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Aldo Bonadei

Aldo Cláudio Felipe Bonadei (São Paulo, SP, 17 de junho de 1906 — idem, 16 de janeiro de 1974), mais conhecido por Aldo Bonadei, foi um pintor, designer, gravador, figurinista e professor brasileiro, sendo destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. Teve importante atuação, entre as décadas de 30 e 40, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

Biografia Itaú Cultural

Entre 1923 e 1928 é aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino (1856-1942), período em que também freqüenta o ateliê do pintor Antonio Rocco (1880-1944). Em 1929, Bonadei torna-se amigo do professor de arte Amadeo Scavone. Viaja para a Itália, entre 1930 e 1931, e freqüenta a Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas Artes de Florença], onde tem aulas com o pintor Felice Carena (1879-1966) e seu assistente Ennio Pozzi (1893-1972), ambos ligados ao movimento novecento. Nesse período, dedica-se ao desenho da figura humana, principalmente ao nu. Retorna a São Paulo no início da década de 1930 e participa ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista (FAP) e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Integra de 1939 e 1941 o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, que promove reuniões de artistas. Datam dessa época as suas primeiras experiências abstratas. Em 1949 leciona na Escola Livre de Artes Plásticas, primeira escola de arte moderna de São Paulo e participa do Grupo Teatro de Vanguarda. No ano seguinte, funda a Oficina de Arte (ODA), com Odetto Guersoni (1924-2007) e Bassano Vaccarini (1914-2002). No fim da década de 1950 atua como figurinista nas peças Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912-1980), e Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (1927-2014), ambas encenadas pela Companhia Nídia Lícia - Sérgio Cardoso. Nesse período, desenha alguns figurinos para dois filmes dirigidos por Walter Hugo Khoury (1929-2003), Fronteiras do Inferno (1958) e Na Garganta do Diabo (1959).

Análise

Em 1915, aos nove anos, Aldo Bonadei executa seu primeiro trabalho a óleo e depois realiza pequenas pinturas autodidaticamente. Entre 1923 e 1928, estuda com Pedro Alexandrino. Freqüenta ainda o ateliê do pintor italiano Antonio Rocco e o curso de desenho e artes no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp). Em 1929, torna-se amigo do professor Amadeo Scavone, com o qual mantém conversas quase diárias sobre arte. Segundo o artista, Scavone o ensina a estruturar mentalmente a composição em formas, linhas e valores de cor.

Bonadei continua a formação artística na Itália, em 1930. Freqüenta em Florença a Accademia di Belle Arti di Firenze, onde estuda com Felice Carena. Tem contato com a estética futurista e com o expressionismo da escola romana, que conta com artistas como Mario Mafai (1902-1965) e Corrado Cagli (1910-1976), e, principalmente, com o movimento Novecento (1922), ao qual Carena é ligado, marcado por uma pintura eclética. Regressa ao Brasil em 1931 e gradualmente adere às pesquisas da arte moderna. A partir de 1935, integra o Grupo Santa Helena, com Mario Zanini (1907-1971), Francisco Rebolo (1902-1980), Fulvio Pennacchi (1905-1992) e Alfredo Volpi (1896-1988), entre outros. Participa também das exposições da Família Artística Paulista (FAP) e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Pinta principalmente naturezas-mortas e paisagens urbanas e suburbanas de São Paulo, temas que se tornam constantes. Destaca-se em suas obras do período o diálogo constante com a obra de Paul Cézanne (1839-1906), no tratamento da cor e no uso da pincelada, como pode ser observado em Paisagem (1935) ou em Subúrbio (1937).

Na década de 1940, leciona pintura e trabalha como figurinista, cria modelos para vestidos e desenhos para bordados. Dessa atividade advém a idéia de aplicar sobre a tela costuras ou bordados, de maneira a determinar relevo e textura na composição. O período marca maior liberdade plástica do artista, que pinta quadros que buscam estabelecer relação entre música, ritmos e modulações da cor e pintura. Em seguida, sob o impacto da abstração, que começa a ser apresentada no país em importantes mostras, Bonadei interessa-se pelo cubismo e posteriormente busca a compreensão perceptiva do espaço por meio da teoria da Gestalt [Psicologia da Forma]. Pode-se observar em obras como Mulher Sentada (1948) e Gemini II (1952) a tensão entre o figurativo e o abstrato, que permanece em sua produção posterior.

Aldo Bonadei, para o crítico Jacob Klintowitz, destaca-se entre os pintores do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas leva-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista tem importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e, como aponta a estudiosa Lisbeth Rebollo, é um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

Críticas

"(...) a pesquisa abstrata, iniciada em 1940 - a partir da fase das Impressões Musicais, quando o artista procura transferir para a tela as sensações provocadas pela música -, determina uma redefinição do conceito de linha, que passa a ser seu núcleo principal de interesse. Então a cor se neutraliza: temos fundos unitonais, geralmente cinzentos, ou uma pequena variação de cinza, que se misturam aos rosas, verdes e azuis. A linha, em compensação, é espessa, reforçada, e se exprime em contornos negros e brancos. A interpretação metafórica da música leva o artista a criar símbolos gráficos expressando emoções, raramente revestidos de cor (...). Essa fase o leva, também, a uma determinação da essencialidade do gesto no ato de traçar a linha.

No momento em que pesquisa o cubismo, de um modo geral volta-se ainda para a linha e o desenho. Na pesquisa cubista, que sucede imediatamente à fase das Impressões Musicais, dá-se a redefinição da organização dos planos, que passam a se interpenetrar e a se intersecionar, dinamizando-se no sentido da profundidade e tornando-se o elemento principal de sua busca. Como conseqüência, há uma reformulação na maneira de ver o objeto, que o artista procura captar em sua tridimensionalidade; ao mesmo tempo, dá-se a acentuação do sentido de volume e a busca de plasticidade do objeto, que leva a uma abstração do real. Em benefício da composição que o artista procura, o objeto pode até ser abandonado ou ficar meramente esboçado".

Lisbeth Rebollo Gonçalves (Aldo Bonadei: introdução ao percurso de um pintor. São Paulo: USP/FFLCH, 1977.)

"Desde meados dos anos 30, a pintura de Bonadei, que passara pelo rigor do aprendizado acadêmico com o virtuose das naturezas-mortas, Pedro Alexandrino, estivera se dirigindo no sentido de uma crescente simplificação do espaço pictórico pelas mãos de Cézanne e de moderados cubismos. Equilibrara-se aos poucos, para manter-se como tal até o fim, na doce, mas controlada musicalidade dos acordes de emoção e razão, esquentando-se às vezes cromaticamente em lembranças de Matisse, outras vezes preferindo a via mais ascética de exercícios geométricos com fachadas ou tetos de casarios. Só por exceção, e ainda assim esquematizando-a (como no Interior de Ateliê, de 1942), ele deixou a figura humana habitar a sua obra".

Roberto Pontual (Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Prefácio Gilberto Chateaubriand; apresentação M. F. do Nascimento Brito. Rio de Janeiro: JB, 1987. p. 125.)

"A arte de Bonadei se caracteriza por uma tensão constante entre o seu lirismo e a sua vontade de contenção, tanto no grafismo como na cor. Essa contradição pode ser encontrada em todas as suas faces, levando seu apego ao negro e aos tons pouco luminosos, e à solidez das suas composições. Os momentos mais fascinantes da pintura de Bonadei correspondem às quase-rupturas da contenção, como em algumas das naturezas-mortas admiráveis do fim da década de trinta e do começo da década de quarenta, em que a contradição se resolve numa exposição musical, ou quando o próprio traço negro adquire uma violência cruel, como na monumental natureza-morta de 1952. (...)

Em meados da década de quarenta, Bonadei começou a passar por uma importante transformação psicológica e artística, que iniciaria uma nova abertura na sua criatividade, reduzindo gradualmente a violência da contradição entre o seu lirismo e a sua contenção de forma e cor. (...)

A primeira fase da crise de metanóia de Bonadei foi marcada por uma nova abertura para a música, assinalada pelos seus desenhos abstratos tão originais das impressões musicais, que o tornaram um pioneiro da arte abstrata no Brasil, ainda na década de quarenta, uns dez anos antes do surto abstracionista informal dos anos cinquenta".

Mario Schenberg (Pensando a arte. Fotografia Romulo Fialdini. São Paulo: Nova Stella, 1988.)

"Mas houve um Bonadei que pintava e bordava roupas para sobreviver. Houve um Bonadei italiano que pintou Florença, e outro de Moema, que pintava paisagens ao ar livre, e um outro mais, o Bonadei da Rua da Abolição. Houve também um Bonadei que pintava formas musicais. Houve ainda um outro, o pintor abstrato. Houve um Bonadei poeta e houve um Bonadei amante (este talvez fosse o mais secreto dos Bonadeis). Todos eles pungentes, fortes e generosos. (...)

O poeta Bonadei que assim transmuta a cidade vista por olhos de criança é o mesmo que cria toda uma obra pela transfiguração da natureza, da cor, da luz, da forma, das composições cenográficas das naturezas-mortas, mutações caprichosas de um pintor que soube ordenar gestos e impulsos com a intenção de expressar sentimentos. Bonadei foi sobretudo um artista da cor, que a utilizou com sabedoria e liberdade, unindo tons e semitons, explorando sua harmonia, ao mesmo tempo que podia às vezes juntar cores primárias aliadas a um forte grafismo gestual ou um quase-contorno da cor transformada em luz".

Emanoel Araújo (In: BONADEI: 90 anos. São Paulo: Dan Galeria, 1996. p. 2-4.)

Exposições Individuais

1929 - São Paulo SP - Primeira individual, em sala alugada na Rua São Bento

1939 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Casa e Jardim

1944 - São Paulo SP - Bonadei e Nelson Nóbrega, na Livraria Brasiliense

1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no IAB/RJ

1945 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no IAB/RJ

1947 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1948 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Itapetininga

1949 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1950 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1951 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1955 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP

1956 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP

1963 - Rio de Janeiro RJ - Pinturas de Aldo Bonadei, na Galeria Bonino

1963 - São Paulo SP - Individual, no MAB/Faap

1965 - São Paulo SP - Individual, no Clube Atlético Paulistano

1967 - São Paulo - Individual, na Atrium Galeria de Arte

1967 - São Paulo SP - Retrospectiva, na Galeria Plastic Art

1968 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho

1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonfiglioli

1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonfiglioli

1974 - São Paulo SP - Bonadei: exposição-homenagem, na Galeria Opus

Exposições Coletivas

1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção honrosa de 1º grau

1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze

1931 - Rio de Janeiro RJ - Salão Revolucionário, na Enba

1933 - Rio de Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1934 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes, na Enba

1934 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes, na Rua 11 de Agosto - prêmio Prefeitura de São Paulo

1935 - Rio de Janeiro RJ - 41º Salão Nacional de Belas Artes, na Enba

1935 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Belas Artes

1935 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Belas Artes - menção honrosa

1936 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Belas Artes

1936 - São Paulo SP - Exposição de Pequenos Quadros, no Palácio das Arcadas

1937 - Rio de Janeiro RJ - 43º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1937 - São Paulo SP - 1º Salão da Família Artística Paulista, no Esplanada Hotel de São Paulo

1938 - São Paulo SP - 4º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos

1939 - São Paulo SP - 2º Salão da Família Artística Paulista, no Automóvel Clube

1939 - São Paulo SP - 5º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1940 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão da Família Artística Paulista, no Palace Hotel

1940 - Rio de Janeiro RJ - 46º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata

1941 - Rio de Janeiro RJ - 47º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1941 - São Paulo SP - 1º Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, no Parque da Água Branca

1942 - Rio de Janeiro RJ - 48º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1942 - São Paulo SP - 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1943 - Rio de Janeiro RJ - 49º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1943 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Anti-Eixo, no Museu Histórico e Diplomático - Palácio Itamaraty

1943 - São Paulo SP - Exposição Anti-Eixo, na Galeria Prestes Maia

1944 - Londres (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings,na Royal Academy of Arts

1944 - Norwich (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Norwich Castle and Museum

1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1944 - São Paulo SP - 9º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileira-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia

1945 - Bath (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Victory Art Gallery

1945 - Bristol (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Bristol City Museum & Art Gallery

1945 - Edimburgo (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na National Gallery of Scotland

1945 - Glasgow (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Kelingrove Art Gallery

1945 - Manchester (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Manchester Art Gallery

1945 - Rio de Janeiro RJ - 51º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1945 - São Paulo SP - Alfredo Volpi, Bonadei, Carlos Prado, Quirino da Silva, Francisco Rebolo, Mario Zanini e José Pancetti, na Galeria Benedetti

1945 - São Paulo SP - Galeria Domus: mostra inaugural, na Galeria Domus

1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores Vão à Escola do Povo, na Enba

1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1946 - Valparaíso (Chile) - Exposição de Pintura Contemporânea Brasileira, no Instituto de Extensão de Artes Plásticas

1947 - São Paulo SP - Aquarelas e Guaches, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade

1947 - São Paulo SP - Bonadei, Di Cavalcanti, Noêmia Mourão, Lothar Charoux, Oswald de Andrade Filho, Lúcia Suané, Cesar Lacanna, Mario Zanini e Raphael Galvez, na Galeria Itapetininga

1947- São Paulo SP - 11º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia - prêmio Matarazzo

1948 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Paulistas, no Ministério da Educação e Cultura

1949 - Rio de Janeiro RJ - Exposição da Pintura Paulista

1949 - São Paulo SP - 13º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos

1949 - São Paulo SP - Pintura e Escultura Moderna, organizada pela Companhia Sul América de Seguros

1950 - Rio de Janeiro RJ - 56º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de ouro

1950 - Salvador BA - 2º Salão Baiano de Belas Artes, no Galeria Belvedere da Sé - medalha de ouro

1950 - São Paulo SP - Exposição da O. D. A. , no IAB/SP

1951 - Salvador BA - 3º Salão Baiano de Belas Artes, no Galeria Belvedere da Sé - prêmio aquisição

1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon

1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro

1952 - Feira de Santana BA - 1ª Exposição de Arte Moderna de Feira de Santana, no Banco Econômico

1952 - Paris (França) - 38º Salão de Maio

1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ

1952 - Santiago (Chile) - Arte Brasileira, organizada pelo MAM/SP a convite da Universidade do Chile

1952 - Tóquio (Japão) - Artistas Brasileiros, organizada pelo MAM/SP

1952 - Veneza (Itália) - 26ª Bienal de Veneza

1953 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão de Naturezas Mortas, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados

1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura - prêmio viagem ao país

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio Governador do Estado

1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP

1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações

1956 - Salvador BA - 6º Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Oxumaré

1956 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1957 - São Paulo SP - 12 Artistas de São Paulo, na Galeria de Arte das Folhas

1957 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1958 - Salvador BA - Salão Baiano de Belas Artes

1958 - Salvador BA - Salão Baiano de Belas Artes - prêmio aquisição

1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas

1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1961 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho

1961 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas - prêmio aquisição

1962 - Curitiba PR - Salão do Paraná, na Biblioteca Pública do Paraná

1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio viagem ao exterior

1963 - Campinas SP - Pintura e Escultura Contemporâneas, no Museu Carlos Gomes

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna

1963 - Rio de Janeiro RJ - A Paisagem como Tema, na Galeria Ibeu Copacabana

1963 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1964 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Arte Moderna

1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana

1964 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Arte Moderna

1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos, na Galeria Ibeu Copacabana

1966 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - São Paulo SP - Mosaicos, na Galeria de Arte 4 Planetas

1966 - São Paulo SP - O Grupo Santa Helena, Hoje, na Galeria de Arte 4 Planetas

1967 - São Paulo SP - A Família Artística Paulista: trinta anos depois, no Auditório Itália

1969 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp

1970 - São Paulo SP - 2º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio

1973 - São Paulo SP - Oito Artistas do Grupo Santa Helena, na Uirapuru Galeria de Arte

Exposições Póstumas

1974 - São Paulo SP - Aldo Bonadei: décadas de 50 e 60, na Galeria Alberto Bonfiglioli

1974 - São Paulo SP - Noite de Bonadei, na Azulão Galeria

1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1975 - São Paulo SP - 40 Anos: Grupo Santa Helena, no MIS/SP

1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema

1976 - Santos SP - Individual, no CCBEU

1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall

1977 - São Paulo SP - Grupo Seibi - Grupo do Santa Helena: década 35 a 45, no MAB/Faap

1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall

1979 - São Paulo SP - O Grupo Santa Helena, na Uirapuru Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes

1980 - São Paulo SP - Pintores Paisagistas, na Galeria de Arte André

1981 - São Paulo SP - Individual, na Uirapuru Galeria de Arte

1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1982 - Londres (Reino Unido) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1982 - Salvador BA - A Arte Brasileira da Coleção Odorico Tavares, no Museu Carlos Costa Pinto

1982 - São Paulo SP - Marinhas e Ribeirinhas, no Museu Lasar Segall

1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1983 - Rio de Janeiro RJ - Bonadei Construtivista, na Ralph Camargo Consultoria de Arte

1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas

1984 - Rio de Janeiro RJ - Salão de 31, na Funarte

1984 - São Paulo SP - A Abstração na Obra de Bonadei, na Grifo Galeria de Arte

1984 - São Paulo SP - A Figura Humana na Obra de Bonadei, em A Ponte Galeria de Arte

1984 - São Paulo SP - Aldo Bonadei: o caminho de um pintor, no Museu Lasar Segall

1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1985 - Rio de Janeiro RJ - Seis Décadas de Arte Moderna: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial

1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris

1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show

1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc

1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP

1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP

1989 - Lisboa (Portugal) - Seis Décadas de Arte Moderna Brasileira: Coleção Roberto Marinho, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1989 - São Paulo SP - 7º Arte Litoral Norte, na Sadalla Galeria de Arte

1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria

1989 - São Paulo SP - Trinta e Três Maneiras de Ver o Mundo, na Ranulpho Galeria de Arte

1989 - Ubatuba SP - 7ª Arte Litoral Norte, na Fundação de Arte e Cultura

1992 - Poços de Caldas SP - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa da Cultura

1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial

1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB

1992 - São Paulo SP - 1º Aniversário da Grifo Galeria de Arte, na Grifo Galeria de Arte

1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade

1992 - São Paulo SP - Primeiro Aniversário da Grifo Galeria de Arte, na Grifo Galeria de Arte

1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, na Companhia do Metropolitano de São Paulo

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Masp

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ

1995 - São Paulo SP - O Grupo Santa Helena, no MAM/SP

1996 - Barra Mansa RJ - 12 Nomes da Pintura Brasileira, no Centro Universitário de Barra Mansa

1996 - Rio de Janeiro RJ - O Grupo Santa Helena, no CCBB

1996 - Rio de Janeiro RJ - Visões do Rio, no MAM/RJ

1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP

1996 - São Paulo SP - Bonadei: 90 anos, na Dan Galeria

1997 - Porto Alegre RS - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1997 - Porto Alegre RS - Exposição Paralela, no Museu da Caixa Econômica Federal

1997 - São Paulo SP - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte

1998 - Curitiba PR - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 - Rio de Janeiro RJ - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP

1998 - São Paulo SP - Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa Brasileira

1998 - São Paulo SP - O Colecionador, no MAM/SP

1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp

1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA

1999 - Salvador BA - 60 Anos de Arte Brasileira, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal

2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

2000 - São Paulo SP - 7º Salão de Arte e Antiguidades, em A Hebraica

2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Moderna, na Fundação Bienal

2000 - São Paulo SP - Grupo Santa Helena, na Jo Slaviero Galeria de Arte

2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia

2001 - Brasília DF - Coleções do Brasil, no CCBB

2001 - São Paulo SP - Bonadei: retrospectiva, na Millenium Galeria de Arte

2001 - São Paulo SP - Coleção Aldo Franco, na Pinacoteca do Estado

2001 - São Paulo SP - Figuras e Faces, em A Galeria

2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap

2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no MAC/Niterói

2002 - Porto Alegre RS - Desenhos, Gravuras, Esculturas e Aquarelas, na Garagem de Arte

2002 - São Paulo SP - Espelho Selvagem: arte moderna no Brasil da primeira metade do século XX, Coleção Nemirovsky, no MAM/SP

2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake

2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP

2002 - São Paulo SP - Operários na Paulista: MAC-USP e os artistas artesãos, na Galeria de Arte do Sesi

2003 - Belém PA - 22º Salão Arte Pará, no Museu de Arte do Paraná

2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Natureza Morta, no Espaço BM&F

2003 - São Paulo SP - Pintores do Litoral Paulista, na Sociarte

2003 - São Paulo SP - Um Só Coração, no MAM/SP

2004 - Niterói RJ - Modernidade Transitiva, no MAC/Niterói

2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP

2004 - São Paulo SP - Novas Aquisições: 1995 - 2003, no MAB/Faap

2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, CCSP

Fonte: BONADEI . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 04 de Mai. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia - Wikipédia

O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

No fim da década de 1950 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia - Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury.

Aldo Cláudio Felipe Bonadei foi pintor, designer, gravador, figurinista e professor. Entre 1923 e 1928 é aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino (1856 - 1942), período em que também frequenta o ateliê do pintor Antonio Rocco (1880 - 1944). Em 1929, Bonadei torna-se amigo do professor de arte Amadeo Scavone. Viaja para a Itália, entre 1930 e 1931, e freqüenta a Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas Artes de Florença], onde tem aulas com o pintor Felice Carena (1879 - 1966) e seu assistente Ennio Pozzi (1893 - 1972), ambos ligados ao movimento novecento. Nesse período, dedica-se ao desenho da figura humana, principalmente ao nu. O que ele gostava de desenhar mais era homens a nu, esse era o melhor para ele, dizia que o homem era os seus melhores retratos, homem era a maior perfeição para os olhos

Retorna a São Paulo no início da década de 1930 e participa ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista - FAP e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Integra de 1939 e 1941 o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, que promove reuniões de artistas. Datam dessa época as suas primeiras experiências abstratas. Em 1949 leciona na Escola Livre de Artes Plásticas, primeira escola de arte moderna de São Paulo e participa do Grupo Teatro de Vanguarda. No ano seguinte, funda a Oficina de Arte - O. D. A., com Odetto Guersoni (1924 - 2007) e Bassano Vaccarini (1914-2002). No fim da década de 1950 atua como figurinista nas peças Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912 - 1980), e Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (1927), ambas encenadas pela Companhia Nídia Lícia - Sérgio Cardoso. Nesse período, desenha alguns figurinos para dois filmes dirigidos por Walter Hugo Khoury (1929 - 2003), Fronteiras do Inferno (1958) e Na Garganta do Diabo (1959).

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 4 de maio de 2018.

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Grupo Santa Helena - Itaú Cultural

A existência do Grupo Santa Helena, e outras associações de artistas, torna-se um elemento fundamental para a consolidação da arte moderna em São Paulo nos decênios de 1930 e 1940. No entanto, sua abordagem e a compreensão como grupo não deixam de ser um desafio para os historiadores da arte brasileira. Sem programas preestabelecidos, o Santa Helena surge da união espontânea de alguns artistas utilizam salas como ateliê no Palacete Santa Helena, antigo edifício na Praça da Sé, em São Paulo, a partir de meados de 1934. O primeiro deles é Francisco Rebolo, que instala seu escritório de empreiteiro e artista-decorador na sala número 231 e começa a pintar, em 1935. Nesse ano Mário Zanini divide a sala com Rebolo, posteriormente alugando a de número 233, compondo a célula inicial do futuro agrupamento. Em datas diversas, uniram-se a eles, por ordem de chegada, Manoel Martins, Fulvio Pennacchi, Bonadei, Clóvis Graciano, Alfredo Volpi, Humberto Rosa e Rizzotti.

O ambiente criado nas salas de trabalho é de troca mútua, dividindo-se os conhecimentos técnicos de pintura e as sessões de modelo vivo, decidindo sobre a remessa de obras aos salões e organizando as famosas excursões de fim de semana aos subúrbios da cidade para execução da pintura ao ar livre. Relativamente afastado do meio artístico da época, o grupo só foi notado em outubro de 1936 por pintores mais experientes como Rossi Osir e Vittorio Gobbis, por ocasião da mostra Exposição de Pequenos Quadros, organizada pela Sociedade Paulista de Belas Artes no Palácio das Arcadas. Mas é como participantes da Família Artística Paulista - FAP, - agremiação co-fundada e dirigida por Rossi Osir, responsável por elaboração de salões -, que ganham visibilidade pública e passam a ser conhecidos pela crítica especializada como Grupo Santa Helena. Durante a curta duração dos ateliês conjuntos no palacete da Sé, não apresentam nenhuma exposição de seus trabalhos sob essa rubrica.

Em 1939, após visita ao 2º salão organizado pela FAP, Mário de Andrade (1893 - 1945) identifica e tenta conceituar pela primeira vez a existência de uma "escola paulista", caracterizada por seu modernismo moderado, ocupando o campo litigioso entre as experimentações formais da vanguarda dos anos 1920 e o academismo ainda vigente no meio paulistano. Como elemento de unificação entre os expositores, enfatiza a preocupação com o apuro técnico, a volta à tradição do fazer pictórico e o interesse pela representação da realidade concreta.

Somente em 1944, em texto dedicado a Clóvis Graciano, Mário de Andrade lança a tese de que a origem proletária ou da pequena burguesia é o elo e elemento determinante na plástica do grupo. O crítico afirma: " A que atribuir, portanto, as tendências coletivas de cor, de técnica geral e de assunto dessa Família Artística Paulista, até hoje rastreáveis em sua arte? A meu ver, o que caracteriza o grupo é seu proletarismo. Isso lhe determina a psicologia coletiva, e conseqüentemente a sua expressão". Em geral, esses artistas têm sua formação básica em escolas profissionalizantes, como o Liceu de Artes e Ofícios e a Escola Profissional Masculina do Brás. Os que estudam no exterior passam ao largo dos ateliês e escolas freqüentados pelos modernistas de 1922. Na época do Santa Helena ganham, em sua maioria, a vida como artesãos ou pintores-decoradores, o que contribui para a consciência artesanal de suas obras. A pintura de cavalete é realizada nos momentos de folga. A influência européia - principalmente do impressionismo e pós-impressionismo, do novecento italiano e do expressionismo - que se faz sentir na produção dos santelenistas se dá pela leitura de livros e revistas e por exposições que chegam do exterior.

O apego à representação da realidade leva-os a pintar principalmente paisagens, cujos focos são as vistas dos subúrbios e arredores da cidade, as praias visitadas nos fins de semana, a paisagem urbana. Percebe-se a preferência por locais anônimos no limite entre o campo e a cidade. A despeito das diferenças estilísticas entre eles, identifica-se em suas obras uma preferência por tons rebaixados, de fatura fosca, dando uma tonalidade acinzentada aos quadros. Outros gêneros foram trabalhados pelo Grupo Santa Helena, como a natureza-morta, o retrato e auto-retrato.

Com a dissolução natural do grupo, que começa a se desfazer no fim da década de 1930, seus artistas desenvolvem, muitas vezes com resultados desiguais, carreiras individuais. Entre eles, Alfredo Volpi é com certeza o que mais se destaca. Vale notar que artistas não-pertencentes ao Santa Helena guardam semelhanças estilísticas com os integrantes do grupo. Tais semelhanças apontam, com mais força e coesão, uma nova posição artística em São Paulo, autônoma em relação ao modernismo dos anos 1920 sem ser acadêmica.

Fonte: GRUPO Santa Helena. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 04 de Mai. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: FAPESP

Aldo Cláudio Felipe Bonadei (São Paulo, SP, 17 de junho de 1906 — idem, 16 de janeiro de 1974), mais conhecido por Aldo Bonadei, foi um pintor, designer, gravador, figurinista e professor brasileiro, sendo destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. Teve importante atuação, entre as décadas de 30 e 40, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

Aldo Bonadei

Aldo Cláudio Felipe Bonadei (São Paulo, SP, 17 de junho de 1906 — idem, 16 de janeiro de 1974), mais conhecido por Aldo Bonadei, foi um pintor, designer, gravador, figurinista e professor brasileiro, sendo destacado integrante do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. Teve importante atuação, entre as décadas de 30 e 40, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

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Análise da obra "Garrafa" (1968)

Vida e obras (2008)

Biografia Itaú Cultural

Entre 1923 e 1928 é aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino (1856-1942), período em que também freqüenta o ateliê do pintor Antonio Rocco (1880-1944). Em 1929, Bonadei torna-se amigo do professor de arte Amadeo Scavone. Viaja para a Itália, entre 1930 e 1931, e freqüenta a Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas Artes de Florença], onde tem aulas com o pintor Felice Carena (1879-1966) e seu assistente Ennio Pozzi (1893-1972), ambos ligados ao movimento novecento. Nesse período, dedica-se ao desenho da figura humana, principalmente ao nu. Retorna a São Paulo no início da década de 1930 e participa ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista (FAP) e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Integra de 1939 e 1941 o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, que promove reuniões de artistas. Datam dessa época as suas primeiras experiências abstratas. Em 1949 leciona na Escola Livre de Artes Plásticas, primeira escola de arte moderna de São Paulo e participa do Grupo Teatro de Vanguarda. No ano seguinte, funda a Oficina de Arte (ODA), com Odetto Guersoni (1924-2007) e Bassano Vaccarini (1914-2002). No fim da década de 1950 atua como figurinista nas peças Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912-1980), e Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (1927-2014), ambas encenadas pela Companhia Nídia Lícia - Sérgio Cardoso. Nesse período, desenha alguns figurinos para dois filmes dirigidos por Walter Hugo Khoury (1929-2003), Fronteiras do Inferno (1958) e Na Garganta do Diabo (1959).

Análise

Em 1915, aos nove anos, Aldo Bonadei executa seu primeiro trabalho a óleo e depois realiza pequenas pinturas autodidaticamente. Entre 1923 e 1928, estuda com Pedro Alexandrino. Freqüenta ainda o ateliê do pintor italiano Antonio Rocco e o curso de desenho e artes no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp). Em 1929, torna-se amigo do professor Amadeo Scavone, com o qual mantém conversas quase diárias sobre arte. Segundo o artista, Scavone o ensina a estruturar mentalmente a composição em formas, linhas e valores de cor.

Bonadei continua a formação artística na Itália, em 1930. Freqüenta em Florença a Accademia di Belle Arti di Firenze, onde estuda com Felice Carena. Tem contato com a estética futurista e com o expressionismo da escola romana, que conta com artistas como Mario Mafai (1902-1965) e Corrado Cagli (1910-1976), e, principalmente, com o movimento Novecento (1922), ao qual Carena é ligado, marcado por uma pintura eclética. Regressa ao Brasil em 1931 e gradualmente adere às pesquisas da arte moderna. A partir de 1935, integra o Grupo Santa Helena, com Mario Zanini (1907-1971), Francisco Rebolo (1902-1980), Fulvio Pennacchi (1905-1992) e Alfredo Volpi (1896-1988), entre outros. Participa também das exposições da Família Artística Paulista (FAP) e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Pinta principalmente naturezas-mortas e paisagens urbanas e suburbanas de São Paulo, temas que se tornam constantes. Destaca-se em suas obras do período o diálogo constante com a obra de Paul Cézanne (1839-1906), no tratamento da cor e no uso da pincelada, como pode ser observado em Paisagem (1935) ou em Subúrbio (1937).

Na década de 1940, leciona pintura e trabalha como figurinista, cria modelos para vestidos e desenhos para bordados. Dessa atividade advém a idéia de aplicar sobre a tela costuras ou bordados, de maneira a determinar relevo e textura na composição. O período marca maior liberdade plástica do artista, que pinta quadros que buscam estabelecer relação entre música, ritmos e modulações da cor e pintura. Em seguida, sob o impacto da abstração, que começa a ser apresentada no país em importantes mostras, Bonadei interessa-se pelo cubismo e posteriormente busca a compreensão perceptiva do espaço por meio da teoria da Gestalt [Psicologia da Forma]. Pode-se observar em obras como Mulher Sentada (1948) e Gemini II (1952) a tensão entre o figurativo e o abstrato, que permanece em sua produção posterior.

Aldo Bonadei, para o crítico Jacob Klintowitz, destaca-se entre os pintores do Grupo Santa Helena por sua formação mais erudita. O interesse por diferentes áreas leva-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista tem importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e, como aponta a estudiosa Lisbeth Rebollo, é um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

Críticas

"(...) a pesquisa abstrata, iniciada em 1940 - a partir da fase das Impressões Musicais, quando o artista procura transferir para a tela as sensações provocadas pela música -, determina uma redefinição do conceito de linha, que passa a ser seu núcleo principal de interesse. Então a cor se neutraliza: temos fundos unitonais, geralmente cinzentos, ou uma pequena variação de cinza, que se misturam aos rosas, verdes e azuis. A linha, em compensação, é espessa, reforçada, e se exprime em contornos negros e brancos. A interpretação metafórica da música leva o artista a criar símbolos gráficos expressando emoções, raramente revestidos de cor (...). Essa fase o leva, também, a uma determinação da essencialidade do gesto no ato de traçar a linha.

No momento em que pesquisa o cubismo, de um modo geral volta-se ainda para a linha e o desenho. Na pesquisa cubista, que sucede imediatamente à fase das Impressões Musicais, dá-se a redefinição da organização dos planos, que passam a se interpenetrar e a se intersecionar, dinamizando-se no sentido da profundidade e tornando-se o elemento principal de sua busca. Como conseqüência, há uma reformulação na maneira de ver o objeto, que o artista procura captar em sua tridimensionalidade; ao mesmo tempo, dá-se a acentuação do sentido de volume e a busca de plasticidade do objeto, que leva a uma abstração do real. Em benefício da composição que o artista procura, o objeto pode até ser abandonado ou ficar meramente esboçado".

Lisbeth Rebollo Gonçalves (Aldo Bonadei: introdução ao percurso de um pintor. São Paulo: USP/FFLCH, 1977.)

"Desde meados dos anos 30, a pintura de Bonadei, que passara pelo rigor do aprendizado acadêmico com o virtuose das naturezas-mortas, Pedro Alexandrino, estivera se dirigindo no sentido de uma crescente simplificação do espaço pictórico pelas mãos de Cézanne e de moderados cubismos. Equilibrara-se aos poucos, para manter-se como tal até o fim, na doce, mas controlada musicalidade dos acordes de emoção e razão, esquentando-se às vezes cromaticamente em lembranças de Matisse, outras vezes preferindo a via mais ascética de exercícios geométricos com fachadas ou tetos de casarios. Só por exceção, e ainda assim esquematizando-a (como no Interior de Ateliê, de 1942), ele deixou a figura humana habitar a sua obra".

Roberto Pontual (Entre dois séculos: arte brasileira do século XX na coleção Gilberto Chateaubriand. Prefácio Gilberto Chateaubriand; apresentação M. F. do Nascimento Brito. Rio de Janeiro: JB, 1987. p. 125.)

"A arte de Bonadei se caracteriza por uma tensão constante entre o seu lirismo e a sua vontade de contenção, tanto no grafismo como na cor. Essa contradição pode ser encontrada em todas as suas faces, levando seu apego ao negro e aos tons pouco luminosos, e à solidez das suas composições. Os momentos mais fascinantes da pintura de Bonadei correspondem às quase-rupturas da contenção, como em algumas das naturezas-mortas admiráveis do fim da década de trinta e do começo da década de quarenta, em que a contradição se resolve numa exposição musical, ou quando o próprio traço negro adquire uma violência cruel, como na monumental natureza-morta de 1952. (...)

Em meados da década de quarenta, Bonadei começou a passar por uma importante transformação psicológica e artística, que iniciaria uma nova abertura na sua criatividade, reduzindo gradualmente a violência da contradição entre o seu lirismo e a sua contenção de forma e cor. (...)

A primeira fase da crise de metanóia de Bonadei foi marcada por uma nova abertura para a música, assinalada pelos seus desenhos abstratos tão originais das impressões musicais, que o tornaram um pioneiro da arte abstrata no Brasil, ainda na década de quarenta, uns dez anos antes do surto abstracionista informal dos anos cinquenta".

Mario Schenberg (Pensando a arte. Fotografia Romulo Fialdini. São Paulo: Nova Stella, 1988.)

"Mas houve um Bonadei que pintava e bordava roupas para sobreviver. Houve um Bonadei italiano que pintou Florença, e outro de Moema, que pintava paisagens ao ar livre, e um outro mais, o Bonadei da Rua da Abolição. Houve também um Bonadei que pintava formas musicais. Houve ainda um outro, o pintor abstrato. Houve um Bonadei poeta e houve um Bonadei amante (este talvez fosse o mais secreto dos Bonadeis). Todos eles pungentes, fortes e generosos. (...)

O poeta Bonadei que assim transmuta a cidade vista por olhos de criança é o mesmo que cria toda uma obra pela transfiguração da natureza, da cor, da luz, da forma, das composições cenográficas das naturezas-mortas, mutações caprichosas de um pintor que soube ordenar gestos e impulsos com a intenção de expressar sentimentos. Bonadei foi sobretudo um artista da cor, que a utilizou com sabedoria e liberdade, unindo tons e semitons, explorando sua harmonia, ao mesmo tempo que podia às vezes juntar cores primárias aliadas a um forte grafismo gestual ou um quase-contorno da cor transformada em luz".

Emanoel Araújo (In: BONADEI: 90 anos. São Paulo: Dan Galeria, 1996. p. 2-4.)

Exposições Individuais

1929 - São Paulo SP - Primeira individual, em sala alugada na Rua São Bento

1939 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Casa e Jardim

1944 - São Paulo SP - Bonadei e Nelson Nóbrega, na Livraria Brasiliense

1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no IAB/RJ

1945 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no IAB/RJ

1947 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1948 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Itapetininga

1949 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1950 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1951 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Domus

1955 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP

1956 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP

1963 - Rio de Janeiro RJ - Pinturas de Aldo Bonadei, na Galeria Bonino

1963 - São Paulo SP - Individual, no MAB/Faap

1965 - São Paulo SP - Individual, no Clube Atlético Paulistano

1967 - São Paulo - Individual, na Atrium Galeria de Arte

1967 - São Paulo SP - Retrospectiva, na Galeria Plastic Art

1968 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Cosme Velho

1972 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonfiglioli

1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Bonfiglioli

1974 - São Paulo SP - Bonadei: exposição-homenagem, na Galeria Opus

Exposições Coletivas

1928 - Rio de Janeiro RJ - 35ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - menção honrosa de 1º grau

1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba - medalha de bronze

1931 - Rio de Janeiro RJ - Salão Revolucionário, na Enba

1933 - Rio de Janeiro RJ - 40ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba

1934 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes, na Enba

1934 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Belas Artes, na Rua 11 de Agosto - prêmio Prefeitura de São Paulo

1935 - Rio de Janeiro RJ - 41º Salão Nacional de Belas Artes, na Enba

1935 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Belas Artes

1935 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Belas Artes - menção honrosa

1936 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Belas Artes

1936 - São Paulo SP - Exposição de Pequenos Quadros, no Palácio das Arcadas

1937 - Rio de Janeiro RJ - 43º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1937 - São Paulo SP - 1º Salão da Família Artística Paulista, no Esplanada Hotel de São Paulo

1938 - São Paulo SP - 4º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos

1939 - São Paulo SP - 2º Salão da Família Artística Paulista, no Automóvel Clube

1939 - São Paulo SP - 5º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1940 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão da Família Artística Paulista, no Palace Hotel

1940 - Rio de Janeiro RJ - 46º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata

1941 - Rio de Janeiro RJ - 47º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1941 - São Paulo SP - 1º Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, no Parque da Água Branca

1942 - Rio de Janeiro RJ - 48º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1942 - São Paulo SP - 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1943 - Rio de Janeiro RJ - 49º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1943 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Anti-Eixo, no Museu Histórico e Diplomático - Palácio Itamaraty

1943 - São Paulo SP - Exposição Anti-Eixo, na Galeria Prestes Maia

1944 - Londres (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings,na Royal Academy of Arts

1944 - Norwich (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Norwich Castle and Museum

1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1944 - São Paulo SP - 9º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1944 - São Paulo SP - Exposição de Pintura Moderna Brasileira-Norte-Americana, na Galeria Prestes Maia

1945 - Bath (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Victory Art Gallery

1945 - Bristol (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, no Bristol City Museum & Art Gallery

1945 - Edimburgo (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na National Gallery of Scotland

1945 - Glasgow (Escócia) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Kelingrove Art Gallery

1945 - Manchester (Inglaterra) - Exhibition of Modern Brazilian Paintings, na Manchester Art Gallery

1945 - Rio de Janeiro RJ - 51º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA

1945 - São Paulo SP - Alfredo Volpi, Bonadei, Carlos Prado, Quirino da Silva, Francisco Rebolo, Mario Zanini e José Pancetti, na Galeria Benedetti

1945 - São Paulo SP - Galeria Domus: mostra inaugural, na Galeria Domus

1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores Vão à Escola do Povo, na Enba

1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia

1946 - Valparaíso (Chile) - Exposição de Pintura Contemporânea Brasileira, no Instituto de Extensão de Artes Plásticas

1947 - São Paulo SP - Aquarelas e Guaches, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade

1947 - São Paulo SP - Bonadei, Di Cavalcanti, Noêmia Mourão, Lothar Charoux, Oswald de Andrade Filho, Lúcia Suané, Cesar Lacanna, Mario Zanini e Raphael Galvez, na Galeria Itapetininga

1947- São Paulo SP - 11º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia - prêmio Matarazzo

1948 - Rio de Janeiro RJ - Pintores Paulistas, no Ministério da Educação e Cultura

1949 - Rio de Janeiro RJ - Exposição da Pintura Paulista

1949 - São Paulo SP - 13º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos

1949 - São Paulo SP - Pintura e Escultura Moderna, organizada pela Companhia Sul América de Seguros

1950 - Rio de Janeiro RJ - 56º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de ouro

1950 - Salvador BA - 2º Salão Baiano de Belas Artes, no Galeria Belvedere da Sé - medalha de ouro

1950 - São Paulo SP - Exposição da O. D. A. , no IAB/SP

1951 - Salvador BA - 3º Salão Baiano de Belas Artes, no Galeria Belvedere da Sé - prêmio aquisição

1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon

1951 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de ouro

1952 - Feira de Santana BA - 1ª Exposição de Arte Moderna de Feira de Santana, no Banco Econômico

1952 - Paris (França) - 38º Salão de Maio

1952 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Artistas Brasileiros, no MAM/RJ

1952 - Santiago (Chile) - Arte Brasileira, organizada pelo MAM/SP a convite da Universidade do Chile

1952 - Tóquio (Japão) - Artistas Brasileiros, organizada pelo MAM/SP

1952 - Veneza (Itália) - 26ª Bienal de Veneza

1953 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão de Naturezas Mortas, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados

1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura - prêmio viagem ao país

1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio Governador do Estado

1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP

1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações

1956 - Salvador BA - 6º Salão Baiano de Belas Artes, na Galeria Oxumaré

1956 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1957 - São Paulo SP - 12 Artistas de São Paulo, na Galeria de Arte das Folhas

1957 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1958 - Salvador BA - Salão Baiano de Belas Artes

1958 - Salvador BA - Salão Baiano de Belas Artes - prêmio aquisição

1958 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas

1959 - São Paulo SP - 8º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio aquisição

1960 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1961 - São Paulo SP - 10º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho

1961 - São Paulo SP - Prêmio Leirner de Arte Contemporânea, na Galeria de Arte das Folhas - prêmio aquisição

1962 - Curitiba PR - Salão do Paraná, na Biblioteca Pública do Paraná

1962 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - prêmio viagem ao exterior

1963 - Campinas SP - Pintura e Escultura Contemporâneas, no Museu Carlos Gomes

1963 - Rio de Janeiro RJ - 12º Salão Nacional de Arte Moderna

1963 - Rio de Janeiro RJ - A Paisagem como Tema, na Galeria Ibeu Copacabana

1963 - São Paulo SP - 12º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1964 - Rio de Janeiro RJ - 13º Salão Nacional de Arte Moderna

1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana

1964 - São Paulo SP - 13º Salão Paulista de Arte Moderna

1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - Rio de Janeiro RJ - Auto-Retratos, na Galeria Ibeu Copacabana

1966 - São Paulo SP - 15º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1966 - São Paulo SP - Mosaicos, na Galeria de Arte 4 Planetas

1966 - São Paulo SP - O Grupo Santa Helena, Hoje, na Galeria de Arte 4 Planetas

1967 - São Paulo SP - A Família Artística Paulista: trinta anos depois, no Auditório Itália

1969 - São Paulo SP - 1º Salão Paulista de Arte Contemporânea, no Masp

1970 - São Paulo SP - 2º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio

1973 - São Paulo SP - Oito Artistas do Grupo Santa Helena, na Uirapuru Galeria de Arte

Exposições Póstumas

1974 - São Paulo SP - Aldo Bonadei: décadas de 50 e 60, na Galeria Alberto Bonfiglioli

1974 - São Paulo SP - Noite de Bonadei, na Azulão Galeria

1975 - São Paulo SP - 13ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1975 - São Paulo SP - 40 Anos: Grupo Santa Helena, no MIS/SP

1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema

1976 - Santos SP - Individual, no CCBEU

1976 - São Paulo SP - Os Salões: da Família Artística Paulista, de Maio e do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo, no Museu Lasar Segall

1977 - São Paulo SP - Grupo Seibi - Grupo do Santa Helena: década 35 a 45, no MAB/Faap

1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall

1979 - São Paulo SP - O Grupo Santa Helena, na Uirapuru Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes

1980 - São Paulo SP - Pintores Paisagistas, na Galeria de Arte André

1981 - São Paulo SP - Individual, na Uirapuru Galeria de Arte

1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1982 - Londres (Reino Unido) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1982 - Salvador BA - A Arte Brasileira da Coleção Odorico Tavares, no Museu Carlos Costa Pinto

1982 - São Paulo SP - Marinhas e Ribeirinhas, no Museu Lasar Segall

1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1983 - Rio de Janeiro RJ - Bonadei Construtivista, na Ralph Camargo Consultoria de Arte

1984 - Fortaleza CE - 7º Salão Nacional de Artes Plásticas

1984 - Rio de Janeiro RJ - Salão de 31, na Funarte

1984 - São Paulo SP - A Abstração na Obra de Bonadei, na Grifo Galeria de Arte

1984 - São Paulo SP - A Figura Humana na Obra de Bonadei, em A Ponte Galeria de Arte

1984 - São Paulo SP - Aldo Bonadei: o caminho de um pintor, no Museu Lasar Segall

1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1985 - Rio de Janeiro RJ - Seis Décadas de Arte Moderna: Coleção Roberto Marinho, no Paço Imperial

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial

1987 - Paris (França) - Modernidade: arte brasileira do século XX, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris

1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show

1987 - São Paulo SP - O Ofício da Arte: pintura, no Sesc

1988 - São Paulo SP - MAC 25 anos: destaques da coleção inicial, no MAC/USP

1988 - São Paulo SP - Modernidade: arte brasileira do século XX, no MAM/SP

1989 - Lisboa (Portugal) - Seis Décadas de Arte Moderna Brasileira: Coleção Roberto Marinho, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1989 - São Paulo SP - 7º Arte Litoral Norte, na Sadalla Galeria de Arte

1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaugaleria

1989 - São Paulo SP - Trinta e Três Maneiras de Ver o Mundo, na Ranulpho Galeria de Arte

1989 - Ubatuba SP - 7ª Arte Litoral Norte, na Fundação de Arte e Cultura

1992 - Poços de Caldas SP - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa da Cultura

1992 - Rio de Janeiro RJ - 1º A Caminho de Niterói: Coleção João Sattamini, no Paço Imperial

1992 - Rio de Janeiro RJ - Natureza: quatro séculos de arte no Brasil, no CCBB

1992 - São Paulo SP - 1º Aniversário da Grifo Galeria de Arte, na Grifo Galeria de Arte

1992 - São Paulo SP - O Olhar de Sérgio sobre a Arte Brasileira: desenhos e pinturas, na Biblioteca Municipal Mário de Andrade

1992 - São Paulo SP - Primeiro Aniversário da Grifo Galeria de Arte, na Grifo Galeria de Arte

1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba

1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa de Cultura

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, na Companhia do Metropolitano de São Paulo

1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Masp

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ

1995 - São Paulo SP - O Grupo Santa Helena, no MAM/SP

1996 - Barra Mansa RJ - 12 Nomes da Pintura Brasileira, no Centro Universitário de Barra Mansa

1996 - Rio de Janeiro RJ - O Grupo Santa Helena, no CCBB

1996 - Rio de Janeiro RJ - Visões do Rio, no MAM/RJ

1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP

1996 - São Paulo SP - Bonadei: 90 anos, na Dan Galeria

1997 - Porto Alegre RS - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1997 - Porto Alegre RS - Exposição Paralela, no Museu da Caixa Econômica Federal

1997 - São Paulo SP - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1997 - São Paulo SP - Grandes Nomes da Pintura Brasileira, na Jo Slaviero Galeria de Arte

1998 - Curitiba PR - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 - Rio de Janeiro RJ - Exposição do Acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP

1998 - São Paulo SP - Iconografia Paulistana em Coleções Particulares, no Museu da Casa Brasileira

1998 - São Paulo SP - O Colecionador, no MAM/SP

1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp

1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ

1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA

1999 - Salvador BA - 60 Anos de Arte Brasileira, no Espaço Cultural da Caixa Econômica Federal

2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

2000 - São Paulo SP - 7º Salão de Arte e Antiguidades, em A Hebraica

2000 - São Paulo SP - A Figura Humana na Coleção Itaú, no Itaú Cultural

2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento. Arte Moderna, na Fundação Bienal

2000 - São Paulo SP - Grupo Santa Helena, na Jo Slaviero Galeria de Arte

2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia

2001 - Brasília DF - Coleções do Brasil, no CCBB

2001 - São Paulo SP - Bonadei: retrospectiva, na Millenium Galeria de Arte

2001 - São Paulo SP - Coleção Aldo Franco, na Pinacoteca do Estado

2001 - São Paulo SP - Figuras e Faces, em A Galeria

2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap

2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no MAC/Niterói

2002 - Porto Alegre RS - Desenhos, Gravuras, Esculturas e Aquarelas, na Garagem de Arte

2002 - São Paulo SP - Espelho Selvagem: arte moderna no Brasil da primeira metade do século XX, Coleção Nemirovsky, no MAM/SP

2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake

2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP

2002 - São Paulo SP - Operários na Paulista: MAC-USP e os artistas artesãos, na Galeria de Arte do Sesi

2003 - Belém PA - 22º Salão Arte Pará, no Museu de Arte do Paraná

2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa

2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Natureza Morta, no Espaço BM&F

2003 - São Paulo SP - Pintores do Litoral Paulista, na Sociarte

2003 - São Paulo SP - Um Só Coração, no MAM/SP

2004 - Niterói RJ - Modernidade Transitiva, no MAC/Niterói

2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP

2004 - São Paulo SP - Novas Aquisições: 1995 - 2003, no MAB/Faap

2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, CCSP

Fonte: BONADEI . In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 04 de Mai. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia - Wikipédia

O interesse por diferentes áreas levou-o a desenvolver atividades em poesia, moda e teatro. O artista teve importante atuação, entre os anos 1930 e 1940, na consolidação da arte moderna paulista e foi um dos pioneiros no desenvolvimento da arte abstrata no Brasil.

No fim da década de 1950 atuou como figurinista na Companhia Nydia Lícia - Sérgio Cardoso e em dois filmes de Walter Hugo Khoury.

Aldo Cláudio Felipe Bonadei foi pintor, designer, gravador, figurinista e professor. Entre 1923 e 1928 é aluno de desenho do pintor Pedro Alexandrino (1856 - 1942), período em que também frequenta o ateliê do pintor Antonio Rocco (1880 - 1944). Em 1929, Bonadei torna-se amigo do professor de arte Amadeo Scavone. Viaja para a Itália, entre 1930 e 1931, e freqüenta a Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas Artes de Florença], onde tem aulas com o pintor Felice Carena (1879 - 1966) e seu assistente Ennio Pozzi (1893 - 1972), ambos ligados ao movimento novecento. Nesse período, dedica-se ao desenho da figura humana, principalmente ao nu. O que ele gostava de desenhar mais era homens a nu, esse era o melhor para ele, dizia que o homem era os seus melhores retratos, homem era a maior perfeição para os olhos

Retorna a São Paulo no início da década de 1930 e participa ativamente do Grupo Santa Helena, da Família Artística Paulista - FAP e do Sindicato dos Artistas Plásticos. Integra de 1939 e 1941 o Grupo Cultura Musical, criado pelo psiquiatra Adolpho Jagle, que promove reuniões de artistas. Datam dessa época as suas primeiras experiências abstratas. Em 1949 leciona na Escola Livre de Artes Plásticas, primeira escola de arte moderna de São Paulo e participa do Grupo Teatro de Vanguarda. No ano seguinte, funda a Oficina de Arte - O. D. A., com Odetto Guersoni (1924 - 2007) e Bassano Vaccarini (1914-2002). No fim da década de 1950 atua como figurinista nas peças Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues (1912 - 1980), e Casamento Suspeitoso, de Ariano Suassuna (1927), ambas encenadas pela Companhia Nídia Lícia - Sérgio Cardoso. Nesse período, desenha alguns figurinos para dois filmes dirigidos por Walter Hugo Khoury (1929 - 2003), Fronteiras do Inferno (1958) e Na Garganta do Diabo (1959).

Fonte: Wikipédia, consultado pela última vez em 4 de maio de 2018.

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Grupo Santa Helena - Itaú Cultural

A existência do Grupo Santa Helena, e outras associações de artistas, torna-se um elemento fundamental para a consolidação da arte moderna em São Paulo nos decênios de 1930 e 1940. No entanto, sua abordagem e a compreensão como grupo não deixam de ser um desafio para os historiadores da arte brasileira. Sem programas preestabelecidos, o Santa Helena surge da união espontânea de alguns artistas utilizam salas como ateliê no Palacete Santa Helena, antigo edifício na Praça da Sé, em São Paulo, a partir de meados de 1934. O primeiro deles é Francisco Rebolo, que instala seu escritório de empreiteiro e artista-decorador na sala número 231 e começa a pintar, em 1935. Nesse ano Mário Zanini divide a sala com Rebolo, posteriormente alugando a de número 233, compondo a célula inicial do futuro agrupamento. Em datas diversas, uniram-se a eles, por ordem de chegada, Manoel Martins, Fulvio Pennacchi, Bonadei, Clóvis Graciano, Alfredo Volpi, Humberto Rosa e Rizzotti.

O ambiente criado nas salas de trabalho é de troca mútua, dividindo-se os conhecimentos técnicos de pintura e as sessões de modelo vivo, decidindo sobre a remessa de obras aos salões e organizando as famosas excursões de fim de semana aos subúrbios da cidade para execução da pintura ao ar livre. Relativamente afastado do meio artístico da época, o grupo só foi notado em outubro de 1936 por pintores mais experientes como Rossi Osir e Vittorio Gobbis, por ocasião da mostra Exposição de Pequenos Quadros, organizada pela Sociedade Paulista de Belas Artes no Palácio das Arcadas. Mas é como participantes da Família Artística Paulista - FAP, - agremiação co-fundada e dirigida por Rossi Osir, responsável por elaboração de salões -, que ganham visibilidade pública e passam a ser conhecidos pela crítica especializada como Grupo Santa Helena. Durante a curta duração dos ateliês conjuntos no palacete da Sé, não apresentam nenhuma exposição de seus trabalhos sob essa rubrica.

Em 1939, após visita ao 2º salão organizado pela FAP, Mário de Andrade (1893 - 1945) identifica e tenta conceituar pela primeira vez a existência de uma "escola paulista", caracterizada por seu modernismo moderado, ocupando o campo litigioso entre as experimentações formais da vanguarda dos anos 1920 e o academismo ainda vigente no meio paulistano. Como elemento de unificação entre os expositores, enfatiza a preocupação com o apuro técnico, a volta à tradição do fazer pictórico e o interesse pela representação da realidade concreta.

Somente em 1944, em texto dedicado a Clóvis Graciano, Mário de Andrade lança a tese de que a origem proletária ou da pequena burguesia é o elo e elemento determinante na plástica do grupo. O crítico afirma: " A que atribuir, portanto, as tendências coletivas de cor, de técnica geral e de assunto dessa Família Artística Paulista, até hoje rastreáveis em sua arte? A meu ver, o que caracteriza o grupo é seu proletarismo. Isso lhe determina a psicologia coletiva, e conseqüentemente a sua expressão". Em geral, esses artistas têm sua formação básica em escolas profissionalizantes, como o Liceu de Artes e Ofícios e a Escola Profissional Masculina do Brás. Os que estudam no exterior passam ao largo dos ateliês e escolas freqüentados pelos modernistas de 1922. Na época do Santa Helena ganham, em sua maioria, a vida como artesãos ou pintores-decoradores, o que contribui para a consciência artesanal de suas obras. A pintura de cavalete é realizada nos momentos de folga. A influência européia - principalmente do impressionismo e pós-impressionismo, do novecento italiano e do expressionismo - que se faz sentir na produção dos santelenistas se dá pela leitura de livros e revistas e por exposições que chegam do exterior.

O apego à representação da realidade leva-os a pintar principalmente paisagens, cujos focos são as vistas dos subúrbios e arredores da cidade, as praias visitadas nos fins de semana, a paisagem urbana. Percebe-se a preferência por locais anônimos no limite entre o campo e a cidade. A despeito das diferenças estilísticas entre eles, identifica-se em suas obras uma preferência por tons rebaixados, de fatura fosca, dando uma tonalidade acinzentada aos quadros. Outros gêneros foram trabalhados pelo Grupo Santa Helena, como a natureza-morta, o retrato e auto-retrato.

Com a dissolução natural do grupo, que começa a se desfazer no fim da década de 1930, seus artistas desenvolvem, muitas vezes com resultados desiguais, carreiras individuais. Entre eles, Alfredo Volpi é com certeza o que mais se destaca. Vale notar que artistas não-pertencentes ao Santa Helena guardam semelhanças estilísticas com os integrantes do grupo. Tais semelhanças apontam, com mais força e coesão, uma nova posição artística em São Paulo, autônoma em relação ao modernismo dos anos 1920 sem ser acadêmica.

Fonte: GRUPO Santa Helena. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2018. Disponível em: Itaú Cultural. Acesso em: 04 de Mai. 2018. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: FAPESP

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