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Wesley Duke Lee

Wesley Duke Lee (São Paulo, SP, 21 de dezembro de 1931 — São Paulo, SP, 12 de setembro de 2010) foi um artista plástico brasileiro. Pioneiro na introdução da linguagem pop no Brasil, Duke Lee foi uma figura central na transição da arte moderna para a arte contemporânea no país. Iniciou sua trajetória artística como publicitário, mas logo se dedicou às artes visuais, estudando em Nova York na Parson’s School of Design e no American Institute of Graphic Arts. Influenciado por artistas como Robert Rauschenberg e Jasper Johns, sua obra evoluiu para uma mistura de surrealismo e realismo mágico, marcando a cena artística brasileira com trabalhos inovadores, como os primeiros happenings no Brasil. De volta ao Brasil, Wesley abandonou a publicidade e mergulhou na arte, fundando o "Grupo Rex" em 1966, ao lado de artistas como Nelson Leirner e Geraldo de Barros. Este grupo era conhecido por sua crítica ao mercado de arte tradicional e sua postura irreverente. Ao longo de sua carreira, Wesley explorou diversas mídias e técnicas, incluindo gravura, pintura, e experiências com tecnologias novas na Califórnia. Seu trabalho não apenas desafiou convenções, mas também trouxe novas perspectivas à arte brasileira, consolidando sua posição como um dos artistas mais influentes do século XX.

Wesley Duke Lee | Arremate Arte

Wesley Duke Lee (1931-2010) foi um dos artistas plásticos mais inovadores e provocativos do Brasil, reconhecido por sua contribuição na transição da arte moderna para a arte contemporânea no país. Nascido em São Paulo, Wesley teve uma formação internacional, estudando artes gráficas em Nova Iorque e artes plásticas em Paris, onde foi influenciado por movimentos como o surrealismo e o pop art. Sua obra, marcada pela irreverência e crítica social, começou a ganhar destaque na década de 1960, quando ele retornou ao Brasil após suas experiências no exterior.

No início dos anos 60, Wesley iniciou um movimento que culminaria na criação do "Realismo Mágico", integrando elementos do surrealismo com a pop art. Em 1963, realizou o primeiro happening no Brasil, um evento de vanguarda que combinava artes visuais com performances ao vivo. Este tipo de evento, inovador para a época, foi um marco na história da arte brasileira. Wesley também foi um dos fundadores do "Grupo Rex", que se destacou pela sua crítica ácida e bem-humorada ao cenário artístico da época, questionando as instituições e o mercado de arte. O grupo, embora de curta duração, teve um impacto significativo na arte contemporânea brasileira.

Wesley Duke Lee foi um artista que nunca fugiu da polêmica e sempre buscou desafiar as convenções artísticas. Sua versatilidade como desenhista e pintor o levou a experimentar com diferentes materiais e técnicas, incluindo o uso pioneiro de tecnologia digital na criação de suas obras. Mesmo após sua morte em 2010, Wesley continua sendo uma referência essencial na história da arte brasileira, celebrado por sua ousadia e pela profunda influência que exerceu sobre as gerações seguintes de artistas.

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Wesley Duke Lee | Itaú Cultural

Wesley Duke Lee (São Paulo, São Paulo, 1931 – Idem, 2010). Desenhista, gravador, artista gráfico, professor. O artista destaca-se como pioneiro na incorporação dos temas e da linguagem pop no Brasil. 

Faz curso de desenho livre no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1951. No ano seguinte, viaja para os Estados Unidos e estuda na Parson's School of Design e no American Institute of Graphic Arts, em Nova York, até 1955. Nessa época, acompanha as primeiras manifestações da arte pop e vê trabalhos dos artistas estadunidenses Robert Rauschenberg (1925-2008), Jasper Johns (1930) e Cy Twombly (1928-2011).

No Brasil, em 1957, deixa a publicidade e torna-se aluno do pintor italiano Karl Plattner (1919-1989), com quem trabalhou em São Paulo e, posteriormente, na Itália e na Áustria, até 1960. Nessa época, vive também em Paris e frequenta a Académie de la Grande Chaumière e o ateliê do gravurista germano-francês Johnny Friedlaender (1912-1992). Retornou ao Brasil em 1960. 

Em 1963, realiza, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O grande espetáculo das artes, um dos primeiros happenings do Brasil. No mesmo ano, procura organizar um movimento artístico, o realismo mágico, ao lado de Bernardo Cid (1925-1982), Otto Stupakoff (1935-2009), Pedro Manuel-Gismondi (1925-1999) entre outros artistas. O aspecto figurativo do movimento é uma alternativa à academização do abstracionismo no Brasil.

Paralelamente a esse movimento, dá aulas aos jovens artistas Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Luiz Paulo Baravelli (1942) entre outros alunos, com quem trabalha intensamente por cerca de dois anos. Nessa época, a produção do pintor sai do plano e ganha o espaço tridimensional. Obras como O trapézio ou uma confusão (1966) e O helicóptero (1967) já se articulam como ambientes.

Em 1966, com artistas como Nelson Leirner (1932-2020), Geraldo de Barros (1923-1998) e José Resende, funda, como reação ao mercado de arte, o Grupo Rex, que existe até 1967.

Em 1969, mora na Califórnia, onde tem experiências com novas tecnologias e leciona na Universidade do Sul da Califórnia, em Irvine. Durante a década de 1970, lida com outras tradições, como a cartografia, a caligrafia oriental e os desenhos de botânica.

Vanguardista, Wesley Duke Lee contribui para o universo das artes plásticas por meio de mídias distintas e cruza fronteiras trazendo informações novas para o público brasileiro. O artista é um dos responsáveis centrais pela divulgação da linguagem pop no nosso país.

 Críticas

"As pinturas e os desenhos deste jovem artista brasileiro revelam, à primeira vista, toda uma série de qualidades não comuns: uma sensibilidade refinada, um domínio técnico, um gosto complexo que testemunha um preparo inteligente. É como uma osmose contínua entre referências à realidade e referências aos dados da cultura, nestas imagens nitidamente, amorosamente definidas. Isto é o fulcro imediato do real subitamente filtrado através do plano da fantasia e da memória cultural mais apto a fornecer elementos estilísticos mais apropriados ao caráter da imagem. É um divertissement refinado, se não a mais elegante ironia, que depois se revela em sério empenho poético voltado a dar forma precisa e original às invenções e variações da 'figura' que o sonho, ou o estro intelectual, ou a quase venenosa sensualidade, possam sugerir a sua inspiração. As referências a Redon, aos grandes vienenses da Secession, a Klee, a Michaud, a Schwitters podem ser feitas com facilidade mas não como uma acusação de refinamento eclético, e sim como apoio linguístico para um discurso coerente que serve de tais remessas como à realidade e à natureza.

Um discurso brilhante e patético ao mesmo tempo, que toca motivações intimistas e temas nostálgicos subitamente envolvidos por formas racionalmente elaboradas, e cristalizadas através de uma objetivação preciosa de alusões culturais. Excelente desenhista, de medidas e ritmo límpido e imediato colorista que sabe confiar às diversas qualidades do tom luminoso da matéria uma intensa eficácia lírica, Duke Lee empenhado na via excitante e arriscada do acordo entre 'diário' e 'conto' é artista que afirma a sua personalidade e sua linguagem íntegra e espontânea, através de diversas citações de leitor agudo, apaixonado quanto livre, e até sem piedade, nos seus julgamentos e nas suas anotações particulares" — Franco Russoli (RUSSOLI, Franco. Apresentação de Exposição Galleria Sistina - Milão. Abril de 1963. In: COSTA, Cacilda Teixeira da. (org.). Antologia Crítica de Wesley Duke Lee. São Paulo: Galeria Paulo Figueiredo, 1981.p.14-15).

"Quem visitou a Bienal de Tóquio este ano deve ter-se surpreendido pelas nove incomuns pinturas na Seção Brasileira.

Toques informais, linhas de várias forças e cores brilhantes são combinados em construções de corpos femininos simbolizando animais e plantas. Vários pedaços da pintura são deixados vazios onde se inscrevem letras e palavras. Uma das pinturas chamadas A Zona: abre tem uma folha de figueira conservada dentro de um plástico sobre o sexo de uma mulher deitada. Outra, intitulada A Zona: mindah!, tem um rádio transístor embutido na moldura. Eu não sabia muito sobre a arte moderna brasileira. Até então via suas entradas nas bienais anteriores tais como pinturas de nus em estilo fauvista, cópias de xilogravuras um tanto soltas e geometrias abstratas na maneira de Max Bill (1908-1994), e não tinha estes trabalhos em alta conta.

Eu gostaria de dizer que pela primeira vez as obras acima mencionadas do artista Wesley Duke Lee da sua série Zona conseguiram expressar uma característica nacional do Brasil. Brasil - um caldeirão onde se misturam índios, negros, europeus, dos quais a maioria de origem portuguesa; uma estranha mescla entre o primitivo e o moderno; uma terra de vastas construções e rápida industrialização entre canibais vivendo com o misterioso Amazonas ao fundo.

Wesley Duke Lee com seu estilo descontraído expõe a paixão e o ennui, a gargalhada e a modéstia que são parte desta civilização única. Os rostos femininos de suas pinturas formam estranhos signos e sua fantasia é cheia de sensualidade.

Em suas pinturas, parecem predominar os espaços brancos do niilismo, mas carregados de espontaneidade, espírito e energia" — Ichiro Haryu (HARYU, Ichiro. Realismo Mágico. Apresentação de Exposição Tokio Gallery. Tokio: julho de 1965. In: COSTA, Cacilda Teixeira da. (org.). Antologia Crítica de Wesley Duke Lee. São Paulo: Galeria Paulo Figueiredo, 1981.p.17).

"Imagens de vida e de morte, de luta e de harmonia sucedem-se em Viagem à Grécia. Essa dialética, entretanto, não representa uma bipolaridade insolúvel, e sim o pleno desenvolvimento do mito cosmogônico, pois vida e morte, criação e destruição são situações igualmente novas, a exigir a renovação do primeiro gesto arquetípico.

Se o mundo é um fluxo constante, um devir, o começo e o fim não poderão deixar de se articular dialeticamente: a luta do velho e do moço, o caos, a harmonia imbricam-se, perseguem-se ao longo da viagem de Wesley, resolvem-se parcialmente até encontrarem a figura integradora (o filósofo) e harmonia final (o Graal) num longo processo ativado pelo princípio feminino. Símbolo de nascimento e renascimento (iniciação), a imagem feminina evolui do arquétipo (Kore, Grande Mãe) ao estereótipo (a feminilidade glamurizada), até converter-se na encarnação da consciência e participar do nascimento do herói, fruto da harmonização entre o moço e o velho.

Vida e morte desempenham um outro papel em Viagem à Grécia, se percebemos na obra uma representação dos ritos de iniciação. Alguns episódios mais evidentes - a luta armada, a entrada na flores - são uma clara manifestação do eixo morte/nascimento. Uma morte que não representa um fim e sim transição para um novo modo de vida. Uma volta necessária ao Caos para tornar possível uma nova Criação. A descoberta dos mistérios da existência humana - o sagrado, a sexualidade, a morte:

'Filosoficamente falando, a iniciação equivale a uma mutação ontológica do regime existencial. Ao final de suas provas, o neófito desfruta de uma outra existência que não a de antes da iniciação: ele torna-se um outro.' (M. Eliade, apud: P. Vidal-Naquet, "Os jovens", in J. Le Goff e P. Nora, História: novos objetos. Rio de Janeiro, 1976, p. 122.)

Temporalidade, criação, projeção utópica, cosmogonia, iniciação. Os planos do mito são múltiplos, mas apresentam uma coerência interna, consubstanciada no gesto primeiro.

A recuperação da 'memória coletiva', a viagem no tempo (e Wesley funde várias temporalidades: o panteão grego, o helicóptero de Leonardo, o Graal, símbolos atuais), longe de constituírem uma barreira paralisadora são, ao contrário, a afirmação da possibilidade constante de transformação da realidade" — Annateresa Fabris (FABRIS, Annateresa. O Espaço do Mito. São Paulo: 1978. COSTA, Cacilda Teixeira da. (org.). Antologia Crítica sobre Wesley Duke Lee. São Paulo: Galeria Paulo Figueiredo, 1981.p. 36-37).

"A obra de Wesley Duke Lee constrói-se por meio de séries que se relacionam a técnicas, materiais, processos e concepções próprios a cada uma. Em contracanto, permanecem conceitos, substâncias da forma que o artista capta (por vezes, numa narrativa intensa) e 'apresenta' em desenhos, pinturas, gravuras, ambientes, livros de artista, instalações e vídeos. Pode-se dizer que a poesia (no sentido mais amplo e originário da expressão) permeia estas seqüências, representações diversas de uma preocupação essencial: os mistérios da origem, do sagrado, da sexualidade e da morte. O experimentalismo de Wesley atravessa seu modo de ser e criar; entretanto, uma conexão profunda subjaz a essas variantes e orienta as modificações.

Assim, no desenrolar de seu trabalho, em diferentes expressões da imagem, modifica os sistemas tradicionais de representação, vivenciando intensamente cada meio disponível, da têmpera medieval ao computador. Para ele, todos são fascinantes, mas não têm nenhum sentido especial se não passar por eles um conceito, o fazer com significado decorrente da presença erótica de uma verdade profunda. E Wesley acredita que é fundamental uma atitude ética e integradora que dê sentido a todas essas percepções.

Professor e mestre, sua forma de sentir e fazer arte se dissemina por meio da Escola Brasil:, fundada por seus alunos. Conseqüentemente, apesar de seu distanciamento, exerce forte influência no meio das artes e marca as novas gerações com sua postura singular" — Cacilda Teixeira da Costa (COSTA, Cacilda Teixeira da. Retrospectiva Wesley Duke Lee. In: LEE, Wesley Duke. Retrospectiva Wesley Duke Lee. Texto de Cacilda Teixeira da Costa. São Paulo: Masp; Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1992/1993. p.11, p.33).

Depoimentos

"A intenção nem era essa, somente eu mostrava o que estava fazendo, minha ?imaginária? pessoal, fruto do meu aprendizado e vivência.

Mas, muita gente não entendeu, pensou que era vale-tudo, deu uma tremenda agitação. Eu não pretendia provocar reação tão violenta, porque, inclusive, tinha um efeito negativo sobre minha pessoa. Estava a fim de me unir aos outros e assim era mais marginalizado.

Posso dizer, com grande conhecimento, que não é fácil ser marginal. No entanto, o que faz ser um artista, isto é, o acesso que você tem a certos estados, marginaliza automaticamente e não há saída.

É uma posição difícil, que causa imensa confusão, até que, com a idade, isso começa a não ter importância.

Contudo, eu nunca fiquei de fora e sou um profundo participante; só que não pertenço ao grupo (e nem adiantaria nada entrar para ele, seria mera formalidade).

O meu objetivo, como de qualquer artista, é o grupo dos 'colegas': dos Van Gogh, Cézanne, Picasso e Matisse e isso nem é um grupo, é uma subjetividade.

Com o tempo compreendi que a segregação, a impossibilidade de assimilação fazem parte do processo e que é preciso aceitá-las. Quando mais jovem, resistia à marginalidade (hoje até brinco com a coisa).

Naquela época, além de tudo, era fase da Série das Ligas, considerada altamente pornográfica. Achavam que eu era um tarado sexual, que tinha fixação em liga e acabou.

Fui cortado do Salão, da Bienal, ninguém mais queria expor meus trabalhos. Não entendiam, eu me permitia romper, ser livre, e isso era uma barreira incrível.

O que fazia não era 'parecido', você entende?

Só me restava, portanto, a ação individual. Foi quando aconteceram os happenings. Fiz a exposição no João Sebastião Bar, porque não tinha onde expor, e então 'cometi' lá minhas invenções, coloquei lanternas na entrada e as pessoas vinham, de lanterna, ver os quadros um por um porque o bar era muito escuro. Veio até choque da polícia, pois a exposição era erótica e não sei mais o quê" — Wesley Duke Lee (COSTA, Cacilda Teixeira da. Wesley Duke Lee. Rio de Janeiro: Funarte, 1980. (Coleção Arte Brasileira Contemporânea). p.20-21).

Exposições Individuais

1961 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Sistina

1962 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Michel

1963 - Milão (Itália) - Individual, na Galeria Sistina

1963 - São Paulo SP - Wesley Realista Mágico apresenta A Exposição, no João Sebastião Bar (primeiro happening no Brasil)

1964 - Rio de Janeiro RJ - Wesley: têmperas e desenhos, na Petite Galerie

1964 - São Paulo SP - Pau Brasil, na Galeria Atrium

1964 - Viena (Áustria) - Individual, na Nebehay Gallery

1965 - São Paulo SP - W.D.Lee, na Seta Galeria de Arte

1965 - Tóquio (Japão ) - Wesley Duke Lee Exhibition, na Tokio Gallery

1968 - São Paulo SP - A Zona - Considerações: retrato de Assis Chateaubriand, no MAC/USP

1970 - São Paulo SP - Iconografia Botânica, na Galeria Ralph Camargo

1972 - São Paulo SP - Wesley Duke Lee: três livros de gravuras e um caderno de desenho, no Masp

1975 - Exposição de desenhos realizados para o Relatório Anual para as Financeiras Itaú

1976 - São Paulo SP - As Sombra Ações, na Galeria Luisa Strina

1976 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina

1977 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina

1977 - São Paulo SP - Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas, etc., na Galeria Luisa Strina

1978 - Rio de Janeiro RJ - Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas etc, na Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt

1978 - São Paulo SP - Minha Viagem à Grécia no Helicóptero de Leonardo da Vinci, no Masp

1979 - Rio de Janeiro RJ - Série Papéis, na Bolsa de Valores de São Paulo

1979 - São Paulo SP - Série Papéis, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

1979 - São Paulo SP - Série Papéis, na Galeria Luisa Strina

1980 - Porto Alegre RS - Mapas, na Galeria Salamandra

1980 - Ribeirão Preto SP - Papéis, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto

1980 - São Paulo SP - Cartografia Anímica, na Galeria Luisa Strina

1980 - São Paulo SP - Obra-Prima do Masp, no Centro Campestre Sesc

1981 - São Paulo SP - Indvidual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte

1986 - São Paulo SP - O Triumpho de Maximiliano I, no Escritório de Arte São Paulo

1991 - São Paulo SP - Os Trabalhos de Eros: preparação para a anunciação da era do filho, na Kate Art Gallery

1992 - São Paulo SP - Retrospectiva Wesley Duke Lee, no Masp

1993 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva Wesley Duke Lee, no CCBB

1999 - São Paulo SP - O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Albedo, no Escritório de Arte São Paulo

1999 - São Paulo SP - O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Rubedo, no Escritório de Arte São Paulo

2000 - São Paulo SP - O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Nigredo, no Escritório de Arte São Paulo

2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, no CCSP

2005 - São Paulo SP - Wesley Duke Lee: duas séries inéditas dos anos 60, na Pinacoteca do Estado

2006 - São Paulo SP - Individual, na Valu Oria Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1955 - São Paulo SP - 1º Salão de Propaganda de São Paulo - duas menções honrosas

1961 - São Paulo SP - Coletiva de Artes Plásticas. Solidariedade aos Presos Políticos de Espanha e Portugal, na Galeria Prestes Maia

1961 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Astréia

1962 - Madri (Espanha) - Arte de America y España, no Instituto de Cultura Hispânica de Madrid

1962 - São Paulo SP - Obras do Acervo, na Galeria Sistina

1963 - Campinas SP - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no Centro de Ciências, Letras e Artes. Museu Carlos Gomes

1963 - São Paulo SP- 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, na Faap

1964 - Belo Horizonte MG - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no Museu de Arte da Pampulha - MAP

1964 - Belo Horizonte MG - Phases, na UFMG. Grande Galeria do Saguão da Reitoria

1964 - Bruxelas (Bélgica) - Phases, no Musée D'Ixelles

1964 - Curitiba PR - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no Museu de Arte do Paraná

1964 - Milão (Itália) - Coletiva, na Galleria Santa Maria di Piazza

1964 - Ribeirão Preto SP - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, na Escola de Artes Plásticas

1964 - Rio de Janeiro RJ - 2º O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana

1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana

1964 - Rio de Janeiro RJ - Phases, no MAM/RJ

1964 - São Paulo SP - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, no MAC/USP

1964 - São Paulo SP - Arte no IAB, no IAB/SP

1964 - São Paulo SP - Exposição Phases, no MAC/USP

1964 - São Paulo SP - Homenagem às Galerias de São Paulo, na Sociedade Amigos da Cinemateca

1964 - Taubaté SP - Mostra de Arte, na Galeria Mobilia/Galeria Seta

1965 - Belo Horizonte MG - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, no MAP

1965 - Caracas (Venezuela) - Evaluacion de la Pintura Latino Americana Años 60, no Museo de Bellas Artes

1965 - Curitiba PR - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, na Secretaria do Estado de Educação - 1º prêmio

1965 - Florianópolis SC - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, no Masc

1965 - L'Aquila (Itália) - Bienal de L'Aquila

1965 - Londres (Inglaterra) - Brazilian Art Today, na Royal Academy of Arts

1965 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65, no MAM/RJ

1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1965 - São Paulo SP - Aquisições e Doações Recentes, no MAC/USP

1965 - São Paulo SP - Gráficos Brasileiros, na FAU/USP

1965 - São Paulo SP - PropostaS 65, na MAB/Faap

1965 - Tóquio (Japão) - 8ª Bienal de Tóquio - Prêmio International Art Promotion Award

1965 - Viena (Áustria) - Brasilianische Kunst Heute, no Museum für Angewandte Kunst

1966 - Assunção (Paraguai) - Arte Hoy en el Brasil, na Galeria da Missão Cultural Brasileira

1966 - Austin (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, na The University of Texas at Austin. Archer M. Huntington Art Gallery

1966 - Bonn (Alemanha) - Brasilianische Kunst Heute, no Beethovenhalle

1966 - Londres (Inglaterra) - Small Works: paintings graphics, sculpture, na Axion Gallery

1966 - Nova York (Estados Unidos) - The Emergent Decade: Latin American painters and paintings in the 1960's, no Solomon R. Guggenheim Museum

1966 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão de Abril, no MAM/RJ

1966 - Rio de Janeiro RJ - O Artista e a Máquina, no MAM/RJ

1966 - Rio de Janeiro RJ - Supermercado 66, no Galeria Relevo

1966 - São Paulo SP - Aviso: É a Guerra, no Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Descoberta da América, na Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Flash Back, na Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Galeria Rex: exposição inaugural, na Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP

1966 - São Paulo SP - O Artista e a Máquina, no Masp

1966 - Veneza (Itália) - 33ª Bienal de Veneza

1967 - Belgrado (Sérvia e Montenegro) - Dimenzije Realnog, na Galerija Doma Omladine

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1967 - São Paulo SP - O Ato de Criação, na Rex Gallery & Sons - em homenagem a Marcel Duchamp

1968 - Campo Grande MS - 28 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Galeria do Diário da Serra

1968 - Florianopólis SC - 1ª Exposição Nacional de Artes Plásticas, no Masc

1968 - Rio de Janeiro RJ - A Gravura Brasileira, no Museu Histórico Nacional - MHN

1968 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Miani

1969 - Belém PA - 28 Artistas das Novas Gerações, na UFPA

1969 - Fortaleza CE - 28 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Centro de Artes Visuais Raimundo Cela

1969 - São Paulo SP - 28 Artistas das Novas Gerações, no MAC/USP

1969 - São Paulo SP - Artistas Pioneiros da Arte Fantástica no Brasil, no Teatro Itália

1969 - Tóquio (Japão) - Dialogue Between the East and the West, no The National Museum of Modern Art

1970 - Campina Grande PB - 27 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Museu de Arte da Fundação Universidade Regional do Nordeste

1970 - Olinda PE - 27 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no MAC/Olinda

1970 - São Paulo SP - Arte Fantástica, na Galeria Astréia

1970 - São Paulo SP - Arte Fantástica, na Seta Galeria de Arte

1971 - Rio de Janeiro RJ - A Grande Década, Abstracionismo Brasileiro: algumas obras dos anos 1955-1965, na Galeria Barcinsky

1971 - Rio de Janeiro RJ - Gravura, no MAM/RJ

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - Arte Brasil Hoje, no Banco Novo Mundo

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio

1972 - São Paulo SP - Coletiva, em A Galeria

1973 - Brasília DF - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand em Brasília, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

1973 - Bruxelas (Bélgica) - Image du Brésil, no Manhattan Center

1974 - São Paulo SP - Galeria Luisa Strina: mostra inaugural, na Galeria Luisa Strina

1976 - Paris (França) - Brasil: artistas do século XX, na Artcurial

1976 - Rio de Janeiro RJ - Preview 76, na Graffiti Galeria de Arte

1976 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Luisa Strina

1978 - Caracas (Venezuela) - Cuatro Artistas Brasileños, no Banco do Brasil

1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil anos 60, na MAB/Faap

1979 - São Paulo SP - Coletiva, no Galpão

1979 - São Paulo SP - Eros/Mostra de Arte, na Galeria Arte Aplicada

1979 - São Paulo SP - Volta à Figura: década de 60, no Museu Lasar Segall

1979 - Tóquio (Japão) - 24 Brazilian Contemporary Engravers Exhibition

1980 - Curitiba PR - 2ª Mostra do Desenho Brasileiro, no Teatro Guaíra

1980 - Santiago (Chile) - 20 Pintores Brasileños, na Academia Chilena de Bellas Artes

1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, no Escritório de Arte São Paulo

1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery

1984 - Londres (Inglaterra) - Portrait of Country: brazilian modern art from the Gilberto Chateubriand collection, na Barbican Art Gallery

1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Rio de Janeiro RJ - Caligrafias e Escrituras, na Funarte. Galeria Sérgio Milliet

1985 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65, na Galeria de Arte Banerj

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1985 - São Paulo SP - A Arte do Imaginário, na Galeria Encontro das Artes

1985 - São Paulo SP - Tendências do Livro de Artista no Brasil, no CCSP

1986 - São Paulo SP - Pedra Dura em Água Molha, Tanto Bate, Até que Dura, no Museu da Casa Brasileira

1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1987 - São Paulo SP - 19ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano, na Fundação Bienal

1987 - São Paulo SP - Palavra Imágica, no MAC/USP

1988 - Nova York (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States: 1920-1970, no The Bronx Museum of the Arts

1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan

1989 - El Paso (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, no El Paso Museum of Art

1989 - Recife PE - Jogo de Memória

1989 - Rio de Janeiro RJ - Jogo de Memória, no Montesanti Galleria

1989 - Rio de Janeiro RJ - Ontem, Hoje, Amanhã, na Galeria do Centro Empresarial Rio

1989 - San Diego (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, no San Diego Museum of Art

1989 - San Juan (Porto Rico) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, no Instituto de Cultura Puertorriqueña

1989 - São Paulo SP - 20ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1989 - São Paulo SP - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1989 - São Paulo SP - Acervo da Galeria São Paulo, no Escritório de Arte São Paulo

1989 - São Paulo SP - Jogo de Memória, na Galeria Montesanti Roesler

1989 - São Paulo SP - Jogo de Memória, na Galeria Montesanti Roesler

1990 - Atami (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Brasília DF - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Curitiba PR - 1ª Bienal Brasileira de Design

1990 - Miami (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States: 1920-1970, no Center for the Fine Arts Miami Art Museum of Date

1990 - Rio de Janeiro RJ - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Rio de Janeiro RJ - Armadilhas Indígenas, na Funarte

1990 - São Paulo SP - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea, na Fundação Brasil-Japão

1990 - São Paulo SP - Armadilhas Indígenas, no Masp

1990 - Sapporo (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Tóquio (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Veneza (Itália) - 44ª Bienal de Veneza

1991 - São Paulo SP - O Que Faz Você Agora Geração 60?: jovem arte dos anos 60 revisitada, no MAC/USP

1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura de Poços de Caldas

1992 - São Paulo SP - A Sedução dos Volumes: os tridimensionais do MAC, no MAC/USP

1992 - São Paulo SP - Anos 60/70: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, na Galeria de Arte do Sesi

1992 - São Paulo SP - Branco Dominante, no Escritório de Arte São Paulo

1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA

1993 - Rio de Janeiro RJ - Emblemas do Corpo: o nu na arte moderna brasileira, no CCBB

1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi

1993 - São Paulo SP - Obras para Ilustração do Suplemento Literário: 1956-1967, no MAM/SP

1994 - Belo Horizonte MG - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70

1994 - Penápolis SP - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, na Itaugaleria

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa da Cultura

1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1994 - Rio de Janeiro RJ - Trincheiras: arte e política no Brasil, no MAM/RJ

1994 - Rio de Janeiro RJ - Via Fax, no Museu do Telephone

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, no Itaú Cultural

1994 - São Paulo SP - Senses: um olhar sensível sobre a arte atual, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ

1995 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65: 30 anos, no CCBB

1995 - São Paulo SP - Artistas Colecionistas, na Valu Oria Galeria de Arte

1996 - Brasília DF - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, no Itaugaleria

1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp, Sesc, Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia

1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP

1997 - São Paulo SP - Phases: surrealismo e contemporaneidade - Grupo Austral e Cone Sul, no MAC/USP

1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1998 - São Paulo SP - Afinidades Eletivas I: o olhar do colecionador, na Casa das Rosas

1998 - São Paulo SP - Década de Setenta, na Galeria de Arte São Paulo

1998 - São Paulo SP - Destaques da Coleção Unibanco, no Instituto Moreira Salles

1998 - São Paulo SP - Figurações: 30 anos na arte brasileira, no MAC/USP

1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp

1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria

1999 - Rio de Janeiro RJ - Cotidiano/Arte. Objeto Anos 60/90, no MAM/RJ

1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte. Objeto Anos 60/90, no Itaú Cultural

1999 - São Paulo SP - Transcendências: caixas do ser, na Casa das Rosas

2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, na Fundação Calouste Gulbenkian. Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

2000 - São Paulo SP - Ars Erótica: sexo e erotismo na arte brasileira, no MAM/SP

2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento: Arte Contemporânea, na Fundação Bienal

2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap

2002 - Fortaleza CE - Ceará Redescobre o Brasil, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no MAC-Niterói

2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo, no Paço Imperial

2002 - Rio de Janeiro RJ - Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake

2003 - Rio de Janeiro RJ - Grupo Rex/Escola Brasil, no MAM/RJ

2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Aproximações do Espírito Pop: 1963-1968, no MAM/SP

2003 - São Paulo SP - Arteconhecimento: 70 anos USP, no MAC/USP

2003 - São Paulo SP - Estética do Fluido, no MAM/SP - Espaço MAM - Villa-Lobos

2004 - São Paulo SP - Arte Contemporânea no Acervo Municipal, no CCSP

2004 - São Paulo SP - Novas Aquisições: 1995 - 2003, no MAB/Faap

2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural

2004 - São Paulo SP - São Paulo 450 Anos: a imagem e a memória da cidade no acervo do Instituto Moreira Salles, no Centro Cultural Fiesp

2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, no CCSP

2005 - São Paulo SP - 10 Anos de um Novo MAM: antologia de um acervo, no MAM/SP

2005 - São Paulo SP - Erotica: os sentidos na arte, no CCBB

2005 - São Paulo SP - Nave dos Insensatos, no MAC/USP

2005 - São Paulo SP - O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, no Itaú Cultural

2005 - São Paulo SP - O Retrato como Imagem do Mundo, no MAM/SP 

2006 - Rio de Janeiro RJ - Erotica: os sentidos na arte, no CCBB

Fonte: WESLEY Duke Lee. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 02 de setembro de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Duke Lee | Wikipédia

Filho de William Bowman Lee Jr, descendente de uma família do sul dos Estados Unidos, e de Odila de Oliveira Lee, filha de portugueses do Douro e Beira Alta, Wesley inicia seus estudos no curso de desenho livre do MASP, em 1951. No ano seguinte, embarca para Nova York, onde estuda na Parsons School of Design e no American Institute of Graphic Arts até 1955 e entra em contato com a obra de Robert Rauschenberg, Jasper Johns Cy Twombly e com a pop art em geral. De volta ao Brasil, abandona a carreira publicitária e estuda pintura com o italiano Karl Plattner, que então vivia no Brasil. Acompanha-o à Itália e à Áustria até 1960. Também viaja a Paris, onde tem aulas na Académie de la Grande Chaumière e no ateliê de Johnny Friedlaender.

Novamente retorna ao Brasil, em 1963. Ousado e polêmico, inicia um trabalho com jovens artistas e realiza, em 23 de outubro do mesmo ano, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O Grande Espetáculo das Artes, um dos primeiros happenings do Brasil. Com Maria Cecília Gismondi, Bernardo Cid, Otto Stupakoff e Pedro Manuel-Gismondi, entre outros, procura formar um grupo dedicado ao Realismo Mágico. Participou também, em 1966, da fundação do Grupo Rex, com Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser. A iniciativa, uma reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960, perdurou até 1967, desdobrou-se no espaço alternativo Rex Gallery & Sons e no jornal Rex Time. Desenhista, gravador, pintor e professor, Wesley Duke Lee foi um dos introdutores da Nova Figuração no Brasil.

Entre 1964 e 1966, a convite de Walter Zanini, primeiro diretor do MAC-USP, participa, juntamente com Bin Kondo, Fernando Odriozola e Yo Yoshitome, do Phases, movimento artístico surgido na França, a partir do surrealismo.

Em 1964, foi um dos primeiros voluntários para testes sobre os efeitos do LSD, numa clínica em São Paulo. Tomava o ácido e se trancava numa sala para desenhar. Essa experiência resultou nas séries Lisérgica e Da Formação de um Povo, ambas dotadas de forte carga política contra o regime militar que se instalava no país. Em entrevista cedida ao Museu da Pessoa, ele afirma:

"Eu menino ouvi dizer do meu avô que 'pintura é ferramenta do Diabo' [...] E ele tinha razão, né? A arte arrebenta com o dogma, seja ele qual for. Por isso que os artistas são sistematicamente perseguidos por qualquer grande movimento dogmático que apareceu. Os artistas serão crucificados porque eles atrapalham a implantação do dogma."

Nos anos 1980, trabalhou no Centro de Reprodução Xerox, em Nova York, incorporando fotocópia, Polaroid, vídeo e computação gráfica ao seu trabalho. Duke Lee teve trabalhos expostos na 44ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Tóquio. Dizia-se influenciado pelo movimento dadaísta, pela pop art e pela publicidade.

O artista expôs em São Paulo pela última vez em 2006. Sofria, desde 2007, do Mal de Alzheimer e faleceu em 12 de setembro de 2010, aos 78 anos de idade, vítima de complicações respiratórias decorrentes de sua doença. No dia de sua morte, realizava-se no Rio de Janeiro uma exposição retrospectiva da sua carreira.

Exposições Individuais

1961 - São Paulo SP – Individual, na Galeria Sistina

1962 - São Paulo SP – Individual, na Galeria Michel

1963

Milão (Itália) – Individual, na Galeria Sistina

São Paulo SP – Wesley Realista Mágico apresenta A Exposição, no João Sebastião Bar (primeiro happening no Brasil)

1964

Rio de Janeiro RJ – Wesley: têmperas e desenhos, na Petite Galerie

São Paulo SP – Pau Brasil, na Galeria Atrium

Viena (Áustria) – Individual, na Nebehay Gallery

1965

São Paulo SP – W.D.Lee, na Seta Galeria de Arte

Tóquio (Japão) – Wesley Duke Lee Exhibition, na Tokio Gallery

1968 - São Paulo SP – A Zona – Considerações: retrato de Assis Chateaubriand, no MAC/USP

1970 - São Paulo SP – Iconografia Botânica, na Galeria Ralph Camargo

1972 - São Paulo SP – Wesley Duke Lee: três livros de gravuras e um caderno de desenho, no Masp

1975 - Exposição de desenhos realizados para o Relatório Anual para as Financeiras Itaú

1976

São Paulo SP – As Sombra Ações, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Individual, na Galeria Luisa Strina

1977

São Paulo SP – Individual, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas, etc., na Galeria Luisa Strina

1978

Rio de Janeiro RJ – Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas etc, na Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt

São Paulo SP – Minha Viagem à Grécia no Helicóptero de Leonardo da Vinci, no Masp

1979

Rio de Janeiro RJ – Série Papéis, na Bolsa de Valores de São Paulo

São Paulo SP – Série Papéis, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

São Paulo SP – Série Papéis, na Galeria Luisa Strina

1980

Porto Alegre RS – Mapas, na Galeria Salamandra

Ribeirão Preto SP – Papéis, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto

São Paulo SP – Cartografia Anímica, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Obra-Prima do Masp, no Centro Campestre Sesc

1981 - São Paulo SP – Indvidual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte

1986 - São Paulo SP – O Triumpho de Maximiliano I, no Escritório de Arte São Paulo

1991 - São Paulo SP – Os Trabalhos de Eros: preparação para a anunciação da era do filho, na Kate Art Gallery

1992 - São Paulo SP – Retrospectiva Wesley Duke Lee, no Masp

1993 - Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva Wesley Duke Lee, no CCBB

1999

São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Albedo, no Escritório de Arte São Paulo

São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Rubedo, no Escritório de Arte São Paulo

2000 - São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Nigredo, no Escritório de Arte São Paulo

2004 - São Paulo SP – Tudo é Desenho, no CCSP

2005 - São Paulo SP – Wesley Duke Lee: duas séries inéditas dos anos 60, na Pinacoteca do Estado

2006 - São Paulo SP – Individual, na Valu Oria Galeria de Arte

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2024.

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Morre em São Paulo o artista plástico Wesley Duke Lee | G1

O artista plástico paulistano Wesley Duke Lee, 78 anos, morreu às 23h deste domingo (12) no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. (A assessoria de imprensa do hospital havia informado anteriormente que a morte ocorrera às 5h40 de segunda, mas telefonou à redação para retificar o horário em seguida).

De acordo com Max Perlingeiro, amigo do artista e curador de uma mostra dedicada a ele atualmente em cartaz no Rio de Janeiro, Duke Lee morreu de complicações respiratórias. Ele sofria de Mal de Alzheimer e, antes de dar entrada no hospital, estava internado em uma clínica em São Paulo, também segundo Perlingeiro.

O corpo de Duke Lee - que não será velado publicamente - será cremado em cerimônia marcada para as 16h desta terça-feira no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra.

'Artesão de ilusões'

Nascido em dezembro de 1931, Duke Lee começou a estudar desenho e pintura no Masp, em São Paulo, e depois passou temporadas em Nova York e Paris para levar adiante sua formação.

Com artistas como Carlos Fajardo, Nelson Leirner e Geraldo de Barros foi um dos fundadores do Grupo Rex, que oferecia uma reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960. Nessa época, foi também responsável pela realização dos primeiros "happenings" da arte brasileira.

Nos anos 80, trabalhou em parceria com o Centro de Reprodução Xerox, em Nova York, e incorporou uso de novas tecnologias a seus trabalhos, como fotocópia, polaroid e computador.

Duke Lee, que teve trabalhos expostos nas bienais de Veneza e de Tóquio, se dizia influenciado pelo movimento dadaísta, pela pop art e pela publicidade. Em um vídeo publicado na Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais, declarou: "Sou um artesão de ilusões. O que realmente me interessa é a qualidade da ilusão. Se você conseguir atravessar o espelho e tiver a coragem de olhar para trás, você não vai ver nada".

Retrospectiva em cartaz no Rio

Uma retrospectiva da carreira do artista pode ser conferida em uma mostra que está atualmente em cartaz na Pinakotheke Cultural, do Rio de Janeiro (R. São Clemente, 300, Botafogo). A mostra, com curadoria de Max Perlingeiro, permanece aberta até 2 de outubro. No dia 23 do mesmo mês, a exposição será transferida para São Paulo, onde fica até 5 de dezembro.

"Falamos sobre a exposição em 2006, mas depois a saúde dele se agravou muito. A princípio achei que não era muito prudente fazer [a mostra], mas no final do ano passado os amigos do Wesley me procuraram e incentivaram a fazer a exposição", diz Perlingeiro. "Acho que fizemos talvez a maior homenagem que ele já teve."

Para Perlingeiro, a arte brasileira perde "um dos maiores artistas de sua vanguarda". "O Wesley semrpe esteve muito além do seu tempo. Desde os anos 60, ele era inconformado com a mesmice da arte e não se contentava mais com a pintura bidimensional", diz o amigo e curador, lembrando as primeiras experimentações do artista no campo das instalações e no uso da tecnologia. "Na época, ele era tão avançado que as pessoas não o compreendiam."

No início da noite desta segunda-feira, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou uma nota de pesar pela morte de Duke Lee. "Sua atitude experimentalista, irreverente e contestadora, base de sua criatividade, foi e é fundamental para o crescimento não só artístico, mas de comportamento de uma sociedade como a nossa", diz a nota, dirigida "aos familiares, amigos, artistas e aos que amam a arte".

Fonte: G1, publicado em 13 de setembro de 2010. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2024.

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Grupo Rex | Itaú Cultural

a que ela vai sendo processada e desenvolvida".Apesar de sua breve existência - de junho de 1966 a maio de 1967 -, o Grupo Rex tem intensa atuação na cidade de São Paulo, marcada pela irreverência, humor e crítica ao sistema de arte. Os mentores da cooperativa, Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932) projetam um local de exposições - a Rex Gallery & Sons - além de um periódico - o Rex Time - que deveriam funcionar como espaços alternativos às galerias, museus e publicações existentes. Exposições, palestras, happenings, projeções de filmes e edições de monografias são algumas das atividades do grupo, do qual participam também José Resende (1945), Carlos Fajardo (1941) e Frederico Nasser (1945), alunos de Wesley. Instruir e divertir são os lemas do Grupo Rex e do seu jornal; trata-se de interferir no debate artístico da época, em tom irônico e desabusado, por meio de atuações anticonvencionais. "AVISO: é a guerra", anuncia o primeiro número do Jornal Rex. Guerra ao mercado de arte, à crítica dominante nos jornais, aos museus, às Bienais e ao próprio objeto artístico, reduzido, segundo eles, à condição de mercadoria. Recuperar o espírito crítico e o caráter de intervenção da arte pela superação dos gêneros tradicionais e pela íntima articulação arte e vida, eis os princípios centrais do grupo. É possível flagrar na experiência do Grupo Rex, a inspiração no espírito contestador do dadaísmo e em suas manifestações pautadas pelo desejo do choque e do escândalo. Nota-se também a retomada do feitio interdisciplinar e plural do Fluxus, além das marcas evidentes da arte pop na linguagem visual do grupo.

As origens do grupo remetem às críticas e polêmicas que cercam as exposições de Wesley Duke Lee, na Galeria Atrium (1964), a de Waldemar Cordeiro (1925-1973) e Augusto de Campos (1931) e a mostra de Geraldo de Barros e Nelson Leirner (1965), todas em São Paulo. Ao lado disso, a retirada de um quadro (considerado subversivo) de Décio Bar da exposição Propostas 65, realizada na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, dá lugar à saída de vários artistas da exposição (entre eles, Wesley, Leirner e Geraldo de Barros). Desses acontecimentos, resulta a aproximação de Nelson Leirner e Geraldo de Barros com Wesley Duke Lee e a ideia de criação da cooperativa, batizada como "Rex", termo utilizado pelo poeta Carlos Felipe Saldanha (1933) no texto de apresentação da exposição de Wesley de 1964. A partir de contatos ocorridos ao longo do ano de 1965, o grupo passa a ocupar uma parte da loja Hobjeto, de propriedade de Geraldo de Barros, no bairro paulistano dos Jardins. Um baile inaugura a galeria que, em seguida, organiza uma série de atividades e envolve a divulgação de trabalhos recentes dos artistas e suas idéias. A consideração da produção do grupo permite entrever a diversidade de estilos, ainda que os trabalhos produzidos se liguem às novas figurações e ao novo realismo em pauta nos Estados Unidos e na Europa, sobretudo às experiências da arte pop. Além disso, todos eles dialogam com a realidade urbana, em obras de franco caráter experimental. As palavras de Wesley Duke Lee à imprensa, por ocasião da abertura da Rex Gallery, são emblemáticas: "Fazemos parte de uma tendência de experimentação, que podíamos dizer ser nascida nos Estados Unidos (...). O espírito de nossa galeria (e do jornal), consequentemente, é mostrar essa arte à medida que ela vai sendo processada e desenvolvida".

A convivência de linguagens distintas a partir de algumas inspirações comuns parece definir o perfil do grupo do ponto de vista de suas realizações, ainda que os comentadores se esforcem em localizar dois subgrupos no seu interior: o de Wesley e seus alunos, e o que reúne Leirner e Geraldo de Barros. Esta classificação, entretanto, não logra aplainar as diferenças evidentes em cada um dos subgrupos propriamente ditos. Wesley tem o seu aprendizado ligado à prática publicitária e a Karl Plattner (1919-1989). Seus desenhos, pinturas e criações ambientais (por exemplo, Trapézio ou uma Confissão, 1966) caracterizam-se pelo humor e pelo tom autobiográfico. O jogo entre realidade e supra-realidade, por sua vez, revela-se em obras como Rosário não foi embora. Por quê? (1964). Geraldo de Barros, fotógrafo ligado ao grupo concreto de São Paulo na década de 1950, volta a produzir no ateliê de Nelson Leirner, onde realiza trabalhos que buscam uma comunicação mais direta com o público, e faz uso de colagens e da pintura a partir de imagens de cartazes, pôsteres e outdoors (Cena de Sofá II - Fantasia Agressiva, 1965). Leirner revela preocupações com o circuito artístico que posteriormente serão retomadas por vários artistas. A produção de Fajardo e José Resende no interior do Grupo Rex (por exemplo, Neutral, 1966, de Fajardo e Homenagem ao Horizonte Longínquo, 1967, de Resende) permite entrever afinidades com o minimalismo e com vertentes da arte conceitual, que eles irão explorar, de modos distintos, em trabalhos posteriores. Nasser tem rápida passagem pelo Grupo Rex e, do mesmo modo que Fajardo e Resende, recusa conteúdos literários e por demais narrativos em suas obras [Desenho/ Desenho (1967)].

Se um baile comemora o nascimento do grupo, um happening celebra o encerramento de suas atividades. No final de 1967, a Exposição-Não-Exposição anuncia que obras de Nelson Leirner podem ser levadas à mostra. Em poucos minutos a galeria está completamente vazia. Nas palavras de Wesley: "Foi um dos happenings mais perfeitos que fizemos. A exposição durou exatamente oito minutos. A galeria foi toda depredada e os quadros arrancados brutalmente e vendidos na porta pelas pessoas que os tiraram de lá".

Fonte: GRUPO Rex. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 02 de setembro de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2024.

Wesley Duke Lee (São Paulo, SP, 21 de dezembro de 1931 — São Paulo, SP, 12 de setembro de 2010) foi um artista plástico brasileiro. Pioneiro na introdução da linguagem pop no Brasil, Duke Lee foi uma figura central na transição da arte moderna para a arte contemporânea no país. Iniciou sua trajetória artística como publicitário, mas logo se dedicou às artes visuais, estudando em Nova York na Parson’s School of Design e no American Institute of Graphic Arts. Influenciado por artistas como Robert Rauschenberg e Jasper Johns, sua obra evoluiu para uma mistura de surrealismo e realismo mágico, marcando a cena artística brasileira com trabalhos inovadores, como os primeiros happenings no Brasil. De volta ao Brasil, Wesley abandonou a publicidade e mergulhou na arte, fundando o "Grupo Rex" em 1966, ao lado de artistas como Nelson Leirner e Geraldo de Barros. Este grupo era conhecido por sua crítica ao mercado de arte tradicional e sua postura irreverente. Ao longo de sua carreira, Wesley explorou diversas mídias e técnicas, incluindo gravura, pintura, e experiências com tecnologias novas na Califórnia. Seu trabalho não apenas desafiou convenções, mas também trouxe novas perspectivas à arte brasileira, consolidando sua posição como um dos artistas mais influentes do século XX.

Wesley Duke Lee

Wesley Duke Lee (São Paulo, SP, 21 de dezembro de 1931 — São Paulo, SP, 12 de setembro de 2010) foi um artista plástico brasileiro. Pioneiro na introdução da linguagem pop no Brasil, Duke Lee foi uma figura central na transição da arte moderna para a arte contemporânea no país. Iniciou sua trajetória artística como publicitário, mas logo se dedicou às artes visuais, estudando em Nova York na Parson’s School of Design e no American Institute of Graphic Arts. Influenciado por artistas como Robert Rauschenberg e Jasper Johns, sua obra evoluiu para uma mistura de surrealismo e realismo mágico, marcando a cena artística brasileira com trabalhos inovadores, como os primeiros happenings no Brasil. De volta ao Brasil, Wesley abandonou a publicidade e mergulhou na arte, fundando o "Grupo Rex" em 1966, ao lado de artistas como Nelson Leirner e Geraldo de Barros. Este grupo era conhecido por sua crítica ao mercado de arte tradicional e sua postura irreverente. Ao longo de sua carreira, Wesley explorou diversas mídias e técnicas, incluindo gravura, pintura, e experiências com tecnologias novas na Califórnia. Seu trabalho não apenas desafiou convenções, mas também trouxe novas perspectivas à arte brasileira, consolidando sua posição como um dos artistas mais influentes do século XX.

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Wesley Duke Lee | Arremate Arte

Wesley Duke Lee (1931-2010) foi um dos artistas plásticos mais inovadores e provocativos do Brasil, reconhecido por sua contribuição na transição da arte moderna para a arte contemporânea no país. Nascido em São Paulo, Wesley teve uma formação internacional, estudando artes gráficas em Nova Iorque e artes plásticas em Paris, onde foi influenciado por movimentos como o surrealismo e o pop art. Sua obra, marcada pela irreverência e crítica social, começou a ganhar destaque na década de 1960, quando ele retornou ao Brasil após suas experiências no exterior.

No início dos anos 60, Wesley iniciou um movimento que culminaria na criação do "Realismo Mágico", integrando elementos do surrealismo com a pop art. Em 1963, realizou o primeiro happening no Brasil, um evento de vanguarda que combinava artes visuais com performances ao vivo. Este tipo de evento, inovador para a época, foi um marco na história da arte brasileira. Wesley também foi um dos fundadores do "Grupo Rex", que se destacou pela sua crítica ácida e bem-humorada ao cenário artístico da época, questionando as instituições e o mercado de arte. O grupo, embora de curta duração, teve um impacto significativo na arte contemporânea brasileira.

Wesley Duke Lee foi um artista que nunca fugiu da polêmica e sempre buscou desafiar as convenções artísticas. Sua versatilidade como desenhista e pintor o levou a experimentar com diferentes materiais e técnicas, incluindo o uso pioneiro de tecnologia digital na criação de suas obras. Mesmo após sua morte em 2010, Wesley continua sendo uma referência essencial na história da arte brasileira, celebrado por sua ousadia e pela profunda influência que exerceu sobre as gerações seguintes de artistas.

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Wesley Duke Lee | Itaú Cultural

Wesley Duke Lee (São Paulo, São Paulo, 1931 – Idem, 2010). Desenhista, gravador, artista gráfico, professor. O artista destaca-se como pioneiro na incorporação dos temas e da linguagem pop no Brasil. 

Faz curso de desenho livre no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), em 1951. No ano seguinte, viaja para os Estados Unidos e estuda na Parson's School of Design e no American Institute of Graphic Arts, em Nova York, até 1955. Nessa época, acompanha as primeiras manifestações da arte pop e vê trabalhos dos artistas estadunidenses Robert Rauschenberg (1925-2008), Jasper Johns (1930) e Cy Twombly (1928-2011).

No Brasil, em 1957, deixa a publicidade e torna-se aluno do pintor italiano Karl Plattner (1919-1989), com quem trabalhou em São Paulo e, posteriormente, na Itália e na Áustria, até 1960. Nessa época, vive também em Paris e frequenta a Académie de la Grande Chaumière e o ateliê do gravurista germano-francês Johnny Friedlaender (1912-1992). Retornou ao Brasil em 1960. 

Em 1963, realiza, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O grande espetáculo das artes, um dos primeiros happenings do Brasil. No mesmo ano, procura organizar um movimento artístico, o realismo mágico, ao lado de Bernardo Cid (1925-1982), Otto Stupakoff (1935-2009), Pedro Manuel-Gismondi (1925-1999) entre outros artistas. O aspecto figurativo do movimento é uma alternativa à academização do abstracionismo no Brasil.

Paralelamente a esse movimento, dá aulas aos jovens artistas Carlos Fajardo (1941), José Resende (1945), Luiz Paulo Baravelli (1942) entre outros alunos, com quem trabalha intensamente por cerca de dois anos. Nessa época, a produção do pintor sai do plano e ganha o espaço tridimensional. Obras como O trapézio ou uma confusão (1966) e O helicóptero (1967) já se articulam como ambientes.

Em 1966, com artistas como Nelson Leirner (1932-2020), Geraldo de Barros (1923-1998) e José Resende, funda, como reação ao mercado de arte, o Grupo Rex, que existe até 1967.

Em 1969, mora na Califórnia, onde tem experiências com novas tecnologias e leciona na Universidade do Sul da Califórnia, em Irvine. Durante a década de 1970, lida com outras tradições, como a cartografia, a caligrafia oriental e os desenhos de botânica.

Vanguardista, Wesley Duke Lee contribui para o universo das artes plásticas por meio de mídias distintas e cruza fronteiras trazendo informações novas para o público brasileiro. O artista é um dos responsáveis centrais pela divulgação da linguagem pop no nosso país.

 Críticas

"As pinturas e os desenhos deste jovem artista brasileiro revelam, à primeira vista, toda uma série de qualidades não comuns: uma sensibilidade refinada, um domínio técnico, um gosto complexo que testemunha um preparo inteligente. É como uma osmose contínua entre referências à realidade e referências aos dados da cultura, nestas imagens nitidamente, amorosamente definidas. Isto é o fulcro imediato do real subitamente filtrado através do plano da fantasia e da memória cultural mais apto a fornecer elementos estilísticos mais apropriados ao caráter da imagem. É um divertissement refinado, se não a mais elegante ironia, que depois se revela em sério empenho poético voltado a dar forma precisa e original às invenções e variações da 'figura' que o sonho, ou o estro intelectual, ou a quase venenosa sensualidade, possam sugerir a sua inspiração. As referências a Redon, aos grandes vienenses da Secession, a Klee, a Michaud, a Schwitters podem ser feitas com facilidade mas não como uma acusação de refinamento eclético, e sim como apoio linguístico para um discurso coerente que serve de tais remessas como à realidade e à natureza.

Um discurso brilhante e patético ao mesmo tempo, que toca motivações intimistas e temas nostálgicos subitamente envolvidos por formas racionalmente elaboradas, e cristalizadas através de uma objetivação preciosa de alusões culturais. Excelente desenhista, de medidas e ritmo límpido e imediato colorista que sabe confiar às diversas qualidades do tom luminoso da matéria uma intensa eficácia lírica, Duke Lee empenhado na via excitante e arriscada do acordo entre 'diário' e 'conto' é artista que afirma a sua personalidade e sua linguagem íntegra e espontânea, através de diversas citações de leitor agudo, apaixonado quanto livre, e até sem piedade, nos seus julgamentos e nas suas anotações particulares" — Franco Russoli (RUSSOLI, Franco. Apresentação de Exposição Galleria Sistina - Milão. Abril de 1963. In: COSTA, Cacilda Teixeira da. (org.). Antologia Crítica de Wesley Duke Lee. São Paulo: Galeria Paulo Figueiredo, 1981.p.14-15).

"Quem visitou a Bienal de Tóquio este ano deve ter-se surpreendido pelas nove incomuns pinturas na Seção Brasileira.

Toques informais, linhas de várias forças e cores brilhantes são combinados em construções de corpos femininos simbolizando animais e plantas. Vários pedaços da pintura são deixados vazios onde se inscrevem letras e palavras. Uma das pinturas chamadas A Zona: abre tem uma folha de figueira conservada dentro de um plástico sobre o sexo de uma mulher deitada. Outra, intitulada A Zona: mindah!, tem um rádio transístor embutido na moldura. Eu não sabia muito sobre a arte moderna brasileira. Até então via suas entradas nas bienais anteriores tais como pinturas de nus em estilo fauvista, cópias de xilogravuras um tanto soltas e geometrias abstratas na maneira de Max Bill (1908-1994), e não tinha estes trabalhos em alta conta.

Eu gostaria de dizer que pela primeira vez as obras acima mencionadas do artista Wesley Duke Lee da sua série Zona conseguiram expressar uma característica nacional do Brasil. Brasil - um caldeirão onde se misturam índios, negros, europeus, dos quais a maioria de origem portuguesa; uma estranha mescla entre o primitivo e o moderno; uma terra de vastas construções e rápida industrialização entre canibais vivendo com o misterioso Amazonas ao fundo.

Wesley Duke Lee com seu estilo descontraído expõe a paixão e o ennui, a gargalhada e a modéstia que são parte desta civilização única. Os rostos femininos de suas pinturas formam estranhos signos e sua fantasia é cheia de sensualidade.

Em suas pinturas, parecem predominar os espaços brancos do niilismo, mas carregados de espontaneidade, espírito e energia" — Ichiro Haryu (HARYU, Ichiro. Realismo Mágico. Apresentação de Exposição Tokio Gallery. Tokio: julho de 1965. In: COSTA, Cacilda Teixeira da. (org.). Antologia Crítica de Wesley Duke Lee. São Paulo: Galeria Paulo Figueiredo, 1981.p.17).

"Imagens de vida e de morte, de luta e de harmonia sucedem-se em Viagem à Grécia. Essa dialética, entretanto, não representa uma bipolaridade insolúvel, e sim o pleno desenvolvimento do mito cosmogônico, pois vida e morte, criação e destruição são situações igualmente novas, a exigir a renovação do primeiro gesto arquetípico.

Se o mundo é um fluxo constante, um devir, o começo e o fim não poderão deixar de se articular dialeticamente: a luta do velho e do moço, o caos, a harmonia imbricam-se, perseguem-se ao longo da viagem de Wesley, resolvem-se parcialmente até encontrarem a figura integradora (o filósofo) e harmonia final (o Graal) num longo processo ativado pelo princípio feminino. Símbolo de nascimento e renascimento (iniciação), a imagem feminina evolui do arquétipo (Kore, Grande Mãe) ao estereótipo (a feminilidade glamurizada), até converter-se na encarnação da consciência e participar do nascimento do herói, fruto da harmonização entre o moço e o velho.

Vida e morte desempenham um outro papel em Viagem à Grécia, se percebemos na obra uma representação dos ritos de iniciação. Alguns episódios mais evidentes - a luta armada, a entrada na flores - são uma clara manifestação do eixo morte/nascimento. Uma morte que não representa um fim e sim transição para um novo modo de vida. Uma volta necessária ao Caos para tornar possível uma nova Criação. A descoberta dos mistérios da existência humana - o sagrado, a sexualidade, a morte:

'Filosoficamente falando, a iniciação equivale a uma mutação ontológica do regime existencial. Ao final de suas provas, o neófito desfruta de uma outra existência que não a de antes da iniciação: ele torna-se um outro.' (M. Eliade, apud: P. Vidal-Naquet, "Os jovens", in J. Le Goff e P. Nora, História: novos objetos. Rio de Janeiro, 1976, p. 122.)

Temporalidade, criação, projeção utópica, cosmogonia, iniciação. Os planos do mito são múltiplos, mas apresentam uma coerência interna, consubstanciada no gesto primeiro.

A recuperação da 'memória coletiva', a viagem no tempo (e Wesley funde várias temporalidades: o panteão grego, o helicóptero de Leonardo, o Graal, símbolos atuais), longe de constituírem uma barreira paralisadora são, ao contrário, a afirmação da possibilidade constante de transformação da realidade" — Annateresa Fabris (FABRIS, Annateresa. O Espaço do Mito. São Paulo: 1978. COSTA, Cacilda Teixeira da. (org.). Antologia Crítica sobre Wesley Duke Lee. São Paulo: Galeria Paulo Figueiredo, 1981.p. 36-37).

"A obra de Wesley Duke Lee constrói-se por meio de séries que se relacionam a técnicas, materiais, processos e concepções próprios a cada uma. Em contracanto, permanecem conceitos, substâncias da forma que o artista capta (por vezes, numa narrativa intensa) e 'apresenta' em desenhos, pinturas, gravuras, ambientes, livros de artista, instalações e vídeos. Pode-se dizer que a poesia (no sentido mais amplo e originário da expressão) permeia estas seqüências, representações diversas de uma preocupação essencial: os mistérios da origem, do sagrado, da sexualidade e da morte. O experimentalismo de Wesley atravessa seu modo de ser e criar; entretanto, uma conexão profunda subjaz a essas variantes e orienta as modificações.

Assim, no desenrolar de seu trabalho, em diferentes expressões da imagem, modifica os sistemas tradicionais de representação, vivenciando intensamente cada meio disponível, da têmpera medieval ao computador. Para ele, todos são fascinantes, mas não têm nenhum sentido especial se não passar por eles um conceito, o fazer com significado decorrente da presença erótica de uma verdade profunda. E Wesley acredita que é fundamental uma atitude ética e integradora que dê sentido a todas essas percepções.

Professor e mestre, sua forma de sentir e fazer arte se dissemina por meio da Escola Brasil:, fundada por seus alunos. Conseqüentemente, apesar de seu distanciamento, exerce forte influência no meio das artes e marca as novas gerações com sua postura singular" — Cacilda Teixeira da Costa (COSTA, Cacilda Teixeira da. Retrospectiva Wesley Duke Lee. In: LEE, Wesley Duke. Retrospectiva Wesley Duke Lee. Texto de Cacilda Teixeira da Costa. São Paulo: Masp; Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1992/1993. p.11, p.33).

Depoimentos

"A intenção nem era essa, somente eu mostrava o que estava fazendo, minha ?imaginária? pessoal, fruto do meu aprendizado e vivência.

Mas, muita gente não entendeu, pensou que era vale-tudo, deu uma tremenda agitação. Eu não pretendia provocar reação tão violenta, porque, inclusive, tinha um efeito negativo sobre minha pessoa. Estava a fim de me unir aos outros e assim era mais marginalizado.

Posso dizer, com grande conhecimento, que não é fácil ser marginal. No entanto, o que faz ser um artista, isto é, o acesso que você tem a certos estados, marginaliza automaticamente e não há saída.

É uma posição difícil, que causa imensa confusão, até que, com a idade, isso começa a não ter importância.

Contudo, eu nunca fiquei de fora e sou um profundo participante; só que não pertenço ao grupo (e nem adiantaria nada entrar para ele, seria mera formalidade).

O meu objetivo, como de qualquer artista, é o grupo dos 'colegas': dos Van Gogh, Cézanne, Picasso e Matisse e isso nem é um grupo, é uma subjetividade.

Com o tempo compreendi que a segregação, a impossibilidade de assimilação fazem parte do processo e que é preciso aceitá-las. Quando mais jovem, resistia à marginalidade (hoje até brinco com a coisa).

Naquela época, além de tudo, era fase da Série das Ligas, considerada altamente pornográfica. Achavam que eu era um tarado sexual, que tinha fixação em liga e acabou.

Fui cortado do Salão, da Bienal, ninguém mais queria expor meus trabalhos. Não entendiam, eu me permitia romper, ser livre, e isso era uma barreira incrível.

O que fazia não era 'parecido', você entende?

Só me restava, portanto, a ação individual. Foi quando aconteceram os happenings. Fiz a exposição no João Sebastião Bar, porque não tinha onde expor, e então 'cometi' lá minhas invenções, coloquei lanternas na entrada e as pessoas vinham, de lanterna, ver os quadros um por um porque o bar era muito escuro. Veio até choque da polícia, pois a exposição era erótica e não sei mais o quê" — Wesley Duke Lee (COSTA, Cacilda Teixeira da. Wesley Duke Lee. Rio de Janeiro: Funarte, 1980. (Coleção Arte Brasileira Contemporânea). p.20-21).

Exposições Individuais

1961 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Sistina

1962 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Michel

1963 - Milão (Itália) - Individual, na Galeria Sistina

1963 - São Paulo SP - Wesley Realista Mágico apresenta A Exposição, no João Sebastião Bar (primeiro happening no Brasil)

1964 - Rio de Janeiro RJ - Wesley: têmperas e desenhos, na Petite Galerie

1964 - São Paulo SP - Pau Brasil, na Galeria Atrium

1964 - Viena (Áustria) - Individual, na Nebehay Gallery

1965 - São Paulo SP - W.D.Lee, na Seta Galeria de Arte

1965 - Tóquio (Japão ) - Wesley Duke Lee Exhibition, na Tokio Gallery

1968 - São Paulo SP - A Zona - Considerações: retrato de Assis Chateaubriand, no MAC/USP

1970 - São Paulo SP - Iconografia Botânica, na Galeria Ralph Camargo

1972 - São Paulo SP - Wesley Duke Lee: três livros de gravuras e um caderno de desenho, no Masp

1975 - Exposição de desenhos realizados para o Relatório Anual para as Financeiras Itaú

1976 - São Paulo SP - As Sombra Ações, na Galeria Luisa Strina

1976 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina

1977 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Luisa Strina

1977 - São Paulo SP - Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas, etc., na Galeria Luisa Strina

1978 - Rio de Janeiro RJ - Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas etc, na Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt

1978 - São Paulo SP - Minha Viagem à Grécia no Helicóptero de Leonardo da Vinci, no Masp

1979 - Rio de Janeiro RJ - Série Papéis, na Bolsa de Valores de São Paulo

1979 - São Paulo SP - Série Papéis, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

1979 - São Paulo SP - Série Papéis, na Galeria Luisa Strina

1980 - Porto Alegre RS - Mapas, na Galeria Salamandra

1980 - Ribeirão Preto SP - Papéis, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto

1980 - São Paulo SP - Cartografia Anímica, na Galeria Luisa Strina

1980 - São Paulo SP - Obra-Prima do Masp, no Centro Campestre Sesc

1981 - São Paulo SP - Indvidual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte

1986 - São Paulo SP - O Triumpho de Maximiliano I, no Escritório de Arte São Paulo

1991 - São Paulo SP - Os Trabalhos de Eros: preparação para a anunciação da era do filho, na Kate Art Gallery

1992 - São Paulo SP - Retrospectiva Wesley Duke Lee, no Masp

1993 - Rio de Janeiro RJ - Retrospectiva Wesley Duke Lee, no CCBB

1999 - São Paulo SP - O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Albedo, no Escritório de Arte São Paulo

1999 - São Paulo SP - O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Rubedo, no Escritório de Arte São Paulo

2000 - São Paulo SP - O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Nigredo, no Escritório de Arte São Paulo

2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, no CCSP

2005 - São Paulo SP - Wesley Duke Lee: duas séries inéditas dos anos 60, na Pinacoteca do Estado

2006 - São Paulo SP - Individual, na Valu Oria Galeria de Arte

Exposições Coletivas

1952 - São Paulo SP - 2º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia

1955 - São Paulo SP - 1º Salão de Propaganda de São Paulo - duas menções honrosas

1961 - São Paulo SP - Coletiva de Artes Plásticas. Solidariedade aos Presos Políticos de Espanha e Portugal, na Galeria Prestes Maia

1961 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Astréia

1962 - Madri (Espanha) - Arte de America y España, no Instituto de Cultura Hispânica de Madrid

1962 - São Paulo SP - Obras do Acervo, na Galeria Sistina

1963 - Campinas SP - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no Centro de Ciências, Letras e Artes. Museu Carlos Gomes

1963 - São Paulo SP- 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, na Faap

1964 - Belo Horizonte MG - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no Museu de Arte da Pampulha - MAP

1964 - Belo Horizonte MG - Phases, na UFMG. Grande Galeria do Saguão da Reitoria

1964 - Bruxelas (Bélgica) - Phases, no Musée D'Ixelles

1964 - Curitiba PR - 1ª Exposição do Jovem Desenho Nacional, no Museu de Arte do Paraná

1964 - Milão (Itália) - Coletiva, na Galleria Santa Maria di Piazza

1964 - Ribeirão Preto SP - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, na Escola de Artes Plásticas

1964 - Rio de Janeiro RJ - 2º O Rosto e a Obra, na Galeria Ibeu Copacabana

1964 - Rio de Janeiro RJ - O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana

1964 - Rio de Janeiro RJ - Phases, no MAM/RJ

1964 - São Paulo SP - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, no MAC/USP

1964 - São Paulo SP - Arte no IAB, no IAB/SP

1964 - São Paulo SP - Exposição Phases, no MAC/USP

1964 - São Paulo SP - Homenagem às Galerias de São Paulo, na Sociedade Amigos da Cinemateca

1964 - Taubaté SP - Mostra de Arte, na Galeria Mobilia/Galeria Seta

1965 - Belo Horizonte MG - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, no MAP

1965 - Caracas (Venezuela) - Evaluacion de la Pintura Latino Americana Años 60, no Museo de Bellas Artes

1965 - Curitiba PR - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, na Secretaria do Estado de Educação - 1º prêmio

1965 - Florianópolis SC - 1ª Exposição da Jovem Gravura Nacional, no Masc

1965 - L'Aquila (Itália) - Bienal de L'Aquila

1965 - Londres (Inglaterra) - Brazilian Art Today, na Royal Academy of Arts

1965 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65, no MAM/RJ

1965 - São Paulo SP - 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1965 - São Paulo SP - Aquisições e Doações Recentes, no MAC/USP

1965 - São Paulo SP - Gráficos Brasileiros, na FAU/USP

1965 - São Paulo SP - PropostaS 65, na MAB/Faap

1965 - Tóquio (Japão) - 8ª Bienal de Tóquio - Prêmio International Art Promotion Award

1965 - Viena (Áustria) - Brasilianische Kunst Heute, no Museum für Angewandte Kunst

1966 - Assunção (Paraguai) - Arte Hoy en el Brasil, na Galeria da Missão Cultural Brasileira

1966 - Austin (Estados Unidos) - Art of Latin America since Independence, na The University of Texas at Austin. Archer M. Huntington Art Gallery

1966 - Bonn (Alemanha) - Brasilianische Kunst Heute, no Beethovenhalle

1966 - Londres (Inglaterra) - Small Works: paintings graphics, sculpture, na Axion Gallery

1966 - Nova York (Estados Unidos) - The Emergent Decade: Latin American painters and paintings in the 1960's, no Solomon R. Guggenheim Museum

1966 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão de Abril, no MAM/RJ

1966 - Rio de Janeiro RJ - O Artista e a Máquina, no MAM/RJ

1966 - Rio de Janeiro RJ - Supermercado 66, no Galeria Relevo

1966 - São Paulo SP - Aviso: É a Guerra, no Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Descoberta da América, na Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Flash Back, na Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Galeria Rex: exposição inaugural, na Rex Gallery & Sons

1966 - São Paulo SP - Meio Século de Arte Nova, no MAC/USP

1966 - São Paulo SP - O Artista e a Máquina, no Masp

1966 - Veneza (Itália) - 33ª Bienal de Veneza

1967 - Belgrado (Sérvia e Montenegro) - Dimenzije Realnog, na Galerija Doma Omladine

1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1967 - São Paulo SP - O Ato de Criação, na Rex Gallery & Sons - em homenagem a Marcel Duchamp

1968 - Campo Grande MS - 28 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Galeria do Diário da Serra

1968 - Florianopólis SC - 1ª Exposição Nacional de Artes Plásticas, no Masc

1968 - Rio de Janeiro RJ - A Gravura Brasileira, no Museu Histórico Nacional - MHN

1968 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Miani

1969 - Belém PA - 28 Artistas das Novas Gerações, na UFPA

1969 - Fortaleza CE - 28 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Centro de Artes Visuais Raimundo Cela

1969 - São Paulo SP - 28 Artistas das Novas Gerações, no MAC/USP

1969 - São Paulo SP - Artistas Pioneiros da Arte Fantástica no Brasil, no Teatro Itália

1969 - Tóquio (Japão) - Dialogue Between the East and the West, no The National Museum of Modern Art

1970 - Campina Grande PB - 27 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Museu de Arte da Fundação Universidade Regional do Nordeste

1970 - Olinda PE - 27 Artistas do Acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no MAC/Olinda

1970 - São Paulo SP - Arte Fantástica, na Galeria Astréia

1970 - São Paulo SP - Arte Fantástica, na Seta Galeria de Arte

1971 - Rio de Janeiro RJ - A Grande Década, Abstracionismo Brasileiro: algumas obras dos anos 1955-1965, na Galeria Barcinsky

1971 - Rio de Janeiro RJ - Gravura, no MAM/RJ

1972 - São Paulo SP - 2ª Exposição Internacional de Gravura, no MAM/SP

1972 - São Paulo SP - Arte Brasil Hoje, no Banco Novo Mundo

1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio

1972 - São Paulo SP - Coletiva, em A Galeria

1973 - Brasília DF - Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand em Brasília, no Ministério das Relações Exteriores. Palácio do Itamaraty

1973 - Bruxelas (Bélgica) - Image du Brésil, no Manhattan Center

1974 - São Paulo SP - Galeria Luisa Strina: mostra inaugural, na Galeria Luisa Strina

1976 - Paris (França) - Brasil: artistas do século XX, na Artcurial

1976 - Rio de Janeiro RJ - Preview 76, na Graffiti Galeria de Arte

1976 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Luisa Strina

1978 - Caracas (Venezuela) - Cuatro Artistas Brasileños, no Banco do Brasil

1978 - São Paulo SP - O Objeto na Arte: Brasil anos 60, na MAB/Faap

1979 - São Paulo SP - Coletiva, no Galpão

1979 - São Paulo SP - Eros/Mostra de Arte, na Galeria Arte Aplicada

1979 - São Paulo SP - Volta à Figura: década de 60, no Museu Lasar Segall

1979 - Tóquio (Japão) - 24 Brazilian Contemporary Engravers Exhibition

1980 - Curitiba PR - 2ª Mostra do Desenho Brasileiro, no Teatro Guaíra

1980 - Santiago (Chile) - 20 Pintores Brasileños, na Academia Chilena de Bellas Artes

1981 - Rio de Janeiro RJ - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1981 - São Paulo SP - Artistas Contemporâneos Brasileiros, no Escritório de Arte São Paulo

1982 - Lisboa (Portugal) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1982 - Lisboa (Portugal) - Do Moderno ao Contemporâneo: Coleção Gilberto Chateaubriand, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

1982 - Londres (Inglaterra) - Brasil 60 Anos de Arte Moderna: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Barbican Art Gallery

1984 - Londres (Inglaterra) - Portrait of Country: brazilian modern art from the Gilberto Chateubriand collection, na Barbican Art Gallery

1984 - São Paulo SP - Coleção Gilberto Chateaubriand: retrato e auto-retrato da arte brasileira, no MAM/SP

1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal

1985 - Rio de Janeiro RJ - Caligrafias e Escrituras, na Funarte. Galeria Sérgio Milliet

1985 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65, na Galeria de Arte Banerj

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1985 - São Paulo SP - 18ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1985 - São Paulo SP - A Arte do Imaginário, na Galeria Encontro das Artes

1985 - São Paulo SP - Tendências do Livro de Artista no Brasil, no CCSP

1986 - São Paulo SP - Pedra Dura em Água Molha, Tanto Bate, Até que Dura, no Museu da Casa Brasileira

1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1987 - São Paulo SP - 19ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano, na Fundação Bienal

1987 - São Paulo SP - Palavra Imágica, no MAC/USP

1988 - Nova York (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States: 1920-1970, no The Bronx Museum of the Arts

1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan

1989 - El Paso (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, no El Paso Museum of Art

1989 - Recife PE - Jogo de Memória

1989 - Rio de Janeiro RJ - Jogo de Memória, no Montesanti Galleria

1989 - Rio de Janeiro RJ - Ontem, Hoje, Amanhã, na Galeria do Centro Empresarial Rio

1989 - San Diego (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, no San Diego Museum of Art

1989 - San Juan (Porto Rico) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States, 1920-1970, no Instituto de Cultura Puertorriqueña

1989 - São Paulo SP - 20ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1989 - São Paulo SP - 20º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP

1989 - São Paulo SP - Acervo da Galeria São Paulo, no Escritório de Arte São Paulo

1989 - São Paulo SP - Jogo de Memória, na Galeria Montesanti Roesler

1989 - São Paulo SP - Jogo de Memória, na Galeria Montesanti Roesler

1990 - Atami (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Brasília DF - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Curitiba PR - 1ª Bienal Brasileira de Design

1990 - Miami (Estados Unidos) - The Latin American Spirit: art and artists in the United States: 1920-1970, no Center for the Fine Arts Miami Art Museum of Date

1990 - Rio de Janeiro RJ - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Rio de Janeiro RJ - Armadilhas Indígenas, na Funarte

1990 - São Paulo SP - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea, na Fundação Brasil-Japão

1990 - São Paulo SP - Armadilhas Indígenas, no Masp

1990 - Sapporo (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Tóquio (Japão) - 9ª Exposição Brasil-Japão de Arte Contemporânea

1990 - Veneza (Itália) - 44ª Bienal de Veneza

1991 - São Paulo SP - O Que Faz Você Agora Geração 60?: jovem arte dos anos 60 revisitada, no MAC/USP

1992 - Poços de Caldas MG - Arte Moderna Brasileira: acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, na Casa de Cultura de Poços de Caldas

1992 - São Paulo SP - A Sedução dos Volumes: os tridimensionais do MAC, no MAC/USP

1992 - São Paulo SP - Anos 60/70: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, na Galeria de Arte do Sesi

1992 - São Paulo SP - Branco Dominante, no Escritório de Arte São Paulo

1993 - Rio de Janeiro RJ - Brasil, 100 Anos de Arte Moderna, no MNBA

1993 - Rio de Janeiro RJ - Emblemas do Corpo: o nu na arte moderna brasileira, no CCBB

1993 - São Paulo SP - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, na Galeria de Arte do Sesi

1993 - São Paulo SP - Obras para Ilustração do Suplemento Literário: 1956-1967, no MAM/SP

1994 - Belo Horizonte MG - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70

1994 - Penápolis SP - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, na Itaugaleria

1994 - Poços de Caldas MG - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos de Unibanco, na Casa da Cultura

1994 - Rio de Janeiro RJ - O Desenho Moderno no Brasil: Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1994 - Rio de Janeiro RJ - Trincheiras: arte e política no Brasil, no MAM/RJ

1994 - Rio de Janeiro RJ - Via Fax, no Museu do Telephone

1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal

1994 - São Paulo SP - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, no Itaú Cultural

1994 - São Paulo SP - Senses: um olhar sensível sobre a arte atual, no Renato Magalhães Gouvêa Escritório de Arte

1995 - Rio de Janeiro RJ - Coleção Unibanco: exposição comemorativa dos 70 anos do Unibanco, no MAM/RJ

1995 - Rio de Janeiro RJ - Opinião 65: 30 anos, no CCBB

1995 - São Paulo SP - Artistas Colecionistas, na Valu Oria Galeria de Arte

1996 - Brasília DF - O Efêmero na Arte Brasileira: anos 60/70, no Itaugaleria

1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp, Sesc, Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia

1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP

1997 - São Paulo SP - Phases: surrealismo e contemporaneidade - Grupo Austral e Cone Sul, no MAC/USP

1998 - São Paulo SP - 24ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal

1998 - São Paulo SP - Afinidades Eletivas I: o olhar do colecionador, na Casa das Rosas

1998 - São Paulo SP - Década de Setenta, na Galeria de Arte São Paulo

1998 - São Paulo SP - Destaques da Coleção Unibanco, no Instituto Moreira Salles

1998 - São Paulo SP - Figurações: 30 anos na arte brasileira, no MAC/USP

1998 - São Paulo SP - O Moderno e o Contemporâneo na Arte Brasileira: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, no Masp

1998 - São Paulo SP - Obras em Destaque, na Dan Galeria

1999 - Rio de Janeiro RJ - Cotidiano/Arte. Objeto Anos 60/90, no MAM/RJ

1999 - São Paulo SP - Cotidiano/Arte. Objeto Anos 60/90, no Itaú Cultural

1999 - São Paulo SP - Transcendências: caixas do ser, na Casa das Rosas

2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, na Fundação Calouste Gulbenkian. Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão

2000 - São Paulo SP - Ars Erótica: sexo e erotismo na arte brasileira, no MAM/SP

2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento: Arte Contemporânea, na Fundação Bienal

2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap

2002 - Fortaleza CE - Ceará Redescobre o Brasil, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

2002 - Niterói RJ - Diálogo, Antagonismo e Replicação na Coleção Sattamini, no MAC-Niterói

2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo, no Paço Imperial

2002 - Rio de Janeiro RJ - Identidades: o retrato brasileiro na Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

2002 - São Paulo SP - Mapa do Agora: arte brasileira recente na Coleção João Sattamini do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, no Instituto Tomie Ohtake

2003 - Rio de Janeiro RJ - Grupo Rex/Escola Brasil, no MAM/RJ

2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural

2003 - São Paulo SP - Aproximações do Espírito Pop: 1963-1968, no MAM/SP

2003 - São Paulo SP - Arteconhecimento: 70 anos USP, no MAC/USP

2003 - São Paulo SP - Estética do Fluido, no MAM/SP - Espaço MAM - Villa-Lobos

2004 - São Paulo SP - Arte Contemporânea no Acervo Municipal, no CCSP

2004 - São Paulo SP - Novas Aquisições: 1995 - 2003, no MAB/Faap

2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural

2004 - São Paulo SP - São Paulo 450 Anos: a imagem e a memória da cidade no acervo do Instituto Moreira Salles, no Centro Cultural Fiesp

2004 - São Paulo SP - Tudo é Desenho, no CCSP

2005 - São Paulo SP - 10 Anos de um Novo MAM: antologia de um acervo, no MAM/SP

2005 - São Paulo SP - Erotica: os sentidos na arte, no CCBB

2005 - São Paulo SP - Nave dos Insensatos, no MAC/USP

2005 - São Paulo SP - O Corpo na Arte Contemporânea Brasileira, no Itaú Cultural

2005 - São Paulo SP - O Retrato como Imagem do Mundo, no MAM/SP 

2006 - Rio de Janeiro RJ - Erotica: os sentidos na arte, no CCBB

Fonte: WESLEY Duke Lee. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 02 de setembro de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Duke Lee | Wikipédia

Filho de William Bowman Lee Jr, descendente de uma família do sul dos Estados Unidos, e de Odila de Oliveira Lee, filha de portugueses do Douro e Beira Alta, Wesley inicia seus estudos no curso de desenho livre do MASP, em 1951. No ano seguinte, embarca para Nova York, onde estuda na Parsons School of Design e no American Institute of Graphic Arts até 1955 e entra em contato com a obra de Robert Rauschenberg, Jasper Johns Cy Twombly e com a pop art em geral. De volta ao Brasil, abandona a carreira publicitária e estuda pintura com o italiano Karl Plattner, que então vivia no Brasil. Acompanha-o à Itália e à Áustria até 1960. Também viaja a Paris, onde tem aulas na Académie de la Grande Chaumière e no ateliê de Johnny Friedlaender.

Novamente retorna ao Brasil, em 1963. Ousado e polêmico, inicia um trabalho com jovens artistas e realiza, em 23 de outubro do mesmo ano, no João Sebastião Bar, em São Paulo, O Grande Espetáculo das Artes, um dos primeiros happenings do Brasil. Com Maria Cecília Gismondi, Bernardo Cid, Otto Stupakoff e Pedro Manuel-Gismondi, entre outros, procura formar um grupo dedicado ao Realismo Mágico. Participou também, em 1966, da fundação do Grupo Rex, com Geraldo de Barros, Nelson Leirner, José Resende, Carlos Fajardo e Frederico Nasser. A iniciativa, uma reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960, perdurou até 1967, desdobrou-se no espaço alternativo Rex Gallery & Sons e no jornal Rex Time. Desenhista, gravador, pintor e professor, Wesley Duke Lee foi um dos introdutores da Nova Figuração no Brasil.

Entre 1964 e 1966, a convite de Walter Zanini, primeiro diretor do MAC-USP, participa, juntamente com Bin Kondo, Fernando Odriozola e Yo Yoshitome, do Phases, movimento artístico surgido na França, a partir do surrealismo.

Em 1964, foi um dos primeiros voluntários para testes sobre os efeitos do LSD, numa clínica em São Paulo. Tomava o ácido e se trancava numa sala para desenhar. Essa experiência resultou nas séries Lisérgica e Da Formação de um Povo, ambas dotadas de forte carga política contra o regime militar que se instalava no país. Em entrevista cedida ao Museu da Pessoa, ele afirma:

"Eu menino ouvi dizer do meu avô que 'pintura é ferramenta do Diabo' [...] E ele tinha razão, né? A arte arrebenta com o dogma, seja ele qual for. Por isso que os artistas são sistematicamente perseguidos por qualquer grande movimento dogmático que apareceu. Os artistas serão crucificados porque eles atrapalham a implantação do dogma."

Nos anos 1980, trabalhou no Centro de Reprodução Xerox, em Nova York, incorporando fotocópia, Polaroid, vídeo e computação gráfica ao seu trabalho. Duke Lee teve trabalhos expostos na 44ª Bienal de Veneza e na 8ª Bienal de Tóquio. Dizia-se influenciado pelo movimento dadaísta, pela pop art e pela publicidade.

O artista expôs em São Paulo pela última vez em 2006. Sofria, desde 2007, do Mal de Alzheimer e faleceu em 12 de setembro de 2010, aos 78 anos de idade, vítima de complicações respiratórias decorrentes de sua doença. No dia de sua morte, realizava-se no Rio de Janeiro uma exposição retrospectiva da sua carreira.

Exposições Individuais

1961 - São Paulo SP – Individual, na Galeria Sistina

1962 - São Paulo SP – Individual, na Galeria Michel

1963

Milão (Itália) – Individual, na Galeria Sistina

São Paulo SP – Wesley Realista Mágico apresenta A Exposição, no João Sebastião Bar (primeiro happening no Brasil)

1964

Rio de Janeiro RJ – Wesley: têmperas e desenhos, na Petite Galerie

São Paulo SP – Pau Brasil, na Galeria Atrium

Viena (Áustria) – Individual, na Nebehay Gallery

1965

São Paulo SP – W.D.Lee, na Seta Galeria de Arte

Tóquio (Japão) – Wesley Duke Lee Exhibition, na Tokio Gallery

1968 - São Paulo SP – A Zona – Considerações: retrato de Assis Chateaubriand, no MAC/USP

1970 - São Paulo SP – Iconografia Botânica, na Galeria Ralph Camargo

1972 - São Paulo SP – Wesley Duke Lee: três livros de gravuras e um caderno de desenho, no Masp

1975 - Exposição de desenhos realizados para o Relatório Anual para as Financeiras Itaú

1976

São Paulo SP – As Sombra Ações, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Individual, na Galeria Luisa Strina

1977

São Paulo SP – Individual, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas, etc., na Galeria Luisa Strina

1978

Rio de Janeiro RJ – Wesley expõe Caligrafias, Ideogramas etc, na Galeria Luiz Buarque de Hollanda e Paulo Bittencourt

São Paulo SP – Minha Viagem à Grécia no Helicóptero de Leonardo da Vinci, no Masp

1979

Rio de Janeiro RJ – Série Papéis, na Bolsa de Valores de São Paulo

São Paulo SP – Série Papéis, na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro

São Paulo SP – Série Papéis, na Galeria Luisa Strina

1980

Porto Alegre RS – Mapas, na Galeria Salamandra

Ribeirão Preto SP – Papéis, na Casa da Cultura de Ribeirão Preto

São Paulo SP – Cartografia Anímica, na Galeria Luisa Strina

São Paulo SP – Obra-Prima do Masp, no Centro Campestre Sesc

1981 - São Paulo SP – Indvidual, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte

1986 - São Paulo SP – O Triumpho de Maximiliano I, no Escritório de Arte São Paulo

1991 - São Paulo SP – Os Trabalhos de Eros: preparação para a anunciação da era do filho, na Kate Art Gallery

1992 - São Paulo SP – Retrospectiva Wesley Duke Lee, no Masp

1993 - Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva Wesley Duke Lee, no CCBB

1999

São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Albedo, no Escritório de Arte São Paulo

São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Rubedo, no Escritório de Arte São Paulo

2000 - São Paulo SP – O Filiarcado, ensaio alquímico com jogos infantis. Nigredo, no Escritório de Arte São Paulo

2004 - São Paulo SP – Tudo é Desenho, no CCSP

2005 - São Paulo SP – Wesley Duke Lee: duas séries inéditas dos anos 60, na Pinacoteca do Estado

2006 - São Paulo SP – Individual, na Valu Oria Galeria de Arte

Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2024.

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Morre em São Paulo o artista plástico Wesley Duke Lee | G1

O artista plástico paulistano Wesley Duke Lee, 78 anos, morreu às 23h deste domingo (12) no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. (A assessoria de imprensa do hospital havia informado anteriormente que a morte ocorrera às 5h40 de segunda, mas telefonou à redação para retificar o horário em seguida).

De acordo com Max Perlingeiro, amigo do artista e curador de uma mostra dedicada a ele atualmente em cartaz no Rio de Janeiro, Duke Lee morreu de complicações respiratórias. Ele sofria de Mal de Alzheimer e, antes de dar entrada no hospital, estava internado em uma clínica em São Paulo, também segundo Perlingeiro.

O corpo de Duke Lee - que não será velado publicamente - será cremado em cerimônia marcada para as 16h desta terça-feira no Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra.

'Artesão de ilusões'

Nascido em dezembro de 1931, Duke Lee começou a estudar desenho e pintura no Masp, em São Paulo, e depois passou temporadas em Nova York e Paris para levar adiante sua formação.

Com artistas como Carlos Fajardo, Nelson Leirner e Geraldo de Barros foi um dos fundadores do Grupo Rex, que oferecia uma reação combativa e bem-humorada ao mercado de artes na década de 1960. Nessa época, foi também responsável pela realização dos primeiros "happenings" da arte brasileira.

Nos anos 80, trabalhou em parceria com o Centro de Reprodução Xerox, em Nova York, e incorporou uso de novas tecnologias a seus trabalhos, como fotocópia, polaroid e computador.

Duke Lee, que teve trabalhos expostos nas bienais de Veneza e de Tóquio, se dizia influenciado pelo movimento dadaísta, pela pop art e pela publicidade. Em um vídeo publicado na Enciclopédia Itaú Cultural Artes Visuais, declarou: "Sou um artesão de ilusões. O que realmente me interessa é a qualidade da ilusão. Se você conseguir atravessar o espelho e tiver a coragem de olhar para trás, você não vai ver nada".

Retrospectiva em cartaz no Rio

Uma retrospectiva da carreira do artista pode ser conferida em uma mostra que está atualmente em cartaz na Pinakotheke Cultural, do Rio de Janeiro (R. São Clemente, 300, Botafogo). A mostra, com curadoria de Max Perlingeiro, permanece aberta até 2 de outubro. No dia 23 do mesmo mês, a exposição será transferida para São Paulo, onde fica até 5 de dezembro.

"Falamos sobre a exposição em 2006, mas depois a saúde dele se agravou muito. A princípio achei que não era muito prudente fazer [a mostra], mas no final do ano passado os amigos do Wesley me procuraram e incentivaram a fazer a exposição", diz Perlingeiro. "Acho que fizemos talvez a maior homenagem que ele já teve."

Para Perlingeiro, a arte brasileira perde "um dos maiores artistas de sua vanguarda". "O Wesley semrpe esteve muito além do seu tempo. Desde os anos 60, ele era inconformado com a mesmice da arte e não se contentava mais com a pintura bidimensional", diz o amigo e curador, lembrando as primeiras experimentações do artista no campo das instalações e no uso da tecnologia. "Na época, ele era tão avançado que as pessoas não o compreendiam."

No início da noite desta segunda-feira, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, divulgou uma nota de pesar pela morte de Duke Lee. "Sua atitude experimentalista, irreverente e contestadora, base de sua criatividade, foi e é fundamental para o crescimento não só artístico, mas de comportamento de uma sociedade como a nossa", diz a nota, dirigida "aos familiares, amigos, artistas e aos que amam a arte".

Fonte: G1, publicado em 13 de setembro de 2010. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2024.

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Grupo Rex | Itaú Cultural

a que ela vai sendo processada e desenvolvida".Apesar de sua breve existência - de junho de 1966 a maio de 1967 -, o Grupo Rex tem intensa atuação na cidade de São Paulo, marcada pela irreverência, humor e crítica ao sistema de arte. Os mentores da cooperativa, Wesley Duke Lee (1931-2010), Geraldo de Barros (1923-1998) e Nelson Leirner (1932) projetam um local de exposições - a Rex Gallery & Sons - além de um periódico - o Rex Time - que deveriam funcionar como espaços alternativos às galerias, museus e publicações existentes. Exposições, palestras, happenings, projeções de filmes e edições de monografias são algumas das atividades do grupo, do qual participam também José Resende (1945), Carlos Fajardo (1941) e Frederico Nasser (1945), alunos de Wesley. Instruir e divertir são os lemas do Grupo Rex e do seu jornal; trata-se de interferir no debate artístico da época, em tom irônico e desabusado, por meio de atuações anticonvencionais. "AVISO: é a guerra", anuncia o primeiro número do Jornal Rex. Guerra ao mercado de arte, à crítica dominante nos jornais, aos museus, às Bienais e ao próprio objeto artístico, reduzido, segundo eles, à condição de mercadoria. Recuperar o espírito crítico e o caráter de intervenção da arte pela superação dos gêneros tradicionais e pela íntima articulação arte e vida, eis os princípios centrais do grupo. É possível flagrar na experiência do Grupo Rex, a inspiração no espírito contestador do dadaísmo e em suas manifestações pautadas pelo desejo do choque e do escândalo. Nota-se também a retomada do feitio interdisciplinar e plural do Fluxus, além das marcas evidentes da arte pop na linguagem visual do grupo.

As origens do grupo remetem às críticas e polêmicas que cercam as exposições de Wesley Duke Lee, na Galeria Atrium (1964), a de Waldemar Cordeiro (1925-1973) e Augusto de Campos (1931) e a mostra de Geraldo de Barros e Nelson Leirner (1965), todas em São Paulo. Ao lado disso, a retirada de um quadro (considerado subversivo) de Décio Bar da exposição Propostas 65, realizada na Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo, dá lugar à saída de vários artistas da exposição (entre eles, Wesley, Leirner e Geraldo de Barros). Desses acontecimentos, resulta a aproximação de Nelson Leirner e Geraldo de Barros com Wesley Duke Lee e a ideia de criação da cooperativa, batizada como "Rex", termo utilizado pelo poeta Carlos Felipe Saldanha (1933) no texto de apresentação da exposição de Wesley de 1964. A partir de contatos ocorridos ao longo do ano de 1965, o grupo passa a ocupar uma parte da loja Hobjeto, de propriedade de Geraldo de Barros, no bairro paulistano dos Jardins. Um baile inaugura a galeria que, em seguida, organiza uma série de atividades e envolve a divulgação de trabalhos recentes dos artistas e suas idéias. A consideração da produção do grupo permite entrever a diversidade de estilos, ainda que os trabalhos produzidos se liguem às novas figurações e ao novo realismo em pauta nos Estados Unidos e na Europa, sobretudo às experiências da arte pop. Além disso, todos eles dialogam com a realidade urbana, em obras de franco caráter experimental. As palavras de Wesley Duke Lee à imprensa, por ocasião da abertura da Rex Gallery, são emblemáticas: "Fazemos parte de uma tendência de experimentação, que podíamos dizer ser nascida nos Estados Unidos (...). O espírito de nossa galeria (e do jornal), consequentemente, é mostrar essa arte à medida que ela vai sendo processada e desenvolvida".

A convivência de linguagens distintas a partir de algumas inspirações comuns parece definir o perfil do grupo do ponto de vista de suas realizações, ainda que os comentadores se esforcem em localizar dois subgrupos no seu interior: o de Wesley e seus alunos, e o que reúne Leirner e Geraldo de Barros. Esta classificação, entretanto, não logra aplainar as diferenças evidentes em cada um dos subgrupos propriamente ditos. Wesley tem o seu aprendizado ligado à prática publicitária e a Karl Plattner (1919-1989). Seus desenhos, pinturas e criações ambientais (por exemplo, Trapézio ou uma Confissão, 1966) caracterizam-se pelo humor e pelo tom autobiográfico. O jogo entre realidade e supra-realidade, por sua vez, revela-se em obras como Rosário não foi embora. Por quê? (1964). Geraldo de Barros, fotógrafo ligado ao grupo concreto de São Paulo na década de 1950, volta a produzir no ateliê de Nelson Leirner, onde realiza trabalhos que buscam uma comunicação mais direta com o público, e faz uso de colagens e da pintura a partir de imagens de cartazes, pôsteres e outdoors (Cena de Sofá II - Fantasia Agressiva, 1965). Leirner revela preocupações com o circuito artístico que posteriormente serão retomadas por vários artistas. A produção de Fajardo e José Resende no interior do Grupo Rex (por exemplo, Neutral, 1966, de Fajardo e Homenagem ao Horizonte Longínquo, 1967, de Resende) permite entrever afinidades com o minimalismo e com vertentes da arte conceitual, que eles irão explorar, de modos distintos, em trabalhos posteriores. Nasser tem rápida passagem pelo Grupo Rex e, do mesmo modo que Fajardo e Resende, recusa conteúdos literários e por demais narrativos em suas obras [Desenho/ Desenho (1967)].

Se um baile comemora o nascimento do grupo, um happening celebra o encerramento de suas atividades. No final de 1967, a Exposição-Não-Exposição anuncia que obras de Nelson Leirner podem ser levadas à mostra. Em poucos minutos a galeria está completamente vazia. Nas palavras de Wesley: "Foi um dos happenings mais perfeitos que fizemos. A exposição durou exatamente oito minutos. A galeria foi toda depredada e os quadros arrancados brutalmente e vendidos na porta pelas pessoas que os tiraram de lá".

Fonte: GRUPO Rex. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2024. Acesso em: 02 de setembro de 2024. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

Crédito fotográfico: Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2024.

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