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Manfredo de Souzanetto

Manfredo de Souzanetto (Jacinto, MG, 1 de junho de 1947) é um pintor, desenhista e escultor mineiro radicado na cidade do Rio de Janeiro, conhecido por suas pinturas com técnicas mistas, uso de telas com formatos geométricos e pigmentos naturais extraídos do solo mineiro. Iniciando sua obra nas décadas de 70/80, desenvolveu uma linguagem específica e personalizada e é considerado um dos mais promissores de sua geração, tendo amplo transito no Brasil aonde vem construindo expressivo currículo, e na Europa, onde nos últimos anos tem exposto com regularidade.

Biografia - Itaú Cultural

Começou a estudar desenho aos 16 anos. Em 1967, quando completou 20 anos, mudou-se para Belo Horizonte e ingressou na Escola Guignard em 1969. Estudou arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) de 1972 a 1975.

Em 1974, expõe no 5° Salão de Arte Universitária, em Belo Horizonte, e recebe como prêmio uma bolsa para estudar na França. Mora em Paris entre 1975 e 1979, e frequentou a École Nationale Louis Lumière, onde estudou fotografia, e a École Nationale Supérieure des Beaux Arts.

Em Paris, descobre a pintura abstrata americana, o construtivismo russo e tem contato com o trabalho do grupo Support-Superface.

Retorna ao Brasil em 1980 e reside no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde conclui o curso de gravura. Nessa década, começa a trabalhar com telas e madeiras recortadas em formas geométricas, nas quais aplica pigmentos obtidos de amostras de terra coletadas em Minas Gerais.

Em 1985, é contemplado com o prêmio de viagem ao exterior no 8° Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro. Durante seis meses, entre 1999 e 2000, é artista residente na École Nationale Supérieure d'Art Décoratif de Limoges-Aubusson, na França.

Análise

Os trabalhos sobre papel realizados por Manfredo de Souzanetto, entre 1972 e 1976, possuem um caráter predominantemente geométrico. O artista tem como inspiração a paisagem de Minas Gerais e emprega frequentemente a terra mineira como pigmento. Já durante a década de 1980, pinta telas que são fixadas sobre estruturas geométricas, geralmente triangulares: o suporte é fragmentado e reconstruído e o artista explora os jogos entre os vazios e os planos de formas e cor.

Como nota o crítico Agnaldo Farias (1955), suas obras são sempre evocações de paisagens. Emprega cores rebaixadas e pinceladas vibrantes e usa tintas que impregnam o suporte. Grande parte das cores utilizadas é fabricada pelo artista a partir de pigmentos naturais, como vários tipos de terras de Minas Gerais. Nessas obras, como as Forquilhas, revela alguma influência do movimento neoconcreto e aproxima-se da produção de Lygia Clark (1920-1980) e Hélio Oiticica (1937-1980). Sua produção relaciona-se ainda com as premissas do Support-Surface, surgido na França durante a década de 1970.

Como nota o crítico Marcus de Lontra Costa, toda a trajetória de Manfredo de Souzanetto se desenvolve em direção ao objeto tridimensional. Sua produção da década de 1980 apresenta uma grande ambiguidade e situa-se entre a pintura e a escultura. A partir dessa época, também emerge em sua obra uma dimensão orgânica, que passa a ocupar um lugar cada vez mais determinante. Produz objetos de materiais diversos, pinturas-relevo e cria formas arredondadas e angulosas, de grande sensualidade, que remetem a arabescos, elementos vegetais ou formas do corpo humano. Em algumas obras utiliza a cerâmica, que permite associações entre o liso e o poroso, e densidade e leveza.

Críticas

"Se tudo converge agora para a construção, a ausência da terra não passa de enganosa aparência. Pois ela continua ali, mais forte e profunda do que nunca. Está como pigmento, matéria que se mostra nua e crua na vibração de uma pintura que ainda goza sob enquadramento geométrico. E está nos neutros pedaços retilíneos da madeira que a abraça, ordenada e amorosamente. O pigmento é o solo, a madeira é a atmosfera; nova metáfora de Minas. Mas como Minas se implanta e se expande por um vaivém de oposto, mesmo a geometria vitoriosa sofre, no Manfredo dos últimos quatro anos, o assédio de um impulso desordenador. Sob forquilha, a pincelada se mexe, borbulha e germina como algo querendo sair do interior da terra. Exercício de liberdade da pintura, que se move e que fala diante do rigoroso olhar em silêncio da moldura, tática moldura".

Roberto Pontual (Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Prefácio de Gilberto Allard Chateaubriand e Antônio Houaiss. Apresentação de M. F. do Nascimento Brito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1987.)

Exposições individuais

1974 - Belo Horizonte MG - Memória das Coisas que ainda Existem, no Instituto Cultural Brasil/Estados Unidos - ICBEU
1975 - Rio de janeiro RJ - Olhe bem as Montanhas, na Real Galeria de Arte
1976 - França - Individual, no Musée de L'Abbaye Sainte-Croix-Les Sables D´Olonne
1977 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Graffiti
1977 - Paris (França) - Individual, na Galeria Philippe Frégnac
1978 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Cuvée Lachassagne
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Gravura Brasileira
1980 - São Paulo SP - Individual, na Projecta Galeria de Arte
1981 - Curitiba PR - Individual, na Sala Miguel Bakun
1982 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na galeria César Aché
1982 - Rio de Janeiro RJ - Individual, Projeto ABC/Funarte, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - RJ
1983 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - Porto Alegre RS - Individual, na Galeria Tina Presser
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte São Paulo
1986 - Brasília DF - Individual, no Espaço Capital Arte Contemporânea
1988 - Paris (França) - Individual, na L'Aire du Verseau
1989 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte São Paulo
1990 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Anna Maria Niemeyer
1991 - Berlim (Alemanha) - Individual, na Galeria Andreas Coimbra
1994 - Lisboa (Portugal) - Individual, no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian
1994 - Lisboa (Portugal) - Individual, na Galeria Módulo
1995 - São Paulo SP - Individual, na Maria Razuk Galeria de Arte
1995 - Belo Horizonte MG - Individual, na Kolams Distribuidora de Arte
1996 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Joel Edelstein Arte Contemporânea
1996 - Leipzig (Alemanha) - Individual, na Artco Galeria
1997 - Lyon (França) - Individual, na Galeria Mathieu
1998 - Montbéliard (França) - Individual, no Le 19 Centro Regional de Arte Contemporânea
2000 - Limoges (França) - Individual, no Museu Nacional da Porcelana Adrien-Dubouché
2001 - Rio de Janeiro RJ - Diálogo, no centro Cultural Light
2001 - Curitiba PR - Individual, no Museu Alfredo Andersen
2004 - Rio de Janeiro RJ - Os Amigos da Gravura, no Museu da Chacará do Céu
2005 - Belo Horizonte MG - Individual, no Instituto Moreira Salles
2005 - Poços de Caldas MG - Individual, no Instituto Moreira Salles
2006 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Instituto Moreira Salles
2006 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Correios
2006 - São Paulo SP - Individual, no Instituto Moreira Salles
2006 - Brasília DF - Individual, na Caixa Cultural
2006 - Belo Horizonte MG - Individual, no Palácio das Artes

Exposições coletivas

1970 - São Paulo SP - 4ª Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1972 - Santo André SP - 5º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1972 - São Paulo SP - Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência e Brasil Plástica - 72, na Fundação Bienal
1973 - Belo Horizonte MG - 1º Salão Global de Inverno, na Fundação Palácio das Artes
1973 - Curitiba PR - 30º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1973 - São Paulo SP - 12º Bienal Internacional de São Paulo
1974 - Belo Horizonte MG - 5º Salão de Arte de Belo Horizonte - 1º prêmio, Bolsa de Estudos em Paris
1974 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, Fundação Nacional de Artes - FUNARTE - artista premiado
1974 - São Paulo SP - Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal
1974 - São Paulo SP - Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975 - Cagnes sur Mer (França) - 7º Festival Internacional de Pintura
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1976 - Rio de Janeiro RJ - Arte Agora 1, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1976 - São Paulo SP - Panorama da Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP
1977 - Belo Horizonte MG - Mostra, na Galeria do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos
1978 - Iury (França) - Coletiva Overture Brésilienne, na Galeria Fernand Léger
1980 - Belo Horizonte MG - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Fundação Palácio das Artes
1980 - Brasília DF - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Galeria Oswaldo Goeldi
1980 - Curitiba PR - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas
1980 - Porto Alegre RS - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Margs
1980 - Recife PE - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Galeria Massangana
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes
1980 - Salvador BA - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Solar do Unhão
1980 - São Paulo SP - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Masp
1981 - Belo Horizonte MG - 8º Salão Global de Inverno, na Fundação Palácio das Artes
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1981 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Global de Inverno, no MAM/RJ
1981 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais, no Paço das Artes
1981 - São Paulo SP - 8º Salão Global de Inverno, no MAM/SP
1981 - São Paulo SP - Foto/Idéia, no MAC/USP
1982 - Belo Horizonte MG - 14º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, no MAP
1982 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1983 - Rio de Janeiro RJ - À Flor da Pele: pintura e prazer, na Galeria do Centro Empresarial Rio
1983 - São Paulo SP - 17ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e autorretrato da arte brasileira, no MAM/SP
1985 - Belo Horizonte MG - 16º Salão Nacional de Arte, no MAP
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construção: 21 artistas contemporâneos, na Galeria do Centro Empresarial Rio
1985 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - Destaques da Arte Contemporânea Brasileira, no MAM/SP
1986 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura, no Paço Imperial
1986 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas - prêmio viagem ao exterior
1987 - Rio de Janeiro RJ - Território Ocupado, na Escola de Artes Visuais Parque Lage - EAV/Parque Laje
1987 - Ivry-sur-Seine (França) - Ouverture Brésilienne, no Centre d'Art Contemporain. Galerie Fernand Léger
1987 - Paris (França) - Modernidade L'Art Brésilien du XXeme Siéde, no Musée D'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1987 - São Paulo SP - Foto/Idéia, no MAC/USP
1988 - Campinas SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas - MACC
1988 - Ivry (França) - Coletiva Ouverture Brésilienne, na Galerie Fernand Léger
1988 - Rio de Janeiro RJ - Dimensão Planar, no INAP/FUNARTE
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1989 - Rio de Janeiro RJ - Rio Hoje, no MAM/RJ
1989 - São Paulo SP - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, na Galeria de Arte São Paulo
1990 - Grenoble (França) - Façades Imaginaires, no Laboratoire
1990 - São Paulo SP - Armadilhas Indígenas, no Museu de Arte de São Paulo - MASP
1991 - Frankfurt (Alemanha) - Frankfurt Art Fair, na Galeria Ruta Correa
1992 - Belo Horizonte MG - Utopias Contemporânes, no Palácio das Artes
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Brazilian Contemporary Art, no EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Reciclo, na Funarte. Centro de Artes
1993 - Belo Horizonte MG - 4 x Minas, no Palácio das Artes
1993 - Maubeuge (França) - 1º Triennale des Amériques
1993 - Rio de Janeiro RJ - 4 x Minas, no MAM/RJ
1993 - Salvador BA - 4 x Minas, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA
1993 - São Paulo SP - 4 x Minas, no Masp
1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - Salvador BA - 4 x Minas, no MAM/BA
1995 - Caracas (Venezuela) - 2ª Bienal Barro de América, no Museo de Arte Contemporáneo de Caracas Sofía Imber
1996 - Belo Horizonte MG - Impressões Itinerantes, no Palácio das Artes
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC/Niterói
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC/USP: construção, medida e proporção, no Centro Cultural Banco do Brasil
1997 - Belo Horizonte MG - No Limite da Forma, no Palácio das Artes
1997 - Belo Horizonte MG - Formação da Arte Contemporânea em Belo Horizonte, no Museu de Arte da Pampulha
1997 - Curitiba PR - A Arte Contemporânea da Gravura, no Museu Metropolitano de Arte de Curitiba
1997 - Rio de Janeiro RJ - No limite da Forma, no Paço Imperial
1997 - São Paulo SP - Além da Forma/Limite da Forma - Casa das Rosas
1997 - São Paulo SP - Arte Suporte Computador - Casa das Rosas
1998 - Berlin (Alemanha) - No Limite da Forma, na Bahnhof Westend/ICBRA
1998 - Essen-Kettwig (Alemanha) - Vice Versa, na Galeria Lekon
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Paris (França) - F.I.A.C 99, na Marília Razuk Galeria de Arte
2000 - Belo Horizonte MG - Presente de Reis, no Kolams Galeria de Arte
2000 - Berlim (Alemanha) - Brasilien in Barsikow, na Galerie Barsikow
2000 - São Paulo SP - Cerâmica Brasileira: construção de uma linguagem, no Centro Brasileiro Britânico
2001 - Belo Horizonte MG - Do Corpo à Terra: um marco radical na arte brasileira, no Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - 9º Universidarte, na Universidade Estácio de Sá. Galeria Maria Martins
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/FAAP2002 - Belo Horizonte MG - 10 X MINAS, no Museu da Pampulha
2002 - Ipatinga MG - 10 X MINAS, no Instituto Cultural Usiminas
2002 - Niterói RJ - Coleção Sattamini: modernos e contemporâneos, no MAC/Niterói2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói - MAC/Niterói
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Genealogia do Espaço, na Galeria do Parque das Ruínas
2002 - Rio de Janeiro RJ - Panorâmica 2001, no Centro Cultural Candido Mendes
2002 - São Paulo SP - 10 Anos Marília Razuk, na Marília Razuk Galeria de Arte2002 - São Paulo SP - 28 (+) Pintura, no Espaço Virgílio
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2003 - Belo Horizonte MG - Geométricos, na Léo-Bahia Arte Contemporânea
2003 - Rio de Janeiro RJ - Arte em Diálogo, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Vinte e Cinco Anos: Galeria de Arte Cândido Mendes, na Galeria Candido Mendes
2003 - São Paulo SP - Coletiva Marília Razuk Galeria de Arte, na Marília Razuk Galeria de Arte
2003 - São Paulo SP - Meus Amigos, no MAM/SP
2005 - Mantes la Jolie (França) - Amalgames, L'Art Brésilien Contemporain, no Museu de l'Hotel Dieu
2006 - Recife PE - Arte Moderna em Contato: Coleção ABN AMRO Real, no Instituto Cultural Banco Real
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arte Moderna em Contato: Coleção ABN AMRO Real, no MAM/RJ
2006 - São Paulo SP - Arte Moderna em Contato: Coleção ABN AMRO Real, no Banco Real
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981 - 2006, no Instituto Itaú Cultural (São Paulo, SP)
2007 - Belo Horizonte MG - Neovanguarda, no Museu de Arte da Pampulha

Fonte: MANFREDO de Souzanetto. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Acesso em: 05 de novembro de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Manfredo de Souzanetto – Cor Local

A presente mostra de Manfredo de Souzanetto na Galeria Bergamin, São Paulo, reúne uma seleção de quarenta anos da carreira do artista mineiro radicado no Rio. Fotos, pinturas e esculturas participam de uma trajetória iniciada em Belo Horizonte e amadurecida em Paris na década de 1970 que ainda hoje segue seus passos cadenciados e seguros. Nela se percebem dois traços característicos, frequentemente entrelaçados: a reflexão sobre a paisagem e a investigação de possibilidades em aberto para a pintura na contemporaneidade.

Desde o início a paisagem se colocara como um dado decisivo para o artista: a série de “postais” e um adesivo criado por ele chamavam a atenção para o desaparecimento por completo de montanhas por conta da mineração. Não deixava de haver um traço crítico e nostálgico perante essa transformação brutal da natureza, mas junto a ela vinha também a divagação simultânea sobre a estranha situação inerente à imagem fotográfica (ser o registro de uma memória e da perda de algo; aquela paisagem só sobrevive enquanto vestígio na imagem), uma reflexão sobre o trabalho artístico (bem como da atitude do espectador) de que criar um espaço é projetar literalmente a imaginação sobre o vazio. E, no que concerne a um problema “interno” da arte, tratava-se de estabelecer uma relação efetiva (e afetiva) com um determinado espaço cuja poesia não dependesse do recurso a mera representação lírica – isto é, a interpretação inspirada de uma cena, como, a título de comparação, fora a base de trabalho do romantismo um século e meio antes – e sim de uma encarnação física, uma (literalmente) corporificação de um motivo permeado de interesses tão distintos quanto uma luz especial ou um sentimento memorialista-nostálgico. Afinal, a arte moderna ensinou-nos que tudo isso era cabível na paisagem. O que ocupou as gerações posteriores era saber como reinventar essa relação. No caso de Manfredo, o que principia com os postais, cujas fotos são “retocadas” com a linha daquele espaço tornado invisível com sua desaparição, é de, partindo de um objeto essencialmente criado como souvenir, colocar-nos à prova de lembrarmos algo que talvez não tenhamos conhecido ou percebido, mas de cuja existência, não obstante, jamais duvidamos. A pressuposta impessoalidade de um objeto como o cartão-postal apenas reforça o descompasso visual de querer ver algo não mais disponível e malgrado seu fim, continuar crendo em sua existência. Mas, no fundo, não teria sido sobre isso que a paisagem sempre falou, desde quando promovida de um gênero secundário para a linha de frente da pintura moderna? Ao fim – e notaremos isso nas pinturas posteriores de Manfredo, o que se coloca é um convite ao espectador para reposicionar e alargar seu olhar. Isso mostra-se claramente quando nessas pinturas, o espectador não vê, mas entrevê e quase toca uma paisagem ali depositada.

Para Manfredo, a pintura (linguagem a que o artista também se dedica há décadas) se concentra na disponibilidade de exploração intercambiável e ilimitada de seus termos, mesmo que admitida uma quantidade limitada de variáveis. Das três gerações de artistas com as quais ele convive (daquela dos anos 1970 até as mais jovens, passando pelos anos 1980), talvez seja um daqueles que mais valorizou uma artesania em seus trabalhos. A plasticidade ganha um sentido alargado quando consideramos que a gestação da forma começa no esboço dos chassis. A pintura vai além da divagação a respeito de como ela corre ou se deposita sobre a superfície (ainda que isto seja algo que lhe interessa, ao nos determos na consistência argilosa de alguns planos), mas da superfície propriamente dita como problema de base e de conclusão da pintura, dado ela constituir as coordenadas a partir das quais, não importa qual noção de composição, dever-se-á por conta dela – e não de convenções assentadas passivamente – encontrar suas soluções. Isto porque mesmo quando o suporte é o retângulo mais comum, ativa-se sua opacidade inescapável enquanto geratriz do espaço. Se a sua silhueta admite qualquer desvio de seu formato usual, intensifica-se a constatação de que a pintura começa a partir deste dado material, ao qual conjugam-se outros, como a espessura sensual e corpórea do pigmento.

A artesania, portanto, não se manifesta na busca de um gestual marcado e único, mas nessa relação “orgânica” entre os materiais, deles obtendo resultados particulares, graças também a sua potencialização (isto é, eles não são nem dóceis nem inertes, podendo assumir diferentes aspectos). Seja ao decantar seus próprios pigmentos na produção das tintas (pigmentos estes, importante lembrar, extraídos das terras mineiras) ou ao desenhar os chassis das telas, Manfredo alarga e repensa o processo da pintura para além do preenchimento da superfície com pinceladas, entendendo-a como algo cuja espacialidade – tanto virtual da forma pintada quanto literal do objeto (o suporte) – começa a ser gestada na confecção mesma dos materiais. Isto fica claro nas obras surgidas a partir dos anos 1980, em que, por conta dessas diversas silhuetas dos chassis, a pintura ganha uma progressiva volumetria escultórica, na qual a composição do espaço interno da tela e seu formato tendem a coincidir, fazendo com que uma não seja apenas o “preenchimento” da outra. Complementa-lhe um sentido quase “arquitetural” da cor, que em sua delimitada gama, explicita a extensão do suporte, proporcionando-lhe um peculiar ajuste junto a parede, pois se a pintura tende com sua distensão homogênea a ajustar seu plano à continuidade da parede, ao mesmo tempo salta para além dela, dadas as reentrâncias e silhueta prismática da tela. Atentando para este fator mais cuidadosamente, vemos que ele parte de um prolongado debate da cultura moderna acerca da monumentalidade, por conta do dilema ocorrido entre o desejo de uma pintura com escalas ambiciosas e a preservação da regularidade, continuidade e ajuste da volumetria homogênea da parede e do prisma arquitetônico. Os planos largos de Manfredo apontam, por um lado, para este ajuste ponderado entre a pintura, sua superfície e a continuidade justa do lugar onde se escora (ou seja, a preservação do ritmo e simplicidade da parede); porém explora a dualidade dessa pintura não sublimar, mas, ao contrário, enfatizar sua histórica (e tensa) atitude de ecoar e duplicar o paralelismo dos planos pictóricos e o da parede. Quando, porém, o plano pictórico é vazado ou eviscerado por uma aresta protuberante ou um corte revelador do anverso da tela, a pintura é solicitada a reconhecer os complexos pactos entre ela e o muro, quebrando qualquer pretensão de naturalidade supostamente atribuída à parede. Nisto, pois, se revela a faceta escultórica desses quadros.

Na esteira destes pequenos achados aparecem os elos entre aqueles dois traços marcantes de sua produção acima indicados. Já em suas primeiras investidas na pintura, Manfredo recorria àquele caráter inerente à dinâmica da imagem. Conforme afirmado aqui, o fator emblemático da imagem é ela ser um resíduo de algo não mais visível. Do mesmo modo, nesses trabalhos iniciais o artista construía uma “pintura incidental”; as sutis e indeléveis camadas de cor diante de nós são, na verdade, a tinta vazada do verso da tela, ou seja, a pintura resulta de sua saturação. Por outro lado, a cor compacta dos trabalhos seguintes – a persistir ainda hoje – retoma a ligação com a paisagem. O pigmento decantado guarda consigo uma condição instigante: se ele fala de uma coisa que talvez não exista mais (uma montanha, para usar um exemplo forçado, mas não casual), é porque esta mesma coisa se metamorfoseou pelo corpo-cinzas do pigmento em uma outra entidade, isto é, o corpo do pigmento não deixa de ser uma cinza da paisagem também. É e não é a carne de uma paisagem perdida. A paisagem está (se não é) no pigmento, na cor. Há, por exemplo, a famosa história de Chopin que levou consigo uma caixinha de prata com terra da Polônia. Era bom ter sempre por perto algo especial, literalmente um pedaço de memória. Manfredo, nesse aspecto, não age diferente: a paisagem não precisa ser figurada porque ela – e todos os sentimentos que a envolvem – estão ali germinados no pigmento. Trata-se, porém, de mais do que uma pintura de paisagem; é uma pintura com a paisagem, uma pintura da paisagem, visto que ela é feita mais do que a partir da terra, do sentimento da terra.

Fonte: Bergamim e Gomide, publicado por Guilherme Bueno. Consultado pela última vez em 19 de novembro de 2021.

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Biografia - Site oficial

Estudou na Escola Guignard e na Escola de Arquitetura da UFMG em Belo Horizonte; Escola Nacional de Fotografia Louis Lumière e Escola Nacional de Belas Artes em Paris e graduou-se pela Escola de Belas Artes da UFRJ.

Manfredo de Souzanetto é certamente um dos mais pertinentes e criativos artistas brasileiros contemporâneos. Iniciando sua obra nas décadas de 70/80, desenvolveu uma linguagem específica e personalizada e é considerado um dos mais promissores de sua geração, tendo um amplo transito no Brasil aonde vem construindo expressivo currículo, e na Europa, onde nos últimos anos tem exposto com regularidade.

Sua obra se desenvolve como um jogo de virtualidade e concretude, onde muitas vezes a moldura ultrapassa o limite da pintura e o suporte se fragmenta, refletindo a busca de novas possibilidades. Usando pigmentos de terra, óxidos de ferro, resina acrílica, juta e madeira, constrói composições abstratas e geométricas de grande impacto visual; são obras em que a pintura é um dos elementos constituintes e que procuram atuar no espaço real, sem o filtro da representação, buscando a tridimensionalidade.

No final dos anos 90 o significado de sua obra é ampliado pela utilização de materiais não pictóricos cujo objetivo é falar de cor, matéria e textura, vocabulário por excelência do fazer pictural, retirando da pintura seu caráter de superfície colorida. É também um trabalho que situa numa região fronteiriça entre a pintura e a escultura, o plano e o tridimensional, utilizando materiais como madeira, porcelana, vidro, couro, barbante, plástico, metais e pigmentos que vão produzir a cor e a matéria em seu trabalho.

Há na sua obra um constante vai e vem entre a sensualidade da curva e a aresta viva do ângulo agudo, a vibração da cor e a tatilidade da matéria, onde passamos do surdo ao vivaz, do orgânico ao geométrico, em que as formas trabalhadas em volume como um corpo orgânico abstrato vão criando descontinuidades e variações, permitindo imaginar configurações a partir de uma estrutura fragmentada que invade o espaço, dinamizando-o.

Apoiadas em uma relação dialética entre forma e cor, suas obras jogam tanto com a tessitura do material quanto sua energia, sua sensualidade e seu dinamismo. Elas evocam o orgânico e o mineral declinando uma constelação de formas heterogêneas que através de metamorfose e hibridação fazem surgir figuras fugazes de um corpo ou objeto abstrato.

O que faz o interesse das obras de Manfredo de Souzanetto é esta mistura de tradição e invenção que elas trazem em si, a arte de deixar o terreno conhecido pelo da mistura de gêneros. Elas têm o dom de tornar o improvável concebível e de serem ao mesmo tempo simples e complexas, evidentes e enigmáticas.

Em 2006 foi publicado pela Editora Contra Capa o livro Paisagem da Obra sobre seu trabalho e um livro com entrevista a Marília Andrés pela editora C/Arte na coleção Circuito Atelier. Em 2009 foi publicado o livro “Do que ainda” com o poeta Julio Castañon Guimarães pela Editora Contra Capa.

Cronologia exposição e prêmios

18/11/1970 - 4ª Jovem Arte Contemporânea

02/10/1971 - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas

12/12/1971 - 3º Salão Fonte: MANFREDO de Souzanetto.

04/1972 - 5º Salão de Arte Contemporânea de Santo André

25/08/1972 - Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência e Brasil Plástica - 72

06/11/1973 - 30º Salão Paranaense

12/12/1973 - 5º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

1973 - 1º Salão Global de Inverno

17/10/1974 - 6º Panorama de Arte Atual Brasileira

11/1974 - Bienal Nacional 74

11/12/1974 - 6º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

1974 - Memória das Coisas que ainda Existem (1974 : Belo Horizonte, MG)

17/10/1975 - 13ª Bienal Internacional de São Paulo

11/03/1976 - Arte Agora I

15/01/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

04/02/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

10/03/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

17/04/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

07/05/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

08/06/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

06/07/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

03/11/1980 - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

19/11/1980 - 37º Salão Paranaense

12/12/1980 - 12º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

06/07/1981 - Mostra Internacional de Arte Postal

09/07/1981 - 8º Salão Global de Inverno

01/09/1981 - 5º Salão Carioca de Arte

17/09/1981 - 8º Salão Global de Inverno

08/10/1981 - 8º Salão Global de Inverno

04/11/1981 - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas

1981 - 2º Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais

De 1951 a 1968, o evento é denominado Salão Paulista de Arte Moderna. A partir de 1969, passa a chamar-se Salão Paulista de Arte Contemporânea. Em 1980, Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais. Em 1982 volta a chamar-se Salão Paulista de Arte …

30/11/1981 - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas

10/12/1982 - 14º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

02/05/1983 - À Flor da Pele: pintura e prazer

04/05/1983 - Seis Artistas e o Pequeno Formato

14.10/1983 - 17ª Bienal Internacional de São Paulo

10/11/1983 - Manfredo de Souzanetto: pinturas

05.1984 - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira

07/12/1984 - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas

1984 - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas

1984 - Manfredo de Souzanetto (1984 : Porto Alegre, RS)

03/10/1985 - Destaques da Arte Contemporânea Brasileira

09/12/1985 - Arte Construção: 21 artistas contemporâneos

13/12/1985 - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas

1985 - 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea

25/09/1986 - 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura

13.12.1986 - Território Ocupado

03/1987 - Foto/Ideia

05.10.1987 - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand

12/10/1987 - Modernidade: arte brasileira do século XX

16.12.1987 - Ouverture Brésilienne

06/04/1988 - Modernidade: arte brasileira do século XX

23/04/1988 - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas

01/08/1988 - 12º Salão Carioca de Arte

09.1988 - Sete Artistas Brasileiros

19/08/1989 - Acervo Galeria São Paulo

14/10/1989 - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira

25/10/1989 - Rio Hoje

28/05/1992 - Reciclo

05/06/1992 - Eco Art

08/10/1992 - Galeria de Arte UFF - 10 anos: exposição comemorativa

26.11.1992 - Brazilian Contemporary Art

26.11.1992 - Brazilian Contemporary Art

10/12/1992 - A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini

28/06/1993 - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand

18/08/1993 - 4 x Minas

1993 - Triennale des Amériques (1. : 1993 : Maubeuge, França)

1993 - 4 x Minas

1993 - 4 x Minas

1993 - 4 x Minas

1993 - Brazilian Contemporary Art

29/03/1994 - Impressões

17/04/1994 - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand

24.04.1994 - Bienal Brasil Século XX

11.1995 - 2ª Bienal Barro de América

1995 - 2ª Bienal Barro de América

01/08/1996 - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção

02/09/1996 - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini

04/09/1996 - Impressões Itinerantes

30/10/1996 - Mostra do Acervo

19/08/1997 - Caetano de Almeida, Manfredo de Souzanetto, Thomas Emde e Thomas Schönauer

21/08/1997 - No Limite da Forma

18/11/1997 - A Arte Contemporânea da Gravura

04/05/1998 - A Diversidade do Risco

06/10/1998 - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ

26/03/2000 - Brasilien in Barsikow

05/09/2000 - Cerâmica Brasileira: construção de uma linguagem

02/12/2000 - Presente de Reis

20/10/2001 - Museu de Arte Brasileira: 40 anos

26/10/2001 - Do Corpo à Terra: um marco radical na arte brasileira

19/12/2001 - 9º Universidarte

07/01/2002 - Panorâmica 2001

11/05/2002 - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini

04/07/2002 - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo

10/07/2002 - Caminhos do Contemporâneo: 1952/2002

03/08/2002 - Coleção Sattamini: modernos e contemporâneos

21/08/2002 - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói

07/11/2002 - 28 (+) Pintura

27/11/2002 - Marília Razuk 10 Anos

2002 - Genealogia do Espaço

12/05/2003 - 10 x Minas

22/05/2003 - Meus Amigos

17/07/2003 - 10 x minas

02/09/2003 - Vinte e Cinco Anos Centro Cultural Candido Mendes Galeria de Ipanema

08/10/2003 - Projeto Brazilianart

08/10/2003 - Geométricos

09/10/2003 - Celso Renato, Claudia Renault, Manfredo Souzanetto, Marcos Coelho Benjamim, Marco Tulio, Roberto Vieira

10/10/2003 - Arte em Diálogo

09/07/2005 - Individual de Manfredo de Souzanetto

21/02/2006 - Manfredo de Souzanetto: esculturas

27/04/2006 - Paisagem da Obra

04/07/2006 - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real

14/07/2006 - Manfredo de Souzanetto: esculturas

08/2006 - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real

10/2006 - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real

21/03/2007 - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981-2006

23/12/2007 - Neovanguardas

27/03/2010 - 1ª Novas aquisições 2007 - 2010

16/04/2010 - Paisagem Incompleta: projeto de uma nova paisagem

31/05/2010 - 2xMinasx2

29/09/2010 - Litoral - Entre Pintura e Escultura

19/05/2011 - País Paisagem

18/01/2012 - E os Amigos Sinceros Também

29/05/2014 - A Arte que Permanece: Coleção Chagas Freitas (2014 : Rio de Janeiro, RJ)

09/06/2015 - Paisagem Ainda Que

22/06/2016 - Arte e Política no Acervo do MAP

21/11/2017 - Pintura do "tipo" Brasileira

10/11/2018 - Horizontes - As Paisagens nos Coleções MAM Rio

Fonte: Site do Artista, consultado pela última vez em 19 de novembro de 2021.

Crédito fotográfico: Instagram Manfredo, publicado em 12 de junho de 2017

Manfredo de Souzanetto (Jacinto, MG, 1 de junho de 1947) é um pintor, desenhista e escultor mineiro radicado na cidade do Rio de Janeiro, conhecido por suas pinturas com técnicas mistas, uso de telas com formatos geométricos e pigmentos naturais extraídos do solo mineiro. Iniciando sua obra nas décadas de 70/80, desenvolveu uma linguagem específica e personalizada e é considerado um dos mais promissores de sua geração, tendo amplo transito no Brasil aonde vem construindo expressivo currículo, e na Europa, onde nos últimos anos tem exposto com regularidade.

Manfredo de Souzanetto

Manfredo de Souzanetto (Jacinto, MG, 1 de junho de 1947) é um pintor, desenhista e escultor mineiro radicado na cidade do Rio de Janeiro, conhecido por suas pinturas com técnicas mistas, uso de telas com formatos geométricos e pigmentos naturais extraídos do solo mineiro. Iniciando sua obra nas décadas de 70/80, desenvolveu uma linguagem específica e personalizada e é considerado um dos mais promissores de sua geração, tendo amplo transito no Brasil aonde vem construindo expressivo currículo, e na Europa, onde nos últimos anos tem exposto com regularidade.

Videos

Manfredo de Souzanetto | 2018

Entrevista RFI | 2019

A paisagem como construção da obra | 2018

Circuito Atelier Nº 34 | 2012

Biografia - Itaú Cultural

Começou a estudar desenho aos 16 anos. Em 1967, quando completou 20 anos, mudou-se para Belo Horizonte e ingressou na Escola Guignard em 1969. Estudou arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) de 1972 a 1975.

Em 1974, expõe no 5° Salão de Arte Universitária, em Belo Horizonte, e recebe como prêmio uma bolsa para estudar na França. Mora em Paris entre 1975 e 1979, e frequentou a École Nationale Louis Lumière, onde estudou fotografia, e a École Nationale Supérieure des Beaux Arts.

Em Paris, descobre a pintura abstrata americana, o construtivismo russo e tem contato com o trabalho do grupo Support-Superface.

Retorna ao Brasil em 1980 e reside no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ingressa na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde conclui o curso de gravura. Nessa década, começa a trabalhar com telas e madeiras recortadas em formas geométricas, nas quais aplica pigmentos obtidos de amostras de terra coletadas em Minas Gerais.

Em 1985, é contemplado com o prêmio de viagem ao exterior no 8° Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Fundação Nacional de Arte (Funarte), no Rio de Janeiro. Durante seis meses, entre 1999 e 2000, é artista residente na École Nationale Supérieure d'Art Décoratif de Limoges-Aubusson, na França.

Análise

Os trabalhos sobre papel realizados por Manfredo de Souzanetto, entre 1972 e 1976, possuem um caráter predominantemente geométrico. O artista tem como inspiração a paisagem de Minas Gerais e emprega frequentemente a terra mineira como pigmento. Já durante a década de 1980, pinta telas que são fixadas sobre estruturas geométricas, geralmente triangulares: o suporte é fragmentado e reconstruído e o artista explora os jogos entre os vazios e os planos de formas e cor.

Como nota o crítico Agnaldo Farias (1955), suas obras são sempre evocações de paisagens. Emprega cores rebaixadas e pinceladas vibrantes e usa tintas que impregnam o suporte. Grande parte das cores utilizadas é fabricada pelo artista a partir de pigmentos naturais, como vários tipos de terras de Minas Gerais. Nessas obras, como as Forquilhas, revela alguma influência do movimento neoconcreto e aproxima-se da produção de Lygia Clark (1920-1980) e Hélio Oiticica (1937-1980). Sua produção relaciona-se ainda com as premissas do Support-Surface, surgido na França durante a década de 1970.

Como nota o crítico Marcus de Lontra Costa, toda a trajetória de Manfredo de Souzanetto se desenvolve em direção ao objeto tridimensional. Sua produção da década de 1980 apresenta uma grande ambiguidade e situa-se entre a pintura e a escultura. A partir dessa época, também emerge em sua obra uma dimensão orgânica, que passa a ocupar um lugar cada vez mais determinante. Produz objetos de materiais diversos, pinturas-relevo e cria formas arredondadas e angulosas, de grande sensualidade, que remetem a arabescos, elementos vegetais ou formas do corpo humano. Em algumas obras utiliza a cerâmica, que permite associações entre o liso e o poroso, e densidade e leveza.

Críticas

"Se tudo converge agora para a construção, a ausência da terra não passa de enganosa aparência. Pois ela continua ali, mais forte e profunda do que nunca. Está como pigmento, matéria que se mostra nua e crua na vibração de uma pintura que ainda goza sob enquadramento geométrico. E está nos neutros pedaços retilíneos da madeira que a abraça, ordenada e amorosamente. O pigmento é o solo, a madeira é a atmosfera; nova metáfora de Minas. Mas como Minas se implanta e se expande por um vaivém de oposto, mesmo a geometria vitoriosa sofre, no Manfredo dos últimos quatro anos, o assédio de um impulso desordenador. Sob forquilha, a pincelada se mexe, borbulha e germina como algo querendo sair do interior da terra. Exercício de liberdade da pintura, que se move e que fala diante do rigoroso olhar em silêncio da moldura, tática moldura".

Roberto Pontual (Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Prefácio de Gilberto Allard Chateaubriand e Antônio Houaiss. Apresentação de M. F. do Nascimento Brito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, 1987.)

Exposições individuais

1974 - Belo Horizonte MG - Memória das Coisas que ainda Existem, no Instituto Cultural Brasil/Estados Unidos - ICBEU
1975 - Rio de janeiro RJ - Olhe bem as Montanhas, na Real Galeria de Arte
1976 - França - Individual, no Musée de L'Abbaye Sainte-Croix-Les Sables D´Olonne
1977 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Graffiti
1977 - Paris (França) - Individual, na Galeria Philippe Frégnac
1978 - Paris (França) - Individual, na Galeria La Cuvée Lachassagne
1980 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Gravura Brasileira
1980 - São Paulo SP - Individual, na Projecta Galeria de Arte
1981 - Curitiba PR - Individual, na Sala Miguel Bakun
1982 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na galeria César Aché
1982 - Rio de Janeiro RJ - Individual, Projeto ABC/Funarte, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - RJ
1983 - São Paulo SP - Individual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - Porto Alegre RS - Individual, na Galeria Tina Presser
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte São Paulo
1986 - Brasília DF - Individual, no Espaço Capital Arte Contemporânea
1988 - Paris (França) - Individual, na L'Aire du Verseau
1989 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte São Paulo
1990 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Anna Maria Niemeyer
1991 - Berlim (Alemanha) - Individual, na Galeria Andreas Coimbra
1994 - Lisboa (Portugal) - Individual, no Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian
1994 - Lisboa (Portugal) - Individual, na Galeria Módulo
1995 - São Paulo SP - Individual, na Maria Razuk Galeria de Arte
1995 - Belo Horizonte MG - Individual, na Kolams Distribuidora de Arte
1996 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Joel Edelstein Arte Contemporânea
1996 - Leipzig (Alemanha) - Individual, na Artco Galeria
1997 - Lyon (França) - Individual, na Galeria Mathieu
1998 - Montbéliard (França) - Individual, no Le 19 Centro Regional de Arte Contemporânea
2000 - Limoges (França) - Individual, no Museu Nacional da Porcelana Adrien-Dubouché
2001 - Rio de Janeiro RJ - Diálogo, no centro Cultural Light
2001 - Curitiba PR - Individual, no Museu Alfredo Andersen
2004 - Rio de Janeiro RJ - Os Amigos da Gravura, no Museu da Chacará do Céu
2005 - Belo Horizonte MG - Individual, no Instituto Moreira Salles
2005 - Poços de Caldas MG - Individual, no Instituto Moreira Salles
2006 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Instituto Moreira Salles
2006 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Centro Cultural Correios
2006 - São Paulo SP - Individual, no Instituto Moreira Salles
2006 - Brasília DF - Individual, na Caixa Cultural
2006 - Belo Horizonte MG - Individual, no Palácio das Artes

Exposições coletivas

1970 - São Paulo SP - 4ª Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP
1971 - Campinas SP - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas
1972 - Santo André SP - 5º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1972 - São Paulo SP - Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência e Brasil Plástica - 72, na Fundação Bienal
1973 - Belo Horizonte MG - 1º Salão Global de Inverno, na Fundação Palácio das Artes
1973 - Curitiba PR - 30º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1973 - São Paulo SP - 12º Bienal Internacional de São Paulo
1974 - Belo Horizonte MG - 5º Salão de Arte de Belo Horizonte - 1º prêmio, Bolsa de Estudos em Paris
1974 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, Fundação Nacional de Artes - FUNARTE - artista premiado
1974 - São Paulo SP - Bienal Nacional 74, na Fundação Bienal
1974 - São Paulo SP - Panorama da Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1975 - Cagnes sur Mer (França) - 7º Festival Internacional de Pintura
1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1976 - Rio de Janeiro RJ - Arte Agora 1, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1976 - São Paulo SP - Panorama da Arte Atual Brasileira, no Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP
1977 - Belo Horizonte MG - Mostra, na Galeria do Instituto Cultural Brasil-Estados Unidos
1978 - Iury (França) - Coletiva Overture Brésilienne, na Galeria Fernand Léger
1980 - Belo Horizonte MG - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Fundação Palácio das Artes
1980 - Brasília DF - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Galeria Oswaldo Goeldi
1980 - Curitiba PR - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas
1980 - Porto Alegre RS - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Margs
1980 - Recife PE - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, na Galeria Massangana
1980 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu Nacional de Belas Artes
1980 - Salvador BA - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Solar do Unhão
1980 - São Paulo SP - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Masp
1981 - Belo Horizonte MG - 8º Salão Global de Inverno, na Fundação Palácio das Artes
1981 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1981 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Carioca de Arte, na Estação Carioca do Metrô
1981 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Global de Inverno, no MAM/RJ
1981 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais, no Paço das Artes
1981 - São Paulo SP - 8º Salão Global de Inverno, no MAM/SP
1981 - São Paulo SP - Foto/Idéia, no MAC/USP
1982 - Belo Horizonte MG - 14º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte, no MAP
1982 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1983 - Rio de Janeiro RJ - À Flor da Pele: pintura e prazer, na Galeria do Centro Empresarial Rio
1983 - São Paulo SP - 17ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas
1984 - Rio de Janeiro RJ - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e autorretrato da arte brasileira, no MAM/SP
1985 - Belo Horizonte MG - 16º Salão Nacional de Arte, no MAP
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construção: 21 artistas contemporâneos, na Galeria do Centro Empresarial Rio
1985 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea, na Fundação Bienal
1985 - São Paulo SP - Destaques da Arte Contemporânea Brasileira, no MAM/SP
1986 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura, no Paço Imperial
1986 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas - prêmio viagem ao exterior
1987 - Rio de Janeiro RJ - Território Ocupado, na Escola de Artes Visuais Parque Lage - EAV/Parque Laje
1987 - Ivry-sur-Seine (França) - Ouverture Brésilienne, no Centre d'Art Contemporain. Galerie Fernand Léger
1987 - Paris (França) - Modernidade L'Art Brésilien du XXeme Siéde, no Musée D'Art Moderne de la Ville de Paris
1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ
1987 - São Paulo SP - Foto/Idéia, no MAC/USP
1988 - Campinas SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas, no Museu de Arte Contemporânea de Campinas - MACC
1988 - Ivry (França) - Coletiva Ouverture Brésilienne, na Galerie Fernand Léger
1988 - Rio de Janeiro RJ - Dimensão Planar, no INAP/FUNARTE
1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP
1989 - Rio de Janeiro RJ - Rio Hoje, no MAM/RJ
1989 - São Paulo SP - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, na Galeria de Arte São Paulo
1990 - Grenoble (França) - Façades Imaginaires, no Laboratoire
1990 - São Paulo SP - Armadilhas Indígenas, no Museu de Arte de São Paulo - MASP
1991 - Frankfurt (Alemanha) - Frankfurt Art Fair, na Galeria Ruta Correa
1992 - Belo Horizonte MG - Utopias Contemporânes, no Palácio das Artes
1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial
1992 - Rio de Janeiro RJ - Brazilian Contemporary Art, no EAV/Parque Lage
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1992 - Rio de Janeiro RJ - Reciclo, na Funarte. Centro de Artes
1993 - Belo Horizonte MG - 4 x Minas, no Palácio das Artes
1993 - Maubeuge (França) - 1º Triennale des Amériques
1993 - Rio de Janeiro RJ - 4 x Minas, no MAM/RJ
1993 - Salvador BA - 4 x Minas, no Museu de Arte Moderna da Bahia - MAM/BA
1993 - São Paulo SP - 4 x Minas, no Masp
1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi
1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - Salvador BA - 4 x Minas, no MAM/BA
1995 - Caracas (Venezuela) - 2ª Bienal Barro de América, no Museo de Arte Contemporáneo de Caracas Sofía Imber
1996 - Belo Horizonte MG - Impressões Itinerantes, no Palácio das Artes
1996 - Niterói RJ - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini, no MAC/Niterói
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC/USP: construção, medida e proporção, no Centro Cultural Banco do Brasil
1997 - Belo Horizonte MG - No Limite da Forma, no Palácio das Artes
1997 - Belo Horizonte MG - Formação da Arte Contemporânea em Belo Horizonte, no Museu de Arte da Pampulha
1997 - Curitiba PR - A Arte Contemporânea da Gravura, no Museu Metropolitano de Arte de Curitiba
1997 - Rio de Janeiro RJ - No limite da Forma, no Paço Imperial
1997 - São Paulo SP - Além da Forma/Limite da Forma - Casa das Rosas
1997 - São Paulo SP - Arte Suporte Computador - Casa das Rosas
1998 - Berlin (Alemanha) - No Limite da Forma, na Bahnhof Westend/ICBRA
1998 - Essen-Kettwig (Alemanha) - Vice Versa, na Galeria Lekon
1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp
1999 - Paris (França) - F.I.A.C 99, na Marília Razuk Galeria de Arte
2000 - Belo Horizonte MG - Presente de Reis, no Kolams Galeria de Arte
2000 - Berlim (Alemanha) - Brasilien in Barsikow, na Galerie Barsikow
2000 - São Paulo SP - Cerâmica Brasileira: construção de uma linguagem, no Centro Brasileiro Britânico
2001 - Belo Horizonte MG - Do Corpo à Terra: um marco radical na arte brasileira, no Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - 9º Universidarte, na Universidade Estácio de Sá. Galeria Maria Martins
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/FAAP2002 - Belo Horizonte MG - 10 X MINAS, no Museu da Pampulha
2002 - Ipatinga MG - 10 X MINAS, no Instituto Cultural Usiminas
2002 - Niterói RJ - Coleção Sattamini: modernos e contemporâneos, no MAC/Niterói2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no Museu de Arte Contemporânea de Niterói - MAC/Niterói
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Genealogia do Espaço, na Galeria do Parque das Ruínas
2002 - Rio de Janeiro RJ - Panorâmica 2001, no Centro Cultural Candido Mendes
2002 - São Paulo SP - 10 Anos Marília Razuk, na Marília Razuk Galeria de Arte2002 - São Paulo SP - 28 (+) Pintura, no Espaço Virgílio
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2003 - Belo Horizonte MG - Geométricos, na Léo-Bahia Arte Contemporânea
2003 - Rio de Janeiro RJ - Arte em Diálogo, no MAM/RJ
2003 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Brazilianart, na Almacén Galeria de Arte
2003 - Rio de Janeiro RJ - Vinte e Cinco Anos: Galeria de Arte Cândido Mendes, na Galeria Candido Mendes
2003 - São Paulo SP - Coletiva Marília Razuk Galeria de Arte, na Marília Razuk Galeria de Arte
2003 - São Paulo SP - Meus Amigos, no MAM/SP
2005 - Mantes la Jolie (França) - Amalgames, L'Art Brésilien Contemporain, no Museu de l'Hotel Dieu
2006 - Recife PE - Arte Moderna em Contato: Coleção ABN AMRO Real, no Instituto Cultural Banco Real
2006 - Rio de Janeiro RJ - Arte Moderna em Contato: Coleção ABN AMRO Real, no MAM/RJ
2006 - São Paulo SP - Arte Moderna em Contato: Coleção ABN AMRO Real, no Banco Real
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: Arte no Brasil 1981 - 2006, no Instituto Itaú Cultural (São Paulo, SP)
2007 - Belo Horizonte MG - Neovanguarda, no Museu de Arte da Pampulha

Fonte: MANFREDO de Souzanetto. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Acesso em: 05 de novembro de 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Manfredo de Souzanetto – Cor Local

A presente mostra de Manfredo de Souzanetto na Galeria Bergamin, São Paulo, reúne uma seleção de quarenta anos da carreira do artista mineiro radicado no Rio. Fotos, pinturas e esculturas participam de uma trajetória iniciada em Belo Horizonte e amadurecida em Paris na década de 1970 que ainda hoje segue seus passos cadenciados e seguros. Nela se percebem dois traços característicos, frequentemente entrelaçados: a reflexão sobre a paisagem e a investigação de possibilidades em aberto para a pintura na contemporaneidade.

Desde o início a paisagem se colocara como um dado decisivo para o artista: a série de “postais” e um adesivo criado por ele chamavam a atenção para o desaparecimento por completo de montanhas por conta da mineração. Não deixava de haver um traço crítico e nostálgico perante essa transformação brutal da natureza, mas junto a ela vinha também a divagação simultânea sobre a estranha situação inerente à imagem fotográfica (ser o registro de uma memória e da perda de algo; aquela paisagem só sobrevive enquanto vestígio na imagem), uma reflexão sobre o trabalho artístico (bem como da atitude do espectador) de que criar um espaço é projetar literalmente a imaginação sobre o vazio. E, no que concerne a um problema “interno” da arte, tratava-se de estabelecer uma relação efetiva (e afetiva) com um determinado espaço cuja poesia não dependesse do recurso a mera representação lírica – isto é, a interpretação inspirada de uma cena, como, a título de comparação, fora a base de trabalho do romantismo um século e meio antes – e sim de uma encarnação física, uma (literalmente) corporificação de um motivo permeado de interesses tão distintos quanto uma luz especial ou um sentimento memorialista-nostálgico. Afinal, a arte moderna ensinou-nos que tudo isso era cabível na paisagem. O que ocupou as gerações posteriores era saber como reinventar essa relação. No caso de Manfredo, o que principia com os postais, cujas fotos são “retocadas” com a linha daquele espaço tornado invisível com sua desaparição, é de, partindo de um objeto essencialmente criado como souvenir, colocar-nos à prova de lembrarmos algo que talvez não tenhamos conhecido ou percebido, mas de cuja existência, não obstante, jamais duvidamos. A pressuposta impessoalidade de um objeto como o cartão-postal apenas reforça o descompasso visual de querer ver algo não mais disponível e malgrado seu fim, continuar crendo em sua existência. Mas, no fundo, não teria sido sobre isso que a paisagem sempre falou, desde quando promovida de um gênero secundário para a linha de frente da pintura moderna? Ao fim – e notaremos isso nas pinturas posteriores de Manfredo, o que se coloca é um convite ao espectador para reposicionar e alargar seu olhar. Isso mostra-se claramente quando nessas pinturas, o espectador não vê, mas entrevê e quase toca uma paisagem ali depositada.

Para Manfredo, a pintura (linguagem a que o artista também se dedica há décadas) se concentra na disponibilidade de exploração intercambiável e ilimitada de seus termos, mesmo que admitida uma quantidade limitada de variáveis. Das três gerações de artistas com as quais ele convive (daquela dos anos 1970 até as mais jovens, passando pelos anos 1980), talvez seja um daqueles que mais valorizou uma artesania em seus trabalhos. A plasticidade ganha um sentido alargado quando consideramos que a gestação da forma começa no esboço dos chassis. A pintura vai além da divagação a respeito de como ela corre ou se deposita sobre a superfície (ainda que isto seja algo que lhe interessa, ao nos determos na consistência argilosa de alguns planos), mas da superfície propriamente dita como problema de base e de conclusão da pintura, dado ela constituir as coordenadas a partir das quais, não importa qual noção de composição, dever-se-á por conta dela – e não de convenções assentadas passivamente – encontrar suas soluções. Isto porque mesmo quando o suporte é o retângulo mais comum, ativa-se sua opacidade inescapável enquanto geratriz do espaço. Se a sua silhueta admite qualquer desvio de seu formato usual, intensifica-se a constatação de que a pintura começa a partir deste dado material, ao qual conjugam-se outros, como a espessura sensual e corpórea do pigmento.

A artesania, portanto, não se manifesta na busca de um gestual marcado e único, mas nessa relação “orgânica” entre os materiais, deles obtendo resultados particulares, graças também a sua potencialização (isto é, eles não são nem dóceis nem inertes, podendo assumir diferentes aspectos). Seja ao decantar seus próprios pigmentos na produção das tintas (pigmentos estes, importante lembrar, extraídos das terras mineiras) ou ao desenhar os chassis das telas, Manfredo alarga e repensa o processo da pintura para além do preenchimento da superfície com pinceladas, entendendo-a como algo cuja espacialidade – tanto virtual da forma pintada quanto literal do objeto (o suporte) – começa a ser gestada na confecção mesma dos materiais. Isto fica claro nas obras surgidas a partir dos anos 1980, em que, por conta dessas diversas silhuetas dos chassis, a pintura ganha uma progressiva volumetria escultórica, na qual a composição do espaço interno da tela e seu formato tendem a coincidir, fazendo com que uma não seja apenas o “preenchimento” da outra. Complementa-lhe um sentido quase “arquitetural” da cor, que em sua delimitada gama, explicita a extensão do suporte, proporcionando-lhe um peculiar ajuste junto a parede, pois se a pintura tende com sua distensão homogênea a ajustar seu plano à continuidade da parede, ao mesmo tempo salta para além dela, dadas as reentrâncias e silhueta prismática da tela. Atentando para este fator mais cuidadosamente, vemos que ele parte de um prolongado debate da cultura moderna acerca da monumentalidade, por conta do dilema ocorrido entre o desejo de uma pintura com escalas ambiciosas e a preservação da regularidade, continuidade e ajuste da volumetria homogênea da parede e do prisma arquitetônico. Os planos largos de Manfredo apontam, por um lado, para este ajuste ponderado entre a pintura, sua superfície e a continuidade justa do lugar onde se escora (ou seja, a preservação do ritmo e simplicidade da parede); porém explora a dualidade dessa pintura não sublimar, mas, ao contrário, enfatizar sua histórica (e tensa) atitude de ecoar e duplicar o paralelismo dos planos pictóricos e o da parede. Quando, porém, o plano pictórico é vazado ou eviscerado por uma aresta protuberante ou um corte revelador do anverso da tela, a pintura é solicitada a reconhecer os complexos pactos entre ela e o muro, quebrando qualquer pretensão de naturalidade supostamente atribuída à parede. Nisto, pois, se revela a faceta escultórica desses quadros.

Na esteira destes pequenos achados aparecem os elos entre aqueles dois traços marcantes de sua produção acima indicados. Já em suas primeiras investidas na pintura, Manfredo recorria àquele caráter inerente à dinâmica da imagem. Conforme afirmado aqui, o fator emblemático da imagem é ela ser um resíduo de algo não mais visível. Do mesmo modo, nesses trabalhos iniciais o artista construía uma “pintura incidental”; as sutis e indeléveis camadas de cor diante de nós são, na verdade, a tinta vazada do verso da tela, ou seja, a pintura resulta de sua saturação. Por outro lado, a cor compacta dos trabalhos seguintes – a persistir ainda hoje – retoma a ligação com a paisagem. O pigmento decantado guarda consigo uma condição instigante: se ele fala de uma coisa que talvez não exista mais (uma montanha, para usar um exemplo forçado, mas não casual), é porque esta mesma coisa se metamorfoseou pelo corpo-cinzas do pigmento em uma outra entidade, isto é, o corpo do pigmento não deixa de ser uma cinza da paisagem também. É e não é a carne de uma paisagem perdida. A paisagem está (se não é) no pigmento, na cor. Há, por exemplo, a famosa história de Chopin que levou consigo uma caixinha de prata com terra da Polônia. Era bom ter sempre por perto algo especial, literalmente um pedaço de memória. Manfredo, nesse aspecto, não age diferente: a paisagem não precisa ser figurada porque ela – e todos os sentimentos que a envolvem – estão ali germinados no pigmento. Trata-se, porém, de mais do que uma pintura de paisagem; é uma pintura com a paisagem, uma pintura da paisagem, visto que ela é feita mais do que a partir da terra, do sentimento da terra.

Fonte: Bergamim e Gomide, publicado por Guilherme Bueno. Consultado pela última vez em 19 de novembro de 2021.

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Biografia - Site oficial

Estudou na Escola Guignard e na Escola de Arquitetura da UFMG em Belo Horizonte; Escola Nacional de Fotografia Louis Lumière e Escola Nacional de Belas Artes em Paris e graduou-se pela Escola de Belas Artes da UFRJ.

Manfredo de Souzanetto é certamente um dos mais pertinentes e criativos artistas brasileiros contemporâneos. Iniciando sua obra nas décadas de 70/80, desenvolveu uma linguagem específica e personalizada e é considerado um dos mais promissores de sua geração, tendo um amplo transito no Brasil aonde vem construindo expressivo currículo, e na Europa, onde nos últimos anos tem exposto com regularidade.

Sua obra se desenvolve como um jogo de virtualidade e concretude, onde muitas vezes a moldura ultrapassa o limite da pintura e o suporte se fragmenta, refletindo a busca de novas possibilidades. Usando pigmentos de terra, óxidos de ferro, resina acrílica, juta e madeira, constrói composições abstratas e geométricas de grande impacto visual; são obras em que a pintura é um dos elementos constituintes e que procuram atuar no espaço real, sem o filtro da representação, buscando a tridimensionalidade.

No final dos anos 90 o significado de sua obra é ampliado pela utilização de materiais não pictóricos cujo objetivo é falar de cor, matéria e textura, vocabulário por excelência do fazer pictural, retirando da pintura seu caráter de superfície colorida. É também um trabalho que situa numa região fronteiriça entre a pintura e a escultura, o plano e o tridimensional, utilizando materiais como madeira, porcelana, vidro, couro, barbante, plástico, metais e pigmentos que vão produzir a cor e a matéria em seu trabalho.

Há na sua obra um constante vai e vem entre a sensualidade da curva e a aresta viva do ângulo agudo, a vibração da cor e a tatilidade da matéria, onde passamos do surdo ao vivaz, do orgânico ao geométrico, em que as formas trabalhadas em volume como um corpo orgânico abstrato vão criando descontinuidades e variações, permitindo imaginar configurações a partir de uma estrutura fragmentada que invade o espaço, dinamizando-o.

Apoiadas em uma relação dialética entre forma e cor, suas obras jogam tanto com a tessitura do material quanto sua energia, sua sensualidade e seu dinamismo. Elas evocam o orgânico e o mineral declinando uma constelação de formas heterogêneas que através de metamorfose e hibridação fazem surgir figuras fugazes de um corpo ou objeto abstrato.

O que faz o interesse das obras de Manfredo de Souzanetto é esta mistura de tradição e invenção que elas trazem em si, a arte de deixar o terreno conhecido pelo da mistura de gêneros. Elas têm o dom de tornar o improvável concebível e de serem ao mesmo tempo simples e complexas, evidentes e enigmáticas.

Em 2006 foi publicado pela Editora Contra Capa o livro Paisagem da Obra sobre seu trabalho e um livro com entrevista a Marília Andrés pela editora C/Arte na coleção Circuito Atelier. Em 2009 foi publicado o livro “Do que ainda” com o poeta Julio Castañon Guimarães pela Editora Contra Capa.

Cronologia exposição e prêmios

18/11/1970 - 4ª Jovem Arte Contemporânea

02/10/1971 - 7º Salão de Arte Contemporânea de Campinas

12/12/1971 - 3º Salão Fonte: MANFREDO de Souzanetto.

04/1972 - 5º Salão de Arte Contemporânea de Santo André

25/08/1972 - Mostra de Arte Sesquicentenário da Independência e Brasil Plástica - 72

06/11/1973 - 30º Salão Paranaense

12/12/1973 - 5º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

1973 - 1º Salão Global de Inverno

17/10/1974 - 6º Panorama de Arte Atual Brasileira

11/1974 - Bienal Nacional 74

11/12/1974 - 6º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

1974 - Memória das Coisas que ainda Existem (1974 : Belo Horizonte, MG)

17/10/1975 - 13ª Bienal Internacional de São Paulo

11/03/1976 - Arte Agora I

15/01/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

04/02/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

10/03/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

17/04/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

07/05/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

08/06/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

06/07/1980 - Artistas Premiados do 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

03/11/1980 - 3º Salão Nacional de Artes Plásticas

19/11/1980 - 37º Salão Paranaense

12/12/1980 - 12º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

06/07/1981 - Mostra Internacional de Arte Postal

09/07/1981 - 8º Salão Global de Inverno

01/09/1981 - 5º Salão Carioca de Arte

17/09/1981 - 8º Salão Global de Inverno

08/10/1981 - 8º Salão Global de Inverno

04/11/1981 - 4º Salão Nacional de Artes Plásticas

1981 - 2º Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais

De 1951 a 1968, o evento é denominado Salão Paulista de Arte Moderna. A partir de 1969, passa a chamar-se Salão Paulista de Arte Contemporânea. Em 1980, Salão Paulista de Artes Plásticas e Visuais. Em 1982 volta a chamar-se Salão Paulista de Arte …

30/11/1981 - 5º Salão Nacional de Artes Plásticas

10/12/1982 - 14º Salão Nacional de Arte Contemporânea de Belo Horizonte

02/05/1983 - À Flor da Pele: pintura e prazer

04/05/1983 - Seis Artistas e o Pequeno Formato

14.10/1983 - 17ª Bienal Internacional de São Paulo

10/11/1983 - Manfredo de Souzanetto: pinturas

05.1984 - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira

07/12/1984 - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas

1984 - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas

1984 - Manfredo de Souzanetto (1984 : Porto Alegre, RS)

03/10/1985 - Destaques da Arte Contemporânea Brasileira

09/12/1985 - Arte Construção: 21 artistas contemporâneos

13/12/1985 - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas

1985 - 3º Salão Paulista de Arte Contemporânea

25/09/1986 - 1ª Mostra Christian Dior de Arte Contemporânea: pintura

13.12.1986 - Território Ocupado

03/1987 - Foto/Ideia

05.10.1987 - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand

12/10/1987 - Modernidade: arte brasileira do século XX

16.12.1987 - Ouverture Brésilienne

06/04/1988 - Modernidade: arte brasileira do século XX

23/04/1988 - 13º Salão de Arte Contemporânea de Campinas

01/08/1988 - 12º Salão Carioca de Arte

09.1988 - Sete Artistas Brasileiros

19/08/1989 - Acervo Galeria São Paulo

14/10/1989 - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira

25/10/1989 - Rio Hoje

28/05/1992 - Reciclo

05/06/1992 - Eco Art

08/10/1992 - Galeria de Arte UFF - 10 anos: exposição comemorativa

26.11.1992 - Brazilian Contemporary Art

26.11.1992 - Brazilian Contemporary Art

10/12/1992 - A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini

28/06/1993 - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand

18/08/1993 - 4 x Minas

1993 - Triennale des Amériques (1. : 1993 : Maubeuge, França)

1993 - 4 x Minas

1993 - 4 x Minas

1993 - 4 x Minas

1993 - Brazilian Contemporary Art

29/03/1994 - Impressões

17/04/1994 - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateubriand

24.04.1994 - Bienal Brasil Século XX

11.1995 - 2ª Bienal Barro de América

1995 - 2ª Bienal Barro de América

01/08/1996 - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção

02/09/1996 - Arte Contemporânea Brasileira na Coleção João Sattamini

04/09/1996 - Impressões Itinerantes

30/10/1996 - Mostra do Acervo

19/08/1997 - Caetano de Almeida, Manfredo de Souzanetto, Thomas Emde e Thomas Schönauer

21/08/1997 - No Limite da Forma

18/11/1997 - A Arte Contemporânea da Gravura

04/05/1998 - A Diversidade do Risco

06/10/1998 - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ

26/03/2000 - Brasilien in Barsikow

05/09/2000 - Cerâmica Brasileira: construção de uma linguagem

02/12/2000 - Presente de Reis

20/10/2001 - Museu de Arte Brasileira: 40 anos

26/10/2001 - Do Corpo à Terra: um marco radical na arte brasileira

19/12/2001 - 9º Universidarte

07/01/2002 - Panorâmica 2001

11/05/2002 - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini

04/07/2002 - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo

10/07/2002 - Caminhos do Contemporâneo: 1952/2002

03/08/2002 - Coleção Sattamini: modernos e contemporâneos

21/08/2002 - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói

07/11/2002 - 28 (+) Pintura

27/11/2002 - Marília Razuk 10 Anos

2002 - Genealogia do Espaço

12/05/2003 - 10 x Minas

22/05/2003 - Meus Amigos

17/07/2003 - 10 x minas

02/09/2003 - Vinte e Cinco Anos Centro Cultural Candido Mendes Galeria de Ipanema

08/10/2003 - Projeto Brazilianart

08/10/2003 - Geométricos

09/10/2003 - Celso Renato, Claudia Renault, Manfredo Souzanetto, Marcos Coelho Benjamim, Marco Tulio, Roberto Vieira

10/10/2003 - Arte em Diálogo

09/07/2005 - Individual de Manfredo de Souzanetto

21/02/2006 - Manfredo de Souzanetto: esculturas

27/04/2006 - Paisagem da Obra

04/07/2006 - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real

14/07/2006 - Manfredo de Souzanetto: esculturas

08/2006 - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real

10/2006 - Arte Moderna em Contexto: coleção ABN AMRO Real

21/03/2007 - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil 1981-2006

23/12/2007 - Neovanguardas

27/03/2010 - 1ª Novas aquisições 2007 - 2010

16/04/2010 - Paisagem Incompleta: projeto de uma nova paisagem

31/05/2010 - 2xMinasx2

29/09/2010 - Litoral - Entre Pintura e Escultura

19/05/2011 - País Paisagem

18/01/2012 - E os Amigos Sinceros Também

29/05/2014 - A Arte que Permanece: Coleção Chagas Freitas (2014 : Rio de Janeiro, RJ)

09/06/2015 - Paisagem Ainda Que

22/06/2016 - Arte e Política no Acervo do MAP

21/11/2017 - Pintura do "tipo" Brasileira

10/11/2018 - Horizontes - As Paisagens nos Coleções MAM Rio

Fonte: Site do Artista, consultado pela última vez em 19 de novembro de 2021.

Crédito fotográfico: Instagram Manfredo, publicado em 12 de junho de 2017

Arremate Arte
Feito com no Rio de Janeiro

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