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Mário Gruber

Mário Gruber Correia (Santos, SP, 31 de maio de 1927 — Cotia, SP, 28 de novembro de 2011) foi um pintor, gravador, escultor, muralista, desenhista, ceramista, cenógrafo e professor de artes plásticas brasileiro, considerado um herdeiro da obra pictórica de Portinari e Di Cavalcanti.

Biografia Itaú Cultural

Autodidata, começa a pintar em 1943. Muda-se para São Paulo em 1946 e matricula-se na Escola de Belas Artes, onde é aluno do escultor Nicolau Rollo (1889-1970). Em 1947, ganha o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual e passa a estudar gravura com Poty (1924-1998) e a trabalhar com Di Cavalcanti (1897-1976). Recebe bolsa de estudo em 1949, vai morar em Paris, estuda na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior de Belas Artes) com o gravador Édouard Goerg (1893-1969) e trabalha com Candido Portinari (1903-1962). Retorna ao Brasil em 1951 e funda o Clube de Gravura (posteriormente Clube de Arte) em sua cidade natal, onde volta a residir. É professor de gravura no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1953, e dá aulas de gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1961 e 1964. Monta ateliê de gravura em São Paulo em 1970. De 1974 a 1978, mora em Paris, depois, ao retornar ao Brasil, mora em Olinda, Pernambuco. Em 1979, monta ateliê em Nova York. De volta a São Paulo, realiza obras de grande porte em espaços públicos como a estação Sé do Metrô e o Memorial da América Latina. Na década de 2000, continua a trabalhar intensamente, com uma produção anual de 100 a 120 obras.

Análise

Autodidata, Mário Gruber começa a pintar na metade da década de 1940, apresentando uma produção ligada ao expressionismo. Em 1949, recebe uma bolsa do governo francês, e viaja para Paris, onde se dedica ao estudo de pintura e gravura. Retorna ao Brasil em 1951. Em sua obra gráfica dessa época, aproxima-se do realismo social praticado por outros artistas ligados aos clubes de gravura. A cidade, suas ruas e casas são temas para sua produção gráfica.

Mário Gruber realiza também pinturas de caráter figurativo, partindo de imagens cotidianas, como a vida nas metrópoles, para envolvê-las em jogos de imaginação. O artista cria personagens fantásticos, utilizando cores contrastantes que remetem à produção do pintor holandês Rembrandt van Rijn (1606-1669) e do espanhol Diego Velázquez (1599-1660). A partir da década de 1970, passa a empregar recursos do processo fotográfico, como a ampliação, para criar novos tipos de imagens. Pesquisa também as linguagens da televisão e do cinema. Mantém um constante diálogo com a tradição da história da arte, como na exposição de 1985, na qual recria telas do pintor italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) e do francês Georges de La Tour (1593-1652), realizando ampliações a partir dos quadros desses artistas e apreendendo a dramaticidade e a dinâmica da luz presentes em suas obras.

A luminosidade apurada, a gama cromática muito controlada e a pincelada livre estão presentes em quadros posteriores, como Balão Verde e Preto (1996). Criando personagens que são freqüentemente mascarados, magos, anjos e robôs, Gruber produz obras que causam estranheza e relacionam-se a uma temática ligada ao realismo fantástico.

Críticas

"Mário Gruber é uma das personalidades artísticas mais singulares no movimento paulistano. Começou sua carreira logo depois da Segunda Guerra Mundial como um jovem artista de vanguarda de tendências arrojadamente expressionistas. Depois foi para a Europa onde sofreu profundamente o impacto da grande tradição da pintura do Ocidente, desde a Renascença até Courbet. Desde então Gruber foi tomado por uma paixão pela arte da pintura a óleo de Rembrandt, Velásquez, Rubens, Goya, Delacroix e Courbet, cujos últimos acordes encontrou em Van Gogh. (...) Dotado de uma capacidade descomunal de pintor e de uma paciência metódica de pesquisador, Gruber adquiriu um domínio surpreendente da técnica pictórica dos grandes mestres da tradição européia (...). A finalidade do aprimoramento técnico de Gruber, efetuado num sentido aparentemente contrário ao das correntes da pintura do século XX, foi em geral incompreendida tanto pelos seus admiradores como pelos seus opositores. (...). Gruber foi provavelmente motivado por intuições e premonições obscuras e profundas, largamente estranhas às concepções realistas que defendia verbalmente. Ele já tendia inconscientemente para um realismo fantástico de tipo muito pessoal. (...)"

Mario Schenberg (GRUBER. São Paulo: Portal Galeria de Arte, 1970.)

"Como bem percebeu Antonio Cândido de Melo e Souza, toda a inquietude e variedade da obra de Mário Gruber pode ser resumida na atração dicotômica pelo máximo realismo e pelas formas de transcendência onírica do real. São, na verdade, dois modos distintos de que ele se vale para chegar a um mesmo propósito de tocar, compreender e refletir o mundo de hoje em que vive, refletindo também o acúmulo de camadas do passado nele necessariamente implícitas. Seu âmbito temático, veiculado sobretudo através da gravura em metal e da pintura, tem abrangido, portanto, uma série diversificada de interesses, embora a constante maior ainda se concentre na exigência figurativa (...). Na densidade ascendente da escala simbólica, Gruber parte da iconografia cotidiana mais atual - seres das cidades grandes ou das conquistas cósmicas, paisagens usuais e reconhecíveis, objetos de todos os dias - para pouco a pouco envolvê-la em jogos de imaginação, volta à própria infância ou aos tempos passados da humanidade, exercitando simultaneamente a projeção no futuro, entre a esperança e a ansiedade. Disso resultam seus personagens fantásticos, de cores e volumes agressivos (...)".

Roberto Pontual (Arte/ Brasil/ hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.)

"Nas gravuras iniciais de Mário Gruber, destacam-se a cidade, trechos seus, assim como casas, sob vários enfoques e iluminações, que põem em evidência sua relação com alguns gravadores paulistas, como Renina Katz e o grupo gaúcho do Clube de Gravura. O que aproxima esses gravadores é o realismo, fazendo-se a exposição em maio de 1956, pouco antes, portanto, da invasão da Hungria e da dissolução do Clube. Enquanto a maior parte dos realistas, de norte a sul, privilegia a xilogravura e a lineogravura, Gruber valoriza a calcografia. A essa distinção técnica corresponde outra, que, embora não o singularize, o aproxima de alguns gravadores, igualmente socialistas, como Renina Katz ou Vasco Prado, nos quais a cidade é o teatro da luta de classes em oposição ao campo, cena onde o costume a atenua, sendo o camponês mostrado atrasado. A exposição da cidade, suas ruas e casas é, pois, traço do realismo de Gruber no metal. Já em 1956 ele afirma que a pesquisa técnica é essencial a sua arte, tese análoga é proposta em 1992, quando o figurativo, que Gruber defende sem transigir, distingue a figura humana, que anda a fio da navalha, como diz, a forma e a essência. Essa exigência, concebida necessariamente em horizonte figurativo, situa a pesquisa técnica em calcografia de Mário Gruber na intersecção de uma figuratividade ampla. Investigador virtuoso da técnica, Gruber não se permite virtuosismo, pois, mesmo elevando-a, não a isola, porque a cruza com funções de figuração".

Leon Kossovitch e Mayra Laudanna (LAUDANNA, Mayra. Gravura no Século XX. In: GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 2000. p.24.)

Depoimentos Mario Gruber

"Fui um dos primeiros gravadores em metal de São Paulo. Hoje, arrumando meu ateliê, revejo as primeiras placas, de 1946-1947, e todo o trabalho posterior. A gravura é uma paixão constante e que vai continuar. Um fato praticamente inédito é que sou possuidor de toda a minha gravura. (...)

É uma bomba para o mercado, pois o artista que é dono de sua obra pode colocá-la com critério. Não significa que eu vá vender por uma fortuna. (...)

Fiz poucas gravuras em cor. Eu me disciplinei para só realizar gravuras em cores quando tivesse condições adequadas. Como gravo em metal - cobre - e aqui não há o banho de aço, o cobre funciona como abrasivo. Um amarelo, por exemplo, sempre ficará esverdeado. Por respeito ao meu trabalho, deixo de utilizar a cor, pois é muito besta fazer uma obra que vai sumir depois, ou que seja uma expressão diferente da que a concebi. Mas também há outra razão: eu acho, particularmente, que gravura é preto-e-branco, como vi na Casa de Rembrandt, em originais gravados por ele, efeitos incríveis, quase inexplicáveis. (...)

Numa exposição que fiz, em 1967, reuni trabalhos de um ano, que me levaram a pensar nos meus caminhos. São três formas próximas da esfera: o ovo, o planeta, a nave. O primeiro é o universo da germinação, do nosso passado ancestral, um conteúdo interno que eu situo como meu interesse para saber a história de uma pessoa quando lhe faço o retrato. O planeta é o nível de uma velha predileção minha, o realismo. Muitas penas eu sofri por isso, na época da abstração, pois só com a pop art que a imagem voltou a ser consagrada. (...)

Minha técnica não tem nada de renascentista, e eu ainda não a terminei. Desde que comecei até hoje, preocupa-me a linguagem do impresso e do museu, a comunicação de massa, a linguagem de mídia. (...) Tem boa técnica o artista que se exprime bem. Eu procuro, na arte, uma linguagem de mídia, o que fascina, sem explicação".

Mário Gruber (GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 2000. p.160. 22 de dezembro de 1975)

"Para mim, a gravura em metal em preto-e-branco é música de câmara, enquanto a pintura tem o som da orquestra sinfônica. A aproximação à gravura é sempre mais difícil, exige atenção, acuidade, e um certo olho para o detalhe. Mas quem consegue se aproximar percebe logo que não se trata de técnica menor; ao contrário, como toda forma camerística ela é densa, funda, e possui luz própria. Uma luz que, no meu caso, serve também como referência para a pintura. Ela funciona, digamos, como 'juízo crítico' dos quadros que pinto. Porque a gravura tem, concisamente, tudo o que a arte plástica deve ter: desenho, movimento, expressão e intensidade. (...) Ao contrário da pintura, a gravura não pode ser apreendida apenas por seu lado exterior e alegórico. Ela atua no fio da navalha, na exata intersecção entre a essência e a forma. Além de ser um espelho mágico, já que é única e muitas ao mesmo tempo. Por isso requer uma compreensão mais difícil, elaborada, e aí pode estar, também, uma das causas do preconceito. Mas a gravura resiste. Não é a primeira vez que ela é preterida pelo gosto corrente e pela moda".

Mário Gruber (GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 2000. p.160. Setembro de 1992)

Exposições Individuais

1947 - São Paulo SP - Mário Gruber: gravuras em metal, Clube dos Artistas e Amigos da Arte

1967 - Rio de Janeiro RJ - Mário Gruber: pinturas, Galeria Ibeu Copacabana

1967 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Galeria Atrium

1970 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Galeria de Arte Portal

1973 - Rio de Janeiro RJ - Mário Gruber: pinturas, Galeria de Arte Ipanema

1975 - São Paulo SP - Mário Gruber: gravuras, Arcádia Artes e Decorações

1976 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1979 - Santos SP - Mário Gruber: gravuras, UCBEU

1979 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1983 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Galeria Art Selection

1985 - São Paulo SP - Mário Gruber: arqueologoa da pintura - ano 85, Galeria Montesanti Roesler

1987 - São Paulo SP - Mário Gruber, Galeria Millan

1992 - Poços de Caldas MG - Mário Gruber: retrospectiva de gravuras 1940-1990, Casa da Cultura

1993 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1996 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

2005 - Campinas SP - Sobrevivente, Galeria de Arte do Instituto de Artes da Unicamp

2006 - São Paulo SP - Mario Gruber e a Metafísica dos Planos, Fundação Memorial da América Latina

2007 - Curitiba PR - Mário Gruber, 80 Anos, Galeria IMS - Unibanco Arteplex

2010 - Santos SP - Anjos da Renascença Brasileira, Pinacoteca Benedicto Calixto

2010 - São Paulo SP - Mário Gruber: gravuras, Lugar Pantemporâneo

Exposições Coletivas

1947 - Araraquara SP - 1º Salão Araraquarense

1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, Galeria Prestes Maia - 1º prêmio em pintura

1948 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Paulistas, Ministério da Educação e Cultura

1948 - Salvador BA - 1º Salão Nacional de Arte Moderna da Bahia

1948 - São Paulo SP - Aldemir Martins, Mario Gruber e Enrico Camerini, Galeria Domus

1948 - São Paulo SP - 12º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Domus

1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia - medalha de bronze em gravura

1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia

1958 - São Paulo SP - Eduardo Sued, Marcelo Grassmann, Gruber e Darel

1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1962 - São Paulo SP - Mostra, Galeria Residência

1965 - São Paulo SP - 2ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1966 - São Paulo SP - Três Premissas, Museu de Arte Brasileira

1968 - Portland (Estados Unidos) - 39th International Exhibition Northwest Print Makers, Portland Art Museum

1968 - São Paulo SP - 19 Pintores, Tema Galeria de Arte

1968 - Seattle (Estados Unidos) - 39th International Exhibition Northwest Print Makers, Seattle Art Museum

1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1970 - Medellín (Colômbia) - 2ª Bienal de Arte de Medellín, Museo de Antioquia

1970 - Portland (Estados Unidos) - 41 International Exhibition Northwest Printmakers, Portland Art Museum

1970 - San Juan (Porto Rico) - 1ª Bienal de San Juan del Grabado Latinoamericano y del Caribe, Instituto de Cultura Puertorriqueña

1970 - Seattle (Estados Unidos) - 41 International Exhibition Northwest Printmakers, Seatle Art Museum Pavillion

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, Galeria da Collectio

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, Museu de Arte Moderna

1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, Pinacoteca do Estado

1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, Museu Lasar Segall

1977 - São Paulo SP - 9º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1978 - São Paulo SP - 19 Pintores, Museu de Arte Moderna

1979 - São Paulo SP - Artistas Figurativos, Itaúgaleria

1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1980 - Nova York (Estados Unidos) - Exhibition of Print and Drawings of Latin American Artists, El Museo del Barrio

1980 - São Paulo SP - Imagens de Dança, Paço das Artes

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, Museu de Arte Moderna

1982 - São Paulo SP - Marinhas e Ribeirinhas, Museu Lasar Segall

1983 - Paris (França) - Art Against Apartheid, Foundation Nationale des Arts Graphiques et Plastiques

1983 - Paris (França) - Jeune Gravure Contemporaine et ses Invités

1984 - Cidade do México (México) - 4ª Bienal Iberoamericana de Arte

1984 - Copenhague (Dinamarca) - Art Against Apartheid, Museu Charlottenborg

1984 - Curitiba PR - 6ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, na Fundação Cultural de Curitiba

1984 - Lund (Suécia) - Art Against Apartheid, Lunds Konsthall

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal

1984 - Tampere (Finlândia) - Art Against Apartheid, Tampereen Nyktaiteen Museo

1985 - Amsterdã (Holanda) - Art Against Apartheid, Thenew Church

1985 - Barcelona (Espanha) - Art Against Apartheid, Palau Marc

1985 - Berlim (Alemanha) - Art Against Apartheid

1985 - Bolonha (Itália) - Art Against Apartheid, Galleria d'Arte Moderna

1985 - Cáceres (Espanha) - Art Against Apartheid, Museo Casa de los Caballos

1985 - Hamburgo (Alemanha) - Art Against Apartheid

1985 - Hammamet (Tunísia) - Art Against Apartheid, Centre Culturel International d'Hammamet

1985 - Madri (Espanha) - Art Against Apartheid, Circulo de Bellas Artes

1985 - Marselha (França) - Art Against Apartheid, La Maison de L'Etranger

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, Museu de Arte de São Paulo

1985 - São Paulo SP - A Arte do Imaginário, Galeria Encontro das Artes

1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal

1985 - Stuttgart (Alemanha) - Art Against Apartheid

1985 - Colônia (Alemanha) - Art Against Apartheid

1986 - Paris (França) - Los Americanos: peitres et sculpteurs d'Amerique Latine, Galerie Centre d'Art Plastique Contemporaine

1986 - São Paulo SP - 30 Destaques da Gravura Brasileira, Trilema Espaço Cultural

1986 - São Paulo SP - A URBS na Visão de Oito Artistas, Galeria Montesanti Roesler

1986 - São Paulo SP - Antes e Agora: 8 pintores, Fundação Cásper Líbero

1987 - Brasília DF - Paulistas em Brasília, Museu de Arte de Brasília

1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show

1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, Sesc

1987 - São Paulo SP - 18ª Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1988 - Curitiba PR - Marcelo Grassmann e Mário Gruber, Casa Romário Martins

1988 - São Paulo SP - 21ª Chapel Art Show, Chapel Art Show

1990 - Goiânia GO - 20 Anos do Museu de Arte de Goiânia, Museu de Arte de Goiânia

1991 - São Paulo SP - 24ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show

1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Casa da Cultura

1992 - São Paulo SP - 25ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show

1992 - São Paulo SP - Polaridades/Perspectivas, Paço das Artes

1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, Casa da Cultura

1994 - São Paulo SP - Bandeiras: 60 artistas homenageiam os 60 anos da USP, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Unidade e Confronto, Escola Panamericana de Arte

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, Museu de Arte de São Paulo

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, Companhia do Metropolitano de São Paulo

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, Museu de Arte Moderna

1995 - São Paulo SP - Três Mestres da Gravura em Metal: Darel, Grassmann, Gruber, Museu Banespa

1995 - São Paulo SP - Visual Road, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, Casa das Rosas

1996 - São Paulo SP - 1ª Off Bienal, Museu Brasileiro da Escultura

1997 - São Paulo SP - A Cidade dos Artistas, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1997 - São Paulo SP - Dois Gravadores Paulistas, Instituto Moreira Salles

1998 - Marselha (França) - Futebol Arte

1998 - Paris (França) - Futebol Arte

1998 - Rio de Janeiro RJ - Futebol Arte, Fundação Casa França-Brasil

1998 - São Paulo SP - Futebol Arte, Galeria Marta Traba

1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, Galeria de Arte do Sesi

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, Museu Nacional de Belas Artes

2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Coletiva Sociarte, Clube Atlético Monte Líbano. Espaço Cultural

2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, Itaú Cultural

2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, Itaugaleria

2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, Itaugaleria

2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, Nova André Galeria

2003 - São Paulo SP - A Arte Atrás da Arte: onde ficam e como viajam as obras de arte, Espaço MAM - Villa-Lobos

2003 - São Paulo SP - Arte & Artistas: exposição dos dezenove pintores, Masp. Galeria Prestes Maia

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, Itaú Cultural

2008 - São Paulo SP - Acervo BM&FBOVESPA, Espaço Cultural BM&FBovespa

2009 - São Paulo SP - Memorial Revisitado: 20 anos, Galeria Marta Traba

2009 - São Paulo SP - Olhar da Crítica: Arte Premiada da ABCA e o Acervo Artístico dos Palácios, Palácio dos Bandeirantes

2010 - São Paulo SP - Autorretratos e "Autorretratos", Lugar Pantemporâneo

2011 - São Paulo SP - Papéis Brasileiros: a arte da gravura - Coleção Masp, Museu de Arte de São Paulo

Fonte: MÁRIO Gruber. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 26 de Abr. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Wikipédia

Como sempre esteve, o amanhã está em nossas mãos (1978-1987), mural de Mário Gruber exposto na estação Sé.

Começou a pintar em 1943. Entrou para a Escola de Belas Artes de São Paulo em 1946, e no ano seguinte ganhou o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. Em 1948, fez sua primeira exposição individual.

Estudou gravura com Poty e trabalhou com Di Cavalcanti e Cândido Portinari.

Em 1949, graças a uma bolsa de estudos, mudou-se para Paris, onde estudou na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, sendo aluno do gravador Édouard Goerg. Voltou para o Brasil em 1951, quando fundou em Santos o Clube de Gravura, que mais tarde se chamaria Clube de Arte. Foi professor no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Fundação Armando Álvares Penteado. A partir de 1979, depois de uma breve passagem por Olinda, passou a dividir suas atividades entre as cidades de São Paulo, Paris e Nova York.

Morreu aos 84 anos, numa clínica geriátrica em Cotia, onde estava internado para se tratar de complicações causadas por um câncer.

Obra

Depois de um início de carreira marcado pelo Expressionismo, Gruber dedicou-se a obras de realismo social na década de 50, ao lado de seus companheiros do Clube de Gravura. Nos anos 70, experimentou recursos fotográficos, ao mesmo tempo que assimilava influências da televisão e do cinema.

Mais tarde, suas composições passaram a apresentar personagens como anjos e robôs, vinculando-se ao realismo fantástico latino-americano.

Colaborou com o arquiteto Vilanova Artigas criando os painéis da Casa dos Triângulos, da Galeria Califórnia e do Ginásio Estadual de Guarulhos. Também criou os painéis do Aeroporto Internacional de Cumbica e da Estação Sé do Metrô de São Paulo.

Telas de Mário Gruber compõem o acervo de museus como o Wisconsin State Museum College Union, o Museu Pushkin (Moscou), o MASP, o Museu de Arte Brasileira (São Paulo) e o Museu da Bahia (Salvador).

Cinema

Em 1966, o artista foi tema do documentário de curta-metragem Mário Gruber, dirigido por Rubem Biáfora. Com música de Rogério Duprat, o filme recebeu o prêmio de melhor curta do Instituto Nacional do Cinema naquele ano.

Outro cineasta que dedicou um filme à sua obra foi Nelson Pereira dos Santos, também com um documentário de curta-metragem: A Arte Fantástica de Mário Gruber,de 1982.

A última participação de Gruber nas telas foi como um dos artistas apresentados no curta Schenberguianas (2006), de Sergio Oliveira e William Cubits, que mostrou a relação da arte com o trabalho do físico Mário Schenberg

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2018.

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Mário Gruber é um dos principais nomes da pintura brasileira

O pesquisador Saulo di Tarso realiza o encontro “Mário Gruber: artista e ativista”, uma imersão na produção e na vida do artista.

O encontro apresenta o artista a partir de três aspectos, como ativista, a partir de sua relação com história e como criador.

Considerado um herdeiro da obra pictórica de Portinari e Di Cavalcanti, o santista Gruber dedicou-se intensamente à pintura e à gravura.

Nos anos 1940, começou sua pesquisa com gravura e trabalha com Portinari. Na década de 1950, fundou o Clube de Gravura na cidade de Santos, desenvolvendo trabalhos associados ao realismo social e ao humanismo. Suas pinturas são frequentemente relacionadas esteticamente ao movimento expressionista e ao universo fantástico.

O artista, que jamais deixou de ser atento à vida social e à política do país e do mundo, estabeleceu discussões permanentes sobre o fazer artístico e o mercado da arte.

Saulo Di Tarso- Artista, curador e crítico de arte. Trabalhou e estudou com Renato Cohen, Evandro Jardim, H. J. Koellreutter, Daniela Bousso, Haroldo de Campos, José Roberto Aguilar e Emanoel Araujo. Em 2002 conhece Mario Gruber, com quem trava uma relação de amizade a partir do interesse comum pela gravura. Essa convivência origina vários anos de imersão na obra e na biografia do artista, que resultam nas mostras "Sobrevivente", realizada na Galeria da UNICAMP, e "Mário Gruber e a Metafísica dos Planos", realizada no Memorial da América Latina, em 2006. Di Tarso também dirigiu o documentário "Em volta do Cavalete", curta-metragem que retrata Mario Gruber em seu último grande ateliê.

Fonte e crédito fotográfico: Jornal Orla, postado em 13 de novembro de 2012.

Mário Gruber Correia (Santos, SP, 31 de maio de 1927 — Cotia, SP, 28 de novembro de 2011) foi um pintor, gravador, escultor, muralista, desenhista, ceramista, cenógrafo e professor de artes plásticas brasileiro, considerado um herdeiro da obra pictórica de Portinari e Di Cavalcanti.

Mário Gruber

Mário Gruber Correia (Santos, SP, 31 de maio de 1927 — Cotia, SP, 28 de novembro de 2011) foi um pintor, gravador, escultor, muralista, desenhista, ceramista, cenógrafo e professor de artes plásticas brasileiro, considerado um herdeiro da obra pictórica de Portinari e Di Cavalcanti.

Videos

Mário Gruber - Projeto Encontros

Provocações - Mário Gruber e Rinaldo

Documentário: Em Volta do Cavalete

Flashes da exposição "Gravuras"

O Mundo Fantastico de Mario Gruber

Provocações com Gruber - 1

Provocações com Gruber - 2

Biografia Itaú Cultural

Autodidata, começa a pintar em 1943. Muda-se para São Paulo em 1946 e matricula-se na Escola de Belas Artes, onde é aluno do escultor Nicolau Rollo (1889-1970). Em 1947, ganha o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. No ano seguinte realiza sua primeira exposição individual e passa a estudar gravura com Poty (1924-1998) e a trabalhar com Di Cavalcanti (1897-1976). Recebe bolsa de estudo em 1949, vai morar em Paris, estuda na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts (Escola Nacional Superior de Belas Artes) com o gravador Édouard Goerg (1893-1969) e trabalha com Candido Portinari (1903-1962). Retorna ao Brasil em 1951 e funda o Clube de Gravura (posteriormente Clube de Arte) em sua cidade natal, onde volta a residir. É professor de gravura no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) em 1953, e dá aulas de gravura em metal na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, entre 1961 e 1964. Monta ateliê de gravura em São Paulo em 1970. De 1974 a 1978, mora em Paris, depois, ao retornar ao Brasil, mora em Olinda, Pernambuco. Em 1979, monta ateliê em Nova York. De volta a São Paulo, realiza obras de grande porte em espaços públicos como a estação Sé do Metrô e o Memorial da América Latina. Na década de 2000, continua a trabalhar intensamente, com uma produção anual de 100 a 120 obras.

Análise

Autodidata, Mário Gruber começa a pintar na metade da década de 1940, apresentando uma produção ligada ao expressionismo. Em 1949, recebe uma bolsa do governo francês, e viaja para Paris, onde se dedica ao estudo de pintura e gravura. Retorna ao Brasil em 1951. Em sua obra gráfica dessa época, aproxima-se do realismo social praticado por outros artistas ligados aos clubes de gravura. A cidade, suas ruas e casas são temas para sua produção gráfica.

Mário Gruber realiza também pinturas de caráter figurativo, partindo de imagens cotidianas, como a vida nas metrópoles, para envolvê-las em jogos de imaginação. O artista cria personagens fantásticos, utilizando cores contrastantes que remetem à produção do pintor holandês Rembrandt van Rijn (1606-1669) e do espanhol Diego Velázquez (1599-1660). A partir da década de 1970, passa a empregar recursos do processo fotográfico, como a ampliação, para criar novos tipos de imagens. Pesquisa também as linguagens da televisão e do cinema. Mantém um constante diálogo com a tradição da história da arte, como na exposição de 1985, na qual recria telas do pintor italiano Michelangelo Merisi da Caravaggio (1571-1610) e do francês Georges de La Tour (1593-1652), realizando ampliações a partir dos quadros desses artistas e apreendendo a dramaticidade e a dinâmica da luz presentes em suas obras.

A luminosidade apurada, a gama cromática muito controlada e a pincelada livre estão presentes em quadros posteriores, como Balão Verde e Preto (1996). Criando personagens que são freqüentemente mascarados, magos, anjos e robôs, Gruber produz obras que causam estranheza e relacionam-se a uma temática ligada ao realismo fantástico.

Críticas

"Mário Gruber é uma das personalidades artísticas mais singulares no movimento paulistano. Começou sua carreira logo depois da Segunda Guerra Mundial como um jovem artista de vanguarda de tendências arrojadamente expressionistas. Depois foi para a Europa onde sofreu profundamente o impacto da grande tradição da pintura do Ocidente, desde a Renascença até Courbet. Desde então Gruber foi tomado por uma paixão pela arte da pintura a óleo de Rembrandt, Velásquez, Rubens, Goya, Delacroix e Courbet, cujos últimos acordes encontrou em Van Gogh. (...) Dotado de uma capacidade descomunal de pintor e de uma paciência metódica de pesquisador, Gruber adquiriu um domínio surpreendente da técnica pictórica dos grandes mestres da tradição européia (...). A finalidade do aprimoramento técnico de Gruber, efetuado num sentido aparentemente contrário ao das correntes da pintura do século XX, foi em geral incompreendida tanto pelos seus admiradores como pelos seus opositores. (...). Gruber foi provavelmente motivado por intuições e premonições obscuras e profundas, largamente estranhas às concepções realistas que defendia verbalmente. Ele já tendia inconscientemente para um realismo fantástico de tipo muito pessoal. (...)"

Mario Schenberg (GRUBER. São Paulo: Portal Galeria de Arte, 1970.)

"Como bem percebeu Antonio Cândido de Melo e Souza, toda a inquietude e variedade da obra de Mário Gruber pode ser resumida na atração dicotômica pelo máximo realismo e pelas formas de transcendência onírica do real. São, na verdade, dois modos distintos de que ele se vale para chegar a um mesmo propósito de tocar, compreender e refletir o mundo de hoje em que vive, refletindo também o acúmulo de camadas do passado nele necessariamente implícitas. Seu âmbito temático, veiculado sobretudo através da gravura em metal e da pintura, tem abrangido, portanto, uma série diversificada de interesses, embora a constante maior ainda se concentre na exigência figurativa (...). Na densidade ascendente da escala simbólica, Gruber parte da iconografia cotidiana mais atual - seres das cidades grandes ou das conquistas cósmicas, paisagens usuais e reconhecíveis, objetos de todos os dias - para pouco a pouco envolvê-la em jogos de imaginação, volta à própria infância ou aos tempos passados da humanidade, exercitando simultaneamente a projeção no futuro, entre a esperança e a ansiedade. Disso resultam seus personagens fantásticos, de cores e volumes agressivos (...)".

Roberto Pontual (Arte/ Brasil/ hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.)

"Nas gravuras iniciais de Mário Gruber, destacam-se a cidade, trechos seus, assim como casas, sob vários enfoques e iluminações, que põem em evidência sua relação com alguns gravadores paulistas, como Renina Katz e o grupo gaúcho do Clube de Gravura. O que aproxima esses gravadores é o realismo, fazendo-se a exposição em maio de 1956, pouco antes, portanto, da invasão da Hungria e da dissolução do Clube. Enquanto a maior parte dos realistas, de norte a sul, privilegia a xilogravura e a lineogravura, Gruber valoriza a calcografia. A essa distinção técnica corresponde outra, que, embora não o singularize, o aproxima de alguns gravadores, igualmente socialistas, como Renina Katz ou Vasco Prado, nos quais a cidade é o teatro da luta de classes em oposição ao campo, cena onde o costume a atenua, sendo o camponês mostrado atrasado. A exposição da cidade, suas ruas e casas é, pois, traço do realismo de Gruber no metal. Já em 1956 ele afirma que a pesquisa técnica é essencial a sua arte, tese análoga é proposta em 1992, quando o figurativo, que Gruber defende sem transigir, distingue a figura humana, que anda a fio da navalha, como diz, a forma e a essência. Essa exigência, concebida necessariamente em horizonte figurativo, situa a pesquisa técnica em calcografia de Mário Gruber na intersecção de uma figuratividade ampla. Investigador virtuoso da técnica, Gruber não se permite virtuosismo, pois, mesmo elevando-a, não a isola, porque a cruza com funções de figuração".

Leon Kossovitch e Mayra Laudanna (LAUDANNA, Mayra. Gravura no Século XX. In: GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 2000. p.24.)

Depoimentos Mario Gruber

"Fui um dos primeiros gravadores em metal de São Paulo. Hoje, arrumando meu ateliê, revejo as primeiras placas, de 1946-1947, e todo o trabalho posterior. A gravura é uma paixão constante e que vai continuar. Um fato praticamente inédito é que sou possuidor de toda a minha gravura. (...)

É uma bomba para o mercado, pois o artista que é dono de sua obra pode colocá-la com critério. Não significa que eu vá vender por uma fortuna. (...)

Fiz poucas gravuras em cor. Eu me disciplinei para só realizar gravuras em cores quando tivesse condições adequadas. Como gravo em metal - cobre - e aqui não há o banho de aço, o cobre funciona como abrasivo. Um amarelo, por exemplo, sempre ficará esverdeado. Por respeito ao meu trabalho, deixo de utilizar a cor, pois é muito besta fazer uma obra que vai sumir depois, ou que seja uma expressão diferente da que a concebi. Mas também há outra razão: eu acho, particularmente, que gravura é preto-e-branco, como vi na Casa de Rembrandt, em originais gravados por ele, efeitos incríveis, quase inexplicáveis. (...)

Numa exposição que fiz, em 1967, reuni trabalhos de um ano, que me levaram a pensar nos meus caminhos. São três formas próximas da esfera: o ovo, o planeta, a nave. O primeiro é o universo da germinação, do nosso passado ancestral, um conteúdo interno que eu situo como meu interesse para saber a história de uma pessoa quando lhe faço o retrato. O planeta é o nível de uma velha predileção minha, o realismo. Muitas penas eu sofri por isso, na época da abstração, pois só com a pop art que a imagem voltou a ser consagrada. (...)

Minha técnica não tem nada de renascentista, e eu ainda não a terminei. Desde que comecei até hoje, preocupa-me a linguagem do impresso e do museu, a comunicação de massa, a linguagem de mídia. (...) Tem boa técnica o artista que se exprime bem. Eu procuro, na arte, uma linguagem de mídia, o que fascina, sem explicação".

Mário Gruber (GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 2000. p.160. 22 de dezembro de 1975)

"Para mim, a gravura em metal em preto-e-branco é música de câmara, enquanto a pintura tem o som da orquestra sinfônica. A aproximação à gravura é sempre mais difícil, exige atenção, acuidade, e um certo olho para o detalhe. Mas quem consegue se aproximar percebe logo que não se trata de técnica menor; ao contrário, como toda forma camerística ela é densa, funda, e possui luz própria. Uma luz que, no meu caso, serve também como referência para a pintura. Ela funciona, digamos, como 'juízo crítico' dos quadros que pinto. Porque a gravura tem, concisamente, tudo o que a arte plástica deve ter: desenho, movimento, expressão e intensidade. (...) Ao contrário da pintura, a gravura não pode ser apreendida apenas por seu lado exterior e alegórico. Ela atua no fio da navalha, na exata intersecção entre a essência e a forma. Além de ser um espelho mágico, já que é única e muitas ao mesmo tempo. Por isso requer uma compreensão mais difícil, elaborada, e aí pode estar, também, uma das causas do preconceito. Mas a gravura resiste. Não é a primeira vez que ela é preterida pelo gosto corrente e pela moda".

Mário Gruber (GRAVURA: arte brasileira do século XX. São Paulo: Itaú Cultural : Cosac & Naify, 2000. p.160. Setembro de 1992)

Exposições Individuais

1947 - São Paulo SP - Mário Gruber: gravuras em metal, Clube dos Artistas e Amigos da Arte

1967 - Rio de Janeiro RJ - Mário Gruber: pinturas, Galeria Ibeu Copacabana

1967 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Galeria Atrium

1970 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Galeria de Arte Portal

1973 - Rio de Janeiro RJ - Mário Gruber: pinturas, Galeria de Arte Ipanema

1975 - São Paulo SP - Mário Gruber: gravuras, Arcádia Artes e Decorações

1976 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1979 - Santos SP - Mário Gruber: gravuras, UCBEU

1979 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1983 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Galeria Art Selection

1985 - São Paulo SP - Mário Gruber: arqueologoa da pintura - ano 85, Galeria Montesanti Roesler

1987 - São Paulo SP - Mário Gruber, Galeria Millan

1992 - Poços de Caldas MG - Mário Gruber: retrospectiva de gravuras 1940-1990, Casa da Cultura

1993 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1996 - São Paulo SP - Mário Gruber: pinturas, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

2005 - Campinas SP - Sobrevivente, Galeria de Arte do Instituto de Artes da Unicamp

2006 - São Paulo SP - Mario Gruber e a Metafísica dos Planos, Fundação Memorial da América Latina

2007 - Curitiba PR - Mário Gruber, 80 Anos, Galeria IMS - Unibanco Arteplex

2010 - Santos SP - Anjos da Renascença Brasileira, Pinacoteca Benedicto Calixto

2010 - São Paulo SP - Mário Gruber: gravuras, Lugar Pantemporâneo

Exposições Coletivas

1947 - Araraquara SP - 1º Salão Araraquarense

1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, Galeria Prestes Maia - 1º prêmio em pintura

1948 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Paulistas, Ministério da Educação e Cultura

1948 - Salvador BA - 1º Salão Nacional de Arte Moderna da Bahia

1948 - São Paulo SP - Aldemir Martins, Mario Gruber e Enrico Camerini, Galeria Domus

1948 - São Paulo SP - 12º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, Galeria Domus

1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia - medalha de bronze em gravura

1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia

1958 - São Paulo SP - Eduardo Sued, Marcelo Grassmann, Gruber e Darel

1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1962 - São Paulo SP - Mostra, Galeria Residência

1965 - São Paulo SP - 2ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1966 - São Paulo SP - Três Premissas, Museu de Arte Brasileira

1968 - Portland (Estados Unidos) - 39th International Exhibition Northwest Print Makers, Portland Art Museum

1968 - São Paulo SP - 19 Pintores, Tema Galeria de Arte

1968 - Seattle (Estados Unidos) - 39th International Exhibition Northwest Print Makers, Seattle Art Museum

1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1970 - Medellín (Colômbia) - 2ª Bienal de Arte de Medellín, Museo de Antioquia

1970 - Portland (Estados Unidos) - 41 International Exhibition Northwest Printmakers, Portland Art Museum

1970 - San Juan (Porto Rico) - 1ª Bienal de San Juan del Grabado Latinoamericano y del Caribe, Instituto de Cultura Puertorriqueña

1970 - Seattle (Estados Unidos) - 41 International Exhibition Northwest Printmakers, Seatle Art Museum Pavillion

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, Galeria da Collectio

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, Museu de Arte Moderna

1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, Pinacoteca do Estado

1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, Museu Lasar Segall

1977 - São Paulo SP - 9º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1978 - São Paulo SP - 19 Pintores, Museu de Arte Moderna

1979 - São Paulo SP - Artistas Figurativos, Itaúgaleria

1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1980 - Nova York (Estados Unidos) - Exhibition of Print and Drawings of Latin American Artists, El Museo del Barrio

1980 - São Paulo SP - Imagens de Dança, Paço das Artes

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, Museu de Arte Moderna

1982 - São Paulo SP - Marinhas e Ribeirinhas, Museu Lasar Segall

1983 - Paris (França) - Art Against Apartheid, Foundation Nationale des Arts Graphiques et Plastiques

1983 - Paris (França) - Jeune Gravure Contemporaine et ses Invités

1984 - Cidade do México (México) - 4ª Bienal Iberoamericana de Arte

1984 - Copenhague (Dinamarca) - Art Against Apartheid, Museu Charlottenborg

1984 - Curitiba PR - 6ª Mostra da Gravura Cidade de Curitiba, na Fundação Cultural de Curitiba

1984 - Lund (Suécia) - Art Against Apartheid, Lunds Konsthall

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, Fundação Bienal

1984 - Tampere (Finlândia) - Art Against Apartheid, Tampereen Nyktaiteen Museo

1985 - Amsterdã (Holanda) - Art Against Apartheid, Thenew Church

1985 - Barcelona (Espanha) - Art Against Apartheid, Palau Marc

1985 - Berlim (Alemanha) - Art Against Apartheid

1985 - Bolonha (Itália) - Art Against Apartheid, Galleria d'Arte Moderna

1985 - Cáceres (Espanha) - Art Against Apartheid, Museo Casa de los Caballos

1985 - Hamburgo (Alemanha) - Art Against Apartheid

1985 - Hammamet (Tunísia) - Art Against Apartheid, Centre Culturel International d'Hammamet

1985 - Madri (Espanha) - Art Against Apartheid, Circulo de Bellas Artes

1985 - Marselha (França) - Art Against Apartheid, La Maison de L'Etranger

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, Museu de Arte de São Paulo

1985 - São Paulo SP - A Arte do Imaginário, Galeria Encontro das Artes

1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal

1985 - Stuttgart (Alemanha) - Art Against Apartheid

1985 - Colônia (Alemanha) - Art Against Apartheid

1986 - Paris (França) - Los Americanos: peitres et sculpteurs d'Amerique Latine, Galerie Centre d'Art Plastique Contemporaine

1986 - São Paulo SP - 30 Destaques da Gravura Brasileira, Trilema Espaço Cultural

1986 - São Paulo SP - A URBS na Visão de Oito Artistas, Galeria Montesanti Roesler

1986 - São Paulo SP - Antes e Agora: 8 pintores, Fundação Cásper Líbero

1987 - Brasília DF - Paulistas em Brasília, Museu de Arte de Brasília

1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show

1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, Sesc

1987 - São Paulo SP - 18ª Panorama de Arte Atual Brasileira, Museu de Arte Moderna

1988 - Curitiba PR - Marcelo Grassmann e Mário Gruber, Casa Romário Martins

1988 - São Paulo SP - 21ª Chapel Art Show, Chapel Art Show

1990 - Goiânia GO - 20 Anos do Museu de Arte de Goiânia, Museu de Arte de Goiânia

1991 - São Paulo SP - 24ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show

1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Casa da Cultura

1992 - São Paulo SP - 25ª Exposição de Arte Contemporânea, Chapel Art Show

1992 - São Paulo SP - Polaridades/Perspectivas, Paço das Artes

1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, Casa da Cultura

1994 - São Paulo SP - Bandeiras: 60 artistas homenageiam os 60 anos da USP, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Unidade e Confronto, Escola Panamericana de Arte

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, Museu de Arte de São Paulo

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, Companhia do Metropolitano de São Paulo

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, Museu de Arte Moderna

1995 - São Paulo SP - Três Mestres da Gravura em Metal: Darel, Grassmann, Gruber, Museu Banespa

1995 - São Paulo SP - Visual Road, Renato Magalhães Gouvêa - Escritório de Arte

1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, Casa das Rosas

1996 - São Paulo SP - 1ª Off Bienal, Museu Brasileiro da Escultura

1997 - São Paulo SP - A Cidade dos Artistas, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo

1997 - São Paulo SP - Dois Gravadores Paulistas, Instituto Moreira Salles

1998 - Marselha (França) - Futebol Arte

1998 - Paris (França) - Futebol Arte

1998 - Rio de Janeiro RJ - Futebol Arte, Fundação Casa França-Brasil

1998 - São Paulo SP - Futebol Arte, Galeria Marta Traba

1998 - São Paulo SP - Os Colecionadores - Guita e José Mindlin: matrizes e gravuras, Galeria de Arte do Sesi

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, Museu Nacional de Belas Artes

2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Coletiva Sociarte, Clube Atlético Monte Líbano. Espaço Cultural

2000 - São Paulo SP - Investigações. A Gravura Brasileira, Itaú Cultural

2001 - Brasília DF - Investigações. A Gravura Brasileira, Itaugaleria

2001 - Penápolis SP - Investigações. A Gravura Brasileira, Itaugaleria

2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, Nova André Galeria

2003 - São Paulo SP - A Arte Atrás da Arte: onde ficam e como viajam as obras de arte, Espaço MAM - Villa-Lobos

2003 - São Paulo SP - Arte & Artistas: exposição dos dezenove pintores, Masp. Galeria Prestes Maia

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, Itaú Cultural

2008 - São Paulo SP - Acervo BM&FBOVESPA, Espaço Cultural BM&FBovespa

2009 - São Paulo SP - Memorial Revisitado: 20 anos, Galeria Marta Traba

2009 - São Paulo SP - Olhar da Crítica: Arte Premiada da ABCA e o Acervo Artístico dos Palácios, Palácio dos Bandeirantes

2010 - São Paulo SP - Autorretratos e "Autorretratos", Lugar Pantemporâneo

2011 - São Paulo SP - Papéis Brasileiros: a arte da gravura - Coleção Masp, Museu de Arte de São Paulo

Fonte: MÁRIO Gruber. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 26 de Abr. 2020. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia Wikipédia

Como sempre esteve, o amanhã está em nossas mãos (1978-1987), mural de Mário Gruber exposto na estação Sé.

Começou a pintar em 1943. Entrou para a Escola de Belas Artes de São Paulo em 1946, e no ano seguinte ganhou o primeiro prêmio de pintura na exposição do grupo 19 Pintores. Em 1948, fez sua primeira exposição individual.

Estudou gravura com Poty e trabalhou com Di Cavalcanti e Cândido Portinari.

Em 1949, graças a uma bolsa de estudos, mudou-se para Paris, onde estudou na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, sendo aluno do gravador Édouard Goerg. Voltou para o Brasil em 1951, quando fundou em Santos o Clube de Gravura, que mais tarde se chamaria Clube de Arte. Foi professor no Museu de Arte Moderna de São Paulo e na Fundação Armando Álvares Penteado. A partir de 1979, depois de uma breve passagem por Olinda, passou a dividir suas atividades entre as cidades de São Paulo, Paris e Nova York.

Morreu aos 84 anos, numa clínica geriátrica em Cotia, onde estava internado para se tratar de complicações causadas por um câncer.

Obra

Depois de um início de carreira marcado pelo Expressionismo, Gruber dedicou-se a obras de realismo social na década de 50, ao lado de seus companheiros do Clube de Gravura. Nos anos 70, experimentou recursos fotográficos, ao mesmo tempo que assimilava influências da televisão e do cinema.

Mais tarde, suas composições passaram a apresentar personagens como anjos e robôs, vinculando-se ao realismo fantástico latino-americano.

Colaborou com o arquiteto Vilanova Artigas criando os painéis da Casa dos Triângulos, da Galeria Califórnia e do Ginásio Estadual de Guarulhos. Também criou os painéis do Aeroporto Internacional de Cumbica e da Estação Sé do Metrô de São Paulo.

Telas de Mário Gruber compõem o acervo de museus como o Wisconsin State Museum College Union, o Museu Pushkin (Moscou), o MASP, o Museu de Arte Brasileira (São Paulo) e o Museu da Bahia (Salvador).

Cinema

Em 1966, o artista foi tema do documentário de curta-metragem Mário Gruber, dirigido por Rubem Biáfora. Com música de Rogério Duprat, o filme recebeu o prêmio de melhor curta do Instituto Nacional do Cinema naquele ano.

Outro cineasta que dedicou um filme à sua obra foi Nelson Pereira dos Santos, também com um documentário de curta-metragem: A Arte Fantástica de Mário Gruber,de 1982.

A última participação de Gruber nas telas foi como um dos artistas apresentados no curta Schenberguianas (2006), de Sergio Oliveira e William Cubits, que mostrou a relação da arte com o trabalho do físico Mário Schenberg

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 26 de janeiro de 2018.

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Mário Gruber é um dos principais nomes da pintura brasileira

O pesquisador Saulo di Tarso realiza o encontro “Mário Gruber: artista e ativista”, uma imersão na produção e na vida do artista.

O encontro apresenta o artista a partir de três aspectos, como ativista, a partir de sua relação com história e como criador.

Considerado um herdeiro da obra pictórica de Portinari e Di Cavalcanti, o santista Gruber dedicou-se intensamente à pintura e à gravura.

Nos anos 1940, começou sua pesquisa com gravura e trabalha com Portinari. Na década de 1950, fundou o Clube de Gravura na cidade de Santos, desenvolvendo trabalhos associados ao realismo social e ao humanismo. Suas pinturas são frequentemente relacionadas esteticamente ao movimento expressionista e ao universo fantástico.

O artista, que jamais deixou de ser atento à vida social e à política do país e do mundo, estabeleceu discussões permanentes sobre o fazer artístico e o mercado da arte.

Saulo Di Tarso- Artista, curador e crítico de arte. Trabalhou e estudou com Renato Cohen, Evandro Jardim, H. J. Koellreutter, Daniela Bousso, Haroldo de Campos, José Roberto Aguilar e Emanoel Araujo. Em 2002 conhece Mario Gruber, com quem trava uma relação de amizade a partir do interesse comum pela gravura. Essa convivência origina vários anos de imersão na obra e na biografia do artista, que resultam nas mostras "Sobrevivente", realizada na Galeria da UNICAMP, e "Mário Gruber e a Metafísica dos Planos", realizada no Memorial da América Latina, em 2006. Di Tarso também dirigiu o documentário "Em volta do Cavalete", curta-metragem que retrata Mario Gruber em seu último grande ateliê.

Fonte e crédito fotográfico: Jornal Orla, postado em 13 de novembro de 2012.

Arremate Arte
Feito com no Rio de Janeiro

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