Athos Bulcão (Rio de Janeiro, RJ, 2 de julho de 1918 – Brasília, DF, 31 de julho de 2008) foi um pintor, escultor, desenhista, arquiteto e artista brasileiro. Tornou-se conhecido por suas obras realizadas em azulejos, nas quais destacam-se a modulação e o grafismo com base nas formas geométricas. Seus trabalhos foram aplicados a prédios públicos em pontos turísticos espalhados por todo Brasil. Entre os mais famosos estão a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, as paredes do Congresso Nacional e o Aeroporto Juscelino Kubitschek, todos localizados na cidade de Brasília. Devido a sua importância na história da arte no Brasil, no dia 2 de julho de 2018 ganhou um "Doodle" da Google, em homenagem ao seu centenário.
Biografia - Site do Artista
Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos passou sua infância em uma casa ampla em Teresópolis. Perdeu a mãe, Maria Antonieta da Fonseca Bulcão, de enfisema pulmonar antes dos cinco anos e foi criado com seu pai, Fortunato Bulcão, entusiasta da siderurgia, amigo e sócio de Monteiro Lobato, com o irmão Jayme, 11 anos mais velho, e com suas irmãs adolescentes Mariazinha e Dalila, que substituíram a mãe.
Enquanto crescia, passava muito tempo dentro de casa e, por ser muito tímido, misturava fantasia e realidade. Na família havia um interesse pela arte e suas irmãs o levavam freqüentemente ao teatro, ao Salão de Artes, aos espetáculos das companhias estrangeiras, à ópera e à Comédia Francesa. Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.
A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que frequenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que "realça" o concreto da arquitetura de Brasília.
Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes.
Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.
"Artista eu era. Pioneiro eu fiz-me. Devo a Brasília esse sofrido privilégio. Realmente um privilégio: ser pioneiro. Dureza que gera espírito. Um prêmio moral". — Athos Bulcão.
Cronologia
1918 - Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, no bairro do Catete.
1939 - Deixou o curso de Medicina para dedicar-se à pintura.
1939 - Iniciou o convívio com outros pintores, ficando amigo de Carlos Scliar, Enrico Bianco e Roberto Burle Marx. Frequentava, juntamente com os amigos, o Vermelhinho, famoso bar na Rua Araújo Porto Alegre, no Centro do Rio de Janeiro, onde conviveu com jornalistas, escritores e poetas, artistas, músicos, arquitetos e grupos de intelectuais cariocas.
1940 - Tornou-se amigo do poeta Murilo Mendes.
1941 - Foi selecionado para o Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, no qual obteve Medalha de Prata em desenho e pintura.
1942 - Apresentado por Murilo Mendes, iniciou amizade com Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes, exilados no Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial. Participou do Grupo Dissidente, juntamente com jovens artistas egressos ou que se negavam a ingressar na Escola de Belas Artes.
1943 - Conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou um projeto para os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte. A obra ficou inacabada e o painel não foi realizado. Tornou-se amigo do escritor Lúcio Cardoso.
1945 - A convite do pintor Cândido Portinari, trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Estagiou no ateliê do mestre, no Rio de Janeiro, até o final do ano.
1946 - Causou grande polêmica crítica - antagonizando com as opiniões de Santa Rosa e Quirino Campofiorito - com sua segunda exposição individual, realizada na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil.
1948 - Obteve bolsa de estudos do governo da França. Seguiu para Paris, onde frequentou os cursos de desenho da Académie de la Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons.
1949 - Recebeu Menção Honrosa em concurso de desenho na Cité Universitaire, que teve como júri: André Lothe, Dennys Chevalier, Emmanuel Auricoste e Marcel Grommaire. Participou do álbum Dix Artistes de l'Amérique Latine, organizado por Carlos Scliar, editado pela Maison de L'Amérique Latine. Em novembro, retornou ao Rio de Janeiro.
1950 - Fez parte do júri do Salão Nacional de Belas Artes, juntamente com Antonio Bento, Augusto Rodrigues, Burle Marx, Gastão Worms, Joaquim Tenreiro, Paulo Werneck, Percy Lau, Santa Rosa e Ubi Bava.
1951 - Visitou a I Bienal Internacional de São Paulo, que lhe causou grande impacto.
1952 - Foi admitido como funcionário do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Serviço de Documentação, sob orientação de Simeão Leal.
1952 - Desenhou capas e fez ilustrações para revistas, catálogos e para livros, entre eles A Descoberta do Outro, de Gustavo Corção, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino. Desenhou o cenário de O Coração Delator, adaptação teatral de Lúcio Cardoso para o conto de Edgar Allan Poe.
1952 - Realizou suas primeiras fotomontagens.
1953 - Intensificou seu trabalho com a arquitetura de interiores, incentivado pela escultora Maria Martins. A convite do diretor Martim Gonçalves, realizou os figurinos da peça Todo Mundo e Ninguém, de Gil Vicente, para O Tablado, grupo de teatro de Maria Clara Machado.
1955 - Iniciou uma efetiva colaboração em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer, quando foram realizados os azulejos externos do Hospital Sul América, atual Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
1955 - Realizou os figurinos da montagem da peça Tio Vânia, de Anton Tchecov, por O Tablado, dirigida por Geraldo Queiróz.
1955 - Desenhou capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura, colaborando com esta última até 1958.
1956 - Desenhou capas de discos produzidos por Irineu Garcia, entre elas a do monólogo As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, com Rodolpho Mayer, e das gravações fonográficas dos poetas Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos.
1956 - Realizou uma grande fotomontagem, com 3 x 12 m, para o painel no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.
1957 - A convite de Oscar Niemeyer, foi requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), criada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Começou sua colaboração nos projetos de Brasília.
1958 - Em agosto, transferiu-se para Brasília com Oscar Niemeyer e sua equipe.
1958 - Realizou os azulejos da Igrejinha de N. S. de Fátima e do Brasília Palace Hotel.
1959 - Realizou o painel de pintura do Brasília Palace Hotel e a pintura do teto da Capela do Palácio da Alvorada.
1960 - Foi inaugurada a nova capital brasileira, Brasília, onde obras de sua autoria podiam ser vistas em diversos edifícios públicos.
1962 - Realizou os primeiros trabalhos de colaboração em projetos do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.
1963 - A convite de Darcy Ribeiro, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília, sob coordenação de Alcides da Rocha Miranda.
1965 - Participou do movimento de protesto que culminou na demissão de mais de duzentos professores da Universidade de Brasília.
1966 - Projetou o relevo externo do Teatro Nacional Claudio Santoro, executado em 1967.
1967 - Realizou o painel de azulejos da Torre de TV de Brasília, projeto arquitetônico de Lucio Costa.
1969 - Recebeu, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, o título de sócio benemérito, pelo "alto nível de seu trabalho de integração das artes com a arquitetura".
1970 - Desenhou os figurinos do Auto da Lapinha Mágica, de autoria de Luiz Gutemberg, encenada como teatro de rua em Taguatinga e outras cidades-satélites.
1971 - Em junho, foi para Paris, a convite de Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em projetos na França, Itália e Argélia. Retornou ao Brasil em dezembro.
1973 - Voltou a Paris, outra vez a chamado de Oscar Niemeyer, ali residindo de março a dezembro.
1974 - Um catálogo sobre sua obra de integração da arte com a arquitetura foi editado em Genebra, Suíça, com projeto gráfico de Jean Petit, pela Éditions Rousseau.
1975 - Intensificou sua colaboração com o arquiteto João Filgueiras Lima, por meio de inúmeros projetos para o Hospital Sarah Kubitschek, especializado em recuperação motora.
1978 - Desenhou os figurinos e objetos de cena da ópera Ahmal e os Visitantes da Noite, de Gian Carlo Menotti, a primeira montada integralmente em Brasília, com produção da Escola de Música e da Associação Ópera Brasília, coordenada por Asta-Rose Alcaide e com cenários de Giselle Magalhães.
1978 - A Associação de Cultura Inglesa, de Brasília, organizou a mostra Panorama Geral 1943-1978, em homenagem a seu aniversário de 60 anos e aos seus 35 anos de atividade artística.
1979 - Intensificou sua participação em exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.
1981 - Foi nomeado representante da Região Centro-Oeste no Conselho Nacional de Artes Plásticas, da Funarte, com mandato até 1983.
1984 - Por meio de assinatura de manifestos, doações de obras para leilões e declarações públicas, participou ativamente dos movimentos civis pela volta das liberdades democráticas ao país.
1988 - Foi reintegrado à Universidade de Brasília pela Lei da Anistia, onde lecionou, no Instituto de Artes, até receber aposentadoria compulsória, em 1990.
1989 - Foi condecorado com a Ordem de Rio Branco, pelo governo brasileiro, por serviços prestados à cultura do país.
1990 - Recebeu, do governo do Distrito Federal, a Medalha Mérito da Alvorada, por sua contribuição para a consolidação de Brasília.
1991 - Recebeu homenagem da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Artes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
1992 - Recebeu o Prêmio de Cultura, pela totalidade de sua obra artística, da Fundação Comunidade, em Brasília.
1992 - Foi criada, em Brasília, a Fundação Athos Bulcão, para a qual fez doação de um acervo de obras de sua autoria e de seu arquivo. As atividades da Fundação iniciaram-se com a realização da mostra Retrospecto, no Palácio Itamaraty.
1994 - O Museu de Arte de Brasília, então dirigido por Maria Luiza de Carvalho, organizou a mostra Integração Arte e Arquitetura.
Participou da exposição Bienal Brasil Século XX, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, na qual foi mapeado o panorama das artes plásticas brasileiras neste século.
1995 - A convite do Ministério da Cultura, integrou a Comissão de Curadoria da exposição Coleções de Brasília, juntamente com Célia Corsino, Lauro Cavalcanti e Marcus de Lontra Costa. A mostra reuniu obras dos acervos públicos da capital federal.
1996 - Recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural, em cerimônia no Dia Internacional da Cultura.
1996 - Recebeu o Diploma de Reconhecimento do Instituto dos Arquitetos do Brasil, departamento do Distrito Federal, por sua obra em prol da arquitetura nacional.
1997 - Recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, por iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
1997 - O VI Fórum Brasília de Artes Visuais, organizado pela Fundação Athos Bulcão, teve como tema Athos Bulcão: Cor e Forma, Arte e Arquitetura, com realização de seminário e oficinas de arte. No decorrer do Fórum, foi realizada a exposição Presença na Paisagem, que reuniu a visão pessoal de 22 fotógrafos de Brasília sobre a obra pública do artista.
1999 - A Universidade de Brasília concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 20 de janeiro.
1999 - Foi condecorado como Comendador da Ordem de Rio Branco pelo Presidente da República.
1999 - Recebeu a Honra ao Mérito do Rotary Club Brasília Alvorada.
2002 - Realizou o painel em madeira laqueada da Biblioteca do Ministério da Saúde, em Brasília.
2002 - Realizou o painel decorativo para o saguão de entrada do Edifício Libertas, em Brasília.
2002 - Projetou a segunda etapa do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, também em Brasília.
2004 - Recebeu, do Governo do Distrito Federal, o Título de Embaixador de Brasília, em reconhecimento ao relevante papel na promoção da Capital Federal.
2006 - Foi promovido a Grande Oficial da Ordem de Rio Branco.
2007 - Compareceu à inauguração do painel do restaurante Piantella, uma reprodução do painel em relevo da Sede Social do Clube do Congresso.
2007 - Compareceu a uma homenagem no Brasília Fashion Festival, no Museu Nacional da República, em Brasília, onde contemplou uma exposição de suas fotomontagens.
2007 - Compareceu ao Café dos Pioneiros, no Brasília Palace Hotel, onde foram entregues o painel de azulejos e o afresco parietal restaurados.
2007 - Integrou a edição do Clube de Colecionadores de Gravura, do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2008 - Foram lançados selo e carimbo dos Correios e Telégrafos em comemoração aos 90 anos de vida do artista e aos 50 anos da sua chegada em Brasília.
2008 - Morreu aos 90 anos, no dia 31 de julho de 2008, no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
2008 - Estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 e faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
2008 - Athos Bulcão foi condecorado, pela segunda vez, com a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República. O Ministério da Cultura rendeu-lhe homenagem na classe Grão-Cruz, in memoriam.
2009 - Realizou-se a exposição Athos Bulcão - Compositor de Espaços, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, a primeira em sua homenagem in memoriam.
2009 - Athos Bulcão é inserido como conteúdo obrigatório da disciplina de artes conforme as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para o Ensino Fundamental - Séries e Anos Iniciais.
Exposições Individuais
1944 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1946 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1948 - Galeria Guignard, Belo Horizonte
1967 - Galeria do Hotel Nacional, Brasília
1968 - Galeria de Arte Encontro, Brasília
1970 - Galeria Decor, Rio de Janeiro
1975 - Galeria Múltipla, Brasília
1978 - "Panorama Geral 1943-1978", Cultura Inglesa, Brasília
1979 - Galeria GB, Rio de Janeiro
1984 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1987 - Espaço Capital Arte Contemporânea, Brasília
1987 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1989 - Galeria Mônica Filgueiras de Almeida, São Paulo
1990 - Galeria Grupo Corpo, Belo Horizonte
1992 - ItaúGaleria, Brasília
1992 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1992 - "Projetos Arte e Arquitetura",Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1993 - "Retrospecto", Palácio Itamaraty, Brasília
1994 - "Integração Arte e Arquitetura", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1997 - "Fotomontagens", Paço Imperial, Rio de Janeiro
1998 - Exposição Athos Bulcão - Uma Trajetória Plural. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
1998 - Espaço Cultural Renato Russo. Galerias Parangolé e Rubem Valentim, Brasília.
1998 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Galeria Athos Bulcão do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Brasília.
1998 - Exposição Athos Bulcão - 80 anos. Pinacoteca do Estado de São Paulo
1999 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Museu de Arte de Santa Catarina.
2000 - Athos Bulcão - Serigrafias e Athos Criativos. O Casarão São Bento do Sapucaí, São Paulo (Festival de Inverno de Campos do Jordão).
2000 - Só pra variar. Galeria Referência, Brasília.
2002 - Exposição Athos Bulcão - Construção e Poesia. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2005 - Exposição Athos Desenha. Referência Galeria de Arte, Brasília.
2006 - Exposição Retrospectiva Athos Bulcão. Espaço Cultural Contemporâneo, Brasília.
2007 - Fotomontagens. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2007 - Conjunto na Obra: Athos Bulcão. Shopping Conjunto Nacional, Brasília.
2008 - Mostra Athos 90 - Vida, Arte e Movimento. Espaço Chatô, Brasília.
2009 - Athos Bulcão - Compositor de Espaços. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2018/2019 - 100 Anos de Athos Bulcão. Centro Cultural Banco do Brasil. Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Exposições Coletivas
1941 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1943 - "Dissidentes", Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Rio de Janeiro
1944 - "Modern Brazilian Painting", Burlington House, Londres, Inglaterra
1945 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1946 - "Pintura Brasileña", Museo de Bellas Artes, Santiago, Chile
1949 - Maison de L'Amérique Latine, Paris, França
1950 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Moderna de Resende
1965 - "Carnaval Carioca", Galeria do IBEU, Rio de Janeiro
1967 - Salão Nacional de Brasília, Brasília
1978 - "14 Artistas de Brasília", Galeria Oswaldo Goeldi, Brasília
1979 - Galeria Oscar Seraphico, Brasília
1985 - "Rubem Valentim e Athos Bulcão", Galeria Performance, Brasília
1986 - "Tempos de Guerra", Galeria BANERJ, Rio de Janeiro
1988 - "Artistas pela Natureza", Fundação Cultural do Mato Grosso, Cuiabá
1989 - Festival Latino Americano de Arte, Museu de Arte de Brasília, Brasília
1989 - Galeria Tina Presser, Porto Alegre
1990 - "Armadilhas Indígenas", Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
1990 - "Brasília 30 Anos", Galeria Performance
1990 - "Arte Brasília", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1990 - Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília
1990 - "8 de Brasília", Museu de Arte Moderna de São Paulo
1990 - "Arte y Magia", Centro de Estudos Brasileiros, Assunção, Paraguai
1991 - "8 de Brasília", Museu de Arte de Brasília
1991 - "Arte de Reciclar", Instituto Histórico e Geográfico, Brasília
1992 - "Branco Dominante", Galeria São Paulo, São Paulo
1992 - "Projeto Imame", Galeria Athos Bulcão, FCDF, Brasília
1993 - "Paixão do Olhar", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1993 - "A Caminho de Niterói", Coleção João Satamini, Paço Imperial, Rio de Janeiro
1993 - Panorama Atual da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo
1993 - "Triângulo: Athos Bulcão, Rubem Valentim e Tomie Ohtake", Centro Cultural 508, Brasília
1994 - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo
1994 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, Portugal
1995 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1995 - "Rio: Mystères et Frontières", Musée de Pully, Lausanne, Suíça
1996 - "Rio: Mistérios e Fronteiras", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1996 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Contemporânea de Niterói
2004 - 4 Artistas da Paisagem de Brasília. Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Tribunal de Contas da União, Brasília.
2007 - Clube de Colecionadores de Gravura, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2007 - Oscar Niemeyer: Arquiteto, Brasileiro, Cidadão. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.
2008 - Utopia da Modernidade: de Brasília à Tropicália. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2008 - Arte para crianças. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2008 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Art Museum of the Americas, Washington (EUA).
2009 - Arte para crianças. SESC Pompéia, São Paulo.
2009 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Museo de Arte Contemporáneo, Caracas (Venezuela). 2010
2010 - Exposição Brasília 50 Anos Meio Século da Capital Brasileira em Madrid/Espanha
2011 - Quadrienal de Praga - "12ª Exibição Internacional de Cenografia e Arquitetura Cênica-Quadrienal de Praga".
2013 - SEUmuSEU Expoexperimento - Aquisições recentes coletivo de artistas. Museu Nacional Honestino Guimarães, Brasília.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), Página "O Artista", consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Fundação Athos Bulcão
Criada em 18 de dezembro de 1992, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública distrital, qualificada como Organização da Sociedade Civil do Interesse Público - OSCIP e certificada pelos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal.
Criada para preservar e divulgar a obra do artista plástico Athos Bulcão, desenvolve diversos projetos visando contribuir com a formação de crianças, jovens e adultos e tornar a educação, a arte e bens culturais acessíveis a toda a comunidade, assim como as obras do próprio artista.
Conserva, pesquisa, comunica, documenta, investiga e expõe o acervo de Athos Bulcão para fins de estudo, apreciação e educação.
Investir e preservar o patrimônio cultural é trabalho permanente da Instituição, que a partir disso, desenvolve programas, projetos e ações que utilizam os bens culturais deixados por Athos Bulcão como recursos educacionais, turísticos e de entretenimento, estimulando em seu público uma percepção crítica da realidade, valorização da arte brasileira e seu patrimônio e do conhecimento.
A Instituição possui vocação para exposição, documentação, investigação, interpretação, preservação e comunicação, permitindo seu acesso público e se constituindo como espaço de relação e mediação cultural com orientações patrimoniais e artísticas.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), página "A Fundação", consultado pelo última vez em 28 de janeiro de 2022.
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Biografia – Itaú Cultural
Em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908-1992) e Arpad Szenes (1897-1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903-1962) na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1949, vive em Paris com bolsa de estudos concedida pelo governo francês.
Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (1913-2005).
De volta ao Rio de Janeiro, ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultural (MEC), e realiza ilustração de catálogos e livros. Entre 1952 e 1958, dedica-se à realização de fotomontagens.
Desde 1957, quando se integra à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), colabora em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
Realiza, entre outros, o projeto de painéis de azulejos e vitrais para a Igreja Nossa Senhora de Fátima e para o Palácio do Itamaraty, em Brasília, e relevos para o Memorial da América Latina, em São Paulo.
Leciona na Universidade de Brasília (UnB), entre 1963 e 1965. Desde a década de 1970, trabalha com o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé (1932-2014), criando relevos e elementos arquitetônicos para a rede de hospitais Sara Kubistchek.
Em 1993, é criada a Fundação Athos Bulcão, em Brasília.
Análise
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura. Torna-se amigo de Burle Marx (1909-1994), Carlos Scliar (1920-2001) e Bianco (1918-2013).
Ingressa no Serviço de Documentação do MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923-2004).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados. Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima.
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros. Em 1971, trabalha com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Comentário Crítico
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Torna-se amigo de Burle Marx (1909 - 1994), Carlos Scliar (1920 - 2001) e Bianco (1918).
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908 - 1992) e Arpad Szenes (1897 - 1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903 - 1962), na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1950, vive em Paris com bolsa de estudo concedida pelo governo francês. Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (ca.1913).
De volta ao Rio de Janeiro ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura - MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados.
Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer (1907), é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital - Novacap.
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima (1932).
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros.
Em 1971, trabalhou com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Críticas
"Nos últimos anos a pintura de Athos Bulcão se abre em múltiplos caminhos. O artista condensa experiências, viaja pela sua própria história e se renova em invenções. (...). A síntese é um refinamento de cor, elegância de tratamento de espaço, leveza da matéria e sutilíssimo humor. Num dado momento, Athos Bulcão põe a mão na massa e faz máscaras e bichos. São seres ambivalentes. São como pinturas sobre suportes tridimensionais. Ou relevos e volumes pictóricos. (...) Nas telas mais recentes de Athos Bulcão, o espaço é trabalhado de modo sempre complexo. Não há soluções mecânicas que dominem inteiramente o conjunto. Se numa obra a superfície é quadriculada, a geometria espacial será subvertida pela pintura. (...) Os planos se articulam pela malha, ou se inexistente, pela sua dança no espaço. A coreografia dessas áreas dançantes não é o ritmo do movimento reto e angulado. Seu tempo é complexo: em algumas obras, as áreas retangulares circunvagam no espaço, (...) Os planos se articulam pela presença da cor, que pode estar aqui e lá. Está em áreas de diferentes dimensões. Em tons distintos. A cor em Athos Bulcão tem a dimensão temporal intrínseca na sua formação". – Paulo Herkenhoff (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. Texto de Paulo Herkenhoff. Brasília: Espaço Capital, 1987.)
"(...) foram produzidas pelo artista, entre 1952 e 1953, diversas fotomontagens que sendo herdeiras da fértil tradição iniciada por George Grosz e John Heartfield, na Berlim de 1916, só encontram paralelo, no país, em trabalho semelhante feito por Jorge de Lima. (...)
A cena dessas obras de Athos Bulcão não é, pois, clássica ou surrealista. É antes de tudo cinematográfica. Como nos filmes, resulta da construção de imagens através de fragmentos fotográficos que recriam, em alguma medida, o movimento. Assimila, a partir de procedimentos característicos da fotomontagem muito próximos aos do cinema, uma concepção técnica e uma temporalidade absolutamente comprometida com a lógica das linhas de montagem indispensáveis à indústria. São cenas construídas de modo análogo aos painéis de azulejos que constituem uma das principais vertentes de sua múltipla trajetória artística". – Fernando Cocchiarale (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. REVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. IPHAN. Fotografia. nº 27, 1998, p. 318)
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Biografia Wikipédia
Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.
Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.
Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.
Na função de artista plástico, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Figueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.
Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.
Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações de Parkinson.
Trabalhos em Brasília
Athos deixou sua marca em Brasília, com painéis em diversos edifícios:
Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubstichek (azulejos das salas de embarque doméstico e internacional e painel de chapas metálicas do Conector Sul)
Brasília Palace Hotel - SHTN, Trecho 1, Lote 1
Catedral Metropolitana de Brasília
Congresso Nacional
Centro Cultural Missionário da CNBB
Cine Brasília
Clube do Congresso - Lago Norte
CLN 302 e 303
Escola Classe 407 Norte
Escola Classe 316 Sul
Escola Francesa de Brasilia (atual Escola Britânica - azulejos)
Gran' Circo Lar
Hospital Sarah Kubitschek
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima — 307/308 Sul
Mercado das Flores — 916 Sul
Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Saúde
Palácio da Alvorada (pintura do teto da capela)
Palácio do Planalto
Parque da Cidade Sarah Kubitschek
Quartel General do Exército, 1970 Brasília – DF, Brasil Arquiteto Oscar Niemeyer
Secretaria de Trabalho do Distrito Federal
SQN 107 blocos F, G e I
Superior Tribunal de Justiça
Torre de TV
Teatro Nacional Cláudio Santoro (relevo externo)
Tribunal Regional do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
Universidade de Brasília (Instituto de Artes)
Rio 2016
Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Athos Bulcão foi homenageado durante a tradicional contagem regressiva. A cada segundo da contagem, voluntários formavam obras conhecidas do artista plástico.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Crédito Fotográfico: Instagram da Fundação Athos Bulcão (Fundathos) - @fundathos, publicada em 15 de março de 2020.
Athos Bulcão (Rio de Janeiro, RJ, 2 de julho de 1918 – Brasília, DF, 31 de julho de 2008) foi um pintor, escultor, desenhista, arquiteto e artista brasileiro. Tornou-se conhecido por suas obras realizadas em azulejos, nas quais destacam-se a modulação e o grafismo com base nas formas geométricas. Seus trabalhos foram aplicados a prédios públicos em pontos turísticos espalhados por todo Brasil. Entre os mais famosos estão a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, as paredes do Congresso Nacional e o Aeroporto Juscelino Kubitschek, todos localizados na cidade de Brasília. Devido a sua importância na história da arte no Brasil, no dia 2 de julho de 2018 ganhou um "Doodle" da Google, em homenagem ao seu centenário.
Biografia - Site do Artista
Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos passou sua infância em uma casa ampla em Teresópolis. Perdeu a mãe, Maria Antonieta da Fonseca Bulcão, de enfisema pulmonar antes dos cinco anos e foi criado com seu pai, Fortunato Bulcão, entusiasta da siderurgia, amigo e sócio de Monteiro Lobato, com o irmão Jayme, 11 anos mais velho, e com suas irmãs adolescentes Mariazinha e Dalila, que substituíram a mãe.
Enquanto crescia, passava muito tempo dentro de casa e, por ser muito tímido, misturava fantasia e realidade. Na família havia um interesse pela arte e suas irmãs o levavam freqüentemente ao teatro, ao Salão de Artes, aos espetáculos das companhias estrangeiras, à ópera e à Comédia Francesa. Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.
A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que frequenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que "realça" o concreto da arquitetura de Brasília.
Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes.
Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.
"Artista eu era. Pioneiro eu fiz-me. Devo a Brasília esse sofrido privilégio. Realmente um privilégio: ser pioneiro. Dureza que gera espírito. Um prêmio moral". — Athos Bulcão.
Cronologia
1918 - Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, no bairro do Catete.
1939 - Deixou o curso de Medicina para dedicar-se à pintura.
1939 - Iniciou o convívio com outros pintores, ficando amigo de Carlos Scliar, Enrico Bianco e Roberto Burle Marx. Frequentava, juntamente com os amigos, o Vermelhinho, famoso bar na Rua Araújo Porto Alegre, no Centro do Rio de Janeiro, onde conviveu com jornalistas, escritores e poetas, artistas, músicos, arquitetos e grupos de intelectuais cariocas.
1940 - Tornou-se amigo do poeta Murilo Mendes.
1941 - Foi selecionado para o Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, no qual obteve Medalha de Prata em desenho e pintura.
1942 - Apresentado por Murilo Mendes, iniciou amizade com Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes, exilados no Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial. Participou do Grupo Dissidente, juntamente com jovens artistas egressos ou que se negavam a ingressar na Escola de Belas Artes.
1943 - Conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou um projeto para os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte. A obra ficou inacabada e o painel não foi realizado. Tornou-se amigo do escritor Lúcio Cardoso.
1945 - A convite do pintor Cândido Portinari, trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Estagiou no ateliê do mestre, no Rio de Janeiro, até o final do ano.
1946 - Causou grande polêmica crítica - antagonizando com as opiniões de Santa Rosa e Quirino Campofiorito - com sua segunda exposição individual, realizada na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil.
1948 - Obteve bolsa de estudos do governo da França. Seguiu para Paris, onde frequentou os cursos de desenho da Académie de la Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons.
1949 - Recebeu Menção Honrosa em concurso de desenho na Cité Universitaire, que teve como júri: André Lothe, Dennys Chevalier, Emmanuel Auricoste e Marcel Grommaire. Participou do álbum Dix Artistes de l'Amérique Latine, organizado por Carlos Scliar, editado pela Maison de L'Amérique Latine. Em novembro, retornou ao Rio de Janeiro.
1950 - Fez parte do júri do Salão Nacional de Belas Artes, juntamente com Antonio Bento, Augusto Rodrigues, Burle Marx, Gastão Worms, Joaquim Tenreiro, Paulo Werneck, Percy Lau, Santa Rosa e Ubi Bava.
1951 - Visitou a I Bienal Internacional de São Paulo, que lhe causou grande impacto.
1952 - Foi admitido como funcionário do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Serviço de Documentação, sob orientação de Simeão Leal.
1952 - Desenhou capas e fez ilustrações para revistas, catálogos e para livros, entre eles A Descoberta do Outro, de Gustavo Corção, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino. Desenhou o cenário de O Coração Delator, adaptação teatral de Lúcio Cardoso para o conto de Edgar Allan Poe.
1952 - Realizou suas primeiras fotomontagens.
1953 - Intensificou seu trabalho com a arquitetura de interiores, incentivado pela escultora Maria Martins. A convite do diretor Martim Gonçalves, realizou os figurinos da peça Todo Mundo e Ninguém, de Gil Vicente, para O Tablado, grupo de teatro de Maria Clara Machado.
1955 - Iniciou uma efetiva colaboração em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer, quando foram realizados os azulejos externos do Hospital Sul América, atual Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
1955 - Realizou os figurinos da montagem da peça Tio Vânia, de Anton Tchecov, por O Tablado, dirigida por Geraldo Queiróz.
1955 - Desenhou capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura, colaborando com esta última até 1958.
1956 - Desenhou capas de discos produzidos por Irineu Garcia, entre elas a do monólogo As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, com Rodolpho Mayer, e das gravações fonográficas dos poetas Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos.
1956 - Realizou uma grande fotomontagem, com 3 x 12 m, para o painel no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.
1957 - A convite de Oscar Niemeyer, foi requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), criada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Começou sua colaboração nos projetos de Brasília.
1958 - Em agosto, transferiu-se para Brasília com Oscar Niemeyer e sua equipe.
1958 - Realizou os azulejos da Igrejinha de N. S. de Fátima e do Brasília Palace Hotel.
1959 - Realizou o painel de pintura do Brasília Palace Hotel e a pintura do teto da Capela do Palácio da Alvorada.
1960 - Foi inaugurada a nova capital brasileira, Brasília, onde obras de sua autoria podiam ser vistas em diversos edifícios públicos.
1962 - Realizou os primeiros trabalhos de colaboração em projetos do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.
1963 - A convite de Darcy Ribeiro, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília, sob coordenação de Alcides da Rocha Miranda.
1965 - Participou do movimento de protesto que culminou na demissão de mais de duzentos professores da Universidade de Brasília.
1966 - Projetou o relevo externo do Teatro Nacional Claudio Santoro, executado em 1967.
1967 - Realizou o painel de azulejos da Torre de TV de Brasília, projeto arquitetônico de Lucio Costa.
1969 - Recebeu, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, o título de sócio benemérito, pelo "alto nível de seu trabalho de integração das artes com a arquitetura".
1970 - Desenhou os figurinos do Auto da Lapinha Mágica, de autoria de Luiz Gutemberg, encenada como teatro de rua em Taguatinga e outras cidades-satélites.
1971 - Em junho, foi para Paris, a convite de Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em projetos na França, Itália e Argélia. Retornou ao Brasil em dezembro.
1973 - Voltou a Paris, outra vez a chamado de Oscar Niemeyer, ali residindo de março a dezembro.
1974 - Um catálogo sobre sua obra de integração da arte com a arquitetura foi editado em Genebra, Suíça, com projeto gráfico de Jean Petit, pela Éditions Rousseau.
1975 - Intensificou sua colaboração com o arquiteto João Filgueiras Lima, por meio de inúmeros projetos para o Hospital Sarah Kubitschek, especializado em recuperação motora.
1978 - Desenhou os figurinos e objetos de cena da ópera Ahmal e os Visitantes da Noite, de Gian Carlo Menotti, a primeira montada integralmente em Brasília, com produção da Escola de Música e da Associação Ópera Brasília, coordenada por Asta-Rose Alcaide e com cenários de Giselle Magalhães.
1978 - A Associação de Cultura Inglesa, de Brasília, organizou a mostra Panorama Geral 1943-1978, em homenagem a seu aniversário de 60 anos e aos seus 35 anos de atividade artística.
1979 - Intensificou sua participação em exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.
1981 - Foi nomeado representante da Região Centro-Oeste no Conselho Nacional de Artes Plásticas, da Funarte, com mandato até 1983.
1984 - Por meio de assinatura de manifestos, doações de obras para leilões e declarações públicas, participou ativamente dos movimentos civis pela volta das liberdades democráticas ao país.
1988 - Foi reintegrado à Universidade de Brasília pela Lei da Anistia, onde lecionou, no Instituto de Artes, até receber aposentadoria compulsória, em 1990.
1989 - Foi condecorado com a Ordem de Rio Branco, pelo governo brasileiro, por serviços prestados à cultura do país.
1990 - Recebeu, do governo do Distrito Federal, a Medalha Mérito da Alvorada, por sua contribuição para a consolidação de Brasília.
1991 - Recebeu homenagem da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Artes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
1992 - Recebeu o Prêmio de Cultura, pela totalidade de sua obra artística, da Fundação Comunidade, em Brasília.
1992 - Foi criada, em Brasília, a Fundação Athos Bulcão, para a qual fez doação de um acervo de obras de sua autoria e de seu arquivo. As atividades da Fundação iniciaram-se com a realização da mostra Retrospecto, no Palácio Itamaraty.
1994 - O Museu de Arte de Brasília, então dirigido por Maria Luiza de Carvalho, organizou a mostra Integração Arte e Arquitetura.
Participou da exposição Bienal Brasil Século XX, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, na qual foi mapeado o panorama das artes plásticas brasileiras neste século.
1995 - A convite do Ministério da Cultura, integrou a Comissão de Curadoria da exposição Coleções de Brasília, juntamente com Célia Corsino, Lauro Cavalcanti e Marcus de Lontra Costa. A mostra reuniu obras dos acervos públicos da capital federal.
1996 - Recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural, em cerimônia no Dia Internacional da Cultura.
1996 - Recebeu o Diploma de Reconhecimento do Instituto dos Arquitetos do Brasil, departamento do Distrito Federal, por sua obra em prol da arquitetura nacional.
1997 - Recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, por iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
1997 - O VI Fórum Brasília de Artes Visuais, organizado pela Fundação Athos Bulcão, teve como tema Athos Bulcão: Cor e Forma, Arte e Arquitetura, com realização de seminário e oficinas de arte. No decorrer do Fórum, foi realizada a exposição Presença na Paisagem, que reuniu a visão pessoal de 22 fotógrafos de Brasília sobre a obra pública do artista.
1999 - A Universidade de Brasília concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 20 de janeiro.
1999 - Foi condecorado como Comendador da Ordem de Rio Branco pelo Presidente da República.
1999 - Recebeu a Honra ao Mérito do Rotary Club Brasília Alvorada.
2002 - Realizou o painel em madeira laqueada da Biblioteca do Ministério da Saúde, em Brasília.
2002 - Realizou o painel decorativo para o saguão de entrada do Edifício Libertas, em Brasília.
2002 - Projetou a segunda etapa do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, também em Brasília.
2004 - Recebeu, do Governo do Distrito Federal, o Título de Embaixador de Brasília, em reconhecimento ao relevante papel na promoção da Capital Federal.
2006 - Foi promovido a Grande Oficial da Ordem de Rio Branco.
2007 - Compareceu à inauguração do painel do restaurante Piantella, uma reprodução do painel em relevo da Sede Social do Clube do Congresso.
2007 - Compareceu a uma homenagem no Brasília Fashion Festival, no Museu Nacional da República, em Brasília, onde contemplou uma exposição de suas fotomontagens.
2007 - Compareceu ao Café dos Pioneiros, no Brasília Palace Hotel, onde foram entregues o painel de azulejos e o afresco parietal restaurados.
2007 - Integrou a edição do Clube de Colecionadores de Gravura, do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2008 - Foram lançados selo e carimbo dos Correios e Telégrafos em comemoração aos 90 anos de vida do artista e aos 50 anos da sua chegada em Brasília.
2008 - Morreu aos 90 anos, no dia 31 de julho de 2008, no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
2008 - Estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 e faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
2008 - Athos Bulcão foi condecorado, pela segunda vez, com a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República. O Ministério da Cultura rendeu-lhe homenagem na classe Grão-Cruz, in memoriam.
2009 - Realizou-se a exposição Athos Bulcão - Compositor de Espaços, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, a primeira em sua homenagem in memoriam.
2009 - Athos Bulcão é inserido como conteúdo obrigatório da disciplina de artes conforme as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para o Ensino Fundamental - Séries e Anos Iniciais.
Exposições Individuais
1944 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1946 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1948 - Galeria Guignard, Belo Horizonte
1967 - Galeria do Hotel Nacional, Brasília
1968 - Galeria de Arte Encontro, Brasília
1970 - Galeria Decor, Rio de Janeiro
1975 - Galeria Múltipla, Brasília
1978 - "Panorama Geral 1943-1978", Cultura Inglesa, Brasília
1979 - Galeria GB, Rio de Janeiro
1984 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1987 - Espaço Capital Arte Contemporânea, Brasília
1987 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1989 - Galeria Mônica Filgueiras de Almeida, São Paulo
1990 - Galeria Grupo Corpo, Belo Horizonte
1992 - ItaúGaleria, Brasília
1992 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1992 - "Projetos Arte e Arquitetura",Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1993 - "Retrospecto", Palácio Itamaraty, Brasília
1994 - "Integração Arte e Arquitetura", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1997 - "Fotomontagens", Paço Imperial, Rio de Janeiro
1998 - Exposição Athos Bulcão - Uma Trajetória Plural. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
1998 - Espaço Cultural Renato Russo. Galerias Parangolé e Rubem Valentim, Brasília.
1998 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Galeria Athos Bulcão do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Brasília.
1998 - Exposição Athos Bulcão - 80 anos. Pinacoteca do Estado de São Paulo
1999 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Museu de Arte de Santa Catarina.
2000 - Athos Bulcão - Serigrafias e Athos Criativos. O Casarão São Bento do Sapucaí, São Paulo (Festival de Inverno de Campos do Jordão).
2000 - Só pra variar. Galeria Referência, Brasília.
2002 - Exposição Athos Bulcão - Construção e Poesia. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2005 - Exposição Athos Desenha. Referência Galeria de Arte, Brasília.
2006 - Exposição Retrospectiva Athos Bulcão. Espaço Cultural Contemporâneo, Brasília.
2007 - Fotomontagens. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2007 - Conjunto na Obra: Athos Bulcão. Shopping Conjunto Nacional, Brasília.
2008 - Mostra Athos 90 - Vida, Arte e Movimento. Espaço Chatô, Brasília.
2009 - Athos Bulcão - Compositor de Espaços. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2018/2019 - 100 Anos de Athos Bulcão. Centro Cultural Banco do Brasil. Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Exposições Coletivas
1941 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1943 - "Dissidentes", Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Rio de Janeiro
1944 - "Modern Brazilian Painting", Burlington House, Londres, Inglaterra
1945 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1946 - "Pintura Brasileña", Museo de Bellas Artes, Santiago, Chile
1949 - Maison de L'Amérique Latine, Paris, França
1950 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Moderna de Resende
1965 - "Carnaval Carioca", Galeria do IBEU, Rio de Janeiro
1967 - Salão Nacional de Brasília, Brasília
1978 - "14 Artistas de Brasília", Galeria Oswaldo Goeldi, Brasília
1979 - Galeria Oscar Seraphico, Brasília
1985 - "Rubem Valentim e Athos Bulcão", Galeria Performance, Brasília
1986 - "Tempos de Guerra", Galeria BANERJ, Rio de Janeiro
1988 - "Artistas pela Natureza", Fundação Cultural do Mato Grosso, Cuiabá
1989 - Festival Latino Americano de Arte, Museu de Arte de Brasília, Brasília
1989 - Galeria Tina Presser, Porto Alegre
1990 - "Armadilhas Indígenas", Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
1990 - "Brasília 30 Anos", Galeria Performance
1990 - "Arte Brasília", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1990 - Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília
1990 - "8 de Brasília", Museu de Arte Moderna de São Paulo
1990 - "Arte y Magia", Centro de Estudos Brasileiros, Assunção, Paraguai
1991 - "8 de Brasília", Museu de Arte de Brasília
1991 - "Arte de Reciclar", Instituto Histórico e Geográfico, Brasília
1992 - "Branco Dominante", Galeria São Paulo, São Paulo
1992 - "Projeto Imame", Galeria Athos Bulcão, FCDF, Brasília
1993 - "Paixão do Olhar", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1993 - "A Caminho de Niterói", Coleção João Satamini, Paço Imperial, Rio de Janeiro
1993 - Panorama Atual da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo
1993 - "Triângulo: Athos Bulcão, Rubem Valentim e Tomie Ohtake", Centro Cultural 508, Brasília
1994 - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo
1994 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, Portugal
1995 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1995 - "Rio: Mystères et Frontières", Musée de Pully, Lausanne, Suíça
1996 - "Rio: Mistérios e Fronteiras", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1996 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Contemporânea de Niterói
2004 - 4 Artistas da Paisagem de Brasília. Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Tribunal de Contas da União, Brasília.
2007 - Clube de Colecionadores de Gravura, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2007 - Oscar Niemeyer: Arquiteto, Brasileiro, Cidadão. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.
2008 - Utopia da Modernidade: de Brasília à Tropicália. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2008 - Arte para crianças. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2008 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Art Museum of the Americas, Washington (EUA).
2009 - Arte para crianças. SESC Pompéia, São Paulo.
2009 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Museo de Arte Contemporáneo, Caracas (Venezuela). 2010
2010 - Exposição Brasília 50 Anos Meio Século da Capital Brasileira em Madrid/Espanha
2011 - Quadrienal de Praga - "12ª Exibição Internacional de Cenografia e Arquitetura Cênica-Quadrienal de Praga".
2013 - SEUmuSEU Expoexperimento - Aquisições recentes coletivo de artistas. Museu Nacional Honestino Guimarães, Brasília.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), Página "O Artista", consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Fundação Athos Bulcão
Criada em 18 de dezembro de 1992, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública distrital, qualificada como Organização da Sociedade Civil do Interesse Público - OSCIP e certificada pelos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal.
Criada para preservar e divulgar a obra do artista plástico Athos Bulcão, desenvolve diversos projetos visando contribuir com a formação de crianças, jovens e adultos e tornar a educação, a arte e bens culturais acessíveis a toda a comunidade, assim como as obras do próprio artista.
Conserva, pesquisa, comunica, documenta, investiga e expõe o acervo de Athos Bulcão para fins de estudo, apreciação e educação.
Investir e preservar o patrimônio cultural é trabalho permanente da Instituição, que a partir disso, desenvolve programas, projetos e ações que utilizam os bens culturais deixados por Athos Bulcão como recursos educacionais, turísticos e de entretenimento, estimulando em seu público uma percepção crítica da realidade, valorização da arte brasileira e seu patrimônio e do conhecimento.
A Instituição possui vocação para exposição, documentação, investigação, interpretação, preservação e comunicação, permitindo seu acesso público e se constituindo como espaço de relação e mediação cultural com orientações patrimoniais e artísticas.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), página "A Fundação", consultado pelo última vez em 28 de janeiro de 2022.
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Biografia – Itaú Cultural
Em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908-1992) e Arpad Szenes (1897-1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903-1962) na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1949, vive em Paris com bolsa de estudos concedida pelo governo francês.
Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (1913-2005).
De volta ao Rio de Janeiro, ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultural (MEC), e realiza ilustração de catálogos e livros. Entre 1952 e 1958, dedica-se à realização de fotomontagens.
Desde 1957, quando se integra à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), colabora em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
Realiza, entre outros, o projeto de painéis de azulejos e vitrais para a Igreja Nossa Senhora de Fátima e para o Palácio do Itamaraty, em Brasília, e relevos para o Memorial da América Latina, em São Paulo.
Leciona na Universidade de Brasília (UnB), entre 1963 e 1965. Desde a década de 1970, trabalha com o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé (1932-2014), criando relevos e elementos arquitetônicos para a rede de hospitais Sara Kubistchek.
Em 1993, é criada a Fundação Athos Bulcão, em Brasília.
Análise
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura. Torna-se amigo de Burle Marx (1909-1994), Carlos Scliar (1920-2001) e Bianco (1918-2013).
Ingressa no Serviço de Documentação do MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923-2004).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados. Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima.
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros. Em 1971, trabalha com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Comentário Crítico
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Torna-se amigo de Burle Marx (1909 - 1994), Carlos Scliar (1920 - 2001) e Bianco (1918).
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908 - 1992) e Arpad Szenes (1897 - 1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903 - 1962), na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1950, vive em Paris com bolsa de estudo concedida pelo governo francês. Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (ca.1913).
De volta ao Rio de Janeiro ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura - MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados.
Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer (1907), é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital - Novacap.
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima (1932).
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros.
Em 1971, trabalhou com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Críticas
"Nos últimos anos a pintura de Athos Bulcão se abre em múltiplos caminhos. O artista condensa experiências, viaja pela sua própria história e se renova em invenções. (...). A síntese é um refinamento de cor, elegância de tratamento de espaço, leveza da matéria e sutilíssimo humor. Num dado momento, Athos Bulcão põe a mão na massa e faz máscaras e bichos. São seres ambivalentes. São como pinturas sobre suportes tridimensionais. Ou relevos e volumes pictóricos. (...) Nas telas mais recentes de Athos Bulcão, o espaço é trabalhado de modo sempre complexo. Não há soluções mecânicas que dominem inteiramente o conjunto. Se numa obra a superfície é quadriculada, a geometria espacial será subvertida pela pintura. (...) Os planos se articulam pela malha, ou se inexistente, pela sua dança no espaço. A coreografia dessas áreas dançantes não é o ritmo do movimento reto e angulado. Seu tempo é complexo: em algumas obras, as áreas retangulares circunvagam no espaço, (...) Os planos se articulam pela presença da cor, que pode estar aqui e lá. Está em áreas de diferentes dimensões. Em tons distintos. A cor em Athos Bulcão tem a dimensão temporal intrínseca na sua formação". – Paulo Herkenhoff (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. Texto de Paulo Herkenhoff. Brasília: Espaço Capital, 1987.)
"(...) foram produzidas pelo artista, entre 1952 e 1953, diversas fotomontagens que sendo herdeiras da fértil tradição iniciada por George Grosz e John Heartfield, na Berlim de 1916, só encontram paralelo, no país, em trabalho semelhante feito por Jorge de Lima. (...)
A cena dessas obras de Athos Bulcão não é, pois, clássica ou surrealista. É antes de tudo cinematográfica. Como nos filmes, resulta da construção de imagens através de fragmentos fotográficos que recriam, em alguma medida, o movimento. Assimila, a partir de procedimentos característicos da fotomontagem muito próximos aos do cinema, uma concepção técnica e uma temporalidade absolutamente comprometida com a lógica das linhas de montagem indispensáveis à indústria. São cenas construídas de modo análogo aos painéis de azulejos que constituem uma das principais vertentes de sua múltipla trajetória artística". – Fernando Cocchiarale (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. REVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. IPHAN. Fotografia. nº 27, 1998, p. 318)
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Biografia Wikipédia
Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.
Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.
Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.
Na função de artista plástico, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Figueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.
Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.
Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações de Parkinson.
Trabalhos em Brasília
Athos deixou sua marca em Brasília, com painéis em diversos edifícios:
Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubstichek (azulejos das salas de embarque doméstico e internacional e painel de chapas metálicas do Conector Sul)
Brasília Palace Hotel - SHTN, Trecho 1, Lote 1
Catedral Metropolitana de Brasília
Congresso Nacional
Centro Cultural Missionário da CNBB
Cine Brasília
Clube do Congresso - Lago Norte
CLN 302 e 303
Escola Classe 407 Norte
Escola Classe 316 Sul
Escola Francesa de Brasilia (atual Escola Britânica - azulejos)
Gran' Circo Lar
Hospital Sarah Kubitschek
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima — 307/308 Sul
Mercado das Flores — 916 Sul
Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Saúde
Palácio da Alvorada (pintura do teto da capela)
Palácio do Planalto
Parque da Cidade Sarah Kubitschek
Quartel General do Exército, 1970 Brasília – DF, Brasil Arquiteto Oscar Niemeyer
Secretaria de Trabalho do Distrito Federal
SQN 107 blocos F, G e I
Superior Tribunal de Justiça
Torre de TV
Teatro Nacional Cláudio Santoro (relevo externo)
Tribunal Regional do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
Universidade de Brasília (Instituto de Artes)
Rio 2016
Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Athos Bulcão foi homenageado durante a tradicional contagem regressiva. A cada segundo da contagem, voluntários formavam obras conhecidas do artista plástico.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Crédito Fotográfico: Instagram da Fundação Athos Bulcão (Fundathos) - @fundathos, publicada em 15 de março de 2020.
Athos Bulcão (Rio de Janeiro, RJ, 2 de julho de 1918 – Brasília, DF, 31 de julho de 2008) foi um pintor, escultor, desenhista, arquiteto e artista brasileiro. Tornou-se conhecido por suas obras realizadas em azulejos, nas quais destacam-se a modulação e o grafismo com base nas formas geométricas. Seus trabalhos foram aplicados a prédios públicos em pontos turísticos espalhados por todo Brasil. Entre os mais famosos estão a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, as paredes do Congresso Nacional e o Aeroporto Juscelino Kubitschek, todos localizados na cidade de Brasília. Devido a sua importância na história da arte no Brasil, no dia 2 de julho de 2018 ganhou um "Doodle" da Google, em homenagem ao seu centenário.
Biografia - Site do Artista
Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos passou sua infância em uma casa ampla em Teresópolis. Perdeu a mãe, Maria Antonieta da Fonseca Bulcão, de enfisema pulmonar antes dos cinco anos e foi criado com seu pai, Fortunato Bulcão, entusiasta da siderurgia, amigo e sócio de Monteiro Lobato, com o irmão Jayme, 11 anos mais velho, e com suas irmãs adolescentes Mariazinha e Dalila, que substituíram a mãe.
Enquanto crescia, passava muito tempo dentro de casa e, por ser muito tímido, misturava fantasia e realidade. Na família havia um interesse pela arte e suas irmãs o levavam freqüentemente ao teatro, ao Salão de Artes, aos espetáculos das companhias estrangeiras, à ópera e à Comédia Francesa. Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.
A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que frequenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que "realça" o concreto da arquitetura de Brasília.
Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes.
Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.
"Artista eu era. Pioneiro eu fiz-me. Devo a Brasília esse sofrido privilégio. Realmente um privilégio: ser pioneiro. Dureza que gera espírito. Um prêmio moral". — Athos Bulcão.
Cronologia
1918 - Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, no bairro do Catete.
1939 - Deixou o curso de Medicina para dedicar-se à pintura.
1939 - Iniciou o convívio com outros pintores, ficando amigo de Carlos Scliar, Enrico Bianco e Roberto Burle Marx. Frequentava, juntamente com os amigos, o Vermelhinho, famoso bar na Rua Araújo Porto Alegre, no Centro do Rio de Janeiro, onde conviveu com jornalistas, escritores e poetas, artistas, músicos, arquitetos e grupos de intelectuais cariocas.
1940 - Tornou-se amigo do poeta Murilo Mendes.
1941 - Foi selecionado para o Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, no qual obteve Medalha de Prata em desenho e pintura.
1942 - Apresentado por Murilo Mendes, iniciou amizade com Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes, exilados no Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial. Participou do Grupo Dissidente, juntamente com jovens artistas egressos ou que se negavam a ingressar na Escola de Belas Artes.
1943 - Conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou um projeto para os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte. A obra ficou inacabada e o painel não foi realizado. Tornou-se amigo do escritor Lúcio Cardoso.
1945 - A convite do pintor Cândido Portinari, trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Estagiou no ateliê do mestre, no Rio de Janeiro, até o final do ano.
1946 - Causou grande polêmica crítica - antagonizando com as opiniões de Santa Rosa e Quirino Campofiorito - com sua segunda exposição individual, realizada na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil.
1948 - Obteve bolsa de estudos do governo da França. Seguiu para Paris, onde frequentou os cursos de desenho da Académie de la Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons.
1949 - Recebeu Menção Honrosa em concurso de desenho na Cité Universitaire, que teve como júri: André Lothe, Dennys Chevalier, Emmanuel Auricoste e Marcel Grommaire. Participou do álbum Dix Artistes de l'Amérique Latine, organizado por Carlos Scliar, editado pela Maison de L'Amérique Latine. Em novembro, retornou ao Rio de Janeiro.
1950 - Fez parte do júri do Salão Nacional de Belas Artes, juntamente com Antonio Bento, Augusto Rodrigues, Burle Marx, Gastão Worms, Joaquim Tenreiro, Paulo Werneck, Percy Lau, Santa Rosa e Ubi Bava.
1951 - Visitou a I Bienal Internacional de São Paulo, que lhe causou grande impacto.
1952 - Foi admitido como funcionário do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Serviço de Documentação, sob orientação de Simeão Leal.
1952 - Desenhou capas e fez ilustrações para revistas, catálogos e para livros, entre eles A Descoberta do Outro, de Gustavo Corção, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino. Desenhou o cenário de O Coração Delator, adaptação teatral de Lúcio Cardoso para o conto de Edgar Allan Poe.
1952 - Realizou suas primeiras fotomontagens.
1953 - Intensificou seu trabalho com a arquitetura de interiores, incentivado pela escultora Maria Martins. A convite do diretor Martim Gonçalves, realizou os figurinos da peça Todo Mundo e Ninguém, de Gil Vicente, para O Tablado, grupo de teatro de Maria Clara Machado.
1955 - Iniciou uma efetiva colaboração em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer, quando foram realizados os azulejos externos do Hospital Sul América, atual Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
1955 - Realizou os figurinos da montagem da peça Tio Vânia, de Anton Tchecov, por O Tablado, dirigida por Geraldo Queiróz.
1955 - Desenhou capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura, colaborando com esta última até 1958.
1956 - Desenhou capas de discos produzidos por Irineu Garcia, entre elas a do monólogo As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, com Rodolpho Mayer, e das gravações fonográficas dos poetas Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos.
1956 - Realizou uma grande fotomontagem, com 3 x 12 m, para o painel no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.
1957 - A convite de Oscar Niemeyer, foi requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), criada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Começou sua colaboração nos projetos de Brasília.
1958 - Em agosto, transferiu-se para Brasília com Oscar Niemeyer e sua equipe.
1958 - Realizou os azulejos da Igrejinha de N. S. de Fátima e do Brasília Palace Hotel.
1959 - Realizou o painel de pintura do Brasília Palace Hotel e a pintura do teto da Capela do Palácio da Alvorada.
1960 - Foi inaugurada a nova capital brasileira, Brasília, onde obras de sua autoria podiam ser vistas em diversos edifícios públicos.
1962 - Realizou os primeiros trabalhos de colaboração em projetos do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.
1963 - A convite de Darcy Ribeiro, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília, sob coordenação de Alcides da Rocha Miranda.
1965 - Participou do movimento de protesto que culminou na demissão de mais de duzentos professores da Universidade de Brasília.
1966 - Projetou o relevo externo do Teatro Nacional Claudio Santoro, executado em 1967.
1967 - Realizou o painel de azulejos da Torre de TV de Brasília, projeto arquitetônico de Lucio Costa.
1969 - Recebeu, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, o título de sócio benemérito, pelo "alto nível de seu trabalho de integração das artes com a arquitetura".
1970 - Desenhou os figurinos do Auto da Lapinha Mágica, de autoria de Luiz Gutemberg, encenada como teatro de rua em Taguatinga e outras cidades-satélites.
1971 - Em junho, foi para Paris, a convite de Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em projetos na França, Itália e Argélia. Retornou ao Brasil em dezembro.
1973 - Voltou a Paris, outra vez a chamado de Oscar Niemeyer, ali residindo de março a dezembro.
1974 - Um catálogo sobre sua obra de integração da arte com a arquitetura foi editado em Genebra, Suíça, com projeto gráfico de Jean Petit, pela Éditions Rousseau.
1975 - Intensificou sua colaboração com o arquiteto João Filgueiras Lima, por meio de inúmeros projetos para o Hospital Sarah Kubitschek, especializado em recuperação motora.
1978 - Desenhou os figurinos e objetos de cena da ópera Ahmal e os Visitantes da Noite, de Gian Carlo Menotti, a primeira montada integralmente em Brasília, com produção da Escola de Música e da Associação Ópera Brasília, coordenada por Asta-Rose Alcaide e com cenários de Giselle Magalhães.
1978 - A Associação de Cultura Inglesa, de Brasília, organizou a mostra Panorama Geral 1943-1978, em homenagem a seu aniversário de 60 anos e aos seus 35 anos de atividade artística.
1979 - Intensificou sua participação em exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.
1981 - Foi nomeado representante da Região Centro-Oeste no Conselho Nacional de Artes Plásticas, da Funarte, com mandato até 1983.
1984 - Por meio de assinatura de manifestos, doações de obras para leilões e declarações públicas, participou ativamente dos movimentos civis pela volta das liberdades democráticas ao país.
1988 - Foi reintegrado à Universidade de Brasília pela Lei da Anistia, onde lecionou, no Instituto de Artes, até receber aposentadoria compulsória, em 1990.
1989 - Foi condecorado com a Ordem de Rio Branco, pelo governo brasileiro, por serviços prestados à cultura do país.
1990 - Recebeu, do governo do Distrito Federal, a Medalha Mérito da Alvorada, por sua contribuição para a consolidação de Brasília.
1991 - Recebeu homenagem da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Artes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
1992 - Recebeu o Prêmio de Cultura, pela totalidade de sua obra artística, da Fundação Comunidade, em Brasília.
1992 - Foi criada, em Brasília, a Fundação Athos Bulcão, para a qual fez doação de um acervo de obras de sua autoria e de seu arquivo. As atividades da Fundação iniciaram-se com a realização da mostra Retrospecto, no Palácio Itamaraty.
1994 - O Museu de Arte de Brasília, então dirigido por Maria Luiza de Carvalho, organizou a mostra Integração Arte e Arquitetura.
Participou da exposição Bienal Brasil Século XX, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, na qual foi mapeado o panorama das artes plásticas brasileiras neste século.
1995 - A convite do Ministério da Cultura, integrou a Comissão de Curadoria da exposição Coleções de Brasília, juntamente com Célia Corsino, Lauro Cavalcanti e Marcus de Lontra Costa. A mostra reuniu obras dos acervos públicos da capital federal.
1996 - Recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural, em cerimônia no Dia Internacional da Cultura.
1996 - Recebeu o Diploma de Reconhecimento do Instituto dos Arquitetos do Brasil, departamento do Distrito Federal, por sua obra em prol da arquitetura nacional.
1997 - Recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, por iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
1997 - O VI Fórum Brasília de Artes Visuais, organizado pela Fundação Athos Bulcão, teve como tema Athos Bulcão: Cor e Forma, Arte e Arquitetura, com realização de seminário e oficinas de arte. No decorrer do Fórum, foi realizada a exposição Presença na Paisagem, que reuniu a visão pessoal de 22 fotógrafos de Brasília sobre a obra pública do artista.
1999 - A Universidade de Brasília concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 20 de janeiro.
1999 - Foi condecorado como Comendador da Ordem de Rio Branco pelo Presidente da República.
1999 - Recebeu a Honra ao Mérito do Rotary Club Brasília Alvorada.
2002 - Realizou o painel em madeira laqueada da Biblioteca do Ministério da Saúde, em Brasília.
2002 - Realizou o painel decorativo para o saguão de entrada do Edifício Libertas, em Brasília.
2002 - Projetou a segunda etapa do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, também em Brasília.
2004 - Recebeu, do Governo do Distrito Federal, o Título de Embaixador de Brasília, em reconhecimento ao relevante papel na promoção da Capital Federal.
2006 - Foi promovido a Grande Oficial da Ordem de Rio Branco.
2007 - Compareceu à inauguração do painel do restaurante Piantella, uma reprodução do painel em relevo da Sede Social do Clube do Congresso.
2007 - Compareceu a uma homenagem no Brasília Fashion Festival, no Museu Nacional da República, em Brasília, onde contemplou uma exposição de suas fotomontagens.
2007 - Compareceu ao Café dos Pioneiros, no Brasília Palace Hotel, onde foram entregues o painel de azulejos e o afresco parietal restaurados.
2007 - Integrou a edição do Clube de Colecionadores de Gravura, do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2008 - Foram lançados selo e carimbo dos Correios e Telégrafos em comemoração aos 90 anos de vida do artista e aos 50 anos da sua chegada em Brasília.
2008 - Morreu aos 90 anos, no dia 31 de julho de 2008, no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
2008 - Estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 e faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
2008 - Athos Bulcão foi condecorado, pela segunda vez, com a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República. O Ministério da Cultura rendeu-lhe homenagem na classe Grão-Cruz, in memoriam.
2009 - Realizou-se a exposição Athos Bulcão - Compositor de Espaços, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, a primeira em sua homenagem in memoriam.
2009 - Athos Bulcão é inserido como conteúdo obrigatório da disciplina de artes conforme as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para o Ensino Fundamental - Séries e Anos Iniciais.
Exposições Individuais
1944 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1946 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1948 - Galeria Guignard, Belo Horizonte
1967 - Galeria do Hotel Nacional, Brasília
1968 - Galeria de Arte Encontro, Brasília
1970 - Galeria Decor, Rio de Janeiro
1975 - Galeria Múltipla, Brasília
1978 - "Panorama Geral 1943-1978", Cultura Inglesa, Brasília
1979 - Galeria GB, Rio de Janeiro
1984 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1987 - Espaço Capital Arte Contemporânea, Brasília
1987 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1989 - Galeria Mônica Filgueiras de Almeida, São Paulo
1990 - Galeria Grupo Corpo, Belo Horizonte
1992 - ItaúGaleria, Brasília
1992 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1992 - "Projetos Arte e Arquitetura",Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1993 - "Retrospecto", Palácio Itamaraty, Brasília
1994 - "Integração Arte e Arquitetura", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1997 - "Fotomontagens", Paço Imperial, Rio de Janeiro
1998 - Exposição Athos Bulcão - Uma Trajetória Plural. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
1998 - Espaço Cultural Renato Russo. Galerias Parangolé e Rubem Valentim, Brasília.
1998 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Galeria Athos Bulcão do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Brasília.
1998 - Exposição Athos Bulcão - 80 anos. Pinacoteca do Estado de São Paulo
1999 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Museu de Arte de Santa Catarina.
2000 - Athos Bulcão - Serigrafias e Athos Criativos. O Casarão São Bento do Sapucaí, São Paulo (Festival de Inverno de Campos do Jordão).
2000 - Só pra variar. Galeria Referência, Brasília.
2002 - Exposição Athos Bulcão - Construção e Poesia. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2005 - Exposição Athos Desenha. Referência Galeria de Arte, Brasília.
2006 - Exposição Retrospectiva Athos Bulcão. Espaço Cultural Contemporâneo, Brasília.
2007 - Fotomontagens. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2007 - Conjunto na Obra: Athos Bulcão. Shopping Conjunto Nacional, Brasília.
2008 - Mostra Athos 90 - Vida, Arte e Movimento. Espaço Chatô, Brasília.
2009 - Athos Bulcão - Compositor de Espaços. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2018/2019 - 100 Anos de Athos Bulcão. Centro Cultural Banco do Brasil. Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Exposições Coletivas
1941 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1943 - "Dissidentes", Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Rio de Janeiro
1944 - "Modern Brazilian Painting", Burlington House, Londres, Inglaterra
1945 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1946 - "Pintura Brasileña", Museo de Bellas Artes, Santiago, Chile
1949 - Maison de L'Amérique Latine, Paris, França
1950 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Moderna de Resende
1965 - "Carnaval Carioca", Galeria do IBEU, Rio de Janeiro
1967 - Salão Nacional de Brasília, Brasília
1978 - "14 Artistas de Brasília", Galeria Oswaldo Goeldi, Brasília
1979 - Galeria Oscar Seraphico, Brasília
1985 - "Rubem Valentim e Athos Bulcão", Galeria Performance, Brasília
1986 - "Tempos de Guerra", Galeria BANERJ, Rio de Janeiro
1988 - "Artistas pela Natureza", Fundação Cultural do Mato Grosso, Cuiabá
1989 - Festival Latino Americano de Arte, Museu de Arte de Brasília, Brasília
1989 - Galeria Tina Presser, Porto Alegre
1990 - "Armadilhas Indígenas", Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
1990 - "Brasília 30 Anos", Galeria Performance
1990 - "Arte Brasília", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1990 - Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília
1990 - "8 de Brasília", Museu de Arte Moderna de São Paulo
1990 - "Arte y Magia", Centro de Estudos Brasileiros, Assunção, Paraguai
1991 - "8 de Brasília", Museu de Arte de Brasília
1991 - "Arte de Reciclar", Instituto Histórico e Geográfico, Brasília
1992 - "Branco Dominante", Galeria São Paulo, São Paulo
1992 - "Projeto Imame", Galeria Athos Bulcão, FCDF, Brasília
1993 - "Paixão do Olhar", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1993 - "A Caminho de Niterói", Coleção João Satamini, Paço Imperial, Rio de Janeiro
1993 - Panorama Atual da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo
1993 - "Triângulo: Athos Bulcão, Rubem Valentim e Tomie Ohtake", Centro Cultural 508, Brasília
1994 - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo
1994 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, Portugal
1995 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1995 - "Rio: Mystères et Frontières", Musée de Pully, Lausanne, Suíça
1996 - "Rio: Mistérios e Fronteiras", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1996 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Contemporânea de Niterói
2004 - 4 Artistas da Paisagem de Brasília. Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Tribunal de Contas da União, Brasília.
2007 - Clube de Colecionadores de Gravura, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2007 - Oscar Niemeyer: Arquiteto, Brasileiro, Cidadão. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.
2008 - Utopia da Modernidade: de Brasília à Tropicália. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2008 - Arte para crianças. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2008 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Art Museum of the Americas, Washington (EUA).
2009 - Arte para crianças. SESC Pompéia, São Paulo.
2009 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Museo de Arte Contemporáneo, Caracas (Venezuela). 2010
2010 - Exposição Brasília 50 Anos Meio Século da Capital Brasileira em Madrid/Espanha
2011 - Quadrienal de Praga - "12ª Exibição Internacional de Cenografia e Arquitetura Cênica-Quadrienal de Praga".
2013 - SEUmuSEU Expoexperimento - Aquisições recentes coletivo de artistas. Museu Nacional Honestino Guimarães, Brasília.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), Página "O Artista", consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Fundação Athos Bulcão
Criada em 18 de dezembro de 1992, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública distrital, qualificada como Organização da Sociedade Civil do Interesse Público - OSCIP e certificada pelos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal.
Criada para preservar e divulgar a obra do artista plástico Athos Bulcão, desenvolve diversos projetos visando contribuir com a formação de crianças, jovens e adultos e tornar a educação, a arte e bens culturais acessíveis a toda a comunidade, assim como as obras do próprio artista.
Conserva, pesquisa, comunica, documenta, investiga e expõe o acervo de Athos Bulcão para fins de estudo, apreciação e educação.
Investir e preservar o patrimônio cultural é trabalho permanente da Instituição, que a partir disso, desenvolve programas, projetos e ações que utilizam os bens culturais deixados por Athos Bulcão como recursos educacionais, turísticos e de entretenimento, estimulando em seu público uma percepção crítica da realidade, valorização da arte brasileira e seu patrimônio e do conhecimento.
A Instituição possui vocação para exposição, documentação, investigação, interpretação, preservação e comunicação, permitindo seu acesso público e se constituindo como espaço de relação e mediação cultural com orientações patrimoniais e artísticas.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), página "A Fundação", consultado pelo última vez em 28 de janeiro de 2022.
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Biografia – Itaú Cultural
Em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908-1992) e Arpad Szenes (1897-1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903-1962) na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1949, vive em Paris com bolsa de estudos concedida pelo governo francês.
Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (1913-2005).
De volta ao Rio de Janeiro, ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultural (MEC), e realiza ilustração de catálogos e livros. Entre 1952 e 1958, dedica-se à realização de fotomontagens.
Desde 1957, quando se integra à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), colabora em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
Realiza, entre outros, o projeto de painéis de azulejos e vitrais para a Igreja Nossa Senhora de Fátima e para o Palácio do Itamaraty, em Brasília, e relevos para o Memorial da América Latina, em São Paulo.
Leciona na Universidade de Brasília (UnB), entre 1963 e 1965. Desde a década de 1970, trabalha com o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé (1932-2014), criando relevos e elementos arquitetônicos para a rede de hospitais Sara Kubistchek.
Em 1993, é criada a Fundação Athos Bulcão, em Brasília.
Análise
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura. Torna-se amigo de Burle Marx (1909-1994), Carlos Scliar (1920-2001) e Bianco (1918-2013).
Ingressa no Serviço de Documentação do MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923-2004).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados. Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima.
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros. Em 1971, trabalha com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Comentário Crítico
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Torna-se amigo de Burle Marx (1909 - 1994), Carlos Scliar (1920 - 2001) e Bianco (1918).
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908 - 1992) e Arpad Szenes (1897 - 1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903 - 1962), na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1950, vive em Paris com bolsa de estudo concedida pelo governo francês. Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (ca.1913).
De volta ao Rio de Janeiro ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura - MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados.
Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer (1907), é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital - Novacap.
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima (1932).
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros.
Em 1971, trabalhou com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Críticas
"Nos últimos anos a pintura de Athos Bulcão se abre em múltiplos caminhos. O artista condensa experiências, viaja pela sua própria história e se renova em invenções. (...). A síntese é um refinamento de cor, elegância de tratamento de espaço, leveza da matéria e sutilíssimo humor. Num dado momento, Athos Bulcão põe a mão na massa e faz máscaras e bichos. São seres ambivalentes. São como pinturas sobre suportes tridimensionais. Ou relevos e volumes pictóricos. (...) Nas telas mais recentes de Athos Bulcão, o espaço é trabalhado de modo sempre complexo. Não há soluções mecânicas que dominem inteiramente o conjunto. Se numa obra a superfície é quadriculada, a geometria espacial será subvertida pela pintura. (...) Os planos se articulam pela malha, ou se inexistente, pela sua dança no espaço. A coreografia dessas áreas dançantes não é o ritmo do movimento reto e angulado. Seu tempo é complexo: em algumas obras, as áreas retangulares circunvagam no espaço, (...) Os planos se articulam pela presença da cor, que pode estar aqui e lá. Está em áreas de diferentes dimensões. Em tons distintos. A cor em Athos Bulcão tem a dimensão temporal intrínseca na sua formação". – Paulo Herkenhoff (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. Texto de Paulo Herkenhoff. Brasília: Espaço Capital, 1987.)
"(...) foram produzidas pelo artista, entre 1952 e 1953, diversas fotomontagens que sendo herdeiras da fértil tradição iniciada por George Grosz e John Heartfield, na Berlim de 1916, só encontram paralelo, no país, em trabalho semelhante feito por Jorge de Lima. (...)
A cena dessas obras de Athos Bulcão não é, pois, clássica ou surrealista. É antes de tudo cinematográfica. Como nos filmes, resulta da construção de imagens através de fragmentos fotográficos que recriam, em alguma medida, o movimento. Assimila, a partir de procedimentos característicos da fotomontagem muito próximos aos do cinema, uma concepção técnica e uma temporalidade absolutamente comprometida com a lógica das linhas de montagem indispensáveis à indústria. São cenas construídas de modo análogo aos painéis de azulejos que constituem uma das principais vertentes de sua múltipla trajetória artística". – Fernando Cocchiarale (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. REVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. IPHAN. Fotografia. nº 27, 1998, p. 318)
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Biografia Wikipédia
Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.
Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.
Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.
Na função de artista plástico, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Figueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.
Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.
Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações de Parkinson.
Trabalhos em Brasília
Athos deixou sua marca em Brasília, com painéis em diversos edifícios:
Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubstichek (azulejos das salas de embarque doméstico e internacional e painel de chapas metálicas do Conector Sul)
Brasília Palace Hotel - SHTN, Trecho 1, Lote 1
Catedral Metropolitana de Brasília
Congresso Nacional
Centro Cultural Missionário da CNBB
Cine Brasília
Clube do Congresso - Lago Norte
CLN 302 e 303
Escola Classe 407 Norte
Escola Classe 316 Sul
Escola Francesa de Brasilia (atual Escola Britânica - azulejos)
Gran' Circo Lar
Hospital Sarah Kubitschek
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima — 307/308 Sul
Mercado das Flores — 916 Sul
Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Saúde
Palácio da Alvorada (pintura do teto da capela)
Palácio do Planalto
Parque da Cidade Sarah Kubitschek
Quartel General do Exército, 1970 Brasília – DF, Brasil Arquiteto Oscar Niemeyer
Secretaria de Trabalho do Distrito Federal
SQN 107 blocos F, G e I
Superior Tribunal de Justiça
Torre de TV
Teatro Nacional Cláudio Santoro (relevo externo)
Tribunal Regional do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
Universidade de Brasília (Instituto de Artes)
Rio 2016
Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Athos Bulcão foi homenageado durante a tradicional contagem regressiva. A cada segundo da contagem, voluntários formavam obras conhecidas do artista plástico.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Crédito Fotográfico: Instagram da Fundação Athos Bulcão (Fundathos) - @fundathos, publicada em 15 de março de 2020.
Athos Bulcão (Rio de Janeiro, RJ, 2 de julho de 1918 – Brasília, DF, 31 de julho de 2008) foi um pintor, escultor, desenhista, arquiteto e artista brasileiro. Tornou-se conhecido por suas obras realizadas em azulejos, nas quais destacam-se a modulação e o grafismo com base nas formas geométricas. Seus trabalhos foram aplicados a prédios públicos em pontos turísticos espalhados por todo Brasil. Entre os mais famosos estão a Igrejinha Nossa Senhora de Fátima, as paredes do Congresso Nacional e o Aeroporto Juscelino Kubitschek, todos localizados na cidade de Brasília. Devido a sua importância na história da arte no Brasil, no dia 2 de julho de 2018 ganhou um "Doodle" da Google, em homenagem ao seu centenário.
Biografia - Site do Artista
Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 2 de julho de 1918, Athos passou sua infância em uma casa ampla em Teresópolis. Perdeu a mãe, Maria Antonieta da Fonseca Bulcão, de enfisema pulmonar antes dos cinco anos e foi criado com seu pai, Fortunato Bulcão, entusiasta da siderurgia, amigo e sócio de Monteiro Lobato, com o irmão Jayme, 11 anos mais velho, e com suas irmãs adolescentes Mariazinha e Dalila, que substituíram a mãe.
Enquanto crescia, passava muito tempo dentro de casa e, por ser muito tímido, misturava fantasia e realidade. Na família havia um interesse pela arte e suas irmãs o levavam freqüentemente ao teatro, ao Salão de Artes, aos espetáculos das companhias estrangeiras, à ópera e à Comédia Francesa. Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.
A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que frequenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que "realça" o concreto da arquitetura de Brasília.
Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes.
Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.
"Artista eu era. Pioneiro eu fiz-me. Devo a Brasília esse sofrido privilégio. Realmente um privilégio: ser pioneiro. Dureza que gera espírito. Um prêmio moral". — Athos Bulcão.
Cronologia
1918 - Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, no bairro do Catete.
1939 - Deixou o curso de Medicina para dedicar-se à pintura.
1939 - Iniciou o convívio com outros pintores, ficando amigo de Carlos Scliar, Enrico Bianco e Roberto Burle Marx. Frequentava, juntamente com os amigos, o Vermelhinho, famoso bar na Rua Araújo Porto Alegre, no Centro do Rio de Janeiro, onde conviveu com jornalistas, escritores e poetas, artistas, músicos, arquitetos e grupos de intelectuais cariocas.
1940 - Tornou-se amigo do poeta Murilo Mendes.
1941 - Foi selecionado para o Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, no qual obteve Medalha de Prata em desenho e pintura.
1942 - Apresentado por Murilo Mendes, iniciou amizade com Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes, exilados no Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial. Participou do Grupo Dissidente, juntamente com jovens artistas egressos ou que se negavam a ingressar na Escola de Belas Artes.
1943 - Conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou um projeto para os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte. A obra ficou inacabada e o painel não foi realizado. Tornou-se amigo do escritor Lúcio Cardoso.
1945 - A convite do pintor Cândido Portinari, trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Estagiou no ateliê do mestre, no Rio de Janeiro, até o final do ano.
1946 - Causou grande polêmica crítica - antagonizando com as opiniões de Santa Rosa e Quirino Campofiorito - com sua segunda exposição individual, realizada na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil.
1948 - Obteve bolsa de estudos do governo da França. Seguiu para Paris, onde frequentou os cursos de desenho da Académie de la Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons.
1949 - Recebeu Menção Honrosa em concurso de desenho na Cité Universitaire, que teve como júri: André Lothe, Dennys Chevalier, Emmanuel Auricoste e Marcel Grommaire. Participou do álbum Dix Artistes de l'Amérique Latine, organizado por Carlos Scliar, editado pela Maison de L'Amérique Latine. Em novembro, retornou ao Rio de Janeiro.
1950 - Fez parte do júri do Salão Nacional de Belas Artes, juntamente com Antonio Bento, Augusto Rodrigues, Burle Marx, Gastão Worms, Joaquim Tenreiro, Paulo Werneck, Percy Lau, Santa Rosa e Ubi Bava.
1951 - Visitou a I Bienal Internacional de São Paulo, que lhe causou grande impacto.
1952 - Foi admitido como funcionário do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Serviço de Documentação, sob orientação de Simeão Leal.
1952 - Desenhou capas e fez ilustrações para revistas, catálogos e para livros, entre eles A Descoberta do Outro, de Gustavo Corção, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino. Desenhou o cenário de O Coração Delator, adaptação teatral de Lúcio Cardoso para o conto de Edgar Allan Poe.
1952 - Realizou suas primeiras fotomontagens.
1953 - Intensificou seu trabalho com a arquitetura de interiores, incentivado pela escultora Maria Martins. A convite do diretor Martim Gonçalves, realizou os figurinos da peça Todo Mundo e Ninguém, de Gil Vicente, para O Tablado, grupo de teatro de Maria Clara Machado.
1955 - Iniciou uma efetiva colaboração em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer, quando foram realizados os azulejos externos do Hospital Sul América, atual Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
1955 - Realizou os figurinos da montagem da peça Tio Vânia, de Anton Tchecov, por O Tablado, dirigida por Geraldo Queiróz.
1955 - Desenhou capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura, colaborando com esta última até 1958.
1956 - Desenhou capas de discos produzidos por Irineu Garcia, entre elas a do monólogo As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, com Rodolpho Mayer, e das gravações fonográficas dos poetas Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos.
1956 - Realizou uma grande fotomontagem, com 3 x 12 m, para o painel no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.
1957 - A convite de Oscar Niemeyer, foi requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), criada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Começou sua colaboração nos projetos de Brasília.
1958 - Em agosto, transferiu-se para Brasília com Oscar Niemeyer e sua equipe.
1958 - Realizou os azulejos da Igrejinha de N. S. de Fátima e do Brasília Palace Hotel.
1959 - Realizou o painel de pintura do Brasília Palace Hotel e a pintura do teto da Capela do Palácio da Alvorada.
1960 - Foi inaugurada a nova capital brasileira, Brasília, onde obras de sua autoria podiam ser vistas em diversos edifícios públicos.
1962 - Realizou os primeiros trabalhos de colaboração em projetos do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.
1963 - A convite de Darcy Ribeiro, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília, sob coordenação de Alcides da Rocha Miranda.
1965 - Participou do movimento de protesto que culminou na demissão de mais de duzentos professores da Universidade de Brasília.
1966 - Projetou o relevo externo do Teatro Nacional Claudio Santoro, executado em 1967.
1967 - Realizou o painel de azulejos da Torre de TV de Brasília, projeto arquitetônico de Lucio Costa.
1969 - Recebeu, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, o título de sócio benemérito, pelo "alto nível de seu trabalho de integração das artes com a arquitetura".
1970 - Desenhou os figurinos do Auto da Lapinha Mágica, de autoria de Luiz Gutemberg, encenada como teatro de rua em Taguatinga e outras cidades-satélites.
1971 - Em junho, foi para Paris, a convite de Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em projetos na França, Itália e Argélia. Retornou ao Brasil em dezembro.
1973 - Voltou a Paris, outra vez a chamado de Oscar Niemeyer, ali residindo de março a dezembro.
1974 - Um catálogo sobre sua obra de integração da arte com a arquitetura foi editado em Genebra, Suíça, com projeto gráfico de Jean Petit, pela Éditions Rousseau.
1975 - Intensificou sua colaboração com o arquiteto João Filgueiras Lima, por meio de inúmeros projetos para o Hospital Sarah Kubitschek, especializado em recuperação motora.
1978 - Desenhou os figurinos e objetos de cena da ópera Ahmal e os Visitantes da Noite, de Gian Carlo Menotti, a primeira montada integralmente em Brasília, com produção da Escola de Música e da Associação Ópera Brasília, coordenada por Asta-Rose Alcaide e com cenários de Giselle Magalhães.
1978 - A Associação de Cultura Inglesa, de Brasília, organizou a mostra Panorama Geral 1943-1978, em homenagem a seu aniversário de 60 anos e aos seus 35 anos de atividade artística.
1979 - Intensificou sua participação em exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.
1981 - Foi nomeado representante da Região Centro-Oeste no Conselho Nacional de Artes Plásticas, da Funarte, com mandato até 1983.
1984 - Por meio de assinatura de manifestos, doações de obras para leilões e declarações públicas, participou ativamente dos movimentos civis pela volta das liberdades democráticas ao país.
1988 - Foi reintegrado à Universidade de Brasília pela Lei da Anistia, onde lecionou, no Instituto de Artes, até receber aposentadoria compulsória, em 1990.
1989 - Foi condecorado com a Ordem de Rio Branco, pelo governo brasileiro, por serviços prestados à cultura do país.
1990 - Recebeu, do governo do Distrito Federal, a Medalha Mérito da Alvorada, por sua contribuição para a consolidação de Brasília.
1991 - Recebeu homenagem da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Artes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
1992 - Recebeu o Prêmio de Cultura, pela totalidade de sua obra artística, da Fundação Comunidade, em Brasília.
1992 - Foi criada, em Brasília, a Fundação Athos Bulcão, para a qual fez doação de um acervo de obras de sua autoria e de seu arquivo. As atividades da Fundação iniciaram-se com a realização da mostra Retrospecto, no Palácio Itamaraty.
1994 - O Museu de Arte de Brasília, então dirigido por Maria Luiza de Carvalho, organizou a mostra Integração Arte e Arquitetura.
Participou da exposição Bienal Brasil Século XX, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, na qual foi mapeado o panorama das artes plásticas brasileiras neste século.
1995 - A convite do Ministério da Cultura, integrou a Comissão de Curadoria da exposição Coleções de Brasília, juntamente com Célia Corsino, Lauro Cavalcanti e Marcus de Lontra Costa. A mostra reuniu obras dos acervos públicos da capital federal.
1996 - Recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural, em cerimônia no Dia Internacional da Cultura.
1996 - Recebeu o Diploma de Reconhecimento do Instituto dos Arquitetos do Brasil, departamento do Distrito Federal, por sua obra em prol da arquitetura nacional.
1997 - Recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, por iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
1997 - O VI Fórum Brasília de Artes Visuais, organizado pela Fundação Athos Bulcão, teve como tema Athos Bulcão: Cor e Forma, Arte e Arquitetura, com realização de seminário e oficinas de arte. No decorrer do Fórum, foi realizada a exposição Presença na Paisagem, que reuniu a visão pessoal de 22 fotógrafos de Brasília sobre a obra pública do artista.
1999 - A Universidade de Brasília concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 20 de janeiro.
1999 - Foi condecorado como Comendador da Ordem de Rio Branco pelo Presidente da República.
1999 - Recebeu a Honra ao Mérito do Rotary Club Brasília Alvorada.
2002 - Realizou o painel em madeira laqueada da Biblioteca do Ministério da Saúde, em Brasília.
2002 - Realizou o painel decorativo para o saguão de entrada do Edifício Libertas, em Brasília.
2002 - Projetou a segunda etapa do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, também em Brasília.
2004 - Recebeu, do Governo do Distrito Federal, o Título de Embaixador de Brasília, em reconhecimento ao relevante papel na promoção da Capital Federal.
2006 - Foi promovido a Grande Oficial da Ordem de Rio Branco.
2007 - Compareceu à inauguração do painel do restaurante Piantella, uma reprodução do painel em relevo da Sede Social do Clube do Congresso.
2007 - Compareceu a uma homenagem no Brasília Fashion Festival, no Museu Nacional da República, em Brasília, onde contemplou uma exposição de suas fotomontagens.
2007 - Compareceu ao Café dos Pioneiros, no Brasília Palace Hotel, onde foram entregues o painel de azulejos e o afresco parietal restaurados.
2007 - Integrou a edição do Clube de Colecionadores de Gravura, do Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2008 - Foram lançados selo e carimbo dos Correios e Telégrafos em comemoração aos 90 anos de vida do artista e aos 50 anos da sua chegada em Brasília.
2008 - Morreu aos 90 anos, no dia 31 de julho de 2008, no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
2008 - Estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 e faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
2008 - Athos Bulcão foi condecorado, pela segunda vez, com a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República. O Ministério da Cultura rendeu-lhe homenagem na classe Grão-Cruz, in memoriam.
2009 - Realizou-se a exposição Athos Bulcão - Compositor de Espaços, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, a primeira em sua homenagem in memoriam.
2009 - Athos Bulcão é inserido como conteúdo obrigatório da disciplina de artes conforme as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para o Ensino Fundamental - Séries e Anos Iniciais.
Exposições Individuais
1944 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1946 - Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1948 - Galeria Guignard, Belo Horizonte
1967 - Galeria do Hotel Nacional, Brasília
1968 - Galeria de Arte Encontro, Brasília
1970 - Galeria Decor, Rio de Janeiro
1975 - Galeria Múltipla, Brasília
1978 - "Panorama Geral 1943-1978", Cultura Inglesa, Brasília
1979 - Galeria GB, Rio de Janeiro
1984 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1987 - Espaço Capital Arte Contemporânea, Brasília
1987 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1989 - Galeria Mônica Filgueiras de Almeida, São Paulo
1990 - Galeria Grupo Corpo, Belo Horizonte
1992 - ItaúGaleria, Brasília
1992 - Galeria Saramenha, Rio de Janeiro
1992 - "Projetos Arte e Arquitetura",Instituto dos Arquitetos do Brasil, Rio de Janeiro
1993 - "Retrospecto", Palácio Itamaraty, Brasília
1994 - "Integração Arte e Arquitetura", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1997 - "Fotomontagens", Paço Imperial, Rio de Janeiro
1998 - Exposição Athos Bulcão - Uma Trajetória Plural. Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro.
1998 - Espaço Cultural Renato Russo. Galerias Parangolé e Rubem Valentim, Brasília.
1998 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Galeria Athos Bulcão do Teatro Nacional Cláudio Santoro, Brasília.
1998 - Exposição Athos Bulcão - 80 anos. Pinacoteca do Estado de São Paulo
1999 - Exposição Cor e Forma, Arte e Arquitetura. Museu de Arte de Santa Catarina.
2000 - Athos Bulcão - Serigrafias e Athos Criativos. O Casarão São Bento do Sapucaí, São Paulo (Festival de Inverno de Campos do Jordão).
2000 - Só pra variar. Galeria Referência, Brasília.
2002 - Exposição Athos Bulcão - Construção e Poesia. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2005 - Exposição Athos Desenha. Referência Galeria de Arte, Brasília.
2006 - Exposição Retrospectiva Athos Bulcão. Espaço Cultural Contemporâneo, Brasília.
2007 - Fotomontagens. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2007 - Conjunto na Obra: Athos Bulcão. Shopping Conjunto Nacional, Brasília.
2008 - Mostra Athos 90 - Vida, Arte e Movimento. Espaço Chatô, Brasília.
2009 - Athos Bulcão - Compositor de Espaços. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2018/2019 - 100 Anos de Athos Bulcão. Centro Cultural Banco do Brasil. Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro.
Exposições Coletivas
1941 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1943 - "Dissidentes", Associação Brasileira de Imprensa - ABI, Rio de Janeiro
1944 - "Modern Brazilian Painting", Burlington House, Londres, Inglaterra
1945 - Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, Rio de Janeiro
1946 - "Pintura Brasileña", Museo de Bellas Artes, Santiago, Chile
1949 - Maison de L'Amérique Latine, Paris, França
1950 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Moderna de Resende
1965 - "Carnaval Carioca", Galeria do IBEU, Rio de Janeiro
1967 - Salão Nacional de Brasília, Brasília
1978 - "14 Artistas de Brasília", Galeria Oswaldo Goeldi, Brasília
1979 - Galeria Oscar Seraphico, Brasília
1985 - "Rubem Valentim e Athos Bulcão", Galeria Performance, Brasília
1986 - "Tempos de Guerra", Galeria BANERJ, Rio de Janeiro
1988 - "Artistas pela Natureza", Fundação Cultural do Mato Grosso, Cuiabá
1989 - Festival Latino Americano de Arte, Museu de Arte de Brasília, Brasília
1989 - Galeria Tina Presser, Porto Alegre
1990 - "Armadilhas Indígenas", Museu de Arte de São Paulo, São Paulo
1990 - "Brasília 30 Anos", Galeria Performance
1990 - "Arte Brasília", Museu de Arte de Brasília, Brasília
1990 - Conjunto Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília
1990 - "8 de Brasília", Museu de Arte Moderna de São Paulo
1990 - "Arte y Magia", Centro de Estudos Brasileiros, Assunção, Paraguai
1991 - "8 de Brasília", Museu de Arte de Brasília
1991 - "Arte de Reciclar", Instituto Histórico e Geográfico, Brasília
1992 - "Branco Dominante", Galeria São Paulo, São Paulo
1992 - "Projeto Imame", Galeria Athos Bulcão, FCDF, Brasília
1993 - "Paixão do Olhar", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1993 - "A Caminho de Niterói", Coleção João Satamini, Paço Imperial, Rio de Janeiro
1993 - Panorama Atual da Arte Brasileira, Museu de Arte Moderna de São Paulo, São Paulo
1993 - "Triângulo: Athos Bulcão, Rubem Valentim e Tomie Ohtake", Centro Cultural 508, Brasília
1994 - Bienal Brasil Século XX, Fundação Bienal de São Paulo, São Paulo
1994 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, Portugal
1995 - "Além da Taprobana: Arte dos Países de Língua Portuguesa", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1995 - "Rio: Mystères et Frontières", Musée de Pully, Lausanne, Suíça
1996 - "Rio: Mistérios e Fronteiras", Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
1996 - "Mostra Inaugural", Museu de Arte Contemporânea de Niterói
2004 - 4 Artistas da Paisagem de Brasília. Espaço Cultural Marcantonio Vilaça, Tribunal de Contas da União, Brasília.
2007 - Clube de Colecionadores de Gravura, Museu de Arte Moderna de São Paulo.
2007 - Oscar Niemeyer: Arquiteto, Brasileiro, Cidadão. Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte.
2008 - Utopia da Modernidade: de Brasília à Tropicália. Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília.
2008 - Arte para crianças. Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília.
2008 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Art Museum of the Americas, Washington (EUA).
2009 - Arte para crianças. SESC Pompéia, São Paulo.
2009 - Oscar Niemeyer: Uma Invenção do Tempo. Museo de Arte Contemporáneo, Caracas (Venezuela). 2010
2010 - Exposição Brasília 50 Anos Meio Século da Capital Brasileira em Madrid/Espanha
2011 - Quadrienal de Praga - "12ª Exibição Internacional de Cenografia e Arquitetura Cênica-Quadrienal de Praga".
2013 - SEUmuSEU Expoexperimento - Aquisições recentes coletivo de artistas. Museu Nacional Honestino Guimarães, Brasília.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), Página "O Artista", consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Fundação Athos Bulcão
Criada em 18 de dezembro de 1992, é uma entidade de direito privado, sem fins lucrativos, declarada de utilidade pública distrital, qualificada como Organização da Sociedade Civil do Interesse Público - OSCIP e certificada pelos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal.
Criada para preservar e divulgar a obra do artista plástico Athos Bulcão, desenvolve diversos projetos visando contribuir com a formação de crianças, jovens e adultos e tornar a educação, a arte e bens culturais acessíveis a toda a comunidade, assim como as obras do próprio artista.
Conserva, pesquisa, comunica, documenta, investiga e expõe o acervo de Athos Bulcão para fins de estudo, apreciação e educação.
Investir e preservar o patrimônio cultural é trabalho permanente da Instituição, que a partir disso, desenvolve programas, projetos e ações que utilizam os bens culturais deixados por Athos Bulcão como recursos educacionais, turísticos e de entretenimento, estimulando em seu público uma percepção crítica da realidade, valorização da arte brasileira e seu patrimônio e do conhecimento.
A Instituição possui vocação para exposição, documentação, investigação, interpretação, preservação e comunicação, permitindo seu acesso público e se constituindo como espaço de relação e mediação cultural com orientações patrimoniais e artísticas.
Fonte: Fundação Athos Bulcão (Fundathos), página "A Fundação", consultado pelo última vez em 28 de janeiro de 2022.
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Biografia – Itaú Cultural
Em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908-1992) e Arpad Szenes (1897-1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903-1962) na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1949, vive em Paris com bolsa de estudos concedida pelo governo francês.
Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (1913-2005).
De volta ao Rio de Janeiro, ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultural (MEC), e realiza ilustração de catálogos e livros. Entre 1952 e 1958, dedica-se à realização de fotomontagens.
Desde 1957, quando se integra à Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), colabora em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012).
Realiza, entre outros, o projeto de painéis de azulejos e vitrais para a Igreja Nossa Senhora de Fátima e para o Palácio do Itamaraty, em Brasília, e relevos para o Memorial da América Latina, em São Paulo.
Leciona na Universidade de Brasília (UnB), entre 1963 e 1965. Desde a década de 1970, trabalha com o arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé (1932-2014), criando relevos e elementos arquitetônicos para a rede de hospitais Sara Kubistchek.
Em 1993, é criada a Fundação Athos Bulcão, em Brasília.
Análise
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura. Torna-se amigo de Burle Marx (1909-1994), Carlos Scliar (1920-2001) e Bianco (1918-2013).
Ingressa no Serviço de Documentação do MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923-2004).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados. Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer, é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap).
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima.
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros. Em 1971, trabalha com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Comentário Crítico
Athos Bulcão, em 1939, abandona o curso de medicina para dedicar-se à pintura.
Torna-se amigo de Burle Marx (1909 - 1994), Carlos Scliar (1920 - 2001) e Bianco (1918).
Apresentado por Murilo Mendes (1901-1975) ao casal Vieira da Silva (1908 - 1992) e Arpad Szenes (1897 - 1985), frequenta o ateliê deles na década de 1940.
Em 1945, trabalha como assistente de Candido Portinari (1903 - 1962), na construção do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte.
Entre 1948 e 1950, vive em Paris com bolsa de estudo concedida pelo governo francês. Realiza cursos de desenho na Académie de La Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons (ca.1913).
De volta ao Rio de Janeiro ingressa no Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura - MEC, e realiza ilustração de catálogos e livros, entre estes, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino (1923).
Desenha capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura e para discos e cenários de peças teatrais.
Em 1952, realiza fotomontagens: recorta imagens fotográficas de origens diversas e monta novos conjuntos, por ele fotografados.
Com esse procedimento, obtém unidade de superfície e de tratamento. Suas fotografias surpreendem pela lógica imprevista que surge das imagens associadas.
Entre 1954 e 1990, o artista executa séries sobre o carnaval em técnicas diferentes, como a pintura e o relevo policromado.
No fim da década de 1950, com os preparativos para a transferência da capital para Brasília, a convite do arquiteto Oscar Niemeyer (1907), é requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital - Novacap.
Torna-se um dos principais artistas a desenvolver uma obra integrada à arquitetura.
Trabalha em associação com Oscar Niemeyer e posteriormente com o arquiteto João Filgueiras Lima (1932).
Sua obra está ligada aos espaços públicos, entre murais, painéis e relevos para os edifícios do Congresso Nacional, Câmara dos Deputados, Teatro Nacional Claudio Santoro, Palácio do Itamaraty, Palácio do Jaburu, Memorial Juscelino Kubitschek, Capela do Palácio da Alvorada, Hospital Sarah Kubistchek e outros.
Em 1971, trabalhou com Oscar Niemeyer em projetos na França, Itália e Argélia.
Bulcão potencializa a arquitetura e trabalha peculiaridades oferecidas pelo espaço projetado, as relações deste com a paisagem e com a natureza, como a incidência da luminosidade solar.
Em seus azulejos destacam-se a modulação e o grafismo habilmente criados com base nas formas geométricas. Sua obra, inscrita em alguns dos principais edifícios modernos brasileiros, notabiliza-se pelo equilíbrio encontrado nas relações entre arte e arquitetura.
Críticas
"Nos últimos anos a pintura de Athos Bulcão se abre em múltiplos caminhos. O artista condensa experiências, viaja pela sua própria história e se renova em invenções. (...). A síntese é um refinamento de cor, elegância de tratamento de espaço, leveza da matéria e sutilíssimo humor. Num dado momento, Athos Bulcão põe a mão na massa e faz máscaras e bichos. São seres ambivalentes. São como pinturas sobre suportes tridimensionais. Ou relevos e volumes pictóricos. (...) Nas telas mais recentes de Athos Bulcão, o espaço é trabalhado de modo sempre complexo. Não há soluções mecânicas que dominem inteiramente o conjunto. Se numa obra a superfície é quadriculada, a geometria espacial será subvertida pela pintura. (...) Os planos se articulam pela malha, ou se inexistente, pela sua dança no espaço. A coreografia dessas áreas dançantes não é o ritmo do movimento reto e angulado. Seu tempo é complexo: em algumas obras, as áreas retangulares circunvagam no espaço, (...) Os planos se articulam pela presença da cor, que pode estar aqui e lá. Está em áreas de diferentes dimensões. Em tons distintos. A cor em Athos Bulcão tem a dimensão temporal intrínseca na sua formação". – Paulo Herkenhoff (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. Texto de Paulo Herkenhoff. Brasília: Espaço Capital, 1987.)
"(...) foram produzidas pelo artista, entre 1952 e 1953, diversas fotomontagens que sendo herdeiras da fértil tradição iniciada por George Grosz e John Heartfield, na Berlim de 1916, só encontram paralelo, no país, em trabalho semelhante feito por Jorge de Lima. (...)
A cena dessas obras de Athos Bulcão não é, pois, clássica ou surrealista. É antes de tudo cinematográfica. Como nos filmes, resulta da construção de imagens através de fragmentos fotográficos que recriam, em alguma medida, o movimento. Assimila, a partir de procedimentos característicos da fotomontagem muito próximos aos do cinema, uma concepção técnica e uma temporalidade absolutamente comprometida com a lógica das linhas de montagem indispensáveis à indústria. São cenas construídas de modo análogo aos painéis de azulejos que constituem uma das principais vertentes de sua múltipla trajetória artística". – Fernando Cocchiarale (ATHOS Bulcão, O pintor, escultor, desenhista e artista brasileiro. REVISTA DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. IPHAN. Fotografia. nº 27, 1998, p. 318)
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Biografia Wikipédia
Nascido no bairro carioca do Catete, desistiu do curso de medicina em 1939 para se dedicar às artes visuais. Sua primeira exposição individual veio em 1944, na inauguração da sede do Instituto dos Arquitetos do Brasil, em sua cidade natal.
Em 1945 trabalhou como assistente de Cândido Portinari no painel de São Francisco de Assis da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Em seguida, mudou-se para Paris, onde viveu até 1949.
Foi funcionário do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura, onde trabalhou com ilustração de publicações. Também realizou trabalhos como artista gráfico e desenhista.
Na função de artista plástico, passou a colaborar com Oscar Niemeyer em 1955. Integrando o esforço de construção de Brasília a partir de 1957. Em 1958, mudou-se definitivamente para a capital brasileira. Nos anos 1960, estabeleceu parceria com o arquiteto João Figueiras Lima, cujas obras eventualmente apresentam painéis criados por Athos.
Pelo conjunto da obra, recebeu vários prêmios e condecorações, como a Ordem do Mérito Cultural, recebida em 1995 do Ministério da Cultura.
Faleceu aos 90 anos de idade no Hospital Sarah Kubitschek da Asa Sul em Brasília, devido a complicações de Parkinson.
Trabalhos em Brasília
Athos deixou sua marca em Brasília, com painéis em diversos edifícios:
Aeroporto Internacional de Brasília Presidente Juscelino Kubstichek (azulejos das salas de embarque doméstico e internacional e painel de chapas metálicas do Conector Sul)
Brasília Palace Hotel - SHTN, Trecho 1, Lote 1
Catedral Metropolitana de Brasília
Congresso Nacional
Centro Cultural Missionário da CNBB
Cine Brasília
Clube do Congresso - Lago Norte
CLN 302 e 303
Escola Classe 407 Norte
Escola Classe 316 Sul
Escola Francesa de Brasilia (atual Escola Britânica - azulejos)
Gran' Circo Lar
Hospital Sarah Kubitschek
Igrejinha Nossa Senhora de Fátima — 307/308 Sul
Mercado das Flores — 916 Sul
Ministério das Relações Exteriores
Ministério da Saúde
Palácio da Alvorada (pintura do teto da capela)
Palácio do Planalto
Parque da Cidade Sarah Kubitschek
Quartel General do Exército, 1970 Brasília – DF, Brasil Arquiteto Oscar Niemeyer
Secretaria de Trabalho do Distrito Federal
SQN 107 blocos F, G e I
Superior Tribunal de Justiça
Torre de TV
Teatro Nacional Cláudio Santoro (relevo externo)
Tribunal Regional do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
Universidade de Brasília (Instituto de Artes)
Rio 2016
Na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, Athos Bulcão foi homenageado durante a tradicional contagem regressiva. A cada segundo da contagem, voluntários formavam obras conhecidas do artista plástico.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 28 de janeiro de 2022.
Crédito Fotográfico: Instagram da Fundação Athos Bulcão (Fundathos) - @fundathos, publicada em 15 de março de 2020.