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Carlos Bastos

Carlos Frederico Bastos (Salvador, Bahia, 12 de outubro de 1925 — Salvador, Bahia, 12 de março de 2004), mais conhecido como Carlos Bastos, foi um pintor, ilustrador, cenógrafo, desenhista, muralista e editor brasileiro. Começou a pintar ainda adolescente, estudou na escola de Belas Artes de Salvador e, em 1946, concluiu os estudos na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Estudou em Nova York, o "príncipe dos pintores da Bahia", como era considerado pelos artistas baianos, foi um dos precursores da arte moderna na Bahia, ao lado de Genaro e Mario Cravo Jr. Estudou também na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas - FGV, aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo e Carlos Oswald. Paralelamente, faz cursos particulares com Candido Portinari e aulas de cenografia com Martim Gonçalves. Modernista figurativo, Bastos foi um dos melhores retratistas da década de 1960. Suas obras nem sempre foram bem aceitas pelos artistas baianos academistas, as pessoas rasgaram muitas de suas obras com navalhas. Após o incidente, Bastos viajou para França para se especializar em muralismo e agregou a seu currículo dezenas de exposições em várias capitais brasileiras. Participou da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia, em 1944; do 1º, 2º e 3º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ, em 1952, 1953 e 1954, respectivamente; e da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Além disso, realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, e também no exterior. Obteve medalha de prata no Salão Baiano de Belas Artes em 1949 e 1950 e o prêmio Jabuti de Ouro de 1958 na categoria de ilustrador da obra “Cidade de Salvador Caminhos do Encantamento”. Em 1967 recebeu uma medalha do Governo Federal pelos serviços que prestou à cultura. Durante a década de 1970 trabalhou como ilustrador para diversos livros, recebendo da prefeitura de Salvador em 1973 o título de “Benfeitor do Museu da Cidade. Em 1975 faz o retrato Pedro Arcanjo no Filme “A Tenda dos Milagres” de Nelson Pereira dos Santos e em 1981 recebe a Ordem do Mérito, título de Comendador, recebido diretamente do governador do Estado da Bahia.

Biografia – Itaú Cultural

Carlos Frederico Bastos inicia sua formação artística na Escola de Belas-Artes da Universidade da Bahia, onde ingressa em 1944 e assiste às aulas de João Mendonça Filho, Raymundo Aguiar e Alberto Valença. Nesse ano, participa, ao lado de Mario Cravo Júnior e de Genaro, da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia. Muda-se para o Rio de Janeiro, em 1946, e conclui os estudos na Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Estudou também na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas - FGV, aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo e Carlos Oswald. Paralelamente, faz cursos particulares com Cândido Portinari e aulas de cenografia com Martim Gonçalves. Em 1947, de volta a Salvador, organiza sua primeira individual na Biblioteca Pública. Nesse mesmo ano, realiza especialização na Arts Students League, Nova York. Vai para Paris, em 1949, onde faz cursos de pintura mural e afresco na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e aulas de desenho na Académie de la Grande Chaumière. De volta ao Brasil, em 1951, participa do 1º Salão de Arte Moderna, 1952, e do Salão Preto e Branco, 1954, entre outros. Após novo período em Paris, de 1957 a 1958, monta seu ateliê no Solar da Jaqueira em Salvador, fixando-se na cidade. Em 1962, um acidente o mantém por longo período em cadeira de rodas. Edita Santos e Anjos da Bahia, com prefácio de Jorge Amado, em 1965, momento em que uma paralisia leva-o a novo período em cadeira de rodas. Ilustra diversos livros nas décadas de 1970 e 1980.

Análise

O cenário da obra de Carlos Bastos é a Bahia, que ele representa com franca postura realista. Valendo-se de desenho minucioso e forte colorido, suas telas explicitam compromisso com o registro da região e sua cultura. Nesse sentido, sua produção dialoga com a de outros artistas atuantes na Bahia como Carybé, Genaro, Mario Cravo Júnior e Jenner Augusto. Os retratos ocupam lugar destacado na década de 1940 (Auto-Retrato, 1943, Retrato de Wallace Michael, 1948, e Mulher com Gato, 1948), permanecendo filão importante na obra madura (Retrato de Nair e Genaro, 1961, e Retrato de Maria Emília, 1971). As festas - outro eixo temático bastante explorado - fornecem novas possibilidades para a expressão da cor e da vida local (A Procissão, 1947, Festa Cívica, 1958, Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, 1973/1975, e Festa de São Pedro em Praia do Forte, 1995). Também as figuras populares, negros, meninos abandonados, jogadores etc. são frequentemente convocados a compor telas de cores exuberantes e/ou extensos painéis. O universo religioso, católico e afro-brasileiro, ocupa lugar destacado no interior desse leque temático.

Se a pintura é uma das grandes expressões de Bastos, seu nome está ligado aos murais e painéis que realiza para edifícios públicos que almejam figurar a alma mística do povo, seus símbolos e crenças. Ainda que atento à dimensão social, sua preocupação maior são formas, corpos, linhas e cores, o que leva diversos críticos a sublinharem a "sensualidade" dessas obras. Nos termos de Roger Bastide: "O que impressiona o espectador, antes de mais nada, é a sensualidade que não é como no expressionismo alemão, por exemplo, uma revolta contra a moral burguesa, mas que é espontânea, natural. Sensualidade da cor, que o leva a não temer o decorativismo".

Críticas

"Baiano por origem e convicção, permanece por trás de toda a sua pintura essa atmosfera mágica de uma cidade carregada de história, lendas e luminosidade. Como disse Di Cavalcante, significativos são os anjos de Carlos Bastos, suas negras e negros, seus meninos abandonados, suas freiras amorosas, suas portas abrindo-se para mundos de orgias tristes, suas janelas escondendo alcovas traiçoeiras, suas velas aladas deslizando pelo mar azul da Bahia, levando barcos de sonho com pombos e estátuas" — Roberto Pontual (PONTUAL, Roberto. In: GEROT-GALERIA. Carlos Bastos: pinturas recentes: catálogo. São Paulo, 1983).

"Carlos Bastos dispensa a paisagem para enfrentar o problema mais grave da organização plástica. Por isso, ao invés de indicar a poeticidade de seus quadros, prefiro apontar a plasticidade, que é o Caráter decisivo de sua atual e exuberante pintura" — Clarival do Prado Valladares (VALLADARES, Clarival do Prado. In: GEROT-GALERIA. Carlos Bastos: pinturas recentes: catálogo. São Paulo,1983).

"Carlos Bastos, o primeiro pintor moderno da Bahia a expor individualmente para um público dominado pela tradição profunda de quatro séculos de arte acadêmica e como tal capaz de repetir, sem qualquer originalidade, a mesma reação típica diante da mudança de pautas tão arraigadas e à introdução de novos padrões e valores da arte. A rejeição foi pronta e natural, a discussão foi exacerbada e a exaltação alcançou o ponto mais elevado da violência, chegando mesmo até à destruição de algumas telas expostas. Os quadros do jovem modernista foram cortados, deixando uma prova eloqüente demais, de como era moderno o então jovem pintor Carlos Bastos na década de 1940" — Carlos Eduardo da Rocha (ROCHA, Carlos Eduardo da. In: GEROT-GALERIA. Carlos Bastos: pinturas recentes: catálogo. São Paulo,1983).

"Desenhista extraordinário, com um domínio completo sobre uma lineação exuberante mas precisa, seu desenho é o mais barroco de quantos fizeram os artistas seus patrícios e contemporâneos. Ninguém conseguiu captar, como ele, o intenso movimento e a densa poética da sua riqueza, a provocante sensualidade do seu conjunto de formas humanas, a completa interligação dos seus frutos, e das suas folhas, a mágica unidade do complexo de coisas aparentemente desconexas, a estranha liberdade do que era estudado a fundo e resolvido com aprimorada desenvoltura. Ele o fez como ninguém, seus trabalhos nesse campo são primorosos. É sempre um prazer olhar sua interpretação das arquiteturas simples das velhas casas coloniais, animadas sempre com um detalhe de funda humanidade, um nada de graça que lhes dá toda uma vida de evocação (...). A alma e a atmosfera da Bahia estão prisioneiras dos seus óleos idealizada com o mesmo amor e a mesma ternura, mas como se ela não existisse, na verdade, e a verdadeira estivesse na sua obra de pintor. Ninguém pode deixar de jurar que a cidade do Salvador, a que ele idealizou geograficamente errada, mas talvez plástica e até sentimentalmente certa" — Antônio Celestino (CARLOS Bastos: 40 anos de pintura. Apresentação de Sylvia Menezes de Athayde. Salvador: Núcleo de Artes do Desenbanco, 1985).

"(...) Será possível falar num estilo baiano? A Bahia, a rigor com suas casas fortemente coloridas, seu folclore, suas praias de palmeiras e suas igrejas rutilantes de ouro, é uma armadilha para o artista. Tantos modelos e tantos encantamentos podem torná-lo prisioneiro da realidade. É preciso pensar novamente na Bahia e não copiá-la: é preciso procurar a sua alma, ou, mais exatamente, é preciso adquirir uma alma baiana para depois, seja qual for o assunto escolhido, um retrato de adolescente, um simples jogo de linhas ou um prato pintado, levar para a tela toda a sensualidade e todo o misticismo da cidade de todos os pecados. Nesse sentido, parece-me possível dizer da pintura de Carlos Bastos que é baiana, mesmo quando ele pinta os arranha-céus de Nova York ou as feras de um jardim zoológico, porque a sua sensibilidade é uma sensibilidade tropical. O que impressiona o espectador antes de mais nada é a sensualidade que não é como no expressionismo alemão, por exemplo, uma revolta contra a moral burguesa, mas que é espontânea, natural. Sensualidade da cor, que o leva a não temer o decorativismo" – Roger Bastide (CARLOS Bastos: 40 anos de pintura. Apresentação de Sylvia Menezes de Athayde. Salvador: Núcleo de Artes do Desenbanco, 1985).

Exposições Individuais

1947- Salvador BA - Individual, na Biblioteca Pública Municipal

1948 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Norlyst Gallery

1949 - Salvador BA - Individual, na Biblioteca Pública Municipal

1951 - Salvador BA - Individual, no Bar Anjo Azul

1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Hotel Copacabana Palace

1954 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte

1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Loja Exclusividades

1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Vimarte

1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Hotel Copacabana Palace

1956 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré

1960 - Salvador BA - Individual, no Bar Anjo Azul

1961 - Salvador BA - Individual, na Galeria Gead

1961 - Salvador BA - Individual, na inauguração do Edifício Velrick

1962 - Salvador BA - Individual, na Galeria Manoel Querino

1963 - Salvador BA - Carlos Bastos: desenhos, na Galeria Manoel Querino

1964 - Salvador BA - Individual, na Galeria Manoel Querino

1965 - Salvador BA - Individual, na Galeria Convivium

1965 - Salvador BA - Individual, na Galeria Manoel Querino

1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Atrium

1966 - Salvador BA - Individual, na Atrium Galeria de Arte

1966 - Salvador BA - Individual, na Galeria Convivium

1966 - Salvador BA - Individual, no Socila Club.

1968 - Feira de Santana BA - Individual, no Museu Regional de Arte

1968 - Salvador BA - Individual, no Solar da Jaqueira.

1968 - São Paulo SP - Individual, na Atrium

1969 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard

1969 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte Portal

1970 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs

1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Marte 21

1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Terrace Club

1971 - São Paulo SP - Individual, na Documenta Galeria de Arte

1972 - Salvador BA - Individual, na Galeria Círculo

1975 - Salvador BA - Carlos Bastos: retrospectiva, no Teatro Castro Alves

1976 - Porto Alegre RS - Individual, na Galeria de Arte do Centro Comercial

1977 - Porto Alegre RS - Individual, no IAB/RS

1977 - Salvador BA - Individual, no Shopping Iguatemi

1978 - Joinville SC - Individual, na Galeria Lascaux

1978 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Sacra

1979 - Salvador BA - Individual, na O Cavalete Galeria de Arte

1979 - Salvador BA - Individual, no Centro Empresarial Iguatemi

1979 - Salvador BA - Individual, no Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau

1980 - Recife PE - Individual, na Galeria Officina

1981 - Salvador BA - Individual, na Kattya Galeria de Arte

1981 - Salvador BA - Individual, na Galeria Genaro de Carvalho

1983 - Salvador BA - Individual, na Época Galeria de Arte

1983 - São Paulo SP - Carlos Bastos: pinturas recentes, na Gerot Galeria

1984 - Porto Alegre RS - Individual, na Masson Galeria de Arte

1985 - Salvador BA - Carlos Bastos: 1945/1985, 40 Anos de pintura, no Núcleo de Artes do Desenbanco

1985 - Salvador BA - Individual, na O Cavalete Galeria de Arte

1987 - Salvador BA - Individual, na Anarte Galeria

1988 - Washington (Estados Unidos) - Individual, no Museu de Arte Moderna Latina, na OEA

1989 - Salvador BA - Individual, na Galeria Prova do Artista

1989 - Salvador BA - Individual, na Paulo Darzé Galeria de Arte

1990 - Salvador BA - Individual, na Galeria Prova do Artista

1992 - Salvador BA - Individual, no Hotel Sofitel Quatro Rodas

1992 - Salvador BA - Individual, na Praia do Forte Resort Hotel

1993 - Lauro de Freitas BA - Individual, no Terminal Turístico de Portão

1994 - Salvador BA - Carlos Bastos: pinturas, na Prova do Artista Galeria de Arte

1994 - Salvador BA - Prova do Artista, na Galeria Rio Vermelho

1996 - Salvador BA - Individual, na Galeria de Arte Portal

1996 - Salvador BA - Individual, na Galeria Arcada das Artes

1997 - Salvador BA - Individual, na Anarte Galeria

1998 - Salvador BA - Individual, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos

1998 - Feira de Santana BA - Individual, na Galeria de Arte Carlo Barbosa

1998 - Salvador BA - Individual, no Centro de Cultura Hispânica Caballeros de Santiago

1999 - Frankfurt (Alemanha) - Individual, no Hotel Maritin

2000 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Moderna - MAM

Exposições Coletivas

1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil Estados Unidos - Acbeu

1946 - Rio de Janeiro RJ - Eisaburo Nagasawa e Carlos Bastos, na Associação Brasileira de Imprensa - ABI

1947 - Salvador BA - Mario Cravo Júnior e Carlos Bastos, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos

1949 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia - medalha de bronze

1952 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1952 - Rio de Janeiro RJ - Salão Anual de Artes do Ministério da Educação e Cultura

1952 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes

1953 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Arte Moderna, no Mnba

1953 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes

1953 - Salvador BA - Coletiva, na Galeria Oxumarê

1953 - Salvador BA - Poty, Carlos Bastos e Raimundo Oliveira, na Galeria Oxumaré

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo

1953 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Arte Moderna

1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna

1954 - Rio de Janeiro RJ - Artistas Brasileiros, no Museu da Faculdade Nacional de Arquitetura

1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura - artista convidado

1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes

1954 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no Ministério da Educação e Cultura

1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna

1955 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes

1956 - Salvador BA - Artistas Modernos da Bahia, na Galeria Oxumaré

1956 - São Paulo SP - Artistas Baianos, no MAM/SP

1956 - Salvador BA - Artistas Baianos, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia

1957 - Madri (Espanha) - Artistas Modernos Brasileiros

1958 - Salvador BA - 1ª Exposição Baiana de Poesia e Pintura, na Galeria Domus

1958 - Salvador BA - Coletiva, no Forte de Monte Serrat

1959 - Salvador BA - Artistas Modernos da Bahia, na Escola de Odontologia

1959 - Salvador BA - Coletiva, no Museu de Arte e História da Bahia

1960 - Paris (França) - Arte Moderna Brasileira

1962 - Los Angeles (Estados Unidos) - Artistas Baianos, na Usis Gallery

1962 - Salvador BA - Artistas Baianos, na Galeria do Usis

1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Festival de Arte Brasileira

1964 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris

1964 - Rio de Janeiro RJ - 12 Artistas Baianos, no Hotel Copacabana Palace

1965 - Hamburgo (Alemanha) - Baianos em Hamburgo

1965 - Los Angeles (Estados Unidos) - 2ª Brazilian Art Contemporary

1965 - New Orleans (Estados Unidos) - Brazilian Art Show, na New Orleans Public Library

1965 - New Orleans (Estados Unidos) - Coletiva, no Isaac Delgado Museum of Art

1966 - Porto Alegre RS - Arte Baiana, na Galeria Candido Portinari

1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - sala especial

1966 - Salvador BA - Pelos 154 Anos de Fundação, na Biblioteca Pública de Salvador

1966 - Filadélfia (Estados Unidos) - Coletiva, no International Festival Ball

1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte

1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria

1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA - isenção de júri

1969 - Filadélfia (Estados Unidos) - Semana da Bahia em Allentown, Harrisburg e Pittsbourgh

1969 - Pensilvânia (Estados Unidos) - Semana da Bahia na Pensilvânia, na Usis Gallery

1969 - São Paulo SP - Carybé, Carlos Bastos e Mario Cravo Jr., na Galeria de Arte Portal

1969 - Salvador BA - Congresso Cibernético, no Instituto Cultural Brasil Alemanha - Icba

1970 - Nova York (Estados Unidos) - 14 Artistas Brasileiros, na Iramar Gallery

1971 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria

1971 - São Paulo SP - Coletiva, na Documenta Galeria de Arte

1971 - São Paulo SP - Áves e Pássaros, no Sobrado Galeria de Arte

1971 - Washington (Estados Unidos) - Coletiva, no Brazilian American Cultural Institute

1972 - Milão (Itália) - Baianos em Milão, na Gallerie Schettini

1972 - Salvador BA - Coletiva, na O Cavalete Galeria de Arte

1972 - Rio de Janeiro RJ - O Cristo, na Real Galeria de Arte

1973 - Belo Horizonte MG - Artistas de Tereza Batista Cansada de Guerra, na Galeria de Arte Ami

1973 - Salvador BA - Panorama da Arte Moderna, no MAM/BA

1974 - Salvador BA - Arte Bahia 74, na O Cavalete Galeria de Arte

1974 - São Paulo SP - Feira da Bahia, no Palácio de Convenções do Anhembi

1974 - Salvador BA - Plásticos da Engenharia, no Clube de Engenharia

1976 - Cachoeira BA - 1º Festival de Artes de Cachoeira

1977 - Cachoeira BA - 2º Festival de Artes de Cachoeira

1977 - São Paulo SP - Mostra de Arte, no Grupo Financeiro BBI

1977 - Salvador BA - Coletiva, na Galeria Grossman

1978 - Salvador BA - Centenário de Fundação da Escola de Belas Artes da Bahia

1978 - Salvador BA - Coletiva, na Galeria Grossman

1980 - Dacar (Senegal) - Semana da Bahia

1980 - Fortaleza CE - 11 Artistas da Bahia, na Universidade Federal do Ceará

1980 - Lisboa (Portugal) - Semana da Bahia, no Cassino Estoril

1980 - Rio de Janeiro RJ - Baianos de Hoje, na Maria Augusta Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - 13ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show

1980 - Penápolis SP - 4ª Salão de Artes Plásticas do Noroeste

1981 - Camaçari BA - 1º Salão dos Veteranos e Novos, em Vilas do Atlântico

1981 - Salvador BA - Coletiva, no Núcleo de Artes do Desenbanco

1981 - Brasíilia DF - Coletiva, na Galeria Vasp

1981 - Salvador BA - Coletiva, na Época Galeria de Arte

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1982 - Salvador BA - Artistas Baianos, na Galeria de Arte Alberto Bonfiglioli

1983 - Olinda PE - 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/Olinda

1983 - Salvador BA - Modernismo, na Biblioteca Central do Estado

1984 - Aracaju SE - Artistas Baianos, na J. Inácio Galeria de Arte

1984 - Dacar (Senegal) - Artistas da Bahia, na Galeria Nacional

1984 - Fortaleza CE - Artistas da Bahia, na Universidade de Fortaleza. Fundação Edson Queiroz

1984 - Salvador BA - 1ª Mostra Sul-América de Arte Baiana, no Othon Palace Hotel

1984 - Salvador BA - Influência de Mãe Menininha do Gantois na Cultura Baiana, no Museu de Arte da Bahia

1984 - Aracaju SE - Coletiva, na J.Inácio Galeria

1985 - Penápolis SP - 6º Salão de Artes Plásticas do Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1985 - San José (Costa Rica) - Afro-Bahia, na Galeria de Arte 2000

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - Brasília DF - Baianos em Brasília, na Casa da Manchete

1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1987 - Salvador BA - Doze Artistas Brasileiros, na Anarte Galeria

1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show

1987 - Itaperica BA - Coletiva, no Club Méditerranée

1988 - Salvador BA - Influência da Cultura Africana nas Artes Visuais, no MAM/BA

1988 - Salvador BA - Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado

1988 - Túnis (Tunísia) - Artistas Baianos

1988 - São Paulo SP - 21ª Esposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show

1989 - Salvador BA - Coletiva, na N.R Galeria

1989 - Petrolina PE - Expressões da Arte Baiana: A Genaro de Carvalho, na Tenda Arte

1990 - Salvador BA - Coletiva, no Costa Verde Tênis Clube

1991 - Brasília DF - Retrospectiva da Arte, na Caixa Econômica Federal - CEF

1991 - Salvador BA - Centro de Memória da Água: Acervo Arte Natureza, no Shopping Barra

1991 - Rio de Janeiro RJ - O Rio Recebe a Bahia, na Galeria Moviart

1992 - Salvador BA - Universo Amado: Homenagem aos 80 anos de Jorge Amado, na Anarte Galeria

1993 - São Paulo SP - 25ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show

1996 - Salvador BA - A Arte pela Natureza, no MAM/BA

1996 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na Sociedade Germânica

1996 - Salvador BA - 2º Festival de Arte Visual do Pelourinho

1996 - Salvador BA - Arte no Horto

1997 - Salvador BA - Salve o Saveiro, no Galeria Solar do Ferrão

1997 - Feira de Santana BA - 12 Artistas Brasileiros: Homenagem a Carybé, no Clube de Diretores Lojistas

1997 - Salvador BA - Sesquicentenário de Castro Alves, no Teatro Castro Alves

1997 - Salvador BA - Um Brinde ao Café, no Espaço Cafelier

1997 - Salvador BA - Coletiva, no Espaço Cultural Eliane Revestimentos Cerâmicos

1997 - Salvador BA - Coletiva, na Anarte Galeria

1998 - Salvador BA - Tropicália 30 Anos: 40 artistas baianos, no MAM/BA

1999 - Curitiba PR - Arte-Arte Salvador 450 Anos, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão

1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte-Arte Salvador 450 Anos, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro

1999 - Salvador BA - 100 Artistas Plásticos da Bahia, no Museu de Arte Sacra

1999 - Salvador BA - Arte-Arte Salvador 450 Anos, no MAM/BA

1999 - Salvador BA - Coletiva, no Solar do Ferrão

1999 - Salvador BA - A Cidade da Bahia no Olhar dos Artistas, no Museu de Arte da Bahia

2000 - São Paulo SP - Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado

Fonte: CARLOS Bastos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 28 de outubro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia — Museu AfroBrasil

Pintor, ilustrador e cenógrafo. Começou a pintar aos 16 anos, quando ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia, em Salvador, concluindo o curso em 1945 na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Teve diversos professores, entre os quais Iberê Camargo e Cândido Portinari.

Em 1946 frequentou a Sociedade Brasileira de Artes e estudou ainda na Fundação Getúlio Vargas. É nesse mesmo ano que o artista estuda cenografia com Martim Gonçalves (1919-1973).

Em 1947 faz uma viagem de estudos aos EUA, onde matricula-se no Art Student League de Nova York. Voltou à Bahia em 1949, ano em que teve telas rasgadas por defensores do academicismo durante uma exposição. Viajou no mesmo ano à França, onde estudou pintura muralista na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts.

No hotel Royer Collard em Paris, Carlos Bastos pintou nesse ano o painel A Salvação. De volta ao Brasil, atuou como cenógrafo no Rio de Janeiro em 1952 e fez por fim seu regresso a Salvador em 1959, onde montou seu atelier no Solar da Junqueira. Publicou um álbum de desenhos de Salvador (prefaciado por Jorge Amado) e editou Igrejas, Santos e Anjos da Bahia com o prefácio do grande escritor baiano, ilustrando também outras obras literárias. Bastos teve uma vida artística bastante prolífica somando cerca de 70 exposições individuais e cerca de 130 exposições coletivas ao longo de sua carreira. Ele começou a expor em uma coletiva de 1944, e sua primeira exposição individual ocorreu em 1947, na Biblioteca Pública de Salvador. A partir daí, teve diversas exposições individuais nos EUA e em muitas regiões do Brasil. Chama-nos a atenção ainda que, em 1955, o artista tenha participado do concurso de pintura “Cristo de Cor”, realizado pelo Teatro Experimental do Negro (RJ), recebendo na ocasião a medalha de bronze no 26º. Congresso Eucarístico Internacional. Entre as inúmeras exposições coletivas das quais participou, destacam-se o Salão Nacional de Arte Moderna (de 1952 a 1955), a II Bienal de São Paulo (1954), a I Bienal Nacional de Artes Plásticas de Salvador, em 1966 (onde teve uma sala especial) e a I Semana da Bahia, em Dacar (1980), entre outras exposições no Brasil, nos EUA, na França, na Espanha e na Rússia. Obteve medalha de prata no Salão Baiano de Belas Artes em 1949 e 1950 e o prêmio Jabuti de Ouro de 1958 na categoria de ilustrador da obra “Cidade de Salvador Caminhos do Encantamento”. Em 1967 recebeu uma medalha do Governo Federal pelos serviços que prestou à cultura, montando também, três anos depois, um atelier no Rio de Janeiro. Durante a década de 1970 trabalhou como ilustrador para diversos livros, recebendo da prefeitura de Salvador em 1973 o título de “Benfeitor do Museu da Cidade. Em 1975 faz o retrato Pedro Arcanjo no Filme “A Tenda dos Milagres” de Nelson Pereira dos Santos e em 1981 recebe a Ordem do Mérito, título de Comendador, recebido diretamente do governador do Estado da Bahia. Em 2004 ficou em coma induzido em função do rompimento de uma hérnia no intestino, vindo a falecer 30 dias depois de falência múltipla dos órgãos. Seguindo decisão do artista seu corpo foi cremado.

Fonte: Museu AfroBrasil. Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

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Filhos ilustres da Bahia: Carlos Bastos

Carlos Frederico Bastos, mais conhecido como Carlos Bastos, pintor, ilustrador e cenógrafo, nasceu em Salvador, em 9 de outubro de 1925.

Em 1944, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde foi aluno de João Mendonça Filho, Raymundo Aguiar e Alberto Valença. Ainda calouro, participou da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia. Nessa época viviam em Salvador as melhores expressões da arte plástica: Sante Scaldaferri, Ruben Valetim, Calazans Neto, Hansen Bahia, José Pancetti, Mirabeau Sampaio, Manoel Bonfim, João José Rescála, Genaro de Carvalho, Mário Cravo Júnior, Raimundo de Oliveira, Jenner Augusto, Carybé, Luiz Jasmim, Hélio Basto, Emanoel Araújo, Juarez Paraíso, Riolan Coutinho e Lígia Milton. Uma plêiade de grandes nomes...

Em 1946, Carlos Bastos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou os estudos na Escola Nacional de Belas Artes, na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas; foi aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo, Carlos Oswald, Cândido Portinari e Martim Gonçalves.

De volta a Salvador, promoveu sua primeira individual na Biblioteca Pública. “Nesta época, disse Gilberto Gomes, o artista teve várias obras suas cortadas e destruídas por “pseudo-representantes” do espírito acadêmico de um certo segmento regional. Idiotas que se diziam possuir formação acadêmica e só freqüentarem exposições de cunho acadêmico. Gente de visão curta e efêmera, incapazes de atinar que Arte também significa evolução de Mente e Espírito”.

Após o lamentável incidente, Carlos Bastos foi a Paris, onde se aprofundou na técnica de pintura em murais, afrescos, e desenho.

Três anos depois, regressou ao Brasil, participou do 1º Salão de Arte Moderna e do Salão Preto e Branco, e se radicou no Rio de Janeiro.

Foi novamente a Paris e, no regresso, montou, seu ateliê na capital baiana e criou cenários para peças teatrais. Nessa época, ganhou o prêmio “Jabuti de Ouro”.

Em 1965, publicou “Santos e Anjos da Bahia”, com prefácio de Jorge Amado.

Suas telas mais famosas, são: “Auto-Retrato” (1943), “Retrato de Wallace Michael” (1948), “Mulher com Gato” (1948), “Retrato de Nair e Genaro” (1961) e “Retrato de Maria Emília” (1971), “A Procissão” (1947), “Festa Cívica” (1958), “Procissão do Senhor do Bom Jesus dos Navegantes” (1973/1975) e “Festa de São Pedro em Praia do Forte” (1995). Os anjos pintados por Carlos Bastos são dignos de elogio e admiração. Seus murais e painéis, são admiráveis.

Das inúmeras exposições que realizou, merecem destaques as individuais de 1948, Galeria Norlyst (Nova York, 1953), Galeria Copacabana Pálace (Rio de Janeiro, 1956), Galeria Vimarte, ( Rio de Janeiro, 1960), Galeria Oxumaré (Salvador, 1960), Galeria Atrium ( São Paulo, 1969), Galeria Portal (São Paulo, 1970), Museu de Arte ( Porto Alegre , 1975), Galeria Círculo (Salvador, 1976,) Foyer do Teatro Castro Alves (Salvador, 1944), Primeiro Salão de Arte Americana – Associação Cultural Brasil Estados Unidos (Salvador, 1949), Primeiro Salão Baiano de Belas Artes (Salvador, 1954), Segunda Bienal de São Paulo ( 1956), Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1960), Arte Moderna Brasileira (Paris, França; 1962), Galeria USIS (Los Angeles – EUA, 1965), Artista Brasileiros, Museu Hermitage (Leningrado, Rússia, 1969), Primeira Bienal de Artes Plásticas (Salvador, 1972), Galeria Schettini (Milão, Itália, 1985), Galeria de Arte , Exposição Afro-Bahia (São José da Costa Rica, 2000) e muitas outras.

“Carlos Bastos foi, sem dúvidas, um dos maiores artistas brasileiros de sua época. Sua mente era fantástica e muito criativa. Sua obra não se repetia tal a sua grande capacidade em interpretar o casario, as negras de torso e bata, os anjos, os santos, a gente do povo e tudo o mais que a Bahia sempre ofereceu àqueles que a retrataram com amor e singularidade – tal como sempre fez, esse genial “Príncipe dos Pintores da Bahia” (Gilberto Gomes).

"Carlos Bastos é um anjo enviado dos céus para resgatar nesta cidade do Salvador a grandiosidade do barroco, a alegria de nossa gente, a beleza de nossa arquitetura e a nossa religiosidade. Em outra encarnação deve ter sido um lorde, daqueles que carregam uma bagagem cultural sólida e educação refinada. Sua arte tem uma marca indelével do grande desenhista que é, base importante para qualquer artista que se debruce sobre uma tela. Seus anjos andróginos, suas freiras, o casario majestoso e os palácios que permeiam sua obra misturados com objetos surrealistas demonstram que o artista brinca com estilos, mistura-os propositadamente como se estivesse querendo testar o resultado. Tudo surge espontaneamente de uma simples mancha que ele faz na tela branca e daí começam a chegar os personagens que vêm povoar este seu mundo onírico" (Reynivaldo Brito).

O “Príncipe dos Pintores da Bahia” morreu em Salvador, no dia 14 de março de 2004.

O Senador Federal, por proposta do Senador Antônio Carlos Magalhães, aprovou um voto de pezar pelo falecimento do grande artista baiano.

Quadros de Carlos Bastos

  • Entre suas pinturas mais importantes estão:

  • Negra com torso

  • Retrato

  • Igrejas da Bahia

  • Painel da Assembléia Legislativa da Bahia

  • Mural da Escola Classe I

  • Anjo da Guarda - Na cama, o próprio Carlos Bastos

Fonte: Filhos Ilustres da Bahia: Carlos Bastos, publicado em 15 de janeiro de 2013 Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

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Biografia Carlos Bastos – Dicionário Manuel Querino de Arte na Bahia

Carlos Frederico Bastos nasceu em 12 de outubro de 1925, na cidade do Salvador (BA), no bairro do Rio Vermelho, onde cresceu. Filho mais velho de Lindaura Correia Bastos e Clodoaldo Teixeira Bastos – que tiveram mais cinco filhos –, foi criado por sua avó, que morava próximo e era casada em segundas núpcias com Francisco Mário Costa, a quem se atribui ter incentivado Carlos às artes. (SENA, 2005). Começou a pintar ainda na adolescência.

Iniciou a sua formação artística no começo dos anos 1940, em Salvador, na Escola de Belas Artes, onde teve como mestres Mendonça Filho, Raimundo Aguiar e Alberto Valença. Transferiu-se para o Rio de Janeiro e lá estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo, Frank Schaeffer, Hanna Levy e Carlos Oswald. Frequentou os ateliês dos artistas Cândido Portinari e Humberto Cozzo, e fez curso de cenografia com Eros Martins Gonçalves. (BASTOS, 1985).

Apesar da vida modesta que tinha no Rio de Janeiro, uma vez que seu pai não estava convencido de que a arte fosse a profissão a ser seguida por Carlos, manteve o entusiasmo, dedicando-se inteiramente à sua formação e atividade. A mobilidade marcou a sua trajetória, levando-o a estabelecer vínculos com diferentes cidades – Salvador da Bahia, Rio de Janeiro, Paris etc.

Na Bahia, destacou-se desde 1944, ao lado dos artistas plásticos Genaro de Carvalho (1926-1971) e Mario Cravo Junior (1923), quando participaram do 1o Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-EUA. Esboçavam o modernismo nas artes plásticas na cidade de Salvador. Segundo Carlos Bastos:

Em 1944, por acaso, eu participei de uma exposição no Brasil – EUA, onde todos os pintores baianos que apareceram eram: acadêmicos e modernos, mas não havia consciência moderna na pintura. Havia pessoas que já faziam pintura moderna, sem saber que era moderna, e os antigos não aceitavam. Houve certo choque nessa exposição. (BASTOS, 1992).

Ao final dos anos 1940, os “artistas plásticos modernos” começavam a se destacar com mais força ao apresentar trabalhos que destoavam da forte tradição acadêmica, encontrando então a resistência do público vigente. Paralelamente se formava um público aberto às novidades e ávido por mudanças, ainda que fosse uma minoria naquela época.

Carlos Bastos chocou tanto pela modernidade quanto pela sensualidade que está presente em muitos de seus trabalhos iniciais. Em 1949, Motta e Silva destacou no convite da VI Exposição patrocinada pelo Caderno da Bahia, na Biblioteca Pública do Estado:

Sensual, freudianamente sensual, nos temas, nas formas e nas cores, Carlos Bastos inverte sem piedade os valores de uma precária moral burguesa e faz chegar até nós, vindos das distâncias dos instintos, anjos assexuados portadores de estranhas mensagens, e também os multissexuados dos insondáveis mundos obscuros das almas inquietas. [...] Desenhista primoroso dos arabescos da tapeçaria e cerâmica oriental, revela-se um decorador sutil, e colorista de cálidas harmonias dos corpos nus. Dos luminosos corpos nus das aparições noturnas, amorosamente entrelaçados em ritmo de ballet, num impossível paraíso de pecadores sem remissão. (MOTTA E SILVA, 1948).

São dessa época desenhos eróticos a nanquim, produzidos por Bastos, colecionados em segredo pelos amigos do artista e reunidos pelo curador Emanoel Araújo. Trata-se de objeto de projeto de curadoria de exposição que não ocorreu, conforme o jornal Correio da Bahia (31 ago. 2007 e 1o mar. 2008).

O final dos anos 1940 constituiu-se em um marco de acontecimentos do modernismo nas artes plásticas na Bahia e na trajetória de Bastos, que expôs na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (BPEB) a convite de Wilson Rocha. Seus trabalhos foram alvo de crítica publicada no jornal Semana Católica; alguns de seus quadros foram rasgados a gilete por terem chocado o público. (MARINHO, 2004, p. 1).

No dia 2 de julho de 1949, foi inaugurado o seu mural Ascensão de um Anjo, no Bar Anjo Azul, na Rua do Cabeça, no 4, cuja repercussão foi intensa em um segmento de jovens artistas e críticos de arte que, além de se divertir, trocavam ideias sobre arte. (ROCHA, s.d.). Do ponto de vista de sua plasticidade, esse mural – que não mais existe – trazia novidades, como apontou o crítico de arte José Valladares, que o descreveu com detalhes e chamou a atenção para o fato de que era evocado o movimento das formas barrocas, sem a sua profundidade. (VALLADARES, 1951).

Bastos levou para um espaço profano temas de inspiração angelical. Ao toque de trombetas, ascendia um anjo, adulto, sendo coroado e recebendo pétalas que eram jogadas sobre ele. O conjunto representava também uma procissão, o que apontou Valladares, que faz parte da tradição religiosa da cidade barroca. Talvez esse anjo possa ser compreendido como uma alegoria da própria juventude, que era o que os modernistas demonstravam naquela época: a renovação das artes na cidade, seu crescimento urbano, a instalação de uma universidade, entre outras mudanças.

No início dos anos 1950, sob a iniciativa do Secretário de Educação Anísio Teixeira, grande incentivador da arte moderna, Carlos Bastos, Carybé, Mario Cravo Junior, Djanira, Jenner Augusto e Maria Célia Amado realizaram o projeto de pintura mural, no Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, projeto do mestre baiano do modernismo arquitetônico Diógenes Rebouças, Essa área foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) em 1981.

A atração pela pintura e pelos grandes formatos o levou a Paris para estudar pintura mural e desenho, entre o final da década 1940 e início da seguinte. Em 1985, Antonio Celestino escreveu que chegavam a quase 50 os painéis realizados por Bastos, incluindo os tetos pintados, mas muitos não foram conservados. (CELESTINO, 1985).

Nesse tipo de construção plástica, o artista mexe-se com desenvoltura [...], quer tratando de paisagens onde a quimera assenta no real, quer no fixar personalíssimo de tipos reais ou imaginados, mas moldando tudo na sua visão de criador do acontecimento que jamais existiu. (CELESTINO, 1985).

Também se dedicou à realização de cenários e costumes para teatro, vários deles para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro nos anos 1950. (COÊLHO, 1973, p. 86).

Na cidade do Salvador, em 1958, montou seu ateliê no Solar da Jaqueira, no Largo 2 de Julho. Foi nesse “espaço solarengo”, conforme Di Cavalcanti (1971), avistando árvores e pássaros e a Baía de Todos os Santos, que retratou e criou muitos personagens. Décadas depois, teve ateliê em Itapuã, onde desfrutou de outras paisagens marinhas.

De gênero histórico, um dos murais que ele considerava mais importantes data de 1961 e foi realizado para o Banco Econômico, situado no Comércio. Nessa composição mostrou, sob a sua visão, o porto da cidade do Salvador no século XIX, colocando em cena comerciantes, escravos e uma família nobre. (BASTOS, 1992). Essa obra foi tombada pelo IPAC em 2002.

O gosto pela expressão da figura humana atraiu o artista desde o começo de sua carreira. Inicialmente, corpos longilíneos estilizados, quase caricaturas, e personagens vestidos de tecidos desenhados formando arabescos; mais tarde, isso deu lugar a um desenho mais preciso e um tratamento pictórico compondo formas idealistas. A sua busca caminhou para a idealização da beleza.

Não se restringiu, ao longo das tantas décadas, a um só tema. Mostrou a arquitetura e seus detalhes, assim como naturezas-mortas. A partir dos anos 1970, segundo ele, a figura humana aparece envolta de elementos simbólicos como chapéus de freiras, torsos de baiana e figuras aladas. Às vezes, coloca numa mesma composição freira, anjo e baiana. Sobre sua arte, ele afirmou: “Sinto prazer quando eu pinto a figura humana e a paisagem entra como detalhe.” (BASTOS, 1992).

Fez parte de uma geração de artistas e intelectuais que contribuíram para a representação de signos da cultura baiana, os quais foram difundidos em outros estados e no exterior. (PINHO, Osmundo, 1998, p. 1). Os artistas plásticos não estiveram sozinhos nesta tarefa, seguiam uma linha que estava bem configurada na literatura de Jorge Amado, na música de Dorival Caymmi, entre outros.

Além de casarios e paisagens, personagens, santos e orixás materializados através de linhas, formas, volumes e cores fazem parte de um universo em que a plasticidade e a religiosidade confluem e sensibilizam os artistas criadores.

Não tenho intenção religiosa, apenas plástica. Eu pinto a Bahia, mas não pinto o folclore da Bahia. Eu sou muito baiano nesse sentido. Eu pinto as coisas que eu sinto, o barroco da Bahia, essa atmosfera que a Bahia emana, essa mistura de África com a Europa, e é isso que eu sinto e que eu passo. Minha pintura não chega a ser uma mistura do barroco nem da religião. Ela é o resultado de tudo isso junto. (BASTOS, 1992).

Realizou um mural para a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia entre 1973 e 1975 destruído pelo fogo em 1978 e refeito em 1994 – no qual representou a Procissão de Nosso Senhor dos Navegantes, que acontece no dia 1o de janeiro, quando embarcações acompanham a galeota com a imagem de Jesus crucificado pela Baía de Todos os Santos, da Conceição da Praia até a Boa Viagem. Nas embarcações foram representados “ícones” da política, intelectuais e artistas locais; no ar, orixás cultuados nos candomblés baianos, e, abaixo da linha da água, aparecem Iemanjá e outras figuras. Na Bahia, esse orixá feminino foi comparado à sereia da mitologia grega, meio mulher meio peixe, que atraía marinheiros em suas longas viagens, iconografia que foi objeto de muitas pinturas de cavalete, inclusive de obras dos anos 1990, em que sereias mortas eram pintadas como meio de afirmação de sua luta ecológica.

Se seu maior prazer esteve na arte figurativa, não deixou de estilizar, de abstrair formas, de buscar o traço firme, movimento, a cor profunda e a fantasia. Muitas obras de Carlos Bastos demonstram o gosto pela perfeição formal, pelo equilíbrio, que é expressão de seu perfeccionismo, que combinam com o homem elegante, de postura aristocrática, amante da beleza da cidade do Salvador. De fato, olhou para a cidade não apenas como aquele que nela vive, também como o que se afasta e volta. Cada longa viagem do artista o fazia mais nativo em seu olhar.

Artista de muitas facetas, além do modernista irreverente, do muralista que reconstruía temas históricos e religiosos, do pintor de cavalete, também foi cenógrafo e ilustrador. Sobre esta última atividade, revelou: "[...] meu traço é muito nítido e fino, então ele é feito sobre papel normal com tinta nanquim. Às vezes, eu uso a água tinta ou, às vezes, eu uso café, assim para manchar…” (BASTOS, 1992).

Em suas ilustrações, apelou para a delicadeza dos traços, para a inflexão das linhas e para as necessárias texturas. Além de ter editado o livro Santos e Anjos da Bahia (1965), prefaciado por Jorge Amado, ilustrou para diversos autores – Carlos Eduardo da Rocha, Vasconcelos Maia, Pedro Calmon, Van Jafa, Jair Gramacho etc. – e revistas: Cadernos Brasileiros, Revista Ângulo, Revista Rio Magazine, Revista dos Bancos. Também compôs capas de livros como Bahia Ontem e Hoje, de Darwin Brandão e Motta e Silva; História da Bahia, de autoria de Luís Henrique Dias Tavares. (BRITO, 2010).

Possui obras em diversos acervos na Bahia, no Ceará, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Portugal, nos EUA na Rússia.

Seu trabalho foi compreendido para além de rótulos. Segundo Carlos Eduardo da Rocha: “É sempre um artista atual, sobretudo pela capacidade invejável de ser livre e livremente expressar o seu mundo próprio, íntimo, criador, inventivo e também os reflexos do mundo exterior ainda e sempre marcados da sua própria vivência”. (ROCHA, 1985).

Quanto aos estudos sobre a sua vida e a sua obra, há muitas lacunas, e cada uma de suas facetas pode ser objeto de estudos específicos da história da arte, sob visão que compreenda o lugar e o olhar deste artista e de seu tempo.

Mostras individuais:

1947 – Salvador, BA. Exposições individuais, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

1948 – Nova York (EUA). Exposição individual, na Norlyst Gallery.

1949 – Salvador, BA. Exposições individuais, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

1951 – Salvador, BA. Exposição individual, no Bar Anjo Azul.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. Exposição individual, no Copacabana Palace.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria de Arte.

1955 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria Vimart.

1955 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, no Copacabana Palace.

1956 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Oxumaré.

1960 – Salvador, BA. Individual, no Bar Anjo Azul.

1961 – Salvador, BA. Individual, na inauguração do Edifício Velrick.

1961 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria Gead.

1962 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Manuel Querino.

1964 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Manuel Querino.

1965– Salvador, BA. Individual, na Galeria Convivium.

1965 – São Paulo, SP. Individual, na Galeria Atrium.

1966 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Convivium.

1966 – Salvador, BA. Individual, no Socila Club.

1966 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Atrium.

1968 – Feira de Santana, BA. Individual, no Museu Regional de Arte.

1968 – Salvador, BA. Individual, no Solar da Jaqueira.

1968 – Salvador, BA. Individual, no Solar da Jaqueira.

1969 – São Paulo, SP. Individual, na Galeria de Arte Portal.

1969 – Belo Horizonte, MG. Individual, na Galeria Guignard.

1970 – Porto Alegre, RS. Individual, no MARGS.

1971 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria Marte 21.

1971 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, no Terrace Club.

1971 – São Paulo, SP. Individual, na Documenta Galeria de Arte.

1972 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Círculo.

1975 – Salvador, BA. Carlos Bastos: retrospectiva, no Teatro Castro Alves.

1976 – Porto Alegre, RS. Individual, na Galeria de Arte do Centro Comercial.

1977 – Porto Alegre, RS. Individual, no IAB/RS.

1978 – Joinville, SC. Individual, na Galeria Lascaux.

1977 – Salvador, BA. Individual, no Shopping Iguatemi.

1979 – Salvador, BA. Individual, no Centro Empresarial Iguatemi (Patrocínio: Odebrecht e Galeria O Cavalete).

1978 – Salvador, BA. Individual, no Museu de Arte Sacra.

1979 – Salvador, BA. Individual, na O Cavalete Galeria de Arte.

1979 – Salvador, BA. Individual, no Centro Empresarial Iguatemi.

1979 – Salvador, BA. Individual, no Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau.

1980 – Recife, PE. Individual, na Galeria Officina.

1981 – Salvador, BA. Individual, na Kattya Galeria de Arte.

1981 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Genaro de Carvalho.

1983 – Salvador, BA. Individual, na Época Galeria de Arte.

1983 – São Paulo, SP. Carlos Bastos: pinturas recentes, na Gerot Galeria.

1984 – Porto Alegre, RS. Individual, na Masson Galeria de Arte.

1985 – Salvador, BA. Carlos Bastos: 1945/1985, 40 Anos de pintura, no Núcleo de Artes do Desenbanco.

1985 – Salvador, BA. Individual, na O Cavalete Galeria de Arte.

1987 – Salvador, BA. Individual, na Anarte Galeria.

1988 – Washington (EUA). Individual, no Museu de Arte Moderna Latina, na OEA.

1989 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Prova do Artista.

1989 – Salvador, BA. Individual, na Paulo Darzé Galeria de Arte.

1990 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Prova do Artista.

1992 – Salvador, BA. Individual, no Hotel Sofitel Quatro Rodas.

1992 – Salvador, BA. Individual, na Praia do Forte Resort Hotel.

1993 – Lauro de Freitas, BA. Individual, no Terminal Turístico de Portão.

1994 – Salvador, BA. Carlos Bastos: pinturas, na Prova do Artista Galeria de Arte.

1994 – Salvador, BA. Individual, na Prova do Artista.

1996 – Salvador, BA. Individual, na Galeria de Arte Portal.

1996 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Arcada das Artes.

1997 – Salvador, BA. Individual, na Anarte Galeria.

1998 – Salvador, BA. Individual, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos.

1998 – Feira de Santana, BA. Individual, na Galeria de Arte Carlo Barbosa.

1998 – Salvador, BA. Individual, no Centro de Cultura Hispânica Caballeros de Santiago.

1999 – Frankfurt (Alemanha). Individual, no Hotel Maritin.

2000 – Salvador, BA. Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM/BA.

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1944 – Salvador, BA. 1o Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-Estados Unidos – Acbeu.

1946 – Rio de Janeiro, RJ. Eisaburo Nagasawa e Carlos Bastos, na Associação Brasileira de Imprensa – ABI.

1947 – Salvador, BA. Mário Cravo e Carlos Bastos, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos.

1949 – Salvador, BA. 1o Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia.

1952 – Rio de Janeiro, RJ. 1o Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ.

1952 – Salvador, BA. 4o Salão Baiano de Belas Artes.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. II Salão Nacional de Arte Moderna.

1953 – Salvador, BA. 5o Salão Baiano de Belas Artes.

1953 – Salvador, BA. Exposição coletiva, na Galeria Oxumaré.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. 2o Salão Nacional de Arte Moderna, no MNBA.

1953 – Salvador, BA. Coletiva. Poty, Carlos Bastos e Raimundo Oliveira, na Galeria Oxumaré.

1953 – São Paulo, SP. 2ª Bienal Internacional de São Paulo.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. 2o Salão Nacional de Arte Moderna.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. 3o Salão Nacional de Arte Moderna.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva. Artistas Brasileiros, no Museu da Faculdade Nacional de Arquitetura.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura – artista convidado.

1954 – Salvador, BA. 4o Salão Baiano de Belas Artes.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva, no Ministério da Educação e Cultura.

1955 – Rio de Janeiro, RJ. 4o Salão Nacional de Arte Moderna.

1955 – Salvador, BA. 5o Salão Baiano de Belas Artes.

1956 – Salvador, BA. Coletiva. Artistas Modernos da Bahia, na Galeria Oxumaré.

1956 – São Paulo, SP. Coletiva. Artistas Baianos, no MAM/SP.

1956 – Salvador, BA. Coletiva. Artistas Baianos, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

1957 – Madri, Espanha. Coletiva. Artistas Modernos Brasileiros.

1958 – Salvador, BA. 1ª Exposição Baiana de Poesia e Pintura, na Galeria Domus.

1958 – Salvador, BA. Coletiva, no Forte de Monte Serrat.

1959 – Salvador, BA. Artistas Modernos da Bahia, na Escola de Odontologia.

1959 – Salvador, BA. Coletiva, no Museu de Arte e História da Bahia.

1960 – Paris (França). Arte Moderna Brasileira.

1962 – Los Angeles (EUA). Artistas Baianos, na Usis Gallery.

1962 – Salvador, BA. Artistas Baianos, na Galeria do Usis.

1964 – Filadélfia (EUA). Festival de Arte Brasileira.

1964 – Paris (França). Salon Comparaisons, no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris.

1964 – Rio de Janeiro, RJ. 12 Artistas Baianos, no Hotel Copacabana Palace.

1965 – Hamburgo (Alemanha). Baianos em Hamburgo.

1965 – Los Angeles (EUA). 2ª Brazilian Art Contemporary.

1965 – New Orleans (EUA). Brazilian Art Show, na New Orleans Public Library.

1965 – New Orleans (EUA). Coletiva, no Isaac Delgado Museum of Art.

1966 – Porto Alegre, RS. Arte Baiana, na Galeria Cândido Portinari.

1966 – Salvador, BA. 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, sala especial.

1966 – Salvador, BA. Pelos 154 Anos de Fundação, na Biblioteca Pública de Salvador.

1966 – Filadélfia (EUA). Coletiva, no International Festival Ball.

1967 – Salvador, BA. Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte.

1967 – São Paulo, SP. Artistas da Bahia, em A Galeria.

1968 – Salvador, BA. 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA, isenção de júri.

1969 – Filadélfia (EUA). Semana da Bahia em Allentown, Harrisburg e Pittsbourgh.

1969 – Pensilvânia (EUA). Semana da Bahia na Pensilvânia, na Usis Gallery.

1969 – São Paulo, SP. Carybé, Carlos Bastos e Mario Cravo Jr., na Galeria de Arte Portal.

1969 – Salvador, BA. Congresso Cibernético, no Instituto Cultural Brasil-Alemanha – Icba.

1970 – Nova York (EUA). 14 Artistas Brasileiros, na Iramar Gallery.

1971 – São Paulo, SP. Artistas da Bahia, em A Galeria.

1971 – São Paulo, SP. Coletiva, na Documenta Galeria de Arte.

1971 – São Paulo, SP. Aves e Pássaros, no Sobrado Galeria de Arte.

1971 – Washington (EUA). Coletiva, no Brazilian American Cultural Institute.

1972 – Milão (Itália). Baianos em Milão, na Gallerie Schettini.

1972 – Salvador, BA. Coletiva, na O Cavalete Galeria de Arte.

1972 – Rio de Janeiro, RJ. O Cristo, na Real Galeria de Arte.

1973 – Belo Horizonte, MG. Artistas de Tereza Batista Cansada de Guerra, na Galeria de Arte Ami.

1973 – Salvador, BA. Panorama da Arte Moderna, no MAM/BA.

1974 – Salvador, BA. Arte Bahia 74, na O Cavalete Galeria de Arte.

1974 – São Paulo, SP. Feira da Bahia, no Palácio de Convenções do Anhembi.

1974 – Salvador, BA. Plásticos da Engenharia, no Clube de Engenharia.

1976 – Cachoeira, BA. 1o Festival de Artes de Cachoeira.

1977 – Cachoeira, BA. 2o Festival de Artes de Cachoeira.

1977 – São Paulo, SP. Mostra de Arte, no Grupo Financeiro BBI.

1977 – Salvador, BA. Coletiva, na Galeria Grossman.

1978 – Salvador, BA. Centenário de Fundação da Escola de Belas Artes da Bahia.

1978 – Salvador, BA. Coletiva, na Galeria Grossman.

1980 – Dacar (Senegal). Semana da Bahia.

1980 – Fortaleza, CE. Coletiva. 11 Artistas da Bahia, na Universidade Federal do Ceará.

1980 – Lisboa (Portugal). Semana da Bahia, no Cassino Estoril.

1980 – Rio de Janeiro, RJ. Baianos de Hoje, na Maria Augusta Galeria de Arte.

1980 – São Paulo, SP. 13ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show.

1980 – Penápolis, SP. 4o Salão de Artes Plásticas da Noroeste.

1981 – Camaçari, BA. 1o Salão dos Veteranos e Novos, em Vilas do Atlântico.

1981 – Salvador, BA. Coletiva, no Núcleo de Artes do Desenbanco.

1981 – Brasília, DF. Coletiva, na Galeria Vasp.

1981 – Salvador, BA. Coletiva, na Época Galeria de Arte.

1982 – Penápolis, SP. 5o Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis.

1982 – Salvador, BA. Coletiva. Artistas Baianos, na Galeria de Arte Alberto Bonfiglioli.

1983 – Olinda, PE. 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/Olinda.

1983 – Salvador, BA. Modernismo, na Biblioteca Central do Estado.

1984 – Aracaju, SE. Artistas Baianos, na J. Inácio Galeria de Arte.

1984 – Dacar (Senegal). Coletiva. Artistas da Bahia, na Galeria Nacional.

1984 – Fortaleza, CE. Coletiva. Artistas da Bahia, na Universidade de Fortaleza. Fundação Edson Queiroz.

1984 – Salvador, BA. 1ª Mostra Sul-América de Arte Baiana, no Othon Palace Hotel.

1984 – Salvador, BA. Coletiva. Influência de Mãe Menininha do Gantois na Cultura Baiana, no Museu de Arte da Bahia.

1984 – Aracaju, SE. Coletiva, na J. Inácio Galeria.

1985 – Penápolis, SP. 6o Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis.

1985 – Rio de Janeiro, RJ. 8o Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ.

1985 – San José (Costa Rica). Afro-Bahia, na Galeria de Arte 2000.

1985 – São Paulo, SP. Coletiva. 100 Obras Itaú, no MASP.

1986 – Brasília, DF. Coletiva. Baianos em Brasília, na Casa da Manchete.

1987 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva. Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ.

1987 – Salvador, BA. Coletiva. Doze Artistas Brasileiros, na Anarte Galeria.

1987 – São Paulo, SP. Coletiva. 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show.

1987 – Itaparica, BA. Coletiva, no Club Méditerranée.

1988 – Salvador, BA. Coletiva. Influência da Cultura Africana nas Artes Visuais, no MAM/BA.

1988 – Salvador, BA. Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado.

1988 – Túnis (Tunísia). Artistas Baianos.

1988 – São Paulo, SP. 21ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show.

1989 – Salvador, BA. Coletiva, na NR Galeria.

1989 – Petrolina, PE. Coletiva. Expressões da Arte Baiana: A Genaro de Carvalho, na Tenda Arte.

1990 – Salvador, BA. Coletiva, no Costa Verde Tênis Clube.

1991 – Brasília, DF. Retrospectiva da Arte, na Caixa Econômica Federal.

1991 – Salvador, BA. Coletiva, no Centro de Memória da Água: Acervo Arte Natureza, no Shopping Barra.

1991– Rio de Janeiro, RJ. Coletiva. O Rio Recebe a Bahia, na Galeria Moviart.

1992 – Salvador, BA. Universo Amado: Homenagem aos 80 anos de Jorge Amado, na Anarte Galeria.

1993 – São Paulo, SP. 25ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show.

1996 – Salvador, BA. Coletiva. A Arte pela Natureza, no MAM/BA.

1996 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva, na Sociedade Germânica.

1996 – Salvador, BA. 2o Festival de Arte Visual do Pelourinho.

1996 – Salvador, BA. Coletiva. Arte no Horto.

1997 – Salvador, BA. Coletiva. Salve o Saveiro, na Galeria Solar do Ferrão.

1997 – Feira de Santana, BA. 12 Artistas Brasileiros: Homenagem a Carybé, no Clube de Diretores Lojistas.

1997 – Salvador, BA. Coletiva. Sesquicentenário de Castro Alves, no Teatro Castro Alves.

1997 – Salvador, BA. Coletiva. Um Brinde ao Café, no Cafelier.

1997 – Salvador, BA. Coletiva, no Espaço Cultural Eliane Revestimentos Cerâmicos.

1997 – Salvador, BA. Coletiva, na Anarte Galeria.

1998 – Salvador, BA. Coletiva. Tropicália 30 Anos: 40 artistas baianos, no MAM/BA.

1999 – Curitiba, PR. Coletiva. Arte-Arte Salvador 450 Anos, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão.

1999 – Rio de Janeiro, RJ. Arte-Arte Salvador 450 Anos, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.

1999 – Salvador, BA. Coletiva. 100 Artistas Plásticos da Bahia, no Museu de Arte Sacra.

1999 – Salvador, BA. Coletiva. Arte-Arte Salvador 450 Anos, no MAM/BA.

1999 – Salvador, BA. Coletiva, no Solar do Ferrão.

1999 – Salvador, BA. Coletiva. A Cidade da Bahia no Olhar dos Artistas, no Museu de Arte da Bahia.

2000 – São Paulo, SP. Coletiva. Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado.

Premiações:

1949 – Medalha de Bronze, no I Salão Baiano de Belas Artes, na Divisão de Arte Moderna.

1955 – Medalha de Bronze, no Concurso Cristo de Cor, organizado pelo 36o Congresso Eucarístico Internacional, Teatro Experimental do Negro e Revista Forma, no Rio de Janeiro, RJ.

1958 – Prêmio Jabuty de Ouro pelas ilustrações do livro Cidade do Salvador, Caminhos do Encantamento, de Darwin Brandão e Motta e Silva, em São Paulo.

1967 – Medalha Comemorativa pelo nascimento de Lauro Müller, por serviços prestados à cultura, em Brasília – DF.

Fonte: Dicionário Manuel Querino de Arte na Bahia, na UFBA, "Biografia de Carlos Bastos", escrito e publicado por Simone Rubim de Pinho Lima e Suzane Pinho Pêpe. Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

Crédito fotográfico: Dicionário de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, fotografia publicada em catálogo da VI Exposição promovida por Cadernos da Bahia, no final dos anos 1940. Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

Carlos Frederico Bastos (Salvador, Bahia, 12 de outubro de 1925 — Salvador, Bahia, 12 de março de 2004), mais conhecido como Carlos Bastos, foi um pintor, ilustrador, cenógrafo, desenhista, muralista e editor brasileiro. Começou a pintar ainda adolescente, estudou na escola de Belas Artes de Salvador e, em 1946, concluiu os estudos na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Estudou em Nova York, o "príncipe dos pintores da Bahia", como era considerado pelos artistas baianos, foi um dos precursores da arte moderna na Bahia, ao lado de Genaro e Mario Cravo Jr. Estudou também na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas - FGV, aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo e Carlos Oswald. Paralelamente, faz cursos particulares com Candido Portinari e aulas de cenografia com Martim Gonçalves. Modernista figurativo, Bastos foi um dos melhores retratistas da década de 1960. Suas obras nem sempre foram bem aceitas pelos artistas baianos academistas, as pessoas rasgaram muitas de suas obras com navalhas. Após o incidente, Bastos viajou para França para se especializar em muralismo e agregou a seu currículo dezenas de exposições em várias capitais brasileiras. Participou da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia, em 1944; do 1º, 2º e 3º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ, em 1952, 1953 e 1954, respectivamente; e da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Além disso, realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, e também no exterior. Obteve medalha de prata no Salão Baiano de Belas Artes em 1949 e 1950 e o prêmio Jabuti de Ouro de 1958 na categoria de ilustrador da obra “Cidade de Salvador Caminhos do Encantamento”. Em 1967 recebeu uma medalha do Governo Federal pelos serviços que prestou à cultura. Durante a década de 1970 trabalhou como ilustrador para diversos livros, recebendo da prefeitura de Salvador em 1973 o título de “Benfeitor do Museu da Cidade. Em 1975 faz o retrato Pedro Arcanjo no Filme “A Tenda dos Milagres” de Nelson Pereira dos Santos e em 1981 recebe a Ordem do Mérito, título de Comendador, recebido diretamente do governador do Estado da Bahia.

Carlos Bastos

Carlos Frederico Bastos (Salvador, Bahia, 12 de outubro de 1925 — Salvador, Bahia, 12 de março de 2004), mais conhecido como Carlos Bastos, foi um pintor, ilustrador, cenógrafo, desenhista, muralista e editor brasileiro. Começou a pintar ainda adolescente, estudou na escola de Belas Artes de Salvador e, em 1946, concluiu os estudos na Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro. Estudou em Nova York, o "príncipe dos pintores da Bahia", como era considerado pelos artistas baianos, foi um dos precursores da arte moderna na Bahia, ao lado de Genaro e Mario Cravo Jr. Estudou também na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas - FGV, aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo e Carlos Oswald. Paralelamente, faz cursos particulares com Candido Portinari e aulas de cenografia com Martim Gonçalves. Modernista figurativo, Bastos foi um dos melhores retratistas da década de 1960. Suas obras nem sempre foram bem aceitas pelos artistas baianos academistas, as pessoas rasgaram muitas de suas obras com navalhas. Após o incidente, Bastos viajou para França para se especializar em muralismo e agregou a seu currículo dezenas de exposições em várias capitais brasileiras. Participou da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia, em 1944; do 1º, 2º e 3º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ, em 1952, 1953 e 1954, respectivamente; e da 2ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1953. Além disso, realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil, e também no exterior. Obteve medalha de prata no Salão Baiano de Belas Artes em 1949 e 1950 e o prêmio Jabuti de Ouro de 1958 na categoria de ilustrador da obra “Cidade de Salvador Caminhos do Encantamento”. Em 1967 recebeu uma medalha do Governo Federal pelos serviços que prestou à cultura. Durante a década de 1970 trabalhou como ilustrador para diversos livros, recebendo da prefeitura de Salvador em 1973 o título de “Benfeitor do Museu da Cidade. Em 1975 faz o retrato Pedro Arcanjo no Filme “A Tenda dos Milagres” de Nelson Pereira dos Santos e em 1981 recebe a Ordem do Mérito, título de Comendador, recebido diretamente do governador do Estado da Bahia.

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Mural Comércio Porto Salvador | 2011

A importância de Carlos Bastos | 2013

Biografia – Itaú Cultural

Carlos Frederico Bastos inicia sua formação artística na Escola de Belas-Artes da Universidade da Bahia, onde ingressa em 1944 e assiste às aulas de João Mendonça Filho, Raymundo Aguiar e Alberto Valença. Nesse ano, participa, ao lado de Mario Cravo Júnior e de Genaro, da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia. Muda-se para o Rio de Janeiro, em 1946, e conclui os estudos na Escola Nacional de Belas Artes - Enba. Estudou também na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas - FGV, aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo e Carlos Oswald. Paralelamente, faz cursos particulares com Cândido Portinari e aulas de cenografia com Martim Gonçalves. Em 1947, de volta a Salvador, organiza sua primeira individual na Biblioteca Pública. Nesse mesmo ano, realiza especialização na Arts Students League, Nova York. Vai para Paris, em 1949, onde faz cursos de pintura mural e afresco na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts e aulas de desenho na Académie de la Grande Chaumière. De volta ao Brasil, em 1951, participa do 1º Salão de Arte Moderna, 1952, e do Salão Preto e Branco, 1954, entre outros. Após novo período em Paris, de 1957 a 1958, monta seu ateliê no Solar da Jaqueira em Salvador, fixando-se na cidade. Em 1962, um acidente o mantém por longo período em cadeira de rodas. Edita Santos e Anjos da Bahia, com prefácio de Jorge Amado, em 1965, momento em que uma paralisia leva-o a novo período em cadeira de rodas. Ilustra diversos livros nas décadas de 1970 e 1980.

Análise

O cenário da obra de Carlos Bastos é a Bahia, que ele representa com franca postura realista. Valendo-se de desenho minucioso e forte colorido, suas telas explicitam compromisso com o registro da região e sua cultura. Nesse sentido, sua produção dialoga com a de outros artistas atuantes na Bahia como Carybé, Genaro, Mario Cravo Júnior e Jenner Augusto. Os retratos ocupam lugar destacado na década de 1940 (Auto-Retrato, 1943, Retrato de Wallace Michael, 1948, e Mulher com Gato, 1948), permanecendo filão importante na obra madura (Retrato de Nair e Genaro, 1961, e Retrato de Maria Emília, 1971). As festas - outro eixo temático bastante explorado - fornecem novas possibilidades para a expressão da cor e da vida local (A Procissão, 1947, Festa Cívica, 1958, Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes, 1973/1975, e Festa de São Pedro em Praia do Forte, 1995). Também as figuras populares, negros, meninos abandonados, jogadores etc. são frequentemente convocados a compor telas de cores exuberantes e/ou extensos painéis. O universo religioso, católico e afro-brasileiro, ocupa lugar destacado no interior desse leque temático.

Se a pintura é uma das grandes expressões de Bastos, seu nome está ligado aos murais e painéis que realiza para edifícios públicos que almejam figurar a alma mística do povo, seus símbolos e crenças. Ainda que atento à dimensão social, sua preocupação maior são formas, corpos, linhas e cores, o que leva diversos críticos a sublinharem a "sensualidade" dessas obras. Nos termos de Roger Bastide: "O que impressiona o espectador, antes de mais nada, é a sensualidade que não é como no expressionismo alemão, por exemplo, uma revolta contra a moral burguesa, mas que é espontânea, natural. Sensualidade da cor, que o leva a não temer o decorativismo".

Críticas

"Baiano por origem e convicção, permanece por trás de toda a sua pintura essa atmosfera mágica de uma cidade carregada de história, lendas e luminosidade. Como disse Di Cavalcante, significativos são os anjos de Carlos Bastos, suas negras e negros, seus meninos abandonados, suas freiras amorosas, suas portas abrindo-se para mundos de orgias tristes, suas janelas escondendo alcovas traiçoeiras, suas velas aladas deslizando pelo mar azul da Bahia, levando barcos de sonho com pombos e estátuas" — Roberto Pontual (PONTUAL, Roberto. In: GEROT-GALERIA. Carlos Bastos: pinturas recentes: catálogo. São Paulo, 1983).

"Carlos Bastos dispensa a paisagem para enfrentar o problema mais grave da organização plástica. Por isso, ao invés de indicar a poeticidade de seus quadros, prefiro apontar a plasticidade, que é o Caráter decisivo de sua atual e exuberante pintura" — Clarival do Prado Valladares (VALLADARES, Clarival do Prado. In: GEROT-GALERIA. Carlos Bastos: pinturas recentes: catálogo. São Paulo,1983).

"Carlos Bastos, o primeiro pintor moderno da Bahia a expor individualmente para um público dominado pela tradição profunda de quatro séculos de arte acadêmica e como tal capaz de repetir, sem qualquer originalidade, a mesma reação típica diante da mudança de pautas tão arraigadas e à introdução de novos padrões e valores da arte. A rejeição foi pronta e natural, a discussão foi exacerbada e a exaltação alcançou o ponto mais elevado da violência, chegando mesmo até à destruição de algumas telas expostas. Os quadros do jovem modernista foram cortados, deixando uma prova eloqüente demais, de como era moderno o então jovem pintor Carlos Bastos na década de 1940" — Carlos Eduardo da Rocha (ROCHA, Carlos Eduardo da. In: GEROT-GALERIA. Carlos Bastos: pinturas recentes: catálogo. São Paulo,1983).

"Desenhista extraordinário, com um domínio completo sobre uma lineação exuberante mas precisa, seu desenho é o mais barroco de quantos fizeram os artistas seus patrícios e contemporâneos. Ninguém conseguiu captar, como ele, o intenso movimento e a densa poética da sua riqueza, a provocante sensualidade do seu conjunto de formas humanas, a completa interligação dos seus frutos, e das suas folhas, a mágica unidade do complexo de coisas aparentemente desconexas, a estranha liberdade do que era estudado a fundo e resolvido com aprimorada desenvoltura. Ele o fez como ninguém, seus trabalhos nesse campo são primorosos. É sempre um prazer olhar sua interpretação das arquiteturas simples das velhas casas coloniais, animadas sempre com um detalhe de funda humanidade, um nada de graça que lhes dá toda uma vida de evocação (...). A alma e a atmosfera da Bahia estão prisioneiras dos seus óleos idealizada com o mesmo amor e a mesma ternura, mas como se ela não existisse, na verdade, e a verdadeira estivesse na sua obra de pintor. Ninguém pode deixar de jurar que a cidade do Salvador, a que ele idealizou geograficamente errada, mas talvez plástica e até sentimentalmente certa" — Antônio Celestino (CARLOS Bastos: 40 anos de pintura. Apresentação de Sylvia Menezes de Athayde. Salvador: Núcleo de Artes do Desenbanco, 1985).

"(...) Será possível falar num estilo baiano? A Bahia, a rigor com suas casas fortemente coloridas, seu folclore, suas praias de palmeiras e suas igrejas rutilantes de ouro, é uma armadilha para o artista. Tantos modelos e tantos encantamentos podem torná-lo prisioneiro da realidade. É preciso pensar novamente na Bahia e não copiá-la: é preciso procurar a sua alma, ou, mais exatamente, é preciso adquirir uma alma baiana para depois, seja qual for o assunto escolhido, um retrato de adolescente, um simples jogo de linhas ou um prato pintado, levar para a tela toda a sensualidade e todo o misticismo da cidade de todos os pecados. Nesse sentido, parece-me possível dizer da pintura de Carlos Bastos que é baiana, mesmo quando ele pinta os arranha-céus de Nova York ou as feras de um jardim zoológico, porque a sua sensibilidade é uma sensibilidade tropical. O que impressiona o espectador antes de mais nada é a sensualidade que não é como no expressionismo alemão, por exemplo, uma revolta contra a moral burguesa, mas que é espontânea, natural. Sensualidade da cor, que o leva a não temer o decorativismo" – Roger Bastide (CARLOS Bastos: 40 anos de pintura. Apresentação de Sylvia Menezes de Athayde. Salvador: Núcleo de Artes do Desenbanco, 1985).

Exposições Individuais

1947- Salvador BA - Individual, na Biblioteca Pública Municipal

1948 - Nova York (Estados Unidos) - Individual, na Norlyst Gallery

1949 - Salvador BA - Individual, na Biblioteca Pública Municipal

1951 - Salvador BA - Individual, no Bar Anjo Azul

1953 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Hotel Copacabana Palace

1954 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte

1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Loja Exclusividades

1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Vimarte

1955 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Hotel Copacabana Palace

1956 - Salvador BA - Individual, na Galeria Oxumaré

1960 - Salvador BA - Individual, no Bar Anjo Azul

1961 - Salvador BA - Individual, na Galeria Gead

1961 - Salvador BA - Individual, na inauguração do Edifício Velrick

1962 - Salvador BA - Individual, na Galeria Manoel Querino

1963 - Salvador BA - Carlos Bastos: desenhos, na Galeria Manoel Querino

1964 - Salvador BA - Individual, na Galeria Manoel Querino

1965 - Salvador BA - Individual, na Galeria Convivium

1965 - Salvador BA - Individual, na Galeria Manoel Querino

1965 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Atrium

1966 - Salvador BA - Individual, na Atrium Galeria de Arte

1966 - Salvador BA - Individual, na Galeria Convivium

1966 - Salvador BA - Individual, no Socila Club.

1968 - Feira de Santana BA - Individual, no Museu Regional de Arte

1968 - Salvador BA - Individual, no Solar da Jaqueira.

1968 - São Paulo SP - Individual, na Atrium

1969 - Belo Horizonte MG - Individual, na Galeria Guignard

1969 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte Portal

1970 - Porto Alegre RS - Individual, no Margs

1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Marte 21

1971 - Rio de Janeiro RJ - Individual, no Terrace Club

1971 - São Paulo SP - Individual, na Documenta Galeria de Arte

1972 - Salvador BA - Individual, na Galeria Círculo

1975 - Salvador BA - Carlos Bastos: retrospectiva, no Teatro Castro Alves

1976 - Porto Alegre RS - Individual, na Galeria de Arte do Centro Comercial

1977 - Porto Alegre RS - Individual, no IAB/RS

1977 - Salvador BA - Individual, no Shopping Iguatemi

1978 - Joinville SC - Individual, na Galeria Lascaux

1978 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Sacra

1979 - Salvador BA - Individual, na O Cavalete Galeria de Arte

1979 - Salvador BA - Individual, no Centro Empresarial Iguatemi

1979 - Salvador BA - Individual, no Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau

1980 - Recife PE - Individual, na Galeria Officina

1981 - Salvador BA - Individual, na Kattya Galeria de Arte

1981 - Salvador BA - Individual, na Galeria Genaro de Carvalho

1983 - Salvador BA - Individual, na Época Galeria de Arte

1983 - São Paulo SP - Carlos Bastos: pinturas recentes, na Gerot Galeria

1984 - Porto Alegre RS - Individual, na Masson Galeria de Arte

1985 - Salvador BA - Carlos Bastos: 1945/1985, 40 Anos de pintura, no Núcleo de Artes do Desenbanco

1985 - Salvador BA - Individual, na O Cavalete Galeria de Arte

1987 - Salvador BA - Individual, na Anarte Galeria

1988 - Washington (Estados Unidos) - Individual, no Museu de Arte Moderna Latina, na OEA

1989 - Salvador BA - Individual, na Galeria Prova do Artista

1989 - Salvador BA - Individual, na Paulo Darzé Galeria de Arte

1990 - Salvador BA - Individual, na Galeria Prova do Artista

1992 - Salvador BA - Individual, no Hotel Sofitel Quatro Rodas

1992 - Salvador BA - Individual, na Praia do Forte Resort Hotel

1993 - Lauro de Freitas BA - Individual, no Terminal Turístico de Portão

1994 - Salvador BA - Carlos Bastos: pinturas, na Prova do Artista Galeria de Arte

1994 - Salvador BA - Prova do Artista, na Galeria Rio Vermelho

1996 - Salvador BA - Individual, na Galeria de Arte Portal

1996 - Salvador BA - Individual, na Galeria Arcada das Artes

1997 - Salvador BA - Individual, na Anarte Galeria

1998 - Salvador BA - Individual, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos

1998 - Feira de Santana BA - Individual, na Galeria de Arte Carlo Barbosa

1998 - Salvador BA - Individual, no Centro de Cultura Hispânica Caballeros de Santiago

1999 - Frankfurt (Alemanha) - Individual, no Hotel Maritin

2000 - Salvador BA - Individual, no Museu de Arte Moderna - MAM

Exposições Coletivas

1944 - Salvador BA - 1º Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil Estados Unidos - Acbeu

1946 - Rio de Janeiro RJ - Eisaburo Nagasawa e Carlos Bastos, na Associação Brasileira de Imprensa - ABI

1947 - Salvador BA - Mario Cravo Júnior e Carlos Bastos, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos

1949 - Salvador BA - 1º Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia - medalha de bronze

1952 - Rio de Janeiro RJ - 1º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ

1952 - Rio de Janeiro RJ - Salão Anual de Artes do Ministério da Educação e Cultura

1952 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes

1953 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Arte Moderna, no Mnba

1953 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes

1953 - Salvador BA - Coletiva, na Galeria Oxumarê

1953 - Salvador BA - Poty, Carlos Bastos e Raimundo Oliveira, na Galeria Oxumaré

1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo

1953 - Rio de Janeiro RJ - 2º Salão Nacional de Arte Moderna

1954 - Rio de Janeiro RJ - 3º Salão Nacional de Arte Moderna

1954 - Rio de Janeiro RJ - Artistas Brasileiros, no Museu da Faculdade Nacional de Arquitetura

1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura - artista convidado

1954 - Salvador BA - 4º Salão Baiano de Belas Artes

1954 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, no Ministério da Educação e Cultura

1955 - Rio de Janeiro RJ - 4º Salão Nacional de Arte Moderna

1955 - Salvador BA - 5º Salão Baiano de Belas Artes

1956 - Salvador BA - Artistas Modernos da Bahia, na Galeria Oxumaré

1956 - São Paulo SP - Artistas Baianos, no MAM/SP

1956 - Salvador BA - Artistas Baianos, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia

1957 - Madri (Espanha) - Artistas Modernos Brasileiros

1958 - Salvador BA - 1ª Exposição Baiana de Poesia e Pintura, na Galeria Domus

1958 - Salvador BA - Coletiva, no Forte de Monte Serrat

1959 - Salvador BA - Artistas Modernos da Bahia, na Escola de Odontologia

1959 - Salvador BA - Coletiva, no Museu de Arte e História da Bahia

1960 - Paris (França) - Arte Moderna Brasileira

1962 - Los Angeles (Estados Unidos) - Artistas Baianos, na Usis Gallery

1962 - Salvador BA - Artistas Baianos, na Galeria do Usis

1964 - Filadélfia (Estados Unidos) - Festival de Arte Brasileira

1964 - Paris (França) - Salon Comparaisons, no Musée d'Art Moderne de la Ville de Paris

1964 - Rio de Janeiro RJ - 12 Artistas Baianos, no Hotel Copacabana Palace

1965 - Hamburgo (Alemanha) - Baianos em Hamburgo

1965 - Los Angeles (Estados Unidos) - 2ª Brazilian Art Contemporary

1965 - New Orleans (Estados Unidos) - Brazilian Art Show, na New Orleans Public Library

1965 - New Orleans (Estados Unidos) - Coletiva, no Isaac Delgado Museum of Art

1966 - Porto Alegre RS - Arte Baiana, na Galeria Candido Portinari

1966 - Salvador BA - 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas - sala especial

1966 - Salvador BA - Pelos 154 Anos de Fundação, na Biblioteca Pública de Salvador

1966 - Filadélfia (Estados Unidos) - Coletiva, no International Festival Ball

1967 - Salvador BA - Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte

1967 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria

1968 - Salvador BA - 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA - isenção de júri

1969 - Filadélfia (Estados Unidos) - Semana da Bahia em Allentown, Harrisburg e Pittsbourgh

1969 - Pensilvânia (Estados Unidos) - Semana da Bahia na Pensilvânia, na Usis Gallery

1969 - São Paulo SP - Carybé, Carlos Bastos e Mario Cravo Jr., na Galeria de Arte Portal

1969 - Salvador BA - Congresso Cibernético, no Instituto Cultural Brasil Alemanha - Icba

1970 - Nova York (Estados Unidos) - 14 Artistas Brasileiros, na Iramar Gallery

1971 - São Paulo SP - Artistas da Bahia, na A Galeria

1971 - São Paulo SP - Coletiva, na Documenta Galeria de Arte

1971 - São Paulo SP - Áves e Pássaros, no Sobrado Galeria de Arte

1971 - Washington (Estados Unidos) - Coletiva, no Brazilian American Cultural Institute

1972 - Milão (Itália) - Baianos em Milão, na Gallerie Schettini

1972 - Salvador BA - Coletiva, na O Cavalete Galeria de Arte

1972 - Rio de Janeiro RJ - O Cristo, na Real Galeria de Arte

1973 - Belo Horizonte MG - Artistas de Tereza Batista Cansada de Guerra, na Galeria de Arte Ami

1973 - Salvador BA - Panorama da Arte Moderna, no MAM/BA

1974 - Salvador BA - Arte Bahia 74, na O Cavalete Galeria de Arte

1974 - São Paulo SP - Feira da Bahia, no Palácio de Convenções do Anhembi

1974 - Salvador BA - Plásticos da Engenharia, no Clube de Engenharia

1976 - Cachoeira BA - 1º Festival de Artes de Cachoeira

1977 - Cachoeira BA - 2º Festival de Artes de Cachoeira

1977 - São Paulo SP - Mostra de Arte, no Grupo Financeiro BBI

1977 - Salvador BA - Coletiva, na Galeria Grossman

1978 - Salvador BA - Centenário de Fundação da Escola de Belas Artes da Bahia

1978 - Salvador BA - Coletiva, na Galeria Grossman

1980 - Dacar (Senegal) - Semana da Bahia

1980 - Fortaleza CE - 11 Artistas da Bahia, na Universidade Federal do Ceará

1980 - Lisboa (Portugal) - Semana da Bahia, no Cassino Estoril

1980 - Rio de Janeiro RJ - Baianos de Hoje, na Maria Augusta Galeria de Arte

1980 - São Paulo SP - 13ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show

1980 - Penápolis SP - 4ª Salão de Artes Plásticas do Noroeste

1981 - Camaçari BA - 1º Salão dos Veteranos e Novos, em Vilas do Atlântico

1981 - Salvador BA - Coletiva, no Núcleo de Artes do Desenbanco

1981 - Brasíilia DF - Coletiva, na Galeria Vasp

1981 - Salvador BA - Coletiva, na Época Galeria de Arte

1982 - Penápolis SP - 5º Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1982 - Salvador BA - Artistas Baianos, na Galeria de Arte Alberto Bonfiglioli

1983 - Olinda PE - 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/Olinda

1983 - Salvador BA - Modernismo, na Biblioteca Central do Estado

1984 - Aracaju SE - Artistas Baianos, na J. Inácio Galeria de Arte

1984 - Dacar (Senegal) - Artistas da Bahia, na Galeria Nacional

1984 - Fortaleza CE - Artistas da Bahia, na Universidade de Fortaleza. Fundação Edson Queiroz

1984 - Salvador BA - 1ª Mostra Sul-América de Arte Baiana, no Othon Palace Hotel

1984 - Salvador BA - Influência de Mãe Menininha do Gantois na Cultura Baiana, no Museu de Arte da Bahia

1984 - Aracaju SE - Coletiva, na J.Inácio Galeria

1985 - Penápolis SP - 6º Salão de Artes Plásticas do Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis

1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ

1985 - San José (Costa Rica) - Afro-Bahia, na Galeria de Arte 2000

1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp

1986 - Brasília DF - Baianos em Brasília, na Casa da Manchete

1987 - Rio de Janeiro RJ - Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ

1987 - Salvador BA - Doze Artistas Brasileiros, na Anarte Galeria

1987 - São Paulo SP - 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show

1987 - Itaperica BA - Coletiva, no Club Méditerranée

1988 - Salvador BA - Influência da Cultura Africana nas Artes Visuais, no MAM/BA

1988 - Salvador BA - Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado

1988 - Túnis (Tunísia) - Artistas Baianos

1988 - São Paulo SP - 21ª Esposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show

1989 - Salvador BA - Coletiva, na N.R Galeria

1989 - Petrolina PE - Expressões da Arte Baiana: A Genaro de Carvalho, na Tenda Arte

1990 - Salvador BA - Coletiva, no Costa Verde Tênis Clube

1991 - Brasília DF - Retrospectiva da Arte, na Caixa Econômica Federal - CEF

1991 - Salvador BA - Centro de Memória da Água: Acervo Arte Natureza, no Shopping Barra

1991 - Rio de Janeiro RJ - O Rio Recebe a Bahia, na Galeria Moviart

1992 - Salvador BA - Universo Amado: Homenagem aos 80 anos de Jorge Amado, na Anarte Galeria

1993 - São Paulo SP - 25ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show

1996 - Salvador BA - A Arte pela Natureza, no MAM/BA

1996 - Rio de Janeiro RJ - Coletiva, na Sociedade Germânica

1996 - Salvador BA - 2º Festival de Arte Visual do Pelourinho

1996 - Salvador BA - Arte no Horto

1997 - Salvador BA - Salve o Saveiro, no Galeria Solar do Ferrão

1997 - Feira de Santana BA - 12 Artistas Brasileiros: Homenagem a Carybé, no Clube de Diretores Lojistas

1997 - Salvador BA - Sesquicentenário de Castro Alves, no Teatro Castro Alves

1997 - Salvador BA - Um Brinde ao Café, no Espaço Cafelier

1997 - Salvador BA - Coletiva, no Espaço Cultural Eliane Revestimentos Cerâmicos

1997 - Salvador BA - Coletiva, na Anarte Galeria

1998 - Salvador BA - Tropicália 30 Anos: 40 artistas baianos, no MAM/BA

1999 - Curitiba PR - Arte-Arte Salvador 450 Anos, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão

1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte-Arte Salvador 450 Anos, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro

1999 - Salvador BA - 100 Artistas Plásticos da Bahia, no Museu de Arte Sacra

1999 - Salvador BA - Arte-Arte Salvador 450 Anos, no MAM/BA

1999 - Salvador BA - Coletiva, no Solar do Ferrão

1999 - Salvador BA - A Cidade da Bahia no Olhar dos Artistas, no Museu de Arte da Bahia

2000 - São Paulo SP - Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado

Fonte: CARLOS Bastos. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 28 de outubro de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7

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Biografia — Museu AfroBrasil

Pintor, ilustrador e cenógrafo. Começou a pintar aos 16 anos, quando ingressou na Escola de Belas Artes da Bahia, em Salvador, concluindo o curso em 1945 na Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Teve diversos professores, entre os quais Iberê Camargo e Cândido Portinari.

Em 1946 frequentou a Sociedade Brasileira de Artes e estudou ainda na Fundação Getúlio Vargas. É nesse mesmo ano que o artista estuda cenografia com Martim Gonçalves (1919-1973).

Em 1947 faz uma viagem de estudos aos EUA, onde matricula-se no Art Student League de Nova York. Voltou à Bahia em 1949, ano em que teve telas rasgadas por defensores do academicismo durante uma exposição. Viajou no mesmo ano à França, onde estudou pintura muralista na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts.

No hotel Royer Collard em Paris, Carlos Bastos pintou nesse ano o painel A Salvação. De volta ao Brasil, atuou como cenógrafo no Rio de Janeiro em 1952 e fez por fim seu regresso a Salvador em 1959, onde montou seu atelier no Solar da Junqueira. Publicou um álbum de desenhos de Salvador (prefaciado por Jorge Amado) e editou Igrejas, Santos e Anjos da Bahia com o prefácio do grande escritor baiano, ilustrando também outras obras literárias. Bastos teve uma vida artística bastante prolífica somando cerca de 70 exposições individuais e cerca de 130 exposições coletivas ao longo de sua carreira. Ele começou a expor em uma coletiva de 1944, e sua primeira exposição individual ocorreu em 1947, na Biblioteca Pública de Salvador. A partir daí, teve diversas exposições individuais nos EUA e em muitas regiões do Brasil. Chama-nos a atenção ainda que, em 1955, o artista tenha participado do concurso de pintura “Cristo de Cor”, realizado pelo Teatro Experimental do Negro (RJ), recebendo na ocasião a medalha de bronze no 26º. Congresso Eucarístico Internacional. Entre as inúmeras exposições coletivas das quais participou, destacam-se o Salão Nacional de Arte Moderna (de 1952 a 1955), a II Bienal de São Paulo (1954), a I Bienal Nacional de Artes Plásticas de Salvador, em 1966 (onde teve uma sala especial) e a I Semana da Bahia, em Dacar (1980), entre outras exposições no Brasil, nos EUA, na França, na Espanha e na Rússia. Obteve medalha de prata no Salão Baiano de Belas Artes em 1949 e 1950 e o prêmio Jabuti de Ouro de 1958 na categoria de ilustrador da obra “Cidade de Salvador Caminhos do Encantamento”. Em 1967 recebeu uma medalha do Governo Federal pelos serviços que prestou à cultura, montando também, três anos depois, um atelier no Rio de Janeiro. Durante a década de 1970 trabalhou como ilustrador para diversos livros, recebendo da prefeitura de Salvador em 1973 o título de “Benfeitor do Museu da Cidade. Em 1975 faz o retrato Pedro Arcanjo no Filme “A Tenda dos Milagres” de Nelson Pereira dos Santos e em 1981 recebe a Ordem do Mérito, título de Comendador, recebido diretamente do governador do Estado da Bahia. Em 2004 ficou em coma induzido em função do rompimento de uma hérnia no intestino, vindo a falecer 30 dias depois de falência múltipla dos órgãos. Seguindo decisão do artista seu corpo foi cremado.

Fonte: Museu AfroBrasil. Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

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Filhos ilustres da Bahia: Carlos Bastos

Carlos Frederico Bastos, mais conhecido como Carlos Bastos, pintor, ilustrador e cenógrafo, nasceu em Salvador, em 9 de outubro de 1925.

Em 1944, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde foi aluno de João Mendonça Filho, Raymundo Aguiar e Alberto Valença. Ainda calouro, participou da 1ª Mostra de Arte Moderna da Bahia. Nessa época viviam em Salvador as melhores expressões da arte plástica: Sante Scaldaferri, Ruben Valetim, Calazans Neto, Hansen Bahia, José Pancetti, Mirabeau Sampaio, Manoel Bonfim, João José Rescála, Genaro de Carvalho, Mário Cravo Júnior, Raimundo de Oliveira, Jenner Augusto, Carybé, Luiz Jasmim, Hélio Basto, Emanoel Araújo, Juarez Paraíso, Riolan Coutinho e Lígia Milton. Uma plêiade de grandes nomes...

Em 1946, Carlos Bastos mudou-se para o Rio de Janeiro, onde continuou os estudos na Escola Nacional de Belas Artes, na Sociedade Brasileira de Belas Artes e na Fundação Getúlio Vargas; foi aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo, Carlos Oswald, Cândido Portinari e Martim Gonçalves.

De volta a Salvador, promoveu sua primeira individual na Biblioteca Pública. “Nesta época, disse Gilberto Gomes, o artista teve várias obras suas cortadas e destruídas por “pseudo-representantes” do espírito acadêmico de um certo segmento regional. Idiotas que se diziam possuir formação acadêmica e só freqüentarem exposições de cunho acadêmico. Gente de visão curta e efêmera, incapazes de atinar que Arte também significa evolução de Mente e Espírito”.

Após o lamentável incidente, Carlos Bastos foi a Paris, onde se aprofundou na técnica de pintura em murais, afrescos, e desenho.

Três anos depois, regressou ao Brasil, participou do 1º Salão de Arte Moderna e do Salão Preto e Branco, e se radicou no Rio de Janeiro.

Foi novamente a Paris e, no regresso, montou, seu ateliê na capital baiana e criou cenários para peças teatrais. Nessa época, ganhou o prêmio “Jabuti de Ouro”.

Em 1965, publicou “Santos e Anjos da Bahia”, com prefácio de Jorge Amado.

Suas telas mais famosas, são: “Auto-Retrato” (1943), “Retrato de Wallace Michael” (1948), “Mulher com Gato” (1948), “Retrato de Nair e Genaro” (1961) e “Retrato de Maria Emília” (1971), “A Procissão” (1947), “Festa Cívica” (1958), “Procissão do Senhor do Bom Jesus dos Navegantes” (1973/1975) e “Festa de São Pedro em Praia do Forte” (1995). Os anjos pintados por Carlos Bastos são dignos de elogio e admiração. Seus murais e painéis, são admiráveis.

Das inúmeras exposições que realizou, merecem destaques as individuais de 1948, Galeria Norlyst (Nova York, 1953), Galeria Copacabana Pálace (Rio de Janeiro, 1956), Galeria Vimarte, ( Rio de Janeiro, 1960), Galeria Oxumaré (Salvador, 1960), Galeria Atrium ( São Paulo, 1969), Galeria Portal (São Paulo, 1970), Museu de Arte ( Porto Alegre , 1975), Galeria Círculo (Salvador, 1976,) Foyer do Teatro Castro Alves (Salvador, 1944), Primeiro Salão de Arte Americana – Associação Cultural Brasil Estados Unidos (Salvador, 1949), Primeiro Salão Baiano de Belas Artes (Salvador, 1954), Segunda Bienal de São Paulo ( 1956), Museu de Arte Moderna (São Paulo, 1960), Arte Moderna Brasileira (Paris, França; 1962), Galeria USIS (Los Angeles – EUA, 1965), Artista Brasileiros, Museu Hermitage (Leningrado, Rússia, 1969), Primeira Bienal de Artes Plásticas (Salvador, 1972), Galeria Schettini (Milão, Itália, 1985), Galeria de Arte , Exposição Afro-Bahia (São José da Costa Rica, 2000) e muitas outras.

“Carlos Bastos foi, sem dúvidas, um dos maiores artistas brasileiros de sua época. Sua mente era fantástica e muito criativa. Sua obra não se repetia tal a sua grande capacidade em interpretar o casario, as negras de torso e bata, os anjos, os santos, a gente do povo e tudo o mais que a Bahia sempre ofereceu àqueles que a retrataram com amor e singularidade – tal como sempre fez, esse genial “Príncipe dos Pintores da Bahia” (Gilberto Gomes).

"Carlos Bastos é um anjo enviado dos céus para resgatar nesta cidade do Salvador a grandiosidade do barroco, a alegria de nossa gente, a beleza de nossa arquitetura e a nossa religiosidade. Em outra encarnação deve ter sido um lorde, daqueles que carregam uma bagagem cultural sólida e educação refinada. Sua arte tem uma marca indelével do grande desenhista que é, base importante para qualquer artista que se debruce sobre uma tela. Seus anjos andróginos, suas freiras, o casario majestoso e os palácios que permeiam sua obra misturados com objetos surrealistas demonstram que o artista brinca com estilos, mistura-os propositadamente como se estivesse querendo testar o resultado. Tudo surge espontaneamente de uma simples mancha que ele faz na tela branca e daí começam a chegar os personagens que vêm povoar este seu mundo onírico" (Reynivaldo Brito).

O “Príncipe dos Pintores da Bahia” morreu em Salvador, no dia 14 de março de 2004.

O Senador Federal, por proposta do Senador Antônio Carlos Magalhães, aprovou um voto de pezar pelo falecimento do grande artista baiano.

Quadros de Carlos Bastos

  • Entre suas pinturas mais importantes estão:

  • Negra com torso

  • Retrato

  • Igrejas da Bahia

  • Painel da Assembléia Legislativa da Bahia

  • Mural da Escola Classe I

  • Anjo da Guarda - Na cama, o próprio Carlos Bastos

Fonte: Filhos Ilustres da Bahia: Carlos Bastos, publicado em 15 de janeiro de 2013 Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

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Biografia Carlos Bastos – Dicionário Manuel Querino de Arte na Bahia

Carlos Frederico Bastos nasceu em 12 de outubro de 1925, na cidade do Salvador (BA), no bairro do Rio Vermelho, onde cresceu. Filho mais velho de Lindaura Correia Bastos e Clodoaldo Teixeira Bastos – que tiveram mais cinco filhos –, foi criado por sua avó, que morava próximo e era casada em segundas núpcias com Francisco Mário Costa, a quem se atribui ter incentivado Carlos às artes. (SENA, 2005). Começou a pintar ainda na adolescência.

Iniciou a sua formação artística no começo dos anos 1940, em Salvador, na Escola de Belas Artes, onde teve como mestres Mendonça Filho, Raimundo Aguiar e Alberto Valença. Transferiu-se para o Rio de Janeiro e lá estudou na Escola Nacional de Belas Artes, onde foi aluno de Santa Rosa, Iberê Camargo, Frank Schaeffer, Hanna Levy e Carlos Oswald. Frequentou os ateliês dos artistas Cândido Portinari e Humberto Cozzo, e fez curso de cenografia com Eros Martins Gonçalves. (BASTOS, 1985).

Apesar da vida modesta que tinha no Rio de Janeiro, uma vez que seu pai não estava convencido de que a arte fosse a profissão a ser seguida por Carlos, manteve o entusiasmo, dedicando-se inteiramente à sua formação e atividade. A mobilidade marcou a sua trajetória, levando-o a estabelecer vínculos com diferentes cidades – Salvador da Bahia, Rio de Janeiro, Paris etc.

Na Bahia, destacou-se desde 1944, ao lado dos artistas plásticos Genaro de Carvalho (1926-1971) e Mario Cravo Junior (1923), quando participaram do 1o Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-EUA. Esboçavam o modernismo nas artes plásticas na cidade de Salvador. Segundo Carlos Bastos:

Em 1944, por acaso, eu participei de uma exposição no Brasil – EUA, onde todos os pintores baianos que apareceram eram: acadêmicos e modernos, mas não havia consciência moderna na pintura. Havia pessoas que já faziam pintura moderna, sem saber que era moderna, e os antigos não aceitavam. Houve certo choque nessa exposição. (BASTOS, 1992).

Ao final dos anos 1940, os “artistas plásticos modernos” começavam a se destacar com mais força ao apresentar trabalhos que destoavam da forte tradição acadêmica, encontrando então a resistência do público vigente. Paralelamente se formava um público aberto às novidades e ávido por mudanças, ainda que fosse uma minoria naquela época.

Carlos Bastos chocou tanto pela modernidade quanto pela sensualidade que está presente em muitos de seus trabalhos iniciais. Em 1949, Motta e Silva destacou no convite da VI Exposição patrocinada pelo Caderno da Bahia, na Biblioteca Pública do Estado:

Sensual, freudianamente sensual, nos temas, nas formas e nas cores, Carlos Bastos inverte sem piedade os valores de uma precária moral burguesa e faz chegar até nós, vindos das distâncias dos instintos, anjos assexuados portadores de estranhas mensagens, e também os multissexuados dos insondáveis mundos obscuros das almas inquietas. [...] Desenhista primoroso dos arabescos da tapeçaria e cerâmica oriental, revela-se um decorador sutil, e colorista de cálidas harmonias dos corpos nus. Dos luminosos corpos nus das aparições noturnas, amorosamente entrelaçados em ritmo de ballet, num impossível paraíso de pecadores sem remissão. (MOTTA E SILVA, 1948).

São dessa época desenhos eróticos a nanquim, produzidos por Bastos, colecionados em segredo pelos amigos do artista e reunidos pelo curador Emanoel Araújo. Trata-se de objeto de projeto de curadoria de exposição que não ocorreu, conforme o jornal Correio da Bahia (31 ago. 2007 e 1o mar. 2008).

O final dos anos 1940 constituiu-se em um marco de acontecimentos do modernismo nas artes plásticas na Bahia e na trajetória de Bastos, que expôs na Biblioteca Pública do Estado da Bahia (BPEB) a convite de Wilson Rocha. Seus trabalhos foram alvo de crítica publicada no jornal Semana Católica; alguns de seus quadros foram rasgados a gilete por terem chocado o público. (MARINHO, 2004, p. 1).

No dia 2 de julho de 1949, foi inaugurado o seu mural Ascensão de um Anjo, no Bar Anjo Azul, na Rua do Cabeça, no 4, cuja repercussão foi intensa em um segmento de jovens artistas e críticos de arte que, além de se divertir, trocavam ideias sobre arte. (ROCHA, s.d.). Do ponto de vista de sua plasticidade, esse mural – que não mais existe – trazia novidades, como apontou o crítico de arte José Valladares, que o descreveu com detalhes e chamou a atenção para o fato de que era evocado o movimento das formas barrocas, sem a sua profundidade. (VALLADARES, 1951).

Bastos levou para um espaço profano temas de inspiração angelical. Ao toque de trombetas, ascendia um anjo, adulto, sendo coroado e recebendo pétalas que eram jogadas sobre ele. O conjunto representava também uma procissão, o que apontou Valladares, que faz parte da tradição religiosa da cidade barroca. Talvez esse anjo possa ser compreendido como uma alegoria da própria juventude, que era o que os modernistas demonstravam naquela época: a renovação das artes na cidade, seu crescimento urbano, a instalação de uma universidade, entre outras mudanças.

No início dos anos 1950, sob a iniciativa do Secretário de Educação Anísio Teixeira, grande incentivador da arte moderna, Carlos Bastos, Carybé, Mario Cravo Junior, Djanira, Jenner Augusto e Maria Célia Amado realizaram o projeto de pintura mural, no Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, projeto do mestre baiano do modernismo arquitetônico Diógenes Rebouças, Essa área foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) em 1981.

A atração pela pintura e pelos grandes formatos o levou a Paris para estudar pintura mural e desenho, entre o final da década 1940 e início da seguinte. Em 1985, Antonio Celestino escreveu que chegavam a quase 50 os painéis realizados por Bastos, incluindo os tetos pintados, mas muitos não foram conservados. (CELESTINO, 1985).

Nesse tipo de construção plástica, o artista mexe-se com desenvoltura [...], quer tratando de paisagens onde a quimera assenta no real, quer no fixar personalíssimo de tipos reais ou imaginados, mas moldando tudo na sua visão de criador do acontecimento que jamais existiu. (CELESTINO, 1985).

Também se dedicou à realização de cenários e costumes para teatro, vários deles para o Teatro Municipal do Rio de Janeiro nos anos 1950. (COÊLHO, 1973, p. 86).

Na cidade do Salvador, em 1958, montou seu ateliê no Solar da Jaqueira, no Largo 2 de Julho. Foi nesse “espaço solarengo”, conforme Di Cavalcanti (1971), avistando árvores e pássaros e a Baía de Todos os Santos, que retratou e criou muitos personagens. Décadas depois, teve ateliê em Itapuã, onde desfrutou de outras paisagens marinhas.

De gênero histórico, um dos murais que ele considerava mais importantes data de 1961 e foi realizado para o Banco Econômico, situado no Comércio. Nessa composição mostrou, sob a sua visão, o porto da cidade do Salvador no século XIX, colocando em cena comerciantes, escravos e uma família nobre. (BASTOS, 1992). Essa obra foi tombada pelo IPAC em 2002.

O gosto pela expressão da figura humana atraiu o artista desde o começo de sua carreira. Inicialmente, corpos longilíneos estilizados, quase caricaturas, e personagens vestidos de tecidos desenhados formando arabescos; mais tarde, isso deu lugar a um desenho mais preciso e um tratamento pictórico compondo formas idealistas. A sua busca caminhou para a idealização da beleza.

Não se restringiu, ao longo das tantas décadas, a um só tema. Mostrou a arquitetura e seus detalhes, assim como naturezas-mortas. A partir dos anos 1970, segundo ele, a figura humana aparece envolta de elementos simbólicos como chapéus de freiras, torsos de baiana e figuras aladas. Às vezes, coloca numa mesma composição freira, anjo e baiana. Sobre sua arte, ele afirmou: “Sinto prazer quando eu pinto a figura humana e a paisagem entra como detalhe.” (BASTOS, 1992).

Fez parte de uma geração de artistas e intelectuais que contribuíram para a representação de signos da cultura baiana, os quais foram difundidos em outros estados e no exterior. (PINHO, Osmundo, 1998, p. 1). Os artistas plásticos não estiveram sozinhos nesta tarefa, seguiam uma linha que estava bem configurada na literatura de Jorge Amado, na música de Dorival Caymmi, entre outros.

Além de casarios e paisagens, personagens, santos e orixás materializados através de linhas, formas, volumes e cores fazem parte de um universo em que a plasticidade e a religiosidade confluem e sensibilizam os artistas criadores.

Não tenho intenção religiosa, apenas plástica. Eu pinto a Bahia, mas não pinto o folclore da Bahia. Eu sou muito baiano nesse sentido. Eu pinto as coisas que eu sinto, o barroco da Bahia, essa atmosfera que a Bahia emana, essa mistura de África com a Europa, e é isso que eu sinto e que eu passo. Minha pintura não chega a ser uma mistura do barroco nem da religião. Ela é o resultado de tudo isso junto. (BASTOS, 1992).

Realizou um mural para a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia entre 1973 e 1975 destruído pelo fogo em 1978 e refeito em 1994 – no qual representou a Procissão de Nosso Senhor dos Navegantes, que acontece no dia 1o de janeiro, quando embarcações acompanham a galeota com a imagem de Jesus crucificado pela Baía de Todos os Santos, da Conceição da Praia até a Boa Viagem. Nas embarcações foram representados “ícones” da política, intelectuais e artistas locais; no ar, orixás cultuados nos candomblés baianos, e, abaixo da linha da água, aparecem Iemanjá e outras figuras. Na Bahia, esse orixá feminino foi comparado à sereia da mitologia grega, meio mulher meio peixe, que atraía marinheiros em suas longas viagens, iconografia que foi objeto de muitas pinturas de cavalete, inclusive de obras dos anos 1990, em que sereias mortas eram pintadas como meio de afirmação de sua luta ecológica.

Se seu maior prazer esteve na arte figurativa, não deixou de estilizar, de abstrair formas, de buscar o traço firme, movimento, a cor profunda e a fantasia. Muitas obras de Carlos Bastos demonstram o gosto pela perfeição formal, pelo equilíbrio, que é expressão de seu perfeccionismo, que combinam com o homem elegante, de postura aristocrática, amante da beleza da cidade do Salvador. De fato, olhou para a cidade não apenas como aquele que nela vive, também como o que se afasta e volta. Cada longa viagem do artista o fazia mais nativo em seu olhar.

Artista de muitas facetas, além do modernista irreverente, do muralista que reconstruía temas históricos e religiosos, do pintor de cavalete, também foi cenógrafo e ilustrador. Sobre esta última atividade, revelou: "[...] meu traço é muito nítido e fino, então ele é feito sobre papel normal com tinta nanquim. Às vezes, eu uso a água tinta ou, às vezes, eu uso café, assim para manchar…” (BASTOS, 1992).

Em suas ilustrações, apelou para a delicadeza dos traços, para a inflexão das linhas e para as necessárias texturas. Além de ter editado o livro Santos e Anjos da Bahia (1965), prefaciado por Jorge Amado, ilustrou para diversos autores – Carlos Eduardo da Rocha, Vasconcelos Maia, Pedro Calmon, Van Jafa, Jair Gramacho etc. – e revistas: Cadernos Brasileiros, Revista Ângulo, Revista Rio Magazine, Revista dos Bancos. Também compôs capas de livros como Bahia Ontem e Hoje, de Darwin Brandão e Motta e Silva; História da Bahia, de autoria de Luís Henrique Dias Tavares. (BRITO, 2010).

Possui obras em diversos acervos na Bahia, no Ceará, no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Portugal, nos EUA na Rússia.

Seu trabalho foi compreendido para além de rótulos. Segundo Carlos Eduardo da Rocha: “É sempre um artista atual, sobretudo pela capacidade invejável de ser livre e livremente expressar o seu mundo próprio, íntimo, criador, inventivo e também os reflexos do mundo exterior ainda e sempre marcados da sua própria vivência”. (ROCHA, 1985).

Quanto aos estudos sobre a sua vida e a sua obra, há muitas lacunas, e cada uma de suas facetas pode ser objeto de estudos específicos da história da arte, sob visão que compreenda o lugar e o olhar deste artista e de seu tempo.

Mostras individuais:

1947 – Salvador, BA. Exposições individuais, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

1948 – Nova York (EUA). Exposição individual, na Norlyst Gallery.

1949 – Salvador, BA. Exposições individuais, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

1951 – Salvador, BA. Exposição individual, no Bar Anjo Azul.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. Exposição individual, no Copacabana Palace.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria de Arte.

1955 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria Vimart.

1955 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, no Copacabana Palace.

1956 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Oxumaré.

1960 – Salvador, BA. Individual, no Bar Anjo Azul.

1961 – Salvador, BA. Individual, na inauguração do Edifício Velrick.

1961 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria Gead.

1962 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Manuel Querino.

1964 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Manuel Querino.

1965– Salvador, BA. Individual, na Galeria Convivium.

1965 – São Paulo, SP. Individual, na Galeria Atrium.

1966 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Convivium.

1966 – Salvador, BA. Individual, no Socila Club.

1966 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Atrium.

1968 – Feira de Santana, BA. Individual, no Museu Regional de Arte.

1968 – Salvador, BA. Individual, no Solar da Jaqueira.

1968 – Salvador, BA. Individual, no Solar da Jaqueira.

1969 – São Paulo, SP. Individual, na Galeria de Arte Portal.

1969 – Belo Horizonte, MG. Individual, na Galeria Guignard.

1970 – Porto Alegre, RS. Individual, no MARGS.

1971 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, na Galeria Marte 21.

1971 – Rio de Janeiro, RJ. Individual, no Terrace Club.

1971 – São Paulo, SP. Individual, na Documenta Galeria de Arte.

1972 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Círculo.

1975 – Salvador, BA. Carlos Bastos: retrospectiva, no Teatro Castro Alves.

1976 – Porto Alegre, RS. Individual, na Galeria de Arte do Centro Comercial.

1977 – Porto Alegre, RS. Individual, no IAB/RS.

1978 – Joinville, SC. Individual, na Galeria Lascaux.

1977 – Salvador, BA. Individual, no Shopping Iguatemi.

1979 – Salvador, BA. Individual, no Centro Empresarial Iguatemi (Patrocínio: Odebrecht e Galeria O Cavalete).

1978 – Salvador, BA. Individual, no Museu de Arte Sacra.

1979 – Salvador, BA. Individual, na O Cavalete Galeria de Arte.

1979 – Salvador, BA. Individual, no Centro Empresarial Iguatemi.

1979 – Salvador, BA. Individual, no Conselho Consultivo dos Produtores de Cacau.

1980 – Recife, PE. Individual, na Galeria Officina.

1981 – Salvador, BA. Individual, na Kattya Galeria de Arte.

1981 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Genaro de Carvalho.

1983 – Salvador, BA. Individual, na Época Galeria de Arte.

1983 – São Paulo, SP. Carlos Bastos: pinturas recentes, na Gerot Galeria.

1984 – Porto Alegre, RS. Individual, na Masson Galeria de Arte.

1985 – Salvador, BA. Carlos Bastos: 1945/1985, 40 Anos de pintura, no Núcleo de Artes do Desenbanco.

1985 – Salvador, BA. Individual, na O Cavalete Galeria de Arte.

1987 – Salvador, BA. Individual, na Anarte Galeria.

1988 – Washington (EUA). Individual, no Museu de Arte Moderna Latina, na OEA.

1989 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Prova do Artista.

1989 – Salvador, BA. Individual, na Paulo Darzé Galeria de Arte.

1990 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Prova do Artista.

1992 – Salvador, BA. Individual, no Hotel Sofitel Quatro Rodas.

1992 – Salvador, BA. Individual, na Praia do Forte Resort Hotel.

1993 – Lauro de Freitas, BA. Individual, no Terminal Turístico de Portão.

1994 – Salvador, BA. Carlos Bastos: pinturas, na Prova do Artista Galeria de Arte.

1994 – Salvador, BA. Individual, na Prova do Artista.

1996 – Salvador, BA. Individual, na Galeria de Arte Portal.

1996 – Salvador, BA. Individual, na Galeria Arcada das Artes.

1997 – Salvador, BA. Individual, na Anarte Galeria.

1998 – Salvador, BA. Individual, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos.

1998 – Feira de Santana, BA. Individual, na Galeria de Arte Carlo Barbosa.

1998 – Salvador, BA. Individual, no Centro de Cultura Hispânica Caballeros de Santiago.

1999 – Frankfurt (Alemanha). Individual, no Hotel Maritin.

2000 – Salvador, BA. Individual, no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM/BA.

Participações em Salões, Bienais e coletivas:

1944 – Salvador, BA. 1o Salão de Arte Americana, na Associação Cultural Brasil-Estados Unidos – Acbeu.

1946 – Rio de Janeiro, RJ. Eisaburo Nagasawa e Carlos Bastos, na Associação Brasileira de Imprensa – ABI.

1947 – Salvador, BA. Mário Cravo e Carlos Bastos, na Galeria da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos.

1949 – Salvador, BA. 1o Salão Baiano de Belas Artes, no Hotel Bahia.

1952 – Rio de Janeiro, RJ. 1o Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ.

1952 – Salvador, BA. 4o Salão Baiano de Belas Artes.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. II Salão Nacional de Arte Moderna.

1953 – Salvador, BA. 5o Salão Baiano de Belas Artes.

1953 – Salvador, BA. Exposição coletiva, na Galeria Oxumaré.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. 2o Salão Nacional de Arte Moderna, no MNBA.

1953 – Salvador, BA. Coletiva. Poty, Carlos Bastos e Raimundo Oliveira, na Galeria Oxumaré.

1953 – São Paulo, SP. 2ª Bienal Internacional de São Paulo.

1953 – Rio de Janeiro, RJ. 2o Salão Nacional de Arte Moderna.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. 3o Salão Nacional de Arte Moderna.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva. Artistas Brasileiros, no Museu da Faculdade Nacional de Arquitetura.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura – artista convidado.

1954 – Salvador, BA. 4o Salão Baiano de Belas Artes.

1954 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva, no Ministério da Educação e Cultura.

1955 – Rio de Janeiro, RJ. 4o Salão Nacional de Arte Moderna.

1955 – Salvador, BA. 5o Salão Baiano de Belas Artes.

1956 – Salvador, BA. Coletiva. Artistas Modernos da Bahia, na Galeria Oxumaré.

1956 – São Paulo, SP. Coletiva. Artistas Baianos, no MAM/SP.

1956 – Salvador, BA. Coletiva. Artistas Baianos, na Biblioteca Pública do Estado da Bahia.

1957 – Madri, Espanha. Coletiva. Artistas Modernos Brasileiros.

1958 – Salvador, BA. 1ª Exposição Baiana de Poesia e Pintura, na Galeria Domus.

1958 – Salvador, BA. Coletiva, no Forte de Monte Serrat.

1959 – Salvador, BA. Artistas Modernos da Bahia, na Escola de Odontologia.

1959 – Salvador, BA. Coletiva, no Museu de Arte e História da Bahia.

1960 – Paris (França). Arte Moderna Brasileira.

1962 – Los Angeles (EUA). Artistas Baianos, na Usis Gallery.

1962 – Salvador, BA. Artistas Baianos, na Galeria do Usis.

1964 – Filadélfia (EUA). Festival de Arte Brasileira.

1964 – Paris (França). Salon Comparaisons, no Musée d’Art Moderne de la Ville de Paris.

1964 – Rio de Janeiro, RJ. 12 Artistas Baianos, no Hotel Copacabana Palace.

1965 – Hamburgo (Alemanha). Baianos em Hamburgo.

1965 – Los Angeles (EUA). 2ª Brazilian Art Contemporary.

1965 – New Orleans (EUA). Brazilian Art Show, na New Orleans Public Library.

1965 – New Orleans (EUA). Coletiva, no Isaac Delgado Museum of Art.

1966 – Porto Alegre, RS. Arte Baiana, na Galeria Cândido Portinari.

1966 – Salvador, BA. 1ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, sala especial.

1966 – Salvador, BA. Pelos 154 Anos de Fundação, na Biblioteca Pública de Salvador.

1966 – Filadélfia (EUA). Coletiva, no International Festival Ball.

1967 – Salvador, BA. Exposição Coletiva de Natal, na Panorama Galeria de Arte.

1967 – São Paulo, SP. Artistas da Bahia, em A Galeria.

1968 – Salvador, BA. 2ª Bienal Nacional de Artes Plásticas, no MAM/BA, isenção de júri.

1969 – Filadélfia (EUA). Semana da Bahia em Allentown, Harrisburg e Pittsbourgh.

1969 – Pensilvânia (EUA). Semana da Bahia na Pensilvânia, na Usis Gallery.

1969 – São Paulo, SP. Carybé, Carlos Bastos e Mario Cravo Jr., na Galeria de Arte Portal.

1969 – Salvador, BA. Congresso Cibernético, no Instituto Cultural Brasil-Alemanha – Icba.

1970 – Nova York (EUA). 14 Artistas Brasileiros, na Iramar Gallery.

1971 – São Paulo, SP. Artistas da Bahia, em A Galeria.

1971 – São Paulo, SP. Coletiva, na Documenta Galeria de Arte.

1971 – São Paulo, SP. Aves e Pássaros, no Sobrado Galeria de Arte.

1971 – Washington (EUA). Coletiva, no Brazilian American Cultural Institute.

1972 – Milão (Itália). Baianos em Milão, na Gallerie Schettini.

1972 – Salvador, BA. Coletiva, na O Cavalete Galeria de Arte.

1972 – Rio de Janeiro, RJ. O Cristo, na Real Galeria de Arte.

1973 – Belo Horizonte, MG. Artistas de Tereza Batista Cansada de Guerra, na Galeria de Arte Ami.

1973 – Salvador, BA. Panorama da Arte Moderna, no MAM/BA.

1974 – Salvador, BA. Arte Bahia 74, na O Cavalete Galeria de Arte.

1974 – São Paulo, SP. Feira da Bahia, no Palácio de Convenções do Anhembi.

1974 – Salvador, BA. Plásticos da Engenharia, no Clube de Engenharia.

1976 – Cachoeira, BA. 1o Festival de Artes de Cachoeira.

1977 – Cachoeira, BA. 2o Festival de Artes de Cachoeira.

1977 – São Paulo, SP. Mostra de Arte, no Grupo Financeiro BBI.

1977 – Salvador, BA. Coletiva, na Galeria Grossman.

1978 – Salvador, BA. Centenário de Fundação da Escola de Belas Artes da Bahia.

1978 – Salvador, BA. Coletiva, na Galeria Grossman.

1980 – Dacar (Senegal). Semana da Bahia.

1980 – Fortaleza, CE. Coletiva. 11 Artistas da Bahia, na Universidade Federal do Ceará.

1980 – Lisboa (Portugal). Semana da Bahia, no Cassino Estoril.

1980 – Rio de Janeiro, RJ. Baianos de Hoje, na Maria Augusta Galeria de Arte.

1980 – São Paulo, SP. 13ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show.

1980 – Penápolis, SP. 4o Salão de Artes Plásticas da Noroeste.

1981 – Camaçari, BA. 1o Salão dos Veteranos e Novos, em Vilas do Atlântico.

1981 – Salvador, BA. Coletiva, no Núcleo de Artes do Desenbanco.

1981 – Brasília, DF. Coletiva, na Galeria Vasp.

1981 – Salvador, BA. Coletiva, na Época Galeria de Arte.

1982 – Penápolis, SP. 5o Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Penápolis.

1982 – Salvador, BA. Coletiva. Artistas Baianos, na Galeria de Arte Alberto Bonfiglioli.

1983 – Olinda, PE. 2ª Exposição da Coleção Abelardo Rodrigues de Artes Plásticas, no MAC/Olinda.

1983 – Salvador, BA. Modernismo, na Biblioteca Central do Estado.

1984 – Aracaju, SE. Artistas Baianos, na J. Inácio Galeria de Arte.

1984 – Dacar (Senegal). Coletiva. Artistas da Bahia, na Galeria Nacional.

1984 – Fortaleza, CE. Coletiva. Artistas da Bahia, na Universidade de Fortaleza. Fundação Edson Queiroz.

1984 – Salvador, BA. 1ª Mostra Sul-América de Arte Baiana, no Othon Palace Hotel.

1984 – Salvador, BA. Coletiva. Influência de Mãe Menininha do Gantois na Cultura Baiana, no Museu de Arte da Bahia.

1984 – Aracaju, SE. Coletiva, na J. Inácio Galeria.

1985 – Penápolis, SP. 6o Salão de Artes Plásticas da Noroeste, na Fundação Educacional de Penápolis.

1985 – Rio de Janeiro, RJ. 8o Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ.

1985 – San José (Costa Rica). Afro-Bahia, na Galeria de Arte 2000.

1985 – São Paulo, SP. Coletiva. 100 Obras Itaú, no MASP.

1986 – Brasília, DF. Coletiva. Baianos em Brasília, na Casa da Manchete.

1987 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva. Ao Colecionador: homenagem a Gilberto Chateaubriand, no MAM/RJ.

1987 – Salvador, BA. Coletiva. Doze Artistas Brasileiros, na Anarte Galeria.

1987 – São Paulo, SP. Coletiva. 20ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show.

1987 – Itaparica, BA. Coletiva, no Club Méditerranée.

1988 – Salvador, BA. Coletiva. Influência da Cultura Africana nas Artes Visuais, no MAM/BA.

1988 – Salvador, BA. Os Ilustradores de Jorge Amado, na Fundação Casa de Jorge Amado.

1988 – Túnis (Tunísia). Artistas Baianos.

1988 – São Paulo, SP. 21ª Exposição de Arte Contemporânea, na Chapel Art Show.

1989 – Salvador, BA. Coletiva, na NR Galeria.

1989 – Petrolina, PE. Coletiva. Expressões da Arte Baiana: A Genaro de Carvalho, na Tenda Arte.

1990 – Salvador, BA. Coletiva, no Costa Verde Tênis Clube.

1991 – Brasília, DF. Retrospectiva da Arte, na Caixa Econômica Federal.

1991 – Salvador, BA. Coletiva, no Centro de Memória da Água: Acervo Arte Natureza, no Shopping Barra.

1991– Rio de Janeiro, RJ. Coletiva. O Rio Recebe a Bahia, na Galeria Moviart.

1992 – Salvador, BA. Universo Amado: Homenagem aos 80 anos de Jorge Amado, na Anarte Galeria.

1993 – São Paulo, SP. 25ª Exposição de Arte Contemporânea, no Chapel Art Show.

1996 – Salvador, BA. Coletiva. A Arte pela Natureza, no MAM/BA.

1996 – Rio de Janeiro, RJ. Coletiva, na Sociedade Germânica.

1996 – Salvador, BA. 2o Festival de Arte Visual do Pelourinho.

1996 – Salvador, BA. Coletiva. Arte no Horto.

1997 – Salvador, BA. Coletiva. Salve o Saveiro, na Galeria Solar do Ferrão.

1997 – Feira de Santana, BA. 12 Artistas Brasileiros: Homenagem a Carybé, no Clube de Diretores Lojistas.

1997 – Salvador, BA. Coletiva. Sesquicentenário de Castro Alves, no Teatro Castro Alves.

1997 – Salvador, BA. Coletiva. Um Brinde ao Café, no Cafelier.

1997 – Salvador, BA. Coletiva, no Espaço Cultural Eliane Revestimentos Cerâmicos.

1997 – Salvador, BA. Coletiva, na Anarte Galeria.

1998 – Salvador, BA. Coletiva. Tropicália 30 Anos: 40 artistas baianos, no MAM/BA.

1999 – Curitiba, PR. Coletiva. Arte-Arte Salvador 450 Anos, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão.

1999 – Rio de Janeiro, RJ. Arte-Arte Salvador 450 Anos, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro.

1999 – Salvador, BA. Coletiva. 100 Artistas Plásticos da Bahia, no Museu de Arte Sacra.

1999 – Salvador, BA. Coletiva. Arte-Arte Salvador 450 Anos, no MAM/BA.

1999 – Salvador, BA. Coletiva, no Solar do Ferrão.

1999 – Salvador, BA. Coletiva. A Cidade da Bahia no Olhar dos Artistas, no Museu de Arte da Bahia.

2000 – São Paulo, SP. Coletiva. Os Anjos Estão de Volta, na Pinacoteca do Estado.

Premiações:

1949 – Medalha de Bronze, no I Salão Baiano de Belas Artes, na Divisão de Arte Moderna.

1955 – Medalha de Bronze, no Concurso Cristo de Cor, organizado pelo 36o Congresso Eucarístico Internacional, Teatro Experimental do Negro e Revista Forma, no Rio de Janeiro, RJ.

1958 – Prêmio Jabuty de Ouro pelas ilustrações do livro Cidade do Salvador, Caminhos do Encantamento, de Darwin Brandão e Motta e Silva, em São Paulo.

1967 – Medalha Comemorativa pelo nascimento de Lauro Müller, por serviços prestados à cultura, em Brasília – DF.

Fonte: Dicionário Manuel Querino de Arte na Bahia, na UFBA, "Biografia de Carlos Bastos", escrito e publicado por Simone Rubim de Pinho Lima e Suzane Pinho Pêpe. Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

Crédito fotográfico: Dicionário de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, fotografia publicada em catálogo da VI Exposição promovida por Cadernos da Bahia, no final dos anos 1940. Consultado pela última vez em 28 de outubro de 2022.

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