chão — observa Bechara. — Colocar esses elementos dispostos dessa maneira é uma forma de congelar o tempo, essas obras só existirão assim durante o período da exposição. Essa breve interrupção do tempo me alivia um pouco. O tempo é algo aflitivo para mim, mas nunca quis analisar isso, prefiro lidar com essas questões no meu trabalho.
A curadoria de “Fluxo bruto” é assinada por Beate Reifenscheid, curadora e diretora do Ludwig Museum de Koblenz, na Alemanha, onde Bechara expôs em 2015. Beate conheceu o brasileiro em uma viagem ao Rio em 2014, e desde então a dupla nutria o projeto de realizar uma exposição. Após a montagem alemã, foi a vez da individual no Rio, que pode virar um livro com texto dela.
— Durante a exposição no Ludwig, o público admirava muito os trabalhos dele, nas nossas visitas guiadas tínhamos muitas conversas a esse respeito. Após esse projeto, começamos a pensar em novas exposições e, quando Bechara foi convidado para o MAM, me pediu para curar essa exposição — conta Beate. — Muitas das obras se concentram no tempo e no espaço e mesmo na sua transição, ainda que suas estruturas sejam sólidas. O trabalho do Bechara oferece ao público uma inesperada liberdade.
Bechara visitou várias vezes o Ludwig para montar a individual. O artista prefere criar ou finalizar as obras no espaço, como fez em “Fluxo bruto”, no MAM, onde permaneceu por duas semanas para executar os novos trabalhos:
— Tenho a necessidade de frequentar o espaço, nunca consegui montar uma exposição apenas com base nas plantas, as uso apenas para resolver problemas técnicos. Mesmo no Salão Monumental do MAM, que conheço bem, tive de voltar várias vezes para elaborar as obras e sua disposição. Preciso dessa experiência física, de permanecer no espaço. Acabo transferindo meu ateliê para os lugares onde vou expor.
As “próximas paradas” do ateliê de Bechara serão em Buenos Aires, em setembro, durante a Bienalsur; na Bienal de Pequim, em outubro; e em Miami, em dezembro, onde faz uma individual na galeria Diana Lowenstein, durante a versão americana da Art Basel. Enquanto abre a individual no Rio, o artista já elabora as obras das próximas mostras, no “fluxo bruto” que dá título à exposição carioca.
— “Fluxo bruto” aborda essa sequência de trabalhos, cada um abre portas, brechas, caminhos para o próximo. Quando termino de montar uma exposição como essa, os braços param de se mexer, mas a cabeça, não.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Prêmio PIPA
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Participou da 25ª. Bienal de São Paulo; 29º. Panorama da Arte Brasileira – MAM SP; 5ª. Bienal do MERCOSUL em Porto Alegre – RS, e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” ambas no Paço Imperial – RJ.
Realizou exposições individuais e coletivas em importantes museus e instituições como Culturgest, Lisboa – [Portugal]; MEIAC de Badajós [Espanha]; Instituto Valenciano de Arte Moderno [Valencia, Espanha]; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM RJ [Rio de Janeiro – RJ, Brasil]; Museu de Arte Contemporânea, MAC [Curitiba – PR, Brasil]; Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM BA [Salvador – BA, Brasil]; Museo de Arte Contemporânea de Niterói, MAC [Niterói – RJ, Brasil]; Instituto Tomie Ohtake [São Paulo – SP, Brasil]; Museu Vale do Rio Doce [Vitória – ES, Brasil]; Haus der Kilturen der Welt [Berlim, Alemanha]; Ludwing Forum Fur Intl Kunst [Aachen, Alemanha]; Kunst Museum [Haeiden Hein, Alemanha]; Centro Cultural São Paulo, CCSP [São Paulo – SP, Brasil]; ASU Art Museum [Phoenix – AZ, USA]; Patio Herreriano-Museo de Arte Contemporáneo Español [Valadolid, Espanha] e MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo [Vigo, Espanha], e ainda nas galerias Marília Razuk [São Paulo – SP, BR] ; Celma Albuquerque [Belo Horizonte – MG, BR]; Lurixs [Rio de Janeiro – RJ, BR]; Bolsa de Arte de Porto Alegre [Porto Alegre – RS, BR], entre outros.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – coleção Gilberto Chateaubriand, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; Centre Pompidou, Paris; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma, Espanha; Museu de Arte Contemporânea de Niterói – coleção João Satamine, Brasil; Instituto Itaú Cultural, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil; Museu de arte Contemporânea do Paraná, Brasil; Culturgest-Lisboa, Portugal; FIL/AIP Feira de Lisboa, Portugal; ASU Art Museum, Phoenix, USA; MoLLA, USA; Universidade Cândido Mendes, Brasil.
Fonte: Prêmio PIPA. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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Conheça a exposição “Os meios dias” de José Bechara | Jornal de Brasília
A Casa Albuquerque apresenta Os meios dias, primeira exposição individual de José Bechara em Brasília. Com o adiamento da mostra na galeria (localizada na Comercial da QI 05 do Lago Sul), inicialmente prevista para maio de 2020, bem como de outros muitos projetos mantidos em suspenso desde março do último ano, Bechara mergulhou em sua prática artística.
O título – Os meios dias – remete tanto à percepção cronológica, alterada pela mudança radical de rotina imposta pela situação que vivemos, quanto ao horário em que o artista passou a se perceber mais produtivo em seu ateliê.
Antes plenos, seus dias pareceram ter sido reduzidos, se muito, à metade.
O sol no meio do céu passou a coincidir com o ápice da potência criativa de Bechara, mas deixou de ser um marcador útil do intervalo de tempo a partir do qual nossas vidas são pautadas: o dia se esvaziou de sentido.
Mesmo aos meios-dias, sombras, impossíveis na prática, se faziam presentes em toda parte.
Enquanto o universo que cabia entre um amanhecer e outro passou a se parecer igual e sem propósito, Bechara seguiu em seu ateliê. O resultado desse exercício de manter-se íntegro, fiel ao que se propõe a apresentar ao mundo, nas mais adversas circunstâncias que já enfrentou, pode ser visto na Casa Albuquerque.
Sobre José Bechara
Com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde trabalha e reside, José Bechara é hoje um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros.
Sua pesquisa, empreendida há décadas, envolve elementos pelos quais se tornou notório: as lonas de caminhão que usa como suporte e nas quais intervém com oxidação de emulsões metálicas de ferro e cobre oferecem um resultado visual intrigante, que parece materializar a combinação de alquimia, força e poesia.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares e públicas, como a do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand; a da Pinacoteca do Estado de São Paulo; a do Centre Pompidou, na França; a do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Sattamini; a do Instituto Itaú Cultural; a do Ludwig Museum, na Alemanha; a do Museu da Universidade do Arizona e da Ella Fontanal Cisneros, ambas nos Estados Unidos, entre outras.
A galeria
A Casa Albuquerque Galeria de Arte tem suas origens em Belo Horizonte como uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque, fundadora da reconhecida galeria de arte que leva seu nome. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro e à frente em ambas as galerias, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado de sua mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal.
A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de melhor na produção da arte contemporânea brasileira, através de seu rico e diversificado acervo.
Fonte: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
Crédito fotográfico: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
José Bechara (1957, Rio de Janeiro, Brasil) é um pintor, escultor e artista contemporâneo brasileiro. Formado pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, destacou-se a partir dos anos 1990 ao substituir a tela convencional por superfícies marcadas pelo tempo e pela ação da matéria, como lonas de caminhão usadas, metais oxidáveis e estruturas arquitetônicas em suas obras. Sua pesquisa artística dialoga com a abstração, a tridimensionalidade e o desgaste como linguagem visual. Participou de importantes bienais como a de Havana (2000), do Mercosul (2001) e de Cuenca (2004), além de exposições no Brasil e no exterior. Suas obras integram coleções como as do MAM-RJ, MAM-SP, Instituto Tomie Ohtake, Paço Imperial e Fundação ARCO, na Espanha.
José Bechara | Arremate Arte
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957 e consolidou-se como um dos artistas contemporâneos mais inventivos e consistentes de sua geração. Pintor de origem, Bechara expandiu sua prática para o desenho, escultura e instalação, sempre guiado por uma poética da matéria, do tempo e do desgaste.
Sua trajetória artística ganha corpo a partir dos anos 1990, quando começa a investigar os limites da pintura. Ao substituir a tela tradicional por lonas de caminhão usadas — marcadas pelo uso, pelo tempo e pelas estradas — Bechara inaugura uma linguagem própria, na qual a superfície carrega memórias visuais e táteis. Sobre esses suportes, aplica técnicas de oxidação com metais, solventes e pigmentos, permitindo que o acaso, o controle químico e a ação do tempo moldem cada composição. O resultado são obras de caráter abstrato e profundamente matérico, em que cor, forma e textura se entrelaçam de maneira visceral.
Bechara estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde teve contato com a efervescência criativa dos anos 1980. Com o tempo, sua pesquisa se expandiu para o espaço tridimensional, e ele passou a criar esculturas e instalações com estruturas metálicas, vidros, objetos encontrados e elementos arquitetônicos desmembrados — tensionando a relação entre corpo, espaço e matéria.
Sua obra já foi exibida em bienais e museus de diversos países, como a Bienal de Havana (2000), a Bienal do Mercosul (2001) e a Bienal de Cuenca (2004), além de exposições na França, Alemanha, Portugal, Espanha, Colômbia e Argentina. No Brasil, teve presença marcante em instituições como o MAM do Rio e de São Paulo, o Paço Imperial, o Museu Nacional de Belas Artes, o Instituto Tomie Ohtake e a Fundação Iberê Camargo.
Representado por galerias como a Silvia Cintra + Box4, no Rio de Janeiro, José Bechara também integra acervos importantes como o do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Coleção Gilberto Chateaubriand e Fundação ARCO, em Madri.
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José Bechara | Itaú Cultural
José Bechara (Rio de Janeiro RJ 1957). Pintor. Estuda na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, entre 1987 e 1991. Inicia sua atividade artística no final da década de 1980, e realiza sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes - CCCM, em 1992. No ano seguinte, participa do 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, onde recebe prêmio aquisição. Desde o início da década de 1990, utiliza o processo de oxidação sobre lonas de caminhões como base de seus trabalhos, e experimenta outros suportes, como a pele de boi. Participa de diversas exposições nacionais e internacionais, entre elas, a 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal, em 2002, e o 29º Panorama da Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2005. Em 2002, é palestrante do workshop Dynamic Encounters International Art Workshop: São Paulo - Rio 2002. Lançamento do livro José Bechara, desenhos: como uma piscada de vaga-lume publicado pela Editora Réptil.
Acervos
ASU Art Museum - Arizona (Estados Unidos)
Centre Georges Pompidou - Paris (França)
Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ) - Rio de Janeiro RJ
Coleção João Sattamini - Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC-Niterói) - Niterói RJ
Es Baluard Museu d'Art Modern i Contemporani de Palma - Palma de Mallorca (Espanha)
Fundação Brasilea - Basileia (Suíça)
Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest - Lisboa (Portugal)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Museo de Arte Contemporáneo de Vigo (Marco) - Vigo (Espanha)
Museu Casa das Onze Janelas - Belém PA
Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC/PR) - Curitiba PR
Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM/BA) - Salvador BA
Museum of Latin American Art (MOLAA) - Califórnia (Estados Unidos)
Pinacoteca do Estado de São Paulo (Pesp) - São Paulo SP
Universidade Cândido Mendes - Rio de Janeiro RJ
Exposições Individuais
1992 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Cândido Mendes
1994 - São Paulo SP - Individual, no Centro Cultural São Paulo
1995 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Paulo Fernandes
1995 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Andre Milan
1997 - Rio de Janeiro RJ - Campos de Rosas, na Galeria Paulo Fernandes
1998 - Curitiba PR - Individual, no Museu Alfredo Andresen
1998 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1998 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA (Salvador, BA)
1998 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - Individual, na Marilia Razuk Galeria de Arte
1999 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, no Studio 3B
2002 - Belo Horizonte MG - Individual, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2002 - Rio de Janeiro RJ - Pelada, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Área de Serviço, no Paço Imperial
2004 - Miami (Estados Unidos) - Work Area, na Diana Lowenstein Fine Arts
2004 - Rio de Janeiro RJ - A Casa, no MAM/RJ
2004 - Rio de Janeiro RJ - Paramarelos, na Lurixs Arte Contemporânea
2004 - São Paulo SP - Duas Margaridas e uma Aranha, no Instituto Tomie Ohtake
2004 - São Paulo SP - Individual, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - Curitiba PR - Área de Serviço, na Casa de Cultura Andrade Muricy
2005 - Lisboa (Portugal) - Noite Horizontal, na Galeria Carlos Carvalho
2005 - Santiago de Compostela (Espanha) - Vespeiro, na A Chocolataria
2006 - Belo Horizonte BH - Individual, na Galeria Celma Albuquerque
2006 - Miami (EUA) - Open House, na Diana Lowenstein Fine Arts
2006 - Rio de Janeiro RJ - Paisagem Doméstica, na Luirxs Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Ok Ok Let's Talk, na Pinacoteca do Estado de São Paulo
2007 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Marília Razuk
2008 - Individual de José Bechara
2008 - Individual de José Bechara
2009 - Sobremirada - O Ar e a Cega
2009 - José Bechara: cut
2010 - Full
2010 - Fenda
2010 - Individual de José Bechara
2011 - Colisão e Trânsito
2011 - José Bechara: líquido do metal
2013 - Visto de Frente é Infinito
2013 - José Bechara - Repertório para aproximação de suspensos
2014 - Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa
2015 - Criaturas do Dia e da Noite
2016 - Jaguares
2017 - José Bechara: Zumbidos
Exposições Coletivas
1992 - Rio de Janeiro RJ - 9X6, na Escola de Artes Visuais - EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Diferenças, no Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (Rio de Janeiro, RJ)
1992 - Rio de Janeiro RJ - Gravidade e Aparência, no MNBA
1993 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Funarte - prêmio aquisição
1993 - Curitiba PR - Gravidade e Aparência, no Museu Municipal de Arte
1994 - Rio de Janeiro RJ - Matéria e Forma, no Paço Imperial
1994 - São Paulo SP - Programa Anual de Exposições de Artes Plásticas, no Centro Cultural São Paulo - CCSP
1996 - Londres (Inglaterra) - Coletiva, na Galeria Cynthia Borne
1996 - Niterói RJ - Coleção João Satamine, no Museu de Arte Contemporânea - MAC/Niterói (Niterói, RJ)
1996 - Rio de Janeiro RJ - Novas Aquisições - Coleção Giberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1996 - Salvador BA - Novas Aquisições - Coleção Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA
1997 - São Paulo SP - Arte Cidade: a cidade e suas histórias
1998 - Aachen (Alemanha) - Coletiva, no Ludwig Forum für Internationale Kunst
1998 - Berlim (Alemanha) - Coletiva, na Haus der Kilturen der Welt
1998 - Haeiden Hein (Alemanha) - Coletiva, no Kunst Museum
1998 - Busan (Coréia do Sul) - Best Collections from Museums of Sister Cities, no Busan Metropolitan Art Museum
1998 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na EAV/Parque Lage
1998 - São Paulo SP - Cohntemporânea, na Galeria Thomas Cohn
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Belo Horizonte MG - Da Pintura e da Escultura, na Celma Albuquerque Galeria de Arte
1999 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Brasileira, Museo Nacional de Bellas Artes
1999 - Nova York (Estados Unidos) - Painting From Latim América, na Generous Miracle Galeria
1999 - Rio de Janeiro RJ - MAM Uma Seleção, no MAM/RJ
1999 - Rio de Janeiro RJ - Os 90, no Paço Imperial
2000 - Lisboa (Portugal) - Um Oceano Inteiro Para Nadar, na Culturgest
2000 - Nova York (Estados Unidos) - American Triangle, na Generous Miracles Gallery
2000 - Rio de Janeiro RJ - A Imagem do Som de Gilberto Gil, no Paço Imperial
2000 - Rio de Janeiro RJ - Gerações, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2000 - Rio de Janeiro RJ - Universidarte, na Universidade Estácio de Sá
2001 - Rio de Janeiro RJ - Atípticos, na Silvia Cintra Galeria de Arte
2001 - Rio de Janeiro RJ - Gesto, matéria, cor e imagem, no MAM/RJ
2002 - Curitiba PR - Obras do Faxinal das Artes, no Museu de Arte Contemporânea do Paraná -MAC/PR
2002 - Miami (Estados Unidos) - Abstractions, na Virginia Miller Galeria
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - São Paulo SP - 10 Anos Marília Razuk, na Marília Razuk Galeria de Arte
2002 - São Paulo SP - 25ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - Vitória ES - Coletiva, no Museu Vale do Rio Doce
2003 - Badajoz (Espanha) - Novas Aquisições - Coleção Cultergest, no Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo
2003 - Petrópolis RJ - Via BR 040: longo trecho em aclive, no Museu Imperial
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Lurixs Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - Paralela
2003 - Vila Velha ES - O Sal da Terra, no Museu Vale do Rio Doce
2004 - Niterói RJ - Pintura e Desenho - 90/00, no MAC/Niterói
2004 - Rio de Janeiro RJ - 30 Artistas, na Mercedes Viegas Escritório de Arte
2004 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral
2004 - São Paulo SP - Paralela
2004 - Vitória ES - Casa - A Poética do Espaço na Arte Brasileira, no Museu Vale do Rio Doce
2005 - Arizona (Estados Unidos) - Rampa: Signaling New Latin American Art Initiatives, no ASU Art Museum
2005 - Brasília DF - Encontro com Arte , Razão e Sensibilidade
2005 - Niterói RJ - Onde as Obras Dormem, no MAC-Niterói
2005 - Porto Alegre RJ - 5ª Bienal do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira Hoje, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Chroma, no MAM/RJ
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2005 - São Paulo SP - Convidados do Panorama da Arte Brasileira - MAM/2005, na Marília Razuk Galeria de Arte
2005 - São Paulo SP - 29º Panorama da Arte Brasileira, no MAM/SP
2006 - Curitiba PR - O Espaço Inventado, no MAC/PR
2006 - Lisboa (Portugal) - Surrounding Matta - Clarck, na Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea
2006 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Hoje: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Santander Cultural
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 100 Anos de Arte Brasileira na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arquivo Geral 2006
2006 - Rio de Janeiro RJ - Só Pintura, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - 25 Artistas, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Paralela 2006, no Pavilhão dos Estados
2007 - Ribeirão Preto SP - E: Conjunção - Conexão, na Galeria de Arte Marcelo Guarnieri
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981 - 2006, no Itaú Cultural
2008 - Madri (Espanha) - Arco, no Instituto Feira de Madri
2008 - Arte Pela Amazônia: arte e atitude
2008 - O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR
2008 - Pásions Privadas, Visions Públicas
2008 - Olhares Cruzados
2008 - 3º Arquivo Geral
2009 - Coletiva 08
2009 - Trabalhos em Papel
2009 - Arte Contemporânea Brasileira nas Coleções João Sattamini e Mac de Niterói
2010 - Do Pensamento à Representação
2010 - 1ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - 2ª Novas aquisições 2007 - 2010
2010 - Coletiva na Celma Albuquerque Galeria de Arte
2010 - Entre Meios
2010 - Kierkegaards Walk
2010 - Ponto de Equilíbrio
2010 - 4º Arquivo Geral
2010 - Coletiva 10
2011 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2011 - O Colecionador de Sonhos
2012 - 1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú
2012 - [alguns de] NÓS
2013 - Forma e Presença
2013 - As Tramas do Tempo na Arte Contemporânea: estética ou poética?
2013 - Parque de Transgressões
2013 - Parque de Transgressões
2014 - Iberê Camargo: século XXI
2014 - 20 Anos
2016 - Do clube para a praça
2016 - Cidade Jacaranda
2016 - Transparência e Reflexo
2016 - (In) mobiliario
2016 - Specchio Paulo Reis
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
2017 - Fronteiras, Limites, Interseções: entre a arte e o design
2017 - Luz = Matéria
2018 - 10 Contemporâneos
2018 - Horizontes - As Paisagens nos Coleções MAM Rio
2019 - Homenagem a Reynaldo Roels Jr.
2020 - Campos Interpostos
Fonte: JOSÉ Bechara. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2025. Acesso em: 26 de março de 2025. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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José Bechara | Wikipédia
José Bechara (Rio de Janeiro, 1957) é um artista plástico carioca, conhecido pelo seu caráter experimental e a utilização diversificada de métodos e materiais, o que permite novas experiências no campo pictórico.
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV) e hoje vive e trabalha no Rio de Janeiro. No início de sua carreira, sua obra era predominantemente pictórica, mas a partir do desenvolvimento de sua linguagem poética, os trabalhos passaram a incluir esculturas e instalações, além dos desenhos e pinturas, e a travar um diálogo mais direto com a arquitetura. Como explica Luis Camillo Osorio no texto introdutório sobre Bechara para Fendas, o catálogo da exposição individual do artista no MAM em 2010: “A saturação das oxidações foi se acumulando, por pressão da própria maturação da poética do seu processo, na superfície das lonas e se projetando no espaço. Este jogo entre saturação e estruturação acompanha o desenrolar do trabalho. Ora predomina a densidade métrica, o acúmulo de elementos que se concentram e se expelem, ora sobressai o esforço estruturante, a grade geométrica e o desenho linear”.
Carreira artística
José Bechara iniciou seus estudos artísticos em 1987 na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV). Depois de 4 anos de estudo, em 1991, o artista passou a integrar um ateliê coletivo na Lapa, centro do Rio de Janeiro, com os artistas Angelo Venosa, Luiz Pizarro, Daniel Senise e Raul Mourão. É em 1992 que Bechara começa suas experimentações com suportes e técnicas diversificadas, uma característica marcante de seus trabalhos até hoje. Ainda se dedicando exclusivamente à pintura, o artista experimenta novos suportes para suas telas, como lona usada de caminhão e couro bovino, além de desenvolver técnicas de oxidação de cobre e ferro. Foi também neste ano que ele realizou sua primeira exposição individual no Centro Cultural Cândido Mendes. Em 1994, Bechara recebeu o prêmio Aquisição no 13º Salão Nacional de Artes Plásticas e passou a ser representado pela galeria Paulo Fernandes, no Rio de Janeiro. Em 1997, o artista se instalou em seu ateliê no bairro de Santa Teresa no Rio de Janeiro, onde ainda trabalha.
Em 2002, Bechara realizou sua primeira experiência escultórica com A casa, durante uma residência artística em Faxinal do Céu, Pinhão, Paraná, sob a curadoria de Agnaldo Farias e Fernando Bini, e a consultoria de Christian Viveros. A versão inicial deste projeto foi pensada a partir da casa que servia de habitação e ateliê para o artista durante a residência. A mobília da casa foi reorganizada, se projetando para fora pelas portas e janelas e a peça foi fotografada, dando origem a duas séries: Temporária e Paisagem doméstica ou não me lembro do que dissemos ontem, que hoje integra coleções nacionais e internacionais, coma a do Centro Pompidou em Paris, França. Outros desdobramentos desse projeto são Área de serviço, uma exposição no Paço Imperial do Rio de Janeiro, organizada no programa Atelier Finep em 2004, que mostra conjuntos de móveis domésticos organizados plasticamente; e algumas séries de trabalhos de experimentação gráfica como Externo e Interno.
Em 2004, uma exposição no MAM-Rio, intitulada A Casa, Reuniu todo o processo até então desenvolvido além de uma peça escultórica de madeira em dois volumes com o mesmo título. Open House, uma série de esculturas em menor dimensão desenvolvida a partir de 2006, também trata o tema da casa simbólica e plasticamente. Também em 2006 o artista fez a escultura Ok, ok, let’s talk, uma instalação de mesas de jantar formando um plano irregular intercaladas por duas cadeiras. Esse trabalho foi exposto na Pinacoteca de São Paulo, assim como no Patio-Herreriano, Museo de Arte Contemporáneo Español e na Galeria Mário Sequeira, com uma versão em madeira e uma versão em aço.
A Série Esculturas Gráficas, iniciada em 2009, representa bem a tensão que trabalha o artista entre o geométrico e o material. Obras dessa série foram expostas em importantes instituições como o MAM-Rio de Janeiro, o Instituto Tomie Ohtake e CapeDiem Arte e Pesquisa, Lisboa. Em 2010, com a série Gelosia, Bechara começa a trabalhar com o vidro como suporte para suas obras. Placas de vidro com oxidação de aço, placas de fórmica e tinta acrílica constituem peças escultóricas que se apoiam contra a as paredes e quinas das salas de exposição.
Exposições Individuais
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP , Brasil.
2019
José Bechara. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil.
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arte Gallery, Miami - FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Em exibição
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil. Em exibição.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Galeria Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria de Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric[ligação inativa], Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira, Braga, Portugal
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake, São Paulo
Visto de Frente É Infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal
2011
José Bechara: Colisão e Trânsito. Museu de Arte da Pampulha. Belo Horizonte
José Bechara: Ultramar com 5 Cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal
José Bechara: anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal
José Bechara. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória
2008
Sobremirada. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Ok,Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha
2007
Geométrica. Galeria Marilia Razuk. São Paulo
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
Paisagem Doméstica. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Ok, Ok Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha
Tráfego diurno – Noite horizontal. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba
2004
Paramarelo. LURIXS: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery. Miami, EUA
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo
2003
Área de serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, EUA
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1995
José Bechara. Galeria André Millan. São Paulo
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro
Publicações
2019
Território Oscilante. Editora Barléu (português, inglês, espanhol e alemão)
A Terceira Margem. Catálogo da Anozero'19 - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra (português e inglês)
José Bechara: Território Oscilante. Catálogo da exposição individual na Fundação Iberê Camargo (português)
Walking Through Walls. Catálogo da exposição coletiva no Museu Gropius Bau em Berlim (inglês)
José Bechara: Partes Soltas. Catálogo da exposição individual na Galeria Simões de Assis (português)
2016
Arte Brasileira para Crianças. Editora Cobogó (português)
2015
José Bechara: Squares & Patterns. Texto Profª Drª Beate Reifenscheid, Ludwig Museum. Catálogo Ludwig Museum (Alemão e inglês)
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Catálogo da exposição individual na Galeria Paulo Darzé (português)
José Bechara. Catálogo da exposição individual na na Galeria Simões de Assis (português)
2013
José Bechara. Texto de Agnaldo Farias. Editora Barléu (português, espanhol e inglês)
2012
Desdobramentos da pintura brasileira século XXI - Cobogó (português e inglês)
Projeto Respiração Márcio Doctors - Cobogó e Fundação Eva Klabin (português e inglês)
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú - Itaú Cultural (português e inglês)
2011
José Bechara – Fendas Catálogo da exposição, 2010/11 (português e inglês)
2010
Desenhos – José Bechara. Como piscada de vaga-lume - Réptil (português e inglês)
2009
Antes de ayer y pasado mañana – o lo que puede ser pintura hoy - Arte Contemporáneo y Energia AIE – MACUP & Artedardo, S.L. – Dardo ds (português e inglês)
Arte e Ousadia – O Brasil na coleção de João Sattamini - Aprazível Edições, 2008/2009 (português e inglês)
2008
Blefuscu - Dardo (português, espanhol e inglês)
Dardo Magazine n.7 - Dardo (português, espanhol e inglês)
Um Século de Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de Santa Catarina (português e inglês)
Coleção Ana Luisa e Mariano Marcondes Ferraz - Textos de Luiz Camillo Osório e Mariano Marcondes Ferraz (português e inglês)
Paixóns Privadas, Visións Públicas - Museo de Arte Contemporâneo de Vigo, Espanha – Marco (galego e inglês)
2006
A Casa - Francisco Alves (português e inglês)
Coleção Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil de 1981 – 2006 - Itaú Cultural (português e inglês)
2005
A Persistência da Pintura – Núcleo Contemporâneo - Fundação Bienal do Mercosul (português, espanhol e inglês)
Panorama da Arte Brasileira 2005 - Museu de Arte Moderna de São Paulo (português e inglês)
José Bechara - Dardo (português, espanhol, galego e inglês)
2002
Museu de Arte Moderna da Bahia - Editora Gráficos Buriti (português)
Construir Habitar Pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporâneas - Instituto Valenciano de Arte Moderno, Espanha (português, inglês e valenciano)
25ª Bienal de São Paulo – Iconografias Metropolitanas - Fundação Bienal de São Paulo (português e inglês)
1998
José Bechara - Dardo (português e inglês)
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand - Museu de Arte de São Paulo – MASP (português e inglês)
Biografia
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-BR; Centre Pompidou-FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer-BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM RIO–BR;Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; Benetton Foundation-IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH; Fundo BGA–BR, entre outras.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Site Oficial
Biografia
José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde trabalha e reside. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), localizada na mesma cidade.
Participou da 25ª Bienal Internacional de São Paulo; 29ª Panorama da Arte Brasileira; 5ª Bienal Internacional do MERCOSUL; Trienal de Arquitetura de Lisboa de 2011; 1ª Bienalsur – Buenos Aires; 7ª Bienal de Arte Internacional de Beijing; A World of Coexistence – Bienal Internacional de Jinan de 2022-CN; Anozero’19 – 3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra; Bienalsur 2019 – Museu Nacional de Riade, Arábia Saudita e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” no Paço Imperial–RJ. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como MAM Rio de Janeiro–BR; Culturgest–PT; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Fundação Iberê Camargo–BR; Fundação Calouste Gulbenkian–PT; MEIAC–ES; Instituto Valenciano de Arte Moderna–ES; Fundação Biblioteca Nacional–BR; MAC Paraná–BR; MAM Bahia–BR; MAC Niterói–BR; Instituto Tomie Ohtake–BR; Museu Vale–BR; Haus der Kilturen der Welt–DE; Ludwig Forum Fur Intl Kunst–DE; Kunst Museum–DE; Museu Brasileiro da Escultura (MuBE)-BR; Gropius Bau–DE; Centro Cultural São Paulo–BR; ASU Art Museum–USA; Museo Patio Herreriano (Museo de Arte Contemporáneo Español)–ES; MARCO de Vigo–ES; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Carpe Diem Arte e Pesquisa–PT; CAAA–PT; Musee Bozar–BE; Museu Casa das Onze Janelas–BR; Casa de Vidro/Instituto Lina Bo e P.M. Bardi–BR; Museu Oscar Niemeyer–BR; Centro de Arte Contemporáneo de Málaga (CAC Málaga)–ES; Museu Casal Solleric–ES; Fundação Eva Klabin–BR;entre outras.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro–BR; Centre Pompidou–FR; Pinacoteca do Estado de São Paulo–BR; Ludwig Museum (Koblenz)–DE; ASU Art Museum USA; Museu Oscar Niemeyer–BR; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma–ES; Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra–PT; Coleção Gilberto Chateaubriand–BR; Fundação Biblioteca Nacional–BR; Coleção Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo–BR; Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz/Instituto Figueiredo Ferraz–BR; Coleção João Sattamini/MAC Niterói–BR; Instituto Itaú Cultural–BR; MAM Bahia–BR; MAC Paraná–BR; Culturgest–PT; FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – PT; Benetton Foundation–IT/CAC Málaga-ES; MOLAA–USA; Ella Fontanal Cisneros–USA; Universidade Cândido Mendes–BR; MARCO de Vigo–ES; Brasilea Stiftung–CH, entre outras.
Currículo
2024
Lampejar. Instituto Artium de Cultura, São Paulo – SP, Brasil.
Intersecções Obtusas. Galeria Simões de Assis, Balneário Camboriú – SC, Brasil. Curadoria: Matheus Nunes.
2023
Dancing in my room. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, USA.
O Galaxie do Amor para Sempre. Galeria Paulo Darze, Salvador – BA, Brasil.
2022
NERVO COMBUSTÃO FLUXO. Lurixs, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fugitivas. Madrid XF Proyectos Art Contemporáneo, Madrid – ES, Espanha.
Zênite. Simões de Assis, Curitiba – PR, Brasil.
2021
José. Matias Brotas Arte Contemporânea, Vitória – ES, Brasil. Curadoria: Eucanaã Ferraz.
Os Meios Dias. Casa Albuquerque Galeria de Arte, Brasília – DF, Brasil.
2020
Modos de Condenar Certezas. Galeria Marilia Razuk, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Clarissa Diniz
2019
Território Oscilante. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – POA, Brasil. Curadoria: Luiz Camillo Osório
Partes Soltas. Simões de Assis Galeria de Arte, Curitiba – PR, Brasil.
2018
Centrifugação. Celma Albuquerque Galeria de Arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
Um raio todos os dias. Carlos Carvalho Arte Contemporânea, Lisboa – Portugal.
2017
Espessura do Vazio. Diana Lowenstein Fine Arts Gallery, Miami – FL, EUA.
Zumbidos. Galeria Lurixs: Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Fluxo Bruto. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Beate Reifenscheid, diretora do Ludwig Museum de Koblenz, Alemanha.
2016
Voadoras. Galeria Marília Razuk, São Paulo – SP, Brasil.
Intervalo das coisas. Instituto Lina Bo e PM Bardi (Casa de Vidro), São Paulo – SP, Brasil.
2015
Jaguares. Paço Imperial, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Squares and Patterns. Ludwig Museum, Koblenz, Alemanha.
José Bechara: Criaturas do dia e da noite. Celma Albuquerque Galeria de arte, Belo Horizonte – MG, Brasil.
2014
José Bechara: Coração, seu tempo e a persistência da razão. Galeria Paulo Darzé, Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. Simões de Assis Galeria da Arte, Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Museu Casal Solleric, Palma de Mallorca, Espanha.
2013
Nuvem para meia altura. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
Repertório para aproximação de suspensos. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Agnaldo Farias.
Visto de frente é infinito. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2012
José Bechara. Galeria Mário Sequeira. Braga, Portugal.
2011
José Bechara: Colisão e trânsito. Museu de Arte Moderna da Pampulha. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Ultramar com 5 cabeças. Quase Galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
José Bechara: Anotações para uma crônica de ateliê. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
Líquido do Metal. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2010
Pássaros geométricos e pelo menos um pássaro rectangular. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
José Bechara: Desenhos. CarpeDiem Arte e Pesquisa. Lisboa, Portugal.
José Bechara. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
FULL. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: Fendas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2009
A Casa. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, Portugal.
Cut. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara: Frestas. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
2008
Sobremirada. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Saudade. Fundação Eva Klabin. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Aranha de Canto. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Extremo habitável. Bolsa de Arte de Porto Alegre. Porto Alegre – RS, Brasil.
DuploOxy. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Ok, Ok Let´s Talk. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
2007
Geométrica. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2006
Open House. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
Paisagem Doméstica. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Ok, Ok, Let’s Talk – Projeto Octógono de Arte Contemporânea. Pinacoteca do Estado de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara: trabalhos recentes. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
2005
Vespeiro. A Chocolataría: D’5 Espazo de Experimentación e Creación Contemporânea. Santiago de Compostela, Espanha.
Tráfego diurno – Noite horizontal. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Área de serviço. Casa Andrade Muricy. Curitiba – PR, Brasil.
2004
Paramarelo. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Duas margaridas e uma aranha. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Work area. Diana Lowenstein Fine Arts. Miami – FL, EUA.
A Casa. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara: pinturas. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
2003
Área de Serviço. Paço Imperial – Ateliê FINEP. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
José Bechara. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2001
José Bechara. Studio 3B. New York, USA.
2000
Pelada. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
José Bechara. Celma Albuquerque Galeria de Arte. Belo Horizonte – MG, Brasil.
1998
José Bechara. Museu Alfredo Andersen. Curitiba – PR, Brasil.
Comendo Margaridas. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
José Bechara. Museu de Arte Moderna de Salvador. Salvador – BA, Brasil.
José Bechara. GaleriaMarília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
1997
Campos de Rosas. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1995
José Bechara. Galeria André Milan. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara. Galeria Paulo Fernandes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1994
José Bechara. Centro Cultural São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
1992
José Bechara. Centro Cultural Candido Mendes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Exposições Coletivas
2025
“A Tela Insurgente” – Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Antônio Gonçalves Filho.
2024
Do lado mais visível das imagens. Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CACC). Coimbra, Portugal. Curadoria: José Maçãs de Carvalho e Daniel Madeira.
2023
A Casa era a Rua. Galeria Carlos Carvalho, Lisboa-Portugal. Curadoria: Alexandre Melo.
Nuances de Brasilidade: Repertório. Centro Cultural da PGE-RJ. Rio de Janeiro, Brasil. Curadoria: Cecilia Fontes.
2021
Da Letra à Palavra. Museu Judaico de São Paulo. São Paulo- SP, Brasil. Curadoria: Lena Bergstein.
2019
Recovering Stories, Recovering Fantasies. Museu Nacional de Riade – Arábia Saudita. Curadoria: BIENALSUR – Diana Wechsler.
3ª Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra, A Terceira Margem. Coimbra – Portugal. Curadoria: Agnaldo Farias. Trabalho selecionado: Nos intervalos entre as coisas importantes, nos minutos à toa.
Walking through Walls, Martin Gropius Bau, Berlim – Alemanha. Curadoria: Sam Bardouil e Till Felrath.
Alma do Mundo – Leonardo 500 Anos, Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Curadoria: Marco Lucchesi.
2018
Pequenos formatos e múltiplos. Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Accrochage de Verão. Galeria Graça Brandão, Lisboa – Portugal.
#iff2018. Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto- SP, Brasil. Curadoria: Rejane Cintrão e João Carlos.
Lugares do delírio . SESC Pompéia, São Paulo – SP, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
2017
7ª Bienal Internacional de Arte de Pequim. Pequim, China. Trabalho selecionado: Paramarelo com pássaro retangular hesitante, 2009-2017.
1ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul – BIENALSUR. Buenos Aires, Argentina. Trabalho selecionado: Nuvem para meia altura, 2013-2017.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 4º momento. Espaço Adães Bermudes, Alvito, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 3º momento. CACPS – Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor, Ponte de Sor, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Lugares do delírio. MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Tania Rivera.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 2º momento. CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Coimbra, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
2016
(In) Mobiliario. Galeria Habana, Havana, Cuba. Curadoria: Diana Cuéllar Ledesma
Pequenos Formatos: Dimensão e Escala. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Texto de Felipe Scovino.
The agony and the ecstasy – Latin American art in the collections of Mallorca; A review based on contemporaneity. Es Baluard – Museo d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Este lugar lembra-te algum sítio? – 1º momento. CAAA – Centro para os Assuntos de Arte e Arquitetura, Guimarães, Portugal. Curadoria: Miguel Sousa Ribeiro.
Intervenções Urbanas – ArtRio. Museu da República, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Transparência e reflexo. MuBE (Museu Brasileiro da Escultura), São Paulo – SP, Brasil.
Cidade Jacaranda – ocupação artística. Fundação Cidade das Artes, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Em polvorosa – um panorama das coleções MAM-Rio. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2015
Diálogos Construtivos no Brasil: Passado e Presente. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil. Curadoria: Felipe Scovino.
Casa Cidade Mundo – A Beleza Possível Módulo I. Centro Municipal de Arte Helio Oiticica. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria: Evandro Salles.
2014
20 anos de Mercedes Viegas. Galeria Mercedes Viegas, Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Expoarte 2014 – Resistência e Transgressão (Programa Poéticas da Tridimensionalidade). Casa Cor, Serra – ES, Brasil. Curadoria professora Almerinda da Silva Lopes.
Iberê Camargo: século XXI. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre – RS, Brasil. Curadoria Comitê Curatorial da Fundação Iberê Camargo.
Momento contemporâneo, Instituto Figueiredo Ferraz, Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2013
Lupa. Mostra coletiva dentro do programa da Art Rio 2013. Pier Mauá, Rio de Janeiro – RJ, Brasil. Curadoria de Abaseh Mirvali.
Parque de Transgressões. SIM Galeria. Curitiba – PR, Brasil.
Mostra de Artistas Contemporâneos. Exposição coletiva para o ICOM 2013 – 23a Conferência Geral do Conselho Internacional de Museus. Cidade das Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Great Men Die Twice. Casa da Cultura da Comporta. Comporta, Portugal.
Casa ocupada. Casa da Cerca – Centro de Arte Contemporânea, Câmara Municipal de Almada. Almada, Portugal.
As tramas do tempo na Arte Contemporânea: Estética ou Poética? Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
Forma e presença. Simões de Assis Galeria da Arte. Curitiba – PR, Brasil.
O Abrigo e o Terreno – exposição inaugural. Museu de Arte do Rio (MAR). Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2012
Coleção BGA – Brazil Golden Art. Museu Brasileiro da Escultura (MuBE). São Paulo – SP, Brasil.
Art-quitecturas. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
Colectiva de desenhos. Quase galeria, Espaço T. Porto, Portugal.
This is Brazil! 1990-2012. Palacio Municipal de Exposiciones Kiosco Alfonso e PALEXCO. A Coruña, Espanha.
[alguns de] nós. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
1911-2011 Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Museu Oscar Niemeyer, Curitiba – PR, Brasil.
Novas Aquisições 2010/2012 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro– RJ, Brasil.
Além da forma: plano, matéria, espaço e tempo. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
2011
1911-2011 – Arte Brasileira na Coleção Itaú. Palácio das Artes. Belo Horizonte – MG, Brasil.
Sobre Vitória – Usina Galeria de Arte – 25 anos depois. Museu de Arte do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
Múltiplos Sentidos. Matias Brotas Arte Contemporânea. Vitória – ES, Brasil.
1911-2011 – Arte Brasileira e Depois, na Coleção Itaú. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Construção e Desconstrução da Arte Brasileira (anos 1900 / 2000), festival de arte Europália. Bozar. Bruxelas, Bélgica.
O Colecionador de Sonhos. Instituto Figueiredo Ferraz. Ribeirão Preto – RJ, Brasil.
Trienal de Arquitectura de Lisboa, Portugal.
2010
Do Pensamento à Representação. Galeria Marilia Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2007-2010 – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Bizarro. Festival Estrella Levante SOS 4.8. Murcia, Espanha.
Ponto de Equilíbrio. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
O passeio de Kierkegaard. Galeria Marília Razuk. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Falemos de casas: quando a arte fala arquitectura [construir, desconstruir, habitar]. Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado & Trienal de Arquitetura de Lisboa. Lisboa, Portugal.
2009
Trabalhos em papel. Galeria Mercedes Viegas. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Estética Solidária. Palácio Marquês de Pombal. Lisboa, Portugal.
Antes de ayer y passado mañana; o lo que puede ser pintura hoy. MACUF – Museo de Arte Contemporáneo Unión Fenosa. La Coruña, Espanha.
FotoRio 2009. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paisatges Creuats/Paisagens Cruzadas, novas aquisições para a coleção permanente. Fundació Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma. Palma de Mallorca, Espanha.
Building Rooms. Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
Coleções 9. Galeria Luisa Strina. São Paulo – SP, Brasil.
José Bechara – Herbert Hamak – Winston Roeth. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Spain.
2008
Arquivo Geral. Centro Cultural da Justiça Eleitoral. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
O Olhar da Colagem no Acervo do MAC-PR. Museu de Arte Contemporânea do Paraná.
Curitiba – PR, Brasil.
Pasiones Privadas, Visiones Públicas. MARCO, Museu de Arte Contemporânea de Vigo. Vigo, Espanha.
Proporções monumentais: seleções da coleção permanente. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Parangolé, fragmentos desde os 90 no Brasil, Portugal e Espanha. Patio Herreriano Museu de Arte Contemporáneo Español. Valladolid, Espanha.
Arte pela Amazônia. Fundação Bienal de São Paulo, Pavilhão Ciccillo Matarazzo.
São Paulo – SP, Brasil.
Construir, habitar, pensar. Perspectivas del Arte y la Arctectura Latinoamericana Contemporáneas. Instituto Valenciano de Arte Moderna. Valencia, Espanha.
Traços Traçados. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
La mirada d´Abril: Noves propostes/nuevas propuestas/new proposals. Galeria Xavier Fiol. Palma de Mallorca, Espanha.
2007
A última casa, a última paisagem. Matias Brotas Arte Contemporânea e galeria Espaço Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória – ES, Brasil.
“E” Conjunções/Conexões. Galeria Marcelo Guarnieri. Ribeirão Preto – SP, Brasil.
80/90 Modernos, Pós-Modernos, Etc. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Novas Aquisições 2006-2007 — Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Itaú Contemporâneo – Arte no Brasil 1981-2006. Centro Cultural Itaú. São Paulo – SP, Brasil.
2006
1910 – 2000 – Coleção Gilberto Chateaubriand: um século de arte brasileira. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arquivo Geral. Centro de Arte Hélio Oiticica. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Paralela São Paulo 2006. Pavilhão Armando de Arruda Pereira, Parque do Ibirapuera.
São Paulo – SP, Brasil.
Dwell. ASU Art Museum. Phoenix, EUA.
Surrouding Matta-Clark. Galeria Carlos Carvalho Arte Contemporânea. Lisboa, Portugal.
O Espaço Inventado. Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Curitiba – Paraná, Brasil.
É HOJE na arte brasileira contemporânea: coleção Gilberto Chateatubriand. Santander Cultural. Porto Alegre – RS, Brasil.
Só Pintura. Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2005
29° Panorama da Arte Brasileira. Museu de Arte Moderna de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
A Persistência da pintura – Núcleo contemporâneo. V Bienal do Mercosul. Porto Alegre – RS, Brasil.
Conexão contemporânea. Fundação Nacional de Arte, FUNARTE. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Onde as obras dormem. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Rampa: signaling new Latin America art initiatives. Arizona State University Art Museum. Phoenix, EUA.
Encontro com arte – razão e sensibilidade. Casa Cor. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Chroma. Museu de Arte Modern do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira hoje. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2004
Casa – a poética do espaço na arte brasileira. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Paralela a 26ª Bienal Internacional de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Arquivo geral: arte contemporânea no Jardim Botânico. Centro de Cultura e Meio Ambiente Antonio Carlos Jobim. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2003
Sal da terra. Museu Vale do Rio Doce. Vitória – ES, Brasil.
Via BR 040, Longo trecho em aclive. Museu Imperial. Petrópolis – RJ, Brasil.
Novas aquisições, Coleção Culturgest. Museu Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporaneo. Badajoz, Espanha.
Exposição inaugural. Lurixs: Arte Contemporânea. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2002
Mapa do Agora. Instituto Tomie Ohtake. São Paulo – SP, Brasil.
Iconografias metropolitanas, 25ª Bienal de São Paulo. Fundação Bienal de São Paulo. São Paulo – SP, Brasil.
Abstractions. Virginia Miller Gallery. Miami, EUA.
Caminhos do Contemporâneo. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Faxinal das Artes. Museu de Arte Contemporânea. Curitiba – PR, Brasil.
Faxinal das Artes – Programa de residência de artistas contemporâneos. Faxinal do Céu, Pinhão – PR, Brasil.
2001
Atípicos. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Gesto, matéria, cor e imagem. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
2000
Um oceano inteiro para nadar. Culturgest. Lisboa, Portugal.
UniversidArte VIII. Galeria Especial, Universidade Estácio de Sá. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
American Triangle. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
Gerações. Silvia Cintra Galeria de Arte. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1999
Anos 90. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Arte brasileira. Museo Nacional de Bellas Artes – MNBA. Buenos Aires, Argentina.
MAM: uma seleção. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Small-big paintings from Latin America. Generous Miracle Gallery. Nova York, EUA.
1998
Museu de Arte Contemporânea. Pusan, Korea.
Galeria Thomas Cohn. São Paulo – SP, Brasil.
Galeria EAV, Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Haus der Kulturen der Welt. Berlin, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Ludwig Forum Für Intl Kunst. Aachen, Alemanha.
Coleção Gilberto Chateaubriand. Kunst Museum. Hayden Hein, Alemanha.
O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte de São Paulo, MASP. São Paulo – SP, Brasil.
1996
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Novas Aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand. Museu de Arte Moderna da Bahia. Salvador – BA, Brasil.
Coleção João Sattamini. Museu de Arte Contemporânea. Niterói – RJ, Brasil.
Brazilian Artists. Galeria Cyntia Borne. Londres, Inglaterra.
1994
Matéria e Forma. Paço Imperial. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
1993
Gravidade e Aparência. Museu Municipal de Arte. Fundação Cultural de Curitiba. Curitiba – PR, Brasil.
1992
Gravidade e Aparência. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
9X6. Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Diferenças. Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro – RJ, Brasil.
Principais Coleções
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Brasil
Pinacoteca do Estado de São Paulo – Brasil
Ludwig Museum of Koblenz – Alemanha
Museu Oscar Niemeyer – Brasil
Centre Pompidou – França
Museu de Arte Contemporânea de Niterói/Coleção João Sattamini – Brasil
Instituto Itaú Cultural – Brasil
Universidade de Coimbra – CAPC, Círculo das Artes Plásticas de Coimbra – Portugal
Coleção Gilberto Chateaubriand – Brasil
Coleção Ateliê de Gravura Fundação Iberê Camargo – Brasil
Fundação Biblioteca Nacional – Brasil
Museu de Arte Moderna da Bahia – Brasil
Museu de Arte Contemporânea do Paraná – Brasil
Culturgest – Portugal
FLAD Fundação Luso Americana para o Desenvolvimento – Portugal
Benetton Foundation (Imago Mundi) – Itália
Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma – Espanha
CAC Málaga – Espanha
MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo, Coleção Espacio Atlântico –Espanha
FIL/AIP Feira de Lisboa – Portugal
ASU Art Museum – Estados Unidos
Museum of Latin American Art [MOLAA] – Estados Unidos
Universidade Cândido Mendes – Brasil
Fundação Brasilea – Suíça
Museu Casa das Onze Janelas – Brasil
Instituto Figueiredo Ferraz/ Coleção Dulce and João Carlos Figueiredo Ferraz – Brasil
Fundación DIDAC – Santiago de Compostela, Espanha
Textos
A Geometria Oxidada de José Bechara
Se é verdade que nem todos os caminhos da arte moderna levam ao abstracionismo, também é verdade que a arte abstrata abriu à pintura numerosas vias de expressão. A prova disso está na obra do pintor brasileiro José Bechara.
O principal dilema da arte abstrata, uma mudança radical do olhar, se faz presente nas oxidações de José Bechara, oxidações que nos levam a uma redefinição da própria natureza da pintura. Aqui, nesta sua arte aparece um elemento inovador, uma nova forma como substância plástica, como diria Joseph Beuys. Ou, em outras palavras, “uma transfiguração a partir do zero das formas” como Malevich já se propusera. Mas, se o pintor russo leva o tema à sua redução última em uma superfície toda branca ou toda negra, o brasileiro incrementa uma substância, a oxidação, ao gerar sua própria transfiguração em grandes telas como Núpcias, ou Série Mercúrio I & II, nas quais o processo de oxidação se realiza por meio de diferentes pigmentos, construindo interessantes contrastes entre as diferentes áreas dos quadros. É o que vemos em uma tela de grandes dimensões como em Nine females, onde o artista introduz outro elemento – o couro de vaca – para criar uma impressão não de todo desprovida de erotismo. Os planos que dividem a tela produzem um efeito de collage, pois enquanto a composição dos planos superiores se aproxima a um pentagrama, os demais preservam as tênues cores da pele do animal, exibindo ao mesmo tempo traços do corpo feminino.
Na minha opinião, são as oxidações, entretanto, que levam sua interrogação da matéria ao extremo.
Sabemos que a arte abstrata consiste, antes de mais nada, em retirar o objeto do campo do olhar até convertê-lo em pura ausência. É a partir desta ausência, ou deste zero, que o artista abstrato começa a criar sua outra realidade, fazendo surgir uma escrita do invisível. No caso de José Bechara, se nos atermos simplesmente às suas estruturas, descobriremos que não estão distantes das primeiras orientações do chamado neoplasticismo, cujas origens remontam à segunda década do século 20. Toda a construção de sua obra se baseia na estrita arquitetura de linhas, quadrados, retângulos etc., que preenchem os espaços, dando continuidade a este ideal de pureza que o neoplasticismo quis acercar musicalmente às fugas de Bach. Não é, entretanto, neste ponto que se detém a busca. Soma-se à pureza que vemos nos quadros de Mondrian, Theo Van Doesburg, Vantongerloo e outros, um elemento que a transgride: a oxidação. E é aí, a meu ver, que José Bechara abre um novo caminho à arte abstrata.
Bechara em vez de procurar na cor o resultado final de uma composição que principia como pura forma ataca a superfície do quadro, criando com seu processo de oxidação uma substância plástica diferente. Nem efeitos visuais com campos de cor delimitados ao modo de Mondrian, nem tampouco a tela sujeita às manipulações da chamada “arte bruta”. Para o pintor trata-se basicamente de trabalhar as superfícies imbuído do sonho do alquimista ao início de sua obra: o de testemunhar uma transfiguração. O alquimista encerra sua busca ao encontrar a pedra filosofal, enquanto que para Bechara o objetivo está na criação de uma natureza plástica.
Mais que um sonho então, é o procedimento artesanal de uma série de elementos com os quais o artista joga para criar um efeito pictórico. Mas como sói acontecer, esses efeitos entram por diferentes vias do olhar. Para uns permanecerão aí, simples efeitos, enquanto que para outros as oxidações como meio expressivo dão origem a novas especulações. E este processo se une a outros de conotação poética e até metafísica. Para usar um termo caro aos alquimistas: não será este processo algo semelhante ao nigredo, palavra que eles usam como parte do morrer e do renascer da matéria? Não há dúvida de que uma das tantas vias que a arte contemporânea nos abre é a via especulativa, pela qual podemos “fazer voar nossas bolas de cor” como tantas vezes me falou Lezama quando deixava correr solta sua imaginação inesgotável. A forma com que Bechara atua sobre sua matéria o converte, portanto, no agente de uma espécie de vibração primordial, desta que vai deixando impressas na tela as marcas de sua passagem.
— Texto de Carlos M. Luis. Publicado em El Nuevo Herald, Miami, EUA, 2004.
A ação – Pesos Densos
O que significa ainda isto: o pintor pintar? Um dos mais surpreendentes eventos deste final do século – ou ao menos para o que se convencionou chamar de década de 90 – é que um pintor tenha continuado a pintar. A obra de José Bechara surpreendeu a partir de 1997, quando expôs numa galeria carioca. Era impacto, forte, até mesmo rude. Esse frescor de primavera na pintura, mas também o rompante de ventos fortes, rudeza, aridez e beleza estavam calçados em grandes superfícies, que parecia metabolizar muito do que acontecera na arte brasileira dos anos 70 até ele. Há um núcleo conceitual, que se desfaz para um informalismo e deste para uma grade construtiva. Tudo isto meio solto e meio preso a uma forte tensão da matéria, pouco vista na recente arte brasileira, de Iberê aos últimos quadros de Jorge Guinle Filho. Além disto, havia um método que, no caso de José Bechara, não pode ser visto como separado de sua pintura. Método e finalidade são para ele uma coisa só. Agora, Bechara foi convidado pelo Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro para cumprir um desafio. O de ocupar o vasto pé-direito do museu, um lugar onde muita pintura tende a definhar, devido à escala do espaço. Por mais de um ano trabalhando num ateliê em São Cristóvão (uma desativada fábrica), hoje sincopada pelo trabalho de um outro artista, cães vadios, um pedaço de um carro alegórico de carnaval, um certo silêncio modorrento sob o sol, que se esbate sobre detritos, coisas jogadas fora e lixo industrial, Bechara preparou superfícies imensas (4 x 5m), oxidadas, com a única tarefa de trabalhar o local que lhe foi oferecido. Pode-se dizer que, sem abandonar o Espaço da Pintura, Bechara tende a fazer algo que o supere pelo fato de que é o local que deve ser posto em questão.
Isto significa, simplesmente, que o pintor não parte do fato de pôr “janelas”, quadros pintados, na parede. Nem mesmo, ele propõe – como muitos outros artistas já tentaram – uma instalação para envolver e resolver as dificuldades daquele complexo espaço. Os recursos de Bechara, comparados aos das instalações, são até bem mínimos: superfícies pintadas, ou seja, um conjunto de Planos, que possam sensibilizar de forma ótica o espectador. São obras, portanto, de ação e estratégia. Ação sobre o espaço e energia estratégica para colocar aquele local num fluxo de atenção estética, que esteja em confronto com aquela dimensão que soa como uma fenda, um abismo, uma espiral devoradora. É um combate contra o Muro. Não que isto seja um problema que os artistas, volta e meia, não sejam obrigados a enfrentar. O Muro é uma coisa que fecha, que circunda e que impede. A primeira ação sobre o Muro (além, é claro, das pinturas primitivas das cavernas) é torná-lo cena, o que os afrescos dos muralistas tratam de organizar. Cena contra o silêncio do Muro, tais artistas, numa escala muito grande de tempo, trabalharam de diversos modos até chegarem os artistas contemporâneos que destroem após a exposição as obras que afixaram nele, supondo que elas entraram naquele espaço só para ocupá-lo por instantes, feitos só para aquele local. Desse modo, não há sentido nem em mantê-las ali depois do evento artístico, nem em removê-las para outro lugar museológico, ou mesmo deixá-las à venda numa galeria.
Este ano, em outro museu, o MAC de Niterói, o artista brasileiro Antonio Manuel resolveu atuar sobre o impedimento do Muro. É verdade que não quebrou as paredes do museu, mas sugeriu que isto seria possível, ou melhor, é possível pensar e sonhar com isto. Sem querer discutir a sociologia da destruição dos museus, uma ideologia do começo do século, penso que Antonio Manuel convenceu-se de que o enfrentamento com o Muro era algo da história da arte desde os tempos imemoriais. Ergueu um muro dentro do museu – e o quebrou a golpes de picareta. O enfretamento de Bechara, é lógico, é bem diferente. Até onde eu sei, ele não foi um artista – como minha geração viveu e cresceu – com matrícula na Antiarte que, a meu ver, lhe parece algo indiferente, embora seu trabalho utilize determinados elementos desse movimento histórico. Bechara, de outra geração, faz primordialmente pintura. Bem que sua pintura sobreviva como um além sobre ela, até porque ele não pinta com pincéis e tintas; Bechara usa água, tufos e esponjas de aço-carbono, fogo e lonas usadas de caminhoneiros. E esta não é uma tela branca. Ela já é uma estrutura, uma “paleta”, um “pictórico” que o acaso, o tempo e a necessidade em remeterem para o artista como algo que já foi pintado. É uma pintura que a partir daí Bechara fará evocando eventos temporais numa mesma seqüência. Além disso, creio que ele não pinta sobre as lonas – elas são um fato pictórico entrelaçado ao que ele depois executará “sobre” elas. As obras que Bechara, com razão, chama de “matéricas”, expostas no MAM e feitas para aquele específico local do museu, são, de fato, um evento que se poderia chamar de “momento glorioso e dramático da matéria”.
As grandes peças são carregadas de nervos, texturas, volumes, massa decomposta pela ação da água sobre as esponjas, deterioração e infusão, medida e desmedida, vida e morte do orgânico, peso e densidade. Principalmente nesta “ocupação” do MAM, peso e densidade estão na superfície e não em algo pesado como uma escultura. Peso e densidade se espalham sobre a superfície supostamente lisa e estendida. Depois, ela parece modelada pela matéria, como se vê nos blocos de massa que o artista organiza nas lonas. O confronto de Bechara com a historicidade do Muro (“é possível destruí-lo”, sugere o trabalho de Antonio Manuel no MAC) é o de ofuscá-lo e não temê-lo. Ofusca-se pela cena como nos afrescos, murais e obras minimalistas abstratas. Ou seja, por dinamizá-lo. Ofuscá-lo quer dizer aqui tornar o lado do Muro sem ação, absolutamente neutro, para a afirmação de sua “pictórica”. É distanciá-lo o bastante até se excluir. O que sobra? No caso de Bechara é esta efervescência de matérias, esses pesos densos. Além de tudo, há uma “paleta” – marrons, vermelhos, negros, cinzas –, decomposições de outras matérias.
O que há aqui é uma cena a ser dinamizada. A cena é feita pela obra em presença e não por uma camuflagem do Muro. É permitido pensar que há uma poética e mesmo um vínculo ontológico com o mundo nisto tudo que vemos. O Muro, que é limite e proteção ao mesmo tempo, se torna um aquém. É que através da densidade da pintura, podemos ultrapassá-lo, mesmo estando diante de um pé-direito de um museu. O outro lado que a pintura aponta, com sua rude eloqüência e seu frescor pictórico, é esta cosmologia de matérias que nos faz saltar do imediato, este que nós ainda estamos vendo, e que se prolonga para um Cosmo muito além de nós. Aquele que, de certo, está fora dos Muros.
Observação: Eu não vi a manifestação do artista no MAC. O que narro é o relato oral e o da imprensa na época da mostra de Antonio Manuel de Barrio no Museu;
O Resto como Beleza – O método
Lévi-Strauss observou que a sociedade se movia por meio de três tipos de troca: a da mercadoria, a de mulheres e a simbólica, esta especialmente feita pela linguagem. O trabalho de José Bechara tem o seu ponto de partida em dois modelos de troca, visto pelo antropólogo francês, como condições fundadoras da vida social. O que chama atenção, porém, é que as duas trocas – a da mercadoria e a simbólica – que movem o início do trabalho de Bechara não se utilizam de nenhuma base antropológica, nem seu trabalho encontra um motivo sério para realizar uma mediação junto da antropologia. O gesto que move é amparado pelo o que Pierre Bourdieu chama de campo da arte, onde se insinuará uma estética. É desta maneira, por exemplo, que seu trabalho não participa de nenhuma etologia da vida urbana (não é uma sócio-arte), nem o artista pressupõe, ao trocar encerados novos que ele compra para trocar com outros velhos, que cobrem os caminhões, estes cinzentos, rasurados, empoeirados, que ele está desconstruindo o processo de troca (no caso de um artista conceitual, por exemplo). Nem mesmo Bechara está parodiando o processo de trocas de mercadorias (um pós-modernista irônico). Bechara, com o elemento de troca, não faz nem obras conceituais nem instalações. Bechara não faz um julgamento fora da arte sobre o valor de troca. Se existe economia, ela não é nem conceito, nem paródia, mas o da velha escola escocesa: as lonas são produtos de mercado, que interessa a ambas as partes em jogo, devido ao lucro.
No caso, Bechara é simples. Há algo que muda. É um péssimo negócio trocar encerados novos por velhos, a não ser que o seu uso tenha uma outra significação. É, então, que o artista impõe um valor, alheio ao que significa uma transação comercial. É este gesto estético que muda as coisas, que corrói o valor daquelas mercadorias, que produz uma superabundância de valor, cuja economia é, à primeira vista, invisível. É óbvio que outro mercado está à espera – o de bens simbólicos, que sufraga esta função comercial dando-lhe outro sentido. Mas o que pesa nas trocas de encerado é o valor estético imposto na escolha do artista. Ou, como Bechara diz: “É meu olho que escolhe”. Quem escolhe assim, não esta escolhendo um ready-made. Portanto, o que atuará junto com a troca é o fator simbólico (estético), no qual o artista impõe uma decisão alheia ao valor específico das leis do mercado de encerados(2). Por que, podemos perguntar, há uma superabundância de valor? É que as lonas velhas perdem sua utilidade de mercadoria funcional, cuja lógica é a de proteger mercadorias úteis para o comércio natural. Não é que elas percam utilidade econômica, porque outro mercado as espera, pagando muito mais por aquelas lonas. Mas esse primeiro ato da estética de Bechara é, evidentemente, desinteressado e nem o artista ao fazê-lo, ao menos na sua primeira vez, poderia ter certeza, de que faria uma outra mercadoria.
Esse ato estético – e é nada mais do que isto – mantém uma distância e uma diferença das normas das telas. Geralmente são peças de linho, nas quais se monta um chassi e, no vazio deste branco, pinta-se. Elas podem ser, como de linho, neutras. No caso de Bechara as lonas já são evento da Pintura cheias de acaso e tempo, cinzentas, rasuradas, remendadas, gastas até o último fio da utilidade, transformando-se para o artista em suporte, mas um suporte já pintado pelas ocasiões do tempo e do acaso, preenchido pela força da escolha. Bechara seleciona manchas que são corrosões do tempo e, a partir desta pátina que vem do comércio e da necessidade, ele libera um grau novo de força e liberdade. Como disse, nada a ver com os ready-mades. As lonas são escolhidas com excesso subjetivo no seu julgamento estético e sem definição no objetivo comércio e indústria de encerados. Lonas que, de fato, agradam a percepção do artista, e que servirão de base e objeto de suas obras.
De certa maneira, há um “informalismo” que não atua por meio da gestualidade inconsciente do artista, mas que trabalha com a ambígua relação de controle e descontrole do material.
O tempo faz o seu inevitável trabalho informal nas coisas, cria sua rede de texturas, algumas delas classificáveis por técnicas usuais de manutenção (os remendos, por exemplo) e não dispostos, é lógico, em lugares pré-organizados. É o artista, porém, quem escolhe os cortes de que necessita, as manchas que considera desejáveis, riscos e colorações mais aptas à sua conveniência poética. O valor da mercadoria passa a ser apenas um resquício da troca.
O método de Bechara começa sobre a ação do tempo sobre um valor da mercadoria – e este método é a sua invenção. O arranjo do tempo sobre estas lonas, superfícies planares já impressas, das quais ele fará irromper a larva incandescente do material destilado e apodrecido. Ação corrosiva feita pela maceração de palhas de aço sobre as lonas, que a oxida. É assim sobre uma impressão na superfície, cujo tempo imprimiu suas marcas, que o artista desenvolverá a continuidade do seu trabalho. É como se esse silk-screen extraído do tempo tivesse a sua durée bergsoniana. Durée esta que quer se incrustar na matéria e não, a rigor, na memória involuntária. Neste sentido, a superfície de Bechara é uma matéria involuntária, sobre a qual as intuições poéticas do artista darão curso às suas opções.
Isto não é tudo. Embora muitos trabalhos de Bechara pudessem apenas utilizar as lonas como matéria e suporte (um ready-made desviante), eles são organizados pelo artista, de modo que algumas obras pressupõem uma ordenação que sugere uma atmosfera construtiva. Outros trabalhos, mais “informais”, maceração das palhas sobre a superfície em rasuras, criam uma matéria densa, industrialmente orgânica, cuja cor deriva da dissolução química do aço com água. A maceração gera crostas, súbitos empastamentos, tessituras, volumes. Eis então uma paleta industrial, que se recusa a ser veículo da indústria, paleta involuntária, cujos efeitos cromáticos – os da oxidação – não estão bem na lógica da química pictórica.
O trabalho de Bechara, a meu ver, joga com uma série de modelos e sistemas utilizados nos últimos trinta anos de pintura, mas criando as suas próprias regras, algumas inesperadas. Para o exterior, esta pintura que não usa o óleo nem o acrílico evoca uma dissolução temporal. O tempo que corrói, animado pelo uso das lonas dos caminhoneiros e pela destruição do aço-carbono, regado pelas águas, que deixam as marcas de sua dissolução. Para o interior, é uma conquista de uma superfície que foi determinada pela mutação física deste produto industrial. Em certo sentido, muitas das peças de Bechara podem lembrar as matérias de um informalismo revigorado.
Uma ida ao ateliê do artista supera esta definição. Embora Bechara não possa controlar todo o processo químico das esponjas, ele ordena as suas camadas de modo a extrair efeitos possíveis de serem avaliados com alguma precisão. Só em nosso tempo, em que a pintura procura se realimentar de novos processos para, de novo, conquistar seu espaço simbólico e imaginário, os trabalhos de Bechara confundem-se com o seu método e o seu método extrai poesia do processo inventado. Assim, nessas telas imensas, onde uma estranha matéria pulsa sobre a superfície, o pintor só pode representar o acolhimento do seu método. No caso de Bechara, a força que impulsiona uma beleza em resto.
— Texto de Wilson Coutinho. Rio de Janeiro, Brasil. No catálogo “José Bechara”, publicado para a exposição Comendo Margaridas realizada no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, Brasil, 1998.
Fonte: Site Oficial. Consultado pela última vez em
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José Bechara para começarmos bem a semana no “Quarenta Views” | Zé Ronaldo
No comecinho dos anos 90, do século passado, eu fiquei próximo ao trabalho do artista plástico José Bechara. Ele era conhecido na cena da arte carioca e eu nesse tempo fiquei amigo de um fotógrafo americano David Sprigle, da Filadélfia, que alugou uma parte no atelier do José Bechara. para fazer um outdoor studio. Muitas arvores, plantas e tudo mais.
Era um casarão antigo na Lapa e algumas vezes que eu ia lá, eu o via colocando em varais, lonas de caminhão oxidadas carregadas de pigmento. Pesadas. E nas conversas com David, comentávamos que José era nosso “homem de lata” do filme “The Wizard of Oz”. Imaginávamos ele vestido com aquelas lonas. Yes, we trip a lot.
Eu e David falávamos bastante sobre fotografia americana desde Ansel Adams a Robert Mapplethorpe e o meu preferido Gregg Toladan. Ás vezes víamos José Bechara mover as lonas de lugar e as recortava, as jogava no chão, quase uma catarse. Sempre muito sério apesar de usar um short daqueles de pelada de praia bem usado. Nós brincávamos que existia um muro entre nós, “o muro da concentração”, tal a dedicação do artista quando ocupava aquele espaço.
De lá para cá vou as suas exposições. Vejo os trabalhos e amo às formas esculturais e as telas que me parecem paradigmas desenhados com linhas e as oxidações. Aliás, que palavra sexy, oxidação, óxidos muito da pele, dos tons. Sinto falta daquele casarão.
Hoje conversamos sobre o agora. Esse momento meio estapafúrdio, meio anunciado e como José Bechara está nisso tudo.
1) Como está sua rotina na quarentena? Ateliê? Live?
Estranha. Na prática, fico entre as atividades domésticas e o ateliê. Estou produzindo em condições diferentes: mais lentamente, e num tipo de relação mais pura com trabalho já que não há agenda a ser cumprida. E sem poder comprar materiais, o que é um problema interessante de enfrentar. O tempo segue estranho porque nesses dias olho as horas desinteressadamente, domingos são iguais a quintas-feiras. E fico observando as coisas por mais tempo, tento ajudar quem precisa de ajuda, leio, faço inventários mentais. Está tudo bem esquisito, parece que estou num daqueles jogos de tabuleiro e tirei uma carta que diz “volte 20 casas” e as casas à frente estão rasuradas. Sim, tenho umas lives marcadas.
2) O que você vai fazer primeiro quando a quarentena começar a abrir?
Abrir a porta devagar, e olhar com cuidado pro lado de fora pra saber se podemos mesmo sair. Depois, sei lá, ir dançar forró com Dedina, minha mulher, em alguma cidade pequena do nordeste ao som de sanfonas. Não sei. Esse momento de abertura vai levar tempo ainda e acho que primeiramente tenho que chegar lá.
3) Você é mais uma pessoa de ambientes fechados ou abertos?
Dos dois. Mas o que mais incomoda é o estado das coisas. Sempre me senti razoavelmente livre, nunca tive chefes a não ser os compromissos que estabeleço. As limitações são claras e são muitas e aí fico perambulando parado procurando sentidos entre razão e espírito. De todo modo nesses instantes mais aprisionadores sou alertado pela lembrança das obrigações de muitos profissionais que não têm tempo pra reclamações, os da área de saúde, bombeiros, transportadores etc, e aí me dou conta de que não tenho direito a questionamentos vinculados ao humor.
4) Qual é a sua opinião sobre como a pandemia irá afetar a maneira de ver arte e de comprar? Porque na internet você pode comprar e ver mais ver ao vivo é diferente?
Bem, inegavelmente afeta os modos nesse momento. Compras online, visitas online já têm sido feitas e seguem sendo cada vez mais numerosas. Temos agora uma série de feiras de arte que estão sendo organizadas na web e vemos também inúmeras ações de galerias e museus no ambiente eletrônico, e em breve deveremos ter notícias dos resultados. Agora, acho que passado o tempo da pandemia as visitas físicas e compras presenciais voltarão a acontecer, até porque gostamos de nos encontrar, de celebrar.
5) Você acredita em uma recessão artística? Uma crise de talentos?
Crise de talento não, porque artista é artista em qualquer situação, se não for assim, não é artista. Mas como a paisagem vai ficar hostil, naturalmente a gente terá mais dificuldades. Mas as produções podem mudar um pouco em épocas de menos dinheiro circulando.Tenho preocupação com museus e centros de arte, que sempre dependeram de doações pra sua manutenção e agenda expositiva. As economias mundiais acabavam de se levantar dos danos de 2008, e agora vão encarar isso que vem por aí, que representa um desafio muito maior do que em 2008.
6) Quais eram seus planos de expor seus trabalhos em um futuro próximo? Isso mudou?
Sim, cancelei quatro exposições individuais e propus esperar outras datas. A primeira exposição seria no dia 18 de março, na Galeria Marilia Razuk, São Paulo, com o título “Modos de condenar certezas”. Duas outras exposições na Espanha: Palma de Maiorca em maio e Madri em setembro, ambas em minha galeria naquele país: Galeria Xavior Fiol. Por último, no fim do ano, na galeria Matias Brotas, em Vitória. Esta segue marcada mas não estou seguro que deva acontecer neste ano. E também uma coletiva em Portugal, no Centro de Artes de Sines. Por mim, deixo tudo para o segundo semestre de 2021. Também interrompi uma agenda de lançamentos de meu último livro publicado, pela editora Barléu, no fim do ano passado.
7) Você tem filhas. o que tem conversado com elas?
Tenho duas filhas e um filho, todos adultos. A mais nova mora conosco. Eu estava na Espanha com a mais nova em meados de fevereiro, e desde lá já falávamos todos sobre o que estava por vir. No começo, conversávamos sobre as mudanças que viriam, sobre as respostas da natureza, sobre a falência dos modos contemporâneos de vida, especialmente nas cidades. Falávamos da surpresa do evento e da potência dos danos nas pessoas, nas famílias, nas populações. Falávamos das grandes falhas e diferenças que nosso modelo social contém. Com o correr dos dias isso mudou um pouco, passamos a uma mirada mais pragmática, falamos dos cuidados diários com a doença nesse momento e de como podemos ajudar ao redor. Conversamos sobre os futuros possíveis e nesse ponto não acredito em novo normal. A humanidade, como me lembrou um dos filhos, já passou por experiências mais devastadoras e não mudou. Claro que alguns indivíduos farão mudanças, alguns grupos, mas não acredito que a humanidade mude.
Fonte: Ze Ronaldo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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No dia de seu aniversário de 60 anos, José Bechara abre individual no MAM | O Globo
José Bechara completa 60 anos nesta terça-feira, mesmo dia em que abre sua nova individual no Museu de Arte Moderna do Rio, “Fluxo bruto”, com seis obras inéditas e outras quatro de colecionadores. Um dos artistas brasileiros mais atuantes de sua geração, com trabalhos em instituições como o Centre Pompidou, da França; o Museum of Latin American Art (Molaa), nos EUA; a Pinacoteca do Estado de São Paulo e o próprio MAM Rio, Bechara também completa 25 anos de carreira em 2017. As datas poderiam suscitar uma mostra retrospectiva, mas esse é um projeto que está fora dos planos do autor das obras em grande escala que ocupam o Salão Monumental do museu carioca até 5 de novembro.
— Tem tanta coisa que quero realizar, inventar no meu ateliê, que não paro para pensar na obra em perspectiva nem em relação à idade. Comecei a fazer, sim, uma contabilidade, neste momento de vida, sobre as falhas que cometi e que não quero repetir. Quero ser melhor como indivíduo. Estamos vivendo um momento muito complicado no mundo, espero que as pessoas se deem conta de como perdemos tempo, uma matéria finita que nos é dada em pequeníssimas quantidades, com coisas absolutamente superficiais — analisa Bechara. — Sou um artista de ateliê, para mim é o melhor lugar do mundo. Mas o meu é pequeno. Então, quando tenho a oportunidade de ocupar grandes espaços em museus, aproveito para realizar novas experiências, coisas que não poderia fazer no meu ateliê. Mostrar apenas coisas que já fiz é como se perdesse uma dessas oportunidades. Prefiro deixar a retrospectiva para quando eu morrer, se valer a pena alguém faz.
Para a individual, foram selecionados, de sua produção recente, o díptico “Visto de frente é infinito” (2010), pertencente à coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz, e duas pinturas (1995) da coleção Gilberto Chateaubriand, além de uma nova versão da instalação “Miss Lu Super-Super”, que foi ampliada para ocupar o espaço central do Salão Monumental. O resto do ambiente foi ocupado com duas telas inéditas e outras instalações em grande escala, como “Ângelas”, formada por três esferas maciças de mármore (a maior com 1,8 tonelada) e grandes placas de vidro, com todos os elementos suspensos por cabos de aço. Para o artista, as obras traduzem sua relação com o espaço e o tempo.
— Os trabalhos com o vidro, ou mesmo com o metal, que é vazado, criam essa dupla característica, de ocupar um grande espaço ao mesmo tempo que se deixa entrever. Esse tipo de dualidade também é o que me interessa no ser humano, essa criatura que produz poesia, música, arte, coisas elevadas para o espírito, e também é capaz de tanta selvageria. As obras trazem ainda um pouco da fragilidade humana. Apesar de serem enormes, elas estão montadas a partir da gravidade, poderiam vir ao chão — observa Bechara. — Colocar esses elementos dispostos dessa maneira é uma forma de congelar o tempo, essas obras só existirão assim durante o período da exposição. Essa breve interrupção do tempo me alivia um pouco. O tempo é algo aflitivo para mim, mas nunca quis analisar isso, prefiro lidar com essas questões no meu trabalho.
A curadoria de “Fluxo bruto” é assinada por Beate Reifenscheid, curadora e diretora do Ludwig Museum de Koblenz, na Alemanha, onde Bechara expôs em 2015. Beate conheceu o brasileiro em uma viagem ao Rio em 2014, e desde então a dupla nutria o projeto de realizar uma exposição. Após a montagem alemã, foi a vez da individual no Rio, que pode virar um livro com texto dela.
— Durante a exposição no Ludwig, o público admirava muito os trabalhos dele, nas nossas visitas guiadas tínhamos muitas conversas a esse respeito. Após esse projeto, começamos a pensar em novas exposições e, quando Bechara foi convidado para o MAM, me pediu para curar essa exposição — conta Beate. — Muitas das obras se concentram no tempo e no espaço e mesmo na sua transição, ainda que suas estruturas sejam sólidas. O trabalho do Bechara oferece ao público uma inesperada liberdade.
Bechara visitou várias vezes o Ludwig para montar a individual. O artista prefere criar ou finalizar as obras no espaço, como fez em “Fluxo bruto”, no MAM, onde permaneceu por duas semanas para executar os novos trabalhos:
— Tenho a necessidade de frequentar o espaço, nunca consegui montar uma exposição apenas com base nas plantas, as uso apenas para resolver problemas técnicos. Mesmo no Salão Monumental do MAM, que conheço bem, tive de voltar várias vezes para elaborar as obras e sua disposição. Preciso dessa experiência física, de permanecer no espaço. Acabo transferindo meu ateliê para os lugares onde vou expor.
As “próximas paradas” do ateliê de Bechara serão em Buenos Aires, em setembro, durante a Bienalsur; na Bienal de Pequim, em outubro; e em Miami, em dezembro, onde faz uma individual na galeria Diana Lowenstein, durante a versão americana da Art Basel. Enquanto abre a individual no Rio, o artista já elabora as obras das próximas mostras, no “fluxo bruto” que dá título à exposição carioca.
— “Fluxo bruto” aborda essa sequência de trabalhos, cada um abre portas, brechas, caminhos para o próximo. Quando termino de montar uma exposição como essa, os braços param de se mexer, mas a cabeça, não.
Fonte: O Globo. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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José Bechara | Prêmio PIPA
Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro.
Participou da 25ª. Bienal de São Paulo; 29º. Panorama da Arte Brasileira – MAM SP; 5ª. Bienal do MERCOSUL em Porto Alegre – RS, e das mostras “Caminhos do Contemporâneo” e “Os 90” ambas no Paço Imperial – RJ.
Realizou exposições individuais e coletivas em importantes museus e instituições como Culturgest, Lisboa – [Portugal]; MEIAC de Badajós [Espanha]; Instituto Valenciano de Arte Moderno [Valencia, Espanha]; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAM RJ [Rio de Janeiro – RJ, Brasil]; Museu de Arte Contemporânea, MAC [Curitiba – PR, Brasil]; Museu de Arte Moderna da Bahia, MAM BA [Salvador – BA, Brasil]; Museo de Arte Contemporânea de Niterói, MAC [Niterói – RJ, Brasil]; Instituto Tomie Ohtake [São Paulo – SP, Brasil]; Museu Vale do Rio Doce [Vitória – ES, Brasil]; Haus der Kilturen der Welt [Berlim, Alemanha]; Ludwing Forum Fur Intl Kunst [Aachen, Alemanha]; Kunst Museum [Haeiden Hein, Alemanha]; Centro Cultural São Paulo, CCSP [São Paulo – SP, Brasil]; ASU Art Museum [Phoenix – AZ, USA]; Patio Herreriano-Museo de Arte Contemporáneo Español [Valadolid, Espanha] e MARCO Museo de Arte Contemporânea de Vigo [Vigo, Espanha], e ainda nas galerias Marília Razuk [São Paulo – SP, BR] ; Celma Albuquerque [Belo Horizonte – MG, BR]; Lurixs [Rio de Janeiro – RJ, BR]; Bolsa de Arte de Porto Alegre [Porto Alegre – RS, BR], entre outros.
Possui obras integrando coleções públicas e privadas, a exemplo de Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – coleção Gilberto Chateaubriand, Brasil; Pinacoteca do Estado de São Paulo, Brasil; Centre Pompidou, Paris; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma, Espanha; Museu de Arte Contemporânea de Niterói – coleção João Satamine, Brasil; Instituto Itaú Cultural, Brasil; Museu de Arte Moderna da Bahia, Brasil; Museu de arte Contemporânea do Paraná, Brasil; Culturgest-Lisboa, Portugal; FIL/AIP Feira de Lisboa, Portugal; ASU Art Museum, Phoenix, USA; MoLLA, USA; Universidade Cândido Mendes, Brasil.
Fonte: Prêmio PIPA. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
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Conheça a exposição “Os meios dias” de José Bechara | Jornal de Brasília
A Casa Albuquerque apresenta Os meios dias, primeira exposição individual de José Bechara em Brasília. Com o adiamento da mostra na galeria (localizada na Comercial da QI 05 do Lago Sul), inicialmente prevista para maio de 2020, bem como de outros muitos projetos mantidos em suspenso desde março do último ano, Bechara mergulhou em sua prática artística.
O título – Os meios dias – remete tanto à percepção cronológica, alterada pela mudança radical de rotina imposta pela situação que vivemos, quanto ao horário em que o artista passou a se perceber mais produtivo em seu ateliê.
Antes plenos, seus dias pareceram ter sido reduzidos, se muito, à metade.
O sol no meio do céu passou a coincidir com o ápice da potência criativa de Bechara, mas deixou de ser um marcador útil do intervalo de tempo a partir do qual nossas vidas são pautadas: o dia se esvaziou de sentido.
Mesmo aos meios-dias, sombras, impossíveis na prática, se faziam presentes em toda parte.
Enquanto o universo que cabia entre um amanhecer e outro passou a se parecer igual e sem propósito, Bechara seguiu em seu ateliê. O resultado desse exercício de manter-se íntegro, fiel ao que se propõe a apresentar ao mundo, nas mais adversas circunstâncias que já enfrentou, pode ser visto na Casa Albuquerque.
Sobre José Bechara
Com formação pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde trabalha e reside, José Bechara é hoje um dos mais relevantes artistas contemporâneos brasileiros.
Sua pesquisa, empreendida há décadas, envolve elementos pelos quais se tornou notório: as lonas de caminhão que usa como suporte e nas quais intervém com oxidação de emulsões metálicas de ferro e cobre oferecem um resultado visual intrigante, que parece materializar a combinação de alquimia, força e poesia.
Suas obras figuram em importantes coleções particulares e públicas, como a do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand; a da Pinacoteca do Estado de São Paulo; a do Centre Pompidou, na França; a do Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Sattamini; a do Instituto Itaú Cultural; a do Ludwig Museum, na Alemanha; a do Museu da Universidade do Arizona e da Ella Fontanal Cisneros, ambas nos Estados Unidos, entre outras.
A galeria
A Casa Albuquerque Galeria de Arte tem suas origens em Belo Horizonte como uma extensão do trabalho pioneiro da galerista Celma Albuquerque, fundadora da reconhecida galeria de arte que leva seu nome. Atuando há mais de 30 anos no mercado de arte brasileiro e à frente em ambas as galerias, os irmãos e sócios Flavia Albuquerque e Lucio Albuquerque dão prosseguimento ao legado de sua mãe neste novo empreendimento no Distrito Federal.
A galeria vem movimentando o mercado de arte local, com a realização de exposições individuais e coletivas, além de oferecer o que há de melhor na produção da arte contemporânea brasileira, através de seu rico e diversificado acervo.
Fonte: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.
Crédito fotográfico: Jornal de Brasília. Consultado pela última vez em 27 de março de 2025.