Genaro Antonio Dantas de Carvalho (Salvador, 10 de novembro de 1926 — Salvador, 2 de julho de 1971), mais conhecido como Genaro de Carvalho, foi um pintor e tapeceiro brasileiro. Apesar de ter iniciado sua carreira como pintor, acabou por encontrar na tapeçaria o suporte e meio de expressão de sua pintura e desenho. É considerado o pioneiro da tapeçaria moderna no Brasil. Mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes. Ganhou uma bolsa de estudos do governo francês, onde estudou na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do pintor e teórico da arte André Lhote. Suas pinturas tinham forte influência do cubismo e fauvismo. Com vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, retratava árvores, flores e pássaros, além de elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano. Expôs por diversas vezes no Brasil e no exterior, como na Argentina, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França. Premiado no 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia, com medalha de prata.
Biografia – Itaú Cultural
Genaro Antônio Dantas de Carvalho inicia seus estudos de pintura com o pai.
Em 1944, vai para o Rio de Janeiro, e estuda desenho com Henrique Cavalleiro na Sociedade Brasileira de Belas Artes.
É considerado um dos principais ativistas pela renovação da arte na Bahia, ao lado de Carlos Bastos, Carybé e Mario Cravo Jr.
Com bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarca para Paris em 1949, lá estuda com André Lhote e Fernand Léger na École Nationale de Beaux-Arts.
Participa, em 1950, dos Salões de Outono, de Maio e dos Independentes.
Nesse mesmo ano, inicia-se na arte da tapeçaria, realizando seu primeiro trabalho denominado Plantas Tropicais.
No ano de 1955, criou o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Seu trabalho de maior destaque é o mural realizado para o salão interno do Hotel da Bahia, obra com 200 metros quadrados, intitulada Festejos Regionais Baianos.
Em 1967, a Divisão de Cultura do Departamento de Estado Americano realiza o documentário Genaro e a Tapeçaria Brasileira.
Críticas
"Ao contrário da maioria dos pintores de nossa época, Genaro de Carvalho confessa apreciar o decorativismo e tê-lo até como objetivo de sua arte. Pintor de grandes recursos, com êxito de crítica e de venda, depois de várias e brilhantes experiências tanto no campo do figurativismo como no do abstracionismo, fixou-se afinal na arte difícil da tapeçaria (...)" — Sérgio Milliet (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
"(...) Quanto às pinturas - nus de mulatas, folhagens, flores -, não suportam o cotejo com as tapeçarias: são amaneiradas, doces, superficiais e decorativas, muito embora Genaro ele próprio assim explicasse, numa entrevista a Luís Ernesto Machado Kawall, o decorativismo de sua pintura: - Tenho o decorativismo na minha pintura como um elemento consciente, como um objetivo, uma finalidade. Não escondo isto. Mesmo na figura dou um sentido ornamental. E não consigo entender por que tanto preconceito em torno do decorativismo na arte. Toda a pintura chinesa, persa, é, por excelência, de finalidade decorativa." — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
"Genaro Carvalho, trabalhando quase só no mercado da arte de tecer no Brasil, Aliava a sua criatividade um senso prático de organização, uma consciência aguda da sua missão pioneira, alargando sua visão tropical a uma estética formal competitiva com o que de melhor estava sendo feito em outras partes do mundo. Principalmente em relação a tapeçaria de Lurçat que nos chegava com toda a sua riqueza cromática. Assisti nos anos 50 a esta mostra da arte francesa e posso afirmar que ela foi decisiva na formação de novos artistas à difícil iniciação dessa arte. Na Galeria Estréia, em São Paulo (anos 60), assisti a uma das últimas exposições individuais de Genaro, onde acrescenta à exuberância de sua cor, e ao virtuosismo de sua técnica, o elemento humano: mulatas e baianas e o casario colonial da Bahia, numa interação tema e conteúdo de indiscutível oportunidade. (...) Sua obra e sua proposta no campo das artes plásticas foram, todavia, definitivas para as artes do Brasil, principalmente no campo da tapeçaria onde revelou-se superiormente como artista. Genaro Carvalho foi precursor da tapeçaria brasileira na Bahia." — Dorian Gray Caldas (CALDAS, Dorian Gray. Arte e História - Lurçat e Genaro. Tribuna do Norte. 08/03/98).
Exposições Individuais
1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa
1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1948 - Salvador BA - Individual, na Galeria Anjo Azul
1953 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1957 - Rio de Janeiro RJ - Tapeçarias Genaro, MAM/RJ
1957 - São Paulo SP - Individual, MAM/SP
1958 - Belo Horizonte MG - Individual, no Museu de Arte da Pampulha
1959 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Barcinski
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Zurique (Suíça) - Individual, na Galeria Hans Wichers
1961 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Rubbers
1961 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1962 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1964 - Estados Unidos - Individual itinerante, a convite da Smithsonian Institution
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1966 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Individual, no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1968 - Salvador BA - Bienal Nacional de Artes Plásticas
1971 - Londres (Inglaterra) - Individual, no Canning House
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1971 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
Exposições Coletivas
1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, no Associação Cultural Brasil-Estados Unidos
1950 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1950 - Paris (França) - Salon de Mai
1950 - Paris (França) - Salon des Artistes Etrangers Boursies du Government Français
1950 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1951 - São Paulo SP - 1º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1957 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, no MAM/SP
1964 - Estados Unidos - Mostra itinerante, da Smithsonian Institution
1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Brazilian Exposition
1965 - Hamburgo (Alemanha) - Artistas Baianos, na Hans Wichters Gallerie
1965 - Lausanne (Suíça) - 2ª Bienal Internacional de Tapeçaria, no Musée Cantonal des Beaux-Arts
1965 - Leningrado (União Soviética) - Coletiva, no Museu de Hermitage
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de prata
1966 - Salvador BA - 1º Bienal Nacional de Artes Plásticas
1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte
1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
Fonte: GENARO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 02 de setembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Em 1944, aos 17 anos, participa do 1° Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador. Foi a primeira vez que os integrantes da primeira geração de modernistas da Bahia - Genaro de Carvalho, Carlos Bastos e Mário Cravo Júnior - expuseram seus trabalhos, ao lado de uma grande maioria de pintores acadêmicos.
Incentivado pelo pai, pintor amador, Genaro começou a pintar desde criança. Ainda em 1944 vai para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes, onde estuda com Henrique Cavalleiro. Ao mesmo tempo, participava do movimento de renovação artística no seu estado, junto com Mário Cravo Júnior, Carlos Bastos, Rubem Valentim e Carybé, entre outros. Em 1949 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e estuda na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do teórico da arte e pintor cubista André Lhote (1885 - 1962), que também foi mestre de Tarsila do Amaral e Iberê Camargo, assim como Fernand Léger (1881 – 1955), cujo ateliê Genaro teria igualmente frequentado. A princípio, produziu pinturas com forte influência cubista e do fauvismo de Matisse. Não satisfeito com a pintura de cavalete, procurava um novo meio de expressão. Tentou o mosaico, chegando a realizar alguns trabalhos, e o vitral. Na capital francesa, Genaro participa de diversos salões de artes plásticas e toma contato com a tapeçaria mural, começando a pesquisar essa técnica. Dessa pesquisa, resultou, em 1950, no seu primeiro trabalho, Plantas Tropicais, feito ainda na França. Finalmente descobrira na tapeçaria mural a expressão que procurava.
Retornou ao Brasil em 1950, participando da 1ª Bienal de São Paulo. No mesmo ano, já em Salvador, recebe a encomenda e inicia o mural "Festas Regionais" (com 50 m de comprimento e 4 m de altura, em campo circular) em afresco seco para o restaurante do Hotel da Bahia, inaugurado em 1952 (atual Sheraton Hotel da Bahia).
A arte de Genaro, de vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, tinha, como temas predominantes, árvores, flores e pássaros. Sem uma ligação direta com o artesanato, sua obra traz, no entanto, elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano.
Além da tapeçaria, o desenho e a pintura acompanharam-no até a sua última fase e apresentam um tema que não ocorre nas tapeçarias - a figura feminina, para a qual, muitas vezes, Genaro teve como modelo a sua esposa, a artista plástica Nair de Carvalho (1933). Com formas exuberantes, a mulher é representada em composições planas, geralmente com um fundo decorativo preenchido por flores e folhas estilizadas.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pintura Mural do Artista Genaro de Carvalho — IPAC-BA:Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
O painel de Genaro de Carvalho, localizado no Hotel Tropical da Bahia (Av. Sete de Setembro, nº 1537, Campo Grande, Salvador-BA), tem grande importância para a arte baiana, tanto pelo seu valor documental, como também por ter sido um dos primeiros painéis modernos executados na Bahia. Isto em 1950, tendo na época causado uma verdadeira celeuma, pois contrariava os padrões estéticos daquele tempo. Genaro o executou aos vinte e três anos, recém-chegado de Paris, o artista levou um ano e meio para concluir o painel.
Fonte: IPAC-BA. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca – Revista Poder
Artista plástico baiano foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte nas décadas de 1960 e 1970
Com uma estética característica, colorida e regional, a tapeçaria mural se tornou objeto de desejo para decorar casas e apartamentos nas décadas de 1960 e 1970. O período, rico em transformações sociais, políticas e culturais, também deixou sua marca na arte nacional. Nessa época, o artista plástico baiano Genaro de Carvalho foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte. Filho do pintor amador Carlos Alberto de Carvalho, tintas e pincéis sempre fizeram parte de sua vida, mas foi na tapeçaria mural que Genaro encontrou um meio de expressar sua arte.
Em 1944, com 18 anos, foi para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA). Naquele mesmo ano retornou à Bahia e fez sua primeira exposição profissional ao lado de Mario Cravo Júnior, Rubem Valentim, Carlos Bastos e Carybé, todos artistas da primeira geração de modernistas da Bahia. Cinco anos mais tarde, em 1949, com uma bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarcou para Paris para estudar na conceituada Escola Nacional Superior de Belas Artes. Nessa fase, que foi fundamental em sua formação, frequentou os ateliês dos artistas cubistas André Lhote e Fernand Léger. Alguns críticos apontam a forte influência do período cubista francês de Henri Matisse na obra de Genaro. Participou de diversos salões de artes plásticas e descobriu a tapeçaria mural, técnica que começou a pesquisar e que resultou, em 1950, em seu primeiro trabalho nessa área, Plantas Tropicais.
Consagração
Já de volta a Salvador, Genaro recebeu a encomenda que se tornou um dos marcos de sua carreira: Festas Regionais, afresco de 200 m2 que é uma das marcas registradas do Hotel da Bahia, hoje Sheraton Hotel da Bahia. Com temática bastante regional e uma composição harmoniosa de cores vibrantes, o trabalho impressiona pela escala monumental. O artista também participou da 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, e criou a seguir o primeiro ateliê de tapeçaria do Brasil, no qual passou a ensinar artesãs bordadeiras a transformar sua arte em peças de tecido.
Genaro nunca escondeu a vocação decorativista de suas peças, que tinham uma ligação direta com o artesanato e traziam elementos populares e do folclore baiano. Suas tapeçarias produzem interessantes efeitos ópticos e transmitem as cores e a exuberância da flora e da fauna brasileira, seu tema principal desde o início. Com exposições em território nacional e internacional no currículo, Genaro obteve grande reconhecimento em vida. Morreu precocemente, em 1971, aos 44 anos, mas sua arte segue atual até hoje.
Fonte: Revista Poder, "Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca", publicado em 22 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022 | Alô Bahia
Um dos pioneiros da arte moderna na Bahia, Genaro de Carvalho terá um pouco de seu legado apresentado pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022, de 6 a 10 de abril, na Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera. Além de pintor e desenhista, o artista fez da tapeçaria um dos seus maiores meios de expressão, sendo considerado um dos nomes mais importantes no Brasil e na arte internacional.
“Suas tapeçarias ganharam novas texturas ao longo do tempo e as paisagens passaram por transformações, (...) resultado da viagem de pesquisa à região agreste de Alagoinhas, na Bahia, por volta de 1963. Nessas obras, as flores e pássaros com cores exuberantes dão lugar a uma paisagem árida, com galhos secos e tons terrosos, onde os pássaros lutam para sobreviver”, destaca Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua, no texto de apresentação para o catálogo da mostra na SPArte 2022, com o título “Genaro de Carvalho – A Arte Como Trama Vital”.
“Tanto na cor como nas formas, as tapeçarias e pinturas de Genaro de Carvalho têm uma criatividade audaciosa. Sente-se, em cada tapete, o rigoroso artesanato que o próprio Genaro exige. É o maior artista que temos no gênero, além de pioneiro da tapeçaria no Brasil”, escreveu, em 1968, Clarice Lispector, para a Revista Manchete.
Nesta edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo - SpArte 2022, um dos maiores eventos do mercado de arte em todo o mundo, o público poderá visitar o acervo das galerias virtualmente, através da plataforma sp-arte.com, que será ativada em editoriais no site, em newsletters e nas redes sociais, ampliando o alcance da participação.
Fonte: Alô Bahia, "Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022", publicado em 7 de março de 2022. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda | Casa Vogue
O que Genaro de Carvalho e Burle Marx têm em comum? As formas orgânicas e o poder de retratar, de formas distintas, a exuberância brasileira. E se a natureza é o que temos de mais rico e inspirador, é justo que seja ela o ponto de conexão entre os artistas e a estilista Vanda Jacintho na hora de criar a coleção Fragments of Earth.
Todo tropicalismo das tapeçarias de Genaro se transformaram em belíssimas estampas para vestidos fluidos – por vezes, plissados – e joias de acrílico monocromáticas. A coleção resort 2018, composta por 20 peças entre vestidos, chemises, panneaux, sarongs e cropped tops, caftans, traz bases brancas – afinal, é verão – com desenhos em cores vibrantes. Para acompanhar, maxi bijouxs de resina traduzindo a topografia das paisagens etéreas de Burle Marx.
Fonte: Casa Vogue, "Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda", publicado por Beta Germano, em 04 de novembro de 2017.
Crédito fotográfico: TecnoMuseu. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
Genaro Antonio Dantas de Carvalho (Salvador, 10 de novembro de 1926 — Salvador, 2 de julho de 1971), mais conhecido como Genaro de Carvalho, foi um pintor e tapeceiro brasileiro. Apesar de ter iniciado sua carreira como pintor, acabou por encontrar na tapeçaria o suporte e meio de expressão de sua pintura e desenho. É considerado o pioneiro da tapeçaria moderna no Brasil. Mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes. Ganhou uma bolsa de estudos do governo francês, onde estudou na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do pintor e teórico da arte André Lhote. Suas pinturas tinham forte influência do cubismo e fauvismo. Com vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, retratava árvores, flores e pássaros, além de elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano. Expôs por diversas vezes no Brasil e no exterior, como na Argentina, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França. Premiado no 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia, com medalha de prata.
Biografia – Itaú Cultural
Genaro Antônio Dantas de Carvalho inicia seus estudos de pintura com o pai.
Em 1944, vai para o Rio de Janeiro, e estuda desenho com Henrique Cavalleiro na Sociedade Brasileira de Belas Artes.
É considerado um dos principais ativistas pela renovação da arte na Bahia, ao lado de Carlos Bastos, Carybé e Mario Cravo Jr.
Com bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarca para Paris em 1949, lá estuda com André Lhote e Fernand Léger na École Nationale de Beaux-Arts.
Participa, em 1950, dos Salões de Outono, de Maio e dos Independentes.
Nesse mesmo ano, inicia-se na arte da tapeçaria, realizando seu primeiro trabalho denominado Plantas Tropicais.
No ano de 1955, criou o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Seu trabalho de maior destaque é o mural realizado para o salão interno do Hotel da Bahia, obra com 200 metros quadrados, intitulada Festejos Regionais Baianos.
Em 1967, a Divisão de Cultura do Departamento de Estado Americano realiza o documentário Genaro e a Tapeçaria Brasileira.
Críticas
"Ao contrário da maioria dos pintores de nossa época, Genaro de Carvalho confessa apreciar o decorativismo e tê-lo até como objetivo de sua arte. Pintor de grandes recursos, com êxito de crítica e de venda, depois de várias e brilhantes experiências tanto no campo do figurativismo como no do abstracionismo, fixou-se afinal na arte difícil da tapeçaria (...)" — Sérgio Milliet (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
"(...) Quanto às pinturas - nus de mulatas, folhagens, flores -, não suportam o cotejo com as tapeçarias: são amaneiradas, doces, superficiais e decorativas, muito embora Genaro ele próprio assim explicasse, numa entrevista a Luís Ernesto Machado Kawall, o decorativismo de sua pintura: - Tenho o decorativismo na minha pintura como um elemento consciente, como um objetivo, uma finalidade. Não escondo isto. Mesmo na figura dou um sentido ornamental. E não consigo entender por que tanto preconceito em torno do decorativismo na arte. Toda a pintura chinesa, persa, é, por excelência, de finalidade decorativa." — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
"Genaro Carvalho, trabalhando quase só no mercado da arte de tecer no Brasil, Aliava a sua criatividade um senso prático de organização, uma consciência aguda da sua missão pioneira, alargando sua visão tropical a uma estética formal competitiva com o que de melhor estava sendo feito em outras partes do mundo. Principalmente em relação a tapeçaria de Lurçat que nos chegava com toda a sua riqueza cromática. Assisti nos anos 50 a esta mostra da arte francesa e posso afirmar que ela foi decisiva na formação de novos artistas à difícil iniciação dessa arte. Na Galeria Estréia, em São Paulo (anos 60), assisti a uma das últimas exposições individuais de Genaro, onde acrescenta à exuberância de sua cor, e ao virtuosismo de sua técnica, o elemento humano: mulatas e baianas e o casario colonial da Bahia, numa interação tema e conteúdo de indiscutível oportunidade. (...) Sua obra e sua proposta no campo das artes plásticas foram, todavia, definitivas para as artes do Brasil, principalmente no campo da tapeçaria onde revelou-se superiormente como artista. Genaro Carvalho foi precursor da tapeçaria brasileira na Bahia." — Dorian Gray Caldas (CALDAS, Dorian Gray. Arte e História - Lurçat e Genaro. Tribuna do Norte. 08/03/98).
Exposições Individuais
1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa
1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1948 - Salvador BA - Individual, na Galeria Anjo Azul
1953 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1957 - Rio de Janeiro RJ - Tapeçarias Genaro, MAM/RJ
1957 - São Paulo SP - Individual, MAM/SP
1958 - Belo Horizonte MG - Individual, no Museu de Arte da Pampulha
1959 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Barcinski
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Zurique (Suíça) - Individual, na Galeria Hans Wichers
1961 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Rubbers
1961 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1962 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1964 - Estados Unidos - Individual itinerante, a convite da Smithsonian Institution
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1966 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Individual, no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1968 - Salvador BA - Bienal Nacional de Artes Plásticas
1971 - Londres (Inglaterra) - Individual, no Canning House
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1971 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
Exposições Coletivas
1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, no Associação Cultural Brasil-Estados Unidos
1950 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1950 - Paris (França) - Salon de Mai
1950 - Paris (França) - Salon des Artistes Etrangers Boursies du Government Français
1950 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1951 - São Paulo SP - 1º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1957 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, no MAM/SP
1964 - Estados Unidos - Mostra itinerante, da Smithsonian Institution
1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Brazilian Exposition
1965 - Hamburgo (Alemanha) - Artistas Baianos, na Hans Wichters Gallerie
1965 - Lausanne (Suíça) - 2ª Bienal Internacional de Tapeçaria, no Musée Cantonal des Beaux-Arts
1965 - Leningrado (União Soviética) - Coletiva, no Museu de Hermitage
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de prata
1966 - Salvador BA - 1º Bienal Nacional de Artes Plásticas
1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte
1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
Fonte: GENARO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 02 de setembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Em 1944, aos 17 anos, participa do 1° Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador. Foi a primeira vez que os integrantes da primeira geração de modernistas da Bahia - Genaro de Carvalho, Carlos Bastos e Mário Cravo Júnior - expuseram seus trabalhos, ao lado de uma grande maioria de pintores acadêmicos.
Incentivado pelo pai, pintor amador, Genaro começou a pintar desde criança. Ainda em 1944 vai para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes, onde estuda com Henrique Cavalleiro. Ao mesmo tempo, participava do movimento de renovação artística no seu estado, junto com Mário Cravo Júnior, Carlos Bastos, Rubem Valentim e Carybé, entre outros. Em 1949 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e estuda na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do teórico da arte e pintor cubista André Lhote (1885 - 1962), que também foi mestre de Tarsila do Amaral e Iberê Camargo, assim como Fernand Léger (1881 – 1955), cujo ateliê Genaro teria igualmente frequentado. A princípio, produziu pinturas com forte influência cubista e do fauvismo de Matisse. Não satisfeito com a pintura de cavalete, procurava um novo meio de expressão. Tentou o mosaico, chegando a realizar alguns trabalhos, e o vitral. Na capital francesa, Genaro participa de diversos salões de artes plásticas e toma contato com a tapeçaria mural, começando a pesquisar essa técnica. Dessa pesquisa, resultou, em 1950, no seu primeiro trabalho, Plantas Tropicais, feito ainda na França. Finalmente descobrira na tapeçaria mural a expressão que procurava.
Retornou ao Brasil em 1950, participando da 1ª Bienal de São Paulo. No mesmo ano, já em Salvador, recebe a encomenda e inicia o mural "Festas Regionais" (com 50 m de comprimento e 4 m de altura, em campo circular) em afresco seco para o restaurante do Hotel da Bahia, inaugurado em 1952 (atual Sheraton Hotel da Bahia).
A arte de Genaro, de vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, tinha, como temas predominantes, árvores, flores e pássaros. Sem uma ligação direta com o artesanato, sua obra traz, no entanto, elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano.
Além da tapeçaria, o desenho e a pintura acompanharam-no até a sua última fase e apresentam um tema que não ocorre nas tapeçarias - a figura feminina, para a qual, muitas vezes, Genaro teve como modelo a sua esposa, a artista plástica Nair de Carvalho (1933). Com formas exuberantes, a mulher é representada em composições planas, geralmente com um fundo decorativo preenchido por flores e folhas estilizadas.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pintura Mural do Artista Genaro de Carvalho — IPAC-BA:Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
O painel de Genaro de Carvalho, localizado no Hotel Tropical da Bahia (Av. Sete de Setembro, nº 1537, Campo Grande, Salvador-BA), tem grande importância para a arte baiana, tanto pelo seu valor documental, como também por ter sido um dos primeiros painéis modernos executados na Bahia. Isto em 1950, tendo na época causado uma verdadeira celeuma, pois contrariava os padrões estéticos daquele tempo. Genaro o executou aos vinte e três anos, recém-chegado de Paris, o artista levou um ano e meio para concluir o painel.
Fonte: IPAC-BA. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca – Revista Poder
Artista plástico baiano foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte nas décadas de 1960 e 1970
Com uma estética característica, colorida e regional, a tapeçaria mural se tornou objeto de desejo para decorar casas e apartamentos nas décadas de 1960 e 1970. O período, rico em transformações sociais, políticas e culturais, também deixou sua marca na arte nacional. Nessa época, o artista plástico baiano Genaro de Carvalho foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte. Filho do pintor amador Carlos Alberto de Carvalho, tintas e pincéis sempre fizeram parte de sua vida, mas foi na tapeçaria mural que Genaro encontrou um meio de expressar sua arte.
Em 1944, com 18 anos, foi para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA). Naquele mesmo ano retornou à Bahia e fez sua primeira exposição profissional ao lado de Mario Cravo Júnior, Rubem Valentim, Carlos Bastos e Carybé, todos artistas da primeira geração de modernistas da Bahia. Cinco anos mais tarde, em 1949, com uma bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarcou para Paris para estudar na conceituada Escola Nacional Superior de Belas Artes. Nessa fase, que foi fundamental em sua formação, frequentou os ateliês dos artistas cubistas André Lhote e Fernand Léger. Alguns críticos apontam a forte influência do período cubista francês de Henri Matisse na obra de Genaro. Participou de diversos salões de artes plásticas e descobriu a tapeçaria mural, técnica que começou a pesquisar e que resultou, em 1950, em seu primeiro trabalho nessa área, Plantas Tropicais.
Consagração
Já de volta a Salvador, Genaro recebeu a encomenda que se tornou um dos marcos de sua carreira: Festas Regionais, afresco de 200 m2 que é uma das marcas registradas do Hotel da Bahia, hoje Sheraton Hotel da Bahia. Com temática bastante regional e uma composição harmoniosa de cores vibrantes, o trabalho impressiona pela escala monumental. O artista também participou da 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, e criou a seguir o primeiro ateliê de tapeçaria do Brasil, no qual passou a ensinar artesãs bordadeiras a transformar sua arte em peças de tecido.
Genaro nunca escondeu a vocação decorativista de suas peças, que tinham uma ligação direta com o artesanato e traziam elementos populares e do folclore baiano. Suas tapeçarias produzem interessantes efeitos ópticos e transmitem as cores e a exuberância da flora e da fauna brasileira, seu tema principal desde o início. Com exposições em território nacional e internacional no currículo, Genaro obteve grande reconhecimento em vida. Morreu precocemente, em 1971, aos 44 anos, mas sua arte segue atual até hoje.
Fonte: Revista Poder, "Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca", publicado em 22 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022 | Alô Bahia
Um dos pioneiros da arte moderna na Bahia, Genaro de Carvalho terá um pouco de seu legado apresentado pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022, de 6 a 10 de abril, na Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera. Além de pintor e desenhista, o artista fez da tapeçaria um dos seus maiores meios de expressão, sendo considerado um dos nomes mais importantes no Brasil e na arte internacional.
“Suas tapeçarias ganharam novas texturas ao longo do tempo e as paisagens passaram por transformações, (...) resultado da viagem de pesquisa à região agreste de Alagoinhas, na Bahia, por volta de 1963. Nessas obras, as flores e pássaros com cores exuberantes dão lugar a uma paisagem árida, com galhos secos e tons terrosos, onde os pássaros lutam para sobreviver”, destaca Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua, no texto de apresentação para o catálogo da mostra na SPArte 2022, com o título “Genaro de Carvalho – A Arte Como Trama Vital”.
“Tanto na cor como nas formas, as tapeçarias e pinturas de Genaro de Carvalho têm uma criatividade audaciosa. Sente-se, em cada tapete, o rigoroso artesanato que o próprio Genaro exige. É o maior artista que temos no gênero, além de pioneiro da tapeçaria no Brasil”, escreveu, em 1968, Clarice Lispector, para a Revista Manchete.
Nesta edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo - SpArte 2022, um dos maiores eventos do mercado de arte em todo o mundo, o público poderá visitar o acervo das galerias virtualmente, através da plataforma sp-arte.com, que será ativada em editoriais no site, em newsletters e nas redes sociais, ampliando o alcance da participação.
Fonte: Alô Bahia, "Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022", publicado em 7 de março de 2022. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda | Casa Vogue
O que Genaro de Carvalho e Burle Marx têm em comum? As formas orgânicas e o poder de retratar, de formas distintas, a exuberância brasileira. E se a natureza é o que temos de mais rico e inspirador, é justo que seja ela o ponto de conexão entre os artistas e a estilista Vanda Jacintho na hora de criar a coleção Fragments of Earth.
Todo tropicalismo das tapeçarias de Genaro se transformaram em belíssimas estampas para vestidos fluidos – por vezes, plissados – e joias de acrílico monocromáticas. A coleção resort 2018, composta por 20 peças entre vestidos, chemises, panneaux, sarongs e cropped tops, caftans, traz bases brancas – afinal, é verão – com desenhos em cores vibrantes. Para acompanhar, maxi bijouxs de resina traduzindo a topografia das paisagens etéreas de Burle Marx.
Fonte: Casa Vogue, "Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda", publicado por Beta Germano, em 04 de novembro de 2017.
Crédito fotográfico: TecnoMuseu. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
Genaro Antonio Dantas de Carvalho (Salvador, 10 de novembro de 1926 — Salvador, 2 de julho de 1971), mais conhecido como Genaro de Carvalho, foi um pintor e tapeceiro brasileiro. Apesar de ter iniciado sua carreira como pintor, acabou por encontrar na tapeçaria o suporte e meio de expressão de sua pintura e desenho. É considerado o pioneiro da tapeçaria moderna no Brasil. Mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes. Ganhou uma bolsa de estudos do governo francês, onde estudou na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do pintor e teórico da arte André Lhote. Suas pinturas tinham forte influência do cubismo e fauvismo. Com vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, retratava árvores, flores e pássaros, além de elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano. Expôs por diversas vezes no Brasil e no exterior, como na Argentina, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França. Premiado no 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia, com medalha de prata.
Biografia – Itaú Cultural
Genaro Antônio Dantas de Carvalho inicia seus estudos de pintura com o pai.
Em 1944, vai para o Rio de Janeiro, e estuda desenho com Henrique Cavalleiro na Sociedade Brasileira de Belas Artes.
É considerado um dos principais ativistas pela renovação da arte na Bahia, ao lado de Carlos Bastos, Carybé e Mario Cravo Jr.
Com bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarca para Paris em 1949, lá estuda com André Lhote e Fernand Léger na École Nationale de Beaux-Arts.
Participa, em 1950, dos Salões de Outono, de Maio e dos Independentes.
Nesse mesmo ano, inicia-se na arte da tapeçaria, realizando seu primeiro trabalho denominado Plantas Tropicais.
No ano de 1955, criou o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Seu trabalho de maior destaque é o mural realizado para o salão interno do Hotel da Bahia, obra com 200 metros quadrados, intitulada Festejos Regionais Baianos.
Em 1967, a Divisão de Cultura do Departamento de Estado Americano realiza o documentário Genaro e a Tapeçaria Brasileira.
Críticas
"Ao contrário da maioria dos pintores de nossa época, Genaro de Carvalho confessa apreciar o decorativismo e tê-lo até como objetivo de sua arte. Pintor de grandes recursos, com êxito de crítica e de venda, depois de várias e brilhantes experiências tanto no campo do figurativismo como no do abstracionismo, fixou-se afinal na arte difícil da tapeçaria (...)" — Sérgio Milliet (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
"(...) Quanto às pinturas - nus de mulatas, folhagens, flores -, não suportam o cotejo com as tapeçarias: são amaneiradas, doces, superficiais e decorativas, muito embora Genaro ele próprio assim explicasse, numa entrevista a Luís Ernesto Machado Kawall, o decorativismo de sua pintura: - Tenho o decorativismo na minha pintura como um elemento consciente, como um objetivo, uma finalidade. Não escondo isto. Mesmo na figura dou um sentido ornamental. E não consigo entender por que tanto preconceito em torno do decorativismo na arte. Toda a pintura chinesa, persa, é, por excelência, de finalidade decorativa." — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
"Genaro Carvalho, trabalhando quase só no mercado da arte de tecer no Brasil, Aliava a sua criatividade um senso prático de organização, uma consciência aguda da sua missão pioneira, alargando sua visão tropical a uma estética formal competitiva com o que de melhor estava sendo feito em outras partes do mundo. Principalmente em relação a tapeçaria de Lurçat que nos chegava com toda a sua riqueza cromática. Assisti nos anos 50 a esta mostra da arte francesa e posso afirmar que ela foi decisiva na formação de novos artistas à difícil iniciação dessa arte. Na Galeria Estréia, em São Paulo (anos 60), assisti a uma das últimas exposições individuais de Genaro, onde acrescenta à exuberância de sua cor, e ao virtuosismo de sua técnica, o elemento humano: mulatas e baianas e o casario colonial da Bahia, numa interação tema e conteúdo de indiscutível oportunidade. (...) Sua obra e sua proposta no campo das artes plásticas foram, todavia, definitivas para as artes do Brasil, principalmente no campo da tapeçaria onde revelou-se superiormente como artista. Genaro Carvalho foi precursor da tapeçaria brasileira na Bahia." — Dorian Gray Caldas (CALDAS, Dorian Gray. Arte e História - Lurçat e Genaro. Tribuna do Norte. 08/03/98).
Exposições Individuais
1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa
1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1948 - Salvador BA - Individual, na Galeria Anjo Azul
1953 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1957 - Rio de Janeiro RJ - Tapeçarias Genaro, MAM/RJ
1957 - São Paulo SP - Individual, MAM/SP
1958 - Belo Horizonte MG - Individual, no Museu de Arte da Pampulha
1959 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Barcinski
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Zurique (Suíça) - Individual, na Galeria Hans Wichers
1961 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Rubbers
1961 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1962 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1964 - Estados Unidos - Individual itinerante, a convite da Smithsonian Institution
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1966 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Individual, no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1968 - Salvador BA - Bienal Nacional de Artes Plásticas
1971 - Londres (Inglaterra) - Individual, no Canning House
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1971 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
Exposições Coletivas
1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, no Associação Cultural Brasil-Estados Unidos
1950 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1950 - Paris (França) - Salon de Mai
1950 - Paris (França) - Salon des Artistes Etrangers Boursies du Government Français
1950 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1951 - São Paulo SP - 1º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1957 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, no MAM/SP
1964 - Estados Unidos - Mostra itinerante, da Smithsonian Institution
1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Brazilian Exposition
1965 - Hamburgo (Alemanha) - Artistas Baianos, na Hans Wichters Gallerie
1965 - Lausanne (Suíça) - 2ª Bienal Internacional de Tapeçaria, no Musée Cantonal des Beaux-Arts
1965 - Leningrado (União Soviética) - Coletiva, no Museu de Hermitage
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de prata
1966 - Salvador BA - 1º Bienal Nacional de Artes Plásticas
1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte
1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
Fonte: GENARO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 02 de setembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Em 1944, aos 17 anos, participa do 1° Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador. Foi a primeira vez que os integrantes da primeira geração de modernistas da Bahia - Genaro de Carvalho, Carlos Bastos e Mário Cravo Júnior - expuseram seus trabalhos, ao lado de uma grande maioria de pintores acadêmicos.
Incentivado pelo pai, pintor amador, Genaro começou a pintar desde criança. Ainda em 1944 vai para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes, onde estuda com Henrique Cavalleiro. Ao mesmo tempo, participava do movimento de renovação artística no seu estado, junto com Mário Cravo Júnior, Carlos Bastos, Rubem Valentim e Carybé, entre outros. Em 1949 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e estuda na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do teórico da arte e pintor cubista André Lhote (1885 - 1962), que também foi mestre de Tarsila do Amaral e Iberê Camargo, assim como Fernand Léger (1881 – 1955), cujo ateliê Genaro teria igualmente frequentado. A princípio, produziu pinturas com forte influência cubista e do fauvismo de Matisse. Não satisfeito com a pintura de cavalete, procurava um novo meio de expressão. Tentou o mosaico, chegando a realizar alguns trabalhos, e o vitral. Na capital francesa, Genaro participa de diversos salões de artes plásticas e toma contato com a tapeçaria mural, começando a pesquisar essa técnica. Dessa pesquisa, resultou, em 1950, no seu primeiro trabalho, Plantas Tropicais, feito ainda na França. Finalmente descobrira na tapeçaria mural a expressão que procurava.
Retornou ao Brasil em 1950, participando da 1ª Bienal de São Paulo. No mesmo ano, já em Salvador, recebe a encomenda e inicia o mural "Festas Regionais" (com 50 m de comprimento e 4 m de altura, em campo circular) em afresco seco para o restaurante do Hotel da Bahia, inaugurado em 1952 (atual Sheraton Hotel da Bahia).
A arte de Genaro, de vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, tinha, como temas predominantes, árvores, flores e pássaros. Sem uma ligação direta com o artesanato, sua obra traz, no entanto, elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano.
Além da tapeçaria, o desenho e a pintura acompanharam-no até a sua última fase e apresentam um tema que não ocorre nas tapeçarias - a figura feminina, para a qual, muitas vezes, Genaro teve como modelo a sua esposa, a artista plástica Nair de Carvalho (1933). Com formas exuberantes, a mulher é representada em composições planas, geralmente com um fundo decorativo preenchido por flores e folhas estilizadas.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pintura Mural do Artista Genaro de Carvalho — IPAC-BA:Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
O painel de Genaro de Carvalho, localizado no Hotel Tropical da Bahia (Av. Sete de Setembro, nº 1537, Campo Grande, Salvador-BA), tem grande importância para a arte baiana, tanto pelo seu valor documental, como também por ter sido um dos primeiros painéis modernos executados na Bahia. Isto em 1950, tendo na época causado uma verdadeira celeuma, pois contrariava os padrões estéticos daquele tempo. Genaro o executou aos vinte e três anos, recém-chegado de Paris, o artista levou um ano e meio para concluir o painel.
Fonte: IPAC-BA. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca – Revista Poder
Artista plástico baiano foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte nas décadas de 1960 e 1970
Com uma estética característica, colorida e regional, a tapeçaria mural se tornou objeto de desejo para decorar casas e apartamentos nas décadas de 1960 e 1970. O período, rico em transformações sociais, políticas e culturais, também deixou sua marca na arte nacional. Nessa época, o artista plástico baiano Genaro de Carvalho foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte. Filho do pintor amador Carlos Alberto de Carvalho, tintas e pincéis sempre fizeram parte de sua vida, mas foi na tapeçaria mural que Genaro encontrou um meio de expressar sua arte.
Em 1944, com 18 anos, foi para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA). Naquele mesmo ano retornou à Bahia e fez sua primeira exposição profissional ao lado de Mario Cravo Júnior, Rubem Valentim, Carlos Bastos e Carybé, todos artistas da primeira geração de modernistas da Bahia. Cinco anos mais tarde, em 1949, com uma bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarcou para Paris para estudar na conceituada Escola Nacional Superior de Belas Artes. Nessa fase, que foi fundamental em sua formação, frequentou os ateliês dos artistas cubistas André Lhote e Fernand Léger. Alguns críticos apontam a forte influência do período cubista francês de Henri Matisse na obra de Genaro. Participou de diversos salões de artes plásticas e descobriu a tapeçaria mural, técnica que começou a pesquisar e que resultou, em 1950, em seu primeiro trabalho nessa área, Plantas Tropicais.
Consagração
Já de volta a Salvador, Genaro recebeu a encomenda que se tornou um dos marcos de sua carreira: Festas Regionais, afresco de 200 m2 que é uma das marcas registradas do Hotel da Bahia, hoje Sheraton Hotel da Bahia. Com temática bastante regional e uma composição harmoniosa de cores vibrantes, o trabalho impressiona pela escala monumental. O artista também participou da 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, e criou a seguir o primeiro ateliê de tapeçaria do Brasil, no qual passou a ensinar artesãs bordadeiras a transformar sua arte em peças de tecido.
Genaro nunca escondeu a vocação decorativista de suas peças, que tinham uma ligação direta com o artesanato e traziam elementos populares e do folclore baiano. Suas tapeçarias produzem interessantes efeitos ópticos e transmitem as cores e a exuberância da flora e da fauna brasileira, seu tema principal desde o início. Com exposições em território nacional e internacional no currículo, Genaro obteve grande reconhecimento em vida. Morreu precocemente, em 1971, aos 44 anos, mas sua arte segue atual até hoje.
Fonte: Revista Poder, "Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca", publicado em 22 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022 | Alô Bahia
Um dos pioneiros da arte moderna na Bahia, Genaro de Carvalho terá um pouco de seu legado apresentado pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022, de 6 a 10 de abril, na Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera. Além de pintor e desenhista, o artista fez da tapeçaria um dos seus maiores meios de expressão, sendo considerado um dos nomes mais importantes no Brasil e na arte internacional.
“Suas tapeçarias ganharam novas texturas ao longo do tempo e as paisagens passaram por transformações, (...) resultado da viagem de pesquisa à região agreste de Alagoinhas, na Bahia, por volta de 1963. Nessas obras, as flores e pássaros com cores exuberantes dão lugar a uma paisagem árida, com galhos secos e tons terrosos, onde os pássaros lutam para sobreviver”, destaca Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua, no texto de apresentação para o catálogo da mostra na SPArte 2022, com o título “Genaro de Carvalho – A Arte Como Trama Vital”.
“Tanto na cor como nas formas, as tapeçarias e pinturas de Genaro de Carvalho têm uma criatividade audaciosa. Sente-se, em cada tapete, o rigoroso artesanato que o próprio Genaro exige. É o maior artista que temos no gênero, além de pioneiro da tapeçaria no Brasil”, escreveu, em 1968, Clarice Lispector, para a Revista Manchete.
Nesta edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo - SpArte 2022, um dos maiores eventos do mercado de arte em todo o mundo, o público poderá visitar o acervo das galerias virtualmente, através da plataforma sp-arte.com, que será ativada em editoriais no site, em newsletters e nas redes sociais, ampliando o alcance da participação.
Fonte: Alô Bahia, "Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022", publicado em 7 de março de 2022. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda | Casa Vogue
O que Genaro de Carvalho e Burle Marx têm em comum? As formas orgânicas e o poder de retratar, de formas distintas, a exuberância brasileira. E se a natureza é o que temos de mais rico e inspirador, é justo que seja ela o ponto de conexão entre os artistas e a estilista Vanda Jacintho na hora de criar a coleção Fragments of Earth.
Todo tropicalismo das tapeçarias de Genaro se transformaram em belíssimas estampas para vestidos fluidos – por vezes, plissados – e joias de acrílico monocromáticas. A coleção resort 2018, composta por 20 peças entre vestidos, chemises, panneaux, sarongs e cropped tops, caftans, traz bases brancas – afinal, é verão – com desenhos em cores vibrantes. Para acompanhar, maxi bijouxs de resina traduzindo a topografia das paisagens etéreas de Burle Marx.
Fonte: Casa Vogue, "Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda", publicado por Beta Germano, em 04 de novembro de 2017.
Crédito fotográfico: TecnoMuseu. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
Genaro Antonio Dantas de Carvalho (Salvador, 10 de novembro de 1926 — Salvador, 2 de julho de 1971), mais conhecido como Genaro de Carvalho, foi um pintor e tapeceiro brasileiro. Apesar de ter iniciado sua carreira como pintor, acabou por encontrar na tapeçaria o suporte e meio de expressão de sua pintura e desenho. É considerado o pioneiro da tapeçaria moderna no Brasil. Mudou-se para o Rio de Janeiro para estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes. Ganhou uma bolsa de estudos do governo francês, onde estudou na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do pintor e teórico da arte André Lhote. Suas pinturas tinham forte influência do cubismo e fauvismo. Com vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, retratava árvores, flores e pássaros, além de elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano. Expôs por diversas vezes no Brasil e no exterior, como na Argentina, Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e França. Premiado no 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia, com medalha de prata.
Biografia – Itaú Cultural
Genaro Antônio Dantas de Carvalho inicia seus estudos de pintura com o pai.
Em 1944, vai para o Rio de Janeiro, e estuda desenho com Henrique Cavalleiro na Sociedade Brasileira de Belas Artes.
É considerado um dos principais ativistas pela renovação da arte na Bahia, ao lado de Carlos Bastos, Carybé e Mario Cravo Jr.
Com bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarca para Paris em 1949, lá estuda com André Lhote e Fernand Léger na École Nationale de Beaux-Arts.
Participa, em 1950, dos Salões de Outono, de Maio e dos Independentes.
Nesse mesmo ano, inicia-se na arte da tapeçaria, realizando seu primeiro trabalho denominado Plantas Tropicais.
No ano de 1955, criou o primeiro ateliê de tapeçaria no Brasil, na cidade de Salvador, Bahia. Seu trabalho de maior destaque é o mural realizado para o salão interno do Hotel da Bahia, obra com 200 metros quadrados, intitulada Festejos Regionais Baianos.
Em 1967, a Divisão de Cultura do Departamento de Estado Americano realiza o documentário Genaro e a Tapeçaria Brasileira.
Críticas
"Ao contrário da maioria dos pintores de nossa época, Genaro de Carvalho confessa apreciar o decorativismo e tê-lo até como objetivo de sua arte. Pintor de grandes recursos, com êxito de crítica e de venda, depois de várias e brilhantes experiências tanto no campo do figurativismo como no do abstracionismo, fixou-se afinal na arte difícil da tapeçaria (...)" — Sérgio Milliet (CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário brasileiro de artistas plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980. (Dicionários especializados, 5).
"(...) Quanto às pinturas - nus de mulatas, folhagens, flores -, não suportam o cotejo com as tapeçarias: são amaneiradas, doces, superficiais e decorativas, muito embora Genaro ele próprio assim explicasse, numa entrevista a Luís Ernesto Machado Kawall, o decorativismo de sua pintura: - Tenho o decorativismo na minha pintura como um elemento consciente, como um objetivo, uma finalidade. Não escondo isto. Mesmo na figura dou um sentido ornamental. E não consigo entender por que tanto preconceito em torno do decorativismo na arte. Toda a pintura chinesa, persa, é, por excelência, de finalidade decorativa." — José Roberto Teixeira Leite (LEITE, José Roberto Teixeira. Dicionário crítico da pintura no Brasil. Rio de Janeiro: Artlivre, 1988).
"Genaro Carvalho, trabalhando quase só no mercado da arte de tecer no Brasil, Aliava a sua criatividade um senso prático de organização, uma consciência aguda da sua missão pioneira, alargando sua visão tropical a uma estética formal competitiva com o que de melhor estava sendo feito em outras partes do mundo. Principalmente em relação a tapeçaria de Lurçat que nos chegava com toda a sua riqueza cromática. Assisti nos anos 50 a esta mostra da arte francesa e posso afirmar que ela foi decisiva na formação de novos artistas à difícil iniciação dessa arte. Na Galeria Estréia, em São Paulo (anos 60), assisti a uma das últimas exposições individuais de Genaro, onde acrescenta à exuberância de sua cor, e ao virtuosismo de sua técnica, o elemento humano: mulatas e baianas e o casario colonial da Bahia, numa interação tema e conteúdo de indiscutível oportunidade. (...) Sua obra e sua proposta no campo das artes plásticas foram, todavia, definitivas para as artes do Brasil, principalmente no campo da tapeçaria onde revelou-se superiormente como artista. Genaro Carvalho foi precursor da tapeçaria brasileira na Bahia." — Dorian Gray Caldas (CALDAS, Dorian Gray. Arte e História - Lurçat e Genaro. Tribuna do Norte. 08/03/98).
Exposições Individuais
1945 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Associação Brasileira de Imprensa
1946 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Mnba
1948 - Salvador BA - Individual, na Galeria Anjo Azul
1953 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré
1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1957 - Rio de Janeiro RJ - Tapeçarias Genaro, MAM/RJ
1957 - São Paulo SP - Individual, MAM/SP
1958 - Belo Horizonte MG - Individual, no Museu de Arte da Pampulha
1959 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs
1960 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Barcinski
1960 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte das Folhas
1960 - Zurique (Suíça) - Individual, na Galeria Hans Wichers
1961 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, na Galeria Rubbers
1961 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1962 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1964 - Estados Unidos - Individual itinerante, a convite da Smithsonian Institution
1965 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1966 - Washington D. C. (Estados Unidos) - Individual, no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano
1966 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Astréia
1967 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1968 - Salvador BA - Bienal Nacional de Artes Plásticas
1971 - Londres (Inglaterra) - Individual, no Canning House
1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1971 - Salvador BA - Individual, no MAM/BA
Exposições Coletivas
1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, no Associação Cultural Brasil-Estados Unidos
1950 - Paris (França) - Salão de Outono, no Grand Palais
1950 - Paris (França) - Salon de Mai
1950 - Paris (França) - Salon des Artistes Etrangers Boursies du Government Français
1950 - Paris (França) - Salon des Indépendants
1951 - São Paulo SP - 1º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1955 - São Paulo SP - 3º Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1957 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, no MAM/SP
1964 - Estados Unidos - Mostra itinerante, da Smithsonian Institution
1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Brazilian Exposition
1965 - Hamburgo (Alemanha) - Artistas Baianos, na Hans Wichters Gallerie
1965 - Lausanne (Suíça) - 2ª Bienal Internacional de Tapeçaria, no Musée Cantonal des Beaux-Arts
1965 - Leningrado (União Soviética) - Coletiva, no Museu de Hermitage
1965 - São Paulo SP - 14º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - medalha de prata
1966 - Salvador BA - 1º Bienal Nacional de Artes Plásticas
1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte
1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria
1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA
1969 - São Paulo SP - 1º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
Fonte: GENARO. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 02 de setembro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia – Wikipédia
Em 1944, aos 17 anos, participa do 1° Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-Estados Unidos, em Salvador. Foi a primeira vez que os integrantes da primeira geração de modernistas da Bahia - Genaro de Carvalho, Carlos Bastos e Mário Cravo Júnior - expuseram seus trabalhos, ao lado de uma grande maioria de pintores acadêmicos.
Incentivado pelo pai, pintor amador, Genaro começou a pintar desde criança. Ainda em 1944 vai para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes, onde estuda com Henrique Cavalleiro. Ao mesmo tempo, participava do movimento de renovação artística no seu estado, junto com Mário Cravo Júnior, Carlos Bastos, Rubem Valentim e Carybé, entre outros. Em 1949 viaja para Paris, como bolsista do governo francês, e estuda na École nationale supérieure des beaux-arts e no ateliê do teórico da arte e pintor cubista André Lhote (1885 - 1962), que também foi mestre de Tarsila do Amaral e Iberê Camargo, assim como Fernand Léger (1881 – 1955), cujo ateliê Genaro teria igualmente frequentado. A princípio, produziu pinturas com forte influência cubista e do fauvismo de Matisse. Não satisfeito com a pintura de cavalete, procurava um novo meio de expressão. Tentou o mosaico, chegando a realizar alguns trabalhos, e o vitral. Na capital francesa, Genaro participa de diversos salões de artes plásticas e toma contato com a tapeçaria mural, começando a pesquisar essa técnica. Dessa pesquisa, resultou, em 1950, no seu primeiro trabalho, Plantas Tropicais, feito ainda na França. Finalmente descobrira na tapeçaria mural a expressão que procurava.
Retornou ao Brasil em 1950, participando da 1ª Bienal de São Paulo. No mesmo ano, já em Salvador, recebe a encomenda e inicia o mural "Festas Regionais" (com 50 m de comprimento e 4 m de altura, em campo circular) em afresco seco para o restaurante do Hotel da Bahia, inaugurado em 1952 (atual Sheraton Hotel da Bahia).
A arte de Genaro, de vocação decorativista e desprovida de qualquer intenção política, tinha, como temas predominantes, árvores, flores e pássaros. Sem uma ligação direta com o artesanato, sua obra traz, no entanto, elementos da tapeçaria popular e referências ao folclore baiano.
Além da tapeçaria, o desenho e a pintura acompanharam-no até a sua última fase e apresentam um tema que não ocorre nas tapeçarias - a figura feminina, para a qual, muitas vezes, Genaro teve como modelo a sua esposa, a artista plástica Nair de Carvalho (1933). Com formas exuberantes, a mulher é representada em composições planas, geralmente com um fundo decorativo preenchido por flores e folhas estilizadas.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pintura Mural do Artista Genaro de Carvalho — IPAC-BA:Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia
O painel de Genaro de Carvalho, localizado no Hotel Tropical da Bahia (Av. Sete de Setembro, nº 1537, Campo Grande, Salvador-BA), tem grande importância para a arte baiana, tanto pelo seu valor documental, como também por ter sido um dos primeiros painéis modernos executados na Bahia. Isto em 1950, tendo na época causado uma verdadeira celeuma, pois contrariava os padrões estéticos daquele tempo. Genaro o executou aos vinte e três anos, recém-chegado de Paris, o artista levou um ano e meio para concluir o painel.
Fonte: IPAC-BA. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca – Revista Poder
Artista plástico baiano foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte nas décadas de 1960 e 1970
Com uma estética característica, colorida e regional, a tapeçaria mural se tornou objeto de desejo para decorar casas e apartamentos nas décadas de 1960 e 1970. O período, rico em transformações sociais, políticas e culturais, também deixou sua marca na arte nacional. Nessa época, o artista plástico baiano Genaro de Carvalho foi um dos principais nomes do mercado brasileiro de arte. Filho do pintor amador Carlos Alberto de Carvalho, tintas e pincéis sempre fizeram parte de sua vida, mas foi na tapeçaria mural que Genaro encontrou um meio de expressar sua arte.
Em 1944, com 18 anos, foi para o Rio de Janeiro estudar desenho na Sociedade Brasileira de Belas Artes (SBBA). Naquele mesmo ano retornou à Bahia e fez sua primeira exposição profissional ao lado de Mario Cravo Júnior, Rubem Valentim, Carlos Bastos e Carybé, todos artistas da primeira geração de modernistas da Bahia. Cinco anos mais tarde, em 1949, com uma bolsa de estudos do governo francês, Genaro embarcou para Paris para estudar na conceituada Escola Nacional Superior de Belas Artes. Nessa fase, que foi fundamental em sua formação, frequentou os ateliês dos artistas cubistas André Lhote e Fernand Léger. Alguns críticos apontam a forte influência do período cubista francês de Henri Matisse na obra de Genaro. Participou de diversos salões de artes plásticas e descobriu a tapeçaria mural, técnica que começou a pesquisar e que resultou, em 1950, em seu primeiro trabalho nessa área, Plantas Tropicais.
Consagração
Já de volta a Salvador, Genaro recebeu a encomenda que se tornou um dos marcos de sua carreira: Festas Regionais, afresco de 200 m2 que é uma das marcas registradas do Hotel da Bahia, hoje Sheraton Hotel da Bahia. Com temática bastante regional e uma composição harmoniosa de cores vibrantes, o trabalho impressiona pela escala monumental. O artista também participou da 1ª Bienal de São Paulo, em 1951, e criou a seguir o primeiro ateliê de tapeçaria do Brasil, no qual passou a ensinar artesãs bordadeiras a transformar sua arte em peças de tecido.
Genaro nunca escondeu a vocação decorativista de suas peças, que tinham uma ligação direta com o artesanato e traziam elementos populares e do folclore baiano. Suas tapeçarias produzem interessantes efeitos ópticos e transmitem as cores e a exuberância da flora e da fauna brasileira, seu tema principal desde o início. Com exposições em território nacional e internacional no currículo, Genaro obteve grande reconhecimento em vida. Morreu precocemente, em 1971, aos 44 anos, mas sua arte segue atual até hoje.
Fonte: Revista Poder, "Objetos de desejo, os murais de Genaro de Carvalho continuam atuais e mais valorizados do que nunca", publicado em 22 de julho de 2021. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022 | Alô Bahia
Um dos pioneiros da arte moderna na Bahia, Genaro de Carvalho terá um pouco de seu legado apresentado pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022, de 6 a 10 de abril, na Fundação Bienal, no Parque do Ibirapuera. Além de pintor e desenhista, o artista fez da tapeçaria um dos seus maiores meios de expressão, sendo considerado um dos nomes mais importantes no Brasil e na arte internacional.
“Suas tapeçarias ganharam novas texturas ao longo do tempo e as paisagens passaram por transformações, (...) resultado da viagem de pesquisa à região agreste de Alagoinhas, na Bahia, por volta de 1963. Nessas obras, as flores e pássaros com cores exuberantes dão lugar a uma paisagem árida, com galhos secos e tons terrosos, onde os pássaros lutam para sobreviver”, destaca Juliana Ribeiro da Silva Bevilacqua, no texto de apresentação para o catálogo da mostra na SPArte 2022, com o título “Genaro de Carvalho – A Arte Como Trama Vital”.
“Tanto na cor como nas formas, as tapeçarias e pinturas de Genaro de Carvalho têm uma criatividade audaciosa. Sente-se, em cada tapete, o rigoroso artesanato que o próprio Genaro exige. É o maior artista que temos no gênero, além de pioneiro da tapeçaria no Brasil”, escreveu, em 1968, Clarice Lispector, para a Revista Manchete.
Nesta edição do Festival Internacional de Arte de São Paulo - SpArte 2022, um dos maiores eventos do mercado de arte em todo o mundo, o público poderá visitar o acervo das galerias virtualmente, através da plataforma sp-arte.com, que será ativada em editoriais no site, em newsletters e nas redes sociais, ampliando o alcance da participação.
Fonte: Alô Bahia, "Pinturas e tapeçarias de Genaro de Carvalho serão apresentadas pela Paulo Darzé Galeria na SpArte 2022", publicado em 7 de março de 2022. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.
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Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda | Casa Vogue
O que Genaro de Carvalho e Burle Marx têm em comum? As formas orgânicas e o poder de retratar, de formas distintas, a exuberância brasileira. E se a natureza é o que temos de mais rico e inspirador, é justo que seja ela o ponto de conexão entre os artistas e a estilista Vanda Jacintho na hora de criar a coleção Fragments of Earth.
Todo tropicalismo das tapeçarias de Genaro se transformaram em belíssimas estampas para vestidos fluidos – por vezes, plissados – e joias de acrílico monocromáticas. A coleção resort 2018, composta por 20 peças entre vestidos, chemises, panneaux, sarongs e cropped tops, caftans, traz bases brancas – afinal, é verão – com desenhos em cores vibrantes. Para acompanhar, maxi bijouxs de resina traduzindo a topografia das paisagens etéreas de Burle Marx.
Fonte: Casa Vogue, "Tapeçarias de Genaro de Carvalho e jardins de Burle Marx inspiram coleções de moda", publicado por Beta Germano, em 04 de novembro de 2017.
Crédito fotográfico: TecnoMuseu. Consultado pela última vez em 2 de setembro de 2022.