Edgard Parreiras (Niterói, 4 de dezembro de 1885 – Niterói, 18 de novembro de 1960), também conhecido como Edgar Parreiras, foi um pintor e professor brasileiro. Foi aluno de Antônio Parreiras, seu tio paterno. Influenciado pelo impressionismo, essencialmente paisagista, foi um artista fiel a tradição acadêmica de ter o desenho como base fundamental dos seus trabalhos. Iniciou seus estudos de pintura com seu tio, o renomado professor e pintor Antônio Parreiras. Em 1908 viajou a Paris com o tio e matriculou-se na Académie Julian, onde teve aulas com Jean-Paul Laurens. Regressou ao Brasil em 1911 e participou da 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, no LAOSP (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo) com muitos artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Participou regularmente das Exposições da ENBA de 1913 a 1939. No ano de 1928, faz da parte do Grupo Almeida Júnior – SP. Tem obras suas em importantes museus e coleções no Brasil e no Exterior. Foi fundador, associado da AFBA e professor da Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA em Niterói, no Rio de Janeiro. Durante a carreira, participou de diversas edições do Salão Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, recebendo menção honrosa (1916), medalha de bronze (1917), medalha de prata (1919) e pequena medalha de outro (1925) e do Salão Paulista de Belas-Artes, São Paulo, conquistando pequena medalha de prata (1940) e grande medalha de prata (1945).
Biografia – Itaú Cultural
Iniciou os estudos com o tio, o pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), por volta de 1907. Acompanha-o em viagem a Paris, em 1908, e estuda na Académie Julian, com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921). Regressou ao Brasil em 1911 e integrou a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi (1880 - 1967), no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp, com muitos dos principais artistas do Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1913, retorna a Paris acompanhando seu tio e o primo Dakir Parreiras (1894 - 1967), passando uma temporada no ateliê do primeiro. Participa regularmente das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, de 1913 a 1939. Na edição de 1925, é premiado com a medalha de ouro. Em 1928, faz da parte da coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque (1885 - 1962), Lucílio de Albuquerque (1877 - 1939), Pedro Alexandrino (1856 - 1942), Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931) e Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939), entre outros. Atua como professor da Escola Fluminense de Belas Artes, em Niterói, Rio de Janeiro.
Análise
Como aluno do pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), seu tio, Edgard Parreiras recebe uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. A atuação de artistas como seu tio é responsável por mudanças importantes na pintura brasileira no fim do século XIX: o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre. Embora sofra influência dessas inovações, Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura. A temporada passada na Académie Julian, em Paris, certamente contribui para o reforço das características mais conservadoras de sua formação, e não para o aprofundamento das inovações.
Adepto da representação da paisagem, Parreiras produz uma pintura em que transparece a fidelidade a um repertório tradicional, como, por exemplo, em Ateliê de Parreiras, 1949, hoje na Pinacoteca do Estado de São Paulo. No centro da cena está uma porta entreaberta pela qual entra a luminosidade do dia, descortinando o ambiente do pintor de cavalete. A pincelada elegante acompanha o contorno das formas. Camadas discretas de tinta se acumulam em pontos da tela que visam criar a sensação de relevo pela ampliação do reflexo luminoso. O elemento mais significativo desse apreço a soluções já consagradas talvez seja o sombreamento feito de tons azuis, característico da pintura impressionista que, incorporada pelo artista, 80 anos depois, já se revela como um movimento tradicional sem nenhum aspecto inovador.
Críticas
"A sua arte reveste as formas mais emotivas e delicadas. O seu pincel ainda tateia pintando coisas boas, mas seu saber onde irá se deter, renovando, criando, dando impressão nova aos velhos valores da paisagem (...) O artista é o primeiro a lembrar que a paisagem é seu gênero novo (...) a paisagem verdadeira, autêntica, o ar livre, que não a combinação do fundo do quadro convencional, como os antigos faziam" – Maria Elisa Carrazzoni (CARRAZZONI,Maria Elisa. REFLEXOS do impressionismo no Museu Nacional de Belas Artes. Apresentação de Marinho de Azevedo e Maria Elisa Carrazzoni. Rio de Janeiro: MNBA, 1974).
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: DGARD Parreiras. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 16 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Em 1905, inicia seus estudos de arte com o seu tio, o pintor Antônio Parreiras. Posteriormente, quando seu tio, Antônio Parreiras seguiu em 1908 para a França, para se desincumbir da grande tela histórica A Conquista do Pará, Edgar foi em sua companhia ; em Paris, Edgar estuda com Jean-Paul Laurens, na Academia Julian, entre os anos de 1908 e 1910.
De volta ao Brasil, em 1911, integra a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp), com muitos dos principais artistas do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. No início de 1913, em Niterói, o artista fez sua primeira exposição individual Retorna à Paris ainda em 1913, novamente em companhia de seu tio Antônio e, agora, também do primo Dakir Parreiras.
Funcionário da Prefeitura do antigo Distrito Federal (atual cidade do Rio de Janeiro), chegou ao cargo de chefe da tesouraria municipal. Manteve-se na pintura artística e regularmente participou das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes-Enba, de 1913 a 1939; sendo que na edição de 1925 é premiado com a medalha de ouro.
Em 1928, faz da parte da exposição coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Torquato Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Pedro Alexandrino Borges, Rodolfo Bernardelli e Oscar Pereira da Silva, entre outros.
Em 1940 foi um dos fundadores da Associação Fluminense de Belas Artes, em Niterói, ao lado de Hamilton Sholl, Gérson de Azeredo Coutinho e Pedro Campofiorito, entre outros; nesta associação atuou como professor. Ainda na década de 1940, no Salão Paulista de Belas Artes, obtêm a pequena medalha de prata em 1940 e grande medalha de prata em 1945.
Edgar Parreiras faleceu em sua residência, na Rua Sete de Setembro, n° 78, em Niterói; sendo sepultado no Cemitério do Maruí, na mesma cidade. Suas pinturas integram o acervo do Museu Antônio Parreiras, em Niterói.
Filho de Alfredo Artur da Silva Parreiras, Edgar Parreiras era irmão da educadora Ayde Parreiras, do desembargador Atayde Parreiras e Ari Parreiras, que governou o antigo Estado do Rio de Janeiro entre 16 de dezembro de 1931 até 7 de novembro de 1935.
Estilo
Adepto da representação da paisagem, Edgar Parreiras recebeu por parte de seu tio uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. Todavia, a temporada passada na Académie Julian, em Paris, reforçou as características mais conservadoras da formação artística de Edgar, e não para o aprofundamento das inovações. Embora sofra influência das inovações passadas por seu tio, como o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre; Edgar Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura.
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: Museu Antônio Parreiras - Edgar Parreiras, publicado em 4 de dezembro de 2017. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Edgard Parreiras (Niterói, 4 de dezembro de 1885 – Niterói, 18 de novembro de 1960), também conhecido como Edgar Parreiras, foi um pintor e professor brasileiro. Foi aluno de Antônio Parreiras, seu tio paterno. Influenciado pelo impressionismo, essencialmente paisagista, foi um artista fiel a tradição acadêmica de ter o desenho como base fundamental dos seus trabalhos. Iniciou seus estudos de pintura com seu tio, o renomado professor e pintor Antônio Parreiras. Em 1908 viajou a Paris com o tio e matriculou-se na Académie Julian, onde teve aulas com Jean-Paul Laurens. Regressou ao Brasil em 1911 e participou da 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, no LAOSP (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo) com muitos artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Participou regularmente das Exposições da ENBA de 1913 a 1939. No ano de 1928, faz da parte do Grupo Almeida Júnior – SP. Tem obras suas em importantes museus e coleções no Brasil e no Exterior. Foi fundador, associado da AFBA e professor da Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA em Niterói, no Rio de Janeiro. Durante a carreira, participou de diversas edições do Salão Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, recebendo menção honrosa (1916), medalha de bronze (1917), medalha de prata (1919) e pequena medalha de outro (1925) e do Salão Paulista de Belas-Artes, São Paulo, conquistando pequena medalha de prata (1940) e grande medalha de prata (1945).
Biografia – Itaú Cultural
Iniciou os estudos com o tio, o pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), por volta de 1907. Acompanha-o em viagem a Paris, em 1908, e estuda na Académie Julian, com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921). Regressou ao Brasil em 1911 e integrou a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi (1880 - 1967), no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp, com muitos dos principais artistas do Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1913, retorna a Paris acompanhando seu tio e o primo Dakir Parreiras (1894 - 1967), passando uma temporada no ateliê do primeiro. Participa regularmente das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, de 1913 a 1939. Na edição de 1925, é premiado com a medalha de ouro. Em 1928, faz da parte da coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque (1885 - 1962), Lucílio de Albuquerque (1877 - 1939), Pedro Alexandrino (1856 - 1942), Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931) e Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939), entre outros. Atua como professor da Escola Fluminense de Belas Artes, em Niterói, Rio de Janeiro.
Análise
Como aluno do pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), seu tio, Edgard Parreiras recebe uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. A atuação de artistas como seu tio é responsável por mudanças importantes na pintura brasileira no fim do século XIX: o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre. Embora sofra influência dessas inovações, Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura. A temporada passada na Académie Julian, em Paris, certamente contribui para o reforço das características mais conservadoras de sua formação, e não para o aprofundamento das inovações.
Adepto da representação da paisagem, Parreiras produz uma pintura em que transparece a fidelidade a um repertório tradicional, como, por exemplo, em Ateliê de Parreiras, 1949, hoje na Pinacoteca do Estado de São Paulo. No centro da cena está uma porta entreaberta pela qual entra a luminosidade do dia, descortinando o ambiente do pintor de cavalete. A pincelada elegante acompanha o contorno das formas. Camadas discretas de tinta se acumulam em pontos da tela que visam criar a sensação de relevo pela ampliação do reflexo luminoso. O elemento mais significativo desse apreço a soluções já consagradas talvez seja o sombreamento feito de tons azuis, característico da pintura impressionista que, incorporada pelo artista, 80 anos depois, já se revela como um movimento tradicional sem nenhum aspecto inovador.
Críticas
"A sua arte reveste as formas mais emotivas e delicadas. O seu pincel ainda tateia pintando coisas boas, mas seu saber onde irá se deter, renovando, criando, dando impressão nova aos velhos valores da paisagem (...) O artista é o primeiro a lembrar que a paisagem é seu gênero novo (...) a paisagem verdadeira, autêntica, o ar livre, que não a combinação do fundo do quadro convencional, como os antigos faziam" – Maria Elisa Carrazzoni (CARRAZZONI,Maria Elisa. REFLEXOS do impressionismo no Museu Nacional de Belas Artes. Apresentação de Marinho de Azevedo e Maria Elisa Carrazzoni. Rio de Janeiro: MNBA, 1974).
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: DGARD Parreiras. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 16 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Em 1905, inicia seus estudos de arte com o seu tio, o pintor Antônio Parreiras. Posteriormente, quando seu tio, Antônio Parreiras seguiu em 1908 para a França, para se desincumbir da grande tela histórica A Conquista do Pará, Edgar foi em sua companhia ; em Paris, Edgar estuda com Jean-Paul Laurens, na Academia Julian, entre os anos de 1908 e 1910.
De volta ao Brasil, em 1911, integra a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp), com muitos dos principais artistas do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. No início de 1913, em Niterói, o artista fez sua primeira exposição individual Retorna à Paris ainda em 1913, novamente em companhia de seu tio Antônio e, agora, também do primo Dakir Parreiras.
Funcionário da Prefeitura do antigo Distrito Federal (atual cidade do Rio de Janeiro), chegou ao cargo de chefe da tesouraria municipal. Manteve-se na pintura artística e regularmente participou das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes-Enba, de 1913 a 1939; sendo que na edição de 1925 é premiado com a medalha de ouro.
Em 1928, faz da parte da exposição coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Torquato Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Pedro Alexandrino Borges, Rodolfo Bernardelli e Oscar Pereira da Silva, entre outros.
Em 1940 foi um dos fundadores da Associação Fluminense de Belas Artes, em Niterói, ao lado de Hamilton Sholl, Gérson de Azeredo Coutinho e Pedro Campofiorito, entre outros; nesta associação atuou como professor. Ainda na década de 1940, no Salão Paulista de Belas Artes, obtêm a pequena medalha de prata em 1940 e grande medalha de prata em 1945.
Edgar Parreiras faleceu em sua residência, na Rua Sete de Setembro, n° 78, em Niterói; sendo sepultado no Cemitério do Maruí, na mesma cidade. Suas pinturas integram o acervo do Museu Antônio Parreiras, em Niterói.
Filho de Alfredo Artur da Silva Parreiras, Edgar Parreiras era irmão da educadora Ayde Parreiras, do desembargador Atayde Parreiras e Ari Parreiras, que governou o antigo Estado do Rio de Janeiro entre 16 de dezembro de 1931 até 7 de novembro de 1935.
Estilo
Adepto da representação da paisagem, Edgar Parreiras recebeu por parte de seu tio uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. Todavia, a temporada passada na Académie Julian, em Paris, reforçou as características mais conservadoras da formação artística de Edgar, e não para o aprofundamento das inovações. Embora sofra influência das inovações passadas por seu tio, como o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre; Edgar Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura.
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: Museu Antônio Parreiras - Edgar Parreiras, publicado em 4 de dezembro de 2017. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Edgard Parreiras (Niterói, 4 de dezembro de 1885 – Niterói, 18 de novembro de 1960), também conhecido como Edgar Parreiras, foi um pintor e professor brasileiro. Foi aluno de Antônio Parreiras, seu tio paterno. Influenciado pelo impressionismo, essencialmente paisagista, foi um artista fiel a tradição acadêmica de ter o desenho como base fundamental dos seus trabalhos. Iniciou seus estudos de pintura com seu tio, o renomado professor e pintor Antônio Parreiras. Em 1908 viajou a Paris com o tio e matriculou-se na Académie Julian, onde teve aulas com Jean-Paul Laurens. Regressou ao Brasil em 1911 e participou da 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, no LAOSP (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo) com muitos artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Participou regularmente das Exposições da ENBA de 1913 a 1939. No ano de 1928, faz da parte do Grupo Almeida Júnior – SP. Tem obras suas em importantes museus e coleções no Brasil e no Exterior. Foi fundador, associado da AFBA e professor da Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA em Niterói, no Rio de Janeiro. Durante a carreira, participou de diversas edições do Salão Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, recebendo menção honrosa (1916), medalha de bronze (1917), medalha de prata (1919) e pequena medalha de outro (1925) e do Salão Paulista de Belas-Artes, São Paulo, conquistando pequena medalha de prata (1940) e grande medalha de prata (1945).
Biografia – Itaú Cultural
Iniciou os estudos com o tio, o pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), por volta de 1907. Acompanha-o em viagem a Paris, em 1908, e estuda na Académie Julian, com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921). Regressou ao Brasil em 1911 e integrou a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi (1880 - 1967), no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp, com muitos dos principais artistas do Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1913, retorna a Paris acompanhando seu tio e o primo Dakir Parreiras (1894 - 1967), passando uma temporada no ateliê do primeiro. Participa regularmente das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, de 1913 a 1939. Na edição de 1925, é premiado com a medalha de ouro. Em 1928, faz da parte da coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque (1885 - 1962), Lucílio de Albuquerque (1877 - 1939), Pedro Alexandrino (1856 - 1942), Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931) e Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939), entre outros. Atua como professor da Escola Fluminense de Belas Artes, em Niterói, Rio de Janeiro.
Análise
Como aluno do pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), seu tio, Edgard Parreiras recebe uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. A atuação de artistas como seu tio é responsável por mudanças importantes na pintura brasileira no fim do século XIX: o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre. Embora sofra influência dessas inovações, Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura. A temporada passada na Académie Julian, em Paris, certamente contribui para o reforço das características mais conservadoras de sua formação, e não para o aprofundamento das inovações.
Adepto da representação da paisagem, Parreiras produz uma pintura em que transparece a fidelidade a um repertório tradicional, como, por exemplo, em Ateliê de Parreiras, 1949, hoje na Pinacoteca do Estado de São Paulo. No centro da cena está uma porta entreaberta pela qual entra a luminosidade do dia, descortinando o ambiente do pintor de cavalete. A pincelada elegante acompanha o contorno das formas. Camadas discretas de tinta se acumulam em pontos da tela que visam criar a sensação de relevo pela ampliação do reflexo luminoso. O elemento mais significativo desse apreço a soluções já consagradas talvez seja o sombreamento feito de tons azuis, característico da pintura impressionista que, incorporada pelo artista, 80 anos depois, já se revela como um movimento tradicional sem nenhum aspecto inovador.
Críticas
"A sua arte reveste as formas mais emotivas e delicadas. O seu pincel ainda tateia pintando coisas boas, mas seu saber onde irá se deter, renovando, criando, dando impressão nova aos velhos valores da paisagem (...) O artista é o primeiro a lembrar que a paisagem é seu gênero novo (...) a paisagem verdadeira, autêntica, o ar livre, que não a combinação do fundo do quadro convencional, como os antigos faziam" – Maria Elisa Carrazzoni (CARRAZZONI,Maria Elisa. REFLEXOS do impressionismo no Museu Nacional de Belas Artes. Apresentação de Marinho de Azevedo e Maria Elisa Carrazzoni. Rio de Janeiro: MNBA, 1974).
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: DGARD Parreiras. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 16 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Em 1905, inicia seus estudos de arte com o seu tio, o pintor Antônio Parreiras. Posteriormente, quando seu tio, Antônio Parreiras seguiu em 1908 para a França, para se desincumbir da grande tela histórica A Conquista do Pará, Edgar foi em sua companhia ; em Paris, Edgar estuda com Jean-Paul Laurens, na Academia Julian, entre os anos de 1908 e 1910.
De volta ao Brasil, em 1911, integra a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp), com muitos dos principais artistas do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. No início de 1913, em Niterói, o artista fez sua primeira exposição individual Retorna à Paris ainda em 1913, novamente em companhia de seu tio Antônio e, agora, também do primo Dakir Parreiras.
Funcionário da Prefeitura do antigo Distrito Federal (atual cidade do Rio de Janeiro), chegou ao cargo de chefe da tesouraria municipal. Manteve-se na pintura artística e regularmente participou das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes-Enba, de 1913 a 1939; sendo que na edição de 1925 é premiado com a medalha de ouro.
Em 1928, faz da parte da exposição coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Torquato Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Pedro Alexandrino Borges, Rodolfo Bernardelli e Oscar Pereira da Silva, entre outros.
Em 1940 foi um dos fundadores da Associação Fluminense de Belas Artes, em Niterói, ao lado de Hamilton Sholl, Gérson de Azeredo Coutinho e Pedro Campofiorito, entre outros; nesta associação atuou como professor. Ainda na década de 1940, no Salão Paulista de Belas Artes, obtêm a pequena medalha de prata em 1940 e grande medalha de prata em 1945.
Edgar Parreiras faleceu em sua residência, na Rua Sete de Setembro, n° 78, em Niterói; sendo sepultado no Cemitério do Maruí, na mesma cidade. Suas pinturas integram o acervo do Museu Antônio Parreiras, em Niterói.
Filho de Alfredo Artur da Silva Parreiras, Edgar Parreiras era irmão da educadora Ayde Parreiras, do desembargador Atayde Parreiras e Ari Parreiras, que governou o antigo Estado do Rio de Janeiro entre 16 de dezembro de 1931 até 7 de novembro de 1935.
Estilo
Adepto da representação da paisagem, Edgar Parreiras recebeu por parte de seu tio uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. Todavia, a temporada passada na Académie Julian, em Paris, reforçou as características mais conservadoras da formação artística de Edgar, e não para o aprofundamento das inovações. Embora sofra influência das inovações passadas por seu tio, como o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre; Edgar Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura.
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: Museu Antônio Parreiras - Edgar Parreiras, publicado em 4 de dezembro de 2017. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Edgard Parreiras (Niterói, 4 de dezembro de 1885 – Niterói, 18 de novembro de 1960), também conhecido como Edgar Parreiras, foi um pintor e professor brasileiro. Foi aluno de Antônio Parreiras, seu tio paterno. Influenciado pelo impressionismo, essencialmente paisagista, foi um artista fiel a tradição acadêmica de ter o desenho como base fundamental dos seus trabalhos. Iniciou seus estudos de pintura com seu tio, o renomado professor e pintor Antônio Parreiras. Em 1908 viajou a Paris com o tio e matriculou-se na Académie Julian, onde teve aulas com Jean-Paul Laurens. Regressou ao Brasil em 1911 e participou da 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, no LAOSP (Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo) com muitos artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Participou regularmente das Exposições da ENBA de 1913 a 1939. No ano de 1928, faz da parte do Grupo Almeida Júnior – SP. Tem obras suas em importantes museus e coleções no Brasil e no Exterior. Foi fundador, associado da AFBA e professor da Escola Fluminense de Belas Artes – EFBA em Niterói, no Rio de Janeiro. Durante a carreira, participou de diversas edições do Salão Nacional de Belas-Artes, Rio de Janeiro, recebendo menção honrosa (1916), medalha de bronze (1917), medalha de prata (1919) e pequena medalha de outro (1925) e do Salão Paulista de Belas-Artes, São Paulo, conquistando pequena medalha de prata (1940) e grande medalha de prata (1945).
Biografia – Itaú Cultural
Iniciou os estudos com o tio, o pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), por volta de 1907. Acompanha-o em viagem a Paris, em 1908, e estuda na Académie Julian, com Jean-Paul Laurens (1838 - 1921). Regressou ao Brasil em 1911 e integrou a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi (1880 - 1967), no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp, com muitos dos principais artistas do Rio de Janeiro e São Paulo. Em 1913, retorna a Paris acompanhando seu tio e o primo Dakir Parreiras (1894 - 1967), passando uma temporada no ateliê do primeiro. Participa regularmente das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes - Enba, de 1913 a 1939. Na edição de 1925, é premiado com a medalha de ouro. Em 1928, faz da parte da coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque (1885 - 1962), Lucílio de Albuquerque (1877 - 1939), Pedro Alexandrino (1856 - 1942), Rodolfo Bernardelli (1852 - 1931) e Oscar Pereira da Silva (1867 - 1939), entre outros. Atua como professor da Escola Fluminense de Belas Artes, em Niterói, Rio de Janeiro.
Análise
Como aluno do pintor Antônio Parreiras (1860 - 1937), seu tio, Edgard Parreiras recebe uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. A atuação de artistas como seu tio é responsável por mudanças importantes na pintura brasileira no fim do século XIX: o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre. Embora sofra influência dessas inovações, Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura. A temporada passada na Académie Julian, em Paris, certamente contribui para o reforço das características mais conservadoras de sua formação, e não para o aprofundamento das inovações.
Adepto da representação da paisagem, Parreiras produz uma pintura em que transparece a fidelidade a um repertório tradicional, como, por exemplo, em Ateliê de Parreiras, 1949, hoje na Pinacoteca do Estado de São Paulo. No centro da cena está uma porta entreaberta pela qual entra a luminosidade do dia, descortinando o ambiente do pintor de cavalete. A pincelada elegante acompanha o contorno das formas. Camadas discretas de tinta se acumulam em pontos da tela que visam criar a sensação de relevo pela ampliação do reflexo luminoso. O elemento mais significativo desse apreço a soluções já consagradas talvez seja o sombreamento feito de tons azuis, característico da pintura impressionista que, incorporada pelo artista, 80 anos depois, já se revela como um movimento tradicional sem nenhum aspecto inovador.
Críticas
"A sua arte reveste as formas mais emotivas e delicadas. O seu pincel ainda tateia pintando coisas boas, mas seu saber onde irá se deter, renovando, criando, dando impressão nova aos velhos valores da paisagem (...) O artista é o primeiro a lembrar que a paisagem é seu gênero novo (...) a paisagem verdadeira, autêntica, o ar livre, que não a combinação do fundo do quadro convencional, como os antigos faziam" – Maria Elisa Carrazzoni (CARRAZZONI,Maria Elisa. REFLEXOS do impressionismo no Museu Nacional de Belas Artes. Apresentação de Marinho de Azevedo e Maria Elisa Carrazzoni. Rio de Janeiro: MNBA, 1974).
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: DGARD Parreiras. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2023. Acesso em: 16 de janeiro de 2023. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Em 1905, inicia seus estudos de arte com o seu tio, o pintor Antônio Parreiras. Posteriormente, quando seu tio, Antônio Parreiras seguiu em 1908 para a França, para se desincumbir da grande tela histórica A Conquista do Pará, Edgar foi em sua companhia ; em Paris, Edgar estuda com Jean-Paul Laurens, na Academia Julian, entre os anos de 1908 e 1910.
De volta ao Brasil, em 1911, integra a 1ª Exposição Paulista de Belas Artes, organizada por Torquato Bassi, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo (Laosp), com muitos dos principais artistas do eixo Rio de Janeiro-São Paulo. No início de 1913, em Niterói, o artista fez sua primeira exposição individual Retorna à Paris ainda em 1913, novamente em companhia de seu tio Antônio e, agora, também do primo Dakir Parreiras.
Funcionário da Prefeitura do antigo Distrito Federal (atual cidade do Rio de Janeiro), chegou ao cargo de chefe da tesouraria municipal. Manteve-se na pintura artística e regularmente participou das exposições gerais da Escola Nacional de Belas Artes-Enba, de 1913 a 1939; sendo que na edição de 1925 é premiado com a medalha de ouro.
Em 1928, faz da parte da exposição coletiva do Grupo Almeida Júnior, em São Paulo, no Palácio das Arcadas, também organizada por Torquato Bassi, na qual figuram Georgina de Albuquerque, Lucílio de Albuquerque, Pedro Alexandrino Borges, Rodolfo Bernardelli e Oscar Pereira da Silva, entre outros.
Em 1940 foi um dos fundadores da Associação Fluminense de Belas Artes, em Niterói, ao lado de Hamilton Sholl, Gérson de Azeredo Coutinho e Pedro Campofiorito, entre outros; nesta associação atuou como professor. Ainda na década de 1940, no Salão Paulista de Belas Artes, obtêm a pequena medalha de prata em 1940 e grande medalha de prata em 1945.
Edgar Parreiras faleceu em sua residência, na Rua Sete de Setembro, n° 78, em Niterói; sendo sepultado no Cemitério do Maruí, na mesma cidade. Suas pinturas integram o acervo do Museu Antônio Parreiras, em Niterói.
Filho de Alfredo Artur da Silva Parreiras, Edgar Parreiras era irmão da educadora Ayde Parreiras, do desembargador Atayde Parreiras e Ari Parreiras, que governou o antigo Estado do Rio de Janeiro entre 16 de dezembro de 1931 até 7 de novembro de 1935.
Estilo
Adepto da representação da paisagem, Edgar Parreiras recebeu por parte de seu tio uma formação influenciada pela busca de renovação dos preceitos do ensino artístico acadêmico. Todavia, a temporada passada na Académie Julian, em Paris, reforçou as características mais conservadoras da formação artística de Edgar, e não para o aprofundamento das inovações. Embora sofra influência das inovações passadas por seu tio, como o clareamento da paleta de cores e a busca por uma representação naturalista da paisagem, com base na pintura ao ar livre; Edgar Parreiras não se afasta de alguns dos ensinamentos tradicionais, como o estudo do desenho como forma de preparação do artista para o exercício da pintura.
Exposições Individuais
1913 - Niterói RJ - Primeira individual
Exposições Coletivas
1911 - Rio de Janeiro RJ - 18ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1911 - São Paulo SP - Primeira Exposição Brasileira de Belas Artes, no Liceu de Artes e Ofícios
1912 - São Paulo SP - 2ª Exposição Brasileira de Belas Artes, na Pesp
1913 - Rio de Janeiro RJ - 20ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1914 - Rio de Janeiro RJ - 21ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1916 - Rio de Janeiro RJ - 23ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- menção honrosa
1917 - Rio de Janeiro RJ - 24ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- medalha de bronze
1918 - Rio de Janeiro RJ - 25ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- pequena medalha de prata
1919 - Rio de Janeiro RJ - 26ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba- grande medalha de prata
1920 - Rio de Janeiro RJ - 27ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1921 - Rio de Janeiro RJ - 28ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1922 - Rio de Janeiro RJ - 29ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1923 - Rio de Janeiro RJ - 30ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1924 - Rio de Janeiro RJ - 31ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1925 - Rio de Janeiro RJ - 32ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba-pequena medalha de ouro
1927 - Rio de Janeiro RJ - 34ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1928 - São Paulo SP - Grupo Almeida Júnior, no Palácio das Arcadas
1929 - Rio de Janeiro RJ - 36ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1930 - Rio de Janeiro RJ - 37ª Exposição Geral de Belas Artes, na Enba
1937 - São Paulo SP - 5º Salão Paulista de Belas Artes
1939 - São Paulo SP - 6º Salão Paulista de Belas Artes
1940 - São Paulo SP - 7º Salão Paulista de Belas Artes, no Salão de Arte Almeida Júnior da Prefeitura Municipal de São Paulo - pequena medalha de ouro
1945 - São Paulo SP - 11º Salão Paulista de Belas Artes, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1956 - São Paulo SP - 50 Anos de Paisagem Brasileira, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1966 - Niterói RJ - Edgar Parreiras, na Associação Fluminense de Belas Artes
1974 - Rio de Janeiro RJ - Reflexos do Impressionismo, no MNBA
1980 - São Paulo SP - A Paisagem Brasileira: 1650-1976, no Paço das Artes
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1989 - São Paulo SP - Pintura Brasil Século XIX e XX: obras do acervo do Banco Itaú, na Itaúgaleria
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.
Crédito fotográfico: Museu Antônio Parreiras - Edgar Parreiras, publicado em 4 de dezembro de 2017. Consultado pela última vez em 16 de janeiro de 2023.