Maurício Nogueira Lima (Recife, Pernambuco, 18 de abril de 1930 – Campinas, São Paulo, 1 de abril de 1999), mais conhecido como Nogueira Lima, foi um pintor, arquiteto, desenhista, artista gráfico e professor. Cursou artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Em São Paulo, frequentou cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conheceu os artistas gráficos Alexandre Wollner, Antônio Maluf e o pintor polônes Leopold Haar, colegas com quem desenvolve diversos trabalhos. Construiu trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar. Participou da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1967, integrou a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Na década de 70 leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral. Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo. Premiado diversas vezes, realizou exposições em solo brasileiro, mas também na Áustria, Alemanha, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Suíça, México e Japão.
Biografia – Itaú Cultural
Muda-se com a família para São Paulo aos 2 anos. Entre 1947 e 1950, estuda artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. De volta a São Paulo, em 1951, frequenta cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conhece os artistas gráficos Alexandre Wollner (1928-2018) e Antônio Maluf (1926-2005), e o pintor polônes Leopold Haar (1910-1954), profissionais com quem desenvolve diversos trabalhos.
Na tela Composição 1 (1952), cria ritmos horizontais e verticais, apresentando incidências vermelhas e negras que se contrapõem à superfície branca do suporte. Gradualmente adere à pintura concreta e dedica-se a uma crescente experimentação cromática, como na tela Sem Título (1962), na qual apresenta pequenos quadrados em ocre, azul e verde, distribuídos sobre um fundo vermelho. O uso das cores complementares faz com que a pintura apresente um grande efeito de vibração cromática.
A convite do artista italiano Waldemar Cordeiro (1925-1973) integra, em 1953, o Grupo Ruptura e participa de diversas mostras de arte concreta, além de Bienais e Salões Paulista de Arte Moderna. Estuda arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre 1953 e 1957. No ano seguinte, é responsável pela criação da logomarca e programação visual da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit), em São Paulo. Em 1960, realiza as primeiras grandes instalações ambientais para indústrias automobilísticas no Salão do Automóvel e é convidado pelo designer suíço Max Bill (1908-1994) a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho no museu Helmhaus, em Zurique.
A partir de 1964, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa e constrói trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar (1964-1985). Participa da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em 1967, integra a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Retoma a abstração geométrica como tema artístico em 1973, porém com maior liberdade formal.
Ainda na década de 1970, leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral.
Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo.
O artista explora em suas pinturas a oposição entre pequenas áreas de luz e de cor e amplas extensões cromáticas. Como aponta o artista plástico Claudio Tozzi (1944), as obras de Maurício Nogueira Lima são projetadas com base em uma geometria sensível e executadas em gestos leves, revelando um trabalho intimista e reflexivo.
Maurício Nogueira Lima tem variada atuação no campo das artes visuais. Suas composições expandem os limites da abstração geométrica e ilustram, entre outros temas, o momento histórico e os ídolos populares dos meios de comunicação de massa de sua época.
Críticas
"O desenvolvimento do trabalho de Maurício Nogueira Lima, ao longo das duas últimas décadas, pode ser situado em paralelo com o de Waldemar Cordeiro, distanciando-se apenas nas suas consequências mais recentes. De fato, ambos estiveram entre os primeiros de nossos artistas a absorver, após a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, a nova linguagem da arte concreta (...). Ambos incorporariam também, numa contradição de rumo que era apenas aparente, a retomada da figuração nos primeiros anos da década seguinte, segundo influência oriunda da pop art norte-americana; para Nogueira Lima, a atividade profissional no campo da publicidade forneceu base e atração suficiente no sentido desse novo encaminhamento, onde o rigor permanece, sob outro aspecto: ´A figura para mim não tem o mesmo sentido que tem para um artista expressionista. O desenho de um rosto ou outra coisa qualquer equivale a um design. (...) A comunicação é a única coisa que importa, comunicação industrial, moderna (...)´, dizia ele em 1967. No entanto, após essa fase de quase-apropriação do folclore urbano (...) Maurício Nogueira Lima retomou seu antigo interesse pela abstração despojadamente geométrica, de acordo com a linguagem atual da op art e dos efeitos cinéticos virtuais" — Roberto Pontual
(PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973).
"(...) ele se voltou, nessa época (1964 a 1970), para uma figuração cujo parentesco mais próximo seria com a pop art: altos contrastes, retículas, aproveitamento de imagens relacionadas (ou extraídas) à sociedade de consumo. Mas é bom que se saiba que as motivações foram distintas. No caso de Maurício, não houve influência da pop art (que ele nem mesmo conhecia), e sim de uma antiga experiência profissional com artes gráficas. Mais ainda, sua fase figurativa teve um caráter nitidamente participante, desenvolvendo-se sempre numa linha de crítica de idéias e tomada de posições (...)" — Olívio Tavares de Araújo (Araújo, Olívio Tavares de. Pinturas. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977).
"O preparo em várias áreas (artes plásticas, comunicação visual e arquitetura) conduziu Maurício Nogueira Lima (...) a uma aplicação profissional multímoda, incluindo-se a docência entre as suas atividades. Artista de princípios racionais dos mais dogmáticos, manteve algumas constantes instaurativas, sobretudo na animação ótica dos espaços, na seriação das construções e ainda na busca específica de retículas coloridas. Seus primeiros trabalhos, neste último aspecto, eram em preto-e-branco e vermelho-e-preto, e datam de 1955, quando usa a cor somente no sentido estrutural, para separar formas. As obras reticuladas prolongaram-se até 1963 e são uma de suas características mais fortes. Entre 1964 e 1970 interrompeu bruscamente essa produção concreta ´por falta de equilíbrio emocional diante dos eventos sociopolíticos no país´ e no espírito das Novas Figurações passou a uma iconografia baseada na fotografia em alto-contraste com repertório extraído dos meios de comunicação de massa. Depois do intervalo, o retorno à arte geométrica fez-se certamente com maior liberdade na estruturação da forma e na sensibilização luminística da cor, insinuando-se nas composições alguns elementos de natureza figurativa" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. Apresentação de Walther Moreira Salles. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983).
Exposições Individuais
1960 - Rio de Janeiro RJ - Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no MAM/RJ
1962 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar
1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Mobilínea
1975 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Modular
1976 - Campinas SP - Individual, no Centro de Convivência Cultural de Campinas
1977 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: 77 pinturas, na Galeria Arte Global
1978 - Tatuí SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, no Conservatório Musical de Tatuí.
1979 - Santo André SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias, na Kris Galeria de Artes
1979 - São Paulo SP - Individual, na Itaugaleria
1980 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos, na Galeria Cosme Velho
1984 - São Paulo SP - A Visão Construtiva de Maurício Nogueira Lima, no CCSP
1986 - São Paulo SP - Reflexão e Refração, na Galeria Choice
1990 - São Paulo SP - Individual, na Livraria Letrativa. Sala Mira Schendel
1993 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, na A Hebraica
1997 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ruy Sant'Anna
Exposições Coletivas
1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosario (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1957 - São Paulo SP - Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Leverkusen (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus
1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1959 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Viena (Áustria) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Arte Concreta, no MAM/RJ
1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1960 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Utrecht (Holanda) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, na Helmhaus, organizada por Max Bill
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1963 - São Paulo SP - Galeria Novas Tendências: coletiva inaugural, na Associação de Artes Visuais Novas Tendências
1965 - Porto Alegre RS - Cinco Pintores de Vanguarda, no Margs
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - São Paulo SP - Proposta 65, no MAB/Faap
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1967 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Contemporânea, no MACC
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - grande medalha de prata
1967 - São Paulo SP - 6 Pintores da Nova Objetividade, no IAB/SP
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1967 - Tóquio (Japão) - Bienal de Tóquio
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massas, na Esdi
1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - Grande Prêmio Conselho Estadual de Cultura
1970 - Paris (França) - Salão de Outono
1970 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea - 1º prêmio em pintura
1970 - São Paulo SP - Coletiva, no IAB/SP
1971 - Barcelona (Espanha) - Bienal Internacional del Deporte
1971 - São Paulo SP - Futebol x Arte, no Paço das Artes
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1973 - Brasília DF - Arquitetos Pintores, no Touring Clube do Brasil
1973 - São Paulo SP - 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1973 - São Paulo SP - 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1974 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp - Prêmio Conselho Estadual de Cultura: Pintura
1976 - São Paulo SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil Anos 60, no MAB/Faap
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1979 - São Paulo SP - Volta à Figura: década de 60, no Museu Lasar Segall
1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, na Galeria de Arte São Paulo
1982 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Futebol, no MAM/RJ
1983 - São Paulo SP - 14º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1983 - São Paulo SP - Projeto Releitura, na Pinacoteca do Estado
1984 - São Paulo SP - Arte na Rua 2
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Penápolis SP - Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação das Artes de Penápolis
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte
1987 - São Paulo SP - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1991 - São Paulo SP - Artistas Arquitetos, no Masp
1991 - São Paulo SP - Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem, no Sesc Pompéia
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1991 - São Paulo SP - Sincronias
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura
1992 - São Paulo SP - Cidadania - 200 Anos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Pinacoteca do Estado
1992 - São Paulo SP - Mostra de Reinauguração do Museu de Arte Contemporânea de Americana, no MAC/Americana
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura
1994 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Cláudio Tozzi, Ivald Granato, Cleber Machado, Maurício Nogueira Lima, Rubens Gerchman, Siron Franco e Tomoshige Kusuno, na A Hebraica
1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ
1995 - Santos SP - 5ª Bienal Nacional de Santos, na Prefeitura Municipal de Santos
1995 - São Paulo SP - United Artists, na Casa das Rosas
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC/USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1998 - Brasília DF - Cien Recuerdos para Garcia Lorca, no Espaço Cultural 508 Sul
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Traços e Formas, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, MAM/RJ
Exposições Póstumas
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e Seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
2000 - Lisboa (Portugal) - Século XX: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Coleção Pirelli no Acervo do MAM: a arte brasileira nos anos 60, no MAM/SP
2000 - São Vicente SP - A Arte de Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no CCBEU
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto/cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
Fonte: MAURÍCIO Nogueira Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 20 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Anos Iniciais
Nascido em Recife, Maurício Nogueira Lima mudou-se com a família aos dois anos de idade para São Paulo. Entre 1947 e 1950 a família se mudou para Porto Alegre e ali, paralelo aos estudos do Ensino Médio, Nogueira Lima estudou Artes Plásticas no Instituto de Belas Artes (que mais tarde viria a integrar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRSG). Novamente em São Paulo, em 1951, concluiu o Ensino Médio e se inscreveu no recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand (MASP). Nesse mesmo ano, Maurício Nogueira Lima, então aos 21 anos de idade, venceu o concurso para o Cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna. Segundo o artista, foi a partir de então que o seu trabalho como programador gráfico começou a ser reconhecido e valorizado.
Grupo Ruptura
Após a 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1951), Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro foram os primeiros artistas a absorverem a arte concretista. Em 1953, a convite de Waldemar, passou a integrar o Grupo Ruptura, o qual reunia artistas abstratos geométricos em São Paulo. No mesmo ano, ingressou no curso de arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, concluindo em 1957. Além disso, matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no MASP.
Durante esse período, Maurício Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, expondo pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Essa produção lhe permitiu apresentar obras na mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta) realizada em Zurique, em 1960, a convite de Max Bill.
Pós-Golpe Militar
Com o Golpe Militar de 1964, Maurício Nogueira Lima voltou-se para a figuração, afastando-se temporariamente do concretismo e aproximando-se da pop-art. Nesse ano ministrou Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1967 foi contratado como professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações da FAAP, atuando também como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Também em 1967 colaborou com a organização da mostra Nova objetividade brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, assinando o Manifesto “Declaração de princípios básicos da Nova Vanguarda”.
Retorno ao abstracionismo
Em 1973 retomou a abstração geométrica, com maior liberdade formal. Com a ilusão de volumes e vibrações cromáticas, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, como as pinturas na Praça Roosevelt e no Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão. Além disso, projetou, na década de 80 em São Paulo, os painéis para as estações Santana e São Bento do metrô de São Paulo.
De acordo com Gabriel San Martin, com "a dispersão do Grupo Ruptura e a morte de Waldemar Cordeiro, o comedimento formal rigoroso a que o seu trabalho parecia emplacado fica mais despojado. O manuseio da cor atinge determinada maturidade e passa, de fato, a fomentar as particularidades de seus esquemas. Como que rompida a lógica concreta que mediara a sua produção como um censor a determinados ordenamentos formais, Maurício adota uma disposição colorista até então enrustida às suas configurações de cinquenta. O ritmo visual dos trabalhos passa a surtir efeito segundo o movimento da cor".
Ainda nas intervenções urbanas, realizou trabalhos pioneiros de intervenção cromática com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro e no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Em 1974 começou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permaneceu até a sua morte. Ali também realizou mestrado e doutorado.
Em paralelo à produção de artes plásticas, Maurício Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos para empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil, 1958) e UD (Feira de Utilidades Domésticas, 1959).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Biografia – Site Nogueira Lima
Nascido em 1930, Maurício Nogueira Lima foi o mais jovem integrante do Grupo Ruptura, que reuniu, em São Paulo, artistas abstratos geométricos no início da década de 1950. Ao lado de Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros e Luis Sacilotto, Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, tendo exposto pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal de São Paulo. Com essa produção, foi convidado pelo artista suíço Max Bill a tomar parte na célebre mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta), realizada em Zurique, em 1960.
Assim como outros artistas do Grupo Ruptura, Nogueira Lima voltou-se para a figuração logo após o golpe de 1964. Nesse período apropriou-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: ídolos do cinema, do futebol e da música pop são protagonistas nas pinturas, assim como sinais gráficos e onomatopeias que denunciavam de maneira velada a violência instituída pelo novo regime. Em 1967 colaborou na organização da lendária mostra “Nova Objetividade Brasileira”, ocorrida no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Em 1973 retomou a abstração geométrica, no entanto, fazendo-o com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criava ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas e, a partir desses estudos, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, em lugares como a Praça Roosevelt e o Minhocão. Na década de 1990 realizou trabalhos pioneiros de intervenções cromáticas com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, e no Estádio Municipal do Pacaembu.
Paralelamente à produção plástica, Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos de importantes empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil) e a UD (Feira de Utilidades Domésticas). Foi vencedor dos concursos de cartazes do I e do VI Salão Paulista de Arte Moderna (respectivamente em 1951 e 1957) e, na década de 1980, MNL projetou painéis para as estações Santana e São Bento – ambas do metrô paulistano.
Cronologia
1930
Maurício Nogueira Lima nasce a 18 de abril, em Recife. Seus pais, Manoel Mendes Nogueira Lima e Maria de Assis Nogueira Lima (nome de solteira: Maria de Assis Pereira de Arruda) haviam se conhecido em Limoeiro, cidade próxima à capital pernambucana, onde viviam. Em 1927, logo após o casamento, mudam-se para São Paulo em busca de melhores condições de vida, mas, em 1930, decidem retornar a Pernambuco, onde nasce Maurício, filho único do jovem casal.
1932-1946
A família Nogueira Lima fixou-se em São Paulo e viveu modestamente em pensões no centro da cidade. Manoel trabalhava como vendedor e Maria lecionava português para imigrantes fugidos da Europa. Maurício cursou o primário no Ginásio Marista e o ginásio no Colégio Bandeirantes, formando-se em 1946. Aos domingos, frequentava a sessão Zig-zag no cinema do Palacete Santa Helena, onde viu pela primeira vez Flash Gordon, personagem que se tornaria um de seus heróis preferidos.
1947 - 1950
Após o término da Guerra, Manoel foi convidado a trabalhar na sucursal da Colgate Palmolive, no Rio Grande do Sul, e, assim, a família muda-se para Porto Alegre.
Paralelamente ao Ensino Médio, Maurício frequentava o curso de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, onde se aproximou de estudantes de Arquitetura.
1951
Em 1951, Nogueira Lima retornou a São Paulo e terminou o Ensino Médio no Colégio Rio Branco, com bolsa concedida pelo Rotary Club. Além disso, inscreveu-se no curso de Desenho Industrial e Artes Gráficas do recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Alinhados com os ensinamentos da Bauhaus, os professores do IAC entendiam a arquitetura como espaço privilegiado para a concretização da obra de arte total e o desenho como forma de comunicação, conceitos esses que o jovem Maurício assimilou e adotou ao longo de sua trajetória profissional.
A exposição de Max Bill, inaugurada no Masp em março, – no mesmo dia em que o IAC abre suas portas – bem como a representação suíça na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, são referências importantes para sua geração. As soluções sintéticas conquistadas com o mínimo de elementos geométricos e cores primárias são aplicadas a linguagens que variam da pintura aos projetos de arquitetura e design gráfico, suscitando discussões e alimentando o repertório dos futuros artistas concretos.
Ainda nesse mesmo ano, Maurício venceu o concurso de cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna.
1952
Expôs pela primeira vez sua pintura concreta no II Salão Paulista de Arte Moderna e recebeu o Prêmio aquisição pela obra Composição no. 2.
Conhece Waldemar Cordeiro que o convida a participar do Grupo Ruptura. Assim como outros artistas concretos, trabalhava com materiais industriais, tais como tintas automotivas e em massa. Pensava a geometria como uma linguagem afinada com a cidade moderna e que a serigrafia propiciava uma circulação mais ampla e democrática do objeto artístico.
1953
Ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no Masp.
No fim do ano casou-se com Maria da Glória Leme, com quem teve duas filhas, Áurea e Mônica Nogueira Lima.
1954
Expôs no III Salão Paulista de Arte Moderna, no qual recebeu o Prêmio aquisição pela obra “Desenvolvimento espacial da espiral”.
Recebeu a 2ª Menção Honrosa no concurso do selo comemorativo para o IV Centenário de São Paulo.
1955
Expôs duas pinturas-objetos na III Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e outras duas no IV Salão Paulista de Arte Moderna, onde é laureado com o 2º Prêmio Governador do Estado.
Em 16 de maio nasce sua primeira filha, Áurea Nogueira Lima.
1956
Em dezembro, tomou parte da Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM-SP, que seguiu no início do ano seguinte para o Ministério de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro.
1957
Participou da IV Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo com três pinturas e recebeu Menção honrosa no concurso de cartaz do evento.
Recebeu o 1º Prêmio pelo cartaz do VI Salão Paulista de Arte Moderna.
Ao final do ano concluiu o curso de graduação e abriu o primeiro escritório de arquitetura especializado em planejamento de feiras promocionais, tendo como sócios Arnoldo Grostein, Cesar Luiz Pires de Mello e Claus Bergner.
1958
Cria o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil – Fenit. Este foi o primeiro de muitos projetos de “arquitetura promocional” – instalações de grande porte para feiras comerciais – que se tornaria importante fonte de renda nos anos seguintes.
Em 12 de abril nasce sua segunda filha, Mônica Nogueira Lima
1959
Desenvolve o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da UD - Feira de Utilidades Domésticas.
1960
Foi convidado por Max Bill a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho na Helmhaus, em Zurique.
Como diretor da SPAÇO Arquitetura e Construções, realizou a arquitetura promocional do I Salão do Automóvel, maior evento da indústria automobilística do Brasil, sediado no Parque do Ibirapuera.
1961
Apresenta três pinturas concretas na VI Bienal do MAM-SP.
1962
Em abril realizou uma exposição individual na Galeria Aremar, em Campinas, SP, mostrando trabalhos concretos.
Recebeu o 2º Prêmio Governo do Estado na categoria Arquitetura no XI Salão Paulista de Arte Moderna, pelo projeto da residência do Sr. Maurício Grostein.
1963
Vence o concurso para a Estação Rodoviária da Guanabara.
Em dezembro expõe na mostra inaugural da Galeria Novas Tendências.
1964
Visitou o ateliê de Wesley Duke Lee e observou trabalhos inspirados pela poética de Robert Rauchenberg, ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Veneza neste ano. Produziu uma série de colagens com imagens publicadas em jornais e revistas.
Realizou a obra “Não entre à esquerda” (atualmente no acervo do MAM-SP), considerado um trabalho de transição entre uma linguagem concreta e a arte pop. O aspecto gráfico da sinalização de trânsito, os comandos curtos, mas efetivos, somados a nomes de bairros, resultam numa imagem ambígua e bem-humorada que alude à situação política do país no período pós-golpe militar.
A partir disso, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: seleciona retratos de ídolos do cinema, do futebol e da música pop. Além disso, “limpa” os elementos que considera redundantes, reduzindo a imagem a duas ou três cores em alto contraste. Eliminados os meios-tons, a relação binária entre figura e fundo estrutura a composição, tornando a mensagem instantaneamente decodificável. Para além das denúncias contra a ditadura militar, a figuração pop remete à luta por novos paradigmas sociais decorrentes dos movimentos de contracultura deflagrados nessa década.
Durante dois anos ministrou a disciplina Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
1965
Nesse ano, realizou uma exposição individual na Galeria Mobilínea, em São Paulo, e apresentou três colagens na VIII edição da Bienal de São Paulo.
Participou da mostra Proposta 65, organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Encerrou as atividades da empresa SPAÇO Arquitetura e Construções.
1966
Em 1966, Nogueira Lima realizou uma série de trabalhos enfocando a Jovem Guarda.
Tornou-se diretor de arte da agência Alcântara Machado Publicidade, cargo que exerceu por dois anos.
1967
Foi contratado pela FAAP como Professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações, e como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Em abril participou da mostra Nova Objetividade Brasileira, no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Expôs quatro pinturas da série de onomatopeias na IX Bienal de São Paulo, também conhecida como “Bienal da arte pop”. Com obras dessa série, foi premiado na 1ª Bienal da Bahia e no XVI Salão Paulista de Arte Moderna.
O jogo de futebol e seus ídolos são progressivamente incorporados como tema de pintura, até 1970, ano da Copa do Mundo.
1968
Recebeu o 2º Prêmio Conselho Estadual de Cultura no XVII Salão Paulista de Arte Moderna, pela pintura Tip. A partir desse ano, dedicou-se exclusivamente à pintura e à carreira de professor universitário.
Separou-se de Maria da Glória e passou a morar com Vera Ilce Monteiro da Cruz, jovem pintora adepta da arte pop.
1969
Dirigiu o curso de Desenho e Plástica, na FAAP. E, além disso, foi nomeado pela Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo como membro da Comissão Organizadora do I Salão Paulista de Arte Contemporânea, realizado no Masp.
1970
Em 1970, foi contratado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das Cruzes, para assumir as cadeiras de Projeto e Comunicação visual, atividade que exerceu até 1986. Paralelamente, lecionou a disciplina de Estética e História da Arte na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí durante sete anos. Foi dispensado pela FAAP por razões políticas.
1971
Ao longo das décadas seguintes, participou de inúmeros salões e exposições coletivas, entre as quais diversas edições do Panorama da Arte Atual Brasileira - Pintura, organizadas pelo MAM-SP.
1972
Participou da coletiva Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois, realizada na Galeria Collectio, São Paulo. Participou também das exposições Eucat Expo, 22Semana72 e outra na Galeria Múltipla, São Paulo.
1973
Em 1973, Maurício retomou a abstração geométrica, mas, nesse momento, o fez com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criou a ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas, ora aproximando variações tonais ora justapondo elementos geométricos construídos com cores complementares.
Ministrou, até 1986, a disciplina de Desenho da Mensagem na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos.
Conheceu Selma Sevá, que se tornaria sua companheira até o fim da vida.
1974
Ganhou o Prêmio Conselho Estadual de Pintura por “Quadratura do quadrado”, no V Salão Paulista de Arte Contemporânea.
Atuou como Professor assistente do Departamento de Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, atividade que conservou até a morte.
1976
Constituiu a empresa Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá/Arquitetos Associados, mantendo-a com a esposa até 1985. No novo escritório, retomou o trabalho de designer gráfico.
1977
Participou da mostra Projeto Construtivo Brasileiro na arte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no MAM-RJ.
Em novembro apresentou 22 pinturas na individual realizada na Galeria de Arte Global, em São Paulo.
1978
Nesse ano, toma parte na exposição “Objeto na arte – década de 60”, no Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Inicia a pós-graduação na FAU-USP. A cidade, sua geometria e suas cores tornam-se seu objeto de estudo.
1979
Cria um painel de 1.300 m2 no Largo São Bento, na lateral do edifício Capemi. Fez, inicialmente, um estudo da luz do local em diversas horas do dia e baseou a estrutura do desenho na arquitetura do entorno, de modo a criar volumes virtuais em estreito diálogo com o largo.
1980
Realizou a mostra individual "Pinturas Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos," na Galeria Cosme Velho, em São Paulo.
1983
Concluiu o mestrado em Estruturas Ambientais Urbanas, na FAU-USP, com a dissertação “Da cidade para a cidade”.
Em 21 de fevereiro nasce Cléo Sevá Nogueira Lima, sua filha caçula.
1984
Nesse ano, realizou a mostra retrospectiva "A visão construtiva de Maurício Nogueira Lima", no Centro Cultural São Paulo, apresentando 1.200 peças entre obras e projetos arquitetônicos.
Participou das coletivas “Tradição e ruptura”, na Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), e “Arte na rua 2”, coordenada pelo MAC USP.
Inaugurou, em outubro, a Ambientação cromática na nova Praça Roosevelt, em São Paulo.
1986
Integrou, nesse ano, as exposições coletivas "A trama do gosto", na FBSP, e "DACOLEÇÃO", no Masp.
1987
Apresentou 25 trabalhos na individual realizada na Maurício Leite Barbosa Galeria de Arte, no Rio de Janeiro.
1990
Criou dois murais na Estação Santana do metrô (linha azul), em São Paulo: um de 140m² no corredor de acesso à plataforma, e o outro, de 72 m², no mezanino. Nesse mesmo ano deu início à pintura de um mural de 450 m2 com tinta acrílica sobre uma superfície de concreto, no acesso à estação São Bento (linha azul).
1991
Durante os meses de julho e agosto empreendeu uma viagem de estudos pela Itália, Suíça, França e Espanha a fim de realizar leituras visuais e registros de gráfica urbana em estações de metrô.
1993
Realizou a individual "Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas", na Casa das Rosas, São Paulo, onde apresentou 30 pinturas e 800 desenhos coloridos baseados em pesquisas acadêmicas sobre intervenção no meio ambiente urbano.
1994
Integrou a mostra "Bienal Brasil Século XX", na Fundação Bienal de São Paulo.
1995
A quinta edição da Bienal de Santos dedicou-lhe uma sala especial, com 23 pinturas.
Nesse mesmo ano, ocorreu a publicação, pela Edusp, do livro "Maurício Nogueira Lima", com textos e trabalhos das décadas de 1980 e 1990.
1996
No Rio de Janeiro, realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna no Aqueduto dos Arcos.
Mudou-se para Campinas.
1997
Realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna na fachada do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo.
1998
Recebeu o Prêmio Mário Pedrosa (em reconhecimento a um artista de linguagem contemporânea), concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte.
A TV Cultura produz, nesse ano, o documentário “Maurício Nogueira Lima, um mestre concretista”, integrante da série “Artistas Contemporâneos Brasileiros.”
1999
Faleceu em 1º de abril, em Campinas.
Exposições
1951
I Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
1952
II Salão Paulista de Arte Moderna; Antigo Salão Trianon; São Paulo - SP (coletiva).
1954
Exposição de Artistas Concretas de São Paulo; Pró-Arte Teresópolis; Teresópolis - RJ (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1955
III Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
IV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1956
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1957
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Salão de Exposições do Ministério da Educação e Saúde; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arte Moderna em Brasil; Museo Nacional de Bellas Artes; Buenos Aires, Argentina (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
IV Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1958
47 Artistas Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
I FENIT Feira Nacional da Indústria Têxtil; Pavilhão de Exposições do Anhembi; São Paulo - SP (design).
Exposição de Artes Plásticas; Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie; São Paulo - SP (coletiva).
1959
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Homenagem aos comissários V Bienal Internacional de São Paulo; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1959-60
Brasilianische kunst der gegenwart; Vila Romana; Florença- Itália (coletiva).
1960
IX Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Arte Concreta (Konkrete Kunst); Helmhaus Zürich; Zurique, Suíça (coletiva).
Exposição de Arte Concreta: retrospectiva 1951-1959; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1961
X Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
VI Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1962
Mostra Inaugural Galeria do Clube dos Artistas; Galeria do Clube dos Artistas; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima Pinturas; Galeria Aremar; Campinas - SP (individual).
XI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1963 - Coletiva Inaugural 1; Galeria NT Novas Tendências; São Paulo - SP (coletiva).
1964
Arte no IAB; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico / arte gráfica).
XIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
Arquitetura da Finlândia; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; São Paulo - SP (arte gráfica).
Arquitetos Pintores; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1965
Maurício Nogueira Lima; Galeria Mobilínea; São Paulo - SP (individual).
5 Pintores de Vanguarda; Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli; Porto Alegre - RS (coletiva).
Exposição de Pintura Heinz Kühn; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Gráfica; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo USP; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão de Arte de São Bernardo; Associação São Bernardense de Belas Artes; São Bernardo - SP (júri de premiação).
VIII Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1965-66
Proposta 65; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva)
1966
Coletiva; Galeria Aliança Francesa; Campinas - SP (coletiva).
I Bienal Nacional de Artes Plásticas; Convento do Carmo; Salvador - BA (coletiva).
XV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
II Salão de Arte; Clube Ararense - União Universitária Ararense; Araras - SP (texto crítico).
Pinturas na Aliança Francesa; Aliança Francesa; São Paulo - SP (coletiva).
II Salão de Arte Contemporânea; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva/júri).
Exposição de Arte em Comemoração do 122º Aniversário da Cidade de Barretos; Grêmio Literário e Recreativo e Fundação Educacional; Barretos - SP (coletiva).
Salão de Pesquisa Operacional; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (júri de premiação).
1967
Nova Objetividade Brasileira; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
IX Bienal de Tóquio; ?; Tóquio, Japão (coletiva).
Exposição 12+1; Biblioteca Pública de Curitiba; Curitiba - PR (coletiva).
12 + 1 Coletiva de Artistas Campinenses e Paulistas; Museu de Arte Moderna de Florianópolis; Florianópolis - SC (coletiva).
6 pintores da nova objetividade; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
XVI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
IX Bienal Internacional de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
III Salão de Arte Contemporânea de Campinas; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Artistas Paulistas; Fundação Cultural do Distrito Federal; Brasília - DF (coletiva).
1968
Cafonismo A Arte De Mau-Gôsto; Pequena Galeria KLM; São Paulo - SP (individual).
2º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Colégio Estadual Idalina Macedo da Costa Sodré; São Caetano do Sul - SP (organização).
Aspecto 68; 1ª Cultural, Reitoria da Universidade Federal do Pará; Belém - PA (coletiva).
XVII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1969
Vanguarda; Galeria Seta; São Paulo - SP (coletiva)
III Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Rua Alegre, 497 São Caetano do Sul; São Caetano do Sul - SP (organização).
1969-70
I Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (organização).
1970
Coletiva da Sociedade de Arte 2 Mundos; Saguão do Teatro Brasileiro de Comédia; São Paulo - SP (coletiva).
Arte de Vanguarda; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1970-71
II Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1971
Futebol e Arte; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Salão de Outubro; Paris, França (coletiva).
III Bienal Internacional del Deporte Barcelona; Barcelona; Barcelona - Espanha (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1972
Eucat Expo; Eucat Expo; São Paulo - SP (coletiva).
22Semana72; Centro Acadêmico Fundação Getúlio Vargas; São Paulo - SP (coletiva).
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois; Galeria Collectio; São Paulo - SP (coletiva).
José Germano Mazzarino; Centro Cultural e Desportivo Carlos de Souza Nazareth SESC; São Paulo - SP (curadoria / texto crítico).
Exposição; Galeria Múltipla; São Paulo - SP (coletiva).
1973
Exposição Coletiva; Galeria Núcleo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Galeria Arte e Manha; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Clube Pinheiros; São Paulo - SP (coletiva).
V Panorama de Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
Arquitetos Pintores; Touring Club do Brasil / Fundação Cultural do Distrito Federal / Instituto de Arquitetos do Brasil; Brasília - DF (coletiva).
XII Bienal de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Serigrafias de Claudio Tozzi e Maurício Nogueira Lima; Galeria Hogar; São Paulo - SP (coletiva).
1974
Maurício Nogueira Lima; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
V Salão Paulista de Arte Contemporânea; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coleção Selvagem; Centro Cívico de Santo André; Santo André – SP (curadoria / texto crítico).
1975
Serigrafias; Galeria Gravurão; São Paulo - SP (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Contemporânea; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Serigrafias; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
1976
Arte Contemporânea; Centro Municipal de Cultura de Ubatuba; Ubatuba - SP (coletiva).
Serigrafias de Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá; GCM Galeria Castro Mendes; Campinas - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Centro de Convivência Cultural de Campinas; Campinas - SP (individual).
VIII Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
1977
Retrospectiva dos Movimentos Concreto e Neoconcreto - Trabalhos realizados entre 1950 e 1962; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria Arte Global; São Paulo - SP (individual).
1978
Individual; Conservatório Municipal de Tatuí; Tatuí - SP (individual).
I Bienal Latino-Americana; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Objeto na Arte: Brasil Anos 60; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
45 Pró-Henrique; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Leilão de Parede; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
As Bienais e a Abstração: a década de 50; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Papeis e Cia; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
1979
Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias; Galeria de Artes Kris, Santo André - SP (individual).
Volta à figura. A década de 60. Ciclo de exposições de pintura brasileira contemporânea; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Biblioteca Municipal Presidente Kennedy; Santo Amaro - SP (coletiva).
O desenho como instrumento; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva)
Gravuras; Galeria Livre; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Itaú; São Paulo - SP (individual).
1979-80
A Criança e o Artista; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1980
Pinturas Maurício Nogueira Lima - Pesquisas visuais dos últimos 5 anos; Galeria Cosme Velho; São Paulo - SP (individual).
Exposição Coletiva; Escritório de Arte Santa Cecília; São Paulo - SP (coletiva).
1981
Pinacoteca no Paraná; Paraná (coletiva).
Contemporâneos Brasileiros; Galeria São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Sala de Exposição Alberto França, Instituição Moura Lacerda; Ribeirão Preto - SP (individual).
Arquiteto Plástico; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Ponto de Encontro; São Paulo - SP (coletiva).
1982
Universo do Futebol; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Que toto o Espírito vive Pássaro; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Geometrismo Expressivo; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1983
10º Aniversário da Morte de Waldemar Cordeiro; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Todas as Mulheres do Mundo; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravura Arte Coletiva; Clube Internacional de Regatas; Santos - SP (coletiva).
Fernando Lorenzetti; Centro de Artes Shopping News; São Paulo - SP (texto crítico).
Exposição Coletiva; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravuras; MIS Museu da Imagem e Som / Anistia Internacional Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1983-84
Panorama Atual da Arte Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Projeto Releitura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1984
Geometria Hoje; Galeria Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Gravuras; Galeria Rubaiyat; São Paulo - SP (coletiva).
Visão Construtivista de Maurício Nogueira Lima; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (individual).
Festa de Retomada; Praça Roosevelt; São Paulo - SP (individual).
1984-85
Tradição e Ruptura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
1985
Exposição Coletiva; Ateliê José Xavier (av. Pompéia, 723); São Paulo - SP (coletiva).
Geometria Hoje; Museu de Arte da Pampulha; Belo Horizonte - MG (coletiva).
Cidades do Futuro; Palácio de Convenções do Anhembi; São Paulo - SP (palestrante / arte gráfica).
Destaque do Mês; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (individual).
1986
Futebol Arte Del Brasil; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Clube dos Concretos; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Reflexão-Refração Arte Concreta; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (individual).
O Abstrato e o Construtivismo na Gravura Brasileira; Galeria Artebela; São Paulo - SP (coletiva).
Dacoleação; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP; São Paulo - SP (coletiva).
1986-87
Panorama de Pintura Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1987
A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coletiva Choice; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Três Arquitetos Gravadores; Galeria Intersul; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Serigrafias; Congresso de Arquitetura; Buenos Aires - Argentina (individual).
Projeto Arte Brasileira Anos 50; Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
Miniaturarte; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
A Serigrafia de São Paulo; Mezanino da Estação de Metrô da Sé; São Paulo - SP (coletiva).
XX Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba; Hall do Teatro Municipal Dr. Losso Netto; Piracicaba - SP (comissão de seleção e premiação).
1987-88
Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Maurício Leite Barbosa; Rio de Janeiro - RJ (individual).
1988
Exposição Coletiva; Galeria Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
José Geraldo Martins; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Geométrica Paulista; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Lourdes Stamato De Camillis; Espaço D'Artefacto; São Paulo - SP (texto crítico).
Vladimir Bock - Desenhos Perspectiva Natural; Galeria Campo das Artes; São Paulo – SP (texto crítico).
Figura e Objeto (63-66); Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Programa Metrópolis; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
Cópias e Pastiches; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1989
O olhar do Artista; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1990
Entre a Construção, Desconstrução da Forma/Cor; Livraria Letraviva; São Paulo - SP (individual).
Sincronias; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP / Galleria La Seggiola; São Paulo - SP (coletiva).
Arte como Construção; Rio Designer Center; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Coletiva Especial; Oscar Seraphico Galeria de Arte; Brasília - DF (coletiva).
Futebol Arte do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
1991
Sincronias; Museu Nacional de Belas Artes; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arquitetos Designers e Arquitetos Pintores; Loja Box Blue; São Paulo - SP (coletiva).
Sincronias; Embaixada Italiana; Brasília - DF (coletiva).
Grand Vernissage; Galeria de Arte "A Hebraica", São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Rio de Janeiro 1959/1980 Experiência Neoconcreta; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Artistas Arquitetos; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Abstracionismo Geométrico e Informal; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem; SESC Pompéia; São Paulo - SP (coletiva).
Das Artes Gráficas a Outras Artes; Museu da Imagem e Som MIS; São Paulo - SP (coletiva).
Arte no Metrô; Estações São Bento e Santana; São Paulo - SP (coletiva).
1992
A Arte Brasileira da Academia à Contemporaneidade; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Reinauguração MACA - Museu de Arte Contemporânea de Americana; MACA Museu de Arte Contemporânea de Americana - Americana, SP (coletiva).
Memória da Liberdade e Cidadania 200 anos; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Casa da Cultura Instituto Moreira Salles; Poços de Caldas - MG (individual).
1992-93
Friedenreich 100 anos: futebol e arte; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1993
Restauro em Processo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Um processo de criação de imagens: ensaios gráficos e pinturas; Galeria das Rosas; São Paulo - SP (individual).
Cor Espaço Ativado 1; Serviço Social do Comércio – Unid. Carmo; São Paulo - SP (individual).
II Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Maurício Nogueira Lima; Espaço Cultural Cristal; São Paulo - SP (individual).
Utopia Revisitada; SBPC USP; São Paulo - SP (coletiva).
XXV Anual de Arte; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (júri de premiação).
Arte no Metrô; Estação Campo Grande; Lisboa, Portugal (coletiva).
1993-94
Arte na Luz da Rua; Rua Oscar Freire; São Paulo - SP (coletiva).
1994
Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
Art at the Metro; Powell Station; São Francisco, EUA (coletiva).
Bienal Brasil Século XX; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
XIII Bienal Internacional do Livro; Fundação Bienal; São Paulo - SP (design).
Unidade e Confronto; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Grandes Talentos; Galeria de Arte "A Hebraica"; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Espaço Cultural Cristiano das Neves; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Aeroporto Internacional de Guarulhos; São Paulo - SP (coletiva).
1994-95
Exposição Coletiva; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; Campinas - SP (coletiva).
1995
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Brazilian American Cultural Institute; Washington-DC, USA (coletiva).
III Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Exposição Coletiva Edital 95; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (texto crítico).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; (individual).
Maurício Nogueira Lima, artistas da USP; Paço Imperial; Rio de Janeiro - RJ (individual).
V Bienal Nacional de Santos Artes Visuais; Centro de Cultura Patrícia Galvão / Casa da Câmara e Cadeia / Pinacoteca Benedicto Calixto; Santos - SP (individual).
1995-96
United Artists; Casa das Rosas; São Paulo - SP (coletiva).
1996
Grandes Formatos no Acervo da Pinacoteca Municipal; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Trípticos de Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
"Obras Escolhidas (décadas: 80 e 90)" de Maurício Nogueira Lima; Clube Atlético Monte Líbano; São Paulo - SP (individual).
1997
I Eletromídia da Arte; Várias (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes – Campinas, SP (individual).
Maurício Nogueira Lima; Galeria Ruy Sant'Anna; São Paulo - SP (individual).
Arte & Arquitetura; D&D Decoração & Design Center; São Paulo - SP (coletiva).
1998
Direitos Humanos na Arte Contemporânea; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Futebol-Arte; SESC Itaquera; São Paulo - SP (coletiva).
Mestres da Arte Brasileira; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
1999
Achados inusitadosousadosinéditos; Galeria Girona; São Paulo - SP (coletiva).
2000
Arte 3 Movimentos; Espaço Cultural Ena Beçak; São Paulo - SP (coletiva).
Mostra do Redescobrimento; Parque do Ibirapuera; São Paulo - SP (coletiva).
Edital 2000: Homenagem à Mauricio Nogueira Lima; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Coleção Pirelli no Acervo do MAM; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
A arte de Maurício Nogueira Lima; Casa Cultural Brasil Estados Unidos; São Vicente - SP (individual).
Mostra Kibonart; Cantalup; São Paulo - SP (coletiva).
2003
Arte e Sociedade Uma relação polêmica; Itaú Cultural; São Paulo - SP (coletiva).
2004
Encontros com o Modernismo: destaques do Stedelijk Museum Amsterdam; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2005
100 Anos da Pinacoteca: a formação de um acervo; Galeria de Arte do SESI - Centro Cultural FIESP; São Paulo - SP (coletiva).
2006
Arte Concreta 56: a raiz da forma; MAM SP Museu de Arte Moderna de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Arte Concreta e Neoconcreta; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2006-7
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; CIFO Art Space; Miami (coletiva).
2008
Ruptura Frente Ressonâncias; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
Artivistas; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2008-9
Maurício Nogueira Lima, Marcello Nitsche e Flávio Império; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2009
Anos 50 - 50 Obras; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2009-10
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Museum of Latin American Art (MOLAA); Long Beach, Califórnia (coletiva).
2010
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; EsBaluard Museu d'art Modern i Contemporani de Palma; Palma de Mallorca, Espanha (coletiva).
Preto no Branco do concreto ao contemporâneo; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2010-11
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Kunst- und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland; Bonn, Alemanha (coletiva).
Destaques do Acervo 40 Obras; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2011
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Haus Konstruktiv; Zurique, Suíça (coletiva).
2012
Sentir prá Ver: gêneros da pintura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
A Sedução de Marilyn Monroe; Museu Afro Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
Concrete Parallels / Concretos Paralelos; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2013
Dynamo, un siècle de lumière et de mouvement dans l'art 1913-2013; Grand Palais; Paris, França (coletiva).
100 anos de arte paulista; Galeria de Arte CPFL Cultura; Campinas - SP (coletiva).
30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
2014
140 caracteres; Grande Sala e Sala Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Seleção Nacional; Galeria Lurixs; (coletiva).
Artevida; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
2014-15
Arte Construtiva Brasileira; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2016
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Fundação Iberê Camargo; Porto Alegre - RS (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; Museo Nacional de Arte; México (coletiva).
2016-17
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Oscar Niemeyer; Curitiba - PR (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; MALBA Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires; Buenos Aires, AR (coletiva).
2016-19
Vanguarda Brasileira dos anos 1960 - Coleção Roger Wright; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2017
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Casa França Brasil; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Metrópole: Experiência Paulistana; Pina Estação; São Paulo - SP (coletiva).
Concretos / Neoconcretos Paulistas; Studio Nobrega; São Paulo - SP (coletiva).
2017-18
Modernismo Brasileiro Na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Coleção Berardo, Centro Cultural Belém; Lisboa, Portugal (coletiva).
2018
Arte moderna in Brasile – Collezione della Fondazione Edson Queiroz; Palácio Pamphili, Embaixada do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
SP Arte; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição FAU 70 Anos; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
Exceção; Casa do Lago, Unicamp; Campinas-SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima: forma e cor; Biblioteca Octavio Ianni, IFCH/Unicamp; Campinas - SP (individual).
Ruptura; Galeria Luciana Brito; São Paulo - SP (coletiva).
2018-19
Da Terra Brasilis à Aldeia Global; Espaço Cultural Unifor, Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
2019
Arte Moderna na Coleção Fundação Edson Queiroz; Espaço Cultural Unifor - Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
Os anos em que Vivemos em Perigo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Textos críticos e entrevistas
ABRAMO, Radha. “Rigor construtivo”. Istoé Senhor (nº 1064), 7 fev. 1990, p. 91.
ARAÚJO. Olívio Tavares de. “Retomando a pintura (e a briga)”. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977 (catálogo da exposição)
BANDEIRA, João; AVELAR, Ana Cândida. “Maurício Nogueira Lima: faturas da forma.” São Paulo: Mariantonia/Centro Universitário da USP, 2008.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Entre a construção/desconstrução da forma/cor". Individual MNL, Galeria Livraria Letraviva, São Paulo SP, 17 de janeiro a 17 de fevereiro, texto escrito em dezembro de 1989.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Artes Visuais: Luz interior". Revista Visão 27 de agosto de 1984, p. 52
HERKENHOFF, Paulo. “Glosa 8: Do Padrão”. Pincelada: pintura e método – projeções da década de 50. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, 2006., p. 255-256.
KÉJER, Kazmer. Campinas, Galeria Maremar, 1962 (folder).
KLINTOWITZ, Jacob. "O processo criativo, numa mostra rara". O Estado de São Paulo, 04 de setembro de 1984.
LEMOS, Fernando C. "Maurício Nogueira Lima: nova visão do concretismo". Folha de São Paulo, Caderno de Domingo, 6º caderno, p. 77, coluna Artes Visuais, 27 de novembro de 1977.
MORAIS, Frederico. "Artes plásticas - Brasil na Bienal de Tóquio (2)". Diário de Notícias (RJ), 23 de maio de 1967.
PIMENTA, Cecília. LIMA, Maurício Nogueira. "Ideário Concreto". Revista Artes, dez 1983-janeiro 1984, p. 50-54. (entrevista)
PONTUAL , Roberto. "Catálogo Exposição Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois". 30 de novembro a 30 de dezembro de 1972, Galeria Collectio.
SCHENBERG, Mário. "Cinco arquitetos pintores". Acrópole, dez. 1965.
SCHENBERG, Mário. "Concretismo e neoconcretismo". 1977.
VIEIRA, José Geraldo. "Últimos dias da Exposição de Arte Concreta". Folha de São Paulo, 29 de fevereiro de 1960.
VIEIRA, José Geraldo. "Maurício Nogueira Lima". Folha de São Paulo, 21 de março de 1965.
Fonte: Site Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Instituto Maurício Nogueira Lima
Localizado no centro da cidade de Campinas, SP - Brasil, o Instituto Maurício Nogueira Lima conta com um rico acervo de documentos pessoais, catálogos, hemeroteca, croquis e materiais de aula, sendo possível a sua consulta local, mediante agendamento prévio e autorização. Entre em contato conosco e faça-nos uma visita.
Fonte: Instituto Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Grupo Ruptura - Itaú Cultural
No dia 9 de dezembro de 1952, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), é inaugurada a exposição que marca o início oficial da arte concreta no Brasil. Intitulada Ruptura, a mostra é concebida e organizada por um grupo de sete artistas, a maioria de origem estrangeira residentes em São Paulo: os poloneses Anatol Wladyslaw (1913 - 2004) e Leopoldo Haar (1910 - 1954), o austríaco Lothar Charoux (1912 - 1987), o húngaro Féjer (1923 - 1989), Geraldo de Barros (1923 - 1998), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), e o catalisador e porta-voz oficial do grupo, Waldemar Cordeiro (1925 - 1973). Cordeiro conhece Barros, Charoux e Sacilotto em 1947, na mostra 19 Pintores, quando todos ainda estavam influenciados pela corrente expressionista. É somente em 1948, quando Cordeiro volta definitivamente ao Brasil, que ocorre a mudança dos trabalhos desses artistas em direção à abstração. Por essa época, reúnem-se para discutir arte abstrata e filosofia, principalmente a teoria da pura visibilidade do filósofo alemão Konrad Fiedler (1841 - 1895) e o conceito de forma cunhado pela psicologia da Gestalt. Féjer e Leopoldo Haar, ambos com formação artística em seus países de origem, já produzem pinturas abstratas pelo menos desde 1946 e aderem ao grupo. O último a integrá-lo em 1950 é Wladyslaw, ex-aluno de Flexor (1907 - 1971).
Como afirma Cordeiro em 1953, em resposta a artigo do crítico de arte Sérgio Milliet (1898 - 1966), o Grupo Ruptura "está longe de representar todo o movimento paulista de arte abstrata e concreta, cujas fileiras contam hoje inúmeros integrantes".1 Sendo assim, o que os diferencia dos outros artistas? Sabe-se que desde o final dos anos 1940, o meio artístico brasileiro vê crescer o interesse pela arte abstrata, não sem grande resistência dos artistas figurativos ligados à estética nacionalista dos anos 1930, como Di Cavalcanti (1897 - 1976), por exemplo. Apesar da reação negativa, a consagração das tendências abstratas, sobretudo de vertente geométrica, na 1ª Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo (posteriormente Bienal Internacional de São Paulo) em 1951, indica que a discussão figuração versus abstração tende a ser superada, abrindo-se, a partir de então, a necessidade de mudar o foco do debate público.
Nesse panorama, a exposição do Grupo Ruptura em 1952 e o manifesto do grupo publicado no mesmo ano, representam a abertura para um novo caminho de debate, instaurando-o no interior das próprias vertentes abstratas. O manifesto, redigido por Cordeiro e diagramado por Haar, e que parece ter causado maiores reações do que os próprios trabalhos apresentados estabelece uma posição firme contra as principais correntes da arte no país. Pretende-se romper com o "velho", a saber: "todas as variedades e hibridações do naturalismo; a mera negação do naturalismo, isto é, o naturalismo 'errado' das crianças, dos loucos, dos 'primitivos', dos expressionistas, dos surrealistas, etc.; o não-figurativismo hedonista, produto do gosto gratuito, que busca a mera excitação do prazer ou do desprazer".2 Se por um lado, a oposição contra qualquer forma de figuração não é nova, por outro, a não aceitação da abstração informal é inédita e ajuda a compreender a posição do grupo.
No ambiente do pós-guerra marcado por um certo otimismo e pelo desejo de esquecer a barbárie dos anos anteriores, a arte concreta (1930), de cunho extremamente racionalista, conhece um novo florescimento. Dentro desse movimento, o artista suíço Max Bill (1908 - 1994) torna-se o principal teórico da arte concreta do período, tentando repensar seu legado juntamente com a reflexão sobre o construtivismo, o neoplasticismo e a experiência alemã da Bauhaus, adaptando-o à nova realidade. E é exatamente como seguidores do artista suíço que os integrantes do Grupo Ruptura se colocam no meio artístico brasileiro dos anos 1950.
Em termos gerais, o grupo defende a autonomia de pesquisa com base em princípios claros e universais, capazes de garantir a inserção positiva da arte na sociedade industrial. Para um artista concreto, o objeto artístico é simplesmente a concreção de uma idéia perfeitamente inteligível, cabendo à expressão individual lugar nulo no processo artístico. Para eles, toda obra de arte possui uma base racional, em geral matemática, o que a transforma em "meio de conhecimento dedutível de conceitos". No âmbito da pintura, esses princípios correspondem à crítica do ilusionismo pictórico, à recusa do tonalismo cromático e à utilização dos recursos ópticos para a criação do movimento virtual. Lançam mão também do uso de materiais como esmalte, tinta industrial, acrílico e aglomerado de madeira, destacando a atenção do grupo ao desenvolvimento de materiais industriais.
Observa-se que a adoção de postulados extremamente racionalistas para a arte revelam a ânsia de superar o atraso tecnológico, a condição espiritual de país colonizado e de economia subdesenvolvida, característicos da realidade brasileira. As questões e a prática introduzidas pelo Ruptura mobilizam a maior parte dos debates nos anos 1950, e são fundamentais para a fermentação da dissidência neoconcreta no Rio de Janeiro. O grupo não promove outras exposições de seus participantes, entretanto, já contando com outros adeptos como Hermelindo Fiaminghi (1920 - 2004), Judith Lauand (1922), Maurício Nogueira Lima (1930 - 1999) e o apoio dos poetas concretos paulistas, organizam a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta (1956/1957). Por volta de 1959 o Grupo Ruptura começa a se dispersar.
Fonte: GRUPO Ruptura. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 23 de Jan. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Instituto Maurício Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 23 de janeiro de 2023.
Maurício Nogueira Lima (Recife, Pernambuco, 18 de abril de 1930 – Campinas, São Paulo, 1 de abril de 1999), mais conhecido como Nogueira Lima, foi um pintor, arquiteto, desenhista, artista gráfico e professor. Cursou artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Em São Paulo, frequentou cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conheceu os artistas gráficos Alexandre Wollner, Antônio Maluf e o pintor polônes Leopold Haar, colegas com quem desenvolve diversos trabalhos. Construiu trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar. Participou da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1967, integrou a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Na década de 70 leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral. Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo. Premiado diversas vezes, realizou exposições em solo brasileiro, mas também na Áustria, Alemanha, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Suíça, México e Japão.
Biografia – Itaú Cultural
Muda-se com a família para São Paulo aos 2 anos. Entre 1947 e 1950, estuda artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. De volta a São Paulo, em 1951, frequenta cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conhece os artistas gráficos Alexandre Wollner (1928-2018) e Antônio Maluf (1926-2005), e o pintor polônes Leopold Haar (1910-1954), profissionais com quem desenvolve diversos trabalhos.
Na tela Composição 1 (1952), cria ritmos horizontais e verticais, apresentando incidências vermelhas e negras que se contrapõem à superfície branca do suporte. Gradualmente adere à pintura concreta e dedica-se a uma crescente experimentação cromática, como na tela Sem Título (1962), na qual apresenta pequenos quadrados em ocre, azul e verde, distribuídos sobre um fundo vermelho. O uso das cores complementares faz com que a pintura apresente um grande efeito de vibração cromática.
A convite do artista italiano Waldemar Cordeiro (1925-1973) integra, em 1953, o Grupo Ruptura e participa de diversas mostras de arte concreta, além de Bienais e Salões Paulista de Arte Moderna. Estuda arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre 1953 e 1957. No ano seguinte, é responsável pela criação da logomarca e programação visual da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit), em São Paulo. Em 1960, realiza as primeiras grandes instalações ambientais para indústrias automobilísticas no Salão do Automóvel e é convidado pelo designer suíço Max Bill (1908-1994) a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho no museu Helmhaus, em Zurique.
A partir de 1964, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa e constrói trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar (1964-1985). Participa da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em 1967, integra a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Retoma a abstração geométrica como tema artístico em 1973, porém com maior liberdade formal.
Ainda na década de 1970, leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral.
Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo.
O artista explora em suas pinturas a oposição entre pequenas áreas de luz e de cor e amplas extensões cromáticas. Como aponta o artista plástico Claudio Tozzi (1944), as obras de Maurício Nogueira Lima são projetadas com base em uma geometria sensível e executadas em gestos leves, revelando um trabalho intimista e reflexivo.
Maurício Nogueira Lima tem variada atuação no campo das artes visuais. Suas composições expandem os limites da abstração geométrica e ilustram, entre outros temas, o momento histórico e os ídolos populares dos meios de comunicação de massa de sua época.
Críticas
"O desenvolvimento do trabalho de Maurício Nogueira Lima, ao longo das duas últimas décadas, pode ser situado em paralelo com o de Waldemar Cordeiro, distanciando-se apenas nas suas consequências mais recentes. De fato, ambos estiveram entre os primeiros de nossos artistas a absorver, após a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, a nova linguagem da arte concreta (...). Ambos incorporariam também, numa contradição de rumo que era apenas aparente, a retomada da figuração nos primeiros anos da década seguinte, segundo influência oriunda da pop art norte-americana; para Nogueira Lima, a atividade profissional no campo da publicidade forneceu base e atração suficiente no sentido desse novo encaminhamento, onde o rigor permanece, sob outro aspecto: ´A figura para mim não tem o mesmo sentido que tem para um artista expressionista. O desenho de um rosto ou outra coisa qualquer equivale a um design. (...) A comunicação é a única coisa que importa, comunicação industrial, moderna (...)´, dizia ele em 1967. No entanto, após essa fase de quase-apropriação do folclore urbano (...) Maurício Nogueira Lima retomou seu antigo interesse pela abstração despojadamente geométrica, de acordo com a linguagem atual da op art e dos efeitos cinéticos virtuais" — Roberto Pontual
(PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973).
"(...) ele se voltou, nessa época (1964 a 1970), para uma figuração cujo parentesco mais próximo seria com a pop art: altos contrastes, retículas, aproveitamento de imagens relacionadas (ou extraídas) à sociedade de consumo. Mas é bom que se saiba que as motivações foram distintas. No caso de Maurício, não houve influência da pop art (que ele nem mesmo conhecia), e sim de uma antiga experiência profissional com artes gráficas. Mais ainda, sua fase figurativa teve um caráter nitidamente participante, desenvolvendo-se sempre numa linha de crítica de idéias e tomada de posições (...)" — Olívio Tavares de Araújo (Araújo, Olívio Tavares de. Pinturas. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977).
"O preparo em várias áreas (artes plásticas, comunicação visual e arquitetura) conduziu Maurício Nogueira Lima (...) a uma aplicação profissional multímoda, incluindo-se a docência entre as suas atividades. Artista de princípios racionais dos mais dogmáticos, manteve algumas constantes instaurativas, sobretudo na animação ótica dos espaços, na seriação das construções e ainda na busca específica de retículas coloridas. Seus primeiros trabalhos, neste último aspecto, eram em preto-e-branco e vermelho-e-preto, e datam de 1955, quando usa a cor somente no sentido estrutural, para separar formas. As obras reticuladas prolongaram-se até 1963 e são uma de suas características mais fortes. Entre 1964 e 1970 interrompeu bruscamente essa produção concreta ´por falta de equilíbrio emocional diante dos eventos sociopolíticos no país´ e no espírito das Novas Figurações passou a uma iconografia baseada na fotografia em alto-contraste com repertório extraído dos meios de comunicação de massa. Depois do intervalo, o retorno à arte geométrica fez-se certamente com maior liberdade na estruturação da forma e na sensibilização luminística da cor, insinuando-se nas composições alguns elementos de natureza figurativa" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. Apresentação de Walther Moreira Salles. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983).
Exposições Individuais
1960 - Rio de Janeiro RJ - Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no MAM/RJ
1962 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar
1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Mobilínea
1975 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Modular
1976 - Campinas SP - Individual, no Centro de Convivência Cultural de Campinas
1977 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: 77 pinturas, na Galeria Arte Global
1978 - Tatuí SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, no Conservatório Musical de Tatuí.
1979 - Santo André SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias, na Kris Galeria de Artes
1979 - São Paulo SP - Individual, na Itaugaleria
1980 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos, na Galeria Cosme Velho
1984 - São Paulo SP - A Visão Construtiva de Maurício Nogueira Lima, no CCSP
1986 - São Paulo SP - Reflexão e Refração, na Galeria Choice
1990 - São Paulo SP - Individual, na Livraria Letrativa. Sala Mira Schendel
1993 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, na A Hebraica
1997 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ruy Sant'Anna
Exposições Coletivas
1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosario (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1957 - São Paulo SP - Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Leverkusen (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus
1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1959 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Viena (Áustria) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Arte Concreta, no MAM/RJ
1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1960 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Utrecht (Holanda) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, na Helmhaus, organizada por Max Bill
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1963 - São Paulo SP - Galeria Novas Tendências: coletiva inaugural, na Associação de Artes Visuais Novas Tendências
1965 - Porto Alegre RS - Cinco Pintores de Vanguarda, no Margs
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - São Paulo SP - Proposta 65, no MAB/Faap
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1967 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Contemporânea, no MACC
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - grande medalha de prata
1967 - São Paulo SP - 6 Pintores da Nova Objetividade, no IAB/SP
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1967 - Tóquio (Japão) - Bienal de Tóquio
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massas, na Esdi
1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - Grande Prêmio Conselho Estadual de Cultura
1970 - Paris (França) - Salão de Outono
1970 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea - 1º prêmio em pintura
1970 - São Paulo SP - Coletiva, no IAB/SP
1971 - Barcelona (Espanha) - Bienal Internacional del Deporte
1971 - São Paulo SP - Futebol x Arte, no Paço das Artes
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1973 - Brasília DF - Arquitetos Pintores, no Touring Clube do Brasil
1973 - São Paulo SP - 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1973 - São Paulo SP - 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1974 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp - Prêmio Conselho Estadual de Cultura: Pintura
1976 - São Paulo SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil Anos 60, no MAB/Faap
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1979 - São Paulo SP - Volta à Figura: década de 60, no Museu Lasar Segall
1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, na Galeria de Arte São Paulo
1982 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Futebol, no MAM/RJ
1983 - São Paulo SP - 14º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1983 - São Paulo SP - Projeto Releitura, na Pinacoteca do Estado
1984 - São Paulo SP - Arte na Rua 2
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Penápolis SP - Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação das Artes de Penápolis
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte
1987 - São Paulo SP - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1991 - São Paulo SP - Artistas Arquitetos, no Masp
1991 - São Paulo SP - Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem, no Sesc Pompéia
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1991 - São Paulo SP - Sincronias
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura
1992 - São Paulo SP - Cidadania - 200 Anos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Pinacoteca do Estado
1992 - São Paulo SP - Mostra de Reinauguração do Museu de Arte Contemporânea de Americana, no MAC/Americana
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura
1994 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Cláudio Tozzi, Ivald Granato, Cleber Machado, Maurício Nogueira Lima, Rubens Gerchman, Siron Franco e Tomoshige Kusuno, na A Hebraica
1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ
1995 - Santos SP - 5ª Bienal Nacional de Santos, na Prefeitura Municipal de Santos
1995 - São Paulo SP - United Artists, na Casa das Rosas
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC/USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1998 - Brasília DF - Cien Recuerdos para Garcia Lorca, no Espaço Cultural 508 Sul
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Traços e Formas, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, MAM/RJ
Exposições Póstumas
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e Seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
2000 - Lisboa (Portugal) - Século XX: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Coleção Pirelli no Acervo do MAM: a arte brasileira nos anos 60, no MAM/SP
2000 - São Vicente SP - A Arte de Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no CCBEU
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto/cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
Fonte: MAURÍCIO Nogueira Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 20 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Anos Iniciais
Nascido em Recife, Maurício Nogueira Lima mudou-se com a família aos dois anos de idade para São Paulo. Entre 1947 e 1950 a família se mudou para Porto Alegre e ali, paralelo aos estudos do Ensino Médio, Nogueira Lima estudou Artes Plásticas no Instituto de Belas Artes (que mais tarde viria a integrar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRSG). Novamente em São Paulo, em 1951, concluiu o Ensino Médio e se inscreveu no recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand (MASP). Nesse mesmo ano, Maurício Nogueira Lima, então aos 21 anos de idade, venceu o concurso para o Cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna. Segundo o artista, foi a partir de então que o seu trabalho como programador gráfico começou a ser reconhecido e valorizado.
Grupo Ruptura
Após a 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1951), Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro foram os primeiros artistas a absorverem a arte concretista. Em 1953, a convite de Waldemar, passou a integrar o Grupo Ruptura, o qual reunia artistas abstratos geométricos em São Paulo. No mesmo ano, ingressou no curso de arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, concluindo em 1957. Além disso, matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no MASP.
Durante esse período, Maurício Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, expondo pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Essa produção lhe permitiu apresentar obras na mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta) realizada em Zurique, em 1960, a convite de Max Bill.
Pós-Golpe Militar
Com o Golpe Militar de 1964, Maurício Nogueira Lima voltou-se para a figuração, afastando-se temporariamente do concretismo e aproximando-se da pop-art. Nesse ano ministrou Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1967 foi contratado como professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações da FAAP, atuando também como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Também em 1967 colaborou com a organização da mostra Nova objetividade brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, assinando o Manifesto “Declaração de princípios básicos da Nova Vanguarda”.
Retorno ao abstracionismo
Em 1973 retomou a abstração geométrica, com maior liberdade formal. Com a ilusão de volumes e vibrações cromáticas, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, como as pinturas na Praça Roosevelt e no Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão. Além disso, projetou, na década de 80 em São Paulo, os painéis para as estações Santana e São Bento do metrô de São Paulo.
De acordo com Gabriel San Martin, com "a dispersão do Grupo Ruptura e a morte de Waldemar Cordeiro, o comedimento formal rigoroso a que o seu trabalho parecia emplacado fica mais despojado. O manuseio da cor atinge determinada maturidade e passa, de fato, a fomentar as particularidades de seus esquemas. Como que rompida a lógica concreta que mediara a sua produção como um censor a determinados ordenamentos formais, Maurício adota uma disposição colorista até então enrustida às suas configurações de cinquenta. O ritmo visual dos trabalhos passa a surtir efeito segundo o movimento da cor".
Ainda nas intervenções urbanas, realizou trabalhos pioneiros de intervenção cromática com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro e no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Em 1974 começou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permaneceu até a sua morte. Ali também realizou mestrado e doutorado.
Em paralelo à produção de artes plásticas, Maurício Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos para empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil, 1958) e UD (Feira de Utilidades Domésticas, 1959).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Biografia – Site Nogueira Lima
Nascido em 1930, Maurício Nogueira Lima foi o mais jovem integrante do Grupo Ruptura, que reuniu, em São Paulo, artistas abstratos geométricos no início da década de 1950. Ao lado de Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros e Luis Sacilotto, Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, tendo exposto pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal de São Paulo. Com essa produção, foi convidado pelo artista suíço Max Bill a tomar parte na célebre mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta), realizada em Zurique, em 1960.
Assim como outros artistas do Grupo Ruptura, Nogueira Lima voltou-se para a figuração logo após o golpe de 1964. Nesse período apropriou-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: ídolos do cinema, do futebol e da música pop são protagonistas nas pinturas, assim como sinais gráficos e onomatopeias que denunciavam de maneira velada a violência instituída pelo novo regime. Em 1967 colaborou na organização da lendária mostra “Nova Objetividade Brasileira”, ocorrida no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Em 1973 retomou a abstração geométrica, no entanto, fazendo-o com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criava ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas e, a partir desses estudos, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, em lugares como a Praça Roosevelt e o Minhocão. Na década de 1990 realizou trabalhos pioneiros de intervenções cromáticas com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, e no Estádio Municipal do Pacaembu.
Paralelamente à produção plástica, Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos de importantes empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil) e a UD (Feira de Utilidades Domésticas). Foi vencedor dos concursos de cartazes do I e do VI Salão Paulista de Arte Moderna (respectivamente em 1951 e 1957) e, na década de 1980, MNL projetou painéis para as estações Santana e São Bento – ambas do metrô paulistano.
Cronologia
1930
Maurício Nogueira Lima nasce a 18 de abril, em Recife. Seus pais, Manoel Mendes Nogueira Lima e Maria de Assis Nogueira Lima (nome de solteira: Maria de Assis Pereira de Arruda) haviam se conhecido em Limoeiro, cidade próxima à capital pernambucana, onde viviam. Em 1927, logo após o casamento, mudam-se para São Paulo em busca de melhores condições de vida, mas, em 1930, decidem retornar a Pernambuco, onde nasce Maurício, filho único do jovem casal.
1932-1946
A família Nogueira Lima fixou-se em São Paulo e viveu modestamente em pensões no centro da cidade. Manoel trabalhava como vendedor e Maria lecionava português para imigrantes fugidos da Europa. Maurício cursou o primário no Ginásio Marista e o ginásio no Colégio Bandeirantes, formando-se em 1946. Aos domingos, frequentava a sessão Zig-zag no cinema do Palacete Santa Helena, onde viu pela primeira vez Flash Gordon, personagem que se tornaria um de seus heróis preferidos.
1947 - 1950
Após o término da Guerra, Manoel foi convidado a trabalhar na sucursal da Colgate Palmolive, no Rio Grande do Sul, e, assim, a família muda-se para Porto Alegre.
Paralelamente ao Ensino Médio, Maurício frequentava o curso de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, onde se aproximou de estudantes de Arquitetura.
1951
Em 1951, Nogueira Lima retornou a São Paulo e terminou o Ensino Médio no Colégio Rio Branco, com bolsa concedida pelo Rotary Club. Além disso, inscreveu-se no curso de Desenho Industrial e Artes Gráficas do recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Alinhados com os ensinamentos da Bauhaus, os professores do IAC entendiam a arquitetura como espaço privilegiado para a concretização da obra de arte total e o desenho como forma de comunicação, conceitos esses que o jovem Maurício assimilou e adotou ao longo de sua trajetória profissional.
A exposição de Max Bill, inaugurada no Masp em março, – no mesmo dia em que o IAC abre suas portas – bem como a representação suíça na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, são referências importantes para sua geração. As soluções sintéticas conquistadas com o mínimo de elementos geométricos e cores primárias são aplicadas a linguagens que variam da pintura aos projetos de arquitetura e design gráfico, suscitando discussões e alimentando o repertório dos futuros artistas concretos.
Ainda nesse mesmo ano, Maurício venceu o concurso de cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna.
1952
Expôs pela primeira vez sua pintura concreta no II Salão Paulista de Arte Moderna e recebeu o Prêmio aquisição pela obra Composição no. 2.
Conhece Waldemar Cordeiro que o convida a participar do Grupo Ruptura. Assim como outros artistas concretos, trabalhava com materiais industriais, tais como tintas automotivas e em massa. Pensava a geometria como uma linguagem afinada com a cidade moderna e que a serigrafia propiciava uma circulação mais ampla e democrática do objeto artístico.
1953
Ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no Masp.
No fim do ano casou-se com Maria da Glória Leme, com quem teve duas filhas, Áurea e Mônica Nogueira Lima.
1954
Expôs no III Salão Paulista de Arte Moderna, no qual recebeu o Prêmio aquisição pela obra “Desenvolvimento espacial da espiral”.
Recebeu a 2ª Menção Honrosa no concurso do selo comemorativo para o IV Centenário de São Paulo.
1955
Expôs duas pinturas-objetos na III Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e outras duas no IV Salão Paulista de Arte Moderna, onde é laureado com o 2º Prêmio Governador do Estado.
Em 16 de maio nasce sua primeira filha, Áurea Nogueira Lima.
1956
Em dezembro, tomou parte da Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM-SP, que seguiu no início do ano seguinte para o Ministério de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro.
1957
Participou da IV Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo com três pinturas e recebeu Menção honrosa no concurso de cartaz do evento.
Recebeu o 1º Prêmio pelo cartaz do VI Salão Paulista de Arte Moderna.
Ao final do ano concluiu o curso de graduação e abriu o primeiro escritório de arquitetura especializado em planejamento de feiras promocionais, tendo como sócios Arnoldo Grostein, Cesar Luiz Pires de Mello e Claus Bergner.
1958
Cria o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil – Fenit. Este foi o primeiro de muitos projetos de “arquitetura promocional” – instalações de grande porte para feiras comerciais – que se tornaria importante fonte de renda nos anos seguintes.
Em 12 de abril nasce sua segunda filha, Mônica Nogueira Lima
1959
Desenvolve o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da UD - Feira de Utilidades Domésticas.
1960
Foi convidado por Max Bill a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho na Helmhaus, em Zurique.
Como diretor da SPAÇO Arquitetura e Construções, realizou a arquitetura promocional do I Salão do Automóvel, maior evento da indústria automobilística do Brasil, sediado no Parque do Ibirapuera.
1961
Apresenta três pinturas concretas na VI Bienal do MAM-SP.
1962
Em abril realizou uma exposição individual na Galeria Aremar, em Campinas, SP, mostrando trabalhos concretos.
Recebeu o 2º Prêmio Governo do Estado na categoria Arquitetura no XI Salão Paulista de Arte Moderna, pelo projeto da residência do Sr. Maurício Grostein.
1963
Vence o concurso para a Estação Rodoviária da Guanabara.
Em dezembro expõe na mostra inaugural da Galeria Novas Tendências.
1964
Visitou o ateliê de Wesley Duke Lee e observou trabalhos inspirados pela poética de Robert Rauchenberg, ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Veneza neste ano. Produziu uma série de colagens com imagens publicadas em jornais e revistas.
Realizou a obra “Não entre à esquerda” (atualmente no acervo do MAM-SP), considerado um trabalho de transição entre uma linguagem concreta e a arte pop. O aspecto gráfico da sinalização de trânsito, os comandos curtos, mas efetivos, somados a nomes de bairros, resultam numa imagem ambígua e bem-humorada que alude à situação política do país no período pós-golpe militar.
A partir disso, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: seleciona retratos de ídolos do cinema, do futebol e da música pop. Além disso, “limpa” os elementos que considera redundantes, reduzindo a imagem a duas ou três cores em alto contraste. Eliminados os meios-tons, a relação binária entre figura e fundo estrutura a composição, tornando a mensagem instantaneamente decodificável. Para além das denúncias contra a ditadura militar, a figuração pop remete à luta por novos paradigmas sociais decorrentes dos movimentos de contracultura deflagrados nessa década.
Durante dois anos ministrou a disciplina Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
1965
Nesse ano, realizou uma exposição individual na Galeria Mobilínea, em São Paulo, e apresentou três colagens na VIII edição da Bienal de São Paulo.
Participou da mostra Proposta 65, organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Encerrou as atividades da empresa SPAÇO Arquitetura e Construções.
1966
Em 1966, Nogueira Lima realizou uma série de trabalhos enfocando a Jovem Guarda.
Tornou-se diretor de arte da agência Alcântara Machado Publicidade, cargo que exerceu por dois anos.
1967
Foi contratado pela FAAP como Professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações, e como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Em abril participou da mostra Nova Objetividade Brasileira, no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Expôs quatro pinturas da série de onomatopeias na IX Bienal de São Paulo, também conhecida como “Bienal da arte pop”. Com obras dessa série, foi premiado na 1ª Bienal da Bahia e no XVI Salão Paulista de Arte Moderna.
O jogo de futebol e seus ídolos são progressivamente incorporados como tema de pintura, até 1970, ano da Copa do Mundo.
1968
Recebeu o 2º Prêmio Conselho Estadual de Cultura no XVII Salão Paulista de Arte Moderna, pela pintura Tip. A partir desse ano, dedicou-se exclusivamente à pintura e à carreira de professor universitário.
Separou-se de Maria da Glória e passou a morar com Vera Ilce Monteiro da Cruz, jovem pintora adepta da arte pop.
1969
Dirigiu o curso de Desenho e Plástica, na FAAP. E, além disso, foi nomeado pela Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo como membro da Comissão Organizadora do I Salão Paulista de Arte Contemporânea, realizado no Masp.
1970
Em 1970, foi contratado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das Cruzes, para assumir as cadeiras de Projeto e Comunicação visual, atividade que exerceu até 1986. Paralelamente, lecionou a disciplina de Estética e História da Arte na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí durante sete anos. Foi dispensado pela FAAP por razões políticas.
1971
Ao longo das décadas seguintes, participou de inúmeros salões e exposições coletivas, entre as quais diversas edições do Panorama da Arte Atual Brasileira - Pintura, organizadas pelo MAM-SP.
1972
Participou da coletiva Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois, realizada na Galeria Collectio, São Paulo. Participou também das exposições Eucat Expo, 22Semana72 e outra na Galeria Múltipla, São Paulo.
1973
Em 1973, Maurício retomou a abstração geométrica, mas, nesse momento, o fez com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criou a ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas, ora aproximando variações tonais ora justapondo elementos geométricos construídos com cores complementares.
Ministrou, até 1986, a disciplina de Desenho da Mensagem na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos.
Conheceu Selma Sevá, que se tornaria sua companheira até o fim da vida.
1974
Ganhou o Prêmio Conselho Estadual de Pintura por “Quadratura do quadrado”, no V Salão Paulista de Arte Contemporânea.
Atuou como Professor assistente do Departamento de Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, atividade que conservou até a morte.
1976
Constituiu a empresa Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá/Arquitetos Associados, mantendo-a com a esposa até 1985. No novo escritório, retomou o trabalho de designer gráfico.
1977
Participou da mostra Projeto Construtivo Brasileiro na arte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no MAM-RJ.
Em novembro apresentou 22 pinturas na individual realizada na Galeria de Arte Global, em São Paulo.
1978
Nesse ano, toma parte na exposição “Objeto na arte – década de 60”, no Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Inicia a pós-graduação na FAU-USP. A cidade, sua geometria e suas cores tornam-se seu objeto de estudo.
1979
Cria um painel de 1.300 m2 no Largo São Bento, na lateral do edifício Capemi. Fez, inicialmente, um estudo da luz do local em diversas horas do dia e baseou a estrutura do desenho na arquitetura do entorno, de modo a criar volumes virtuais em estreito diálogo com o largo.
1980
Realizou a mostra individual "Pinturas Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos," na Galeria Cosme Velho, em São Paulo.
1983
Concluiu o mestrado em Estruturas Ambientais Urbanas, na FAU-USP, com a dissertação “Da cidade para a cidade”.
Em 21 de fevereiro nasce Cléo Sevá Nogueira Lima, sua filha caçula.
1984
Nesse ano, realizou a mostra retrospectiva "A visão construtiva de Maurício Nogueira Lima", no Centro Cultural São Paulo, apresentando 1.200 peças entre obras e projetos arquitetônicos.
Participou das coletivas “Tradição e ruptura”, na Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), e “Arte na rua 2”, coordenada pelo MAC USP.
Inaugurou, em outubro, a Ambientação cromática na nova Praça Roosevelt, em São Paulo.
1986
Integrou, nesse ano, as exposições coletivas "A trama do gosto", na FBSP, e "DACOLEÇÃO", no Masp.
1987
Apresentou 25 trabalhos na individual realizada na Maurício Leite Barbosa Galeria de Arte, no Rio de Janeiro.
1990
Criou dois murais na Estação Santana do metrô (linha azul), em São Paulo: um de 140m² no corredor de acesso à plataforma, e o outro, de 72 m², no mezanino. Nesse mesmo ano deu início à pintura de um mural de 450 m2 com tinta acrílica sobre uma superfície de concreto, no acesso à estação São Bento (linha azul).
1991
Durante os meses de julho e agosto empreendeu uma viagem de estudos pela Itália, Suíça, França e Espanha a fim de realizar leituras visuais e registros de gráfica urbana em estações de metrô.
1993
Realizou a individual "Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas", na Casa das Rosas, São Paulo, onde apresentou 30 pinturas e 800 desenhos coloridos baseados em pesquisas acadêmicas sobre intervenção no meio ambiente urbano.
1994
Integrou a mostra "Bienal Brasil Século XX", na Fundação Bienal de São Paulo.
1995
A quinta edição da Bienal de Santos dedicou-lhe uma sala especial, com 23 pinturas.
Nesse mesmo ano, ocorreu a publicação, pela Edusp, do livro "Maurício Nogueira Lima", com textos e trabalhos das décadas de 1980 e 1990.
1996
No Rio de Janeiro, realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna no Aqueduto dos Arcos.
Mudou-se para Campinas.
1997
Realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna na fachada do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo.
1998
Recebeu o Prêmio Mário Pedrosa (em reconhecimento a um artista de linguagem contemporânea), concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte.
A TV Cultura produz, nesse ano, o documentário “Maurício Nogueira Lima, um mestre concretista”, integrante da série “Artistas Contemporâneos Brasileiros.”
1999
Faleceu em 1º de abril, em Campinas.
Exposições
1951
I Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
1952
II Salão Paulista de Arte Moderna; Antigo Salão Trianon; São Paulo - SP (coletiva).
1954
Exposição de Artistas Concretas de São Paulo; Pró-Arte Teresópolis; Teresópolis - RJ (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1955
III Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
IV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1956
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1957
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Salão de Exposições do Ministério da Educação e Saúde; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arte Moderna em Brasil; Museo Nacional de Bellas Artes; Buenos Aires, Argentina (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
IV Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1958
47 Artistas Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
I FENIT Feira Nacional da Indústria Têxtil; Pavilhão de Exposições do Anhembi; São Paulo - SP (design).
Exposição de Artes Plásticas; Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie; São Paulo - SP (coletiva).
1959
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Homenagem aos comissários V Bienal Internacional de São Paulo; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1959-60
Brasilianische kunst der gegenwart; Vila Romana; Florença- Itália (coletiva).
1960
IX Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Arte Concreta (Konkrete Kunst); Helmhaus Zürich; Zurique, Suíça (coletiva).
Exposição de Arte Concreta: retrospectiva 1951-1959; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1961
X Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
VI Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1962
Mostra Inaugural Galeria do Clube dos Artistas; Galeria do Clube dos Artistas; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima Pinturas; Galeria Aremar; Campinas - SP (individual).
XI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1963 - Coletiva Inaugural 1; Galeria NT Novas Tendências; São Paulo - SP (coletiva).
1964
Arte no IAB; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico / arte gráfica).
XIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
Arquitetura da Finlândia; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; São Paulo - SP (arte gráfica).
Arquitetos Pintores; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1965
Maurício Nogueira Lima; Galeria Mobilínea; São Paulo - SP (individual).
5 Pintores de Vanguarda; Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli; Porto Alegre - RS (coletiva).
Exposição de Pintura Heinz Kühn; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Gráfica; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo USP; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão de Arte de São Bernardo; Associação São Bernardense de Belas Artes; São Bernardo - SP (júri de premiação).
VIII Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1965-66
Proposta 65; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva)
1966
Coletiva; Galeria Aliança Francesa; Campinas - SP (coletiva).
I Bienal Nacional de Artes Plásticas; Convento do Carmo; Salvador - BA (coletiva).
XV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
II Salão de Arte; Clube Ararense - União Universitária Ararense; Araras - SP (texto crítico).
Pinturas na Aliança Francesa; Aliança Francesa; São Paulo - SP (coletiva).
II Salão de Arte Contemporânea; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva/júri).
Exposição de Arte em Comemoração do 122º Aniversário da Cidade de Barretos; Grêmio Literário e Recreativo e Fundação Educacional; Barretos - SP (coletiva).
Salão de Pesquisa Operacional; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (júri de premiação).
1967
Nova Objetividade Brasileira; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
IX Bienal de Tóquio; ?; Tóquio, Japão (coletiva).
Exposição 12+1; Biblioteca Pública de Curitiba; Curitiba - PR (coletiva).
12 + 1 Coletiva de Artistas Campinenses e Paulistas; Museu de Arte Moderna de Florianópolis; Florianópolis - SC (coletiva).
6 pintores da nova objetividade; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
XVI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
IX Bienal Internacional de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
III Salão de Arte Contemporânea de Campinas; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Artistas Paulistas; Fundação Cultural do Distrito Federal; Brasília - DF (coletiva).
1968
Cafonismo A Arte De Mau-Gôsto; Pequena Galeria KLM; São Paulo - SP (individual).
2º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Colégio Estadual Idalina Macedo da Costa Sodré; São Caetano do Sul - SP (organização).
Aspecto 68; 1ª Cultural, Reitoria da Universidade Federal do Pará; Belém - PA (coletiva).
XVII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1969
Vanguarda; Galeria Seta; São Paulo - SP (coletiva)
III Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Rua Alegre, 497 São Caetano do Sul; São Caetano do Sul - SP (organização).
1969-70
I Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (organização).
1970
Coletiva da Sociedade de Arte 2 Mundos; Saguão do Teatro Brasileiro de Comédia; São Paulo - SP (coletiva).
Arte de Vanguarda; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1970-71
II Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1971
Futebol e Arte; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Salão de Outubro; Paris, França (coletiva).
III Bienal Internacional del Deporte Barcelona; Barcelona; Barcelona - Espanha (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1972
Eucat Expo; Eucat Expo; São Paulo - SP (coletiva).
22Semana72; Centro Acadêmico Fundação Getúlio Vargas; São Paulo - SP (coletiva).
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois; Galeria Collectio; São Paulo - SP (coletiva).
José Germano Mazzarino; Centro Cultural e Desportivo Carlos de Souza Nazareth SESC; São Paulo - SP (curadoria / texto crítico).
Exposição; Galeria Múltipla; São Paulo - SP (coletiva).
1973
Exposição Coletiva; Galeria Núcleo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Galeria Arte e Manha; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Clube Pinheiros; São Paulo - SP (coletiva).
V Panorama de Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
Arquitetos Pintores; Touring Club do Brasil / Fundação Cultural do Distrito Federal / Instituto de Arquitetos do Brasil; Brasília - DF (coletiva).
XII Bienal de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Serigrafias de Claudio Tozzi e Maurício Nogueira Lima; Galeria Hogar; São Paulo - SP (coletiva).
1974
Maurício Nogueira Lima; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
V Salão Paulista de Arte Contemporânea; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coleção Selvagem; Centro Cívico de Santo André; Santo André – SP (curadoria / texto crítico).
1975
Serigrafias; Galeria Gravurão; São Paulo - SP (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Contemporânea; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Serigrafias; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
1976
Arte Contemporânea; Centro Municipal de Cultura de Ubatuba; Ubatuba - SP (coletiva).
Serigrafias de Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá; GCM Galeria Castro Mendes; Campinas - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Centro de Convivência Cultural de Campinas; Campinas - SP (individual).
VIII Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
1977
Retrospectiva dos Movimentos Concreto e Neoconcreto - Trabalhos realizados entre 1950 e 1962; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria Arte Global; São Paulo - SP (individual).
1978
Individual; Conservatório Municipal de Tatuí; Tatuí - SP (individual).
I Bienal Latino-Americana; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Objeto na Arte: Brasil Anos 60; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
45 Pró-Henrique; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Leilão de Parede; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
As Bienais e a Abstração: a década de 50; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Papeis e Cia; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
1979
Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias; Galeria de Artes Kris, Santo André - SP (individual).
Volta à figura. A década de 60. Ciclo de exposições de pintura brasileira contemporânea; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Biblioteca Municipal Presidente Kennedy; Santo Amaro - SP (coletiva).
O desenho como instrumento; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva)
Gravuras; Galeria Livre; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Itaú; São Paulo - SP (individual).
1979-80
A Criança e o Artista; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1980
Pinturas Maurício Nogueira Lima - Pesquisas visuais dos últimos 5 anos; Galeria Cosme Velho; São Paulo - SP (individual).
Exposição Coletiva; Escritório de Arte Santa Cecília; São Paulo - SP (coletiva).
1981
Pinacoteca no Paraná; Paraná (coletiva).
Contemporâneos Brasileiros; Galeria São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Sala de Exposição Alberto França, Instituição Moura Lacerda; Ribeirão Preto - SP (individual).
Arquiteto Plástico; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Ponto de Encontro; São Paulo - SP (coletiva).
1982
Universo do Futebol; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Que toto o Espírito vive Pássaro; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Geometrismo Expressivo; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1983
10º Aniversário da Morte de Waldemar Cordeiro; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Todas as Mulheres do Mundo; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravura Arte Coletiva; Clube Internacional de Regatas; Santos - SP (coletiva).
Fernando Lorenzetti; Centro de Artes Shopping News; São Paulo - SP (texto crítico).
Exposição Coletiva; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravuras; MIS Museu da Imagem e Som / Anistia Internacional Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1983-84
Panorama Atual da Arte Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Projeto Releitura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1984
Geometria Hoje; Galeria Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Gravuras; Galeria Rubaiyat; São Paulo - SP (coletiva).
Visão Construtivista de Maurício Nogueira Lima; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (individual).
Festa de Retomada; Praça Roosevelt; São Paulo - SP (individual).
1984-85
Tradição e Ruptura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
1985
Exposição Coletiva; Ateliê José Xavier (av. Pompéia, 723); São Paulo - SP (coletiva).
Geometria Hoje; Museu de Arte da Pampulha; Belo Horizonte - MG (coletiva).
Cidades do Futuro; Palácio de Convenções do Anhembi; São Paulo - SP (palestrante / arte gráfica).
Destaque do Mês; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (individual).
1986
Futebol Arte Del Brasil; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Clube dos Concretos; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Reflexão-Refração Arte Concreta; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (individual).
O Abstrato e o Construtivismo na Gravura Brasileira; Galeria Artebela; São Paulo - SP (coletiva).
Dacoleação; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP; São Paulo - SP (coletiva).
1986-87
Panorama de Pintura Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1987
A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coletiva Choice; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Três Arquitetos Gravadores; Galeria Intersul; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Serigrafias; Congresso de Arquitetura; Buenos Aires - Argentina (individual).
Projeto Arte Brasileira Anos 50; Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
Miniaturarte; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
A Serigrafia de São Paulo; Mezanino da Estação de Metrô da Sé; São Paulo - SP (coletiva).
XX Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba; Hall do Teatro Municipal Dr. Losso Netto; Piracicaba - SP (comissão de seleção e premiação).
1987-88
Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Maurício Leite Barbosa; Rio de Janeiro - RJ (individual).
1988
Exposição Coletiva; Galeria Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
José Geraldo Martins; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Geométrica Paulista; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Lourdes Stamato De Camillis; Espaço D'Artefacto; São Paulo - SP (texto crítico).
Vladimir Bock - Desenhos Perspectiva Natural; Galeria Campo das Artes; São Paulo – SP (texto crítico).
Figura e Objeto (63-66); Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Programa Metrópolis; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
Cópias e Pastiches; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1989
O olhar do Artista; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1990
Entre a Construção, Desconstrução da Forma/Cor; Livraria Letraviva; São Paulo - SP (individual).
Sincronias; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP / Galleria La Seggiola; São Paulo - SP (coletiva).
Arte como Construção; Rio Designer Center; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Coletiva Especial; Oscar Seraphico Galeria de Arte; Brasília - DF (coletiva).
Futebol Arte do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
1991
Sincronias; Museu Nacional de Belas Artes; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arquitetos Designers e Arquitetos Pintores; Loja Box Blue; São Paulo - SP (coletiva).
Sincronias; Embaixada Italiana; Brasília - DF (coletiva).
Grand Vernissage; Galeria de Arte "A Hebraica", São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Rio de Janeiro 1959/1980 Experiência Neoconcreta; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Artistas Arquitetos; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Abstracionismo Geométrico e Informal; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem; SESC Pompéia; São Paulo - SP (coletiva).
Das Artes Gráficas a Outras Artes; Museu da Imagem e Som MIS; São Paulo - SP (coletiva).
Arte no Metrô; Estações São Bento e Santana; São Paulo - SP (coletiva).
1992
A Arte Brasileira da Academia à Contemporaneidade; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Reinauguração MACA - Museu de Arte Contemporânea de Americana; MACA Museu de Arte Contemporânea de Americana - Americana, SP (coletiva).
Memória da Liberdade e Cidadania 200 anos; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Casa da Cultura Instituto Moreira Salles; Poços de Caldas - MG (individual).
1992-93
Friedenreich 100 anos: futebol e arte; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1993
Restauro em Processo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Um processo de criação de imagens: ensaios gráficos e pinturas; Galeria das Rosas; São Paulo - SP (individual).
Cor Espaço Ativado 1; Serviço Social do Comércio – Unid. Carmo; São Paulo - SP (individual).
II Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Maurício Nogueira Lima; Espaço Cultural Cristal; São Paulo - SP (individual).
Utopia Revisitada; SBPC USP; São Paulo - SP (coletiva).
XXV Anual de Arte; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (júri de premiação).
Arte no Metrô; Estação Campo Grande; Lisboa, Portugal (coletiva).
1993-94
Arte na Luz da Rua; Rua Oscar Freire; São Paulo - SP (coletiva).
1994
Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
Art at the Metro; Powell Station; São Francisco, EUA (coletiva).
Bienal Brasil Século XX; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
XIII Bienal Internacional do Livro; Fundação Bienal; São Paulo - SP (design).
Unidade e Confronto; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Grandes Talentos; Galeria de Arte "A Hebraica"; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Espaço Cultural Cristiano das Neves; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Aeroporto Internacional de Guarulhos; São Paulo - SP (coletiva).
1994-95
Exposição Coletiva; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; Campinas - SP (coletiva).
1995
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Brazilian American Cultural Institute; Washington-DC, USA (coletiva).
III Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Exposição Coletiva Edital 95; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (texto crítico).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; (individual).
Maurício Nogueira Lima, artistas da USP; Paço Imperial; Rio de Janeiro - RJ (individual).
V Bienal Nacional de Santos Artes Visuais; Centro de Cultura Patrícia Galvão / Casa da Câmara e Cadeia / Pinacoteca Benedicto Calixto; Santos - SP (individual).
1995-96
United Artists; Casa das Rosas; São Paulo - SP (coletiva).
1996
Grandes Formatos no Acervo da Pinacoteca Municipal; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Trípticos de Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
"Obras Escolhidas (décadas: 80 e 90)" de Maurício Nogueira Lima; Clube Atlético Monte Líbano; São Paulo - SP (individual).
1997
I Eletromídia da Arte; Várias (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes – Campinas, SP (individual).
Maurício Nogueira Lima; Galeria Ruy Sant'Anna; São Paulo - SP (individual).
Arte & Arquitetura; D&D Decoração & Design Center; São Paulo - SP (coletiva).
1998
Direitos Humanos na Arte Contemporânea; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Futebol-Arte; SESC Itaquera; São Paulo - SP (coletiva).
Mestres da Arte Brasileira; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
1999
Achados inusitadosousadosinéditos; Galeria Girona; São Paulo - SP (coletiva).
2000
Arte 3 Movimentos; Espaço Cultural Ena Beçak; São Paulo - SP (coletiva).
Mostra do Redescobrimento; Parque do Ibirapuera; São Paulo - SP (coletiva).
Edital 2000: Homenagem à Mauricio Nogueira Lima; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Coleção Pirelli no Acervo do MAM; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
A arte de Maurício Nogueira Lima; Casa Cultural Brasil Estados Unidos; São Vicente - SP (individual).
Mostra Kibonart; Cantalup; São Paulo - SP (coletiva).
2003
Arte e Sociedade Uma relação polêmica; Itaú Cultural; São Paulo - SP (coletiva).
2004
Encontros com o Modernismo: destaques do Stedelijk Museum Amsterdam; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2005
100 Anos da Pinacoteca: a formação de um acervo; Galeria de Arte do SESI - Centro Cultural FIESP; São Paulo - SP (coletiva).
2006
Arte Concreta 56: a raiz da forma; MAM SP Museu de Arte Moderna de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Arte Concreta e Neoconcreta; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2006-7
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; CIFO Art Space; Miami (coletiva).
2008
Ruptura Frente Ressonâncias; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
Artivistas; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2008-9
Maurício Nogueira Lima, Marcello Nitsche e Flávio Império; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2009
Anos 50 - 50 Obras; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2009-10
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Museum of Latin American Art (MOLAA); Long Beach, Califórnia (coletiva).
2010
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; EsBaluard Museu d'art Modern i Contemporani de Palma; Palma de Mallorca, Espanha (coletiva).
Preto no Branco do concreto ao contemporâneo; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2010-11
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Kunst- und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland; Bonn, Alemanha (coletiva).
Destaques do Acervo 40 Obras; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2011
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Haus Konstruktiv; Zurique, Suíça (coletiva).
2012
Sentir prá Ver: gêneros da pintura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
A Sedução de Marilyn Monroe; Museu Afro Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
Concrete Parallels / Concretos Paralelos; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2013
Dynamo, un siècle de lumière et de mouvement dans l'art 1913-2013; Grand Palais; Paris, França (coletiva).
100 anos de arte paulista; Galeria de Arte CPFL Cultura; Campinas - SP (coletiva).
30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
2014
140 caracteres; Grande Sala e Sala Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Seleção Nacional; Galeria Lurixs; (coletiva).
Artevida; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
2014-15
Arte Construtiva Brasileira; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2016
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Fundação Iberê Camargo; Porto Alegre - RS (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; Museo Nacional de Arte; México (coletiva).
2016-17
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Oscar Niemeyer; Curitiba - PR (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; MALBA Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires; Buenos Aires, AR (coletiva).
2016-19
Vanguarda Brasileira dos anos 1960 - Coleção Roger Wright; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2017
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Casa França Brasil; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Metrópole: Experiência Paulistana; Pina Estação; São Paulo - SP (coletiva).
Concretos / Neoconcretos Paulistas; Studio Nobrega; São Paulo - SP (coletiva).
2017-18
Modernismo Brasileiro Na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Coleção Berardo, Centro Cultural Belém; Lisboa, Portugal (coletiva).
2018
Arte moderna in Brasile – Collezione della Fondazione Edson Queiroz; Palácio Pamphili, Embaixada do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
SP Arte; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição FAU 70 Anos; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
Exceção; Casa do Lago, Unicamp; Campinas-SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima: forma e cor; Biblioteca Octavio Ianni, IFCH/Unicamp; Campinas - SP (individual).
Ruptura; Galeria Luciana Brito; São Paulo - SP (coletiva).
2018-19
Da Terra Brasilis à Aldeia Global; Espaço Cultural Unifor, Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
2019
Arte Moderna na Coleção Fundação Edson Queiroz; Espaço Cultural Unifor - Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
Os anos em que Vivemos em Perigo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Textos críticos e entrevistas
ABRAMO, Radha. “Rigor construtivo”. Istoé Senhor (nº 1064), 7 fev. 1990, p. 91.
ARAÚJO. Olívio Tavares de. “Retomando a pintura (e a briga)”. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977 (catálogo da exposição)
BANDEIRA, João; AVELAR, Ana Cândida. “Maurício Nogueira Lima: faturas da forma.” São Paulo: Mariantonia/Centro Universitário da USP, 2008.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Entre a construção/desconstrução da forma/cor". Individual MNL, Galeria Livraria Letraviva, São Paulo SP, 17 de janeiro a 17 de fevereiro, texto escrito em dezembro de 1989.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Artes Visuais: Luz interior". Revista Visão 27 de agosto de 1984, p. 52
HERKENHOFF, Paulo. “Glosa 8: Do Padrão”. Pincelada: pintura e método – projeções da década de 50. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, 2006., p. 255-256.
KÉJER, Kazmer. Campinas, Galeria Maremar, 1962 (folder).
KLINTOWITZ, Jacob. "O processo criativo, numa mostra rara". O Estado de São Paulo, 04 de setembro de 1984.
LEMOS, Fernando C. "Maurício Nogueira Lima: nova visão do concretismo". Folha de São Paulo, Caderno de Domingo, 6º caderno, p. 77, coluna Artes Visuais, 27 de novembro de 1977.
MORAIS, Frederico. "Artes plásticas - Brasil na Bienal de Tóquio (2)". Diário de Notícias (RJ), 23 de maio de 1967.
PIMENTA, Cecília. LIMA, Maurício Nogueira. "Ideário Concreto". Revista Artes, dez 1983-janeiro 1984, p. 50-54. (entrevista)
PONTUAL , Roberto. "Catálogo Exposição Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois". 30 de novembro a 30 de dezembro de 1972, Galeria Collectio.
SCHENBERG, Mário. "Cinco arquitetos pintores". Acrópole, dez. 1965.
SCHENBERG, Mário. "Concretismo e neoconcretismo". 1977.
VIEIRA, José Geraldo. "Últimos dias da Exposição de Arte Concreta". Folha de São Paulo, 29 de fevereiro de 1960.
VIEIRA, José Geraldo. "Maurício Nogueira Lima". Folha de São Paulo, 21 de março de 1965.
Fonte: Site Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Instituto Maurício Nogueira Lima
Localizado no centro da cidade de Campinas, SP - Brasil, o Instituto Maurício Nogueira Lima conta com um rico acervo de documentos pessoais, catálogos, hemeroteca, croquis e materiais de aula, sendo possível a sua consulta local, mediante agendamento prévio e autorização. Entre em contato conosco e faça-nos uma visita.
Fonte: Instituto Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Grupo Ruptura - Itaú Cultural
No dia 9 de dezembro de 1952, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), é inaugurada a exposição que marca o início oficial da arte concreta no Brasil. Intitulada Ruptura, a mostra é concebida e organizada por um grupo de sete artistas, a maioria de origem estrangeira residentes em São Paulo: os poloneses Anatol Wladyslaw (1913 - 2004) e Leopoldo Haar (1910 - 1954), o austríaco Lothar Charoux (1912 - 1987), o húngaro Féjer (1923 - 1989), Geraldo de Barros (1923 - 1998), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), e o catalisador e porta-voz oficial do grupo, Waldemar Cordeiro (1925 - 1973). Cordeiro conhece Barros, Charoux e Sacilotto em 1947, na mostra 19 Pintores, quando todos ainda estavam influenciados pela corrente expressionista. É somente em 1948, quando Cordeiro volta definitivamente ao Brasil, que ocorre a mudança dos trabalhos desses artistas em direção à abstração. Por essa época, reúnem-se para discutir arte abstrata e filosofia, principalmente a teoria da pura visibilidade do filósofo alemão Konrad Fiedler (1841 - 1895) e o conceito de forma cunhado pela psicologia da Gestalt. Féjer e Leopoldo Haar, ambos com formação artística em seus países de origem, já produzem pinturas abstratas pelo menos desde 1946 e aderem ao grupo. O último a integrá-lo em 1950 é Wladyslaw, ex-aluno de Flexor (1907 - 1971).
Como afirma Cordeiro em 1953, em resposta a artigo do crítico de arte Sérgio Milliet (1898 - 1966), o Grupo Ruptura "está longe de representar todo o movimento paulista de arte abstrata e concreta, cujas fileiras contam hoje inúmeros integrantes".1 Sendo assim, o que os diferencia dos outros artistas? Sabe-se que desde o final dos anos 1940, o meio artístico brasileiro vê crescer o interesse pela arte abstrata, não sem grande resistência dos artistas figurativos ligados à estética nacionalista dos anos 1930, como Di Cavalcanti (1897 - 1976), por exemplo. Apesar da reação negativa, a consagração das tendências abstratas, sobretudo de vertente geométrica, na 1ª Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo (posteriormente Bienal Internacional de São Paulo) em 1951, indica que a discussão figuração versus abstração tende a ser superada, abrindo-se, a partir de então, a necessidade de mudar o foco do debate público.
Nesse panorama, a exposição do Grupo Ruptura em 1952 e o manifesto do grupo publicado no mesmo ano, representam a abertura para um novo caminho de debate, instaurando-o no interior das próprias vertentes abstratas. O manifesto, redigido por Cordeiro e diagramado por Haar, e que parece ter causado maiores reações do que os próprios trabalhos apresentados estabelece uma posição firme contra as principais correntes da arte no país. Pretende-se romper com o "velho", a saber: "todas as variedades e hibridações do naturalismo; a mera negação do naturalismo, isto é, o naturalismo 'errado' das crianças, dos loucos, dos 'primitivos', dos expressionistas, dos surrealistas, etc.; o não-figurativismo hedonista, produto do gosto gratuito, que busca a mera excitação do prazer ou do desprazer".2 Se por um lado, a oposição contra qualquer forma de figuração não é nova, por outro, a não aceitação da abstração informal é inédita e ajuda a compreender a posição do grupo.
No ambiente do pós-guerra marcado por um certo otimismo e pelo desejo de esquecer a barbárie dos anos anteriores, a arte concreta (1930), de cunho extremamente racionalista, conhece um novo florescimento. Dentro desse movimento, o artista suíço Max Bill (1908 - 1994) torna-se o principal teórico da arte concreta do período, tentando repensar seu legado juntamente com a reflexão sobre o construtivismo, o neoplasticismo e a experiência alemã da Bauhaus, adaptando-o à nova realidade. E é exatamente como seguidores do artista suíço que os integrantes do Grupo Ruptura se colocam no meio artístico brasileiro dos anos 1950.
Em termos gerais, o grupo defende a autonomia de pesquisa com base em princípios claros e universais, capazes de garantir a inserção positiva da arte na sociedade industrial. Para um artista concreto, o objeto artístico é simplesmente a concreção de uma idéia perfeitamente inteligível, cabendo à expressão individual lugar nulo no processo artístico. Para eles, toda obra de arte possui uma base racional, em geral matemática, o que a transforma em "meio de conhecimento dedutível de conceitos". No âmbito da pintura, esses princípios correspondem à crítica do ilusionismo pictórico, à recusa do tonalismo cromático e à utilização dos recursos ópticos para a criação do movimento virtual. Lançam mão também do uso de materiais como esmalte, tinta industrial, acrílico e aglomerado de madeira, destacando a atenção do grupo ao desenvolvimento de materiais industriais.
Observa-se que a adoção de postulados extremamente racionalistas para a arte revelam a ânsia de superar o atraso tecnológico, a condição espiritual de país colonizado e de economia subdesenvolvida, característicos da realidade brasileira. As questões e a prática introduzidas pelo Ruptura mobilizam a maior parte dos debates nos anos 1950, e são fundamentais para a fermentação da dissidência neoconcreta no Rio de Janeiro. O grupo não promove outras exposições de seus participantes, entretanto, já contando com outros adeptos como Hermelindo Fiaminghi (1920 - 2004), Judith Lauand (1922), Maurício Nogueira Lima (1930 - 1999) e o apoio dos poetas concretos paulistas, organizam a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta (1956/1957). Por volta de 1959 o Grupo Ruptura começa a se dispersar.
Fonte: GRUPO Ruptura. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 23 de Jan. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Instituto Maurício Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 23 de janeiro de 2023.
2 artistas relacionados
Maurício Nogueira Lima (Recife, Pernambuco, 18 de abril de 1930 – Campinas, São Paulo, 1 de abril de 1999), mais conhecido como Nogueira Lima, foi um pintor, arquiteto, desenhista, artista gráfico e professor. Cursou artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Em São Paulo, frequentou cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conheceu os artistas gráficos Alexandre Wollner, Antônio Maluf e o pintor polônes Leopold Haar, colegas com quem desenvolve diversos trabalhos. Construiu trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar. Participou da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1967, integrou a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Na década de 70 leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral. Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo. Premiado diversas vezes, realizou exposições em solo brasileiro, mas também na Áustria, Alemanha, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Suíça, México e Japão.
Biografia – Itaú Cultural
Muda-se com a família para São Paulo aos 2 anos. Entre 1947 e 1950, estuda artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. De volta a São Paulo, em 1951, frequenta cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conhece os artistas gráficos Alexandre Wollner (1928-2018) e Antônio Maluf (1926-2005), e o pintor polônes Leopold Haar (1910-1954), profissionais com quem desenvolve diversos trabalhos.
Na tela Composição 1 (1952), cria ritmos horizontais e verticais, apresentando incidências vermelhas e negras que se contrapõem à superfície branca do suporte. Gradualmente adere à pintura concreta e dedica-se a uma crescente experimentação cromática, como na tela Sem Título (1962), na qual apresenta pequenos quadrados em ocre, azul e verde, distribuídos sobre um fundo vermelho. O uso das cores complementares faz com que a pintura apresente um grande efeito de vibração cromática.
A convite do artista italiano Waldemar Cordeiro (1925-1973) integra, em 1953, o Grupo Ruptura e participa de diversas mostras de arte concreta, além de Bienais e Salões Paulista de Arte Moderna. Estuda arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre 1953 e 1957. No ano seguinte, é responsável pela criação da logomarca e programação visual da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit), em São Paulo. Em 1960, realiza as primeiras grandes instalações ambientais para indústrias automobilísticas no Salão do Automóvel e é convidado pelo designer suíço Max Bill (1908-1994) a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho no museu Helmhaus, em Zurique.
A partir de 1964, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa e constrói trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar (1964-1985). Participa da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em 1967, integra a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Retoma a abstração geométrica como tema artístico em 1973, porém com maior liberdade formal.
Ainda na década de 1970, leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral.
Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo.
O artista explora em suas pinturas a oposição entre pequenas áreas de luz e de cor e amplas extensões cromáticas. Como aponta o artista plástico Claudio Tozzi (1944), as obras de Maurício Nogueira Lima são projetadas com base em uma geometria sensível e executadas em gestos leves, revelando um trabalho intimista e reflexivo.
Maurício Nogueira Lima tem variada atuação no campo das artes visuais. Suas composições expandem os limites da abstração geométrica e ilustram, entre outros temas, o momento histórico e os ídolos populares dos meios de comunicação de massa de sua época.
Críticas
"O desenvolvimento do trabalho de Maurício Nogueira Lima, ao longo das duas últimas décadas, pode ser situado em paralelo com o de Waldemar Cordeiro, distanciando-se apenas nas suas consequências mais recentes. De fato, ambos estiveram entre os primeiros de nossos artistas a absorver, após a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, a nova linguagem da arte concreta (...). Ambos incorporariam também, numa contradição de rumo que era apenas aparente, a retomada da figuração nos primeiros anos da década seguinte, segundo influência oriunda da pop art norte-americana; para Nogueira Lima, a atividade profissional no campo da publicidade forneceu base e atração suficiente no sentido desse novo encaminhamento, onde o rigor permanece, sob outro aspecto: ´A figura para mim não tem o mesmo sentido que tem para um artista expressionista. O desenho de um rosto ou outra coisa qualquer equivale a um design. (...) A comunicação é a única coisa que importa, comunicação industrial, moderna (...)´, dizia ele em 1967. No entanto, após essa fase de quase-apropriação do folclore urbano (...) Maurício Nogueira Lima retomou seu antigo interesse pela abstração despojadamente geométrica, de acordo com a linguagem atual da op art e dos efeitos cinéticos virtuais" — Roberto Pontual
(PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973).
"(...) ele se voltou, nessa época (1964 a 1970), para uma figuração cujo parentesco mais próximo seria com a pop art: altos contrastes, retículas, aproveitamento de imagens relacionadas (ou extraídas) à sociedade de consumo. Mas é bom que se saiba que as motivações foram distintas. No caso de Maurício, não houve influência da pop art (que ele nem mesmo conhecia), e sim de uma antiga experiência profissional com artes gráficas. Mais ainda, sua fase figurativa teve um caráter nitidamente participante, desenvolvendo-se sempre numa linha de crítica de idéias e tomada de posições (...)" — Olívio Tavares de Araújo (Araújo, Olívio Tavares de. Pinturas. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977).
"O preparo em várias áreas (artes plásticas, comunicação visual e arquitetura) conduziu Maurício Nogueira Lima (...) a uma aplicação profissional multímoda, incluindo-se a docência entre as suas atividades. Artista de princípios racionais dos mais dogmáticos, manteve algumas constantes instaurativas, sobretudo na animação ótica dos espaços, na seriação das construções e ainda na busca específica de retículas coloridas. Seus primeiros trabalhos, neste último aspecto, eram em preto-e-branco e vermelho-e-preto, e datam de 1955, quando usa a cor somente no sentido estrutural, para separar formas. As obras reticuladas prolongaram-se até 1963 e são uma de suas características mais fortes. Entre 1964 e 1970 interrompeu bruscamente essa produção concreta ´por falta de equilíbrio emocional diante dos eventos sociopolíticos no país´ e no espírito das Novas Figurações passou a uma iconografia baseada na fotografia em alto-contraste com repertório extraído dos meios de comunicação de massa. Depois do intervalo, o retorno à arte geométrica fez-se certamente com maior liberdade na estruturação da forma e na sensibilização luminística da cor, insinuando-se nas composições alguns elementos de natureza figurativa" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. Apresentação de Walther Moreira Salles. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983).
Exposições Individuais
1960 - Rio de Janeiro RJ - Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no MAM/RJ
1962 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar
1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Mobilínea
1975 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Modular
1976 - Campinas SP - Individual, no Centro de Convivência Cultural de Campinas
1977 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: 77 pinturas, na Galeria Arte Global
1978 - Tatuí SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, no Conservatório Musical de Tatuí.
1979 - Santo André SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias, na Kris Galeria de Artes
1979 - São Paulo SP - Individual, na Itaugaleria
1980 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos, na Galeria Cosme Velho
1984 - São Paulo SP - A Visão Construtiva de Maurício Nogueira Lima, no CCSP
1986 - São Paulo SP - Reflexão e Refração, na Galeria Choice
1990 - São Paulo SP - Individual, na Livraria Letrativa. Sala Mira Schendel
1993 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, na A Hebraica
1997 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ruy Sant'Anna
Exposições Coletivas
1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosario (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1957 - São Paulo SP - Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Leverkusen (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus
1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1959 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Viena (Áustria) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Arte Concreta, no MAM/RJ
1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1960 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Utrecht (Holanda) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, na Helmhaus, organizada por Max Bill
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1963 - São Paulo SP - Galeria Novas Tendências: coletiva inaugural, na Associação de Artes Visuais Novas Tendências
1965 - Porto Alegre RS - Cinco Pintores de Vanguarda, no Margs
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - São Paulo SP - Proposta 65, no MAB/Faap
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1967 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Contemporânea, no MACC
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - grande medalha de prata
1967 - São Paulo SP - 6 Pintores da Nova Objetividade, no IAB/SP
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1967 - Tóquio (Japão) - Bienal de Tóquio
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massas, na Esdi
1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - Grande Prêmio Conselho Estadual de Cultura
1970 - Paris (França) - Salão de Outono
1970 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea - 1º prêmio em pintura
1970 - São Paulo SP - Coletiva, no IAB/SP
1971 - Barcelona (Espanha) - Bienal Internacional del Deporte
1971 - São Paulo SP - Futebol x Arte, no Paço das Artes
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1973 - Brasília DF - Arquitetos Pintores, no Touring Clube do Brasil
1973 - São Paulo SP - 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1973 - São Paulo SP - 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1974 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp - Prêmio Conselho Estadual de Cultura: Pintura
1976 - São Paulo SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil Anos 60, no MAB/Faap
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1979 - São Paulo SP - Volta à Figura: década de 60, no Museu Lasar Segall
1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, na Galeria de Arte São Paulo
1982 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Futebol, no MAM/RJ
1983 - São Paulo SP - 14º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1983 - São Paulo SP - Projeto Releitura, na Pinacoteca do Estado
1984 - São Paulo SP - Arte na Rua 2
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Penápolis SP - Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação das Artes de Penápolis
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte
1987 - São Paulo SP - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1991 - São Paulo SP - Artistas Arquitetos, no Masp
1991 - São Paulo SP - Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem, no Sesc Pompéia
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1991 - São Paulo SP - Sincronias
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura
1992 - São Paulo SP - Cidadania - 200 Anos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Pinacoteca do Estado
1992 - São Paulo SP - Mostra de Reinauguração do Museu de Arte Contemporânea de Americana, no MAC/Americana
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura
1994 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Cláudio Tozzi, Ivald Granato, Cleber Machado, Maurício Nogueira Lima, Rubens Gerchman, Siron Franco e Tomoshige Kusuno, na A Hebraica
1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ
1995 - Santos SP - 5ª Bienal Nacional de Santos, na Prefeitura Municipal de Santos
1995 - São Paulo SP - United Artists, na Casa das Rosas
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC/USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1998 - Brasília DF - Cien Recuerdos para Garcia Lorca, no Espaço Cultural 508 Sul
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Traços e Formas, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, MAM/RJ
Exposições Póstumas
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e Seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
2000 - Lisboa (Portugal) - Século XX: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Coleção Pirelli no Acervo do MAM: a arte brasileira nos anos 60, no MAM/SP
2000 - São Vicente SP - A Arte de Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no CCBEU
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto/cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
Fonte: MAURÍCIO Nogueira Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 20 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Anos Iniciais
Nascido em Recife, Maurício Nogueira Lima mudou-se com a família aos dois anos de idade para São Paulo. Entre 1947 e 1950 a família se mudou para Porto Alegre e ali, paralelo aos estudos do Ensino Médio, Nogueira Lima estudou Artes Plásticas no Instituto de Belas Artes (que mais tarde viria a integrar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRSG). Novamente em São Paulo, em 1951, concluiu o Ensino Médio e se inscreveu no recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand (MASP). Nesse mesmo ano, Maurício Nogueira Lima, então aos 21 anos de idade, venceu o concurso para o Cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna. Segundo o artista, foi a partir de então que o seu trabalho como programador gráfico começou a ser reconhecido e valorizado.
Grupo Ruptura
Após a 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1951), Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro foram os primeiros artistas a absorverem a arte concretista. Em 1953, a convite de Waldemar, passou a integrar o Grupo Ruptura, o qual reunia artistas abstratos geométricos em São Paulo. No mesmo ano, ingressou no curso de arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, concluindo em 1957. Além disso, matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no MASP.
Durante esse período, Maurício Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, expondo pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Essa produção lhe permitiu apresentar obras na mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta) realizada em Zurique, em 1960, a convite de Max Bill.
Pós-Golpe Militar
Com o Golpe Militar de 1964, Maurício Nogueira Lima voltou-se para a figuração, afastando-se temporariamente do concretismo e aproximando-se da pop-art. Nesse ano ministrou Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1967 foi contratado como professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações da FAAP, atuando também como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Também em 1967 colaborou com a organização da mostra Nova objetividade brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, assinando o Manifesto “Declaração de princípios básicos da Nova Vanguarda”.
Retorno ao abstracionismo
Em 1973 retomou a abstração geométrica, com maior liberdade formal. Com a ilusão de volumes e vibrações cromáticas, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, como as pinturas na Praça Roosevelt e no Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão. Além disso, projetou, na década de 80 em São Paulo, os painéis para as estações Santana e São Bento do metrô de São Paulo.
De acordo com Gabriel San Martin, com "a dispersão do Grupo Ruptura e a morte de Waldemar Cordeiro, o comedimento formal rigoroso a que o seu trabalho parecia emplacado fica mais despojado. O manuseio da cor atinge determinada maturidade e passa, de fato, a fomentar as particularidades de seus esquemas. Como que rompida a lógica concreta que mediara a sua produção como um censor a determinados ordenamentos formais, Maurício adota uma disposição colorista até então enrustida às suas configurações de cinquenta. O ritmo visual dos trabalhos passa a surtir efeito segundo o movimento da cor".
Ainda nas intervenções urbanas, realizou trabalhos pioneiros de intervenção cromática com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro e no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Em 1974 começou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permaneceu até a sua morte. Ali também realizou mestrado e doutorado.
Em paralelo à produção de artes plásticas, Maurício Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos para empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil, 1958) e UD (Feira de Utilidades Domésticas, 1959).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Biografia – Site Nogueira Lima
Nascido em 1930, Maurício Nogueira Lima foi o mais jovem integrante do Grupo Ruptura, que reuniu, em São Paulo, artistas abstratos geométricos no início da década de 1950. Ao lado de Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros e Luis Sacilotto, Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, tendo exposto pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal de São Paulo. Com essa produção, foi convidado pelo artista suíço Max Bill a tomar parte na célebre mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta), realizada em Zurique, em 1960.
Assim como outros artistas do Grupo Ruptura, Nogueira Lima voltou-se para a figuração logo após o golpe de 1964. Nesse período apropriou-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: ídolos do cinema, do futebol e da música pop são protagonistas nas pinturas, assim como sinais gráficos e onomatopeias que denunciavam de maneira velada a violência instituída pelo novo regime. Em 1967 colaborou na organização da lendária mostra “Nova Objetividade Brasileira”, ocorrida no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Em 1973 retomou a abstração geométrica, no entanto, fazendo-o com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criava ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas e, a partir desses estudos, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, em lugares como a Praça Roosevelt e o Minhocão. Na década de 1990 realizou trabalhos pioneiros de intervenções cromáticas com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, e no Estádio Municipal do Pacaembu.
Paralelamente à produção plástica, Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos de importantes empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil) e a UD (Feira de Utilidades Domésticas). Foi vencedor dos concursos de cartazes do I e do VI Salão Paulista de Arte Moderna (respectivamente em 1951 e 1957) e, na década de 1980, MNL projetou painéis para as estações Santana e São Bento – ambas do metrô paulistano.
Cronologia
1930
Maurício Nogueira Lima nasce a 18 de abril, em Recife. Seus pais, Manoel Mendes Nogueira Lima e Maria de Assis Nogueira Lima (nome de solteira: Maria de Assis Pereira de Arruda) haviam se conhecido em Limoeiro, cidade próxima à capital pernambucana, onde viviam. Em 1927, logo após o casamento, mudam-se para São Paulo em busca de melhores condições de vida, mas, em 1930, decidem retornar a Pernambuco, onde nasce Maurício, filho único do jovem casal.
1932-1946
A família Nogueira Lima fixou-se em São Paulo e viveu modestamente em pensões no centro da cidade. Manoel trabalhava como vendedor e Maria lecionava português para imigrantes fugidos da Europa. Maurício cursou o primário no Ginásio Marista e o ginásio no Colégio Bandeirantes, formando-se em 1946. Aos domingos, frequentava a sessão Zig-zag no cinema do Palacete Santa Helena, onde viu pela primeira vez Flash Gordon, personagem que se tornaria um de seus heróis preferidos.
1947 - 1950
Após o término da Guerra, Manoel foi convidado a trabalhar na sucursal da Colgate Palmolive, no Rio Grande do Sul, e, assim, a família muda-se para Porto Alegre.
Paralelamente ao Ensino Médio, Maurício frequentava o curso de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, onde se aproximou de estudantes de Arquitetura.
1951
Em 1951, Nogueira Lima retornou a São Paulo e terminou o Ensino Médio no Colégio Rio Branco, com bolsa concedida pelo Rotary Club. Além disso, inscreveu-se no curso de Desenho Industrial e Artes Gráficas do recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Alinhados com os ensinamentos da Bauhaus, os professores do IAC entendiam a arquitetura como espaço privilegiado para a concretização da obra de arte total e o desenho como forma de comunicação, conceitos esses que o jovem Maurício assimilou e adotou ao longo de sua trajetória profissional.
A exposição de Max Bill, inaugurada no Masp em março, – no mesmo dia em que o IAC abre suas portas – bem como a representação suíça na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, são referências importantes para sua geração. As soluções sintéticas conquistadas com o mínimo de elementos geométricos e cores primárias são aplicadas a linguagens que variam da pintura aos projetos de arquitetura e design gráfico, suscitando discussões e alimentando o repertório dos futuros artistas concretos.
Ainda nesse mesmo ano, Maurício venceu o concurso de cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna.
1952
Expôs pela primeira vez sua pintura concreta no II Salão Paulista de Arte Moderna e recebeu o Prêmio aquisição pela obra Composição no. 2.
Conhece Waldemar Cordeiro que o convida a participar do Grupo Ruptura. Assim como outros artistas concretos, trabalhava com materiais industriais, tais como tintas automotivas e em massa. Pensava a geometria como uma linguagem afinada com a cidade moderna e que a serigrafia propiciava uma circulação mais ampla e democrática do objeto artístico.
1953
Ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no Masp.
No fim do ano casou-se com Maria da Glória Leme, com quem teve duas filhas, Áurea e Mônica Nogueira Lima.
1954
Expôs no III Salão Paulista de Arte Moderna, no qual recebeu o Prêmio aquisição pela obra “Desenvolvimento espacial da espiral”.
Recebeu a 2ª Menção Honrosa no concurso do selo comemorativo para o IV Centenário de São Paulo.
1955
Expôs duas pinturas-objetos na III Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e outras duas no IV Salão Paulista de Arte Moderna, onde é laureado com o 2º Prêmio Governador do Estado.
Em 16 de maio nasce sua primeira filha, Áurea Nogueira Lima.
1956
Em dezembro, tomou parte da Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM-SP, que seguiu no início do ano seguinte para o Ministério de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro.
1957
Participou da IV Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo com três pinturas e recebeu Menção honrosa no concurso de cartaz do evento.
Recebeu o 1º Prêmio pelo cartaz do VI Salão Paulista de Arte Moderna.
Ao final do ano concluiu o curso de graduação e abriu o primeiro escritório de arquitetura especializado em planejamento de feiras promocionais, tendo como sócios Arnoldo Grostein, Cesar Luiz Pires de Mello e Claus Bergner.
1958
Cria o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil – Fenit. Este foi o primeiro de muitos projetos de “arquitetura promocional” – instalações de grande porte para feiras comerciais – que se tornaria importante fonte de renda nos anos seguintes.
Em 12 de abril nasce sua segunda filha, Mônica Nogueira Lima
1959
Desenvolve o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da UD - Feira de Utilidades Domésticas.
1960
Foi convidado por Max Bill a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho na Helmhaus, em Zurique.
Como diretor da SPAÇO Arquitetura e Construções, realizou a arquitetura promocional do I Salão do Automóvel, maior evento da indústria automobilística do Brasil, sediado no Parque do Ibirapuera.
1961
Apresenta três pinturas concretas na VI Bienal do MAM-SP.
1962
Em abril realizou uma exposição individual na Galeria Aremar, em Campinas, SP, mostrando trabalhos concretos.
Recebeu o 2º Prêmio Governo do Estado na categoria Arquitetura no XI Salão Paulista de Arte Moderna, pelo projeto da residência do Sr. Maurício Grostein.
1963
Vence o concurso para a Estação Rodoviária da Guanabara.
Em dezembro expõe na mostra inaugural da Galeria Novas Tendências.
1964
Visitou o ateliê de Wesley Duke Lee e observou trabalhos inspirados pela poética de Robert Rauchenberg, ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Veneza neste ano. Produziu uma série de colagens com imagens publicadas em jornais e revistas.
Realizou a obra “Não entre à esquerda” (atualmente no acervo do MAM-SP), considerado um trabalho de transição entre uma linguagem concreta e a arte pop. O aspecto gráfico da sinalização de trânsito, os comandos curtos, mas efetivos, somados a nomes de bairros, resultam numa imagem ambígua e bem-humorada que alude à situação política do país no período pós-golpe militar.
A partir disso, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: seleciona retratos de ídolos do cinema, do futebol e da música pop. Além disso, “limpa” os elementos que considera redundantes, reduzindo a imagem a duas ou três cores em alto contraste. Eliminados os meios-tons, a relação binária entre figura e fundo estrutura a composição, tornando a mensagem instantaneamente decodificável. Para além das denúncias contra a ditadura militar, a figuração pop remete à luta por novos paradigmas sociais decorrentes dos movimentos de contracultura deflagrados nessa década.
Durante dois anos ministrou a disciplina Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
1965
Nesse ano, realizou uma exposição individual na Galeria Mobilínea, em São Paulo, e apresentou três colagens na VIII edição da Bienal de São Paulo.
Participou da mostra Proposta 65, organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Encerrou as atividades da empresa SPAÇO Arquitetura e Construções.
1966
Em 1966, Nogueira Lima realizou uma série de trabalhos enfocando a Jovem Guarda.
Tornou-se diretor de arte da agência Alcântara Machado Publicidade, cargo que exerceu por dois anos.
1967
Foi contratado pela FAAP como Professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações, e como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Em abril participou da mostra Nova Objetividade Brasileira, no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Expôs quatro pinturas da série de onomatopeias na IX Bienal de São Paulo, também conhecida como “Bienal da arte pop”. Com obras dessa série, foi premiado na 1ª Bienal da Bahia e no XVI Salão Paulista de Arte Moderna.
O jogo de futebol e seus ídolos são progressivamente incorporados como tema de pintura, até 1970, ano da Copa do Mundo.
1968
Recebeu o 2º Prêmio Conselho Estadual de Cultura no XVII Salão Paulista de Arte Moderna, pela pintura Tip. A partir desse ano, dedicou-se exclusivamente à pintura e à carreira de professor universitário.
Separou-se de Maria da Glória e passou a morar com Vera Ilce Monteiro da Cruz, jovem pintora adepta da arte pop.
1969
Dirigiu o curso de Desenho e Plástica, na FAAP. E, além disso, foi nomeado pela Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo como membro da Comissão Organizadora do I Salão Paulista de Arte Contemporânea, realizado no Masp.
1970
Em 1970, foi contratado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das Cruzes, para assumir as cadeiras de Projeto e Comunicação visual, atividade que exerceu até 1986. Paralelamente, lecionou a disciplina de Estética e História da Arte na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí durante sete anos. Foi dispensado pela FAAP por razões políticas.
1971
Ao longo das décadas seguintes, participou de inúmeros salões e exposições coletivas, entre as quais diversas edições do Panorama da Arte Atual Brasileira - Pintura, organizadas pelo MAM-SP.
1972
Participou da coletiva Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois, realizada na Galeria Collectio, São Paulo. Participou também das exposições Eucat Expo, 22Semana72 e outra na Galeria Múltipla, São Paulo.
1973
Em 1973, Maurício retomou a abstração geométrica, mas, nesse momento, o fez com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criou a ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas, ora aproximando variações tonais ora justapondo elementos geométricos construídos com cores complementares.
Ministrou, até 1986, a disciplina de Desenho da Mensagem na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos.
Conheceu Selma Sevá, que se tornaria sua companheira até o fim da vida.
1974
Ganhou o Prêmio Conselho Estadual de Pintura por “Quadratura do quadrado”, no V Salão Paulista de Arte Contemporânea.
Atuou como Professor assistente do Departamento de Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, atividade que conservou até a morte.
1976
Constituiu a empresa Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá/Arquitetos Associados, mantendo-a com a esposa até 1985. No novo escritório, retomou o trabalho de designer gráfico.
1977
Participou da mostra Projeto Construtivo Brasileiro na arte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no MAM-RJ.
Em novembro apresentou 22 pinturas na individual realizada na Galeria de Arte Global, em São Paulo.
1978
Nesse ano, toma parte na exposição “Objeto na arte – década de 60”, no Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Inicia a pós-graduação na FAU-USP. A cidade, sua geometria e suas cores tornam-se seu objeto de estudo.
1979
Cria um painel de 1.300 m2 no Largo São Bento, na lateral do edifício Capemi. Fez, inicialmente, um estudo da luz do local em diversas horas do dia e baseou a estrutura do desenho na arquitetura do entorno, de modo a criar volumes virtuais em estreito diálogo com o largo.
1980
Realizou a mostra individual "Pinturas Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos," na Galeria Cosme Velho, em São Paulo.
1983
Concluiu o mestrado em Estruturas Ambientais Urbanas, na FAU-USP, com a dissertação “Da cidade para a cidade”.
Em 21 de fevereiro nasce Cléo Sevá Nogueira Lima, sua filha caçula.
1984
Nesse ano, realizou a mostra retrospectiva "A visão construtiva de Maurício Nogueira Lima", no Centro Cultural São Paulo, apresentando 1.200 peças entre obras e projetos arquitetônicos.
Participou das coletivas “Tradição e ruptura”, na Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), e “Arte na rua 2”, coordenada pelo MAC USP.
Inaugurou, em outubro, a Ambientação cromática na nova Praça Roosevelt, em São Paulo.
1986
Integrou, nesse ano, as exposições coletivas "A trama do gosto", na FBSP, e "DACOLEÇÃO", no Masp.
1987
Apresentou 25 trabalhos na individual realizada na Maurício Leite Barbosa Galeria de Arte, no Rio de Janeiro.
1990
Criou dois murais na Estação Santana do metrô (linha azul), em São Paulo: um de 140m² no corredor de acesso à plataforma, e o outro, de 72 m², no mezanino. Nesse mesmo ano deu início à pintura de um mural de 450 m2 com tinta acrílica sobre uma superfície de concreto, no acesso à estação São Bento (linha azul).
1991
Durante os meses de julho e agosto empreendeu uma viagem de estudos pela Itália, Suíça, França e Espanha a fim de realizar leituras visuais e registros de gráfica urbana em estações de metrô.
1993
Realizou a individual "Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas", na Casa das Rosas, São Paulo, onde apresentou 30 pinturas e 800 desenhos coloridos baseados em pesquisas acadêmicas sobre intervenção no meio ambiente urbano.
1994
Integrou a mostra "Bienal Brasil Século XX", na Fundação Bienal de São Paulo.
1995
A quinta edição da Bienal de Santos dedicou-lhe uma sala especial, com 23 pinturas.
Nesse mesmo ano, ocorreu a publicação, pela Edusp, do livro "Maurício Nogueira Lima", com textos e trabalhos das décadas de 1980 e 1990.
1996
No Rio de Janeiro, realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna no Aqueduto dos Arcos.
Mudou-se para Campinas.
1997
Realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna na fachada do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo.
1998
Recebeu o Prêmio Mário Pedrosa (em reconhecimento a um artista de linguagem contemporânea), concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte.
A TV Cultura produz, nesse ano, o documentário “Maurício Nogueira Lima, um mestre concretista”, integrante da série “Artistas Contemporâneos Brasileiros.”
1999
Faleceu em 1º de abril, em Campinas.
Exposições
1951
I Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
1952
II Salão Paulista de Arte Moderna; Antigo Salão Trianon; São Paulo - SP (coletiva).
1954
Exposição de Artistas Concretas de São Paulo; Pró-Arte Teresópolis; Teresópolis - RJ (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1955
III Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
IV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1956
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1957
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Salão de Exposições do Ministério da Educação e Saúde; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arte Moderna em Brasil; Museo Nacional de Bellas Artes; Buenos Aires, Argentina (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
IV Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1958
47 Artistas Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
I FENIT Feira Nacional da Indústria Têxtil; Pavilhão de Exposições do Anhembi; São Paulo - SP (design).
Exposição de Artes Plásticas; Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie; São Paulo - SP (coletiva).
1959
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Homenagem aos comissários V Bienal Internacional de São Paulo; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1959-60
Brasilianische kunst der gegenwart; Vila Romana; Florença- Itália (coletiva).
1960
IX Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Arte Concreta (Konkrete Kunst); Helmhaus Zürich; Zurique, Suíça (coletiva).
Exposição de Arte Concreta: retrospectiva 1951-1959; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1961
X Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
VI Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1962
Mostra Inaugural Galeria do Clube dos Artistas; Galeria do Clube dos Artistas; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima Pinturas; Galeria Aremar; Campinas - SP (individual).
XI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1963 - Coletiva Inaugural 1; Galeria NT Novas Tendências; São Paulo - SP (coletiva).
1964
Arte no IAB; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico / arte gráfica).
XIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
Arquitetura da Finlândia; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; São Paulo - SP (arte gráfica).
Arquitetos Pintores; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1965
Maurício Nogueira Lima; Galeria Mobilínea; São Paulo - SP (individual).
5 Pintores de Vanguarda; Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli; Porto Alegre - RS (coletiva).
Exposição de Pintura Heinz Kühn; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Gráfica; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo USP; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão de Arte de São Bernardo; Associação São Bernardense de Belas Artes; São Bernardo - SP (júri de premiação).
VIII Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1965-66
Proposta 65; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva)
1966
Coletiva; Galeria Aliança Francesa; Campinas - SP (coletiva).
I Bienal Nacional de Artes Plásticas; Convento do Carmo; Salvador - BA (coletiva).
XV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
II Salão de Arte; Clube Ararense - União Universitária Ararense; Araras - SP (texto crítico).
Pinturas na Aliança Francesa; Aliança Francesa; São Paulo - SP (coletiva).
II Salão de Arte Contemporânea; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva/júri).
Exposição de Arte em Comemoração do 122º Aniversário da Cidade de Barretos; Grêmio Literário e Recreativo e Fundação Educacional; Barretos - SP (coletiva).
Salão de Pesquisa Operacional; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (júri de premiação).
1967
Nova Objetividade Brasileira; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
IX Bienal de Tóquio; ?; Tóquio, Japão (coletiva).
Exposição 12+1; Biblioteca Pública de Curitiba; Curitiba - PR (coletiva).
12 + 1 Coletiva de Artistas Campinenses e Paulistas; Museu de Arte Moderna de Florianópolis; Florianópolis - SC (coletiva).
6 pintores da nova objetividade; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
XVI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
IX Bienal Internacional de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
III Salão de Arte Contemporânea de Campinas; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Artistas Paulistas; Fundação Cultural do Distrito Federal; Brasília - DF (coletiva).
1968
Cafonismo A Arte De Mau-Gôsto; Pequena Galeria KLM; São Paulo - SP (individual).
2º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Colégio Estadual Idalina Macedo da Costa Sodré; São Caetano do Sul - SP (organização).
Aspecto 68; 1ª Cultural, Reitoria da Universidade Federal do Pará; Belém - PA (coletiva).
XVII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1969
Vanguarda; Galeria Seta; São Paulo - SP (coletiva)
III Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Rua Alegre, 497 São Caetano do Sul; São Caetano do Sul - SP (organização).
1969-70
I Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (organização).
1970
Coletiva da Sociedade de Arte 2 Mundos; Saguão do Teatro Brasileiro de Comédia; São Paulo - SP (coletiva).
Arte de Vanguarda; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1970-71
II Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1971
Futebol e Arte; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Salão de Outubro; Paris, França (coletiva).
III Bienal Internacional del Deporte Barcelona; Barcelona; Barcelona - Espanha (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1972
Eucat Expo; Eucat Expo; São Paulo - SP (coletiva).
22Semana72; Centro Acadêmico Fundação Getúlio Vargas; São Paulo - SP (coletiva).
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois; Galeria Collectio; São Paulo - SP (coletiva).
José Germano Mazzarino; Centro Cultural e Desportivo Carlos de Souza Nazareth SESC; São Paulo - SP (curadoria / texto crítico).
Exposição; Galeria Múltipla; São Paulo - SP (coletiva).
1973
Exposição Coletiva; Galeria Núcleo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Galeria Arte e Manha; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Clube Pinheiros; São Paulo - SP (coletiva).
V Panorama de Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
Arquitetos Pintores; Touring Club do Brasil / Fundação Cultural do Distrito Federal / Instituto de Arquitetos do Brasil; Brasília - DF (coletiva).
XII Bienal de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Serigrafias de Claudio Tozzi e Maurício Nogueira Lima; Galeria Hogar; São Paulo - SP (coletiva).
1974
Maurício Nogueira Lima; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
V Salão Paulista de Arte Contemporânea; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coleção Selvagem; Centro Cívico de Santo André; Santo André – SP (curadoria / texto crítico).
1975
Serigrafias; Galeria Gravurão; São Paulo - SP (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Contemporânea; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Serigrafias; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
1976
Arte Contemporânea; Centro Municipal de Cultura de Ubatuba; Ubatuba - SP (coletiva).
Serigrafias de Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá; GCM Galeria Castro Mendes; Campinas - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Centro de Convivência Cultural de Campinas; Campinas - SP (individual).
VIII Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
1977
Retrospectiva dos Movimentos Concreto e Neoconcreto - Trabalhos realizados entre 1950 e 1962; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria Arte Global; São Paulo - SP (individual).
1978
Individual; Conservatório Municipal de Tatuí; Tatuí - SP (individual).
I Bienal Latino-Americana; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Objeto na Arte: Brasil Anos 60; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
45 Pró-Henrique; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Leilão de Parede; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
As Bienais e a Abstração: a década de 50; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Papeis e Cia; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
1979
Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias; Galeria de Artes Kris, Santo André - SP (individual).
Volta à figura. A década de 60. Ciclo de exposições de pintura brasileira contemporânea; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Biblioteca Municipal Presidente Kennedy; Santo Amaro - SP (coletiva).
O desenho como instrumento; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva)
Gravuras; Galeria Livre; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Itaú; São Paulo - SP (individual).
1979-80
A Criança e o Artista; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1980
Pinturas Maurício Nogueira Lima - Pesquisas visuais dos últimos 5 anos; Galeria Cosme Velho; São Paulo - SP (individual).
Exposição Coletiva; Escritório de Arte Santa Cecília; São Paulo - SP (coletiva).
1981
Pinacoteca no Paraná; Paraná (coletiva).
Contemporâneos Brasileiros; Galeria São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Sala de Exposição Alberto França, Instituição Moura Lacerda; Ribeirão Preto - SP (individual).
Arquiteto Plástico; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Ponto de Encontro; São Paulo - SP (coletiva).
1982
Universo do Futebol; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Que toto o Espírito vive Pássaro; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Geometrismo Expressivo; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1983
10º Aniversário da Morte de Waldemar Cordeiro; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Todas as Mulheres do Mundo; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravura Arte Coletiva; Clube Internacional de Regatas; Santos - SP (coletiva).
Fernando Lorenzetti; Centro de Artes Shopping News; São Paulo - SP (texto crítico).
Exposição Coletiva; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravuras; MIS Museu da Imagem e Som / Anistia Internacional Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1983-84
Panorama Atual da Arte Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Projeto Releitura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1984
Geometria Hoje; Galeria Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Gravuras; Galeria Rubaiyat; São Paulo - SP (coletiva).
Visão Construtivista de Maurício Nogueira Lima; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (individual).
Festa de Retomada; Praça Roosevelt; São Paulo - SP (individual).
1984-85
Tradição e Ruptura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
1985
Exposição Coletiva; Ateliê José Xavier (av. Pompéia, 723); São Paulo - SP (coletiva).
Geometria Hoje; Museu de Arte da Pampulha; Belo Horizonte - MG (coletiva).
Cidades do Futuro; Palácio de Convenções do Anhembi; São Paulo - SP (palestrante / arte gráfica).
Destaque do Mês; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (individual).
1986
Futebol Arte Del Brasil; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Clube dos Concretos; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Reflexão-Refração Arte Concreta; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (individual).
O Abstrato e o Construtivismo na Gravura Brasileira; Galeria Artebela; São Paulo - SP (coletiva).
Dacoleação; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP; São Paulo - SP (coletiva).
1986-87
Panorama de Pintura Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1987
A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coletiva Choice; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Três Arquitetos Gravadores; Galeria Intersul; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Serigrafias; Congresso de Arquitetura; Buenos Aires - Argentina (individual).
Projeto Arte Brasileira Anos 50; Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
Miniaturarte; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
A Serigrafia de São Paulo; Mezanino da Estação de Metrô da Sé; São Paulo - SP (coletiva).
XX Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba; Hall do Teatro Municipal Dr. Losso Netto; Piracicaba - SP (comissão de seleção e premiação).
1987-88
Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Maurício Leite Barbosa; Rio de Janeiro - RJ (individual).
1988
Exposição Coletiva; Galeria Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
José Geraldo Martins; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Geométrica Paulista; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Lourdes Stamato De Camillis; Espaço D'Artefacto; São Paulo - SP (texto crítico).
Vladimir Bock - Desenhos Perspectiva Natural; Galeria Campo das Artes; São Paulo – SP (texto crítico).
Figura e Objeto (63-66); Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Programa Metrópolis; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
Cópias e Pastiches; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1989
O olhar do Artista; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1990
Entre a Construção, Desconstrução da Forma/Cor; Livraria Letraviva; São Paulo - SP (individual).
Sincronias; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP / Galleria La Seggiola; São Paulo - SP (coletiva).
Arte como Construção; Rio Designer Center; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Coletiva Especial; Oscar Seraphico Galeria de Arte; Brasília - DF (coletiva).
Futebol Arte do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
1991
Sincronias; Museu Nacional de Belas Artes; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arquitetos Designers e Arquitetos Pintores; Loja Box Blue; São Paulo - SP (coletiva).
Sincronias; Embaixada Italiana; Brasília - DF (coletiva).
Grand Vernissage; Galeria de Arte "A Hebraica", São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Rio de Janeiro 1959/1980 Experiência Neoconcreta; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Artistas Arquitetos; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Abstracionismo Geométrico e Informal; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem; SESC Pompéia; São Paulo - SP (coletiva).
Das Artes Gráficas a Outras Artes; Museu da Imagem e Som MIS; São Paulo - SP (coletiva).
Arte no Metrô; Estações São Bento e Santana; São Paulo - SP (coletiva).
1992
A Arte Brasileira da Academia à Contemporaneidade; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Reinauguração MACA - Museu de Arte Contemporânea de Americana; MACA Museu de Arte Contemporânea de Americana - Americana, SP (coletiva).
Memória da Liberdade e Cidadania 200 anos; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Casa da Cultura Instituto Moreira Salles; Poços de Caldas - MG (individual).
1992-93
Friedenreich 100 anos: futebol e arte; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1993
Restauro em Processo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Um processo de criação de imagens: ensaios gráficos e pinturas; Galeria das Rosas; São Paulo - SP (individual).
Cor Espaço Ativado 1; Serviço Social do Comércio – Unid. Carmo; São Paulo - SP (individual).
II Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Maurício Nogueira Lima; Espaço Cultural Cristal; São Paulo - SP (individual).
Utopia Revisitada; SBPC USP; São Paulo - SP (coletiva).
XXV Anual de Arte; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (júri de premiação).
Arte no Metrô; Estação Campo Grande; Lisboa, Portugal (coletiva).
1993-94
Arte na Luz da Rua; Rua Oscar Freire; São Paulo - SP (coletiva).
1994
Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
Art at the Metro; Powell Station; São Francisco, EUA (coletiva).
Bienal Brasil Século XX; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
XIII Bienal Internacional do Livro; Fundação Bienal; São Paulo - SP (design).
Unidade e Confronto; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Grandes Talentos; Galeria de Arte "A Hebraica"; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Espaço Cultural Cristiano das Neves; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Aeroporto Internacional de Guarulhos; São Paulo - SP (coletiva).
1994-95
Exposição Coletiva; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; Campinas - SP (coletiva).
1995
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Brazilian American Cultural Institute; Washington-DC, USA (coletiva).
III Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Exposição Coletiva Edital 95; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (texto crítico).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; (individual).
Maurício Nogueira Lima, artistas da USP; Paço Imperial; Rio de Janeiro - RJ (individual).
V Bienal Nacional de Santos Artes Visuais; Centro de Cultura Patrícia Galvão / Casa da Câmara e Cadeia / Pinacoteca Benedicto Calixto; Santos - SP (individual).
1995-96
United Artists; Casa das Rosas; São Paulo - SP (coletiva).
1996
Grandes Formatos no Acervo da Pinacoteca Municipal; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Trípticos de Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
"Obras Escolhidas (décadas: 80 e 90)" de Maurício Nogueira Lima; Clube Atlético Monte Líbano; São Paulo - SP (individual).
1997
I Eletromídia da Arte; Várias (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes – Campinas, SP (individual).
Maurício Nogueira Lima; Galeria Ruy Sant'Anna; São Paulo - SP (individual).
Arte & Arquitetura; D&D Decoração & Design Center; São Paulo - SP (coletiva).
1998
Direitos Humanos na Arte Contemporânea; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Futebol-Arte; SESC Itaquera; São Paulo - SP (coletiva).
Mestres da Arte Brasileira; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
1999
Achados inusitadosousadosinéditos; Galeria Girona; São Paulo - SP (coletiva).
2000
Arte 3 Movimentos; Espaço Cultural Ena Beçak; São Paulo - SP (coletiva).
Mostra do Redescobrimento; Parque do Ibirapuera; São Paulo - SP (coletiva).
Edital 2000: Homenagem à Mauricio Nogueira Lima; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Coleção Pirelli no Acervo do MAM; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
A arte de Maurício Nogueira Lima; Casa Cultural Brasil Estados Unidos; São Vicente - SP (individual).
Mostra Kibonart; Cantalup; São Paulo - SP (coletiva).
2003
Arte e Sociedade Uma relação polêmica; Itaú Cultural; São Paulo - SP (coletiva).
2004
Encontros com o Modernismo: destaques do Stedelijk Museum Amsterdam; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2005
100 Anos da Pinacoteca: a formação de um acervo; Galeria de Arte do SESI - Centro Cultural FIESP; São Paulo - SP (coletiva).
2006
Arte Concreta 56: a raiz da forma; MAM SP Museu de Arte Moderna de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Arte Concreta e Neoconcreta; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2006-7
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; CIFO Art Space; Miami (coletiva).
2008
Ruptura Frente Ressonâncias; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
Artivistas; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2008-9
Maurício Nogueira Lima, Marcello Nitsche e Flávio Império; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2009
Anos 50 - 50 Obras; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2009-10
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Museum of Latin American Art (MOLAA); Long Beach, Califórnia (coletiva).
2010
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; EsBaluard Museu d'art Modern i Contemporani de Palma; Palma de Mallorca, Espanha (coletiva).
Preto no Branco do concreto ao contemporâneo; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2010-11
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Kunst- und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland; Bonn, Alemanha (coletiva).
Destaques do Acervo 40 Obras; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2011
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Haus Konstruktiv; Zurique, Suíça (coletiva).
2012
Sentir prá Ver: gêneros da pintura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
A Sedução de Marilyn Monroe; Museu Afro Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
Concrete Parallels / Concretos Paralelos; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2013
Dynamo, un siècle de lumière et de mouvement dans l'art 1913-2013; Grand Palais; Paris, França (coletiva).
100 anos de arte paulista; Galeria de Arte CPFL Cultura; Campinas - SP (coletiva).
30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
2014
140 caracteres; Grande Sala e Sala Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Seleção Nacional; Galeria Lurixs; (coletiva).
Artevida; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
2014-15
Arte Construtiva Brasileira; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2016
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Fundação Iberê Camargo; Porto Alegre - RS (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; Museo Nacional de Arte; México (coletiva).
2016-17
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Oscar Niemeyer; Curitiba - PR (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; MALBA Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires; Buenos Aires, AR (coletiva).
2016-19
Vanguarda Brasileira dos anos 1960 - Coleção Roger Wright; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2017
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Casa França Brasil; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Metrópole: Experiência Paulistana; Pina Estação; São Paulo - SP (coletiva).
Concretos / Neoconcretos Paulistas; Studio Nobrega; São Paulo - SP (coletiva).
2017-18
Modernismo Brasileiro Na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Coleção Berardo, Centro Cultural Belém; Lisboa, Portugal (coletiva).
2018
Arte moderna in Brasile – Collezione della Fondazione Edson Queiroz; Palácio Pamphili, Embaixada do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
SP Arte; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição FAU 70 Anos; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
Exceção; Casa do Lago, Unicamp; Campinas-SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima: forma e cor; Biblioteca Octavio Ianni, IFCH/Unicamp; Campinas - SP (individual).
Ruptura; Galeria Luciana Brito; São Paulo - SP (coletiva).
2018-19
Da Terra Brasilis à Aldeia Global; Espaço Cultural Unifor, Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
2019
Arte Moderna na Coleção Fundação Edson Queiroz; Espaço Cultural Unifor - Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
Os anos em que Vivemos em Perigo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Textos críticos e entrevistas
ABRAMO, Radha. “Rigor construtivo”. Istoé Senhor (nº 1064), 7 fev. 1990, p. 91.
ARAÚJO. Olívio Tavares de. “Retomando a pintura (e a briga)”. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977 (catálogo da exposição)
BANDEIRA, João; AVELAR, Ana Cândida. “Maurício Nogueira Lima: faturas da forma.” São Paulo: Mariantonia/Centro Universitário da USP, 2008.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Entre a construção/desconstrução da forma/cor". Individual MNL, Galeria Livraria Letraviva, São Paulo SP, 17 de janeiro a 17 de fevereiro, texto escrito em dezembro de 1989.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Artes Visuais: Luz interior". Revista Visão 27 de agosto de 1984, p. 52
HERKENHOFF, Paulo. “Glosa 8: Do Padrão”. Pincelada: pintura e método – projeções da década de 50. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, 2006., p. 255-256.
KÉJER, Kazmer. Campinas, Galeria Maremar, 1962 (folder).
KLINTOWITZ, Jacob. "O processo criativo, numa mostra rara". O Estado de São Paulo, 04 de setembro de 1984.
LEMOS, Fernando C. "Maurício Nogueira Lima: nova visão do concretismo". Folha de São Paulo, Caderno de Domingo, 6º caderno, p. 77, coluna Artes Visuais, 27 de novembro de 1977.
MORAIS, Frederico. "Artes plásticas - Brasil na Bienal de Tóquio (2)". Diário de Notícias (RJ), 23 de maio de 1967.
PIMENTA, Cecília. LIMA, Maurício Nogueira. "Ideário Concreto". Revista Artes, dez 1983-janeiro 1984, p. 50-54. (entrevista)
PONTUAL , Roberto. "Catálogo Exposição Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois". 30 de novembro a 30 de dezembro de 1972, Galeria Collectio.
SCHENBERG, Mário. "Cinco arquitetos pintores". Acrópole, dez. 1965.
SCHENBERG, Mário. "Concretismo e neoconcretismo". 1977.
VIEIRA, José Geraldo. "Últimos dias da Exposição de Arte Concreta". Folha de São Paulo, 29 de fevereiro de 1960.
VIEIRA, José Geraldo. "Maurício Nogueira Lima". Folha de São Paulo, 21 de março de 1965.
Fonte: Site Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Instituto Maurício Nogueira Lima
Localizado no centro da cidade de Campinas, SP - Brasil, o Instituto Maurício Nogueira Lima conta com um rico acervo de documentos pessoais, catálogos, hemeroteca, croquis e materiais de aula, sendo possível a sua consulta local, mediante agendamento prévio e autorização. Entre em contato conosco e faça-nos uma visita.
Fonte: Instituto Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Grupo Ruptura - Itaú Cultural
No dia 9 de dezembro de 1952, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), é inaugurada a exposição que marca o início oficial da arte concreta no Brasil. Intitulada Ruptura, a mostra é concebida e organizada por um grupo de sete artistas, a maioria de origem estrangeira residentes em São Paulo: os poloneses Anatol Wladyslaw (1913 - 2004) e Leopoldo Haar (1910 - 1954), o austríaco Lothar Charoux (1912 - 1987), o húngaro Féjer (1923 - 1989), Geraldo de Barros (1923 - 1998), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), e o catalisador e porta-voz oficial do grupo, Waldemar Cordeiro (1925 - 1973). Cordeiro conhece Barros, Charoux e Sacilotto em 1947, na mostra 19 Pintores, quando todos ainda estavam influenciados pela corrente expressionista. É somente em 1948, quando Cordeiro volta definitivamente ao Brasil, que ocorre a mudança dos trabalhos desses artistas em direção à abstração. Por essa época, reúnem-se para discutir arte abstrata e filosofia, principalmente a teoria da pura visibilidade do filósofo alemão Konrad Fiedler (1841 - 1895) e o conceito de forma cunhado pela psicologia da Gestalt. Féjer e Leopoldo Haar, ambos com formação artística em seus países de origem, já produzem pinturas abstratas pelo menos desde 1946 e aderem ao grupo. O último a integrá-lo em 1950 é Wladyslaw, ex-aluno de Flexor (1907 - 1971).
Como afirma Cordeiro em 1953, em resposta a artigo do crítico de arte Sérgio Milliet (1898 - 1966), o Grupo Ruptura "está longe de representar todo o movimento paulista de arte abstrata e concreta, cujas fileiras contam hoje inúmeros integrantes".1 Sendo assim, o que os diferencia dos outros artistas? Sabe-se que desde o final dos anos 1940, o meio artístico brasileiro vê crescer o interesse pela arte abstrata, não sem grande resistência dos artistas figurativos ligados à estética nacionalista dos anos 1930, como Di Cavalcanti (1897 - 1976), por exemplo. Apesar da reação negativa, a consagração das tendências abstratas, sobretudo de vertente geométrica, na 1ª Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo (posteriormente Bienal Internacional de São Paulo) em 1951, indica que a discussão figuração versus abstração tende a ser superada, abrindo-se, a partir de então, a necessidade de mudar o foco do debate público.
Nesse panorama, a exposição do Grupo Ruptura em 1952 e o manifesto do grupo publicado no mesmo ano, representam a abertura para um novo caminho de debate, instaurando-o no interior das próprias vertentes abstratas. O manifesto, redigido por Cordeiro e diagramado por Haar, e que parece ter causado maiores reações do que os próprios trabalhos apresentados estabelece uma posição firme contra as principais correntes da arte no país. Pretende-se romper com o "velho", a saber: "todas as variedades e hibridações do naturalismo; a mera negação do naturalismo, isto é, o naturalismo 'errado' das crianças, dos loucos, dos 'primitivos', dos expressionistas, dos surrealistas, etc.; o não-figurativismo hedonista, produto do gosto gratuito, que busca a mera excitação do prazer ou do desprazer".2 Se por um lado, a oposição contra qualquer forma de figuração não é nova, por outro, a não aceitação da abstração informal é inédita e ajuda a compreender a posição do grupo.
No ambiente do pós-guerra marcado por um certo otimismo e pelo desejo de esquecer a barbárie dos anos anteriores, a arte concreta (1930), de cunho extremamente racionalista, conhece um novo florescimento. Dentro desse movimento, o artista suíço Max Bill (1908 - 1994) torna-se o principal teórico da arte concreta do período, tentando repensar seu legado juntamente com a reflexão sobre o construtivismo, o neoplasticismo e a experiência alemã da Bauhaus, adaptando-o à nova realidade. E é exatamente como seguidores do artista suíço que os integrantes do Grupo Ruptura se colocam no meio artístico brasileiro dos anos 1950.
Em termos gerais, o grupo defende a autonomia de pesquisa com base em princípios claros e universais, capazes de garantir a inserção positiva da arte na sociedade industrial. Para um artista concreto, o objeto artístico é simplesmente a concreção de uma idéia perfeitamente inteligível, cabendo à expressão individual lugar nulo no processo artístico. Para eles, toda obra de arte possui uma base racional, em geral matemática, o que a transforma em "meio de conhecimento dedutível de conceitos". No âmbito da pintura, esses princípios correspondem à crítica do ilusionismo pictórico, à recusa do tonalismo cromático e à utilização dos recursos ópticos para a criação do movimento virtual. Lançam mão também do uso de materiais como esmalte, tinta industrial, acrílico e aglomerado de madeira, destacando a atenção do grupo ao desenvolvimento de materiais industriais.
Observa-se que a adoção de postulados extremamente racionalistas para a arte revelam a ânsia de superar o atraso tecnológico, a condição espiritual de país colonizado e de economia subdesenvolvida, característicos da realidade brasileira. As questões e a prática introduzidas pelo Ruptura mobilizam a maior parte dos debates nos anos 1950, e são fundamentais para a fermentação da dissidência neoconcreta no Rio de Janeiro. O grupo não promove outras exposições de seus participantes, entretanto, já contando com outros adeptos como Hermelindo Fiaminghi (1920 - 2004), Judith Lauand (1922), Maurício Nogueira Lima (1930 - 1999) e o apoio dos poetas concretos paulistas, organizam a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta (1956/1957). Por volta de 1959 o Grupo Ruptura começa a se dispersar.
Fonte: GRUPO Ruptura. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 23 de Jan. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Instituto Maurício Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 23 de janeiro de 2023.
Maurício Nogueira Lima (Recife, Pernambuco, 18 de abril de 1930 – Campinas, São Paulo, 1 de abril de 1999), mais conhecido como Nogueira Lima, foi um pintor, arquiteto, desenhista, artista gráfico e professor. Cursou artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. Em São Paulo, frequentou cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conheceu os artistas gráficos Alexandre Wollner, Antônio Maluf e o pintor polônes Leopold Haar, colegas com quem desenvolve diversos trabalhos. Construiu trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar. Participou da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em 1967, integrou a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Na década de 70 leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral. Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo. Premiado diversas vezes, realizou exposições em solo brasileiro, mas também na Áustria, Alemanha, Argentina, Chile, Portugal, Espanha, França, Suíça, México e Japão.
Biografia – Itaú Cultural
Muda-se com a família para São Paulo aos 2 anos. Entre 1947 e 1950, estuda artes plásticas no Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. De volta a São Paulo, em 1951, frequenta cursos de comunicação visual, desenho industrial e propaganda no Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo, onde conhece os artistas gráficos Alexandre Wollner (1928-2018) e Antônio Maluf (1926-2005), e o pintor polônes Leopold Haar (1910-1954), profissionais com quem desenvolve diversos trabalhos.
Na tela Composição 1 (1952), cria ritmos horizontais e verticais, apresentando incidências vermelhas e negras que se contrapõem à superfície branca do suporte. Gradualmente adere à pintura concreta e dedica-se a uma crescente experimentação cromática, como na tela Sem Título (1962), na qual apresenta pequenos quadrados em ocre, azul e verde, distribuídos sobre um fundo vermelho. O uso das cores complementares faz com que a pintura apresente um grande efeito de vibração cromática.
A convite do artista italiano Waldemar Cordeiro (1925-1973) integra, em 1953, o Grupo Ruptura e participa de diversas mostras de arte concreta, além de Bienais e Salões Paulista de Arte Moderna. Estuda arquitetura na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, entre 1953 e 1957. No ano seguinte, é responsável pela criação da logomarca e programação visual da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil (Fenit), em São Paulo. Em 1960, realiza as primeiras grandes instalações ambientais para indústrias automobilísticas no Salão do Automóvel e é convidado pelo designer suíço Max Bill (1908-1994) a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho no museu Helmhaus, em Zurique.
A partir de 1964, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa e constrói trabalhos de alto impacto visual e figurativos, com temas como ídolos do cinema, do futebol e da música pop, além de denúncias contra a ditadura militar (1964-1985). Participa da mostra Proposta 65 (1965), organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap). Em 1967, integra a mostra Nova Objetividade Brasileira, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), e assina o manifesto coletivo “Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”. Retoma a abstração geométrica como tema artístico em 1973, porém com maior liberdade formal.
Ainda na década de 1970, leciona, entre outras escolas, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde cursa mestrado e doutorado na área de estruturas ambientais urbanas, mas não os conclui. Compõe a segunda versão de Objeto Rítmico n. 2 (1974), obra realizada originalmente em 1952, com formas geométricas regulares que se alternam entre as cores amarela e preta. Pela simetria e repetição de um padrão gráfico, o conjunto oferece ao espectador a ilusão óptica de um movimento em espiral.
Nos anos 1980 e 1990, realiza diversos trabalhos em espaços públicos, como a Praça Roosevelt, o Largo São Bento, estações de metrô e no Elevado Costa e Silva, todos em São Paulo.
O artista explora em suas pinturas a oposição entre pequenas áreas de luz e de cor e amplas extensões cromáticas. Como aponta o artista plástico Claudio Tozzi (1944), as obras de Maurício Nogueira Lima são projetadas com base em uma geometria sensível e executadas em gestos leves, revelando um trabalho intimista e reflexivo.
Maurício Nogueira Lima tem variada atuação no campo das artes visuais. Suas composições expandem os limites da abstração geométrica e ilustram, entre outros temas, o momento histórico e os ídolos populares dos meios de comunicação de massa de sua época.
Críticas
"O desenvolvimento do trabalho de Maurício Nogueira Lima, ao longo das duas últimas décadas, pode ser situado em paralelo com o de Waldemar Cordeiro, distanciando-se apenas nas suas consequências mais recentes. De fato, ambos estiveram entre os primeiros de nossos artistas a absorver, após a 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, a nova linguagem da arte concreta (...). Ambos incorporariam também, numa contradição de rumo que era apenas aparente, a retomada da figuração nos primeiros anos da década seguinte, segundo influência oriunda da pop art norte-americana; para Nogueira Lima, a atividade profissional no campo da publicidade forneceu base e atração suficiente no sentido desse novo encaminhamento, onde o rigor permanece, sob outro aspecto: ´A figura para mim não tem o mesmo sentido que tem para um artista expressionista. O desenho de um rosto ou outra coisa qualquer equivale a um design. (...) A comunicação é a única coisa que importa, comunicação industrial, moderna (...)´, dizia ele em 1967. No entanto, após essa fase de quase-apropriação do folclore urbano (...) Maurício Nogueira Lima retomou seu antigo interesse pela abstração despojadamente geométrica, de acordo com a linguagem atual da op art e dos efeitos cinéticos virtuais" — Roberto Pontual
(PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973).
"(...) ele se voltou, nessa época (1964 a 1970), para uma figuração cujo parentesco mais próximo seria com a pop art: altos contrastes, retículas, aproveitamento de imagens relacionadas (ou extraídas) à sociedade de consumo. Mas é bom que se saiba que as motivações foram distintas. No caso de Maurício, não houve influência da pop art (que ele nem mesmo conhecia), e sim de uma antiga experiência profissional com artes gráficas. Mais ainda, sua fase figurativa teve um caráter nitidamente participante, desenvolvendo-se sempre numa linha de crítica de idéias e tomada de posições (...)" — Olívio Tavares de Araújo (Araújo, Olívio Tavares de. Pinturas. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977).
"O preparo em várias áreas (artes plásticas, comunicação visual e arquitetura) conduziu Maurício Nogueira Lima (...) a uma aplicação profissional multímoda, incluindo-se a docência entre as suas atividades. Artista de princípios racionais dos mais dogmáticos, manteve algumas constantes instaurativas, sobretudo na animação ótica dos espaços, na seriação das construções e ainda na busca específica de retículas coloridas. Seus primeiros trabalhos, neste último aspecto, eram em preto-e-branco e vermelho-e-preto, e datam de 1955, quando usa a cor somente no sentido estrutural, para separar formas. As obras reticuladas prolongaram-se até 1963 e são uma de suas características mais fortes. Entre 1964 e 1970 interrompeu bruscamente essa produção concreta ´por falta de equilíbrio emocional diante dos eventos sociopolíticos no país´ e no espírito das Novas Figurações passou a uma iconografia baseada na fotografia em alto-contraste com repertório extraído dos meios de comunicação de massa. Depois do intervalo, o retorno à arte geométrica fez-se certamente com maior liberdade na estruturação da forma e na sensibilização luminística da cor, insinuando-se nas composições alguns elementos de natureza figurativa" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. Apresentação de Walther Moreira Salles. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983).
Exposições Individuais
1960 - Rio de Janeiro RJ - Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no MAM/RJ
1962 - Campinas SP - Individual, na Galeria Aremar
1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Mobilínea
1975 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Modular
1976 - Campinas SP - Individual, no Centro de Convivência Cultural de Campinas
1977 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: 77 pinturas, na Galeria Arte Global
1978 - Tatuí SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, no Conservatório Musical de Tatuí.
1979 - Santo André SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias, na Kris Galeria de Artes
1979 - São Paulo SP - Individual, na Itaugaleria
1980 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos, na Galeria Cosme Velho
1984 - São Paulo SP - A Visão Construtiva de Maurício Nogueira Lima, no CCSP
1986 - São Paulo SP - Reflexão e Refração, na Galeria Choice
1990 - São Paulo SP - Individual, na Livraria Letrativa. Sala Mira Schendel
1993 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Maurício Nogueira Lima: pinturas, na A Hebraica
1997 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ruy Sant'Anna
Exposições Coletivas
1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosario (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1957 - São Paulo SP - Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Leverkusen (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1959 - Munique (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa, no Kunsthaus
1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna - prêmio aquisição
1959 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1959 - Viena (Áustria) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Hamburgo (Alemanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Lisboa (Portugal) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Madri (Espanha) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Paris (França) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Arte Concreta, no MAM/RJ
1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1960 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Utrecht (Holanda) - 1ª Exposição Coletiva de Artistas Brasileiros na Europa
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, na Helmhaus, organizada por Max Bill
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1963 - São Paulo SP - Galeria Novas Tendências: coletiva inaugural, na Associação de Artes Visuais Novas Tendências
1965 - Porto Alegre RS - Cinco Pintores de Vanguarda, no Margs
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - São Paulo SP - Proposta 65, no MAB/Faap
1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - prêmio aquisição
1967 - Campinas SP - 3º Salão de Arte Contemporânea, no MACC
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - grande medalha de prata
1967 - São Paulo SP - 6 Pintores da Nova Objetividade, no IAB/SP
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1967 - Tóquio (Japão) - Bienal de Tóquio
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massas, na Esdi
1968 - São Paulo SP - 17º Salão Paulista de Arte Moderna - Grande Prêmio Conselho Estadual de Cultura
1970 - Paris (França) - Salão de Outono
1970 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Contemporânea - 1º prêmio em pintura
1970 - São Paulo SP - Coletiva, no IAB/SP
1971 - Barcelona (Espanha) - Bienal Internacional del Deporte
1971 - São Paulo SP - Futebol x Arte, no Paço das Artes
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1973 - Brasília DF - Arquitetos Pintores, no Touring Clube do Brasil
1973 - São Paulo SP - 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1973 - São Paulo SP - 5º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1974 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp - Prêmio Conselho Estadual de Cultura: Pintura
1976 - São Paulo SP - 8º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil Anos 60, no MAB/Faap
1979 - São Paulo SP - 11º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1979 - São Paulo SP - Volta à Figura: década de 60, no Museu Lasar Segall
1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, na Galeria de Arte São Paulo
1982 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Futebol, no MAM/RJ
1983 - São Paulo SP - 14º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1983 - São Paulo SP - Projeto Releitura, na Pinacoteca do Estado
1984 - São Paulo SP - Arte na Rua 2
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Penápolis SP - Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação das Artes de Penápolis
1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1987 - Rio de Janeiro RJ - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte
1987 - São Paulo SP - Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1991 - São Paulo SP - Artistas Arquitetos, no Masp
1991 - São Paulo SP - Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem, no Sesc Pompéia
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1991 - São Paulo SP - Sincronias
1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura
1992 - São Paulo SP - Cidadania - 200 Anos da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na Pinacoteca do Estado
1992 - São Paulo SP - Mostra de Reinauguração do Museu de Arte Contemporânea de Americana, no MAC/Americana
1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura
1994 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, no MAM/RJ
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Cláudio Tozzi, Ivald Granato, Cleber Machado, Maurício Nogueira Lima, Rubens Gerchman, Siron Franco e Tomoshige Kusuno, na A Hebraica
1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ
1995 - Santos SP - 5ª Bienal Nacional de Santos, na Prefeitura Municipal de Santos
1995 - São Paulo SP - United Artists, na Casa das Rosas
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC/USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1998 - Brasília DF - Cien Recuerdos para Garcia Lorca, no Espaço Cultural 508 Sul
1998 - Niterói RJ - Espelho da Bienal, no MAC/Niterói
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - São Paulo SP - Traços e Formas, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, MAM/RJ
Exposições Póstumas
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e Seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
2000 - Lisboa (Portugal) - Século XX: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Coleção Pirelli no Acervo do MAM: a arte brasileira nos anos 60, no MAM/SP
2000 - São Vicente SP - A Arte de Maurício Nogueira Lima: retrospectiva, no CCBEU
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto/cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
Fonte: MAURÍCIO Nogueira Lima. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 20 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Anos Iniciais
Nascido em Recife, Maurício Nogueira Lima mudou-se com a família aos dois anos de idade para São Paulo. Entre 1947 e 1950 a família se mudou para Porto Alegre e ali, paralelo aos estudos do Ensino Médio, Nogueira Lima estudou Artes Plásticas no Instituto de Belas Artes (que mais tarde viria a integrar a Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRSG). Novamente em São Paulo, em 1951, concluiu o Ensino Médio e se inscreveu no recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateubriand (MASP). Nesse mesmo ano, Maurício Nogueira Lima, então aos 21 anos de idade, venceu o concurso para o Cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna. Segundo o artista, foi a partir de então que o seu trabalho como programador gráfico começou a ser reconhecido e valorizado.
Grupo Ruptura
Após a 1ª Bienal Internacional de Arte de São Paulo (1951), Nogueira Lima e Waldemar Cordeiro foram os primeiros artistas a absorverem a arte concretista. Em 1953, a convite de Waldemar, passou a integrar o Grupo Ruptura, o qual reunia artistas abstratos geométricos em São Paulo. No mesmo ano, ingressou no curso de arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, concluindo em 1957. Além disso, matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no MASP.
Durante esse período, Maurício Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, expondo pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo. Essa produção lhe permitiu apresentar obras na mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta) realizada em Zurique, em 1960, a convite de Max Bill.
Pós-Golpe Militar
Com o Golpe Militar de 1964, Maurício Nogueira Lima voltou-se para a figuração, afastando-se temporariamente do concretismo e aproximando-se da pop-art. Nesse ano ministrou Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Em 1967 foi contratado como professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações da FAAP, atuando também como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Também em 1967 colaborou com a organização da mostra Nova objetividade brasileira, realizada no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, assinando o Manifesto “Declaração de princípios básicos da Nova Vanguarda”.
Retorno ao abstracionismo
Em 1973 retomou a abstração geométrica, com maior liberdade formal. Com a ilusão de volumes e vibrações cromáticas, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, como as pinturas na Praça Roosevelt e no Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão. Além disso, projetou, na década de 80 em São Paulo, os painéis para as estações Santana e São Bento do metrô de São Paulo.
De acordo com Gabriel San Martin, com "a dispersão do Grupo Ruptura e a morte de Waldemar Cordeiro, o comedimento formal rigoroso a que o seu trabalho parecia emplacado fica mais despojado. O manuseio da cor atinge determinada maturidade e passa, de fato, a fomentar as particularidades de seus esquemas. Como que rompida a lógica concreta que mediara a sua produção como um censor a determinados ordenamentos formais, Maurício adota uma disposição colorista até então enrustida às suas configurações de cinquenta. O ritmo visual dos trabalhos passa a surtir efeito segundo o movimento da cor".
Ainda nas intervenções urbanas, realizou trabalhos pioneiros de intervenção cromática com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro e no Estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Em 1974 começou a lecionar na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permaneceu até a sua morte. Ali também realizou mestrado e doutorado.
Em paralelo à produção de artes plásticas, Maurício Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos para empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil, 1958) e UD (Feira de Utilidades Domésticas, 1959).
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Biografia – Site Nogueira Lima
Nascido em 1930, Maurício Nogueira Lima foi o mais jovem integrante do Grupo Ruptura, que reuniu, em São Paulo, artistas abstratos geométricos no início da década de 1950. Ao lado de Waldemar Cordeiro, Geraldo de Barros e Luis Sacilotto, Nogueira Lima desenvolveu uma sólida carreira como artista concreto, tendo exposto pinturas geométricas na III, IV e VI Bienal de São Paulo. Com essa produção, foi convidado pelo artista suíço Max Bill a tomar parte na célebre mostra Konkrete Kunst (Arte Concreta), realizada em Zurique, em 1960.
Assim como outros artistas do Grupo Ruptura, Nogueira Lima voltou-se para a figuração logo após o golpe de 1964. Nesse período apropriou-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: ídolos do cinema, do futebol e da música pop são protagonistas nas pinturas, assim como sinais gráficos e onomatopeias que denunciavam de maneira velada a violência instituída pelo novo regime. Em 1967 colaborou na organização da lendária mostra “Nova Objetividade Brasileira”, ocorrida no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Em 1973 retomou a abstração geométrica, no entanto, fazendo-o com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criava ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas e, a partir desses estudos, realizou uma série de intervenções urbanas em São Paulo, em lugares como a Praça Roosevelt e o Minhocão. Na década de 1990 realizou trabalhos pioneiros de intervenções cromáticas com projeção noturna nos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, e no Estádio Municipal do Pacaembu.
Paralelamente à produção plástica, Nogueira Lima criou cartazes, logotipos e projetos arquitetônicos de importantes empresas e eventos, como a FENIT (Feira Internacional da Indústria Têxtil) e a UD (Feira de Utilidades Domésticas). Foi vencedor dos concursos de cartazes do I e do VI Salão Paulista de Arte Moderna (respectivamente em 1951 e 1957) e, na década de 1980, MNL projetou painéis para as estações Santana e São Bento – ambas do metrô paulistano.
Cronologia
1930
Maurício Nogueira Lima nasce a 18 de abril, em Recife. Seus pais, Manoel Mendes Nogueira Lima e Maria de Assis Nogueira Lima (nome de solteira: Maria de Assis Pereira de Arruda) haviam se conhecido em Limoeiro, cidade próxima à capital pernambucana, onde viviam. Em 1927, logo após o casamento, mudam-se para São Paulo em busca de melhores condições de vida, mas, em 1930, decidem retornar a Pernambuco, onde nasce Maurício, filho único do jovem casal.
1932-1946
A família Nogueira Lima fixou-se em São Paulo e viveu modestamente em pensões no centro da cidade. Manoel trabalhava como vendedor e Maria lecionava português para imigrantes fugidos da Europa. Maurício cursou o primário no Ginásio Marista e o ginásio no Colégio Bandeirantes, formando-se em 1946. Aos domingos, frequentava a sessão Zig-zag no cinema do Palacete Santa Helena, onde viu pela primeira vez Flash Gordon, personagem que se tornaria um de seus heróis preferidos.
1947 - 1950
Após o término da Guerra, Manoel foi convidado a trabalhar na sucursal da Colgate Palmolive, no Rio Grande do Sul, e, assim, a família muda-se para Porto Alegre.
Paralelamente ao Ensino Médio, Maurício frequentava o curso de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, onde se aproximou de estudantes de Arquitetura.
1951
Em 1951, Nogueira Lima retornou a São Paulo e terminou o Ensino Médio no Colégio Rio Branco, com bolsa concedida pelo Rotary Club. Além disso, inscreveu-se no curso de Desenho Industrial e Artes Gráficas do recém-inaugurado Instituto de Arte Contemporânea (IAC) do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Alinhados com os ensinamentos da Bauhaus, os professores do IAC entendiam a arquitetura como espaço privilegiado para a concretização da obra de arte total e o desenho como forma de comunicação, conceitos esses que o jovem Maurício assimilou e adotou ao longo de sua trajetória profissional.
A exposição de Max Bill, inaugurada no Masp em março, – no mesmo dia em que o IAC abre suas portas – bem como a representação suíça na I Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, são referências importantes para sua geração. As soluções sintéticas conquistadas com o mínimo de elementos geométricos e cores primárias são aplicadas a linguagens que variam da pintura aos projetos de arquitetura e design gráfico, suscitando discussões e alimentando o repertório dos futuros artistas concretos.
Ainda nesse mesmo ano, Maurício venceu o concurso de cartaz do I Salão Paulista de Arte Moderna.
1952
Expôs pela primeira vez sua pintura concreta no II Salão Paulista de Arte Moderna e recebeu o Prêmio aquisição pela obra Composição no. 2.
Conhece Waldemar Cordeiro que o convida a participar do Grupo Ruptura. Assim como outros artistas concretos, trabalhava com materiais industriais, tais como tintas automotivas e em massa. Pensava a geometria como uma linguagem afinada com a cidade moderna e que a serigrafia propiciava uma circulação mais ampla e democrática do objeto artístico.
1953
Ingressou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie e matriculou-se no curso de Propaganda da Escola Superior de Propaganda, no Masp.
No fim do ano casou-se com Maria da Glória Leme, com quem teve duas filhas, Áurea e Mônica Nogueira Lima.
1954
Expôs no III Salão Paulista de Arte Moderna, no qual recebeu o Prêmio aquisição pela obra “Desenvolvimento espacial da espiral”.
Recebeu a 2ª Menção Honrosa no concurso do selo comemorativo para o IV Centenário de São Paulo.
1955
Expôs duas pinturas-objetos na III Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo, e outras duas no IV Salão Paulista de Arte Moderna, onde é laureado com o 2º Prêmio Governador do Estado.
Em 16 de maio nasce sua primeira filha, Áurea Nogueira Lima.
1956
Em dezembro, tomou parte da Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM-SP, que seguiu no início do ano seguinte para o Ministério de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro.
1957
Participou da IV Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo com três pinturas e recebeu Menção honrosa no concurso de cartaz do evento.
Recebeu o 1º Prêmio pelo cartaz do VI Salão Paulista de Arte Moderna.
Ao final do ano concluiu o curso de graduação e abriu o primeiro escritório de arquitetura especializado em planejamento de feiras promocionais, tendo como sócios Arnoldo Grostein, Cesar Luiz Pires de Mello e Claus Bergner.
1958
Cria o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da 1ª Feira Internacional da Indústria Têxtil – Fenit. Este foi o primeiro de muitos projetos de “arquitetura promocional” – instalações de grande porte para feiras comerciais – que se tornaria importante fonte de renda nos anos seguintes.
Em 12 de abril nasce sua segunda filha, Mônica Nogueira Lima
1959
Desenvolve o logotipo, a programação visual e o projeto arquitetônico da UD - Feira de Utilidades Domésticas.
1960
Foi convidado por Max Bill a tomar parte na retrospectiva Konkrete Kunst, inaugurada em junho na Helmhaus, em Zurique.
Como diretor da SPAÇO Arquitetura e Construções, realizou a arquitetura promocional do I Salão do Automóvel, maior evento da indústria automobilística do Brasil, sediado no Parque do Ibirapuera.
1961
Apresenta três pinturas concretas na VI Bienal do MAM-SP.
1962
Em abril realizou uma exposição individual na Galeria Aremar, em Campinas, SP, mostrando trabalhos concretos.
Recebeu o 2º Prêmio Governo do Estado na categoria Arquitetura no XI Salão Paulista de Arte Moderna, pelo projeto da residência do Sr. Maurício Grostein.
1963
Vence o concurso para a Estação Rodoviária da Guanabara.
Em dezembro expõe na mostra inaugural da Galeria Novas Tendências.
1964
Visitou o ateliê de Wesley Duke Lee e observou trabalhos inspirados pela poética de Robert Rauchenberg, ganhador do Leão de Ouro da Bienal de Veneza neste ano. Produziu uma série de colagens com imagens publicadas em jornais e revistas.
Realizou a obra “Não entre à esquerda” (atualmente no acervo do MAM-SP), considerado um trabalho de transição entre uma linguagem concreta e a arte pop. O aspecto gráfico da sinalização de trânsito, os comandos curtos, mas efetivos, somados a nomes de bairros, resultam numa imagem ambígua e bem-humorada que alude à situação política do país no período pós-golpe militar.
A partir disso, apropria-se de imagens dos meios de comunicação de massa para construir trabalhos de alto impacto visual: seleciona retratos de ídolos do cinema, do futebol e da música pop. Além disso, “limpa” os elementos que considera redundantes, reduzindo a imagem a duas ou três cores em alto contraste. Eliminados os meios-tons, a relação binária entre figura e fundo estrutura a composição, tornando a mensagem instantaneamente decodificável. Para além das denúncias contra a ditadura militar, a figuração pop remete à luta por novos paradigmas sociais decorrentes dos movimentos de contracultura deflagrados nessa década.
Durante dois anos ministrou a disciplina Projeto e Composição no curso de Arquitetura da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
1965
Nesse ano, realizou uma exposição individual na Galeria Mobilínea, em São Paulo, e apresentou três colagens na VIII edição da Bienal de São Paulo.
Participou da mostra Proposta 65, organizada por Waldemar Cordeiro na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP).
Encerrou as atividades da empresa SPAÇO Arquitetura e Construções.
1966
Em 1966, Nogueira Lima realizou uma série de trabalhos enfocando a Jovem Guarda.
Tornou-se diretor de arte da agência Alcântara Machado Publicidade, cargo que exerceu por dois anos.
1967
Foi contratado pela FAAP como Professor titular de Composição e Iniciação às artes industriais da Faculdade de Artes e Comunicações, e como diretor do curso de Formação de Professores de Desenho.
Em abril participou da mostra Nova Objetividade Brasileira, no MAM-RJ, e assinou o manifesto coletivo “Declaração de princípios básicos da nova vanguarda”.
Expôs quatro pinturas da série de onomatopeias na IX Bienal de São Paulo, também conhecida como “Bienal da arte pop”. Com obras dessa série, foi premiado na 1ª Bienal da Bahia e no XVI Salão Paulista de Arte Moderna.
O jogo de futebol e seus ídolos são progressivamente incorporados como tema de pintura, até 1970, ano da Copa do Mundo.
1968
Recebeu o 2º Prêmio Conselho Estadual de Cultura no XVII Salão Paulista de Arte Moderna, pela pintura Tip. A partir desse ano, dedicou-se exclusivamente à pintura e à carreira de professor universitário.
Separou-se de Maria da Glória e passou a morar com Vera Ilce Monteiro da Cruz, jovem pintora adepta da arte pop.
1969
Dirigiu o curso de Desenho e Plástica, na FAAP. E, além disso, foi nomeado pela Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo de São Paulo como membro da Comissão Organizadora do I Salão Paulista de Arte Contemporânea, realizado no Masp.
1970
Em 1970, foi contratado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Braz Cubas, Mogi das Cruzes, para assumir as cadeiras de Projeto e Comunicação visual, atividade que exerceu até 1986. Paralelamente, lecionou a disciplina de Estética e História da Arte na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Tatuí durante sete anos. Foi dispensado pela FAAP por razões políticas.
1971
Ao longo das décadas seguintes, participou de inúmeros salões e exposições coletivas, entre as quais diversas edições do Panorama da Arte Atual Brasileira - Pintura, organizadas pelo MAM-SP.
1972
Participou da coletiva Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois, realizada na Galeria Collectio, São Paulo. Participou também das exposições Eucat Expo, 22Semana72 e outra na Galeria Múltipla, São Paulo.
1973
Em 1973, Maurício retomou a abstração geométrica, mas, nesse momento, o fez com maior liberdade formal. Interessou-se pelas texturas, pelos efeitos das pinceladas e pelo comportamento da tinta acrílica. Criou a ilusão de volumes por meio de vibrações cromáticas, ora aproximando variações tonais ora justapondo elementos geométricos construídos com cores complementares.
Ministrou, até 1986, a disciplina de Desenho da Mensagem na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos.
Conheceu Selma Sevá, que se tornaria sua companheira até o fim da vida.
1974
Ganhou o Prêmio Conselho Estadual de Pintura por “Quadratura do quadrado”, no V Salão Paulista de Arte Contemporânea.
Atuou como Professor assistente do Departamento de Projeto da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, atividade que conservou até a morte.
1976
Constituiu a empresa Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá/Arquitetos Associados, mantendo-a com a esposa até 1985. No novo escritório, retomou o trabalho de designer gráfico.
1977
Participou da mostra Projeto Construtivo Brasileiro na arte, na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no MAM-RJ.
Em novembro apresentou 22 pinturas na individual realizada na Galeria de Arte Global, em São Paulo.
1978
Nesse ano, toma parte na exposição “Objeto na arte – década de 60”, no Museu de Arte Brasileira da FAAP.
Inicia a pós-graduação na FAU-USP. A cidade, sua geometria e suas cores tornam-se seu objeto de estudo.
1979
Cria um painel de 1.300 m2 no Largo São Bento, na lateral do edifício Capemi. Fez, inicialmente, um estudo da luz do local em diversas horas do dia e baseou a estrutura do desenho na arquitetura do entorno, de modo a criar volumes virtuais em estreito diálogo com o largo.
1980
Realizou a mostra individual "Pinturas Maurício Nogueira Lima: pesquisas visuais dos últimos 5 anos," na Galeria Cosme Velho, em São Paulo.
1983
Concluiu o mestrado em Estruturas Ambientais Urbanas, na FAU-USP, com a dissertação “Da cidade para a cidade”.
Em 21 de fevereiro nasce Cléo Sevá Nogueira Lima, sua filha caçula.
1984
Nesse ano, realizou a mostra retrospectiva "A visão construtiva de Maurício Nogueira Lima", no Centro Cultural São Paulo, apresentando 1.200 peças entre obras e projetos arquitetônicos.
Participou das coletivas “Tradição e ruptura”, na Fundação Bienal de São Paulo (FBSP), e “Arte na rua 2”, coordenada pelo MAC USP.
Inaugurou, em outubro, a Ambientação cromática na nova Praça Roosevelt, em São Paulo.
1986
Integrou, nesse ano, as exposições coletivas "A trama do gosto", na FBSP, e "DACOLEÇÃO", no Masp.
1987
Apresentou 25 trabalhos na individual realizada na Maurício Leite Barbosa Galeria de Arte, no Rio de Janeiro.
1990
Criou dois murais na Estação Santana do metrô (linha azul), em São Paulo: um de 140m² no corredor de acesso à plataforma, e o outro, de 72 m², no mezanino. Nesse mesmo ano deu início à pintura de um mural de 450 m2 com tinta acrílica sobre uma superfície de concreto, no acesso à estação São Bento (linha azul).
1991
Durante os meses de julho e agosto empreendeu uma viagem de estudos pela Itália, Suíça, França e Espanha a fim de realizar leituras visuais e registros de gráfica urbana em estações de metrô.
1993
Realizou a individual "Maurício Nogueira Lima: um processo de criação por imagens, ensaios gráficos e pinturas", na Casa das Rosas, São Paulo, onde apresentou 30 pinturas e 800 desenhos coloridos baseados em pesquisas acadêmicas sobre intervenção no meio ambiente urbano.
1994
Integrou a mostra "Bienal Brasil Século XX", na Fundação Bienal de São Paulo.
1995
A quinta edição da Bienal de Santos dedicou-lhe uma sala especial, com 23 pinturas.
Nesse mesmo ano, ocorreu a publicação, pela Edusp, do livro "Maurício Nogueira Lima", com textos e trabalhos das décadas de 1980 e 1990.
1996
No Rio de Janeiro, realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna no Aqueduto dos Arcos.
Mudou-se para Campinas.
1997
Realizou uma intervenção cromática urbana com projeção noturna na fachada do Estádio Municipal do Pacaembu, em São Paulo.
1998
Recebeu o Prêmio Mário Pedrosa (em reconhecimento a um artista de linguagem contemporânea), concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Arte.
A TV Cultura produz, nesse ano, o documentário “Maurício Nogueira Lima, um mestre concretista”, integrante da série “Artistas Contemporâneos Brasileiros.”
1999
Faleceu em 1º de abril, em Campinas.
Exposições
1951
I Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
1952
II Salão Paulista de Arte Moderna; Antigo Salão Trianon; São Paulo - SP (coletiva).
1954
Exposição de Artistas Concretas de São Paulo; Pró-Arte Teresópolis; Teresópolis - RJ (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1955
III Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
IV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1956
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1957
I Exposição Nacional de Arte Concreta; Salão de Exposições do Ministério da Educação e Saúde; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arte Moderna em Brasil; Museo Nacional de Bellas Artes; Buenos Aires, Argentina (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (cartaz).
IV Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1958
47 Artistas Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
I FENIT Feira Nacional da Indústria Têxtil; Pavilhão de Exposições do Anhembi; São Paulo - SP (design).
Exposição de Artes Plásticas; Diretório Acadêmico da Faculdade de Arquitetura Mackenzie; São Paulo - SP (coletiva).
1959
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Homenagem aos comissários V Bienal Internacional de São Paulo; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1959-60
Brasilianische kunst der gegenwart; Vila Romana; Florença- Itália (coletiva).
1960
IX Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Arte Concreta (Konkrete Kunst); Helmhaus Zürich; Zurique, Suíça (coletiva).
Exposição de Arte Concreta: retrospectiva 1951-1959; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Prêmio Leirner de Arte Contemporânea; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (coletiva).
1961
X Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
VI Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1962
Mostra Inaugural Galeria do Clube dos Artistas; Galeria do Clube dos Artistas; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima Pinturas; Galeria Aremar; Campinas - SP (individual).
XI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1963 - Coletiva Inaugural 1; Galeria NT Novas Tendências; São Paulo - SP (coletiva).
1964
Arte no IAB; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico / arte gráfica).
XIII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
Arquitetura da Finlândia; Museu de Arte Contemporânea de São Paulo; São Paulo - SP (arte gráfica).
Arquitetos Pintores; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1965
Maurício Nogueira Lima; Galeria Mobilínea; São Paulo - SP (individual).
5 Pintores de Vanguarda; Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli; Porto Alegre - RS (coletiva).
Exposição de Pintura Heinz Kühn; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Gráfica; Faculdade de Arquitetura e Urbanismo USP; São Paulo - SP (coletiva).
VIII Salão de Arte de São Bernardo; Associação São Bernardense de Belas Artes; São Bernardo - SP (júri de premiação).
VIII Bienal Internacional de São Paulo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1965-66
Proposta 65; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva)
1966
Coletiva; Galeria Aliança Francesa; Campinas - SP (coletiva).
I Bienal Nacional de Artes Plásticas; Convento do Carmo; Salvador - BA (coletiva).
XV Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (organização).
II Salão de Arte; Clube Ararense - União Universitária Ararense; Araras - SP (texto crítico).
Pinturas na Aliança Francesa; Aliança Francesa; São Paulo - SP (coletiva).
II Salão de Arte Contemporânea; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva/júri).
Exposição de Arte em Comemoração do 122º Aniversário da Cidade de Barretos; Grêmio Literário e Recreativo e Fundação Educacional; Barretos - SP (coletiva).
Salão de Pesquisa Operacional; Galeria de Arte das Folhas; São Paulo - SP (júri de premiação).
1967
Nova Objetividade Brasileira; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
IX Bienal de Tóquio; ?; Tóquio, Japão (coletiva).
Exposição 12+1; Biblioteca Pública de Curitiba; Curitiba - PR (coletiva).
12 + 1 Coletiva de Artistas Campinenses e Paulistas; Museu de Arte Moderna de Florianópolis; Florianópolis - SC (coletiva).
6 pintores da nova objetividade; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
XVI Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
IX Bienal Internacional de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
III Salão de Arte Contemporânea de Campinas; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Artistas Paulistas; Fundação Cultural do Distrito Federal; Brasília - DF (coletiva).
1968
Cafonismo A Arte De Mau-Gôsto; Pequena Galeria KLM; São Paulo - SP (individual).
2º Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Colégio Estadual Idalina Macedo da Costa Sodré; São Caetano do Sul - SP (organização).
Aspecto 68; 1ª Cultural, Reitoria da Universidade Federal do Pará; Belém - PA (coletiva).
XVII Salão Paulista de Arte Moderna; Galeria Prestes Maia; São Paulo - SP (coletiva).
1969
Vanguarda; Galeria Seta; São Paulo - SP (coletiva)
III Salão de Arte Contemporânea de São Caetano do Sul; Rua Alegre, 497 São Caetano do Sul; São Caetano do Sul - SP (organização).
1969-70
I Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (organização).
1970
Coletiva da Sociedade de Arte 2 Mundos; Saguão do Teatro Brasileiro de Comédia; São Paulo - SP (coletiva).
Arte de Vanguarda; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1970-71
II Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1971
Futebol e Arte; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Salão de Outubro; Paris, França (coletiva).
III Bienal Internacional del Deporte Barcelona; Barcelona; Barcelona - Espanha (coletiva).
III Salão Paulista de Arte Contemporânea; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1972
Eucat Expo; Eucat Expo; São Paulo - SP (coletiva).
22Semana72; Centro Acadêmico Fundação Getúlio Vargas; São Paulo - SP (coletiva).
Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois; Galeria Collectio; São Paulo - SP (coletiva).
José Germano Mazzarino; Centro Cultural e Desportivo Carlos de Souza Nazareth SESC; São Paulo - SP (curadoria / texto crítico).
Exposição; Galeria Múltipla; São Paulo - SP (coletiva).
1973
Exposição Coletiva; Galeria Núcleo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Galeria Arte e Manha; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Coletiva; Clube Pinheiros; São Paulo - SP (coletiva).
V Panorama de Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
Arquitetos Pintores; Touring Club do Brasil / Fundação Cultural do Distrito Federal / Instituto de Arquitetos do Brasil; Brasília - DF (coletiva).
XII Bienal de São Paulo; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Serigrafias de Claudio Tozzi e Maurício Nogueira Lima; Galeria Hogar; São Paulo - SP (coletiva).
1974
Maurício Nogueira Lima; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
V Salão Paulista de Arte Contemporânea; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coleção Selvagem; Centro Cívico de Santo André; Santo André – SP (curadoria / texto crítico).
1975
Serigrafias; Galeria Gravurão; São Paulo - SP (coletiva).
VI Salão Paulista de Arte Contemporânea; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Serigrafias; Galeria Modular; São Paulo - SP (individual).
1976
Arte Contemporânea; Centro Municipal de Cultura de Ubatuba; Ubatuba - SP (coletiva).
Serigrafias de Maurício Nogueira Lima e Selma Sevá; GCM Galeria Castro Mendes; Campinas - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Centro de Convivência Cultural de Campinas; Campinas - SP (individual).
VIII Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
1977
Retrospectiva dos Movimentos Concreto e Neoconcreto - Trabalhos realizados entre 1950 e 1962; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Pinturas Maurício Nogueira Lima; Galeria Arte Global; São Paulo - SP (individual).
1978
Individual; Conservatório Municipal de Tatuí; Tatuí - SP (individual).
I Bienal Latino-Americana; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Objeto na Arte: Brasil Anos 60; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
45 Pró-Henrique; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Leilão de Parede; Instituto de Arquitetos do Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
As Bienais e a Abstração: a década de 50; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Papeis e Cia; Paço das Artes; São Paulo - SP (coletiva).
1979
Maurício Nogueira Lima: pinturas e serigrafias; Galeria de Artes Kris, Santo André - SP (individual).
Volta à figura. A década de 60. Ciclo de exposições de pintura brasileira contemporânea; Museu Lasar Segall; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Biblioteca Municipal Presidente Kennedy; Santo Amaro - SP (coletiva).
O desenho como instrumento; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Panorama da Arte Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva)
Gravuras; Galeria Livre; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Itaú; São Paulo - SP (individual).
1979-80
A Criança e o Artista; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1980
Pinturas Maurício Nogueira Lima - Pesquisas visuais dos últimos 5 anos; Galeria Cosme Velho; São Paulo - SP (individual).
Exposição Coletiva; Escritório de Arte Santa Cecília; São Paulo - SP (coletiva).
1981
Pinacoteca no Paraná; Paraná (coletiva).
Contemporâneos Brasileiros; Galeria São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Sala de Exposição Alberto França, Instituição Moura Lacerda; Ribeirão Preto - SP (individual).
Arquiteto Plástico; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (coletiva).
Exposição; Galeria Ponto de Encontro; São Paulo - SP (coletiva).
1982
Universo do Futebol; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Que toto o Espírito vive Pássaro; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Geometrismo Expressivo; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1983
10º Aniversário da Morte de Waldemar Cordeiro; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Aniversário da Declaração dos Direitos Humanos; Centro Cultural de São Paulo CCSP; São Paulo - SP (coletiva).
Todas as Mulheres do Mundo; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravura Arte Coletiva; Clube Internacional de Regatas; Santos - SP (coletiva).
Fernando Lorenzetti; Centro de Artes Shopping News; São Paulo - SP (texto crítico).
Exposição Coletiva; Spazio Pirandello; São Paulo - SP (coletiva).
Gravuras; MIS Museu da Imagem e Som / Anistia Internacional Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
1983-84
Panorama Atual da Arte Brasileira; Museu de Arte Moderna MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Projeto Releitura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1984
Geometria Hoje; Galeria Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição de Gravuras; Galeria Rubaiyat; São Paulo - SP (coletiva).
Visão Construtivista de Maurício Nogueira Lima; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (individual).
Festa de Retomada; Praça Roosevelt; São Paulo - SP (individual).
1984-85
Tradição e Ruptura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
1985
Exposição Coletiva; Ateliê José Xavier (av. Pompéia, 723); São Paulo - SP (coletiva).
Geometria Hoje; Museu de Arte da Pampulha; Belo Horizonte - MG (coletiva).
Cidades do Futuro; Palácio de Convenções do Anhembi; São Paulo - SP (palestrante / arte gráfica).
Destaque do Mês; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (individual).
1986
Futebol Arte Del Brasil; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Clube dos Concretos; Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Reflexão-Refração Arte Concreta; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (individual).
O Abstrato e o Construtivismo na Gravura Brasileira; Galeria Artebela; São Paulo - SP (coletiva).
Dacoleação; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP; São Paulo - SP (coletiva).
1986-87
Panorama de Pintura Atual Brasileira; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
1987
A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Coletiva Choice; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Três Arquitetos Gravadores; Galeria Intersul; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição Serigrafias; Congresso de Arquitetura; Buenos Aires - Argentina (individual).
Projeto Arte Brasileira Anos 50; Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado; São Paulo - SP (coletiva).
Miniaturarte; Museu de Arte Contemporânea José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
A Serigrafia de São Paulo; Mezanino da Estação de Metrô da Sé; São Paulo - SP (coletiva).
XX Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba; Hall do Teatro Municipal Dr. Losso Netto; Piracicaba - SP (comissão de seleção e premiação).
1987-88
Maurício Nogueira Lima; Galeria de Arte Maurício Leite Barbosa; Rio de Janeiro - RJ (individual).
1988
Exposição Coletiva; Galeria Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
José Geraldo Martins; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (texto crítico).
Arte Geométrica Paulista; Galeria de Arte Choice; São Paulo - SP (coletiva).
Lourdes Stamato De Camillis; Espaço D'Artefacto; São Paulo - SP (texto crítico).
Vladimir Bock - Desenhos Perspectiva Natural; Galeria Campo das Artes; São Paulo – SP (texto crítico).
Figura e Objeto (63-66); Galeria Milan; São Paulo - SP (coletiva).
Programa Metrópolis; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
Cópias e Pastiches; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1989
O olhar do Artista; Museu de Arte Contemporânea MAC USP; São Paulo - SP (coletiva).
1990
Entre a Construção, Desconstrução da Forma/Cor; Livraria Letraviva; São Paulo - SP (individual).
Sincronias; Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand MASP / Galleria La Seggiola; São Paulo - SP (coletiva).
Arte como Construção; Rio Designer Center; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Coletiva Especial; Oscar Seraphico Galeria de Arte; Brasília - DF (coletiva).
Futebol Arte do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
1991
Sincronias; Museu Nacional de Belas Artes; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Arquitetos Designers e Arquitetos Pintores; Loja Box Blue; São Paulo - SP (coletiva).
Sincronias; Embaixada Italiana; Brasília - DF (coletiva).
Grand Vernissage; Galeria de Arte "A Hebraica", São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Rio de Janeiro 1959/1980 Experiência Neoconcreta; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Artistas Arquitetos; MASP Museu de Arte de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Abstracionismo Geométrico e Informal; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Cidadania: 200 anos da declaração dos direitos do homem; SESC Pompéia; São Paulo - SP (coletiva).
Das Artes Gráficas a Outras Artes; Museu da Imagem e Som MIS; São Paulo - SP (coletiva).
Arte no Metrô; Estações São Bento e Santana; São Paulo - SP (coletiva).
1992
A Arte Brasileira da Academia à Contemporaneidade; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Reinauguração MACA - Museu de Arte Contemporânea de Americana; MACA Museu de Arte Contemporânea de Americana - Americana, SP (coletiva).
Memória da Liberdade e Cidadania 200 anos; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Casa da Cultura Instituto Moreira Salles; Poços de Caldas - MG (individual).
1992-93
Friedenreich 100 anos: futebol e arte; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
1993
Restauro em Processo; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima - Um processo de criação de imagens: ensaios gráficos e pinturas; Galeria das Rosas; São Paulo - SP (individual).
Cor Espaço Ativado 1; Serviço Social do Comércio – Unid. Carmo; São Paulo - SP (individual).
II Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Maurício Nogueira Lima; Espaço Cultural Cristal; São Paulo - SP (individual).
Utopia Revisitada; SBPC USP; São Paulo - SP (coletiva).
XXV Anual de Arte; Fundação Alvares Penteado; São Paulo - SP (júri de premiação).
Arte no Metrô; Estação Campo Grande; Lisboa, Portugal (coletiva).
1993-94
Arte na Luz da Rua; Rua Oscar Freire; São Paulo - SP (coletiva).
1994
Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
Art at the Metro; Powell Station; São Francisco, EUA (coletiva).
Bienal Brasil Século XX; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
XIII Bienal Internacional do Livro; Fundação Bienal; São Paulo - SP (design).
Unidade e Confronto; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Grandes Talentos; Galeria de Arte "A Hebraica"; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Espaço Cultural Cristiano das Neves; São Paulo - SP (coletiva).
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Aeroporto Internacional de Guarulhos; São Paulo - SP (coletiva).
1994-95
Exposição Coletiva; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; Campinas - SP (coletiva).
1995
A Grande Viagem, Passaporte para o Ano 2000; Brazilian American Cultural Institute; Washington-DC, USA (coletiva).
III Bienal Internacional de Arquitetura; Fundação Bienal; São Paulo - SP (júri de premiação).
Exposição Coletiva Edital 95; Museu de Arte Contemporânea de Campinas; Campinas - SP (texto crítico).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes - Campinas, SP; (individual).
Maurício Nogueira Lima, artistas da USP; Paço Imperial; Rio de Janeiro - RJ (individual).
V Bienal Nacional de Santos Artes Visuais; Centro de Cultura Patrícia Galvão / Casa da Câmara e Cadeia / Pinacoteca Benedicto Calixto; Santos - SP (individual).
1995-96
United Artists; Casa das Rosas; São Paulo - SP (coletiva).
1996
Grandes Formatos no Acervo da Pinacoteca Municipal; Centro Cultural São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Trípticos de Maurício Nogueira Lima; Trilha Arte Contemporânea; São Paulo - SP (individual).
"Obras Escolhidas (décadas: 80 e 90)" de Maurício Nogueira Lima; Clube Atlético Monte Líbano; São Paulo - SP (individual).
1997
I Eletromídia da Arte; Várias (coletiva).
Maurício Nogueira Lima; Galeria D - Centro de Convivência Cultural Galerias de Artes – Campinas, SP (individual).
Maurício Nogueira Lima; Galeria Ruy Sant'Anna; São Paulo - SP (individual).
Arte & Arquitetura; D&D Decoração & Design Center; São Paulo - SP (coletiva).
1998
Direitos Humanos na Arte Contemporânea; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Futebol-Arte; SESC Itaquera; São Paulo - SP (coletiva).
Mestres da Arte Brasileira; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
1999
Achados inusitadosousadosinéditos; Galeria Girona; São Paulo - SP (coletiva).
2000
Arte 3 Movimentos; Espaço Cultural Ena Beçak; São Paulo - SP (coletiva).
Mostra do Redescobrimento; Parque do Ibirapuera; São Paulo - SP (coletiva).
Edital 2000: Homenagem à Mauricio Nogueira Lima; MACC Museu de Arte Contemporânea de Campinas José Pancetti; Campinas - SP (coletiva).
Coleção Pirelli no Acervo do MAM; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAMSP; São Paulo - SP (coletiva).
A arte de Maurício Nogueira Lima; Casa Cultural Brasil Estados Unidos; São Vicente - SP (individual).
Mostra Kibonart; Cantalup; São Paulo - SP (coletiva).
2003
Arte e Sociedade Uma relação polêmica; Itaú Cultural; São Paulo - SP (coletiva).
2004
Encontros com o Modernismo: destaques do Stedelijk Museum Amsterdam; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2005
100 Anos da Pinacoteca: a formação de um acervo; Galeria de Arte do SESI - Centro Cultural FIESP; São Paulo - SP (coletiva).
2006
Arte Concreta 56: a raiz da forma; MAM SP Museu de Arte Moderna de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
Arte Concreta e Neoconcreta; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2006-7
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; CIFO Art Space; Miami (coletiva).
2008
Ruptura Frente Ressonâncias; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
Artivistas; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2008-9
Maurício Nogueira Lima, Marcello Nitsche e Flávio Império; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
2009
Anos 50 - 50 Obras; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2009-10
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Museum of Latin American Art (MOLAA); Long Beach, Califórnia (coletiva).
2010
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; EsBaluard Museu d'art Modern i Contemporani de Palma; Palma de Mallorca, Espanha (coletiva).
Preto no Branco do concreto ao contemporâneo; Galeria Berenice Arvani; São Paulo - SP (coletiva).
2010-11
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Kunst- und Ausstellungshalle der Bundesrepublik Deutschland; Bonn, Alemanha (coletiva).
Destaques do Acervo 40 Obras; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2011
The Sites of Latin American Abstraction - Selections of the Ella Fontanals-Cisneros Collection; Haus Konstruktiv; Zurique, Suíça (coletiva).
2012
Sentir prá Ver: gêneros da pintura; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
A Sedução de Marilyn Monroe; Museu Afro Brasil; São Paulo - SP (coletiva).
Concrete Parallels / Concretos Paralelos; Dan Galeria; São Paulo - SP (coletiva).
2013
Dynamo, un siècle de lumière et de mouvement dans l'art 1913-2013; Grand Palais; Paris, França (coletiva).
100 anos de arte paulista; Galeria de Arte CPFL Cultura; Campinas - SP (coletiva).
30 × Bienal - Transformações na arte brasileira da 1ª à 30ª edição; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
2014
140 caracteres; Grande Sala e Sala Paulo Figueiredo; São Paulo - SP (coletiva).
Seleção Nacional; Galeria Lurixs; (coletiva).
Artevida; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro MAMRJ; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
2014-15
Arte Construtiva Brasileira; Estação Pinacoteca; São Paulo - SP (coletiva).
2016
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Fundação Iberê Camargo; Porto Alegre - RS (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; Museo Nacional de Arte; México (coletiva).
2016-17
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Oscar Niemeyer; Curitiba - PR (coletiva).
Antropofagia y modernidad - Arte brasileño em la Colección Fadel; MALBA Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires; Buenos Aires, AR (coletiva).
2016-19
Vanguarda Brasileira dos anos 1960 - Coleção Roger Wright; Pinacoteca do Estado de São Paulo; São Paulo - SP (coletiva).
2017
Arte Moderna na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Casa França Brasil; Rio de Janeiro - RJ (coletiva).
Metrópole: Experiência Paulistana; Pina Estação; São Paulo - SP (coletiva).
Concretos / Neoconcretos Paulistas; Studio Nobrega; São Paulo - SP (coletiva).
2017-18
Modernismo Brasileiro Na Coleção da Fundação Edson Queiroz; Museu Coleção Berardo, Centro Cultural Belém; Lisboa, Portugal (coletiva).
2018
Arte moderna in Brasile – Collezione della Fondazione Edson Queiroz; Palácio Pamphili, Embaixada do Brasil; Roma, Itália (coletiva).
SP Arte; Fundação Bienal; São Paulo - SP (coletiva).
Exposição FAU 70 Anos; Centro Universitário Maria Antonia; São Paulo - SP (coletiva).
Exceção; Casa do Lago, Unicamp; Campinas-SP (coletiva).
Maurício Nogueira Lima: forma e cor; Biblioteca Octavio Ianni, IFCH/Unicamp; Campinas - SP (individual).
Ruptura; Galeria Luciana Brito; São Paulo - SP (coletiva).
2018-19
Da Terra Brasilis à Aldeia Global; Espaço Cultural Unifor, Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
2019
Arte Moderna na Coleção Fundação Edson Queiroz; Espaço Cultural Unifor - Fundação Edson Queiroz; Recife - PE (coletiva).
Os anos em que Vivemos em Perigo; Museu de Arte Moderna de São Paulo MAM SP; São Paulo - SP (coletiva).
Textos críticos e entrevistas
ABRAMO, Radha. “Rigor construtivo”. Istoé Senhor (nº 1064), 7 fev. 1990, p. 91.
ARAÚJO. Olívio Tavares de. “Retomando a pintura (e a briga)”. São Paulo: Galeria de Arte Global, 1977 (catálogo da exposição)
BANDEIRA, João; AVELAR, Ana Cândida. “Maurício Nogueira Lima: faturas da forma.” São Paulo: Mariantonia/Centro Universitário da USP, 2008.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Entre a construção/desconstrução da forma/cor". Individual MNL, Galeria Livraria Letraviva, São Paulo SP, 17 de janeiro a 17 de fevereiro, texto escrito em dezembro de 1989.
BEUTTENMULLER, Alberto. "Artes Visuais: Luz interior". Revista Visão 27 de agosto de 1984, p. 52
HERKENHOFF, Paulo. “Glosa 8: Do Padrão”. Pincelada: pintura e método – projeções da década de 50. São Paulo: Instituto Tomie Ohtake, 2006., p. 255-256.
KÉJER, Kazmer. Campinas, Galeria Maremar, 1962 (folder).
KLINTOWITZ, Jacob. "O processo criativo, numa mostra rara". O Estado de São Paulo, 04 de setembro de 1984.
LEMOS, Fernando C. "Maurício Nogueira Lima: nova visão do concretismo". Folha de São Paulo, Caderno de Domingo, 6º caderno, p. 77, coluna Artes Visuais, 27 de novembro de 1977.
MORAIS, Frederico. "Artes plásticas - Brasil na Bienal de Tóquio (2)". Diário de Notícias (RJ), 23 de maio de 1967.
PIMENTA, Cecília. LIMA, Maurício Nogueira. "Ideário Concreto". Revista Artes, dez 1983-janeiro 1984, p. 50-54. (entrevista)
PONTUAL , Roberto. "Catálogo Exposição Arte/Brasil/Hoje - 50 anos depois". 30 de novembro a 30 de dezembro de 1972, Galeria Collectio.
SCHENBERG, Mário. "Cinco arquitetos pintores". Acrópole, dez. 1965.
SCHENBERG, Mário. "Concretismo e neoconcretismo". 1977.
VIEIRA, José Geraldo. "Últimos dias da Exposição de Arte Concreta". Folha de São Paulo, 29 de fevereiro de 1960.
VIEIRA, José Geraldo. "Maurício Nogueira Lima". Folha de São Paulo, 21 de março de 1965.
Fonte: Site Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Instituto Maurício Nogueira Lima
Localizado no centro da cidade de Campinas, SP - Brasil, o Instituto Maurício Nogueira Lima conta com um rico acervo de documentos pessoais, catálogos, hemeroteca, croquis e materiais de aula, sendo possível a sua consulta local, mediante agendamento prévio e autorização. Entre em contato conosco e faça-nos uma visita.
Fonte: Instituto Mauricio Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 20 de janeiro de 2023.
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Grupo Ruptura - Itaú Cultural
No dia 9 de dezembro de 1952, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), é inaugurada a exposição que marca o início oficial da arte concreta no Brasil. Intitulada Ruptura, a mostra é concebida e organizada por um grupo de sete artistas, a maioria de origem estrangeira residentes em São Paulo: os poloneses Anatol Wladyslaw (1913 - 2004) e Leopoldo Haar (1910 - 1954), o austríaco Lothar Charoux (1912 - 1987), o húngaro Féjer (1923 - 1989), Geraldo de Barros (1923 - 1998), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), e o catalisador e porta-voz oficial do grupo, Waldemar Cordeiro (1925 - 1973). Cordeiro conhece Barros, Charoux e Sacilotto em 1947, na mostra 19 Pintores, quando todos ainda estavam influenciados pela corrente expressionista. É somente em 1948, quando Cordeiro volta definitivamente ao Brasil, que ocorre a mudança dos trabalhos desses artistas em direção à abstração. Por essa época, reúnem-se para discutir arte abstrata e filosofia, principalmente a teoria da pura visibilidade do filósofo alemão Konrad Fiedler (1841 - 1895) e o conceito de forma cunhado pela psicologia da Gestalt. Féjer e Leopoldo Haar, ambos com formação artística em seus países de origem, já produzem pinturas abstratas pelo menos desde 1946 e aderem ao grupo. O último a integrá-lo em 1950 é Wladyslaw, ex-aluno de Flexor (1907 - 1971).
Como afirma Cordeiro em 1953, em resposta a artigo do crítico de arte Sérgio Milliet (1898 - 1966), o Grupo Ruptura "está longe de representar todo o movimento paulista de arte abstrata e concreta, cujas fileiras contam hoje inúmeros integrantes".1 Sendo assim, o que os diferencia dos outros artistas? Sabe-se que desde o final dos anos 1940, o meio artístico brasileiro vê crescer o interesse pela arte abstrata, não sem grande resistência dos artistas figurativos ligados à estética nacionalista dos anos 1930, como Di Cavalcanti (1897 - 1976), por exemplo. Apesar da reação negativa, a consagração das tendências abstratas, sobretudo de vertente geométrica, na 1ª Bienal do Museu de Arte Moderna de São Paulo (posteriormente Bienal Internacional de São Paulo) em 1951, indica que a discussão figuração versus abstração tende a ser superada, abrindo-se, a partir de então, a necessidade de mudar o foco do debate público.
Nesse panorama, a exposição do Grupo Ruptura em 1952 e o manifesto do grupo publicado no mesmo ano, representam a abertura para um novo caminho de debate, instaurando-o no interior das próprias vertentes abstratas. O manifesto, redigido por Cordeiro e diagramado por Haar, e que parece ter causado maiores reações do que os próprios trabalhos apresentados estabelece uma posição firme contra as principais correntes da arte no país. Pretende-se romper com o "velho", a saber: "todas as variedades e hibridações do naturalismo; a mera negação do naturalismo, isto é, o naturalismo 'errado' das crianças, dos loucos, dos 'primitivos', dos expressionistas, dos surrealistas, etc.; o não-figurativismo hedonista, produto do gosto gratuito, que busca a mera excitação do prazer ou do desprazer".2 Se por um lado, a oposição contra qualquer forma de figuração não é nova, por outro, a não aceitação da abstração informal é inédita e ajuda a compreender a posição do grupo.
No ambiente do pós-guerra marcado por um certo otimismo e pelo desejo de esquecer a barbárie dos anos anteriores, a arte concreta (1930), de cunho extremamente racionalista, conhece um novo florescimento. Dentro desse movimento, o artista suíço Max Bill (1908 - 1994) torna-se o principal teórico da arte concreta do período, tentando repensar seu legado juntamente com a reflexão sobre o construtivismo, o neoplasticismo e a experiência alemã da Bauhaus, adaptando-o à nova realidade. E é exatamente como seguidores do artista suíço que os integrantes do Grupo Ruptura se colocam no meio artístico brasileiro dos anos 1950.
Em termos gerais, o grupo defende a autonomia de pesquisa com base em princípios claros e universais, capazes de garantir a inserção positiva da arte na sociedade industrial. Para um artista concreto, o objeto artístico é simplesmente a concreção de uma idéia perfeitamente inteligível, cabendo à expressão individual lugar nulo no processo artístico. Para eles, toda obra de arte possui uma base racional, em geral matemática, o que a transforma em "meio de conhecimento dedutível de conceitos". No âmbito da pintura, esses princípios correspondem à crítica do ilusionismo pictórico, à recusa do tonalismo cromático e à utilização dos recursos ópticos para a criação do movimento virtual. Lançam mão também do uso de materiais como esmalte, tinta industrial, acrílico e aglomerado de madeira, destacando a atenção do grupo ao desenvolvimento de materiais industriais.
Observa-se que a adoção de postulados extremamente racionalistas para a arte revelam a ânsia de superar o atraso tecnológico, a condição espiritual de país colonizado e de economia subdesenvolvida, característicos da realidade brasileira. As questões e a prática introduzidas pelo Ruptura mobilizam a maior parte dos debates nos anos 1950, e são fundamentais para a fermentação da dissidência neoconcreta no Rio de Janeiro. O grupo não promove outras exposições de seus participantes, entretanto, já contando com outros adeptos como Hermelindo Fiaminghi (1920 - 2004), Judith Lauand (1922), Maurício Nogueira Lima (1930 - 1999) e o apoio dos poetas concretos paulistas, organizam a 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta (1956/1957). Por volta de 1959 o Grupo Ruptura começa a se dispersar.
Fonte: GRUPO Ruptura. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 23 de Jan. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
Crédito fotográfico: Instituto Maurício Nogueira Lima. Consultado pela última vez em 23 de janeiro de 2023.