Frank Schaeffer (1917, Belo Horizonte, MG — 2008, Rio de Janeiro, RJ) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador e professor brasileiro. Iniciou seus estudos com Wlazek, no Rio de Janeiro, e posteriormente estudou desenho em Viena, com Grom-Rottmeier. Formou-se em engenharia em 1943, mas seguiu carreira artística, aperfeiçoando-se com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner. Entre 1948 e 1949, aprofundou seus estudos na Europa com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Como ilustrador, trabalhou em obras de Liev Tolstói, Jorge Amado e Augusto Frederico Schmidt, recebendo o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional em 1960. Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além de diversos Salões de Belas Artes e Arte Moderna no Brasil. Com um estilo expressionista forte e marcante, Frank Schaeffer consolidou-se como um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX, deixando um legado presente em acervos nacionais e internacionais.
Frank Schaeffer | Arremate Arte
Frank Schaeffer nasceu em 1917, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, e se destacou ao longo do século XX como um dos grandes nomes da pintura, ilustração e gravura no Brasil. Sua obra é marcada por uma forte influência do expressionismo, transitando entre a abstração e a figuração, sempre mantendo uma identidade visual única e coerente ao longo de sua carreira.
Desde cedo, Schaeffer demonstrou interesse pelas artes e iniciou sua formação artística estudando pintura no Rio de Janeiro com o professor Wlazek. Para aprofundar seus conhecimentos, mudou-se para Viena, onde estudou desenho com Grom-Rottmeier, absorvendo referências europeias que influenciariam sua trajetória.
Apesar de sua vocação artística, Schaeffer também seguiu uma carreira acadêmica paralela, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. No entanto, sua paixão pela arte falou mais alto, e ele dedicou os anos seguintes ao aperfeiçoamento de sua técnica.
Nos anos 1940, aprofundou seus estudos em pintura e gravura com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner, que o ajudaram a desenvolver um estilo expressivo e dinâmico. Em busca de mais conhecimento e inspiração, voltou à Europa entre 1948 e 1949, estudando com artistas consagrados como Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Essa imersão na arte europeia teve um impacto significativo em seu trabalho, consolidando sua identidade artística.
Além de pintor e gravador, Frank Schaeffer também se destacou como ilustrador. Criou ilustrações para obras clássicas da literatura, como "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, "Contos Russos", "São Jorge de Ilhéus", de Jorge Amado, e "Antologia Poética", de Augusto Frederico Schmidt. Seu talento como ilustrador foi reconhecido em 1960, quando recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional, um dos mais importantes prêmios literários do Brasil.
A obra de Schaeffer foi amplamente reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior. Ele participou de eventos artísticos de grande prestígio, incluindo as Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna em diversas cidades brasileiras.
Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem expressionista forte, onde a dramaticidade das formas e das cores se combina com uma narrativa visual envolvente. Ao longo dos anos, manteve sua essência artística intacta, explorando novas possibilidades sem perder sua identidade.
Faleceu em 2008, no Rio de Janeiro, deixando um legado valioso para a arte brasileira. Suas obras fazem parte de diversos acervos nacionais e internacionais, sendo especialmente reconhecido por suas pinturas, ilustrações e retratos que capturam a essência do expressionismo figurativo.
Em comemoração ao centenário de Schaeffer, o Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, recebeu uma exposição especial que reuniu cerca de 100 obras, oferecendo uma visão panorâmica da trajetória do artista. Sob a curadoria de Maria Verônica Martins, viúva de Schaeffer, a mostra apresenta trabalhos organizados por décadas, permitindo ao público acompanhar a evolução de sua carreira. Entre desenhos, aquarelas, guaches, óleos e pinturas em acrílica sobre tela, a exposição destaca a sensibilidade e a apurada técnica do artista, que encontrou inspiração na arquitetura das antigas cidades e na força da natureza, especialmente o mar.
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Frank Schaeffer | Wikipédia
Frank Schaeffer CavMM (Belo Horizonte, 27 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 5 de julho de 2008) foi um pintor, desenhista, gravurista, ilustrador e professor brasileiro.
Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil.
Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille.
Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti como melhor ilustrador nacional. Também possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
“Frank Schaeffer é pintor de cunho expressionista, praticando uma arte de natureza figurativa que, a despeito das variações obviamente determinadas pela passagem dos anos, em essência tem permanecido sempre fiel a si mesma.”
Foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores da Noruega para realizar diversas exposições naquele país e pronunciar palestras sobre as artes do Brasil. Foi professor, ilustrou capas de livros de escritores famosos, criou painéis para instituições e foi agraciado com vários prêmios. Viajou por toda a Europa e diversos países americanos.
Frank Shaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira, sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, competência e suas atividades de verdadeiro profissional.
— Quirino Campofiorito, 1971
Sua obra Ressaca, de 1959, pertence ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio. Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt.
Realizou exposições individuais e participou de coletivas em Salões desde 1941 no Brasil, França, Inglaterra, Noruega, estados Unidos, Áustria, Peru e Argentina.
Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México.
Participou dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna no Rio e outros Estados.
Possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
Em 1992, Frank foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro especial.[2]
Exposições
Individuais
1950 – Rio de Janeiro.
1954 – Maison L´Amérique Latine, Paris; São Paulo e Belo Horizonte.
1968 – São Paulo.
1972 – Belo Horizonte.
1985 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1987 – Belo Horizonte.
1990 – Galeria Solo Espaço Arte, Rio de Janeiro.
1998 – Galeria Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro.
1999 – Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro.
2001 – Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Coletivas
1940 –2º Salão do Instituto de Belas Artes, Porto Alegre, RS, menção honrosa.
1942, 43 e 51 – Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (menção honrosa na edição de 1942, medalha de prata em desenho na de 1943 e medalha de prata em pintura na de 1951).
1951 – 1ª Bienal de São Paulo, São Paulo.
1957 – Arte Moderna no Brasil, mostra itinerante em Buenos Aires e Rosário, na Argentina; Lima, no Peru e Santiago, no Chile.
1958 – 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.
1965 – Arte Brasil Hoje, em Bonn, Alemanha; Bruxelas, Bélgica; Londres, Inglaterra e Viena, Áustria; 3ª Resumo de Arte JB, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; 8ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo.
1974 – Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia.
1997 – Two Artists from Rio, Galeria Calligrammes, Ottawa, Canadá.
O Museu Nacional de Belas Artes possui obra do artista em seu acervo.
Cronologia
1917 – Nascimento em Belo Horizonte 1927 – Fixou-se no Rio de Janeiro.
1933/1935 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Pintura com Wlazek
1938/1939 - Viena (Áustria) - Cursa o primeiro ano de Engenharia Mecânica na Escola Politécnica e cursa desenho com Grom-Rottmeier, gravura com Hans Steiner e pintura com Arpad Szenes já no Rio de Janeiro.
1943 - Rio de Janeiro RJ - Forma-se em Engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. 1945 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Gravura em Metal com Hans Steiner, e no Rio de Janeiro executa um mural de 52m2 no auditório do Clube de Engenharia. Tornou-se professor de desenho técnico no Instituto Militar de Engenharia.
1947 - Rio de Janeiro RJ - Estuda pintura com Arpad Szenes (1897-1985)
1948/1949 - Paris (França) - Após obter uma bolsa do governo francês, viaja para Paris, onde aperfeiçoa-se com Fernand Léger (1881-1955) e André Lhote (1885-1962). É ainda discípulo de Robert Cami (1900-1973), em gravura em metal e de Ducos de la Haille (1889-1972) em pintura mural, na École de Beaux-Arts
1953/1954 - Europa - Viaja pela Europa sendo que, na Noruega, a convite do Ministério de Relações Exteriores, realiza exposições e profere palestras sobre as artes no Brasil.
1957 – Viagem ao Peru para Exposição no Instituto de Arte Contemporânea
1960 - São Paulo SP - Recebe, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador pela Câmara Brasileira do Livro.
1960-63 – Fez parte da Comissão Nacional de Belas Artes.
1965 - Lima (Peru) – Enviado pelo Itamarati para Exposição no centro de Estudos Brasileiros e ministrar curso na Escola de Belas Artes
1974 – Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati, expõe na Galeria San Diego, em Bogotá.
1979 – Exposição de Estudos para Murais e Painéis e de ilustrações.
1980 – Realiza Exposição e curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros em Assunção (Paraguai) . Ofereceu curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção, Paraguai.
1985 – Exposição retrospectiva – 1938 – 1985, Museu Nacional de Belas Artes, segundo mais três exposições no Rio e uma em Belo Horizonte e uma em Porto Alegre
1987 - Belo Horizonte - Ofereceu curso de pintura na Escola Guignard, em Belo Horizonte.
1990 - Porto Alegre RS - Dá cursos de Pintura a Guache no Instituto de Belas Artes e no Ateliê Livre da Secretaria Municipal de Cultura
1994 – Exposição Viagem de Inverno – em conjunto com a artista Maria Veronica Martins no Museu Nacional de Belas Artes
1996 – Exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1997 – Exposição Viagem de Inverno em conjunto com a artista plástica Maria Veronica na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis.
A convite da Embaixada do Brasil no Canadá, é realizada a Exposição "Two Artists from Rio" com Maria Veronica Martins na Galeria Galligrammes em Otawa.
1998 - Exposição Paisagens (individuais simultâneas) – Sesc Copacabana . Neste ano também é realizada exposição em sua homenagem composta de trabalhos e seus pertences a colecionadores locais, na Casa de Cultura de Paraty.
2008 – Em 5 de julho, morre no Rio de Janeiro
Seu ultimo ateliê: Rua Monte Alegre, 356 - Santa Tereza - RJ
Fonte: Wikipedia. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | Site Oficial
Frank Schaeffer foi um artista autêntico, pintor e professor competente e dedicado, que sabia em profundidade seu ofício e a ele se dedicou. Filho de alemães, Alfred e Lina Schaeffer, nasceu em Belo Horizonte em 27 de maio de 1917. Seu pai, Doutor em Química e em Filosofia, veio contratado para o Brasil para estudar e classificar as águas do estado de Minas Gerais, após ganhar um concurso realizado pelo governo brasileiro em Munique. Em 1929 a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, e residiu como tantos europeus, no bairro de Santa Teresa por quatro anos, antes de mudarem em definitivo para uma confortável casa em Copacabana. Na década de 1960, esta deu lugar ao prédio no qual ele conservou um apartamento e atelier por toda sua vida.
Iniciou seus estudos de Engenharia em Viena, em 1938, e formou-se na Escola Politécnica do Rio de janeiro em 1943. Foi o professor mais longevo do Instituto Militar de Engenharia (IME), onde permaneceu por 56 anos, como professor de desenho técnico. Homem de cultura, falava correntemente seis idiomas, foi também grande conhecedor da música erudita. Teve uma vida rica e viveu com muita intensidade e emoção, com o bom humor dos que amam e se sabem amados. Apaixonado pela Natureza, Frank Schaeffer nutria profundo amor pelos animais, tendo sempre algum de estimação ao seu lado. Desde criança encantou-se pelo mar, sendo este seu tema predileto na pintura, além de ter sido bom remador, e velejador habilidoso. Nunca conseguiu responder com certeza se velejava para pintar ou se pintava para velejar...
O ano de 1948 foi de grande importância em sua carreira, quando recebeu uma bolsa para aperfeiçoamento em Paris e pode dedicar-se inteiramente à pintura. Lá viveu por 2 anos, estudou com Fernand Léger, Andre Lhote e Arpad Szenes em seus ateliês particulares, e participou de cursos na École de Beaux Arts. Durante este período viajou 15.000 Km de bicicleta, sempre acompanhado do seu material de pintura.
Em 1953 e 54 viveu e trabalhou na Noruega, na cidade de Svolvaer, Ilhas Lofoten, a convite daquele governo. Pintou muito e viajou o país fazendo exposições e realizando palestras sobre o Brasil, naquela época bastante desconhecido por lá.
Participou ativamente da vida artística no Rio de Janeiro, foi membro da Comissão Nacional de Belas Artes de 1952 a 56; membro de júri do Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca de 1957 a 1967; de 1966 a 74 foi secretário geral da Associação Nacional de Artes Plásticas, e membro de júri da comissão de Arte do IBEU de 1988 a 94. Participou das bienais de São Paulo desde a primeira em 1951 ate 1969, assim como da bienal de Barcelona 1956 e a do México em 1958. Recebeu diversos prêmios em salões oficiais, destacando-se Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes, em 1943; Prêmio de Viagem do Salão de Nacional de Arte Moderna em 1956, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano em 1960 e o grande prêmio de pintura do Salão de Arte Moderna de Brasília em 1967. Das inúmeras exposições individuais e coletivas em museus e galerias, no Brasil e no exterior, destaca as individuais no MASP (Museu de Arte de São Paulo em 1950 e no MAM - SP (Museu de Arte Moderna) em 1955; na Maison de L’Amerique Latine em Paris, 1954; Em Lima, Peru, no Instituto de Arte Contemporânea 1957 e em 1965, no Centro de Estudos Brasileiros, onde também ministrou curso de pintura na Escola de Belas Artes; Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia em, 1974; Centro de Estudos Brasileiros em Assunção, Paraguai em 1980. A grande retrospectiva da sua obra, “Trajetória” teve lugar no MNBA (Museu Nacional de Belas Artes), Rio de Janeiro em 1985. No verão de 1989, conheceu Maria Verônica Martins, também pintora, com quem passou a viver até a sua morte. Juntos realizaram diversas viagens e exposições no Brasil e exterior, das quais se destacam “Viagem de inverno”, no MNBA, Rio de Janeiro em 1994,“ Two Artists from Rio”, Galeria Calligrammes, Otawa, Canadá, 1997 e “ Die Entdeckung Brasiliens” no Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty em 2000.Em 1992 realizou , individual e ministrou curso no Museu de Arte do Rio Grande do Sul; em 1996 ; em 1998 “Frank Schaeffer e o mar”, Museu da Marinha; em 2001 no MNBA “Por terras e mares” ; em 2006 “Fidelidade” , no CC Laurinda Santos Lobo e em 2009 Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, ambas em Santa Teresa; em 2017, ”Centenário”, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro.
Cronologia
1917 - Nasce em Belo Horizonte, lho de Lina e Alfred Schaeer, ambos alemães. Muda-se com a família para o Rio de Janeiro em 1927.
1933-35 - Estudou pintura com o russo Wlasek, no Rio de Janeiro.
1938-39 - Inicia os estudos de Engenharia na Universidade de Viena, e desenho livre com o professor Grom-Rottemeier em seu atelier, Áustria.
1940 - Obtém o 1º prêmio no Salão de Artes do Rio Grande do Sul.
1941 - Realiza sua 1ª exposição individual no Palace Hotel, Rio de Janeiro.
1943 - Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Formou-se em Engenharia pela Escola Nacional da Universidade do Rio de Janeiro. Exposição individual no Ministério da Educação, Rio de Janeiro.
1945 e 46 - Estuda Gravura em metal com Hans Steiner, no Rio de Janeiro. Assume como titular de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia - IME, onde leciona durante 56 anos.
1945 - Estuda pintura com Arpad Szenes, no Rio de Janeiro. Exposição individual na Galeria Müller em Buenos Aires, Argentina.
1948 e 49 - Obtém bolsa do governo francês e reside em Paris, onde estuda nos ateliês de Fernand Léger e André Lhote, e ainda Pintura mural e Gravura em metal com Robert Cami e Ducos de La Haille, na École de Beaux Arts.
1950 - Exposição individual, Museu de Arte de São Paulo. Exposição individual, Galeria Leopoldina em Porto Alegre.
1950 a 1984 - Ministra aulas de pintura em seu ateliê, no Rio de Janeiro.
1951 - Participa da I Bienal de São Paulo.
1952 / 55 / 56 - Membro da Comissão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1953 a 55 - Reside na Noruega, a convite do governo, em Svolväer,nas Ilhas Lofoten. Lá expõe e faz palestras sobre o Brasil em diversas cidades. Participa do Salão Nacional de Oslo. Participa da II Bienal de São Paulo.
1954 - Exposição individual na Maison de l’Amerique Latine em Paris. Participa da mostra de 10 artistas brasileiros, em Grenoble, França.
1955 - Participa da III Bienal de São Paulo. Exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Exposição individual na Petit Galerie, Rio de Janeiro. Obtém Medalha de Prata no Salão Baiano, Salvador.
1956 - Participa da Bienal de Barcelona, Espanha. Exposição coletiva de 50 anos de paisagem brasileira, MAM São Paulo. Prêmio de Viagem ao País, no Salão Nacional de Arte Moderna, Rio. Adquire seu primeiro veleiro oceânico, Tovatã.
1957 - Exposição Individual no Instituto de Arte Contemporânea de Lima, Peru. Exposição coletiva itinerante Arte Contemporânea Brasileira, Buenos Aires, Santiago, Lima, Quito, e Caracas.
1957 a 67 - Membro de júri no Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca, Rio.
1958 - I Bienal Interamericana do México, Cidade do México. Exposição coletiva O Trabalho na Arte, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1959 - Participa da V Bienal de São Paulo.
1960 - Ganha o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano com o livro Guerra e Paz, de Leon Tolstói. Participa do 1º Salão de Artes do Instituto Brasil Estados Unidos, Rio.
1961 - Participa da VI Bienal de São Paulo. Exposição individual na Galeria Barcinski, Rio.
1964 - Prêmio Nacional de Pintura, no Salão de Arte Moderna de Brasília.
1965 - Exposição individual no Centro de Estudos Brasileiros em Lima, Peru, onde ministra curso de Pintura na Escola de Belas Artes. Participa da VII Bienal de São Paulo. Exposição coletiva Resumo JB, MAM, Rio.
1966 - Exposição coletiva itinerante A Arte Brasileira Hoje, Inglaterra, Áustria, Alemanha e Bélgica.
1966 a 74 - Secretário Geral da Associação Nacional de Artes Plásticas.
1967 - Participa da VIII Bienal de São Paulo. Exposição Individual na Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1969 - Exposição coletiva Panorama Atual da Arte Brasileira, MAM, Rio. Participa da IX Bienal de São Paulo.
1972 a 74 - Faz parte da comissão de Arte do Instituto Italiano de Cultura.
1973 - Viagem ao México para pintar. Realiza um mural de 57 m2 no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro.
1974 - Viagem à Guatemala, Equador e Colômbia, para pintar. Exposição individual na Galeria San Diego, Bogotá, a convite do Itamaraty. Adquire o veleiro Spray, que manteve até o m da vida.
1979 - Exposição Desenhos e Murais, MAM, Rio de Janeiro. Pinta seis grandes painéis sobre a Via Sacra, para a capela do Colégio Pedro II, Rio.
1980 - Viagem ao Paraguai, onde realiza exposição individual e ministra curso de pintura, no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção.
1982 - Exposição individual, Galeria Trevo, Rio de Janeiro.
1983 - Exposição individual Galeria Documenta, São Paulo. Curso de Pintura no Instituto de Belas Artes, Porto Alegre.
1984 - Exposição individual Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1985 - Exposição Retrospectiva, Trajetória, no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1986 - Exposição coletiva Tempo de Guerra, Galeria Banerj. Exposição individual Galeria Cláudio Gil Studio Arte, Rio de Janeiro. Viagem à Ilha da Trindade para pintar, a convite da Marinha do Brasil.
1987 - Exposição individual na Galeria Guignard e Curso de Pintura na Escola Guignard, UFMG, Belo Horizonte. Exposição coletiva Ecologia, Petrobrás, Brasília.
1988 - Exposição individual, Galeria Mosaico, Porto Alegre. Exposição individual, Galeria Solo, Rio de Janeiro.
1988 a 1994 - Membro da comissão de Arte do IBEU, Rio de Janeiro.
1992 - Exposição Individual, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, e curso de pintura a convite da Secretaria Municipal de Cultura em Porto Alegre.
1993 - Viagem à França para pintar, com sua companheira e também pintora Maria Verônica Martins, refazendo roteiros feitos de bicicleta, na década de 40. De 1993 a 2001 realizam juntos diversas viagens no Brasil, Europa, USA e Canadá, para pintar e expor.
1994 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1995 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Universidade Federal de Florianópolis, Santa Catarina.
1997 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Two Artists from Rio, Galerie Calligrammes, Ottawa, Canadá, a convite do Itamaraty.
1998 - Exposição individual Frank Schaeer e o Mar, Centro Cultural da Marinha, Rio de Janeiro.
2000 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Die Entdeckung Brasiliens, Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty.
2001 - Exposição individual Por Terras e Mares, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
2006 - Exposição individual Fidelidade, Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
2008 - Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de julho.
2009 - Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro, como homenageado do evento Arte de Portas Abertas, Santa Teresa.
2017 - Centenário Frank Schaeer- Exposição em homenagem ao seu centenário de nascimento, Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, com curadoria e produção de Maria Verônica Martins.
Críticas
"Frank Schaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira: sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, sua competência, suas atividades de verdadeiro profissional." Quirino Campofiorito (Pintor, crítico de arte, professor, caricaturista e gravador).
"Professor e pintor, Schaeffer tem cumprido sem oscilações o caminho fantástico de sua figuração. Paisagens e cenas do mar, antigas máquinas, hoje transformadas em pássaros enfocados por uma luz, por uma transfiguração de desastre e suspense. Há que aceitar a fábula de Shaeffer, pela integridade de sua inspiração, pela coerência de sua vida. Entre os que ainda se projetam na tela, um dos nossos melhores e mais definitivos." Walmyr Ayala (Poeta, romancista, memorialista e ensaísta).
"...Por ser independente e pessoal, a arte de Frank Schaeffer resiste tão bem ao tempo, por se basear em algo sólido, e não em coisas que se pegam no ar, que frequentemente são ecos dos acontecimentos dos grandes centros culturais. Frank Schaeffer não pretende ser o que não é, e é por isso que estamos diante de uma obra tão autêntica de um artista plástico que não tem vergonha de saber pintar, de conhecer a técnica -- nem de ser romântico e saber contar uma estória." Marc Berkovwitz (Crítico, catálogo de exposição, outubro 1979).
"...Frank Schaeffer volatiza as massas, põe em fusão a matéria, e transforma o esquema essencial de uma paisagem em algo entremeado de simbolismo, conservando certa forma, principia, contudo, a ser informal. O artista conserva do temário o núcleo, retendo-o em dinamização expressionista, e desfaz, dilui, os complementos e pormenores, até obter quase uma abstração lírica." José Geraldo Vieira (Crítico, jornal “Folha de São Paulo”, 03/08/63).
"...Dramáticas ou líricas, ameaçadoras ou românticas, formas e cores revelam como o artista sabe captar essas manifestações da natureza do mar em seus efeitos e aspectos mais sugestivos, da maneira mais integrada e identificada com o “eu mesmo” do artista. Profundo conhecedor do seu ofício, Frank Schaeffer emprega este talento para conseguir as mais arriscadas combinações cromáticas, alcançando assim plena unidade de estilo quando os tumultos e espetáculos do mar e da sua emoção se confundem e se realizam artisticamente." Livio Abramo (Gravador, catálogo de exposição, Assunção, Paraguai, 1980).
"...A cor e a coerência das formas, o ritmo vibrante das linhas e a sequência de planos e espaços rompendo a severidade da estrutura, ou, simplesmente, o eloquente silêncio das coisas sob o peso direto da luz, nos transmitem a forte e marcante personalidade artística de Frank Schaeffer e o seu complexo mundo espiritual que se exprime plasticamente com refinamento e profundidade." Wilson Rocha (Crítico, catálogo Galeria Oxumaré, Salvador, 1955).
Um olhar sobre Frank Schaeffer | Depoimento Eduardo Monteiro de Barros Roxo, ex-embaixador do Brasil
"Conheci Frank Schaeffer na década de 60, quando iniciei um curso de pintura com ele. Tive assim o privilégio de vê-lo pintando, de acompanhar sua trajetória artística. Pude mesmo adquirir algumas pinturas de diferentes fases da sua obra, admirar seus desenhos, murais e, principalmente, os gouaches, cuja técnica dominava como ninguém no mundo.
Impressionou-me sempre a força, expressividade e, sobretudo, a originalidade do seu traço e suas cores, riquíssimas e sábias.
Para mim é sempre um prazer descobrir nos seus quadros uma nova revelação, um detalhe de composição ou de colorido que não havia ainda reparado e ser levado a passear pelas paisagens.
Frank era uma força da natureza que tanto amava e com a qual se identificava: parecia um rio, uma praia, um barco, o próprio mar, ou uma fera mansa.
O valor do seu trabalho transcende as correntes artísticas, chegou para ficar e antevejo o dia em que verdadeiras multidões se apinharão para apreciar suas obras e adquiri-las a qualquer custo."
Exposições Individuais
1950/1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual
1954 - Paris (França) - Individual, na Maison de L´Amérique Latine
1968 - São Paulo SP - Individual
1972 - Belo Horizonte MG - Individual
1985 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Retrospectiva 1938 - 1985, no MNBA
1987 - Belo Horizonte MG - Individual
1990 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Solo Espaço de Arte
1996 - Porto Alegre RS - Paisagens - Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1998 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens, na Galeria Sesc Copacabana
1999 - Rio de Janeiro RJ - Frank Schaeffer e o Mar, no Espaço Cultural da Marinha
2001 - Rio de Janeiro RJ - Por Terras e Mares, no MNBA - Sala Bernardelli
2006 - Rio de Janeiro RJ - Fidelidade - Centro Cultural Laurinda Santos Lobo
Exposições Coletivas
1940 - Rio Grande do Sul - 2º Salão do Instituto de Belas Artes - menção honrosa
1942 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, na MNBA
1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores vão à Escola do Povo, na Escola Nacional de Belas Artes
1951 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna
1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia
1955 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Contemporânea, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Ferroviário, no Ministério da Educação e Cultura
1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio viagem ao país
1957 - Buenos Aires - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Lima (Peru) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna
1957 - Rosário (Argentina) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Santiago (Chile) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo
1958 - México - 1ª Bienal Interamericana do México
1958 - Pará - 1º Salão Pan-Americano de Arte
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1961 - Rio de Janeiro RJ - 1ª O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - Rio de Janeiro RJ - Natureza Morta na Pintura, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - Pará - 9º Salão de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - A Paisagem como Tema, na Galeria Ibeu Copacabana
1963 - Rio de Janeiro RJ - Resumo JB, coletiva comemorativa do 4º Centenário do MAM/RJ
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Bonn (Alemanha) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Bruxelas (Bélgica) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Londres (Inglaterra) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Viena (Áustria) - Mostra Arte Brasil Hoje
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1974 - Bogotá (Colômbia) - Mostra, na Galeria San Diego. Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati
1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana
1981 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva Nuchy, Nuchy Galeria de Arte
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Doações Recentes 82-84, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Ibeu Copacabana 25 Anos: 1960-1985, no Instituto Brasil-Estados Unidos
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Hotel Internacional, Galeria de Arte Banerj
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Pensão Mauá, na Galeria de Arte Banerj
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1988 - Salvador BA - Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado
1994 - Rio de Janeiro RJ - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, no MNBA
1997 - Florianópolis SC - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, na UFSC
1997 - Ottawa (Canadá) - Two Artists From Rio, com Maria Verônica Martins, Galerie Calligrammes
1997 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados, no Espaço Cultural dos Correios
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados Versão Preto e Branco, na Galeria Sesc Copacabana
2000 - Munique (Alemanha) – Die Entdenckung Brasiliens, com Maria Verônica, Consulado do Brasil.
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
Exposições Póstumas
2009 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Frank Schaeffer - Museu Chácara do Céu.
2017 - Rio de Janeiro RJ - Centenário - Centro Cultural dos Correios
2022 - Rio de Janeiro - A Afirmação Modernista: a paisagem e o popular carioca na Coleção Banerj – Paço Imperial
Fonte: Site Frank Schaeffer. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | MARGS
Frank Schaeffer (Belo Horizonte, MG, 1917 - Rio de Janeiro, RJ, 2008) Fixado desde 1927 no Rio de Janeiro, nessa cidade iniciou seu aprendizado artístico, com Arpad Szenes. Com bolsa de estudos do governo francês, estudou entre 1948 e 1949 em Paris, com Fernand Léger e André Lhote, além de freqüentar a École des Beaux Arts como aluno de gravura de Robert Cami e de pintura mural de Ducos de la Haille. Efetuou posteriormente viagem à Noruega, a convite do governo desse país, realizando durante sua permanência exposições e palestras sobre arte brasileira. Anos mais tarde, em 1965, realizaria viagem ao exterior, dessa vez ao Peru, a fim de ministrar um curso na Escola de Belas Artes de Lima. Também atuou como professor de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia a partir de 1945, devido sua formação e vivência como engenheiro. Pintor de cunho expressionista destacou-se pelas suas aquarelas.
Fonte: MARGS. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Crédito fotográfico: Imagem extraída de rede social. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Frank Schaeffer (1917, Belo Horizonte, MG — 2008, Rio de Janeiro, RJ) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador e professor brasileiro. Iniciou seus estudos com Wlazek, no Rio de Janeiro, e posteriormente estudou desenho em Viena, com Grom-Rottmeier. Formou-se em engenharia em 1943, mas seguiu carreira artística, aperfeiçoando-se com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner. Entre 1948 e 1949, aprofundou seus estudos na Europa com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Como ilustrador, trabalhou em obras de Liev Tolstói, Jorge Amado e Augusto Frederico Schmidt, recebendo o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional em 1960. Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além de diversos Salões de Belas Artes e Arte Moderna no Brasil. Com um estilo expressionista forte e marcante, Frank Schaeffer consolidou-se como um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX, deixando um legado presente em acervos nacionais e internacionais.
Frank Schaeffer | Arremate Arte
Frank Schaeffer nasceu em 1917, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, e se destacou ao longo do século XX como um dos grandes nomes da pintura, ilustração e gravura no Brasil. Sua obra é marcada por uma forte influência do expressionismo, transitando entre a abstração e a figuração, sempre mantendo uma identidade visual única e coerente ao longo de sua carreira.
Desde cedo, Schaeffer demonstrou interesse pelas artes e iniciou sua formação artística estudando pintura no Rio de Janeiro com o professor Wlazek. Para aprofundar seus conhecimentos, mudou-se para Viena, onde estudou desenho com Grom-Rottmeier, absorvendo referências europeias que influenciariam sua trajetória.
Apesar de sua vocação artística, Schaeffer também seguiu uma carreira acadêmica paralela, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. No entanto, sua paixão pela arte falou mais alto, e ele dedicou os anos seguintes ao aperfeiçoamento de sua técnica.
Nos anos 1940, aprofundou seus estudos em pintura e gravura com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner, que o ajudaram a desenvolver um estilo expressivo e dinâmico. Em busca de mais conhecimento e inspiração, voltou à Europa entre 1948 e 1949, estudando com artistas consagrados como Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Essa imersão na arte europeia teve um impacto significativo em seu trabalho, consolidando sua identidade artística.
Além de pintor e gravador, Frank Schaeffer também se destacou como ilustrador. Criou ilustrações para obras clássicas da literatura, como "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, "Contos Russos", "São Jorge de Ilhéus", de Jorge Amado, e "Antologia Poética", de Augusto Frederico Schmidt. Seu talento como ilustrador foi reconhecido em 1960, quando recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional, um dos mais importantes prêmios literários do Brasil.
A obra de Schaeffer foi amplamente reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior. Ele participou de eventos artísticos de grande prestígio, incluindo as Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna em diversas cidades brasileiras.
Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem expressionista forte, onde a dramaticidade das formas e das cores se combina com uma narrativa visual envolvente. Ao longo dos anos, manteve sua essência artística intacta, explorando novas possibilidades sem perder sua identidade.
Faleceu em 2008, no Rio de Janeiro, deixando um legado valioso para a arte brasileira. Suas obras fazem parte de diversos acervos nacionais e internacionais, sendo especialmente reconhecido por suas pinturas, ilustrações e retratos que capturam a essência do expressionismo figurativo.
Em comemoração ao centenário de Schaeffer, o Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, recebeu uma exposição especial que reuniu cerca de 100 obras, oferecendo uma visão panorâmica da trajetória do artista. Sob a curadoria de Maria Verônica Martins, viúva de Schaeffer, a mostra apresenta trabalhos organizados por décadas, permitindo ao público acompanhar a evolução de sua carreira. Entre desenhos, aquarelas, guaches, óleos e pinturas em acrílica sobre tela, a exposição destaca a sensibilidade e a apurada técnica do artista, que encontrou inspiração na arquitetura das antigas cidades e na força da natureza, especialmente o mar.
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Frank Schaeffer | Wikipédia
Frank Schaeffer CavMM (Belo Horizonte, 27 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 5 de julho de 2008) foi um pintor, desenhista, gravurista, ilustrador e professor brasileiro.
Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil.
Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille.
Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti como melhor ilustrador nacional. Também possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
“Frank Schaeffer é pintor de cunho expressionista, praticando uma arte de natureza figurativa que, a despeito das variações obviamente determinadas pela passagem dos anos, em essência tem permanecido sempre fiel a si mesma.”
Foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores da Noruega para realizar diversas exposições naquele país e pronunciar palestras sobre as artes do Brasil. Foi professor, ilustrou capas de livros de escritores famosos, criou painéis para instituições e foi agraciado com vários prêmios. Viajou por toda a Europa e diversos países americanos.
Frank Shaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira, sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, competência e suas atividades de verdadeiro profissional.
— Quirino Campofiorito, 1971
Sua obra Ressaca, de 1959, pertence ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio. Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt.
Realizou exposições individuais e participou de coletivas em Salões desde 1941 no Brasil, França, Inglaterra, Noruega, estados Unidos, Áustria, Peru e Argentina.
Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México.
Participou dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna no Rio e outros Estados.
Possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
Em 1992, Frank foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro especial.[2]
Exposições
Individuais
1950 – Rio de Janeiro.
1954 – Maison L´Amérique Latine, Paris; São Paulo e Belo Horizonte.
1968 – São Paulo.
1972 – Belo Horizonte.
1985 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1987 – Belo Horizonte.
1990 – Galeria Solo Espaço Arte, Rio de Janeiro.
1998 – Galeria Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro.
1999 – Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro.
2001 – Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Coletivas
1940 –2º Salão do Instituto de Belas Artes, Porto Alegre, RS, menção honrosa.
1942, 43 e 51 – Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (menção honrosa na edição de 1942, medalha de prata em desenho na de 1943 e medalha de prata em pintura na de 1951).
1951 – 1ª Bienal de São Paulo, São Paulo.
1957 – Arte Moderna no Brasil, mostra itinerante em Buenos Aires e Rosário, na Argentina; Lima, no Peru e Santiago, no Chile.
1958 – 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.
1965 – Arte Brasil Hoje, em Bonn, Alemanha; Bruxelas, Bélgica; Londres, Inglaterra e Viena, Áustria; 3ª Resumo de Arte JB, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; 8ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo.
1974 – Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia.
1997 – Two Artists from Rio, Galeria Calligrammes, Ottawa, Canadá.
O Museu Nacional de Belas Artes possui obra do artista em seu acervo.
Cronologia
1917 – Nascimento em Belo Horizonte 1927 – Fixou-se no Rio de Janeiro.
1933/1935 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Pintura com Wlazek
1938/1939 - Viena (Áustria) - Cursa o primeiro ano de Engenharia Mecânica na Escola Politécnica e cursa desenho com Grom-Rottmeier, gravura com Hans Steiner e pintura com Arpad Szenes já no Rio de Janeiro.
1943 - Rio de Janeiro RJ - Forma-se em Engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. 1945 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Gravura em Metal com Hans Steiner, e no Rio de Janeiro executa um mural de 52m2 no auditório do Clube de Engenharia. Tornou-se professor de desenho técnico no Instituto Militar de Engenharia.
1947 - Rio de Janeiro RJ - Estuda pintura com Arpad Szenes (1897-1985)
1948/1949 - Paris (França) - Após obter uma bolsa do governo francês, viaja para Paris, onde aperfeiçoa-se com Fernand Léger (1881-1955) e André Lhote (1885-1962). É ainda discípulo de Robert Cami (1900-1973), em gravura em metal e de Ducos de la Haille (1889-1972) em pintura mural, na École de Beaux-Arts
1953/1954 - Europa - Viaja pela Europa sendo que, na Noruega, a convite do Ministério de Relações Exteriores, realiza exposições e profere palestras sobre as artes no Brasil.
1957 – Viagem ao Peru para Exposição no Instituto de Arte Contemporânea
1960 - São Paulo SP - Recebe, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador pela Câmara Brasileira do Livro.
1960-63 – Fez parte da Comissão Nacional de Belas Artes.
1965 - Lima (Peru) – Enviado pelo Itamarati para Exposição no centro de Estudos Brasileiros e ministrar curso na Escola de Belas Artes
1974 – Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati, expõe na Galeria San Diego, em Bogotá.
1979 – Exposição de Estudos para Murais e Painéis e de ilustrações.
1980 – Realiza Exposição e curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros em Assunção (Paraguai) . Ofereceu curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção, Paraguai.
1985 – Exposição retrospectiva – 1938 – 1985, Museu Nacional de Belas Artes, segundo mais três exposições no Rio e uma em Belo Horizonte e uma em Porto Alegre
1987 - Belo Horizonte - Ofereceu curso de pintura na Escola Guignard, em Belo Horizonte.
1990 - Porto Alegre RS - Dá cursos de Pintura a Guache no Instituto de Belas Artes e no Ateliê Livre da Secretaria Municipal de Cultura
1994 – Exposição Viagem de Inverno – em conjunto com a artista Maria Veronica Martins no Museu Nacional de Belas Artes
1996 – Exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1997 – Exposição Viagem de Inverno em conjunto com a artista plástica Maria Veronica na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis.
A convite da Embaixada do Brasil no Canadá, é realizada a Exposição "Two Artists from Rio" com Maria Veronica Martins na Galeria Galligrammes em Otawa.
1998 - Exposição Paisagens (individuais simultâneas) – Sesc Copacabana . Neste ano também é realizada exposição em sua homenagem composta de trabalhos e seus pertences a colecionadores locais, na Casa de Cultura de Paraty.
2008 – Em 5 de julho, morre no Rio de Janeiro
Seu ultimo ateliê: Rua Monte Alegre, 356 - Santa Tereza - RJ
Fonte: Wikipedia. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | Site Oficial
Frank Schaeffer foi um artista autêntico, pintor e professor competente e dedicado, que sabia em profundidade seu ofício e a ele se dedicou. Filho de alemães, Alfred e Lina Schaeffer, nasceu em Belo Horizonte em 27 de maio de 1917. Seu pai, Doutor em Química e em Filosofia, veio contratado para o Brasil para estudar e classificar as águas do estado de Minas Gerais, após ganhar um concurso realizado pelo governo brasileiro em Munique. Em 1929 a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, e residiu como tantos europeus, no bairro de Santa Teresa por quatro anos, antes de mudarem em definitivo para uma confortável casa em Copacabana. Na década de 1960, esta deu lugar ao prédio no qual ele conservou um apartamento e atelier por toda sua vida.
Iniciou seus estudos de Engenharia em Viena, em 1938, e formou-se na Escola Politécnica do Rio de janeiro em 1943. Foi o professor mais longevo do Instituto Militar de Engenharia (IME), onde permaneceu por 56 anos, como professor de desenho técnico. Homem de cultura, falava correntemente seis idiomas, foi também grande conhecedor da música erudita. Teve uma vida rica e viveu com muita intensidade e emoção, com o bom humor dos que amam e se sabem amados. Apaixonado pela Natureza, Frank Schaeffer nutria profundo amor pelos animais, tendo sempre algum de estimação ao seu lado. Desde criança encantou-se pelo mar, sendo este seu tema predileto na pintura, além de ter sido bom remador, e velejador habilidoso. Nunca conseguiu responder com certeza se velejava para pintar ou se pintava para velejar...
O ano de 1948 foi de grande importância em sua carreira, quando recebeu uma bolsa para aperfeiçoamento em Paris e pode dedicar-se inteiramente à pintura. Lá viveu por 2 anos, estudou com Fernand Léger, Andre Lhote e Arpad Szenes em seus ateliês particulares, e participou de cursos na École de Beaux Arts. Durante este período viajou 15.000 Km de bicicleta, sempre acompanhado do seu material de pintura.
Em 1953 e 54 viveu e trabalhou na Noruega, na cidade de Svolvaer, Ilhas Lofoten, a convite daquele governo. Pintou muito e viajou o país fazendo exposições e realizando palestras sobre o Brasil, naquela época bastante desconhecido por lá.
Participou ativamente da vida artística no Rio de Janeiro, foi membro da Comissão Nacional de Belas Artes de 1952 a 56; membro de júri do Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca de 1957 a 1967; de 1966 a 74 foi secretário geral da Associação Nacional de Artes Plásticas, e membro de júri da comissão de Arte do IBEU de 1988 a 94. Participou das bienais de São Paulo desde a primeira em 1951 ate 1969, assim como da bienal de Barcelona 1956 e a do México em 1958. Recebeu diversos prêmios em salões oficiais, destacando-se Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes, em 1943; Prêmio de Viagem do Salão de Nacional de Arte Moderna em 1956, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano em 1960 e o grande prêmio de pintura do Salão de Arte Moderna de Brasília em 1967. Das inúmeras exposições individuais e coletivas em museus e galerias, no Brasil e no exterior, destaca as individuais no MASP (Museu de Arte de São Paulo em 1950 e no MAM - SP (Museu de Arte Moderna) em 1955; na Maison de L’Amerique Latine em Paris, 1954; Em Lima, Peru, no Instituto de Arte Contemporânea 1957 e em 1965, no Centro de Estudos Brasileiros, onde também ministrou curso de pintura na Escola de Belas Artes; Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia em, 1974; Centro de Estudos Brasileiros em Assunção, Paraguai em 1980. A grande retrospectiva da sua obra, “Trajetória” teve lugar no MNBA (Museu Nacional de Belas Artes), Rio de Janeiro em 1985. No verão de 1989, conheceu Maria Verônica Martins, também pintora, com quem passou a viver até a sua morte. Juntos realizaram diversas viagens e exposições no Brasil e exterior, das quais se destacam “Viagem de inverno”, no MNBA, Rio de Janeiro em 1994,“ Two Artists from Rio”, Galeria Calligrammes, Otawa, Canadá, 1997 e “ Die Entdeckung Brasiliens” no Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty em 2000.Em 1992 realizou , individual e ministrou curso no Museu de Arte do Rio Grande do Sul; em 1996 ; em 1998 “Frank Schaeffer e o mar”, Museu da Marinha; em 2001 no MNBA “Por terras e mares” ; em 2006 “Fidelidade” , no CC Laurinda Santos Lobo e em 2009 Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, ambas em Santa Teresa; em 2017, ”Centenário”, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro.
Cronologia
1917 - Nasce em Belo Horizonte, lho de Lina e Alfred Schaeer, ambos alemães. Muda-se com a família para o Rio de Janeiro em 1927.
1933-35 - Estudou pintura com o russo Wlasek, no Rio de Janeiro.
1938-39 - Inicia os estudos de Engenharia na Universidade de Viena, e desenho livre com o professor Grom-Rottemeier em seu atelier, Áustria.
1940 - Obtém o 1º prêmio no Salão de Artes do Rio Grande do Sul.
1941 - Realiza sua 1ª exposição individual no Palace Hotel, Rio de Janeiro.
1943 - Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Formou-se em Engenharia pela Escola Nacional da Universidade do Rio de Janeiro. Exposição individual no Ministério da Educação, Rio de Janeiro.
1945 e 46 - Estuda Gravura em metal com Hans Steiner, no Rio de Janeiro. Assume como titular de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia - IME, onde leciona durante 56 anos.
1945 - Estuda pintura com Arpad Szenes, no Rio de Janeiro. Exposição individual na Galeria Müller em Buenos Aires, Argentina.
1948 e 49 - Obtém bolsa do governo francês e reside em Paris, onde estuda nos ateliês de Fernand Léger e André Lhote, e ainda Pintura mural e Gravura em metal com Robert Cami e Ducos de La Haille, na École de Beaux Arts.
1950 - Exposição individual, Museu de Arte de São Paulo. Exposição individual, Galeria Leopoldina em Porto Alegre.
1950 a 1984 - Ministra aulas de pintura em seu ateliê, no Rio de Janeiro.
1951 - Participa da I Bienal de São Paulo.
1952 / 55 / 56 - Membro da Comissão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1953 a 55 - Reside na Noruega, a convite do governo, em Svolväer,nas Ilhas Lofoten. Lá expõe e faz palestras sobre o Brasil em diversas cidades. Participa do Salão Nacional de Oslo. Participa da II Bienal de São Paulo.
1954 - Exposição individual na Maison de l’Amerique Latine em Paris. Participa da mostra de 10 artistas brasileiros, em Grenoble, França.
1955 - Participa da III Bienal de São Paulo. Exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Exposição individual na Petit Galerie, Rio de Janeiro. Obtém Medalha de Prata no Salão Baiano, Salvador.
1956 - Participa da Bienal de Barcelona, Espanha. Exposição coletiva de 50 anos de paisagem brasileira, MAM São Paulo. Prêmio de Viagem ao País, no Salão Nacional de Arte Moderna, Rio. Adquire seu primeiro veleiro oceânico, Tovatã.
1957 - Exposição Individual no Instituto de Arte Contemporânea de Lima, Peru. Exposição coletiva itinerante Arte Contemporânea Brasileira, Buenos Aires, Santiago, Lima, Quito, e Caracas.
1957 a 67 - Membro de júri no Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca, Rio.
1958 - I Bienal Interamericana do México, Cidade do México. Exposição coletiva O Trabalho na Arte, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1959 - Participa da V Bienal de São Paulo.
1960 - Ganha o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano com o livro Guerra e Paz, de Leon Tolstói. Participa do 1º Salão de Artes do Instituto Brasil Estados Unidos, Rio.
1961 - Participa da VI Bienal de São Paulo. Exposição individual na Galeria Barcinski, Rio.
1964 - Prêmio Nacional de Pintura, no Salão de Arte Moderna de Brasília.
1965 - Exposição individual no Centro de Estudos Brasileiros em Lima, Peru, onde ministra curso de Pintura na Escola de Belas Artes. Participa da VII Bienal de São Paulo. Exposição coletiva Resumo JB, MAM, Rio.
1966 - Exposição coletiva itinerante A Arte Brasileira Hoje, Inglaterra, Áustria, Alemanha e Bélgica.
1966 a 74 - Secretário Geral da Associação Nacional de Artes Plásticas.
1967 - Participa da VIII Bienal de São Paulo. Exposição Individual na Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1969 - Exposição coletiva Panorama Atual da Arte Brasileira, MAM, Rio. Participa da IX Bienal de São Paulo.
1972 a 74 - Faz parte da comissão de Arte do Instituto Italiano de Cultura.
1973 - Viagem ao México para pintar. Realiza um mural de 57 m2 no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro.
1974 - Viagem à Guatemala, Equador e Colômbia, para pintar. Exposição individual na Galeria San Diego, Bogotá, a convite do Itamaraty. Adquire o veleiro Spray, que manteve até o m da vida.
1979 - Exposição Desenhos e Murais, MAM, Rio de Janeiro. Pinta seis grandes painéis sobre a Via Sacra, para a capela do Colégio Pedro II, Rio.
1980 - Viagem ao Paraguai, onde realiza exposição individual e ministra curso de pintura, no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção.
1982 - Exposição individual, Galeria Trevo, Rio de Janeiro.
1983 - Exposição individual Galeria Documenta, São Paulo. Curso de Pintura no Instituto de Belas Artes, Porto Alegre.
1984 - Exposição individual Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1985 - Exposição Retrospectiva, Trajetória, no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1986 - Exposição coletiva Tempo de Guerra, Galeria Banerj. Exposição individual Galeria Cláudio Gil Studio Arte, Rio de Janeiro. Viagem à Ilha da Trindade para pintar, a convite da Marinha do Brasil.
1987 - Exposição individual na Galeria Guignard e Curso de Pintura na Escola Guignard, UFMG, Belo Horizonte. Exposição coletiva Ecologia, Petrobrás, Brasília.
1988 - Exposição individual, Galeria Mosaico, Porto Alegre. Exposição individual, Galeria Solo, Rio de Janeiro.
1988 a 1994 - Membro da comissão de Arte do IBEU, Rio de Janeiro.
1992 - Exposição Individual, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, e curso de pintura a convite da Secretaria Municipal de Cultura em Porto Alegre.
1993 - Viagem à França para pintar, com sua companheira e também pintora Maria Verônica Martins, refazendo roteiros feitos de bicicleta, na década de 40. De 1993 a 2001 realizam juntos diversas viagens no Brasil, Europa, USA e Canadá, para pintar e expor.
1994 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1995 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Universidade Federal de Florianópolis, Santa Catarina.
1997 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Two Artists from Rio, Galerie Calligrammes, Ottawa, Canadá, a convite do Itamaraty.
1998 - Exposição individual Frank Schaeer e o Mar, Centro Cultural da Marinha, Rio de Janeiro.
2000 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Die Entdeckung Brasiliens, Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty.
2001 - Exposição individual Por Terras e Mares, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
2006 - Exposição individual Fidelidade, Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
2008 - Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de julho.
2009 - Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro, como homenageado do evento Arte de Portas Abertas, Santa Teresa.
2017 - Centenário Frank Schaeer- Exposição em homenagem ao seu centenário de nascimento, Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, com curadoria e produção de Maria Verônica Martins.
Críticas
"Frank Schaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira: sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, sua competência, suas atividades de verdadeiro profissional." Quirino Campofiorito (Pintor, crítico de arte, professor, caricaturista e gravador).
"Professor e pintor, Schaeffer tem cumprido sem oscilações o caminho fantástico de sua figuração. Paisagens e cenas do mar, antigas máquinas, hoje transformadas em pássaros enfocados por uma luz, por uma transfiguração de desastre e suspense. Há que aceitar a fábula de Shaeffer, pela integridade de sua inspiração, pela coerência de sua vida. Entre os que ainda se projetam na tela, um dos nossos melhores e mais definitivos." Walmyr Ayala (Poeta, romancista, memorialista e ensaísta).
"...Por ser independente e pessoal, a arte de Frank Schaeffer resiste tão bem ao tempo, por se basear em algo sólido, e não em coisas que se pegam no ar, que frequentemente são ecos dos acontecimentos dos grandes centros culturais. Frank Schaeffer não pretende ser o que não é, e é por isso que estamos diante de uma obra tão autêntica de um artista plástico que não tem vergonha de saber pintar, de conhecer a técnica -- nem de ser romântico e saber contar uma estória." Marc Berkovwitz (Crítico, catálogo de exposição, outubro 1979).
"...Frank Schaeffer volatiza as massas, põe em fusão a matéria, e transforma o esquema essencial de uma paisagem em algo entremeado de simbolismo, conservando certa forma, principia, contudo, a ser informal. O artista conserva do temário o núcleo, retendo-o em dinamização expressionista, e desfaz, dilui, os complementos e pormenores, até obter quase uma abstração lírica." José Geraldo Vieira (Crítico, jornal “Folha de São Paulo”, 03/08/63).
"...Dramáticas ou líricas, ameaçadoras ou românticas, formas e cores revelam como o artista sabe captar essas manifestações da natureza do mar em seus efeitos e aspectos mais sugestivos, da maneira mais integrada e identificada com o “eu mesmo” do artista. Profundo conhecedor do seu ofício, Frank Schaeffer emprega este talento para conseguir as mais arriscadas combinações cromáticas, alcançando assim plena unidade de estilo quando os tumultos e espetáculos do mar e da sua emoção se confundem e se realizam artisticamente." Livio Abramo (Gravador, catálogo de exposição, Assunção, Paraguai, 1980).
"...A cor e a coerência das formas, o ritmo vibrante das linhas e a sequência de planos e espaços rompendo a severidade da estrutura, ou, simplesmente, o eloquente silêncio das coisas sob o peso direto da luz, nos transmitem a forte e marcante personalidade artística de Frank Schaeffer e o seu complexo mundo espiritual que se exprime plasticamente com refinamento e profundidade." Wilson Rocha (Crítico, catálogo Galeria Oxumaré, Salvador, 1955).
Um olhar sobre Frank Schaeffer | Depoimento Eduardo Monteiro de Barros Roxo, ex-embaixador do Brasil
"Conheci Frank Schaeffer na década de 60, quando iniciei um curso de pintura com ele. Tive assim o privilégio de vê-lo pintando, de acompanhar sua trajetória artística. Pude mesmo adquirir algumas pinturas de diferentes fases da sua obra, admirar seus desenhos, murais e, principalmente, os gouaches, cuja técnica dominava como ninguém no mundo.
Impressionou-me sempre a força, expressividade e, sobretudo, a originalidade do seu traço e suas cores, riquíssimas e sábias.
Para mim é sempre um prazer descobrir nos seus quadros uma nova revelação, um detalhe de composição ou de colorido que não havia ainda reparado e ser levado a passear pelas paisagens.
Frank era uma força da natureza que tanto amava e com a qual se identificava: parecia um rio, uma praia, um barco, o próprio mar, ou uma fera mansa.
O valor do seu trabalho transcende as correntes artísticas, chegou para ficar e antevejo o dia em que verdadeiras multidões se apinharão para apreciar suas obras e adquiri-las a qualquer custo."
Exposições Individuais
1950/1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual
1954 - Paris (França) - Individual, na Maison de L´Amérique Latine
1968 - São Paulo SP - Individual
1972 - Belo Horizonte MG - Individual
1985 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Retrospectiva 1938 - 1985, no MNBA
1987 - Belo Horizonte MG - Individual
1990 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Solo Espaço de Arte
1996 - Porto Alegre RS - Paisagens - Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1998 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens, na Galeria Sesc Copacabana
1999 - Rio de Janeiro RJ - Frank Schaeffer e o Mar, no Espaço Cultural da Marinha
2001 - Rio de Janeiro RJ - Por Terras e Mares, no MNBA - Sala Bernardelli
2006 - Rio de Janeiro RJ - Fidelidade - Centro Cultural Laurinda Santos Lobo
Exposições Coletivas
1940 - Rio Grande do Sul - 2º Salão do Instituto de Belas Artes - menção honrosa
1942 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, na MNBA
1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores vão à Escola do Povo, na Escola Nacional de Belas Artes
1951 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna
1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia
1955 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Contemporânea, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Ferroviário, no Ministério da Educação e Cultura
1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio viagem ao país
1957 - Buenos Aires - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Lima (Peru) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna
1957 - Rosário (Argentina) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Santiago (Chile) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo
1958 - México - 1ª Bienal Interamericana do México
1958 - Pará - 1º Salão Pan-Americano de Arte
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1961 - Rio de Janeiro RJ - 1ª O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - Rio de Janeiro RJ - Natureza Morta na Pintura, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - Pará - 9º Salão de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - A Paisagem como Tema, na Galeria Ibeu Copacabana
1963 - Rio de Janeiro RJ - Resumo JB, coletiva comemorativa do 4º Centenário do MAM/RJ
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Bonn (Alemanha) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Bruxelas (Bélgica) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Londres (Inglaterra) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Viena (Áustria) - Mostra Arte Brasil Hoje
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1974 - Bogotá (Colômbia) - Mostra, na Galeria San Diego. Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati
1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana
1981 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva Nuchy, Nuchy Galeria de Arte
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Doações Recentes 82-84, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Ibeu Copacabana 25 Anos: 1960-1985, no Instituto Brasil-Estados Unidos
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Hotel Internacional, Galeria de Arte Banerj
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Pensão Mauá, na Galeria de Arte Banerj
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1988 - Salvador BA - Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado
1994 - Rio de Janeiro RJ - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, no MNBA
1997 - Florianópolis SC - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, na UFSC
1997 - Ottawa (Canadá) - Two Artists From Rio, com Maria Verônica Martins, Galerie Calligrammes
1997 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados, no Espaço Cultural dos Correios
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados Versão Preto e Branco, na Galeria Sesc Copacabana
2000 - Munique (Alemanha) – Die Entdenckung Brasiliens, com Maria Verônica, Consulado do Brasil.
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
Exposições Póstumas
2009 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Frank Schaeffer - Museu Chácara do Céu.
2017 - Rio de Janeiro RJ - Centenário - Centro Cultural dos Correios
2022 - Rio de Janeiro - A Afirmação Modernista: a paisagem e o popular carioca na Coleção Banerj – Paço Imperial
Fonte: Site Frank Schaeffer. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | MARGS
Frank Schaeffer (Belo Horizonte, MG, 1917 - Rio de Janeiro, RJ, 2008) Fixado desde 1927 no Rio de Janeiro, nessa cidade iniciou seu aprendizado artístico, com Arpad Szenes. Com bolsa de estudos do governo francês, estudou entre 1948 e 1949 em Paris, com Fernand Léger e André Lhote, além de freqüentar a École des Beaux Arts como aluno de gravura de Robert Cami e de pintura mural de Ducos de la Haille. Efetuou posteriormente viagem à Noruega, a convite do governo desse país, realizando durante sua permanência exposições e palestras sobre arte brasileira. Anos mais tarde, em 1965, realizaria viagem ao exterior, dessa vez ao Peru, a fim de ministrar um curso na Escola de Belas Artes de Lima. Também atuou como professor de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia a partir de 1945, devido sua formação e vivência como engenheiro. Pintor de cunho expressionista destacou-se pelas suas aquarelas.
Fonte: MARGS. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Crédito fotográfico: Imagem extraída de rede social. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Frank Schaeffer (1917, Belo Horizonte, MG — 2008, Rio de Janeiro, RJ) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador e professor brasileiro. Iniciou seus estudos com Wlazek, no Rio de Janeiro, e posteriormente estudou desenho em Viena, com Grom-Rottmeier. Formou-se em engenharia em 1943, mas seguiu carreira artística, aperfeiçoando-se com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner. Entre 1948 e 1949, aprofundou seus estudos na Europa com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Como ilustrador, trabalhou em obras de Liev Tolstói, Jorge Amado e Augusto Frederico Schmidt, recebendo o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional em 1960. Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além de diversos Salões de Belas Artes e Arte Moderna no Brasil. Com um estilo expressionista forte e marcante, Frank Schaeffer consolidou-se como um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX, deixando um legado presente em acervos nacionais e internacionais.
Frank Schaeffer | Arremate Arte
Frank Schaeffer nasceu em 1917, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, e se destacou ao longo do século XX como um dos grandes nomes da pintura, ilustração e gravura no Brasil. Sua obra é marcada por uma forte influência do expressionismo, transitando entre a abstração e a figuração, sempre mantendo uma identidade visual única e coerente ao longo de sua carreira.
Desde cedo, Schaeffer demonstrou interesse pelas artes e iniciou sua formação artística estudando pintura no Rio de Janeiro com o professor Wlazek. Para aprofundar seus conhecimentos, mudou-se para Viena, onde estudou desenho com Grom-Rottmeier, absorvendo referências europeias que influenciariam sua trajetória.
Apesar de sua vocação artística, Schaeffer também seguiu uma carreira acadêmica paralela, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. No entanto, sua paixão pela arte falou mais alto, e ele dedicou os anos seguintes ao aperfeiçoamento de sua técnica.
Nos anos 1940, aprofundou seus estudos em pintura e gravura com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner, que o ajudaram a desenvolver um estilo expressivo e dinâmico. Em busca de mais conhecimento e inspiração, voltou à Europa entre 1948 e 1949, estudando com artistas consagrados como Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Essa imersão na arte europeia teve um impacto significativo em seu trabalho, consolidando sua identidade artística.
Além de pintor e gravador, Frank Schaeffer também se destacou como ilustrador. Criou ilustrações para obras clássicas da literatura, como "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, "Contos Russos", "São Jorge de Ilhéus", de Jorge Amado, e "Antologia Poética", de Augusto Frederico Schmidt. Seu talento como ilustrador foi reconhecido em 1960, quando recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional, um dos mais importantes prêmios literários do Brasil.
A obra de Schaeffer foi amplamente reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior. Ele participou de eventos artísticos de grande prestígio, incluindo as Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna em diversas cidades brasileiras.
Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem expressionista forte, onde a dramaticidade das formas e das cores se combina com uma narrativa visual envolvente. Ao longo dos anos, manteve sua essência artística intacta, explorando novas possibilidades sem perder sua identidade.
Faleceu em 2008, no Rio de Janeiro, deixando um legado valioso para a arte brasileira. Suas obras fazem parte de diversos acervos nacionais e internacionais, sendo especialmente reconhecido por suas pinturas, ilustrações e retratos que capturam a essência do expressionismo figurativo.
Em comemoração ao centenário de Schaeffer, o Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, recebeu uma exposição especial que reuniu cerca de 100 obras, oferecendo uma visão panorâmica da trajetória do artista. Sob a curadoria de Maria Verônica Martins, viúva de Schaeffer, a mostra apresenta trabalhos organizados por décadas, permitindo ao público acompanhar a evolução de sua carreira. Entre desenhos, aquarelas, guaches, óleos e pinturas em acrílica sobre tela, a exposição destaca a sensibilidade e a apurada técnica do artista, que encontrou inspiração na arquitetura das antigas cidades e na força da natureza, especialmente o mar.
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Frank Schaeffer | Wikipédia
Frank Schaeffer CavMM (Belo Horizonte, 27 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 5 de julho de 2008) foi um pintor, desenhista, gravurista, ilustrador e professor brasileiro.
Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil.
Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille.
Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti como melhor ilustrador nacional. Também possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
“Frank Schaeffer é pintor de cunho expressionista, praticando uma arte de natureza figurativa que, a despeito das variações obviamente determinadas pela passagem dos anos, em essência tem permanecido sempre fiel a si mesma.”
Foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores da Noruega para realizar diversas exposições naquele país e pronunciar palestras sobre as artes do Brasil. Foi professor, ilustrou capas de livros de escritores famosos, criou painéis para instituições e foi agraciado com vários prêmios. Viajou por toda a Europa e diversos países americanos.
Frank Shaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira, sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, competência e suas atividades de verdadeiro profissional.
— Quirino Campofiorito, 1971
Sua obra Ressaca, de 1959, pertence ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio. Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt.
Realizou exposições individuais e participou de coletivas em Salões desde 1941 no Brasil, França, Inglaterra, Noruega, estados Unidos, Áustria, Peru e Argentina.
Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México.
Participou dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna no Rio e outros Estados.
Possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
Em 1992, Frank foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro especial.[2]
Exposições
Individuais
1950 – Rio de Janeiro.
1954 – Maison L´Amérique Latine, Paris; São Paulo e Belo Horizonte.
1968 – São Paulo.
1972 – Belo Horizonte.
1985 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1987 – Belo Horizonte.
1990 – Galeria Solo Espaço Arte, Rio de Janeiro.
1998 – Galeria Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro.
1999 – Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro.
2001 – Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Coletivas
1940 –2º Salão do Instituto de Belas Artes, Porto Alegre, RS, menção honrosa.
1942, 43 e 51 – Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (menção honrosa na edição de 1942, medalha de prata em desenho na de 1943 e medalha de prata em pintura na de 1951).
1951 – 1ª Bienal de São Paulo, São Paulo.
1957 – Arte Moderna no Brasil, mostra itinerante em Buenos Aires e Rosário, na Argentina; Lima, no Peru e Santiago, no Chile.
1958 – 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.
1965 – Arte Brasil Hoje, em Bonn, Alemanha; Bruxelas, Bélgica; Londres, Inglaterra e Viena, Áustria; 3ª Resumo de Arte JB, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; 8ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo.
1974 – Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia.
1997 – Two Artists from Rio, Galeria Calligrammes, Ottawa, Canadá.
O Museu Nacional de Belas Artes possui obra do artista em seu acervo.
Cronologia
1917 – Nascimento em Belo Horizonte 1927 – Fixou-se no Rio de Janeiro.
1933/1935 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Pintura com Wlazek
1938/1939 - Viena (Áustria) - Cursa o primeiro ano de Engenharia Mecânica na Escola Politécnica e cursa desenho com Grom-Rottmeier, gravura com Hans Steiner e pintura com Arpad Szenes já no Rio de Janeiro.
1943 - Rio de Janeiro RJ - Forma-se em Engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. 1945 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Gravura em Metal com Hans Steiner, e no Rio de Janeiro executa um mural de 52m2 no auditório do Clube de Engenharia. Tornou-se professor de desenho técnico no Instituto Militar de Engenharia.
1947 - Rio de Janeiro RJ - Estuda pintura com Arpad Szenes (1897-1985)
1948/1949 - Paris (França) - Após obter uma bolsa do governo francês, viaja para Paris, onde aperfeiçoa-se com Fernand Léger (1881-1955) e André Lhote (1885-1962). É ainda discípulo de Robert Cami (1900-1973), em gravura em metal e de Ducos de la Haille (1889-1972) em pintura mural, na École de Beaux-Arts
1953/1954 - Europa - Viaja pela Europa sendo que, na Noruega, a convite do Ministério de Relações Exteriores, realiza exposições e profere palestras sobre as artes no Brasil.
1957 – Viagem ao Peru para Exposição no Instituto de Arte Contemporânea
1960 - São Paulo SP - Recebe, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador pela Câmara Brasileira do Livro.
1960-63 – Fez parte da Comissão Nacional de Belas Artes.
1965 - Lima (Peru) – Enviado pelo Itamarati para Exposição no centro de Estudos Brasileiros e ministrar curso na Escola de Belas Artes
1974 – Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati, expõe na Galeria San Diego, em Bogotá.
1979 – Exposição de Estudos para Murais e Painéis e de ilustrações.
1980 – Realiza Exposição e curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros em Assunção (Paraguai) . Ofereceu curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção, Paraguai.
1985 – Exposição retrospectiva – 1938 – 1985, Museu Nacional de Belas Artes, segundo mais três exposições no Rio e uma em Belo Horizonte e uma em Porto Alegre
1987 - Belo Horizonte - Ofereceu curso de pintura na Escola Guignard, em Belo Horizonte.
1990 - Porto Alegre RS - Dá cursos de Pintura a Guache no Instituto de Belas Artes e no Ateliê Livre da Secretaria Municipal de Cultura
1994 – Exposição Viagem de Inverno – em conjunto com a artista Maria Veronica Martins no Museu Nacional de Belas Artes
1996 – Exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1997 – Exposição Viagem de Inverno em conjunto com a artista plástica Maria Veronica na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis.
A convite da Embaixada do Brasil no Canadá, é realizada a Exposição "Two Artists from Rio" com Maria Veronica Martins na Galeria Galligrammes em Otawa.
1998 - Exposição Paisagens (individuais simultâneas) – Sesc Copacabana . Neste ano também é realizada exposição em sua homenagem composta de trabalhos e seus pertences a colecionadores locais, na Casa de Cultura de Paraty.
2008 – Em 5 de julho, morre no Rio de Janeiro
Seu ultimo ateliê: Rua Monte Alegre, 356 - Santa Tereza - RJ
Fonte: Wikipedia. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | Site Oficial
Frank Schaeffer foi um artista autêntico, pintor e professor competente e dedicado, que sabia em profundidade seu ofício e a ele se dedicou. Filho de alemães, Alfred e Lina Schaeffer, nasceu em Belo Horizonte em 27 de maio de 1917. Seu pai, Doutor em Química e em Filosofia, veio contratado para o Brasil para estudar e classificar as águas do estado de Minas Gerais, após ganhar um concurso realizado pelo governo brasileiro em Munique. Em 1929 a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, e residiu como tantos europeus, no bairro de Santa Teresa por quatro anos, antes de mudarem em definitivo para uma confortável casa em Copacabana. Na década de 1960, esta deu lugar ao prédio no qual ele conservou um apartamento e atelier por toda sua vida.
Iniciou seus estudos de Engenharia em Viena, em 1938, e formou-se na Escola Politécnica do Rio de janeiro em 1943. Foi o professor mais longevo do Instituto Militar de Engenharia (IME), onde permaneceu por 56 anos, como professor de desenho técnico. Homem de cultura, falava correntemente seis idiomas, foi também grande conhecedor da música erudita. Teve uma vida rica e viveu com muita intensidade e emoção, com o bom humor dos que amam e se sabem amados. Apaixonado pela Natureza, Frank Schaeffer nutria profundo amor pelos animais, tendo sempre algum de estimação ao seu lado. Desde criança encantou-se pelo mar, sendo este seu tema predileto na pintura, além de ter sido bom remador, e velejador habilidoso. Nunca conseguiu responder com certeza se velejava para pintar ou se pintava para velejar...
O ano de 1948 foi de grande importância em sua carreira, quando recebeu uma bolsa para aperfeiçoamento em Paris e pode dedicar-se inteiramente à pintura. Lá viveu por 2 anos, estudou com Fernand Léger, Andre Lhote e Arpad Szenes em seus ateliês particulares, e participou de cursos na École de Beaux Arts. Durante este período viajou 15.000 Km de bicicleta, sempre acompanhado do seu material de pintura.
Em 1953 e 54 viveu e trabalhou na Noruega, na cidade de Svolvaer, Ilhas Lofoten, a convite daquele governo. Pintou muito e viajou o país fazendo exposições e realizando palestras sobre o Brasil, naquela época bastante desconhecido por lá.
Participou ativamente da vida artística no Rio de Janeiro, foi membro da Comissão Nacional de Belas Artes de 1952 a 56; membro de júri do Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca de 1957 a 1967; de 1966 a 74 foi secretário geral da Associação Nacional de Artes Plásticas, e membro de júri da comissão de Arte do IBEU de 1988 a 94. Participou das bienais de São Paulo desde a primeira em 1951 ate 1969, assim como da bienal de Barcelona 1956 e a do México em 1958. Recebeu diversos prêmios em salões oficiais, destacando-se Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes, em 1943; Prêmio de Viagem do Salão de Nacional de Arte Moderna em 1956, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano em 1960 e o grande prêmio de pintura do Salão de Arte Moderna de Brasília em 1967. Das inúmeras exposições individuais e coletivas em museus e galerias, no Brasil e no exterior, destaca as individuais no MASP (Museu de Arte de São Paulo em 1950 e no MAM - SP (Museu de Arte Moderna) em 1955; na Maison de L’Amerique Latine em Paris, 1954; Em Lima, Peru, no Instituto de Arte Contemporânea 1957 e em 1965, no Centro de Estudos Brasileiros, onde também ministrou curso de pintura na Escola de Belas Artes; Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia em, 1974; Centro de Estudos Brasileiros em Assunção, Paraguai em 1980. A grande retrospectiva da sua obra, “Trajetória” teve lugar no MNBA (Museu Nacional de Belas Artes), Rio de Janeiro em 1985. No verão de 1989, conheceu Maria Verônica Martins, também pintora, com quem passou a viver até a sua morte. Juntos realizaram diversas viagens e exposições no Brasil e exterior, das quais se destacam “Viagem de inverno”, no MNBA, Rio de Janeiro em 1994,“ Two Artists from Rio”, Galeria Calligrammes, Otawa, Canadá, 1997 e “ Die Entdeckung Brasiliens” no Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty em 2000.Em 1992 realizou , individual e ministrou curso no Museu de Arte do Rio Grande do Sul; em 1996 ; em 1998 “Frank Schaeffer e o mar”, Museu da Marinha; em 2001 no MNBA “Por terras e mares” ; em 2006 “Fidelidade” , no CC Laurinda Santos Lobo e em 2009 Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, ambas em Santa Teresa; em 2017, ”Centenário”, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro.
Cronologia
1917 - Nasce em Belo Horizonte, lho de Lina e Alfred Schaeer, ambos alemães. Muda-se com a família para o Rio de Janeiro em 1927.
1933-35 - Estudou pintura com o russo Wlasek, no Rio de Janeiro.
1938-39 - Inicia os estudos de Engenharia na Universidade de Viena, e desenho livre com o professor Grom-Rottemeier em seu atelier, Áustria.
1940 - Obtém o 1º prêmio no Salão de Artes do Rio Grande do Sul.
1941 - Realiza sua 1ª exposição individual no Palace Hotel, Rio de Janeiro.
1943 - Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Formou-se em Engenharia pela Escola Nacional da Universidade do Rio de Janeiro. Exposição individual no Ministério da Educação, Rio de Janeiro.
1945 e 46 - Estuda Gravura em metal com Hans Steiner, no Rio de Janeiro. Assume como titular de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia - IME, onde leciona durante 56 anos.
1945 - Estuda pintura com Arpad Szenes, no Rio de Janeiro. Exposição individual na Galeria Müller em Buenos Aires, Argentina.
1948 e 49 - Obtém bolsa do governo francês e reside em Paris, onde estuda nos ateliês de Fernand Léger e André Lhote, e ainda Pintura mural e Gravura em metal com Robert Cami e Ducos de La Haille, na École de Beaux Arts.
1950 - Exposição individual, Museu de Arte de São Paulo. Exposição individual, Galeria Leopoldina em Porto Alegre.
1950 a 1984 - Ministra aulas de pintura em seu ateliê, no Rio de Janeiro.
1951 - Participa da I Bienal de São Paulo.
1952 / 55 / 56 - Membro da Comissão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1953 a 55 - Reside na Noruega, a convite do governo, em Svolväer,nas Ilhas Lofoten. Lá expõe e faz palestras sobre o Brasil em diversas cidades. Participa do Salão Nacional de Oslo. Participa da II Bienal de São Paulo.
1954 - Exposição individual na Maison de l’Amerique Latine em Paris. Participa da mostra de 10 artistas brasileiros, em Grenoble, França.
1955 - Participa da III Bienal de São Paulo. Exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Exposição individual na Petit Galerie, Rio de Janeiro. Obtém Medalha de Prata no Salão Baiano, Salvador.
1956 - Participa da Bienal de Barcelona, Espanha. Exposição coletiva de 50 anos de paisagem brasileira, MAM São Paulo. Prêmio de Viagem ao País, no Salão Nacional de Arte Moderna, Rio. Adquire seu primeiro veleiro oceânico, Tovatã.
1957 - Exposição Individual no Instituto de Arte Contemporânea de Lima, Peru. Exposição coletiva itinerante Arte Contemporânea Brasileira, Buenos Aires, Santiago, Lima, Quito, e Caracas.
1957 a 67 - Membro de júri no Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca, Rio.
1958 - I Bienal Interamericana do México, Cidade do México. Exposição coletiva O Trabalho na Arte, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1959 - Participa da V Bienal de São Paulo.
1960 - Ganha o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano com o livro Guerra e Paz, de Leon Tolstói. Participa do 1º Salão de Artes do Instituto Brasil Estados Unidos, Rio.
1961 - Participa da VI Bienal de São Paulo. Exposição individual na Galeria Barcinski, Rio.
1964 - Prêmio Nacional de Pintura, no Salão de Arte Moderna de Brasília.
1965 - Exposição individual no Centro de Estudos Brasileiros em Lima, Peru, onde ministra curso de Pintura na Escola de Belas Artes. Participa da VII Bienal de São Paulo. Exposição coletiva Resumo JB, MAM, Rio.
1966 - Exposição coletiva itinerante A Arte Brasileira Hoje, Inglaterra, Áustria, Alemanha e Bélgica.
1966 a 74 - Secretário Geral da Associação Nacional de Artes Plásticas.
1967 - Participa da VIII Bienal de São Paulo. Exposição Individual na Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1969 - Exposição coletiva Panorama Atual da Arte Brasileira, MAM, Rio. Participa da IX Bienal de São Paulo.
1972 a 74 - Faz parte da comissão de Arte do Instituto Italiano de Cultura.
1973 - Viagem ao México para pintar. Realiza um mural de 57 m2 no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro.
1974 - Viagem à Guatemala, Equador e Colômbia, para pintar. Exposição individual na Galeria San Diego, Bogotá, a convite do Itamaraty. Adquire o veleiro Spray, que manteve até o m da vida.
1979 - Exposição Desenhos e Murais, MAM, Rio de Janeiro. Pinta seis grandes painéis sobre a Via Sacra, para a capela do Colégio Pedro II, Rio.
1980 - Viagem ao Paraguai, onde realiza exposição individual e ministra curso de pintura, no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção.
1982 - Exposição individual, Galeria Trevo, Rio de Janeiro.
1983 - Exposição individual Galeria Documenta, São Paulo. Curso de Pintura no Instituto de Belas Artes, Porto Alegre.
1984 - Exposição individual Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1985 - Exposição Retrospectiva, Trajetória, no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1986 - Exposição coletiva Tempo de Guerra, Galeria Banerj. Exposição individual Galeria Cláudio Gil Studio Arte, Rio de Janeiro. Viagem à Ilha da Trindade para pintar, a convite da Marinha do Brasil.
1987 - Exposição individual na Galeria Guignard e Curso de Pintura na Escola Guignard, UFMG, Belo Horizonte. Exposição coletiva Ecologia, Petrobrás, Brasília.
1988 - Exposição individual, Galeria Mosaico, Porto Alegre. Exposição individual, Galeria Solo, Rio de Janeiro.
1988 a 1994 - Membro da comissão de Arte do IBEU, Rio de Janeiro.
1992 - Exposição Individual, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, e curso de pintura a convite da Secretaria Municipal de Cultura em Porto Alegre.
1993 - Viagem à França para pintar, com sua companheira e também pintora Maria Verônica Martins, refazendo roteiros feitos de bicicleta, na década de 40. De 1993 a 2001 realizam juntos diversas viagens no Brasil, Europa, USA e Canadá, para pintar e expor.
1994 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1995 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Universidade Federal de Florianópolis, Santa Catarina.
1997 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Two Artists from Rio, Galerie Calligrammes, Ottawa, Canadá, a convite do Itamaraty.
1998 - Exposição individual Frank Schaeer e o Mar, Centro Cultural da Marinha, Rio de Janeiro.
2000 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Die Entdeckung Brasiliens, Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty.
2001 - Exposição individual Por Terras e Mares, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
2006 - Exposição individual Fidelidade, Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
2008 - Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de julho.
2009 - Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro, como homenageado do evento Arte de Portas Abertas, Santa Teresa.
2017 - Centenário Frank Schaeer- Exposição em homenagem ao seu centenário de nascimento, Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, com curadoria e produção de Maria Verônica Martins.
Críticas
"Frank Schaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira: sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, sua competência, suas atividades de verdadeiro profissional." Quirino Campofiorito (Pintor, crítico de arte, professor, caricaturista e gravador).
"Professor e pintor, Schaeffer tem cumprido sem oscilações o caminho fantástico de sua figuração. Paisagens e cenas do mar, antigas máquinas, hoje transformadas em pássaros enfocados por uma luz, por uma transfiguração de desastre e suspense. Há que aceitar a fábula de Shaeffer, pela integridade de sua inspiração, pela coerência de sua vida. Entre os que ainda se projetam na tela, um dos nossos melhores e mais definitivos." Walmyr Ayala (Poeta, romancista, memorialista e ensaísta).
"...Por ser independente e pessoal, a arte de Frank Schaeffer resiste tão bem ao tempo, por se basear em algo sólido, e não em coisas que se pegam no ar, que frequentemente são ecos dos acontecimentos dos grandes centros culturais. Frank Schaeffer não pretende ser o que não é, e é por isso que estamos diante de uma obra tão autêntica de um artista plástico que não tem vergonha de saber pintar, de conhecer a técnica -- nem de ser romântico e saber contar uma estória." Marc Berkovwitz (Crítico, catálogo de exposição, outubro 1979).
"...Frank Schaeffer volatiza as massas, põe em fusão a matéria, e transforma o esquema essencial de uma paisagem em algo entremeado de simbolismo, conservando certa forma, principia, contudo, a ser informal. O artista conserva do temário o núcleo, retendo-o em dinamização expressionista, e desfaz, dilui, os complementos e pormenores, até obter quase uma abstração lírica." José Geraldo Vieira (Crítico, jornal “Folha de São Paulo”, 03/08/63).
"...Dramáticas ou líricas, ameaçadoras ou românticas, formas e cores revelam como o artista sabe captar essas manifestações da natureza do mar em seus efeitos e aspectos mais sugestivos, da maneira mais integrada e identificada com o “eu mesmo” do artista. Profundo conhecedor do seu ofício, Frank Schaeffer emprega este talento para conseguir as mais arriscadas combinações cromáticas, alcançando assim plena unidade de estilo quando os tumultos e espetáculos do mar e da sua emoção se confundem e se realizam artisticamente." Livio Abramo (Gravador, catálogo de exposição, Assunção, Paraguai, 1980).
"...A cor e a coerência das formas, o ritmo vibrante das linhas e a sequência de planos e espaços rompendo a severidade da estrutura, ou, simplesmente, o eloquente silêncio das coisas sob o peso direto da luz, nos transmitem a forte e marcante personalidade artística de Frank Schaeffer e o seu complexo mundo espiritual que se exprime plasticamente com refinamento e profundidade." Wilson Rocha (Crítico, catálogo Galeria Oxumaré, Salvador, 1955).
Um olhar sobre Frank Schaeffer | Depoimento Eduardo Monteiro de Barros Roxo, ex-embaixador do Brasil
"Conheci Frank Schaeffer na década de 60, quando iniciei um curso de pintura com ele. Tive assim o privilégio de vê-lo pintando, de acompanhar sua trajetória artística. Pude mesmo adquirir algumas pinturas de diferentes fases da sua obra, admirar seus desenhos, murais e, principalmente, os gouaches, cuja técnica dominava como ninguém no mundo.
Impressionou-me sempre a força, expressividade e, sobretudo, a originalidade do seu traço e suas cores, riquíssimas e sábias.
Para mim é sempre um prazer descobrir nos seus quadros uma nova revelação, um detalhe de composição ou de colorido que não havia ainda reparado e ser levado a passear pelas paisagens.
Frank era uma força da natureza que tanto amava e com a qual se identificava: parecia um rio, uma praia, um barco, o próprio mar, ou uma fera mansa.
O valor do seu trabalho transcende as correntes artísticas, chegou para ficar e antevejo o dia em que verdadeiras multidões se apinharão para apreciar suas obras e adquiri-las a qualquer custo."
Exposições Individuais
1950/1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual
1954 - Paris (França) - Individual, na Maison de L´Amérique Latine
1968 - São Paulo SP - Individual
1972 - Belo Horizonte MG - Individual
1985 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Retrospectiva 1938 - 1985, no MNBA
1987 - Belo Horizonte MG - Individual
1990 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Solo Espaço de Arte
1996 - Porto Alegre RS - Paisagens - Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1998 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens, na Galeria Sesc Copacabana
1999 - Rio de Janeiro RJ - Frank Schaeffer e o Mar, no Espaço Cultural da Marinha
2001 - Rio de Janeiro RJ - Por Terras e Mares, no MNBA - Sala Bernardelli
2006 - Rio de Janeiro RJ - Fidelidade - Centro Cultural Laurinda Santos Lobo
Exposições Coletivas
1940 - Rio Grande do Sul - 2º Salão do Instituto de Belas Artes - menção honrosa
1942 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, na MNBA
1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores vão à Escola do Povo, na Escola Nacional de Belas Artes
1951 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna
1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia
1955 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Contemporânea, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Ferroviário, no Ministério da Educação e Cultura
1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio viagem ao país
1957 - Buenos Aires - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Lima (Peru) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna
1957 - Rosário (Argentina) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Santiago (Chile) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo
1958 - México - 1ª Bienal Interamericana do México
1958 - Pará - 1º Salão Pan-Americano de Arte
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1961 - Rio de Janeiro RJ - 1ª O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - Rio de Janeiro RJ - Natureza Morta na Pintura, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - Pará - 9º Salão de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - A Paisagem como Tema, na Galeria Ibeu Copacabana
1963 - Rio de Janeiro RJ - Resumo JB, coletiva comemorativa do 4º Centenário do MAM/RJ
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Bonn (Alemanha) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Bruxelas (Bélgica) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Londres (Inglaterra) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Viena (Áustria) - Mostra Arte Brasil Hoje
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1974 - Bogotá (Colômbia) - Mostra, na Galeria San Diego. Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati
1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana
1981 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva Nuchy, Nuchy Galeria de Arte
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Doações Recentes 82-84, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Ibeu Copacabana 25 Anos: 1960-1985, no Instituto Brasil-Estados Unidos
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Hotel Internacional, Galeria de Arte Banerj
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Pensão Mauá, na Galeria de Arte Banerj
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1988 - Salvador BA - Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado
1994 - Rio de Janeiro RJ - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, no MNBA
1997 - Florianópolis SC - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, na UFSC
1997 - Ottawa (Canadá) - Two Artists From Rio, com Maria Verônica Martins, Galerie Calligrammes
1997 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados, no Espaço Cultural dos Correios
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados Versão Preto e Branco, na Galeria Sesc Copacabana
2000 - Munique (Alemanha) – Die Entdenckung Brasiliens, com Maria Verônica, Consulado do Brasil.
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
Exposições Póstumas
2009 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Frank Schaeffer - Museu Chácara do Céu.
2017 - Rio de Janeiro RJ - Centenário - Centro Cultural dos Correios
2022 - Rio de Janeiro - A Afirmação Modernista: a paisagem e o popular carioca na Coleção Banerj – Paço Imperial
Fonte: Site Frank Schaeffer. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | MARGS
Frank Schaeffer (Belo Horizonte, MG, 1917 - Rio de Janeiro, RJ, 2008) Fixado desde 1927 no Rio de Janeiro, nessa cidade iniciou seu aprendizado artístico, com Arpad Szenes. Com bolsa de estudos do governo francês, estudou entre 1948 e 1949 em Paris, com Fernand Léger e André Lhote, além de freqüentar a École des Beaux Arts como aluno de gravura de Robert Cami e de pintura mural de Ducos de la Haille. Efetuou posteriormente viagem à Noruega, a convite do governo desse país, realizando durante sua permanência exposições e palestras sobre arte brasileira. Anos mais tarde, em 1965, realizaria viagem ao exterior, dessa vez ao Peru, a fim de ministrar um curso na Escola de Belas Artes de Lima. Também atuou como professor de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia a partir de 1945, devido sua formação e vivência como engenheiro. Pintor de cunho expressionista destacou-se pelas suas aquarelas.
Fonte: MARGS. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Crédito fotográfico: Imagem extraída de rede social. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Frank Schaeffer (1917, Belo Horizonte, MG — 2008, Rio de Janeiro, RJ) foi um pintor, desenhista, gravador, ilustrador e professor brasileiro. Iniciou seus estudos com Wlazek, no Rio de Janeiro, e posteriormente estudou desenho em Viena, com Grom-Rottmeier. Formou-se em engenharia em 1943, mas seguiu carreira artística, aperfeiçoando-se com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner. Entre 1948 e 1949, aprofundou seus estudos na Europa com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Como ilustrador, trabalhou em obras de Liev Tolstói, Jorge Amado e Augusto Frederico Schmidt, recebendo o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional em 1960. Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além de diversos Salões de Belas Artes e Arte Moderna no Brasil. Com um estilo expressionista forte e marcante, Frank Schaeffer consolidou-se como um dos grandes nomes da arte brasileira do século XX, deixando um legado presente em acervos nacionais e internacionais.
Frank Schaeffer | Arremate Arte
Frank Schaeffer nasceu em 1917, na cidade de Belo Horizonte, Minas Gerais, e se destacou ao longo do século XX como um dos grandes nomes da pintura, ilustração e gravura no Brasil. Sua obra é marcada por uma forte influência do expressionismo, transitando entre a abstração e a figuração, sempre mantendo uma identidade visual única e coerente ao longo de sua carreira.
Desde cedo, Schaeffer demonstrou interesse pelas artes e iniciou sua formação artística estudando pintura no Rio de Janeiro com o professor Wlazek. Para aprofundar seus conhecimentos, mudou-se para Viena, onde estudou desenho com Grom-Rottmeier, absorvendo referências europeias que influenciariam sua trajetória.
Apesar de sua vocação artística, Schaeffer também seguiu uma carreira acadêmica paralela, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. No entanto, sua paixão pela arte falou mais alto, e ele dedicou os anos seguintes ao aperfeiçoamento de sua técnica.
Nos anos 1940, aprofundou seus estudos em pintura e gravura com mestres como Arpad Szenes e Hans Steiner, que o ajudaram a desenvolver um estilo expressivo e dinâmico. Em busca de mais conhecimento e inspiração, voltou à Europa entre 1948 e 1949, estudando com artistas consagrados como Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Essa imersão na arte europeia teve um impacto significativo em seu trabalho, consolidando sua identidade artística.
Além de pintor e gravador, Frank Schaeffer também se destacou como ilustrador. Criou ilustrações para obras clássicas da literatura, como "Guerra e Paz", de Liev Tolstói, "Contos Russos", "São Jorge de Ilhéus", de Jorge Amado, e "Antologia Poética", de Augusto Frederico Schmidt. Seu talento como ilustrador foi reconhecido em 1960, quando recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustrador Nacional, um dos mais importantes prêmios literários do Brasil.
A obra de Schaeffer foi amplamente reconhecida tanto no Brasil quanto no exterior. Ele participou de eventos artísticos de grande prestígio, incluindo as Bienais de São Paulo, Barcelona e México, além dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna em diversas cidades brasileiras.
Seu trabalho é caracterizado por uma abordagem expressionista forte, onde a dramaticidade das formas e das cores se combina com uma narrativa visual envolvente. Ao longo dos anos, manteve sua essência artística intacta, explorando novas possibilidades sem perder sua identidade.
Faleceu em 2008, no Rio de Janeiro, deixando um legado valioso para a arte brasileira. Suas obras fazem parte de diversos acervos nacionais e internacionais, sendo especialmente reconhecido por suas pinturas, ilustrações e retratos que capturam a essência do expressionismo figurativo.
Em comemoração ao centenário de Schaeffer, o Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, recebeu uma exposição especial que reuniu cerca de 100 obras, oferecendo uma visão panorâmica da trajetória do artista. Sob a curadoria de Maria Verônica Martins, viúva de Schaeffer, a mostra apresenta trabalhos organizados por décadas, permitindo ao público acompanhar a evolução de sua carreira. Entre desenhos, aquarelas, guaches, óleos e pinturas em acrílica sobre tela, a exposição destaca a sensibilidade e a apurada técnica do artista, que encontrou inspiração na arquitetura das antigas cidades e na força da natureza, especialmente o mar.
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Frank Schaeffer | Wikipédia
Frank Schaeffer CavMM (Belo Horizonte, 27 de maio de 1917 — Rio de Janeiro, 5 de julho de 2008) foi um pintor, desenhista, gravurista, ilustrador e professor brasileiro.
Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil.
Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille.
Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt. Em 1960 recebeu o Prêmio Jabuti como melhor ilustrador nacional. Também possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
“Frank Schaeffer é pintor de cunho expressionista, praticando uma arte de natureza figurativa que, a despeito das variações obviamente determinadas pela passagem dos anos, em essência tem permanecido sempre fiel a si mesma.”
Foi convidado pelo Ministério das Relações Exteriores da Noruega para realizar diversas exposições naquele país e pronunciar palestras sobre as artes do Brasil. Foi professor, ilustrou capas de livros de escritores famosos, criou painéis para instituições e foi agraciado com vários prêmios. Viajou por toda a Europa e diversos países americanos.
Frank Shaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira, sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, competência e suas atividades de verdadeiro profissional.
— Quirino Campofiorito, 1971
Sua obra Ressaca, de 1959, pertence ao acervo do Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio. Recebeu sua primeira formação em arte estudando pintura com Wlazek, no Rio de Janeiro. Em seguida partiu para Viena, onde cursou desenho com Grom-Rottmeier. Nos anos 40 estava de volta ao Brasil, formando-se engenheiro em 1943 pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. Nos anos seguintes se aperfeiçoou em pintura e explorou a gravura respectivamente com Arpad Szenes e Hans Steiner. Voltando à Europa entre 1948 e 1949, realizou estudos com Fernand Léger, André Lhote, Robert Cami e Ducos de la Haille. Depois, desenvolveu ativa carreira no país e no exterior. Ilustrou os livros Guerra e Paz, de Leon Tolstoi, Contos Russos e São Jorge de Ilhéus, de Jorge Amado, e Antologia Poética, de Augusto Frederico Schmidt.
Realizou exposições individuais e participou de coletivas em Salões desde 1941 no Brasil, França, Inglaterra, Noruega, estados Unidos, Áustria, Peru e Argentina.
Participou das Bienais de São Paulo, Barcelona e México.
Participou dos Salões de Belas Artes e de Arte Moderna no Rio e outros Estados.
Possui extensa obra em pintura, de cunho expressionista, transitando da abstração à figuração, e presente em diversos acervos nacionais e estrangeiros, com destaque para as paisagens e retratos.
Em 1992, Frank foi admitido pelo presidente Fernando Collor à Ordem do Mérito Militar no grau de Cavaleiro especial.[2]
Exposições
Individuais
1950 – Rio de Janeiro.
1954 – Maison L´Amérique Latine, Paris; São Paulo e Belo Horizonte.
1968 – São Paulo.
1972 – Belo Horizonte.
1985 – Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1987 – Belo Horizonte.
1990 – Galeria Solo Espaço Arte, Rio de Janeiro.
1998 – Galeria Sesc Copacabana, no Rio de Janeiro.
1999 – Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro.
2001 – Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Coletivas
1940 –2º Salão do Instituto de Belas Artes, Porto Alegre, RS, menção honrosa.
1942, 43 e 51 – Salão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro (menção honrosa na edição de 1942, medalha de prata em desenho na de 1943 e medalha de prata em pintura na de 1951).
1951 – 1ª Bienal de São Paulo, São Paulo.
1957 – Arte Moderna no Brasil, mostra itinerante em Buenos Aires e Rosário, na Argentina; Lima, no Peru e Santiago, no Chile.
1958 – 1ª Bienal Interamericana do México, Cidade do México, México.
1965 – Arte Brasil Hoje, em Bonn, Alemanha; Bruxelas, Bélgica; Londres, Inglaterra e Viena, Áustria; 3ª Resumo de Arte JB, Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; 8ª Bienal Internacional de São Paulo, Fundação Bienal, São Paulo.
1974 – Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia.
1997 – Two Artists from Rio, Galeria Calligrammes, Ottawa, Canadá.
O Museu Nacional de Belas Artes possui obra do artista em seu acervo.
Cronologia
1917 – Nascimento em Belo Horizonte 1927 – Fixou-se no Rio de Janeiro.
1933/1935 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Pintura com Wlazek
1938/1939 - Viena (Áustria) - Cursa o primeiro ano de Engenharia Mecânica na Escola Politécnica e cursa desenho com Grom-Rottmeier, gravura com Hans Steiner e pintura com Arpad Szenes já no Rio de Janeiro.
1943 - Rio de Janeiro RJ - Forma-se em Engenharia pela Escola Nacional de Engenharia da antiga Universidade do Brasil. 1945 - Rio de Janeiro RJ - Estuda Gravura em Metal com Hans Steiner, e no Rio de Janeiro executa um mural de 52m2 no auditório do Clube de Engenharia. Tornou-se professor de desenho técnico no Instituto Militar de Engenharia.
1947 - Rio de Janeiro RJ - Estuda pintura com Arpad Szenes (1897-1985)
1948/1949 - Paris (França) - Após obter uma bolsa do governo francês, viaja para Paris, onde aperfeiçoa-se com Fernand Léger (1881-1955) e André Lhote (1885-1962). É ainda discípulo de Robert Cami (1900-1973), em gravura em metal e de Ducos de la Haille (1889-1972) em pintura mural, na École de Beaux-Arts
1953/1954 - Europa - Viaja pela Europa sendo que, na Noruega, a convite do Ministério de Relações Exteriores, realiza exposições e profere palestras sobre as artes no Brasil.
1957 – Viagem ao Peru para Exposição no Instituto de Arte Contemporânea
1960 - São Paulo SP - Recebe, da Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador pela Câmara Brasileira do Livro.
1960-63 – Fez parte da Comissão Nacional de Belas Artes.
1965 - Lima (Peru) – Enviado pelo Itamarati para Exposição no centro de Estudos Brasileiros e ministrar curso na Escola de Belas Artes
1974 – Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati, expõe na Galeria San Diego, em Bogotá.
1979 – Exposição de Estudos para Murais e Painéis e de ilustrações.
1980 – Realiza Exposição e curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros em Assunção (Paraguai) . Ofereceu curso de pintura a guache no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção, Paraguai.
1985 – Exposição retrospectiva – 1938 – 1985, Museu Nacional de Belas Artes, segundo mais três exposições no Rio e uma em Belo Horizonte e uma em Porto Alegre
1987 - Belo Horizonte - Ofereceu curso de pintura na Escola Guignard, em Belo Horizonte.
1990 - Porto Alegre RS - Dá cursos de Pintura a Guache no Instituto de Belas Artes e no Ateliê Livre da Secretaria Municipal de Cultura
1994 – Exposição Viagem de Inverno – em conjunto com a artista Maria Veronica Martins no Museu Nacional de Belas Artes
1996 – Exposição no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1997 – Exposição Viagem de Inverno em conjunto com a artista plástica Maria Veronica na Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis.
A convite da Embaixada do Brasil no Canadá, é realizada a Exposição "Two Artists from Rio" com Maria Veronica Martins na Galeria Galligrammes em Otawa.
1998 - Exposição Paisagens (individuais simultâneas) – Sesc Copacabana . Neste ano também é realizada exposição em sua homenagem composta de trabalhos e seus pertences a colecionadores locais, na Casa de Cultura de Paraty.
2008 – Em 5 de julho, morre no Rio de Janeiro
Seu ultimo ateliê: Rua Monte Alegre, 356 - Santa Tereza - RJ
Fonte: Wikipedia. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | Site Oficial
Frank Schaeffer foi um artista autêntico, pintor e professor competente e dedicado, que sabia em profundidade seu ofício e a ele se dedicou. Filho de alemães, Alfred e Lina Schaeffer, nasceu em Belo Horizonte em 27 de maio de 1917. Seu pai, Doutor em Química e em Filosofia, veio contratado para o Brasil para estudar e classificar as águas do estado de Minas Gerais, após ganhar um concurso realizado pelo governo brasileiro em Munique. Em 1929 a família transferiu-se para o Rio de Janeiro, e residiu como tantos europeus, no bairro de Santa Teresa por quatro anos, antes de mudarem em definitivo para uma confortável casa em Copacabana. Na década de 1960, esta deu lugar ao prédio no qual ele conservou um apartamento e atelier por toda sua vida.
Iniciou seus estudos de Engenharia em Viena, em 1938, e formou-se na Escola Politécnica do Rio de janeiro em 1943. Foi o professor mais longevo do Instituto Militar de Engenharia (IME), onde permaneceu por 56 anos, como professor de desenho técnico. Homem de cultura, falava correntemente seis idiomas, foi também grande conhecedor da música erudita. Teve uma vida rica e viveu com muita intensidade e emoção, com o bom humor dos que amam e se sabem amados. Apaixonado pela Natureza, Frank Schaeffer nutria profundo amor pelos animais, tendo sempre algum de estimação ao seu lado. Desde criança encantou-se pelo mar, sendo este seu tema predileto na pintura, além de ter sido bom remador, e velejador habilidoso. Nunca conseguiu responder com certeza se velejava para pintar ou se pintava para velejar...
O ano de 1948 foi de grande importância em sua carreira, quando recebeu uma bolsa para aperfeiçoamento em Paris e pode dedicar-se inteiramente à pintura. Lá viveu por 2 anos, estudou com Fernand Léger, Andre Lhote e Arpad Szenes em seus ateliês particulares, e participou de cursos na École de Beaux Arts. Durante este período viajou 15.000 Km de bicicleta, sempre acompanhado do seu material de pintura.
Em 1953 e 54 viveu e trabalhou na Noruega, na cidade de Svolvaer, Ilhas Lofoten, a convite daquele governo. Pintou muito e viajou o país fazendo exposições e realizando palestras sobre o Brasil, naquela época bastante desconhecido por lá.
Participou ativamente da vida artística no Rio de Janeiro, foi membro da Comissão Nacional de Belas Artes de 1952 a 56; membro de júri do Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca de 1957 a 1967; de 1966 a 74 foi secretário geral da Associação Nacional de Artes Plásticas, e membro de júri da comissão de Arte do IBEU de 1988 a 94. Participou das bienais de São Paulo desde a primeira em 1951 ate 1969, assim como da bienal de Barcelona 1956 e a do México em 1958. Recebeu diversos prêmios em salões oficiais, destacando-se Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes, em 1943; Prêmio de Viagem do Salão de Nacional de Arte Moderna em 1956, o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano em 1960 e o grande prêmio de pintura do Salão de Arte Moderna de Brasília em 1967. Das inúmeras exposições individuais e coletivas em museus e galerias, no Brasil e no exterior, destaca as individuais no MASP (Museu de Arte de São Paulo em 1950 e no MAM - SP (Museu de Arte Moderna) em 1955; na Maison de L’Amerique Latine em Paris, 1954; Em Lima, Peru, no Instituto de Arte Contemporânea 1957 e em 1965, no Centro de Estudos Brasileiros, onde também ministrou curso de pintura na Escola de Belas Artes; Galeria San Diego, Bogotá, Colômbia em, 1974; Centro de Estudos Brasileiros em Assunção, Paraguai em 1980. A grande retrospectiva da sua obra, “Trajetória” teve lugar no MNBA (Museu Nacional de Belas Artes), Rio de Janeiro em 1985. No verão de 1989, conheceu Maria Verônica Martins, também pintora, com quem passou a viver até a sua morte. Juntos realizaram diversas viagens e exposições no Brasil e exterior, das quais se destacam “Viagem de inverno”, no MNBA, Rio de Janeiro em 1994,“ Two Artists from Rio”, Galeria Calligrammes, Otawa, Canadá, 1997 e “ Die Entdeckung Brasiliens” no Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty em 2000.Em 1992 realizou , individual e ministrou curso no Museu de Arte do Rio Grande do Sul; em 1996 ; em 1998 “Frank Schaeffer e o mar”, Museu da Marinha; em 2001 no MNBA “Por terras e mares” ; em 2006 “Fidelidade” , no CC Laurinda Santos Lobo e em 2009 Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, ambas em Santa Teresa; em 2017, ”Centenário”, no Centro Cultural dos Correios, Rio de Janeiro.
Cronologia
1917 - Nasce em Belo Horizonte, lho de Lina e Alfred Schaeer, ambos alemães. Muda-se com a família para o Rio de Janeiro em 1927.
1933-35 - Estudou pintura com o russo Wlasek, no Rio de Janeiro.
1938-39 - Inicia os estudos de Engenharia na Universidade de Viena, e desenho livre com o professor Grom-Rottemeier em seu atelier, Áustria.
1940 - Obtém o 1º prêmio no Salão de Artes do Rio Grande do Sul.
1941 - Realiza sua 1ª exposição individual no Palace Hotel, Rio de Janeiro.
1943 - Medalha de Prata no Salão Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Formou-se em Engenharia pela Escola Nacional da Universidade do Rio de Janeiro. Exposição individual no Ministério da Educação, Rio de Janeiro.
1945 e 46 - Estuda Gravura em metal com Hans Steiner, no Rio de Janeiro. Assume como titular de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia - IME, onde leciona durante 56 anos.
1945 - Estuda pintura com Arpad Szenes, no Rio de Janeiro. Exposição individual na Galeria Müller em Buenos Aires, Argentina.
1948 e 49 - Obtém bolsa do governo francês e reside em Paris, onde estuda nos ateliês de Fernand Léger e André Lhote, e ainda Pintura mural e Gravura em metal com Robert Cami e Ducos de La Haille, na École de Beaux Arts.
1950 - Exposição individual, Museu de Arte de São Paulo. Exposição individual, Galeria Leopoldina em Porto Alegre.
1950 a 1984 - Ministra aulas de pintura em seu ateliê, no Rio de Janeiro.
1951 - Participa da I Bienal de São Paulo.
1952 / 55 / 56 - Membro da Comissão Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1953 a 55 - Reside na Noruega, a convite do governo, em Svolväer,nas Ilhas Lofoten. Lá expõe e faz palestras sobre o Brasil em diversas cidades. Participa do Salão Nacional de Oslo. Participa da II Bienal de São Paulo.
1954 - Exposição individual na Maison de l’Amerique Latine em Paris. Participa da mostra de 10 artistas brasileiros, em Grenoble, França.
1955 - Participa da III Bienal de São Paulo. Exposição individual no Museu de Arte Moderna de São Paulo. Exposição individual na Petit Galerie, Rio de Janeiro. Obtém Medalha de Prata no Salão Baiano, Salvador.
1956 - Participa da Bienal de Barcelona, Espanha. Exposição coletiva de 50 anos de paisagem brasileira, MAM São Paulo. Prêmio de Viagem ao País, no Salão Nacional de Arte Moderna, Rio. Adquire seu primeiro veleiro oceânico, Tovatã.
1957 - Exposição Individual no Instituto de Arte Contemporânea de Lima, Peru. Exposição coletiva itinerante Arte Contemporânea Brasileira, Buenos Aires, Santiago, Lima, Quito, e Caracas.
1957 a 67 - Membro de júri no Salão de Arte Moderna e do Salão Carioca, Rio.
1958 - I Bienal Interamericana do México, Cidade do México. Exposição coletiva O Trabalho na Arte, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1959 - Participa da V Bienal de São Paulo.
1960 - Ganha o Prêmio Jabuti de melhor ilustrador do ano com o livro Guerra e Paz, de Leon Tolstói. Participa do 1º Salão de Artes do Instituto Brasil Estados Unidos, Rio.
1961 - Participa da VI Bienal de São Paulo. Exposição individual na Galeria Barcinski, Rio.
1964 - Prêmio Nacional de Pintura, no Salão de Arte Moderna de Brasília.
1965 - Exposição individual no Centro de Estudos Brasileiros em Lima, Peru, onde ministra curso de Pintura na Escola de Belas Artes. Participa da VII Bienal de São Paulo. Exposição coletiva Resumo JB, MAM, Rio.
1966 - Exposição coletiva itinerante A Arte Brasileira Hoje, Inglaterra, Áustria, Alemanha e Bélgica.
1966 a 74 - Secretário Geral da Associação Nacional de Artes Plásticas.
1967 - Participa da VIII Bienal de São Paulo. Exposição Individual na Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1969 - Exposição coletiva Panorama Atual da Arte Brasileira, MAM, Rio. Participa da IX Bienal de São Paulo.
1972 a 74 - Faz parte da comissão de Arte do Instituto Italiano de Cultura.
1973 - Viagem ao México para pintar. Realiza um mural de 57 m2 no Clube de Engenharia, Rio de Janeiro.
1974 - Viagem à Guatemala, Equador e Colômbia, para pintar. Exposição individual na Galeria San Diego, Bogotá, a convite do Itamaraty. Adquire o veleiro Spray, que manteve até o m da vida.
1979 - Exposição Desenhos e Murais, MAM, Rio de Janeiro. Pinta seis grandes painéis sobre a Via Sacra, para a capela do Colégio Pedro II, Rio.
1980 - Viagem ao Paraguai, onde realiza exposição individual e ministra curso de pintura, no Centro de Estudos Brasileiros, em Assunção.
1982 - Exposição individual, Galeria Trevo, Rio de Janeiro.
1983 - Exposição individual Galeria Documenta, São Paulo. Curso de Pintura no Instituto de Belas Artes, Porto Alegre.
1984 - Exposição individual Mini Gallery, Rio de Janeiro.
1985 - Exposição Retrospectiva, Trajetória, no Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
1986 - Exposição coletiva Tempo de Guerra, Galeria Banerj. Exposição individual Galeria Cláudio Gil Studio Arte, Rio de Janeiro. Viagem à Ilha da Trindade para pintar, a convite da Marinha do Brasil.
1987 - Exposição individual na Galeria Guignard e Curso de Pintura na Escola Guignard, UFMG, Belo Horizonte. Exposição coletiva Ecologia, Petrobrás, Brasília.
1988 - Exposição individual, Galeria Mosaico, Porto Alegre. Exposição individual, Galeria Solo, Rio de Janeiro.
1988 a 1994 - Membro da comissão de Arte do IBEU, Rio de Janeiro.
1992 - Exposição Individual, Museu de Arte do Rio Grande do Sul, e curso de pintura a convite da Secretaria Municipal de Cultura em Porto Alegre.
1993 - Viagem à França para pintar, com sua companheira e também pintora Maria Verônica Martins, refazendo roteiros feitos de bicicleta, na década de 40. De 1993 a 2001 realizam juntos diversas viagens no Brasil, Europa, USA e Canadá, para pintar e expor.
1994 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Museu Nacional de Belas Artes, Rio.
1995 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Viagem de Inverno, Universidade Federal de Florianópolis, Santa Catarina.
1997 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Two Artists from Rio, Galerie Calligrammes, Ottawa, Canadá, a convite do Itamaraty.
1998 - Exposição individual Frank Schaeer e o Mar, Centro Cultural da Marinha, Rio de Janeiro.
2000 - Exposição conjunta com Maria Verônica Martins, Die Entdeckung Brasiliens, Consulado do Brasil em Munique, Alemanha, a convite do Itamaraty.
2001 - Exposição individual Por Terras e Mares, Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro.
2006 - Exposição individual Fidelidade, Centro Cultural Laurinda Santos Lobo, Rio de Janeiro.
2008 - Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 5 de julho.
2009 - Exposição póstuma no Museu da Chácara do Céu, Rio de Janeiro, como homenageado do evento Arte de Portas Abertas, Santa Teresa.
2017 - Centenário Frank Schaeer- Exposição em homenagem ao seu centenário de nascimento, Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro, com curadoria e produção de Maria Verônica Martins.
Críticas
"Frank Schaeffer ocupa um lugar todo especial na arte brasileira: sem se filiar a correntes ou tendências, sem pertencer a grupos, ele é respeitado por todos, por sua integridade, sua competência, suas atividades de verdadeiro profissional." Quirino Campofiorito (Pintor, crítico de arte, professor, caricaturista e gravador).
"Professor e pintor, Schaeffer tem cumprido sem oscilações o caminho fantástico de sua figuração. Paisagens e cenas do mar, antigas máquinas, hoje transformadas em pássaros enfocados por uma luz, por uma transfiguração de desastre e suspense. Há que aceitar a fábula de Shaeffer, pela integridade de sua inspiração, pela coerência de sua vida. Entre os que ainda se projetam na tela, um dos nossos melhores e mais definitivos." Walmyr Ayala (Poeta, romancista, memorialista e ensaísta).
"...Por ser independente e pessoal, a arte de Frank Schaeffer resiste tão bem ao tempo, por se basear em algo sólido, e não em coisas que se pegam no ar, que frequentemente são ecos dos acontecimentos dos grandes centros culturais. Frank Schaeffer não pretende ser o que não é, e é por isso que estamos diante de uma obra tão autêntica de um artista plástico que não tem vergonha de saber pintar, de conhecer a técnica -- nem de ser romântico e saber contar uma estória." Marc Berkovwitz (Crítico, catálogo de exposição, outubro 1979).
"...Frank Schaeffer volatiza as massas, põe em fusão a matéria, e transforma o esquema essencial de uma paisagem em algo entremeado de simbolismo, conservando certa forma, principia, contudo, a ser informal. O artista conserva do temário o núcleo, retendo-o em dinamização expressionista, e desfaz, dilui, os complementos e pormenores, até obter quase uma abstração lírica." José Geraldo Vieira (Crítico, jornal “Folha de São Paulo”, 03/08/63).
"...Dramáticas ou líricas, ameaçadoras ou românticas, formas e cores revelam como o artista sabe captar essas manifestações da natureza do mar em seus efeitos e aspectos mais sugestivos, da maneira mais integrada e identificada com o “eu mesmo” do artista. Profundo conhecedor do seu ofício, Frank Schaeffer emprega este talento para conseguir as mais arriscadas combinações cromáticas, alcançando assim plena unidade de estilo quando os tumultos e espetáculos do mar e da sua emoção se confundem e se realizam artisticamente." Livio Abramo (Gravador, catálogo de exposição, Assunção, Paraguai, 1980).
"...A cor e a coerência das formas, o ritmo vibrante das linhas e a sequência de planos e espaços rompendo a severidade da estrutura, ou, simplesmente, o eloquente silêncio das coisas sob o peso direto da luz, nos transmitem a forte e marcante personalidade artística de Frank Schaeffer e o seu complexo mundo espiritual que se exprime plasticamente com refinamento e profundidade." Wilson Rocha (Crítico, catálogo Galeria Oxumaré, Salvador, 1955).
Um olhar sobre Frank Schaeffer | Depoimento Eduardo Monteiro de Barros Roxo, ex-embaixador do Brasil
"Conheci Frank Schaeffer na década de 60, quando iniciei um curso de pintura com ele. Tive assim o privilégio de vê-lo pintando, de acompanhar sua trajetória artística. Pude mesmo adquirir algumas pinturas de diferentes fases da sua obra, admirar seus desenhos, murais e, principalmente, os gouaches, cuja técnica dominava como ninguém no mundo.
Impressionou-me sempre a força, expressividade e, sobretudo, a originalidade do seu traço e suas cores, riquíssimas e sábias.
Para mim é sempre um prazer descobrir nos seus quadros uma nova revelação, um detalhe de composição ou de colorido que não havia ainda reparado e ser levado a passear pelas paisagens.
Frank era uma força da natureza que tanto amava e com a qual se identificava: parecia um rio, uma praia, um barco, o próprio mar, ou uma fera mansa.
O valor do seu trabalho transcende as correntes artísticas, chegou para ficar e antevejo o dia em que verdadeiras multidões se apinharão para apreciar suas obras e adquiri-las a qualquer custo."
Exposições Individuais
1950/1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual
1954 - Paris (França) - Individual, na Maison de L´Amérique Latine
1968 - São Paulo SP - Individual
1972 - Belo Horizonte MG - Individual
1985 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Retrospectiva 1938 - 1985, no MNBA
1987 - Belo Horizonte MG - Individual
1990 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Solo Espaço de Arte
1996 - Porto Alegre RS - Paisagens - Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1998 - Rio de Janeiro RJ - Paisagens, na Galeria Sesc Copacabana
1999 - Rio de Janeiro RJ - Frank Schaeffer e o Mar, no Espaço Cultural da Marinha
2001 - Rio de Janeiro RJ - Por Terras e Mares, no MNBA - Sala Bernardelli
2006 - Rio de Janeiro RJ - Fidelidade - Centro Cultural Laurinda Santos Lobo
Exposições Coletivas
1940 - Rio Grande do Sul - 2º Salão do Instituto de Belas Artes - menção honrosa
1942 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - menção honrosa
1943 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes
1943 - São Paulo SP - 9º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia
1944 - Rio de Janeiro RJ - 50º Salão Nacional de Belas Artes, na MNBA
1946 - Rio de Janeiro RJ - Os Pintores vão à Escola do Povo, na Escola Nacional de Belas Artes
1951 - Rio de Janeiro RJ - Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados
1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna
1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia
1955 - Porto Alegre RS - Arte Brasileira Contemporânea, no Museu de Arte do Rio Grande do Sul
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1956 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Ferroviário, no Ministério da Educação e Cultura
1956 - Rio de Janeiro RJ - 5º Salão Nacional de Arte Moderna - prêmio viagem ao país
1957 - Buenos Aires - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Lima (Peru) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Arte Moderna
1957 - Rosário (Argentina) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - Santiago (Chile) - Itinerante Arte Moderna no Brasil
1957 - São Paulo SP - 4ª Bienal Internacional de São Paulo
1958 - México - 1ª Bienal Interamericana do México
1958 - Pará - 1º Salão Pan-Americano de Arte
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão de Arte A Mãe e a Criança
1958 - Rio de Janeiro RJ - Salão do Mar
1959 - São Paulo SP - 5ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1961 - Rio de Janeiro RJ - 1ª O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - Rio de Janeiro RJ - Natureza Morta na Pintura, na Galeria Ibeu Copacabana
1961 - São Paulo SP - 6ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Ciccilo Matarazzo Sobrinho
1962 - Pará - 9º Salão de Artes Plásticas do Instituto de Belas Artes
1963 - Rio de Janeiro RJ - A Paisagem como Tema, na Galeria Ibeu Copacabana
1963 - Rio de Janeiro RJ - Resumo JB, coletiva comemorativa do 4º Centenário do MAM/RJ
1963 - São Paulo SP - 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Bonn (Alemanha) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Bruxelas (Bélgica) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Londres (Inglaterra) - Mostra Arte Brasil Hoje
1965 - Rio de Janeiro RJ - 3ª Resumo de Arte JB, no MAM/RJ
1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1965 - Viena (Áustria) - Mostra Arte Brasil Hoje
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1972 - Curitiba PR - 29º Salão Paranaense, no Teatro Guaíra
1974 - Bogotá (Colômbia) - Mostra, na Galeria San Diego. Patrocinado pela Divisão Cultural do Itamarati
1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana
1981 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva Nuchy, Nuchy Galeria de Arte
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1984 - Rio de Janeiro RJ - Doações Recentes 82-84, no MNBA
1984 - Rio de Janeiro RJ - Pintura Brasileira Atuante, no Espaço Petrobras
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Ibeu Copacabana 25 Anos: 1960-1985, no Instituto Brasil-Estados Unidos
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Hotel Internacional, Galeria de Arte Banerj
1986 - Rio de Janeiro RJ - Tempos de Guerra: Pensão Mauá, na Galeria de Arte Banerj
1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show
1988 - Salvador BA - Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado
1994 - Rio de Janeiro RJ - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, no MNBA
1997 - Florianópolis SC - Viagem de Inverno, com Maria Verônica Martins, na UFSC
1997 - Ottawa (Canadá) - Two Artists From Rio, com Maria Verônica Martins, Galerie Calligrammes
1997 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados, no Espaço Cultural dos Correios
1999 - Niterói RJ - Mostra Rio Gravura. Acervo Banerj, no Museu do Ingá
1999 - Rio de Janeiro RJ - Mostra Rio Gravura. Gravura Moderna Brasileira: acervo Museu Nacional de Belas Artes, no MNBA
1999 - Rio de Janeiro RJ - Poemas Visitados Versão Preto e Branco, na Galeria Sesc Copacabana
2000 - Munique (Alemanha) – Die Entdenckung Brasiliens, com Maria Verônica, Consulado do Brasil.
2001 - Rio de Janeiro RJ - Aquarela Brasileira, no Centro Cultural Light
Exposições Póstumas
2009 - Rio de Janeiro RJ - Homenagem a Frank Schaeffer - Museu Chácara do Céu.
2017 - Rio de Janeiro RJ - Centenário - Centro Cultural dos Correios
2022 - Rio de Janeiro - A Afirmação Modernista: a paisagem e o popular carioca na Coleção Banerj – Paço Imperial
Fonte: Site Frank Schaeffer. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
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Frank Schaeffer | MARGS
Frank Schaeffer (Belo Horizonte, MG, 1917 - Rio de Janeiro, RJ, 2008) Fixado desde 1927 no Rio de Janeiro, nessa cidade iniciou seu aprendizado artístico, com Arpad Szenes. Com bolsa de estudos do governo francês, estudou entre 1948 e 1949 em Paris, com Fernand Léger e André Lhote, além de freqüentar a École des Beaux Arts como aluno de gravura de Robert Cami e de pintura mural de Ducos de la Haille. Efetuou posteriormente viagem à Noruega, a convite do governo desse país, realizando durante sua permanência exposições e palestras sobre arte brasileira. Anos mais tarde, em 1965, realizaria viagem ao exterior, dessa vez ao Peru, a fim de ministrar um curso na Escola de Belas Artes de Lima. Também atuou como professor de Desenho Técnico no Instituto Militar de Engenharia a partir de 1945, devido sua formação e vivência como engenheiro. Pintor de cunho expressionista destacou-se pelas suas aquarelas.
Fonte: MARGS. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.
Crédito fotográfico: Imagem extraída de rede social. Consultado pela última vez em 17 de fevereiro de 2025.