Claudio Kuperman (São Paulo, 24 de dezembro de 1943 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2022) foi um escultor, pintor e desenhista brasileiro. Ao longo da sua trajetória, estudou desenho, pintura e gravura em metal e litografia. Também trabalhou com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro da perspectiva de arte high-tech. Foi aluno da Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Paris, e participou de vários grupos artísticos e fundou, inclusive o Ruptura, grupo que marcou o início da arte concreta no Brasil. Sua pintura se aproxima de tendências expressionistas. Em 1968, realizou a primeira mostra de arte mínima no Brasil, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Um de seus trabalhos mais marcantes foi a série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico. Reconhecido internacionalmente, participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels. Além do Brasil, realizou exposições em diversos países como Estados Unidos, França, Itália, México, Argentina, Suíça, Japão, Portugal, Espanha e Alemanha. Em 1928, ganhou o concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner e realizou o cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Além disso, obteve o prêmio aquisição na 1ª e 2ª Bienal Internacional de São Paulo e muitos outros reconhecimentos pelo seu trabalho.
Biografia – Itaú Cultural
Estudou desenho e pintura, a partir de 1945, nos ateliês de Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999).
Em 1946, faz suas primeiras fotos com uma câmera construída por ele mesmo. Inicialmente, fotografava jogos de futebol na periferia de São Paulo. Ainda nesse período, realiza experimentações que consistem em interferências no negativo, como cortar, desenhar, pintar, perfurar, solarizar e sobrepor imagens. É um dos fundadores do Grupo 15, ateliê instalado no centro da cidade em 1947, onde constrói um laboratório fotográfico. No mesmo ano, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirantes - FCCB, principal núcleo da fotografia moderna brasileira.
Em 1948, por intermédio do crítico Mário Pedrosa (1900 - 1981), conhece a Gestalt Theorie [Teoria da Forma]. Com Thomaz Farkas (1924), em 1949, criou o laboratório e os cursos de fotografia do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Realiza a exposição Fotoformas em 1950, cujo título é referência à Gestalt. Sua trajetória artística o coloca na linha de frente da fotografia experimental.
Em 1951, com bolsa do governo francês vai para Paris, onde estuda litografia na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], e gravura no ateliê de Stanley William Hayter (1901 - 1988). Frequenta a Hochschule für Gestaltung - HfG [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, na qual estuda artes gráficas com Otl Aicher (1922) e conhece Max Bill (1908 - 1994), na época um dos principais teóricos da arte concreta.
Voltou para São Paulo em 1952, e participou do Grupo Ruptura, ao lado de Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), Lothar Charoux (1912 - 1987), entre outros. A partir de 1954, atua na área do desenho industrial e da comunicação visual: funda a Cooperativa Unilabor e a Hobjeto Móveis, para a produção de móveis, e a Form-Inform, empresa de criação de marcas e logotipos. Em 1966, participa da criação do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945).
Análise
Geraldo de Barros estuda com Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999) de 1945 a 1947, ano em que funda com este último o Grupo 15, composto de quinze pintores em sua maioria de origem japonesa. Inicialmente sua pintura se aproxima de tendências expressionistas, período que entra em contato com reproduções de obras de Paul Klee (1879 - 1940) e Wassily Kandinsky (1866 - 1914), o que o leva a se interessar pela Bauhaus e pelo desenho industrial.
Inicia pesquisa em fotografia em 1946 e no ano seguinte passa a frequentar o Foto Cine Clube Bandeirante, principal núcleo da fotografia moderna no Brasil. Geraldo de Barros, junto com Thomaz Farkas (1924), German Lorca (1922) e José Yalenti, cada um com uma pesquisa individual, questionam a fotografia de tradição pictorialista amadora e acadêmica no Brasil que valorizava regras de composição clássica. Sua experiência investiga os limites do processo fotográfico tradicional ao realizar intervenções diretamente no negativo, múltiplas exposições da mesma película, sobreposições, montagens e recortes das ampliações que questionam o formato retangular da fotografia.
Em 1949, organiza, com Farkas, o laboratório fotográfico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, o que lhe possibilita uma pesquisa fora do clube. A partir de então sua produção se aproxima de pesquisas formais em que o que interessa são os ritmos e planos que muitas vezes se projetam para o espaço além da moldura.
No ano seguinte, realiza no próprio Masp, a antológica exposição Fotoformas, em que funde completamente gravura, desenho e fotografia, inaugurando a abstração na fotografia brasileira.
Ganha bolsa do governo francês e estuda gravura e artes gráficas na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], em Paris, em 1951. No mesmo ano, frequenta a Hochschule für Gestaltung [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, onde vigoram as teorias concretistas do suíço Max Bill (1908 - 1994). Esse encontro é importante para o desenvolvimento da arte concreta no Brasil. Obtém o prêmio aquisição na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Já no Brasil participa com Anatol Wladyslaw (1913 - 2004), Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003) e Lothar Charoux (1912 - 1987) do Grupo Ruptura, que marca o início da arte concreta no Brasil. Em contato com as teorias da Gestalt, busca estabelecer uma unidade estrutural da obra com rigorosa vontade de ordenação regulada por princípios matemáticos.
Sua preocupação com o papel social do artista e com as possibilidades de uma arte feita para atingir um público mais amplo ganha corpo em 1954, quando ligado a um grupo socialista, funda com o Frei João Batista a Unilabor, cooperativa que fabrica móveis, mantém escola de arte infantil e posto de saúde. Aos poucos passa da produção artesanal para uma organização industrial. Ganha concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner (1928) realiza cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Bastante ligado ao design e um tanto afastado da pintura, em 1957 funda com Wollner e Rubem Martins, a Form-Inform, escritório de design onde cria diversas marcas e logotipos. Com o fim da cooperativa Unilabor, em 1964, fundou a Hobjeto Móveis.
Em 1966, participa do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945), responsáveis pelos primeiros happenings em São Paulo. Sua produção a partir de meados dos anos 1960 se aproxima de tendências pop e da nova figuração. Nos anos 1970, retoma sua pesquisa iniciada com a arte concreta e realiza obras geométricas tendo como suporte à fórmica, o que permite sua reprodução em grande escala. O que lhe interessa é a socialização da arte e obter uma série a partir de um projeto. Suas obras são protótipos construídos com poucas formas, o que possibilita sua reprodução com perfeição. A partir da década de 1980 volta à fotografia e trabalha na série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico.
Críticas
"Geraldo vê, em certos aspectos ou elementos do real, especialmente nos detalhes geralmente escondidos, sinais abstratos fantasiosos olímpicos: linhas que gosta de entrelaçar com outras linhas numa alquimia de combinações mais ou menos imprevistas e às vezes ocasionais, que acabam sempre compondo harmonias formais agradáveis.
A composição é, para Geraldo, um dever, ele a organiza escolhendo no milhão de segmentos lineares que percebe, sobrepondo negativo sobre negativo, modulando os tons de suas únicas cores que são o branco e o preto, reforçando as tintas naquele seu trabalho de laboratório tão cuidado e agradável" — Pietro Maria Bardi (Bardi, Pietro Maria. Fotoforma. In: AMARAL, Aracy (Org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM, 1977. p. 207. [Texto publicado originalmente em 1950, no catálogo da exposição Fotoforma, realizada no Masp])
"Em 1952, novamente em São Paulo, renova seus contatos com Cordeiro em torno das discussões da elaboração do manifesto 'Ruptura'. Ambos produzem quadros que podem ser considerados abstratos geométricos e ambos os denominam arte concreta. Porém a fundamentação teórica por trás de cada um deles é diversa. A de Cordeiro (...) baseia-se principalmente nos teóricos europeus já mencionados (Kandinsky, Mondrian etc.), e seu pensamento político é orientado pela concepção do 'intelectual dirigente' de Antônio Gramsci. Geraldo de Barros norteia-se pela interpretação dada por Mário Pedrosa à Gestalt, que pretende atingir o espectador sem a mediação do intelecto, tornando-se universalmente compreensível. (...) Ele quer democratizar a arte na medida em que pretende que o objeto artístico seja acessível às massas, procurando conseguir isso criando desenhos que são projetos que poderão facilmente ser transformados em protótipos de projetos industriais e passíveis de serem produzidos em grande número" — Gabriela Suzana Wilder (WILDER, Gabriela Suzana. Waldemar Cordeiro: pintor vanguardista, difusor, crítico de arte, teórico e líder do movimento concretista nas artes plásticas em São Paulo, na década de 50. São Paulo: ECA/USP, 1982. (Mestrado). p. 48-49).
"Geraldo de Barros, o pintor figurativo de tons e desenho realçado do Grupo dos 15, fez em 1948, nos livros de arte, a descoberta de Paul Klee (1879-1940), o que o levou a abeirar-se do mundo interior do mestre suíço-alemão. Este futuro membro do Grupo Concreto logo se peculiarizaria pela utilização de diferenciados canais expressivos: pintura, monotipia, gravura e fotografia. Por esta última é que se fez sua passagem da figuração para a abstração. Seus trabalhos da exposição Fotoforma, no Masp (1950), colocavam-se na seqüência dos fotogramas de Moholy-Nagy e outros artistas plásticos que redimensionaram a fotografia. Ao retornar de viagem à Europa (1951-1952), Geraldo de Barros foi um dos signatários do manifesto do Grupo Ruptura. Mais tarde, porém, ele romperia com Cordeiro e sua liderança. Sua contribuição é a de ter idealizado a pintura concreta através de protótipos, com obras que implicavam a produção multiplicável. (...) Como outros membros do concretismo paulista, voltar-se-ia com decisão para o 'industrial design', realizando marcas, logotipos e alguns cartazes - inclusive em colaboração com Alexandre Wollner (1928) - entre 1952 e 1954. Seus objetivos seriam depois concentrados no desenho de móveis. As soluções coletivistas de trabalho a que ambicionava o haviam conduzido à fundação da Unilabor. Outra organização industrial em que se empenhou foi a Form-Inform, antes de fazer surgir a Hobjeto. Nos anos 60 praticou a pintura pop, um excursus raro entre os concretos" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983. p. 662-663).
"Enquanto tenta, na sua pintura, afastar-se da representação naturalista tradicional, a fotografia, para ele, representa não a transcrição do real, mas antes a possibilidade de revelar o invisível à vista, o ato de revelar mais e mais um caminho em direção a uma arte que não vem da retina.
E é, entre todos os assuntos que lhe chamam a atenção, sempre em nome do jogo de sombra e de luz que ele vai se interessar fatalmente, como Brassai, pelas fissuras, pelas asperezas, pelos grafites" — Charles Henri Favrod (FAVROD, Charles Henri. A Descoberta da Fotografia. In: BARROS, Geraldo de. Fotoformas: Geraldo de Barros, fotografia. São Paulo: Raízes, 1994. p. 7).
"Geraldo de Barros é um homem centrado no mundo, possui 'a consciência de um impulso que o impele ao uso da liberdade'; a afirmação é do amigo Mário Pedrosa, pressuposto básico à condição do artista na sociedade moderna: 'o exercício espiritual da Liberdade', liberdade que o artista inventa e retoma, inventor que é das evidências entre a arte e o homem. Artista à frente de seu tempo. Com a singularidade da mais pura percepção, utiliza-se da seriação e aproxima-se da comunicação visual e do design com a mesma radicalidade afetiva com que 'descobre' a foto, fragmenta o outdoor pop, revela o traço 'kleen' da gravura; com uma Rolleiflex na mão descobre a Arte; seus ensaios fotográficos revelam uma autonomia artística que irrompe o movimento concreto afora e atravessa seus feitos posteriores; o enigma da fotografia apontado por Roland Barthes - 'emblema de semelhantes' - é assim descartado: desconstrói a imagem significante, eminentemente imitativa; procura distanciar-se cada vez mais de sua literalidade e fazer mais que inventariar sentimentos analógicos; confia no erro, na sua contribuição; explora e domina o acaso, na busca da diferença; em certo momento, abandona a câmera e trabalha a luz diretamente sobre o fotograma. Sua construção fotográfica faz lembrar Carlos Drummond de Andrade - 'cristal do tempo no papel' - e a eminência da atitude do Artista: a capacidade de inovar.
Geraldo de Barros repassa aos trabalhos gráficos as noções de erro e acaso; suas litografias alimentam-se dos rótulos readymade das pedras no ateliê de Paris; nas águas-tintas e águas-fortes, alusões diretas a Klee, o suave vislumbre, a estrutura simples, quase astro, fragmentado no metal; as monotipias, campo vago que nasce da superfície entintada: campo vivo no papel - ao deslocar-se já é mancha, marca, sujeira, ausência a aflorar-se em ação una e vária, percurso de possíveis; o traço fino do papel carbono nos desenhos afronta ortodoxias; aproveita a pouca gramatura do papel e sua transparência para filtrar as cores, aplicando-as atrás dos desenhos; a cor é a ternura do tempo. . .
Geraldo de Barros, aos 72 anos, alerta: 'Basta à obra!' e proclama, no seu bom rumor costumeiro, que agora vai dedicar-se às 'sobras'. A vanguarda que se cuide!" — Sérgio Pizoli (PIZOLI, Sérgio. In: BARROS, Geraldo de. Precursor. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. p. 10).
Depoimentos
"(...) A Fotografia é para mim um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como categoria artística, na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Acredito também que é no 'erro', na exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por excessivos virtuosismos.
(...) Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica, leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é negativo para a arte fotográfica" — Geraldo de Barros (BARROS, Geraldo de. A Fotografia. In: ______. Fotoformas. São Paulo: Raízes, 1994. p. 11).
Acervos
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo SP
Archivio Della Nuova Scrittura - Milão (Itália)
Coleção Pirelli/Masp de Fotografias - São Paulo SP
Fonds d'Art Contemporain de l'Etat de Genève (Suíça)
Fonds d'Art Contemporain de la Ville de Genève (Suíça)
Fundação Bienal de São Paulo - São Paulo SP
Fundação Cultural de Curitiba - Curitiba PR
Fundação Max Bill - Zurique (Suíça)
Fundación Patricia Phelps de Cisneros - Caracas (Venezuela)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Ludwig Museum - Colônia (Alemanha)
Musée d'Art Contemporain de Grenoble (Suíça)
Musée de l'Elysée - Lausane (Suíça)
Museu da Imagem e do Som - MIS/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Contemporânea de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Museu do Itamaraty - Brasília DF
Union de Banques Suisses
Exposições Individuais
1947 - São Paulo SP - Individual, no Theatro Municipal
1950 - Rio de Janeiro RJ - Fotoformas, no MEC/RJ
1950 - Salvador BA - Fotoformas, no MEC/BA
1950 - São Paulo SP - Fotoformas, no Masp
1952 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1954 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1965 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, no Museo de Arte Moderno
1965 - São Paulo SP - Individual, na Atrium Galeria de Arte
1977 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: 12 anos de pintura 1964 a 1976, no MAM/SP
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Millan
1987 - Glarus (Suíça) - Individual, na Galeria Tschudi
1989 - Campinas - Jogos de Dados, na - Galeria de Arte Unicamp
1989 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: retrospectiva de fotografias, no Musée de l'Elysée
1990 - Rio de Janeiro RJ - Jogos de Dados, no MAM/RJ
1990 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - São Paulo SP - Jogos de Dados, no MAM/SP
1991 - Milão (Itália) - Jogos de Dados, no Mercato del Sale
1991 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: o espaço do artista quando jovem, no Paço das Artes
1993 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: peintre et photographie, no Musée de l'Elysée
1993 - São Paulo SP - Individual, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: fotógrafo, no MIS/SP
1995 - São Paulo SP - Fotoformas, na Galeria Camargo Vilaça
1996 - Campinas SP - Geraldo de Barros e o Concretismo, no Itaú Cultural
1996 - Curitiba PR - Desenhos de Luz, no Museu da Gravura
1996 - Curitiba PR - Geraldo de Barros: fotoformas, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão
1996 - Genebra (Suíça) - Geraldo de Barros: fotografias, na Alexandre Mottier Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros: precursor, no CCBB
1998 - Houston (Estados Unidos) - Individual, na Sicardi Sanders Gallery
1998 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: homenagem, no MIS/SP
Exposições Coletivas
1946 - Rio de Janeiro RJ - 52º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1947 - Rio de Janeiro RJ - 53º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - menção honrosa
1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia
1948 - Rio de Janeiro RJ - 54º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - 55º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1949 - São Paulo SP - Exposição do Grupo 15, no IAB/SP
1950 - Salvador BA - Salão Nacional de Arte Moderna da Bahia - menção honrosa
1951 - Paris (França) - Salon de Photographie à Paris et à Nantes
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Trianon - prêmio aquisição
1952 - Lion (França) - Cercle d'Art Photographique
1952 - São Paulo SP - Grupo Ruptura, no MAM/SP
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados - prêmio aquisição
1954 - Berna (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstmuseum
1954 - Genebra (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Musée Rath de Genève
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1954 - Zurique (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstgewerbemuseum
1955 - Brasil - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - França - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1955 - Suíça - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1956 - Paris (França) - Salão de Maio, no Palais de Tokyo
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1956 - Veneza (Itália) - 28ª Bienal de Veneza - prêmio aquisição
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosário (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, no Helmhaus
1965 - São Paulo SP - Geraldo de Barros e Nelson Leirner, na Atrium Galeria de Arte
1965 - São Paulo SP - Propostas 65, no MAB/Faap
1966 - São Paulo SP - Descoberta da América, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Flash Back, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Galeria Rex: exposição inaugural, na Rex Gallery & Sons
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - Prêmio Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massa, na Esdi
1971 - São Paulo SP - Mobiliário Brasileiro, no Masp
1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, no Museu Lasar Segall
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - Cidade do México (México) - 1ª Muestra de la Fotografia Latinoamericana Contemporanea, no Museo de Arte Moderno
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1979 - Veneza (Itália) - Venezia' 79: la fotografia, na Comune di Venezia
1981 - São Paulo SP - 16ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1982 - São Paulo SP - O Design no Brasil: história e realidade, no Sesc Pompéia
1984 - Campinas SP - Geraldo de Barros e Hermelindo Fiaminghi, na Galeria de Arte da Unicamp
1984 - São Paulo SP - Geometria 84, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Atami (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Belo Horizonte MG - Geometria Hoje, no MAP
1985 - Kyoto (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Rio de Janeiro RJ - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Santo André SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1985 - São Paulo SP - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Brasil-Japão
1985 - Tóquio (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1986 - Veneza (Itália) - 42ª Bienal de Veneza
1987 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte. Centro de Artes
1987 - São Paulo SP - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano, na Fundação Bienal
1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1988 - São Paulo SP - MAC 25 Anos: aquisições e doações recentes, no MAC/USP
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, na Galeria de Arte São Paulo
1989 - São Paulo SP - Mostra, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
1991 - São Paulo SP - 21ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1992 - Dinamarca - Latinamerica' 92
1992 - São Paulo SP - 2ª Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, no Masp
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba
1993 - São Paulo SP - 1º Mês Internacional de Fotografia, no Sesc Pompéia
1993 - São Paulo SP - Ingresso para a Modernidade, no Espaço Arte Morumbi Shopping
1993 - São Paulo SP - Masp no Morumbi Shopping, no Shopping Morumbi
1994 - San Francisco (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Photography: a selection of photographs from the collection of Joaquim Paiva, no Center for the Arts Yerba Buena Gardens
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Metrô
1995 - Rio de Janeiro RJ - Fotografia Brasileira Contemporânea, no CCBB
1996 - Colônia (Alemanha) - Neuerwerbungen Photosammlung, no Museum Ludwig
1996 - Lausanne (Suíça) - Collection Musées Suisses, no Musée de l'Elysée
1996 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: the thinking photography, no Rochester Institute of Technology. College of Imaging Arts and Sciences. School of Photographic Arts and Sciences. MFA - Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp Sesc Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - Grenoble (França) - Exposition d'Èté: collections 1950-1955, no Musée de Grenoble
1997 - São Paulo SP - Arte Suporte Computador, na Casa das Rosas
1998 - Houston (Estados Unidos) - 7º FotoFest 1998
1998 - São Paulo SP - A Arte de Expor Arte, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - Texas (Estados Unidos) - The Joaquim Paiva Collection, FotoFest 1998
1999 - Colônia (Alemanha) - Geraldo de Barros: fotoformas, no Museum Ludwig
1999 - Paris (França) - Feira Internacional de Arte Contemporânea
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - São Paulo SP - Enigmas, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Fotocolecionismo, na Galeria Luisa Strina
1999 - São Paulo SP - Fotografias, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Parallèle, na Galeria Brito Cimino
1999 - Seatle (Estados Unidos) - Photography of Hope, na Benham Studio Gallery
1999 - Wolfsburg (Alemanha) - Brasilianische Fotografie 1946 bis 1998, no Kunstmuseum Wolfsburg
2000 - Basiléia (Suíça) - Messe Basel 2000, na Galerie Eric Frank
2000 - Campinas SP - Geraldo de Barros: sobras 1996-1998, no Itaú Cultural
2000 - Lausanne (Suíça) - Sobras, no Musée de l'Elysée
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Madri (Espanha) - Heterotopias: medio siglo sin lugar 1918-1968, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Messe Basel 2000, na Galeria Brito Cimino
2000 - São Paulo SP - O Papel da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia
2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles
2001 - Belo Horizonte MG - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Campinas SP - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - O Espírito de Nossa Época, no MAM/RJ
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap
2001 - São Paulo SP - O Espírito de Nossa Época, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - A Linha Como Estrutura da Forma, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto / cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/Faap
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Geométricos e Cinéticos, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
2002 - São Paulo SP - Grupo Ruptura: revisitando a exposição inaugural, no Centro Universitário Maria Antonia
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2002 - São Paulo SP - Paralela, Galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530, São Paulo
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Visões e Alumbramentos: fotografia contemporânea brasileira da coleção Joaquim Paiva, na Oca
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Galeria Lurix Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - A Arte Atrás da Arte: onde ficam e como viajam as obras de arte, no MAM/SP
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/USP
2004 - Porto Alegre RS - Olho Vivo: a arte da fotografia, no Santander Cultural
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tudo é Brasil, no Paço Imperial
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, na galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Fotografia e Escultura no Acervo do MAM - 1995 a 2004, no MAM/SP
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Tudo é Brasil, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Versão Brasileira, na Galeria Brito Cimino
2005 - Belém PA - Salão Arte Pará, na Fundação Romulo Maiorana
2005 - Porto Alegre RS - Bienal de Artes Visuais do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros, na Lurixs: Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Veracidade, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - Pincelada - Pintura e Método: projeções da década de 50, no Instituto Tomie Ohtake
2006 - São Paulo SP - Concreta '56: a raiz da forma, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - MAM na Oca, na Oca
2006 - São Paulo SP - Brasiliana Masp: moderna contemporânea, no MAM/SP
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil, no Itaú Cultural
2007 - São Paulo SP - Fragmentos: modernismo da fotografia brasileira, Galeria Bergamin
2007 - São Paulo SP - Anos 70 - Arte como Quetão, no Instituto Tomie Ohtake
2007 - Uberlândia MG - Veracidade: fotografias do acervo do MAM, no Museu Universitário de Arte
2007 - São Paulo SP - Recortar e Colar | CtrlC CtrlV, no Sesc Pompéia
2008 - São Paulo SP - Fotoformas e Suas Margens, no Centro Universitário Maria Antonia
2008 - São Paulo SP - Ruptura, Frente e Ressonâncias, na Galeria Berenice
Fonte: CLAUDIO Kuperman. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 12 de maio de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Vida
Filho de Schill e Mary Kuperman. Desde cedo frequentou os cursos de arte do MASP para crianças e adolescentes. Nos anos sessenta ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), estudando desenho e pintura com Nelson Nóbrega. Com apenas 17 anos, ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado, onde tem aulas de pintura com Nelson Nóbrega e de gravura em metal e litografia com Marcelo Grassmann, Mário Gruber, Eduardo Sued e Darel Valença Lins. Em 1962 passa a frequentar o Ateliê Espaço do pintor catalão Joan Ponç, que se instalara no Brasil em 1953, recebendo aulas de pintura e desenho.
Com uma bolsa de estudos do governo francês transfere-se em 1965 para Paris, hospedando-se na Cité des Arts. Ali conheceu Piotr Kowalski, de quem se tornaria assistente, trabalhando com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro, portanto, de uma perspectiva de arte high-tech.
Convidado por Jacques Lassaigne, integra a representação francesa à V Bienal de Paris; em 1967 participa do Salão Comparaison, no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris e de diversas coletivas em galerias de Paris e Amsterdam.
Em 1968 viaja para São Paulo e realiza a primeira exposição de Arte Mínima no Brasil, uma série de esculturas e/ou objetos empregando madeira, laminado melamínico, poliuretano , epóxi e alumínio anodizado, entre outros materiais industriais. Obras que foram expostas na Galeria Art-Art, dedicada à produção de vanguarda. Alguns trabalhos colocados diretamente no chão, outros na parede. Esculturas ondulantes, sugerindo nuvens congeladas ou de caráter modular. Cores puras, superfícies polidas e brilhantes, como capotas de automóveis. Bem de acordo com os pressupostos minimalistas, Kuperman lamentava, então, em declarações à imprensa, "perder muito tempo na execução de suas obras", argumentando que "a arte é uma coisa, o artesanato outra. O artista cria e um outro profissional executa, como na arquitetura", dizia. E se não chegou a decretar a morte da arte, como tantos outros contemporâneos seus, defendia o novo conceito de Objeto, "porque a pintura não se aguentava mais".
De volta à Europa onde ainda permaneceria dois anos, continuou participando de importantes coletivas no circuito França-Holanda-ltália, entre outras, o Salão de Maio, Paris, 1969, "Loggeto perduto in casa di desiderio", Galeria Modulo, Milão, e "Nou-velles Recherches", no Museu de Belas Artes de Nantes, ambas em 1970. Um ano antes, com uma bolsa de trabalho, estagiou no Stedelijk Museum de Amsterdam, realizando duas grandes esculturas de chão. Em 1970 transfere-se para Milão, onde, ao lado da Arte Povera, a vertente minimalista era forte, graças à atuação de vários grupos gestaltistas.
Carreira
Anos 1960
Kuperman ganha uma bolsa de estudos na FAAP, estuda gravura com Marcelo Grassmann, Mário Gruber e Darel Valença, bem como história da arte com Flávio Motta. Passa a freqüentar o ateliê "LEspai", sendo orientado em desenho e pintura pelo pintor catalão Joan Ponç - ex-integrante do grupo surrealista Dau ai Set (Dado de Sete Lados), do qual faziam parte Tàpies e Miro, entre outros.
Em 1964 realiza sua primeira exposição de pinturas na Galeria KLM, em São Paulo.
Em 1965 recebe bolsa de estudos do governo francês, partindo para Paris, onde dá início a um período de intensa atividade na Europa, que se estenderá por seis anos.
Em princípio dedica-se à pintura, lentamente se transportando para a tridimensionalidade das formas. Claudio engaja-se no movimento vanguardista onde trabalha "objetos", utilizando desde isopor até resinas e fibras sintéticas e participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels.
Passou a residir e trabalhar na recém inaugurada Cite Internationale des Arts. Com Daniel Uriburu e Luiz Áquila participa de mostra na Galeria Le Trigone, situada no Palais Royale, Paris.
Em 1968 Kuperman é convidado a participar do "Salon Comparaisons" no Museu de Arte Moderna de Paris e retorna ao Brasil para mostra individual na Galeria Art-Art.
Traz na bagagem a primeira exposição minimalista do país, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Formas e cores são reduzidas à sua expressão mais econômica.
Em Paris, trabalha como assistente do artista americano Piotr Kowalski, manipulando resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas.
Participa dos salões de Maio e Comparaisons. À convite do Stedelijk Museum desloca-se para a Holanda.
Instala-se nos fantásticos ateliês do Museu, localizados em imensa área no antigo cais de Amsterdam, defronte a um dos bucólicos canais que cortam a cidade.
É na amplitude deste espaço que realiza duas grandes esculturas (peças de chão), mostrando-as no próprio museu e posteriormente na Exposition Europlastique, Paris.
Anos 1970
No início da década Claudio Kuperman transfere-se para a Itália, onde participa de coletivas na Galleria Acme, Brescia; Galleria Bertesca, Gênova e Galleria Modulo. Na França integra a coletiva "Nouvelles Recherches" no Musée des Beaux Arts de Nantes.
Em 1971 Kuperman retorna ao Brasil vivendo a depressão oriunda do esvaziamento do movimento vanguardista ao final do ciclo escultórico. A redescoberta da terra natal impõe ao artista uma redefinição de suas diretrizes: Kuperman volta a pintar.
Dominando as técnicas de utilização de materiais ainda pouco conhecidos no país, inicia a atividade docente que o levará a ministrar cursos de fiberglass no Instituto dos Arquitetos do Brasil, RJ, ("Materiais Novos"), na Oficina de Escultura do MAM, RJ ("Materiais Sintéticos"). Através da Oficina de Materiais Sintéticos do Parque Lage idealiza o projeto "Espaço Tridimensional Móvel". Visando a pesquisa da forma, reúne cerca de cinquenta alunos na praia do Pepino, Rio de Janeiro, para utilizar a areia como molde básico para a construção de formas no espaço.
Anos 1980
Em 1980 realiza sua primeira exposição individual em Londres, na prestigiada Hamiltons Art Gaílery. De volta ao Brasil Kuperman em conjunto com Luís Áquila e John Nicholson realiza A Grande Tela, exposta no Centro Cultural Cândido Mendes, RJ. Três estilos diversos movimentaram-se por uma tela de sete metros formando - por incrível que pareça - um todo orgânico, embora o espectador habituado às obras desses artistas possa reconhecer o que saiu do pincel de Kuperman, Nicholson ou Áquila. Em 1986 participa da mostra "Brazilian Contemporary Prints", no Canadá e do "Panorama de Arte Atual Brasileira - Pintura", MAM, SP. No ano seguinte participa da coletiva de escultores latino-americanos "Industrialization Before and After", na 14 Sculptures Gallery, NY. Em 1988 realiza mostra individual na Feira Internacional "ARCO" em Madrid, com a Galeria Realidade
Anos 1990
Em 1993 casa-se com a designer e ex-aluna Marília Falcão, com quem terá seus filhos João e Fernanda. Participa das mostras "A Caminho de Niterói", Coleção João Sattamini, RJ; "100 Anos de Pintura - Luís Áquila e Cláudio Kuperman", inaugurando o Espaço Cultural dos Correios, RJ; "Paixão do Olhar", MAM-RJ, e "O Papel do Rio", Paço Imperial, RJ. Em 1996 no Rio de Janeiro participa do "Salão em Preto e Branco", Museu Nacional de Belas Artes, "Cem Anos de Cinema", Museu de Arte Moderna, e da "Universidarte", Universidade Estácio de Sá. Em Niterói integra a exposição inaugural do Museu de Arte Contemporânea.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
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Biografia – Artland
Cláudio Kuperman nasceu em 1943 e cresceu na década de 1960 e se inspirou na atmosfera artística da época. Artisticamente, a década começou com os movimentos gêmeos do Pop e do Minimalismo emergindo lado a lado. Por um lado, o Pop defendia a cultura visual da grande mídia e da mídia de massa, dos produtos e do consumismo.
A obra de arte de artistas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselmann e Claes Oldenberg foi inspirada na cultura popular do capitalismo em rápido desenvolvimento dos Estados Unidos, usando coisas como publicidade, histórias em quadrinhos e ideias em torno da cultura das celebridades como seu principal visual. pistas. Um movimento paralelo foi estabelecido na Costa Oeste da Califórnia - uma linha que também se relacionava com a linguagem na arte, e é vista como o florescimento inicial da arte conceitual.
O minimalismo desenvolveu uma linguagem formal sem referências externas, focada apenas na linha, cor e forma geométrica como componentes fundamentais tanto da pintura quanto da escultura. As figuras-chave do minimalismo incluíram Frank Stella, Donald Judd e Agnes Martin. A Pop Art foi uma ramificação influente do minimalismo, uma disciplina que se tornou conhecida através do trabalho de artistas como Victor Vasarely e Bridget Riley.
Globalmente, vários movimentos artísticos ecoaram as preocupações criativas dos movimentos mencionados anteriormente, muitas vezes com especialidades e nuances regionais.
Na Itália, Lucio Fontana e Piero Manzoni desenvolveram o Espacialismo, e na Alemanha o grupo Zero sob a liderança de Gunter Uecker adotou ideias semelhantes. A influente escola de Filosofia Existencialista foi uma importante fonte de inspiração para criativos, com artistas como Francis Bacon e Alberto Giacometti tornando-se mundialmente conhecidos por suas abordagens diferenciadas da forma humana e da angústia relacionada à condição humana.
Fonte: Artland. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Crédito fotográfico: Ricardo Camargo Galeria. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Claudio Kuperman (São Paulo, 24 de dezembro de 1943 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2022) foi um escultor, pintor e desenhista brasileiro. Ao longo da sua trajetória, estudou desenho, pintura e gravura em metal e litografia. Também trabalhou com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro da perspectiva de arte high-tech. Foi aluno da Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Paris, e participou de vários grupos artísticos e fundou, inclusive o Ruptura, grupo que marcou o início da arte concreta no Brasil. Sua pintura se aproxima de tendências expressionistas. Em 1968, realizou a primeira mostra de arte mínima no Brasil, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Um de seus trabalhos mais marcantes foi a série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico. Reconhecido internacionalmente, participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels. Além do Brasil, realizou exposições em diversos países como Estados Unidos, França, Itália, México, Argentina, Suíça, Japão, Portugal, Espanha e Alemanha. Em 1928, ganhou o concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner e realizou o cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Além disso, obteve o prêmio aquisição na 1ª e 2ª Bienal Internacional de São Paulo e muitos outros reconhecimentos pelo seu trabalho.
Biografia – Itaú Cultural
Estudou desenho e pintura, a partir de 1945, nos ateliês de Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999).
Em 1946, faz suas primeiras fotos com uma câmera construída por ele mesmo. Inicialmente, fotografava jogos de futebol na periferia de São Paulo. Ainda nesse período, realiza experimentações que consistem em interferências no negativo, como cortar, desenhar, pintar, perfurar, solarizar e sobrepor imagens. É um dos fundadores do Grupo 15, ateliê instalado no centro da cidade em 1947, onde constrói um laboratório fotográfico. No mesmo ano, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirantes - FCCB, principal núcleo da fotografia moderna brasileira.
Em 1948, por intermédio do crítico Mário Pedrosa (1900 - 1981), conhece a Gestalt Theorie [Teoria da Forma]. Com Thomaz Farkas (1924), em 1949, criou o laboratório e os cursos de fotografia do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Realiza a exposição Fotoformas em 1950, cujo título é referência à Gestalt. Sua trajetória artística o coloca na linha de frente da fotografia experimental.
Em 1951, com bolsa do governo francês vai para Paris, onde estuda litografia na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], e gravura no ateliê de Stanley William Hayter (1901 - 1988). Frequenta a Hochschule für Gestaltung - HfG [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, na qual estuda artes gráficas com Otl Aicher (1922) e conhece Max Bill (1908 - 1994), na época um dos principais teóricos da arte concreta.
Voltou para São Paulo em 1952, e participou do Grupo Ruptura, ao lado de Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), Lothar Charoux (1912 - 1987), entre outros. A partir de 1954, atua na área do desenho industrial e da comunicação visual: funda a Cooperativa Unilabor e a Hobjeto Móveis, para a produção de móveis, e a Form-Inform, empresa de criação de marcas e logotipos. Em 1966, participa da criação do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945).
Análise
Geraldo de Barros estuda com Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999) de 1945 a 1947, ano em que funda com este último o Grupo 15, composto de quinze pintores em sua maioria de origem japonesa. Inicialmente sua pintura se aproxima de tendências expressionistas, período que entra em contato com reproduções de obras de Paul Klee (1879 - 1940) e Wassily Kandinsky (1866 - 1914), o que o leva a se interessar pela Bauhaus e pelo desenho industrial.
Inicia pesquisa em fotografia em 1946 e no ano seguinte passa a frequentar o Foto Cine Clube Bandeirante, principal núcleo da fotografia moderna no Brasil. Geraldo de Barros, junto com Thomaz Farkas (1924), German Lorca (1922) e José Yalenti, cada um com uma pesquisa individual, questionam a fotografia de tradição pictorialista amadora e acadêmica no Brasil que valorizava regras de composição clássica. Sua experiência investiga os limites do processo fotográfico tradicional ao realizar intervenções diretamente no negativo, múltiplas exposições da mesma película, sobreposições, montagens e recortes das ampliações que questionam o formato retangular da fotografia.
Em 1949, organiza, com Farkas, o laboratório fotográfico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, o que lhe possibilita uma pesquisa fora do clube. A partir de então sua produção se aproxima de pesquisas formais em que o que interessa são os ritmos e planos que muitas vezes se projetam para o espaço além da moldura.
No ano seguinte, realiza no próprio Masp, a antológica exposição Fotoformas, em que funde completamente gravura, desenho e fotografia, inaugurando a abstração na fotografia brasileira.
Ganha bolsa do governo francês e estuda gravura e artes gráficas na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], em Paris, em 1951. No mesmo ano, frequenta a Hochschule für Gestaltung [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, onde vigoram as teorias concretistas do suíço Max Bill (1908 - 1994). Esse encontro é importante para o desenvolvimento da arte concreta no Brasil. Obtém o prêmio aquisição na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Já no Brasil participa com Anatol Wladyslaw (1913 - 2004), Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003) e Lothar Charoux (1912 - 1987) do Grupo Ruptura, que marca o início da arte concreta no Brasil. Em contato com as teorias da Gestalt, busca estabelecer uma unidade estrutural da obra com rigorosa vontade de ordenação regulada por princípios matemáticos.
Sua preocupação com o papel social do artista e com as possibilidades de uma arte feita para atingir um público mais amplo ganha corpo em 1954, quando ligado a um grupo socialista, funda com o Frei João Batista a Unilabor, cooperativa que fabrica móveis, mantém escola de arte infantil e posto de saúde. Aos poucos passa da produção artesanal para uma organização industrial. Ganha concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner (1928) realiza cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Bastante ligado ao design e um tanto afastado da pintura, em 1957 funda com Wollner e Rubem Martins, a Form-Inform, escritório de design onde cria diversas marcas e logotipos. Com o fim da cooperativa Unilabor, em 1964, fundou a Hobjeto Móveis.
Em 1966, participa do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945), responsáveis pelos primeiros happenings em São Paulo. Sua produção a partir de meados dos anos 1960 se aproxima de tendências pop e da nova figuração. Nos anos 1970, retoma sua pesquisa iniciada com a arte concreta e realiza obras geométricas tendo como suporte à fórmica, o que permite sua reprodução em grande escala. O que lhe interessa é a socialização da arte e obter uma série a partir de um projeto. Suas obras são protótipos construídos com poucas formas, o que possibilita sua reprodução com perfeição. A partir da década de 1980 volta à fotografia e trabalha na série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico.
Críticas
"Geraldo vê, em certos aspectos ou elementos do real, especialmente nos detalhes geralmente escondidos, sinais abstratos fantasiosos olímpicos: linhas que gosta de entrelaçar com outras linhas numa alquimia de combinações mais ou menos imprevistas e às vezes ocasionais, que acabam sempre compondo harmonias formais agradáveis.
A composição é, para Geraldo, um dever, ele a organiza escolhendo no milhão de segmentos lineares que percebe, sobrepondo negativo sobre negativo, modulando os tons de suas únicas cores que são o branco e o preto, reforçando as tintas naquele seu trabalho de laboratório tão cuidado e agradável" — Pietro Maria Bardi (Bardi, Pietro Maria. Fotoforma. In: AMARAL, Aracy (Org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM, 1977. p. 207. [Texto publicado originalmente em 1950, no catálogo da exposição Fotoforma, realizada no Masp])
"Em 1952, novamente em São Paulo, renova seus contatos com Cordeiro em torno das discussões da elaboração do manifesto 'Ruptura'. Ambos produzem quadros que podem ser considerados abstratos geométricos e ambos os denominam arte concreta. Porém a fundamentação teórica por trás de cada um deles é diversa. A de Cordeiro (...) baseia-se principalmente nos teóricos europeus já mencionados (Kandinsky, Mondrian etc.), e seu pensamento político é orientado pela concepção do 'intelectual dirigente' de Antônio Gramsci. Geraldo de Barros norteia-se pela interpretação dada por Mário Pedrosa à Gestalt, que pretende atingir o espectador sem a mediação do intelecto, tornando-se universalmente compreensível. (...) Ele quer democratizar a arte na medida em que pretende que o objeto artístico seja acessível às massas, procurando conseguir isso criando desenhos que são projetos que poderão facilmente ser transformados em protótipos de projetos industriais e passíveis de serem produzidos em grande número" — Gabriela Suzana Wilder (WILDER, Gabriela Suzana. Waldemar Cordeiro: pintor vanguardista, difusor, crítico de arte, teórico e líder do movimento concretista nas artes plásticas em São Paulo, na década de 50. São Paulo: ECA/USP, 1982. (Mestrado). p. 48-49).
"Geraldo de Barros, o pintor figurativo de tons e desenho realçado do Grupo dos 15, fez em 1948, nos livros de arte, a descoberta de Paul Klee (1879-1940), o que o levou a abeirar-se do mundo interior do mestre suíço-alemão. Este futuro membro do Grupo Concreto logo se peculiarizaria pela utilização de diferenciados canais expressivos: pintura, monotipia, gravura e fotografia. Por esta última é que se fez sua passagem da figuração para a abstração. Seus trabalhos da exposição Fotoforma, no Masp (1950), colocavam-se na seqüência dos fotogramas de Moholy-Nagy e outros artistas plásticos que redimensionaram a fotografia. Ao retornar de viagem à Europa (1951-1952), Geraldo de Barros foi um dos signatários do manifesto do Grupo Ruptura. Mais tarde, porém, ele romperia com Cordeiro e sua liderança. Sua contribuição é a de ter idealizado a pintura concreta através de protótipos, com obras que implicavam a produção multiplicável. (...) Como outros membros do concretismo paulista, voltar-se-ia com decisão para o 'industrial design', realizando marcas, logotipos e alguns cartazes - inclusive em colaboração com Alexandre Wollner (1928) - entre 1952 e 1954. Seus objetivos seriam depois concentrados no desenho de móveis. As soluções coletivistas de trabalho a que ambicionava o haviam conduzido à fundação da Unilabor. Outra organização industrial em que se empenhou foi a Form-Inform, antes de fazer surgir a Hobjeto. Nos anos 60 praticou a pintura pop, um excursus raro entre os concretos" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983. p. 662-663).
"Enquanto tenta, na sua pintura, afastar-se da representação naturalista tradicional, a fotografia, para ele, representa não a transcrição do real, mas antes a possibilidade de revelar o invisível à vista, o ato de revelar mais e mais um caminho em direção a uma arte que não vem da retina.
E é, entre todos os assuntos que lhe chamam a atenção, sempre em nome do jogo de sombra e de luz que ele vai se interessar fatalmente, como Brassai, pelas fissuras, pelas asperezas, pelos grafites" — Charles Henri Favrod (FAVROD, Charles Henri. A Descoberta da Fotografia. In: BARROS, Geraldo de. Fotoformas: Geraldo de Barros, fotografia. São Paulo: Raízes, 1994. p. 7).
"Geraldo de Barros é um homem centrado no mundo, possui 'a consciência de um impulso que o impele ao uso da liberdade'; a afirmação é do amigo Mário Pedrosa, pressuposto básico à condição do artista na sociedade moderna: 'o exercício espiritual da Liberdade', liberdade que o artista inventa e retoma, inventor que é das evidências entre a arte e o homem. Artista à frente de seu tempo. Com a singularidade da mais pura percepção, utiliza-se da seriação e aproxima-se da comunicação visual e do design com a mesma radicalidade afetiva com que 'descobre' a foto, fragmenta o outdoor pop, revela o traço 'kleen' da gravura; com uma Rolleiflex na mão descobre a Arte; seus ensaios fotográficos revelam uma autonomia artística que irrompe o movimento concreto afora e atravessa seus feitos posteriores; o enigma da fotografia apontado por Roland Barthes - 'emblema de semelhantes' - é assim descartado: desconstrói a imagem significante, eminentemente imitativa; procura distanciar-se cada vez mais de sua literalidade e fazer mais que inventariar sentimentos analógicos; confia no erro, na sua contribuição; explora e domina o acaso, na busca da diferença; em certo momento, abandona a câmera e trabalha a luz diretamente sobre o fotograma. Sua construção fotográfica faz lembrar Carlos Drummond de Andrade - 'cristal do tempo no papel' - e a eminência da atitude do Artista: a capacidade de inovar.
Geraldo de Barros repassa aos trabalhos gráficos as noções de erro e acaso; suas litografias alimentam-se dos rótulos readymade das pedras no ateliê de Paris; nas águas-tintas e águas-fortes, alusões diretas a Klee, o suave vislumbre, a estrutura simples, quase astro, fragmentado no metal; as monotipias, campo vago que nasce da superfície entintada: campo vivo no papel - ao deslocar-se já é mancha, marca, sujeira, ausência a aflorar-se em ação una e vária, percurso de possíveis; o traço fino do papel carbono nos desenhos afronta ortodoxias; aproveita a pouca gramatura do papel e sua transparência para filtrar as cores, aplicando-as atrás dos desenhos; a cor é a ternura do tempo. . .
Geraldo de Barros, aos 72 anos, alerta: 'Basta à obra!' e proclama, no seu bom rumor costumeiro, que agora vai dedicar-se às 'sobras'. A vanguarda que se cuide!" — Sérgio Pizoli (PIZOLI, Sérgio. In: BARROS, Geraldo de. Precursor. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. p. 10).
Depoimentos
"(...) A Fotografia é para mim um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como categoria artística, na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Acredito também que é no 'erro', na exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por excessivos virtuosismos.
(...) Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica, leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é negativo para a arte fotográfica" — Geraldo de Barros (BARROS, Geraldo de. A Fotografia. In: ______. Fotoformas. São Paulo: Raízes, 1994. p. 11).
Acervos
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo SP
Archivio Della Nuova Scrittura - Milão (Itália)
Coleção Pirelli/Masp de Fotografias - São Paulo SP
Fonds d'Art Contemporain de l'Etat de Genève (Suíça)
Fonds d'Art Contemporain de la Ville de Genève (Suíça)
Fundação Bienal de São Paulo - São Paulo SP
Fundação Cultural de Curitiba - Curitiba PR
Fundação Max Bill - Zurique (Suíça)
Fundación Patricia Phelps de Cisneros - Caracas (Venezuela)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Ludwig Museum - Colônia (Alemanha)
Musée d'Art Contemporain de Grenoble (Suíça)
Musée de l'Elysée - Lausane (Suíça)
Museu da Imagem e do Som - MIS/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Contemporânea de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Museu do Itamaraty - Brasília DF
Union de Banques Suisses
Exposições Individuais
1947 - São Paulo SP - Individual, no Theatro Municipal
1950 - Rio de Janeiro RJ - Fotoformas, no MEC/RJ
1950 - Salvador BA - Fotoformas, no MEC/BA
1950 - São Paulo SP - Fotoformas, no Masp
1952 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1954 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1965 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, no Museo de Arte Moderno
1965 - São Paulo SP - Individual, na Atrium Galeria de Arte
1977 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: 12 anos de pintura 1964 a 1976, no MAM/SP
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Millan
1987 - Glarus (Suíça) - Individual, na Galeria Tschudi
1989 - Campinas - Jogos de Dados, na - Galeria de Arte Unicamp
1989 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: retrospectiva de fotografias, no Musée de l'Elysée
1990 - Rio de Janeiro RJ - Jogos de Dados, no MAM/RJ
1990 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - São Paulo SP - Jogos de Dados, no MAM/SP
1991 - Milão (Itália) - Jogos de Dados, no Mercato del Sale
1991 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: o espaço do artista quando jovem, no Paço das Artes
1993 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: peintre et photographie, no Musée de l'Elysée
1993 - São Paulo SP - Individual, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: fotógrafo, no MIS/SP
1995 - São Paulo SP - Fotoformas, na Galeria Camargo Vilaça
1996 - Campinas SP - Geraldo de Barros e o Concretismo, no Itaú Cultural
1996 - Curitiba PR - Desenhos de Luz, no Museu da Gravura
1996 - Curitiba PR - Geraldo de Barros: fotoformas, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão
1996 - Genebra (Suíça) - Geraldo de Barros: fotografias, na Alexandre Mottier Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros: precursor, no CCBB
1998 - Houston (Estados Unidos) - Individual, na Sicardi Sanders Gallery
1998 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: homenagem, no MIS/SP
Exposições Coletivas
1946 - Rio de Janeiro RJ - 52º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1947 - Rio de Janeiro RJ - 53º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - menção honrosa
1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia
1948 - Rio de Janeiro RJ - 54º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - 55º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1949 - São Paulo SP - Exposição do Grupo 15, no IAB/SP
1950 - Salvador BA - Salão Nacional de Arte Moderna da Bahia - menção honrosa
1951 - Paris (França) - Salon de Photographie à Paris et à Nantes
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Trianon - prêmio aquisição
1952 - Lion (França) - Cercle d'Art Photographique
1952 - São Paulo SP - Grupo Ruptura, no MAM/SP
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados - prêmio aquisição
1954 - Berna (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstmuseum
1954 - Genebra (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Musée Rath de Genève
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1954 - Zurique (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstgewerbemuseum
1955 - Brasil - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - França - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1955 - Suíça - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1956 - Paris (França) - Salão de Maio, no Palais de Tokyo
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1956 - Veneza (Itália) - 28ª Bienal de Veneza - prêmio aquisição
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosário (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, no Helmhaus
1965 - São Paulo SP - Geraldo de Barros e Nelson Leirner, na Atrium Galeria de Arte
1965 - São Paulo SP - Propostas 65, no MAB/Faap
1966 - São Paulo SP - Descoberta da América, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Flash Back, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Galeria Rex: exposição inaugural, na Rex Gallery & Sons
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - Prêmio Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massa, na Esdi
1971 - São Paulo SP - Mobiliário Brasileiro, no Masp
1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, no Museu Lasar Segall
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - Cidade do México (México) - 1ª Muestra de la Fotografia Latinoamericana Contemporanea, no Museo de Arte Moderno
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1979 - Veneza (Itália) - Venezia' 79: la fotografia, na Comune di Venezia
1981 - São Paulo SP - 16ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1982 - São Paulo SP - O Design no Brasil: história e realidade, no Sesc Pompéia
1984 - Campinas SP - Geraldo de Barros e Hermelindo Fiaminghi, na Galeria de Arte da Unicamp
1984 - São Paulo SP - Geometria 84, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Atami (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Belo Horizonte MG - Geometria Hoje, no MAP
1985 - Kyoto (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Rio de Janeiro RJ - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Santo André SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1985 - São Paulo SP - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Brasil-Japão
1985 - Tóquio (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1986 - Veneza (Itália) - 42ª Bienal de Veneza
1987 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte. Centro de Artes
1987 - São Paulo SP - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano, na Fundação Bienal
1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1988 - São Paulo SP - MAC 25 Anos: aquisições e doações recentes, no MAC/USP
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, na Galeria de Arte São Paulo
1989 - São Paulo SP - Mostra, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
1991 - São Paulo SP - 21ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1992 - Dinamarca - Latinamerica' 92
1992 - São Paulo SP - 2ª Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, no Masp
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba
1993 - São Paulo SP - 1º Mês Internacional de Fotografia, no Sesc Pompéia
1993 - São Paulo SP - Ingresso para a Modernidade, no Espaço Arte Morumbi Shopping
1993 - São Paulo SP - Masp no Morumbi Shopping, no Shopping Morumbi
1994 - San Francisco (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Photography: a selection of photographs from the collection of Joaquim Paiva, no Center for the Arts Yerba Buena Gardens
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Metrô
1995 - Rio de Janeiro RJ - Fotografia Brasileira Contemporânea, no CCBB
1996 - Colônia (Alemanha) - Neuerwerbungen Photosammlung, no Museum Ludwig
1996 - Lausanne (Suíça) - Collection Musées Suisses, no Musée de l'Elysée
1996 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: the thinking photography, no Rochester Institute of Technology. College of Imaging Arts and Sciences. School of Photographic Arts and Sciences. MFA - Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp Sesc Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - Grenoble (França) - Exposition d'Èté: collections 1950-1955, no Musée de Grenoble
1997 - São Paulo SP - Arte Suporte Computador, na Casa das Rosas
1998 - Houston (Estados Unidos) - 7º FotoFest 1998
1998 - São Paulo SP - A Arte de Expor Arte, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - Texas (Estados Unidos) - The Joaquim Paiva Collection, FotoFest 1998
1999 - Colônia (Alemanha) - Geraldo de Barros: fotoformas, no Museum Ludwig
1999 - Paris (França) - Feira Internacional de Arte Contemporânea
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - São Paulo SP - Enigmas, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Fotocolecionismo, na Galeria Luisa Strina
1999 - São Paulo SP - Fotografias, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Parallèle, na Galeria Brito Cimino
1999 - Seatle (Estados Unidos) - Photography of Hope, na Benham Studio Gallery
1999 - Wolfsburg (Alemanha) - Brasilianische Fotografie 1946 bis 1998, no Kunstmuseum Wolfsburg
2000 - Basiléia (Suíça) - Messe Basel 2000, na Galerie Eric Frank
2000 - Campinas SP - Geraldo de Barros: sobras 1996-1998, no Itaú Cultural
2000 - Lausanne (Suíça) - Sobras, no Musée de l'Elysée
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Madri (Espanha) - Heterotopias: medio siglo sin lugar 1918-1968, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Messe Basel 2000, na Galeria Brito Cimino
2000 - São Paulo SP - O Papel da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia
2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles
2001 - Belo Horizonte MG - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Campinas SP - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - O Espírito de Nossa Época, no MAM/RJ
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap
2001 - São Paulo SP - O Espírito de Nossa Época, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - A Linha Como Estrutura da Forma, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto / cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/Faap
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Geométricos e Cinéticos, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
2002 - São Paulo SP - Grupo Ruptura: revisitando a exposição inaugural, no Centro Universitário Maria Antonia
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2002 - São Paulo SP - Paralela, Galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530, São Paulo
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Visões e Alumbramentos: fotografia contemporânea brasileira da coleção Joaquim Paiva, na Oca
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Galeria Lurix Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - A Arte Atrás da Arte: onde ficam e como viajam as obras de arte, no MAM/SP
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/USP
2004 - Porto Alegre RS - Olho Vivo: a arte da fotografia, no Santander Cultural
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tudo é Brasil, no Paço Imperial
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, na galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Fotografia e Escultura no Acervo do MAM - 1995 a 2004, no MAM/SP
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Tudo é Brasil, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Versão Brasileira, na Galeria Brito Cimino
2005 - Belém PA - Salão Arte Pará, na Fundação Romulo Maiorana
2005 - Porto Alegre RS - Bienal de Artes Visuais do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros, na Lurixs: Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Veracidade, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - Pincelada - Pintura e Método: projeções da década de 50, no Instituto Tomie Ohtake
2006 - São Paulo SP - Concreta '56: a raiz da forma, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - MAM na Oca, na Oca
2006 - São Paulo SP - Brasiliana Masp: moderna contemporânea, no MAM/SP
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil, no Itaú Cultural
2007 - São Paulo SP - Fragmentos: modernismo da fotografia brasileira, Galeria Bergamin
2007 - São Paulo SP - Anos 70 - Arte como Quetão, no Instituto Tomie Ohtake
2007 - Uberlândia MG - Veracidade: fotografias do acervo do MAM, no Museu Universitário de Arte
2007 - São Paulo SP - Recortar e Colar | CtrlC CtrlV, no Sesc Pompéia
2008 - São Paulo SP - Fotoformas e Suas Margens, no Centro Universitário Maria Antonia
2008 - São Paulo SP - Ruptura, Frente e Ressonâncias, na Galeria Berenice
Fonte: CLAUDIO Kuperman. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 12 de maio de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Vida
Filho de Schill e Mary Kuperman. Desde cedo frequentou os cursos de arte do MASP para crianças e adolescentes. Nos anos sessenta ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), estudando desenho e pintura com Nelson Nóbrega. Com apenas 17 anos, ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado, onde tem aulas de pintura com Nelson Nóbrega e de gravura em metal e litografia com Marcelo Grassmann, Mário Gruber, Eduardo Sued e Darel Valença Lins. Em 1962 passa a frequentar o Ateliê Espaço do pintor catalão Joan Ponç, que se instalara no Brasil em 1953, recebendo aulas de pintura e desenho.
Com uma bolsa de estudos do governo francês transfere-se em 1965 para Paris, hospedando-se na Cité des Arts. Ali conheceu Piotr Kowalski, de quem se tornaria assistente, trabalhando com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro, portanto, de uma perspectiva de arte high-tech.
Convidado por Jacques Lassaigne, integra a representação francesa à V Bienal de Paris; em 1967 participa do Salão Comparaison, no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris e de diversas coletivas em galerias de Paris e Amsterdam.
Em 1968 viaja para São Paulo e realiza a primeira exposição de Arte Mínima no Brasil, uma série de esculturas e/ou objetos empregando madeira, laminado melamínico, poliuretano , epóxi e alumínio anodizado, entre outros materiais industriais. Obras que foram expostas na Galeria Art-Art, dedicada à produção de vanguarda. Alguns trabalhos colocados diretamente no chão, outros na parede. Esculturas ondulantes, sugerindo nuvens congeladas ou de caráter modular. Cores puras, superfícies polidas e brilhantes, como capotas de automóveis. Bem de acordo com os pressupostos minimalistas, Kuperman lamentava, então, em declarações à imprensa, "perder muito tempo na execução de suas obras", argumentando que "a arte é uma coisa, o artesanato outra. O artista cria e um outro profissional executa, como na arquitetura", dizia. E se não chegou a decretar a morte da arte, como tantos outros contemporâneos seus, defendia o novo conceito de Objeto, "porque a pintura não se aguentava mais".
De volta à Europa onde ainda permaneceria dois anos, continuou participando de importantes coletivas no circuito França-Holanda-ltália, entre outras, o Salão de Maio, Paris, 1969, "Loggeto perduto in casa di desiderio", Galeria Modulo, Milão, e "Nou-velles Recherches", no Museu de Belas Artes de Nantes, ambas em 1970. Um ano antes, com uma bolsa de trabalho, estagiou no Stedelijk Museum de Amsterdam, realizando duas grandes esculturas de chão. Em 1970 transfere-se para Milão, onde, ao lado da Arte Povera, a vertente minimalista era forte, graças à atuação de vários grupos gestaltistas.
Carreira
Anos 1960
Kuperman ganha uma bolsa de estudos na FAAP, estuda gravura com Marcelo Grassmann, Mário Gruber e Darel Valença, bem como história da arte com Flávio Motta. Passa a freqüentar o ateliê "LEspai", sendo orientado em desenho e pintura pelo pintor catalão Joan Ponç - ex-integrante do grupo surrealista Dau ai Set (Dado de Sete Lados), do qual faziam parte Tàpies e Miro, entre outros.
Em 1964 realiza sua primeira exposição de pinturas na Galeria KLM, em São Paulo.
Em 1965 recebe bolsa de estudos do governo francês, partindo para Paris, onde dá início a um período de intensa atividade na Europa, que se estenderá por seis anos.
Em princípio dedica-se à pintura, lentamente se transportando para a tridimensionalidade das formas. Claudio engaja-se no movimento vanguardista onde trabalha "objetos", utilizando desde isopor até resinas e fibras sintéticas e participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels.
Passou a residir e trabalhar na recém inaugurada Cite Internationale des Arts. Com Daniel Uriburu e Luiz Áquila participa de mostra na Galeria Le Trigone, situada no Palais Royale, Paris.
Em 1968 Kuperman é convidado a participar do "Salon Comparaisons" no Museu de Arte Moderna de Paris e retorna ao Brasil para mostra individual na Galeria Art-Art.
Traz na bagagem a primeira exposição minimalista do país, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Formas e cores são reduzidas à sua expressão mais econômica.
Em Paris, trabalha como assistente do artista americano Piotr Kowalski, manipulando resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas.
Participa dos salões de Maio e Comparaisons. À convite do Stedelijk Museum desloca-se para a Holanda.
Instala-se nos fantásticos ateliês do Museu, localizados em imensa área no antigo cais de Amsterdam, defronte a um dos bucólicos canais que cortam a cidade.
É na amplitude deste espaço que realiza duas grandes esculturas (peças de chão), mostrando-as no próprio museu e posteriormente na Exposition Europlastique, Paris.
Anos 1970
No início da década Claudio Kuperman transfere-se para a Itália, onde participa de coletivas na Galleria Acme, Brescia; Galleria Bertesca, Gênova e Galleria Modulo. Na França integra a coletiva "Nouvelles Recherches" no Musée des Beaux Arts de Nantes.
Em 1971 Kuperman retorna ao Brasil vivendo a depressão oriunda do esvaziamento do movimento vanguardista ao final do ciclo escultórico. A redescoberta da terra natal impõe ao artista uma redefinição de suas diretrizes: Kuperman volta a pintar.
Dominando as técnicas de utilização de materiais ainda pouco conhecidos no país, inicia a atividade docente que o levará a ministrar cursos de fiberglass no Instituto dos Arquitetos do Brasil, RJ, ("Materiais Novos"), na Oficina de Escultura do MAM, RJ ("Materiais Sintéticos"). Através da Oficina de Materiais Sintéticos do Parque Lage idealiza o projeto "Espaço Tridimensional Móvel". Visando a pesquisa da forma, reúne cerca de cinquenta alunos na praia do Pepino, Rio de Janeiro, para utilizar a areia como molde básico para a construção de formas no espaço.
Anos 1980
Em 1980 realiza sua primeira exposição individual em Londres, na prestigiada Hamiltons Art Gaílery. De volta ao Brasil Kuperman em conjunto com Luís Áquila e John Nicholson realiza A Grande Tela, exposta no Centro Cultural Cândido Mendes, RJ. Três estilos diversos movimentaram-se por uma tela de sete metros formando - por incrível que pareça - um todo orgânico, embora o espectador habituado às obras desses artistas possa reconhecer o que saiu do pincel de Kuperman, Nicholson ou Áquila. Em 1986 participa da mostra "Brazilian Contemporary Prints", no Canadá e do "Panorama de Arte Atual Brasileira - Pintura", MAM, SP. No ano seguinte participa da coletiva de escultores latino-americanos "Industrialization Before and After", na 14 Sculptures Gallery, NY. Em 1988 realiza mostra individual na Feira Internacional "ARCO" em Madrid, com a Galeria Realidade
Anos 1990
Em 1993 casa-se com a designer e ex-aluna Marília Falcão, com quem terá seus filhos João e Fernanda. Participa das mostras "A Caminho de Niterói", Coleção João Sattamini, RJ; "100 Anos de Pintura - Luís Áquila e Cláudio Kuperman", inaugurando o Espaço Cultural dos Correios, RJ; "Paixão do Olhar", MAM-RJ, e "O Papel do Rio", Paço Imperial, RJ. Em 1996 no Rio de Janeiro participa do "Salão em Preto e Branco", Museu Nacional de Belas Artes, "Cem Anos de Cinema", Museu de Arte Moderna, e da "Universidarte", Universidade Estácio de Sá. Em Niterói integra a exposição inaugural do Museu de Arte Contemporânea.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
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Biografia – Artland
Cláudio Kuperman nasceu em 1943 e cresceu na década de 1960 e se inspirou na atmosfera artística da época. Artisticamente, a década começou com os movimentos gêmeos do Pop e do Minimalismo emergindo lado a lado. Por um lado, o Pop defendia a cultura visual da grande mídia e da mídia de massa, dos produtos e do consumismo.
A obra de arte de artistas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselmann e Claes Oldenberg foi inspirada na cultura popular do capitalismo em rápido desenvolvimento dos Estados Unidos, usando coisas como publicidade, histórias em quadrinhos e ideias em torno da cultura das celebridades como seu principal visual. pistas. Um movimento paralelo foi estabelecido na Costa Oeste da Califórnia - uma linha que também se relacionava com a linguagem na arte, e é vista como o florescimento inicial da arte conceitual.
O minimalismo desenvolveu uma linguagem formal sem referências externas, focada apenas na linha, cor e forma geométrica como componentes fundamentais tanto da pintura quanto da escultura. As figuras-chave do minimalismo incluíram Frank Stella, Donald Judd e Agnes Martin. A Pop Art foi uma ramificação influente do minimalismo, uma disciplina que se tornou conhecida através do trabalho de artistas como Victor Vasarely e Bridget Riley.
Globalmente, vários movimentos artísticos ecoaram as preocupações criativas dos movimentos mencionados anteriormente, muitas vezes com especialidades e nuances regionais.
Na Itália, Lucio Fontana e Piero Manzoni desenvolveram o Espacialismo, e na Alemanha o grupo Zero sob a liderança de Gunter Uecker adotou ideias semelhantes. A influente escola de Filosofia Existencialista foi uma importante fonte de inspiração para criativos, com artistas como Francis Bacon e Alberto Giacometti tornando-se mundialmente conhecidos por suas abordagens diferenciadas da forma humana e da angústia relacionada à condição humana.
Fonte: Artland. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Crédito fotográfico: Ricardo Camargo Galeria. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Claudio Kuperman (São Paulo, 24 de dezembro de 1943 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2022) foi um escultor, pintor e desenhista brasileiro. Ao longo da sua trajetória, estudou desenho, pintura e gravura em metal e litografia. Também trabalhou com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro da perspectiva de arte high-tech. Foi aluno da Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Paris, e participou de vários grupos artísticos e fundou, inclusive o Ruptura, grupo que marcou o início da arte concreta no Brasil. Sua pintura se aproxima de tendências expressionistas. Em 1968, realizou a primeira mostra de arte mínima no Brasil, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Um de seus trabalhos mais marcantes foi a série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico. Reconhecido internacionalmente, participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels. Além do Brasil, realizou exposições em diversos países como Estados Unidos, França, Itália, México, Argentina, Suíça, Japão, Portugal, Espanha e Alemanha. Em 1928, ganhou o concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner e realizou o cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Além disso, obteve o prêmio aquisição na 1ª e 2ª Bienal Internacional de São Paulo e muitos outros reconhecimentos pelo seu trabalho.
Biografia – Itaú Cultural
Estudou desenho e pintura, a partir de 1945, nos ateliês de Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999).
Em 1946, faz suas primeiras fotos com uma câmera construída por ele mesmo. Inicialmente, fotografava jogos de futebol na periferia de São Paulo. Ainda nesse período, realiza experimentações que consistem em interferências no negativo, como cortar, desenhar, pintar, perfurar, solarizar e sobrepor imagens. É um dos fundadores do Grupo 15, ateliê instalado no centro da cidade em 1947, onde constrói um laboratório fotográfico. No mesmo ano, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirantes - FCCB, principal núcleo da fotografia moderna brasileira.
Em 1948, por intermédio do crítico Mário Pedrosa (1900 - 1981), conhece a Gestalt Theorie [Teoria da Forma]. Com Thomaz Farkas (1924), em 1949, criou o laboratório e os cursos de fotografia do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Realiza a exposição Fotoformas em 1950, cujo título é referência à Gestalt. Sua trajetória artística o coloca na linha de frente da fotografia experimental.
Em 1951, com bolsa do governo francês vai para Paris, onde estuda litografia na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], e gravura no ateliê de Stanley William Hayter (1901 - 1988). Frequenta a Hochschule für Gestaltung - HfG [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, na qual estuda artes gráficas com Otl Aicher (1922) e conhece Max Bill (1908 - 1994), na época um dos principais teóricos da arte concreta.
Voltou para São Paulo em 1952, e participou do Grupo Ruptura, ao lado de Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), Lothar Charoux (1912 - 1987), entre outros. A partir de 1954, atua na área do desenho industrial e da comunicação visual: funda a Cooperativa Unilabor e a Hobjeto Móveis, para a produção de móveis, e a Form-Inform, empresa de criação de marcas e logotipos. Em 1966, participa da criação do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945).
Análise
Geraldo de Barros estuda com Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999) de 1945 a 1947, ano em que funda com este último o Grupo 15, composto de quinze pintores em sua maioria de origem japonesa. Inicialmente sua pintura se aproxima de tendências expressionistas, período que entra em contato com reproduções de obras de Paul Klee (1879 - 1940) e Wassily Kandinsky (1866 - 1914), o que o leva a se interessar pela Bauhaus e pelo desenho industrial.
Inicia pesquisa em fotografia em 1946 e no ano seguinte passa a frequentar o Foto Cine Clube Bandeirante, principal núcleo da fotografia moderna no Brasil. Geraldo de Barros, junto com Thomaz Farkas (1924), German Lorca (1922) e José Yalenti, cada um com uma pesquisa individual, questionam a fotografia de tradição pictorialista amadora e acadêmica no Brasil que valorizava regras de composição clássica. Sua experiência investiga os limites do processo fotográfico tradicional ao realizar intervenções diretamente no negativo, múltiplas exposições da mesma película, sobreposições, montagens e recortes das ampliações que questionam o formato retangular da fotografia.
Em 1949, organiza, com Farkas, o laboratório fotográfico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, o que lhe possibilita uma pesquisa fora do clube. A partir de então sua produção se aproxima de pesquisas formais em que o que interessa são os ritmos e planos que muitas vezes se projetam para o espaço além da moldura.
No ano seguinte, realiza no próprio Masp, a antológica exposição Fotoformas, em que funde completamente gravura, desenho e fotografia, inaugurando a abstração na fotografia brasileira.
Ganha bolsa do governo francês e estuda gravura e artes gráficas na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], em Paris, em 1951. No mesmo ano, frequenta a Hochschule für Gestaltung [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, onde vigoram as teorias concretistas do suíço Max Bill (1908 - 1994). Esse encontro é importante para o desenvolvimento da arte concreta no Brasil. Obtém o prêmio aquisição na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Já no Brasil participa com Anatol Wladyslaw (1913 - 2004), Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003) e Lothar Charoux (1912 - 1987) do Grupo Ruptura, que marca o início da arte concreta no Brasil. Em contato com as teorias da Gestalt, busca estabelecer uma unidade estrutural da obra com rigorosa vontade de ordenação regulada por princípios matemáticos.
Sua preocupação com o papel social do artista e com as possibilidades de uma arte feita para atingir um público mais amplo ganha corpo em 1954, quando ligado a um grupo socialista, funda com o Frei João Batista a Unilabor, cooperativa que fabrica móveis, mantém escola de arte infantil e posto de saúde. Aos poucos passa da produção artesanal para uma organização industrial. Ganha concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner (1928) realiza cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Bastante ligado ao design e um tanto afastado da pintura, em 1957 funda com Wollner e Rubem Martins, a Form-Inform, escritório de design onde cria diversas marcas e logotipos. Com o fim da cooperativa Unilabor, em 1964, fundou a Hobjeto Móveis.
Em 1966, participa do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945), responsáveis pelos primeiros happenings em São Paulo. Sua produção a partir de meados dos anos 1960 se aproxima de tendências pop e da nova figuração. Nos anos 1970, retoma sua pesquisa iniciada com a arte concreta e realiza obras geométricas tendo como suporte à fórmica, o que permite sua reprodução em grande escala. O que lhe interessa é a socialização da arte e obter uma série a partir de um projeto. Suas obras são protótipos construídos com poucas formas, o que possibilita sua reprodução com perfeição. A partir da década de 1980 volta à fotografia e trabalha na série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico.
Críticas
"Geraldo vê, em certos aspectos ou elementos do real, especialmente nos detalhes geralmente escondidos, sinais abstratos fantasiosos olímpicos: linhas que gosta de entrelaçar com outras linhas numa alquimia de combinações mais ou menos imprevistas e às vezes ocasionais, que acabam sempre compondo harmonias formais agradáveis.
A composição é, para Geraldo, um dever, ele a organiza escolhendo no milhão de segmentos lineares que percebe, sobrepondo negativo sobre negativo, modulando os tons de suas únicas cores que são o branco e o preto, reforçando as tintas naquele seu trabalho de laboratório tão cuidado e agradável" — Pietro Maria Bardi (Bardi, Pietro Maria. Fotoforma. In: AMARAL, Aracy (Org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM, 1977. p. 207. [Texto publicado originalmente em 1950, no catálogo da exposição Fotoforma, realizada no Masp])
"Em 1952, novamente em São Paulo, renova seus contatos com Cordeiro em torno das discussões da elaboração do manifesto 'Ruptura'. Ambos produzem quadros que podem ser considerados abstratos geométricos e ambos os denominam arte concreta. Porém a fundamentação teórica por trás de cada um deles é diversa. A de Cordeiro (...) baseia-se principalmente nos teóricos europeus já mencionados (Kandinsky, Mondrian etc.), e seu pensamento político é orientado pela concepção do 'intelectual dirigente' de Antônio Gramsci. Geraldo de Barros norteia-se pela interpretação dada por Mário Pedrosa à Gestalt, que pretende atingir o espectador sem a mediação do intelecto, tornando-se universalmente compreensível. (...) Ele quer democratizar a arte na medida em que pretende que o objeto artístico seja acessível às massas, procurando conseguir isso criando desenhos que são projetos que poderão facilmente ser transformados em protótipos de projetos industriais e passíveis de serem produzidos em grande número" — Gabriela Suzana Wilder (WILDER, Gabriela Suzana. Waldemar Cordeiro: pintor vanguardista, difusor, crítico de arte, teórico e líder do movimento concretista nas artes plásticas em São Paulo, na década de 50. São Paulo: ECA/USP, 1982. (Mestrado). p. 48-49).
"Geraldo de Barros, o pintor figurativo de tons e desenho realçado do Grupo dos 15, fez em 1948, nos livros de arte, a descoberta de Paul Klee (1879-1940), o que o levou a abeirar-se do mundo interior do mestre suíço-alemão. Este futuro membro do Grupo Concreto logo se peculiarizaria pela utilização de diferenciados canais expressivos: pintura, monotipia, gravura e fotografia. Por esta última é que se fez sua passagem da figuração para a abstração. Seus trabalhos da exposição Fotoforma, no Masp (1950), colocavam-se na seqüência dos fotogramas de Moholy-Nagy e outros artistas plásticos que redimensionaram a fotografia. Ao retornar de viagem à Europa (1951-1952), Geraldo de Barros foi um dos signatários do manifesto do Grupo Ruptura. Mais tarde, porém, ele romperia com Cordeiro e sua liderança. Sua contribuição é a de ter idealizado a pintura concreta através de protótipos, com obras que implicavam a produção multiplicável. (...) Como outros membros do concretismo paulista, voltar-se-ia com decisão para o 'industrial design', realizando marcas, logotipos e alguns cartazes - inclusive em colaboração com Alexandre Wollner (1928) - entre 1952 e 1954. Seus objetivos seriam depois concentrados no desenho de móveis. As soluções coletivistas de trabalho a que ambicionava o haviam conduzido à fundação da Unilabor. Outra organização industrial em que se empenhou foi a Form-Inform, antes de fazer surgir a Hobjeto. Nos anos 60 praticou a pintura pop, um excursus raro entre os concretos" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983. p. 662-663).
"Enquanto tenta, na sua pintura, afastar-se da representação naturalista tradicional, a fotografia, para ele, representa não a transcrição do real, mas antes a possibilidade de revelar o invisível à vista, o ato de revelar mais e mais um caminho em direção a uma arte que não vem da retina.
E é, entre todos os assuntos que lhe chamam a atenção, sempre em nome do jogo de sombra e de luz que ele vai se interessar fatalmente, como Brassai, pelas fissuras, pelas asperezas, pelos grafites" — Charles Henri Favrod (FAVROD, Charles Henri. A Descoberta da Fotografia. In: BARROS, Geraldo de. Fotoformas: Geraldo de Barros, fotografia. São Paulo: Raízes, 1994. p. 7).
"Geraldo de Barros é um homem centrado no mundo, possui 'a consciência de um impulso que o impele ao uso da liberdade'; a afirmação é do amigo Mário Pedrosa, pressuposto básico à condição do artista na sociedade moderna: 'o exercício espiritual da Liberdade', liberdade que o artista inventa e retoma, inventor que é das evidências entre a arte e o homem. Artista à frente de seu tempo. Com a singularidade da mais pura percepção, utiliza-se da seriação e aproxima-se da comunicação visual e do design com a mesma radicalidade afetiva com que 'descobre' a foto, fragmenta o outdoor pop, revela o traço 'kleen' da gravura; com uma Rolleiflex na mão descobre a Arte; seus ensaios fotográficos revelam uma autonomia artística que irrompe o movimento concreto afora e atravessa seus feitos posteriores; o enigma da fotografia apontado por Roland Barthes - 'emblema de semelhantes' - é assim descartado: desconstrói a imagem significante, eminentemente imitativa; procura distanciar-se cada vez mais de sua literalidade e fazer mais que inventariar sentimentos analógicos; confia no erro, na sua contribuição; explora e domina o acaso, na busca da diferença; em certo momento, abandona a câmera e trabalha a luz diretamente sobre o fotograma. Sua construção fotográfica faz lembrar Carlos Drummond de Andrade - 'cristal do tempo no papel' - e a eminência da atitude do Artista: a capacidade de inovar.
Geraldo de Barros repassa aos trabalhos gráficos as noções de erro e acaso; suas litografias alimentam-se dos rótulos readymade das pedras no ateliê de Paris; nas águas-tintas e águas-fortes, alusões diretas a Klee, o suave vislumbre, a estrutura simples, quase astro, fragmentado no metal; as monotipias, campo vago que nasce da superfície entintada: campo vivo no papel - ao deslocar-se já é mancha, marca, sujeira, ausência a aflorar-se em ação una e vária, percurso de possíveis; o traço fino do papel carbono nos desenhos afronta ortodoxias; aproveita a pouca gramatura do papel e sua transparência para filtrar as cores, aplicando-as atrás dos desenhos; a cor é a ternura do tempo. . .
Geraldo de Barros, aos 72 anos, alerta: 'Basta à obra!' e proclama, no seu bom rumor costumeiro, que agora vai dedicar-se às 'sobras'. A vanguarda que se cuide!" — Sérgio Pizoli (PIZOLI, Sérgio. In: BARROS, Geraldo de. Precursor. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. p. 10).
Depoimentos
"(...) A Fotografia é para mim um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como categoria artística, na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Acredito também que é no 'erro', na exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por excessivos virtuosismos.
(...) Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica, leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é negativo para a arte fotográfica" — Geraldo de Barros (BARROS, Geraldo de. A Fotografia. In: ______. Fotoformas. São Paulo: Raízes, 1994. p. 11).
Acervos
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo SP
Archivio Della Nuova Scrittura - Milão (Itália)
Coleção Pirelli/Masp de Fotografias - São Paulo SP
Fonds d'Art Contemporain de l'Etat de Genève (Suíça)
Fonds d'Art Contemporain de la Ville de Genève (Suíça)
Fundação Bienal de São Paulo - São Paulo SP
Fundação Cultural de Curitiba - Curitiba PR
Fundação Max Bill - Zurique (Suíça)
Fundación Patricia Phelps de Cisneros - Caracas (Venezuela)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Ludwig Museum - Colônia (Alemanha)
Musée d'Art Contemporain de Grenoble (Suíça)
Musée de l'Elysée - Lausane (Suíça)
Museu da Imagem e do Som - MIS/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Contemporânea de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Museu do Itamaraty - Brasília DF
Union de Banques Suisses
Exposições Individuais
1947 - São Paulo SP - Individual, no Theatro Municipal
1950 - Rio de Janeiro RJ - Fotoformas, no MEC/RJ
1950 - Salvador BA - Fotoformas, no MEC/BA
1950 - São Paulo SP - Fotoformas, no Masp
1952 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1954 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1965 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, no Museo de Arte Moderno
1965 - São Paulo SP - Individual, na Atrium Galeria de Arte
1977 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: 12 anos de pintura 1964 a 1976, no MAM/SP
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Millan
1987 - Glarus (Suíça) - Individual, na Galeria Tschudi
1989 - Campinas - Jogos de Dados, na - Galeria de Arte Unicamp
1989 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: retrospectiva de fotografias, no Musée de l'Elysée
1990 - Rio de Janeiro RJ - Jogos de Dados, no MAM/RJ
1990 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - São Paulo SP - Jogos de Dados, no MAM/SP
1991 - Milão (Itália) - Jogos de Dados, no Mercato del Sale
1991 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: o espaço do artista quando jovem, no Paço das Artes
1993 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: peintre et photographie, no Musée de l'Elysée
1993 - São Paulo SP - Individual, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: fotógrafo, no MIS/SP
1995 - São Paulo SP - Fotoformas, na Galeria Camargo Vilaça
1996 - Campinas SP - Geraldo de Barros e o Concretismo, no Itaú Cultural
1996 - Curitiba PR - Desenhos de Luz, no Museu da Gravura
1996 - Curitiba PR - Geraldo de Barros: fotoformas, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão
1996 - Genebra (Suíça) - Geraldo de Barros: fotografias, na Alexandre Mottier Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros: precursor, no CCBB
1998 - Houston (Estados Unidos) - Individual, na Sicardi Sanders Gallery
1998 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: homenagem, no MIS/SP
Exposições Coletivas
1946 - Rio de Janeiro RJ - 52º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1947 - Rio de Janeiro RJ - 53º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - menção honrosa
1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia
1948 - Rio de Janeiro RJ - 54º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - 55º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1949 - São Paulo SP - Exposição do Grupo 15, no IAB/SP
1950 - Salvador BA - Salão Nacional de Arte Moderna da Bahia - menção honrosa
1951 - Paris (França) - Salon de Photographie à Paris et à Nantes
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Trianon - prêmio aquisição
1952 - Lion (França) - Cercle d'Art Photographique
1952 - São Paulo SP - Grupo Ruptura, no MAM/SP
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados - prêmio aquisição
1954 - Berna (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstmuseum
1954 - Genebra (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Musée Rath de Genève
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1954 - Zurique (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstgewerbemuseum
1955 - Brasil - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - França - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1955 - Suíça - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1956 - Paris (França) - Salão de Maio, no Palais de Tokyo
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1956 - Veneza (Itália) - 28ª Bienal de Veneza - prêmio aquisição
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosário (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, no Helmhaus
1965 - São Paulo SP - Geraldo de Barros e Nelson Leirner, na Atrium Galeria de Arte
1965 - São Paulo SP - Propostas 65, no MAB/Faap
1966 - São Paulo SP - Descoberta da América, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Flash Back, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Galeria Rex: exposição inaugural, na Rex Gallery & Sons
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - Prêmio Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massa, na Esdi
1971 - São Paulo SP - Mobiliário Brasileiro, no Masp
1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, no Museu Lasar Segall
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - Cidade do México (México) - 1ª Muestra de la Fotografia Latinoamericana Contemporanea, no Museo de Arte Moderno
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1979 - Veneza (Itália) - Venezia' 79: la fotografia, na Comune di Venezia
1981 - São Paulo SP - 16ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1982 - São Paulo SP - O Design no Brasil: história e realidade, no Sesc Pompéia
1984 - Campinas SP - Geraldo de Barros e Hermelindo Fiaminghi, na Galeria de Arte da Unicamp
1984 - São Paulo SP - Geometria 84, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Atami (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Belo Horizonte MG - Geometria Hoje, no MAP
1985 - Kyoto (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Rio de Janeiro RJ - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Santo André SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1985 - São Paulo SP - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Brasil-Japão
1985 - Tóquio (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1986 - Veneza (Itália) - 42ª Bienal de Veneza
1987 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte. Centro de Artes
1987 - São Paulo SP - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano, na Fundação Bienal
1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1988 - São Paulo SP - MAC 25 Anos: aquisições e doações recentes, no MAC/USP
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, na Galeria de Arte São Paulo
1989 - São Paulo SP - Mostra, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
1991 - São Paulo SP - 21ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1992 - Dinamarca - Latinamerica' 92
1992 - São Paulo SP - 2ª Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, no Masp
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba
1993 - São Paulo SP - 1º Mês Internacional de Fotografia, no Sesc Pompéia
1993 - São Paulo SP - Ingresso para a Modernidade, no Espaço Arte Morumbi Shopping
1993 - São Paulo SP - Masp no Morumbi Shopping, no Shopping Morumbi
1994 - San Francisco (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Photography: a selection of photographs from the collection of Joaquim Paiva, no Center for the Arts Yerba Buena Gardens
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Metrô
1995 - Rio de Janeiro RJ - Fotografia Brasileira Contemporânea, no CCBB
1996 - Colônia (Alemanha) - Neuerwerbungen Photosammlung, no Museum Ludwig
1996 - Lausanne (Suíça) - Collection Musées Suisses, no Musée de l'Elysée
1996 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: the thinking photography, no Rochester Institute of Technology. College of Imaging Arts and Sciences. School of Photographic Arts and Sciences. MFA - Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp Sesc Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - Grenoble (França) - Exposition d'Èté: collections 1950-1955, no Musée de Grenoble
1997 - São Paulo SP - Arte Suporte Computador, na Casa das Rosas
1998 - Houston (Estados Unidos) - 7º FotoFest 1998
1998 - São Paulo SP - A Arte de Expor Arte, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - Texas (Estados Unidos) - The Joaquim Paiva Collection, FotoFest 1998
1999 - Colônia (Alemanha) - Geraldo de Barros: fotoformas, no Museum Ludwig
1999 - Paris (França) - Feira Internacional de Arte Contemporânea
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - São Paulo SP - Enigmas, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Fotocolecionismo, na Galeria Luisa Strina
1999 - São Paulo SP - Fotografias, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Parallèle, na Galeria Brito Cimino
1999 - Seatle (Estados Unidos) - Photography of Hope, na Benham Studio Gallery
1999 - Wolfsburg (Alemanha) - Brasilianische Fotografie 1946 bis 1998, no Kunstmuseum Wolfsburg
2000 - Basiléia (Suíça) - Messe Basel 2000, na Galerie Eric Frank
2000 - Campinas SP - Geraldo de Barros: sobras 1996-1998, no Itaú Cultural
2000 - Lausanne (Suíça) - Sobras, no Musée de l'Elysée
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Madri (Espanha) - Heterotopias: medio siglo sin lugar 1918-1968, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Messe Basel 2000, na Galeria Brito Cimino
2000 - São Paulo SP - O Papel da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia
2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles
2001 - Belo Horizonte MG - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Campinas SP - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - O Espírito de Nossa Época, no MAM/RJ
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap
2001 - São Paulo SP - O Espírito de Nossa Época, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - A Linha Como Estrutura da Forma, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto / cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/Faap
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Geométricos e Cinéticos, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
2002 - São Paulo SP - Grupo Ruptura: revisitando a exposição inaugural, no Centro Universitário Maria Antonia
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2002 - São Paulo SP - Paralela, Galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530, São Paulo
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Visões e Alumbramentos: fotografia contemporânea brasileira da coleção Joaquim Paiva, na Oca
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Galeria Lurix Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - A Arte Atrás da Arte: onde ficam e como viajam as obras de arte, no MAM/SP
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/USP
2004 - Porto Alegre RS - Olho Vivo: a arte da fotografia, no Santander Cultural
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tudo é Brasil, no Paço Imperial
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, na galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Fotografia e Escultura no Acervo do MAM - 1995 a 2004, no MAM/SP
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Tudo é Brasil, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Versão Brasileira, na Galeria Brito Cimino
2005 - Belém PA - Salão Arte Pará, na Fundação Romulo Maiorana
2005 - Porto Alegre RS - Bienal de Artes Visuais do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros, na Lurixs: Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Veracidade, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - Pincelada - Pintura e Método: projeções da década de 50, no Instituto Tomie Ohtake
2006 - São Paulo SP - Concreta '56: a raiz da forma, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - MAM na Oca, na Oca
2006 - São Paulo SP - Brasiliana Masp: moderna contemporânea, no MAM/SP
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil, no Itaú Cultural
2007 - São Paulo SP - Fragmentos: modernismo da fotografia brasileira, Galeria Bergamin
2007 - São Paulo SP - Anos 70 - Arte como Quetão, no Instituto Tomie Ohtake
2007 - Uberlândia MG - Veracidade: fotografias do acervo do MAM, no Museu Universitário de Arte
2007 - São Paulo SP - Recortar e Colar | CtrlC CtrlV, no Sesc Pompéia
2008 - São Paulo SP - Fotoformas e Suas Margens, no Centro Universitário Maria Antonia
2008 - São Paulo SP - Ruptura, Frente e Ressonâncias, na Galeria Berenice
Fonte: CLAUDIO Kuperman. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 12 de maio de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Vida
Filho de Schill e Mary Kuperman. Desde cedo frequentou os cursos de arte do MASP para crianças e adolescentes. Nos anos sessenta ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), estudando desenho e pintura com Nelson Nóbrega. Com apenas 17 anos, ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado, onde tem aulas de pintura com Nelson Nóbrega e de gravura em metal e litografia com Marcelo Grassmann, Mário Gruber, Eduardo Sued e Darel Valença Lins. Em 1962 passa a frequentar o Ateliê Espaço do pintor catalão Joan Ponç, que se instalara no Brasil em 1953, recebendo aulas de pintura e desenho.
Com uma bolsa de estudos do governo francês transfere-se em 1965 para Paris, hospedando-se na Cité des Arts. Ali conheceu Piotr Kowalski, de quem se tornaria assistente, trabalhando com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro, portanto, de uma perspectiva de arte high-tech.
Convidado por Jacques Lassaigne, integra a representação francesa à V Bienal de Paris; em 1967 participa do Salão Comparaison, no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris e de diversas coletivas em galerias de Paris e Amsterdam.
Em 1968 viaja para São Paulo e realiza a primeira exposição de Arte Mínima no Brasil, uma série de esculturas e/ou objetos empregando madeira, laminado melamínico, poliuretano , epóxi e alumínio anodizado, entre outros materiais industriais. Obras que foram expostas na Galeria Art-Art, dedicada à produção de vanguarda. Alguns trabalhos colocados diretamente no chão, outros na parede. Esculturas ondulantes, sugerindo nuvens congeladas ou de caráter modular. Cores puras, superfícies polidas e brilhantes, como capotas de automóveis. Bem de acordo com os pressupostos minimalistas, Kuperman lamentava, então, em declarações à imprensa, "perder muito tempo na execução de suas obras", argumentando que "a arte é uma coisa, o artesanato outra. O artista cria e um outro profissional executa, como na arquitetura", dizia. E se não chegou a decretar a morte da arte, como tantos outros contemporâneos seus, defendia o novo conceito de Objeto, "porque a pintura não se aguentava mais".
De volta à Europa onde ainda permaneceria dois anos, continuou participando de importantes coletivas no circuito França-Holanda-ltália, entre outras, o Salão de Maio, Paris, 1969, "Loggeto perduto in casa di desiderio", Galeria Modulo, Milão, e "Nou-velles Recherches", no Museu de Belas Artes de Nantes, ambas em 1970. Um ano antes, com uma bolsa de trabalho, estagiou no Stedelijk Museum de Amsterdam, realizando duas grandes esculturas de chão. Em 1970 transfere-se para Milão, onde, ao lado da Arte Povera, a vertente minimalista era forte, graças à atuação de vários grupos gestaltistas.
Carreira
Anos 1960
Kuperman ganha uma bolsa de estudos na FAAP, estuda gravura com Marcelo Grassmann, Mário Gruber e Darel Valença, bem como história da arte com Flávio Motta. Passa a freqüentar o ateliê "LEspai", sendo orientado em desenho e pintura pelo pintor catalão Joan Ponç - ex-integrante do grupo surrealista Dau ai Set (Dado de Sete Lados), do qual faziam parte Tàpies e Miro, entre outros.
Em 1964 realiza sua primeira exposição de pinturas na Galeria KLM, em São Paulo.
Em 1965 recebe bolsa de estudos do governo francês, partindo para Paris, onde dá início a um período de intensa atividade na Europa, que se estenderá por seis anos.
Em princípio dedica-se à pintura, lentamente se transportando para a tridimensionalidade das formas. Claudio engaja-se no movimento vanguardista onde trabalha "objetos", utilizando desde isopor até resinas e fibras sintéticas e participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels.
Passou a residir e trabalhar na recém inaugurada Cite Internationale des Arts. Com Daniel Uriburu e Luiz Áquila participa de mostra na Galeria Le Trigone, situada no Palais Royale, Paris.
Em 1968 Kuperman é convidado a participar do "Salon Comparaisons" no Museu de Arte Moderna de Paris e retorna ao Brasil para mostra individual na Galeria Art-Art.
Traz na bagagem a primeira exposição minimalista do país, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Formas e cores são reduzidas à sua expressão mais econômica.
Em Paris, trabalha como assistente do artista americano Piotr Kowalski, manipulando resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas.
Participa dos salões de Maio e Comparaisons. À convite do Stedelijk Museum desloca-se para a Holanda.
Instala-se nos fantásticos ateliês do Museu, localizados em imensa área no antigo cais de Amsterdam, defronte a um dos bucólicos canais que cortam a cidade.
É na amplitude deste espaço que realiza duas grandes esculturas (peças de chão), mostrando-as no próprio museu e posteriormente na Exposition Europlastique, Paris.
Anos 1970
No início da década Claudio Kuperman transfere-se para a Itália, onde participa de coletivas na Galleria Acme, Brescia; Galleria Bertesca, Gênova e Galleria Modulo. Na França integra a coletiva "Nouvelles Recherches" no Musée des Beaux Arts de Nantes.
Em 1971 Kuperman retorna ao Brasil vivendo a depressão oriunda do esvaziamento do movimento vanguardista ao final do ciclo escultórico. A redescoberta da terra natal impõe ao artista uma redefinição de suas diretrizes: Kuperman volta a pintar.
Dominando as técnicas de utilização de materiais ainda pouco conhecidos no país, inicia a atividade docente que o levará a ministrar cursos de fiberglass no Instituto dos Arquitetos do Brasil, RJ, ("Materiais Novos"), na Oficina de Escultura do MAM, RJ ("Materiais Sintéticos"). Através da Oficina de Materiais Sintéticos do Parque Lage idealiza o projeto "Espaço Tridimensional Móvel". Visando a pesquisa da forma, reúne cerca de cinquenta alunos na praia do Pepino, Rio de Janeiro, para utilizar a areia como molde básico para a construção de formas no espaço.
Anos 1980
Em 1980 realiza sua primeira exposição individual em Londres, na prestigiada Hamiltons Art Gaílery. De volta ao Brasil Kuperman em conjunto com Luís Áquila e John Nicholson realiza A Grande Tela, exposta no Centro Cultural Cândido Mendes, RJ. Três estilos diversos movimentaram-se por uma tela de sete metros formando - por incrível que pareça - um todo orgânico, embora o espectador habituado às obras desses artistas possa reconhecer o que saiu do pincel de Kuperman, Nicholson ou Áquila. Em 1986 participa da mostra "Brazilian Contemporary Prints", no Canadá e do "Panorama de Arte Atual Brasileira - Pintura", MAM, SP. No ano seguinte participa da coletiva de escultores latino-americanos "Industrialization Before and After", na 14 Sculptures Gallery, NY. Em 1988 realiza mostra individual na Feira Internacional "ARCO" em Madrid, com a Galeria Realidade
Anos 1990
Em 1993 casa-se com a designer e ex-aluna Marília Falcão, com quem terá seus filhos João e Fernanda. Participa das mostras "A Caminho de Niterói", Coleção João Sattamini, RJ; "100 Anos de Pintura - Luís Áquila e Cláudio Kuperman", inaugurando o Espaço Cultural dos Correios, RJ; "Paixão do Olhar", MAM-RJ, e "O Papel do Rio", Paço Imperial, RJ. Em 1996 no Rio de Janeiro participa do "Salão em Preto e Branco", Museu Nacional de Belas Artes, "Cem Anos de Cinema", Museu de Arte Moderna, e da "Universidarte", Universidade Estácio de Sá. Em Niterói integra a exposição inaugural do Museu de Arte Contemporânea.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
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Biografia – Artland
Cláudio Kuperman nasceu em 1943 e cresceu na década de 1960 e se inspirou na atmosfera artística da época. Artisticamente, a década começou com os movimentos gêmeos do Pop e do Minimalismo emergindo lado a lado. Por um lado, o Pop defendia a cultura visual da grande mídia e da mídia de massa, dos produtos e do consumismo.
A obra de arte de artistas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselmann e Claes Oldenberg foi inspirada na cultura popular do capitalismo em rápido desenvolvimento dos Estados Unidos, usando coisas como publicidade, histórias em quadrinhos e ideias em torno da cultura das celebridades como seu principal visual. pistas. Um movimento paralelo foi estabelecido na Costa Oeste da Califórnia - uma linha que também se relacionava com a linguagem na arte, e é vista como o florescimento inicial da arte conceitual.
O minimalismo desenvolveu uma linguagem formal sem referências externas, focada apenas na linha, cor e forma geométrica como componentes fundamentais tanto da pintura quanto da escultura. As figuras-chave do minimalismo incluíram Frank Stella, Donald Judd e Agnes Martin. A Pop Art foi uma ramificação influente do minimalismo, uma disciplina que se tornou conhecida através do trabalho de artistas como Victor Vasarely e Bridget Riley.
Globalmente, vários movimentos artísticos ecoaram as preocupações criativas dos movimentos mencionados anteriormente, muitas vezes com especialidades e nuances regionais.
Na Itália, Lucio Fontana e Piero Manzoni desenvolveram o Espacialismo, e na Alemanha o grupo Zero sob a liderança de Gunter Uecker adotou ideias semelhantes. A influente escola de Filosofia Existencialista foi uma importante fonte de inspiração para criativos, com artistas como Francis Bacon e Alberto Giacometti tornando-se mundialmente conhecidos por suas abordagens diferenciadas da forma humana e da angústia relacionada à condição humana.
Fonte: Artland. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Crédito fotográfico: Ricardo Camargo Galeria. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Claudio Kuperman (São Paulo, 24 de dezembro de 1943 — Rio de Janeiro, 27 de março de 2022) foi um escultor, pintor e desenhista brasileiro. Ao longo da sua trajetória, estudou desenho, pintura e gravura em metal e litografia. Também trabalhou com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro da perspectiva de arte high-tech. Foi aluno da Escola Nacional Superior de Belas Artes, em Paris, e participou de vários grupos artísticos e fundou, inclusive o Ruptura, grupo que marcou o início da arte concreta no Brasil. Sua pintura se aproxima de tendências expressionistas. Em 1968, realizou a primeira mostra de arte mínima no Brasil, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Um de seus trabalhos mais marcantes foi a série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico. Reconhecido internacionalmente, participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels. Além do Brasil, realizou exposições em diversos países como Estados Unidos, França, Itália, México, Argentina, Suíça, Japão, Portugal, Espanha e Alemanha. Em 1928, ganhou o concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner e realizou o cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Além disso, obteve o prêmio aquisição na 1ª e 2ª Bienal Internacional de São Paulo e muitos outros reconhecimentos pelo seu trabalho.
Biografia – Itaú Cultural
Estudou desenho e pintura, a partir de 1945, nos ateliês de Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999).
Em 1946, faz suas primeiras fotos com uma câmera construída por ele mesmo. Inicialmente, fotografava jogos de futebol na periferia de São Paulo. Ainda nesse período, realiza experimentações que consistem em interferências no negativo, como cortar, desenhar, pintar, perfurar, solarizar e sobrepor imagens. É um dos fundadores do Grupo 15, ateliê instalado no centro da cidade em 1947, onde constrói um laboratório fotográfico. No mesmo ano, ingressa no Foto Cine Clube Bandeirantes - FCCB, principal núcleo da fotografia moderna brasileira.
Em 1948, por intermédio do crítico Mário Pedrosa (1900 - 1981), conhece a Gestalt Theorie [Teoria da Forma]. Com Thomaz Farkas (1924), em 1949, criou o laboratório e os cursos de fotografia do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp. Realiza a exposição Fotoformas em 1950, cujo título é referência à Gestalt. Sua trajetória artística o coloca na linha de frente da fotografia experimental.
Em 1951, com bolsa do governo francês vai para Paris, onde estuda litografia na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], e gravura no ateliê de Stanley William Hayter (1901 - 1988). Frequenta a Hochschule für Gestaltung - HfG [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, na qual estuda artes gráficas com Otl Aicher (1922) e conhece Max Bill (1908 - 1994), na época um dos principais teóricos da arte concreta.
Voltou para São Paulo em 1952, e participou do Grupo Ruptura, ao lado de Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003), Lothar Charoux (1912 - 1987), entre outros. A partir de 1954, atua na área do desenho industrial e da comunicação visual: funda a Cooperativa Unilabor e a Hobjeto Móveis, para a produção de móveis, e a Form-Inform, empresa de criação de marcas e logotipos. Em 1966, participa da criação do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945).
Análise
Geraldo de Barros estuda com Clóvis Graciano (1907 - 1988), Yoshiya Takaoka (1909 - 1978) e Colette Pujol (1913 - 1999) de 1945 a 1947, ano em que funda com este último o Grupo 15, composto de quinze pintores em sua maioria de origem japonesa. Inicialmente sua pintura se aproxima de tendências expressionistas, período que entra em contato com reproduções de obras de Paul Klee (1879 - 1940) e Wassily Kandinsky (1866 - 1914), o que o leva a se interessar pela Bauhaus e pelo desenho industrial.
Inicia pesquisa em fotografia em 1946 e no ano seguinte passa a frequentar o Foto Cine Clube Bandeirante, principal núcleo da fotografia moderna no Brasil. Geraldo de Barros, junto com Thomaz Farkas (1924), German Lorca (1922) e José Yalenti, cada um com uma pesquisa individual, questionam a fotografia de tradição pictorialista amadora e acadêmica no Brasil que valorizava regras de composição clássica. Sua experiência investiga os limites do processo fotográfico tradicional ao realizar intervenções diretamente no negativo, múltiplas exposições da mesma película, sobreposições, montagens e recortes das ampliações que questionam o formato retangular da fotografia.
Em 1949, organiza, com Farkas, o laboratório fotográfico do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp, o que lhe possibilita uma pesquisa fora do clube. A partir de então sua produção se aproxima de pesquisas formais em que o que interessa são os ritmos e planos que muitas vezes se projetam para o espaço além da moldura.
No ano seguinte, realiza no próprio Masp, a antológica exposição Fotoformas, em que funde completamente gravura, desenho e fotografia, inaugurando a abstração na fotografia brasileira.
Ganha bolsa do governo francês e estuda gravura e artes gráficas na École National Superiéure des Beaux-Arts [Escola Nacional Superior de Belas Artes], em Paris, em 1951. No mesmo ano, frequenta a Hochschule für Gestaltung [Escola Superior da Forma], em Ulm, Alemanha, onde vigoram as teorias concretistas do suíço Max Bill (1908 - 1994). Esse encontro é importante para o desenvolvimento da arte concreta no Brasil. Obtém o prêmio aquisição na 1ª Bienal Internacional de São Paulo. Já no Brasil participa com Anatol Wladyslaw (1913 - 2004), Waldemar Cordeiro (1925 - 1973), Luiz Sacilotto (1924 - 2003) e Lothar Charoux (1912 - 1987) do Grupo Ruptura, que marca o início da arte concreta no Brasil. Em contato com as teorias da Gestalt, busca estabelecer uma unidade estrutural da obra com rigorosa vontade de ordenação regulada por princípios matemáticos.
Sua preocupação com o papel social do artista e com as possibilidades de uma arte feita para atingir um público mais amplo ganha corpo em 1954, quando ligado a um grupo socialista, funda com o Frei João Batista a Unilabor, cooperativa que fabrica móveis, mantém escola de arte infantil e posto de saúde. Aos poucos passa da produção artesanal para uma organização industrial. Ganha concurso para o cartaz do 4º Centenário de São Paulo e com Alexandre Wollner (1928) realiza cartaz para o Festival Internacional de Cinema. Bastante ligado ao design e um tanto afastado da pintura, em 1957 funda com Wollner e Rubem Martins, a Form-Inform, escritório de design onde cria diversas marcas e logotipos. Com o fim da cooperativa Unilabor, em 1964, fundou a Hobjeto Móveis.
Em 1966, participa do Grupo Rex, com Wesley Duke Lee (1931), Nelson Leirner (1932), Carlos Fajardo (1941), Frederico Nasser (1945) e José Resende (1945), responsáveis pelos primeiros happenings em São Paulo. Sua produção a partir de meados dos anos 1960 se aproxima de tendências pop e da nova figuração. Nos anos 1970, retoma sua pesquisa iniciada com a arte concreta e realiza obras geométricas tendo como suporte à fórmica, o que permite sua reprodução em grande escala. O que lhe interessa é a socialização da arte e obter uma série a partir de um projeto. Suas obras são protótipos construídos com poucas formas, o que possibilita sua reprodução com perfeição. A partir da década de 1980 volta à fotografia e trabalha na série Sobras, em que realiza diversas interferências gráficas sobre negativos, retomando sua pesquisa iniciada nos anos 1940 a partir de sobras de material fotográfico.
Críticas
"Geraldo vê, em certos aspectos ou elementos do real, especialmente nos detalhes geralmente escondidos, sinais abstratos fantasiosos olímpicos: linhas que gosta de entrelaçar com outras linhas numa alquimia de combinações mais ou menos imprevistas e às vezes ocasionais, que acabam sempre compondo harmonias formais agradáveis.
A composição é, para Geraldo, um dever, ele a organiza escolhendo no milhão de segmentos lineares que percebe, sobrepondo negativo sobre negativo, modulando os tons de suas únicas cores que são o branco e o preto, reforçando as tintas naquele seu trabalho de laboratório tão cuidado e agradável" — Pietro Maria Bardi (Bardi, Pietro Maria. Fotoforma. In: AMARAL, Aracy (Org.). Projeto construtivo brasileiro na arte: 1950-1962. Rio de Janeiro: MAM, 1977. p. 207. [Texto publicado originalmente em 1950, no catálogo da exposição Fotoforma, realizada no Masp])
"Em 1952, novamente em São Paulo, renova seus contatos com Cordeiro em torno das discussões da elaboração do manifesto 'Ruptura'. Ambos produzem quadros que podem ser considerados abstratos geométricos e ambos os denominam arte concreta. Porém a fundamentação teórica por trás de cada um deles é diversa. A de Cordeiro (...) baseia-se principalmente nos teóricos europeus já mencionados (Kandinsky, Mondrian etc.), e seu pensamento político é orientado pela concepção do 'intelectual dirigente' de Antônio Gramsci. Geraldo de Barros norteia-se pela interpretação dada por Mário Pedrosa à Gestalt, que pretende atingir o espectador sem a mediação do intelecto, tornando-se universalmente compreensível. (...) Ele quer democratizar a arte na medida em que pretende que o objeto artístico seja acessível às massas, procurando conseguir isso criando desenhos que são projetos que poderão facilmente ser transformados em protótipos de projetos industriais e passíveis de serem produzidos em grande número" — Gabriela Suzana Wilder (WILDER, Gabriela Suzana. Waldemar Cordeiro: pintor vanguardista, difusor, crítico de arte, teórico e líder do movimento concretista nas artes plásticas em São Paulo, na década de 50. São Paulo: ECA/USP, 1982. (Mestrado). p. 48-49).
"Geraldo de Barros, o pintor figurativo de tons e desenho realçado do Grupo dos 15, fez em 1948, nos livros de arte, a descoberta de Paul Klee (1879-1940), o que o levou a abeirar-se do mundo interior do mestre suíço-alemão. Este futuro membro do Grupo Concreto logo se peculiarizaria pela utilização de diferenciados canais expressivos: pintura, monotipia, gravura e fotografia. Por esta última é que se fez sua passagem da figuração para a abstração. Seus trabalhos da exposição Fotoforma, no Masp (1950), colocavam-se na seqüência dos fotogramas de Moholy-Nagy e outros artistas plásticos que redimensionaram a fotografia. Ao retornar de viagem à Europa (1951-1952), Geraldo de Barros foi um dos signatários do manifesto do Grupo Ruptura. Mais tarde, porém, ele romperia com Cordeiro e sua liderança. Sua contribuição é a de ter idealizado a pintura concreta através de protótipos, com obras que implicavam a produção multiplicável. (...) Como outros membros do concretismo paulista, voltar-se-ia com decisão para o 'industrial design', realizando marcas, logotipos e alguns cartazes - inclusive em colaboração com Alexandre Wollner (1928) - entre 1952 e 1954. Seus objetivos seriam depois concentrados no desenho de móveis. As soluções coletivistas de trabalho a que ambicionava o haviam conduzido à fundação da Unilabor. Outra organização industrial em que se empenhou foi a Form-Inform, antes de fazer surgir a Hobjeto. Nos anos 60 praticou a pintura pop, um excursus raro entre os concretos" — Walter Zanini (ZANINI, Walter, org. História geral da arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walther Moreira Salles, Fundação Djalma Guimarães, 1983. p. 662-663).
"Enquanto tenta, na sua pintura, afastar-se da representação naturalista tradicional, a fotografia, para ele, representa não a transcrição do real, mas antes a possibilidade de revelar o invisível à vista, o ato de revelar mais e mais um caminho em direção a uma arte que não vem da retina.
E é, entre todos os assuntos que lhe chamam a atenção, sempre em nome do jogo de sombra e de luz que ele vai se interessar fatalmente, como Brassai, pelas fissuras, pelas asperezas, pelos grafites" — Charles Henri Favrod (FAVROD, Charles Henri. A Descoberta da Fotografia. In: BARROS, Geraldo de. Fotoformas: Geraldo de Barros, fotografia. São Paulo: Raízes, 1994. p. 7).
"Geraldo de Barros é um homem centrado no mundo, possui 'a consciência de um impulso que o impele ao uso da liberdade'; a afirmação é do amigo Mário Pedrosa, pressuposto básico à condição do artista na sociedade moderna: 'o exercício espiritual da Liberdade', liberdade que o artista inventa e retoma, inventor que é das evidências entre a arte e o homem. Artista à frente de seu tempo. Com a singularidade da mais pura percepção, utiliza-se da seriação e aproxima-se da comunicação visual e do design com a mesma radicalidade afetiva com que 'descobre' a foto, fragmenta o outdoor pop, revela o traço 'kleen' da gravura; com uma Rolleiflex na mão descobre a Arte; seus ensaios fotográficos revelam uma autonomia artística que irrompe o movimento concreto afora e atravessa seus feitos posteriores; o enigma da fotografia apontado por Roland Barthes - 'emblema de semelhantes' - é assim descartado: desconstrói a imagem significante, eminentemente imitativa; procura distanciar-se cada vez mais de sua literalidade e fazer mais que inventariar sentimentos analógicos; confia no erro, na sua contribuição; explora e domina o acaso, na busca da diferença; em certo momento, abandona a câmera e trabalha a luz diretamente sobre o fotograma. Sua construção fotográfica faz lembrar Carlos Drummond de Andrade - 'cristal do tempo no papel' - e a eminência da atitude do Artista: a capacidade de inovar.
Geraldo de Barros repassa aos trabalhos gráficos as noções de erro e acaso; suas litografias alimentam-se dos rótulos readymade das pedras no ateliê de Paris; nas águas-tintas e águas-fortes, alusões diretas a Klee, o suave vislumbre, a estrutura simples, quase astro, fragmentado no metal; as monotipias, campo vago que nasce da superfície entintada: campo vivo no papel - ao deslocar-se já é mancha, marca, sujeira, ausência a aflorar-se em ação una e vária, percurso de possíveis; o traço fino do papel carbono nos desenhos afronta ortodoxias; aproveita a pouca gramatura do papel e sua transparência para filtrar as cores, aplicando-as atrás dos desenhos; a cor é a ternura do tempo. . .
Geraldo de Barros, aos 72 anos, alerta: 'Basta à obra!' e proclama, no seu bom rumor costumeiro, que agora vai dedicar-se às 'sobras'. A vanguarda que se cuide!" — Sérgio Pizoli (PIZOLI, Sérgio. In: BARROS, Geraldo de. Precursor. Rio de Janeiro: Centro Cultural Banco do Brasil, 1996. p. 10).
Depoimentos
"(...) A Fotografia é para mim um processo de gravura. Defendi esse pensamento quando tentei introduzi-la como categoria artística, na 2ª Bienal Internacional de São Paulo. Acredito também que é no 'erro', na exploração e domínio do acaso, que reside a criação fotográfica. Me preocupei em conhecer a técnica apenas o suficiente para me expressar, sem me deixar levar por excessivos virtuosismos.
(...) Acredito que a exagerada sofisticação técnica, o culto da perfeição técnica, leva a um empobrecimento dos resultados, da imaginação e da criatividade, o que é negativo para a arte fotográfica" — Geraldo de Barros (BARROS, Geraldo de. A Fotografia. In: ______. Fotoformas. São Paulo: Raízes, 1994. p. 11).
Acervos
Acervo Pinacoteca do Estado de São Paulo/Brasil - São Paulo SP
Archivio Della Nuova Scrittura - Milão (Itália)
Coleção Pirelli/Masp de Fotografias - São Paulo SP
Fonds d'Art Contemporain de l'Etat de Genève (Suíça)
Fonds d'Art Contemporain de la Ville de Genève (Suíça)
Fundação Bienal de São Paulo - São Paulo SP
Fundação Cultural de Curitiba - Curitiba PR
Fundação Max Bill - Zurique (Suíça)
Fundación Patricia Phelps de Cisneros - Caracas (Venezuela)
Instituto Itaú Cultural - São Paulo SP
Ludwig Museum - Colônia (Alemanha)
Musée d'Art Contemporain de Grenoble (Suíça)
Musée de l'Elysée - Lausane (Suíça)
Museu da Imagem e do Som - MIS/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Contemporânea de São Paulo - MAC/USP - São Paulo SP
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna de São Paulo - MAM/SP - São Paulo SP
Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro - MAM/RJ - Rio de Janeiro RJ
Museu do Itamaraty - Brasília DF
Union de Banques Suisses
Exposições Individuais
1947 - São Paulo SP - Individual, no Theatro Municipal
1950 - Rio de Janeiro RJ - Fotoformas, no MEC/RJ
1950 - Salvador BA - Fotoformas, no MEC/BA
1950 - São Paulo SP - Fotoformas, no Masp
1952 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1954 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1965 - Buenos Aires (Argentina) - Individual, no Museo de Arte Moderno
1965 - São Paulo SP - Individual, na Atrium Galeria de Arte
1977 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: 12 anos de pintura 1964 a 1976, no MAM/SP
1986 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Thomas Cohn
1986 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Millan
1987 - Glarus (Suíça) - Individual, na Galeria Tschudi
1989 - Campinas - Jogos de Dados, na - Galeria de Arte Unicamp
1989 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: retrospectiva de fotografias, no Musée de l'Elysée
1990 - Rio de Janeiro RJ - Jogos de Dados, no MAM/RJ
1990 - São Paulo SP - Individual, no MAM/SP
1990 - São Paulo SP - Jogos de Dados, no MAM/SP
1991 - Milão (Itália) - Jogos de Dados, no Mercato del Sale
1991 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: o espaço do artista quando jovem, no Paço das Artes
1993 - Lausanne (Suíça) - Geraldo de Barros: peintre et photographie, no Musée de l'Elysée
1993 - São Paulo SP - Individual, na Casa das Rosas
1994 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: fotógrafo, no MIS/SP
1995 - São Paulo SP - Fotoformas, na Galeria Camargo Vilaça
1996 - Campinas SP - Geraldo de Barros e o Concretismo, no Itaú Cultural
1996 - Curitiba PR - Desenhos de Luz, no Museu da Gravura
1996 - Curitiba PR - Geraldo de Barros: fotoformas, na Fundação Cultural de Curitiba. Solar do Barão
1996 - Genebra (Suíça) - Geraldo de Barros: fotografias, na Alexandre Mottier Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros: precursor, no CCBB
1998 - Houston (Estados Unidos) - Individual, na Sicardi Sanders Gallery
1998 - São Paulo SP - Geraldo de Barros: homenagem, no MIS/SP
Exposições Coletivas
1946 - Rio de Janeiro RJ - 52º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1946 - São Paulo SP - 10º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia
1947 - Rio de Janeiro RJ - 53º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - menção honrosa
1947 - São Paulo SP - 19 Pintores, na Galeria Prestes Maia
1948 - Rio de Janeiro RJ - 54º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de bronze
1949 - Rio de Janeiro RJ - 55º Salão Nacional de Belas Artes, no MNBA - medalha de prata
1949 - São Paulo SP - Exposição do Grupo 15, no IAB/SP
1950 - Salvador BA - Salão Nacional de Arte Moderna da Bahia - menção honrosa
1951 - Paris (França) - Salon de Photographie à Paris et à Nantes
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão Trianon - prêmio aquisição
1952 - Lion (França) - Cercle d'Art Photographique
1952 - São Paulo SP - Grupo Ruptura, no MAM/SP
1953 - São Paulo SP - 2ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão dos Estados - prêmio aquisição
1954 - Berna (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstmuseum
1954 - Genebra (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Musée Rath de Genève
1954 - Goiânia GO - Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 - São Paulo SP - 3º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia
1954 - Zurique (Suíça) - Gravure Brésilienne, no Kunstgewerbemuseum
1955 - Brasil - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - França - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1955 - São Paulo SP - 3ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão das Nações
1955 - São Paulo SP - 4º Salão Paulista de Arte Moderna, na Galeria Prestes Maia - grande medalha de prata
1955 - Suíça - Arts Primitifs et Modernes Brésiliens
1956 - Paris (França) - Salão de Maio, no Palais de Tokyo
1956 - São Paulo SP - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/SP
1956 - Veneza (Itália) - 28ª Bienal de Veneza - prêmio aquisição
1957 - Buenos Aires (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Moderno
1957 - Lima (Peru) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte de Lima
1957 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Exposição Nacional de Arte Concreta, no MAM/RJ
1957 - Rosário (Argentina) - Arte Moderna no Brasil, no Museo Municipal de Bellas Artes Juan B. Castagnino
1957 - Santiago (Chile) - Arte Moderna no Brasil, no Museo de Arte Contemporáneo
1960 - Zurique (Suíça) - Konkrete Kunst, no Helmhaus
1965 - São Paulo SP - Geraldo de Barros e Nelson Leirner, na Atrium Galeria de Arte
1965 - São Paulo SP - Propostas 65, no MAB/Faap
1966 - São Paulo SP - Descoberta da América, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Flash Back, na Rex Gallery & Sons
1966 - São Paulo SP - Galeria Rex: exposição inaugural, na Rex Gallery & Sons
1967 - Rio de Janeiro RJ - Nova Objetividade Brasileira, no MAM/RJ
1967 - São Paulo SP - 9ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal - Prêmio Itamaraty
1968 - Rio de Janeiro RJ - O Artista Brasileiro e a Iconografia de Massa, na Esdi
1971 - São Paulo SP - Mobiliário Brasileiro, no Masp
1976 - São Paulo SP - O Desenho Jovem dos Anos 40, na Pinacoteca do Estado
1977 - Rio de Janeiro RJ - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, no MAM/RJ
1977 - São Paulo SP - Os Grupos: a década de 40, no Museu Lasar Segall
1977 - São Paulo SP - Projeto Construtivo Brasileiro na Arte: 1950-1962, na Pinacoteca do Estado
1978 - Cidade do México (México) - 1ª Muestra de la Fotografia Latinoamericana Contemporanea, no Museo de Arte Moderno
1978 - São Paulo SP - As Bienais e a Abstração: a década de 50, no Museu Lasar Segall
1979 - São Paulo SP - 15ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1979 - Veneza (Itália) - Venezia' 79: la fotografia, na Comune di Venezia
1981 - São Paulo SP - 16ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1982 - São Paulo SP - Do Modernismo à Bienal, no MAM/SP
1982 - São Paulo SP - O Design no Brasil: história e realidade, no Sesc Pompéia
1984 - Campinas SP - Geraldo de Barros e Hermelindo Fiaminghi, na Galeria de Arte da Unicamp
1984 - São Paulo SP - Geometria 84, na Paulo Figueiredo Galeria de Arte
1984 - São Paulo SP - Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal
1985 - Atami (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Belo Horizonte MG - Geometria Hoje, no MAP
1985 - Kyoto (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Rio de Janeiro RJ - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Santo André SP - 13º Salão de Arte Contemporânea de Santo André, no Paço Municipal
1985 - São Paulo SP - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Brasil-Japão
1985 - Tóquio (Japão) - 7ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1986 - São Paulo SP - 17º Panorama de Arte Atual Brasileira, no MAM/SP
1986 - Veneza (Itália) - 42ª Bienal de Veneza
1987 - Rio de Janeiro RJ - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, na Funarte. Centro de Artes
1987 - São Paulo SP - 1ª Abstração Geométrica: concretismo e neoconcretismo, no MAB/Faap
1987 - São Paulo SP - A Trama do Gosto: um outro olhar sobre o cotidiano, na Fundação Bienal
1987 - São Paulo SP - As Bienais no Acervo do MAC: 1951 a 1985, no MAC/USP
1988 - São Paulo SP - 63/66 Figura e Objeto, na Galeria Millan
1988 - São Paulo SP - MAC 25 Anos: aquisições e doações recentes, no MAC/USP
1989 - São Paulo SP - Acervo Galeria São Paulo, na Galeria de Arte São Paulo
1989 - São Paulo SP - Mostra, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
1991 - São Paulo SP - 21ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1991 - São Paulo SP - Construtivismo: arte cartaz 40/50/60, no MAC/USP
1992 - Dinamarca - Latinamerica' 92
1992 - São Paulo SP - 2ª Coleção Pirelli/Masp de Fotografias, no Masp
1992 - Zurique (Suíça) - Brasilien: entdeckung und selbstentdeckung, no Kunsthaus Zürich
1993 - João Pessoa PB - Xilogravura: do cordel à galeria, na Fundação Espaço Cultural da Paraíba
1993 - São Paulo SP - 1º Mês Internacional de Fotografia, no Sesc Pompéia
1993 - São Paulo SP - Ingresso para a Modernidade, no Espaço Arte Morumbi Shopping
1993 - São Paulo SP - Masp no Morumbi Shopping, no Shopping Morumbi
1994 - San Francisco (Estados Unidos) - Contemporary Brazilian Photography: a selection of photographs from the collection of Joaquim Paiva, no Center for the Arts Yerba Buena Gardens
1994 - São Paulo SP - Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal
1994 - São Paulo SP - Xilogravura: do cordel à galeria, no Metrô
1995 - Rio de Janeiro RJ - Fotografia Brasileira Contemporânea, no CCBB
1996 - Colônia (Alemanha) - Neuerwerbungen Photosammlung, no Museum Ludwig
1996 - Lausanne (Suíça) - Collection Musées Suisses, no Musée de l'Elysée
1996 - Nova York (Estados Unidos) - Brazil: the thinking photography, no Rochester Institute of Technology. College of Imaging Arts and Sciences. School of Photographic Arts and Sciences. MFA - Gallery
1996 - Rio de Janeiro RJ - Tendências Construtivas no Acervo do MAC USP: construção, medida e proporção, no CCBB
1996 - São Paulo SP - 4º Studio Unesp Sesc Senai de Tecnologias de Imagens, no Sesc Pompéia
1996 - São Paulo SP - Arte Brasileira: 50 anos de história no acervo MAC/USP: 1920-1970, no MAC/USP
1996 - São Paulo SP - Desexp(l)os(ign)ição, na Casa das Rosas
1996 - São Paulo SP - O Mundo de Mario Schenberg, na Casa das Rosas
1997 - Grenoble (França) - Exposition d'Èté: collections 1950-1955, no Musée de Grenoble
1997 - São Paulo SP - Arte Suporte Computador, na Casa das Rosas
1998 - Houston (Estados Unidos) - 7º FotoFest 1998
1998 - São Paulo SP - A Arte de Expor Arte, no MAM/SP
Exposições Póstumas
1998 - São Paulo SP - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/SP
1998 - Texas (Estados Unidos) - The Joaquim Paiva Collection, FotoFest 1998
1999 - Colônia (Alemanha) - Geraldo de Barros: fotoformas, no Museum Ludwig
1999 - Paris (França) - Feira Internacional de Arte Contemporânea
1999 - Rio de Janeiro RJ - Arte Construtiva no Brasil: Coleção Adolpho Leirner, no MAM/RJ
1999 - São Paulo SP - Década de 50 e seus Envolvimentos, na Jo Slaviero Galeria de Arte
1999 - São Paulo SP - Enigmas, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Fotocolecionismo, na Galeria Luisa Strina
1999 - São Paulo SP - Fotografias, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Brito Cimino
1999 - São Paulo SP - Parallèle, na Galeria Brito Cimino
1999 - Seatle (Estados Unidos) - Photography of Hope, na Benham Studio Gallery
1999 - Wolfsburg (Alemanha) - Brasilianische Fotografie 1946 bis 1998, no Kunstmuseum Wolfsburg
2000 - Basiléia (Suíça) - Messe Basel 2000, na Galerie Eric Frank
2000 - Campinas SP - Geraldo de Barros: sobras 1996-1998, no Itaú Cultural
2000 - Lausanne (Suíça) - Sobras, no Musée de l'Elysée
2000 - Lisboa (Portugal) - Século 20: arte do Brasil, no Centro de Arte Moderna José de Azeredo Perdigão
2000 - Madri (Espanha) - Heterotopias: medio siglo sin lugar 1918-1968, no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía
2000 - São Paulo SP - Brasil + 500 Mostra do Redescobrimento, na Fundação Bienal
2000 - São Paulo SP - Messe Basel 2000, na Galeria Brito Cimino
2000 - São Paulo SP - O Papel da Arte, na Galeria de Arte do Sesi
2000 - São Paulo SP - São Paulo: de vila a metrópole, na Galeria Masp Prestes Maia
2000 - Valência (Espanha) - De la Antropofagia a Brasilía: Brasil 1920-1950, no IVAM. Centre Julio Gonzáles
2001 - Belo Horizonte MG - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Campinas SP - Realidades Construídas: do pictorialismo à fotografia moderna, no Itaú Cultural
2001 - Rio de Janeiro RJ - O Espírito de Nossa Época, no MAM/RJ
2001 - São Paulo SP - Museu de Arte Brasileira: 40 anos, no MAB/Faap
2001 - São Paulo SP - O Espírito de Nossa Época, no MAM/SP
2001 - São Paulo SP - Trajetória da Luz na Arte Brasileira, no Itaú Cultural
2002 - Rio de Janeiro RJ - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Artefoto, no CCBB
2002 - Rio de Janeiro RJ - Caminhos do Contemporâneo 1952-2002, no Paço Imperial
2002 - Rio de Janeiro RJ - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Collección Cisneros, no MAM/RJ
2002 - São Paulo SP - A Linha Como Estrutura da Forma, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2002 - São Paulo SP - Cidadeprojeto / cidadeexperiência, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Da Antropofagia a Brasília: Brasil 1920-1950, no MAB/Faap
2002 - São Paulo SP - Fotografias no Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Geométricos e Cinéticos, no Gabinete de Arte Raquel Arnaud
2002 - São Paulo SP - Grupo Ruptura: revisitando a exposição inaugural, no Centro Universitário Maria Antonia
2002 - São Paulo SP - Modernismo: da Semana de 22 à seção de arte de Sérgio Milliet, no CCSP
2002 - São Paulo SP - Paralela, Galpão localizado na Avenida Matarazzo, 530, São Paulo
2002 - São Paulo SP - Paralelos: arte brasileira da segunda metade do século XX em contexto, Colección Cisneros, no MAM/SP
2002 - São Paulo SP - Visões e Alumbramentos: fotografia contemporânea brasileira da coleção Joaquim Paiva, na Oca
2003 - Brasília DF - Arte Brasileira na Coleção Fadel: da inquietação do moderno à autonomia da linguagem, no CCBB
2003 - Brasília DF - Artefoto, no CCBB
2003 - Cidade do México (México) - Cuasi Corpus: arte concreto y neoconcreto de Brasil: una selección del acervo del Museo de Arte Moderna de São Paulo y la Colección Adolpho Leirner, no Museo Rufino Tamayo
2003 - Rio de Janeiro RJ - Galeria Lurixs Arte Contemporânea: exposição inaugural, na Galeria Lurix Arte Contemporânea
2003 - São Paulo SP - A Arte Atrás da Arte: onde ficam e como viajam as obras de arte, no MAM/SP
2003 - São Paulo SP - A Subversão dos Meios, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - Arte e Sociedade: uma relação polêmica, no Itaú Cultural
2003 - São Paulo SP - MAC USP 40 Anos: interfaces contemporâneas, no MAC/USP
2004 - Porto Alegre RS - Olho Vivo: a arte da fotografia, no Santander Cultural
2004 - Rio de Janeiro RJ - Tudo é Brasil, no Paço Imperial
2004 - São Paulo SP - As Bienais: um olhar sobre a produção brasileira 1951/2002, na galeria Bergamin
2004 - São Paulo SP - Fotografia e Escultura no Acervo do MAM - 1995 a 2004, no MAM/SP
2004 - São Paulo SP - Gabinete de Papel, no CCSP
2004 - São Paulo SP - O Preço da Sedução: do espartilho ao silicone, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Tudo é Brasil, no Itaú Cultural
2004 - São Paulo SP - Versão Brasileira, na Galeria Brito Cimino
2005 - Belém PA - Salão Arte Pará, na Fundação Romulo Maiorana
2005 - Porto Alegre RS - Bienal de Artes Visuais do Mercosul
2005 - Rio de Janeiro RJ - Artecontemporânea, na Mercedes Viegas Arte Contemporânea
2006 - Rio de Janeiro RJ - Geraldo de Barros, na Lurixs: Arte Contemporânea
2006 - São Paulo SP - Veracidade, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - Pincelada - Pintura e Método: projeções da década de 50, no Instituto Tomie Ohtake
2006 - São Paulo SP - Concreta '56: a raiz da forma, MAM/SP
2006 - São Paulo SP - MAM na Oca, na Oca
2006 - São Paulo SP - Brasiliana Masp: moderna contemporânea, no MAM/SP
2007 - São Paulo SP - Itaú Contemporâneo: arte no Brasil, no Itaú Cultural
2007 - São Paulo SP - Fragmentos: modernismo da fotografia brasileira, Galeria Bergamin
2007 - São Paulo SP - Anos 70 - Arte como Quetão, no Instituto Tomie Ohtake
2007 - Uberlândia MG - Veracidade: fotografias do acervo do MAM, no Museu Universitário de Arte
2007 - São Paulo SP - Recortar e Colar | CtrlC CtrlV, no Sesc Pompéia
2008 - São Paulo SP - Fotoformas e Suas Margens, no Centro Universitário Maria Antonia
2008 - São Paulo SP - Ruptura, Frente e Ressonâncias, na Galeria Berenice
Fonte: CLAUDIO Kuperman. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. São Paulo: Itaú Cultural, 2022. Acesso em: 12 de maio de 2022. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7
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Biografia — Wikipédia
Vida
Filho de Schill e Mary Kuperman. Desde cedo frequentou os cursos de arte do MASP para crianças e adolescentes. Nos anos sessenta ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), estudando desenho e pintura com Nelson Nóbrega. Com apenas 17 anos, ingressa na Fundação Armando Álvares Penteado, onde tem aulas de pintura com Nelson Nóbrega e de gravura em metal e litografia com Marcelo Grassmann, Mário Gruber, Eduardo Sued e Darel Valença Lins. Em 1962 passa a frequentar o Ateliê Espaço do pintor catalão Joan Ponç, que se instalara no Brasil em 1953, recebendo aulas de pintura e desenho.
Com uma bolsa de estudos do governo francês transfere-se em 1965 para Paris, hospedando-se na Cité des Arts. Ali conheceu Piotr Kowalski, de quem se tornaria assistente, trabalhando com resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas, dentro, portanto, de uma perspectiva de arte high-tech.
Convidado por Jacques Lassaigne, integra a representação francesa à V Bienal de Paris; em 1967 participa do Salão Comparaison, no Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris e de diversas coletivas em galerias de Paris e Amsterdam.
Em 1968 viaja para São Paulo e realiza a primeira exposição de Arte Mínima no Brasil, uma série de esculturas e/ou objetos empregando madeira, laminado melamínico, poliuretano , epóxi e alumínio anodizado, entre outros materiais industriais. Obras que foram expostas na Galeria Art-Art, dedicada à produção de vanguarda. Alguns trabalhos colocados diretamente no chão, outros na parede. Esculturas ondulantes, sugerindo nuvens congeladas ou de caráter modular. Cores puras, superfícies polidas e brilhantes, como capotas de automóveis. Bem de acordo com os pressupostos minimalistas, Kuperman lamentava, então, em declarações à imprensa, "perder muito tempo na execução de suas obras", argumentando que "a arte é uma coisa, o artesanato outra. O artista cria e um outro profissional executa, como na arquitetura", dizia. E se não chegou a decretar a morte da arte, como tantos outros contemporâneos seus, defendia o novo conceito de Objeto, "porque a pintura não se aguentava mais".
De volta à Europa onde ainda permaneceria dois anos, continuou participando de importantes coletivas no circuito França-Holanda-ltália, entre outras, o Salão de Maio, Paris, 1969, "Loggeto perduto in casa di desiderio", Galeria Modulo, Milão, e "Nou-velles Recherches", no Museu de Belas Artes de Nantes, ambas em 1970. Um ano antes, com uma bolsa de trabalho, estagiou no Stedelijk Museum de Amsterdam, realizando duas grandes esculturas de chão. Em 1970 transfere-se para Milão, onde, ao lado da Arte Povera, a vertente minimalista era forte, graças à atuação de vários grupos gestaltistas.
Carreira
Anos 1960
Kuperman ganha uma bolsa de estudos na FAAP, estuda gravura com Marcelo Grassmann, Mário Gruber e Darel Valença, bem como história da arte com Flávio Motta. Passa a freqüentar o ateliê "LEspai", sendo orientado em desenho e pintura pelo pintor catalão Joan Ponç - ex-integrante do grupo surrealista Dau ai Set (Dado de Sete Lados), do qual faziam parte Tàpies e Miro, entre outros.
Em 1964 realiza sua primeira exposição de pinturas na Galeria KLM, em São Paulo.
Em 1965 recebe bolsa de estudos do governo francês, partindo para Paris, onde dá início a um período de intensa atividade na Europa, que se estenderá por seis anos.
Em princípio dedica-se à pintura, lentamente se transportando para a tridimensionalidade das formas. Claudio engaja-se no movimento vanguardista onde trabalha "objetos", utilizando desde isopor até resinas e fibras sintéticas e participa de coletivas de bolsistas do governo francês sendo selecionado para a exposição final na Galerie des Beaux Arts promovida pelo Ministère des Affaires Culturels.
Passou a residir e trabalhar na recém inaugurada Cite Internationale des Arts. Com Daniel Uriburu e Luiz Áquila participa de mostra na Galeria Le Trigone, situada no Palais Royale, Paris.
Em 1968 Kuperman é convidado a participar do "Salon Comparaisons" no Museu de Arte Moderna de Paris e retorna ao Brasil para mostra individual na Galeria Art-Art.
Traz na bagagem a primeira exposição minimalista do país, representada pelos "objetos-esculturas", assim denominados por terem conotação de cor e serem desligados do conceito formal de escultura. Formas e cores são reduzidas à sua expressão mais econômica.
Em Paris, trabalha como assistente do artista americano Piotr Kowalski, manipulando resinas sintéticas, fibras e ondas eletromagnéticas.
Participa dos salões de Maio e Comparaisons. À convite do Stedelijk Museum desloca-se para a Holanda.
Instala-se nos fantásticos ateliês do Museu, localizados em imensa área no antigo cais de Amsterdam, defronte a um dos bucólicos canais que cortam a cidade.
É na amplitude deste espaço que realiza duas grandes esculturas (peças de chão), mostrando-as no próprio museu e posteriormente na Exposition Europlastique, Paris.
Anos 1970
No início da década Claudio Kuperman transfere-se para a Itália, onde participa de coletivas na Galleria Acme, Brescia; Galleria Bertesca, Gênova e Galleria Modulo. Na França integra a coletiva "Nouvelles Recherches" no Musée des Beaux Arts de Nantes.
Em 1971 Kuperman retorna ao Brasil vivendo a depressão oriunda do esvaziamento do movimento vanguardista ao final do ciclo escultórico. A redescoberta da terra natal impõe ao artista uma redefinição de suas diretrizes: Kuperman volta a pintar.
Dominando as técnicas de utilização de materiais ainda pouco conhecidos no país, inicia a atividade docente que o levará a ministrar cursos de fiberglass no Instituto dos Arquitetos do Brasil, RJ, ("Materiais Novos"), na Oficina de Escultura do MAM, RJ ("Materiais Sintéticos"). Através da Oficina de Materiais Sintéticos do Parque Lage idealiza o projeto "Espaço Tridimensional Móvel". Visando a pesquisa da forma, reúne cerca de cinquenta alunos na praia do Pepino, Rio de Janeiro, para utilizar a areia como molde básico para a construção de formas no espaço.
Anos 1980
Em 1980 realiza sua primeira exposição individual em Londres, na prestigiada Hamiltons Art Gaílery. De volta ao Brasil Kuperman em conjunto com Luís Áquila e John Nicholson realiza A Grande Tela, exposta no Centro Cultural Cândido Mendes, RJ. Três estilos diversos movimentaram-se por uma tela de sete metros formando - por incrível que pareça - um todo orgânico, embora o espectador habituado às obras desses artistas possa reconhecer o que saiu do pincel de Kuperman, Nicholson ou Áquila. Em 1986 participa da mostra "Brazilian Contemporary Prints", no Canadá e do "Panorama de Arte Atual Brasileira - Pintura", MAM, SP. No ano seguinte participa da coletiva de escultores latino-americanos "Industrialization Before and After", na 14 Sculptures Gallery, NY. Em 1988 realiza mostra individual na Feira Internacional "ARCO" em Madrid, com a Galeria Realidade
Anos 1990
Em 1993 casa-se com a designer e ex-aluna Marília Falcão, com quem terá seus filhos João e Fernanda. Participa das mostras "A Caminho de Niterói", Coleção João Sattamini, RJ; "100 Anos de Pintura - Luís Áquila e Cláudio Kuperman", inaugurando o Espaço Cultural dos Correios, RJ; "Paixão do Olhar", MAM-RJ, e "O Papel do Rio", Paço Imperial, RJ. Em 1996 no Rio de Janeiro participa do "Salão em Preto e Branco", Museu Nacional de Belas Artes, "Cem Anos de Cinema", Museu de Arte Moderna, e da "Universidarte", Universidade Estácio de Sá. Em Niterói integra a exposição inaugural do Museu de Arte Contemporânea.
Fonte: Wikipédia. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
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Biografia – Artland
Cláudio Kuperman nasceu em 1943 e cresceu na década de 1960 e se inspirou na atmosfera artística da época. Artisticamente, a década começou com os movimentos gêmeos do Pop e do Minimalismo emergindo lado a lado. Por um lado, o Pop defendia a cultura visual da grande mídia e da mídia de massa, dos produtos e do consumismo.
A obra de arte de artistas como Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselmann e Claes Oldenberg foi inspirada na cultura popular do capitalismo em rápido desenvolvimento dos Estados Unidos, usando coisas como publicidade, histórias em quadrinhos e ideias em torno da cultura das celebridades como seu principal visual. pistas. Um movimento paralelo foi estabelecido na Costa Oeste da Califórnia - uma linha que também se relacionava com a linguagem na arte, e é vista como o florescimento inicial da arte conceitual.
O minimalismo desenvolveu uma linguagem formal sem referências externas, focada apenas na linha, cor e forma geométrica como componentes fundamentais tanto da pintura quanto da escultura. As figuras-chave do minimalismo incluíram Frank Stella, Donald Judd e Agnes Martin. A Pop Art foi uma ramificação influente do minimalismo, uma disciplina que se tornou conhecida através do trabalho de artistas como Victor Vasarely e Bridget Riley.
Globalmente, vários movimentos artísticos ecoaram as preocupações criativas dos movimentos mencionados anteriormente, muitas vezes com especialidades e nuances regionais.
Na Itália, Lucio Fontana e Piero Manzoni desenvolveram o Espacialismo, e na Alemanha o grupo Zero sob a liderança de Gunter Uecker adotou ideias semelhantes. A influente escola de Filosofia Existencialista foi uma importante fonte de inspiração para criativos, com artistas como Francis Bacon e Alberto Giacometti tornando-se mundialmente conhecidos por suas abordagens diferenciadas da forma humana e da angústia relacionada à condição humana.
Fonte: Artland. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.
Crédito fotográfico: Ricardo Camargo Galeria. Consultado pela última vez em 12 de maio de 2022.